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Terça-feira, 25 de Agosto de 2020 I SÉRIE — Número 163

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. Estratégia Para o Desenvolvimento da Aquacultura


2020 – 2030
AVISO Sumário Executivo
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve As primeiras iniciativas de produção comercial de aquacultura
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma GO /QÁCODKSWG GUVCDGNGEGTCOUG PQU ſPCKU FC FÃECFC 
por cada assunto, donde conste, além das indicações nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia e Sofala, viradas
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, para o cultivo de espécies marinhas como o camarão e algas.
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim A piscicultura comercial surgiu no ano 2000, nas províncias
da República». de Manica e Tete com o cultivo de Tilápia e mais tarde surgiram
iniciativas comerciais de cultivo de peixe e camarão marinho
em Cabo Delgado e Zambézia.
A aquacultura em Moçambique é, maioritariamente, artesanal
SUMÁRIO EQOſPUFGUWDUKUVÄPEKC1FGUGPXQNXKOGPVQFGUVCCEVKXKFCFGVGO
Conselho de Ministros: UKFQCHGEVCFQFGGPVTGX¶TKQUHCEVQTGURQTKPUWſEKÄPEKCGHTCEC
qualidade de insumos aquícolas (principalmente ração e alvinos),
Resolução n.º 48/2020:
limitados investimentos para pesquisa, investigação e serviços de
Aprova a Estratégia para o Desenvolvimento da Aquacultura extensão, reduzido número de técnicos e extensionistas e limitado
2020 - 2030. acesso ao crédito, apesar de existir um elevado potencial, estimado
em 4 milhões de toneladas, nas águas marítimas e interiores.
Por forma a trazer uma nova abordagem, foi desenhada
CONSELHO DE MINISTROS a Estratégia para o Desenvolvimento da Aquacultura (EDA), que
tem como objectivo promover o desenvolvimento da aquacultura
Resolução n.º 48/2020 em Moçambique, visando a exploração do potencial nacional
existente, com sustentabilidade socio-económica e ambiental.
de 25 de Agosto A EDA tem a duração de 10 anos, com início em 2020.
A EDA compreende o objectivo, visão, missão, princípios
O Programa Quinquenal do Governo 2020-2024, a Política
orientadores, pilares e objectivos estratégicos.
e Estratégia do Mar, bem como a Agenda 2030, que aprova
os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, enfatizam 1URKNCTGUGOTGHGTÄPEKCUºQ(i) Produção e Produtividade, (ii)
a necessidade de promover a aquacultura de forma sustentável, Investimento Privado e Acesso ao Financiamento, (iii) Acesso
como meio para o aumento da produção, alcance da segurança ao Mercado, e (iv) Formação e Desenvolvimento Institucional.
alimentar, melhoria da nutrição, aumento de rendimento Para melhor direccionar as acções a serem desenvolvidas
das famílias, melhoria do abastecimento interno para redução e racionalizar os recursos a serem disponibilizados, o sector
FQFÃſEGFGRGUECFQCWOGPVQFCUTGEGKVCUGOOQGFCEQPXGTVÈXGN KFGPVKſEQWGOVQFQQRCÈUNQECKUQPFGXCKRTKQTK\CTGEQPEGPVTCT
gerada pelo sector, através do aumento dos volumes de produção as suas intervenções (centralidades). A abordagem de Parceria
de pescado para exportação. Público Privado e Comunidade (PPPC) é privilegiada de forma
#UUKOCſIWTCUGRGTVKPGPVGGUVCDGNGEGTWOC'UVTCVÃIKCRCTC a apoiar o desenvolvimento da cadeia de valor do subsector
Q&GUGPXQNXKOGPVQFC#SWCEWNVWTCFG¸ODKVQPCEKQPCNSWGFGſPC de aquacultura, em modelos de aquaparques, catalisadores
os mecanismos de coordenação e sirva de instrumento orientador industriais e aglomerado de produtores (clusters1).
para o rápido crescimento da produção e produtividade aquícola, A planificação, monitoria e avaliação da EDA é através
aos vários níveis de administração territorial do Estado, nestes do modelo estabelecido pelo Governo, designadamente, através
termos, e, ao abrigo do n.º 1 do artigo 9 da Lei n.º 22/2013, da inscrição das acções estratégicas no Programa Quinquenal
de 1 de Novembro, que aprova a Lei das Pescas, o Conselho do Governo (PQG), no cenário Fiscal de Médio Prazo, Plano
de Ministros determina: Económico e Social (PES) dos sectores e respectiva avaliação
Único. É aprovada a Estratégia para o Desenvolvimento no Balanço do Plano Económico e Social (BdPES) e Planos
da Aquacultura 2020 - 2030, em anexo, que é parte integrante Operacionais, nos diversos sectores e instituições com
da presente Resolução. responsabilidade na implementação, que fazem as respectivas
Publique-se. avaliações nos seus órgãos deliberativos e de discussão.
Maputo, 30 de Junho de 2020. — O Primeiro-Ministro, Carlos
Agostinho do Rosário. 1
Vide o conceito no glossário dos termos.
1174 I SÉRIE — NÚMERO 163

A EDA contempla, em anexo, o plano de acção para Em Moçambique, a produção pesqueira total em 2019 foi
QURTKOGKTQUCPQUFGXKIÄPEKCGURGTCPFQUGSWGWOCCXCNKCÁºQ FG  6QPGNCFCU C SWCN PºQ HQK UWſEKGPVG RCTC EQDTKT
intermédia seja feita no terceiro ano de implementação, que as necessidades internas de consumo de pescado. Para cobrir
RQUUKDKNKVCT¶CTGXKUºQFQOGUOQGQWVTCPQſPCNFGUVGRGTÈQFQ Q FÃſEG GZKUVGPVG Q RCÈU VGO TGEQTTKFQ ´ KORQTVCÁºQ VGPFQ
em 2019 sido importadas 77.769 toneladas de pescado,
para o balanço e preparação de um novo plano de acção para
maioritariamente carapau (78%) (MIMAIP, 2019).
o restante período. Apesar do país possuir um enorme potencial para a aquacultura,
o desenvolvimento desta actividade é ainda incipiente e praticada
1. Introdução FGHQTOCFKURGTUCGGOTGIKOGFGUWDUKUVÄPEKCRGNCUEQOWPKFCFGU
1.1 Enquadramento com uma presença fraca de produtores comercias. Em 2019,
a produção aquícola foi de 3.771 toneladas, correspondentes
A produção pesqueira global se encontra na fase de declínio, CEGTECFGFQVQVCNFCECRVWTCPCEKQPCN2CTVGUKIPKſECVKXC
com grande parte das pescarias sobre exploradas ou em desta produção (93%) destinou-se ao mercado interno,
exploração óptima, não havendo espaço para grandes aumentos na e os remanescentes 7% para a exportação. A aquacultura
de pequena escala tem maior contribuição na produção com mais
produção pesqueira, por via da exploração de recursos pesqueiros de 65 % (MIMAIP, 2019).
em meio natural. Por outro lado, a Aquacultura tem evoluído O potencial produtivo existente na aquacultura pode suprir
exponencialmente nos últimos anos, estando actualmente QFÃſEGCEVWCNOGPVGEQDGTVQRGNCUKORQTVCÁÐGUDGOEQOQETKCT
a contribuir com cerca de 50% da produção pesqueira global. empregos e fontes de renda para as comunidades para além
Com o actual crescimento populacional, a necessidade de contribuir para a redução da pressão sobre os recursos
de abastecimento em pescado para a população mundial vai pesqueiros.
crescendo e assim, a aquacultura surge como a oportunidade 1.2 Potencial de Produção Aquícola do País
do futuro tanto para o abastecimento interno em pescado, assim
O potencial produtivo total para a produção da aquacultura
como para exportação. é estimado em cerca de 4.000.000 Tons/ano, dos quais cerca
A produção global de pescado, proveniente da Pesca de 2.000.000 Ton/ano para a produção de peixe em águas
e Aquacultura, é estimada em cerca de 179 milhões de toneladas/ interiores, e 2.000.000 Ton/ano para produção de espécies
/ano. A aquacultura contribui com cerca da metade desta produção, marinhas.
82.1 Milhões de Toneladas/ano (46%), sendo que a China com A área total de produção é estimada em 378.000 hectares,
mais de 46 milhões de toneladas/ano lidera a produção global dos quais cerca de 258.000 hectares para aquacultura nas águas
de aquacultura. Em África, a produção pesqueira é estimada KPVGTKQTGUGJGEVCTGURCTCCSWCEWNVWTCOCTKPJC#ſIWTC
ilustra os distritos potenciais para a prática da aquacultura no país.
em cerca de 10 milhões de toneladas/ano, com a aquacultura Os principais recursos para a aquacultura em águas interiores
a contribuir com cerca de 2.2 milhões de toneladas/ano e o Egipto, são a Tilápia, a Carpa, o Peixe-gato africano e o Camarão de água
com cerca de 1.6 milhões de toneladas/ano, lidera a produção doce e em águas marítimas o peixe, o camarão, o caranguejo,
do continente (FAO, 2020). os bivalves e algas.

Figura 1 Distritos potenciais para a aquacultura


25 DE AGOSTO DE 2020 1175

1.3 Principais Documentos de Orientação do Sector • Fraca divulgação da actividade como fonte de renda;
e Quadro Legal • Fraca disponibilidade de serviços de extensão aquícola;
A Estratégia para o Desenvolvimento da Aquacultura em • Incipientes acções de pesquisa e investigação;
Moçambique, foi harmonizada com os diversos instrumentos
estratégicos internacionais, regionais e nacionais, que enfatizam • +PUWſEKÄPEKC FG SWCFTQ NGICN G PQTOCVKXQ FC RT¶VKEC
a necessidade de promover a aquacultura de forma sustentável, de aquacultura.
como meio para o aumento da produção, alcance da segurança Face a situação apresentada, é elaborada a EDA, que visa dar
alimentar, melhoria da nutrição, aumento de rendimento orientação estratégica para o desenvolvimento da aquacultura
das famílias, melhoria do abastecimento interno para redução em Moçambique, por forma a maximizar o aproveitamento do
FQFÃſEGFGRGUECFQCWOGPVQFCUTGEGKVCUGOOQGFCEQPXGTVÈXGN potencial existente, de forma sustentável, do ponto de vista socio-
gerada pelo sector, através do aumento dos volumes de produção -económico e ambiental, contribuindo para a segurança alimentar
de pescado para exportação, nomeadamente: e nutricional, criação de emprego e balança comercial, e ainda
• Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS a redução da pressão sobre a pesca extrativa, esperando-se que
2015 – 2030); com a sua implementação a produção aumente para pelo menos
• Código Sanitário de Animais Aquáticos da OIE2; 400 mil toneladas.
• O Plano Director de Aquacultura da União Africana 2. Estratégia Para o Desenvolvimento da Aquacultura
(2016);
A EDA orienta a intervenção do Estado para a promoção
• Estratégia e Plano de Acção Regional do Sector
da Aquacultura da SADC (RASAP 2016-2026); de uma aquacultura comercial, com envolvimento dos produtores
de pequena escala e atracção do sector privado a investir
• Estratégia Nacional do Desenvolvimento (ENDE) 2015
PC CEVKXKFCFG FC CSWCEWNVWTC CVTCXÃU FG FGſPKÁºQ FG RCEQVGU
– 2035;
de incentivos, facilitação do processo de realização do
• Programa Quinquenal do Governo 2020 – 2024. investimento, melhoria do ambiente de negócios, mitigação dos
• #GNCDQTCÁºQGKORNGOGPVCÁºQFCGUVTCVÃIKCVÄOGOEQPVC riscos do investimento inicial, por via da criação de infraestruturas
diversos instrumentos legais nacionais e internacionais, de produção de insumos aquícolas (ração e alevinos), facilitação
sendo os principais apresentados a seguir: FQ CEGUUQ CQ ſPCPEKCOGPVQ FKURQPKDKNK\CÁºQ FG HWPFQU RCTC
• Lei de águas – Lei n.º 18/91, de 3 de Agosto; NKPJCUFGETÃFKVQGURGEÈſECURCTCCCEVKXKFCFG
• Lei das Pescas – Lei n.º 22/2013, de 1 de Novembro; A abordagem de desenvolvimento do subsector assenta
• Regime Jurídico de Utilização do Espaço Marítimo na combinação da aquacultura de pequena escala praticada por
Nacional (RJUEM) – Decreto n.º 21/2017, de 24 produtores de pequena escala localizados nas comunidades rurais
de Maio; em parceria com o sector empresarial nacional e estrangeiro
• Regulamento Geral da Aquacultura – Decreto n.º 35/2001, e com apoio do Estado numa primeira fase, através de Parcerias
de 13 de Novembro; Público-Privado-Comunidade (PPPC).
• Regulamento de Sanidade Animal – Decreto n.º 26/2009 A materialização do desenvolvimento da aquacultura irá
de 17 de Agosto; consubstanciar-se na prossecução dos objectivos estratégicos
• Reserva Aquícola Marinha – Decreto n.º 71/2011, de 30 agrupados por pilares de aposta estratégica e implementação
de Dezembro; das acções estratégicas nos próximos 10 anos.
• Política Pesqueira – Resolução n.º 11/96, de 28 de Maio; 2.1 Objectivo
• Plano Director de Pescas; A EDA tem como principal objectivo promover
• Plano Estratégico de Inspecção do Pescado 2014 – 2020. o desenvolvimento da aquacultura em Moçambique, com vista
• 4GITCU'URGEÈſECURCTCC%GTVKſECÁºQ5CPKV¶TKCFG2TQFWVQU a explorar o potencial nacional existente, de forma sustentável,
Alimentares de Origem Aquática – Diploma Ministerial contribuindo para a segurança alimentar e nutricional, criação
n.º 135/2011, de 27 de Maio. de emprego, contribuição na balança comercial e reduzir a pressão
sobre a pesca extrativa.
1.4 Problema a ser resolvido
2.2 Visão e Missão
Apesar do enorme potencial existente, o desenvolvimento
da aquacultura é ainda baixo, sendo as principais causas Os esforços a serem empreendidos pelo Governo, através
as seguintes: do aprimoramento de políticas orientadas para a facilitação de
+PUWſEKÄPEKCFGTCÁºQGCNGXKPQUFGSWCNKFCFG KPXGUVKOGPVQRTKXCFQOQDKNK\CÁºQFGſPCPEKCOGPVQCDCKZQEWUVQ
Fraco desenvolvimento do sector comercial de insumos e com envolvimento dos pequenos produtores irão assegurar
aquícolas; o desenvolvimento do subsector da aquacultura, com enfoque
para uma aquacultura industrial praticada por grandes empresas.
• #WUÄPEKCFGKPEGPVKXQURCTCCRT¶VKECFCCSWCEWNVWTC
Paralelamente, como resultado dessas intervenções a aquacultura
• Deficientes modelos de intervenção na prática de comercial praticada por pequenas e médias empresas vai também
aquacultura; crescer.
• Limitadas linhas de financiamento ajustadas as Assim, existe uma transformação estrutural da aquacultura
GURGEKſEKFCFGUFQPGIÎEKQFG#SWCEWNVWTC GO/QÁCODKSWGRCUUCPFQFGWOCCSWCEWNVWTCFGUWDUKUVÄPEKC
para uma aquacultura comercial. Neste contexto, a visão a longo
2
Organização Internacional de Epizootias. prazo da aquacultura é a seguinte:
1176 I SÉRIE — NÚMERO 163

