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Francisca Atenas de Rochechouart

Nasceu no dia 5 de outubro de 1640 e faleceu a 27 de maio de 1707.

Francisca foi mais famosa das muitas amantes de Luís XIV de França. Ela caiu em desgraça ser
acusada de bruxaria no episódio conhecido como o Caso dos Venenos, que vou explicar mais à
frente.

Ela era filha de Gabriel Rochechouart, Duque de Mortemart, e de Diana de Grandseigne.

Em 1658 deixou o convento de Las Saintes, onde estudou, e usando um nome diferente do seu
conseguiu chegar à corte com a ajuda da rainha, Ana de Áustria, e foi posta em serviço de
Henriqueta Ana de Inglaterra, cunhada do rei.

Francisca e Luís XIV conheceram-se no outono de 1666. O rei estava farto da sua amante
favorita então em 1667 tornou-se amante de Francisca.

Devido a uma sucessão de envenenamentos em Paris, Catherine Deshayes, conhecida por La


Voisin, foi interrogada e denunciou várias mulheres como suas clientes. Entre elas estava uma
mulher tão poderosa que seria impossível nomear no processo. La Monvoisin, filha de La
voisin, admitiu ter visto a amante a fazer rituais com a sua mãe e que teriam chegado ao ponto
de sacrificar uma criança, e de deitarem seu sangue e entranhas num frasco. Madame
Montespan teria levado o frasco consigo para enfeitiçar o rei. O episódio ficou conhecido como
o Caso dos Venenos.

Com medo de ser julgado, o rei arranjou uma forma de encobrir o episódio. A Francisca
permaneceu na corte como se nada tivesse acontecido, dava festas e jantares, mas o rei passou
a desprezá-la e não ingeria nada que fosse dado por ela.

Francisca casou-se com Luís Henrique de Condrin, marquês de Montespan. Ela logo ficou
grávida da sua primeira filha, Cristina. Menos de um ano depois teve o seu segundo filho, Luís
António.

O casal morava numa casa junto ao Louvre, que permitia que Francisca cumprisse os seus
deveres como dama de companhia da duquesa de Orleães. Ela estabeleceu-se então como a
“beleza reinante da corte”. Além da sua beldade, era uma conversadora culta e divertida, que
ganhou a admiração de figuras literárias como a escritora de cartas maria de Rabutin-Chantal e
a diarista Saint-Simon.

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