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SENAI-SP - INTRANET
Leitura e Interpretação de Desenho Mecânico
© SENAI-SP, 2010
Material didático organizado pelo núcleo de Meios Educacionais da Gerencia de Educação em parceria
com Escolas SENAI-SP a partir de conteúdos extraídos da intranet para Qualificação em cursos de
Formação Inicial Continuada nas áreas de Manutenção Mecânica e Metalmecânica.
Equipe responsável
Antonio Varlese
Escola SENAI "Humberto Reis Costa"
Rinaldo Afanasiev
Escola SENAI "Hermenegildo Campos de Almeida"
Celso De Hypólito
Escola SENAI "Roberto Mange"
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SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira Cesar
São Paulo - SP
CEP 01311-923
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
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Sumário
9 Introdução
11 Desenho artístico e desenho técnico
15 Material de desenho técnico
15 • O papel
18 • O lápis
18 • A borracha
19 • A régua
20 • Instrumentos de desenho
23 • Traçado de linhas com instrumentos
25 • Projeções traçadas com instrumentos
26 • Linhas curvas traçadas com compasso
26 • Perspectiva isométrica traçada com instrumentos
28 Exercício
33 Caligrafia técnica
35 Exercícios
37 Figuras geométricas
38 • Ponto
39 • Linha
40 • Plano ou superfície plana
41 • Figuras planas
42 Exercícios
45 Sólidos geométricos
56 Exercícios
59 Perspectiva isométrica
61 • Traçados da perspectiva isométrica do prisma
64 • Traçado de perspectiva isométrica com detalhes paralelos
65 • Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos
66 • Traçado da perspectiva isométrica com elementos arredondados
66 • Traçado da perspectiva isométrica do círculo
68 • Traçado da perspectiva isométrica do cilindro
68 • Traçado da perspectiva isométrica do cone
69 • Outros exemplos do traçado da perspectiva isométrica
70 Exercícios
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75 Projeção ortogonal
77 • Projeção em três planos
78 • Rebatimento de três planos de projeção
82 Exercícios
103 Aplicação de linhas
111 • Cantos e arestas da conformação
111 • Traço e ponto largo
112 • Traço ponto estreito e largo nas extremidades e na mudança de direção
112 • Ordem de prioridade de linhas coincidentes
113 • Terminação das linhas de chamadas
115 Cotagem
119 • Cotas que indicam tamanhos e cotas que indicam localização de
elementos
120 • Cotagem de peças simétricas
121 • Sequência de cotagem
125 • Cotagem de elementos esféricos
126 • Cotagem de elementos angulares
127 • Cotagem de ângulos em peças cilíndricas
128 • Cotagem de chanfros
129 • Cotagem em espaços reduzidos
130 • Cotagem por faces de referência
131 • Cotagem por coordenadas
132 • Cotagem por linhas básicas
132 • Cotagem de furos espaçados igualmente
134 • Indicações especiais
135 • Cotagem de uma área ou comprimento limitado de uma superfície, para
indicar uma situação especial
135 • Cotagem de peças com faces ou elementos inclinados
137 • Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos
138 • Cotagem de conjuntos
139 Exercícios
147 Supressão de vistas
147 • Supressão de vistas iguais e semelhantes
151 • Supressão de vistas diferentes
152 • Desenho técnico com vista única
155 • Símbolo indicativo de quadrado
157 • Símbolo indicativo de superfície plana
158 • Símbolo indicativo de diâmetro
159 • Supressão de vistas em peças com forma composta
161 • Supressão de vistas em peças com vistas parciais
163 • Representações com vista única em vistas parciais
165 Exercício
173 Desenho em corte
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173 • Corte
173 • Hachuras
175 • Corte na vista frontal
175 • Corte na vista superior
176 • Corte na vista lateral esquerda
177 • Mais de um corte no desenho técnico
178 • Meio-corte
180 • Meio-corte em vista única
180 • Duas representações em meio-corte no mesmo desenho
181 • Representação simplificada de vistas de peças simétricas
182 • Meia-vista
184 Exercícios
201 Seção
203 • Indicação da seção
207 Encurtamento
209 • Representação do encurtamento no desenho técnico
209 • Mais de um encurtamento na mesma peça
212 Exercícios
213 Escalas
213 • O que é escala
215 • Desenho técnico em escala
216 • Escala natural
216 • Escala de redução
217 • Escala de ampliação
218 • Escalas recomendadas
219 • Cotagem em diferentes escalas
221 Exercícios
225 Rugosidades das superfícies
226 • Rugosidade
230 • Sistemas de medição da rugosidade superficial
232 • Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos
236 • Rugosímetro
239 Recartilha
241 Tolerância dimensional
242 • O que é tolerância dimensional
244 • Ajustes
251 Tolerância geométrica
252 • Tolerâncias de forma
266 • Indicações de tolerâncias geométricas em desenhos técnicos
273 Componentes padronizados
273 • Elementos de fixação roscados
276 • Representação normal de tipos de rosca e respectivos perfis
278 • Cotagem e indicações de roscas
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282 • Arruela
283 • Mola
284 • Tipos de molas
285 • Cotagem de molas
286 • Rebite
286 • Tipos e proporções
287 • Costuras e proporções
287 • Soldas
288 • Chavetas
289 • Tipos de chavetas
290 • Polias e correias
291 • Ângulos e dimensões dos canais das polias em Vê
292 • Rolamentos
295 • Engrenagens
295 • Tipos de corpos de engrenagem
298 • Características e cotagem de engrenagens
303 • Fórmulas e traçado de dentes de engrenagem
304 • Engrenagem à evolvente aproximada - (Traçada com arcos de círculo)
306 • Cremalheira
307 • Engrenagem cilíndrica helicoidal (fórmulas e traçados)
309 Referências
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Introdução
A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio de desenho técnico é tão
importante quanto à execução de uma tarefa, pois é o desenho que fornece todas as
informações precisas e necessárias para a construção de uma peça.
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Avaliado pelo Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008
O homem se comunica por vários meios. Os mais importantes são a fala, a escrita e o
desenho.
Por meio de desenho artístico é possível conhecer e mesmo reconstituir a história dos
povos antigos.
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SENAI-SP – INTRANET – AA306-10
Atualmente existem muitas formas de representar tecnicamente um objeto. Essas
formas foram criadas com o correr do tempo, à medida que o homem desenvolvia seu
modo de vida. Uma dessas formas é a perspectiva.
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SENAI-SP-INTRANET
Você deve ter notado que essas representações foram feitas de acordo com a posição
de quem desenhou.
O desenho técnico é assim chamado por ser um tipo de representação usado por
profissionais de uma mesma área: mecânica, marcenaria, serralharia, etc.
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SENAI-SP – INTRANET – AA306-10
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008
Elaboradores: Antonio Ferro Daniel Camusso
José Romeu Raphael Luiz Carlos Gonçalves Tinoco
Paulo Binhoto Filho Marcilio Manzam
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Vladimir Pinheiro de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I - Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
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Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
O papel
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O formato básico A0 tem área de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189mm.
Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o dobramento para que
o formato final seja A4.
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Dobramento
Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A
parte a é dobrada ao meio.
Legenda
Todo desenho deve ser complementado com uma legenda que, de modo geral, deve
estar situada no canto inferior direito das folhas de desenho. Na legenda, devem estar
incluídas todas as indicações do desenho como:
a. Nome da empresa, departamento ou órgão público;
b. Título do desenho;
c. Escala do desenho;
d. Datas;
e. Assinaturas dos responsáveis pela execução, aprovação e verificação;
f. Número do desenho;
g. Número da peça, quantidades, denominações, materiais e dimensões.
17
A direção da leitura da legenda deve corresponder à direção de leitura do desenho. A
legenda deve ter 178mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e 175mm nos
formatos A1 e A0.
O Lápis
A borracha
A borracha é um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia,
flexível e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar.