A missão do subsector da aquacultura é a seguinte:

1CNECPEGFCXKUºQGFCOKUUºQFGſPKFCÃRQUUÈXGNCVTCXÃUFGWOCCEVWCÁºQFGPVTQFGWOEQPLWPVQFGRTKPEÈRKQUQTKGPVCFQTGU
FGſPKÁºQFGQDLGEVKXQUGUVTCVÃIKEQUGCRQUVCPFQGOOCETQCEÁÐGUGUVTCVÃIKECU
RKNCTGU RCTCQRGTÈQFQFGXKIÄPEKCFCGUVTCVÃIKC
2.3 Princípios Orientadores
O desenvolvimento da aquacultura, poderá ser alcançado através do seguimento de um conjunto de princípios que devem orientar
a actuação dos envolvidos na promoção da actividade de modo a assegurar um rápido e sustentável crescimento. Na tabela a seguir,
apresentam-se os princípios orientadores para o desenvolvimento da aquacultura:

Tabela 1 Princípios orientadores para o desenvolvimento da Aquacultura

2.4 Pilares da Estratégia para o Desenvolvimento devem ser resolvidos para assegurar o desenvolvimento sustentável
da Aquacultura de uma aquacultura que contribua de forma significativa
Os pilares de aposta estratégica são um conjunto de acções na produção de pescado, segurança alimentar e nutricional,
macro que devem ser realizadas para assegurar a prossecução geração de emprego, aumento da renda das comunidades, receitas
FQUQDLGEVKXQUGUVTCVÃIKEQUGHQTCOFGſPKFQUPCDCUGFCCP¶NKUG ſUECKUGFKXKUCU0CſIWTCUºQCRTGUGPVCFQUQURKNCTGUFGCRQUVC
FCUKVWCÁºQCEVWCNSWGRGTOKVKWCKFGPVKſECÁºQFQURTQDNGOCUSWG estratégica para o desenvolvimento da Aquacultura.


Figura 2 Pilares de Aposta Estratégica para o Desenvolvimento da Aquacultura
25 DE AGOSTO DE 2020 1177

A seguir, apresenta-se a descrição de cada um dos pilares, todas as províncias do país (com excepção de Cabo Delgado) que
GOVGTOQUFCLWUVKſECVKXCRCTCCUWCKPENWUºQGQUTGURGEVKXQU asseguram o fornecimento deste insumo, a sua qualidade ainda
objectivos estratégicos. é baixa. Existe, portanto, uma necessidade premente de melhorar
Pilar 1: Produção e Produtividade a qualidade e disponibilidade destes insumos.
7OFQURTKPEKRCKUFGUCſQUFC#SWCEWNVWTCÃCDCKZCRTQFWÁºQ 1HTCEQCEGUUQCQſPCPEKCOGPVQCVGEPQNQIKCUFGRTQFWÁºQ
manuseamento, processamento e conservação de produtos
e produtividade que são condicionados pela escassez de insumos
FC CSWCEWNVWTC C KPUWHKEKÄPEKC G HTCEC SWCNKFCFG FG KPHTC
de produção, particularmente a ração e alevinos de qualidade, estruturas de apoio a produção e de insumos de produção, são
CUUQEKCFQU ´U FGſEKGPVGU EQPFKÁÐGU FG OCPGKQ FC RTQFWÁºQ outros aspectos que se pretende sanar com a implementação deste
A pouca ração disponível é importada a custos elevados. Quanto pilar estratégico. Os objectivos estratégicos a serem perseguidos
aos alevinos, embora exista o CEPAQ e alguns produtores em para a materialização deste pilar são destacados na tabela a seguir:
Tabela 2 Objectivos Estratégicos do Pilar 1

ˠ ®OÞĶÞǼNjŸOsǣǣŸǼsNjNjssǣƼYŸǣLJȖ ǼÞOŸǣ
ƻNjŸŎŸɚsNj Ÿ _sǣsŘɚŸĶɚÞŎsŘǼŸ _s ÞŘ¯Nj˛sǣǼNjȖǼȖNjǣ OÌɚs _s ƼŸÞŸ 
ˡ
OǼÞɚÞ__s _ LJȖOȖĶǼȖNj
ŷEĠsOǼÞɚŸǣsǣǼNjǼw¶ÞOŸǣ
ˢ µsNjÞNj  OǼÞɚÞ__s LJȖâOŸĶ _s ¯ŸNjŎ ǣȖǣǼsŘǼ ɚsĶ

ˣ ƻNjŸŎŸɚsNj Ÿ OsǣǣŸ  ǼsOŘŸĶŸ¶Þ




O foco principal na implementação deste pilar é assegurar o desenvolvimento da aquacultura, a disponibilização de sementes
que o aumento da produção e da produtividade, seja alcançado e ração de qualidade e a custos competitivos e sustentáveis.
de forma equilibrada e sustentável, através da redução dos custos 2.4.2 Pilar 2: Investimento Privado e Acesso ao
de produção com a disponibilização local de insumos a preços Financiamento
acessíveis. Será privilegiada a disseminação de boas práticas A participação activa do sector privado é um factor chave
através de sessões de demostração sobre processos tecnológicos para o desenvolvimento sustentável da actividade, entretanto
de produção, manuseamento e processamento de produtos sendo uma área de negócio emergente e pouco conhecida, pois
da aquacultura, bem como a realização de estudos e pesquisas GNCTGRTGUGPVCWOTKUEQUKIPKſECVKXQQSWGTGVTCKQURQVGPEKCU
específicos para inovações tecnológicas e outras matérias investidores, há necessidade da intervenção do Estado numa
relevantes para o desenvolvimento da aquacultura. primeira fase, com vista a criar-se uma base de conhecimento,
capital e níveis de produtividade e lucratividade que atrai o sector
O objectivo estratégico 2, promove o desenvolvimento privado a investir no sector.
FG KPHTCGUVTWVWTCU EJCXG FG CRQKQ ´ CEVKXKFCFG FG CSWCEWNVWTC Assim, o Pilar de Investimento Privado e Acesso
sem descurar os restantes, carrega uma dose de importância muito ao Financiamento será materializado com a prossecução
elevada, assumindo que estão enquadrados neste aqueles que dos seguintes objectivos estratégicos, que se apresenta na tabela
se consideram como sendo alguns dos grandes problemas para a seguir:
Tabela 3 Objectivos Estratégicos do Pilar 2
ōsĶÌŸNjNj Ÿ ŎEÞsŘǼs _s Řs¶żOÞŸǣ ǼNjɚwǣ _ NjsɚÞǣŸ _Ÿ LJȖ_NjŸ Ķs¶Ķʰ
ˤ
ƼNjŸOsǣǣŸǣ s ƼNjŸOs_ÞŎsŘǼŸǣ
ŷEĠsOǼÞɚŸǣsǣǼNjǼw¶ÞOŸǣ ƻNjŸŎŸɚsNj Ÿ Řs¶żOÞŸ _ LJȖOȖĶǼȖNj s ŎŸEÞĶÞʊNj Ÿ ǣsOǼŸNj ƼNjÞɚ_Ÿ 
˥
ÞŘɚsǣǼÞNj Ř OǼÞɚÞ__s
˦ ®OÞĶÞǼNj Ÿ OsǣǣŸ Ÿ ¯ÞŘŘOÞŎsŘǼŸ

O resultado esperado com a implementação deste pilar é aumentar a contribuição da aquacultura na produção do pescado, emprego,
IGTCÁºQFGFKXKUCUGTGEGKVCUſUECKUCVTCXÃUFCRCTVKEKRCÁºQFQUGEVQTRTKXCFQPCCEVKXKFCFGRQTXKCFGFGſPKÁºQGCRNKECÁºQFGKPEGPVKXQU
XCTKCFQUHCEKNKVCÁºQFQCEGUUQCQſPCPEKCOGPVQFGOQFQCCVTCKTGORTGU¶TKQUPCEKQPCKUGGUVTCPIGKTQUCKPXGUVKTPQUWDUGEVQT
2.4.3 Pilar 3 – Acesso ao Mercado
O mercado, principalmente o internacional, é extremamente exigente no que diz respeito a qualidade do produto, as condições
higio-sanitarias da produção, processamento, conservação, transporte e comercialização. Portanto, aspectos ligados a disponibilidade
FGRGUECFQEGTVKſECÁºQFGSWCNKFCFGJKIKQUCPKVCTKCDGOEQOQCITGICÁºQFQXCNQTEQPUVKVWGOGNGOGPVQUHWPFCOGPVCKURCTCQCEGUUQ
ao mercado, sendo abordados por este pilar, conforme apresentado na tabela a seguir:
Tabela 4 Objectivos Estratégicos do Pilar 3
Melhorar o acesso à informação sobre potencialidades e
8
oportunidades de negócio da aquacultura

Objectivos estratégicos
Capacitar os produtores, processadores e comerciantes do pescado
9
aquícola em matéria hígio-sanitária
Apoiar e assistir tecnicamente o empresariado e outros intervenientes
10
na cadeia de valor da aquacultura 
1178 I SÉRIE — NÚMERO 163

A orientação principal do Pilar do Acesso ao Mercado Um aspecto importante é garantir uma melhor coordenação
é estimular o sector privado a apostar na aquacultura como fonte dos vários intervenientes e potenciar as instituições de ensino
de obtenção de rendimentos satisfatórios e sustentáveis, através e de investigação para realização de estudos visando
de criação de condições que lhes garanta acesso ao mercado o desenvolvimento de conhecimento e inovação
da sua produção. FGVGEPQNQIKCURCTCNKFCTEQOQUFGUCſQUKPENWKPFQCVTCPUHGTÄPEKC
de conhecimento ao sector produtivo, através de acções
2.4.4 Pilar 4: Formação e Capacitação Institucional de extensão. É igualmente importante possuir um quadro legal
A capacidade técnica e institucional é fundamental para GPQTOCVKXQECRC\FGTGURQPFGTCQUFGUCſQUSWGQFGUGPXQNXKOGPVQ
garantir o suporte aos produtores, através de assessoria desta actividade impõe.
na produção, disseminação de melhores práticas, tecnologias Os objectivos estratégicos que se pretendem alcançar com
e informação de mercado. a implementação deste pilar são apresentados a seguir:
Tabela 5 Objectivos Estratégicos do Pilar 4

