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Cooperação Técnica entre o Ministério da Pesca e Aquicultura e a UNESCO

Projeto “Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da


Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro”.

Brasília - DF
Novembro de 2013

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 1
PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA ENTRE
O GOVERNO BRASILEIRO E A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A
EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA

TÍTULO DO PROJETO: Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento


da Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro

NÚMERO DO PROJETO:

DURAÇÃO PREVISTA: 36 (trinta e seis) meses

AGÊNCIA EXECUTORA: Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA

AGÊNCIA DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL: Organização das Nações Unidas para a


Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO

VALOR TOTAL DO PROJETO: R$ 11.833.291,05 (onze milhões oitocentos e trinta e três mil
duzentos e noventa e um reais e cinco centavos).

ORIGEM DOS RECURSOS: Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA

RESUMO DO PROJETO: Este Projeto de Cooperação Técnica tem por objetivo central apoiar o
Ministério da Pesca e Aquicultura na construção de mecanismos e instrumentos para o
monitoramento, acompanhamento e avaliação sistêmica da pesca artesanal na Costa do
Nordeste do Brasil, por meio de ações na gestão pesqueira participativa, na cadeia produtiva
do pescado, no trabalho decente em iniciativas socioeducativas, com enfoque nas questões de
gênero, com vistas a promover a geração de conhecimento e facilitar e municiar os tomadores
de decisão, e a sociedade em geral, sobre a realidade atual do setor pesqueiro e as medidas a
serem adotadas para sua evolução.

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Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

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A. CONTEXTO

1. Descrição do Setor

Seja dos mares ou dos rios, a fauna aquática é, tradicionalmente, de suma importância para o
homem, não só por ser geradora de atividade econômica como também por seu papel na
alimentação. Estima-se que cerca de 520 milhões de pessoas – o equivalente a 8% da
população mundial – esteja ligada direta ou indiretamente à atividade pesqueira. Ela provê em
torno de 15% das necessidades proteicas de pelo menos 3 bilhões de seres humanos nos mais
variados cantos do mundo.

Sendo um país de dimensões continentais, o Brasil possui as principais condições para o


desenvolvimento do setor de pesca e aquicultura, detendo 12% da água doce disponível no
planeta, um litoral com cerca de 8,5 mil km de costa e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE)
com mais de 3,5 milhões de km², equivalente ao tamanho da Amazônia. Todo esse potencial,
no entanto, ainda está longe de ser plenamente aproveitado. Segundo dados da Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2010, a produção mundial de
pescados foi de 148,5 milhões de toneladas, enquanto o Brasil contribuiu com apenas
1.264.765 toneladas desse total, o equivalente a 0,85%.

De acordo com o Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura 2010, produzido pelo Ministério da
Pesca e Aquicultura (MPA), o Brasil ocupava a 18º posição no ranking dos maiores produtores
de pescado do mundo, segundo dados de 2009. A China encabeçava a lista, seguida por
Indonésia e Índia. Em relação aos vizinhos latino-americanos, o país aparecia atrás do Peru (4º)
e do Chile (9º), e à frente da Argentina (25º).

A China foi maior produtor do mundo de pescado oriundo da pesca extrativa, tanto marinho
quanto continental, com pouco mais de 15 milhões de toneladas em 2009. Em seguida, vieram
o Peru, com cerca de 7 milhões de toneladas, a Indonésia, com 5,1 milhões de toneladas, e os
Estados Unidos, com 4,2 milhões de toneladas. Nesse critério, o Brasil ganhou uma posição em
2009 em relação a 2008, passando a ocupar a 23° colocação no ranking mundial de produção
de pescados por pesca extrativa, com 825.164 t.

Em relação à produção aquícola mundial de 2009, a China também se destacou como maior
produtora, com aproximadamente 45,3 milhões de toneladas. Em seguida, vieram Indonésia e
Índia, com cerca de 4,7 milhões e 3,8 milhões de toneladas, respectivamente. Neste critério, o
Brasil ocupou a 17° posição no ranking mundial, com a produção de 415.649 t em 2009, caindo
uma posição em relação a 2008.

Os últimos dados disponíveis sobre a produção brasileira são de 2010 e mostram um pequeno
incremento em relação ao ano anterior, com crescimento de 2%, chegando a um total de
1.264.765 t. A pesca extrativa marítima foi responsável por 536.455 t desse total (equivalente
a 42,4%), seguida pela aquicultura continental (394.340 t; 31,2%), pela pesca extrativa
continental (248.911 t; 19,7%) e pela aquicultura marinha (85.057 t; 6,7%).

Em termos regionais, o Nordeste aparece como a maior produtora de pescado do país, com
454.216,9 t, respondendo por 31,7% da produção nacional. As regiões Sul, Norte, Sudeste e
Centro-Oeste registraram 336.451,5 t (23,5%), 326.128,3 t (22,8%), 226.233,2 t (15,8%) e
88.944,5 t (6,2%), respectivamente. Os nove estados nordestinos são responsáveis pela maior

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parcela da produção nacional de pesca marinha extrativa, com 195.842 t, o equivalente a
36,5% do total capturado no país, assim como da aquicultura marinha, com 67.327,9 t (79,5%
do total). Já a produção pesqueira continental da região foi a segunda maior, com
aproximadamente 70 mil toneladas.

Quadro 1: Produção de pescado (t) nacional, discriminada por região:

200,000.00
180,000.00
2010 2011
160,000.00
140,000.00
120,000.00
Produção (t)

100,000.00
80,000.00
60,000.00
40,000.00
20,000.00
-

Fonte: Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura / Ministério da Pesca e Aquicultura

A importância dos estados nordestinos para o setor está diretamente ligada às suas
características geográficas. O Nordeste possui a maior região litorânea do país, com uma faixa
costeira de mais de 3.000km, marcada pela diversidade. Suas águas quentes dão suporte a
uma grande variedade de ecossistemas, que incluem praias, manguezais, lagoas, restingas,
estuários, marismas, baías, enseadas e recifes de corais. Este último é considerado o mais
diverso habitat marinho do mundo.

O conjunto dos ecossistemas aquáticos costeiros e marinhos do Nordeste conta, ainda, com 15
sistemas estuarinos e lagunares e 10 reservas extrativistas marinhas. Neles, encontra-se uma
enorme variedade de organismos vivos como peixes, moluscos, crustáceos e algas, que, por
serem considerados recursos passiveis de exploração e consumo, são de grande importância
para a alimentação humana e, portanto, alvos da pesca comercial.

A atividade pesqueira não só da Região Nordeste como de todo o país exerce uma pressão
excessiva sobre os estoques pesqueiros, colocando em risco a sua sustentabilidade. Tal quadro
foi provocado não só pelo aumento quantitativo do número de pescadores e meios de
produção (barcos, redes de pesca etc.) como também pelo desenvolvimento tecnológico dos
petrechos e métodos de capturas observados nas últimas décadas. Segundo estimativas de
Dias-Neto e Dornelles1, mais de 80% dos principais recursos pesqueiros brasileiros encontram-
se plenamente explorados, sobre pescados, esgotados ou em processo de recuperação.
A pesca de várias espécies brasileiras, como a sardinha, a lagosta, o pargo do norte, a
piramutaba, entre outros, encontra-se atualmente em situação crítica ou preocupante. Dos
recursos passíveis de maior exploração, poucos suportariam um aumento substancial na sua
captura. Assim, torna-se fundamental a adoção de medidas que promovam a gestão do uso
sustentável dos recursos pesqueiros, na esteira do que vem sendo praticado por outros países,
1
Dias-Neto, J. & Dornelles, L.C.C., 1996. Diagnóstico da pesca marítima no Brasil. Brasília: Ibama (Coleção Meio
Ambiente – Série Estudos da Pesca).

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como, por exemplo, a contenção do esforço e diminuição das frotas, defesos, tamanhos
mínimos de captura, proibição de petrechos e métodos de pesca predatórios, entre outras
ações.

O setor pesqueiro brasileiro gera emprego e renda para cerca de 1 milhão de pessoas, que têm
na atividade o seu principal meio de vida, além de proporcionar empregos indiretos para
outros 3 milhões de trabalhadores. Segundo os registros do MPA, quase metade dos
pescadores profissionais ativos no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) estão na Região
Nordeste, que concentra 43,7% desse total.

Apesar da grande contribuição que o setor pesqueiro proporciona à economia da Região


Nordeste, boa parte das comunidades pesqueiras artesanais é marcada pela pobreza e pela
exclusão social. Historicamente o setor sempre congregou as classes sociais mais baixas,
principalmente as populações ribeirinhas e costeiras, que, tradicionalmente, fazem da
atividade o seu principal modo de vida. Tais populações sofreram, ao longo de décadas, com a
descontinuidade na implantação de políticas públicas voltadas para a atividade, com a falta de
mecanismos de controle e avaliação das ações governamentais e com a ausência de medidas
destinadas a promover o fortalecimento de sua cadeia produtiva. Assim, as comunidades
pesqueiras artesanais não se distinguem da realidade socioeconômica da região. De acordo
com o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e com o Plano Brasil
sem Miséria, o Nordeste concentra a maior parte dos 16,27 milhões de pessoas extremamente
pobres do país: 59,1%, ou, em números absolutos, 9,61 milhões.

O setor da pesca artesanal é marcado por diversidades locais e regionais, advindas não só das
diferenças de habitats, ecossistemas e espécies de pescado, como também da disponibilidade
de recursos pesqueiros, dos meios de produção existentes e da maneira como os pescadores
executam o seu trabalho. De modo geral, no entanto, as comunidades apresentam modos de
vidas quase rudimentares devido ao baixo nível de educação formal e qualificação profissional
de seus membros.

Embora não existam, ainda, uma quantidade de informações satisfatória e pesquisas


sistêmicas, com enfoque integrado, de forma a abranger a pesca artesanal e todo o seu arranjo
produtivo, é possível traçar um panorama das principais dificuldades enfrentadas por aqueles
que se dedicam à atividade. Sabe-se, por exemplo, que a baixa escolaridade dos membros das
comunidades pesqueiras é explicada pela dificuldade de conciliar o “tempo de trabalho” com o
“tempo de estudo”, gerando, assim, um alto índice de analfabetismo. Isso gera também uma
dificuldade de organização dos trabalhadores e cria obstáculos para o trabalho de forma
cooperada e/ou associada, tornando mais complicada a busca de soluções para os problemas
da coletividade, o acesso às políticas públicas e a articulação com o Governo Federal, Estados,
Municípios e a sociedade civil.

É patente, também, a falta de acesso dessas populações a direitos fundamentais devido ao


desconhecimento. No campo da saúde, por exemplo, existe uma carência de programas
específicos governamentais voltados para o tratamento e a prevenção de doenças
ocupacionais que afetam os trabalhadores da pesca, como reumatismo, cegueira, problemas
de coluna e câncer de pele. A falta de acesso à documentação e de informação sobre os
programas da Previdência Social faz com que eles deixem de usufruir de benefícios como
auxílio-doença, licença-maternidade e salário-família.

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O setor também sofre com a desigualdade de gênero. Em que pese as mulheres já
representarem 46,3% dos trabalhadores do setor na Região Nordeste (172.327, em números
absolutos), a falta de visibilidade e reconhecimento prejudica o rendimento das famílias, a
agregação de valor dos produtos pesqueiros e a continuidade e transmissão dos saberes das
populações tradicionais para as futuras gerações.

No universo das pescadoras artesanais, as marisqueiras sempre foram as principais


representantes da atividade nos estuários, sendo responsáveis pela coleta de mariscos, ostras,
sururus, caranguejos e siris. De acordo com Nishida (2004) 2, há um número significativo de
mulheres que fazem dessa atividade sua principal fonte de renda e subsistência ou que se
dedicam a ela como uma atividade complementar à renda oriunda de serviços assalariados.
Para a autora, a pesca artesanal possui importância não só do ponto de vista econômico, social
e cultural, como também por constituir uma relevante fonte de proteína na alimentação para
essas famílias.

As mulheres pescadoras e marisqueiras do Nordeste brasileiro vivem uma realidade laboral


extremamente precária, beirando a degradação humana, uma vez que estão submetidas a
condições extremas de trabalho, vivenciadas nos limites humanos do sofrimento, do esforço
físico e da submissão aos riscos de agravos à saúde. O resultado é, muitas vezes, a morte
precoce, os constantes acidentes de trabalho ou o acometimento de patologias relacionadas à
atividade.

Há deficiências também nas outras etapas da cadeia produtiva da pesca artesanal do


Nordeste. Entre os pontos críticos, estão as dificuldades de transporte e de acesso aos meios
de conservação do pescado, principalmente, ao gelo de qualidade e em quantidade (fábrica de
gelo, câmara frigorífica entre outras estruturas). Outra questão relevante envolve a falta de
comercialização direta dos produtos produzidos, gerando menores rendimentos para os
trabalhadores devido à ação de intermediários. Tais gargalos resultam em produtos finais
caros, de pouca variedade e qualidade - inclusive sanitária – e baixo valor agregado.

2. Estratégia do País para o Setor

As ações do Governo Brasileiro voltadas para o setor da pesca artesanal datam do inicio do
século 20. O principal objetivo na época era a organização da categoria por meio da criação
das colônias de pescadores. Promovida pela Marinha, tal política visava, principalmente,
combater a pesca predatória, facilitar a fiscalização da atividade e promover a vigilância da
costa nacional.