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A maneira correta de apagar é fixar o papel com uma mão e com a outra esfregar a
borracha nos dois sentidos sobre o que se quer apagar.
A régua
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Instrumentos de desenho
Régua-tê
A régua-tê é um instrumento usado para traçar linhas retas horizontais.
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Esquadro
O esquadro é um instrumento que tem a forma do triângulo retângulo e é usado para
traçar linhas retas verticais e inclinadas. Os esquadros podem ser de 45° e de 60°.
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Compasso
O compasso é um instrumento usado para traçar circunferências e arcos de
circunferência, tomar e transportar medidas.
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Traçado de linhas com instrumentos
Linhas horizontais traçadas com a régua-tê:
23
Linhas inclinadas traçadas com a régua-tê e dois esquadros:
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Projeções traçadas com instrumentos
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Linhas curvas traçadas com compasso
26
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Exercícios
A2 420 x 594 7
a) A3 297 x 420
b) A4 210 x 297
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Traçado com instrumentos – Régua-tê e esquadros – A.
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Traçado com instrumentos – Régua-tê e esquadros – B.
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Traçado com instrumentos - Compasso
Complete as linhas conforme os exemplos dados abaixo.
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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo. 1991.
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SENAI-SP – INTRANET – AA306-10
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Caligrafia técnica
Caligrafia técnica são caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve
ser legível, uniforme e facilmente desenhável.
Exemplo de algarismos
33
Proporções:
Escreva os algarismos.
Figuras geométricas
37
As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais (sólidos geométricos). Uma das
maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. O
desenho técnico permite representar peças de oficina, conjuntos de peças, projetos de
máquinas, etc.
Ponto
O ponto é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto
observando:
Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel;
Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel.
A linha pode ser curva ou reta. Nesta unidade vamos estudar as linha retas.
Linhas retas
A linha reta ou simplesmente a reta não tem início nem fim: ela é ilimitada.
Semirreta
A semirreta sempre tem origem mas não tem fim. Observe a figura abaixo. O ponto A é
o ponto de origem das semirretas.
Segmento de reta
Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes, A e B, obtém-se um
pedaço limitado da reta.
Assim como o ponto e a reta, o plano não tem definição, mas é possível ter uma idéia
do plano observado: o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala.
O plano não tem início nem fim: ele é ilimitado. Mas é possível tomar porções limitadas
do plano. Essas porções recebem o nome de figuras planas.
As figuras planas têm várias formas. O nome das figuras planas varia de acordo com
sua forma:
Coluna A Coluna B
1. a) ( ) Losango
2. b) ( ) Linha curva
3. c) ( ) Paralelogramo
4. d) ( ) Trapézio
e) ( ) Segmento de reta
5.
f) ( ) Quadrado
6.
g) ( ) Prisma
7.
h) ( ) Círculo
8. i) ( ) Hexágono
9. j) ( ) Linha reta
10. m) ( ) Ponto
11. n) ( ) Retângulo
12. o) ( ) Semirreta
a) ( ) lados b) ( ) extremidades
Sólidos geométricos
Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano.
Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um
sólido geométrico.
Analisando a ilustração abaixo, você entenderá bem a diferença entre uma figura plana
e um sólido geométrico.
45
É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque,
por mais complicada que seja, a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o
resultado da combinação de sólidos geométricos ou de suas partes.
Prismas
O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode imaginá-lo como
uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros, são formados por figuras
planas que se sobrepõem umas às outras, como mostra a ilustração:
Existem vários tipos de sólidos geométricos. Porém vamos estudar apenas os mais
importantes: o prisma, o cubo, a pirâmide e o sólido de revolução.
Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele recebe o
nome de prisma retangular.
Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denominação
específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, é chamado prisma
triangular.
Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras geométricas
iguais, temos um sólido geométrico regular.
O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome
de cubo.
O prisma é formado pelos seguintes elementos: base, faces, arestas e vértices. Como
mostra a figura abaixo.
Pirâmides
A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos.
O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na figura acima, temos
uma pirâmide quadrangular, pois sua base é um quadrado. O número de faces da
pirâmide é sempre igual ao número de lados do polígono que forma sua base mais um.
Cada lado do polígono da base é também uma aresta da pirâmide. O número de
arestas é sempre igual ao número de lados do polígono da base vezes dois. O número
de vértices é igual ao número de lados do polígono da base mais um. Os vértices são
formados pelo encontro de três ou mais arestas. O vértice principal é o ponto de
encontro das arestas laterais.
Existem diferentes tipos de pirâmides. Cada tipo recebe o nome da figura plana que
lhe deu origem.
Sólido de revolução
O sólido de revolução é outro tipo de sólido geométrico. Ele se forma pela rotação da
figura plana em torno de seu eixo.
Esfera é um sólido geométrico limitado por uma superfície curva chamada superfície
esférica. Podemos imaginar a formação da esfera a partir da rotação de um
semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro. Veja os elementos da
esfera na figura abaixo.
Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele é formado
por um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada).
Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos. Observe, na
ilustração abaixo, como a retirada de formas geométricas de um modelo simples (bloco
prismático) dá origem a outra forma mais complexa.
1. Escreva nas linhas embaixo dos desenhos o nome de cada sólido geométrico
representado.
Coluna A Coluna B
a) ( ) Círculo
b) ( ) Triângulo
c) ( ) Hexágono
d) ( ) Retângulo
Perspectiva isométrica
Ângulo é a figura geométrica formada por duas semirretas com a mesma origem.
O grau é cada uma das 360 partes em que a circunferência é dividida. Veja a seguir.
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A medida em graus é indicada por um numeral seguido do símbolo de grau. Veja
alguns exemplos.
60
SENAI-SP-INTRANET
Nos desenhos em perspectiva isométrica, os três eixos isométricos (c, a, ℓ) formam
entre si ângulos de 120º. Os eixos oblíquos formam com a horizontal um ângulo de
30º.
c, a, ℓ: eixos isométricos
d, e, f: linhas isométricas.
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SENAI-SP-INTRANET
Após isso, traça-se a face de frente do prisma, tomando-se como referência as
medidas do comprimento e da altura, marcadas nos eixos isométricos.
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E, por último, para finalizar o traçado da perspectiva isométrica, apagam-se as linhas
de construção e reforça-se o contorno do modelo.
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SENAI-SP-INTRANET
Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos
As linhas que não são paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não
isométricas.
SENAI-SP-INTRANET 65
Traçado da perspectiva isométrica com elementos arredondados
Círculo
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SENAI-SP-INTRANET
Para representar a perspectiva isométrica do círculo, é necessário traçar antes um
quadrado auxiliar em perspectiva, na posição em que o círculo deve ser desenhado.
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Traçado da perspectiva isométrica do cilindro
68
SENAI-SP-INTRANET
Outros exemplos do traçado da perspectiva isométrica
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Exercícios
lado (semirreta)
vértice (origem)
a) b) c)
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SENAI-SP-INTRANET
Perspectiva isométrica - Identificar elementos de perspectiva - B.
4. Escreva na frente de cada letra a posição que ela está indicando: frente, cima e
lado.
A-
B-
C-
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Exercícios: 1. Desenhe perspectivas isométricas com detalhes paralelos e oblíquos.
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SENAI-SP-INTRANET
2. Desenhe perspectivas isométricas com detalhes arredondados e furos cilíndricos.
SENAI-SP-INTRANET 73
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2007
Elaboradores: Antonio Ferro Isaias Gouveia da Silva
José Romeu Raphael Daniel Camusso
Paulo Binhoto Filho Luiz Carlos Gonçalves Tinoco
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Marcilio Manzam
Vladimir Pinheiro de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
74
SENAI-SP-INTRANET
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Projeção ortogonal
Observador
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Observe a linha de projeção. A linha de projeção é a linha perpendicular ao plano de
projeção que sai do modelo e o projeta no plano de projeção.
