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GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL

Method · February 2021


DOI: 10.13140/RG.2.2.18709.86241/1

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4 authors, including:

Sofia Maria Rocha Ananias Junior


Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal do Espírito Santo
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GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO
TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL
Sofia Maria Gonçalves Rocha
Ananias Francisco Dias Júnior
Graziela Baptista Vidaurre
João Gabriel Missia da Silva

Jerônimo Monteiro - ES, 2021


Produção:
2 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Densidade à granel do Carvão vegetal


Adaptado da NBR 6922 (ABNT, 1981)

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Caixa de paredes rígidas (60 x 60 x 60 cm); Balança com capacidade de 20 Kg e precisão de 0,05 Kg;
Pá; Lona.

Misturar toda a Retirar amostras de Pesar a caixa


Quartear o carvão
amostra (04 baldes) Pesar a caixa vazia cunhas opostas para preenchida com
vegetal
em uma lona encher completamente carvão vegetal
a caixa

D = (M2 - M1) / V
D: Densidade à granel (kg.m³); M1: Massa da caixa vazia (kg); M2: Massa da caixa preenchida com carvão vegetal (kg)

OBS: Para interpretação correta dos resultados deve-se informar o teor de umidade do carvão vegetal.
3 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Granulometria do carvão vegetal


Adaptado da NBR 7402 (ABNT, 1982)

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Peneiras granulométricas; Balança com capacidade de 20 Kg e precisão de 0,05 Kg; Recipiente para
pesagem.
Retirar amostras de 1kg Peneirar amostras em Pesar as frações retidas
de cunhas opostas todo o jogo de peneiras em cada peneira
para peneiramento por 5 minutos
Proceder cálculos de
percentagem de carvão
vegetal em cada
granulometria e
tamanho médio das
partículas

% CV p1: (Mp1 / M0) * 100


%CVp1: Percentagem de carvão vegetal na peneira 1; Mp1: Massa de carvão vegetal retida na peneira 1; M0: Massa total de
carvão vegetal. PROCEDER O CALCULO PARA TODAS AS PENEIRAS.

TMP:[B (a - c) + C (b - d) + .... + L (k - m) + 100 x 1] 0,005


TMP: Tamanho médio das partículas (mm); a, b, c, d ....., h, i, j, k, l, m : abertura das malhas; A, B, C, D .....,, H, I, J, K, L, M:
percentagens acumuladas. Sendo os símbolos distribuídos de tal maneira que: A = 0 % e M = 100 %, (isto é, m = 0).
OBS: Para interpretação correta dos resultados deve-se informar o teor de umidade do carvão vegetal.
4 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Análise imediata do carvão vegetal


(Umidade, Voláteis, Cinzas e Carbono fixo)
Adaptado da NBR 8112 (ABNT, 1986)
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Peneiras granulométricas (19 mm, 70 e 100 mesh); Balança com capacidade de 20 Kg e precisão de
0,05 Kg; Recipiente para pesagem; Pilão; Cadinhos de platina com tampa, Estufa, dessecador, Muflas,
Pinças, espátula.

UMIDADE As amostras devem ser moídas e classificadas entre as peneiras de 70 e 100 mesh e,
aclimatadas em estufa a 105°C por 24 hrs.
500 g de carvão vegetal
VOLÁTEIS, CINZAS E CARBONO FIXO
com granulometria < 19
mm; Pesar os cadinhos de platina já calcinados e secos, antes de receber a amostra, sem tampa e
com tampa;
Pesar 1 g de amostra no cadinho de platina;
Estufa de circulação Colocar os cadinhos na porta da mufla aquecida à 900°C durante 3 minutos;
forçada a 105°C até massa Levar os cadinhos ao interior da mufla à 900°C durante 7 minutos com a porta fechada;
constante. Resfriar os cadinhos em dessecador e determinar a massa;
Levar os cadinhos com as amostras livres de voláteis e sem tampa na mufla à 700°C até que se
queime completamente (6 horas);
TU = ((M0 - M1) / M0) * 100 Retirar as amostras e resfriá-las em dessecador e determinar a massa final

