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2016
REPÚBLICA DE ANGOLA
Ministério das Pescas e do Mar
DIRECÇÃO
Zacarias Sambeny
Secretário de Estado das Pescas
EQUIPA DE REDACÇÃO
GEPE Ministério das Pescas e do Mar
Júlia Airosa Ferreira (Chefe de Departamento)
Garcia Toca Cabuico
Tresor José
Samuel Silva Neto
COLABORADORES
Membros do Conselho de Direcção
COMPOSIÇÃO E DIFUSÃO
GEPE do Ministério das Pescas e do Mar e Instituto Nacional de Estatística
ANÁLISE DE QUALIDADE
INE - Instituto Nacional de Estatística
GEPE Ministério das Pescas e do Mar
Gabinete das Tecnologias de Informação Ministério das Pescas e do Mar
Tiragem
50 Exemplares
Distribuição Gratuita
O Anuário é uma publicação do Ministério das Pescas e do Mar. Toda a transcrição ou reprodução parcial ou total é
autorizada desde que citada a fonte. Luanda, Angola – 2018
Aborda de forma transversal os principais segmentos do sector das pescas em Angola, desde a investigação
à produção.
Será mais uma fonte informativa para todos que pretendem obter informação sobre o sector pesqueiro
em Angola, nomeadamente potenciais investidores Nacionais e Estrangeiros, bem como interessados no
conhecimento sobre as Pescas. Refiro-me concretamente aos estudantes dos cursos ligados as áreas do
nosso sector.
Sendo a Estatística, uma das ferramentas mais importante para a tomada de decisões nas acções
governativas, fica o compromisso de continuarmos com este trabalho, a fim de proporcionarmos
informação estatística de qualidade aos órgãos Decisórios do País.
A todos os colaboradores, responsáveis e técnicos os meus agradecimentos, por terem tornado esse
documento possível, prometendo continuarmos a trabalhar para assegurar a sua periodicidade e melhorar
cada vez mais a sua qualidade.
V
VI
Definições
AQUICULTURA: todas as actividades, incluindo a reprodução, o crescimento, a manutenção e o
melhoramento das espécies aquáticas, nomeadamente peixes, moluscos, crustáceos e plantas aquáticas,
destinadas a produzir, em regime de cativeiro ou em águas restritas, processar e comercializar recursos
biológicos aquáticos das águas doces, salobras e salgadas.
COMÉRCIO INTERNACIONAL: conjunto das entradas e/ou saídas de mercadorias do território nacional.
LICENÇA DE PESCA: autorização para a prática da actividade de pesca com determinada arte durante
determinado período, local e espécie.
PESCA ARTESANAL: actividade de pesca efectuada com embarcações até 14 metros de comprimento total,
propulsionada a remos, a vela ou por motores fora de bordo ou interiores, raramente utilizando gelo para
conservação e fazendo uso de artes de pesca como linhas de mão e redes de cerco e emalhar.
PESCA INDUSTRIAL: actividade realizada com embarcações com mais de 20 metros de comprimento total,
propulsionadas a motor, utilizando em regra congelação ou outros métodos de processamento a bordo e
meios mecânicos de pesca; envolve, em geral, grandes investimentos e métodos tecnologicamente
avançados de pesca visando a captura de determinadas espécies de alto valor comercial ou de grandes
quantidades de pescado de valor inferior, destinadas ao consumo ou processamento no mercado nacional
ou internacional.
PORTO DE BASE: porto a partir do qual uma embarcação de pesca desenvolve a maior parte das suas
actividades de pesca e de descarga, sem prejuízo do seu porto de registo; para as embarcações
estrangeiras, é o porto com o qual a embarcação mantém uma posição económica dominante.
PRODUTO DE PESCA: pescado ou qualquer produto, sob forma transformada ou não, que deriva total ou
parcialmente de um ou mais recursos biológicos.
TIPO DE PESCA: pesca comercial pode ser: a) Industrial b) Semi-Industrial e c) Artesanal; a pesca não
comercial pode ser a) de subsistência, b) de investigação científica, c) de prospeção e d) recreativa.
VII
TOTAL ADMISSÍVEL DE CAPTURA (TAC): quantidade limitada de uma dada espécie ou subespécie de
recursos biológicos, aquáticos, que pode ser capturada num dado período de tempo, sem pôr em causa a
conservação e a renovação sustentável do recurso.
Para mais definições, remetemos o leitor para a LRBA – Lei do Recursos Biológicos Aquáticos. Lei n.º6-A/04
de 08 de Outubro de 2004.