ˠˠ NJs¯ŸNjYNjOƼOÞ__sÞŘǣǼÞǼȖOÞŸŘĶ

ŷEĠsOǼÞɚŸǣsǣǼNjǼw¶ÞOŸǣ
ˠˡ ^sǣsŘɚŸĶɚsNj NjsOȖNjǣŸǣ ÌȖŎŘŸǣ


Assim, com a implementação deste pilar, espera-se que o Sector • Capacitação aos produtores de pequena escala através
do Mar, Águas Interiores e Pescas tenha maior disponibilidade FGUGUUÐGUFGFGOQPUVTCÁºQVTQECUFGGZRGTKÄPEKCGRTQITCOCU
FG TGEWTUQU JWOCPQU OCVGTKCKU G ſPCPEGKTQU DGO EQOQ WO FGVTCPUHGTÄPEKCFGVGEPQNQIKCUOGNJQTCFCU
modelo organizacional para a promoção do desenvolvimento • Promoção da comercialização de insumos e produtos
da aquacultura. CSWÈEQNCUCVTCXÃUFGſPCPEKCOGPVQCQUGORTGGPFGFQTGUNQECKU
2.5 Modelos de Intervenção • Promoção da prática da aquacultura através da disponibilização
Até ao presente momento, as intervenções para de pacote inicial (insumos aquícolas) para novos produtores.
Q FGUGPXQNXKOGPVQ FC CSWCEWNVWTC VÄO UKFQ PWO EQPVGZVQ • Melhoramento da organização dos aquacultores através
de dispersão, que pelo diagnóstico efectuado, não sendo a mais da criação de cooperativas aquícolas.
CFGSWCFCRCTCQGHGEVKXQFGUGPXQNXKOGPVQFCCEVKXKFCFGRTGXÄUG
• Disponibilização de serviços financeiros através
que na presente estratégia as intervenções sejam num contexto
de criação de grupos de Poupança e Crédito Rotativos e pacotes
de concentração e para melhor direccionar as acções a serem
desenvolvidas e racionalizar os recursos a serem disponibilizados, FGſPCPEKCOGPVQCFGSWCFQU´CEVKXKFCFG
QUGEVQTKFGPVKſEQWGOVQFQQRCÈUCUEGPVTCNKFCFGUSWGUºQNQECKU Promoção da Aquacultura Comercial
onde irá priorizar e concentrar as suas intervenções. O subsector da aquacultura comercial conta com pequeno
As abordagens de desenvolvimento da capacidade produtiva número de operadores privados com intervenção directa
dos produtores de pequena escala, promoção da aquacultura na actividade, pelo facto de a actividade ser pouco conhecida
comercial e Parceria Público Privado e Comunidade (PPPC), e de fraco domínio pelo sector privado o que torna este subsector
onde participam os produtores de pequena escala, são não competitivo. Para o rápido desenvolvimento da aquacultura
privilegiadas de forma a apoiar o desenvolvimento da cadeia J¶WOCHQTVGPGEGUUKFCFGFGUGVTC\GTGUUCſIWTCRCTCKPVGTXKT
de valor do subsector de aquacultura, em modelos de aquaparques, no subsector. Neste contexto, espera-se que se faça intervenções
catalisadores industriais e concentração de produtores (clusters). no seguinte:
2.5.1 Desenvolvimento da Capacidade Produtiva • Promoção de pequenas e médias empresas para capacitação
dos Produtores de Pequena Escala GCUUKUVÄPEKCVÃEPKECCQURTQFWVQTGUFGRGSWGPCGUECNC
Presentemente, os produtores de pequena escala são os maiores • Promoção de operadores para a produção e fornecimento
contribuintes da produção aquícola com cerca de 65%, merecendo de insumos aquícolas.
deste modo maior atenção do Sector. Esta contribuição deve-se • Disponibilização de linhas de financiamento para
´U KPVGTXGPÁÐGUSWG Q )QXGTPQ VGO GUVCFQ C HC\GT LWPVQ FGUVG investimento na actividade aquícola.
grupo alvo. Não obstante, os principais problemas destacados
PQFGUGPXQNXKOGPVQFGUVGUVÄOCXGTEQOQHTCEQEQPJGEKOGPVQ • Disponibilização de zonas potenciais para
da actividade, deficiente acesso aos insumos de produção, o desenvolvimento da aquacultura.
tecnologias melhoradas de produção, serviços de extensão e falta Apoio no estabelecimento de infraestruturas para a produção
FGſPCPEKCOGPVQRCTCKPXGUVKOGPVQ aquícola.
Neste contexto, com vista a aumentar a contribuição destes Definição de um pacote de incentivos integrado para
produtores de pequena escala na produção e produtividade o investimento na aquacultura abarcando áreas essenciais para
CSWÈEQNCGRTQOQXÄNQURCTCEQOGTEKCKURTGXÄUGCKPVGTXGPÁºQ o desenvolvimento da actividade, incluindo modelos sustentáveis
através de: de subvenções (Matching Grants 3) e criação de Zonas
• Fortalecimento das acções de extensão, por meio Económicas Especiais.
de melhoramento da cobertura da rede de extensão, prestação
FG CUUKUVÄPEKC VÃEPKEC CQU CSWCEWNVQTGU CNQECÁºQ FG OGKQU
3
de trabalho e capacitação dos extensionistas. Subvenções do Estado com fundos perdidos para investimento na actividade.
25 DE AGOSTO DE 2020 1179

2.5.3 Abordagem das Parcerias Público, Privado O país dispõe de legislação específica para tratamento
e Comunidade de questões de parcerias público privadas que é largamente
%QPUKFGTCPFQSWGWOFQURTKPEKRCKUFGUCſQUFCCSWCEWNVWTC utilizada neste contexto e deve ser devidamente adequada
no país é o aumento da produção e produtividade, as Parcerias a questão das comunidades sem ferir os pressupostos plasmados
Público Privada e Comunidade (PPPC4) poderão jogar um papel na referida legislação.
importante por permitir a integração dos vários actores na cadeia 2.6 Modelos de Produção
de valor: Com vista a facilitar as intervenções em toda a cadeia
• Grandes produtores internacionais (investidores) com de valor da aquacultura e maximizar a utilização dos recursos
conhecimento do negócio e capital para investir;
JWOCPQU OCVGTKCKU G ſPCPEGKTQU  VTÄU OQFGNQU FG RTQFWÁºQ
• 5GEVQT RTKXCFQ PCEKQPCN EQO ECRKVCN G GZRGTKÄPEKC GO serão privilegiadas, designadamente, aquaparque, concentração
gestão de negócios, mas sem domínio para a prática de produtores (clusters) e catalisador industrial.
da actividade da aquacultura;
2.6.1 Aquaparque
• Micro, Pequenas e Médias Empresas nacionais com
CRGVÄPEKC RCTC ETGUEKOGPVQ FKXGTUKſECÁºQ FC UWC O modelo de aquaparque consiste na junção de produtores
carteira de negócios e aumento dos lucros; numa mesma área onde partilham as infraestruturas existentes,
• Comunidades, através de produtores de pequena escala: como por exemplo, os canais de abastecimento e drenagem
neste momento constituem a principal força produtiva de água, entre outras, com acesso aos insumos de produção
no subsector, através das PPPC, poderão ser integradas (alvinos, ração, etc.), d e a c o r d o c o m a l e g i s l a ç ã o
na cadeia de valor com maior acesso e apoio material GQW RTQEGFKOGPVQU CRNKE¶XGKU # ſIWTC  KNWUVTC Q OQFGNQ
GſPCPEGKTQ de funcionamento de um aquaparque.


Figura 3 Apresentação esquemática de um aquaparque

Na tabela 6 é apresentado o papel dos intervenientes no modelo de produção em aquaparque.

4
Adequando a legislação e procedimentos do Regulamento das Parcerias
Publico Privado (PPP).
1180 I SÉRIE — NÚMERO 163

Tabela 6 Intervenientes do Aquaparque e o seu papel

Intervenientes e seu papel


Produtores de pequena escala Produtores de pequena escala (não
Sector público
(comerciais) comercial)
Constroem seus tanques ou gaiolas; $GPGſEKC KPFKTGEVCOGPVG FG CUUKUVÄPEKC +FGPVKſECGNQECNK\CRTQFWVQTGUFGRGSWGPC
Organizam-se para aquisição conjunta técnica e insumos através dos produtores escala;
de insumos (alevinos, ração, fertilizantes); de pequena escala comerciais Identifica, legaliza e reserva as áreas
Processam a sua produção potenciais para prática da aquacultura;
Organizam-se para a comercialização A nível piloto constrói as infraestruturas
escalonada da produção e abastecer básicas;
ao mercado de forma constante; +FGPVKſECQRTQXGFQTFGKPUWOQU
CNGXKPQU
4GEGDGOCUUKUVÄPEKCVÃEPKECGURGEKCNK\CFC ração, fertilizantes);
Assistem aos produtores de pequena escala /QDKNK\CſPCPEKCOGPVQGCVTCXÃUFG+/(ŏU
não comerciais; concede créditos aos produtores;
4GEGDGOſPCPEKCOGPVQ 2TGUVCCUUKUVÄPEKCVÃEPKECCQURTQFWVQTGU
Organiza os produtores em cooperativas.

2.6.2 Concentração de produtores (Cluster)


O modelo de produção em clusters sugere o aglomerado de produtores de pequena escala numa zona potencial para desenvolvimento
FGCSWCEWNVWTC#UKPHTCGUVTWVWTCUFQURTQFWVQTGUPºQVÄOSWGGUVCTPGEGUUCTKCOGPVGKPVGTNKICFCU#ſIWTCCUGIWKTTGRTGUGPVCQOQFGNQ
de funcionamento de concentração de produtores (Cluster).


Figura 4 Apresentação esquemática de concentração de produtores

Na tabela abaixo é descrito o papel dos diferentes intervenientes no modelo de produção em clusters.
25 DE AGOSTO DE 2020 1181

Tabela 7 Intervenientes do Cluster e o seu papel

Intervenientes e seu papel


Produtores de pequena escala Produtor de pequena escala (não
Sector público
(comerciais) comercial)
Constroem seus tanques ou gaiolas e fazem Beneficiam indirectamente através dos +FGPVKſECGNQECNK\CRTQFWVQTGUFGRGSWGPC
UWCIGUVºQ
EQOſPCPEKCOGPVQETÃFKVQ  produtores de pequena escala comerciais escala comerciais e aqueles que tenham
2QFGOVCODÃOTGEGDGTCUUKUVÄPEKCVÃEPKEC potencial para se tornarem mais orientados
do sector público; comercialmente
Organizam-se para a comercialização
escalonada da produção e abastecer
ao mercado de forma constante;
Assistem aos produtores familiares.

2.6.3 Catalisador industrial:


O modelo de catalisador industrial consiste no estabelecimento de um produtor comercial de aquacultura que trabalha com um
ITWRQFGRTQFWVQTGUEQOGTEKCKUFGRGSWGPCGUECNCSWGRQFGOGUVCTFKURGTUQU#ſIWTCTGRTGUGPVCQOQFGNQFGCTVKEWNCÁºQFGWO
catalisador industrial.


Figura 5 Apresentação esquemática de catalisador industrial

Este modelo é bastante privilegiado no desenvolvimento da actividade por ser o mais adequado para a produção de pescado
de maior valor comercial, com alto potencial para exportação e demostrar vantagens com ganhos para os diferentes intervenientes,
na medida em que permite:
a)3WGQUGEVQTEQOGTEKCNRTKXCFQFGITCPFGFKOGPUºQRQFGTGCNK\CTKPXGUVKOGPVQUGOKPHTCGUVTWVWTCUKPUWOQUGCUUKUVÄPEKCVÃEPKEC
b) Que o sector familiar (pequeno produtor) possa encontrar mercado garantido pelo empresário;
c) Não obstante os vários intervenientes não se localizarem no mesmo espaço físico, existe uma relação consistente entre eles,
como se ilustra na tabela 8.

Tabela 8 Intervenientes do Catalisador Industrial e o seu papel


Intervenientes e seu papel
Produtores de pequena escala Produtores de pequena escala
Catalisador industrial Sector público
(comerciais) (não comercial)
2TGUVC CUUKUVÄPEKC VÃEPKEC 4GEGDGO CUUKUVÄPEKC VÃEPKEC Beneficiam indirectamente Aprova e licencia o projecto
e insumos (alevinos, ração) e insumos (alevinos, ração) através do produtor comercial do catalisador industrial
aos produtores comerciais de do catalisador industrial e de pequena escala Monitoriza a actividade
pequena escala; entregam ao catalisador o produto
Processa e comercializa ſPCN RCTC Q RTQEGUUCOGPVQ G
a produção recebida comercialização;
dos produtores comerciais Constroem seus tanques
de pequena escala. ou gaiolas e fazem sua gestão.
1182 I SÉRIE — NÚMERO 163

2.7 Papel dos Actores-Chave


O modelo de intervenção para o desenvolvimento da aquacultura proposto, compreende vários intervenientes agrupados em quadro
FGITWRQUEQPHQTOGKNWUVTCCſIWTCUGIWKPVG

Figura 6 Interação entre os actores-chave para o desenvolvimento da aquacultura

O Governo, instituições de ensino, investigação e parceiros QURCTEGKTQUFGFGUGPXQNXKOGPVQVÄOWOCKORQTVCPVGEQPVTKDWKÁºQ


de desenvolvimento são o suporte de todos os intervenientes PCOQDKNK\CÁºQFGſPCPEKCOGPVQCRQKQVÃEPKEQGUQEKCN
FC ECFGKC FG XCNQT G QU TGUVCPVGU UºQ QU DGPGſEK¶TKQU ſPCKU Os principais actores-chave para o desenvolvimento
das acções estratégicas e compreende grandes (produtores da aquacultura são os seguintes: Sector público (instituições
industriais), Médias, Pequenas Empresas e os produtores do governo, ensino e pesquisa), privado (grandes, micro, pequenas
de pequena escala. e médias empresa), produtores de pequena escala e parceiros
A abordagem central da EDA é a promoção do investimento de desenvolvimento.
privado, com integração dos produtores de pequena escala através 2.7.1 Sector Público
de Parceria Público, Privado e Comunidade (PPPC) que assegura, De uma forma geral, o papel do Sector Público inclui
de certa maneira, o alcance dos objectivos sociais e económicos, instituições de ensino, investigação, promoção de extensão
como por exemplo, o combate a pobreza, aumento da renda, SWG VGO C TGURQPUCDKNKFCFG FG FGſPKT RQNÈVKECU G GUVTCVÃIKCU
KPETGOGPVQFCRTQFWÁºQGFCUTGEGKVCUFGGZRQTVCÁÐGUGſUECKU promover a investigação aquícola de modo a contribuir para
O Governo, para além do seu papel regulador, deve criar o desenvolvimento responsável e sustentável da aquacultura.
condições favoráveis para o investimento do sector privado, Essas acções são implementadas em dois níveis
o qual é parte fundamental na produção aquícola. Por sua vez, de representação conforme ilustrado a seguir:

