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FIS10 - Livro Do Professor - Preview
FIS10 - Livro Do Professor - Preview
10
*530130601*
FÍSICA
C. Produto
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www.santillana.pt
Livro do professor
Livro do professor
Livro do professor
Conforme o novo
Acordo Ortográfico
da língua portuguesa
DE ACORDO COM O NOVO
PROGRAMA
E AS M E T A S
CURRICULARES
Para registo de adoção
na base de dados VER TABELA COM
do Ministério da Educação, DISTRIBUIÇÃO DAS NOVAS
deve ser inserido o ISBN METAS CURRICULARES
da versão do aluno: NAS PP. I A VII.
978-989-708-685-4
Livro do professor
do ponto de vista didático. Estimulante, acessível e cativante para alunos e professores;
• D
iversidade de recursos exclusivos para o professor, designadamente o Solucionário — um
livro que é uma compilação de todas as atividades do manual e do Caderno de atividades
e avaliação contínua com as respetivas resoluções;
• C
aderno de atividades e avaliação contínua orientado para as avaliações formativa e sumativa:
contempla as tipologias de atividades indicadas pelo IAVE e permite a monitorização das
aprendizagens.
Manual
certificadedo
pela Faculdade
iversidade
Ci cias da Un
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de Li sb oa
+ Exercícios:
• E xercícios resolvidos para aplicar os fundamentos teóricos apresentados:
orientam o aluno na metodologia e na organização da resolução
de problemas; estruturam o raciocínio e dotam o aluno de recursos
que lhe permitem resolver novas situações;
• Avaliar conhecimentos – exercícios apresentados após a exposição
de cada tema, para a prática e aplicação dos conceitos;
• Atividades globais, após cada subdomínio, para integrar conhecimentos.
+ Atividades laboratoriais:
• Q uestões orientadas e pormenorizadas para facilitar o enquadramento
teórico da atividade;
• Modelos experimentais, exequíveis em contexto escolar, com orientações
úteis, precisas e práticas para a sua conceção e construção;
• Procedimentos exatos e claros para a execução das atividades
laboratoriais, com sugestões e conselhos práticos, objetivamente
ilustrados por inúmeras imagens;
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Exclusivo para o professor, este recurso contém uma
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e do Caderno de atividades e avaliação contínua — mais
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1.
Compreender em que condições um sistema pode ser representado pelo seu centro de massa e que a sua
energia como um todo resulta do seu movimento (energia cinética) e da interação com outros sistemas
(energia potencial); interpretar as transferências de energia como trabalho em sistemas mecânicos, os con-
ceitos de força conservativa e não conservativa e a relação entre trabalho e variações de energia, reconhe-
cendo as situações em que há conservação de energia mecânica. PÁGINAS
DO MANUAL
1.1 Indicar que um sistema físico (sistema) é o corpo ou o conjunto de corpos em estudo. 10
1.2 Associar a energia cinética ao movimento de um corpo e a energia potencial (gravítica, elé- 10-12
trica, elástica) a interações desse corpo com outros corpos.
1.3 Aplicar o conceito de energia cinética na resolução de problemas envolvendo corpos que 13
apenas têm movimento de translação.
1.4 Associar a energia interna de um sistema às energias cinética e potencial das suas partículas. 14-15
1.5 Identificar um sistema mecânico como aquele em que as variações de energia interna não 16
são tidas em conta.
1.6 Indicar que o estudo de um sistema mecânico que possua apenas movimento de translação 16-18
pode ser reduzido ao de uma única partícula com a massa do sistema, identificando-a com o
centro de massa.
1.7 Identificar trabalho como uma medida da energia transferida entre sistemas por ação de for- 19-31
ças e calcular o trabalho realizado por uma força constante em movimentos retilíneos, qual-
quer que seja a direção dessa força, indicando quando é máximo.
1.9 Definir forças conservativas e forças não conservativas, identificando o peso como uma força 36-37
conservativa.
1.10 Aplicar o conceito de energia potencial gravítica ao sistema em interação corpo-Terra, a partir 38
de um valor para o nível de referência.
1.11 Relacionar o trabalho realizado pelo peso com a variação da energia potencial gravítica e 39
aplicar esta relação na resolução de problemas.
1.13 Concluir, a partir do Teorema da Energia Cinética, que, se num sistema só atuarem forças 44-46
conservativas, ou se também atuarem forças não conservativas que não realizem trabalho, a
energia mecânica do sistema será constante.
1.14 Analisar situações do quotidiano sob o ponto de vista da conservação da energia mecânica, 46-47
identificando transformações de energia (energia potencial gravítica em energia cinética e
vice-versa).
1.16 Associar o trabalho das forças de atrito à diminuição de energia mecânica de um corpo e à 48-49
energia dissipada, a qual se manifesta, por exemplo, no aquecimento das superfícies em
contacto.
2.
Descrever circuitos elétricos a partir de grandezas elétricas; compreender a função de um gerador e as suas
características e aplicar a conservação da energia num circuito elétrico tendo em conta o efeito
Joule. PÁGINAS
DO MANUAL
2.1 Interpretar o significado das grandezas corrente elétrica, diferença de potencial elétrico (ten- 90-104
são elétrica) e resistência elétrica.
2.3 Interpretar a dependência da resistência elétrica de um condutor filiforme com a resistividade, 108-109
característica do material que o constitui, e com as suas características geométricas (compri-
mento e área da secção reta).
2.4 Comparar a resistividade de materiais bons condutores, maus condutores e semicondutores 109-110
e indicar como varia com a temperatura, justificando, com base nessa dependência, exem-
plos de aplicação (resistências padrão para calibração, termístor em termómetros, etc.).
2.5 Associar o efeito Joule à energia dissipada nos componentes elétricos, devido à sua resistên- 114-115
cia, e que é transferida para as vizinhanças através de calor, identificando o LED (díodo
emissor de luz) como um componente de elevada eficiência (pequeno efeito Joule).
2.6 Caracterizar um gerador de tensão contínua pela sua força eletromotriz e resistência interna, 117-120
interpretando o seu significado, e determinar esses valores a partir da curva característica.
2.7 Identificar associações de componentes elétricos em série e paralelo e caracterizá-las quanto 122-125
às correntes elétricas que os percorrem e à diferença de potencial elétrico nos seus terminais.
2.8 Interpretar a conservação da energia num circuito com gerador de tensão e condutores pura- 126-127
mente resistivos, através da transferência de energia do gerador para os condutores, determi-
nando diferenças de potencial elétrico, corrente elétrica, energias dissipadas e potência elé-
trica do gerador e do condutor.
3. C
ompreender os processos e mecanismos de transferências de energia entre sistemas termodinâmicos,
interpretando-os com base na Primeira e na Segunda Leis da Termodinâmica. PÁGINAS
DO MANUAL
3.2 Identificar um sistema termodinâmico como aquele em que se tem em conta a sua energia 149
interna.
3.3 Indicar que a temperatura é uma propriedade que determina se um sistema está ou não em 150
equilíbrio térmico com outros e que o aumento de temperatura de um sistema implica, em
geral, um aumento da energia cinética das suas partículas.
3.4 Indicar que as situações de equilíbrio térmico permitem estabelecer escalas de temperatura, 151
aplicando à escala de temperatura Celsius.
3.5 Relacionar a escala de Celsius com a escala de Kelvin (escala de temperatura termodinâmica) 153-155
e efetuar conversões de temperatura em graus Celsius e kelvin.
3.6 Identificar calor como a energia transferida espontaneamente entre sistemas a diferentes 158
temperaturas.
3.7 Descrever as experiências de Thompson e de Joule identificando o seu contributo para o 159-162
reconhecimento de que o calor é energia.
3.8 Distinguir, na transferência de energia por calor, a radiação – transferência de energia através 154 e 173
da propagação de luz, sem haver contacto entre os sistemas – da condução e da convecção
que exigem contacto entre sistemas.
3.9 Indicar que todos os corpos emitem radiação e que à temperatura ambiente emitem predo- 167
minantemente no infravermelho, dando exemplos de aplicação desta característica (sensores
de infravermelhos, visão noturna, termómetros de infravermelhos, etc.).
3.10 Indicar que todos os corpos absorvem radiação e que a radiação visível é absorvida totalmente 171
pelas superfícies pretas.
3.11 Associar a irradiância de um corpo à energia da radiação emitida por unidade de tempo e por 170-171
unidade de área.
3.12 Identificar uma célula fotovoltaica como um dispositivo que aproveita a energia da luz solar 178
para criar diretamente uma diferença de potencial elétrico nos seus terminais, produzindo
uma corrente elétrica contínua.
3.13 Dimensionar a área de um sistema fotovoltaico conhecida a irradiância solar média no local 178-180
de instalação, o número médio de horas de luz solar por dia, o rendimento e a potência a
debitar.
3.16 Interpretar o significado de capacidade térmica mássica, aplicando-o na explicação de fenó- 191-193
menos do quotidiano.
3.18 Determinar a variação de energia interna de um sistema num aquecimento ou arrefecimento, 197-199
aplicando os conceitos de capacidade térmica mássica e de variação de entalpia (de fusão ou
de vaporização), interpretando o sinal dessa variação.
3.19 Interpretar o funcionamento de um coletor solar, a partir de informação selecionada, e iden- 202-203
tificar as suas aplicações.
3.21 Associar a Segunda Lei da Termodinâmica ao sentido em que os processos ocorrem espon- 208-210
taneamente, diminuindo a energia útil.
Componente prática-laboratorial
AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética e distância percorrida PÁGINAS
DO MANUAL
bjetivo geral: Estabelecer a relação entre variação de energia cinética e distância percorrida
O
num plano inclinado e utilizar processos de medição e de tratamento estatístico de dados. 72-76
1.
Identificar medições diretas e indiretas.
3. Indicar valores de medições diretas para uma única medição (massa, comprimento) e para um con-
junto de medições efetuadas nas mesmas condições (intervalos de tempo).
6. Construir o gráfico da variação da energia cinética em função da distância percorrida sobre uma rampa
e concluir que a variação da energia cinética é tanto maior quanto maior for a distância percorrida.
Objetivo geral: Investigar, com base em considerações energéticas (transformações e trans- 77-79
ferências de energia), o movimento vertical de queda e de ressalto de uma bola.
2. Construir e interpretar o gráfico da primeira altura de ressalto em função da altura de queda, traçar
a reta que melhor se ajusta aos dados experimentais e obter a sua equação.
3. Prever, a partir da equação da reta de regressão, a altura do primeiro ressalto para uma altura de queda
não medida.
5. Calcular, para uma dada altura de queda, a diminuição da energia mecânica na colisão, exprimindo
essa diminuição em percentagem.
6. Associar uma maior diminuição de energia mecânica numa colisão à menor elasticidade do par
de materiais em colisão.
7. Comparar energias dissipadas na colisão de uma mesma bola com diferentes superfícies, ou de bolas
diferentes na mesma superfície, a partir dos declives das retas de regressão de gráficos da altura
de ressalto em função da altura de queda.
Objetivo geral: Determinar as características de uma pilha a partir da sua curva característica.
134-137
2. Montar um circuito elétrico e efetuar medições de diferença de potencial elétrico e de corrente elétrica.
3. Construir e interpretar o gráfico da diferença de potencial elétrico nos terminais de uma pilha em fun-
ção da corrente elétrica (curva característica), traçar a reta que melhor se ajusta aos dados experimen-
tais e obter a sua equação.
5. Comparar a força eletromotriz e a resistência interna de uma pilha nova e de uma pilha velha.
1. Associar a conversão fotovoltaica à transferência de energia da luz solar para um painel fotovoltaico que
se manifesta no aparecimento de uma diferença de potencial elétrico nos seus terminais.
2. Montar um circuito elétrico e efetuar medições de diferença de potencial elétrico e de corrente elétrica.
4. Investigar o efeito da variação da irradiância na potência do painel, concluindo qual é a melhor orien-
tação de um painel fotovoltaico de modo a maximizar a sua potência.
5. Construir e interpretar o gráfico da potência elétrica em função da diferença de potencial elétrico nos
terminais de um painel fotovoltaico, determinando a diferença de potencial elétrico que otimiza o seu
rendimento.
5. Determinar a capacidade térmica mássica do material a partir da reta de ajuste e avaliar a exatidão
do resultado a partir do erro percentual.
1. Prever a temperatura final da mistura de duas massas de água a temperaturas diferentes e comparar
com o valor obtido experimentalmente.
4. Medir a entalpia de fusão do gelo e avaliar a exatidão do resultado a partir do erro percentual.
EQUIPA TÉCNICA
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ilustrações: José Francisco e Miguel Félix
Paginação: Célia Neves, Leonor Ferreira, Sérgio Pires e Tiago Boleto
Documentalistas: José Francisco
Revisão: Ana Abranches e Catarina Pereira
EDITORA
Paula Inácio
DIRETORA EDITORIAL
Sílvia Vasconcelos
CONSULTORA CIENTÍFICA
Estela Pereira — Doutorada pela Universidade de Shefield (Reino Unido).
Professora Catedrática do Departamento de Física da Universidade
de Aveiro (aposentada). Orientadora de estágios e seminários do curso
de formação de professores de Física e Química.
© 2015
APOIO AO PROFESSOR
Tel.: 214 246 901
apoioaoprofessor@santillana.com
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Internet: www.santillana.pt
ISBN: 978-989-708-720-2
C. Produto: 530 130 601
1.a Edição
1.a Tiragem
VIII
Entrada
de domínio
O domínio ENERGIA E SUA
CONSERVAÇÃO inicia-se com uma
imagem motivadora e contextualizadora
(que pode ser trabalhada em aula).
Entrada de subdomínio
Na entrada de subdomínio
apresentam-se os objetivos gerais
a atingir ao longo do subdomínio:
as suas metas.
Desenvolvimento
dos conteúdos
A exposição de conteúdos
é feita de forma clara,
simples e cientificamente
correta. Sempre que é
necessário, a apresentação
dos conteúdos é
acompanhada por
imagens, fotografias ou
ilustrações, que facilitam a
transmissão de informação.
Os conceitos principais
encontram-se destacados
ao longo do texto informativo.
São apresentados
exercícios resolvidos
passo a passo
ao longo dos conteúdos.
Atividades
laboratoriais
Apresentam-se propostas
para todas as atividades
laboratoriais que constam
do programa de Física A,
de 10.º ano.
Atividades globais
São apresentados inúmeros exercícios
e problemas para aplicar e integrar os
conhecimentos que foram adquiridos.
A secção Atividades globais
encontra-se no fim dos subdomínios.
Ideias-chave
No fim dos subdomínios
são enumeradas
as ideias-chave dos
conteúdos que foram
desenvolvidos.
Nas atividades laboratoriais, por vezes, surgem situações que requerem o preenchimento de espaços, sobretudo
de tabelas. Nesses casos, surge o ícone para o recordar de que todos os registos devem ser feitos no seu
caderno.
Domínio
ENERGIA E SUA CONSERVAÇÃO p. 6
1.1 Energia cinética e energia potencial; energia interna p. 10
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 13
1.2 Sistema mecânico; sistema redutível a uma partícula (centro de massa)
p. 16
1.3
O trabalho como medida da energia transferida por ação de forças constantes p. 19
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 31
1.4 Teorema da Energia Cinética p. 33
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 35
1.5
Forças conservativas e não conservativas; força gravítica como força
conservativa; trabalho realizado pela força gravítica e variação da energia
potencial gravítica p. 36
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 42
1.6
Energia mecânica no sistema «corpo + Terra» e conservação
da energia mecânica p. 44
1.7 Forças não conservativas e variação da energia mecânica p. 48
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 52
1.8 Potência p. 54
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 57
Introdução ao processo de medida, análise e tratamento de dados p. 58
AL 1.1 Movimento num plano inclinado: variação da energia cinética e distância p. 72
AL 1.2 Movimento vertical de queda e ressalto de uma bola:
transformações e transferências de energia p. 77
IDEIAS-CHAVE p. 80
ATIVIDADES GLOBAIS p. 82
2.1
Grandezas elétricas: diferença de potencial elétrico, corrente elétrica
e resistência elétrica p. 92
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 97
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 102
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 105
2.2 Corrente elétrica contínua e corrente elétrica alternada p. 106
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 107
2.3
Resistência de condutores filiformes; resistividade e variação
da resistividade com a temperatura p. 108
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 112
2.4 Efeito Joule p. 114
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 116
2.5
Geradores de corrente contínua: força eletromotriz e resistência interna;
curva característica p. 117
AVALIAR CONHECIMENTOS p. 121
4
ENERGIA E MOVIMENTOS
AS SUAS METAS
• Compreender
em que condições um sistema pode ser representado pelo seu centro de massa e que a sua
energia como um todo resulta do seu movimento (energia cinética) e da interação com outros sistemas
(energia potencial).
• Interpretar as transferências de energia como trabalho em sistemas mecânicos, os conceitos de força
conservativa e não conservativa e a relação entre trabalho e variações de energia, reconhecendo as situações
em que há conservação de energia mecânica.
Professor
LIVROMÉDIA
Aplicação «+Física»
Energia e movimentos
Planificação semestral
Planos de aula
do subdomínio 1:
Energia e movimentos
Atividades interativas
Ligações de interesse
para o Subdomínio 1
1.1.1
Sistema físico
Todos os sistemas físicos que se apresentam no quotidiano exigem
uma análise global, na qual se colocam em evidência não só as suas
propriedades mecânicas, mas também as elétricas, magnéticas e térmi-
cas Fig. 1 .
1.1.2
Energia cinética
Ao longo das secções seguintes o estudo incidirá sobre sistemas
mecânicos, cujo significado será definido posteriormente.
10
1.1.3
Energia potencial
A origem da energia cinética manifestada quando um corpo é largado
de uma dada altura foi resolvida por Leibniz (1646-1716), que sugeriu
que um corpo a uma dada altura do solo teria uma energia «armaze-
nada», que veio a denominar-se energia potencial.
11
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Aplicação do conceito de energia cinética
Um automóvel de massa 750 kg encontra-se em movimento e no velocímetro lê-se o valor de
54 km h-1.
1.1 Determine o valor da energia cinética do automóvel.
1.2
De quanto aumentará a energia cinética do automóvel se a sua velocidade duplicar? Exprima
o resultado em kJ.
CÁLCULO:
54 km 54 # 10 3 m
Exprimir a velocidade em m s-1: v = = = 15 m s-1
1h 3,6 # 10 3 s
1 1
Obter o valor da energia cinética: Ec = m v 2 & Ec = # 750 # 152 + Ec b 84 # 103 J
2 2
RESPOSTA:
O valor da energia cinética do automóvel é 84 # 103 J.
1.2
RESOLUÇÃO:
Como a energia cinética é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade, se a velocidade
duplicar, a energia cinética do carrinho quadruplica.
Conclui-se que a energia cinética quadruplica, sendo o seu valor de 337 kJ.
12
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar o conceito de energia cinética
Um corpo de massa 5 # 104 g move-se a uma velocidade de 2 km/h. Determine a energia cinética
1
do corpo.
Numa estrada retilínea deslocam-se um camião e um automóvel. A massa do camião é 12 vezes
2
superior à massa do automóvel, e o valor da sua velocidade igual a metade do valor da velocidade
do automóvel. Qual das seguintes expressões relaciona corretamente a energia cinética do camião,
Ec(camião), com a energia cinética do automóvel, Ec(automóvel), enquanto se deslocam na estrada?
A. Ec(camião) = 24 Ec(automóvel) C. Ec(camião) = 6 Ec(automóvel)
B. Ec(camião) = 12 Ec(automóvel) D. Ec(camião) = 3 Ec(automóvel)
(Adaptado do Teste Intermédio, 11.º ano, fevereiro de 2014)
13
Professor 1.1.4
Energia interna
Sugestões metodológicas
• Analisar o esquema da figura 7 e discutir o significado Ao considerar-se a constituição interna de um corpo, encontram-se
de energia interna interpretando os diferentes contributos
átomos, iões ou moléculas que, dependendo da temperatura, do estado
em cada uma das situações propostas.
• Informar os alunos de que, de momento, estudarão físico e da natureza química da matéria que o constitui, interagem entre
apenas sistemas onde a variação de energia interna é
si e se organizam através de ligações químicas, conferindo a esse corpo
desprezável. O conceito será retomado no subdomínio
«Fenómenos térmicos e radiação». uma dada energia. Fixando o núcleo atómico, vê-se que é constituído
pelos nucleões que também interagem entre si e têm associada uma
dada energia Fig. 7 . Quando se têm em conta todas estas contribuições,
está a considerar-se a energia interna de um corpo.
A B C D
(≈ 10-10 m) (≈ 10-15 m)
Estado sólido
Oxigénio
O gé o 8 neutrões
+ 8 protões
Estado líquido
g
Hidrogénio
1p
protão
Estado ggasoso
Fig. 7 gua em diferentes estados físicos [A]; modelo microscópico associado a cada estado físico [B];
Á
molécula de água [C]; constituição dos átomos da molécula de água [D].
14
U1P6H1
A B
Quando a porção de matéria que constitui um corpo sofre transfor-
mações químicas ou nucleares, a energia interna do sistema varia.
Movimento interno
das partículas Interações Interações de natureza
entre partículas química ou nuclear
associadas ao associadas às
15
Professor 1.2.1
Sistema mecânico
Sugestões metodológicas
• Discutir com os alunos a importância da aplicação No estudo de um sistema mecânico visa-se essencialmente a descri-
do modelo da partícula material para determinar
ção dos movimentos, as conversões de energia cinética — associada ao
o intervalo de tempo que um automóvel, com uma dada
velocidade média, demora a realizar o percurso entre movimento — em energia potencial gravítica — associada, em geral, à
Lisboa-Porto, por exemplo.
posição relativa de duas massas — e vice-versa. Tal significa que a sua
• Para discutir o conceito de centro de massa
e a respetiva localização, pode propor-se aos alunos variação de energia interna é desprezável, uma vez que não se traduz
a seguinte atividade prática:
numa alteração na energia macroscópica do sistema.
• Localização do CM em objetos extensos com
assimetria de massa, como, por exemplo, uma colher,
um taco de bilhar, uma vassoura, etc. O objetivo da
atividade é localizar o CM por equilíbrio num ponto fixo Um sistema mecânico é um sistema em que as variações de ener-
(por exemplo, o vértice da mesa/bancada).
gia interna não são tidas em conta.
LIVROMÉDIA
Todavia, quando o corpo não tem uma forma simétrica ou uma distri-
buição uniforme de massa, como nos exemplos que se apresentam na
figura 11, é ainda possível encontrar o centro de massa.
Marte
Vénus
Terra
Mercúrio
17
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Validade do modelo da partícula material
Comente a veracidade das afirmações que se seguem tendo por base o modelo da partícula
material.
A. O planeta Júpiter pode ser considerado um ponto material.
B. Um ponto material tem massa desprezável.
C. A posição do centro de massa de um sistema mecânico indeformável, sujeito a forças exteriores,
é inalterável.
D. Um sistema mecânico não é caracterizado por uma dada temperatura.
E. A trajetória do CM, relativamente a um dado referencial em repouso, do sistema constituído pelos
fragmentos resultantes da explosão espontânea de um foguete lançado no ar com uma dada
velocidade é a mesma que seria se o foguete não explodisse.
RESOLUÇÃO:
A. Depende do movimento estudado. Para analisar o movimento do planeta em torno do Sol, o pla-
neta pode ser associado a um ponto. Contudo, para estudar o seu movimento de rotação, o planeta
não pode ser associado a um ponto.
B. Um ponto material tem dimensões desprezáveis, mas a sua massa é igual à massa do sistema.
C. Um sistema mecânico, quando sujeito a forças exteriores, sofre alteração do seu estado de movi-
mento em relação a um referencial em repouso, a qual é detetada pelas sucessivas posições do
centro de massa (trajetória) em relação ao referencial. Daqui se conclui que a posição do centro
de massa não é inalterável.
D. Ainda que o sistema mecânico esteja a uma dada temperatura, quando este é analisado como
uma partícula material, são irrelevantes quaisquer alterações de temperatura do sistema.
E. Como a explosão resulta da ação de forças internas ao sistema, a única força exterior que continua
a atuar no sistema (fragmentos) após a explosão é a força gravítica, pelo que a trajetória do CM é
igual à que seria se o projétil não explodisse.
18
1.3.1
Forças que atuam no centro de massa
de um corpo
A análise do movimento de translação de um corpo, na aproximação
da partícula material, exige a identificação de todas as forças aplicadas
pela vizinhança.
N Fh
A força é uma grandeza física vetorial, sendo representada por um U1P12H1
Fac
vetor que é caracterizado pelos seguintes elementos: CM
• ponto de aplicação;
• direção; Fg
• sentido;
• intensidade (valor, módulo ou norma).
Fig. 13 Diagrama do sistema de
forças aplicadas no centro
A ação de todas as forças aplicadas sobre o centro de massa (CM) é de massa.
equivalente à ação de uma única força — a força resultante —, a qual
corresponde à soma de todas as forças que nele atuam. Sendo a força
uma grandeza vetorial, a adição de diversas forças exige que se proceda y
19
y Fh = Fhx + Fhy Um outro processo, também bastante útil, é representar cada um dos
Fh = Fhx ex + Fhy ey vetores força num referencial cartesiano (sistema de eixos ortogonais),
como se mostra na figura 13. O referencial cartesiano a escolher deve ser
Fhy
aquele que mais se adequa à geometria do problema e à informação
disponível para o resolver. Geralmente, é útil escolher a direção do movi-
a
mento coincidente com a direção de um dos eixos.
Fhx x
Das forças representadas, apenas a força F h está segundo uma dire-
ção que não coincide com nenhum dos eixos. Esta força pode ser
decomposta em duas componentes (projeções) — a componente F hx na
direção do eixo dos xx e a componente F hy na direção do eixo dos yy
Fig. 16 , de acordo com a seguinte representação:
ey
F h = F hx e x + Fhy e y ,
ex
EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
Determinação da resultante de um sistema de forças que atuam no centro de massa
Considere um corpo a ser puxado Situação 1 Situação 2
por ação de uma força sobre uma
superfície horizontal com atrito des-
prezável, em duas situações diferen-
tes, como mostra a figura ao lado.
3.3
Admita que a massa do corpo é 10 kg, a intensidade das forças F 1 e F 2 é 50 N e o ângulo entre
a força F 2 e a horizontal é 15°. Para estas condições, determine a intensidade:
a) da força resultante; b) da força de reação normal.
20
3.1
RESOLUÇÃO:
Para fazer o estudo das forças que atuam y y
Situação 1:
As forças representadas coincidem com as direções dos eixos xx e yy e a força resultante apre-
senta duas componentes segundo as duas direções: F R = FRx e x + FRy e y .
Segundo a direção horizontal, atuam as forças F 1 e, segundo a direção vertical, atuam as forças
Fg e N, com sentidos opostos:
F R = F1 e x + (N - Fg )e y
u1p14h1
Como o corpo se movimenta numa superfície horizontal, a resultante das forças segundo a verti-
u1p14h2
cal é nula, então, nesta situação: N - Fg = 0 + N = Fg
Segundo a horizontal, na situação apresentada, a força resultante é dada por: F r = F1 e x
A intensidade da força resultante é: FR = F1
Situação 2:
Das forças representadas, a força F 2 não coincide com nenhum dos eixos. Esta força pode ser
decomposta em duas componentes, a componente F 2x na direção do eixo xx e a componente F 2y
na direção do eixo yy. As restantes forças coincidem com os eixos xx e yy. A força resultante
apresenta duas componentes, sendo cada componente a resultante em cada uma das direções:
F R = FRx e x + FRy e y
Segundo a direção horizontal, a componente da força resultante é obtida a partir da componente
da força F 2 _F 2xi no sentido positivo.
Quanto à direção vertical, atua a componente da força F 2 _F 2y i e a força de reação normal _Ni no
sentido positivo, e a força gravítica _Fg i no sentido negativo.
F R = F2x e x + (N + F2y - Fg)e y
Como o corpo se movimenta numa superfície horizontal, a resultante das forças segundo a verti-
cal é nula, então, nesta situação: N + F2y - Fg = 0 + N = Fg - F2y
Então, a força resultante é dada por: F R = F2x e x
A intensidade da força resultante é: FR = F2x
3.2
RESOLUÇÃO:
Para a situação 1, seria necessário conhecer a intensidade da força F 1, enquanto na
situação 2, além da intensidade da força F 2, seria necessário conhecer o ângulo (a) que
o vetor F 2 faz com a direção do eixo dos xx para calcular a intensidade da componente
F2x (F2x = F2 cos a).
3.3
RESOLUÇÃO:
a) FR(I) = F1 + FR(I) = 50 N; FR(II) = F2x + FR(II) = 50 cos 15º , 48 N
b) N(I) = Fg = m # g = 98 N; N(II) = Fg - F2y = 98 - 50 sen 15º , 85 N
21
1.3.2
Resultante das forças aplicadas num corpo
em movimento num plano inclinado
Veja-se, em particular, como determinar a resultante de um sistema
de forças que atua num corpo que desce uma rampa (plano inclinado)
após ter sido abandonado Fig. 17 .
Fig. 17 Corpo a descer uma
rampa.
Descida sem atrito
Como o corpo foi largado a uma dada altura, este desce a rampa ape-
SABER MAIS nas sujeito à ação de duas forças, a força gravítica e a força exercida pela
superfície que atua no centro de massa perpendicularmente à superfície
do plano — força de reação normal _Ni Fig. 18A .
A B y C y
C
N N N
b
Fgx
Fgy
a Fg a Fg
Fg a
x a
x
a c
A B
Fig. 18 Sistema de forças que atuam num corpo que desce um plano inclinado.
22
na direção yy é nula: F Ry = 0
F R = F Rx = Fgx e x
F R = N + Fg + F ac
A B y C y
Fac N N N
Fa Fa
b b
Fgx
Fgy
a Fg a Fg
Fg a a
a
x a
x
c c
Fig. 19 Sistema de forças que atuam num corpo que desce um plano inclinado com atrito.
F Rx = F gx + F ac
F Rx = Fgx e x - Fac e x
F Rx = (Fgx - Fac)e x
23
F R = F Rx = (Fgx - Fac)e x
1.3.3
Trabalho como medida da energia transferida
por ação de forças
Professor A experiência quotidiana mostra que, para alterar o estado de movi-
Sugestões metodológicas
• A partir das situações descritas na figura 20, solicitar
mento ou de repouso de um corpo, é necessário que este sofra a ação de
aos alunos a representação das forças aplicadas na bola, uma força exterior.
em três instantes do movimento. Esta tarefa tem como
objetivos:
— discutir a diferença entre força instantânea e força A força pode atuar num intervalo de tempo extremamente curto,
constante durante o movimento; como é o caso do pontapé numa bola de futebol ou da tacada numa bola
— distinguir força e velocidade.
de bilhar Fig. 20 . Estes são exemplos de forças que não são constantes
durante o intervalo de tempo em que atuam e das quais, em geral, ape-
nas se consegue saber, em média, a sua intensidade.
A B
A B
Fig. 21 Forças que atuam ao longo do movimento: força gravítica (constante) [A]; força elástica (variável) [B].
24
1.3.4
Trabalho realizado por forças constantes
que atuam em qualquer direção
Veja-se a situação em que se empurra um bloco (B) ao longo de uma
superfície horizontal, como se ilustra na figura 22. Ao aplicar uma força
horizontal no bloco B, inicialmente em repouso em relação ao bloco A, o F
A B
mesmo entra em movimento, deslocando-se na direção horizontal. Diz-se
que o corpo adquiriu energia cinética.