Agora imagine que o plano de projeção vertical fica fixo e que os outros planos de
projeção giram um para baixo e outro para a direita.
Agora é possível tirar os planos de projeção e deixar apenas o desenho das vistas do
modelo.
Outro exemplo:
Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projeções da peça formadas pela vista
frontal, vista superior e vista lateral esquerda.
Observação
Normalmente a vista frontal é a vista principal da peça.
Complete as projeções.
Complete as projeções.
Complete as projeções.
Complete as projeções.
Complete as projeções.
Complete as projeções.
Complete as projeções.
Complete à mão livre as vistas que faltam nas projeções abaixo. Utilize os modelos
indicados.
Escreva nas vistas dos desenhos técnicos as letras dos modelos representados em
perspectiva isométrica que correspondem às suas faces.
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde à peça.
Aplicação de linhas
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Procuraremos nesta
unidade mostrar os tipos e sua aplicação.
Larguras de linhas
A relação entre as larguras de linhas largas e estreitas não deve ser inferior a 2, ou
seja, a linha larga deve ter no mínimo o dobro da estreita.
Exemplo:
Aplicação
103
Linha contínua estreita – Para contornos de seções, linhas de cota, linhas auxiliares
e hachuras.
São linhas estreitas que são usadas para completar a representação de peças e
conjuntos. De acordo com sua função esta linha pode assumir diversas formas.
Seguem-se as formas e aplicações utilizadas no desenho técnico mecânico.
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
Linha de centro – É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que
indica o centro de alguns elementos do modelo como furos, rasgos, etc.
Exemplo:
Aplicações
Exemplo:
Note que as metades do modelo são exatamente iguais: logo, o modelo é simétrico.
Aplicação
Quando o modelo é simétrico, em seu desenho técnico aparece a linha de simetria.
A linha de simetria pode aparecer tanto na posição horizontal como na posição vertical.
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
Traço dois pontos estreita – Linha estreita traço dois pontos usada para indicar
contornos de peças adjacentes, posição limites de peças móveis, linhas de centro de
gravidade, cantos e arestas da conformação.
Exemplo:
Aplicação
Aplicação
Exemplo:
Aplicação
Aplicação
Aplicação
Cotagem
Linhas de cota (a) são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades ou
traços oblíquos; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da
peça.
A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser
aberta, ou fechada preenchida.
O traço oblíquo é desenhado com uma linha fina curta e inclinado a 45°.
Deve ser ligeiramente prolongada além da linha de cota e deve-se deixar um pequeno
espaço entre elas e o desenho. Sugestão 1 a 2mm.
Cotas (c) são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de
seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.
50 = comprimento
25 = largura
15 = altura
Observação
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para
direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.
Sempre que possível é bom evitar colocar cotas em linhas tracejadas.
Deve-se evitar também colocar a cota dentro do desenho.
A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja.
Furo Saliência
Para fabricar peças como essas é necessário interpretar, além das cotas básicas, as
cotas dos elementos.
Sequência de cotagem
2o passo
3o passo
Cotagem de diâmetro
Cotagem de raios
Os objetos simétricos representados em meio corte ou meia vista, a linha de cota deve
cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria.
Porém, é preciso evitar a disposição das linhas de cota entre os setores hachurados e
inclinados de cerca de 30º.
A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus
raios.
ESF = Esférico
Ø = Diâmetro
R = Raio
Existem peças que têm elementos angulares. Elementos angulares são formados por
ângulos.
A cotagem da abertura do elemento angular é feita em linha de cota curva, cujo centro
é vértice do ângulo cotado.
Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas superfícies que se
encontram.
Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas
lineares e por meio de cotas lineares e angulares.
Cotas lineares
Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas a partir das
faces.
A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada
como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva.
A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.
A cotagem aditiva em duas direções pode ser simplificada por cotagem por
coordenadas. A peça fica relacionada a dois eixos.
Fica mais prático indicar as cotas em uma tabela ao invés de indicá-la diretamente
sobre a peça.
X Y ø
1 8 8 4
2 8 38 4
3 22 15 5
4 22 30 3
5 35 23 6
6 52 8 4
7 52 38 4
Na cotagem por linha básica as medidas da peça são indicadas a partir de linhas.
Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, furos
espaçados igualmente.
A cotagem das distâncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por
cotas angulares.
Cotagem linear
SENAI-SP – INTRANET – AA306-10
132
Cotagem linear e angular
A área ou o comprimento e sua localização são indicados por meio de linha traço e
ponto, desenhada adjacente à face corresponde.
Como a relação de inclinação vem indicada do desenho técnico, não é necessário que
a outra cota de altura da peça apareça.
Nos desenhos técnicos de peças como estas, a relação de conicidade deve estar
indicada.
Outros exemplos:
Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas
especificado para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados.
( ) Linha de cota
( ) Linha auxiliar de cota
( ) Cota
Esférico
Supressão de vistas
Duas vistas são iguais quando têm as mesmas formas e as mesmas medidas. E
quando têm apenas as formas iguais e medidas diferentes, são chamadas de
semelhantes.
Você vai iniciar o estudo de supressão de vistas analisando um caso bem simples.
Observe o prisma de base quadrada, representado a seguir.
147
SENAI-SP-INTRANET
No desenho técnico, à direita, estão representadas as 3 vistas que você já conhece:
vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda. Estas três vistas cotadas dão à
ideia da peça.
Como a vista frontal e a vista lateral esquerda são iguais, é possível suprimir uma
delas.
A vista frontal é sempre a vista principal da peça. Então, neste caso, a vista escolhida
para supressão é a vista lateral esquerda.
Veja como fica o desenho técnico do prisma com supressão da lateral esquerda.
148
SENAI-SP-INTRANET
As cotas básicas deste prisma são:
altura - 60mm;
largura - 40mm e
comprimento - 40mm.
Note que a vista lateral esquerda é semelhante à vista frontal. Neste caso, a vista
lateral esquerda pode ser suprimida.
149
SENAI-SP-INTRANET
Nos dois exemplos analisados, a vista suprimida foi a lateral esquerda. Mas,
dependendo das características da peça, a vista superior também pode ser suprimida.
O desenho técnico abaixo representa um pino de seção retangular em três vistas.
Note que a vista superior e a vista lateral esquerda são semelhantes. Neste caso,
tanto faz representar o desenho com supressão da vista superior como da vista lateral
esquerda. Compare as duas alternativas.
Figura A Figura B
Em qualquer dos casos, é possível interpretar o desenho, pois ambos contêm todas as
informações necessárias.
150
SENAI-SP-INTRANET
Supressão de vistas diferentes
As três vistas são diferentes. Mesmo assim é possível imaginar a supressão de uma
delas, sem qualquer prejuízo para a interpretação do desenho.
Como você já sabe, a vista frontal é a vista principal. Por isso deve ser sempre mantida
no desenho técnico. Temos então que escolher entre a supressão da vista superior e
da vista lateral esquerda.
Você vai comparar os dois casos, para concluir qual das duas supressões é mais
aconselhável. Veja primeiro o desenho com supressão da vista superior:
Note que, apesar de o furo estar representado nas duas vistas, existem poucas
informações sobre ele: analisando apenas essas duas vistas não dá para saber a
forma do furo. Analise agora outra alternativa.
151
SENAI-SP-INTRANET
A vista lateral esquerda foi suprimida. Note que agora já é possível identificar a forma
circular do furo na vista superior.
152
SENAI-SP-INTRANET
Um modelo como este, em perspectiva, seria representado normalmente em três vistas
para transmitir a ideia de como ele é, na realidade: a vista frontal, a superior e a lateral.
Observe que as cotas que antes apareciam associadas à vista lateral esquerda foram
transferidas para as duas outras vistas. Assim, nenhuma informação importante sobre
a forma e sobre o tamanho da peça ficou perdida.