Tabela 9 Papel do Sector Público


1 Definição de políticas, estratégias e legislação para o desenvolvimento responsável e sustentável da aquacultura;

2 Mobilização de investimentos e criação de linhas de crédito para actividades aquícolas;


3 Monitoria e avaliação da implementação das actividades;

4 Atribuição e legalização de espaços para a prática da aquacultura;


NsŘǼNjĶ 5 Avaliação de estudo de impacto ambiental e emissão de licenças ambientais;

6 Apoio do sector privado através do melhoramento do ambiente de negócios e serviços de apoio às micro, pequenas
e médias empresas;
7 Definição de linhas de pesquisa e programas de formação;

8 Definição de padrões e normas de produção e de produtos.

1 Identificação e divulgação de oportunidades de negócio e investimento;


2 Mobilização de investimentos e criação de linhas de crédito para actividades aquícolas;

ĵŸOĶ 3 Execução de actividades de extensão aquícola;


4 Reserva de espaços e conceder licenças ambientais para a prática da aquacultura;


5 Disponibilização de espaços para a prática da aquacultura.
25 DE AGOSTO DE 2020 1183

2.7.2 Sector Privado


O sector privado inclui produtores, processadores, comerciantes e provedores de serviços e constitui parte importante para o
desenvolvimento da aquacultura. Este sector deve investir na cadeia de valor de modo a capitalizar os investimentos públicos previstos.
1CWOGPVQFCRTQFWÁºQCSWÈEQNCGZKIGFQUGEVQTRTKXCFQOCKURTGUVCÁºQFGUGTXKÁQUOGTECFQUGUGTXKÁQUſPCPEGKTQUGGUVGRTQEGUUQ
conduz ao aumento do negócio e das oportunidades de emprego, colocando o sector privado com responsabilidades mais acrescidas,
conforme se apresenta na tabela 10.
Tabela 10 Papel do Sector Privado

ˠ ^sǣsŘɚŸĶɚsNj  ƼNjŸ_ȖYŸ _s sǣƼwOÞsǣ LJȖâOŸĶǣ

ˡ NŸĶEŸNjNj Ř ¯ŸNjŎYŸ s OƼOÞǼYŸ _Ÿǣ ƼNjŸ_ȖǼŸNjsǣ

ˢ NŸĶEŸNjNj Ř ƼNjŸɚÞǣŸ _Ÿǣ ǣsNjɚÞYŸǣ _s sɮǼsŘǣŸ s ǣǣÞǣǼyŘOÞ ǼwOŘÞO

ˣ ƻNjŸ_ȖʊÞNj s ¯ŸNjŘsOsNj ÞŘǣȖŎŸǣ LJȖâOŸĶǣ


ǢsOǼŸNj
ƻNjÞɚ_Ÿ ˤ ^sǣsŘɚŸĶɚsNj OǼÞɚÞ__s _s ƼNjŸOsǣǣŎsŘǼŸ s OŸŎsNjOÞĶÞʊYŸ _s ƼNjŸ_ȖǼŸǣ _ LJȖOȖĶǼȖNj

˥ NŸŘǼNjÞEȖÞNj ƼNj  ǣs¶ȖNjŘY ĶÞŎsŘǼNj ǼNjɚwǣ _Ÿ ȖŎsŘǼŸ _ ƼNjŸ_ȖYŸ ƼNj Ÿ ŎsNjO_Ÿ


ĶŸOĶ

˦ µsNjNj ŸƼŸNjǼȖŘÞ__sǣ _s sŎƼNjs¶Ÿ

˧ NŸŘǼNjÞEȖÞNj ƼNj  EĶŘY _s Ƽ¶ŎsŘǼŸǣ ǼNjɚwǣ _s sɮƼŸNjǼYƂsǣ




2.7.3 Produtores de Pequena Escala (comunidade) RCTEGNCFGVGTTCGCVTCXÃUFGCUUKUVÄPEKCVÃEPKECGſPCPEGKTCFQ


A comunidade é representada pelos produtores de pequena )QXGTPQGFQUITCPFGURTQFWVQTGUVÄOWORCRGNCFGUGORGPJCT
com vista ao desenvolvimento deste subsector para a promoção
GUECNCCSWÈEQNCUFGUWDUKUVÄPEKCPCU\QPCUEQORQVGPEKCNRCTCQ de uma aquacultura comercial, de acordo com o que se apresenta
desenvolvimento da aquacultura, que com o seu conhecimento, na tabela 11.
Tabela 11 Papel dos Produtores de Pequena Escala
NŸŘǼNjÞEȖÞNj ƼNj  ƼNjŸ_ȖYŸ _s sǣƼwOÞsǣ _s ¶Ȗǣ ÞŘǼsNjÞŸNjsǣ s ŎNjÞŘÌǣʰ OŸŎ  ǣǣÞǣǼyŘOÞ _Ÿ
ˠ
¶ŸɚsNjŘŸ ŸȖ _Ÿǣ ¶NjŘ_sǣ ƼNjŸ_ȖǼŸNjsǣ
ˡ ȕǼÞĶÞʊNj _s ¯ŸNjŎ ǣȖǣǼsŘǼ ɚsĶ Ÿǣ sǣƼYŸǣ  ǣÞ ǼNjÞEȖâ_Ÿǣ ƼNj  ƼNjŸ_ȖYŸ
ƻNjŸ_ȖǼŸNjsǣ_s ƻNjǼÞOÞƼNj Řǣ OYƂsǣ _s OƼOÞǼYŸ ƼNj ¶NjŘǼÞNj  LJȖĶÞ__s s ǣȖǣǼsŘǼEÞĶÞ__s _ ǣȖ
ƻsLJȖsŘ ˢ
ƼNjŸ_ȖYŸ
rǣOĶ
ˣ ^sǣsŘɚŸĶɚsNj OǼÞɚÞ__s _s ƼNjŸOsǣǣŎsŘǼŸ s OŸŎsNjOÞĶÞʊYŸ _s ƼNjŸ_ȖǼŸǣ _ LJȖOȖĶǼȖNj

ˤ NŸŘǼNjÞEȖÞNj ƼNj  ǣs¶ȖNjŘY ĶÞŎsŘǼNj ǼNjɚwǣ _Ÿ ȖŎsŘǼŸ _ ƼNjŸ_ȖYŸ ƼNj Ÿ ŎsNjO_Ÿ ĶŸOĶ


2.7.4 Parceiros de Desenvolvimento


1URCTEGKTQUFGFGUGPXQNXKOGPVQVÄOWORCRGNHWPFCOGPVCNPQFGUGPXQNXKOGPVQGEQPÎOKEQGUQEKCNRGNQSWGUºQEJCOCFQURCTC
o devido desempenho conforme a tabela a seguir.

Tabela 12 Papel dos Parceiros de Desenvolvimento

ˠ ®ÞŘŘOÞŎsŘǼŸ s ƼŸÞŸ ǼwOŘÞOŸ Ÿǣ ƼNjŸĠsOǼŸǣ s ƼNjŸ¶NjŎǣ _ LJȖOȖĶǼȖNj


ƻNjOsÞNjŸǣ_s ˡ
^sǣsŘɚŸĶɚÞŎsŘǼŸ _s sĶsŎsŘǼŸǣ _ O_sÞ _s ɚĶŸNjʰ ŎsǼŸ_ŸĶŸ¶Þ _s ƼNjŸ_ȖYŸʰ ǼsOŘŸĶŸ¶Þʰ
^sǣsŘɚŸĶɚÞŎsŘǼŸ ƼsǣLJȖÞǣ s ÞŘɚsǣǼÞ¶YŸ
ˢ ōŸEÞĶÞʊYŸ _s ¯ȖŘ_Ÿǣ ƼNj ÞŘÞOÞǼÞɚǣ _ LJȖOȖĶǼȖNj

1184 I SÉRIE — NÚMERO 163

2.8 Assuntos Transversais Fortalecida a capacidade de investigação;


A presente estratégia toma em consideração aspectos  /GNJQTCFC C TGFG FG GZVGPUºQ G VTCPUHGTÄPEKC
transversais considerados de extrema importância para de tecnologia;
o desenvolvimento da aquacultura no país, sendo de destacar: Estabelecido um quadro legal e normativo adequado para
Nutrição e riscos sociais:1EQPVGÕFQPWVTKEKQPCNGURGEÈſEQ o desenvolvimento da aquacultura.
será desenvolvido em colaboração com instituições relevantes
e incluído no currículo de treinamento em extensão da 3. Implementação, Monitoria e Avaliação
aquacultura. As principais actividades incluem orientação social
para aumentar o consumo de pescado produzido em regime A implementação da Estratégia deve ser caracterizada por
de aquacultura e alimentos produzidos localmente, envolver um esforço contínuo de revisão e realimentação das acções
os agentes comunitários de saúde e promover o processamento GUVTCVÃIKECURNCPKſECFCUEQOQRTQRÎUKVQFGIGTCTCUEQPFKÁÐGU
de pescado para agregação de valor. que permitam alcançar a visão da instituição.
Juventude: LQXGPU FCU EQOWPKFCFGU TWTCKU G WTDCPCU VÄO Nesta perspectiva, a principal responsabilidade de todos
um papel fundamental na execução desta estratégia, pois esse os gestores é identificar mudanças internas e externas,
grupo alvo será privilegiado nas actividades com vista ao rápido principalmente nas necessidades do desenvolvimento da
desenvolvimento da aquacultura. Na abordagem de inclusão CSWCEWNVWTC KFGPVKſECT FGUCſQU G EQPUVTCPIKOGPVQU KPKEKCT
da juventude medidas preventivas que desencorajem o emprego os ajustes necessários nas acções estratégicas planeadas para
de crianças no subsector da aquacultura são consideradas garantir a actualização do plano e alcance dos resultados
de acordo com a legislação sobre o assunto vigente em esperados.
moçambique, como também, é aspecto de observância o Plano As acções previstas na EDA devem ser anualmente
FG#EÁºQ0CEKQPCNRCTCQ%QODCVG´U2KQTGU(QTOCUFQ6TCDCNJQ incorporadas no PES e nos Planos de Actividades, bem como
Infantil em Moçambique (2018-2022). CUCEÁÐGUVTCPUXGTUCKUFGXGOUGTTGƀGEVKFCUFGHQTOCENCTCPGUVGU
Gênero e HIV-SIDA: A abordagem dos riscos sociais entre instrumentos.
os produtores de aquacultura é uma parte importante da habilitação Anualmente, devem ser elaborado o “Relatório Anual
da equidade entre os pequenos aquacultores. A inclusão da mulher de Actividades”, com os resultados da monitoria e avaliação
nas actividades de aquacultura será privilegiada em todas as fases das actividades previstas no Plano Economico Social (PES)
da Cadeia de Valor. Sempre que necessário e com envolvimento e o Plano Quinquenal do Governo (PQG), este é também usado
dos actores responsáveis serão considerados aspectos de saúde, com o instrumento base para o PES e Plano de Actividades do
incluindo HIV-SIDA. ano seguinte. O relatório anual de actividades deve conter um
Mudanças climáticas: A abordagem das intervenções capítulo com o balanço de implementação/cumprimento das
é no sentido da redução da vulnerabilidade dos aquacultores acções da estratégia.
a factores ligados as mudanças climáticas, conferir maior O sector que superintende a área da aquacultura será
TGUKNKÄPEKCCQUGHGKVQUCODKGPVCKUCFXGTUQUGRTQOQXGTUKUVGOCU responsável pela aprovação de acções macro, bem como,
de produção com menor impacto ambiental. CCXCNKCÁºQſPCNFCGUVTCVÃIKC
2.8 Resultados Esperados O Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca
Com a implementação da presente estratégia espera-se que no e Aquacultura (IDEPA) é responsável por planear, coordenar
ſPCNFQCPQFGUGCNECPEGQUUGIWKPVGUTGUWNVCFQU e garantir a consolidação das realizações da Estratégia no seu
Produzidas cerca de 400 mil toneladas de pescado em regime todo, garantindo a elaboração e divulgação do Relatório anual.
de aquacultura; Os sectores transversais que lidam com matérias de Terra,
Criados 533.500 postos de trabalho, dos quais cerca de 55% Ambiente, Indústria, Comércio, Economia, Finanças, Obras
indirectos; Públicas, Recursos Hídricos, Agricultura, Desenvolvimento
Rural, Emprego, Juventude e Emprego são responsáveis pela
Produzida e disponibilizada localmente ração balanceada
EQQTFGPCÁºQGKORNGOGPVCÁºQFCUPGEGUUKFCFGUKFGPVKſECFCURCTC
para peixe a preços competitivos;
o desenvolvimento da aquacultura de forma a auxiliar o processo
Promovida pelo menos uma unidade de produção de alevinos de monitoria das actividades executadas.
em cada uma das províncias;
A implementação efectiva e coordenada exige
Estabelecido um sector produtivo comercial robusto, Q GUVCDGNGEKOGPVQ FG ECPCKU FG EQOWPKECÁºQ GſEKGPVGU GPVTG
na actividade aquícola, que contribua com a maior parte os vários intervenientes da cadeia de valor. Deve ser estabelecido
da produção nacional; o modelo de comunicação entre as partes envolvidas e
Fortalecida a participação dos pequenos produtores (sector por outro lado a divulgação massiva de informação sobre
familiar) na actividade aquícola; o ponto de situação da EDA.
Promovida a exploração de espécies marinhas nos locais O ciclo de implementação e monitoria, representa
com potencial; um fluxo de actividades contínuo que se repete
Estabelecidas infraestruturas de produção de aquacultura conforme ilustrado na figura 7, anualmente, durante
nas zonas com maior potencialidade QRGTÈQFQFGXKIÄPEKCFC'UVTCVÃIKC
25 DE AGOSTO DE 2020 1185