Dr
Professor
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
• Simular a situação da figura 24 em sala de aula para
debater os fatores de que depende a transferência
de energia por realização de trabalho.
• Introduzir o conceito de trabalho salientando a
diferença entre os conceitos de energia e trabalho,
F F formulando questões do tipo:
— Podemos afirmar que um corpo possui/adquire
trabalho?
— Podemos afirmar que um corpo possui/adquire
energia?
• Apresentar situações do dia a dia que gerem conflito
entre o conceito de trabalho utilizado no quotidiano
Dr e num sistema físico mecânico, como, por exemplo,
o movimento de levantamento, fixação e descida
de um haltere realizado por um halterofilista durante
Fig. 23 Força aplicada ao sistema mala, perpendicular ao deslocamento do centro uma competição.
• Discutir a situação do movimento dos halteres,
de massa (CM).
identificando as situações em que o trabalho é potente,
U1P19H1 nulo e resistente.
C
A B
A B
25
W = iF iiDr icos a
Dx
xA xB
Fig. 25 Deslocamento horizontal de um corpo sob a ação de uma força constante.
u1p20h1
Por uma questão de simplificação de notação, passar-se-á a repre-
sentar iF i por F e iDr i por d.
A B
F1
a1 F2
N
a2
Direção do vetor
deslocamento
v xA xB
Dx
Fig. 26 Deslocamento horizontal de um corpo sob a ação de duas forças constantes, F 1 e F 2 [A]; representação vetorial
das forças aplicadas e do vetor deslocamento, considerando o modelo da partícula material [B].
U1P21H1
WF = Fef d F1
F1y
27
W FR = W F1 + W F 2 + W N + W P
28
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Determinação do trabalho realizado por forças constantes
Um bloco com 50 kg de massa encontra-se em repouso quando é aplicada uma força F constante,
de intensidade 200 N, que o arrasta num percurso horizontal de 20 m. O bloco está preso por um
cabo que se move ao longo de um arame e que faz um ângulo constante de 60º com a horizontal,
exercendo uma força F c de intensidade 50 N sobre o bloco.
ntre as superfícies em contacto atuam forças de atrito cinético cuja intensidade é igual a 20 % da
E
intensidade da força F .
onclua qual das forças aplicadas no centro de massa do corpo realiza o trabalho máximo.
C
Calcule o trabalho realizado por cada uma das forças aplicadas.
60º 30º
A Dx = 20 m B
R
ESOLUÇÃO:
1.º Identificar as forças que atuam no centro de massa do bloco, bem como os ângulos definidos
pelos vetores deslocamento e força.
2.º Representar esquematicamente a situação descrita.
Professor
SUGESTÕES
u1p23h2 METODOLÓGICAS
N F • Analisar o exercício
Fc resolvido «Determinação do
60º 30º trabalho realizado por forças
Fa constantes» e discutir
diferentes formas de
resolução, integrando os
A Dx = 20 m B conceitos anteriormente
estudados. Enquadrar
a proposta de resolução
Fg apresentada para este
exercício tendo em conta
a orientação dada no próprio
enunciado.
29
F
W>0
2,5
2,0
F cos a/N
a 1,5
Direção do vetor 1,0
deslocamento 0,5
Fx
xA xB 0
Dx 1 2 3 4 5
Dx/m
Força constante que atua na mesma direção e no sentido contrário ao do movimento
Diagrama de forças Gráfico força vs. deslocamento
F Dx/m W<0
a 1 2 3 4 5
0
-0,5
F cos a/N
-1,0
Direção do vetor
-1,5
Fx deslocamento
-2,0
xA xB
Dx
u1p24h1 u1p24h2
Força variável que atua na direção e no sentido do movimento (distensão da mola)
Diagrama de forças Gráfico força vs. deslocamento
W>0
Felástica
3,0
2,5
F cos a/N
2,0
Dx
1,5
1,0
Felástica 0,5
u1p24h3 0
1 2 3u1p24h4
4 5 6
x0 Dx/m
30
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar o conceito de trabalho realizado por uma força constante em movimentos retilíneos
1 Sobre um corpo que se encontra em movimento atua uma força F constante.
Selecione a opção que completa corretamente a frase seguinte.
A força F realiza um trabalho potente quando…
A. … a componente da força eficaz tem a mesma direção e o mesmo sentido do deslocamento.
B. … a componente da força eficaz tem a mesma direção e sentido oposto ao deslocamento.
C. … a força é perpendicular ao deslocamento.
D. … a força atua independentemente do seu sentido e da sua direção.
2 Uma caixa com 10 kg de massa desloca-se da esquerda para a direita por ação de uma força F
constante, paralela à direção do deslocamento e com uma intensidade (módulo) de 100 N.
A intensidade (módulo) da força de atrito que atua na caixa é 10 % da intensidade de F .
Calcule, para um deslocamento de 2 m:
a) o trabalho realizado pela força F ; b) o trabalho realizado pela força de atrito.
3 Na figura seguinte estão desenhados cinco vetores que podem representar cinco forças, com igual
intensidade, 10 N, aplicadas numa partícula que se move de A para B.
F4 F3
30˚
A B
F2 60˚
F5
F1
3.1 Identifique, justificando, uma força que contribua para um aumento da energia da partícula. Professor
3.2 Identifique uma força que contribua para diminuir a energia da partícula. Justifique a sua resposta. SUGESTÕES
METODOLÓGICAS
3.3 Determine o valor da componente eficaz da força F 3. • Como tarefa de aula
3.4 S
elecione a afirmação correta. e/ou trabalho para casa
os alunos deverão resolver
A. As forças realizam o mesmo trabalho, pois têm a mesma intensidade. os exercícios de aplicação
B. O trabalho realizado pela força F 3 éu1p25h2
igual ao trabalho realizado por F 5. do conceito de trabalho
realizado por uma força
C. A força F 2 realiza um trabalho nulo. constante em movimentos
D. As forças F 1 e F 3 realizam o mesmo trabalho. retilíneos.
AVALIAR
4 Selecione a afirmação correta.
CONHECIMENTOS
A. Duas forças de igual intensidade, aplicadas no mesmo corpo, transferem o mesmo valor de energia.
1.
B. Quando sobre um corpo atua uma força, é transferida energia por trabalho. A
C. O trabalho realizado pela mesma força aplicada num corpo é igual, qualquer que seja o valor 2.
do deslocamento do corpo. a) WF = 200 J
b) WF = -20 J
D. O trabalho realizado pela força gravítica, quando o corpo se desloca sobre uma trajetória retilínea
3.
e horizontal, é sempre nulo. 3.1 F1, trabalho potente.
3.2 F5, trabalho resistente.
5 ma pessoa arrasta um corpo de massa 10 kg num percurso horizontal de 10 m, por três processos
U 3.3 F3, e = 5 N
distintos: 3.4 D
I. Aplicação de uma força constante de intensidade 80 N que faz um ângulo de 60° com a direção 4.
do deslocamento. D
II. Aplicação de uma força constante de intensidade 40 N paralela ao deslocamento. 5.
III. Aplicação de uma força constante de intensidade 50 N que faz um ângulo de 36,9° com A força aplicada realiza
o mesmo trabalho nas três
a direção do deslocamento.
situações (WF = 400 J).
Indique, justificando, em que situação a força aplicada realiza maior trabalho.
31
6 P
ara deslocar um carrinho numa superfície
horizontal, é aplicada uma força constante de
intensidade 20 N na mesma direção e no mesmo
F F
sentido do deslocamento, transferindo 450 J
de energia, como se ilustra na figura ao lado.
6.1 D
etermine a distância percorrida pelo carrinho.
6.2 D
iga como proceder para transferir metade do d
valor da energia, no mesmo deslocamento,
aplicando uma força de igual intensidade.
7 U
ma rapariga desloca 50 m a sua mala, de massa 20 kg, aplicando, através do fio, uma força
de intensidade 1,0 × 102 N, que forma um ângulo de 60° com a direção doU1P26H1
deslocamento.
Sobre a mala atua uma força de atrito de intensidade 10 %
do valor da força gravítica da mala.
7.1 D
etermine o trabalho realizado por cada uma das
forças que atuam na mala, no deslocamento de 50 m.
7.2
Determine o trabalho da resultante das forças que F
atuam na mala, no percurso referido. 60º
A B
d
8 U
m rapaz empurra um carrinho com 10 kg de massa numa superfície horizontal, exercendo uma
U1P26H2
força constante (F ) de intensidade 80 N, que faz um ângulo de 40° com a direção perpendicular
ao deslocamento. O trabalho realizado pela força F é 240 J.
Selecione a opção que permite determinar o deslocamento do carrinho, d.
240
A. d =
80 cos (90° - 40°)
240
B. d =
80 cos 40°
80 cos 40°
C. d =
240
Professor D. d = 80 cos 40°
6.
6.1 d = 22,5 m U
ma bola com 200 g de massa é lançada na vertical e na horizontal, como mostra a figura seguinte.
9
6.2 DEc = F d cos 0º
1 Calcule o trabalho realizado pela força gravítica da bola em cada uma das situações, A, B e C, para
DEc um deslocamento de 90 cm.
1
DEc = = F d cos a +
2
2
Fd A B C
+ = F d cos a +
2 1 Movimento Movimento Movimento
+ cos a = + de subida de descida na horizontal
2
+ a = 60°
7.
7.1 WFa = -1000 J;
WF = 2500 J; WFg = 0 J;
WRN = 0 J P P
7.2 WRN = 1500 J
P
8.
A
9. 10 U
m corpo com uma dada massa sobe com velocidade F
I. WFg = -1,8 J constante uma rampa lisa sob a ação de uma força F h = 1,8 m
II. WFg = 1,8 J constante que realiza um trabalho de 60 J.
III. WFg = 0 J 45˚
10.1 Represente as forças que atuam no corpo.
10.
10.1 Ao cuidado do aluno. 10.2 D
etermine o comprimento da rampa.
10.2 d , 2,54 m
10.3 F , 23,6 N
10.3 Determine a intensidade da força F aplicada.
32
u1p27h1
DEc = Ec f e Ec (A) = Ec f
1
D E c (A) = m v 2A
2
33
EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
Estimativa da profundidade a que uma bola de voleibol entra numa superfície de areia
quando largada a uma dada altura
Um jogador de voleibol de praia ao preparar o lançamento deixa cair verticalmente a bola na areia de
uma altura de 1,0 m. Após a colisão com o solo o jogador apanha a bola no solo e observa a marca
deixada por esta na areia. Considere a massa da bola de 270 g e a resistência do ar desprezável.
6.1 Determine a variação da energia cinética resultante da interação entre a bola e o solo.
6.2 Sabendo que a força média resultante da interação é de 1,7 × 102 N, determine a profundidade
a que a bola entrou na areia.
2
DADOS: h = 1,0 m; m = 170 g; F = 1,7 × 10 N
6.1
RESOLUÇÃO: Durante a queda e até ao instante imediatamente antes da colisão, há conservação
da energia mecânica: Em,h = Em,solo + m g h = Ec,solo
Ec,solo = 0,270 × 10 × 1 = 2,70 J
A bola atinge o solo com uma energia cinética de 2,70 J. Como a bola para após a colisão Ec,final = 0 J,
então, DEc = -2,70 J
6.2
RESOLUÇÃO: Para determinar a profundidade a que bola penetra na areia é necessário aplicar o
Teorema da Energia Cinética. O trabalho realizado pela força média resultante corresponde à
variação da energia cinética da bola, pelo que: DEc = W F R
Como a variação da energia cinética é negativa, a força média resultante atua no sentido oposto
ao do movimento da bola (a = 180°)
W F R = d F cos a & -2,70 = d × 1,7 × 102 cos 180 + d , 0,016 m , 16 mm
34
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar o Teorema da Energia Cinética
1 Assinale a opção que traduz corretamente o Teorema da Energia Cinética.
A. A variação da energia potencial gravítica do sistema «Terra + partícula» é simétrica do trabalho
realizado pela força gravítica.
B. A variação da energia cinética de uma partícula é igual à soma dos trabalhos realizados pelas
forças que atuam no sentido do movimento.
C. A variação da energia cinética de uma partícula é igual à soma dos trabalhos realizados por todas
as forças que atuam nessa partícula.
D. Se, num sistema, a resultante das forças é nula, então, há conservação da energia cinética do
sistema.
2 Um corpo com 5 kg de massa move-se numa superfície horizontal com velocidade constante igual
a 2 m s-1, percorrendo a distância de 10 m.
Selecione a opção correta.
A. No final do percurso, a velocidade do corpo é nula.
B. O trabalho realizado pela força resultante é nulo.
C. O trabalho da força resultante é igual a 500 J.
D. O trabalho da força resultante é potente.
3 Um ciclista com 70 kg de massa viaja numa estrada retilínea horizontal, a uma velocidade constante
de módulo igual a 53 km/h, quando aplica uma força constante de travagem percorrendo 50 m até
parar. Calcule:
a) a energia cinética do centro de massa do ciclista, antes de iniciar a travagem;
b) a intensidade da força de travagem aplicada pelo ciclista durante a travagem.
4 Um corpo é abandonado na posição A, situada a uma altura h em relação ao solo, percorre
uma distância d sobre a rampa e chega à posição B com velocidade de módulo vB.
No deslocamento entre as posições A e B, a soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam
no corpo pode ser calculada pela expressão:
m _v 2A - v B2i
1
A. W =
2
d
B. W = -m g (hA - hB) A
h B Professor
m _v B2 - v 2A i
1
C. W = SUGESTÕES
2
METODOLÓGICAS
D. W = m _v B2 - v 2A i + m g (hB - hA)
1
• Como tarefa de aula
2 e/ou trabalho para casa,
os alunos deverão resolver
5 A figura seguinte representa uma calha, com uma parte inclinada polida (forças de atrito os exercícios de aplicação
desprezáveis) entre os pontos A e B e uma parte horizontal rugosa entre os pontos B e C. do Teorema da Energia
Um bloco com 100 g de massa é abandonado no cimo da rampa, no ponto A, e passa em B, Cinética.
com velocidade de 6 m s-1. Entre os pontos B e C atua uma força de atrito, fazendo com que AVALIAR
o corpo pare no ponto C. CONHECIMENTOS
1.
u1p31h1 C
A 2.
B
B C 3.
1,8 m
a) Ec = 7563,2 J
b) FR = 151,3 N
Determine:
4.
a) o trabalho realizado pela componente da força gravítica, na direção do movimento entre C
os pontos A e B; 5.
b) a intensidade da força de atrito que atua no percurso de B até C. a) WFR = 1,8 J
b) Fa =1 N
35
u1p31h2
A
v = 0 m/s 1.5.1
Forças conservativas e não conservativas
yA
W F g (A " B " C) = m g h
A C
37
Professor 1.5.2
Energia potencial gravítica do sistema
Sugestões metodológicas «corpo + Terra»
• Realçar o facto de a energia potencial gravítica ser uma
energia que está relacionada com a posição de um corpo
relativamente à Terra.
Considere-se o sistema «Terra + Lua» e as forças de interação gravi-
• Tornar claro que apenas é possível associar uma tacional que se manifestam entre os dois corpos. A Terra sente a força de
atração exercida pela Lua `F Terra-Luaj e a Lua sente a força de atração
energia potencial gravítica a um ponto na situação
FLua-Terra
FTerra-Lua
h = yB - yA DEpg = m g h
38
Epg = m g h
1.5.3
Trabalho realizado pela força gravítica Professor
e variação da energia potencial gravítica SUGESTÕES METODOLÓGICAS
DEpg (A " B) = m g h
W F g (A " B) = -m g h
W F g (A " B) = -m g h
W F g = -DEpg
39
EXERCÍCIO RESOLVIDO 7
Aplicação do conceito de energia potencial gravítica ao sistema em interação «corpo + Terra»,
a partir de um valor para o nível e referência
7.1
DADOS:
Professor
mcarrinho = 40 g = 4,0 × 10-2 kg
SUGESTÕES
RESOLUÇÃO:
METODOLÓGICAS
• Analisar as propostas A energia potencial do sistema «carrinho + Terra» é dada por:
de resolução dos exercícios Epg = m g h
resolvidos, clarificando
as situações de cálculo a) Quando o nível de referência é a posição D, o valor da altura a que se encontra o carrinho
de variações de energia
potencial gravítica para relativamente a D é 0,70 m.
níveis de referência
diferentes, e aplicar a relação Epg = 4,0 × 10-2 × 9,8 × 0,70 = 0,27 J
entre o trabalho da força
gravítica e a variação da A energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra», quando o carrinho se encontra
energia potencial gravítica. na posição E, tomando como nível de referência a posição D, é 0,27 J.
b) Quando o nível de referência é a posição C, o valor da altura a que se encontra o carrinho
relativamente a C é 0,10 m (h = 0,70 - 0,60 = 0,10 m).
Epg = 4,0 × 10-2 × 9,8 × 0,10 = 3,9 × 10-2 J
A energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra», quando o carrinho se encontra
na posição E, tomando como nível de referência a posição C, é 3,9 × 10-2 J.
7.2
DADOS:
mcarrinho = 40 g = 4,0 × 10-2 kg
RESOLUÇÃO:
Para comparar a variação da energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra», tomando
dois níveis de referência diferentes, tem de se calcular o quociente das variações das respetivas
energias potenciais gravíticas:
DE pg (B) m # g # (y E - y C) (y E - y C) 0,40 - 0,30
= = = =1
DE pg (D) m # g # (y E - y C) (y E - y C) 0,70 - 0,60
Conclui-se que a variação de energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra» é igual,
independentemente do nível tomado como referência.
40
EXERCÍCIO RESOLVIDO 8
Aplicação da relação entre trabalho da força gravítica e variação da energia potencial gravítica
Um corpo com 200 g de massa é abandonado na posição A e cai até ao solo. Mostre que o trabalho
realizado pela força gravítica é independente da escolha do nível de referência, seja o solo, o ponto B
ou o ponto A.
A
20 m V0 = 0
hA
B
10 m
hB
solo
D
ADOS:
m = 200 g = 0,200 kg
RESOLUÇÃO: u1p37h1
Quando o nível de referência é o solo, significa que Epg (solo) = 0 J.
O trabalho realizado pela força gravítica é simétrico da variação da energia potencial gravítica:
W F g = -DEpg
W F g = -(Epg (solo) - Epg (A)) & W F g = -(m g h - m g hA)
W F g = -(0 - 0,200 × 9,8 × 20) = 39,2 J
Quando o nível de referência é o ponto B, significa que Epg (B) = 0 J.
A energia potencial gravítica do sistema quando o corpo está na posição A é:
Epg (A) = m × g × (hA - hB) & Epg (A) = 0,200 × 9,8 × 10 = 19,6 J
A energia potencial gravítica do sistema quando o corpo está no solo é dada por:
Epg (solo) = m × g × hsolo & Epg (solo) = 0,200 × 9,8 × (-10) = -19,6 J
W F g = -(Epg (solo) - Epg (A)) & W F g = -(-19,6 - 19,6) = 39,2 J
Quando o nível de referência é o ponto A, significa que Epg (A) = 0 J.
Epg (solo) = m × g × hsolo & Epg (solo) = 0,200 × 9,8 × (-20) = -39,2 J
W F g = -(Epg (solo) - Epg (A)) & W F g = -(-39,2 - 0) = 39,2 J
a resolução apresentada, conclui-se que o trabalho realizado pela força gravítica não depende
D
do nível de referência escolhido.
41
42
7 Um corpo de massa 5 kg é empurrado para o topo de uma plataforma que se encontra a uma altura
de 30 cm relativamente ao solo, utilizando três rampas com inclinações diferentes, como mostra
a figura seguinte.
I II III
F F F
30 cm
30 cm
30 cm
60 cm 90 cm 120 cm
43
A v = 0 m/s B v = 0 m/s
N
yA yA
Fg Fg d
a N
yB
h h
Dy a
Fg Fg
N
yC
yC b
Fg
Fg
Fig. 34 Corpo em queda livre [A] e em movimento ao longo de um plano
inclinado [B] sem atrito.
44
DEm = 0
Ec + Epg = constante
Professor Em síntese:
Sugestões metodológicas
• No sistema «corpo + Terra» podem atuar forças conservativas
• Analisar a proposta de resolução do exercício resolvido
«Aplicação do princípio da conservação da energia (F cons) e forças não conservativas (F Ncons).
mecânica», para discutir todos os aspetos do sistema • O trabalho realizado pelas forças conservativas (força gravítica)
«praticante + fio + Terra» do ponto de vista energético.
• Explicar aos alunos o que se entende por «pêndulo é simétrico da variação de energia potencial gravítica do sistema
gravítico simples» (sistema constituído por «corpo + Terra».
«fio + corpo + Terra», onde apenas as forças
conservativas (força gravítica) realizam trabalho). W F g = -DEpg
• O trabalho realizado por todas as forças que atuam no sistema é
igual à variação de energia cinética (Teorema da Energia Cinética).
W Fcons + W FNcons = DEc
EXERCÍCIO RESOLVIDO 9
Aplicação do princípio da conservação da energia mecânica
Selecione a opção correta.
Um jovem deixa-se escorregar sem atrito sobre um tobogã aquático, com L
uma rampa retilínea, de comprimento L, tal como representado na figura,
e chega ao final da rampa com uma velocidade de cerca de 6 m/s. Para
que essa velocidade passe a ser de 12 m/s, mantendo-se a inclinação da
rampa, será necessário que o comprimento dessa rampa passe a ser
aproximadamente de:
L
A. B. L C. 1,4L D. 2L E. 4L
2
DADOS:
Situação 1: vi = 0 ; vf = 6 m/s; hf = 0 ; comprimento = L
Situação 2: vi = 0 ; vf = 12 m/s; hf = 0 ; comprimento = ?
RESOLUÇÃO:
s dados do exercício envolvem variáveis presentes na energia cinética e na energia potencial graví-
O
tica. Como não há atrito, a energia do sistema conserva-se, logo:
DEm = 0 + DEc + DEpg = 0 + Ecf - Eci + Epgf - Epgi = 0
1 1
m v 2f - m v i2 + m g hf - m g hi = 0
2 2
Substituindo na expressão os dados da situação 1 obtém-se:
1 36
× m × 62 - m × 10 × hi = 0 + hi = + hi = 1,8 m
2 20
Substituindo na expressão os dados da situação 2 obtém-se:
1 144
× m × 122 - m × 10 × hi = 0 + hi = + hi = 7,2 m
2 20
Com as alturas correspondentes às duas situações pode estabelecer-se uma proporção para encon-
trar a relação entre as alturas.
h1 L1 1,8 L1
= + = + L 2 = 4L 1
h2 L2 7,2 L2
RESPOSTA: E
46
EXERCÍCIO RESOLVIDO 10
Aplicação do princípio da conservação da energia mecânica
O «pêndulo humano» é um desporto radical, que é
possível praticar em alguns parques de diversões ou
em pontes. Os praticantes são presos por um cabo a
um ponto fixo por cima da sua cabeça. São erguidos A C
10.1
DADOS:
hmáxima = 10 m; hmínima = 2 m
RESOLUÇÃO:
As forças que atuam no praticante durante todo o movimento pendular são a força gravítica (Fg )
e a tensão do fio (T ).
O trabalho da força resultante é dado por: W F R = W F g + W T = DEc
Como a direção da tensão é perpendicular ao deslocamento do centro de massa do corpo em
cada ponto da trajetória, esta força não realiza trabalho (W T = 0 J).
A força gravítica é uma força conservativa, logo: W F g = -DEpg; -DEpg = DEc.
Neste caso, há conservação de energia mecânica do sistema «praticante + Terra»
(DEpg + DEc = 0).
Em A, o praticante é abandonado (DEc (A) = 0); assim, a energia mecânica do sistema é energia
potencial gravítica, que é máxima nesta posição.
De A para B, as transformações de energia que ocorrem são: energia potencial gravítica "
energia cinética.
Em B, a energia mecânica é igual à soma da energia cinética do sistema (que é máxima) com
a energia potencial gravítica do sistema (que é mínima).
De B para C, as transformações de energia que ocorrem são: energia cinética " energia poten-
cial gravítica.
Em C, o praticante para. A energia mecânica do sistema é a energia potencial gravítica, que é
máxima nesta posição.
10.2
RESOLUÇÃO:
A velocidade máxima adquirida pelos praticantes é atingida quando estes se encontram na
posição B. Como no sistema há conservação da energia mecânica:
DEc = -DEpg
m _v B2 - v 2A i = -m g (hB - hA); vB = 12,65 m/s = 45,54 km/h
1
2
47
A B
Fac N N
des sub
cid Fac ida
a
yA d yA d
Fg Fac N N
Fg
a a Fac
h a h a
Fg
Fg
N N
Fac
yC b yC b
Fac
Fg Fg
Fig. 35 Movimento de um corpo ao longo de um plano inclinado quando o atrito não é desprezável.
PowerPoint
Para determinar o trabalho da força resultante, pode aplicar-se o Teo-
Forças não conservativas e variação da energia
mecânica rema da Energia Cinética (W F R = DEc).
W FR = W F g + W N + W F a
48
DEc = m g h - Fa d DEc = -m g h - Fa d
DEm = +m g h - Fa d - m g h DEm = -m g h - Fa d + m g h
Em síntese:
• a força de atrito depende do sentido do deslocamento;
• quando atuam forças de atrito, não se verifica a conservação da
energia mecânica.
DEp ! -DEc
DEm = -Fa d
W F cons = -DEpg
DEm = W F Ncons
49
EXERCÍCIO RESOLVIDO 11
Efeito da ação de forças dissipativas (não conservativas)
N
a figura ao lado, estão representados diferentes tipos de
bolas, utilizadas em diferentes desportos, e a respetiva
percentagem de energia dissipada no 1.º ressalto, quando
essas bolas colidem com o mesmo tipo de piso.
11.1 Enumere as transformações de energia que ocorrem
Pingue-pongue Basebol Golf Futebol Ténis Basquetebol
no sistema. 85 % 68 % 64 % 60 % 51 % 44 %
11.2 Quais dos materiais em interação têm maior valor de coeficiente de restituição?
11.3 Admita que as bolas são abandonadas de uma altura de 2 m relativamente ao solo. Compare as
alturas atingidas pelas bolas, de maior e menor coeficiente de restituição, após o 1.º ressalto.
11.1
RESOLUÇÃO: U1P47H1
Durante a queda, a energia potencial gravítica transforma-se em energia cinética; no chão,
a energia cinética transforma-se em energia potencial elástica e térmica; durante o ressalto,
a energia potencial elástica transforma-se em energia cinética e energia potencial gravítica
(energia mecânica).
11.2
RESOLUÇÃO:
O material que tem maior valor de coeficiente de restituição é o material de que é feita a bola de
basquetebol, porque é o que dissipa menos energia na interação com o solo.
11.3
DADOS:
Bola de pingue-pongue: 85 % de energia dissipada; bola de basquetebol: 44 % de energia
dissipada; h = 2 m
CÁLCULO:
Bola de pingue-pongue: DEm = m g (hf - hi)
DE m _hf - hii hi - h f hi - h f 2 -h f Professor
85 % =- =- = ; %= × 100 + 0,85 = + hf = 0,3 m
Em i
hi hi hi 2 SUGESTÕES
METODOLÓGICAS
• Analisar o
Bola de basquetebol: DEm = m g (hf - hi)
_hf - hii
exercício resolvido
DE m hi - h f hi - h f 2 -h f «Efeito da ação
44 % =- =- = ; %= × 100 + 0,44 = + hf = 1,12 m de forças
Em hi hi hi 2
i
dissipativas (não
1,12 conservativas)»
Comparação entre as alturas: = 3,7 e discutir
0,3 a proposta de
A altura atingida pela bola de basquetebol após o ressalto é 3,7 vezes maior do que a altura resolução
apresentada.
atingida pela bola de pingue-pongue.
51
5,0 m
1.1 O
s valores da energia cinética e da velocidade do centro de massa do esquiador no instante em
que o esquiador passa pelo ponto Q são, respetivamente:
A. 50 J e 15 m/s.
B. 3000 J e 10 m/s.
C. 300 J e 10 m/s.
D. 3,0 × 106 J e 10 m/s. u1p48h1
1.2 O
trabalho realizado pela força gravítica que atua no esquiador durante o seu movimento de
descida entre as posições P e Q é...
A. … negativo e igual à variação da energia potencial gravítica do sistema «esquiador + Terra».
B. … positivo e igual à variação da energia potencial gravítica do sistema «esquiador + Terra».
C. … negativo e simétrico da variação da energia potencial gravítica do sistema «esquiador + Terra».
D. … positivo e simétrico da variação da energia potencial gravítica do sistema «esquiador + Terra».
U
ma esfera é abandonada no ponto A, caindo na vertical da altura h. Considere o sistema de eixos
2
de referência representado na figura seguinte, com origem no solo, desprezando o efeito da
resistência do ar.
A h
Selecione a alternativa que permite calcular o valor da
velocidade a que a esfera atinge o solo:
Professor A. 2g h
y
SUGESTÕES
METODOLÓGICAS B. g 2h
• Como tarefa de aula C. 2g h
e/ou trabalho para casa, x
os alunos deverão resolver D. g h
os exercícios de aplicação (Adaptado do Exame de Física e Química, 2007, 1.ª fase)
sobre os conceitos
relacionados com variações 3 U
m corpo com 5 kg de massa é abandonado de uma altura h, em relação ao solo, num local em que
de energia mecânica. é desprezável a resistência do ar. Os valores da energia potencial gravítica do sistema «Terra + corpo»
AVALIAR
e da energia cinética do centro de massa do corpo estão registados no gráfico da figura seguinte,
CONHECIMENTOS em cinco instantes do movimento de queda do corpo. No instante 1, o corpo encontra-se à altura h
1. do solo e no instante 5 atinge o solo. E/J
a) B 3.1 Indique, para o instante 2: 500
b) D
a) o valor da energia potencial gravítica
2. 400
C do sistema «corpo + Terra»;
3. b) o valor da energia cinética do centro 300 u1p49h1
3.1 a) Epg(2) = 300 J de massa do corpo.
b) Ec(2) = 100 J 200
3.2 a) h = 8 m
b) v = 12,6 m s-1 100
c) d = 6 m
d) W F g = 300 J 0
1 2 3 4 5
instantes
52
3.2 Determine:
a) a altura h a que o corpo é abandonado;
b) a velocidade do centro de massa do corpo quando este chega ao solo;
c) a distância percorrida pelo corpo até ao instante 4;
d) o trabalho realizado pela força gravítica entre os instantes 1 e 4.
4 Um corpo com 1 kg de massa é lançado verticalmente para cima com velocidade 10 m/s, num local
em que a resistência do ar é desprezável. Determine:
a) a altura atingida, relativamente ao solo, quando a energia potencial gravítica do sistema
«corpo + Terra» é 40 % do valor da energia cinética inicial;
b) a velocidade do centro de massa do corpo, quando este atinge metade da altura máxima.
5 m corpo com 400 g de massa desloca-se numa calha ABC, tal como mostra a figura seguinte.
U
No troço retilíneo horizontal AB, o atrito não é desprezável e, no troço BC, o atrito é desprezável.
O corpo passa na posição A com uma velocidade de módulo 5,0 m/s e na posição B com uma
velocidade de 3,0 m/s.