No rastro do projeto desenvolvimentista adotado a partir da década de 50, o setor pesqueiro


foi alvo de esforços governamentais que visavam à industrialização e ao desenvolvimento da
atividade. Tal política foi aprofundada durante o Governo Militar, que, a partir de 1967, passou
a promover a concessão de crédito e de benefícios fiscais. Como resultado, houve um forte
incremento na produção, que praticamente dobrou em um período de seis anos, passando de
435.000 t em 1967 para 750.000 t em 1973. Tal política, no entanto, pouco contemplava o
setor de pesca artesanal, que, salvo ações de cunho assistencialista, manteve-se
marginalizado. Somente em meados da década de 80, o Sistema Nacional de Crédito Rural
(criado em 1965) passou a atender os pescadores tradicionais.

2
NISHIDA, ALBERTO. K. et al.. Abordagem Etnoecológica da Coleta de Moluscos no Litoral Paraibano. Revista Tropical
Oceanography. Recife: v. 32, n. 1, p. 53-68, 2004.

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No fim dessa década, houve uma mudança de foco na política governamental para o setor
pesqueiro, que abandonou a visão desenvolvimentista e passou a focar na conservação e na
gestão dos recursos. Passou-se, nesse período, a regulamentar, orientar e fiscalizar as
atividades do setor. Em 1994, o Governo Brasileiro ratificou a Convenção das Nações Unidas
sobre o Direito do Mar, ampliando, assim, os conceitos de exploração, conservação e gestão
dos recursos naturais vivos. No campo trabalhista, destaca-se a extensão do seguro-
desemprego ao pescador artesanal a partir de 1991, garantindo o direito ao benefício de 1
salário mínimo mensal durante o período reprodutivo das espécies pesqueiras.

Em 2003, com a criação da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, ligada a Presidência da


República, o Estado Brasileiro direcionou esforços para estruturar e consolidar uma política
nacional para as atividades pesqueiras e aquícolas. Sua principal meta era promover o
aumento na produção do setor, com o objetivo de assegurar a segurança alimentar de parte
da população e de garantir aumento de renda para os que se dedicam à atividade. Houve um
esforço para incentivar o consumo de peixes no país, que, historicamente, se mostra inferior
ao recomendado pela FAO. Em 2005, a média per capita era de 4kg por ano, chegando a 9kg
em 2013, menos que os 12 kg estabelecidos pela entidade.

Novos avanços institucionais foram dados em 2009, com a criação do Ministério da Pesca e
Aquicultura (MPA) e a aprovação da Lei da Pesca e Aquicultura. Tal legislação instituiu a
Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca, que visa, entre
outros objetivos, garantir o uso sustentável dos recursos pesqueiros e otimizar os benefícios
econômicos deles decorrentes, em harmonia com a proteção do meio ambiente e da
biodiversidade. O novo marco legal estabeleceu diretrizes para ordenamento, o fomento e a
fiscalização da atividade, bem como para a preservação, a conservação e a recuperação dos
recursos pesqueiros e dos ecossistemas aquáticos. Além disso, buscou promover o
desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional dos que trabalham no setor e de suas
comunidades.

O MPA deu início à estruturação de mecanismos para a produção de dados sobre o setor, com
o levantamento de informações sobre a produção, as condições socioeconômicas dos
pescadores e os detalhes do setor produtivo, com vistas à elaboração das políticas de
ordenamento e uso dos recursos. Como parte desse esforço, foi realizado o monitoramento da
pesca em alguns Estados. As dificuldades operacionais, a vastidão do país e a diversidade
regional impediram que esse trabalho abrangesse todo o território brasileiro. Além disso, a
descontinuidade administrativa provocou o abandono de diversas iniciativas que estavam em
curso.

O setor de pesca e aquicultura foi contemplado no âmbito do Plano Mais Brasil (PPA 2012-
2015), planejamento plurianual do Governo Brasileiro. Nele, foi incluída a estratégia Programa
Pesca e Aquicultura, composta de cinco objetivos: aumento da produção de pescado de forma
sustentável; implementação de infraestruturas de recepção, distribuição e comercialização do
pescado; promoção da inclusão social, do acesso à cidadania e qualificação profissional dos
trabalhadores da pesca e aquicultura; gestão da atividade pesqueira; e inserção do pescado
brasileiro no mercado nacional e internacional. O Ministério da Pesca e Aquicultura é ainda
responsável por um dos objetivos do Programa Temático Defesa Agropecuária, que visa
estruturar os serviços em sanidade pesqueira e aquícola para garantir a sustentabilidade e a
qualidade dos recursos pesqueiros.

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No final do ano de 2012, o MPA lançou o Plano Safra da Pesca e Aquicultura, organizando,
assim, as políticas econômicas e sociais do Governo Federal voltadas a cadeia produtiva da
pesca e aquicultura. Entre os seus objetivos, estão o de ampliar a efetividade das ações
governamentais e promover o desenvolvimento sustentável do setor por meio de medidas de
estímulo à competitividade e ao empreendedorismo.

Em relação à pesca artesanal, o Plano objetiva compatibilizar o aumento da produção com a


manutenção dos estoques, por meio da redução das perdas e desperdícios e do incentivo ao
aproveitamento de espécies inexploradas ou subexploradas. Ele prevê, entre outras ações: a
ampliação de crédito para o setor, com redução de juros e aumento dos prazos de pagamento,
a desoneração da cadeia produtiva, a garantia de assistência técnica, o fortalecimento do
cooperativismo, a modernização e renovação de embarcações, e investimentos em ciência,
tecnologia e informação.

3. Assistência Técnica prévia ou em curso

No mesmo ano de criação da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, o Governo Brasileiro


solicitou assistência técnica à FAO por meio do Programa de Cooperação Técnica. O resultado
foi o Projeto TCP/BRA/3001, com vistas ao fortalecimento institucional da SEAP. No âmbito
dessa cooperação, foram desenvolvidas ações voltadas à estruturação do órgão, ao estudo de
mudanças na legislação do setor, ao fortalecimento do sistema de estatísticas e de
informações e à melhoria na capacidade de gestão da Secretaria, entre outros pontos.

No período entre 2008 e 2010, o MPA coordenou a implementação do projeto Gente da Maré
(GDM), fruto da cooperação bilateral entre os Governos do Brasil e do Canadá. Concebido
dentro do escopo da Agência Canadense para a Cooperação Internacional (CIDA) e da Agência
Brasileira de Cooperação (ABC), também foi coordenado pela ONG canadense World Fisheries
Trust (WFT). Oficialmente registrado como Desenvolvimento de Comunidades Costeiras no
Nordeste do Brasil, o projeto teve a proposta de assegurar a transversalidade na promoção da
equidade social, de gênero e de etnia, através da redução da pobreza, maior exercício dos
direitos e deveres para o fortalecimento da cidadania e melhoria no manejo, cultivo,
processamento e venda de moluscos bivalves nas comunidades tradicionais costeiras de
quatro estados nordestinos: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Bahia.

O MPA também iniciou, em janeiro de 2008, uma parceria com a Organização dos Estados
Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), para a execução do projeto
Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Pesca e Aquicultura, sob a gestão da Secretaria de
Planejamento e Ordenamento da Pesca (SEPOP), que ainda encontra-se vigente. Seu objetivo
é fortalecer ações que promovam o desenvolvimento sustentável do setor, com foco na gestão
compartilhada e participativa dos recursos com as comunidades pesqueiras, a realização de
pesquisas e geração de novas tecnologias e o desenvolvimento das cadeias produtivas.

No final de 2011, o MPA assinou novo convênio com a FAO, referente ao projeto Por um
Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura. Executado sob a gestão da Secretaria de
Planejamento e Ordenamento da Aquicultura – SEPOA, o projeto visa consolidar o grande
potencial da aquicultura brasileira em águas da União e em estabelecimentos rurais. Entre as
ações previstas, estão a criação e a implementação de mecanismos de apoio à aplicação da
legislação ao planejamento e ao ordenamento do setor, bem como o desenvolvimento de

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propostas e instrumentos normativos para promover a reorganização das integrações de
atuação do MPA com outras instituições em âmbito federal e estadual.

4. Matriz Institucional para o Setor: limitações institucionais e operacionais

4.1. Interfaces Institucionais

Órgão da administração federal direta, o Ministério da Pesca e da Aquicultura foi criado pelo
Decreto nº 6.972, de 2009, e é responsável pela implantação de uma política nacional
pesqueira e aquícola, transformando esta atividade econômica em uma fonte sustentável de
trabalho, renda e oportunidades de desenvolvimento social.

A estrutura organizacional do MPA comporta quatro Secretarias, com dois Departamentos


cada e, ainda, o Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca – CONAPE, composto por entidades
de classe e demais setores da sociedade. O Conselho possui 54 membros, sendo 27 de órgãos
da administração federal e 27 de entidades da sociedade civil organizada.

Também fazem parte da estrutura do MPA as Superintendências Federais de Pesca e


Aquicultura (SFPAs), que visam atender ao objetivo de descentralizar as ações governamentais
no território nacional. A essas unidades compete executar atividades e ações como: participar
da implantação e acompanhamento das políticas setoriais; prestar apoio e informações sobre
programas e projetos; atender e orientar o público em serviços prestados pelo Ministério,
entre outras.

O setor de pesca e aquicultura envolve diretamente diferentes questões e interesses, o que


obriga o MPA a manter interfaces permanentes com outras pastas públicas federais. Entre
elas, as principais são o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, o Ibama e o IBGE. Além desses, outros organismos atuam com relevância
no setor, tais como o Ministério da Integração Nacional, o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), o Ministério da Previdência Social (MPAS), a Secretaria Especial das Mulheres (SPM-PR)
e a Marinha, entre outros. No âmbito do poder legislativo, destaca-se, também, a atuação da
Frente Parlamentar da Pesca, na esfera federal, e as discussões temáticas levadas em conta
pelas Assembleias Legislativas Estaduais.

4.2. Limitações Institucionais

O corpo funcional do MPA encontra limitações quali-quantitativas, principalmente no que


corresponde às atividades de monitoramento e controle no campo, escopo do presente
projeto. Soma-se a isto as exigências jurídico-administrativas para a contratação de servidores
públicos, sejam de carreira, quando passam por período probatório, ou servidores
temporários, com contratos que se estendem, em média, a quatro anos.

Outra limitação decorre das constantes trocas nos postos-chaves do órgão. No período em que
ainda era Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca (SEAP), o órgão teve dois ministros no
intervalo de sete anos. Após a transformação em MPA, em 2009, foram quatro Ministros
diferentes no período de quatro anos, sendo que as mudanças no comando da pasta geraram
também substituições frequentes nas equipes diretivas e nas Superintendências Estaduais.
Esta relativa descontinuidade acarretou atrasos e certas dificuldades na coordenação das
políticas públicas dos setores acima relacionados.

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O órgão também sofre com a falta de informações detalhadas sobre a atividade. Até o
presente momento, os dados estatísticos produzidos pelo MPA têm se resumido aos totais
produzidos por atividade, não havendo dados sobre os diversos componentes envolvidos na
produção e captura, o que limita o alcance de análises posteriores. A disseminação das
informações estatísticas tem sido efetuada com grande dificuldade na pesca artesanal e com
uma defasagem temporal significativa, dificultando a tomada de decisão e acarretando
protestos por parte do setor produtivo e pelos pesquisadores.

B. JUSTIFICATIVA DO PROJETO

1. Situação Atual

Desde o início do século XX, o Brasil promove ações para o desenvolvimento da pesca
artesanal. Inicialmente tímidas essas ações foram ganhando corpo na medida em que o País
passou a conscientizar-se de que os recursos vivos eram de grande importância para a
alimentação humana e de que havia a necessidade de se estabelecer limites para a sua
exploração. O tema tornou-se, assim, prioritário, em razão das várias interfaces que o setor
pesqueiro possui com a área ambiental, social e econômica, bem como de sua importância no
projeto de futuro almejado pela Nação.
Apesar do desenvolvimento da pesca artesanal ter contado apenas com uma pequena parcela
de ações de investimento e capacitações, os esforços do Governo brasileiro sempre foram
direcionados para a redução das desigualdades e para o combate à exclusão social, tendo
como desafio a inserção produtiva e cidadã dos pescadores e pescadoras na sociedade. Tais
objetivos tornam-se ainda mais relevantes em face da realidade socioeconômica do Nordeste
brasileiro. A Região concentra 59% da população brasileira que vive abaixo da linha da
pobreza. São 9,6 milhões de pessoas que possuem uma renda mensal abaixo de R$ 70, muitas
delas participantes ou dependentes do setor pesqueiro. Esse quadro foi agravado pela
mecanização agrícola das últimas décadas, que empurrou milhares de famílias para o litoral,
causando uma pressão adicional sobre a pesca extrativa – particularmente sobre os estoques
de mariscos, mexilhões e ostras, tradicionalmente, os recursos mais capturados pela categoria
das mulheres pescadoras.
A adoção de políticas públicas destinadas a alterar essa realidade esbarra na insuficiência de
dados sobre o setor. Atualmente, o levantamento e a análise de informações sobre a pesca
artesanal são fragmentados e encontram-se limitados em termos de abrangência, atualidade e
profundidade. Como agravante, há deficiências na compatibilidade entre as diferentes fontes,
nas definições de indicadores de medição utilizados e na variabilidade dos temas tratados,
impossibilitando, assim, o acompanhamento da situação do setor em termos quantitativos e
qualitativos.
Outro obstáculo à promoção de melhorias na pesca artesanal da Região é a dificuldades de
comunicação e de intercâmbio de informações entre os diversos atores setoriais, impedindo,
assim, a disseminação de ganhos científicos e técnicos e a adoção de experiências bem
sucedidas, desenvolvidas em diversos Programas e Projetos. Exemplo disso é a não
disponibilização, no site do MPA, de produtos e resultados desenvolvidos por meio de
parcerias com organismos internacionais.
Diante desse cenário, torna-se imprescindível um aprimoramento nas informações e
avaliações do setor, por meio, dentre outras ações, do monitoramento e controle contínuo e

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Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

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sistemático da pesca artesanal na região costeira e marinha do Nordeste brasileiro. Tais dados
são fundamentais para o embasamento das propostas e ações governamentais que estão
sendo implantadas em quatro grandes eixos: gestão pesqueira, educação e qualificação
profissional, cadeia produtiva e trabalho decente.
Nesse sentido, este Projeto irá promover o levantamento de informações, dados e estudos,
assim como a realização de avaliações e aplicações de metodologias em conjunto com a área
técnica das Superintendências, nos municípios da porção costeira e marinha dos estados
nordestinos. Em conjunto com outras pesquisas, estes resultados, poderão complementar e
subsidiar a avaliação de um cenário mais completo da pesca artesanal na região, gerando
subsídios para o planejamento de novas ações e propostas de programas governamentais e
gestão dos recursos pesqueiros.