153
SENAI-SP-INTRANET
Mas, este mesmo modelo pode ainda ser representado com apenas uma vista, sem
qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja.
Todas as cotas da peça foram indicadas na vista frontal. A largura da peça foi indicada
pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do valor numérico correspondente,
como você pode observar dentro da vista frontal.
154
SENAI-SP-INTRANET
Análise outro desenho técnico em vista única.
Como não é possível concluir, pela análise da vista frontal, se os furos são passantes
ou não, a informação “Furos passantes” deve vir escrita, em lugar que não atrapalhe a
interpretação do desenho.
Você notou que a indicação da espessura da peça foi representada fora da vista
frontal. Isto porque a indicação da espessura da peça dentro da vista prejudicaria a
interpretação do desenho.
155
SENAI-SP-INTRANET
O prisma de base quadrangular pode ser representado também com vista única. Para
interpretar o desenho técnico do prisma quadrangular com vista única, você precisa
conhecer o símbolo indicativo de quadrado e o símbolo indicativo de superfície plana.
Usamos o seguinte símbolo para identificar a forma quadrada: . Este símbolo pode
ser omitido quando a identificação da forma quadrada for clara. É o que acontece na
representação da vista superior do prisma quadrangular.
156
SENAI-SP-INTRANET
A vista representada é a frontal. Note que a vista superior foi suprimida nesta
representação. O símbolo ao lado esquerdo da cota 40, representa a forma da vista
superior. A cota 40 refere-se a duas dimensões do prisma: a do comprimento e a da
largura.
Você reparou nas duas linhas diagonais estreitas cruzadas, representadas na vista
frontal? Essas linhas são indicativas de que a superfície representada é plana.
A seguir você vai ficar conhecendo maiores detalhes sobre a utilização dessas linhas.
A vista frontal do prisma e a vista frontal do cilindro podem ser facilmente confundidas.
Para evitar enganos, a vista frontal do modelo prismático, que apresenta uma
superfície plana, deve vir identificada pelas linhas cruzadas estreitas.
157
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Dizemos que uma superfície é plana derivada de superfície cilíndrica quando, no
processo de execução da peça, partimos de uma matéria-prima de formato cilíndrico
para obter as faces planas, como mostram as ilustrações.
158
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A vista representada é a vista frontal. Nesse desenho, o sinal indicativo de diâmetro
aparece junto à cota 30. Com essa indicação, a interpretação da peça pode ser feita
normalmente.
Vamos chamar de peças com forma composta aquelas peças que apresentam
combinações de várias formas, como por exemplo: prismática, cilíndrica, cônica,
piramidal etc. As peças com forma composta também podem ser representadas com
supressão de uma ou de duas vistas. Veja, a seguir, a perspectiva de uma peça com
forma composta, ou seja, com forma prismática e cilíndrica e, ao lado, seu desenho
técnico em duas vistas.
As vistas representadas são: vista frontal e vista lateral esquerda. A vista superior foi
suprimida.
159
SENAI-SP-INTRANET
No desenho técnico desta peça, com vista única, todas essas informações aparecem
concentradas na vista frontal. O corte parcial ajuda a visualizar a forma e o tamanho do
furo não passante superior.
Veja, a seguir, mais um exemplo de peça com forma composta, nesse caso com
formas: prismática, piramidal e cônica. Além disso, a peça tem um furo quadrado não
passante e também um furo redondo não passante interrompido.
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Abaixo você tem a representação desta peça em duas vistas.
161
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Essa peça pode ser representada de várias maneiras, no desenho técnico. A forma de
cotagem varia em cada caso. Analise cada uma das possibilidades, a seguir.
a. b.
c. d.
É possível, ainda, representar esta mesma peça em vista única e obter todas as
informações que interessam para a sua interpretação.
162
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Representações com vista única em vistas parciais
Neste caso, o desenho técnico pode ser representado sem corte ou com corte.
Compare as duas possibilidades.
Repare que as linhas de cota ultrapassam um pouco a linha de simetria. Essas linhas
de cota apresentam apenas uma seta. A parte que atravessa a linha de simetria não
apresenta seta.
163
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Para finalizar o assunto, veja como fica o desenho técnico com supressão de vistas de
uma peça representada em quarta-parte de vista. Primeiro, observe a peça. Trata-se
de um disco com furos, simétrico longitudinal e transversalmente.
O diâmetro da peça é 40mm. O diâmetro do furo central é 12mm. A cota que indica a
distância dos furos menores opostos é 26. O diâmetro dos 6 furos menores é 4 mm. A
espessura da peça, indicada pela abreviatura ESP 1, é 1mm.
As duas linhas de simetria aparecem identificadas pelos dois traços paralelos nas
extremidades.
164
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Exercícios
Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde às projeções.
165
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Para cada peça em projeção há quatro perspectivas, porém só uma é correta. Assinale
com X a perspectiva que corresponde às projeções.
166
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Supressão de vistas - Desenhar à mão livre, em projeção, modelos dados em
perspectiva - B.
Desenhe à mão livre uma vista de cada uma das peças abaixo. Faça a cotagem e
coloque os símbolos. Use folha A4.
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Supressão de vistas - Desenhar à mão livre, em projeção, modelos dados em
perspectiva - C.
Desenhe à mão livre duas vistas das peças abaixo. Faça a cotagem. Use folha A4.
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Supressão de vistas - Relacionar planta e elevação.
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Supressão de vistas - Relacionar elevação e lateral.
1 = 14 2= 3= 4= 5= 6=
7= 8= 9= 10 = 11 = 12 =
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Supressão de vistas - Relacionar vista única com perspectiva.
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Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores: Antonio Ferro Antonio Varlese José Serafim Guarnieri
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Manoel Tolentino Rodrigues Filho
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Rinaldo Afanasiev
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva Roberto Aparecido Moreno
Humberto Aparecido Marim
José Carlos de Oliveira
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao desenho. São Paulo, 1991.
172
SENAI-SP-INTRANET
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Desenho em corte
Corte
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre
imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça.
Hachuras
173
O hachurado é traçado com inclinação de 45 graus.
Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peça será
imaginada cortada.
Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição do
observador.
Observações
A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada.
As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.
Nas vistas hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não
dificulte a leitura do desenho.
Até aqui foi vista a representação de um só corte na mesma peça. Mas, às vezes, um
só corte não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos é necessário
representar mais de um corte na mesma peça.
Meio-corte
Meia-vista
Complete a mão livre as projeções das peças abaixo, aplicando os cortes indicados.
Elevação em corte
Lateral em corte
a) Responda à pergunta:
Qual é nome do corte representado no desenho técnico?
b) Responda à pergunta.
Qual é a vista representada em corte?
Desenhe as peças abaixo em duas vistas, aplicando corte composto. Utilize folhas A4.
Escala 1:1.
Seção
Representação em corte
Representação em seção
A indicação da seção é representada por uma linha traço e ponto com traços largos
nas extremidades. Aparece na vista frontal, no local onde se imaginou passar o plano
de corte.
A linha de corte onde se imagina o rebatimento da seção deve ser sempre no centro do
elemento secionado.
É feita próxima à vista e ligada a ela por meio de uma linha estreita traço e ponto.
Encurtamento
Certos tipos de peças, que apresentam formas longas e constantes, podem ser
representadas de maneira mais prática.
Veja o exemplo de um eixo com duas espigas nas extremidades e uma parte central
longa, de forma constante. Imagine o eixo secionado por dois planos de corte, como
mostra a ilustração.
Como a parte compreendida entre os cortes não apresenta variações e não contém
outros elementos, você pode imaginar a peça sem esta parte, o que não prejudica sua
interpretação.
207
Na prática o encurtamento acontece da seguinte forma, veja o exemplo abaixo:
Nos desenhos técnicos confeccionados em software de CAD, pode-se optar pela linha
contínua estreita em ziguezague para representar os encurtamentos.