C
30 cm
A B
Determine:
a) o trabalho realizado pela força de atrito quando o corpo se desloca de A para B;
b) o trabalho realizado pela força gravítica do corpo ao deslocar-se de B para C;
c) o valor da velocidade do centro de massa do carrinho quando este passa no ponto C;
d) o valor da altura máxima atingida pelo corpo no troço curvilíneo.
6 figura representa uma calha, com uma parte inclinada entre os pontos A e B de comprimento
A
2,20 m e que termina num troço horizontal BC. Um corpo com 200 g de massa é abandonado no
ponto A e desliza ao longo da calha. Entre os pontos A e B, considera-se desprezável o atrito.
u1p50h1
Entre os pontos B e C, a superfície da calha é rugosa e, por isso, passa a atuar sobre o corpo uma
força de atrito de intensidade 0,5 N, que faz com que o corpo pare no ponto C. Determine
o comprimento da calha de A até C.
A
40 cm
B C
7 Um corpo com 3,0 kg de massa desliza ao longo da trajetória da figura. As alturas dos pontos A e B,
Professor
em relação ao solo, são, respetivamente, h1 = 5,0 m e h2 = 9,0 m. No ponto A, o corpo tem 4.
a) h = 2 m
velocidade de 12 m/s. O atrito no troço AB é desprezável, mas no troço horizontal (BC) existe atrito
b) v = 7,1 m s-1
que faz com que o corpo pare no ponto C após percorrer 10 m. Determine a intensidade da força
5.
de atrito no troço horizontal. a) W F a = -3,2 J
b) W F g = -1,2 J
d c) v = 1,73 m s-1
B C
d) hmáx = 0,45 m
6.
A u1p50h2 dAC = 3,80 m
h2
h1 7.
Fa = 9,6 N
53
u1p53h3A
565533 006-057.indd 53 10/03/15 12:37
1.8
Potência
Professor Nem sempre o mais importante é saber a energia total que pode ser
Sugestões metodológicas transferida ou transformada, mas, sim, conhecer a taxa a que cada um
• Explorar com os alunos outras unidades usuais para desses processos ocorre, isto é, a potência.
energia, como, por exemplo, o kW h.
• Exemplificar situações do dia a dia em que seja
importante conhecer a potência dos aparelhos, como, Define-se potência (P) como o quociente entre a energia transferida/
por exemplo, os eletrodomésticos, para sabermos /transformada e o intervalo de tempo (Dt) em que decorreu essa transfe-
quantos podemos ligar à corrente simultaneamente sem
que o disjuntor (quadro geral elétrico) dispare. rência/transformação.
• Colocar diversas situações em que existe diminuição
da energia mecânica por aplicação de forças não E
conservativas que fazem diminuir a energia mecânica. P=
• Apresentar situações que mostrem que nem todas Dt
as forças não conservativas conduzem à diminuição
da energia mecânica.
• Solicitar aos alunos exemplos de situações do dia a dia A unidade SI de potência é o watt (W). Diz-se que a potência é 1
em que se evidencie a existência de forças de atrito
estático e cinético. W, quando a energia de 1 joule (J) é transferida em 1 segundo (s).
LIVROMÉDIA
Quando a energia transferida ocorre por realização de trabalho de
PowerPoint
Potência uma força (W), a potência determina-se por:
W
P=
Dt
1.8.1
Rendimento. Dissipação de energia
A diminuição de energia mecânica de um sistema está relacionada,
em geral, com o trabalho realizado por forças não conservativas que
atuam no sentido contrário ao movimento.
Nenhum sistema pode ceder mais energia do que aquela que recebe.
Em muitas situações, a ação das forças de atrito é inconveniente, porque
diminui a capacidade de realização de trabalho pelo sistema mecânico.
Este é o caso, por exemplo, do atrito resultante da fricção que se verifica
no sistema de engrenagem de um motor de um veículo motorizado e no
sistema de transmissão às rodas.
As forças de atrito estático não realizam trabalho e, por isso, não estão F exercida
pelo sapato
envolvidas em transformações/transferências de energia. no solo
Sentido de
rotação
Quando num sistema atuam forças de atrito cinético, a energia
mecânica do sistema diminui a energia dissipada aumenta. Em Força
geral, a energia interna aumenta, manifestando-se no aqueci- u1p52h5 de atrito
55
EXERCÍCIO RESOLVIDO 12
Aplicação dos conceitos de rendimento e dissipação de energia mecânica
Numa aula laboratorial, um grupo de alunos pretende dar resposta à seguinte questão:
«Como é possível que, nas montanhas-russas dos parques de diversões, se atinjam alturas superiores
à altura da partida?»
Para fazer o estudo do movimento de um carrinho numa montanha-russa, os alunos utilizaram uma
calha em que o atrito não é desprezável e um carrinho com 50 g de massa. Abandonaram o carrinho
de uma posição pré-definida e mediram a altura máxima que este atingia.
A figura ao lado representa o perfil de uma calha que A
simula uma montanha-russa. O carrinho é abandonado F
C
no ponto A, que se encontra à altura de 58 cm do solo. E
B
Passa pelos pontos B, C e D e só consegue chegar até h = 58 cm
D
o ponto E, a 50 cm do solo.
12.1 Explique o facto de a altura máxima atingida pelo carrinho ser inferior à altura inicial de abandono.
DADOS:
mcarrinho = 50 g; hA = 58 cm; hE = 50 cm
12.1
RESOLUÇÃO:
Professor A variação da energia cinética do sistema é igual à soma do trabalho realizado pelas forças con-
SUGESTÕES
servativas e pelas forças não conservativas. Neste sistema, as forças a atuar são a força gravítica
METODOLÓGICAS
• Analisar o exercício resolvido (conservativa), a normal e a força de atrito (não conservativas). O trabalho da normal é nulo e o
«Aplicação dos conceitos de trabalho da força gravítica é simétrico da variação da energia potencial gravítica.
rendimento e dissipação de
energia mecânica» e discutir DEc = W F C + W F NC
a proposta de resolução
apresentada. DEc = -DEp + W F a + W F a = DEm
• Aplicar os conceitos
de dissipação de energia Como as forças de atrito são forças dissipativas, fazem diminuir a energia mecânica do sistema;
mecânica e rendimento.
assim, a altura atingida pelo carrinho irá ser menor.
12.2
CÁLCULO:
E dissipada
% Edissipada = × 100; Edissipada = -DEm
E minicial
Eminicial = 50 × 10-3 ◊ 10 ◊ 58 × 10-2 = 2,9 ◊ 10-1 J
Emfinal = 50 × 10-3 × 10 × 50 × 10-2 = 2,5 × 10-1 J
DEm = Emfinal - Eminicial = -4,0 × 10-2 J; Edissipada = 4,0 × 10-2 J
4,0 # 10 -2
% Edissipada = × 100 = 13,8 %
2,9 # 10 -1
A percentagem de energia dissipada neste processo foi de 13,8 %.
12.3
RESOLUÇÃO:
Para que a altura máxima atingida seja superior à altura de abandono, é necessário que a velo-
cidade inicial não seja nula. Como nas montanhas-russas as forças de atrito não são desprezá-
veis, ao longo do percurso, existem motores que são responsáveis por exercerem forças sobre o
carrinho, de modo que este adquira velocidade que lhe permita atingir as diferentes posições ao
longo do percurso.
56
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos de potência e rendimento em sistemas mecânicos
1 Um automóvel percorre uma estrada retilínea e horizontal, em movimento uniforme, com velocidade
constante de 25 m/s, sob a ação de uma força também constante de intensidade 1800 N, exercida
pelo motor, durante 4 s. Calcule a potência fornecida pelo motor.
3
2 Um automóvel com 1,0 × 10 kg de massa, inicialmente parado, numa estrada horizontal, acelera
durante 10 s, sendo a potência fornecida pelo motor de 72 cv. Calcule o módulo da velocidade que
o automóvel pode atingir 10 s depois de arrancar, se 15 % da energia fornecida pelo motor, nesse
intervalo de tempo, for transformada em energia cinética. Apresente todas as etapas de resolução.
(Dado: 1 cv = 750 W)
(Adaptado do Teste Intermédio de Física e Química do 11.º ano, 2014)
C. … 206 kW. 4.
4.1 A energia potencial
D. … 1350 kW. gravítica transforma-se
em energia cinética.
7 Um carro de corrida com 800 kg de massa percorre uma pista retilínea e horizontal com velocidade 4.2 Epg = 18,3 J
constante de valor 216 km/h. Nesta situação, observa-se que a potência desenvolvida pelo motor foi 4.3 DEpg = -13,7 J
de 120 kW, sendo praticamente toda utilizada para vencer a resistência do ar. Faça uma estimativa 4.4 v = 7,7 m s-1
do valor da resistência do ar. 5.
7 pessoas.
6.
B
v0
7.
F = 2000 N
57
1. Introdução
A síntese apresentada constitui apenas um texto introdutório em que se pretende alertar para a
importância do processo de medida na construção do conhecimento em todos os domínios da Ciência.
Ao longo das secções seguintes serão apresentados os instrumentos de medida mais comuns
necessários à realização das atividades laboratoriais propostas para o 10.º ano, e discutidas as téc-
nicas básicas de tratamento e análise de dados experimentais (medições), úteis nesta fase, contex-
tualizadas com exemplos ajustados ao conjunto de medições realizadas nessas mesmas atividades.
O processo de aquisição de dados (medições) permite obter informações que evidenciam rela-
ções entre diversas grandezas aquando da observação de um fenómeno que se pretende estudar.
Medir uma grandeza física significa atribuir um número que expressa a relação entre a mesma
e um padrão que se denomina unidade. Requer a identificação de um fenómeno, um observa-
dor, um método e um instrumento de medida.
É importante reconhecer que nenhum instrumento é perfeito, e a sua escolha exige opções e
compromissos adequados ao fenómeno que se pretende estudar.
• Exatidão ou fidelidade: um aparelho é tanto mais exato quanto menor for a diferença entre
o valor «esperado», ou real, e o que foi medido. Qualquer aparelho tem de ser calibrado
periodicamente, com padrões, para se garantir que funciona corretamente.
58
• Precisão ou rigor: é uma característica que não depende apenas do estímulo, mas sim das
características intrínsecas do aparelho, por exemplo, o atrito de uma mola que é responsá-
vel pelo movimento do ponteiro da escala. Em geral, repetem-se as medições para conhe-
cer como se distribuem em torno de um valor médio.
A incerteza que acompanha um valor medido experimentalmente designa-se por erro experi-
mental. Atenção: não significa que o resultado esteja errado!
A identificação do maior número de fatores que podem afetar as medições deve ser obtida
através de um ensaio preliminar, para que aqueles possam ser controlados e minimizados no
decorrer da experiência.
Fatores que influenciam o erro (incerteza) experimental
Erros sistemáticos
Este tipo de erros afeta igualmente todas as medições e é introduzido, por exemplo, por:
• deficiente calibração de um aparelho;
• posicionamento incorreto na leitura de uma escala graduada (paralaxe);
• simplificação do modelo teórico que descreve o fenómeno.
A figura seguinte pretende ilustrar as várias situações que se podem encontrar quando se com-
para a dispersão das medições com um valor esperado (a que corresponde o centro do círculo).
A B
59
A1p3h1a A1p3h1b
565533 058-071.indd 59 10/03/15 12:41
A figura 1A corresponde a uma situação em que ocorreu um erro sistemático, que não foi
identificado no decorrer da experiência. No segundo caso Fig. 1B , dominam os erros acidentais,
sendo necessário melhorar o processo de aquisição de dados.
O resultado final de uma medição vem sempre afetado da incerteza (erro). Assim, a medida
experimental de uma grandeza física deve ser indicada como:
Uma medição diz-se direta quando resulta da leitura direta de um valor num instrumento de
medida. Os instrumentos de medida podem ser analógicos (escala contínua) Fig. 2A ou digitais
(escala discreta) Fig. 2B .
Como exceção à regra anterior, tem-se a incerteza de uma craveira, também conhecida como
paquímetro, que, embora seja analógica, utiliza uma escala auxiliar, o nónio, sendo a incerteza a
menor divisão desta escala Fig. 3 .
60
A Craveira ou paquímetro B
Armadura para
medições internas 5,0 mm
Travão Escala
principal
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0.1 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0.1 mm
0,4 mm
A1p4h3
Grande parte dos A1p4h4
instrumentos de medida indica o valor associado à respetiva precisão ou
rigor.
Em certas situações, o processo de medida não garante que o observador consiga usar todo o
rigor do instrumento de medida, por exemplo, quando não garante que a fita métrica ou uma régua
sejam colocadas perfeitamente ajustadas à esquadria da aresta cujo comprimento está a medir.
Com a repetição de uma medição, pretende-se aumentar a confiança no valor mais provável
(valor médio) do conjunto de dados (amostra) e conhecer como as medidas se distribuem em
torno desse valor médio (dispersão).
3.
Toma-se o maior dos desvios determinados (dmáximo), e compara-se com a incerteza de cada
medição individual (por exemplo, o erro instrumental) .
4.
A incerteza no valor médio é o maior dos valores dmáximo do erro de cada medição individual.
61
Analisando a tabela, vê-se que o dmáximo = 0,002 s é maior do que o erro associado a cada
medida individual, que é 0,001 s.
O resultado da medição também pode ser apresentado através do erro percentual de disper-
são (incerteza relativa) em torno do valor médio, que é dado por:
dmáximo
d= #100
valor mais provável
0,002
d= #100 , 0,5 %
0,374
Se um dado valor numérico traduz o valor de uma grandeza física, então, esse valor tem de
terminar no algarismo que traduz a precisão ou o rigor que foi possível obter. Consequentemente,
o erro da medição determina o número de algarismos do resultado final.
62
L1 = (4,2 ! 0,5) cm
L2 = (4,3 ! 0,5) cm
A1p6h1
Facilmente se percebe que, dentro do intervalo de confiança do erro instrumental ! 0,5 cm,
todas as medições são compatíveis, e as diferenças resultam apenas da perícia do observador.
O último algarismo do valor (indicado a negrito) é assim obtido por estimativa, sendo os anterio-
res medidos com certeza (exatos). Verifica-se ainda que esse algarismo é precisamente aquele
que é afetado pelo último algarismo do erro.
A tabela seguinte sintetiza algumas das regras básicas de contagem de algarismos significativos.
2 1
52 2 A contar da esquerda para a direita, convenciona-se
que todos os algarismos representados a partir do
872 3 primeiro não nulo à esquerda são significativos.
0,025 m 2
O zero à direita da vírgula conta como algarismo
2,0 s 2
significativo.
6,20 × 102 cm 3
63
Quando se opera com valores de grandezas físicas medidas experimentalmente, é importante saber
como deve ser apresentado o resultado final desse cálculo. É ainda necessário não esquecer o que foi
anteriormente dito: o último algarismo à direita de uma medição é aquele que é afetado pelo erro.
• Adição e subtração: o resultado final deve ter o mesmo número de casas decimais da
parcela que as tiver em menor número.
Em qualquer cálculo intermédio deve reter-se pelo menos mais 2 algarismos significativos
do que aquele que resultaria da aplicação das regras das operações de cálculo.
Resultado Resultado
experimental experimental
Comentários
apresentado apresentado
incorretamente corretamente
A1p8h1 A1p8h2Quando o algarismo a ser afetado tem à sua direta um algarismo
(2,8074 ! 0,1) g (2,8 ! 0,1) g
# 4, o algarismo mantém-se.
Quando o algarismo a ser afetado pelo erro é par, e o algarismo
(1,7450 ! 0,05) cm2 (1,74 ! 0,05) cm2
à direita é 5, seguido de um zero, o algarismo mantém-se.
Quando o algarismo a ser afetado pelo erro é par, e o algarismo
(2,4258 ! 0,01) s (2,43 ! 0,01) s à direita é 5, seguido de algarismos diferentes de zero, então,
o algarismo é aproximado ao valor seguinte.
Quando o algarismo a ser afetado pelo erro é ímpar, e o algarismo
(5,35 ! 0,5) °C (5,4 ! 0,5) °C
à direta é 5, o algarismo passa ao par seguinte.
64
Existem diversas grandezas físicas cuja determinação não é acessível por utilização direta de
um instrumento de medida. Diz-se, então, que a medida da grandeza é obtida por medição indi-
reta e exige que se façam medidas diretas, cuja relação se conhece ou se pode estabelecer.
3.3.1 U
tilização de uma expressão matemática que estabelece a relação entre as grandezas
independentes: estimativa da incerteza
O cálculo da incerteza de uma medição indireta está fora do âmbito do programa do 10.º ano.
Todavia, é possível estimar o algarismo que será afetado por essa incerteza, conhecidos os alga-
rismos significativos dos valores das medidas independentes e aplicando as regras dos algaris-
mos significativos nas operações de multiplicação/divisão e adição/subtração.
Considere-se o exemplo seguinte, em que foi feita a medição de cada uma das arestas, a, b
e c, de um aquário a fim de determinar o seu volume. Obteve-se:
a = (49 ! 1) cm
b = (20,5 ! 0,5) cm
c = (15,0 ! 0,5) cm c
a
b
Por aplicação da regra da multiplicação, o resultado deve ter apenas 2 algarismos significati-
vos. Então, o resultado experimental dessa determinação deve ser escrito como:
3.3.2 U
tilização dos parâmetros da função de ajuste à representação gráfica de grandezas
físicas medidas relacionadas: estimativa da incerteza
A representação gráfica é o processo mais eficaz para identificar a natureza da relação entre
duas grandezas medidas.
65
1.
Escolha adequada da área do gráfico (metade de uma folha A4, no mínimo) e numa relação
Obter a equação da reta
de regressão linear altura/largura menor do que 1, pois facilita a leitura (razão pela qual os ecrãs de televisão
(passo a passo): têm sempre uma relação altura/largura inferior a 1).
usando a calculadora gráfica
Cásio fx-CG20 2.
Escolha da grandeza que vai ser representada no eixo das abcissas (variável independente).
Obter a equação da reta
de regressão linear 3.
Escolha de uma escala de fácil leitura, e que possibilite a marcação dos pontos com o
(passo a passo): máximo de rigor possível (dividir a escala em números pares).
usando a calculadora gráfica
Ti-83 e Ti-84-plus 4.
Indicação de cada ponto, através de um símbolo que traduza a interseção entre duas retas
Obter a equação da reta
de regressão linear
perpendiculares (+) ou qualquer símbolo de dimensões adequadas para ser bem
(passo a passo): identificado, e não por um ponto a lápis, de difícil identificação.
usando a folha de cálculo
MS-Excel 2013 5.
Atribuição de um título na parte superior do gráfico.
6.
Identificação das grandezas e respetivas unidades em cada um dos eixos.
NOTA: Todos estes aspetos devem ser tidos em conta mesmo quando se utiliza a máquina de calcular gráfica ou uma
folha de cálculo no computador.
Exemplo: a tabela seguinte traduz um conjunto de medições diretas realizadas para estudar
o comportamento de um condutor da tensão elétrica (U), medida nos terminais de um condutor
e da intensidade da corrente elétrica (I) que o percorre.
Cada ponto marcado no gráfico Fig. 5 tem associado o erro de leitura do amperímetro e do
voltímetro, e a análise gráfica posterior deve ter sempre presente este aspeto.
2,40
U = 0,0222I + 0,0047
2,00
Tensão elétrica (U)/V
1,60
1,20
0,80
0,40
0,00
0 20 40 60 80 100 120
Intensidade da corrente elétrica (I)/mA
Fig. 5 Gráfico da tensão elétrica (U) em função da intensidade de corrente elétrica (I).
A representação gráfica mostra que a dispersão dos pontos em torno da uma linha média do
tipo y = m û + b é pequena, o que torna possível efetuar o ajuste e determinar os parâmetros
m (declive) e b (ordenada na origem). A1p10h1
66
Neste caso, os parâmetros gráficos devem ser indicados com quantos algarismos significa-
tivos?
Como não é possível discutir a incerteza dos parâmetros gráficos e outros aspetos relaciona-
dos com a decisão da grandeza tomada como variável independente e os cálculos do ajuste a
uma função linear, pode, em primeira aproximação, aplicar-se a regra de cálculo de algarismos
significativos e assumir que:
• ordenada na origem b — tem o mesmo número de casas decimais da grandeza represen-
tada no eixo das ordenadas.
• declive m — o resultado do produto do declive pelo valor da abcissa deve permitir ter
como algarismo de estimativa o mesmo rigor da medição da grandeza em ordenadas.
b = 0,00 V, uma vez que tem de ter o mesmo número de casas decimais da grandeza tensão
representada no eixo das ordenadas.
O resultado experimental obtido para a reta de ajuste será então indicado como:
R = 22 X
Uma vez feito o tratamento dos dados experimentais e obtida a medida da grandeza física que
se pretendia determinar, é fundamental olhar para o resultado e discutir qual é o grau de con-
fiança da medida obtida.
Antes de comparar essa medida com um valor esperado, caso seja conhecido, é importante
validar a experiência que foi realizada.
g = (10 ! 4) m s-2
67
Muitas vezes, em Ciência só existe a possibilidade de uma única medição, como, por exem-
plo, a observação de um acontecimento com um período de cem anos. Neste caso, é melhor ter
uma medição com baixa precisão do que não ter nada!
Não existe uma única resposta, pois depende do que se pretende fazer com o resultado
obtido. Por exemplo, um erro percentual de 10 % na medição da largura de uma porta não com-
promete a entrada de uma cadeira, mas pode comprometer a passagem de uma secretária.
Quando validado um dado resultado experimental para a medida da grandeza física, torna-se
possível confrontá-lo com o valor tabelado ou teórico da grandeza, isto é, avaliar, a exatidão do
resultado, calculando:
erro absoluto:
e = |valorteórico/tabelado - valorexperimental|
valorteórico/tabelado - valorexperimental
er = #100 %
valorteórico/tabelado
Sempre que se apresenta um resultado experimental, este deve ser expresso em notação
científica, representado por:
X = A × 10n (unidades)
Por exemplo, o valor medido (234,0 ! 0,1) kg para a massa de um corpo, quando expresso
em notação científica, representa-se por:
68
Para facilitar a comparação entre medidas, são definidos padrões universais de grandezas
que possam ser reconhecidos, reproduzidos e utilizados em qualquer circunstância experimen-
tal. A organização internacional Bureau International des Poids et Mesures é quem detém o
reconhecimento mundial para a definição de padrões. A cada quatro anos é realizada a Confé-
rence Générale des Poids et Mesures (CGPM), onde são discutidos, entre outros assuntos relati-
vos à metrologia, os padrões de medidas internacionais.
Um instrumento diz-se calibrado, de acordo com as normas do CGPM, quando a sua medida
do padrão coincide com a sua medida unitária.
O sistema SI foi estabelecido em 1960 pela 11.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas
(CPPM). É composto por sete unidades de base, que, em conjunto com as unidades derivadas,
formam um sistema coerente.
Tabela 1 As sete unidades de base do SI e os símbolos utilizados para a sua representação.
As unidades derivadas são obtidas pela multiplicação e divisão de unidades básicas. Por
conveniência, algumas unidades derivadas recebem nomes e símbolos específicos. Na tabela 2,
apresentam-se algumas dessas grandezas derivadas.
(1)
http://www1.ipq.pt/PT/Metrologia/Pages/Entrada0.aspx
69
Para a formação de múltiplos e submúltiplos, o SI usa prefixos que modificam, as suas unida-
des (de base e derivadas) mediante multiplicações por potências de 10. Os símbolos dos prefi-
xos, os seus nomes e valores dos fatores multiplicativos que representam são apresentados na
tabela 3.
Múltiplos Submúltiplos
Nome Símbolo Valor Nome Símbolo Valor
Exa E 1018 Deci d 10-1
Peta P 1015 Centi c 10-2
Tera T 1012 Mili m 10-3
Giga G 109 Micro n 10-6
Mega M 106 Nano n 10-9
Quilo k 103 Pico p 10-12
Hecto h 102 Femto f 10-15
Deca da 10 Atto a 10-18
70
Exercícios
1 Identifique quais dos seguintes resultados experimentais está indicado corretamente, respeitando
a notação científica e a regra dos algarismos significativos.
A. (3,840 ! 0,221) × 102 kg D. (0,756 ! 0,21) g
B. (5,1 ! 0,3) cm E. (2,7 ! 0,2) × 102 cm
C. (12,0 ! 0,1) × 10 °C
2
F. (245 ! 23) K
2 Um grupo de alunos determinou o Medições Comprimento /cm
comprimento de um objeto utilizando
uma régua graduada em milímetros, 1.ª 5,89
sendo a menor divisão 1 mm. 2.ª 5,81
Os alunos efetuaram quatro medições
e registaram os valores na tabela 3.ª 5,80
à direita 4.ª 5,88
2.1 Selecione a opção que corresponde ao valor mais provável do comprimento do objeto.
A. 5,845 cm B. 5,84 cm C. 5,85 cm D. 5,8 cm
2.2 Selecione a opção que corresponde à incerteza de leitura associada à escala da régua utilizada.
A. 1 mm B. 0,05 mm C. 0,05 cm D. 0,5 cm
2.3 Selecione a opção que corresponde à incerteza absoluta da medição.
A. 0,05 cm B. 0,04 cm C. 1 mm D. 0,5 cm
2.4
Exprima corretamente o resultado da medição do comprimento do objeto com a incerteza relativa,
em percentagem.
3A figura representa parte da escala de um termómetro ampliada. o
C
71
A DEc C DEc d
0 0 0 DEc
d d
B d D DEc
0 DEc 0
d
72
I II
Diga como proceder, utilizando este método, para medir o módulo da velocidade instantânea.
1
U1P70H1 U1P70H2
SUGESTÃO: Comece por considerar se deve medir o tempo de passagem para a situação I ou para a situação II
pela célula fotoelétrica.
Um dos métodos possíveis para construir o gráfico da variação da energia cinética do centro
2
de massa do carrinho (DEc) em função da distância (d) percorrida consiste em:
• Fazer uma montagem experimental semelhante à descrita na figura seguinte.
Cronómetro digital
73
Professor
Execução do procedimento experimental
SUGESTÕES
METODOLÓGICAS Execute a experiência, seguindo a metodologia descrita anteriormente, e preencha as tabelas 1 e 2
1
• Desenvolver (em alternativa elabore o seu próprio procedimento experimental e as suas próprias tabelas).
o respeito pelo
cumprimento NOTA: De modo a comparar resultados, os diferentes grupos deverão trabalhar com combinações de
de normas de planos inclinados com diferentes inclinações e utilizar carrinhos com diferentes massas, medindo a
segurança gerais, velocidade para as mesmas distâncias percorridas.
de proteção
pessoal e do
ambiente.
Registo do resultado das medições efetuadas
Copie a tabela 1 para o seu caderno e complete-a com a caracterização dos instrumentos de medida.
Aparelhos de medida
Balança Fita métrica Craveira* Cronómetro
Grandeza física
Menor divisão
de leitura/unidade
Digital/analógico
Incerteza absoluta
de leitura/unidade
* NOTA: A craveira analógica é uma exceção aos instrumentos analógicos; a incerteza absoluta de leitura coincide com a menor divisão do nónio.
74
Copie a tabela 2 para o seu caderno e registe as medições diretas e indiretas que efetuar.
Tabela 2 Registo das medições diretas e indiretas que permitem estabelecer a relação entre a variação
da energia cinética e a distância percorrida num plano inclinado
Desvio Incerteza
Massa/kg L*/m d/m Dt/s
Dt /s máximo de observação/ v/m s-1 Ec/J
!… !… !… !…
|Dt - Dti| /s
75
Representação esquemática das grandezas a medir, com indicação da notação utilizada nas tabelas
d3
d2
A d1
3 A linha média (reta mais provável) que se ajusta aos valores experimentais traduz a relação que era
esperada? Justifique a sua resposta.
SUGESTÃO: Seja crítico na escolha dos valores a utilizar.
4 Escreva a equação de regressão que melhor se ajusta aos pontos experimentais, identificando as
grandezas físicas na equação da reta.
Ec Ec Ec
5 Calcule, a partir do declive da reta traçada no gráfico DEc = f(d), a intensidade da força resultante.
6 Tendo por base o gráfico A, selecione, justificando, o gráfico da energia cinética do carrinho com
a distância percorrida nos seguintes casos:
a) o carrinho percorre a mesma distância, mas numa rampa de maior inclinação;
b) a massa do carrinho é metade ou dupla, mantendo-se a inclinação;
c) o carrinho, ao iniciar o movimento, já tem velocidade.
d d
AEc Ec CEc Ec Ec E E
Ec Ec Ec EEcc Ec c Ec E
c
d d d d d d
d dd d dd d
E E DE EEcc EEcc E
Ec Ec B c Ecc c
F Ec Ec c Ec
d d d dd d d d
d d d d d d
Ec
7 Após a Erealização
c Ec
da experiência e o tratamento dos dados, compare e discuta, com os outros
u1p72h2
grupos, os resultados experimentais obtidos, estabelecendo a relação da variação de energia cinética
e distância percorrida num plano inclinado.
76
565533
d 072-089.indd 76 d d 10/03/15 13:36
SUBDOMÍNIO 1 ENERGIA E MOVIMENTOS
77
Estabeleça, para os diferentes grupos, associações — bola-tipo de piso —, de forma que se possa
2
comparar a elasticidade de diferentes bolas no mesmo tipo de piso e da mesma bola em diferentes
tipos de piso.
U1P76H2
Realize medições para, pelo menos, cinco alturas de queda diferentes. [Se as medições forem
3
realizadas com recurso a uma fita métrica ou régua, para cada altura de queda devem efetuar-se
várias medições para a altura de ressalto (pelo menos cinco) e tomar para o valor mais provável a
média dessas medições. Deve ser calculada, ainda, a incerteza absoluta de observação e a incerteza
relativa em percentagem.]
Utilize a proposta de tabela (Tabela 1), ou elabore a sua tabela, para os registos das medições.
4
Registe a incerteza de leitura associada a cada instrumento.
78
Copie a tabela seguinte para o seu caderno e registe as medições diretas que efetuar.
Tabela 1 Registo das medições diretas efetuadas (altura de queda e do primeiro ressalto)
Bola hqueda/m h1.º ressalto/m hqueda/m h1.º ressalto/m hqueda/m h1.º ressalto/m
Professor • Um sistema Físico é um corpo ou um conjunto de corpos sobre o qual incide um dado estudo.
LIVROMÉDIA • O estudo de um sistema mecânico visa essencialmente a descrição dos movimentos tendo em conta
as conversões de energia cinética em energia potencial, e vice-versa.
• A energia cinética pode ser de translação, de rotação ou de vibração, dependendo do tipo de movi-
Fichas de trabalho
n.º 1 e 2
mento de que está animado o corpo. A energia cinética de translação é diretamente proporcional à
Energia e movimentos massa (m) do corpo e ao quadrado da sua velocidade (v).
Ficha de avaliação
n.º 1
Energia e movimentos
1
Ec = m v2
2
• A energia cinética está associada ao movimento de um corpo e a energia potencial (gravítica, elé-
trica, elástica), a interações desse corpo com outros corpos.
• A energia interna de um sistema está associada às energias cinética e potencial, das partículas que
o constituem.
• Num sistema mecânico, as variações de energia interna não são tidas em conta, uma vez que
apenas se consideram alterações da energia macroscópica do sistema.
m sistema mecânico que possua apenas movimento de translação pode ser representado por uma
• U
única partícula (partícula material) de igual massa e localizada no centro de massa do sistema.
• O estado de movimento ou de repouso de um corpo altera-se sempre que este sofra a ação de uma
força. Força _F i é uma medida da interação entre sistemas.