1 2
Acções estratégicas
PES e PA elaborado implementadas
Elaboração do PES Implementação das
e do PA acções definidas

Realização da Monitoria e
Avaliação

3
Relatório anual de actividades

Figura 7 Ciclo de Implementação e Monitoria da Estratégia

A EDA contempla, em anexo, o plano de acção para 4. Custo


QURTKOGKTQUCPQUFGXKIÄPEKCGURGTCPFQUGSWGWOCCXCNKCÁºQ Para alcançar os resultados pretendidos foi elaborado um
intermedia seja feita no terceiro ano de implementação, que orçamento indicativo do investimento a ser feito nas diferentes
RQUUKDKNKVCT¶CTGXKUºQFQOGUOQGQWVTCPQſPCNFGUVGRGTÈQFQ intervenções. O orçamento para operacionalização da Estratégia
para o balanço e preparação de um novo plano de acção para está avaliado em 56.1 Mil Milhões de Meticais, conforme se
o restante período. demonstra na tabela a seguir:

Tabela 13 Custo de Financiamento para a Estratégia

KƌĕĂŵĞŶƚŽ;Dŝů
/ŶǀĞƐƚŝŵĞŶƚŽ
DĞƚŝĐĂŝƐͿ
ĂƉĂĐŝĚĂĚĞdĠĐŶŝĐĂĞŝŶƐƚŝƚƵĐŝŽŶĂů ϰ͕ϱϱϬ͕ϬϮϱ͘ϬϬ
/ŶĨƌĂĞƐƚƌƵƚƵƌĂƐƉƌŽĚƵƚŝǀĂƐ ϯϮ͕ϳϬϯ͕ϮϱϬ͘ϬϬ
/ŶĨƌĂĞƐƚƌƵƚƵƌĂƐĚĞĂƉŽŝŽ ϱϴϱ͕ϱϬϬ͘ϬϬ
/ŶĐĞŶƚŝǀŽƐ&ŝƐĐĂŝƐ ϭ͕ϯϬϬ͕ϬϬϬ͘ϬϬ
^ĞƌǀŝĕŽƐ&ŝŶĂŶĐĞŝƌŽƐ ϭϲ͕ϴϰϮ͕ϳϬϬ͘ϬϬ
WƌŽŵŽĕĆŽ͕ŝǀƵůŐĂĕĆŽĞŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ ϭϱϰ͕ϱϬϬ͘ϬϬ
dŽƚĂů ϱϲ͕ϭϯϱ͕ϵϳϱ͘ϬϬ 

1ſPCPEKCOGPVQFCUCEÁÐGURTGXKUVCUPCGUVTCVÃIKCVGT¶EQOQ de cooperação), cuja gestão deve respeitar as normas reguladas


fonte, recursos do sector públicos e do sector privado. Espera- para o uso de fundos públicos.
UGSWGQUGEVQTRTKXCFQſPCPEKGCOGUOCEQOEGTECFG 2CTVGFQQTÁCOGPVQL¶GUV¶CUUGIWTCFCCVTCXÃUFGſPCPEKCOGPVQ
do valor total. Relativamente aos recursos do sector público, proveniente de parceiros de cooperação, conforme se apresenta
HQTCO KFGPVKſECFCU C HQPVG KPVGTPC G HQPVG GZVGTPC
RCTEGKTQU na tabela 14.

Tabela

14 Financiamento Assegurado
Valor total Valor total
Projecto Actividade e Local Duração
(106 USD ) (106 MZN)
Aquacultura nas províncias de Cabo
PRODAPE5 Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Tete, 49 3,087 anos
Sofala, Manica.

5. Riscos

O sucesso da EDA depende não só da implementação de UWCOKVKICÁºQ1URTKPEKRCKUTKUEQUKPGTGPVGU´KORNGOGPVCÁºQ


acções para responder aos objectivos estratégicos, mas também a UºQ CSWGNGU NKICFQU ´ QEQTTÄPEKC FG FQGPÁCU FQU QTICPKUOQU
previsão de riscos que possam ocorrer e adopção de medidas para CSW¶VKEQUOWFCPÁCUENKO¶VKECUGFKURQPKDKNKFCFGſPCPEGKTC

2TQLGEVQFG&GUGPXQNXKOGPVQFG#SWCEWNVWTCFG2GSWGPC'UECNCſPCPEKCFQRGFQ(WPFQ+PVGTPCEKQPCNFG&GUGPXQNXKOGPVQ#ITÈEQNC
5
1186 I SÉRIE — NÚMERO 163

5.1 Biossegurança desastres climáticos, coordenação interinstitucional


entre os diferentes intervenientes e assegurar
Com o crescimento da produção aquícola no país, várias
o estabelecimento e capacitação de Comités Locais
SWGUVÐGU G FGUCſQU KTºQ UWTIKT SWCPVQ ´ UWUVGPVCDKNKFCFG FC
de Gestão de Risco de Desastres;
CEVKXKFCFG 5WTVQU FG FQGPÁCU GO CSWCEWNVWTC VÄO RTQXQECFQ
c  #WOGPVQ FC TGUKNKÄPEKC FQ UWDUGEVQT FC CSWCEWNVWTC
enorme preocupação pelos danos económicos devastadores
através da divulgação de informação climática,
que causam neste sub-sector ao nível global, países da região,
adopção e Promoção de tecnologias e infraestruturas
incluindo Moçambique, havendo necessidade premente de criar de produção resilientes as mudanças climáticas;
instrumentos de salvaguarda da biossegurança, que possibilitem
d) Subscrição aos serviços de seguros aos empreendimentos
avaliar os riscos nas unidades de produção e criar procedimentos da aquacultura de forma a minimizar os impactos
de gestão e monitoria dos mesmos. dos fenómenos naturais resultantes das mudanças
Deste modo, os instrumentos de salvaguarda da biossegurança climáticas.
deve conter elementos que vão auxiliar a: Financiamento
a) Reduzir o risco de introdução de doenças nas unidades
# RTKPEKRCN HQPVG FG ſPCPEKCOGPVQ RCTC C KORNGOGPVCÁºQ
de produção;
das acções de desenvolvimento da aquacultura é o orçamento
b) Conter o risco de propagação de doenças dentro das FCUTGEGKVCUKPVGTPCUSWGRQFGOUGTCVTCXÃUFCUTGEGKVCUſUECKU
unidades de produção; GEQPUKIPCFCU5GPFQSWGHQKFGſPKFCRGNQ)QXGTPQCCSWCEWNVWTC
c) Reduzir a possibilidade de doenças disseminarem-se como área prioritária do sector, é necessário o estabelecimento
da unidade de produção para o meio ambiente natural; de uma taxa significativa das receitas consignadas para
e o investimento neste subsector, com vista a impulsionar
d) Estabelecer ferramentas que permitam a prevenção o seu rápido desenvolvimento.
e rápida reacção em casos de surtos de doenças. Igualmente, para assegurar que esta estratégia seja um sucesso,
XKUVQ SWG QU RGSWGPQU RTQFWVQTGU VÄO WO RCRGN HWPFCOGPVCN
5.2 Mudanças Climáticas na produção de comida, neste caso de produtos pesqueiros, deve-
As mudanças climáticas em Moçambique são marcadas pela -se incentivar a estes para impulsionarem as suas acções ligadas
QEQTTÄPEKC HTGSWGPVG FG GXGPVQU GZVTGOQU VCKU EQOQ XGPVQU a aquacultura, onde haja condições para o desenvolvimento
fortes, ciclones, inundações e secas, com grande impacto da prática aquícola.
na economia, no geral, e no subsector da aquacultura, em O sector privado é chamado a intervir ao longo da Cadeia
RCTVKEWNCT0ºQQDUVCPVGCXWNPGTCDKNKFCFGFQRCÈU´UOWFCPÁCU de Valor deste subsector e para o efeito será necessário demostrar
climáticas, os impactos podem ser antecipados e mitigados nas a actratividade do negócio, tanto ao nível interno, como para
KPVGTXGPÁÐGURNCPKſECFCURCTCCSWCEWNVWTC#UUKOÃPGEGUU¶TKQ exportação, criando-se condições para diminuir os custos
de produção e disponibilização de produtos de maior valor
desenvolver acções com vista a identificação de medidas
comercial.
de mitigação e adaptação aos riscos, tendo como instrumento
FGTGHGTÄPEKCC'UVTCVÃIKC0CEKQPCNFG#FCRVCÁºQG/KVKICÁºQ Por último, para garantir o desenvolvimento da aquacultura,
o apoio dos parceiros de cooperação é fundamental e neste
FCU/WFCPÁCU%NKO¶VKECUEQOÄPHCUGRCTC
contexto, deve-se, como já tem estado a acontecer, mobilizar
a) Fortalecimento do sistema de alerta precoce, através LWPVQ FGUVGU RCTEGKTQU TGEWTUQU ſPCPEGKTQU UWſEKGPVGU RCTC
da recolha de informação meteorológica implementação da estratégia.
antecipadamente e partilha com o grupo alvo para Deste modo, estão criadas as condições para diminuição
devida precaução; do risco de financiamento, pois foram identificadas várias
b) Melhoramento da capacidade de preparação para lidar fontes fidedignas que estão disponíveis para assegurar
com os riscos, por via da preparação sobre iminentes a implementação da EDA.
Anexo I

25 DE AGOSTO DE 2020
Plano de Acção
1RNCPQFGCEÁºQHQKGUVTWVWTCFQRQTRKNCTGUFGCRQUVCGUVTCVÃIKECFGUCITGICFQURQTQDLGEVKXQUGUVTCVÃIKEQUGFGVCNJCFQUGOCEÁÐGUGURGEÈſECUEQOQUTGURGEVKXQUKPFKECFQTGUOGVCU
para os primeiros 5 anos de implementação, orçamento indicativo e os responsáveis pela implementação.

Pilar 1 Produção e Produtividade


Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
(Mil MT)
Relatório do
mapeamento dos
Actualizar o espaços 1
mapeamento das marinhos IDEPA,
zonas potenciais para realizado IIP,
a prática da Relatório de MICTUR
Alto 100.000,00 DPAP
aquacultura mapeamento das MOPHRH,
1
águas interiores MIREME
realizado e MTA
Decreto da
Reservar os espaços
Objectivo reserva de 1 1
mapeados
Estratégico espaço aprovado
1: Facilitar Realizar estudos de IDEPA,
Relatório das
o Acesso a impacto ambiental IIP,
áreas reservadas
Terra e estratégico e MICTUR
classificadas Alto 1 1 1 175.500,00 DPAP
Espaços Classificar as áreas MOPHRH,
segundo o risco
Aquáticos reservadas segundo o MIREME
ambiental
risco ambiental. e MTA
Relatório dos
Realizar estudos de
estudo de
desenvolvimento
desenvolvimento Alto - 2 4 1 1 144.000,00 IDEPA IIP, DPAP
espacial dos espaços
espacial
reservados.
realizado
Desenhar o quadro
legal/ normativo para Quadro legal
Alto - 2 4 1 1 36.000,00 IDEPA IIP, DPAP
utilização dos espaços desenhado

1187
reservados.


