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Como visto, a população empregada no setor da pesca, apresenta uma
estrutura etária envelhecida, o que explica o declínio dos pescadores
matriculados e o baixo nível de instrução. O que não significa que não
exista formação especial nesta área, inclusive a UE presta apoio à criação
destes centros de formação em Portugal. Um exemplo é a empresa FOR-
MAR. No ano passado em 2021, essa mesma empresa criou 537 ações de
formações que envolveram um total de 7 249 inscritos. O que mostra que
houve mais 120 ações de formação e mais 38,6% inscritos relativamente a
2020. O que pode significar que daqui em diante possamos assistir a um
novo aumento de empregados neste setor. É importante ressaltar que
estes tipos de formações são importantes para que os pescadores tenham
uma preparação especializada em diversos aspetos: navegação,
preservação dos recursos, gestão económica…
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esta apenas era local, num entanto foi evoluindo e tornou se numa pesca
costeira. A partir do séc. XIX este tipo de pesca ainda evoluiu mais em
artes e embarcações. Relativamente à área onde é praticada, a pesca pode
se classificar em três setores: a pesca local – pratica se maioritariamente
nos rios, mas também pode ser praticada nos estuários e lagunas, neste
tipo de pesca só se pode ir até 6 ou 10 milhas da costa consoante a
embarcação que estiver a ser utilizada, que por norma é sempre pequena
(até 9 metros de comprimento); a pesca costeira – é feita com
embarcações que têm a capacidade de aguentar duas ou três semanas em
alto mar, é praticada para lá das 6 milhas da costa e pode ser exercida em
águas de ZEE internacionais; a pesca de largo – também é conhecida como
pesca longínqua, é realizada para lá das 12 milhas da costa e tal como a
pesca costeira também pode ser exercida em águas de ZEE internacionais,
neste tipo de pesca as embarcações têm condições para a tripulação
poder trabalhar durante vários meses, estas também incluem
equipamentos para armazenar e conservar o pescado. E relativamente às
técnicas utilizadas a pesca pode classificar-se ainda de outra maneira. As
técnicas mais conhecidas são: a pesca artesanal que é a mais utilizada em
Portugal e é feita na maioria das vezes de uma maneira manual utilizando
meios tradicionais como as linhas, redes e embarcações de pequeno
porte, que por norma não estão equipadas com meios de conservação do
pescado e a pesca industrial que é uma das mais utilizadas no mundo, as
técnicas que são usadas são mais avançadas, modernas e sofisticadas tal
como as embarcações utilizadas. Para além destas duas ainda existem
outras técnicas: como a pesca por arrasto onde é utilizada uma estrutura
rebocada que termina com um saco onde as espécies ficam capturas; a
pesca polivalente é o nome que se dá à pesca que exerce várias artes
(aparelhos de anzol, armadilhas, alcatruzes, ganchorra, redes camaroeiras
e do pilado, xávegas e sacadas-toneiras); na pesca por cerco é utilizada
uma rede de grandes dimensões que é lançada ao mar para envolver um
cardume com o objetivo deste ser capturado. O
gráfico seguinte mostra as técnicas mais utilizadas pelos pescadores
matriculados portugueses, em 2021:
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Para obedecer às Políticas Comuns da Pesca, à TAC e às quotas definidas e
ao mesmo tempo conseguir dar resposta ao consumo de pescado
português, é preciso que a frota portuguesa tenha de atuar nas ZEE’s de
outros países, os chamados pesqueiros externos. Para que isto aconteça é
necessário que Portugal faça acordos de pesca com outros países onde
definem licenças e quotas, porém a adesão de Portugal na UE impôs
certas regras acerca desses acordos de pesca, que são por vezes,
desvantajosos para o nosso país. As principais áreas internacionais de
pesca portuguesa são: o Atlântico Noroeste (NAFO) - esta é das áreas mais
frequentada pela frota portuguesa e é onde maioritariamente se pesca o
bacalhau, a sarda, a cavala e o peixe- vermelho, recentemente por
consequência da sobre-exploração foram impostas restrições às capturas;
o Atlântico Nordeste - tem águas muito ricas e intensas o que justifica a
captura de espécies com destaque ao bacalhau; o Atlântico centro-leste –
é o local que tem tido mais capturas, pois as suas quotas não estão a ser
limitadas, as águas são muito ricas na diversidade do pescado, mas entre
todas as espécies as mais valorizadas por Portugal são a tintureira e o
espadarte; por último o Atlântico sul – engloba as águas do Atlântico sul-
ocidental e sul-oriental e as espécies que se destacam mais são a
tintureira e a pescada.