• O trabalho realizado por uma força _WF i é uma medida da energia transferida, de ou para um sis-
tema, por efeito da aplicação de uma força cujo ponto de aplicação se desloca em relação a um dado
referencial. No caso de uma força constante, o trabalho determina-se pela expressão:
WF = F d cos a
uando a componente eficaz (F cos a) da força aplicada é resistente, o trabalho realizado por essa
• Q
força é negativo, o que significa que a energia do sistema mecânico diminui.
• Quando a componente eficaz da força (F cos a) aplicada é potente, o trabalho realizado por essa
força é positivo, o que significa que a energia do sistema mecânico aumenta.
trabalho assume o valor máximo quando o vetor força e o vetor deslocamento têm a mesma direção
• O
e sentido (a = 0°) e é nulo quando o vetor força é perpendicular ao vetor deslocamento (a = 90°).
trabalho total realizado por um sistema de forças é dado pela soma algébrica dos trabalhos indi-
• O
viduais, realizados por cada uma das forças aplicadas ao centro de massa, ou pelo trabalho reali-
zado pela força resultante `F Rj do sistema de forças.
trabalho realizado pela componente eficaz da força aplicada ao centro de massa de um corpo, que
• O
desloca o seu ponto de aplicação, é determinado pela área subtensa à curva do gráfico que repre-
senta F cos a versus deslocamento (∆x)
• T
eorema da Energia Cinética (Teorema do Trabalho-Energia): o trabalho realizado pela resultante
das forças que atuam, durante um certo intervalo de tempo, numa partícula material é igual à varia-
ção da energia cinética da partícula, nesse intervalo de tempo.
WF = TEc
R
• Uma força F é conservativa quando o trabalho realizado pela força entre dois pontos não depende
da trajetória, o que equivale a dizer que o trabalho realizado por essa força é nulo, ao longo de qual-
quer percurso fechado. As forças gravítica, elétrica e elástica são exemplos de forças conservativas.
80
ma força F é não conservativa quando o trabalho realizado por essa força entre dois pontos depende
• U
da trajetória. As forças de atrito são exemplos de forças não conservativas.
• A energia potencial gravítica de um sistema mecânico pode ser determinada a partir de uma refe-
rência — essa referência é arbitrária, assim como o valor escolhido.
Epg = m g h
• A
força gravítica é uma força conservativa. O trabalho da força gravítica não depende da trajetória e
é sempre dado pelo simétrico da variação da energia potencial gravítica.
WF =-TEpg
g
• A energia mecânica (Em) de um sistema é a soma da energia cinética (Ec) e da energia potencial
(Ep). Se só existir força gravítica, a energia potencial é a energia potencial gravítica do sistema
«corpo + Terra» (Epg).
Em = Ec + Ep
• O trabalho realizado por forças não conservativas é igual à variação de energia mecânica do sistema.
uando, num sistema mecânico, apenas atuam forças conservativas, ou o trabalho das forças não
• Q
conservativas é nulo, a energia mecânica conserva-se.
∆Em = 0
E
P=
Tt
uando num sistema atuam forças dissipativas (por exemplo, forças de atrito cinético), a energia
• Q
mecânica do sistema diminui e a energia dissipada aumenta.
• A energia dissipada corresponde ao simétrico da variação da energia mecânica.
Edissipada = -∆Em
TEm
Edissipada = - # 100 %
Em
h = f1 - p # 100 %
Ed
Em
81
Determine, a partir dos resultados representados no gráfico, a massa do objeto. Apresente todas as
etapas de resolução.
4 U
m corpo com 4 kg de massa é lançado na vertical, para cima, num local da Terra em que a
resistência do ar é desprezável. O gráfico da figura seguinte traduz a variação das energias cinética,
potencial gravítica e mecânica do sistema, em função da altura relativamente ao solo.
4.1 Selecione a opção correta.
E/J
A. A reta 1 representa a variação
225
de energia potencial gravítica do sistemau1p56h1 1
«Terra + corpo». 200
175
B. A reta 2 representa a variação
de energia potencial gravítica do sistema 150
2
«Terra + corpo». 125
u1p57h2
82
5 Os gráficos da figura representam o valor da componente da força resultante aplicada a um corpo,
na direção do seu deslocamento, em função da distância percorrida.
A C
F/N F/N
10 30
0 5 d/m 0 6 d/m
B D
F/m F/N
20 10
0 u1p58h1
5 d/m 0 2 5 d/m
u1p58h3
Indique, justificando, em que situação, A, B, C ou D, o valor da energia transferida para o sistema
foi maior.
6 Uma pessoa realizou o trabalho de 9 J para elevar uma caixa que pesa 9 N, com velocidade
constante, aplicando uma força constante. Determine:
u1p58h2
a) a altura a que foi levantada a caixa;
u1p58h4
b) o trabalho realizado pelo peso no mesmo deslocamento.
7 m corpo com 3 kg de massa desloca-se sobre um plano inclinado, de comprimento 8 m.
U
O trabalho realizado pelo peso do corpo durante a descida é:
m
A. 12 J
B
B. 21 J
C. 208 J
D. 120 J
30°
30º
8 Empurra-se um caixote ao longo de uma rampa, exercendo uma força F que transfere 140 J de
energia. Determine a massa do caixote, sabendo que a intensidade do peso é 20 % do valor da força Professor
aplicada.
5.
F A. W = 25 J
h = 1,8 m B. W = 100 J
45˚ C. W = 90 J
D. W = 40 J
A transferência de energia
é maior na situação B.
6.
u1p58h5 a) h = 1 m
B
9 Um corpo com 1 kg de massa sobe com velocidade constante uma b) WP = -9 J; trabalho
rampa lisa sob a ação de uma força F constante. O trabalho realizado resistente.
pelo peso do corpo durante a subida até ao topo é -60 J. 7.
9.1 Represente as forças que atuam no centro de massa do corpo. D
6,0 m
9.2 Determine: 8.
m Ü 1,1 kg
a) o comprimento da rampa;
u1p59h1 a 9.
b) a intensidade da força F . A 9.2 a) d = 10 m
8,0 m b) F = 6 N
83
10 U
m bloco é abandonado da posição A, que se encontra a uma altura de 12 m, relativamente à base
do plano e desliza ao longo de superfícies retilíneas, até atingir o ponto B, a 6 m de altura. Determine
o valor da velocidade do bloco ao atingir o ponto B, admitindo que o atrito é desprezável em todas as
superfícies.
A
B
12 m
6m
11 A
figura representa o perfil de uma montanha-russa, onde um carrinho se encontra em movimento.
O carrinho atinge o topo da primeira rampa na posição A com velocidade de valor v0. Considere o
atrito desprezável e como referencial a base da montanha-russa.
A B
C
h u1p59h3
h h
2
D
11.1
Estabeleça a relação que permite determinar a velocidade do carrinho no ponto C.
11.2
Mostre que a altura máxima atingida pelo carrinho, após passar o ponto D
v 20
é hmax = h + .
2g
Professor 11.3
Comente a afirmação seguinte:
10. A energia mecânica do sistema «carrinho + Terra» é igual nas duas posições, A e D.
vB = 11 m s-1
12 U
ma esfera com 200 g de massa está presa num ponto por um fio de massa desprezável, conforme
11.
mostra a figura. A esfera oscila entre as posições A e C, passando pela posição B. Considere
11.1 vc = g # h + v 02
11.2 Em(A) = Em(hmáx) + desprezáveis as forças de atrito. u1p60h1
v 02
+ hmáx = h +
2g
11.3 No carrinho atuam
a força de reação normal
e a força gravítica. O trabalho
realizado pela força de
reação normal é nulo A C
e a força gravítica é uma
força conservativa. 10 cm
Quando num sistema só
atuam forças conservativas B
e o trabalho realizado pelas
forças não conservativas 12.1
Selecione a opção que tem o valor correto do trabalho realizado pelo peso da esfera quando
é nulo, há conservação esta se desloca da posição B até A.
da energia mecânica
do sistema. A. 0,2 J
Conclui-se que a energia
B. -20 J
mecânica do sistema
«carrinho + Terra» é igual C. -0,2 J
nas duas posições A e D.
D. 2
0J
12.
12.2
Determine o valor da velocidade:
u1p60h2
12.1 C
12.2 a) vB = 1,4 m s-1 a) do centro de massa da esfera na posição B, para que esta oscile entre as posições A e C;
b) vB = 2,0 m s-1
b) no ponto B, quando a esfera oscila entre duas posições a uma altura de 20 cm.
84
13 O «pêndulo humano» é um desporto radical que é possível encontrar em alguns parques de
diversão. A pessoa, presa por uma corda inextensível amarrada a um ponto fixo por cima da sua
cabeça, é erguida com apoio de um guindaste até uma certa altura h relativamente ao solo. Depois,
solta-se a pessoa e esta descreve um movimento pendular.
Considere que, num parque de diversões, existe um «pêndulo humano» cuja altura relativamente ao
solo é 25 m, onde é colocado um rapaz com 60 kg de massa, como mostra a figura seguinte. Admita
que as forças de atrito são desprezáveis.
A C
h = 25 m
13.1
Identifique as transformações de energia que ocorrem no movimento do centro de massa do
u1p61h1
rapaz.
13.2
Refira o valor da velocidade do centro de massa do rapaz quando se encontra na posição C.
13.3
Determine a velocidade do centro de massa do rapaz quando este passa na posição B,
expressa em km h-1.
13.4
Suponha que outro rapaz com 80 kg de massa foi preso no cabo do «pêndulo» e abandonado
da mesma altura. Selecione a opção que completa corretamente a frase seguinte.
A energia cinética do centro de massa do rapaz de massa 80 kg quando passa na posição B
é […] energia cinética do centro de massa do rapaz com 60 kg de massa e a energia potencial
gravítica é […].
A. [ …] maior do que a […] maior. C. [ …] igual à […] maior.
B. [ …] menor do que a […] maior. D. […] igual à […] menor.
14 A
figura mostra o perfil de uma montanha-russa, onde se encontra um carrinho em movimento.
Na figura estão marcadas seis posições A, B, C, D, E e F, ocupadas pelo carrinho durante
o movimento. Considere o atrito desprezável e como referencial, para a análise energética,
a base da montanha-russa.
B
E
A
D
C F
Professor
13.
Selecione a opção correta. 13.1 Energia potencial
gravítica " energia cinética
A. Entre as posições A e F, o sistema «carrinho + Terra» experimenta a maior variação de energia " energia potencial
potencial. gravítica " energia
cinética…
B. Entre as posições B e F, o sistema «carrinho + Terra» experimenta a maior variação de energia 13.2 v = 0 m s-1
potencial. 13.3 vB = 80,6 km h-1
C. A energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra» mantém-se constante durante 13.4 A
o percurso efetuado da posição A até F. 14.
u1p62h1 B
D. Quando o carrinho atinge a posição A, tem energia cinética nula.
85
15 U
m carrinho com 20 kg de massa é abandonado do cimo de uma pista, a uma altura de 20 m
relativamente ao solo. O carrinho passa na posição B a uma altura de 8 m do solo e, nesse instante,
a velocidade do centro de massa do carrinho é 14 m s-1.
20 m
B
8m
15.1
Determine a percentagem de energia dissipada pelo sistema no percurso de A até B.
15.2
Determine a velocidade do centro de massa do carrinho quando este chega ao ponto C,
admitindo que a percentagem de energia dissipada no percurso de B a C é igual à
anteriormente calculada entre A e B.
16 U A
ma bola com 500 g de massa é abandonada de uma altura
de 1 m, bate no solo e após o ressalto sobe até à altura
de 80 cm. Admita que a resistência do ar é desprezável. B
u1p62h2
16.1
Explique por que razão a altura máxima atingida pela
bola após o ressalto é menor.
16.2
Determine: 1,0 m
86
A B
18.1
Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
No trajeto AB considerado, o trabalho realizado pelo peso do carrinho é…
A. … positivo e a energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra» aumenta.
B. … positivo e a energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra» diminui.
C. … negativo e a energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra» aumenta.
D. … negativo e a energia potencial gravítica do sistema «carrinho + Terra» diminui.
18.2
Calcule a intensidade da resultante das forças
u1p64h1que atuam no carrinho durante o percurso AB.
Apresente todas as etapas de resolução.
18.3
Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
No ponto B, o valor da velocidade medido experimentalmente foi inferior ao valor calculado
aplicando a lei da conservação da energia mecânica, pelo que, entre os pontos A e B, terá havido…
A. … diminuição da energia cinética do carrinho.
B. … diminuição da energia mecânica do sistema «carrinho + Terra».
C. … conservação da energia cinética do carrinho.
D. … conservação da energia mecânica do sistema «carrinho + Terra».
(Adaptado do Teste Intermédio de 11.º ano, 2010)
19 P
ara investigar como varia a energia cinética de um corpo com a distância percorrida sobre um
plano inclinado, um grupo de alunos montou uma prancha flexível, de modo que uma parte
formasse uma rampa com uma certa inclinação em relação à horizontal, como está representado
na figura seguinte. Os alunos abandonaram um carrinho, com 457,0 g de massa, em diversos
pontos da rampa, medindo, em cada caso, a distância (d) percorrida até ao final da rampa e o valor
da velocidade (v) com que o carrinho aí chegava.
Professor
18.
19.1
Em três ensaios, realizados nas mesmas condições, os alunos mediram, com um sensor, 18.1 B
os valores da velocidade, v, que se encontram registados na tabela seguinte. 18.2 FR = 0,23 N
18.3 B
19.1.1 Obtenha o resultado da medição da velocidade.
Ensaio v/m s-1 19.
19.1.2 E
xprima o resultado anterior em função do valor mais 19.1
provável e da incerteza relativa. Apresente todas 1 0,846 19.1.1 v = 0,847 m s-1
as etapas de resolução. u1p65h1 19.1.2 v =
2 0,853 = (0,847 ! 0,7 %) m s-1
19.2
Determine o trabalho da força resultante. 19.2 WF R = 0,16 J
(Adaptado do Exame de Física e Química, 2011, 2.ª fase) 3 0,842
87
6
20 U
m automóvel com 1500 kg de massa consome um volume de combustível que fornece 7,5 × 10 J
de energia para efetuar um percurso na horizontal com o comprimento de 1000 m, a uma
velocidade constante, durante 60 s. Durante esse intervalo de tempo, o motor exerce uma força
constante de intensidade 1500 N.
20.1
O rendimento do motor do veículo é:
A. 75 %
B. 40 %
C. 2
4%
D. 2
0%
20.2
A potência útil do motor é:
A. 125 kW
B. 2500 W
C. 125 W
D. 25 kW
3
21 U
m automóvel com 1,0 × 10 kg de massa, inicialmente parado, numa estrada horizontal, acelera
durante 3,8 s, e atinge a velocidade de 100 km/h. Determine a potência do motor do carro quando
14 % da energia fornecida pelo motor, nesse intervalo de tempo, é transformada em energia
cinética.
22 U
ma grua eleva a uma velocidade constante um contentor com 1200 kg de massa até uma
plataforma que está a uma altura de 6 m relativamente ao solo. O gráfico da figura seguinte
representa a variação da altura do contentor em função do tempo. Determine a potência da força
aplicada pela grua no contentor na realização desta tarefa. Admita que o atrito é desprezável.
h/m
6,0
0
10 20 t/s
23 A
pós terminar o pré-aquecimento numa passadeira rolante horizontal, uma atleta analisa as
informações indicadas no painel eletrónico:
• distância percorrida — 6,0 km;
• velocidade média — 25,0 km/h;
• «calorias consumidas» — 200 kcal (1 cal =u1p66h1
4,18 J).
Considere que toda a energia utilizada pela atleta foi para
realizar trabalho sobre a passadeira a uma potência constante.
Professor Selecione a opção correta.
20. A. A força média, na direção horizontal, aplicada na passadeira
20.1 D pela atleta foi maior do que 967,6 N.
20.2 D
B. A potência média da força aplicada pela atleta na passadeira,
21.
P = 7,26 × 105 W nesse aquecimento, foi 967,6 W.
22. C. A potência média da força aplicada pela atleta na passadeira,
P = 3600 W nesse aquecimento, foi 231,5 W.
23. D. A potência média da força aplicada pela atleta na passadeira,
B
nesse aquecimento, foi superior a 1000 W.
88
24 A figura seguinte representa o perfil de uma montanha-russa num parque de diversões. A energia
cinética do centro de massa de um carrinho no ponto B é 1100 J. O valor da velocidade do centro
de massa no ponto D é igual ao do ponto B. Entre o ponto A e B, um motor exerce uma força sobre
o carro de tal modo que a sua velocidade é constante. A partir do ponto B só atuam o peso e forças
de atrito. Considere que a massa total do carro com seis pessoas é de 550 kg.
B
24
D
20
16
altura/m
12
4
C
0
A
B
C
5,60
, m 3,20 m
3 2,40 m
25.1
Selecione a opção correta.
u1p65h2
A. A energia mecânica do sistema mantém-se constante durante o movimento da criança.
B. A
variação de energia mecânica do sistema é positiva e simétrica da variação de energia Professor
potencial gravítica do sistema «criança + Terra». 24.
Verdadeiras: A, C e F.
C. A energia cinética do centro de massa da criança quando atinge a base do plano é igual Falsas: B, D e E.
à energia potencial gravítica do sistema «criança + Terra», no ponto A. 25.
D. A
energia mecânica do sistema em C seria superior caso as forças de atrito fossem 25.1 D
desprezáveis. 25.2 8,5 % de energia
dissipada.
25.2
Determine a percentagem de energia dissipada no movimento de A até B.
89
Energia
e fenómenos elétricos
90
Professor
LIVROMÉDIA
Aplicação «+Física»
Energia e fenómenos elétricos
Planos de aula
do subdomínio 2:
Energia e fenómenos elétricos
Atividades interativas
Ligações de interesse
para o Subdomínio 2
91
92
-
-
-
-
-
-
Metal Madeira --
-
Região neutra
Região neutra
Depois do contacto Depois do contacto
Fig. 4 ecção de isoladores
S
Fig. 3 Material bom condutor elétrico [A]; material isolador elétrico [B].
u2p77h3
esféricos em equilíbrio
eletrostático.
93
u2p78h2
565533 090-145.indd 93 10/03/15 12:58
2.1 Grandezas elétricas: diferença de potencial elétrico, corrente elétrica e resistência elétrica
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Uma visão histórica do fenómeno da eletrização
Leia com atenção o texto seguinte e responda às questões que lhe são colocadas.
Professor
SUGESTÕES fenómeno da eletrização de corpos por fricção é conhecido
O
METODOLÓGICAS desde o século vi a. C. O filósofo e matemático grego Tales
• Explorar o exercício de Mileto observou que um pedaço de âmbar (pedra amarela
resolvido «Uma visão
histórica do fenómeno resultante da fossilização da resina de determinadas árvores)
da eletrização» adquiria a propriedade de atrair corpos muito leves, como, por
mencionando algumas
curiosidades históricas, exemplo, sementes. Benjamin Franklin (1706-1790),
tais como: um famoso político e cientista americano, procurando uma
— Na Grécia antiga já
era conhecido o explicação para este facto, após inúmeras observações,
processo de eletrização formulou uma teoria segundo a qual todos os objetos no seu
por fricção de resinas
(âmbar); «estado natural» possuem um «fluido elétrico» em
— O nome grego do «quantidade normal»; na fricção, este fluido é transferido
«âmbar» é «elektron»
— Muito antes de ter de um corpo para o outro, ficando um com excesso e outro
uma relação com com deficiência. Como não podia medir esse fluido, Benjamin
a eletricidade, em
1100 a. C., os Chineses Franklin arbitrou que, na fricção do vidro com seda, o fluido
já haviam descoberto passaria da seda para o vidro, ficando este eletrizado
que uma agulha de
positivamente, e a seda negativamente. Benjamin Franklin (1706-1790)
magnetita (Fe3O4)
capaz de se orientar
livremente num plano 1.1 Interprete, à luz da teoria atual da constituição da matéria, a frase de Benjamin Franklin: «[…]
horizontal alinha-se
todos os objetos no seu “estado natural” possuem um “fluido elétrico” em “quantidade normal”
aproximadamente na
direção norte-sul. Eles […]».
usavam este aparelho
como uma bússola para 1.2 A transferência de carga acontece tal como Benjamin Franklin imaginava? Justifique a sua
navegação.
resposta.
1.3 E
xplique em que medida a convenção da carga que atribuímos ao eletrão aproveita a convenção
do sinal proposta por Benjamin Franklin.
1.1
RESPOSTA:
Sabe-se hoje que a matéria é essencialmente constituída por eletrões (carga negativa), protões
(carga positiva) e neutrões (carga neutra); então, para Benjamin Franklin, o estado natural
corresponderia ao estado neutro da matéria; a quantidade normal de fluido elétrico corresponde
a dizer que num corpo neutro o número de protões é igual ao número de eletrões.
1.2
RESPOSTA:
Como se sabe, os protões estão localizados no núcleo do átomo, pelo que não podem ser
deslocados das suas posições simplesmente pelo atrito que se manifesta no processo
de fricção entre as superfícies dos corpos. Pelo atrito, apenas os eletrões podem ser
transferidos de um corpo para o outro, assim, é a carga negativa que é transferida e não
a carga positiva.
1.3
RESPOSTA:
Segundo Benjamin Franklin, a eletrização positiva estava relacionada com o excesso
de fluido elétrico; ora, hoje, sabe-se que apenas os eletrões se movimentam, pelo que
o corpo que cede eletrões, segundo a perspetiva de Benjamin Franklin, perde fluido elétrico,
por isso ficaria eletrizado negativamente. Então, ao atribuir-se a carga negativa ao eletrão,
a deficiência de fluido elétrico (eletrização negativa) corresponderia na realidade, ao excesso
de eletrões.
94
A B
1 kg,12kg,
m 2m 2 kg,22kg,
m 2m
B B B B
DE20
DEp = p =J 20 J
DE40
DEp = p= J 40 J
A A A A
u2p79h3
u2p79h3
Regressando ao sistema elétrico constituído pelas duas cargas, diz-se
que a energia potencial elétrica (Ep, e) do sistema constituído pelas duas
cargas varia sempre que a posição relativa das cargas se altera. Neste
caso, a variação de energia potencial elétrica depende:
• do valor das cargas elétricas interatuantes;
• da distância relativa entre as cargas elétricas interatuantes.
A B C
Q B’ A’ d
d
d
B A 2Q A B
Ep, e(B)>Ep, e(A) Ep, e(B’) = 2Ep, e(B) Ep, e(A) > Ep, e(B)
Ep, e(A’) = Ep, e(A)
W F e = -(DEp, e)
96
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre carga elétrica e diferença de potencial elétrico
1 Relativamente à carga elétrica, selecione a opção correta.
A. A carga elétrica pode assumir qualquer valor.
B. A unidade SI de carga elétrica é o joule.
C. Um corpo neutro não tem cargas elétricas.
D. A carga elétrica é uma propriedade da matéria.
2 Após fricção, os corpos A e B da figura ao AA BB
lado ficaram eletrizados. Qual dos corpos
cede eletrões? Justifique a sua resposta.
3 S
elecione a opção que completa corretamente a frase.
Um corpo possui menor número de protões do que de eletrões. Pode afirmar-se que este corpo…
A. … está eletrizado positivamente.
B. … está eletricamente neutro. u2p81h1
C. … está eletrizado negativamente.
D. … pode estar eletrizado positivamente ou negativamente, dependendo da carga do eletrão.
4 onsidere que se coloca uma partícula com carga elétrica 4 ◊ 10-7 C nas proximidades de um
C Professor
corpo com carga positiva mais elevada, e que se desloca esta partícula de um ponto A para Sugestões
o ponto B dessa região. Admitindo que a força elétrica realiza um trabalho de 2 ◊ 10-3 J sobre metodológicas
a partícula, determine a diferença de potencial entre os dois pontos A e B. • Como tarefa de aula
e/ou trabalho para casa,
5 onsidere que, numa dada região do espaço, dois pontos A e B encontram-se a potenciais elétricos
C os alunos deverão resolver
diferentes. No ponto A, o potencial elétrico é de 12,0 V e em B é de 6,0 V. Determine o trabalho os exercícios de aplicação
realizado pela força elétrica para deslocar uma carga de 18 nC do ponto A até ao ponto B. dos conceitos de carga
elétrica e diferença
6 Selecione a opção que corresponde ao nome e símbolo da unidade de potencial elétrico. de potencial elétrico.
97
u2p81h3
565533 090-145.indd 97 28/05/15 14:37
2.1 Grandezas elétricas: diferença de potencial elétrico, corrente elétrica e resistência elétrica
A B
Fig. 9 orrentes elétricas transitórias: faíscas atmosféricas [A]; choque elétrico ao tocar na superfície condutora num dia
C
seco de verão [B].
98
Quando se fecha o interruptor e a corrente elétrica passa no circuito... ... a agulha magnética
roda, desviando-se da
posição inicial
9V
U2P83H1
A corrente elétrica pode ser estabelecida por diferentes tipos de par-
tículas consoante o tipo de condutor.
99
Sentido real Por uma questão de simplicidade, veja-se a situação de um fio con-
dutor Fig. 11 . Se fosse possível observar os eletrões que atravessam uma
dada secção do circuito, num dado intervalo de tempo, ver-se-ia que em
média o número de eletrões que atravessa essa secção no sentido do
Sentido convencional polo positivo é muito superior ao número de eletrões que a atravessa em
sentido contrário.
Quando a corrente elétrica não varia no tempo, diz-se que temos uma
corrente elétrica estacionária; o que significa que a quantidade de carga
(Q) que atravessa uma dada secção transversal (S) do condutor, por
unidade de tempo, é constante. Neste caso, pode definir-se intensidade
de corrente elétrica (I) como:
Q
I=
Dt
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Transporte de carga em células neuronais
Devido à elevada concentração de iões potássio (K+)
dentro de uma célula neuronal e baixa concentração
de iões sódio (Na+) fora desta, estabelece-se uma
diferença de potencial elétrico, entre o interior
e o exterior da célula. O transporte de excesso
de carga elétrica positiva entre o interior e o exterior
faz-se por ação da proteína «sódio-potássio
adenosina-trifosfatase», através da membrana. Este
mecanismo é conhecido como «bomba de sódio».
Cada bomba de sódio dos neurónios do cérebro humano pode transportar, por segundo,
até 200 iões sódio para fora da célula e 133 iões potássio para dentro da célula.
(Dado: carga elementar do protão = 1,6 ◊ 10-19 C.)
2.1 A
dmita que um pequeno neurónio possui cerca de um milhão de bombas de sódio e calcule
a quantidade de carga elétrica que atravessa a membrana desse neurónio.
2.2 Determine a intensidade da corrente elétrica que atravessa o neurónio.
DADOS:
n.º de iões sódio por segundo = 200;
Professor
SUGESTÕES
n.º de iões potássio por segundo = 133; METODOLÓGICAS
n.º de bombas de sódio por neurónio = 1 ◊ 106; • Explorar o exercício
resolvido «Transporte de
carga elementar do protão = 1,6 ◊ 10-19 C carga em células neuronais».
O aluno poderá resolver o
2.1
RESOLUÇÃO: exercício utilizando a relação
Determinar o balanço de cargas elétricas que atravessam a membrana do neurónio: de proporcionalidade direta
entre as grandezas, desde
n (iões) = 200 - 133 = 67 iões que asseguram o transporte de carga que identifique as grandezas
físicas através da escrita das
Para um milhão de bombas, tem-se: respetivas unidades.
101
de B para A.
5.2 n.º de eletrões = 7 N
a figura ao lado está representado um circuito elétrico
= 5,0 × 1019 eletrões simples. Atendendo à informação apresentada, determine 2,0 A A
6. a carga elétrica que atravessa o condutor X, x
D em 5,0 minutos.
7.
Dq = 600 C V
10,0 V
102
I II
A A
B B
A. … fazer a ligação das extremidades do fio a um voltímetro, em que a extremidade A do fio deve
ficar ligada ao polo negativo do voltímetro.
B. … fazer a ligação das extremidades do fio a uma resistência elétrica, em que a extremidade A
do fio deve ficar ligada ao polo negativo da pilha.
C. … fazer a ligação das extremidades do fio a uma pilha, estabelecendo-se uma diferença de potencial
entre as extremidades do fio, em que a extremidade A do fio deve ficar ligada ao polo positivo
da pilha. u2p87h3
D. … fazer a ligação das extremidades do fio a uma pilha, estabelecendo-se uma diferença de potencial
entre as extremidades do fio, em que a extremidade A do fio deve ficar ligada ao polo negativo
da pilha.
10 O
gráfico da figura seguinte representa a carga elétrica que atravessa uma secção transversal de um
fio metálico, em função do tempo. Selecione a opção correta.
q/C
Professor
8.
0 t1 t2 t/s 8.1 [0,6; 1,0] s
8.2 n.º de eletrões =
A. No intervalo de tempo de [0, t1] s, a intensidade de corrente elétrica que atravessa o fio é nula. = 4,4 × 1018 eletrões
103
u2p87h4
A B C
I I I
V V V
104
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre resistência elétrica
1 Na figura ao lado tem-se a representação esquemática de um circuito
simples, constituído por uma resistência de 6 X, um interruptor e +
uma fonte de tensão de 10 V. Mantendo a tensão constante, R
pretende-se diminuir para metade a intensidade de corrente elétrica -
no circuito, substituindo a resistência elétrica R por outra resistência.
De entre as seguintes resistências, selecione a que poderia ser utilizada.
A. 20 X B. 12 X C. 3 X D. 16 X
2 O gráfico ao lado representa a variação da intensidade I/A
da corrente elétrica em função da diferença de potencial 0,4
aplicada nos terminais de um condutor. Calcule, justificando, 0,3
o valor da resistência elétrica do condutor quando submetido 0,2
a uma diferença de potencial de 25 V. 0,1 u2p89h1
0 5 10 15 20 U/V
4 N
o gráfico ao lado está representada a variação da diferença
Diferença de potencial
105
LIVROMÉDIA
A B
Intensidade da corrente /A
Intensidade da corrente /A
+ +
0 0
Tempo/s Tempo/s
- -
+ A
a polaridade dos seus terminais periodicamente, tal significa que periodi-
+ camente o polo positivo passa a negativo e o polo negativo a positivo.
Tempo/s
0 Assim, quando este tipo de gerador de tensão é colocado num circuito,
isso significa que o sentido da corrente elétrica que se estabelece no
-
circuito também vai variar periodicamente, e obtém-se uma corrente elé-
-
trica alternada Fig. 14 .
+ B
Em Portugal, as tomadas elétricas das habitações fornecem uma ten-
+ +
Tempo/s são de 220 V, e a polaridade muda periodicamente a cada 0,02 s (fre-
0
quência f = 50 Hz).
- -
106
u2p90h4
565533 090-145.indd 106 13/03/15 13:50
SUBDOMÍNIO 2 Energia e fenómenos elétricos
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre corrente elétrica contínua e corrente elétrica alternada
1 Indique a diferença entre uma corrente elétrica contínua estacionária e não estacionária.
2 elativamente ao conceito de corrente elétrica contínua, assinale a opção correta.
R
A. O valor da intensidade da corrente elétrica que se estabelece no circuito mantém-se constante
ao longo do tempo.
B. Somente o sentido da corrente elétrica que se estabelece no circuito se mantém constante
ao longo do tempo.
C. O valor e o sentido da corrente elétrica que se estabelece no circuito mantêm-se constantes
ao longo do tempo.