VIII
Índice
PREFÁCIO --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- V
DEFINIÇÕES ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- VII
ÍNDICE ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ IX
INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
SUMÁRIO EXECUTIVO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
SINAIS CONVENCIONAIS, UNIDADES DE MEDIDA, SIGLAS E ABREVIATURAS ------------------------------------ 5
1. POPULAÇÃO DA PESCA --------------------------------------------------------------------------------------------------- 8
1.1 - Pescadores registados por tipo de pesca ------------------------------------------------------------------8
1.2 – População da pesca vítima de acidente de trabalho ----------------------------------------------------8
2. ESTRUTURA DA PESCA --------------------------------------------------------------------------------------------------12
2.1 - Frota de pesca registada segundo o tipo de embarcação -------------------------------------------- 12
2.2 – Licenças de pesca concedidas por arte de pesca ------------------------------------------------------ 13
3. CAPTURAS E DESCARGAS DE PESCADO -----------------------------------------------------------------------------18
3.1 – Capturas e descargas de pescado por porto de base ------------------------------------------------- 18
3.1.1 – Pesca Marítima -------------------------------------------------------------------------------------- 18
3.1.1.1 – Capturas por grupos de recursos ---------------------------------------------------------- 19
3.1.1.2 – Capturas nominais segundo a espécie - Toneladas ------------------------------------- 19
3.1.1.3 – Capturas nominais segundo a espécie - Valores ---------------------------------------- 21
3.1.2.1 – Capturas por grupos de recursos – pesca continental ---------------------------------- 26
4. AQUICULTURA -------------------------------------------------------------------------------------------------------------30
4.1 – Produção aquícola por províncias ------------------------------------------------------------------------------ 30
5. SALICULTURA --------------------------------------------------------------------------------------------------------------34
5.1 – Produção de Sal ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 34
6. INDÚSTRIA TRANSFORMADORA DOS PRODUTOS DA PESCA-------------------------------------------------38
6.1 – Peixe seco ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 38
6.2 – Farinha de peixe ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 40
6.3 – Óleo de Peixe -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 41
7. COMÉRCIO INTERNACIONAL ------------------------------------------------------------------------------------------44
7.1 – Importação de carapau ------------------------------------------------------------------------------------------- 44
7.1.2 – Custos da importação de carapau ----------------------------------------------------------------------- 44
7.2 – Importação de outros produtos da pesca ---------------------------------------------------------------- 45
7.3 – Exportação de produtos de pesca -------------------------------------------------------------------------- 47
8. AVALIAÇÃO DOS STOCKS E NÍVEIS DE PRODUÇÃO POR ESPÉCIE --------------------------------------------50
8.1 - Programa de monitorização de abundância dos recursos pesqueiros ----------------------------- 50
8.2 – Total Admissível de captura por recursos e grupos de recursos ------------------------------------ 52
8.3 - Níveis de captura por grupos de recursos registados em 2015-------------------------------------- 54
9. FORMAÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------58
9.1 – População alvo de formação específica da pesca em 2015 ----------------------------------------- 58
Lista de quadros e gráficos
Quadros
Quadro 1. Licenças de pesca concedidas por tipo de arte .......................................................................... 14
Quadro 2. Capturas nominais por espécies – pesca marítima .................................................................... 20
Quadro 3. Capturas Nominais por espécie – pesca marítima ..................................................................... 23
Quadro 4. Preços médios – pesca marítima................................................................................................ 25
Quadro 5. Capturas nominais por espécies – pesca continental ................................................................ 27
Quadro 6. Principais grupos de espécies demersais por estratos de profundidade................................... 51
Quadro 7. Biomassa dos principais recursos demersais e pelágicas........................................................... 51
Quadro 8. Total Admissível de Capturas (TAC) – 2015................................................................................ 52
Quadro 9. Evolução dos níveis de captura por grupos de recursos ............................................................ 54
Quadro 10. População alvo de formação em 2015 ..................................................................................... 58
Gráficos
Gráfico 1. População que trabalha na pesca ................................................................................................. 8
Gráfico 2. Percentagens da população que trabalha na pesca ..................................................................... 8
Gráfico 3. Número de embarcações de pesca industrial e semi-industrial por província .......................... 12
Gráfico 4. Percentagens de embarcações por província ............................................................................. 12
Gráfico 5. Embarcações da pesca artesanal ................................................................................................ 13
Gráfico 6. Percentagem de embarcações por tipo de pesca de artesanal marítima e continental ............ 13
Gráfico 7. Licenças de pesca concedidas por província .............................................................................. 13
Gráfico 8. Licenças de pesca concedidas por tipo de arte .......................................................................... 14
Gráfico 9. Percentagens das licenças concedidas por província ................................................................. 14
Gráfico 10. Percentagens das licenças concedidas por tipo de arte ........................................................... 15
Gráfico 11. Captura de pescado por província – pesca marítima ............................................................... 18
Gráfico 12. Capturas por grupo de recursos – pesca marítima ................................................................... 19
Gráfico 13. Percentagens da captura por grupos de recursos – pesca marítima ....................................... 19
Gráfico 14. Valores das espécies por província – pesca marítima .............................................................. 21
Gráfico 15. Percentagens dos valores das espécies por província – pesca marítima ................................. 21
Gráfico 16. Valores das espécies por grupos de recursos – pesca marítima .............................................. 22
Gráfico 17. Percentagens de valores das espécies por grupos de recursos – pesca marítima ................... 22
Gráfico 18. Captura de pescado por província – pesca continental ........................................................... 26
Gráfico 19. Captura de pescado por grupos de recursos – pesca continental............................................ 27