Certos tipos de peças podem ser imaginadas com mais de um encurtamento. Observe
a chapa com quatro furos, por exemplo. Você pode imaginar um encurtamento do
comprimento e outro no sentido da largura, sem qualquer prejuízo da interpretação da
peça ou de seus elementos.
Note que a peça está representada através da vista frontal. Neste desenho estão
representados 4 encurtamentos e 4 seções. Duas seções estão indicadas na vista
frontal e representadas fora da vista: Seção AA e Seção BB. Uma seção aparece
rebatida dentro da vista. E a quarta seção aparece representada no encurtamento da
parte inclinada.
Escalas
Antes de representar objetos, modelos, peças, etc. deve-se estudar o seu tamanho
real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade.
Mas, existem objetos, peças, animais, etc. que não podem ser representados em seu
tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são
tão pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar
seus detalhes.
O que é escala
213
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real são mantidas, ou
aumentadas, ou reduzidas proporcionalmente.
Veja um exemplo.
A figura A é um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ângulos reto. Cada lado da
figura A mede 2u (duas unidades de medida).
Note que as três figuras apresentam medidas dos lados proporcionais e ângulos
iguais.
Mas, antes do desenho técnico rigoroso é feito um esboço cotado, quase sempre à
mão livre. O esboço cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contém todas
as cotas da peça bem definidas e legíveis, mantendo a forma da peça e as
proporções aproximadas das medidas. Veja, a seguir, o esboço de uma bucha.
Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o
tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça.
Escala de redução
Na indicação da escala de redução o numeral à esquerda dos dois pontos sempre será
1. E o numeral à direita sempre será maior que 1.
No desenho anterior o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se lê: um por
vinte).
Escala de ampliação
A indicação da escala é feita no desenho técnico como nos casos anteriores: a palavra
escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois pontos.
Só que, nesse caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho
técnico, será maior que 1. O numeral da direita sempre será 1 e representa as medidas
reais da peça.
Escalas recomendadas
desenho peça
Natural – ESC 1 : 1
Ampliação – ESC 2 : 1
Redução – ESC 1 : 2
As escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196, são:
1:2 1:5 1 : 10
1 : 20 1 : 50 1 : 100
Escala de redução
1 : 200 1 : 500 1 : 1 000
1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000
Dimensão Dimensão
Escala
da peça do desenho
A 120 240 1:2 5:1 1:20
25 125 1:10 5:1 2:1 1:5
70 70 2:1 1:2 1:1 5:1
40 400 10:1 5:1 1:10 1:1
90 45 1:5 1:10 2:1 1:2
35 7 2:1 1:5 1:2 5:1
20 200 1:10 1:1 10:1 1:2
5 25 5:1 2:1 1:5 1:10
52 26 2:1 1:1 5:1 1:2
108 540 5:1 1:5 1:2 1:1
105 21 1:2 2:1 1:10 1:5
A produção das superfícies lisas exige, em geral, custo de fabricação mais elevado.
225
Durante a usinagem, as principais causas dos erros macrogeométricos são:
Defeitos em guias de máquinas-ferramenta;
Desvios da máquina ou da peça;
Fixação errada da peça;
Distorção devida ao tratamento térmico.
Rugosidade
Superfície real
É a superfície que limita um corpo e o separa do meio ambiente. É a superfície obtida
pelos processos de fabricação.
Superfície geométrica
É a superfície ideal, prescrita em projeto, na qual não existem irregularidades de forma
e de acabamento. É a superfície representada no desenho. Exemplos: superfície
plana, superfície cilíndrica, superfície esférica, etc.
Superfície efetiva
É obtida por instrumentos analisadores de superfície, como o rugosímetro. Dado o
grau de exatidão dos atuais instrumentos de medição, pode-se considerar que as
superfícies real e efetiva são praticamente coincidentes. O uso de diferentes sistemas
de medidas pode resultar em superfícies efetivas diferentes para uma mesma
superfície real.
Perfil real
É a interseção da superfície real com um plano perpendicular à superfície geométrica.
Perfil geométrico
É a interseção da superfície geométrica com o plano perpendicular a ela.
Irregularidades da superfície
São as saliências e reentrâncias existentes na superfície real: picos e vales.
Toma-se o perfil efetivo de uma superfície num comprimento lm, comprimento total de
avaliação. Chama-se o comprimento le de comprimento de amostragem (NBR
6405/1988).
A distância percorrida pelo apalpador deverá ser igual a 5 le mais a distância para
atingir a velocidade de medição lv e para a parada do apalpador lm.
Rugosidade e ondulação
Sistema M
No sistema da linha média, ou sistema M, todas as grandezas da medição da
rugosidade são definidas a partir do seguinte conceito de linha média:
A1 + A2 = A3
O desvio médio aritmético - Ra (CLA) é a média dos valores absolutos das ordenadas
do perfil efetivo em relação à linha média X, num comprimento (L) da amostragem.
Observações;
Ra (roughness average) significa rugosidade média;
CLA (center line average) significa centro da linha média, e é adotado pela norma
inglesa, sendo a medida expressa em micropolegadas (in = micro-inch).
Classificação da rugosidade
A característica principal da rugosidade Ra pode ser indicada pelos números da classe
de rugosidade correspondente, segundo a tabela 1 da NBR 8404.
Característica da rugosidade Ra
Classe de rugosidade Desvio médio aritmético (Ra)
m
N 12 50
N 11 25
N 10 12,5
N 9 6,3
N 8 3,2
N 7 1,6
N 6 0,8
N 5 0,4
N 4 0,2
N 3 0,1
N 2 0,05
N 1 0,025
Medição da rugosidade
Na medição da rugosidade são recomendados valores para o comprimento de
amostragem, conforme tabela abaixo.
Comprimento da amostragem
Rugosidade Ra (m) Mínimo comprimento de amostragem L
(mm)
De 0 até 0,3 0,25
Maior que 0,3 até 3,0 0,80
Maior que 3,0 2,50
Esses símbolos podem ser combinados entre si, ou utilizados em combinação com os
símbolos com indicação da característica principal da rugosidade, Ra.
Se for necessário definir uma direção das estrias que não esteja claramente definida
por um desses símbolos, ela deve estar descrita no desenho por uma nota adicional.
Recartilha
A recartilha é uma ferramenta utilizada em peças cilíndricas para gerar sulcos paralelos
ou cruzados, que recebem o nome de recartilhado.
O recartilhado é normalizado pela NBR 14957: 2003 baseado na norma DIN 82:1973,
que determina a classificação mostrada no quadro a seguir.
239
Classe Apresentação Descrição Pico Diâmetro da peça
Recartilhado
RAA ------- d2 = d1 - 0,5.t
paralelo
Recartilhado
RBR ------- d2 = d1 - 0,5.t
oblíquo à direita
Recartilhado
RBL oblíquo à ------- d2 = d1 - 0,5.t
esquerda
expansão de
Recartilhado
RGE material (alto d2 = d1 - 0,67.t
oblíquo cruzado
relevo)
compressão de
Recartilhado
RGV material (baixo d2 = d1 - 0,33.t
oblíquo cruzado
relevo)
expansão de
Recartilhado
RKE material (alto d2 = d1 - 0,67.t
paralelo cruzado
relevo)
compressão de
Recartilhado
RKV material (baixo d2 = d1 - 0,33.t
paralelo cruzado
relevo)
240
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Tolerância dimensional
Introdução
É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo
processo de fabricação está sujeito a imprecisões. Sempre acontecem variações ou
desvios das cotas indicadas no desenho. Entretanto, é necessário que peças
semelhantes, tomadas ao acaso, sejam intercambiáveis, isto é, possam ser
substituídas entre si, sem que haja necessidade de reparos e ajustes. A prática tem
demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para
mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios aceitáveis
nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional,
que é o assunto que você vai aprender nesta aula.