D. Uma corrente contínua é uma corrente que está ininterruptamente a ser fornecida pelo gerador.
3 Um condutor elétrico foi submetido a um pulso de corrente elétrica, cuja variação da intensidade
da corrente elétrica em função do tempo é dada pelo gráfico seguinte.
I/A
0 1 2 3 4 5 6
Professor
t◊10-3/s
Sugestões
metodológicas
3.1 Calcule a carga elétrica que atravessa uma secção transversal do condutor durante o tempo • Como tarefa de aula e/ou
de duração desse pulso. trabalho para casa, os
3.2 Refira, justificando, se o condutor é percorrido por uma corrente contínua ou alternada. alunos deverão resolver os
exercícios de aplicação dos
4 elecione, de entre os gráficos seguintes, o(s) que pode(m) representar uma corrente contínua não
S conceitos corrente elétrica
u2p90h4 contínua e alternada.
estacionária.
AVALIAR
A C CONHECIMENTOS
I/A I/A 1.
Uma corrente contínua
é uma corrente elétrica em
que o sentido se mantém
constante. Quando é
estacionária, o valor da
intensidade de corrente
mantém-se constante
no tempo. Quando é não
estacionária, o valor da
intensidade de corrente
varia ao longo do tempo.
Tempo/s Tempo/s
2.
B D B
I/A I/A 3.
3.1 q = 0,006 C
3.2 No gráfico da figura,
a intensidade de corrente
elétrica apresenta sempre
u2p91h2 u2p91h4 valores positivos, não há
alteração de sentido, logo,
Tempo/s Tempo/s o condutor é percorrido por
uma corrente contínua.
4.
C
107
9V
Resistividade elétrica de alguns
materiais (t = 20 °C)
Material t/(X m)
Alumínio 2,8 ◊ 10-8
Cobre 1,7 ◊ 10-8 Condutor A
Chumbo 22 ◊ 10-8 ℓ
Ferro 10 ◊ 10 -8
Fig. 15 Parâmetros de que depende a resistência elétrica num fio condutor
filiforme.
Prata 1,5 ◊ 10 -8
A B C
9V 9V 9V
0 ºC 20 ºC 80 ºC
Fio de R Água + gelo Fio de R Água Fio de R Água
alumínio alumínio alumínio
109
U2P93H1 U2P93H2 U2P93H3
resistência padrão.
+
-
+
47 kX
51 kX
10 %
Tolerância 1% 2% 5 % ouro prata
+
+ 5% Multiplicador
0,01 -1 %
-
1 10 100 1000 10 000 100 000 1 000 000 0,1 ouro prata
1000 1000
3.º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0
7 1
4 5
2.º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1.º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
110
U2P94H3
EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
Relação entre a resistividade elétrica de um material e as aplicações práticas
Foi feito um estudo para investigar a variação da resistividade dos materiais A, B e C com
a temperatura. Os gráficos obtidos para cada um dos materiais foram os seguintes:
A B C
100
6 100
90
Resistividade elétrica/X m
Resistividade elétrica/10-8 X m
Resistividade elétrica/104 X m
80
70
60 4
50 10-2
40
30 2
20
10 10-4
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 -75,15 124,85 324,84 524,85 0 10 100
Temperatura/ ˚C Temperatura/ ˚C Temperatura/ ˚C
3.1 Qual dos materiais pode< ser considerado um bom condutor? Justifique a sua resposta.
3.2 Qual dos materiais não pode ser um isolador? Justifique a sua resposta.
u2p95h1 u2p95h3
3.3 Escolha um material que possa ser usado para construir um termómetro com uma
u2p95h2
escala que funcione entre 40 °C e 120 °C.
3.4 S
uponha que o comprimento e a secção do componente do material A são, respetivamente,
2,0 mm e 0,30 cm2. Determine a resistência elétrica quando t = 25 °C.
3.1
RESPOSTA:
O material que pode ser considerado um bom condutor é o B, uma vez que é aquele Professor
SUGESTÕES
que apresenta o menor valor de resistividade, e é aquele cuja resistividade aumenta METODOLÓGICAS
com a temperatura. • Explorar o exercício
resolvido «Relação entre a
3.2
RESPOSTA: resistividade elétrica de um
Só o material A apresenta valores de resistividade da ordem de grandeza esperada para material e as aplicações
práticas» de forma a concluir
os materiais conhecidos como isoladores elétricos (> 103 X m) na mesma gama que a dependência da
de temperaturas. resistência elétrica com
a temperatura é um fator
predominante na escolha
3.3
RESPOSTA:
dos materiais a utilizar no
Entre 40 °C e 120 °C, o material mais adequado será B, pois a resistividade elétrica deste quotidiano para
determinadas aplicações,
material não altera o seu comportamento neste intervalo de temperaturas. Por outro lado,
por exemplo, no termómetro.
sendo bom condutor, apresenta vantagens quando inserido num circuito elétrico.
3.4
DADOS:
ℓ = 2,0 mm; A = 0,30 cm2; t = 25 °C
RESOLUÇÃO:
A partir da leitura do gráfico extrai-se que, para t = 25 °C, o valor da resistividade do material A,
t = 20 ◊ 104 X m.
Aplicando a expressão da resistência para um condutor filiforme, obtém-se:
2,0 # 10 -3
R = 20 ◊ 104 ◊ + R = 1,3 ◊ 107 X
0,30 # 10 -4
RESPOSTA:
A resistência elétrica do material A a 25 °C é 1,3 ◊ 107 X.
111
A B
R/X R/X
0 A/cm2 0 A/cm2
C D
R/X R/X
u2p96h1 u2p96h2
Professor
Sugestões
metodológicas 0 A/cm2 0 A/cm2
• Como tarefa de aula
e/ou trabalho para casa, 3 S
elecione a opção que completa corretamente a frase seguinte.
os alunos deverão resolver O valor da resistência elétrica de um condutor óhmico não varia, se for…
os exercícios de aplicação
dos conceitos resistência A. … alterado o material de que ele é feito.
de condutores filiformes,
B. … alterado o seu comprimento.
resistividade e variação
da resistividade com
u2p96h3
C. … alterada a diferença de potencial nos terminais do condutor. u2p96h4
a temperatura.
D. … alterada a área da sua secção reta.
AVALIAR
4 U
m condutor filiforme de comprimento l e raio da secção r tem uma resistência R. Se o raio da
CONHECIMENTOS
secção duplicar e o comprimento for reduzido a metade, a resistência elétrica do fio é dada por:
1.
D R R
A. B. C. 4R D. 8R
2. 4 8
C 5 m fio, de comprimento 6 m e área de secção reta de 4 mm2, é submetido a uma diferença
U
3. de potencial de 12 V, sendo percorrido por uma intensidade de corrente elétrica de 2 A. Admita
C
que a temperatura não variou durante a experiência. Determine o valor da resistividade do material
4. de que é feito o fio.
B
5. 6 A
resistividade elétrica do alumínio à temperatura de 20 °C é 2,8 ◊ 10-8 X m. Quando um fio
t = 1,6 × 10-5 X m de alumínio de secção 4 mm2 é submetido a uma tensão de 15 V, é percorrido por uma corrente
6. de 1,5 A. Determine o comprimento do fio de alumínio.
ℓ , 1,43 × 103 m
7 um fio de comprimento 200 m e área de secção 0,5 mm2 de um material cujo valor da resistividade
N
7. é 8,0 ◊ 10-8 X m, é aplicada uma diferença de potencial de 220 V. Determine o valor da intensidade
I , 6,88 A
de corrente elétrica que percorre o fio.
112
8 Na tabela seguinte estão registadas as características de dois cabos elétricos do mesmo material.
Sabendo que a área de secção do cabo B é dupla da do cabo A, determine o valor da resistência
elétrica do cabo B.
9 Em determinadas condições, a expressão que relaciona a resistividade elétrica com a temperatura
é t = t 0 (1 + a Dt), em que t 0 é o valor da resistividade à temperatura inicial, a é o coeficiente de
temperatura da substância de que é feito o condutor e Dt é a variação de temperatura. Um condutor
de comprimento 2,0 m e área de secção 2,0 mm2 é constituído por uma substância cujo coeficiente
de temperatura é 0,0039 °C-1. À temperatura de 20 °C, o valor da resistividade é 1,2 ◊ 10-8 X m.
Calcule a resistência do condutor à temperatura de 125 °C.
10 Na tabela seguinte, estão representados os valores da resistividade, a diferentes temperaturas,
para um condutor metálico.
Temperatura/°C Resistividade/nX m
-173,15 3,38
-73,15 10,33
-26,85 13,53
126,85 24,22
226,85 31,17
326,85 38,11
373,85 45,60
10.1
Utilizando a calculadora gráfica, escreva a equação da reta que traduz a relação linear
da variação da resistividade do material com a temperatura.
10.2
Utilizando a equação obtida, calcule o valor da resistividade do metal para uma temperatura
de 25 °C.
11 Considere uma bobina de fio metálico com 0,40 mm de diâmetro e comprimento 3,0 m.
Sabendo que a resistividade elétrica do material de que é feito o fio é 5,0 × 10-7 X m, determine
o valor da diferença de potencial existente entre os terminais do fio, quando este é percorrido por
uma intensidade de corrente elétrica de 0,40 A.
12 A secção de um fio condutor de cobre, de 3,0 m de comprimento, foi atravessada pela carga elétrica
de 300 C em 2 minutos, quando nas suas extremidades se estabeleceu uma diferença de potencial
Professor
8.
de 5 V. Determine o diâmetro do fio. Use a informação da tabela da página 108.
RB = 12 X
13 Um fio de alumínio tem a resistência elétrica de 0,30 X e foi esticado uniformemente, aplicando 9.
uma força constante, de forma que o seu comprimento duplicasse e a sua secção fosse reduzida R , 1,7 × 10-2 X
a metade. Após o fio estar esticado, o valor da resistência elétrica… 10.
10.1 A equação é:
A. … mantém-se igual a 0,30 X.
t = 0,07368t + 15,54 (nX m)
B. … diminui para 0,15 X. 10.2 t , 17,4 nX m
C. … aumenta para 1,20 X. 11.
U = 4,8 V
D. … aumenta para 0,60 X.
12.
d = 0,18 mm
13.
C
113
W F e = q (UA - UB)
W F e = R I 2 Dt
114
Fig. 20 Especificação
técnica de um
aparelho elétrico.
40 6-9 400-500
60 8-12,5 650-900
75-100 > 13 1100-1750
100 16-20 > 1800
150 25-28 2780
** Fluxo luminoso é uma medida da potência da luz visível, ponderado à resposta do olho humano,
e exprime-se em lúmen (lm)
Fonte: http://eartheasy.com/live_energyeff_lighting.htm#led3
115
AVALIAR
C. […] do sistema para a vizinhança […] calor.
CONHECIMENTOS D. […] do sistema para a vizinhança […] energia elétrica.
1.
Efeito Joule. 5 D
etermine o valor da energia elétrica dissipada num condutor filiforme de resistência 200 X, quando
percorrido por uma corrente elétrica constante de 2,0 A, durante 5,0 min.
2.
B 6 U
m calorímetro constituído por um recipiente termicamente isolado ao
3. qual estão acoplados um termómetro e uma resistência elétrica pode ser
C utilizado para determinar a energia dissipada como calor na resistência
4. elétrica. No recipiente, é colocada água e liga-se a resistência a uma fonte
4.1 C
de tensão, durante um certo intervalo de tempo. A água sofre um aumento
4.2 B
4.3 C de temperatura.
5. 6.1 E
xplique o aumento de temperatura da água durante o intervalo
E = 2,4 × 105 J de tempo em que o circuito esteve fechado.
6. 6.2 N
o recipiente do calorímetro foi colocada uma dada massa
6.1 Por efeito Joule,
de uma certa substância. Ligou-se a resistência elétrica
há dissipação de energia V
na resistência elétrica, de 5 X a uma fonte de tensão constante e no circuito i/°C
que vai ser transferida estabeleceu-se uma corrente elétrica de 4 A. O gráfico 80
para a vizinhança (água + mostra a variação da temperatura em função do tempo.
+ calorímetro + termómetro) 60
Calcule o valor da energia dissipada na resistência elétrica
através de calor. A energia
como calor absorvida pela que é necessário transferir para a substância como calor 40
água, irá provocar aumento para que a temperatura varie 20 °C. u2p100h1
da sua energia interna que 20
se manifesta no aumento da
temperatura.
6.2 Edissipada = 4,0 × 104 J 0 500 1000 t/s
7.
Num segundo, 7 m fio condutor de alumínio, de resistividade elétrica 2,75 ◊ 10-8 X m, tem de comprimento 50 m
U
Ed , 5,2 × 104 J. e de área de secção 5 mm2. Determine a energia dissipada por efeito Joule quando o fio é submetido
a uma diferença de potencial de 120 V.
116 u2p100h2
e-
Sentido real
e- e-
e-
I I
+ -
Cl-
Cobre Zn2+ Zinco
H+
Cl-
Zn2+ Solução de HCl
H+ Cl-
117
U2P101H1
Eútil = U I Dt
f q = U I Dt + r I 2 Dt
118
A B
U/ V
Reóstato
f
U=frI
A
declive = r
V
I/A
Fig. 22 Circuito elétrico simples [A]; curva característica de um gerador de corrente
contínua (U = f(I)) [B].
A B
f
A r B
- + A B
119
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Determinação da resistência interna e da força eletromotriz de um gerador de tensão
Com o objetivo de determinar as características de um gerador de tensão contínua, fez-se uma
experiência usando um circuito simples, equivalente ao da figura 22A, e registaram-se os valores
medidos para a tensão elétrica nos terminais do gerador e os valores de intensidade de corrente no
circuito, que constam na tabela seguinte.
Intensidade Tensão elétrica nos
4.1 R
efira se, na medição do primeiro valor da tabela,
da corrente terminais do gerador
o interruptor do circuito estava aberto ou fechado. ! 0,1/A ! 0,01/V
Justifique a sua resposta.
0,0 1,50
4.2 R
epresente graficamente a tensão em função 0,5 1,22
da intensidade de corrente. Determine a reta
1,0 0,93
de ajuste aos pontos experimentais U = a I + b.
1,5 0,62
4.3 A partir da equação anterior, determine a força 2,0 0,31
eletromotriz (f) e a resistência interna do gerador (r).
Justifique a sua resposta.
4.4 Q
ual é o significado do valor de corrente para uma tensão de 0 V nos terminais do gerador?
4.5 Por que razão não se deve unir diretamente os polos de uma pilha com um fio condutor?
4.1
RESPOSTA:
A medição foi feita em circuito aberto (interruptor desligado), porque a intensidade da corrente
medida é nula.
Professor
SUGESTÕES 4.2
RESOLUÇÃO:
METODOLÓGICAS Utilizando a máquina de calcular gráfica, obtém-se:
• Explorar o exercício
resolvido «Determinação U = - 0,596I + 1,52
da resistência interna e
1,6
da força eletromotriz de
um gerador de tensão». 1,4
Sugere-se a utilização 1,2
Tensão/ V
120
r AVALIAR
CONHECIMENTOS
1.
Num gerador de tensão
ideal, a diferença
de potencial medida entre
Refira, justificando, o que acontece ao brilho da lâmpada se a resistência interna do gerador os seus terminais não
depende da intensidade
aumentar. de corrente fornecida,
3 L iga-se um voltímetro a uma pilha e o voltímetro marca 9 V. Seguidamente, liga-se a pilha a uma enquanto num gerador
u2p105h1
lâmpada de resistência 1 X e mede-se novamente a tensão, sendo o valor obtido inferior a 9 V.
real essa diferença
de potencial varia com
Explique a diferença entre os valores medidos para a tensão da pilha. a intensidade de corrente.
Um gerador real tem uma
4 O gráfico da figura mostra a curva característica de um gerador. resistência interna e um
4.1 Selecione a opção correta. U/V gerador ideal não. Esta leva
a perdas de energia, como
Da análise do gráfico, pode afirmar-se que: 12 calor, por efeito Joule,
A. A tensão nos terminais do gerador é constante. provocando o aumento
de temperatura no gerador.
B. A resistência interna do gerador é variável.
2.
C. A tensão nos terminais do gerador é nula para um valor Quando a resistência
de intensidade de corrente elétrica de 20 mA. elétrica interna do gerador
aumenta, a intensidade
D. O valor da força eletromotriz do gerador é 12 V.
de corrente elétrica que
2 I/A
4.2 Determine o valor da resistência interna do gerador. percorre a lâmpada
f
diminui e I = o;
5 Considere o circuito ao lado. Selecione a opção correta. ri + R
consequentemente, o
A. A resistência interna do gerador é 6 X.
10 V brilho da lâmpada também
B. A intensidade de corrente elétrica total no circuito u2p105h2 diminui.
é 1,25 A. 8X
3.
C. A força eletromotriz do gerador é igual a 2 V. 2X Quando a pilha está em
circuito aberto, a tensão
D. A tensão nos terminais da resistência de 8 X é igual medida nos seus terminais
a 8 V. é igual ao valor da força
eletromotriz U = f.
6 O gráfico seguinte representa a curva característica de um gerador não ideal. Quando se liga a pilha
Admita que se liga ao gerador uma resistência elétrica de 5 X. Calcule a intensidade da corrente a uma lâmpada,
estabelece-se no circuito
elétrica no circuito.
uma corrente elétrica, e
u2p105h3 como a pilha é um gerador
U/V não ideal, ou seja tem
resistência interna, há
10,0 dissipação de energia por
9,0 efeito Joule na resistência
8,0 interna. Assim, a tensão
7,0 nos terminais da pilha
6,0 é determinada por
5,0 U = f - ri × I, , sendo
4,0 o valor inferior a f.
3,0 4.
2,0 4.1 D
1,0 4.2 ri = 6 X
0 5.
0 2 4 6 8 10 I/A D
6.
I = 1,8 A
121
u2p95h1
565533 090-145.indd 121 28/05/15 15:03
2.6
Associações em série e em paralelo: diferença
de potencial elétrico e corrente elétrica
Professor
Sugestões metodológicas A combinação dos diferentes componentes elétricos num circuito elé-
• Rever a representação dos componentes elétricos já
trico depende da função que se pretende que o circuito desempenhe.
conhecidos do 9.º ano e/ou introduzir nova simbologia.
Fundamentalmente, tem-se dois métodos básicos de associação: em
LIVROMÉDIA
série e em paralelo.
PowerPoint
Associações em série e em paralelo: diferença Para facilitar a representação esquemática dos circuitos elétricos,
de potencial elétrico e corrente elétrica
interessa recordar alguns dos símbolos vulgarmente usados para identi-
ficar os componentes elétricos Fig. 24 .
A V
M
ligação à terra motor díodo emissor motor
de luz
122
A 4V B
A E
+ -
2A 2A
3V 1V
K1
2A
B R1 C R2 D
Fig. 25 Associação de resistências em série [A]; associação de lâmpadas de incandescência em série [B].
Supondo que cada uma das resistências é substituída por uma lâm-
pada de incandescência Fig. 25B : se uma das lâmpadas fundir, o fila-
mento deixa de estabelecer contacto elétrico e a outra lâmpada não
acende, o que é equivalente a desligar o interruptor K1. Como o circuito
fica interrompido entre os terminais do gerador, não se estabelece cor-
rente elétrica entre esses dois pontos.
A 4V B 4V
A E A E
+ - + -
2A 2A 2A 2A
3V 1V 0,5 X
Req
2A B D
R1 R2
B 1,5 X C 0,5 X D 4V
123
Professor Como a soma das tensões elétricas medidas nos terminais de cada
Sugestões metodológicas resistência é igual à tensão medida nos terminais do gerador de tensão
• Montar o circuito simples ilustrado na figura 27, com contínua, tem-se:
interruptores (abertos/fechados) em diferentes pontos
do circuito e observar a luminosidade das lâmpadas
(intercalar amperímetros e voltímetros). UAE = UBC + UCD
• Substituir as resistências utilizadas por uma de
resistência equivalente e comparar os valores obtidos U
nos amperímetros e voltímetros. Usando a definição de resistência, R =
, e sabendo que a intensi-
I
• Obter a resistência equivalente a partir da expressão
dada no manual e comparar com os resultados previstos
dade da corrente que atravessa cada uma das resistências é igual,
a partir dos valores da tensão e da corrente elétrica obtém-se:
no paralelo.
Utilizar simulações em: https://phet.colorado.edu
Req I = R1 I + R2 I
Req = R1 + R2
A 12 V B
5A 5A
2A 6X K1 K1
K2
3A 4X K2
Fig. 27 Associação de resistências em paralelo [A]; associação de lâmpadas de incandescência em paralelo [B].
124
A B
12 V 12 V
A D
5A 5A 5A 5A
I1 6X K1
B 2A C 2,4 X
B 1 I2 4X K2 C 1
Req
3A
circuito principal:
I = I1 + I2
U
e recorrendo à definição de resistência, R = , a expressão anterior
I
fica:
U AD U BC U BC
= +
R eq R1 R2
1 1 1
= +
R eq R1 R2
125
r1 f1 r2 f2
- + - +
U1 U2
U = U1 + U2
I r f
2
- +
I r f
2
- +
U U
Fig. 30 Associação de geradores de tensão contínua em paralelo.
EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
Estudo do comportamento de um circuito elétrico
L1 E
G
Observe o circuito de corrente contínua representado
L2
e responda a cada uma das questões seguintes. A C D H
B
5.1 Identifique regiões do circuito onde a resistência F
é desprezável. Justifique a sua resposta. V L3
fpilha = 3,0 V; r pilha = 1,2 X
5.2 S
uponha que nas posições C, F e G estão
G1 G2
interruptores. Selecione a opção correta. A I
5.1
RESPOSTA:
A resistência é desprezável nos fios condutores usados para ligar os diferentes
Professor
SUGESTÕES
componentes: AB, CD, DE, FH, GH e HI. METODOLÓGICAS
• Explorar a proposta
RESPOSTA: B
5.2
de resolução do exercício
resolvido «Estudo do
5.3
RESOLUÇÃO: comportamento de um
L1 é percorrida pela corrente I1 fornecida pelo gerador ao circuito. Como L2 e L3 estão circuito elétrico».
associadas em paralelo, a tensão nos seus terminais é igual (UDH) e a soma das correntes
que atravessa L2 (I2) e L3 (I3) é igual a I. Como a resistência de L2 é o dobro da resistência
1 3
de L3, então, I2 = I3. Assim, I = 3I2 e I = I3.
2 2
5.4
RESOLUÇÃO:
Como os geradores G1 e G2 estão associados em série e são iguais, então, são caracterizados por:
f pilha r pilha
fG1 = fG2 = = 1,5 V; r1 = f2 = = 0,6 X
2 2
5.5
RESOLUÇÃO:
Cálculo da tensão (U) medida no voltímetro: U = f - rpilha I + U = 3,0 - 1,2 ◊ 1,0 = 1,8 V
L2
Cálculo da resistência equivalente da associação do paralelo quando R3 = R2 = R1 = R:
L3
1 1 1 R
= + + R eq =
R eq R1 R1 2
O circuito equivalente é composto por duas resistências (associadas em série) de valores R
R
e , entre BC e DH, respetivamente. Como a intensidade da corrente que as percorre
2
é igual (1,0 A), a tensão nos terminais de R (UBC = 1,2 V) é o dobro da tensão nos terminais
R
de (UDH = 0,6 V).
2
127
- +
I4 R4 R1 I1
R3 R2
I3 I2
1.1 R
elativamente ao circuito esquematizado, selecione a opção correta.
A. As resistências R1 e R4 estão associadas em paralelo e R2 e R3 estão associadas em série.
B. As resistências R1 e R3 estão associadas em paralelo e R2 e R3 estão associadas em série.
u2p112h1
C. As resistências R1 e R2 estão associadas em paralelo e as resistências R3 e R4 estão
associadas em série.
D. Todas as resistências estão associadas em série.
1.2 E
stabeleça a relação entre os valores de intensidade de corrente elétrica representada por I, I1,
I2, I3, I4.
1.3 A
dmita que a diferença de potencial nos terminais do gerador é de 12 V e as resistências são
todas iguais. Refira o valor da tensão nos terminais de cada uma das resistências.
2 N
a figura seguinte, está a representação simbólica de um circuito elétrico simples.
Professor
Sugestões
metodológicas
• Como tarefa de aula 12 V 24 X 12 X V
e/ou trabalho para casa,
os alunos deverão resolver
os exercícios de aplicação
dos conceitos sobre
associações em série
e em paralelo.
AVALIAR 2.1 D
iga o nome dos aparelhos de medida representados no circuito e identifique a grandeza que
CONHECIMENTOS cada um mede.
1. 2.2 D
esenhe no circuito uma seta para identificar o sentido real da corrente.
1.1 D
2.3 Indique a polaridade do aparelho de medida representado por V, escrevendo os sinais +
1.2 I = I 1 = I 2 = I 3 = I 4 u2p112h2
1.3 U = 3 V ou - nos seus terminais.
2. 2.4 Indique o valor da grandeza medida no aparelho representado pela letra V. Considere
2.1 A — amperímetro;
a resistência interna do gerador desprezável.
mede a intensidade
da corrente elétrica; 3 U
ma resistência é percorrida por uma corrente elétrica de intensidade 1,5 mA, quando
V — voltímetro; mede
se estabelece nos seus terminais uma tensão de 1,5 V. Nessas condições, o valor da resistência
a diferença de potencial.
2.4 R = 12 V elétrica é:
3. A. 1 X C. 1,0 × 10 4 X
D B. 1,0 × 10-4 X D. 1,0 × 103 X
128
4 Na figura seguinte, estão representados esquematicamente três circuitos elétricos simples. O valor de
cada uma das resistências R é igual nos três circuitos e i1, i2 e i3, representam os valores das leituras
das intensidades das correntes elétricas medidas nos respetivos amperímetros.
A A A
i1 i2 i3
Quando os três circuitos são submetidos a uma mesma diferença de potencial elétrico, a relação
entre i1, i2 e i3 é:
A. i1 = i2 = i3
i1 u2p113h1 u2p113h2 u2p113h3
B. = i2 = i3
2
1
C. i1 = 2i3 =
2
i3
D. i1 = 2i2 =
2
5 onsidere os circuitos elétricos A, B e C a seguir representados. Refira o valor da intensidade
C
de corrente elétrica medido em cada um dos amperímetros.
A B
2X 2X
A1 A1
2X
I=9A I=9A
A B A A2 B
2X
A2 A3
2X 2X
A1
Professor
4.
u2p113h4
2X u2p113h5 D
5.
A. I 1 = 3 A
I2 = 6 A
I=9A B. I 1 = 3 A
A A2 A3 B I2 = 3 A
2X 2X I3 = 3 A
C. I 1 = 4,5 A
I 2 = 4,5A
I3 = 9 A
u2p113h6 129
6 N
a figura seguinte, está esquematizado um circuito elétrico constituído por três lâmpadas iguais
e uma pilha.
2,0 X
B
2,0 X
A
2,0 X
C
3,0 V
R1 = 3 X
i1
A R2 = 3 X B
A1 A2
i2
i
R3 = 6 X
i3
12 V
7.1 Indique o valor medido no voltímetro ligado aos terminais da resistência R1.
7.2 D
etermine a intensidade de corrente elétrica que percorre cada uma das resistências.
7.3 Indique os valores lidos nos amperímetros A1 e A2.
u2p114h1
Professor
6.
6.1 C
6.2 R = 1 X
7.
7.1 U = 12 V
7.2 I 1 = 4 A; I 2 = 4 A;
I3 = 2 A
7.3 I = 10 A
130
potência elétrica
A análise de qualquer circuito elétrico faz-se tendo por base dois prin- Professor
cípios fundamentais: LIVROMÉDIA
• a conservação da carga;
PowerPoint
• a conservação da energia. Conservação da energia em circuitos elétricos;
potência elétrica
Anteriormente, aplicou-se o princípio da conservação de energia a um
gerador com uma força eletromotriz, f, e uma resistência interna, r, para
determinar a energia elétrica útil que o gerador é capaz de fornecer ao
circuito, onde podem ocorrer as transformações de energia seguintes:
• elétrica " química (voltâmetro, baterias em «carga»)
• elétrica " mecânica (motores elétricos)
• elétrica " térmica (condutores)
• elétrica " luminosa (LED)
Eútil = Etérmica
U2P115H1 B
A
Como a tensão nos terminais do gerador (U) é igual à tensão nos ter- Lâmpada
de incandescência
minais da lâmpada e a intensidade da corrente (I) é igual em qualquer B
C
troço do circuito, obtém-se:
U I = R I2
131
EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
Conservação de energia num circuito elétrico
Considere o circuito representado, onde os valores A
B D
das resistências de L1 e L2 são, respetivamente, 2 X e 4 X. L1 C L2
6.1 Determine: 2V
6.2 P
reveja o que aconteceria à potência elétrica de cada uma das lâmpadas se ligadas em paralelo.
6.3 Determine a energia elétrica fornecida pela bateria ao circuito se operasse durante 1 h.
CÁLCULOS:
Como os elementos são puramente resistivos, a potência elétrica é calculada por:
P(L1) = R I 2 & P(L1) = 2 ◊ (0,33)2 , 0,22 W
P(L2) = R I 2 & P(L2) = 4 ◊ (0,33)2 , 0,44 W
RESPOSTA: A potência elétrica da lâmpada L1 é 0,22 W e a da lâmpada L2 é 0,44 W.
6.2
RESOLUÇÃO:
Ao ligar L1 e L2 em paralelo, a Req diminui e, consequentemente, aumenta a intensidade
da corrente que o gerador fornece ao circuito. Então, a potência elétrica de cada uma das
lâmpadas aumenta para a mesma tensão do gerador aplicada aos respetivos terminais.
1 1 1
Cálculo da resistência equivalente: = + + Req , 1,33 X
R eq 2 4
Cálculo da intensidade da corrente que o gerador fornece ao circuito:
U 2
I= &I= + I , 1,5 A
R eq 1,33
Cálculo da intensidade da corrente em cada uma das lâmpadas:
2 2
I = I1 + I2; I1 = = 1 A; I2 = = 0,5 A
2 4
Determinação da potência elétrica de cada uma das lâmpadas:
P(L1) = R I 2 & P(L1) = 2 ◊ 12 = 2 W
P(L2) = R I 2 & P(L2) = 4 ◊ (0,5)2 = 1 W
6.3
RESOLUÇÃO:
Por conservação de energia, a potência útil é igual à potência térmica das resistências
e é dada por:
Pútil = P(L1) + P(L2) = 0,22 + 0,44 = 0,66 W
Durante 1 h, a energia elétrica fornecida pelo gerador é:
Eútil = P ◊ Dt = 0,66 ◊ 3600 = 2376 J
132
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre conservação de energia em circuitos elétricos; potência elétrica
1 Considere o esquema ao lado, que representa o balanço energético de um gerador eletroquímico,
e responda às questões.
1.1 S
elecione a opção correta. GERADOR
GERADOR
133
u2p117h3
565533 090-145.indd 133 10/03/15 12:59
ATIVIDADES LABORATORIAIS
4.2 E
sboce a função U = f(I) de duas pilhas, uma com resistência
interna baixa e outra com resistência interna alta.
A associação, em série ou em paralelo, de geradores de tensão num circuito elétrico depende
5
da função que se pretende que o circuito desempenhe.
Conclua quanto ao valor da força eletromotriz, de uma associação de geradores de tensão iguais,
quando ligados:
u2p119h2
a) em série;
b) em paralelo.