Para a consecução desses objetivos de desenvolvimento, o Projeto terá como base os


princípios da Política Nacional da Pesca e Aquicultura, reforçadas no Plano Mais Brasil e no
Plano Estratégico para o desenvolvimento setorial. São eles: I) Sustentabilidade social,
econômica e ambiental; II) Transparência; III) Inovação; IV) Garantia de direitos; V) Equidade e
participação social; VI) Reconhecimento das culturas locais; VII) Respeito às diversidades
regionais; VIII) Eficiência, eficácia e efetividade; IX) Comprometimento; e X) Desenvolvimento e
crescimento com o foco em cadeias produtivas.

O Projeto foi estruturado em consonância com os seguintes delineamentos políticos-


programáticos do MPA: I) Consolidar a política de gestão pública na área de pesca artesanal; II)
Desenvolver de forma sustentável a atividade pesqueira artesanal; III) Fortalecer a
infraestrutura da atividade pesqueira artesanal; IV) Desenvolver e difundir tecnologias; V)
Fortalecer a participação brasileira na política nacional, regional e locais de pesca artesanal; VI)
Efetivar, através do monitoramento e controle da atividade pesqueira, as ações de gestão
pesqueira; VII) Promover e avaliar a inclusão social de pescadores e pescadoras artesanais,
populações tradicionais, na dinâmica econômica, social, cultural e política do setor, apoiando
sua participação na gestão social de planos, programas, projetos e ações com eles
relacionados; VIII) Promover a abordagem territorial da atividade pesqueira artesanal.

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Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

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2. Situação Esperada

O presente Projeto de cooperação técnica internacional representa um aporte fundamental


para o MPA em termos de desenvolvimento de capacidades de geração de dados e
informações essenciais para o planejamento e execução de políticas públicas do setor
pesqueiro artesanal, bem como o de formulação, implementação e aperfeiçoamento de
experiências pilotos capazes de prover a instituição de mecanismos de ação eficazes de
promoção de melhorias e transformações estruturais no setor de pesca artesanal. Assim, a
pretensão é conseguir, ao final da execução desse Projeto, atingir as condições gerais descritas
a seguir:

 O MPA possua subsídios que lhe permitam avançar nas tarefas de monitorar e
controlar, através das suas Superintendências nos Estados, a cadeia produtiva e o uso
dos recursos pesqueiros artesanais nas regiões estuarinas e costeiras do Nordeste;

 O MPA desenvolva capacidades, por meio de experiências pilotos, de promover o


desenvolvimento de tecnologias e inovações nos diferentes elos da cadeia produtiva
da pesca artesanal do Nordeste;

 O MPA possua subsídios que lhe permitam promover o trabalho decente na pesca
artesanal da região Nordeste, principalmente entre as marisqueiras;

 O MPA esteja dotado de subsídios para que seja realizado o monitoramento da


situação educacional e da capacitação profissional dos trabalhadores do setor, bem
como desenvolva capacidades, por meio de experiências pilotos, de promover ações
nas duas áreas;

 O MPA possua um diagnóstico sócio-econômico-cultural dos trabalhadores da pesca


artesanal do Nordeste;

 O MPA e suas Superintendências Estaduais desenvolvam capacidades institucionais de


articulação, interação e comunicação internas e com outros órgãos da administração
pública;

 O MPA e os técnicos mais próximos das localidades estejam dotados de capacidades


gerenciais de avaliação e impacto das ações ferais no âmbito da pesca artesanal.

O Projeto foi elaborado em torno de 5 eixos estruturantes, de forma a que esses resultados
sejam alcançados de modo pleno e de forma integrada, garantindo que os esforços
despendidos gerem ganhos e aprendizados permanentes para o MPA. São eles:

I. Desenvolvimento Estratégico de Gestão da Pesca Artesanal;


II. Desenvolvimento Estratégico da Cadeia Produtiva;
III. Desenvolvimento Estratégico no Trabalho Decente;
IV. Desenvolvimento Estratégico de Formação do Trabalhador;
V. Monitoramento e Integração dos eixos estratégicos.

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3. Beneficiários do Projeto

Os resultados gerados pelo presente Projeto estão direcionados para beneficiar diretamente
quatro conjuntos de públicos, conforme relacionados e descritos a seguir.

a) Legisladores, Tomadores de decisão governamentais: os legisladores do Congresso


Nacional e Assembleias Legislativas, os dirigentes responsáveis pelas decisões estratégicas e
técnicos efetivos do governo que atuam junto ao setor pesqueiro brasileiro irão se beneficiar
do Projeto porque poderão dispor de um diagnóstico sócio-econômico-cultural dos
trabalhadores da pesca artesanal do Nordeste, além de, como consequências futuras do
Projeto, de indicadores de monitoramento e controle da cadeia produtiva, do uso dos recursos
pesqueiros artesanais e dos níveis de educação e capacitação profissional. Com isso, os
legisladores e os dirigentes governamentais terão acesso a dados e informações atualizados
sobre o setor, que lhes gerará subsídios para o planejamento e a elaboração de políticas
públicas.

b) Trabalhadores do Setor da Pesca Artesanal: alvos prioritários desse Projeto, os pescadores


e pescadoras artesanais do Nordeste serão beneficiários imediatos das experiências pilotos de
desenvolvimento de tecnologias e inovações na cadeia produtiva, bem como de incremento da
educação e da capacitação profissional. Também serão beneficiados no médio prazo com as
demais atividades contidas no Projeto, que gerarão impacto nas políticas públicas e nas ações
do Estado voltadas para o setor. Ressalte-se que esses benefícios devem se estender, no
futuro, não só para os trabalhadores da Região Nordeste, mas de todo o país, com o
desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e experiências que possam ser aproveitados
em iniciativas de âmbito nacional.

c) Empresas do Setor Produtivo: atividades deste Projeto beneficiam as empresas do setor


produtivo brasileiro que, direta ou indiretamente, estão envolvidas com o setor pesqueiro
artesanal, por meio dos ganhos de produtividade e de qualidade do produto pesqueiro que
possam ser alcançados pelas ações propostas. As empresas inseridas nos elos da cadeia
produtiva da pesca artesanal do Nordeste serão beneficiárias diretas das experiências pilotos
que serão promovidas com vistas ao desenvolvimento de tecnologias e inovações do setor.

d) A Sociedade Brasileira: a sociedade, de maneira geral, será beneficiada com esse Projeto
graças não só aos ganhos sociais que se pretende promover em uma parcela expressiva de
trabalhadores brasileiros, como também por meio do desenvolvimento de uma atividade
econômica relevante para o país. Os frutos potenciais desse Projeto poderão ser sentidos nas
mesas de milhões de famílias, que terão acesso a pescados de qualidade para a sua
alimentação.

4. Estratégia de implementação e articulação institucional

A articulação para o desenvolvimento e implementação das atividades deverá ser realizada no


âmbito interno e externo do MPA, no sentido de somar esforços e recursos na integração de
ações voltadas para o setor da pesca artesanal do Nordeste, principalmente no que tange à
obtenção de dados e processamento de informações; elaboração de referenciais teóricos e
metodológicos; realização de pesquisas, desenvolvimento e implementação de experiências
pilotos, entre outros.

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Pá gina 13
Para isso, será fundamental a composição de um quadro de consultores capazes de
desenvolver as atividades previstas no Projeto, que possuam uma visão sistêmica da realidade
da pesca artesanal e das políticas públicas voltadas para o setor. Serão dedicados esforços
constantes para a integração entre esses colaboradores e o corpo técnico do MPA e de suas
Superintendências nos Estados visando à convergência das diversas etapas do Projeto em uma
totalidade orgânica e a formação de elos integrativos entre as ações programáticas rotineiras
do ministério e aquelas que se pretendem desenvolver aqui.
Cada atividade do Projeto será avaliada em termos de efetividade e de adequação aos
objetivos visados, de forma a garantir a composição de um conjunto sinérgico de forças
operativas internas. Para isso, serão observados tanto os critérios temporais – por meio do
confronto entre tempo/atividades programadas e tempo/atividades realizadas - quanto os
critérios de qualidade dos resultados alcançados.
Em termos de articulação interinstitucional e intrainstitucional, serão parceiros essenciais a
este projeto as Secretarias e Superintendências do MPA, os ministérios (e suas vinculadas) do
Trabalho, da Saúde, do Meio Ambiente e da Educação, os governos estaduais e municipais do
Nordeste brasileiro em que são realizadas atividades de pesca artesanal, além dos diversos
atores sociais envolvidos nas questões do setor. Buscar-se-á estabelecer mecanismos de
articulação, interação e comunicação com tais parceiros, de forma a integrá-los
permanentemente.
5. Razões para a Assistência Técnica da UNESCO

No âmbito do Sistema Nações Unidas, a UNESCO é a agência especializada que desenvolve


ações na linha da cooperação técnica e científica dentro de cinco grandes áreas programáticas
– Ciências Humanas e Sociais, Cultura, Comunicação e Informação, Educação e Ciências
Naturais. Portanto, é mandato da UNESCO o aperfeiçoamento institucional e a elevação dos
padrões de programas e políticas públicas pela via da construção de capacidade operacional
para o planejamento e a execução de programas e projetos de desenvolvimento nacional
sustentável.

Como exemplo de atuação da UNESCO que se coaduna com os objetivos estratégicos do


Projeto, destaca-se o “Programa MAB” (O Homem e a Biosfera), um programa interdisciplinar
de pesquisa e treinamento que objetiva desenvolver as bases, no âmbito das ciências naturais
e ciências sociais, para o uso racional e a conservação dos recursos da biosfera e para o
desenvolvimento de relações saudáveis entre o homem e o ambiente que o cerca.

O Projeto é coerente com as Metas do Milênio 7, com o 36C/5 na MLA 4 – Comissão


Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (IOC): Fortalecimento da Comissão
Oceanográfica Internacional para melhorar a governança e promover a cooperação
intergovernamental para manejo e proteção dos oceanos e zonas costeiras. Em relação ao
Marco Estratégico para a UNESCO no Brasil, o Projeto também se insere no Objetivo
Estratégico 2 - Promover a proteção, a conservação e o uso sustentável da diversidade
biológica.

A UNESCO Brasil possui experiência comprovada e reconhecida na implementação de


programas e projetos associados ao meio ambiente, à conservação e ao uso de recursos
naturais, financiados ou cofinanciados por agências bilaterais e multilaterais, bem como a
neutralidade requerida nestes empreendimentos, assim como, a flexibilidade e a agilidade
necessária à sua execução. As ações de cooperação incluem o apoio à elaboração de

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Pá gina 14
instrumentos de gestão, implementação e monitoria, difusão de informação de caráter
estratégico e operacional, visando subsidiar e fortalecer os mecanismos decisórios e promover
o diálogo entre os cidadãos e os poderes públicos melhorando, substancialmente, a
governabilidade.

6. Capacidade de contrapartida da Instituição Nacional

O Departamento de Monitoramento e Controle – DEMOC da Secretaria de Monitoramento e


Controle – SEMOC do MPA será responsável por:

a) Designar o Diretor Nacional do Projeto;

b) Planejar e implementar o plano de trabalho do Projeto, dentro do cronograma


estabelecido;

c) Gerenciar as atividades a serem desenvolvidas;

d) Programar e cumprir os compromissos de contrapartida;

e) Elaborar os termos de referência para aquisição de bens e contratação de serviços


necessários à implementação das atividades do Projeto;

f) Elaborar os relatórios de progresso a intervalos de 12 meses, a partir do início da


execução, e encaminhá-los à ABC/MRE e à UNESCO;

g) Observar os procedimentos a serem estabelecidos pela ABC/MRE com vistas a


contribuir para o acompanhamento do Projeto;

h) Providenciar para que o processo de seleção e contratação de consultoria na


modalidade “produto” observe os princípios da legalidade, impessoalidade,
publicidade, razoabilidade, proporcionalidade e eficiência;

i) Autorizar, juntamente com a UNESCO, o pagamento dos serviços técnicos de


consultoria, após a aceitação do produto ou de suas etapas, conforme critérios
técnicos e qualitativos, e

j) Responsabilizar-se pela guarda e conservação dos bens adquiridos no âmbito do


Projeto, bem como pelo estabelecimento e manutenção de controle patrimonial.