1188
Pilar 1 Produção e Produtividade
Nível de Metas Orçamento Responsável
Objectivo
Acção Indicador Priorida Indicativo
Estratégico 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
de (Mil MT)
Divulgar informação:
espaços disponíveis,
N.º de secções
quadro institucional,
de divulgação Alto 11 11 15.000,00 DPAP IDEPA
regulamentar e proces-
realizadas
sual para acesso aos
espaços reservados
Apoiar aos
aquacultores de N.º de
pequena escala aquacultores SDAE,
Alto 100 1 000 2 500 2 500 1 000 70.000,00 DPAP
na regularização/ com DUAT/A MTA
obtenção de Direitos regularizado
de uso de terra e água
Promover
N.º de
o estabelecimento, IDEPA,
instalações de
reabilitação Operadores
produção Modera
e modernização 0 5 7 8 8 1.820.000,00 DPAP privados,
estabelecidos, do
Objectivo de instalações PROAZU,
reabilitados ou
Estratégico 2: de produção através ONG
modernizados
Promover o de PPP
Desenvolvimento IDEPA,
de Infraestruturas Promover N.º de Operadores
chave de apoio à o estabelecimento aquaparques Alto 3 4 4 6 10 774.000,00 DPAP privados,
Actividade de de Aquaparques estabelecidos PROAZU,
Aquacultura ONG
Promover
IDEPA,

I SÉRIE — NÚMERO 163


o estabelecimento N.º de clusters
Alto 1 4 5 4 3 39.000,00 DPAP PROAZU,
de tanques e gaiolas estabelecidos
SDAE
em regime de clusters

ϯ


25 DE AGOSTO DE 2020
Pilar 1 Produção e Produtividade
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
(Mil MT)
Promover o
estabelecimento e
reabilitação de IDEPA,
infraestruturas N.º de INIP,
apropriadas para infraestruturas Operadores
Alto 1 3 4 4 4 DPAP
processamento, estabelecidas ou 1.600.000,00 privados,
Objectivo conservação, e reabilitadas PROAZUL,
comercialização dos ONG
Estratégico 2:
produtos da
Promover o aquacultura
Desenvolvime N.º de unidades
nto de de produção de
PROAZ
Infraestruturas ração de grande Alto 1 1 1 337.500,00
UL IDEPA,
chave de Promover o escala
Operadores
apoio à estabelecimento de estabelecidas
privados,
Actividade de unidades de produção N.º de unidades
PROAZUL,
de ração de produção de
Aquacultura ONG
ração de pequena Alto 2 3 3 2 110.000,00 DPAP
escala
estabelecidas
IDEPA,
Promover unidades de N.º de unidades
IIP,
produção de sementes de produção de
Operadores
aquícolas em locais sementes em Alto 1 2 3 2 2 108.000,00 DPAP
privados,
estratégicos em todas todas as
PROAZUL,
as províncias províncias
ONG

ϰ

1189


1190
Pilar 1 Produção e Produtividade
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
(Mil MT)
Promover N.º de unidades IDEPA,
a construção e de recria Alto 3 4 3 2 61.250,00 DPAP Operadores
operacionalização de promovidas privados
unidades de recria
Estabelecer um
sistema de IDEPA,
Sistema de
licenciamento e ADNAP IIP, INIP,
licenciamento Moderado 1 15.000,00
monitorização das DPAP,
estabelecido
instalações de SDAE
aquacultura
Estabelecer IDEPA,
Mecanismos de
mecanismos de IIP,
controlo de
controlo e monitoria Moderado 1 10.000,00 INIP Autoridade
doenças
Objectivo de doenças animais e de
estabelecido
Estratégico 3: plantas aquáticas Veterinária
Gerir os Rever e implementar o
Recursos plano de controlo de
IIP,
Aquícolas de resíduos de drogas
IDEPA,
Forma veterinárias nas
Plano revisto Moderado 1 5.000,00 INIP Autoridade
Sustentável instalações de
de
engorda, de produção
Veterinária
de ração e de
alevinos/larvas
Elaborar o Plano
Nacional de IDEPA,
Plano elaborado Moderado 1 6.000,00 INIP
biossegurança na DPS, IIP

I SÉRIE — NÚMERO 163


Aquacultura
Equipar laboratórios Laboratório
Alto 1 65.500,00 INIP IIP
para análise de equipado
ϱ


25 DE AGOSTO DE 2020
Pilar 1 Produção e Produtividade
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
(Mil MT)
doenças de animais
aquáticos
Elaborar um plano
nacional de adaptação
e mitigação de Plano elaborado Alto 1 5.500,00 IDEPA
mudanças climáticas
na aquacultura.
Realizar estudos e
pesquisas específicos
para inovações
tecnológicas e outras N.º de estudos
Moderado 1 2 2 3 2 73.000,00 IIP IDEPA
matérias relevantes realizados
para o
desenvolvimento da
aquacultura
Objectivo Promover o
Estratégico 4: estabelecimento de
N.º de unidades
Promover o unidades de IDEPA,
de demonstração Alto 2 4 4 4 84.000,00 DPAP
Acesso à demonstração de boas SDAE
estabelecidas
Tecnologia práticas de
aquacultura
Divulgar boas práticas
através de sessões de
demostração sobre os
N.º de sessões IDEPA,
processos tecnológicos Alto 10 10 10 10 10 100.000,00 DPAP
realizadas SDAE
de produção,
manuseamento e
processamento de

ϲ

1191


1192
Pilar 1 Produção e Produtividade
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
(Mil MT)
produtos da
aquacultura
Prestar assistência
técnica aos produtores
em boas práticas de
produção, N.º de produtores 12 15 IDEPA,
Alto 6 000 8 000 10 000 100.000,00 DPAP
manuseamento e assistidos 000 000 SDAE
processamento de
produtos da
aquacultura
Estabelecer parcerias
N.º de
com laboratórios,
memorandos de
instituições de ensino
entendimento/par Alto 1 1 1 1 1 5.000,00 IDEPA IIP
superior e privados –
cerias
desenvolvimento da
estabelecidas
pesquisa aplicada
Criar parcerias público
privado e comunidade
com enfoque na
N.º de parcerias
disponibilização de Alto 4 5 5 5 24.700,00 DPAP IDEPA
estabelecidas
serviços tecnológicos
de apoio aos
produtores locais.

I SÉRIE — NÚMERO 163


5.883.950.00

ϳ
25 DE AGOSTO DE 2020
Pilar 2 Investimento Privado e Acesso ao Financiamento
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
MT
Objectivo
Estratégico 5: Rever o quadro legal
Melhorar o e normativo para
Ambiente de a simplificação dos
N.º de
Negócios procedimentos MIMAIP,
instrumentos Alto 1 1 2 2 2 52.000,00 IDEPA
através da administrativos INIP
legais revistos
revisão do referentes
quadro legal, à Licenciamento,
processos e produção e exportação
procedimentos
Elaborar e divulgar
estudos de pré-
viabilidade para N.º de
Objectivo investimento em estudos pré-
IDEPA,
Estratégico 6: aquacultura (websites, viabilidade Alto 1 4 5 5 150.000,00 PROAZUL
IIP, APIEX
Promover o folhetos, conferencias, elaborados
Negócio da fóruns de investimentos, e divulgados
Aquacultura e contactos directos com
Mobilizar o investidores)
Sector Privado Pacote
Definir e aprovar um IDEPA,IIP,
a Investir na de incentivos Alto 1 DEPI
pacote de incentivos PROAZUL
Actividade definido
integrado para 5.525,00
o investimento Pacote de
IDEPA,IIP,
na aquacultura incentivos Alto 1 DEPI
PROAZUL
aprovado

ϴ

1193


1194
Pilar 2 Investimento Privado e Acesso ao Financiamento
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
MT
Estabelecer parcerias
com entidades
governamentais e não-
-governamentais para N.º de
apoio aos produtores parcerias Alto 1 4 5 5 6 32.550,00 IDEPA ADNAP
locais através da estabelecidas
disponibilização de
apoio técnico
e financeiro
Criar linhas de
N.º de linhas
financiamento e as
de
respetivas modalidades Alto 1 1 1 PROAZUL IDEPA
financiamento 2.250.000,00
de acesso para a cadeia
criadas
de valor da Aquacultura
Mobilizar o sector
financeiro e não
financeiro: bancos
Objectivo IDEPA,
e instituições de micro- N.º de
Estratégico 7: Sector
-finanças e ONG's para parcerias Moderado 2 6 6 6 6 7.700,00 PROAZUL
Facilitar o Privado,
participação na estabelecidas
Acesso ao ONGs
disponibilização do
Financiamento
financiamento ao sector
produtivo
Elaborar modelos de
projectos de N.º de
financiamento que modelos de
Moderado 2 2 2 2 2 15.000,00 PROAZUL IDEPA

I SÉRIE — NÚMERO 163


facilitam o sector projectos
produtivo aceder a linhas elaborados
de crédito
ϵ


25 DE AGOSTO DE 2020
Pilar 2 Investimento Privado e Acesso ao Financiamento
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
MT
Potenciar produtores de
pequena escala de
N.º de
aquacultura em pacotes
produtores IDEPA,
apropriados de crédito,
de pequena Sector
capacitação em gestão Alto 100 150 200 300 500 125.000,00 PROAZUL
escala de Privado,
de negócios e tecnologia
aquacultura ONG
de produção para elevar
apoiados
os seus níveis e
qualidade de produção
2.637.775,00

ϭϬ

1195


1196
Pilar 3 Acesso ao Mercado
Nível Metas Responsável
Orçamento
Objectivo de
Acção Indicador Indicativo Primári Secund
Estratégico Priorida 2021 2022 2023 2024 2025
MT o ário
de
Elaborar e divulgar estudos
sobre potencialidades e N.º de estudos
Alto 1 1 10.000,00
oportunidades de negócio elaborados IDEP
(cadeia de valor na PROA A,
Objectivo aquacultura marinha N.º de acções de ZUL APIEX
e cadeia de valor na Modera
Estratégico 8: divulgação 2 2 2 2 4.000,00
aquacultura águas do
Melhorar o realizadas
acesso a interiores).
informação Participar em conferências N.º de
Moder
sobre de aquacultura dentro e fora conferências de 2 2 2 2 50.000,00 IDEPA
ado
potencialidades do país atendidas
e oportunidades Realizar conferências de
N.º de
de negócio de investidores para atrair
conferências Alto 1 1 200.000,00 IDEPA
aquacultura investimentos em
realizadas
aquacultura
Criar uma plataforma com
base de dados da cadeia Plataforma criada Alto 1 3.250,00 IDEPA DEPI
de valor de Aquacultura
Objectivo Prestar assistência técnica
Estratégico 9: aos produtores com vista IDEPA
N.º de produtores
capacitar os a garantir a qualidade hígio- Alto 100 300 450 550 650 102.500,00 DPAP ,
assistidos
produtores, -sanitária e agregar valor aos INIP
processadores e produtos da aquacultura
comerciantes do Promover a criação e registo IDEPA
N.º de acções
pescado de marcas nacionais dos Alto 1 1 1 1 7.500,00 IDEPA , INIP,
realizadas

I SÉRIE — NÚMERO 163


aquícola em produtos aquícolas DPAP

ϭϭ


25 DE AGOSTO DE 2020
matéria hígio- IDEPA
Promover a certificação N.º de acções
sanitária ,
hígio-sanitária dos produtos de promoção Alto 25 25 25 25 18.000,00 INIP
DPAP,
da Aquacultura realizadas
SDAE
IDEPA
Promover o licenciamento N.º acções
,
hígio-sanitário das realizadas Alto 10 10 15 15 7.500,00 INIP
DPAP,
instalações de Aquacultura de promoção
SDAE
Promover ligações
empresariais do subsector
entre os beneficiários dos
projetos e vários N.º de acções
IDEPA
intervenientes da cadeia de ligações Alto 5 10 20 20 50 8.500,00 DPAP
,
de valor – encorajando promovidas
SDAE
Objectivo a organizarem-se em grupos
Estratégico 10: produtivos (associações,
Apoiar e cooperativas, fóruns)
Assistir Promover a colaboração
Tecnicamente o entre aquacultores e a N.º de parcerias Produto
Empresariado e indústria de processamento, criadas
Alto 2 2 4 4 6.000,00
res
IDEPA
outros visando a integração da
intervenientes cadeia produtiva
da cadeia de N.º de produtores
valor da Promover o uso de e comerciantes
aquacultura dispositivos de conservação com acesso
Médio 50 300 400 500 600 92.500,00 IDEPA
do pescado aos produtores a dispositivos
e comerciantes de conservação
do pescado.
Elaborar normas de N.º de documentos
certificação de qualidade dos de normas de Médio 1 5.000,00 INIP
produtos da aquacultura qualidade criados
514.750,00

ϭϮ

1197


1198
Pilar 4 Formação e Capacitação Institucional
Metas Orçamento Responsável
Objectivo Nível de
Acção Indicador Indicativo
Estratégico Prioridade 2021 2022 2023 2024 2025 Primário Secundário
MT
ADNAP, IIP,
Revisto o
INIP.
Regulamento
Alta 1 5.000,00 IDEPA Gabinete
Geral de
Elaborar e Rever o quadro Juridico-
Aquacultura
legal e normativo para MIMAIP
o desenvolvimento Elaboradas ADNAP, IIP,
da Aquacultura normas e INIP.
Objectivo procedimentos Alta 1 1 10.000,00 IDEPA Gabinete
Estratégico para operações Juridico-
11: Reforçar de aquacultura MIMAIP
a capacidade Apetrechar o sector com
institucional equipamentos para Apetrechados
com Instituições
implementação e Moderado 1 1 1 19.500,00
equipamentos intervenietes
monitoria das actividades
para monitoria
da aquacultura
Melhorado o
Melhorar o sistema
Sistema de
de captação e gestão Alto 1 13.000,00 IDEPA
captação e
de dados de produção
gestão de dados
Capacitar os Recursos
Objectivo Humanos do sector em Nº de técnicos
Alto 20 80 50 30 20 200.000,00
Estratégico matérias ligadas a cadeia capacitados
12: de valor da Aquacultura
IDEPA
Desenvolver Capacitar os Recursos
Recursos Humanos do sector Nº de técnicos

I SÉRIE — NÚMERO 163


Alto 5 20 5 5 22.000,00
Humanos em matérias ligadas capacitados
a administração
ϭϯ