134
135
Aparelhos de medida
Voltímetro Amperímetro
Grandeza física
Menor divisão
de leitura/unidade
Digital/analógico
Incerteza absoluta
de leitura/unidade
2 A linha média (reta mais provável) que se ajusta aos valores experimentais traduz a relação linear
que era esperada?
3 Escreva a equação de regressão que melhor se ajusta aos pontos experimentais, identificando as
grandezas físicas na equação da reta de regressão.
4 Determine, a partir da equação de regressão, o valor da força eletromotriz e da resistência interna da
pilha.
5 Compare o valor da força eletromotriz obtido a partir da equação de regressão com o valor da força
Professor eletromotriz medido diretamente nos terminais da pilha. Seja crítico quanto aos resultados obtidos.
SUGESTÕES
METODOLÓGICAS
6 Compare, de forma crítica, os valores da força eletromotriz e da resistência interna, relativos a pilhas
• Efetuar a
novas e usadas.
medição da força SUGESTÃO: Deve comparar os resultados experimentais obtidos pelos diferentes grupos.
eletromotriz da(s)
pilha(s), após 7 Conclua quanto ao valor da resistência interna de uma pilha em função do tempo de utilização.
a realização
8 Diga, justificando, em que condições uma pilha transforma mais energia, isto é, em que a pilha
dos ensaios,
e comparar com se «gasta» mais facilmente.
o valor inicialmente
9 Comente a seguinte recomendação, feita pelos fabricantes de equipamentos: «Não misture pilhas
medido.
usadas com pilhas novas, nem tipos de pilhas diferentes.»
136
PARTE IV — Saber +
A procura de pilhas e baterias, de menores dimensões e mais eficientes, levou à existência
de uma grande variedade das mesmas. Na escolha de um determinado tipo de pilha ou bateria,
para a alimentação de um equipamento, deve ter-se em
AAA Lítio AAA Alcalina
consideração, a tensão que deverá ser mantida no circuito durante
o tempo de funcionamento do mesmo. 1,6
A forma como esta tensão se mantém durante a vida útil da pilha 1,4
Tensão/ V
ou bateria pode, no entanto, variar e isso pode afetar o desempenho
do equipamento. Tal como representado na figura, diferentes tipos 1,2
de pilha possuem características de descarga diferentes. Por 1,0
exemplo, a curva típica de descarga de uma pilha de lítio, mostra
que a tensão se mantém estável por um longo período. 0,8
0 6 12 18 24 30
Vida útil/h
1 ilhas e baterias são exemplos de geradores eletroquímicos
P
utilizados em larga escala no dia a dia. Responda às questões I = 50 mA; t = 21 °C
seguintes.
1.1 O
que é um gerador eletroquímico?
1.2 E
xistem à venda pilhas/baterias não recarregáveis (gerador primário) e recarregáveis (gerador
Professor
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
secundário). Faça uma pesquisa sobre o que as distingue e dê exemplos.
• Explorar as questões,
1.3 E
stes geradores são exemplos de geradores não ideais. Justifique esta afirmação com base permitindo a interligação de
no efeito provocado na tensão, quando montados num circuito elétrico. u2p121h1 conteúdos, como forma de
promoção e consolidação das
2O circuito interno de alguns equipamentos impede que o equipamento funcione quando a tensão aprendizagens.
na pilha está abaixo de um determinado valor (tensão de corte).
De acordo com a informação disponível, refira:
a) o tipo de pilha a adquirir, alcalina ou
de lítio, para equipar um microfone sem Equipamento Microfone s/ fios Leitor MP3
fios que se pretende a funcionar em Classificação das pilhas AAA AAA
contínuo durante 20 horas;
N.º de pilhas 1 1
b) o tempo máximo de utilização do leitor
de MP3, sabendo que está equipado Tensão de corte/V 1,25 1,12
com uma pilha AAA alcalina.
3 Comente a seguinte afirmação: Quanto mais elevada for a tensão de corte de funcionamento de um
equipamento, mais curta será a vida útil da pilha ou bateria usada para alimentá-lo.
4As figuras seguintes permitem comparar as curvas de descarga e a resistência interna de dois tipos
de pilhas com a sua utilização.
O que pode concluir quanto à variação da tensão e da resistência interna de cada tipo de pilha com
a sua utilização?
Resistência/ X
Tensão/ V
Tensão/ V
u2p121h2 137
Professor m corpo adquire carga elétrica positiva quando passa a existir no corpo uma deficiência de eletrões
• U
relativamente aos protões.
LIVROMÉDIA
m corpo adquire carga elétrica negativa quando passa a existir no corpo um excesso de eletrões
• U
relativamente aos protões.
Fichas de trabalho
n.º 3 e 4
valor absoluto da carga elétrica de um corpo corresponde a um número inteiro a multiplicar pelo
• O
Energia e fenómenos valor da unidade elementar de carga elétrica (e = 1,601 × 10-19).
elétricos
Ficha de avaliação
n.º 2 Q = n × 1,601 × 10-19
Energia e fenómenos
elétricos
capacidade que um dado material tem de transferir o seu excesso de carga permite distinguir entre
• A
materiais condutores elétricos e isoladores elétricos.
efine-se diferença de potencial elétrico entre A e B (tensão), UA - UB, como o trabalho realizado
• D
pela força elétrica _WF i para deslocar uma carga unitária positiva (q) de uma região A, de potencial
e
WF e
UA - UB = q
corrente elétrica é um movimento ordenado de carga elétrica num condutor, quando o mesmo está
• A
sujeito a uma diferença de potencial elétrico.
corrente elétrica pode resultar do movimento de diferentes tipos de partículas. Num condutor
• A
sólido metálico, as cargas móveis são eletrões; num condutor eletrolítico, são iões; num condutor
gasoso ionizado (plasma), são iões e eletrões.
ma corrente elétrica estacionária é uma corrente que não varia no tempo. Neste caso, a quantidade
• U
de carga (Q) que atravessa uma dada secção transversal (A) do condutor, por unidade de tempo, é
constante e igual à intensidade da corrente elétrica.
Q
I=
Tt
ma corrente elétrica contínua é uma corrente elétrica em que o sentido se mantém constante
• U
porque esta estabelece-se num circuito elétrico em que o gerador de tensão mantém constante a
polaridade nos seus terminais.
ma corrente elétrica alternada é uma corrente em que o sentido varia periodicamente porque esta
• U
se estabelece num circuito elétrico em que o gerador de tensão varia periodicamente a polaridade
nos seus terminais.
resistência elétrica é uma propriedade macroscópica característica de um condutor que traduz a
• A
oposição do material ao transporte de carga elétrica. Determina a intensidade da corrente (I) que
percorre o condutor quando é aplicada uma diferença de potencial (U) nos seus terminais.
U
R=
I
relação anterior define a Lei de Ohm, que pode ser enunciada dizendo que a resistência de um
• A
condutor é constante, qualquer que seja a diferença de potencial aplicada.
resistência de um condutor filiforme é diretamente proporcional à resistividade elétrica do material
• A
que o constitui (t), diretamente proporcional ao comprimento do fio condutor (ℓ) e inversamente
proporcional à secção transversal (A).
ℓl
R=t
A
138
• Um material é tanto melhor condutor quanto menor for o valor da sua resistividade.
efeito Joule está associado à transformação de energia elétrica em térmica (energia dissipada) na
• O
resistência dos componentes elétricos e eletrónicos. Por menor que seja esta resistência interna, tem-
-se sempre uma percentagem de energia elétrica transformada em térmica, a qual é transferida como
calor para a vizinhança.
um díodo emissor de luz (LED), a transformação de energia elétrica em térmica é muito pequena,
• N
pelo facto de o efeito Joule ser reduzido nestes componentes. Assim, a conversão de energia elétrica
em luminosa é muito mais eficiente que numa lâmpada de incandescência.
m gerador de tensão contínua estabelece no circuito uma diferença de potencial contínua que dá
• U
origem a uma corrente elétrica contínua e a sua função é manter o fornecimento de energia elétrica
no circuito. Os geradores de tensão contínua têm associada uma resistência interna (r), que é carac-
terística do gerador.
• Designa-se por força eletromotriz (f) a energia, por unidade de carga, que o gerador transforma de
uma forma de energia não elétrica em elétrica. Este valor mede-se nos terminais do gerador, com um
voltímetro, em circuito aberto (l = 0 A).
Ee
f= q
energia elétrica que o gerador fornece ao circuito num intervalo de tempo (Dt) designa-se por
• A
energia útil.
Eútil = U I Dt
tensão nos terminais do gerador de tensão contínua (U), de resistência interna (r) e força eletro-
• A
motriz (f), relaciona-se com a corrente no circuito externo (I) pela expressão:
U=f-rI
Req = R1 + R2 + …
1 1 1
= + +…
Req R1 R2
139
30
Fe
25
Rb Os
20
Ir
p × 108/X m
Co Na
15 Rh
10 Mg
Au
5 Cu
Ag
0
-273 -200 -100 0 100 200 300 400 500
Temperatura/ ˚C
140
u2p122h2
a temperaturas próximas
40
Potência luminosa/10-3 W
141
na resistência elétrica, condutor quando este é percorrido por uma intensidade 400
para uma tensão constante de corrente elétrica de 10 A.
300
é inversamente proporcional
ao valor da resistência 200
U2
elétrica: P = . 100
R
Quanto menor for a 0
resistência elétrica (menor 0 2 4 6 8 10
comprimento do condutor), Corrente elétrica/A
maior é a potência dissipada.
6.2 R = 22 X 8 O
gráfico ao lado traduz a variação 1200
7. da energia dissipada em função do tempo,
P = 6,25 × 102 = 625 W 1000
para um condutor óhmico, percorrido
8. por uma intensidade de corrente elétrica 800
8.1 A equação da reta
de 2 A. u2p124h4
representada no gráfico é:
E/J
600
Ed = R I 2 Dt 8.1 R
efira o significado físico do declive
Assim o declive da reta da reta. 400
representa o produto da
resistência elétrica pelo 8.2 C
alcule o valor da diferença 200
quadrado da intensidade de potencial aplicada nos terminais
de corrente elétrica que 0
do condutor. 0 10 20 30 40 50 60
percorre o condutor (R I 2). t/s
8.2 R = 5 X; U = 10 V
142
f = 12 V
r=1X
u2p126h1 143
13 P
retende-se fazer uma montagem elétrica com uma lâmpada de incandescência que possa ter
diferentes intensidades luminosas. Uma forma de conseguir este objetivo é fazer a montagem
do circuito representado, em que um cursor pode ser ligado no ponto A ou no ponto B do circuito.
f = 110 V
A
Ch
A B
10 X 10 X
13.1
Quando se muda a posição do cursor de A para B, a resistência total ou equivalente
Professor do circuito aumenta ou diminui? Justifique a sua resposta.
13. 13.2
Admita que o cursor se encontra ligado na posição A. A diferença de potencial nos terminais
13.1 Quando se muda u2p126h2
de cada uma das resistências de 10 X será igual ou diferente? Justifique a sua resposta.
o cursor da posição A para
a B, apenas fica em circuito 13.3
Quando se muda o cursor da posição B para a posição A, o brilho da lâmpada aumenta ou
uma das resistências diminui? Justifique a sua resposta.
de 10 X e lâmpada
associadas em série. 13.4
Admita que o gerador não é ideal e que tem uma resistência interna de 2 X e, quando
Como diminui o número o cursor está na posição B, a intensidade de corrente elétrica no circuito é 2 A.
de resistências associadas
13.4.1 Calcule a diferença de potencial nos terminais do gerador e da resistência de 10 X.
em série, a resistência total
ou equivalente diminui. 13.4.2 C
onsidere que o circuito está ligado durante 30 minutos. Calcule a energia dissipada
13.2 A tensão nos terminais no gerador.
de cada uma das
resistências é calculada por: 13.4.3 Calcule o valor da potência dissipada na lâmpada.
U = R I. 13.4.4 D
etermine o número de eletrões que atravessam o filamento da lâmpada durante
Como as resistências têm
30 minutos.
igual valor e estão
associadas em série, a Dados: Carga do eletrão: e = -1,6 ◊ 10-19 C.
intensidade de corrente
elétrica que percorre cada
14 U
ma lâmpada de incandescência é constituída por um fio de resistência R
uma das resistências é igual, (filamento), no interior de um bolbo de vidro, no qual se faz vácuo. R
assim, a diferença de Quando, no circuito elétrico, se estabelece uma corrente elétrica, no
potencial nos terminais de i
filamento da lâmpada há dissipação de energia por efeito Joule. A energia
cada uma das resistências
também será igual.
elétrica transformada em térmica no filamento faz aumentar a sua
temperatura, até este ficar incandescente e emitir luz. i metal
13.3 Quando se muda
o cursor da posição B para 14.1
Selecione o esquema que tem a lâmpada incandescente i isolante
a posição A, associa-se mais metal
uma resistência em série. corretamente ligada a uma pilha.
A resistência total do circuito
aumenta. A B
Como não se muda a fonte,
a tensão aplicada no circuito u2p127h1
mantém-se. Como a
resistência elétrica aumenta,
a intensidade de corrente
elétrica que percorre o
circuito diminui. O brilho da
lâmpada será menor, pois o
brilho depende da intensidade
de corrente elétrica. C D
13.4 13.4.1
Ugerador = 106 V;
Uresistência = 20 V
13.4.2 E = 1,44 × 104 J
13.4.3 Pd = 172 W
13.4.4 ne = 2,25 × 1022
eletrões
u2p127h2 u2p127h3
144
14.2
Considere que a resistência elétrica do filamento de uma lâmpada é 240 X e que está ligada
a uma tensão de 220 V. Calcule o valor da potência dissipada no filamento.
14.3
Considere que tem agora uma lâmpada incandescente com um filamento do mesmo material
e com a mesma secção, mas com resistência elétrica de 480 X.
14.3.1 Q
ue alteração sofreu o filamento da lâmpada para que a resistência elétrica
aumentasse para 480 X?
14.3.2 P
ara a mesma tensão aplicada, a potência dissipada nesta lâmpada será maior ou
menor do que na lâmpada anterior? Justifique a sua resposta.
15 Dois fios, um de cobre com resistividade 1,7 ◊ 10-8 X m e outro de alumínio com resistividade
2,8 ◊ 10-8 X m, têm o mesmo comprimento e o mesmo diâmetro.
15.1
Selecione a opção correta, admitindo que ambos os fios são percorridos pela mesma
intensidade de corrente elétrica.
A. A
s resistências dos dois fios são iguais.
B. A
diferença de potencial entre as extremidades do fio é menor no fio de cobre.
Professor
14.
C. O
fio de cobre fica submetido a uma tensão maior do que o fio de alumínio. 14.1 C
14.2 P = 2,02 × 102 W
D. A
perda de energia pelo efeito Joule é menor no fio de alumínio.
14.3 14.3.1 Duplicar
15.2
Calcule o valor da potência dissipada num fio de cobre com o comprimento de 120 m e área o comprimento do
da secção transversal de 0,50 mm2, quando é estabelecida uma diferença de potencial filamento, uma vez que se
manteve constante
de 100 V nas suas extremidades.
o material e a secção.
16 Na figura, está esquematizado um circuito elétrico constituído 14.3.2 A potência
dissipada é calculada por:
por um gerador com resistência interna ri ligado a uma ri f P = U I.
resistência de 12 X. Quando a intensidade de corrente Neste caso a tensão é
elétrica que percorre o circuito é 2 A, o rendimento do gerador 12 X constante, mas como a
é 80 %. Calcule o valor da resistência interna do gerador. resistência aumenta, I
diminui, pois são grandezas
17 O gráfico seguinte representa a diferença de potencial nos terminais de uma bateria, em função inversamente proporcionais.
da intensidade de corrente que a percorre. Conclui-se que a potência
U/ V dissipada na resistência
17.1
Selecione a opção que completa corretamente 12 diminui com o aumento
a frase seguinte: 10 u2p127h6 do valor da resistência.
O valor da força eletromotriz desta bateria é […], 8 15.
e a sua resistência interna tem o valor de […] 15.1 B
6 15.2 P = 2,45 ◊ 103 W
A. […] 16 V […] 0,5 X. 4 16.
B. […] 12 V […] 0,5 X. 2 ri = 3 X
C. […] 12 V […] 0,75 X. 0 17.
0 4,0 8,0 12 16 I/A 17.1 B
D. […] 16 V […] 0,75 X.
17.2 I = 24 A
17.2
Calcule o valor máximo da intensidade de corrente elétrica no circuito gerador. 17.3 17.3.1 Analisando
o gráfico da curva
17.3
Considere que a bateria foi utilizada para característica do gerador,
fornecer energia elétrica a um circuito com três R verifica-se que, para uma
resistências óhmicas iguais, associadas tal
A u2p128h1 B
tensão de 6 V, a intensidade
como mostra a figura. de corrente elétrica no
R circuito é 12 A. Como
17.3.1 R
efira, justificando, o valor da as três resistências têm
intensidade de corrente elétrica que o mesmo valor, então,
percorre cada uma das resistências, R a intensidade de corrente
elétrica que percorre cada
quando a diferença de potencial nos uma das resistências é
terminais da bateria for de 6 V. igual. Como há conservação
17.3.2
Calcule o valor de cada uma das de carga elétrica, conclui-se
ri f que a intensidade de corrente
resistências, R. elétrica em cada resistência
12
17.3.3
Calcule o valor da energia elétrica fornecida pela bateria (Eútil) ao circuito, quando é é: I = = 4 A.
3
estabelecida uma diferença de potencial nos seus terminais de 6 V, e considerando 17.3.2 R = 1,5 X
que o circuito esteve ligado durante 2 minutos. 17.3.3 Eútil = 8,64 × 103 J
u2p128h2
145
ENERGIA, FENÓMENOS
TÉRMICOS E RADIAÇÃO
146
Professor
LIVROMÉDIA
Aplicação «+Física»
Energia, fenómenos térmicos
e radiação
Planos de aula
do subdomínio 3:
Energia, fenómenos térmicos
e radiação
Atividades interativas
Ligações de interesse
para o Subdomínio 3
147
rso
Para que se compreenda o que acontece à energia de um sistema, é
ve
ni Vizinhança necessário definir sistema e identificar a(s) vizinhança(s) do sistema
U
Fronte Fig. 1 .
ira
Massa/ Sistema a Massa/
/Energia Front
eira ronte
ir /Energia Um sistema é a porção do universo que se pretende estudar e a sua
F
vizinhança é a restante parte do universo que rodeia o sistema e que
so com ele pode interatuar.
iv
er
V izi n h a n ç a
Un
Fig. 1 epresentação de um
R
sistema interagindo com 3.1.2 Sistema isolado
a vizinhança.
O sistema pode trocar energia e matéria com a vizinhança através
das fronteiras, que podem ser reais ou imaginárias.
U3P120H1
Um sistema diz-se aberto quando, através das suas fronteiras, podem
ocorrer trocas de energia e de matéria com a vizinhança Fig. 2A .
LIVROMÉDIA
Num sistema isolado, a quantidade de energia não varia com o
PowerPoint
Sistema, fronteira e vizinhança; sistema isolado; tempo, ou seja, permanece constante.
sistema termodinâmico O universo (vizinhança + sistema) é um sistema isolado.
148
Recetor (água)
Ef Vizinhança
Fonte (gás)
Universo
Fig. 3 ransferências de energia no processo de aquecimento de água.
T
No universo (fonte, recetor e vizinhança), a energia mantém-se constante.
149
A sensação de quente e frio não pode ser usada para avaliar a tempe-
ratura de um corpo, uma vez que é possível experienciar a sensação de
quente e de frio mesmo que a temperatura dos corpos seja a mesma.
Fig. 4 Igual quantidade
de um gás monoatómico
(porU3P122H2
exemplo, hélio) Veja-se a situação apresentada na figura 5, em que uma pessoa pega
a diferentes temperaturas. em gelo com uma das mãos e depois mergulha ambas as mãos num
mesmo recipiente com água. A mão que pegou no gelo transmite a infor-
Professor mação de que a água está a uma temperatura superior ao valor atribuído
Sugestões metodológicas pela outra mão, contudo, a água do recipiente está toda à mesma tem-
• Explorar a situação apresentada na figura 4, que peratura.
descreve a experiência sugerida por John Locke em
1690, discutindo os seguintes tópicos:
— temperaturas iniciais das mãos;
— sentido das transferências de energia que ocorrem
entre as mãos e a água; Esta água está Ups! Deste lado
— identificação das fontes e dos recetores; quentíssima não está quente.
— temperaturas finais das mãos/sistema; deste lado.
— significado de equilíbrio térmico;
— lei Zero da Termodinâmica;
— utilização do termómetro como o instrumento
de medição da temperatura.
Gelo
• Recordar, à luz do modelo cinético-corpuscular, que
a energia cinética média das partículas é uma parcela
que contribui para a energia interna; relacionar
a variação da temperatura do sistema com
o aumento/diminuição da energia cinética média.
Fig. 5 xperiência sugerida por John Locke em 1690, que demonstrava
E
a impossibilidade de usar o tato para medir a temperatura de um corpo.
LIVROMÉDIA
U3P122H1
PowerPoint
Temperatura, equilíbrio térmico e escalas de temperatura
No entanto, ao fim de algum tempo, ambas as mãos registarão a
mesma sensação de temperatura e diz-se que estão em equilíbrio tér-
mico com a água que está no recipiente.
150
A propriedade termométrica tem de ser adequada à gama de tempe- Fig. 6 Anders Celsius
raturas em que se pretende construir o termómetro e a escala é construí- (1701-1744).
da a partir do equilíbrio térmico que se estabelece quando esta proprie-
dade se mantém constante ao longo do tempo.
Professor
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Anders Celsius Fig. 6 verificou que o volume de uma coluna de mer-
• Discutir com os alunos a construção de uma escala
cúrio era sempre o mesmo quando mergulhado em gelo fundente e em termométrica e a relação entre escalas termométricas, tendo por
água em ebulição, à pressão normal (1 atmosfera), tendo dividido o base a seguinte informação:
a) Identificação do parâmetro termométrico e conhecimento da
espaço entre os níveis da coluna de mercúrio em 100 partes iguais sua dependência com a temperatura. Quando este parâmetro se
Fig. 7 . O cientista atribuiu arbitrariamente os valores de: mantém constante, significa que o sistema está em equilíbrio
térmico;
• 0 °C para a temperatura da água líquida que coexiste em equilíbrio b) Escolha do sistema (termodinamicamente estável) para
com água sólida (temperatura de fusão); estabelecer a escala termométrica;
c) Por uma questão de simplicidade de construção da escala,
• 100 °C para a temperatura da água líquida que coexiste em equilí- procuram-se as propriedades termométricas, X, como, por exemplo,
brio com o seu vapor (temperatura de ebulição). o comprimento de um fio metálico, que variem linearmente com a
temperatura no intervalo de temperaturas considerado, o que
matematicamente se traduz pela equação de uma reta dada por:
y = ax + b
em que T:(y) é a variável dependente e o comprimento do fio L:(x)
100 ºC a variável independente.
Assim, pode escrever-se:
T = aL + b
72 Se o fio for o mesmo, independentemente da temperatura a que
100 ºC
71 se encontra inicialmente, espera-se que dois valores diferentes
100 Um grau de comprimento, LA e LB do mesmo fio, correspondam a duas
partes Celsius (ºC) temperaturas diferentes, que se relacionam por:
iguais TA aL A + b
=
TB aL B + b
0 ºC • Estabelecer a escala consiste em determinar as constante a e b.
Para isso, é necessário escolher dois valores arbitrários de
temperatura TA e TB.
0 ºC
TB
Fig. 7 A escala Celsius é uma escala com 100 divisões, onde 1 °C = 1/100.
U3P123H2
U
U3
3P123H
3P
3P123H
P123H2
2 U3P123H3
U3P123H1
Escala
TA termométrica
LA LB linear.
Situações de equilíbrio térmico permitem estabelecer escalas de
Assim, a partir deste momento, podem estabelecer-se diferentes
temperatura. A escala Celsius foi construída tomando como tem-
escalas para a temperatura, tais como a escala Celsius.
peraturas de referência a do gelo fundente e a da água em ebuli- Propor aos alunos como trabalho prático: «Faz o teu próprio
termómetro.»
ção, à pressão de 1 atmosfera.
151
LP3p151h1
565533 146-183.indd 151 10/03/15 13:09
3.2 Temperatura, equilíbrio térmico e escalas de temperatura
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1
Construção de uma escala de temperaturas
Uma equipa de biólogos observou que a taxa
N (n.º de vezes
do canto de grilos de uma determinada espécie Hora
t/°C ! 0,5 que os grilos
de registo/h
Professor estava relacionada com a temperatura ambiente. cantam)/min
SUGESTÕES A tabela ao lado traduz os resultados obtidos após
19:00 21,0 121
METODOLÓGICAS a realização de várias medições das 19 horas
• Analisar o exercício 20:00 20,5 114
resolvido «Construção
à 1 hora.
21:00 20,0 108
de uma escala de
1.1 Utilizando a máquina gráfica, faça a representação
temperaturas» e 22:00 19,0 96
discutir a proposta de gráfica do número de vezes que os grilos cantam
resolução apresentada. 23:00 18,0 84
por minuto em função da temperatura.
24:00 16,0 60
1.2 A partir da observação gráfica, o que conclui
01:00 15,0 48
quanto à relação de linearidade das grandezas
representadas?
1.3 R
efira se as medições efetuadas lhe permitem estabelecer uma escala termométrica. Justifique
a sua resposta, identificando a grandeza termométrica.
1.4 A partir do gráfico obtido, escreva a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores
registados na tabela.
1.5 S
upondo que a relação se mantém até de madrugada, estime a temperatura a que os grilos
deixaram de cantar.
1.1
RESOLUÇÃO:
140
N.º de vezes que os grilos
120
cantam (N)/min
100
80
60
40
20
15 17 19 21
Temperatura (t)/ºC
1.2
RESOLUÇÃO:
U3P124H1
As grandezas representadas têm uma dependência linear, pois obedecem a uma relação
do tipo: y = ax + b
1.3
RESOLUÇÃO:
Sim, porque as grandezas em estudo, temperatura e número de vezes do canto
do grilo, variam linearmente, sendo a grandeza termométrica o número de vezes do canto
do grilo.
1.4
RESOLUÇÃO:
A equação da reta é dada por: N = 12,0 t - 132
1.5
RESOLUÇÃO:
Substituindo na equação N por 0, obtém-se t = 11,0 °C.
152
Guillaume Amontons Fig. 8 parece ter sido quem pela primeira vez
formulou o conceito de mínimo de temperatura (zero absoluto). Um
século depois, os investigadores Jaques Charles e Gay-Lussac consegui-
ram prever com mais rigor o valor correspondente ao zero absoluto na
escala Celsius.
Experiências de Jaques Charles e Gay-Lussac
0 ºC Patm 25 ºC Patm
Gás Gás
V/cm3
ar
-273,15 0 t/ºC
Fig. 9 ariação do volume de ar com a temperatura, à pressão atmosférica
V
(1 atmosfera).
U3P125H2
153
154
EXERCÍCIO RESOLVIDO 2
Conversão de unidades de temperatura entre as escalas Celsius e Kelvin
A estação russa de Vostok, na Antártida, registou no dia
21 de julho de 1983 a temperatura de -89,2 °C, tendo
sido o menor valor medido à superfície da Terra até
2010. A 10 de agosto de 2010 obteve-se um mínimo
recorde de temperatura da Terra, com o registo do valor
de 93,2 °C abaixo de zero.
2.1 Determine o valor das temperaturas mínimas
registadas em 1983 e em 2010 na escala
Kelvin.
2.2 Determine a diferença entre as temperaturas mínimas registadas em 1983 e em 2010:
a) em graus Celsius;
b) em kelvin.
2.1
DADOS:
t1983 = -89,2 °C; t2010 = -93,2 °C
RESOLUÇÃO:
Utilizando a expressão que estabelece a relação entre a escala Celsius e a escala absoluta
de temperatura:
Para o ano de 1983: T/K = t/°C + 273,15 = -89,2 + 273,15 = 183,95 K
T = 184,0 K
Para o ano de 2010: T/K = t/°C + 273,15 = -93,2 + 273,15 = 179,95 K
T = 180,0 K
Professor
2
.2
DADOS: SUGESTÕES METODOLÓGICAS
t1983 = -89,2 °C; t2010 = -93,2 °C; T1983 = 184,0 K; T2010 = 180,0 K • Analisar o exercício resolvido «Conversão
de unidades de temperatura entre as escalas
RESOLUÇÃO: Celsius e Kelvin», reforçando a ideia de que,
como a unidade na escala Kelvin é igual
a) Dt = t2010 - t1983 = -93,2 - (-89,2) = -4,0 °C à unidade na escala Celsius, então,
Di/°C = DT/K.
b) DT = T2010 - T1983 = 179,95 - 183,95 = -4,00 K
1.2.1 RESOLUÇÃO:
Os valores obtidos para uma diferença de temperaturas têm igual valor numérico quando
expressos nas duas escalas. Como a unidade na escala Kelvin é igual à unidade na escala
Celsius, então, Dt/°C = DT/K.
2
.3
RESOLUÇÃO:
9
t/°F = × (-93,2) + 32 = -136,76 °F
5
RESPOSTA:
A temperatura mínima registada hoje, dia 10 de agosto de 2010, foi de -136,76 °F.
155
156
8 Quem entra no mundo da aquariofilia sabe que é importante manter a água a uma temperatura ideal.
Selecione a opção que permite calcular, na unidade do Sistema Internacional, a temperatura do
aquário, sabendo que este se encontra a 27 °C.
A. T = 27 - 273,15 K
B. T = 27 + 273,15 K Professor
273,15
C. T = K 6.
27 B
D. T = 273,15 - 27 K 7.
a) 254,75; b) -183,00;
9 Um investigador, ao fazer a medição da temperatura de um determinado sistema, obteve o valor c) 43,00; d) 455,15;
-250. O termómetro utilizado pelo investigador pode estar graduado na escala Kelvin? e) -130,00; f) 309,25
Justifique a sua resposta. 8.
B
10 A amplitude térmica máxima medida numa cidade à beira-mar foi de 18 °C. Na escala absoluta de
9.
temperatura, que valor representaria essa variação de temperatura? Justifique, começando por definir
Não. A escala de Kelvin não
amplitude térmica. apresenta valores negativos.
11 N
a figura seguinte, estão representados três copos contendo água. Em cada um dos copos foi 10.
colocado um termómetro e fez-se a leitura da temperatura da água. A amplitude térmica
é a diferença entre a
temperatura mais elevada
e a temperatura mais baixa
25 ºC 25 ºC 25 ºC registada.
DT = 18 K (uma vez que
os valores obtidos para uma
diferença de temperaturas
têm igual valor numérico
quando expressos nas duas
escalas Dt/°C = DT/K).
11.
A B C 11.1 A energia cinética
média das partículas em
cada um dos sistemas é
Copos contendo água à mesma temperatura, mas com diferentes massas.
igual, uma vez que se
11.1 U3P129H1
Como se compara a energia cinética média das partículas em cada um dos sistemas «copo
encontram todos à mesma
temperatura.
de água A», «copo de água B» e «copo de água C»? 11.2 O copo que apresenta
11.2
Qual dos copos tem maior energia interna? Justifique a sua resposta. maior energia interna é o
copo C, uma vez que tem
maior quantidade de
matéria.
