A ausência de um verdadeiro sacerdote, em completamente no nosso meio, deve
uma vida, é um sofrimento que não tem continuar em outro lugar. nome. O maior presente que se poderia dar, a Os sinais que nós esperamos desta presença maior caridade que se poderia fazer, é um divina? sacerdote que seja um sacerdote de verdade. A oração: há sacerdotes que nós nunca vemos É a maior aproximação que se poderia rezar (o que geralmente se chama rezar). realizar aqui embaixo da presença visível do A alegria: quantos sacerdotes agitados, Cristo... angustiados! No Cristo há uma vida humana e uma divina. A força: o sacerdote deve ser aquele que Também no sacerdote queremos reencontrar sustenta, sensível, vibrante, mas nunca se uma vida verdadeiramente humana e uma abate. vida verdadeiramente divina. A tristeza é que A liberdade: nós o queremos livre de todas as muitos parecem amputados seja de uma, seja fórmulas, de todos os preconceitos. da outra. O desinteresse: há quem às vezes se sinta Há sacerdotes que parecem nunca ter tido usado por ele, ao invés de ele nos ajudar a uma vida de homem, eles não sabem avaliar realizar nossa missão. as dificuldades de um leigo, de um pai ou de A discrição: ele deve ser alguém que se cala. uma mãe de família, com o seu verdadeiro (Perde-se a esperança em quem nos faz peso humano. Eles não se dão conta daquilo confidências demais). que é realmente a vida de um homem ou de A verdade: que ele seja aquele que sempre diz uma mulher. a verdade. Quando os leigos cristãos encontram pela A pobreza: é o essencial, alguém que seja livre primeira vez um sacerdote que os diante do dinheiro; que sinta uma «lei da «compreendeu», que entrou com o seu gravidade» que instintivamente o atrai para coração de homem em suas vidas, em suas os pequenos, para os mais pobres. dificuldades, eles jamais se esquecem dele. O sentido da Igreja: que ele não fale jamais da Com a condição, porém, que ele misture sua Igreja com leviandade, como se estivesse fora. vida com a nossa, sem viver da mesma forma É imediatamente julgado o filho que se que nós vivemos. Os sacerdotes trataram os permite julgar sua mãe... leigos durante muito tempo como se fossem Mas muitas vezes há uma terceira vida que menores de idade; hoje, passaram para o invade as duas primeiras e que as afoga: o outro extremo, tornaram-se seus sacerdote torna-se o homem da vida companheiros. Gostaríamos que eles eclesiástica, do «ambiente clerical». Seu continuassem sendo pais. Quando um pai de vocabulário, sua forma de viver, seu jeito de família vê crescer seu filho, ele o trata como dar nome às coisas, seu gosto por pequenos um homem e não como um moleque, mas ele interesses e pelas pequenas intrigas de o considera sempre seu filho: um filho, influência, tudo o que é uma máscara que homem. dolorosamente esconde o sacerdote, que Precisamos também que um sacerdote tenha deixa para trás o sacerdote que ele é sem uma vida divina. O sacerdote, vivendo dúvida... A ausência de um verdadeiro sacerdote numa vida é uma miséria que não tem nome; é a única miséria.