V = (( M0 - M1) / P.amostra)*100 Cz = ((M2 - P.cad/ P. amostra) * 100 Cf= 100 - %V - %Cz


TU: Teor de umidade;
M0: Massa inicial de cv; V: Voláteis (%); M0: Peso cadinho vazio + Cz: Teor de cinzas (%); M2: Cadinho + Cf: Teor de carbono fixo (%)
Peso amostra; M1: Cadinho + amostra livre amostra com cinzas.
M1: Massa final de cv
de voláteis.
5 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Densidade relativa aparente, verdadeira e porosidade do carvão


vegetal
Adaptado da NBR 9165 (ABNT, 1985)
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Peneiras granulométricas (19 e 25 mm, 200 e 270 mesh); Balança analítica; Estufa; dessecador; Pilão;
Picnômetro 50 ml; seringa com agulha fina; banho maria.

DENSIDADE RELATIVA APARENTE DENSIDADE RELATIVA VERDADEIRA


As amostras devem ser moídas e classificadas entre as peneiras de 200 e 270
Separar 10 pçs de cv Colocar as pçs para mesh e, aclimatadas em estufa a 105°C por 24 hrs;
classificadas entre 19 saturar em dessecador
e 25 mm. com água por 6 dias. Pesar o picnometro vazio e seco e depois adicionar 2 g de carvão vegetal em
pó;
Adicionar com uma seringa água destilada até metade do picnometro e
manter esta quantidade durante todo o processo;
Ferver por 1 h e agitar periodicamente para retirar resíduos das paredes do
picnometro;
Esfriar e completar com água destilada até o nível de referencia do
picnometro;
Determinar a massa do picnometro com água e carvão após fervura;
Levar em estufa à
Determinar a
105°C até massa
Determinar o Lavar e secar o picnometro e determinar a sua masa
massa seca do volume de água
carvão vegetal constante deslocado com água. POROSIDADE

DV =MC / MC * (M1 - M2) P = (1 - (DA / DV)) * 100


DA =MS / VS
DV: Densidade aparente verdadeira; MC: Massa de carvão inicial; M1: Massa P: Porosidade
DA: Densidade aparente (g.cm³); MS: Massa seca de
do picnometro + água + carvão após fervura; M2: Massa do picnometro limpo
carvão vegetal; VS: Volume saturado do carvão vegetal
com água.
6 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Poder calorífico do carvão vegetal


Adaptado da NBR 8633 (ABNT, 1984)

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Peneiras granulométricas (200 e 270 mesh); Balança analítica; Estufa; dessecador; Pilão; Bomba
calorimétrica adiabática; cronometro; fio fusível cromo-níquel.

Verificar condições de instalação e calibração da bomba calorimétrica adiabática, de acordo com a NBR 8633 (ABNT,
1984);
Determinar a umidade do material.

PODER CALORÍFICO SUPERIOR PODER CALORÍFICO INFERIOR

Pesar 0,70 g de material a.s; PCI = PCS - 304


Ligar o calorímetro até atingir o modo “dinâmico”;
Ligar o manômetro do gás oxigênio até 30 bar; PCI: Poder calorífico inferior; PCS: Poder calorífico
Inserir 2L de água deionizada (18 a 25 °C) no recipiente do calorímetro até superior

o indicador;
Inserir a amostra, o fio de ignição, e fechar o recipiente de combustão até o
fim; PODER CALORÍFICO ÚTIL
Inserir no recipiente de combustão 30 bar de gás oxigênio;
Operar o calorímetro de acordo com as intruções descritas por Takeshita; PCU = PCI (1 - U) - 600U
Dias Júnior (2017).
PCU: Poder calorífico útil; PCI: Poder calorífico
inferior; U: umidade.
7 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Índice de quebra e abrasão do carvão vegetal


Adaptado da NBR 8740 (ABNT, 1985)
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Peneiras granulométricas (100, 76, 64, 50, 38, 32, 9,5 mm); Balança; Tambor cilíndrico com contador
de rotações.