O Documento de Projeto poderá ser objeto de revisões periódicas, tanto no que se refere às
atividades estabelecidas para alcançar o objetivo contratado, como no que tange ao
orçamento estipulado para a sua execução. As revisões periódicas deverão ser fundamentadas
em justificativas técnicas, podendo ser propostas pela ABC/MRE, pelo Departamento de
Monitoramento e Controle – DEMOC do MPA, tanto como pela UNESCO. As revisões
periódicas deverão ser assinadas pela ABC/MRE, pelo MPA e pela UNESCO.

O MPA deverá designar Diretor e Coordenador do Projeto para fins de execução das iniciativas
desta Cooperação técnica.

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Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 15
Será formado um Comitê Diretor do Projeto, integrado pelo Diretor Nacional do Projeto, um
representante da ABC/MRE e um representante da UNESCO para:

i. discutir e aprovar o plano de trabalho;

ii. discutir e aprovar os relatórios de progresso e final do Projeto;

iii. analisar e discutir o desenvolvimento das atividades do Projeto e sugerir modificações;

iv. analisar os resultados alcançados;

v. intermediar controvérsias.

O MPA é responsável por propor as reuniões do Comitê Diretor do Projeto, que se reunirá pelo
menos uma vez por ano ou por solicitação de uma das Partes Contratantes. A primeira reunião
do Comitê Diretivo será realizada após 30 dias da assinatura deste Programa Executivo.

As responsabilidades do MPA, da ABC/MRE e da UNESCO referente à administração e


execução orçamentária e financeira são especificadas neste Projeto, conforme indicado no
Programa Executivo.

A contratação de consultores para realização dos serviços previstos neste Programa Executivo
será realizada segundo normas da UNESCO. O MPA não terá relação jurídica de qualquer
natureza com os contratados. O MPA observará os procedimentos previstos no Decreto nº
5.151, de 22 de julho de 2004. Mediante o consentimento mútuo entre o MPA, ABC/MRE e
UNESCO, o presente Programa Executivo e o Documento de Projeto poderão ser alterados por
meio de emendas e revisões, respectivamente, para adequações financeiras e/ou eventuais
ajustes em sua execução.

C. OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO

Contribuir para o monitoramento, acompanhamento e avaliação sistêmica da pesca artesanal


na Costa do Nordeste do Brasil, por meio de ações na gestão pesqueira participativa, na cadeia
produtiva do pescado, no trabalho decente na pesca e em iniciativas socioeducativas, com
enfoque nas questões de gênero, considerando tanto o conhecimento popular ou tradicional
quanto o técnico e científico, com vistas a promover a geração de conhecimento e facilitar e
municiar os tomadores de decisão, e a sociedade em geral, sobre a realidade atual do setor
pesqueiro e as medidas a serem adotadas para sua evolução.

Para o alcance desse objetivo maior, foi definido um objetivo imediato para cada um dos eixos
de desenvolvimento estratégico e, para cada um desses objetivos imediatos, os resultados
esperados e as atividades para o alcance de objetivos e resultados.

Considerando, entretanto, o exposto acima da necessidade intrínseca de inter-relação entre os


eixos, propõe-se aqui atividades que possibilitarão o diálogo inter e intraespecíficos, para a
integração geral dos projetos:

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Pá gina 16
D. Objetivos Imediatos, Resultados e Atividades

Eixo 1 - Desenvolvimento Estratégico de Gestão da Pesca Artesanal

Objetivo Imediato 1: Geração de subsídios para o monitoramento e controle do uso dos


recursos pesqueiros artesanais nas regiões estuarinas e costeiras do Nordeste.

1.1 Resultado I: Instrumentos e mecanismos de monitoramento e controle da Pesca


Artesanal do Nordeste elaborados.

1.1.1 Atividade 1: Realizar estudos conceituais e metodológicos sobre, instrumentos e


mecanismos de monitoramento da atividade pesqueira artesanal;

1.1.2 Atividade 2: Realizar estudos conceituais e metodológicos sobre processos,


instrumentos e mecanismos de controle da atividade pesqueira;

1.1.3 Atividade 3: Criar e acompanhar a implantação de processos e ferramentas de


avaliação da efetividade do monitoramento e controle da atividade
pesqueira artesanal;

1.1.4 Atividade 4: Programar e realizar reuniões técnicas, relacionados à formulação e


utilização de sistemas gerenciais, cadastrais e informacionais do
processo de monitoramento e controle.

1.2 Resultado II: Processos, ferramentas e mecanismos de monitoramento e controle dos


Projetos Piloto com o enfoque ecossistêmico e manejo integrado na gestão da atividade
pesqueira elaborados nas áreas estuarinas e costeiras do Nordeste.

1.2.1 Atividade 1: Desenvolver e implementar projetos piloto de gestão da pesca


artesanal com enfoque ecossistêmico e/ou manejo integrado dos
recursos naturais;

1.2.2 Atividade 2: Elaborar documentos com resultados, análises interpretativas e


potencialidades de replicação dos projetos piloto;

1.2.3 Atividade 3: Criar mecanismos de avaliação da efetividade do monitoramento do


uso do enfoque ecossistêmico e/ou manejo integrado na
sustentabilidade dos recursos pesqueiros;

1.2.4 Atividade 4: Programar e realizar reuniões técnicas com a participação dos


diversos atores que possuem interface com as temáticas
contempladas nos projetos piloto.

Eixo 2 - Desenvolvimento Estratégico da Cadeia Produtiva

Objetivo Imediato 2: Geração de subsídios para o monitoramento, controle e


desenvolvimento da cadeia produtiva da pesca artesanal nas regiões estuarinas e costeiras
do Nordeste.

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Pá gina 17
2.1 Resultado I: Instrumentos e mecanismos de monitoramento e controle da cadeia
produtiva da pesca artesanal nas áreas estuarinas e costeiras da região Nordeste,
desenvolvidos.

2.1.1 Atividade 1: Realizar estudos conceituais, metodológicos e técnicos sobre


instrumentos e mecanismos de monitoramento e controle da
cadeia produtiva da pesca artesanal;

2.1.2 Atividade 2: Elaborar e validar os processos, instrumentos e mecanismo de


monitoramento e controle nos diferentes elos da cadeia produtiva;

2.1.3 Atividade 3: Criar parâmetros e critérios para avaliar a efetividade dos


instrumentos e mecanismos de monitoramento e controle da
cadeia produtiva nas áreas estuarinas e costeiras do Nordeste;

2.1.4 Atividade 4: Elaborar estudos, pesquisas e avaliações da efetividade das ações


de assistência técnica e extensão existente nas áreas estuarinas e
costeiras do Nordeste;

2.1.5 Atividade 5: Desenvolver ferramentas para a realização de levantamentos e


mapeamentos sistemáticos das demandas de assistências técnicas
e extensão em áreas estuarinas e costeiras do Nordeste.

2.2 Resultado II: Tecnologias e inovações para a cadeia produtiva da pesca artesanal
desenvolvidas e validadas.

Atividade 2.2.1: Elaborar estudos e pesquisas piloto para o desenvolvimento de


tecnologias e inovações para os diferentes elos da cadeia produtiva
da pesca artesanal no litoral do Nordeste brasileiro;

Atividade 2.2.2: Programar e realizar diálogos intersetoriais para análises,


diagnósticos e proposições para o desenvolvimento sustentável da
cadeia produtiva da pesca artesanal;

Atividade 2.2.3: Elaborar documentos em diferentes linguagens e para diferentes


públicos com resultados dos estudos e pesquisas piloto;

Atividade 2.2.4: Programar e realizar reuniões técnicas com vistas à informação,


sensibilização e difusão das tecnologias e inovação desenvolvidas no
âmbito do projeto.

Eixo 3 - Desenvolvimento Estratégico no Trabalho Decente

Objetivo Imediato 3: Geração de subsídios ao desenvolvimento do trabalho decente na


pesca artesanal na região Nordeste, com ênfase nas marisqueiras.

3.1 Resultado I: Metodologias, instrumentos e mecanismos de levantamento e


monitoramento da realidade laboral da pesca artesanal do Nordeste, elaborados.

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Pá gina 18
3.1.1 Atividade 1: Realizar estudos técnicos e metodológicos sobre processos,
instrumentos e mecanismos de levantamento e monitoramento da
realidade laboral da pesca artesanal do Nordeste;

3.1.2 Atividade 2: Programar e realizar reuniões técnicas com a participação dos


diversos atores envolvidos na promoção do trabalho decente,
visando à construção e validação da metodologia e dos
instrumentos do levantamento e monitoramento;

3.1.3 Atividade 3: Realizar o levantamento diagnóstico da realidade laboral da pesca


artesanal do Nordeste e elaborar relatórios e documentos sobre os
seus resultados;

3.1.4 Atividade 4: Elaborar e validar o Plano de Monitoramento da realidade laboral


da pesca artesanal do Nordeste com vistas à promoção do trabalho
docente.

3.2 Resultado II: Subsídios técnicos e conceituais para o reconhecimento e homologação das
doenças laborais relacionadas à pesca artesanal, com ênfase na das marisqueiras, gerados.

3.2.1 Atividade 1: Programar e realizar reuniões técnicas com a participação dos


diversos atores envolvidos no processo de reconhecimento das
doenças laborais relacionadas à pesca artesanal;

3.2.2 Atividade 2: Realizar estudos conceituais e técnicos para subsidiar a criação dos
nexos causais das doenças no trabalho da pesca artesanal, com
ênfase na das marisqueira;

3.2.3 Atividade 3: Programar e realizar reuniões técnicas interinstitucionais


envolvendo as 3 esferas da administração pública visando à
informação, difusão e sensibilização dos quadros técnicos sobre as
condições de trabalho da pescadora marisqueira.

Eixo 4 - Desenvolvimento Estratégico de Formação do Trabalhador

Objetivo Imediato 4: Geração de subsídios para o monitoramento e a promoção da


escolarização e da capacitação dos trabalhadores artesanais da pesca no litoral do Nordeste
Brasileiro.

4.1 Resultado I: Subsídios gerados para a promoção da integração de bases de dados


referentes aos trabalhadores da pesca artesanal que possibilitem o seu monitoramento.
4.1.1: Atividade 1: Realizar estudos técnicos sobre a viabilidade da integração das bases
de dados existentes.

4.2 Resultado II: Projetos pilotos de educação e capacitação profissional desenvolvidos e


implementados.
4.2.1 Atividade 1: Elaborar e implementar projetos piloto de educação e capacitação
profissional voltados aos atores dos diferentes elos da cadeia
produtiva da pesca artesanal;

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Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 19
4.2.2 Atividade 2: Programar e realizar reuniões técnicas com a participação dos
diversos atores envolvidos na elaboração e implementação dos
projetos pilotos;

4.2.3 Atividade 3: Criar parâmetros e critérios para avaliação e aperfeiçoamento dos


projetos pilotos implementados;

4.2.4 Atividade 4: Elaborar documentos em diferentes linguagens e para diferentes


públicos com resultados das experiências pilotos;

4.2.5 Atividade 5: Programar e realizar reuniões técnicas com vistas à informação,


sensibilização e difusão dos projetos pilotos desenvolvidos no
âmbito do projeto.

Eixo 5 – Monitoramento e Integração dos eixos estratégicos

Objetivo Imediato 5: Geração de subsídios técnicos e estruturais e promoção da integração


dos atores interinstitucionais e intrainstitucionais envolvidos na elaboração e execução das
políticas dos quatro eixos: Gestão da Pesca Artesanal, Cadeia Produtiva, Trabalho Decente e
Formação do Trabalhador.

5.1 Resultado I: Diagnóstico sócio-econômico-cultural dos trabalhadores da pesca artesanal


do Nordeste brasileiro realizado.
5.1.1 Atividade 1: Realizar estudos conceituais, metodológicos e técnicos que
subsidiem a formulação de diagnóstico sócio-econômico-cultural
dos trabalhadores da pesca artesanal do Nordeste;

5.1.2 Atividade 2: Implementar o diagnóstico;

5.1.3 Atividade 3: Elaborar documentos em diferentes linguagens e para diferentes


públicos com os resultados do diagnóstico;

5.2 Resultado II: Avaliação de resultados e elaboração de estratégias de aprimoramento


institucional e gerencial realizados.
5.2.1 Atividade 1: Formular processos, instrumentos e mecanismos de articulação,
interação e comunicação interinstitucionais e interinstitucionais do
MPA com os demais atores da administração pública das três
esferas;
5.2.2 Atividade 2: Realizar estudos de avaliação e impacto das ações federais no
âmbito da pesca artesanal do Nordeste brasileiro, considerando a
definição de indicadores, metodologia de avaliação, estratégia de
monitoramento e sistema de informações.
5.2.3 Atividade 3: Formular e executar processos, mecanismos, parâmetros e critérios
de controle, monitoramento e avaliação dos processos gerenciais e
institucionais do projeto.

E. INSUMOS

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
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Pá gina 20
Relação de Insumos
Linhas
Total
Orçamentária Discriminação dos Gastos
Em R$ 1,00
s
10. PESSOAL DE PROJETO (R$ 921.401,00)
Os gastos referem-se aos deslocamentos e estadias dos consultores
contratados. Os deslocamentos são necessários para a realização das
ações e das aplicações piloto de métodos, estruturas, metodologias e
Viagens de processos formulados e, sobretudo, para que as atividades do Projeto
R$ 921.401,00
Pessoal de sejam realizadas sempre com a participação dos atores internos do MPA.
Projeto A previsão de deslocamentos para reuniões e trabalhos in loco, viabiliza
um dos princípios da cooperação técnica que é o envolvimento e a
participação conjunta de atores internos e externos, para garantir a
sustentabilidade das ações ao final do Projeto.