157
LIVROMÉDIA
Calor é, então, uma energia que está a ser transferida esponta-
PowerPoint neamente entre sistemas, a diferentes temperaturas.
Calor como medida da energia transferida entre sistemas
a diferentes temperaturas
158
EXERCÍCIO RESOLVIDO 3
Descrição da experiência de Thompson
Leia o texto seguinte, que apresenta uma breve descrição das experiências realizadas por Thompson
para contestar a teoria do calórico.
enjamin Thompson, tendo acesso às melhores balanças
B
da Europa e supervisionando o trabalho de calibração de
canhões numa fábrica em Munique (1978), preocupou-se
com o peso do calor, uma vez que se admitia que o calor
era um fluido, calórico, que era transferido entre os Reprodução do «canhão de perfuração»
corpos. Todas as medições que efetuou de massa utilizado por Thompson para medir a quantidade
de calor obtida por fricção.
mostraram que o facto de os corpos estarem quentes ou
frios não tinha influência no respetivo peso. Realizou ainda um conjunto de experiências com perfuração
de maquinaria em metal, mergulhados em água. Das várias experiências que realizou, observou que, ao
perfurar os metais com uma broca, o metal e as lascas resultantes aqueciam de igual modo, apesar
destas últimas terem menor massa; a água onde estava mergulhado o metal aumentava de temperatura.
Segundo a teoria do calórico, ao perfurar o metal, este perderia calórico, no entanto, as lascas tinham
uma massa muito pequena para que fosse possível atribuir-lhes as variações de temperatura observadas.
Ao medir o então designado calor específico das lascas e do metal, Thompson constatou ainda que os
valores eram iguais. Observou ainda que, contrariamente ao que a teoria do calórico previa, a utilização
de uma broca mais fina transferia menos calórico, ainda que perfurasse mais facilmente o metal; e que
no caso da broca cega, esta aquecia mais apesar da perfuração ser mais difícil. Observou ainda que, por
fricção de superfícies metálicas se libertava um constante fluxo de calor, que parecia não terminar. Estas
observações levaram Thompson a colocar as seguintes questões:
De onde vem o fluxo de calor? Do ar? Ou pela água que envolvia a maquinaria que utilizou nas várias
experiências?
Adaptado da tese de mestrado de Ruth Schmitz de Castro,
Instituto de Física e Faculdade de Educação, da Universidade de São Paulo, Brasil
(Continua)
159
(Continuação)
3.1 Enumere as razões, mencionadas no texto, que levaram Thompson a concluir que o calor não
poderia ser considerado uma substância (calórico), mas sim uma energia.
3.2 R
efira a razão pela qual Thompson concluiu que o calor não poderia vir:
a) do ar; b) da água.
3.3 S
elecione a opção que completa corretamente a frase seguinte.
Com esta experiência, Benjamin Thompson concluiu que…
A. … o calor é um fluxo de calórico. C. … o calórico é transferido por fricção.
3.1
RESOLUÇÃO:
Tendo em conta os resultados experimentais relatados no texto, conclui-se que:
• o calor não era uma substância, porque as medições de massa efetuadas mostraram que
o facto de os corpos estarem quentes ou frios não influenciava os seus pesos;
• o calor não era uma substância, porque as variações da temperatura da água com lascas
ou metais eram iguais;
• o calor era uma energia produzida por fricção — o calor não pode ser atribuído a uma
libertação de calórico pelas lascas e pelo metal — então, o calor seria energia;
• o calor seria uma energia, pois por fricção de superfícies metálicas libertava-se continuamente
um fluxo de calor constante.
3
.2
RESOLUÇÃO:
a) As peças estão mergulhadas em água, não estando em contacto com o ar.
b) A água aquece quando a peça de metal está mergulhada, por isso, a água recebe calor
e não cede calor.
3
.3
RESPOSTA:
B
3
.4
RESOLUÇÃO:
As experiências realizadas por Thompson permitiram refutar a ideia de que o calor é uma
substância e identificar o processo de fricção como uma fonte geradora de energia, concluindo,
assim, que o calor seria uma energia.
Historicamente, como não se sabia que o calor era uma energia, defi-
niu-se uma unidade para o quantificar. Essa unidade designada por calo-
ria foi definida, originalmente, como o calor necessário para elevar em
1 °C a temperatura de 1 g de água entre 14,5 °C e 15,5 °C. Hoje, sabe-se
Professor que o calor é uma energia que está em transferência entre sistemas a
Sugestões metodológicas
diferentes temperaturas.
• Analisar e discutir o exercício resolvido «Descrição
da experiência de Thompson», enfatizando:
— a descrição da experiência de Thompson; Foi James Prescott Joule Fig. 14 quem veio a verificar experimental-
— o contributo da experiência para o reconhecimento mente a equivalência entre uma energia transferida como trabalho (W) e
de que o calor é energia.
como calor (Q).
160
161
Professor
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
A experiência de Joule interpreta, assim, o aumento da energia interna
• Fazer a demonstração experimental descrita no manual na figura 16: como resultado do trabalho (W) realizado sobre o sistema e permite con-
— Material necessário: 1 tubo de cartão com 40 cm, esferas de cluir que esse aumento da energia interna pode ser obtido por absorção
chumbo, 2 rolhas de cortiça, 1 termómetro.
— Procedimento: medir a massa das esferas, medir a altura da de energia como calor (Q).
coluna de ar no interior do tubo, medir a temperatura do ar contido no
interior do tubo, calcular o trabalho realizado pelo peso das esferas,
concluir quanto à variação de energia interna. Com as experiências realizadas, Benjamin Thompson conclui
que o calor não é uma substância (calórico), mas, sim, energia.
Com a experiência de Joule, o aumento da energia interna é inter-
pretado quer como resultado de um trabalho realizado sobre o
sistema, quer por absorção de energia como calor.
EXERCÍCIO RESOLVIDO 4
Aquecimento de água por realização de trabalho
Para recriar a experiência de Joule, um grupo
de alunos utilizou 9,5000 kg de água e um corpo (M)
de massa 3,6288 kg, que caiu de uma altura de 11 m
com velocidade constante. Registaram a variação
de temperatura da água contida no recipiente com
um termómetro digital graduado à milésima M
do °C (cágua = 4,18 kJ °C-1 kg-1). h
D
ADOS:
U3P134H2
água = 9,5000 kg; mcorpo M = 3,6288 kg;
m
Professor
SUGESTÕES
h = 11 m; cágua = 4,18 kJ °C-1 kg-1
METODOLÓGICAS
RESOLUÇÃO:
• Analisar e discutir
o exercício resolvido Calcular a variação de energia potencial gravítica:
«Aquecimento de água
por realização de DEpg = m g h = 3,6288 ◊ 10 ◊ 11 = 399,168 J
trabalho», enfatizando:
— a descrição da Admitindo que toda esta energia contribuiu para aumentar a energia interna da água:
experiência de Joule;
— o contributo da 399,168 = m c Dt/°C +
experiência para o
reconhecimento 399,168
de que o calor é + Dt/°C = = 0,010 °C
energia.
9,5000 # 4,18 # 10 3
O valor da temperatura medido no termómetro foi de:
Dt/°C = 0,010 °C ! 0,001 °C
162
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre energia transferida entre sistemas por calor
1 Selecione a opção que completa corretamente as frases seguintes.
1.1 O facto de o calor ser transferido espontaneamente entre os corpos deve-se à diferença…
A. … da quantidade de matéria entre os corpos.
B. … de massa entre os corpos.
C. … de temperatura entre os corpos.
D. … de calórico entre os corpos.
1.2 Sobre o conceito de calor, pode afirmar-se que…
A. … é uma medida da temperatura de corpos em contacto.
B. … é uma energia transferida entre corpos a diferentes temperaturas apenas quando postos
em contacto.
C. … é uma energia que os corpos possuem quando estão em contacto.
D. … é uma energia transferida entre corpos a diferentes temperaturas.
2 Preparou-se um sumo de laranja natural e adicionou-se ao sumo uma porção de gelo picado, tendo
o sistema «sumo + gelo» atingido uma temperatura inferior à temperatura ambiente. Identifique
a fonte e o recetor, quando se inicia o processo de transferência de energia que ocorre no interior
do sistema «sumo + gelo».
3 Leia as afirmações seguintes:
I. Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico, possuem a mesma quantidade de calor.
II. Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico, estão à mesma temperatura.
III. Calor é uma transferência de energia do corpo que está a menor temperatura para o corpo
a maior temperatura.
IV. Quando dois corpos em contacto estão em equilíbrio térmico, não há transferência de calor
de um corpo para o outro.
Considerando as afirmações anteriores, selecione a opção correta.
A. As afirmações II e IV estão corretas.
B. Somente a afirmação II está correta.
C. As afirmações II e III estão corretas.
D. Somente a afirmação III está correta. Professor
4 Dois corpos, um de cobre e outro de ferro, inicialmente à mesma temperatura foram colocados em SUGESTÕES
contacto num sistema termicamente isolado da vizinhança. Após um certo intervalo de tempo, verificou-se METODOLÓGICAS
que a temperatura do corpo de ferro aumentou. Selecione a opção que regista a conclusão correta. • Como tarefa de aula
e/ou trabalho para casa,
A. A temperatura do corpo de cobre também aumentou. os alunos deverão resolver
B. A temperatura do corpo de cobre diminuiu. os exercícios de aplicação
sobre energia transferida
C. Houve transferência de energia da vizinhança para o sistema. por calor.
D. A temperatura do corpo de cobre manteve-se constante. AVALIAR
CONHECIMENTOS
5 O gráfico seguinte mostra a variação da temperatura num percurso rural e urbano, atendendo às suas
características. 1.
34 1.1 C
Admita que um indivíduo faz o percurso a pé,
Temperatura do ar/ºC
33 1.2 D
passando pela região rural, residencial 32 2.
suburbana, comercial, central urbana, e pelo 31 Fonte — sumo;
30 Recetor — gelo.
parque, chegando novamente a outra região
rural, e que a sua temperatura corporal é 3.
constante e igual a 37 °C durante todo o B
Rural
Residencial
Suburbano
Comercial
Central
Residencial
Urbano
Parque
Residencial
Suburbano
Rural
u3p135h1
163
6 D
etermine a energia que será necessário transferir como calor para que um bloco de zinco,
de massa 250 g, eleve a sua temperatura de 15,0 °C para 70,0 °C. (czinco = 388 J kg-1 K-1).
7 ara aquecer 500 g de água, inicialmente à temperatura de 20 °C, forneceu-se 7,5 ◊ 10 4 J
P
de energia. Determine a temperatura final, em Kelvin, a que ficou a água (cágua = 4,2 kJ kg-1 K-1).
8 temperatura de um bloco de ferro com um volume de 10 cm3 diminui de 300 °C para 0 °C.
A
Determine a energia transferida por calor do bloco para a vizinhança, durante o processo de
arrefecimento. Apresente o resultado em joules (tFe = 7,85 g cm-3; cFe = 0,11 cal g-1 °C-1).
9 P
ara aumentar a temperatura de uma dada massa de água (m) de 30 °C para 50 °C, foi fornecida
energia como calor igual a Q. Para aumentar a temperatura, de 16 °C para 26 °C, de uma amostra
de água com metade do valor da massa da amostra anterior será necessário uma quantidade
de calor igual a:
Q Q
A. 2Q B. 4Q C. D.
2 4
10 U
ma das experiências de Joule mais conhecidas consistia num dispositivo no qual duas massas
marcadas presas por um fio passavam por duas roldanas. Quando as massas caíam, faziam mover
um sistema de pás que agitavam a água contida num recipiente isolado termicamente,
e a temperatura da água aumentava.
Professor
6.
E = 5,34 ◊ 103 J
7.
T f = 328,86 K
8.
E = 1,08 ◊ 104 J
9.
D
10.
10.1 Uma vez que o 10.1
Justifique a afirmação seguinte, retirada do enunciado.
recipiente se encontrava «[…] agitavam a água contida num recipiente isolado termicamente, e a temperatura da água
isolado termicamente, não
aumentava.»
ocorria transferência de energia
entre o sistema e a vizinhança. 10.2 u3p136h1
Assinale a opção que completa corretamente a frase seguinte.
O movimento das pás, devido
Com esta experiência, Joule pretendeu…
ao trabalho realizado pela
força da gravidade, agitava a A. … estabelecer a relação entre calor e a quantidade de calórico transferida.
água, aumentando a energia
cinética (aumento da energia
B. … estabelecer a relação entre trabalho e quantidade de energia transferida como calor.
interna). Deste modo, a C. … mostrar que o calor é uma substância, calórico.
agitação da água tinha como
consequência um aumento D. … mostrar que o calor é uma medida da temperatura.
da sua temperatura. 10.3
Assinale a opção que completa corretamente a frase seguinte.
10.2 B
10.3 C «Na experiência de Joule, o aumento de energia interna do sistema água é interpretado como
10.4 O aumento da energia resultado […] e conclui-se que esse aumento poderia ser obtido por […]
interna resulta do trabalho
A. […] da libertação de energia como calor […] trabalho realizado sobre o sistema.»
realizado sobre o sistema.
O aumento da energia interna B. […] do trabalho realizado pelo sistema […] absorção de energia como calor.»
pode ser obtido por absorção
C. […] do trabalho realizado sobre o sistema […] absorção de energia como calor.»
de energia por calor. Deste
modo, sendo o trabalho uma D. […] da absorção de energia como calor […] trabalho realizado sobre o sistema.»
energia, pode concluir-se
que o calor será energia.
10.4
Conclua, justificando, como a partir da experiência de Joule se comprova que o calor é uma
energia.
164
i/ ˚C
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 420 Q/J
12.1
Determine a capacidade térmica mássica dessa substância.
12.2
Faça uma pesquisa e identifique o tipo de substância de que se trata.
13 Um grupo de alunos reproduziu a experiência de Joule, utilizando o dispositivo esquematizado
na figura seguinte.
u3p147h3a
Os alunos colocaram 0,600 kg de água no vaso de cobre e suspenderam massas marcadas
Professor
11.
nas extremidades dos fios. Rodando a manivela, elevaram as massas a uma determinada altura.
U3P136H3 11.1 Trabalho.
Soltando a manivela, as massas caíram fazendo rodar o sistema de pás mergulhado na água, 11.2 Dt = 1044 s
o que provocou o aquecimento desta. Eles mediram, com um termómetro, a variação de temperatura 12.
da água, após repetirem o procedimento várias vezes. O trabalho realizado pelas massas 12.1 c = 2100 J kg-1 °C-1
suspensas foi de 7,8 ◊ 102 J. Determine o aumento de temperatura da água, admitindo 12.2 O material que
que somente 98 % do trabalho realizado pelas massas contribui para aumentar a energia apresenta este valor para
a capacidade térmica
interna da água. mássica é o vidro.
c (capacidade térmica mássica da água) = 4,18 ◊ 103 J kg-1 °C-1 13.
Dt/°C = 0,305 °C
165
Tipo de radiação Rádio Micro-ondas Infravermelhos Visível Ultravioleta Raio-X Raios Gama
Comprimento de onda/m 103 10–2 10–5 0,5 × 10–6 10–8 10–10 10–12
Escala aproximada Edifícios Humanos Borboletas Ponta de uma Protozoários Moléculas Átomos Núcleo
do comprimento de onda agulha do átomo
166
1
f=
T
v=mf
Frequência/Hz
Temperatura de um corpo
a que uma dada radiação
emitida é mais intensa.
1K 100 K 10 000 K 10 000 000 K
-272 ºC -173 ºC 9727 ºC a10 000 000 ºC
Fig. 20 Temperatura de objeto correspondente ao comprimento de onda a que é máxima a intensidade
da radiação emitida pelo objeto.
U3P140H1
É, então, de esperar que ocorra a transferência de energia como calor
entre corpos a temperaturas diferentes, sem necessidade de contacto,
uma vez que qualquer um deles emite radiação eletromagnética numa
gama de frequências característica da sua temperatura, que se pro-
paga de um ponto do espaço para outro sem necessidade de um meio
material.
168
3.4.2 Irradiância
É importante reconhecer as características gerais do espetro de uma
fonte térmica. A figura 21 traduz o espetro de emissão de radiação térmica
de um filamento de um metal incandescente — o tungsténio —, medido
através de um orifício de um tubo que contém o filamento no seu interior.
7
Região visível
3300 K
6
3200 K
3000 K
5 2800 K
2500 K
Potência espetral relativa
2000 K
4
0
500 1000 1500 2000 2500
Comprimento de onda/nm
Fig. 21 Espetro de radiação térmica de um filamento de tungsténio, medido a diferentes temperaturas.
169
U3P141H1
565533 146-183.indd 169 10/03/15 13:10
3.4 Radiação e irradiância
A — Espetro solar no topo Ainda que nenhum corpo real se comporte como um corpo negro, na
da atmosfera
maioria das situações práticas é uma boa aproximação considerar que o
Radiância espetral
B — Espetro solar
à superfície da Terra espetro da radiação térmica emitido pelos corpos reais é semelhante
(ao meio-dia e com céu claro)
ao emitido por um «corpo negro» à mesma temperatura. Na figura 22,
Visível Infravermelho apresenta-se o espetro da radiação solar medido no topo da atmosfera e
ao nível do mar.
-7
-6
-6
-6
-6
-6
-6
-6
10
10
10
10
10
10
10
10
2◊
6◊
1◊
4◊
8◊
2◊
6◊
3◊
1,
1,
2,
2,
Ultravioleta m/m
A emissividade (e) é uma propriedade de um dado material que
Fig. 22 Espetro de emissão do Sol
no topo da atmosfera informa como este se comporta face à radiação térmica, por comparação
terrestre (A), ao qual se com o «corpo negro» à mesma temperatura.
«subtraem» as absorções
devidas aos gases da Assim, um material comporta-se como um «corpo negro» quando
atmosfera (zonas
absorve toda a gama de radiações que nele incide e tem o valor para a
a castanho e a violeta),
tendo como resultado emissividade igual a um (e = 1). Um material que é bom emissor é tam-
um espetro como bém excelente absorvedor de radiação térmica (0 < e G 1). Um material
o que é representado bom refletor não absorve nem emite radiação. O valor da emissividade é
pela letra B.
zero (e = 0).
Note-se que um corpo pode ser opaco para certos tipos de radiação
e transparente para outros. O corpo humano é transparente aos raios X
e opaco para a radiação visível.
170
171
A B C f/1014 Hz m/10-9m
Cor t/ºC
7,50 400
Branco 1200 Violeta
7,06 Anil 425
Amarelo-claro 1100 6,74 445
Amarelo 1050 Azul
Laranja-claro 980 6,00 500
Laranja 930 Verde
Vermelho-claro 870 5,22 575
Amarelo
810 5,13 585
Laranja
760
4,83 620
Vermelho-escuro 700
650 Vermelho
Avermelhado 600 4,00 750
Fig. 23 Aquecimento de ferro numa forja [A]; espetro da radiação visível emitida pelo ferro [B]; espetro eletromagnético
da radiação do visível [C]. U3P143H3
U3P143H2
Professor
Sugestões metodológicas Consultando o espetro eletromagnético da figura 23C, conclui-se que,
• Discutir o significado de irradiância analisando à medida que a temperatura do pedaço de ferro aumenta, a gama de
a expressão matemática apresentada. frequências da radiação emitida vai-se deslocando para maiores frequên-
• Analisar a situação descrita salientando que (Fig. 23)
a cor resultante de um emissor térmico (pedaço cias (a gama de comprimentos de onda vai-se deslocando para menores
de ferro aquecido) deve-se à sobreposição das radiações comprimentos de onda).
emitidas, na região do visível, pelo corpo a essa
temperatura. À medida que a temperatura aumenta,
o espetro de emissão desloca-se para a região espetral Quando o ferro está à temperatura ambiente, emite radiação que não
de frequências mais elevadas. O corpo aparenta ter
é visível ao olho humano. A esta temperatura, os corpos emitem radiação
a cor branca, porque ocorre a sobreposição do vermelho,
do verde e do azul (três cores primárias de ótica). na região do infravermelho, a qual pode ser detetada utilizando sensores
que detetem esta gama de radiações.
172
Professor
SUGESTÕES
• Localização de fugas térmicas. METODOLÓGICAS
• Estudo de perdas energéticas através • Explorar
os exemplos
de paredes.
de aplicação
• Deteção de problemas de isolamento. de termografia
• Localização de humidades internas. de infravermelho.
• Discutir em que
condições é possível
observar o contraste
(corpos que não se
Indústria automóvel e aeronáutica encontram em
equilíbrio térmico).
Eletrónica
Medicina
Vigilância e segurança
• Visão noturna.
• Vigilância aérea.
• Combate a incêndios.
• Controlo de tráfego marítimo.
173
EXERCÍCIO RESOLVIDO 5
Aplicações das fontes de radiação térmica
Os sistemas de termografia de infravermelho captam a radiação térmica emitida pelos corpos
Professor e convertem-na numa imagem que representa a distribuição da temperatura superficial dos objetos
SUGESTÕES observados. Pela análise do comportamento térmico podem identificar-se potenciais problemas em
METODOLÓGICAS materiais, peças ou circuitos eletrónicos, e estes sistemas podem usar-se também como auxiliares
• Analisar e discutir
de diagnósticos médicos. Uma das aplicações mais conhecidas deste sistema é o serviço
o exercício resolvido
«Aplicações das fontes de vigilância e de segurança.
de radiação térmica».
Nas figuras seguintes apresentam-se imagens obtidas por sistemas de termografia de infravermelho,
em algumas atividades.
A C E
B D F
5.1 Este sistema pode ser utilizado para localizar objetos numa sala à temperatura ambiente?
Justifique a sua resposta.
5.2 D
a análise da imagem da figura A, deteta-se um problema de humidade na habitação.
Diga como se pode detetar este problema pela imagem de infravermelho.
5.3 O
sistema da figura F é utilizado na vigilância noturna.
5.3.1 Refira como é possível detetar uma pessoa numa sala escura.
5.3.2
Seria possível detetar um cubo de gelo fundente numa sala às escuras utilizando um
sistema de termografia de infravermelho? Justifique a sua resposta.
5.1
RESOLUÇÃO:
Não. Todos os objetos da sala estão à mesma temperatura, porque estão em equilíbrio térmico
com o ambiente (Lei Zero da Termodinâmica).
5.2
RESOLUÇÃO:
A imagem tem um código de cor associado aos valores de temperatura. O contraste na cor indica
a existência de temperaturas diferentes, que podem ser associadas à presença de humidade,
porque a água infiltrada não está em equilíbrio térmico com a parede.
5.3 5.3.1
RESOLUÇÃO:
O corpo humano (37 °C) não está em equilíbrio térmico com a sala, pelo que será possível
utilizar o sistema de termografia de infravermelho para o localizar.
5.3.2
RESOLUÇÃO:
Sim. Porque o gelo encontra-se a 0 °C, não estando em equilíbrio térmico com a vizinhança.
174
Fluxo solar
x2
Fig. 26 A Terra recebe energia numa secção circular e emite em todas as direções
a partir de uma superfície esférica.
U3P146H1
175
Efeito fotovoltaico
5
B
6
C
7
N
8
O
9
F
10
Ne
Como foi estudado anteriormente, os semicondutores distinguem-se
dos metais, porque, com o aumento da temperatura, a respetiva condu-
10.811 12.0107 14.00674 15.9994 18.9984032 20.1797
13 14 15 16 17 18
Al Si P S Cl Ar
11 12
ção elétrica aumenta, enquanto num metal diminui.
26.981538 28.0855 30.973761 32.066 35.453 39.948
29 30 31 32 33 34 35 36
Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
63.546 65.409 69.723 72.64 74.92160 78.96 79.904 83.798
47 48 49 50 51 52 53 54
Ag
107.8682
Cd
112.411
In
114.818
Sn
4 002 602
Sb
121.760
Te
127.60
I
126.90447
Xe
131.293 Nos materiais semicondutores, contrariamente ao que acontece nos
79 80 81 82 83 84 85 86
Au
196.96655
Hg
200.59
Tl
204.3833
Pb
207.2
Bi
208.98038
Po
(209)
At
(210)
Rn
(222)
metais, os eletrões de valência que participam em cada ligação química
Fig. 29 Elementos químicos mais são atraídos essencialmente pelos núcleos atómicos envolvidos nessa liga-
U3P148H1
usados no desenvolvimento ção. Consequentemente, com o aumento da temperatura do semicondu-
de materiais de base
tor, os eletrões de valência podem adquirir energia suficiente para se liber-
para o fabrico de células
fotovoltaicas semicondutoras tarem da atração nuclear, e ficar disponíveis para participar no processo de
inorgânicas. transferência de carga elétrica no interior do material (condução elétrica).
176
Por exemplo, quando o silício (Si: [Ne] 3s2 3p2) é substituído pelo
arsénio (As: [Ar] 3d10 4s2 4p3), um dos eletrões de valência não participa
na ligação e, por isso, não se encontra fortemente ligado aos núcleos.
Ainda que o material continue eletricamente neutro, a distribuição de
carga elétrica não é uniforme, porque o átomo impureza (As) tem um
eletrão livre, ao qual não está associada qualquer buraco; por isso, diz-se
que existe um excesso de eletrões relativamente ao número de buracos,
e o material diz-se dopado tipo n Fig. 30A .
No caso de o silício ser substituído pelo alumínio (Al: [Ne] 3s2 3p1), a
ligação química covalente fica incompleta porque falta um eletrão, o que
é equivalente a dizer que há excesso de buracos no material, e o material
diz-se dopado tipo p Fig. 30B .
A B
Si Si Si Si Si Si Si Si
Eletrão «Buraco»
livre livre
Si As Si Si Si Al Si Si
Si Si Si Si Si Si Si Si
U3P149H1 U3P149H2
As células fotovoltaicas mais simples que se encontram no mercado
usam uma junção p-n.
177
U3P149H3
A importância desta junção está no facto de ela apenas permitir a
passagem de corrente elétrica num só sentido quando ligada a uma fonte
de tensão exterior — isto significa que funciona como um díodo Fig. 30 .
I/A
variam. A variação da irradiância solar na célula irá refletir-se nos valores Meio dia
2,8
de intensidade de corrente elétrica obtida, enquanto os valores de dife-
2,0 16:00 horas
rença de potencial são praticamente constantes Fig. 33 . Consequente- 09:00 horas
1,0
mente, a potência máxima debitada (fornecida) pela célula não é a
mesma ao longo de um dia. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
U/V
As células devem ser instaladas de forma que a irradiância seja otimi- Fig. 33 Variação da intensidade
zada Fig. 34 . Como tal, devem ser orientadas para sul no hemisfério norte da corrente elétrica com
U3P150H3
a diferença de potencial
e com uma inclinação, relativamente à horizontal, coincidente com a
a diferentes horas do dia.
latitude do local para que os raios solares incidam na vertical. Como a
radiação solar incidente muda de direção ao longo do dia, obtém-se
melhor aproveitamento se o sistema fotovoltaico for instalado em supor-
tes móveis que acompanhem o movimento aparente do Sol.
Verão
Primavera/outono
Inverno
N E
tendo em conta o rendimento do painel, a irradiância solar média CuInGaSe2 1,0 18,4
do local de instalação e a potência a debitar. CdTe 1,1 16,4
179
paralelo.
DE UM PAINEL FOTOVOLTAICO p. 212 temperatura de funcionamento da célula de 25 °C. Este valor de irradiância
• Recorrer a células corresponde a uma potência solar constante de 1000 W por cada metro
fotovoltaicas
e fazer as quadrado, durante cinco horas diárias de exposição solar numa dada região.
A célula 1 célula 2
montagens da
figura 35 para As células solares de silício não são as mais eficientes, como se pode
demonstrar a
diferença de uma ITotal = I1 + I2 inferir pelos valores da tabela da página 179, contudo, são as mais utiliza-
utilização de das em aplicações de larga escala, como as centrais fotovoltaicas. Tal
células em série e U1 U2
em paralelo, tendo UTotal = U1 + U2
acontece porque as células de silício beneficiam de uma estrutura tecnoló-
em conta o fim a gica já existente e bem desenvolvida, que faz baixar os custos de produção.
que se destina o B célula 1
painel fotovoltaico. As limitações da tensão e corrente elétrica gerada pelas células são com-
I2 U3P152H1
• Analisar pensadas através da integração de várias células — módulos fotovoltaicos.
e discutir o
exercício resolvido ITotal = I1 + I2
«Dimensionamento célula 2 Recordando o que se aprendeu anteriormente sobre circuitos elétri-
de um painel
cos, as células fotovoltaicas podem ser associadas conforme se pretenda
fotovoltaico»,
alertando para I1 aumentar a intensidade de corrente elétrica ou a tensão elétrica:
a metodologia
• em série, produzindo um aumento da tensão elétrica nos seus ter-
de resolução. UTotal = U1 = U2
minais Fig. 35A ;
Fig. 35 Ligação em série [A]
U3P152H2
e ligação em paralelo [B] • em paralelo, contribuindo para um aumento da intensidade da cor-
de células fotovoltaicas. rente elétrica do circuito Fig. 35B .
EXERCÍCIO RESOLVIDO 6
Dimensionamento de um painel fotovoltaico
Suponha que a energia solar total incidente na superfície terrestre durante um ano por unidade de
área, na localidade onde vive, é 1,10 ◊ 1010 J m-2 ano-1. Calcule a área de painéis fotovoltaicos
necessária para um gasto diário médio de eletricidade de 1,6 ◊ 105 kJ, se instalar na sua casa
painéis com um rendimento de 20 %.
DADOS:
I inc = 1,10 ◊ 1010 J m-2 ano-1; E = 1,6 ◊ 105 kJ/dia; h = 20 %
RESOLUÇÃO:
Calcular o consumo anual de energia:
E = 1,6 ◊ 105 kJ ◊ 365,25 dias = 5,8 ◊ 107 kJ
Calcular a energia que os painéis fotovoltaicos terão de fornecer:
5,8 # 10 7
Efornecida = = 2,9 ◊ 108 kJ
0,20
Calcular a área dos painéis:
2,9 # 10 8 # 10 3
A= 10
, 26,4 m2
1,10 # 10
RESPOSTA:
Seria necessário instalar painéis fotovoltaicos numa área de 26,4 m2.
180
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre radiação e irradiância
1 Selecione a opção correta.
A. A convecção é o processo de transferência de energia através de ondas eletromagnéticas, sem
haver contacto entre sistemas.
B. A radiação e a convecção são processos de transferência de energia que exigem contacto entre
os sistemas.
C. A radiação é o processo de transferência de energia através de ondas eletromagnéticas, sem haver
contacto entre sistemas.
D. A condução é o único processo de transferência de energia que exige contacto entre sistemas.
2 Assinale a opção que completa corretamente a frase seguinte.
Todos os corpos emitem radiação…
A. … independentemente do tamanho, da forma ou da composição química à temperatura 0 K.
B. … independentemente da temperatura a que se encontrem.
C. … independentemente do tamanho, da forma ou da composição química, desde que estejam
a uma temperatura diferente de 0 K.
D. … na zona do infravermelho.
3 O
s óculos de visão noturna são bastante utilizados em aplicações militares, na navegação e também
por investigadores, que, com o seu auxílio, podem detetar seres vivos à noite. Estes óculos utilizam
a técnica da imagem térmica para «ver» os objetos. Selecione a opção que descreve corretamente Professor
o que estes óculos detetam. SUGESTÕES
METODOLÓGICAS
A. A radiação visível emitida ou refletida pelos corpos.
• Como tarefa de aula
B. A radiação infravermelha emitida ou refletida pelos corpos. e/ou trabalho para casa,
C. A radiação infravermelha absorvida pelos corpos. os alunos deverão resolver
os exercícios de aplicação
D. A radiação visível absorvida pelos corpos. sobre os conceitos de
radiação e de irradiância.