Gráfico 20. Percentagens da captura por grupos de recursos – pesca continental.................................... 27
Gráfico 21. Produção aquícola por província .............................................................................................. 30
Gráfico 22. Percentagens da produção aquícola por província .................................................................. 30
Gráfico 23. Produção de sal por província .................................................................................................. 34
Gráfico 24. Percentagens da produção de sal por província ...................................................................... 34
Gráfico 25. Produção mensal de sal ............................................................................................................ 35
Gráfico 26. Percentagens da produção mensal de sal ................................................................................ 35
Gráfico 27. Produção de peixe seco por província ...................................................................................... 38
Gráfico 28. Percentagens da produção de peixe seco por província .......................................................... 38
Gráfico 29. Produção mensal de peixe seco ............................................................................................... 39
Gráfico 30. Percentagens da produção de peixe seco ................................................................................ 39
Gráfico 31. Produção mensal de farinha de peixe ...................................................................................... 40
Gráfico 32. Percentagem da produção mensal de farinha de peixe ........................................................... 40
Gráfico 33. Produção mensal de óleo de peixe .......................................................................................... 41
Gráfico 34. Percentagem da produção mensal de óleo de peixe ............................................................... 41
Gráfico 35. Importação do carapau por país de origem ............................................................................. 44
Gráfico 36. Valor da importação do carapau por país de origem ............................................................... 45
Gráfico 37. Importação de outros produtos de pesca ................................................................................ 45
Gráfico 38. Percentagens de importação de outros produtos de pesca .................................................... 46
Gráfico 39. Importação mensal de outros produtos de pesca .................................................................... 46
Gráfico 40. Percentagens de importação mensal de outros produtos de pesca ........................................ 46
Gráfico 41. Exportação de outros produtos de pesca ................................................................................. 47
Gráfico 42. Valores de exportação de produtos de pesca .......................................................................... 47
Gráfico 43. Total Admissível de Capturas – TAC ......................................................................................... 53
Gráfico 44. Distribuição percentual do Total Admissível de Capturas – TAC .............................................. 53
Gráfico 45. Taxa de captura por grupos de recursos .................................................................................. 54
Gráfico 46. População alvo de formação .................................................................................................... 58
Gráfico 47. Percentagem da população alvo de formação ......................................................................... 58
1
Introdução
O Ministério das Pescas pretende, com esta publicação, atender as necessidades da população a nível
nacional e internacional, relativamente à disponibilidade de informação estatística sobre a pesca em
Angola.
O Gabinete de Estudos Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério das Pescas e do Mar coloca à
disposição do público o Anuário Estatístico das Pescas referente ao ano de 2015, contendo informações
pertinentes para o leitor e/ou usuário.
Deste modo, o conteúdo do Anuário integra um vasto leque de informações, relacionadas com a
população que trabalha no sector das pescas, por província e tipo de pesca; dados da frota registada
segundo o tipo de embarcação; número de licenças por arte; informação e dados de capturas e descargas
de pescado, por porto de base, e preços médios da primeira venda de algumas espécies. Este documento,
contém também informação e dados sobre aquicultura, salicultura, indústria transformadora e comércio
internacional.
Os dados de investigação pesqueira sobre as principais espécies de recursos pelágicos e demersais, nas
águas angolanas e correspondentes níveis de produção, foram obtidos através da avaliação de stocks que
o Instituto Nacional de Investigação Pesqueira – INIP realiza, utilizando cruzeiros de investigação ao longo
da costa angolana. Pretende-se com estes estudos determinar os níveis de abundância dos recursos
pesqueiros, o total admissível de captura de pescado, o balanço do uso do TAC (quota realizada) e
respectivos Níveis de Avaliação e Exploração de Recursos.
As principais fontes de dados e informação para a elaboração deste Anuário foram os diários de pesca,
diários de bordo, relatórios mensais e trimestrais, provenientes das diferentes Direções, Institutos e
Órgãos Tutelados do Ministério das Pescas.
2
Sumário Executivo
Estruturalmente, a publicação “Anuário Estatístico das Pescas de Angola - 2015” compõe-se de oito
capítulos temáticos, que espelham de forma clara e objectiva os dados analisados e devidos resultados,
tendo sido incorporados os respectivos quadros e gráficos de informação.
O documento que apresentamos traça o quadro actual do sector das pescas, cujos dados estatísticos
apresentados incidem sobre a produção do sector pesqueiro, população da pesca, capturas e descargas
de pescado, aquicultura, indústria salineira, Indústria transformadora dos produtos da pesca, comércio
internacional, avaliação de stocks e níveis de produção, formação e emprego.
I. População da Pesca
Em 2015 estavam registados 4.434 pescadores dos quais, afectos à pesca industrial, 3.300, cerca de 74%
e 1.134, cerca de 26% para a pesca semi-industrial. Relativamente à pesca artesanal continental e
marítima, estavam registados 39.248 pescadores1.
A frota licenciada em 2015 totalizou 195 embarcações da pesca industrial e semi-industrial. Quanto a
pesca artesanal, registou-se um total de 9.122 embarcações, sendo 7.019 (77%) da pesca artesanal
marítima e 2.103 (23%) da pesca artesanal continental.
Na vertente da produção real do sector, até 31de Dezembro de 2015 atingiu-se um total de 496.213
toneladas, mais 54.139 toneladas face ao ano de 2014 (11%). A pesca industrial registou maior volume de
produção com 248.757 toneladas, seguida da pesca artesanal marítima com 238.678 toneladas, pesca
semi-industrial com 69.392 toneladas e a pesca artesanal continental com 38.514 toneladas2.
1As estatísticas sobre a sinistralidade em 2015 apontam para uma vítima mortal, registada em Luanda no mês de Janeiro.
2A esta produção acresce-se 872 toneladas da Aquicultura (Tilápia), com uma contribuição pouco significativa, cerca de 0,18% da
produção total, representando cerca de 0,18% da produção total.
3
IV. Salicultura
Até ao final de 2015, foram produzidas 42.825 toneladas de sal distribuídas por seis províncias do país,
menos 2.537 toneladas face a 2014 (6%). O maior índice verificou-se na província de Benguela com 31.230,
correspondendo a 72,92% da produção total.
