Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Desenho técnico para caldeiraria / SENAI. Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial. – São Paulo : SENAI-SP Editora, 2016

60 p. : il

Inclui referências

ISBN 978-85-8393-432-5

1. Desenho técnico 2. Caldeiraria I. Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial II. Título.

CDD 604.2

Índice para o catálogo sistemático:

 1. Desenho técnico 604.2

SENAI-SP Editora

Avenida Paulista, 1313, 4o andar, 01311 923, São Paulo – SP

F. 11 3146.7308 | editora@sesisenaisp.org.br | www.senaispeditora.com.br

Departamento Regional de São Paulo

Presidente

Paulo Skaf

Diretor Regional

Walter Vicioni Gonçalves

Diretor Técnico

Ricardo Figueiredo Terra

Gerente de Educação

João Ricardo Santa Rosa

Elaboração
Antonio Ferro

José Romeu Raphael

Paulo Binhoto Filho

Ilustração

Devanir Marques Barbosa

Revisão técnica

Lauro Annanias Pires

Luiz Thomazi Filho

Material desenvolvido com conteúdo da apostila Desenho III – Desenho para

caldeiraria.

Material didático utilizado nos cursos do SENAI-SP. Acompanha caderno

de exercícios.
 Apresentação

Com a permanente transformação dos processos produtivos e das formas de

organização do trabalho, as demandas por educação profissional se multiplicam
e, sobretudo, se diversificam.

Em sintonia com essa realidade, o SENAI-SP valoriza a educação profissional

para o primeiro emprego dirigida a jovens. Privilegia também a qualificação de
adultos que buscam um diferencial de qualidade para progredir no mercado de
trabalho. E incorpora firmemente o conceito de “educação ao longo de toda a
vida”, oferecendo modalidades de formação continuada para profissionais já
atuantes. Dessa forma, atende às prioridades estratégicas da Indústria e às
prioridades sociais do mercado de trabalho.

A instituição trabalha com cursos de longa duração, como os cursos de

Aprendizagem Industrial, os cursos Técnicos e os cursos Superiores de
Tecnologia. Oferece também cursos de Formação Inicial e Continuada, com
duração variada nas modalidades de Iniciação Profissional, Qualificação
Profissional, Especialização Profissional, Aperfeiçoamento Profissional e Pós-
Graduação.

Com satisfação, apresentamos ao leitor esta publicação, que integra uma série da
SENAI-SP Editora, especialmente criada para apoiar os alunos das diversas
modalidades.

Walter Vicioni Gonçalves

Diretor Regional do SENAI-SP
 Sumário

1. Desenho definitivo de peça

Preenchimento da legenda

Traçado do desenho definitivo

2. Elementos de máquinas

Rosca

Arruelas

Rebites

Soldas

3. Emendas e arremates
4. Planificação
 1. Desenho definitivo de peça

Preenchimento da legenda

Traçado do desenho definitivo

Desenho definitivo é o desenho utilizado na indústria para execução das peças.

O desenho definitivo deve ser feito com instrumentos de desenho e deve conter
todas as informações necessárias para a execução da peça. Essas informações
são dadas na legenda, que é a parte do desenho definitivo composta de rótulo e
lista de peças.
Preenchimento da legenda

Para preencher a legenda, é preciso traçar as pautas com linhas auxiliares finas e
escrever com caligrafia técnica. Por exemplo:
O símbolo que indica o método de projeção ortogonal no 1o diedro, usado na
legenda anterior, é:
O símbolo deve ter as seguintes dimensões:
Traçado do desenho definitivo

Determinadas as projeções necessárias para a representação da peça, é possível

fazer o esboço cotado das vistas, que é o desenho auxiliar para a execução do
desenho definitivo.

Esboço cotado
Em seguida escolhem-se a escala a ser usada e o formato do papel e inicia-se o
desenho definitivo, fazendo-se as projeções, as planificações e os detalhes com
lápis macio, sem reforçar as linhas.
Concluída essa etapa, apagam-se as linhas excedentes e reforçam-se as linhas do
desenho, fazendo-se a cotagem, a numeração etc.
O traçado do desenho técnico definitivo determina basicamente o primeiro passo
para a execução das peças com suas projeções e detalhes.

Terminado esse desenho é possível começar a estudar os elementos de máquinas

que se caracterizam por suas diversas aplicações e suas particularidades em
desenho técnico.

Como elementos de máquinas serão estudados:

•roscas (características);

•arruelas (classificação);

•rebites (tipos e proporções);

•soldas (uniões);

•emendas e arremates (formas).

2. Elementos de máquinas

Rosca

Arruelas

Rebites

Soldas
Rosca

Rosca é o conjunto de reentrâncias e saliências, com perfil constante, em forma

helicoidal, que se desenvolve, externa ou internamente, ao redor de uma
superfície cilíndrica ou cônica.

As saliências são os filetes e as reentrâncias são os vãos.

Características das roscas

As características comuns a todas as roscas são:

•entrada;

•avanço;

•passo.

Entrada é o início da rosca. As roscas podem ter uma ou mais entradas. As

roscas com mais de uma entrada são usadas quando é necessário um avanço
mais rápido do parafuso na porca, ou vice-versa.

Avanço (A) é a distância que o parafuso ou a porca percorre, em relação ao

seu eixo, quando completa uma rotação.

Rotação é uma volta completa do parafuso ou da porca em relação ao seu

eixo.

