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Capítulo IV
Da Aquicultura
Faculdade de ciências de Pesca
Regência de licenciatura em aquicultura
Artigo 202º
(Direitos e Obrigações dos Aquicultores
1. Os aquicultores são os proprietários dos recursos biológicos aquáticos produto das
suas actividades de aquicultura.
2. Os aquicultores devem, em especial:
a) cumprir as obrigações previstas na presente lei, seus regulamentos e demais
legislação aplicável, em especial ambiental e higieno-sanitária;
b) aplicar, a expensas suas, as medidas de prevenção e minimização da poluição
resultante da aquicultura previstas na legislação aplicável;
c) cumprir as condições estabelecidas na licença a que se refere o artigo 205º;
d) manter as instalações de acordo com as especificações técnicas e demais
normas aplicáveis;
e) observar na descarga, manuseamento, armazenamento, transporte, transformação
e embalagem dos produtos da aquicultura as normas, em especial higieno-sanitárias,
aplicáveis;
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Regência de licenciatura em aquicultura
Artigo 204°
(Elaboração do Plano de Desenvolvimento )
1. Cabe ao Ministério competente elaborar o plano de desenvolvimento de aquicultura.
2. Na elaboração do plano de desenvolvimento da aquicultura, devem ser tidas em
consideração as recomendações técnico-científicas do Instituto Especializado de Investigação,
bem como os resultados de consultas dos interessados, nos termos que vierem a ser definidos
em regulamento.
3. Deve ser assegurada a compatibilidade do plano de desenvolvimento da aquicultura com os
planos de ordenamento de pescas, de ordenamento do território, de ordenamento da orla costeira
e de utilização de bacias hidrográficas.
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Artigo 205º
(Licenciamento de Actividades)
1. As actividades de aquicultura apenas podem ser exercidas após licenciamento, nos termos
que vierem a ser definidos em regulamento, pelo Ministério, pelos órgãos provinciais ou
municipais competentes.
2. Todas as pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras que pretendam exercer
actividades de aquicultura devem requerer a licença ao Ministro competente, nos termos que vierem
a ser definidos em regulamento.
3. O regime de licenciamento de actividades de micro e pequenas empresas angolanas, utilizando
métodos de aquicultura artesanais, deve ser simplificado e adequado a sua capacidade económica
e tecnológica, nos termos que vierem a ser definidos em regulamento.
4. No caso de actividades de aquicultura em águas continentais, a licença de aquicultura apenas é
atribuída após obtenção de licença ou concessão de uso privativo de recursos hídricos para fins
de aquicultura.
• 5. As licenças são concedidas por um prazo de dez anos, renováveis por iguais períodos.
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Artigo 206º
(Requisitos de Instalações e Processos)
Artigo 207º
(Coordenação com outros Ministérios)
1. O Ministério competente deve coordenar as suas actividades com as de
outros órgãos centrais ou locais do Estado, em especial os Ministérios que
superintendem as actividades relativas as recursos hídricos, terras,
desenvolvimento rural e ambiente.
2. Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 205º, no caso de pedido de licença de
aquicultura que envolva uso privativo de recursos hídricos, o Ministério competente
deve solicitar o parecer do Ministério que superintende o sector de recursos hídricos.
3. No caso de pedido de licença de aquicultura que envolva instalações em áreas
agrícolas, florestais ou que seja complementada com uso de terras para fins
agrícolas, o Ministério competente deve solicitar o parecer do Ministério que
superintende o sector da agricultura.
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Regência de licenciatura em aquicultura
Artigo 208º
(Recusa de Licença)
• O Ministro competente apenas pode indeferir o pedido de licenciamento
das instalações previstas neste capítulo quando:
• a) a instalação não obedecer aos requisitos exigidos, em especial as normas
técnicas, de prevenção da poluição, higiene e segurança, bem como as
normas urbanísticas, aplicáveis;
• b) as actividades de aquicultura fizerem perigar a segurança e a tranquilidade
dos cidadãos, o ambiente e a saúde pública;
• c) resultar das actividades de aquicultura perturbação do exercício de direitos de
terceiros sobre recursos naturais, em especial de comunidades rurais ou costeiras;
• d) não for atribuída licença ambiental nos casos em que é exigida pela
legislação aplicável, licença ou concessão de uso privativo de recursos hídricos,
se for caso disso.
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Artigo 209°
(Uso de Solos e de Águas)
• O uso e aproveitamento de solos e de recursos hídricos para fins de
aquicultura subordinam-se ao regime definido, respectivamente, na
legislação sobre terras e sobre recursos hídricos.
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Artigo 210°
(Produtos da Aquicultura)
• São aplicáveis aos produtos de aquicultura, com as necessárias
adaptações, as normas pertinentes do Capítulo II deste título, em
especial aquelas relativas ao controlo da qualidade higieno-sanitária
e aos certificados de origem e qualidade.