V. Indústria Transformadora
A Indústria Transformadora da Pesca, em 2015, apresentou uma produção conjunta, sendo Peixe seco
com 57.024 toneladas, de mais 31.789 toneladas, face ao ano de 2014 (126%), Farinha de peixe com
10.874 toneladas, mais 6.130 toneladas, face ao ano de 2014 (129%) e Óleo de peixe com 5.304.200 litros,
mais 3.878.678 litros, face ao ano de 2014 (272%).
Neste capítulo apresentam-se dados relativos ao programa de monitorização de abundância dos recursos
pesqueiros, a biomassa dos principais recursos demersais e pelágicos e o total admissível de captura -TAC
e grupos de recursos.
Quanto a biomassa dos principais recursos demersais e pelágicos, nas regiões norte e centro, a biomassa
do carapau do Cunene (T. Trecae) foi estimada em 305.800 toneladas, maior valor calculado desde 1997.
A biomassa do carapau do Cabo, foi estimada em 133.400 toneladas, valor ligeiramente inferior ao
estimado em 2014 (136.000) para o cruzeiro de época fria, sendo que a biomassa da sardinela foi estimada
em 560.000 toneladas.
Quanto à TAC para o ano 2015, foi autorizada uma captura de 361.402 toneladas das quais, 5.390
toneladas referem-se a crustáceos e moluscos, 96.143 toneladas a espécies demersais e 259.869 toneladas
a espécies pelágicas.
VII. Formação
Em 2015, o Sector das Pescas matriculou 1.024 formandos distribuídos em duas escolas (CEFOPESCAS e
EFBBF), com 603 aptos, 351 não aptos e 70 alunos desistentes. A taxa de sucesso foi de 59%.
4
Sinais convencionais, unidades de
medida, Siglas e Abreviaturas
Unidades Designação
Tons Toneladas
Un. Unidade
UM Unidade Monetária
Siglas Designação
Nº Número
5
1 POPULAÇÃO DA PESCA
6
7
1. População da Pesca
No ano 2015, constatou-se um total de 4.434 pescadores registados, dos quais 3.300 afectos à actividade
de pesca industrial e 1.134 à pesca semi-industrial. A maioria destes pescadores encontra-se na província
de Luanda (65%), conforme mostra o gráfico 2.
Relativamente à pesca artesanal continental e marítima, até ao final do ano de 2015 estavam registados
39.248 pescadores distribuídos pelas diversas províncias.
Industrial Semi-Industrial
3000 2 625
2500
Nº de Pescadores
2000
1500
1000
414
500 225 200 270 250 288
126 36
0
0
Benguela Cabinda Cuanza Sul Luanda Namibe
Namibe Benguela
15% Cabinda
12%
3%
Cuanza
Sul
Luanda
65%
As estatísticas sobre as vítimas de acidente no sector das pescas durante o ano 2015 apontam para uma
vítima mortal, (por afogamento) registada na província de Luanda no mês de Janeiro.
8
9
«
2 ESTRUTURA DA PESCA
10
11
2. Estrutura da Pesca
Em 2015, foram registadas um total de 195 embarcações do tipo industrial e semi-industrial. Sendo as do
tipo industrial 132 e semi-industrial 63.
Industrial Semi-Industrial
120 105
100
Nº de Embarcações
80
60
40
23
15 16
20 9 7 8 10
0 2
0
Benguela Cabinda Cuanza Sul Luanda Namibe
Namibe Benguela
13% 16%
Cabinda
4%
Cuanza Sul
5%
Luanda
62%
No que respeita à pesca artesanal, estiveram registadas no final de 2015 um total de 9.122 embarcações
distribuídas pelas diversas províncias, das quais 2.103 estavam registadas na pesca artesanal continental
e 7.019 embarcações registadas na pesca artesanal marítima.
12
Gráfico 5. Embarcações da pesca artesanal
8 000 7 019
6 000
Nº de Embarcações
4 000
2 103
2 000
0
Marítima Continental
Continental
23%
Marítima
77%
Relativamente às licenças de pesca por arte de pesca em 2015, o maior número foi atribuído à arte de
cerco, representando 46% do total das embarcações na faina conforme o gráfico 10. Das cinco províncias
contempladas, a província de Luanda apresentou maior número com 120 licenças, gráfico 7. Foram
concedidas cerca de 120 licenças de pesca distribuídas pelas oito artes existentes, conforme apresentado
no gráfico 8.
100
80
60
32 26
40
20 7 10
0
BENGUELA CABINDA CUANZA SUL LUANDA NAMIBE
13
Gráfico 8. Licenças de pesca concedidas por tipo de arte
100 90
90
80
Nº de Licenças
70
60
50 44
40
30 23
20 15
9 10
10 1 3
0
Arrasto Emalhar Arrasto Linha Cerco Arrasto Gamba Gaiola Arrasto
Demersal Camaroeiro Costeira Pelágico
Total
Arte De Pesca Benguela Cabinda Cuanza Sul Luanda Namibe
(Embarcações)
Arrasto Camaroeiro 0 0 0 23 0 23
Arrasto Demersal 0 4 6 34 0 44
Arrasto Pelágico 1 0 0 8 1 10
Cerco 29 3 4 34 20 90
Emalhar 1 0 0 5 3 9
Gaiola 1 0 0 0 2 3
Arrasto Gamba Costeira 0 0 0 15 0 15
Linha 0 0 0 1 0 1
Total 32 7 10 120 26 195
Fonte: GEPE
NAMIBE BENGUELA
13% 16%
CABINDA
4%
CUANZA SUL
5%
LUANDA
62%
14
Gráfico 10. Percentagens das licenças concedidas por tipo de arte
Gamba Linha
Costeira 0% Arrasto Camaroeiro
Gaiola
8% 12%
1%
Emalhar
5% Arrasto
Demersal
23%
Arrasto Pelágico
Cerco 5%
46%
15
CAPTURAS E DESCARGAS
3
DE PESCADO
16
17
3. Capturas e Descargas de Pescado
Em 2015, no que respeita a pesca marítima, as capturas e descargas de pescado totalizaram 456.827
toneladas. A maior captura de pescado foi registada na província de Luanda com 194.856 toneladas (43%)
e o menor valor registou-se na província de Cabinda com 5.586 toneladas (1%), como indica o gráfico 11.