25 DE AGOSTO DE 2020
Capacitar os recursos
humanos da Escola de
Nº de pessoas Escola de
Pesca em matérias ligadas Alto 5 10 10 5 5 35.000,00
capacitadas Pesca
a cadeia de valor da
aquacultura
Capacitar os recursos
Nº de pessoas
humanos do sector em Alto 2 4 4 4 22.500,00 INIP IDEPA, IIP
capacitadas
matéria de biossegurança
Apoiar a Escola de Pesca
Escola de Pesca Escola de
com equipamentos para as Alto 1 1 1 17.500,00
apetrechada Pesca
actividades da aquacultura
Apoiar Escola de Pesca na
construção de infra- Nº de infra-
Escola de
estruturas para estruturas Alto 1 50.000,00
Pesca
demostrações de práticas construídas
em aquacultura
Actualizar o currículo do
Currículo Escola de
curso da aquacultura da Alto 1 5.000,00
actualizado Pesca
Escola de Pesca
Estabelecer parcerias com
instituições de ensino
técnico profissional e Nº de parcerias
Alto 1 1 1 1 1 3.000,00 IDEPA MIMAIP
superior para incluir nos estabelecidas
seus currículos matérias
sobre aquacultura
Divulgar instrumentos Nº de
ligados a assuntos instrumentos Alto 4 8 8 6 6 33.000,00 IDEPA MIMAIP
transversais divulgados

435.500,00

ϭϰ

1199
1200 I SÉRIE — NÚMERO 163

O orçamento de implementação do plano de acção representa a Espaço marítimo – Compreende todas as zonas marítimas
GUVKOCVKXCFCTGCNK\CÁºQFCUCEVKXKFCFGUGQUTGEWTUQUſPCPEGKTQU UQDLWTKUFKÁºQPCEKQPCNPQUVGTOQUFGſPKFQUPC%QPXGPÁºQFCU
que serão necessários para a intervenção do Governo para o Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
desenvolvimento do sector privado e cobertura do risco resultante Espécies aquícolas – espécies aquáticas animais ou vegetais
da curva de aprendizagem. O custo da implementação do Plano utilizadas em sistemas de aquacultura.
de Acção para os primeiros 5 anos foi estimado em cerca de 9.5 Extensão – é o serviço de acompanhamento, organização
Mil Milhões de Meticais. e discussão com as comunidades, singular e ou colectivamente,
com objectivo do seu desenvolvimento integral e a melhoria
de sua qualidade de vida, através de sua organização, articulação
Anexo II e geração de trabalho e renda.
Instalações de Aquacultura – são massas de águas
Glossário dos Termos
G UGWU HWPFQU PCVWTCN QW CTVKſEKCNOGPVG ETKCFCU FGXKFCOGPVG
Alevinos – é a designação dada aos peixes recém-saídos do FGOCTECFCGCKPFCSWCKUSWGTCTVGHCEVQUƀWVWCPVGUQWUWDOGTUQU
ovo e que já reabsorveram o saco vitelino. GKPUVCNCÁÐGUGOVGTTCſTOGSWGVGPJCORQTſOCTGRTQFWÁºQ
Aquacultura Ō VQFCU CU CEVKXKFCFGU SWG VÄO RQT HKO e/ou a cultura de espécies aquáticas.
a reprodução, o crescimento, a engorda, a manutenção Manuseamento – acções relacionadas com o tratamento
GQOGNJQTCOGPVQFGGURÃEKGUCSW¶VKECURCTCſPUFGRTQFWÁºQ da aquacultura, entre a captura e a transformação ou entre
sendo estas operações efectuadas em instalações alimentadas a captura e a venda, que compreendem, designadamente,
por águas marítimas (aquacultura marinha), por águas interiores os cuidados durante a evisceração, lavagem, uso de gelo,
(aquacultura de água doce) ou por ambas. armazenagem, transporte, as operações de descarga ou qualquer
Aquaparques – instalações de aquacultura agrupadas outra operação de manuseio.
G FGXKFCOGPVG GUVTWVWTCFCU LWPVQ ´ WOC HQPVG RGTOCPGPVG Piscicultura – é o cultivo exclusivo de peixes.
de água, podendo ou não, estar ligada a infraestruturas de apoio, Processamento – qualquer tratamento que altere
conforme legislação ou procedimentos aplicáveis. a integridade anatómica do produto da aquacultura ou que submeta
Centralidades Ō FKUVTKVQU EWLC NQECNK\CÁºQ IGQIT¶ſEC NJGU a transformação tal como o enlatar, secar, fumar, pôr em salmoura,
confere vantagem comparativa e possuem infraestruturas que congelar, ou a combinação destes processos no tratamento
permitem a produção e escoamento do pescado bem como dos produtos da aquacultura para posteriormente serem vendidos
o fornecimento de insumos a preços aceitáveis. a grosso ou a retalho.
Concentração de Produtores (Clusters) – proveniente da Produtos da Aquacultura/Aquícolas – todos aqueles que
NÈPIWCKPINGUCSWGUKIPKſECCINQOGTCFQÃWOITWRQFGEQKUCUQW sejam obtidos da actividade de reprodução, e ou crescimento,
de actividades semelhantes que se desenvolvem conjuntamente. engorda, manutenção e melhoramento de espécies aquáticas que
Entende-se a ideia de junção, união, agregação, integração. Neste sejam controlados pelo homem.
contexto, deverá entender-se como a união dos diversos actores Ração Ō CNKOGPVQ UWRNGOGPVCT CTVKſEKCNOGPVG RTQFW\KFQ
SWG KPVGTXÄO FG HQTOC KPVGITCFC G CLWUVCFC EQO C ſPCNKFCFG EWLC EQODKPCÁºQ FG PWVTKGPVGU EQTTGURQPFG ´U PGEGUUKFCFGU
de prestarem apoio entre si e deste modo obterem, também, nutricionais da espécie-alvo.
ganhos comuns. Sementes aquícolas – organismos aquáticos nos seus
Engorda – fase final da criação de animais aquáticos, primeiros estágios de vida, destinados a dar início ao cultivo em
compreendendo o período entre a fase juvenil e a colheita. cativeiro.

Anexo III
Cadeia de Valor da Aquacultura

Processamento (adição
Descrição Fornecimento de insumos Produção/Engorda Comercialização
de valor)
Processo de
escoamento e venda
Processo de adição de CQEQPUWOKFQTſPCN
Disponibilização de (CUGſPCNFCETKCÁºQ
valor e preservação incluindo a distribuição
insumos e serviços de animais aquáticos,
do pescado, por e logística do produto
imprescindíveis para compreendendo o
forma a manter o ſPCNVTCPUCÁºQ
realização da actividade período entre a fase
pescado em condições EQOGTEKCNGſPCPEGKTC
aquícola e distribuição juvenil e a colheita
comercializáveis. entre o distribuidor e
os mercados de venda
ſPCN
Recursos
Alevinos, larvas,
Ovos, reprodutores, juvenis Ração,
Pescado para
Insumos/Consumíveis / ração, hormonas para fertilizantes orgânicos Pescado, gelo,
comercialização, Gelo,
Serviços: a reversão sexual da e inorgânicos, combustível
Sal, Lenha, embalagem
Tilápia medicamentos de uso
veterinário
25 DE AGOSTO DE 2020 1201

Processamento (adição
Descrição Fornecimento de insumos Produção/Engorda Comercialização
de valor)
Equipamentos para
biometria e kits
de medição da
qualidade da água,
equipamentos para
gaiolas, tanques Congeladores, Caixas
pesca, recipientes Congeladores, caixas
píscolas, incubadoras, isotérmicas, câmaras
Equipamento: para o transporte isotérmicas, máquinas
kits de medição de congelação
e acondicionamento de embalar
de água. e conservação
do pescado,
equipamentos de
construção de gaiolas

TGFGUƀWVWCFQTGU
molde, âncora), Gaiolas
Fabricas de ração, Salas de salas de armazenagem
e tanques piscícolas,
Infra-estruturas: maternidade, energia, processamento, e mercados de peixe,
energia, vias de acesso.
vias de acesso. energia, vias de acesso. energia, vias de acesso.

Gestores de unidades Intermediário,


de produção de Comerciante
alevinos e Retalhista com
Aquacultores Processadores
Capacidade Humana: conhecimento
Fornecedores e Extensionistas de pescado
do manuseamento
de componentes para e conservação
montagem de gaiolas do pescado
Pescado processado
2TQFWVQſPCN Alvinos, Ração Pescado pescado
e/ou embalado
Transporte dos
insumos até a zona
de produção aquícola; Manuseamento do
Manuseamento pescado, que inclui Manuseamento, Transporte
e armazenamento colocação de gelo, embalagem e manuseamento
Logística
da ração; aclimatização e transporte para o e armazenamento e conservação
dos alvinos durante local de processamento do pescado FQRTQFWVQſPCN
o transporte ou para o mercado.
e povoamento
no tanque.
Intervenientes
Instituições públicas MIMAIP, IDEPA, IIP, MIMAIP, IDEPA, MIMAIP, IDEPA, MIMAIP, IDEPA,
SDAE SDAE INIP, CM, IPEME INIP, CM,
Parceiros de
cooperação (ONG's e
FIDA, FAO, WWF FAO FAO, WWF FAO
+PUVKVWKÁÐGUſPCPEGKTCU
de Desenvolvimento).
PROAZUL, IMF, BNI PROAZUL, IMF, BNI PROAZUL, IMF, BNI PROAZUL, IMF, BNI
Instituições Financeiras
e Bancos Comerciais e Bancos Comerciais e Bancos Comerciais e Bancos Comerciais
Aquacultores
Fornecedores
privados de insumos Fornecedores Unidades
Sector Privado (de Ração), maquinaria privados de insumos de processamento Comerciantes
e equipamento (Gaiolas (de Ração), maquinaria EGTVKſECFCU
e tanques aquícolas) e equipamento (Gaiolas
e tanques Aquícolas)
Observações
Falta de meios,
Fraca oferta de ração Falta de #WUÄPEKCFGmarketing
equipamentos
ao nível nacional, disponibilidade nacional e regional
Constrangimentos e conhecimento
em relação a procura de ração condicionado do pescado proveniente
em técnicas
efectiva o crescimento do peixe da aquacultura
de processamento
1202 I SÉRIE — NÚMERO 163

Processamento (adição
Descrição Fornecimento de insumos Produção/Engorda Comercialização
de valor)
+PUWſEKÄPEKC Fraca competitividade
Baixa qualidade
de maquinaria para do pescado proveniente
dos alevinos
abertura dos tanques da aquacultura
Baixa qualidade
GRTQFWÁºQKPUWſEKGPVG
dos alevinos e ração. %CTÄPEKCFGEGPVTQU
inadequado de demonstração para Falta de infraestruturas
Infraestruturas
manuseamento durante VTQECFGGZRGTKÄPEKC de acondicionamento
de conservação
Constrangimentos o transporte sobre as práticas do pescado
Condições aquícolas
de armazenamento
de ração inadequadas
Fraca gestão
Criação de um sistema
da qualidade da água
Poucos fornecedores FGEGTVKſECÁºQFG
G+PUWſEKÄPEKC
de equipamentos qualidade do produto
de equipamentos para
processado
acondicionar o peixe
Criação de incentivos Isenção de direitos
para as fabricas aduaneiros e remoção
de insumos do IVA na importação Divulgação das
e maquinaria e da matéria prima oportunidades
UKUVGOCFGEGTKſECÁºQ (a produzida na cadeia de valor
de produtores internamente a custos
de alevinos razoáveis) e maquinaria
Instalação de unidades
Maior aproveitamento
de produção de alevinos
das massas de água +PVGPUKſECTQUEQPVTQNQU
PCU\QPCURQVÄPEKCUFG
(rios, albufeiras) de de circulação interna
desenvolvimento da
regime permanente
aquacultura
Aproveitamento dos
Oportunidades parques de máquinas
de Intervenção para a construção
de tanques Potenciar as fábricas
de ração existentes
Potenciar as fábricas Construção
para criação de linhas
de ração existentes de infra-estruturas
de ração para peixe.
para criação de linhas de acondicionamento
Por forma a melhorar
de ração para peixe do pescado
o aprovisionamento
CEPAQ pode ser uma da ração
fonte de fornecimento
de reprodutores
de qualidade
Instalação Marketing do pescado
Criação de técnicas Marketing dos produtos
de equipamentos proveniente da
de manuseamento processados no mercado
alternativos nos aquacultura no mercado
e transporte de alevinos nacional e regional
sistemas aquícolas nacional e regional
25 DE AGOSTO DE 2020 1203

Anexo IV
Análise SWOT
Apresenta-se, a seguir, o resultado do levantamento das fraquezas e ameaças que limitam o desenvolvimento da aquacultura
e as forças e oportunidades que o país dispõe que podem contribuir para a dinamização do desenvolvimento da aquacultura e aumentar
QU PÈXGKU FG EQPVTKDWKÁºQ FQ UGEVQT PQ 2+$ GORTGIQ FGUGPXQNXKOGPVQ UQEKCN TGEGKVCU FG GZRQTVCÁºQ ſUECKU ICTCPVKT UGIWTCPÁC
alimentar e nutricional dos moçambicanos.
Componente Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças
Prazos de concessão
de licenças demasiado
Revisão de leis longos;
de regulamentos do Elevada morosidade
subsector, que poderão e complexidade
'ZKUVÄPEKCFG
contribuir o incentivo dos processos de
.GIKUNCÁºQGURGEÈſEC
ao investimento e licenciamento da
para aquacultura; Risco de perda
para o crescimento da actividade e de acesso
'ZKUVÄPEKCFG produção, emprego, aos regimes de apoio e falta de interesse
KPEGPVKXQUſUECKUG receitas de exportação e público; de potenciais
Quadro Legal aduaneiros para o ſUECKU investidores devido
Implementação não
desenvolvimento da a burocracia
Vários instrumentos efectiva dos incentivos
aquacultura (para nos processos
GUVTCVÃIKEQUFGſPGO ſUECKU
importação de meios de de licenciamento.
a Aquacultura como Quadro legal
produção).
subsector prioritário, o e normativo que
que poderá incentivar a não responde na
maiores investimentos. VQVCNKFCFGCQUFGUCſQU
do subsector da
Aquacultura.