Num conjunto, as peças se ajustam, isto é, se encaixam umas nas outras de diferentes
maneiras e você também vai aprender a reconhecer os tipos de ajustes possíveis entre
peças de conjuntos mecânicos.
SENAI-SP – INTRANET – AA306-10
241
No Brasil, o sistema de tolerâncias recomendado pela ABNT segue as normas
internacionais ISO (International Organization For Standardization ). A observância
dessas normas, tanto no planejamento do projeto como na execução da peça, é
essencial para aumentar a produtividade da indústria nacional e para tornar o produto
brasileiro competitivo em comparação com seus similares estrangeiros.
Afastamentos
Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nominais, para mais ou
menos, que permitem a execução da peça sem prejuízo para seu funcionamento e
intercambiabilidade. Eles podem ser indicados no desenho técnico como mostra a
ilustração a seguir:
242
Somando o afastamento superior à dimensão nominal obtemos a dimensão máxima,
isto é, a maior medida aceitável da cota depois de executada a peça. Então, no
exemplo dado, a dimensão máxima do diâmetro corresponde a: 20mm + 0,28mm =
20,28mm.
Depois de executado, o diâmetro da peça pode ter qualquer valor dentro desses dois
limites.
A cota Ø 16 apresenta dois afastamentos com sinal - (menos), o que indica que os
afastamentos são negativos: - 0,20 e - 0,41. Quando isso acontece, o afastamento
superior corresponde ao de menor valor numérico absoluto. No exemplo, o valor 0,20
é menor que 0,41; logo, o afastamento - 0,20 corresponde ao afastamento superior e -
0,41 corresponde ao afastamento inferior.
243
Para saber qual a dimensão máxima que a cota pode ter basta subtrair o
afastamento superior da dimensão nominal. No exemplo: 16,00 - 0,20 = 15,80.
Para obter a dimensão mínima você deve subtrair o afastamento inferior da dimensão
nominal. Então: 16,00 - 0,41 = 15,59. A dimensão efetiva deste diâmetro pode,
portanto, variar dentro desses dois limites, ou seja, entre 15,80mm e 15,59mm. Neste
caso, de dois afastamentos negativos, a dimensão efetiva da cota será sempre menor
que a dimensão nominal.
Ajustes
Para entender o que são ajustes precisamos antes saber o que são eixos e furos de
peças. Quando falamos em ajustes, eixo é o nome genérico dado a qualquer peça, ou
parte de peça, que funciona alojada em outra. Em geral, a superfície externa de um
eixo trabalha acoplada, isto é, unida à superfície interna de um furo. Veja, a seguir, um
eixo e uma bucha.
244
Observe que a bucha está em corte para mostrar seu interior que é um furo.
Eixos e furos de formas variadas podem funcionar ajustados entre si. Dependendo da
função do eixo, existem várias classes de ajustes. Se o eixo se encaixa no furo de
modo a deslizar ou girar livremente, temos um ajuste com folga.
Quando o eixo se encaixa no furo com certo esforço, de modo a ficar fixo, temos um
ajuste com interferência.
245
Existem situações intermediárias em que o eixo pode se encaixar no furo com folga ou
com interferência, dependendo das suas dimensões efetivas. É o que chamamos de
ajuste incerto.
Em geral, eixos e furos que se encaixam têm a mesma dimensão nominal. O que varia
é o campo de tolerância dessas peças.
246
Portanto, a dimensão máxima do eixo (24,80mm) é menor que a dimensão mínima do
furo (25,00mm) o que caracteriza um ajuste com folga. Para obter a folga, basta
subtrair a dimensão do eixo da dimensão do furo. Neste exemplo, a folga é 25,00mm -
24,80mm = 0,20mm.
Para obter o valor da interferência, basta calcular a diferença entre a dimensão efetiva
do eixo e a dimensão efetiva do furo. Imagine que a peça pronta ficou com as
seguintes medidas efetivas: diâmetro do eixo igual a 25,28mm e diâmetro do furo igual
a 25,21mm. A interferência corresponde a: 25,28mm - 25,21mm = 0,07mm. Como o
diâmetro do eixo é maior que o diâmetro do furo, estas duas peças serão acopladas
sob pressão.
Ajuste incerto
É o ajuste intermediário entre o ajuste com folga e o ajuste com interferência. Neste
caso, o afastamento superior do eixo é maior que o afastamento inferior do furo, e o
afastamento superior do furo é maior que o afastamento inferior do eixo. Acompanhe o
próximo exemplo com bastante atenção.
247
Compare: o afastamento superior do eixo (+0,18) é maior que o afastamento inferior
do furo (0,00) e o afastamento superior do furo (+ 0,25) é maior que o afastamento
inferior do eixo (+ 0,02). Logo, estamos falando de um ajuste incerto.
Este nome está ligado ao fato de que não sabemos, de antemão, se as peças
acopladas vão ser ajustadas com folga ou com interferência. Isso vai depender das
dimensões efetivas do eixo e do furo.
Ajustes recomendados
Tipo de
Mecânica
Mecânica
Mecânica
Ordinária
precisa
ajuste
Média
Extra
248
Encaixes fixos de precisão,
Deslizante
órgãos lubrificados deslocáveis à
justo H6 h5 H7 h6
mão.
Montagem à mão, porém
Ex.: punções, guias, etc.
necessitando de algum esforço.
pesado.
À pressão
com Peças impossíveis de serem
H6 p5 H7 p6
esforço desmontadas sem deformação.
249
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores (1): Antonio Ferro Antonio Varlese Manoel Tolentino Rodrigues Filho
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Rinaldo Afanasiev
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Roberto Aparecido Moreno
Ilustrador (1): Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva
Humberto Aparecido Marim
Autores (2): Joel Ferreira José Carlos de Oliveira
Regina Maria Silva José Serafim Guarnieri
Referência
SENAI.SP. Desenho técnico (Supervisor de 1ª linha). São Paulo, 1990. (1)
Telecurso: profissionalizante de Mecânica: leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. v.3. 1.ed. Rio de Janeiro:
Fundação Roberto Marinho, 2000. 194p. (2)
250
Avaliado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Tolerância geométrica
Introdução
Note que, embora as dimensões efetivas do pino estejam de acordo com a tolerância
dimensional especificada no desenho técnico, a peça real não é exatamente igual à
peça projetada. Pela ilustração você percebe que o pino está deformado.
251
Assim, desvios de formas dentro de certos limites não chegam a prejudicar o bom
funcionamento das peças.
Quando dois ou mais elementos de uma peça estão associados, outro fator deve ser
considerado: a posição relativa desses elementos entre si.
As variações aceitáveis das formas e das posições dos elementos na execução da
peça constituem as tolerâncias geométricas.
Tolerâncias de forma
Analise as vistas: frontal e lateral esquerda do modelo prismático abaixo. Note que a
superfície S, projetada no desenho, é uma superfície geométrica ideal plana.
252
Após a execução, a superfície real da peça S’ pode não ficar tão plana como a
superfície ideal S. Entre os desvios de planeza, os tipos mais comuns são a
concavidade e a convexidade.
Planeza
A tolerância de planeza corresponde à distância t entre dois planos ideais
imaginários, entre os quais deve encontrar-se a superfície real da peça.
253
Nos desenhos técnicos, a indicação da tolerância de planeza vem sempre precedida
do seguinte símbolo: .
Cilindricidade
Outro tipo de tolerância de forma de superfície é a tolerância de cilindricidade.
Quando uma peça é cilíndrica, a forma real da peça fabricada deve estar situada entre
as superfícies de dois cilindros que têm o mesmo eixo e raios diferentes.
254
Forma de uma superfície qualquer
Finalmente, a superfície de uma peça pode apresentar uma forma qualquer. A
tolerância de forma de uma superfície qualquer é definida por uma esfera de
diâmetro t, cujo centro movimenta-se por uma superfície que tem a forma geométrica
ideal. O campo de tolerância é limitado por duas superfícies tangentes à esfera t, como
mostra o desenho a seguir.