O quadro 2 apresenta, detalhadamente, a captura de pescado durante o ano de 2015 nas diversas
províncias.
250 000
194 856
200 000
Toneladas
150 000
99 658
100 000
74 694
50 000 38 269
26 144
17 620
5 586
0
LUANDA BENGUELA NAMIBE ZAIRE C. SUL BENGO CABINDA
18
3.1.1.1 – Capturas por grupos de recursos
Quanto as capturas por grupos de recursos, a maior produção foi registada nas espécies pelágicas com
347.047 toneladas, cerca de 75,97% da produção total registada em 2015.
200 000
150 000 104 635
100 000
50 000 4 306 839
0
Pelágicos Demersais Crustáceos Moluscos
Crustáceos
Moluscos
1%
0%
Demersais
23%
Pelágicos
76%
Em 2015, no que respeita as capturas nominais segundo a espécie, a província do Luanda registou maior
produção com 194.856 toneladas de pescado, sendo que a menor produção foi registada na província de
Cabinda com 5.586 toneladas, como pode ser confirmado no quadro 2.
19
Quadro 2. Capturas nominais por espécies – pesca marítima
PROVÍNCIAS/PORTOS DE BASE TOTAL
ESPÉCIE CAPTURADO
LUANDA BENGUELA CABINDA BENGO C. SUL ZAIRE NAMIBE
(Un. Tons)
CRUSTÁCEOS
Camarão 1.050 150 17 26 0 0 0 1.243
Caranguejo 390 45 17 29 13 1.506 2.000
Alistado 580 120 0 0 0 0 0 700
Gamba Costeira 82 0 7 0 0 0 89
Lagosta 3 0 22 29 203 17 0 274
Total Crustáceos 2.105 315 63 84 203 30 1.506 4.306
MOLUSCOS
Choco 186 66 1 121 48 8 4 434
Lulas 307 0 0 0 2 0 2 311
Polvo 91 0 1 0 0 1 1 94
Total Moluscos 584 66 2 121 50 9 7 839
DEMERSAIS
Agulha 12 70 0 2 0 6 24 114
Anchova 110 555 0 0 47 0 712
Bacalhau 514 0 6 803 97 18 80 1.518
Bagre 11 91 57 180 74 4.502 41 4.956
Barbudo 681 119 44 44 115 270 33 1.306
Bolobolo 13 123 0 315 9 0 12 472
Burro 31 112 9 730 55 7 98 1.042
Cachucho 9.480 5.868 894 1.104 533 48 595 18.522
Calafate 1.474 673 27 670 28 28 0 2.900
Camutuco 13 0 0 0 0 0 21 34
Corvina 1.231 918 480 618 486 724 395 4.852
Dentão 72 0 0 0 11 0 0 83
Dourada 15 138 0 0 62 0 0 215
Espada 4.504 609 77 412 746 11 16 6.375
Galo 5.270 56 18 378 170 462 11 6.365
Garoupa 27 260 448 374 14 10 106 1.239
Linguado 130 70 86 245 185 6 9 731
Liro 50 355 0 156 0 0 0 561
Malesso 360 0 0 0 0 403 0 763
Marionga 5.224 0 35 1.391 574 665 2 7.891
Matona 225 0 0 470 104 0 21 820
Merma 210 1.367 5 206 0 5 66 1.859
Pargo 280 454 28 318 41 7 12 1.140
Pescada 24.092 213 29 51 100 33 93 24.611
Piazete 303 0 21 0 31 12 0 367
Pungo 376 196 25 246 79 100 97 1.119
Raia 40 0 27 1.262 135 3 21 1.488
Roncador 664 201 25 602 234 9 35 1.770
Sáfio 22 317 0 199 0 5 0 543
Santo António 17 0 0 0 0 11 0 28
Savelha 13 0 0 322 166 0 18 519
Serrajão 70 217 3 48 12 0 71 421
Taco-taco 18 381 6 140 32 218 795
Tubarão 622 19 6 799 25 8 81 1.560
Outras espécies 1.052 2.101 1.052 949 682 1.007 101 6.944
Total demersais 57.226 15.483 3.408 13.034 4.768 8.439 2.277 104.635
Continua na página seguinte
20
Quadro 2. Capturas nominais por espécies – pesca marítima
PROVÍNCIAS/PORTOS DE BASE TOTAL
ESPÉCIE CAPTURADO
LUANDA BENGUELA CABINDA BENGO C. SUL ZAIRE NAMIBE (Un. Tons)
PELAGICOS
Carapau 53.133 25.650 120 5.788 1.216 8.736 5.495 100.138
Cavala 9.756 3.018 2 930 313 3.830 6.837 24.686
Maleço 4.085 21 15 514 160 4.822 1.484 11.101
Sardinha 67.053 53.584 1.233 4.980 10.426 11.513 56.767 205.556
Outras espécies 914 1.521 743 693 484 890 321 5.566
Total pelágico 134.941 83.794 2.113 12.905 12.599 29.791 70.904 347.047
TOTAL GERAL 194.856 99.658 5.586 26.144 17.620 38.269 74.694 456.827
Fonte: GEPE
Em 2015, no que respeita as capturas nominais segundo a espécie, a província de Luanda registou maior
valor em Kz 75.269.686.887,00 cerca de 46% do valor total, sendo que o menor valor foi registado na
província de Cabinda em Kz 1.903.189.767,00, correspondendo a 1% do valor total registado em 2015. No
quadro 3, pode-se verificar esses valores e os das demais províncias do país.
