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Fonte: https://www.fao.org/brasil/noticias/detail-events/es/c/1585153/
A produção de animais aquáticos em 2020 foi 30% superior à média dos anos 2000 e
mais de 60% acima da média dos anos 1990. A produção recorde de aquicultura de
87,5 milhões de toneladas de animais aquáticos impulsionou em grande parte esses
resultados.
À medida que o setor continua a se expandir, a FAO diz que são necessárias mudanças
transformadoras mais direcionadas para alcançar um setor de pesca e aquicultura
mais sustentável, inclusivo e equitativo. Uma “Transformação Azul” na forma como
produzimos, gerimos, comercializamos e consumimos alimentos aquáticos é crucial se
quisermos alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A aquicultura cresceu mais rápido do que a pesca de captura nos últimos dois anos e
espera-se um aumento ainda maior na próxima década. Em 2020, a produção animal
aquícola alcançou 87,5 milhões de toneladas, 6% a mais que em 2018. Por outro lado,
a produção da pesca de captura caiu para 90,3 milhões de toneladas, o que representa
um decréscimo de 4,0% em relação à média registrada nos três anos anteriores.
A crescente demanda por peixes e outros alimentos aquáticos está causando uma
rápida mudança no setor de pesca e aquicultura. O consumo está projetado para
aumentar em 15% e alcançará 21,4 kg per capita em 2030, impulsionado
principalmente pelo aumento da renda e urbanização, mudanças nas práticas de pós-
colheita e distribuição e novas tendências alimentares, com atenção especial à
melhoria da saúde e nutrição.
A produção total de animais aquáticos está projetada para atingir 202 milhões de
toneladas em 2030, principalmente devido ao crescimento contínuo da aquicultura,
que deve atingir 100 milhões de toneladas pela primeira vez em 2027 e 106 milhões de
toneladas em 2030.
A FAO afirma que o trabalho deve continuar para alimentar a crescente população
mundial, melhorando a sustentabilidade das reservas e ecossistemas frágeis e
protegendo os meios de subsistência a longo prazo. De acordo com o SOFIA 2022, a
sustentabilidade dos recursos pesqueiros marinhos continua a ser uma grande
preocupação, pois em 2019 a percentagem de unidades populacionais de peixes
exploradas de forma sustentável caiu para 64,6%, representando uma diminuição de
1,2% em relação a 2017.
De acordo com os dados mais recentes, das cerca de 58,5 milhões de pessoas que
trabalhavam no setor, aproximadamente 21% eram mulheres. Estima-se que a vida e
os meios de subsistência de cerca de 600 milhões de pessoas dependam de alguma
forma da pesca e da aquicultura. Construir resiliência é essencial para um
desenvolvimento equitativo e sustentável.
Produção