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ESCOLA DE MÚSICA
Salvador
2020
Compositor:
Pier Antonio Cesti (Arezzo, 1623 – Florença, 1669) conhecido também como Marc’Antonio Cesti. Foi
compositor, cantor (tenor) e organista. Foi frade da ordem de Franscisco. Iniciou compondo música sacra,
mas hoje é conhecido principalmente como compositor de óperas.
Segundo Parisotti o estilo de Cesti é doce, melódico, afetuoso e, em momentos, sensual.
Ópera:
Orontea é uma ópera em um prólogo e três atos do italiano compositor Antonio Cesti com um libreto por
Giacinto Andrea Cicognini e Giovanni Filippo Apolloni. A primeira apresentação teve lugar no dia 19 de
Fevereiro 1656, em Innsbruck, onde Cesti foi membro da corte de Arquiduque Ferdinand Karl. A Orontea
foi a primeira opera escrita por Cesti e se tornou uma das “óperas italianas” mais populares do século 17.
Foi encenada quase vinte vezes ao longo de três décadas, não apenas em várias cidades italianas, mas
também, em cidades de língua francesa e alemã:
Personagens:
A filosofia
Soprano
Amor Soprano
Orontea, Rainha do Egito Soprano
Alidoro, um jovem pintor Tenor
Silandra, uma cortesã Soprano
Corindo, um cortesão Alto Castrati
Creonte, um filósofo Baixo
Aristea, suposta mãe de Alidoro Contralto
Giacinta, disfarçada de Ismero Soprano
Gelone, um idiota Baixo
Tibrino, um servente Soprano
História:
O libreto é uma comédia de intriga, inspirada nos modelos espanhóis da comedia nueva, lançando todos
os personagens arquetípicos da ópera veneziana.
A história, embora não seja um arquétipo do gênero, devido à sua popularidade, se encontra em muitas
óperas semelhantes ao longo do século XVIII. O argumento gira em torno de uma identidade oculta (a do
forasteiro Alidoro) que se revela no final da obra, antes de uma condenação. Quando o suposto robo de
um medalhão revela a nobreza de Alidoro, que acreditava-se ser o filho de um pirata, um pintor humilde,
e o salva.
Depois de várias vicissitudes, Alidoro chega à corte de Orontea, rainha do Egito. Por sua tamanha beleza
todas se apaixonam por ele. Silandra (que até a primeira cena estava com saudades de Corindo), mas
principalmente Orontea, que até antes da chegada de Alidoro, tinha confessado a Creonte, o filósofo da
corte, querer ser livre em amor e não casar com ninguem.
Orontea, se apaixona pela primeira vez pelo forasteiro Alidoro e se deixa levar por seus sentimentos e
paixão, aparentemente correspondidos por Alidoro. Até que Orontea descubre Alidoro seduzindo Silandra
e cega de ciúme planeja se vingar dos dois. Após essa cena Orontea canta “Intorno all’idol mio” e em
seguida oferece o reino à Alidoro que aceita e despreza Silantra.
Muitos conspiram contra Alidoro, Corinto, traído por Silantra e Creonte, que queria dividir o reino com
Orontea. Assim, Alidoro é acusado de, junto com sua mãe Aristea, ter robado um medalhão regal de
Oristea. Na verdade, a joia era sua desde criança e tinha sido encontrada no colo de Alidoro quando foi
sequestrado por um pirata que era então amante de Aristea. Se descobre, assim, que Alidoro não é
Alidoro, mas Floridano, o filho do rei dos Fenícios. Orontea pode assim casar Alidoro, sem criar
escándalo no reino.
Os eventos paralelos são tudo menos que secundários e justificam a popularidade da obra. A história de
Silandra e Corindo é resumida pelo servo Gelone: “Silandra amou Corindo, mas depois ela entregou o
coração a Alidoro, Alidoro a amou, depois fugiu, Silandra pediu perdão a Corindo, Corindo a perdoou”.
A história mais divertida é a da mãe adoptiva de Alidoro, agora viúva, que faz de tudo para seduzir
Ismero (na verdade a escrava Jacinta disfarçada de homem).
O rigor moral do filósofo Creonte se justapõe às filosofias muito mais prosaicas de Tibrino, um servente
guerreiro improvável, e de Gelone, constantemente bêbado, que facilitam novos momentos de comédia.
Texto: Tradução:
Intorno a l'idol mio Ao redor de meu ídolo
Spirate pur spirate, Emanem
Aure soavi e grate Brisas suaves e agradáveis.
E nelle guance elette E nas bochechas escolhidas
Baciatelo per me cortesi aurette. o beijem por mim cortêses brisas!
Referências:
Alessandro Parisotti, “Arie Antiche”, Paris: Ricordi.
Giacinto Andrea Cicogni e Giovanni Filippo Apolloni, “L’Orontea”, Libreto opera.
http://cantataitaliana.it/query_bid.php?id=7508
https://www.takte-online.de/en/music-theatre/detail/artikel/der-triumph-der-komoedie-antonio-cestis-
lorontea-wiederbelebung-in-frankfurt/index.htm
http://www.operamanager.com/cgi-bin/process.cgi?azione=ricerca&tipo=OP&id=10807