20. SUBCONTRATOS (R$ 10.348.400,00)


Este elemento de despesa refere-se à contratação de pessoa física ou
pessoa jurídica para a realização de ações relacionadas à execução de
atividades do Projeto. A contratação de pessoa física destina-se à
incorporação de consultores externos, com alta expertise técnica, para o
desenvolvimento de atividades cujas características técnicas e
metodológicas exigem a atuação de profissionais especializados e
Subcontratos R$ 10.348.400,00
experientes nas especificidades técnicas e operativas da área contratada,
para as quais o MPA não dispõe de pessoal para atuar por seus próprios
meios. Em relação à contratação de pessoa jurídica trata-se da realização
de atividades como: edição e publicação de documentos; atividades para
desenvolvimento de estudos e pesquisas; realização de encontros,
seminários, congressos; realização de outros serviços especializados.

Custos operacionais do projeto:


Trata-se da remuneração das atividades de cooperação técnica prestadas pela UNESCO, que
inclui todos os seus custos operacionais e corresponde a 5% do subtotal do projeto,
totalizando R$ 563.490,05 (Quinhentos e sessenta e três mil, quatrocentos e noventa reais e
cinco centavos), como indicado no orçamento do projeto.

F. RISCOS

Diante do modelo organizacional sugerido para coordenar a implementação do projeto alguns


aspectos se configuram como possíveis riscos para a efetividade das ações planejadas, dentre
eles:
 Possíveis mudanças de gestão e de estratégias políticas e governamentais no decorrer
da execução do projeto;
 Política de recursos humanos nas diversas instituições, a qual pode afetar a dinâmica
da equipe técnica
 Quadro de pessoal de nível técnico e gerencial responsáveis pela gestão administrativa
e financeira insuficiente às necessidades do MPA;
 Dependência de parcerias externas com outros órgãos governamentais e instituições
para desenvolver as ações previstas no decorrer do projeto;

Quanto à dependência do quadro de consultores técnicos contratados por meio da


cooperação técnica, pretende-se adotar como estratégia a inclusão de processos de
qualificação do corpo técnico-gerencial do MPA de modo que as ações implementadas tenham
continuidade após o fim dos serviços prestados pelos consultores.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 21
G. OBRIGAÇÕES E PRÉ-REQUISITOS

A implementação do projeto e a garantia de seu sucesso pressupõem o estabelecimento de


obrigações e pré-requisitos entre as partes, ou seja, entre a UNESCO, de um lado, e o
Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), do outro. Neste sentido, o MPA deve assegurar o
orçamento necessário e o fornecimento de recursos humanos e de material, bem como,
garantir o acompanhamento dos trabalhos. À UNESCO, por sua vez, cabe o apoio técnico,
administrativo e de monitoramento às ações do projeto e, assim como ao MPA, o
acompanhamento e execução dos trabalhos.

A assinatura e a validade do documento de projeto pelo MPA, enquanto agência executora, e


pela UNESCO, estão condicionadas ao cumprimento dos requisitos estabelecidos neste
documento e à assinatura de termo transcrito no item referente ao contexto legal (K). Em caso
de descumprimento dos requisitos ou desvio dos objetivos previamente definidos sem prévia
negociação, a parte prejudicada poderá suspender ou encerrar este projeto, conforme prevê o
citado termo.

H. REVISÕES, RELATÓRIOS E AVALIAÇÃO DO PROJETO

O Projeto será submetido a reuniões tripartites, a serem realizadas em conjunto com


representantes designados pelo MPA e pela UNESCO, anualmente e no encerramento do
projeto. A primeira reunião realizar-se-á dentro do prazo de um mês a partir do início de sua
plena execução (kick-off meeting), tendo o objetivo de ratificar e/ou orientar a metodologia de
monitoramento e avaliação definida para o projeto e apresentada pelo coordenador nacional
do projeto nesta ocasião.
Com antecedência de um mês às demais reuniões tripartite, será apresentado pelo
coordenador nacional do projeto e submetido à UNESCO um “Relatório de Progresso”, no qual
deverão ser apresentados o andamento, o processo de implementação do projeto, as
metodologias empregadas, as dificuldades encontradas e os resultados alcançados. Outros
relatórios poderão ser solicitados durante o período de execução do projeto. O relatório final
deverá ser apresentado às três partes com antecedência mínima de um mês da data de
realização da reunião tripartite de encerramento.

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Pá gina 22
I. ORÇAMENTO

O orçamento do projeto é da ordem de R$ 11.833.291,05 (onze milhões,oitocentos e trinta e


três mil, duzentos e noventa e um reais e cinco centavos) conforme detalhado por linha
orçamentária no quadro apresentado a seguir:

REPASSE
COMPONENTES/ LINHAS
Dez. 2013 Dez. 2014 Dez. 2015 TOTAL
ORÇAMENTÁRIAS UNESCO
10. PESSOAL DO PROJETO
15-01 Viagens de Monitoria e Avaliação 36.422,00 23.300,00 29.350,00 89.072,00
15-01 Viagens de Pessoal de Projeto 277.443,00 277.443,00 277.443,00 832.329,00
Subtotal 313.865,00 300.743,00 306.793,00 921.401,00
20. SUBCONTRATOS
21-01 Subcontratos 3.675.025,00 3.643.025,00 3.030.350,00 10.348.400,00
Subtotal 3.675.025,00 3.643.025,00 3.030.350,00 10.348.400,00
80 - Custo de Gestão (5%)
Subtotal 199.444,50 197.188,40 166.857,15 563.490,05
TOTAL 4.188.334,50 4.140.956,40 3.504.000,15 11.833.291,05

J. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSOS

(em R$ 1,00)
Mês – Ano do Desembolso Total

Maio/2014 Maio/2015 Maio/2016

4.188.334,50 4.140.956,40 3.504.000,15 11.833.291,05

L. CONTEXTO LEGAL

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 23
TÍTULO I
DO OBJETO
Art. 1º. O presente instrumento tem por objeto regular a implementação do projeto
“Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal
no Nordeste Brasileiro”, aprovado pelo Governo brasileiro e UNESCO ao amparo do “Acordo
Básico de Assistência Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Organização
das Nações Unidas, suas Agências Especializadas e a AIEA”, de 29 de dezembro de 1964, em vigor
desde 02 de maio de 1966, em especial no seu artigo 1º.
§ 1º. O Projeto “Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da
Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro” apresenta como Objetivos Imediatos:
1. Geração de subsídios para o monitoramento e controle do uso dos recursos
pesqueiros artesanais nas regiões estuarinas e costeiras do Nordeste;
2. Geração de subsídios para o monitoramento, controle e desenvolvimento da
cadeia produtiva da pesca artesanal nas regiões estuarinas e costeiras do Nordeste;
3. Geração de subsídios ao desenvolvimento do trabalho decente na pesca
artesanal na região Nordeste, com ênfase nas marisqueiras;
4. Geração de subsídios para o monitoramento e a promoção da escolarização e
da capacitação dos trabalhadores artesanais da pesca no litoral do Nordeste Brasileiro;
5. Geração de subsídios técnicos e estruturais e promoção da integração dos
atores interinstitucionais e interinstitucionais envolvidos na elaboração e execução das
políticas dos quatro eixos: Gestão da Pesca Artesanal, Cadeia Produtiva, Trabalho Decente e
Formação do Trabalhador.
§ 2º. Os principais resultados esperados pela implementação do Projeto “Monitoramento e
controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal no Nordeste
Brasileiro” são:
1.1 Instrumentos e mecanismos de monitoramento e controle da Pesca Artesanal do
Nordeste elaborados;
1.2 Processos, ferramentas e mecanismos de monitoramento e controle dos Projetos
Piloto com o enfoque ecossistêmico e manejo integrado na gestão da atividade pesqueira
elaborados nas áreas estuarinas e costeiras do Nordeste;
2.1 Instrumentos e mecanismos de monitoramento e controle da cadeia produtiva da
pesca artesanal nas áreas estuarinas e costeiras da região Nordeste, desenvolvidos;
2.2 Tecnologias e inovações para a cadeia produtiva da pesca artesanal desenvolvidas
e validadas;
3.1 Metodologias, instrumentos e mecanismos de levantamento e monitoramento da
realidade laboral da pesca artesanal do Nordeste, elaborados;
3.2 Subsídios técnicos e conceituais para o reconhecimento e homologação das doenças
laborais relacionadas à pesca artesanal, com ênfase na das marisqueiras, gerados;
4.1 Subsídios gerados para a promoção da integração de bases de dados referentes aos
trabalhadores da pesca artesanal que possibilitem o seu monitoramento;

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 24
4.2 Projetos pilotos de educação e capacitação profissional desenvolvidos e
implementados;
5.1 Diagnóstico sócio-econômico-cultural dos trabalhadores da pesca artesanal do
Nordeste brasileiro realizado;
5.2 Avaliação de resultados e elaboração de estratégias de aprimoramento institucional
e gerencial realizados.

TÍTULO II
DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
Art. 2º. O Governo da República Federativa do Brasil atribui:
I - Ao Ministério da Pesca e Aquicultura, doravante denominado “MPA”, a responsabilidade pela
execução das ações decorrentes do presente Documento de Projeto; e
II - à Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, doravante
denominada "ABC/MRE", a responsabilidade pelo acompanhamento da execução das ações
decorrentes do presente Documento de Projeto.

Art. 3º. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, doravante
denominada “UNESCO”, designa seu Escritório no Brasil como Instituição responsável pela
execução das ações decorrentes do presente Documento de Projeto.

TÍTULO III
DA OPERACIONALIZAÇÃO

Art. 4º. O Documento de Projeto “Monitoramento e controle para integrar estratégias ao


desenvolvimento da Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro”, define, de maneira
pormenorizada, os objetivos, as atividades, os produtos, a estratégia operacional, o prazo e o
cronograma, os recursos humanos e financeiros e as respectivas fontes orçamentárias necessárias
à execução dos trabalhos.
Parágrafo único. No âmbito da implementação do Projeto, os serviços administrativos e
financeiros, bem como os processos de aquisição e/ou importação de bens e equipamentos e a
contratação de serviços de qualquer natureza observarão as normas, regulamentos e
procedimentos da UNESCO, observadas igualmente as disposições do Manual de Convergência
aprovado pelo Tribunal de Contas da União.

TÍTULO IV
DAS OBRIGAÇÕES

Art. 5º. Ao Governo Brasileiro caberá:

I - por meio da ABC/MRE:


a) Acompanhar a execução das ações decorrentes do presente Documento de Projeto;
b) Garantir dos executores o cumprimento de todas as obrigações decorrentes deste
Documento de Projeto;

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 25
c) Atuar no âmbito de suas competências, nos Termos do Decreto Presidencial nº 7.304, de
22 de setembro de 2010, que versa sobre a estrutura regimental e quadro demonstrativo dos
cargos em comissão e funções gratificadas do Ministério das Relações Exteriores.

II - por meio do MPA:


a) Executar as ações previstas no Documento de Projeto em colaboração com a UNESCO;
b) Prover as contribuições financeiras discriminadas no orçamento do Documento de
Projeto, conforme o Cronograma de Desembolso comprometido no Documento de Projeto e
em revisões subsequentes, bem como proporcionar a infraestrutura local física e humana,
além das informações e facilidades necessárias à implementação das atividades;
c) Definir, em conjunto com a UNESCO, os Termos de Referência e as Especificações
Técnicas para a contratação de consultores, a aquisição de bens e equipamentos ou a
demanda de serviços;
d) Propor as modificações e ajustes necessários ao melhor andamento do Projeto;
e) Acompanhar a execução do Projeto;
f) Elaborar Relatórios de Progresso e Relatórios Anuais de Atividades, seguindo modelo
acordado entre a UNESCO e a ABC a serem submetidos a Reuniões Tripartites entre o MPA, a
UNESCO e a ABC/MRE;
g) Elaborar relatório final do projeto no prazo de 90 (noventa) dias após o término de
vigência do Projeto.

Art. 6º. À UNESCO caberá:


a) Desenvolver, juntamente com o MPA, as atividades previstas no Documento de Projeto,
com os recursos alocados para este fim pelo MPA;
b) Gerenciar, por solicitação do MPA, as ações administrativas necessárias à consecução do
objeto do presente Documento de Projeto, conforme as normas e procedimentos
administrativos e financeiros próprios da UNESCO, observando sempre os critérios de
qualidade técnica, melhor preço e prazos previstos;
c) Facilitar ao MPA os meios necessários ao acompanhamento dos trabalhos;
d) Organizar, de comum acordo com o MPA, ações de capacitação de recursos humanos
julgados necessários para a consecução dos objetivos previstos neste Documento de Projeto;
e) Encaminhar ao MPA relatórios de execução financeira do Projeto;
f) Utilizar-se das facilidades de que dispõe enquanto Agência Especializada das Nações
Unidas para a cooperação técnica recíproca, desde que aprovadas pelo MPA;
g) Preparar, conjuntamente com o MPA revisões orçamentário-financeiras, bem como do
Plano de Trabalho, sempre que se façam necessárias e nos termos previstos no Documento de
Projeto;
h) Prestar todas as informações necessárias às atividades de acompanhamento da ABC/MRE;
i) Possibilitar, em conformidade com as normas e procedimentos da UNESCO, o acesso aos
documentos relacionados à gestão administrativa e financeira do projeto aos órgãos de
fiscalização e controle e à ABC/MRE.