80 000 75 270
60 000
35 297
Milhões
40 000
23 647
20 000 11 867 9 654
5 569 1 903
0
LUANDA BENGUELA NAMIBE ZAIRE BENGO C. SUL CABINDA
Gráfico 15. Percentagens dos valores das espécies por província – pesca marítima
C. SUL CABINDA
BENGO 3% 1%
6%
ZAIRE
LUANDA
46%
NAMIBE
15%
BENGUELA
22%
21
Quanto as capturas nominais por grupos de recursos, o maior valor foi registado nas espécies pelágicas,
totalizando os Kz 126.755.646.333,00 cerca de 77,76% do valor total registado em 2015, sendo que o
menor valor foi registado nas espécies moluscos no valor de kz 337.293.000,00 cerca de 0,21%, como
demonstram os gráficos a seguir.
Gráfico 16. Valores das espécies por grupos de recursos – pesca marítima
60 000
40 000 32 341
Gráfico 17. Percentagens de valores das espécies por grupos de recursos – pesca marítima
Crustáceos Moluscos
2% 0%
Demersais
20%
Pelágicos
78%
22
Quadro 3. Capturas Nominais por espécie – pesca marítima
23
Quadro 3. Capturas Nominais por espécie – pesca marítima
PROVÍNCIAS/PORTOS DE BASE VALOR
ESPÉCIE
LUANDA BENGUELA CABINDA BENGO C. SUL ZAIRE NAMIBE (UM. Kz)
24
3.1.1.4 – Preços médios referentes a primeira venda segundo as espécies
Camarão 850,00
Caranguejo 650,00
Alistado 1.293,00
Gamba costeira 842,52
Lagosta 1.589,84
Choco 425,00
Lulas 363,00
Polvo 425,00
Agulha 391,00
Anchova 449,30
Bacalhau 790,00
Bagre 500,00
Barbudo 566,00
Bolobolo 420,00
Burro 510,00
Cachucho 629,00
Calafate 910,00
Camutuco 321,00
Corvina 897,00
Dentão 483,00
Dourada 712,00
Espada 483,00
Galo 414,00
Garoupa 1.032,50
Linguado 869,00
Liro 449,30
Malesso 449,30
Marionga 335,00
Matona 459,00
Merma 951,00
Pargo 910,60
Pescada 585,50
Piazete 514,00
Pungo 750,00
Raia 639,00
Roncador 450,00
Sáfio 397,00
Santo António 322,10
Savelha 325,00
Serrajão 549,30
Taco-taco 383,00
Tubarão 373,63
Carapau 543,00
Cavala 315,00
Maleço 205,00
Sardinha 291,00
Fonte: GEP
25
3.1.2 – Pesca Continental
Relativamente a pesca continental, até ao final de 2015, as capturas e descargas de pescado totalizaram
38.514 toneladas. A maior captura de pescado foi registada na província do Bengo com 17.169 toneladas
(44,58%) e o menor valor registou-se na província da Lunda Norte com 31 toneladas (0,08%), como indica
o gráfico 18.
20 000
18 000 17 169
16 000
14 000
12 000
Toneladas
10 000
8 000 6 393 6 350
6 000
3 441
4 000 2 330
1 474
2 000 307 243 235 114 104 104 100 65 54 31
0
Quanto as capturas por grupos de recursos, a maior produção registada foi referente a espécie bagre com
21.444 toneladas, cerca de 56% da produção total registada em 2015. O quadro 5, apresenta
detalhadamente, a captura de pescado durante o ano de 2015 nas diversas províncias.
26
Gráfico 19. Captura de pescado por grupos de recursos – pesca continental
25 000 21 444
20 000
Toneladas
15 000 12 776
10 000
5 000 1 446 1 959
889
0
Bagre Cacusso Tuqueia Tainha Outras
Espécies
Outras
Tainha Espécies
Tuqueia 4% 5%
2%
Bagre
Cacusso 56%
33%
27
4 AQUICULTURA
28
29
4. Aquicultura
Em 2015, a produção aquícola registou nas diferentes províncias uma produção total de 872 toneladas de
tilápia, tendo-se verificado maior produção na província do Uíge 319 Toneladas, cerca de 37% da produção
total registada em 2015. O gráfico 21 ilustra a produção por província.
350 319
300
244
250
Toneladas
200
150
94 81
100
43 33 32
50 11 8 7
0
Uíge Luanda Moxico Bengo Lunda Sul Huíla Cunene Cabinda Bié Lunda Norte
Luanda
28% Uíge
36%
Huíla
4%
30
5 SALICULTURA
32
33
5. Salicultura
Em 2015, foram produzidas 42.262 toneladas de sal, tendo a província de Benguela contribuído com
73,90% da produção total.