Passo (P) é a distância entre dois filetes consecutivos. Quando o avanço é

igual ao passo, diz-se que a rosca é de uma entrada.
Sentido da rosca

Rosca à direita é aquela em que o parafuso ou a porca avança girando no

sentido dos ponteiros do relógio.
Rosca à esquerda é aquela em que o parafuso ou a porca avança girando no
sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
Representação normal de tipos de rosca e respectivos
perfis
Representação convencional de tipos de rosca
Cotagem e indicação de roscas

O quadro a seguir mostra os tipos mais comuns de roscas, os símbolos

indicativos, os perfis e os exemplos de indicações para cotagem dos desenhos.
Tabela de roscas
Proporções para desenhar parafusos e porcas
Parafuso prisioneiro
Parafuso com cabeça e porca hexagonais
Parafusos de cabeça com fenda
Parafuso com cabeça e porca quadradas
Parafuso com cabeça cilíndrica com sextavado interno
Porca-borboleta
Arruelas

Arruelas são pequenos discos furados que permitem a passagem de um parafuso,

pino ou eixo. As arruelas interpõem-se entre a porca e a peça a ser fixada, para
compensar uma distância ou diminuir o atrito.

As arruelas classificam-se em:

•plana;

•de pressão;

•de segurança.
Plana
De pressão
De segurança
Rebites

Os rebites são feitos de material resistente e dúctil, como o aço, o latão e o

alumínio e são empregados para uniões permanentes de chapas e perfis
laminados, principalmente em estruturas metálicas e construções de
reservatórios, caldeiras, máquinas e navios.
Tipos e proporções

Os rebites têm cabeça e corpo, e são classificados, de acordo com esses

elementos, em rebites de:

•cabeça redonda;

•cabeça escareada;

•cabeça cilíndrica;

•cabeça boleada.
Costuras e proporções

As costuras dos rebites classificam-se em:

•simples;

•dupla;

•em zigue-zague.
Soldas

Soldas são elementos de fixação, muito usados em caldeiraria para junções

permanentes.

Tipos de uniões

São os seguintes tipos de uniões:

•de topo;

•sobrepostas;

•em T.

Uniões de topo
Uniões sobrepostas
Uniões em T
 3. Emendas e arremates

Há peças em caldeiraria que necessitam de arremate nas extremidades e outras

cuja emenda é feita de forma especial.

Veja a seguir algumas dessas formas.

 4. Planificação

Neste capítulo, estudaremos planificações e elementos

mais complexos.

Por se tratar de um estudo que visa à compreensão

dos métodos de traçado, não será levada em conta a
espessura da chapa com a qual seriam feitos esses
elementos.
Transição de tubo quadrado para cilíndrico
Transição de tubo quadrado para cilíndrico
Transição com redução concêntrica de tubo retangular para cilíndrico
Transição oblíqua de redondo para retângulo
Transição oblíqua de redondo para retângulo
Transição oblíqua concêntrica de quadrado para redondo
Transição excêntrica de quadrado para redondo
Interseção do cilindro com derivação quadrada oblíqua
Interseção oblíqua de dutos quadrados
Interseção perpendicular de tubos cilíndricos com diâmetros diferentes e eixos
concorrentes
Interseção perpendicular de tubos cilíndricos com diâmetros diferentes e eixos
concorrentes
Interseção perpendicular de tubos cilíndricos com diâmetros diferentes e eixos
não concorrentes
Interseção perpendicular de tubos cilíndricos com diâmetros diferentes e eixos
não concorrentes
Interseção oblíqua de tubos cilíndricos com diâmetros diferentes
Interseção oblíqua de tubos cilíndricos com diâmetros diferentes
Interseção oblíqua de tubos cilíndricos com diâmetros iguais
Bifurcação simétrica de tubos cilíndricos de diâmetros iguais
Interseção oblíqua de um tronco de cone reto com um tubo cilíndrico
Interseção oblíqua de dois troncos de cones
Redução concêntrica pelo processo de triangulação
Redução excêntrica pelo processo de triangulação
Transição de redondo para alongado
Cotovelo de cinco setores
Redução cônica em cotovelo (cinco partes) pelo processo de geratriz
Redução cônica em cotovelo (quatro partes) pelo processo de triangulação
Redução concêntrica de tubo cilíndrico para cilíndrico
Coifa
Tampo elíptico
Fechamento esférico de tubo cilíndrico
Conselho Editorial

Paulo Skaf

Walter Vicioni Gonçalves

Débora Cypriano Botelho

Ricardo Figueiredo Terra

Roberto Monteiro Spada

Neusa Mariani

Editor chefe

Rodrigo de Faria e Silva

Produção editorial

Letícia Mendes de Souza

Edição

Ana Lucia Sant'Ana dos Santos

Izabel Rego de Andrade

Monique Gonçalves

Tania Mano

Colaboração editorial

Cristiane Maruyama

Revisão

Agnes Moreira
Karinna A. C. Taddeo

Produção gráfica

Aline Valli

Camila Catto

Valquíria Palma

Diagramação

Rodrigo Leme

Capa

Inventum Design

Administrativo e financeiro
Valéria Vanessa Eduardo

Flávia Regina Souza de Oliveira

Comercial

Ariovaldo Camarozano

Bruna Mataran Volpe

© SENAI-SP Editora, 2016

A SENAI-SP Editora empenhou-se em identificar e contatar todos os

responsáveis pelos direitos autorais deste livro. Se porventura for constatada
omissão na identificação de algum material, dispomo-nos a efetuar, futuramente,
os possíveis acertos.