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Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 26
TÍTULO V
DA COORDENAÇÃO

Art. 7º. O MPA e a UNESCO designarão, cada um, um Coordenador responsável pelo Projeto
“Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal
no Nordeste Brasileiro”, bem como pelo conjunto de mediações necessárias entre as partes.

TÍTULO VI
DO VALOR E DOS RECURSOS FINANCEIROS

Art. 8º. O valor total do presente projeto é de R$ 11.833.291,05 (onze milhões,oitocentos e trinta
e três mil, duzentos e noventa e um reais e cinco centavos) O Documento de Projeto
“Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal
no Nordeste Brasileiro” contará, para o seu financiamento, com recursos orçamentários
previamente alocados pelo MPA no Programa de Trabalho XXXXX, XXXXXXXXXX, Funcional
Programática XXXXXXXXX, Elemento de Despesa XXX, a serem apropriados no limite do montante
de contribuição financeira indicada no orçamento do Documento de Projeto, em consonância
com o seu respectivo Cronograma de Desembolso e correspondente à execução das atividades
desenvolvidas no âmbito do Documento de Projeto.
§ 1º. A efetivação das contribuições indicadas no “caput” deste Artigo somente poderá ter lugar a
partir da data de assinatura do presente Documento de Projeto.
§ 2º. Para os próximos exercícios de vigência deste Documento de Projeto, os recursos financeiros
a serem transferidos pelo MPA deverão obedecer aos Cronogramas de Desembolso do
Documento de Projeto.
§ 3º. As contribuições financeiras do MPA serão administradas pela UNESCO, de acordo com as
políticas, normas, regulamentos e procedimentos financeiros do referido Organismo
Internacional.
§ 4º. A administração dos recursos financeiros alocados pelo MPA observará o seguinte:
I. Os valores de contribuição do MMA poderão ser suplementados segundo as
necessidades do Projeto e as disponibilidades financeiras do MPA, refletidas em revisão
orçamentária do Projeto.
II. Os fundos transferidos para a execução dos projetos serão, para fins de
escrituração contábil, contabilizados em reais e administrados de acordo com as normas e
procedimentos financeiros da UNESCO.
III. O MPA transferirá os recursos previstos no Cronograma de Desembolsos em favor
da UNESCO, mediante depósito em sua conta corrente.
IV. Os recursos financeiros poderão ser depositados em moeda nacional, mediante
aprovação da UNESCO e segundo a capacidade de absorção da moeda local por parte da
Organização.
V. Quaisquer eventuais ganhos ou perdas cambiais derivados dos recursos
depositados na UNESCO pelo MPA serão apropriados ao Projeto, sendo as eventuais conversões
realizadas pela taxa de câmbio das Nações Unidas vigente na data do depósito.
VI. Os rendimentos auferidos em aplicações financeiras serão apropriados ao projeto,
observadas as normas e procedimentos da UNESCO.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 27
VII. A UNESCO não iniciará ou prosseguirá com as atividades do Projeto até o efetivo
recebimento dos recursos correspondentes.
VIII. A UNESCO procederá à restituição ao MPA de eventual saldo de recursos
liberados no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias contados da conclusão financeira do Projeto.

TÍTULO VII
DOS CUSTOS DE GESTÃO

Art. 9º. Ao orçamento do Projeto será debitado o valor de R$ 560.851,45 (Quinhentos e sessenta
mil oitocentos e cinquenta e um reais e quarenta e cinco centavos)
correspondentes a 5% do valor efetivamente desembolsado na execução do Projeto, a título de
ressarcimento das despesas incorridas pela UNESCO na implementação deste Projeto.

Parágrafo Único. O valor indicado no “caput” do presente Artigo será ajustado


proporcionalmente, de acordo com eventuais variações no orçamento total do Projeto. Os
montantes correspondentes a esses custos serão refletidos nas sucessivas revisões orçamentárias,
não sendo objeto de emissão de recibos.

TÍTULO VIII
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 10. A UNESCO comprovará a execução financeira dos recursos que lhe foram depositados em
razão deste Documento de Projeto, mediante a apresentação de relatórios ao MPA.
§ 1º. Toda documentação comprobatória dos gastos efetuados no âmbito do Projeto
“Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal
no Nordeste Brasileiro” estará arquivada na UNESCO e disponível ao MPA.
§ 2º. No caso de estarem os originais dos documentos de posse da UNESCO, a título de privilégios
e imunidades, cópias ficarão igualmente disponíveis ao MPA.
Art. 11. A UNESCO apresentará um relatório financeiro final, contendo extrato das despesas, até
60 (sessenta) dias após o término de vigência do presente Documento de Projeto, observados os
ditames normativos constantes dos diplomas legais internacionais relativos à matéria dos quais o
Governo brasileiro seja signatário.
TÍTULO IX
DA AUDITORIA

Art. 12. O Projeto desenvolvido por intermédio do presente Documento de Projeto será objeto de
auditorias anuais, bem com uma auditoria final, conduzida pelos respectivos órgãos de controle
do Governo Federal e da UNESCO.
§ 1º. Deverão estar sempre à disposição dos auditores todos os documentos pertinentes à
execução do Projeto “Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento
da Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro”, inclusive os relativos à prestação de contas.
§ 2o No caso de estarem os originais dos documentos de posse da UNESCO, a título de privilégios
e imunidades, cópias autenticadas ficarão igualmente arquivadas na sede do Projeto e deverão
ser fornecidas quando solicitadas pelos auditores.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 28
TÍTULO X
DOS BENS E EQUIPAMENTOS, DOS PRODUTOS GERADOS
E DOS ENCARGOS FINANCEIROS PENDENTES

Art. 13. Os bens e equipamentos adquiridos com recursos do Projeto serão utilizados
exclusivamente em sua execução, sendo transferidos ao patrimônio do MPA imediatamente após
o recebimento e atesto pelo Projeto, constituindo-se o MPA como responsável pela sua
manutenção em perfeitas condições de uso, pelo seguro sobre os mesmos e pela garantia de que
os mesmos serão prioritariamente utilizados para os fins do Projeto durante sua execução ou
enquanto seja necessário para atingir os objetivos do presente documento de projeto.
Art. 14. Os produtos gerados em decorrência do Projeto “Monitoramento e controle para
integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro” serão de
propriedade do MPA, observado o devido crédito à participação da UNESCO.
Art. 15. Ao encerramento do Projeto, a UNESCO deverá devolver ao MPA os saldos dos recursos
não utilizados e em seu poder, uma vez quitados os compromissos pendentes.
Parágrafo único. Na hipótese de não verificação de saldos dos recursos financeiros, o MPA
reembolsará à UNESCO as despesas por ela realizadas a conta do Projeto “Monitoramento e
controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal no Nordeste
Brasileiro”.
TÍTULO XI
DAS ALTERAÇÕES

Art. 16. Mediante o consentimento mútuo das Partes, o Projeto “Monitoramento e controle para
integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro” poderá ser
alterado por meio de Revisões, para adequações financeiras e/ou eventuais ajustes em sua
execução, objetivando o aperfeiçoamento necessário à continuidade de sua implementação.
Parágrafo Único: As revisões do Projeto devem ser precedidas de aprovação de relatório de
progresso, submetido pela instituição nacional à UNESCO e à ABC em reunião tripartite.
TÍTULO XII
DA VIGÊNCIA

Art. 17. O presente Documento de Projeto terá vigência de 12 meses a contar da data de sua
assinatura, data prevista para o encerramento das atividades do Projeto “Monitoramento e
controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal no Nordeste
Brasileiro”, podendo ser prorrogado mediante acordo entre as Partes.

TÍTULO XIII
DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO

Art. 18. O presente Documento de Projeto será suspenso em caso se:


I. Utilização dos recursos do presente projeto em desacordo com seu objetivo. A não-
conformidade deverá ser atestada por pelo menos duas das Partes ou, ainda, apontada por
órgãos de controle interno e/ou externo das Partes;

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 29
II. Interrupção das atividades do projeto em razão da indisponibilidade dos recursos previstos em
seu orçamento;
III. Não apresentação dos relatórios de progresso nos prazos estabelecidos;
IV. Baixo desempenho operacional e técnico em um período superior a 12 (doze) meses de
implementação, atestado em relatório de desempenho aprovado pelo órgão ou instituição
executora nacional, pela ABC/MRE e pela UNESCO;
V. Interrupção das atividades do projeto sem a devida justificativa;
VI. Inobservância, pela instituição executora, dos dispositivos normativos internos do Governo
brasileiro aplicáveis aos programas de cooperação técnica internacional.
Art. 19. O projeto será extinto caso as razões determinantes da suspensão não tenham sido
corrigidas, mediante notificação de denúncia por qualquer das Partes, com antecedência mínima
de 60 (sessenta) dias.
TÍTULO XIV
DA AVALIAÇÃO

Art. 20. O projeto poderá ser objeto de avaliação independente, em consonância com as práticas
internacionais sugeridas pela UNESCO, e de acordo com Termo de Referência aprovado pelas
partes.
Parágrafo Único: A avaliação terá por objetivo mensurar a relevância, eficiência, impacto e
sustentabilidade dos resultados do projeto, devendo ser contratadas durante a vigência do
mesmo finalizadas no máximo três meses após a conclusão do projeto. Fundos serão identificados
no orçamento do projeto para cobrir todas as despesas necessárias à avaliação.

TÍTULO XV
DA DENÚNCIA

Art. 21. O presente Documento de Projeto poderá ser denunciado por qualquer das Partes por
meio de notificação, feita com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias.
Parágrafo Único. No caso de denúncia do presente Documento de Projeto, as Partes deverão
realizar o balanço das atividades realizadas até a data de encerramento do mesmo, bem como
estabelecer os procedimentos de conclusão dos contratos e obrigações em vigência vinculados ao
Projeto “Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca
Artesanal no Nordeste Brasileiro”, incluindo o eventual ressarcimento de recursos.
TÍTULO XVI
DA PUBLICAÇÃO E DA DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES

Art. 22. O MPA fará publicar o extrato deste Documento de Projeto, bem como de eventuais
aditamentos e demais atos decorrentes do previsto no Art. 8º, no Diário Oficial da União.
§ 1º. Todos os documentos e informes produzidos durante a execução do Projeto
“Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da Pesca Artesanal no
Nordeste Brasileiro” poderão ser divulgados desde que recebida a autorização das instituições
participantes, podendo ser estabelecida a confidencialidade caso solicitado por uma das Partes.
§ 2º. A toda divulgação que se fizer das atividades desenvolvidas em decorrência da
execução do Projeto “Monitoramento e controle para integrar estratégias ao desenvolvimento da

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 30
Pesca Artesanal no Nordeste Brasileiro” deverá, obrigatoriamente, indicar expressamente a
participação de ambas as Partes, não podendo caracterizar promoção individual de qualquer das
Partes.

TÍTULO XVII
DA IMUNIDADE DA UNESCO

Art. 23. Nenhuma das provisões deste Documento de Projeto deve ser interpretada como
recusa implícita ou explícita de quaisquer privilégios e imunidades dispensados à UNESCO por força
dos atos internacionais celebrados com o Governo Brasileiro ou de convenções, leis ou decretos de
caráter nacional ou internacional, ou de qualquer outra natureza.

TÍTULO XVIII
DA SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS

Art. 24. As controvérsias entre as partes que possam advir deste Documento de Projeto
serão dirimidas amigavelmente, privilegiando-se a realização de negociações diretas entre
representantes das Partes.

TÍTULO XIX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 25. Para as questões não previstas no presente Documento de Projeto aplicar-se-ão as
disposições do “Acordo Básico de Assistência Técnica entre o Governo dos Estados Unidos do Brasil e
a Organização das Nações Unidas, suas Agências Especializadas e AIEA”, de 29 de dezembro de 1964
e da “Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Agências Especializadas das Nações Unidas”, de
22 de novembro de 1947.
Feito em Brasília, DF, aos dias do mês de de 2013, em quatro exemplares originais em
português, sendo todos os textos igualmente autênticos.

Pelo Governo da República Federativa do Brasil


Embaixador FERNANDO JOSÉ MARRONI DE ABREU
Diretor da Agência Brasileira de Cooperação
Ministério das Relações Exteriores

Pelo Organismo de Cooperação Técnica Internacional


LUCIEN ANDRÉ MUNOZ
Representante da UNESCO no Brasil

Pela Instituição Executora Nacional


Marcelo Bezerra Crivela
Ministro de Estado

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 31
Ministério da Pesca e Aquicultura
Matriz Lógica por Objetivos Imediatos (Objetivo Imediato — Resultado — Indicador de realização —
Meios de Verificação)

Matriz Lógica por Objetivos Específicos


Indicadores de Meios de
Resultados
Realização Verificação
Objetivo Imediato 1 – Geração de subsídios para o monitoramento e controle do uso dos recursos pesqueiros artesanais
nas regiões estuarinas e costeiras do Nordeste.