Retilineidade
A tolerância de retilineidade de uma linha ou eixo depende da forma da peça à qual a
linha pertence.
255
Quando a peça tem forma cilíndrica, é importante determinar a tolerância de
retilineidade em relação ao eixo da parte cilíndrica. Nesses casos, a tolerância de
retilineidade é determinada por um cilindro imaginário de diâmetro t, cujo centro
coincide com o eixo da peça.
256
No caso das peças prismáticas a indicação de tolerância de retilineidade também é feita
pelo símbolo: que antecede o valor numérico da tolerância.
Circulcridade
Em peças com forma de disco, cilindro ou cone pode ser necessário determinar a
tolerância de circularidade.
257
Nos desenhos técnicos, a indicação da tolerância de circularidade vem precedida do
símbolo: .
Note que o contorno de cada seção do perfil deve estar compreendido entre duas linha
paralelas, tangentes à circunferência.
Cuidado para não confundir os símbolos! No final desta aula, você encontrará um
quadro com o resumo de todos os símbolos usados em tolerâncias geométricas.
Estude-o com atenção e procure memorizar todos os símbolos aprendidos.
258
Tolerâncias de orientação
Quando dois ou mais elementos são associados pode ser necessário determinar a
orientação precisa de um em relação ao outro para assegurar o bom funcionamento do
conjunto.
Veja um exemplo.
O primeiro desenho técnico mostra que o eixo deve ser perpendicular ao furo. Observe,
no segundo desenho, como um erro de perpendicularidade na execução do furo afeta
de modo inaceitável a funcionalidade do conjunto. Daí a necessidade de se
determinarem, em alguns casos, as tolerâncias de orientação. Na determinação das
tolerâncias de orientação geralmente um elemento é escolhido como referência para
indicação das tolerâncias dos demais elementos.
O elemento tomado como referência pode ser uma linha, como por exemplo, o eixo de
uma peça. Pode ser, ainda, um plano, como por exemplo, uma determinada face da
peça. E pode ser até mesmo um ponto de referência, como por exemplo, o centro de
um furo. O elemento tolerado também pode ser uma linha, uma superfície ou um
ponto.
259
Paralelismo
Observe o desenho técnico abaixo.
Nesta peça, o eixo do furo superior deve ficar paralelo ao eixo do furo inferior, tomado
como referência. O eixo do furo superior deve estar compreendido dentro de uma zona
cilíndrica de diâmetro t, paralela ao eixo do furo inferior, que constitui a reta de
referência.
Na peça do exemplo anterior, o elemento tolerado foi uma linha reta: o eixo do furo
superior. O elemento tomado como referência também foi uma linha: o eixo do furo
inferior. Mas, há casos em que a tolerância de paralelismo de um eixo é determinada
tomando-se como referência uma superfície plana.
260
Perpendicularidade
Observe o desenho abaixo.
Nesta peça, o eixo do furo vertical B deve ficar perpendicular ao eixo do furo horizontal
C. Portanto, é necessário determinar a tolerância de perpendicularidade de um eixo
em relação ao outro.
261
Inclinação
O furo da peça representada a seguir deve ficar inclinado em relação à base.
Em vez de uma linha, como no exemplo anterior, o elemento tolerado pode ser uma
superfície.
Tolerância de posição
Quando tomamos como referência a posição, três tipos de tolerância devem ser
considerados: de localização; de concentricidade e de simetria.
262
Localização
Quando a localização exata de um elemento, como por exemplo: uma linha, um eixo
ou uma superfície, é essencial para o funcionamento da peça, sua tolerância de
localização deve ser determinada. Observe a placa com furo, a seguir.
Como a localização do furo é importante, o eixo do furo deve ser tolerado. O campo de
tolerância do eixo do furo é limitado por um cilindro de diâmetro t. O centro deste
cilindro coincide com a localização ideal do eixo do elemento tolerado.
Concentricidade ou coaxialidade
Quando duas ou mais figuras geométricas planas regulares têm o mesmo centro,
dizemos que elas são concêntricas. Quando dois ou mais sólidos de revolução têm o
eixo comum, dizemos que eles são coaxiais. Em diversas peças, a concentricidade ou
a coaxialidade de partes ou de elementos, é condição necessária para seu
funcionamento adequado. Mas, determinados desvios, dentro de limites estabelecidos,
não chegam a prejudicar a funcionalidade da peça. Daí a necessidade de serem
indicadas as tolerâncias de concentricidade ou de coaxialidade.
263
Veja a peça abaixo, por exemplo:
Essa peça é composta por duas partes de diâmetros diferentes. Mas, os dois cilindros
que formam a peça são coaxiais, pois têm o mesmo eixo. O campo de tolerância de
coaxialidade dos eixos da peça fica determinado por um cilindro de diâmetro t cujo
eixo coincide com o eixo ideal da peça projetada.
Simetria
Em peças simétricas é necessário especificar a tolerância de simetria. Observe a peça
a seguir, representada em perspectiva e em vista única:
264
Preste atenção ao plano que divide a peça em duas partes simétricas. Na vista frontal,
a simetria vem indicada pela linha de simetria que coincide com o eixo da peça. Para
determinar a tolerância de simetria, tomamos como elemento de referência o plano
médio ou eixo da peça. O campo de tolerância é limitado por dois planos paralelos,
equidistantes do plano médio de referência, e que guardam entre si uma distância t. É
o que mostra o próximo desenho.
Batimento
Quando um elemento dá uma volta completa em torno de seu eixo de rotação, ele pode
sofrer oscilação, isto é, deslocamentos em relação ao eixo. Dependendo da função do
elemento, esta oscilação tem de ser controlada para não comprometer a funcionalidade
da peça. Por isso, é necessário que sejam determinadas as tolerâncias de batimento,
que delimitam a oscilação aceitável do elemento. As tolerâncias de batimento podem
ser de dois tipos: axial e radial.
Axial, você já sabe, refere-se a eixo. Batimento axial quer dizer balanço no sentido do
eixo. O campo de tolerância, no batimento axial, fica delimitado por dois planos
paralelos entre si, a uma distância t e que são perpendiculares ao eixo de rotação.
265
O batimento radial, por outro lado, é verificado em relação ao raio do elemento, quando
o eixo der uma volta completa. O campo de tolerância, no batimento radial é delimitado
por um plano perpendicular ao eixo de giro que define dois círculos concêntricos, de
raios diferentes. A diferença t dos raios corresponde à tolerância radial.
266
Veja, no detalhe do desenho, reproduzido a seguir, que a seta termina no contorno ou
numa linha de prolongamento se a tolerância é aplicada numa superfície, como
neste exemplo.
Os elementos de referência são indicados por uma linha que termina por um triângulo
cheio. A base deste triângulo é apoiada sobre o contorno do elemento ou sobre o
prolongamento do contorno do elemento.
267
No exemplo anterior, o elemento de referência é uma superfície. Mas, o elemento de
referência pode ser, também, um eixo ou um plano médio da peça. Quando o elemento
de referência é um eixo ou um plano médio, a base do triângulo se apóia sobre a linha
auxiliar, no prolongamento da linha de cota ou diretamente sobre o eixo ou plano médio
de referência.
268
Às vezes, o valor da tolerância vem precedido do símbolo indicativo de diâmetro:
como no próximo exemplo.
269
Os casos estudados até agora apresentavam o quadro de tolerância dividido em duas
partes. Agora você vai aprender a interpretar a terceira parte do quadro:
Nem sempre, porém, o elemento de referência vem identificado pela letra maiúscula.
Às vezes, é mais conveniente ligar diretamente o elemento tolerado ao elemento de
referência. Veja.
270
Acompanhe a interpretação de mais um exemplo de desenho técnico com aplicação de
tolerância geométrica.
