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«Segundo o Padre António Vieira, a terra encontra-se corrompida, ou

porque "o sal não salga" ou porque "a terra se não deixa salgar".»

Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e setenta e um máximo de


duzentas e setenta palavras, apresenta uma exposição sobre a atualidade da mensagem
veiculada pelo autor do Sermão de Santo António.

Passaram 367 anos desde que o Pe. António Vieira proferiu a afirmação supracitada,
no entanto, pouco ou nada mudou no que diz respeito aos comportamentos humanos. O
avanço tecnológico não impediu que a corrupção criticada pelo autor do Sermão de Santo
António continuasse a ser visível no seio da espécie humana, em pleno séc. XXI.

Tal como acontecia no séc. XVII, o ser humano continua, embora de formas diferentes,
a explorar, a roubar, a maltratar, a enganar o seu semelhante. Não faltam exemplos, na
sociedade atual, nas mais diversas atividades, de “roncadores”, “pegadores”, “voadores” ou
“polvos”. A antropofagia social mantém-se e os “pequenos” continuam a ser “comidos” pelos
“grandes”. Os homens continuam a pautar-se por atitudes que revelam a sua ignorância e
“cegueira”, uma vez que apenas pensam em si próprios e no proveito que podem ter.
Banqueiros corruptos, governantes incompetentes, juízes parciais, empresários que não se
preocupam com os seus trabalhadores são alguns exemplos que contribuem para existência da
corrupção na sociedade presente.

Apesar de pregadores como o Papa Francisco tentarem mudar as mentalidades dos


homens, a “terra” continua sem se “deixar salgar” e o ser humano recusa-se a aprender com
os seus erros, mergulhado na corrupção.

Em jeito de conclusão, pode observar-se que as palavras proferidas no séc. XVII pelo
Pe. Vieira continuam atuais e, se este pudesse conviver com os homens do Séc. XXI, ficaria
desapontado ao constatar que os mesmos se recusam a “emendar os seus vícios”, persistindo
na “terra” a corrupção por si tão criticada.

250 palavras

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