Estudos conceituais e metodológicos sobre Relatório do Diretor Nacional do


instrumentos e mecanismos de monitoramento Projeto.
realizados.
Cópia dos estudos realizados.
Resultado 1.1 - Instrumentos e Processos e ferramentas de avaliação da
Relatório técnico sobre os
mecanismos de monitoramento efetividade do monitoramento e controle
processos e as ferramentas de
e controle da Pesca Artesanal do criados e acompanhados.
avaliação da efetividade do
Nordeste elaborados.
Reuniões técnicas para a formulação e monitoramento e controle.
utilização de sistemas gerenciais, cadastrais e
Relatório das reuniões
informacionais do processo de monitoramento
realizadas.
e controle realizadas.
Relatório do Diretor Nacional do
Projetos-piloto de gestão da pesca artesanal Projeto.
com enfoque ecossistêmico e/ou manejo
integrado dos recursos naturais desenvolvidos e Relatório das atividades
Resultado 1.2. - Processos, implementados. desenvolvidas no âmbito dos
ferramentas e mecanismos de Projetos-Pilotos.
Documentos com resultados e análises
monitoramento e controle dos Cópia dos documentos
interpretativas acerca das potencialidades de
Projetos Piloto com o enfoque produzidos.
replicação dos projetos piloto produzidos.
ecossistêmico e manejo
integrado na gestão da atividade Mecanismos de avaliação da efetividade do Análise técnica dos mecanismos
pesqueira elaborados nas áreas monitoramento do uso do enfoque de avaliação da efetividade do
estuarinas e costeiras do ecossistêmico e/ou manejo integrado criado. monitoramento do uso do
Nordeste. enfoque ecossistêmico e/ou
Reuniões técnicas com os atores que possuem manejo integrado.
interface com as temáticas contempladas nos
projetos piloto realizadas. Relatório das reuniões
realizadas.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 32
(continuação)
Matriz Lógica por Objetivos Específicos
Indicadores de Meios de
Resultados
Realização Verificação
Objetivo Imediato 2 – Geração de subsídios para o monitoramento, controle e desenvolvimento da cadeia produtiva da
pesca artesanal nas regiões estuarinas e costeiras do Nordeste.
Estudos conceituais, metodológicos e técnicos
sobre instrumentos e mecanismos de
Relatório do Diretor Nacional do
monitoramento e controle da cadeia produtiva
Projeto.
da pesca artesanal realizados.
Cópia dos estudos, pesquisas e
Processos, instrumentos e mecanismo de
avaliações realizados.
monitoramento e controle nos diferentes elos
da cadeia produtiva elaborados e validados. Relatório técnico dos processos,
instrumentos e mecanismo de
Parâmetros e critérios para avaliar a efetividade
Resultado 2.1 - Instrumentos e monitoramento e controle nos
dos instrumentos e mecanismos de
mecanismos de monitoramento diferentes elos da cadeia
monitoramento e controle da cadeia produtiva
e controle da cadeia produtiva produtiva elaborados.
nas áreas estuarinas e costeiras do Nordeste
da pesca artesanal nas áreas criados. Relatório técnico dos
estuarinas e costeiras da região parâmetros e critérios de
Nordeste, desenvolvidos. Estudos, pesquisas e avaliações da efetividade
avaliação criados.
das ações de assistência técnica e extensão
existente nas áreas estuarinas e costeiras do Relatório técnico das
Nordeste elaborados. ferramentas desenvolvidas para
a realização de levantamentos e
Ferramentas para a realização de
mapeamentos sistemáticos das
levantamentos e mapeamentos sistemáticos
demandas de assistências
das demandas de assistências técnicas e
técnicas e extensão.
extensão em áreas estuarinas e costeiras do
Nordeste desenvolvidas.
Estudos e pesquisas para o desenvolvimento de
tecnologias e inovações elaborados. Relatório do Diretor Nacional do
Projeto.
Documentos de divulgação dos resultados dos
estudos e pesquisas piloto elaborados. Cópia dos documentos de
Resultado 2.2. - Tecnologias e divulgação elaborados.
Eventos e reuniões para análise, diagnóstico e
inovações para a cadeia
proposições com vistas à promoção do Relatório técnico sobre a
produtiva da pesca artesanal
desenvolvimento sustentável da cadeia implementação dos estudos e
desenvolvidas e validadas.
produtiva da pesca artesanal realizados. pesquisas piloto elaborados.
Reuniões para difusão das tecnologias e Relatório das reuniões e eventos
inovação desenvolvidas no âmbito do projeto realizados.
realizadas.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 33
(continuação)
Matriz Lógica por Objetivos Específicos
Indicadores de Meios de
Resultados
Realização Verificação
Objetivo Imediato 3 – Geração de subsídios ao desenvolvimento do trabalho decente na pesca artesanal na região
Nordeste, com ênfase nas marisqueiras.
Relatório do Diretor Nacional do
Estudos técnicos e metodológicos sobre Projeto.
processos, instrumentos e mecanismos de Cópia dos estudos e
levantamento e monitoramento da realidade documentos elaborados.
laboral realizados.
Resultado 3.1 - Metodologias, Relatório das reuniões e eventos
Reuniões técnicas para a promoção do trabalho realizados.
instrumentos e mecanismos de
decente realizadas.
levantamento e monitoramento Relatório técnico do
da realidade laboral da pesca Levantamento da realidade laboral da pesca Levantamento da realidade
artesanal do Nordeste, artesanal do Nordeste e documentos e laboral da pesca artesanal do
elaborados. relatórios de seus resultados elaborados. Nordeste.
Plano de Monitoramento da realidade laboral Cópia do Plano de
da pesca artesanal do Nordeste elaborado e Monitoramento da realidade
validado. laboral da pesca artesanal do
Nordeste.
Reuniões técnicas visando o reconhecimento
das doenças laborais relacionadas à pesca
Resultado 3.2. - Subsídios artesanal realizadas.
Relatório do Diretor Nacional do
técnicos e conceituais para o Estudos conceituais e técnicos para subsidiar a Projeto.
reconhecimento e homologação criação dos nexos causais das doenças no
das doenças laborais Cópia dos estudos realizados.
trabalho da pesca artesanal realizados.
relacionadas à pesca artesanal, Relatório das reuniões
com ênfase na das marisqueiras, Reuniões técnicas interinstitucionais visando à
realizadas.
gerados. informação, difusão e sensibilização sobre as
condições de trabalho da pescadora marisqueira
realizadas.
Objetivo Imediato 4 – Geração de subsídios para o monitoramento e a promoção da escolarização e da capacitação dos
trabalhadores artesanais da pesca no litoral do Nordeste Brasileiro.

Resultado 4.1 - Subsídios


gerados para a promoção da Relatório do Diretor Nacional do
Estudos técnicos sobre a viabilidade da
integração de bases de dados Projeto.
integração das bases de dados existentes
referentes aos trabalhadores da
realizados Cópia dos estudos realizados.
pesca artesanal que possibilitem
o seu monitoramento

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 34
Matriz Lógica por Objetivos Específicos
Indicadores de Meios de
Resultados
Realização Verificação
Projetos piloto de educação e capacitação Relatório do Diretor Nacional do
profissional elaborados e implementados. Projeto.

Reuniões técnicas para a elaboração e Cópia dos documentos


Resultado 4.2. - Projetos pilotos implementação dos projetos pilotos realizadas. elaborados.
de educação e capacitação
Relatório das reuniões
profissional desenvolvidos e Documentos de divulgação dos resultados das
realizadas.
implementados. experiências pilotos elaborados.
Relatório técnico dos resultados
Reuniões técnicas para a difusão dos projetos dos projetos piloto de educação
pilotos desenvolvidos realizadas. e capacitação profissional.

Objetivo Imediato 5 – Geração de subsídios estruturais e promoção da integração dos atores interinstitucionais e
interinstitucionais envolvidos na elaboração e execução das políticas dos quatro eixos: Gestão da Pesca Artesanal,
Cadeia Produtiva, Trabalho Decente e Formação do Trabalhador.
Estudos conceituais, metodológicos e técnicos Relatório do Diretor Nacional do
que subsidiem a formulação de diagnóstico Projeto.
sócio-econômico-cultural dos trabalhadores da
Cópia dos estudos e
Resultado 5.1 - Diagnóstico pesca artesanal do Nordeste realizados.
documentos elaborados.
sócio-econômico-cultural dos Diagnóstico sócio-econômico-cultural dos
trabalhadores da pesca artesanal Relatório técnico dos resultados
trabalhadores da pesca artesanal do Nordeste
do Nordeste brasileiro realizado do diagnóstico sócio-
implementado.
econômico-cultural dos
Documentos de divulgação dos resultados do trabalhadores da pesca
diagnóstico elaborados artesanal do Nordeste.

Relatório do Diretor Nacional do


Projeto.
Processos, instrumentos e mecanismos de Cópia dos estudos realizados.
articulação, interação e comunicação
interinstitucionais e interinstitucionais Relatório técnico dos processos,
formulados. instrumentos e mecanismos de
Resultado 5.2. - Avaliação de articulação, interação e
resultados e elaboração de Estudos de avaliação e impacto das ações comunicação interinstitucionais
estratégias de aprimoramento federais no âmbito da pesca artesanal do e interinstitucionais formulados.
institucional e gerencial Nordeste brasileiro realizados.
Relatório técnico dos processos,
realizados. Processos, mecanismos, parâmetros e critérios mecanismos, parâmetros e
de controle, monitoramento e avaliação dos critérios de controle,
processos gerenciais e institucionais do projeto monitoramento e avaliação dos
formulados e executados. processos gerenciais e
institucionais do projeto
formulados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 35
Termos de Referência para Consultorias

1. Contratação de Consultores em Instrumentos e Mecanismos de Monitoramento e Controle da


Pesca Artesanal do Nordeste

Nº de Contratações: 08 (oito)

1. Finalidade da Contratação
Formular, assessorar e orientar a implantação de processos, instrumentos e mecanismos de
monitoramento da atividade pesqueira artesanal nas regiões estuarinas e costeiras do Nordeste e
criação e avaliação das ferramentas.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultado: 1.1
Atividades: atividades 1.1.1, 1.1.2, 1.1.3 e 1.14 relacionadas ao resultado.

3. Atividades a Serem Desenvolvidas pelo Contratado


Formulação e realização de estudos conceituais e metodológicos sobre, instrumentos, processos, e
mecanismos de monitoramento e controle da atividade pesqueira, bem como na criação,
acompanhamento, orientação e assessoramento na implantação de processos e ferramentas de
avaliação da efetividade do monitoramento e controle da atividade pesqueira artesanal.

4. Produtos ou Resultados Previstos

Estudos conceituais e metodológicos elaborados sobre processos, instrumentos, mecanismos de


monitoramento e controle da atividade pesqueira artesanal. Processos e ferramentas de avaliação
da efetividade do monitoramento e controle da atividade pesqueira artesanal formulados e
elaborados, assim como relatórios de acompanhamento da sua implementação. Documentos e
relatórios dos eventos de capacitação, encontros e reuniões técnicas relacionados à formulação e
utilização de sistemas gerenciais, cadastrais e informacionais do processo de monitoramento e
controle.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado

Curso superior completo em Biologia, Engenharia de Pesca, Oceanografia/Oceanologia, ou Ecologia,


com experiência mínima de 03 anos em atividades de pesquisa e extensão na pesca artesanal.

6. Remuneração e Modalidade de Contratação


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 36
2. Contratação de Consultores em Processos, Ferramentas e Mecanismos de Monitoramento e
Controle dos Projetos Piloto com o Enfoque Ecossistêmico e Manejo Integrado na Gestão da
Atividade Pesqueira Elaborados nas Áreas Estuarinas e Costeiras do Nordeste

Nº Previsto de Contratações: 09 (nove)

1. Finalidade da Contratação

Formular, assessorar e orientar a implementação de projetos piloto de gestão da pesca artesanal


com enfoque ecossistêmico e/ou manejo integrado dos recursos naturais nas áreas estuarinas e
costeiras do Nordeste.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultados: 1.2.
Atividades: atividades 1.2.1, 1.2.2, 1.2.3 e 1.2.4 relacionadas ao resultado.

3. Atividades a Serem Desenvolvidas pelo Contratado


Formulação e implementação de projetos piloto de gestão da pesca artesanal com enfoque
ecossistêmico e/ou manejo integrado dos recursos naturais, bem como na criação,
acompanhamento e orientação de mecanismos de avaliação da efetividade do monitoramento do
uso do enfoque ecossistêmico e/ou manejo integrado na sustentabilidade dos recursos pesqueiros.
Assessoramento para o desenvolvimento de análises interpretativas e potencialidades de replicação
dos projetos piloto com resultados.

4. Produtos ou Resultados Previstos

Projetos piloto de gestão da pesca artesanal com enfoque ecossistêmico e/ou manejo integrado
dos recursos naturais, desenvolvidos e implementados, com a apresentação de resultados, análises
interpretativas e potencialidades de replicação dos projetos. Mecanismos de avaliação da
efetividade do monitoramento do uso do enfoque ecossistêmico e/ou manejo integrado na
sustentabilidade dos recursos pesqueiros formulados e elaborados. Documentos e relatórios dos
encontros, eventos e reuniões técnicas com a participação dos diversos atores que possuem
interface com as temáticas contempladas nos projetos piloto.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo em Biologia, Engenharia de Pesca, Oceanografia/Oceanologia, ou Ecologia,
com experiência mínima de 03 anos em atividades de pesquisa e extensão na pesca artesanal.