Separar um 1 kg de carvão vegetal e fazer a classificação granulométrica nas peneiras 100, 76, 64, 50, 38, 32;
Selecionar todo o carvão com granulometria maior que 32 mm e colocá-lo cuidadosamente no tambor;
Acionar o motor do aparelho e deixar o tambor girar pelo tempo ou número de rotações estabelecidos, ou seja, 6 min
ou 150 rotações;
Abrir a tampa, recolher o carvão e submetê-lo ao ensaio granulométrico, utilizando-se as peneiras de 100, 76, 64, 50,
38, 32, 9,5 mm;
Determinar, em relação ao total, as porcentagens de carvão das frações para todas as peneiras;
Calcular o índice de quebra e abasão de acordo com o seguinte exemplo:
8 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Resistência à ruptura do carvão vegetal


Adaptado de Costa (2016)

MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Peneiras granulométricas (32, 19 e 8,5 mm); Balança, paquímetro, Máquina de ensaio universal, serra e
lixas.

Pretende-se por meio do ensaio de resistência à ruptura, quantificar a carga de compressão que peças de carvão
vegetal em diferentes granulometrias resistem.
Separar 10 peças de carvão vegetal em cada granulometria 32, 19 e 9,5 mm;
Com o auxílio de uma serra e de lixas, tentar aproximar ao máximo de uma forma espacial de medição;
Ajustar a máquina de ensaio universal com uma célula de carga de 500 kg e velocidade de aplicação de carga 0,05
mm/min com ponto de interrupção em 20% de perda de resistência do material;
Anotar os valores do Módulo de elasticidade de módulo de ruptura fornecidos pela máquina de ensaio.
9 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

Separação de amostras para Análises TGA e Reatividade

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

Peneiras granulométricas (200 e 270 mesh, 22 e 19 mm), balança, pilão.

TERMOGRAVIMÉTRICA (TGA) REATIVIDADE

Separar uma amostra composta de carvão vegetal Separar uma amostra de 600 g de carvão vegetal
com relação às diferentes granulometrias e na granulometria entre22e 19 mm;
respectivas percentagens; Alocar em saquinhos plásticos.
Moer e classificar as amostras em peneiras de 200 e
270 mesh;
Enxer 5 tubinho eppendorf para cada material
genético.
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10 GUIA PRÁTICO DE CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CARVÃO VEGETAL. Rocha et al. (2021)

REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 7402: Carvão vegetal – Determinação granulométrica. 1982. 3p.

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 8112: Carvão vegetal – Análise imediata. 1983. 13p.

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 8633 (MB2007): Carvão vegetal - Determinação do poder
calorífico. 1984. 13p.

Associação Brasileira de Normas Técnicas Carvão vegetal - ABNT. NBR 9165: Determinação da densidade relativa
aparente, relativa verdadeira e porosidade - Método de ensaio. 1985. 8p.

Associação Brasileira de Normas Técnicas Carvão vegetal - ABNT. NBR 8740: Carvão vegetal – Determinação do índice de
quebra e abrasão. 1985. 4p.

Associação Brasileira de Normas Técnicas Carvão vegetal - ABNT. NBR 6922: Carvão vegetal - Ensaios físicos -
Determinação da massa específica - Densidade a granel. 1981. 2p.

COSTA,L.J. et al. Caracterização mecânica do carvão vegetal de clones Corymbia. Scientia orestalis, v.45, n.116, p.629-
639, 2017.

TAKESHITA, S., DIAS JÚNIOR, F. Guia prático de instalação e utilização de Bomba Calorimétrica modelo Ika C200.
10.13140/RG.2.2.13599.36000.

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