271
Créditos Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Elaboradores (1): Antonio Ferro Antonio Varlese Manoel Tolentino Rodrigues Filho
José Romeu Raphael Celso de Hypólito Rinaldo Afanasiev
Paulo Binhoto Filho Eduardo Francisco Ferreira Roberto Aparecido Moreno
Ilustrador (1): Devanir Marques Barbosa Eugenício Severino da Silva
Humberto Aparecido Marim
Autores (2): Joel Ferreira José Carlos de Oliveira
Regina Maria Silva José Serafim Guarnieri
Referência
SENAI.SP. Desenho I – Iniciação ao Desenho. São Paulo, 1991.
Telecurso: profissionalizante de Mecânica: leitura e interpretação de desenho técnico mecânico. v.3. 1.ed. Rio de Janeiro:
Fundação Roberto Marinho, 2000. 194p. (2)
272
Adaptado pelo Comitê Técnico GED/FIC Metalmecânica/2010
Componentes padronizados
Em desenho técnico mecânico existe alguns componentes que nem sempre são
usinados. Eles são adquiridos e inseridos nos desenhos de maneira a satisfazer as
necessidades do projeto.
Esses componentes são confeccionados dentro de normas técnicas, tais como: DIN,
ISO, ANSI e ASTM. A forma de representação e dimensões é demonstrada em
desenhos e tabelas, onde o desenhista de acordo com a necessidade do projeto faz a
representação nos desenhos seguindo as normas.
Nos dias de hoje temos uma quantidade muito grande desses componentes, e eles
contemplam a grande maioria das aplicações, embora saibamos que exista a
necessidade em alguns casos de confecção, quanto isso ocorre sua forma e
dimensões devem estar dentro das normas.
Rosca
Rosca é o conjunto de reentrâncias e saliências, com perfil constante, em forma
helicoidal, que se desenvolvem, externa ou internamente, ao redor de uma superfície
cilíndrica ou cônica.
Entrada - é o início da rosca. As roscas podem ter uma ou mais entradas. As roscas
com mais de uma entrada são usadas quando é necessário um avanço mais rápido do
parafuso na porca ou vice-versa.
Avanço (A) - é a distância que o parafuso ou a porca percorre em relação ao seu eixo,
quando completa uma rotação.
Rotação (R) - é uma volta completa do parafuso ou da porca em relação ao seu eixo.
Quando o avanço é igual ao passo, diz-se que a porca é de uma entrada.
Parafuso Porca
Parafuso Porca
Os exemplos do quadro são de roscas com filetes de uma entrada a direita. Tratando-se rosca esquerda
ou mais de uma entrada, escreve-se da seguinte forma:
d mm A B AI BI dI C D DI
3/16” 4,76 4,76 8,0 6 8,5 5,0 3,0 5/32”
1/4” 6,35 6,35 9,52 8 10 6,5 4,0 3/16” 1/8”
5/16” 7,94 7,94 11,11 9 12 8,2 5,0 7/32” 5/32”
3/8” 9,53 9,53 14,28 11 14,5 9,8 5,5 5/16” 5/16”
7/16” 11,11 11,11 15,87 12 16,5 11,4 7,5 5/16” 7/32”
1/2” 12,70 12,70 19,05 14 19,5 13 8,0 3/8” ¼”
5/8” 15,88 15,88 22,22 17 23 16,1 10 1/2” 5/16”
3/4” 19,05 19,05 25,4 20 26 19,3 11 9/16” 3/8”
7/8” 22,23 22,2 28,57 23 29 22,5 13 9/16” 1/2”
1” 25,40 25,4 33,33 27 34 25,7 15 5/8” 9/16”
D A B C E F FI H R r rI
1/4” 12 10 8 32 2,5 3 16 3 1,25 3
5/16” 16 12 10 40 3 4 20 6 1,4 4
3/8” 20 16 12 50 4 5 25 8 2 5
7/16” 23 19 14 64 5 6 32 10 2,5 6
1/2” 23 19 14 64 5 6 32 10 2,5 6
5/8” 28 22 16 72 6 7 36 11 3 7
3/4” 36 28 20 90 7 9 40 14 3,5 8
7/8” 40 32 22 100 8 10 50 16 4 9
1” 45 36 24 112 9 11 56 18 4,5 10
Arruela
Mola
Tipos e proporções
Os rebites têm cabeça e corpo e são classificados de acordo com esses elementos
em:
Cabeça Redonda;
Cabeça Escareada;
Cabeça Cilíndrica;
Cabeça Boleada.
Soldas
Uniões em tê.
Chavetas
Tabela de Proporções
Diâmetro do
a b h t ti d
eixo (D)
13 a 17 5 5 8 D-3 D+2 7,5
18 a 22 6 6 9 D - 3,5 D + 2,5 8,5
23 a 30 8 7 10 D-4 D+3 10,0
31 a 38 10 8 12 D-5 D+3 11,5
39 a 44 12 8 12 D-5 D+3 13,0
45 a 50 14 9 14 D - 5,5 D + 3,5 13,5
51 a 58 16 10 15 D-6 D+4 14,5
59 a 68 18 11 16 D-7 D+4 16,0
69 a 78 20 12 19 D - 7,5 D + 4,5 17,0
Obs.: O comprimento L é calculado em até duas vezes o diâmetro do eixo.
Polias e correias
Polias são peças cilíndricas usadas para transmitir movimento de rotação por meio de
correias.
Tipo A B C D E
L 12,7 16,6 22,2 31,7 38,1
H 7,9 10,3 13,4 19 23
Para cargas axiais em uma só direção são usados rolamentos axiais de esfera de
escora simples.
Observação
A quantidade e a variedade de tipos e tamanhos de rolamentos é considerável. Por
isso, para especificar o tipo desejado, é conveniente consultar os catálogos de
fabricantes.
Representação
Simplificada Simbólica
Corpo em forma de disco com quatro Corpo em forma de braços com cubo
furos, cubo e furo central e furo central
Características
De - diâmetro externo
Dp - diâmetro primitivo
Di - diâmetro interno
L - largura
M - módulo: (o número do módulo serve de base para calcular as dimensões dos dentes)
N - número de dentes
Características particulares:
Diâmetro máximo = 134,28
Ângulo da hélice = 16º
Ângulo do chanfro = 60º
Raio da superfície côncava = 13
Características particulares:
Ângulo externo = 29º
Ângulo primitivo = 26º
Ângulo interno = 23º
Ângulo do cone complementar = 64º
Número de dentes = 24
Altura dos dentes = 6,4
Rebaixo do disco = 4
FÓRMULAS
Dp
Dp - M x N e = m x 1,49 d=
60
S=M v = M x 1,65 K=Fx2
P
H = M x 2,166 G= D1 = M (N - 2,33)
2
De
P = M x π (3,14) L=6a8xM M=
N2
Nota - Para as engrenagens fresadas, a espessura e o vão dos dentes são divididas
P 19 21
por 2 ( ).Porém nas engrenagens fundidas a espessura é: e = x P : o vão:
2 40 40
x P.
A = centro da engrenagem
Dp
CB =
4
R1 = distância CB
R2 = distância CD
Cremalheira é uma barra dentada que engrena com um pinhão (engrenagem). Pode
ser considerada parte de uma engrenagem cilíndrica, cujo diâmetro é infinitamente
grande. O mecanismo engrenagem-cremalheira transforma o movimento de rotação
(circular contínuo) transmitido pela engrenagem em um movimento de translação
(retilíneo contínuo) transmitido pela cremalheira ou vice-versa.
Fórmulas
G = M x 1,75 P=Mx
t = M x 1,17 P
e=
2
S=M P
V=
2
A roda cilíndrica helicoidal distingue-se por sua grande resistência e marcha silenciosa.
Essa engrenagem pode ser empregada tanto para eixos paralelos quanto cruzados. Os
demais são traçados à evolvente de círculo e sua construção é igual à dos dentes
retos.