As
espécies de
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peixe em Portugal mais consumidas são: sardinha, carapau, polvo,
pescada e peixe-espada, porém o peixe tradicional português é o bacalhau
que é considerado prato nacional. Ao
todo existem 150 peixes ósseos em Portugal, mas as espécies mais
pescadas no território português são a sardinha e a cavala.
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Limites da pesca (Política Comum de Pescas)
A PCP (Política Comum de Pescas), foi criada em 1983 e Portugal está
integrado neste projeto desde que entrou para a União Europeia. A PCP
tem o objetivo de assegurar os stocks de algumas espécies que se
encontram sobre-exploradas e consequentemente em ameaça de
extinção, impondo medidas para uma exploração ecológica e sustentável
dos recursos aquáticos.
O novo regulamento imposto em janeiro de 2013, passou a
implementar medidas, como:
- Limitar a capacidade de pesca, respeitando os totais autorizados de
capturas (TAC) e as quotas que são implementadas pelos estados-
membros. Para além disso promovem a adesão de uma pesca mais
sustentável usando técnicas e artes mais seletivas;
- Incentivar a renovação e modernização da frota, viabilizando custos
mais reduzidos, para que haja uma melhoria de condições no setor
piscícola, seja nas embarcações ou nos portos;
- Apoiar o setor da aquicultura, como dito anteriormente a aquicultura
garante quantidade e diversidade de espécies e por essa razão é uma
atividade que sustentável na exploração de recursos aquáticos;
- Implementar normas no que respeita à indústria e aos mercados,
aplicando medidas de higiene nos estabelecimentos de descargas de
produtos e na conservação e comercialização do pescado;
- Negociar acordos de pesca em pesqueiros externos, organizando
práticas de pesca equilibradas e sustentáveis;
- Promover a fiscalização, criando medidas que permitam as autoridades
de punir certos infratores;
- Financiar a investigação científica, apoiando assim uma pesca menos
agressiva com a recolha de dados científicos.
Conclusão
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Neste trabalho o assunto abordado foi referente à pesca em Portugal.
Concluímos que a pesca é importante porque impulsiona a economia
dinamizando outras atividades e gerando empregabilidade. Contudo, a
mão de obra empregue neste setor tem vindo a diminuir
significativamente e a população de pescadores matriculados encontra-se
numa faixa etária envelhecida. Uma das características da população do
setor de pesca é a baixa instrução, porém com o apoio da UE tem havido
um aumento de formações especializadas na qualificação profissional
destes trabalhadores. Aprendemos também que a pesca é classificada de
diferentes maneiras tendo em conta, onde é praticada e que técnicas são
usadas. E que a frota portuguesa tem sofrido um declínio de embarcações,
porém tanto estas como os portos de mar têm sido modernizados para
que sejam mais eficientes e consigam dar apoio aos pescadores.
Relativamente às espécies conseguimos retirar que mais de metade se
encontram em risco de extinção e por isso mesmo tem existido limites
mais severos o que condiciona o trabalho dos pescadores. A frota
portuguesa captura a maior parte do pescado em águas nacionais, mas
também atua em pesqueiros externos, pois permite a captura de espécies
muito consumidas no nosso país, mas que não existem nas águas
nacionais, como o bacalhau. Percebemos, também, que a aquicultura é
uma alternativa muito viável à pesca e que constitui vantagens que
impulsionam o contexto social e económico. Para terminar, abordámos o
projeto PCP que tem vindo a implementar medidas ecológicas e
sustentáveis na exploração dos recursos aquáticos.
Para concluir, queremos acrescentar que este trabalho foi importante
para nós, pois enriqueceu o nosso conhecimento à cerca deste tema e
conseguimos aperfeiçoar a nossa capacidade de pesquisa e
desenvolvimento de texto.
Webgrafia e Bibliografia
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QUEIRÓS, Adelaide, Preparação para o Exame Final Nacional – Geografia
A 11º ano, Porto Editora, 2021
(a imagem da página 8 foi retirada deste manual)
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