35 000 31 230
30 000
25 000
Toneladas
20 000
15 000
9 957
10 000
5 000 883 171 21
0
Benguela Namibe Cuanza Sul Bengo Luanda
Namibe Bengo
23% 1%
Cuanza
Sul
Luanda
0%
Benguela
74%
34
Quanto a produção mensal, o mês de Fevereiro foi o que registou maior produção com 5.116 Toneladas,
e a menor produção foi registada no mês de Março, com 2.345 toneladas.
6 000
5 053 5 116
5 000
3 984 3 983 3 796
4 000 3 392 3 172 3 172 3 334
Toneladas
DEZEMBRO JANEIRO
9% 12%
NOVEMBRO
9% FEVEREIRO
12%
OUTUBRO
9% MARÇO
6%
SETEMBRO ABRIL
8% 6%
AGOSTO MAIO
8% 8%
JULHO JUNHO
6% 7%
35
INDÚSTRIA
6 TRANSFORMADORA DOS
PRODUTOS DA PESCA
36
37
6. Indústria Transformadora dos Produtos da Pesca
No que respeita à indústria transformadora dos produtos de pesca, foram produzidas 57.024 toneladas de
peixe seco em 2015, tendo-se registado maior produção na província do Bengo com 15.058 toneladas, que
correspondem a 26% da produção total.
16 000 15 058
14 000 12 258
12 000 10 945
10 012
10 000
Toneledas
8 000
6 000 4 776
4 000
1 984 1 583
2 000 408
0
Bengo Benguela Zaire Luanda Cuanza Sul Namibe Moxico Cabinda
Zaire
19% Bengo
Namibe 26%
3%
Moxico
3%
Luanda
18% Benguela
22%
Cuanza Sul Cabinda
8% 1%
38
Relativamente a produção mensal, o mês de Janeiro registou maior produção com 11.030 Toneladas, e a
menor produção foi registada no mês de Outubro com 1.890 toneladas.
12 000 11 030
10 000
7 557
8 000
Toneladas
6 000 5 141
4 226 4 618 4 279 4 638
3 642 3 766 3 617
4 000 2 620
1 890
2 000
SETEMBRO
5%
AGOSTO FEVEREIRO
8% 13%
JULHO
8% MARÇO
9%
JUNHO
ABRIL
8% MAIO 6%
7%
39
6.2 – Farinha de peixe
Quanto a farinha de peixe, foram produzidas em 2015 um total de 10.874 toneladas. Relativamente a
produção mensal, o mês de Abril registou maior produção com 3.095 Toneladas (28,46%), e a menor
produção foi registada no mês de Agosto com 49 toneladas (0,45%). Não houve produção nos meses de
Março, Maio, Julho, Setembro e Outubro.
3 500
3 095
3 000
2 500 2 230
Toneladas
2 000
1 500 1 500 1 500
1 500
1 000
1 000
500
49
0
JANEIRO FEVEREIRO ABRIL JUNHO AGOSTO NOVEMBRO DEZEMBRO
DEZEMBRO JANEIRO
14% 21%
NOVEMBRO
14%
FEVEREIRO
9%
AGOSTO
0%
JUNHO
14%
ABRIL
28%
40
6.3 – Óleo de Peixe
Em 2015, foram produzidos 5.304.200 litros de óleo de peixe. O mês de Fevereiro, registou maior produção
com 1.700.000 litros (32,05%), e a menor produção foi registada no mês de Março com 1.200 litros
(0,02%). Não houve produção nos meses de Julho, Setembro, Outubro e Dezembro.
800 000
600 000 500 000 500 000 500 000
405 000
400 000
198 000
200 000
1 200
0
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO AGOSTO NOVEMBRO
NOVEMBRO JANEIRO
9% 8%
AGOSTO
9% FEVEREIRO
32%
JUNHO
4%
MAIO
28% MARÇO
ABRIL 0%
10%
41
COMÉRCIO
7
INTERNACIONAL
42
43
7. Comércio Internacional
60 000
48 508
50 000
40 000
30 000
Toneladas
20 000
O custo suportado para importação de 74.231 toneladas de carapau foi avaliado em kz 20.091.168.916,00,
tendo-se verificado maior incidência nas importações provenientes da Mauritânia com uma contribuição
de 70% do valor total registado em 20153.
3O custo real suportado para a importação do carapau, foi de USD 128.789.544,00, correspondente ao valor apresentada em
kwanzas, ao câmbio de 1usd=156kz
44
Gráfico 36. Valor da importação do carapau por país de origem
13 989,96
16 000,00
14 000,00
12 000,00
Milhões
10 000,00
8 000,00
2 387,84
1 864,37
6 000,00
4 000,00
423,60
298,75
239,80
201,97
193,73
147,57
118,69
193,2
24,93
6,74
2 000,00
0,00
Em 2015, foram importadas 65.891 toneladas de outros produtos de pesca (conservas, crustáceos,
moluscos, peixe bacalhau seco, peixe choupa, peixe makayabu seco, pescado diverso e sal iodizado),
registando o maior volume de importação com 23.783 toneladas para pescado diverso.