Incipiente
'ZKUVÄPEKC ordenamento com
de instituições EQPUGSWGPVGFKſEWNFCFG
vocacionadas FGKFGPVKſECÁºQFCU
na promoção áreas destinadas
e desenvolvimento Capacitação de ´CEVKXKFCFGCSWÈEQNCPQ %QPƀKVQFGKPVGTGUUGU
da aquacultura; uma unidade que irá meio aquático de água entre os diversos
Quadro institucional 'ZKUVÄPEKCFG proporcionar matrizes doce e marinho; sectores concorrentes,
e organizacional instituições de ensino e o melhoramento Fraca cobertura como agricultura,
e pesquisa na área genético de espécies da rede de extensão turismo, nas áreas com
da aquacultura; aquícolas nativas aquícola; potencial aquícola.
'ZKUVÄPEKCFGWO Limitada
Centro de pesquisa em coordenação entre as
Aquacultura instituições de pesquisa,
ensino e investigação
com o sector produtivo.
Probabilidade
#WUÄPEKCFG QEQTTÄPEKCFGGXGPVQU
medidas de prevenção climáticos extremos
de biossegurança (cheias, secas,
'ZKUVÄPEKCFG nos processos de
condições naturais ciclones);
Existe maior importação;
favoráveis ao &GUƀQTGUVCÁºQG
consciencialização da Fraca monitoria das
desenvolvimento da alteração dos habitats
relevância dos aspectos farmas e capacidade
aquacultura; naturais decorrente de
ambientais perante os interna no diagnóstico abertura de tanques
Aspectos ambientais Potencial para o vários intervenientes o de doenças de animais produção aquícola;
aumento da produção que poderá contribuir aquáticos; Doenças de
de elevada qualidade para maior observância
Fraca observação organismos aquáticos;
e de espécies de valor dos mesmos e práticas
comercial; sustentáveis. de procedimentos Surtos de poluição
regulamento hígio- ou de redução
sanitário e legislação esporádica da qualidade
ambiental. da água decorrentes
de várias actividades
económicas.
1204 I SÉRIE — NÚMERO 163

Componente Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças


Limitadas linhas de
ſPCPEKCOGPVQCLWUVCFCU
CUGURGEKſEKFCFGU
'ZKUVÄPEKCFGWO
do negócio
mercado nacional,
de Aquacultura;
regional e internacional
que demanda elevadas +PGZKUVÄPEKCFG
quantidades de produtos cooperativas e baixo
da pesca e com uma nível de parcerias
CRGVÄPEKCETGUEGPVGRGNQ com a indústria
consumo de pescado; de transformação
Proximidade
e com as instituições %QPEQTTÄPEKCEQO
Elevado potencial EKGPVÈſECUGVÃEPKECU importação de produtos
Mercado de África do Sul
do país; e de países do interior +PUWſEKGPVG pesqueiros e seus
com elevada demanda informação ao derivados baratos.
de pescado marinho; investidor sobre
a actividade
Possibilidade
e oportunidades
FGEGTVKſECÁºQFQU
da aquicultura;
produtos para maior
acesso aos mercados Actividade de
internacionais. aquacultura percebida
como de elevado risco,
devido ao baixo nível
de conhecimento dos
potenciais investidores.
Cadeia de valor
Possibilidade de aquacultura
de instalação de novos incompleta e não
estabelecimentos integrada;
em combinação com
+PUWſEKÄPEKCGHTCEC
outras actividades,
qualidade de insumos
maximizando o uso
aquícolas (alevinos
dos recursos;
e ração) e a preços
Produtos suscetíveis competitivos;
de diferenciação
Sector comercial
através de processos
de insumos aquícolas
Disponibilidade FGEGTVKſECÁºQ
pouco desenvolvido;
de mão-de-obra jovem; do produto ou da
atividade produtiva. Baixo investimento
Vontade política privado;
Sobrecarga Baixo índice
para o aproveitamento
da pesca e redução Fraco domínio de Investimento
do potencial da
Outros
aquacultura e tornar da disponibilidade VÃEPKEQGEKGPVÈſEQ em Negócio, o que
do pescado no mar, da produção aquícola poderá desincentivar
o subsector no maior
propiciando a pratica com especial enfâse investidores.
produtor do pescado
nacional; da aquacultura para maricultura;
com alternativa; Limitado
Aposta da conhecimento
SADC e da UA tecnológico para apoiar
no desenvolvimento o sector no processo
do sector aquícola, produtivo e na inovação
que pode facilitar de produtos pesqueiros;
a mobilização de Fraco acesso
recursos em parceria ao crédito;
com os países da região. #RQKQſPCPEGKTQ
OWKVQHTCEQ´
investigação sobre
aquacultura.

Para que a actividade aquícola cresça e se desenvolva com orientação comercial e produza ganhos capazes de contribuir
UKIPKſECVKXCOGPVGRCTCCQ2+$GORTGIQTGEGKVCUFGGZRQTVCÁºQGſUECKUUGIWTCPÁCCNKOGPVCTGPWVTKEKQPCNFCRQRWNCÁºQÃPGEGUU¶TKQ
CRTQXCÁºQGKORNGOGPVCÁºQFGOGFKCFCUGCEÁÐGUGſEKGPVGUGUVTCVÃIKCUSWGRGTOKVCOCGZRNQTCÁºQUKIPKſECVKXCFQRQVGPEKCNSWG
o país detém na produção aquícolas.
25 DE AGOSTO DE 2020 1205

Anexo V
Potencial para o Desenvolvimento da Aquacultura Marinha

Província Local Tipo de Aquacultura Espécies Cultiváveis


Gaza Xai-Xai (Zongoene) Tanques em terra
Baía de Inhambane Bivalves

Peixes: Mugilidae
(Mugilcephalus), Serranidae
(Epinephelusspp) e Lutjanidae
(Lutjanusspp);
Inhambane Bivalves: Veneridae
Praia de Závora e Quissico Bivalves (Eumarciapauperculata,
Meretrixmeretrix), Ostreidae
(Saccostreacucullata) e
Mytilidae (Perna perna);
Camarão: Penaeidae
(Penaeusspp).

Muanza (P. Adm. Galinha) Tanques em terra


Dondo (Savane e Sengo) Tanques em terra
Búzi (Ampara e Nova Sofala) Tanques em terra
Sofala
(Barradas) Gaiolas
Machanga (Divinhe Peixes: Mugilidae
Tanques em terra
e Machanga Sede) (Mugilcephalus), Serranidae
Pebane(Naburi, Alto Maganha (Epinephelusspp) Lutjanidae
Tanques em terra (Lutjanusspp) e Sparidae
e Pebane-Sede).
(Rhabdosargusspp);
Maganja da Costa (Bajone) Gaiolas
Crustâceos: Penaeidae
(Nante) Tanques em terra
(Penaeusindicus, P.
Namacurra (Macuse, Monodon, P. Japonicus,
Zambézia Tanques em terra
Mixixine, Muceliua) Metapenaeusmonoceros),
Nicoadala (Maquival-Rio, Portunidae (Scyllaserrata).
Tanques em terra
Miremene e Namunduro)
Inhassunge Tanques em terra
Chinde (Chinde-Sede) Tanques em terra
Memba (P. Adm. Lúrio
Tanques em terra
e Gueba) (Serissa
Gaiolas
e Niaca)
Algas marinhas
Baixo-Pinda
Nacala-A-Velha (Racine) Gaiolas e algas marinhas
Peixes: Mugilidae
Nacala-Porto (Mahelene) Bivalves
(Mugilcephalus), Serranidae
Nampula Tanques em terra e algas (Epinephelusspp) e Lutjanidae
Ilha de Moçambique
marinhas (Lutjanusspp), Sparidae
Mossuril (Matibane) (Rhabdosargusspp);
Gaiolas
(Lunga-Sede e Quissirua) Camarão: Penaeidae
Bivalves
Muangome e praia de Chocas-
Algas marinhas (Penaeusindicus, P. monodon,
mar
Penaeusspp);
Angoche (Aube) Tanques em terra e gaiolas
(Nhamaponda) Tanques em Terra Algas marinhas: Euchema
(E. cottonii e E. spinosum),
Palma (Palma- Kappaphiccusalvarezii.
Gaiolas e algas marinhas
Sede e Quionga)
Algas marinhas
(Quirinde)
Mocimboa da Praia (Ulo) Tanques em terra e algas
Cabo Delgado (Luchete) marinhas Tanques em Terra
(Malinde) Algas marinhas
Macomia (Nsano) Algas marinhas
Quissanga Tanques em terra
1206 I SÉRIE — NÚMERO 163

Ibo Algas marinhas e bivalves


Pemba-Metuge Tanques em terra
Tanques em terra e algas
/GEWſ
marinhas

Anexo VI
Projecção de Produção
Projecção de Produção total (10 anos)

Ano 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
WƌŽĚƵĕĆŽŽŵĞƌĐŝĂů ϭ͕ϯϭϯ͘ϬϬ ϭ͕ϲϰϴ͘ϬϬ Ϯ͕Ϭϱϵ͘ϲϱ Ϯ͕ϲϳϳ͘ϱϰ ϯ͕ϳϰϴ͘ϱϲ ϱ͕ϵϵϳ͘ϳϬ ϱϵ͕ϴϬϬ͘ϬϬ ϳϰ͕ϳϱϬ͘ϬϬ ϭϭϮ͕ϭϮϱ͘ϬϬ ϭϲϴ͕ϭϴϳ͘ϱϬ ϮϱϮ͕Ϯϴϭ͘Ϯϱ ϯϰϵ͕ϱϬϬ͘ϬϬ
WƌŽĚƵĕĆŽĚĞWĞƋƵĞŶĂƐĐĂůĂ Ϯ͕ϰϱϴ͘ϬϬ Ϯ͕ϰϳϭ͘ϬϬ ϲ͕ϰϯϴ͘ϬϬ ϭϯ͕Ϭϯϲ͘ϬϬ ϭϵ͕ϲϰϮ͘ϬϬ Ϯϭ͕ϵϮϯ͘ϬϬ ϯϬ͕ϴϯϮ͘ϳϮ ϯϰ͕ϬϱϬ͘ϯϰ ϯϳ͕ϲϬϱ͘ϴϱ ϰϭ͕ϱϯϰ͘ϵϲ ϰϱ͕ϴϳϳ͘Ϯϭ ϱϬ͕ϲϳϲ͘ϯϯ
Total 3,771.00 4,119.00 8,497.65 15,713.54 23,390.56 27,920.70 90,632.72 108,800.34 149,730.85 209,722.46 298,158.46 400,176.33 

Projecção de Produção total por Província (5 anos)

Níveis de Produção Esperado (ton)


2019
2020 2021 2022 2023 2024
(Ano base)
Maputo 64 70 149 267 397 479
Gaza 936 1,037 1,257 1,427 1,537 1,937
Inhambane 1,099 1,130 1,420 1,590 1,703 2,100
Sofala 147 169 603 1,393 2,252 2,663
Manica 425 472 1,230 2,551 3,976 4,722
Zambézia 189 214 698 1,568 2,512 2,974
Tete 360 401 1,083 2,282 3,573 4,240
Nampula 187 212 693 1,559 2,502 2,960
Cabo Delgado 93 110 482 1,168 1,917 2,264
Niassa 271 304 883 1,909 3,021 3,582
Total 3,771 4,119 8,498 15,714 23,390 27,921

Projecção de Produção na Aquacultura de Águas Interiores

Produção (Ton)
Província
2020 2021 2022 2023 2024
Maputo 69 148 264 393 474
Gaza 1,037 1,257 1,427 1,537 1,937
Inhambane 1,119 1,406 1,574 1,686 2,079
Sofala 161 573 1,323 2,139 2,530
Manica 472 1,230 2,551 3,976 4,722
Zambézia 178 581 1,304 2,089 2,473
Tete 401 1,083 2,282 3,573 4,240
Nampula 210 686 1,543 2,477 2,930
Cabo Delgado 109 477 1,156 1,898 2,241
Niassa 304 883 1,909 3,021 3,582
Total 4,059 8,323 15,334 22,789 27,209
25 DE AGOSTO DE 2020 1207

Projecção de Produção na Aquacultura Marinha

Produção (Ton)
Província
2020 2021 2022 2023 2024
Maputo 1 1 3 4 5
Inhambane 11 14 16 17 21
Sofala 8 30 70 113 133
Zambézia 36 117 264 423 501
Nampula 2 7 16 25 30
Cabo Delgado 1 5 12 19 23
Total 60 175 379 601 712
Preço — 180,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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