6. Remuneração e Modalidade de Contratação


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 37
3. Contratação de Consultores
em Instrumentos e Mecanismos de Monitoramento e Controle da Cadeia Produtiva da Pesca
Artesanal nas Áreas Estuarinas e Costeiras da Região Nordeste

Nº Previsto de Contratações: 09 (nove)

1. Finalidade da Contratação
Formular e desenvolver levantamentos e mapeamentos sistemáticos das demandas de assistências
técnicas e extensão em áreas estuarinas e costeiras do Nordeste e realização de estudos, pesquisas
e avaliações desenvolvidas da efetividade das ações de assistência técnica e extensão existentes.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultados: 2.1
Atividades: as atividades 2.1.4 e 2.1.5 relacionados ao resultado.

3. Atividades a Serem Desenvolvidas pelo Contratado


Formulação e desenvolvimento de ferramentas para a realização de levantamentos e mapeamentos
sistemáticos das demandas de assistências técnicas e extensão em áreas estuarinas e costeiras do
Nordeste, assim como realização de estudos pesquisas e avaliações da efetividade das ações de
assistência técnica e extensão existente.

4. Produtos ou Resultados Previstos


Documento formulado com as ferramentas desenvolvidas para realização de levantamentos e
mapeamentos sistemáticos das demandas de assistências técnicas e extensão em áreas estuarinas e
costeiras do Nordeste. Diagnóstico formulado com os resultados dos estudos, pesquisas e
avaliações da efetividade das ações de assistência técnica e extensão existente.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo em Ciências Agrárias e Ciências Humanas, com experiência mínima de 03
anos em atividades extensão, capacitação e desenvolvimento rural.

6. Remuneração e Modalidade de Contratação


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 38
3. Contratação de Consultores em Metodologias, Instrumentos e Mecanismos de Levantamento
e Monitoramento da Realidade Laboral da Pesca Artesanal do Nordeste

Nº de Contratações: 01 (um)

1. Finalidade da Contratação
Formular, orientar e validar o Plano de Monitoramento da realidade laboral da pesca artesanal do
Nordeste com vistas à promoção do trabalho docente.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultado: 3.1
Atividades: as atividades 3.1.4 relacionados ao resultado.

3. Atividades a Serem Desenvolvidas pelo Contratado


Desenvolver e validar o Plano de Monitoramento da realidade laboral da pesca artesanal do
Nordeste com vistas à promoção do trabalho docente com base nos estudos técnicos e
metodológicos sobre processos, instrumentos e mecanismos elaborados.

4. Produtos ou Resultados Previstos


Documento com o Plano de Monitoramento elaborado e validado, da realidade laboral da pesca
artesanal do Nordeste com vistas à promoção do trabalho docente.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo em Ciências da Saúde com pós-graduação em Gestão Pública ou
experiência de pelo menos três anos em gestão pública; ou curso superior completo em Gestão
Pública com pós-graduação em Ciências da Saúde ou com experiência de pelo menos três anos
saúde pública.

6. Remuneração e Modalidade de Contratação


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 39
4. Contratação de Consultores em Subsídios Técnicos e Conceituais para o Reconhecimento e
Homologação das Doenças Laborais Relacionadas à Pesca Artesanal, com Ênfase na das
Marisqueiras

Nº de Contratações: 03 (três)

1. Finalidade da Contratação
Formular, assessorar, participar e orientar a realização de estudos conceituais e técnicos para
subsidiar a criação dos nexos causais das doenças no trabalho da pesca artesanal envolvendo as 3
esferas da administração pública, com ênfase na das marisqueira e, no processo de reconhecimento
das doenças laborais relacionadas à pesca artesanal

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultado: 3.2
Atividades: as atividades 3.2.1, 3.2.2 e 3.2.3 relacionados ao resultado.

3. Atividades a Serem Desenvolvidas pelo Contratado


Desenvolver estudos conceituais e técnicos para subsidiar a criação dos nexos causais das doenças
no trabalho da pesca artesanal, com ênfase na das marisqueira, e realizar oficinas interinstitucionais
envolvendo as 3 esferas da administração pública visando a informação, difusão e sensibilização dos
quadros técnicos sobre as condições de trabalho da pescadora marisqueira. Assessorar, participar e
orientar a organização de encontros, eventos, oficinas e reuniões técnicas com a participação dos
diversos atores envolvidos no processo de reconhecimento das doenças laborais relacionadas à
pesca artesanal.

4. Produtos ou Resultados Previstos


Documento com análise dos relatórios dos encontros, eventos, oficinas e reuniões técnicas
organizados e realizados com a participação dos diversos atores envolvidos no processo de
reconhecimento das doenças laborais relacionadas à pesca artesanal. Documento com resultados
dos estudos conceituais e técnicos para subsidiar a criação dos nexos causais das doenças no
trabalho da pesca artesanal, com ênfase na das marisqueira. Documento com análise e resultados
das oficinas interinstitucionais envolvendo as 3 esferas da administração pública visando a
informação, difusão e sensibilização dos quadros técnicos sobre as condições de trabalho da
pescadora marisqueira.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo em Pedagogia, Serviço Social, Fisioterapia com experiência de pelo menos
três anos.

6. Remuneração e Modalidade de Contratação


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 40
7. Contratação de Consultores em Projetos Pilotos de Educação e Capacitação Profissional

Nº de Contratações: 10 (dez)

1. Finalidade da Contratação
Formular, orientar, assessorar e acompanhar a implementação de projetos piloto de educação e
capacitação profissional voltados aos atores dos diferentes elos da cadeia produtiva da pesca
artesanal.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultado: 4.2
Atividades: atividades 4.2.1, 4.2.2, 4.2.3, 4.2.4 4.2.5 relacionados ao resultado.

3. Atividades a Serem Desenvolvidas pelo Contratado


Desenvolver e implementar projetos piloto de educação e capacitação profissional voltados aos
atores dos diferentes elos da cadeia produtiva da pesca artesanal, assim como, organizar, orientar e
acompanhar a realização de encontros, eventos e reuniões técnicas com a participação dos diversos
atores nos projetos e, aqueles com vistas à informação, sensibilização e difusão dos projetos.
Elaborar documentos em diferentes linguagens e para diferentes públicos com resultados das
experiências pilotos.

4. Produtos ou Resultados Previstos


Documentos com os projetos piloto de educação e capacitação profissional desenvolvidos e
implementados. Documento elaborado com análise dos relatórios dos encontros, eventos e
reuniões técnicas organizados e realizados com a participação dos diversos atores envolvidos na
elaboração e implementação dos projetos pilotos. Documento elaborado com avaliação dos
parâmetros criados e aperfeiçoados dos projetos pilotos implementados. Documento elaborado
com resultados e análise dos eventos, oficinas e reuniões programadas e realizadas com vistas à
informação, sensibilização e difusão dos projetos pilotos desenvolvidos no âmbito do projeto.
Documento elaborado com resultados das experiências pilotos elaborados em diferentes
linguagens e para diferentes públicos.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo em Pedagogia com experiência de pelo menos três anos.

6. Remuneração e Modalidade de Contratação


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 41
8. Contratação de Consultores
em Diagnóstico Sócio-Econômico-Cultural dos Trabalhadores da Pesca Artesanal do Nordeste
Brasileiro

Nº Previsto de Contratações: 11 (onze)

1. Finalidade da Contratação
Formular, orientar e realizar estudos conceituais, metodológicos e técnicos que subsidiem a
formulação de diagnóstico sócio-econômico-cultural dos trabalhadores da pesca artesanal do
Nordeste brasileiro.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultados: 5.1
Atividades: atividades 5.1.1, 5.1.2, 5.1.3 relacionados ao resultado.

3. Atividades a serem Desenvolvidas pelo Contratado


Realização de estudos conceituais, metodológicos e técnicos que subsidiem a formulação do
diagnóstico. Elaboração e implementação do diagnóstico. Formulação de documentos em
diferentes linguagens e para diferentes públicos com os resultados do diagnóstico e programar e
realizar eventos, oficinas e reuniões com vistas à informação, sensibilização e difusão do
diagnóstico.

4. Produtos ou Resultados Previstos


Documentos elaborados com os estudos conceituais, metodológicos e técnicos realizado e
implementado que subsidiem a formulação do diagnóstico. Documento com diagnóstico sócio-
econômico-cultural dos trabalhadores da pesca artesanal do Nordeste brasileiro realizado, em
diferentes linguagens e para diferentes públicos e avaliação dos resultados. Documento com
análise dos resultados dos eventos, oficinas e reuniões realizados com vistas à informação,
sensibilização e difusão do diagnóstico.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo em Biologia, Engenharia de Pesca, Oceanografia, Ecologia, Economia,
Estatística, Educação com experiência mínima de 03 anos em atividades extensão, capacitação,
desenvolvimento rural e pesca artesanal.

6. Remuneração e Modalidade de Contração


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 42
9. Contratação de Consultores Avaliação de Resultados e Elaboração de Estratégias de
Aprimoramento Institucional e Gerencial

Nº Previsto de Contratações: 07 (sete)

1. Finalidade da Contratação
Formulação e acompanhamento de processos, instrumentos e mecanismos de articulação,
interação e comunicação interinstitucionais e interinstitucionais do MPA com os demais atores da
administração pública das três esferas e realização de estudos de avaliação e impacto das ações
federais no âmbito da pesca artesanal do Nordeste brasileiro, considerando a definição de
indicadores, metodologia de avaliação, estratégia de monitoramento e sistema de informações.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultados: 5.2
Atividades: atividades 5.2.1 e 5.2.2 relacionadas aos resultados.

3. Atividades a serem Desenvolvidas pelo Contratado


Formular processos, instrumentos e mecanismos de articulação, interação e comunicação
interinstitucionais e interinstitucionais do MPA com os demais atores da administração pública das
três esferas. Realizarestudos de avaliação e impacto das ações federais no âmbito da pesca
artesanal do Nordeste brasileiro, considerando a definição de indicadores, metodologia de
avaliação, estratégia de monitoramento e sistema de informações

4. Produtos ou Resultados Previstos


Documentos com os instrumentos e mecanismos de articulação, interação e comunicação
interinstitucionais e interinstitucionais do MPA com os demais atores da administração pública das
três esferas. Análise dos relatórios dos processos de acompanhamento das articulações e
interações. Documentos com avaliação das ações federais no âmbito da pesca artesanal do
Nordeste brasileiro, considerando a definição de indicadores, metodologia de avaliação, estratégia
de monitoramento. Documento com estudos das estratégias de monitoramento e sistema de
informações e análise critica das estratégias de monitoramento e sistema de informações.
Documento com estudos técnicos realizados sobre a viabilidade da integração das bases de dados
existentes e documento com mecanismos elaborados e destinados à atualização dos
instrumentos.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo em Biologia, Engenharia de Pesca, Oceanografia/Oceanologia, Ecologia,
Educação, Comunicação Social e Direito com experiência mínima de 03 anos em atividades em
políticas públicas na pesca artesanal. Curso de superior completo Sistemas de Informações ou
Ciências da Computação com experiência mínima de 03 anos em engenharia de softwares.

6. Remuneração e Modalidade de Contração


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 43
9. Contratação de Consultores Avaliação de resultados e elaboração de estratégias de aprimoramento
institucional e gerencial

Nº Previsto de Contratações: 01 (um)

1. Finalidade da Contratação
Formulação e acompanhamento de processos, instrumentos e mecanismos de articulação,
interação e comunicação interinstitucionais e interinstitucionais do MPA com os demais atores da
administração pública das três esferas e realização de estudos de avaliação e impacto das ações
federais no âmbito da pesca artesanal do Nordeste brasileiro, considerando a definição de
indicadores, metodologia de avaliação, estratégia de monitoramento e sistema de informações.

2. Enquadramento nas Ações do Projeto


Resultados: 5.2
Atividades: atividades 5.2.1, 5.2.2 e 5.2.3 relacionadas aos resultados.

3. Atividades a serem Desenvolvidas pelo Contratado


Formular processos, instrumentos e mecanismos de articulação, interação e comunicação
interinstitucionais e interinstitucionais do MPA com os demais atores da administração pública das
três esferas. Realizarestudos de avaliação e impacto das ações federais no âmbito da pesca
artesanal do Nordeste brasileiro, considerando a definição de indicadores, metodologia de
avaliação, estratégia de monitoramento e sistema de informações

4. Produtos ou Resultados Previstos


Documentos com os instrumentos e mecanismos de articulação, interação e comunicação
interinstitucionais e interinstitucionais do MPA com os demais atores da administração pública das
três esferas. Análise dos relatórios dos processos de acompanhamento das articulações e
interações. Documentos com avaliação das ações federais no âmbito da pesca artesanal do
Nordeste brasileiro, considerando a definição de indicadores, metodologia de avaliação, estratégia
de monitoramento. Documento com estudos das estratégias de monitoramento e sistema de
informações e análise critica das estratégias de monitoramento e sistema de informações.
Documento com estudos técnicos realizados sobre a viabilidade da integração das bases de dados
existentes e documento com mecanismos elaborados e destinados à atualização dos
instrumentos.

5. Requisitos Mínimos de Qualificação do Contratado


Curso superior completo Economia, Administração, Contabilidade com experiência em gestão
pública.

6. Remuneração e Modalidade de Contração


Contratação temporária e remuneração feita mediante realização dos produtos previstos no plano
de trabalho de cada um dos consultores contratados.

Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre o MPA e UNESCO para o “Monitoramento, controle e desenvolvimento da
Pesca Artesanal do Nordeste Brasileiro”.

Pá gina 44

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