25 000 23 783
21 951
20 000
Toneladas
15 000
9 232
10 000
6 597
5 000
2 123 1 776
174 255
0
Conserva de Crustáceos Moluscos Peixe Peixe Peixe Pescado Sal Iodizado
Peixe Bacalhau Choupa Makayabu Diverso
Seco Seco
45
Gráfico 38. Percentagens de importação de outros produtos de pesca
Conserva de
Crustáceos
Peixe
0%
14% Moluscos 1%
Sal Iodizado
33% Peixe Bacalhau Seco 3%
Peixe Makayabu
Seco
3%
O gráfico 39 apresenta as importações mensais de outros produtos de pesca em 2015, tendo-se registado
maior volume de importações no mês de Janeiro com 20.616 toneladas e menor volume no mês de
Dezembro com 1.408 toneladas.
25 000
20 616
20 000
Tonelas
15 000
NOVEMBRO DEZEMBRO
SETEMBRO OUTUBRO
5% 2%
7% 6%
JANEIRO
AGOSTO 31%
2%
JULHO
6%
JUNHO
8%
FEVEREIRO
MAIO 11%
8% ABRIL MARÇO
10% 4%
46
7.3 – Exportação de produtos de pesca
12 000 11 374
10 000
8 000
Toneladas
6 467
6 000 4 804
3 812
4 000
2 000
290 14 8
0
Farinha de Peixe Óleo de Crustáceos Pescado Moluscos Barbatana
Peixe Peixe Diverso de Tubarão
6 000
5 182
5 000
4 000
Milhões
3 000
2 000
4A receita obtida na exportação dos produtos de pesca, foi de USD 44.625.414,00, correspondente ao valor apresentado em
kwanzas, ao câmbio de 1usd=156kz
47
8 AVALIAÇÃO DE STOCKS
48
49
8. Avaliação dos Stocks e Níveis de
Produção por Espécie
De 14 de Fevereiro a 24 de Março, foi efectuado outro Cruzeiro que estimou a abundância e mapeou a
distribuição das principais espécies demersais de importância comercial.
50
Quadro 6. Principais grupos de espécies demersais por estratos de profundidade
PROFUNDIDADE
GRUPO ESPÉCIES NOME VULGAR
(U.M: Metro)
Dentexangolensis Dentão 50-200
Esparídeos Dentexmacrophthalmus Cachucho 50-200
Pagellusbellottii Tico-tico 50-200
Umbrina canarienses Calafate 50-200
Atractoscionaequidens Corvina de boca amarela 50-200
Scianideos
Argyrosomushololepidotus Corvina de boca preta 50-200
Pseudotolithustypus Corvina branca 50-100
Pomadasysjubelini Matona 50-200
Roncadores P. rogeri e P. incisus Bolo-bolo 50-200
Brachydeuterusauritus Marionga 50-200
Garoupas Epinephelusspp Mero 50-100
Merlucciuspolli Pescada de Angola 50-400
Pescadas
Merlucciuscapensis Pescada do Cabo 200-500
Aristeusvaridens Alistado 350-900
Camarão de Profundidade
Parapenaeuslongirostris Camarão 50-400
Sepiaorbignyana Choco 20-200
Cafalópodes
Illexcoindetii Lula 20-200
Tubarões … … 200-900
Fonte: GEPE
Relativamente a biomassa dos principais recursos pelágicos, nas regiões norte e centro, a biomassa do
carapau do Cunene (T. Trecae) foi estimada em 305 800 toneladas, maior valor desde 1997, e a estimativa
da biomassa do corrente ano é superior à média dos últimos anos (270 000 toneladas).
A biomassa do carapau do Cabo, foi estimada em 133 400 toneladas, valor ligeiramente inferior ao
estimado em 2014 (136 000) para o cruzeiro de época fria, sendo que a biomassa da sardinela foi estimada
em 560 000 toneladas, conforme se apresenta no quadro número 7.
51
8.2 – Total Admissível de captura por recursos e grupos de recursos
O quadro 8 apresenta a quantidade Total Admissível de Captura (TAC) para o ano 2015 (Diário da
República, 1ª série – Nº8, 13-01-2015). No geral, está autorizada a captura de 361.402 toneladas das quais
5 390 toneladas referem-se a crustáceos e moluscos, 96.143 toneladas a espécies demersais, 259.869
toneladas a espécies pelágicas.
52
Gráfico 43. Total Admissível de Capturas – TAC
300 000
259 869
250 000
150 000
96 143
100 000
50 000
5 390
0
Crustáceos e Moluscos Espécies Demersais Espécies Pelágicas
Crustáceos e Moluscos
Espécies
1%
Demersais
27%
Espécies
Pelágicas
72%
53
8.3 - Níveis de captura por grupos de recursos registados em 2015
O quadro 9 mostra os níveis de captura por grupos de recursos registados em 2015. De notar que as
espécies pelágicas foram as mais capturadas, atingindo um total de 353.711 toneladas, correspondendo a
76% da captura total.
Demersais 96.143
Pelágicos 259.869
Total 361.402
Fonte: GEPE
Crustáceos
e Moluscos Espécies
1% Demersais
27%
Espécies
Pelágicas
72%
54
9 FORMAÇÃO
56
57
9. Formação
Em 2015, o sector das pescas absorveu 1.024 formandos distribuídos em duas escolas (CEFOPESCAS e
EFBBF), com uma taxa de sucesso de 59%, conforme gráficos a seguir:
800
Nº de Formandos
603
600
400 351
200
70
0
DESISTENTES NÃO APTOS APTOS
DESISTENTES
7%
NÃO APTOS
34%
APTOS
59%
58
60 Ministérios das pescas
www.minpescas.gov.ao