4 lguns dispositivos guiados utilizam a radiação térmica emitida pelos próprios alvos como guia. Refira
A
em que região do espetro eletromagnético se encontra a radiação que é predominantemente emitida AVALIAR
por estes alvos, quando os mesmos estão à temperatura de 0 °C. CONHECIMENTOS
1.
5 Observe a figura seguinte, onde está representado o espetro eletromagnético, e responda C
às questões. 2.
C
181
6 S
uponha que dispunha de duas latas iguais. Uma das latas foi revestida com um dado material e em
seguida ambas foram expostas à radiação solar durante o mesmo intervalo de tempo. Observou-se
que a temperatura do ar contido no interior da lata revestida aumentou mais do que a temperatura
do ar contido na outra lata. Interprete este facto com base no comportamento das superfícies face
à absorção da radiação.
7 Q
ualquer que seja a temperatura a que se encontre um corpo, este emite sempre radiação
eletromagnética apenas dependente da temperatura a que se encontra. Considere que o valor
da irradiância de um corpo é 500 W m-2. Qual é o significado físico deste valor?
8 C
onsidere um corpo cúbico de aresta 5 cm à temperatura de 25 °C. Durante 1 minuto, este corpo
emite para a vizinhança 26 820 J de energia. Determine o valor da irradiância do corpo.
9O
gráfico ao lado representa a irradiância
medida para cada frequência, irradiância
espetral, da radiação térmica emitida por um
Irradiância espetral
corpo quando está a uma dada temperatura.
Refira, justificando, se o gráfico pode
representar o espetro térmico de um corpo
a emitir no visível.
3
10 U
ma lata continha 0,34 kg de um refrigerante de capacidade térmica mássica 4,2 ◊ 10 J kg °C .
-1 -1
Considere que a área da superfície da lata exposta à luz solar era 1,4 ◊ 102 cm2 e que a intensidade
U3P154H1
média da radiação solar incidente era 6,0 × 102 W m-2. Verificou-se que, ao fim de 90 min
de exposição, a temperatura do refrigerante tinha aumentado 16,5 °C. Determine a percentagem
da energia incidente na área da superfície da lata exposta à luz solar que terá contribuído para
o aumento da energia interna do refrigerante, no intervalo de tempo considerado. Apresente todas
Professor as etapas de resolução.
6. Adaptado de Exame de Física e Química, 2013, 1.ª fase
O ar contido no interior da
11 O
gráfico da figura seguinte representa a irradiância medida para cada comprimento de onda,
lata revestida encontra-se a
uma temperatura superior irradiância espetral, da radiação térmica emitida por uma fonte a diferentes temperaturas.
pelo facto de este tipo de
revestimento ter permitido 2200 K
uma melhor absorção de
radiação térmica em relação
Irradiância espetral
à outra lata.
2000 K
7.
Significa que esse corpo emite
1800 K
500 J de energia térmica
por segundo e por metro 1600 K
quadrado da sua superfície.
8. 0
Er = 2,98 ◊ 104 W m-2 0,0 1,0 x 2,0 3,0 4,0 5,0
9. m/μm
Pela análise do gráfico,
verifica-se que a irradiância 11.1
Selecione a opção correta.
ocorre numa gama Da análise do gráfico, pode concluir-se que:
de frequências que não
U3P154H2
corresponde à gama A. Com o aumento da temperatura, a irradiância emitida pelo corpo diminui.
do visível (7,5 ◊ 1014 Hz
B. Existe um comprimento de onda para o qual a irradiância emitida é máxima, qualquer
- 4,3 ◊ 1014 Hz).
que seja a temperatura.
10.
52 % C. Com o aumento da temperatura, o máximo da irradiância emitida por um corpo
11. desloca-se para menores frequências.
11.1 B D. Q
ualquer que seja a temperatura do corpo, este não emite na região espetral do visível.
182
11.2
Wilhelm Wien, físico alemão, fez o estudo da emissão de radiação térmica de diversos
materiais, para diferentes temperaturas dos mesmos e, analisando os espetros, verificou
que estes eram idênticos. A partir deste estudo estabeleceu-se a relação entre a temperatura
absoluta dos corpos e o comprimento de onda em que é máxima a sua emissão, que ficou
conhecida como a Lei de Wien: mmax ◊ T = 2,898 ◊ 10-3.
11.2.1 Qual é a relação de proporcionalidade entre a temperatura absoluta dos corpos
e o comprimento de onda em que é máxima a sua emissão?
11.2.2 Utilizando a relação de Wien, determine o valor de x assinalado no gráfico.
12 Joseph Stefan e Ludwig Boltzmann, físicos europeus do século xix, estudaram o espetro de radiação
térmica de diferentes corpos negros, e encontraram uma relação entre a temperatura e a irradiância
emitida por um corpo. A uma dada temperatura, a irradiância (Er) é diretamente proporcional à quarta
potência da temperatura absoluta (T): Er = 5,67 ◊ 10-8 T 4. Faça a estimativa da temperatura em
graus Celsius de um corpo que irradia 400 W m-2.
13 Portugal é o país da Europa continental com maior irradiância média solar anual à superfície,
1500 kW h m-2 ano-1. Este é um dos argumentos usados para valorizar e apostar na utilização
de células fotovoltaicas para produção de energia elétrica.
13.1
O que é uma célula fotovoltaica?
13.2
Selecione a única opção que permite calcular corretamente a intensidade média da radiação
solar, em Portugal, expressa em W m-2.
365 # 24 # 3600
A. f p W m-2
1500 # 3,6 # 10 6
1500 # 3,6 # 10 6
B. f p W m-2
365 # 24 # 3600
365 # 24
C. f pWm
-2
1500 # 3,6 # 10 6
1500 # 3600
D. f pWm
-2
365 # 24 # 3,6 # 10 6
13.3
Com a tecnologia atual, a eficiência de conversão de energia pelas células fotovoltaicas é cerca
de 15 %. Para dar resposta às necessidades energéticas anuais de Portugal, seria necessário
um painel fotovoltaico com a área de cerca de 200 km2, aproximadamente 20 m2 por
habitante. Determine o valor da energia elétrica que é utilizada em Portugal, durante um ano. Professor
Exprima o valor em joule. 11.2 11.2.1 A relação
2 é inversamente proporcional.
14 N
um módulo de células fotovoltaicas, com uma área útil de 0,298 m , incide radiação solar com 11.2.2 mmax
um fluxo de 1000 W por cada m2 de área. O módulo está a alimentar uma lâmpada, na qual se 1,317 ◊ 10-6 m =
estabelece uma corrente elétrica contínua de intensidade 2,50 A. Nos terminais do módulo = 1,317 nm
fotovoltaico, a diferença de potencial é 15,0 V. Determine o valor do rendimento do módulo de células 12.
fotovoltaicas. T , 290 K
13.
15 S
uponha que a irradiância solar média incidente na superfície terrestre durante um ano, na localidade
10
13.1 Células fotovoltaicas
onde vive, é 1,10 × 10 J m . Calcule a área de painéis fotovoltaicos necessária para um gasto
-2
são dispositivos capazes
diário médio de eletricidade de 1,6 ◊ 105 kJ, se instalar, na sua casa, painéis com um rendimento de transformar a energia
de 20 %. luminosa, proveniente do
Sol ou de outra fonte de luz,
16 Nas autoestradas, os telefones dos postos SOS são em energia elétrica.
alimentados com painéis fotovoltaicos. Considere um 13.2 B
13.3 E = 1,62 ◊ 1017 J
painel fotovoltaico, de área 0,50 m2 e de rendimento
médio 10 %, colocado num local onde a irradiância 14.
h = 12,6 %
média da radiação solar incidente é 620 W m-2.
15.
Determine o valor da energia elétrica debitada pelo painel
A = 26,5 m2
fotovoltaico durante uma hora.
16.
E = 1,1 ◊ 105 J
183
A B
— Experiência 2: convecção térmica
• Encher completamente um tubo em U com água;
colocar um cristal de permanganato de potássio ou um
corante no topo deste e aquecer (com a mão ou com
uma vela), uma das extremidades inferiores do tubo.
• Levar, para a sala de aula, pequenos aparelhos onde
se evidenciem fenómenos de condução e/ou convecção
LP3p184h1
térmicas, como candeeiros de lava ou outros.
Interpretar, com base nas figuras 35 e 36, os modelos
de mecanismos de condução e de convecção a nível
microscópico.
Fig. 36 Transferência de calor por condução térmica [A]; transferência de calor
LIVROMÉDIA preferencialmente por convecção térmica [B].
U3P156H2
U3P156H2
U3P1
P156H2
156H2
156H2
PowerPoint U3P156H1
Mecanismos de transferência de energia por calor em
sólidos e fluidos: condução e convecção Quando se aquece a extremidade de uma barra metálica sem utilizar
luvas de proteção, ao fim de algum tempo torna-se impossível segurar na
barra. Tal acontece porque ocorre um fluxo de calor, através da barra, da
extremidade que está a uma temperatura superior para a extremidade
que está a menor temperatura.
184 U3P156H3
185
U3P157H5
Professor As correntes verticais de convecção dão origem às brisas marítimas e
Sugestões metodológicas brisas continentais, as quais irão ser estudadas adiante.
• Interpretar as diversas situações práticas apresentadas
no quadro anterior, sobre os processos de aquecimento
e arrefecimento. Os mecanismos de transferência de calor por condução ocorrem
• Esclarecer que a situação de aquecimento do ar
de uma sala com aquecedor é interpretada considerando à escala microscópica.
um aquecedor de resistência elétrica. No caso de ter
acoplado uma ventoinha ou nos sistemas de ar Nos sólidos, a condução térmica ocorre sem que haja transferência
condicionado, o transporte de energia como calor faz-se de matéria: cada partícula transfere energia à partícula vizinha, e assim
predominantemente pelo movimento forçado da massa
de ar e não por formação de correntes de convecção sucessivamente, mantendo as suas posições relativas constantes.
verticais (é por isso que os aparelhos de ar condicionado
podem ser colocados junto aos tetos). Nos fluidos, também ocorre condução térmica, resultante da coli-
são entre as partículas no seu movimento aleatório devido à agita-
ção térmica.
186
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre os mecanismos de condução e de convecção
1 A transferência de calor entre dois corpos pode ocorrer por dois mecanismos distintos: condução
térmica e convecção térmica. Relativamente a estes mecanismos, selecione a opção correta. Professor
Sugestões metodológicas
A. Na convecção térmica, os átomos vibram devido ao aumento da temperatura e não se deslocam
• Como tarefa de aula e/ou trabalho
no sólido. para casa, os alunos deverão
B. Nas correntes verticais de convecção térmica, o aumento de temperatura de uma dada região resolver os exercícios de aplicação
do fluido torna-o mais denso, obrigando-o a ascender; ao subir, a temperatura deste vai dos conceitos sobre os mecanismos
de condução e convecção.
diminuindo, ficando menos denso, o que o obriga a descer, e assim sucessivamente.
C. Na condução térmica, a transferência de energia dá-se por transferência de matéria devido às AVALIAR CONHECIMENTOS
diferenças de energia cinética das partículas. 1.
D
D. O processo de aquecimento do ar numa sala com aquecimento deve-se essencialmente ao
2.
movimento vertical do ar na sala, devido à existência de correntes ascendentes de ar menos B
denso e de correntes descendentes de ar mais denso.
3.
2 elecione a opção correta.
S D
187
100 ºC 0 ºC
Verifica-se que a rapidez com que a energia é transferida, isto é, a taxa Professor
temporal de transferência de energia como calor por condução, depende: SUGESTÕES METODOLÓGICAS
• das dimensões do objeto (do seu comprimento, da área das super- • Utilizando a informação constante na tabela e o
conhecimento sobre condutividade térmica, interpretar os
fícies em contacto); fenómenos referidos no texto.
• da propriedade térmica do próprio material que constitui o corpo, a • Solicitar aos alunos a apresentação de exemplos que
conheçam que possam ser interpretados com esta
qual é responsável por essa transferência de energia. propriedade térmica.
• Assegurar que os alunos compreendem o objetivo geral
Os materiais que transferem rapidamente a energia térmica são bons da atividade de modo que possam envolver-se na sua
planificação e, após discussão e acerto, na sua realização.
condutores térmicos.
189
EXERCÍCIO RESOLVIDO 7
Parâmetros que determinam a taxa de transferência de energia por condução
Na tabela seguinte, estão registados os valores da espessura e da condutividade térmica para quatro
Professor panelas de igual volume e área de base, feitas de cobre e de alumínio.
SUGESTÕES
METODOLÓGICAS Condutividade térmica,
Panela Material Espessura (ℓ)/mm
• Analisar e discutir k/(cal s-1 cm °C)
o exercício resolvido
«Parâmetros que A Cobre 4 9,2 ◊ 10-2
determinam a taxa B Cobre 2 9,2 ◊ 10-2
de transferência de
energia por condução», C Alumínio 4 4,9 ◊ 10-2
alertando para:
— a exploração dos D Alumínio 2 4,9 ◊ 10-2
dados constantes na
tabela;
— as unidades em que
retende-se utilizar uma destas panelas para aquecimento rápido de uma certa quantidade
P
vem expressa a de água. Sabendo que a taxa temporal de transferência de energia como calor por condução
condutividade térmica; Q
— a expressão que térmica e o, através de um material de área de secção transversal (A) e espessura (ℓ), que
associa a taxa temporal Dt
de energia se encontre a uma dada diferença de temperaturas (Di), é calculada por:
e a condutividade E A
térmica; = kT ◊ ◊ Di
— a metodologia Dt ℓl
de resolução. Conclua, justificando, qual das panelas indicadas na tabela selecionava para aquecer mais
rapidamente a água.
RESOLUÇÃO:
Aspetos a ter em conta na resolução do problema:
1.° Aquecer mais rapidamente significa que no mesmo intervalo de tempo transfere-se mais energia
(Q) para obter a mesma variação de temperatura (Di), ou seja, a taxa temporal de transferência
de energia é maior.
2.° Como a área da secção é igual para as 4 panelas, então, a taxa temporal de transferência
k
de energia é maior quando a relação é também maior.
ℓl
Para a panela A:
k 9,2 # 10 -2
= = 0,23
ℓl 0,4
Para a panela B:
k 9,2 # 10 -2
= = 0,46
ℓl 0,2
Para a panela C:
k 4,9 # 10 -2
= = 0,123
ℓl 0,4
Para a panela D:
k 4,9 # 10 -2
= = 0,245
ℓl 0,2
Conclui-se que o aquecimento da água será mais rápido utilizando a panela B.
190
quantidade de energia como calor que este deve trocar com a vizinhança 21 15
60 ºC
para provocar a mesma variação de temperatura designa-se por capaci- 40 ºC
18
U3P167H1
Consultando a tabela da página anterior, verifica-se que a capacidade
térmica da água salgada é superior à do solo, então, as camadas super-
ficiais da água do mar, recebendo a mesma quantidade de energia
durante o mesmo intervalo de tempo, ficam a uma temperatura inferior à
dos solos junto à costa. Como consequência, a temperatura do ar junto
à costa é superior à do ar próximo da superfície da água do mar. Como a
massa volúmica do ar diminui com o aumento de temperatura, o ar
aquecido junto à costa sobe, sendo substituído pelo ar menos aquecido
que se encontra à superfície da água do mar. Gera-se, assim, uma cor-
rente de circulação do mar para a terra e da terra para o mar.
Professor
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
A capacidade térmica mássica é uma propriedade térmica de um • Analisar e discutir o exercício resolvido «Aplicação do
conceito de capacidade térmica mássica».
dado material, fundamental para explicar diversos fenómenos do
quotidiano que envolvem processos de arrefecimento/aqueci-
mento por trocas de energia como calor.
AL 3.2 CAPACIDADE TÉRMICA MÁSSICA p. 215
EXERCÍCIO RESOLVIDO 8
Aplicação do conceito de capacidade térmica mássica
Suponha que é fornecida a mesma energia como calor a 1 kg de água e a 1 kg de vidro, durante um
mesmo intervalo de tempo. Qual das substâncias experimenta uma maior variação de temperatura?
Justifique tendo por base os valores das capacidades térmicas mássicas das substâncias.
R
ESOLUÇÃO:
s grandezas que se mantêm constantes são: energia fornecida, massa e intervalo de tempo.
A
De acordo com a expressão E = m c DT, verifica-se que a relação que existe entre as duas
grandezas variáveis, c e DT, é uma relação de proporcionalidade inversa.
Nas condições pré-estabelecidas, como a capacidade térmica mássica da água é superior
à capacidade térmica mássica do vidro, este último corresponde à substância que experimentará
uma maior variação de temperatura.
193
194 U3P169H1
Potência transferida/W
e da natureza dos materiais utilizados na sua construção.
600
Estas perdas de energia contribuem para o aumento do
consumo energético mensal. Foi realizada uma experiência 400
variando a espessura do material isolante da porta de um
200
frigorífico doméstico. Nesta experiência, foi medida a
energia transferida por condução, para manter constante 0
a diferença de temperatura entre o volume de ar interior 0 5 10 15
e exterior. Com os valores medidos foi traçado o gráfico ao Espessura (d)/cm
lado. Analise o gráfico e responda às questões seguintes.
7.1
Em que sentido ocorre a transferência de energia por calor, através das paredes do frigorífico,
que conduzem a «perdas térmicas»? Justifique a sua resposta. U3P168H1
7.2
Comente, quanto à sua veracidade, a afirmação seguinte:
A potência transferida diminui proporcionalmente com o aumento da espessura.
7.3
Estime o valor da energia que é transferida ao fim de 10 minutos, quando a espessura
do isolante é de 4 cm. Exprima o resultado em kW h.
E
8 taxa temporal de transferência de energia como calor por condução térmica e
A o, através de um
Dt
material de área de secção transversal (A) e espessura (ℓ), que se encontre a uma dada diferença
de temperaturas (Di), é calculada por:
E A
= kT ◊ ◊ Di
Dt ℓl
Das placas apresentadas na tabela, refira, justificando, a que apresenta maior isolamento térmico,
para uma mesma diferença de temperaturas.
C. … maior for a massa da amostra e menor for a capacidade térmica mássica do líquido. 9.
9.1 A
D. … menor for a massa da amostra e maior for a capacidade térmica mássica do líquido. 9.2 B
Adaptado do Exame de Física e Química, 2012, época especial
195
10 S
upondo que transfere como calor a mesma energia a 1 kg de água e a 1 kg de cobre, qual dos
materiais experimenta uma maior variação de temperatura? Justifique a sua resposta.
cágua = 4186 J kg-1 K-1; ccobre = 385 J kg-1 K-1
11 O
gráfico seguinte representa a variação de temperatura de um corpo em função da quantidade
de energia recebida como calor.
t / ºC
80
60
40
20
0
0 50 100 150 200 E /cal
i/ ˚C
25
20
15
10
Professor 5
0
10. 0 5 10 15 20 25 30 t/s
Cobre.
11.
15 U
m grupo de alunos colocou 0,50 kg de água num vaso de cobre e introduziu um termómetro digital
a) C = 2,5 cal/°C
b) c = 0,038 cal g-1 °C-1 num dos orifícios da tampa do vaso de cobre. Montaram um sistema de roldanas, colocaram os fios
12. que passam nas golas das roldanas e suspenderam massas marcadas nas extremidades desses fios.
DT = 53,2 °C Rodando a manivela, elevaram as massas a uma determinada altura. Soltando a manivela, as massas
13. desceram com velocidade de constante, fazendo rodar o sistema de pás mergulhado na água, o que
C = 138,16 cal °C-1 provocou o aquecimento desta. Após repetirem este procedimento várias vezes, verificaram que,
u3p178h2a
14. para um trabalho realizado pelas massas suspensas de 7,0 ◊ 102 J, a temperatura da água
C = 630 J °C-1 aumentou 0,30 °C.
15. 15.1
Determine o valor da capacidade térmica mássica da água a partir dos resultados
15.1 experimentais.
c = 4,7 ◊ 103 J kg-1 °C-1
15.2 cágua = 15.2
Exprima o valor da capacidade térmica mássica com o erro relativo, em percentagem.
= 4,7 ◊ 103 J kg-1 °C-1 !
c (água) = 4,18 ◊ 103 J kg-1 °C-1
! 12,4 %
196
125
Vapor F
D
100
E
q
Líquido a
+ vapor
Temperatura t / ºC
75
o
Líquido
50
25
B C
0
u
Sólido + líquido (fusão)
A Sólido
-25
Energia transferida (cada divisão corresponde a 4 kJ)
Fig. 43 Determinação da temperatura de fusão e de ebulição da água.
197
U3P171H1
DU = mgelo cgelo DTgelo + mgelo DHfusão + mágua cágua DTágua + mágua DHvaporização
198
EXERCÍCIO RESOLVIDO 9
Aplicação dos conceitos de variação de entalpia de fusão e de variação de entalpia de vaporização
Pretende-se transformar uma amostra de 100 g de gelo à temperatura de -10 °C em vapor
de água à temperatura de 110 °C.
Considere para o efeito os seguintes valores tabelados:
cgelo = 2,09 ◊ 103 J kg-1 °C-1, cágua = 4,18 ◊ 103 J kg-1 °C-1, cvapor = 2,01 ◊ 103 J kg-1 °C-1
DHfusão = 3,35 ◊ 105 J kg-1, DHvaporização = 2,26 ◊ 106 J kg-1
9.1 Determine a energia que é necessário fornecer como calor ao sistema água.
9.3 Pela análise do gráfico obtido, o que pode concluir relativamente às quantidades de energia
necessárias em cada transformação?
9.1
RESOLUÇÃO:
Aquecimento do gelo de -10 °C a 0 °C: E = m c DT +
+ E1 = 0,100 ◊ 2,09 ◊ 103 ◊ (0 - (-10)) + E1 = 2090 J
Durante a fusão a 0 °C: E = m DH + E2 = 0,100 ◊ 3,35 ◊ 105 + E2 = 33 500 J
Aquecimento da água de 0 °C a 100 °C: E = m c DT +
+ E3 = 0,100 ◊ 4,18 ◊ 103 ◊ (100 - 0) + E3 = 41 800 J
Durante a vaporização a 100 °C: E = m DH + E4 = 0,100 ◊ 2,26 ◊ 106 + E4 = 226 000 J
Aquecimento do vapor de água de 100 °C a 110 °C: E = m c DT +
+ Q5 = 0,100 ◊ 2,01 ◊ 103 ◊ (110 - 100) + Q5 = 2010 J
Professor
SUGESTÕES
5 METODOLÓGICAS
Energia total fornecida sob a forma de calor: Q = 305 100 J = 3,05 ◊ 10 J
• Analisar e discutir o exercício
9.2 RESOLUÇÃO: resolvido «Aplicação dos
i/ ºC conceitos de variação
120 de entalpia de fusão
100 e de variação de entalpia
80 de vaporização».
60
40
20
0
50 000 100 000 250 000 150 000 200 000 300 000 E/J
-20
9.3
RESOLUÇÃO: U3P173H1
Pela análise do gráfico, verifica-se que o processo que envolve maior quantidade de energia sob
a forma de calor é aquele que corresponde à mudança do estado líquido para o estado gasoso.
199
30 4.2
Determine:
U3P174H1
20 a) a entalpia de fusão da substância;
10
0
b) a capacidade térmica mássica da substância, quando esta se encontra no estado
sólido;
5 × 104
1 × 105
1,5 × 105
2 × 105
2,5 × 105
3 × 105
Q/J
-10
-50
d) a energia necessária para que a amostra atinja a temperatura de 30 °C.
4.3
Trace o gráfico da variação da temperatura do sistema em função da energia fornecida.
200
LP3p200h1
565533 184-231.indd 200 10/03/15 13:19
SUBDOMÍNIO 3 ENERGIA, FENÓMENOS TÉRMICOS E RADIAÇÃO
5 Aqueceu-se uma amostra de 2 litros de água, inicialmente à temperatura de 25 °C, utilizando uma
resistência de imersão de potência 480 W. Admita que somente 80 % da energia dissipada na
resistência é utilizada para aumentar a energia interna da água. Determine o intervalo de tempo
necessário para que 20 % da água contida no recipiente seja vaporizada.
Dados: cágua líquida = 4,18 ◊ 103 J kg-1 °C-1; DHvaporização água = 2,26 ◊ 106 J kg-1; tágua = 1,00 kg dm-3
6 ara arrefecer a água contida num copo, será mais eficaz adicionar-lhe água líquida a 0 °C ou gelo
P
à mesma temperatura? U3P174H2
Para responder a esta pergunta através de uma atividade experimental, um grupo de alunos
procedeu do modo seguinte:
• Numa tina de vidro, introduziram alguns cubos de gelo e uma pequena quantidade de água,
e aguardaram até que se atingisse o equilíbrio térmico, a 0 °C.
• Aqueceram água, que repartiram por dois gobelés, A e B, tendo colocado 200 g de água em
cada um e medido a temperatura inicial em cada um deles, que era 42,3 °C.
• Adicionaram ao gobelé A 51 g de água a 0 °C, e foram medindo a temperatura da mistura,
até ser atingido o equilíbrio térmico, que ocorreu a 34,7 °C.
• Adicionaram ao gobelé B 51 g de gelo a 0 °C, e foram medindo a temperatura da mistura,
até que todo o gelo fundisse e fosse atingido o equilíbrio térmico, que ocorreu a 22,4 °C.
6.1 D
etermine, com base nos resultados experimentais obtidos, o calor de fusão do gelo (Lfusão)
admitindo que não ocorreram trocas de energia com o exterior. Apresente todas as etapas
de resolução.
6.2 De acordo com a teoria, previa-se que o equilíbrio térmico no gobelé B fosse atingido a 17,5 °C,
em vez de a 22,4 °C, conforme obtido experimentalmente. Refira uma razão que possa explicar
esta diferença.
6.3 De acordo com os resultados experimentais obtidos, conclui-se que, para arrefecer a água
contida num copo, é mais eficaz usar cubos de gelo do que água à mesma temperatura do
gelo, uma vez que a temperatura à qual se atingiu o equilíbrio térmico é inferior no primeiro
caso. Justifique a conclusão, tendo em consideração o fenómeno que ocorre quando se utiliza
gelo para arrefecer a água.
6.4 Como se designa o mecanismo de transferência de energia sob a forma de calor que ocorre, Professor
predominantemente, no arrefecimento da água contida no gobelé A? 5.
Dt = 3,98 ◊ 103 s
6.5 Quando colocamos a mão em água e em gelo, ambos à temperatura de 0 °C, aparentemente
6.
o gelo está mais frio do que a água. 6.1 Lfusão = 2,3 ◊ 105 J
Selecione a única opção que contém a interpretação correta deste facto. kg-1
A. A energia transferida como calor da pele para o gelo é menor do que a energia transferida 6.2 O sistema não se
encontra isolado.
da pele para a água, no mesmo intervalo de tempo. 6.3 O fenómeno que ocorre
B. A energia transferida como calor da água para a pele é maior do que a energia transferida é a fusão do gelo; esta
mudança de fase é um
do gelo para a pele, no mesmo intervalo de tempo.
processo endoenergético,
C. A energia transferida como calor do gelo para a pele é maior do que a energia transferida durante o qual é absorvida
da água para a pele, no mesmo intervalo de tempo. energia da água que se
pretende arrefecer.
D. A energia transferida como calor da pele para a água é menor do que a energia transferida 6.4 Convecção térmica.
da pele para o gelo, no mesmo intervalo de tempo. 6.5 D
Adaptado do Teste Intermédio de Física e Química A, 10.° ano, 2009
201
Cobertura Circuito
No interior da caixa, tem-se uma placa coletora metálica, revestida de
com fluido um material bom absorvedor (elevada emissividade) em toda a gama do
Saída espetro solar. A esta placa são soldados tubos metálicos, normalmente
de água
de cobre (de elevada condutividade térmica), por onde circula o fluido.
Caixa
isoladora A radiação solar absorvida pela placa coletora é reemitida como radia-
Placa Placa ção menos energética, radiação infravermelha. A cobertura, sendo opaca
absorvente isoladora a essa radiação, impede a sua transferência para a vizinhança, contri-
Fig. 45 Esquema geral de um
buindo para o aquecimento mais rápido do sistema.
coletor solar.
U3P176H1 A placa coletora constitui uma fonte de energia térmica para os tubos
de cobre, que estão a uma temperatura inferior devido ao circuito de
água fria, e para a vizinhança, quer por calor quer por radiação, até que
se atinja o equilíbrio térmico entre o metal e a água que percorre os tubos
de cobre (no caso de não haver consumo) Fig. 46 .
A B C
Tubo de cobre Temperatura/ºC
(Asa)
36,28157
Aleta Área de contacto
35,26627
entre aleta 34,25097
e tubo Aleta 33,23567
Radiação solar 32,22037
Tubo Aquecimento da aleta 31,20507
aletado 30,18977
29,17447
28,15917
Condução Convecção 27,14387
26,12857
de calor Aquecimento 25,11327
Tubos pela aleta da água 24,09797
Cabeçotes Tubo 23,08247
aletados
Água 22,06737
21,05207
20,03677
Fig. 46 Detalhes dos tubos e das aletas ou asas (metal com que se prendem os tubos à placa) [A]; mecanismos
de transferência de energia no absorvedor do coletor (placa + tubos) [B]; perfil de temperatura ao longo do tubo
de cobre inserido entre duas aletas ou asas [C]. U3P176H3
U3P176H2 U3P176H4
202
EXERCÍCIO RESOLVIDO 10
Funcionamento de um coletor solar
Instalou-se numa residência um coletor solar para aquecimento de água, cujo rendimento total
é de 40 %. Determine o tempo que é preciso, em horas, para que seja fornecida a energia
requerida para satisfazer as necessidades de uma família que consome 10 kW h por dia.
O coletor tem 10 m2 de área e, nesse local, o fluxo de radiação solar é de 500 W m-2.
RESOLUÇÃO:
Se a intensidade da radiação solar é de 500 W m-2, significa que para uma área de 10 m2 tem-se
uma potência fornecida de 5000 W.
e a eficiência da instalação é de 40 %, significa que apenas 5000 ◊ 40 % são realmente
S
utilizados para aquecer água e os restantes 60 % são desperdiçados no processo.
Então, a potência absorvida é:
P = 5000 ◊ 0,4 = 2000 W = 2 kW
Como a família consome 10 kW h por dia e:
E = P ◊ Dt + 10 kW h = 2 kW ◊ Dt + Dt = 5 h,
e ntão, a família precisa que o Sol brilhe sobre toda a área de absorção de radiação durante
5 horas por dia.
203
204
DU = Q + W
iv
er
V izi n h a n ç a
calor. Un
• W > 0, quando sobre o sistema é realizado trabalho pela vizinhança. Fig. 48 Sentido da energia
• W < 0, quando o sistema realiza trabalho sobre a vizinhança. transferida entre o sistema
e a vizinhança.
A 1.ª Lei da Termodinâmica descreve o balanço energético dos pro-
cessos termodinâmicos que ocorrem num sistema. U3P179H1
100 kW 100 kW
206
Gelo Gelo
Gelo
Q>0 Q<0
U3P180H5 U3P180H6
O sistema recebe da vizinhança energia O sistema cede à vizinhança energia
térmica por condução e radiação. térmica por condução e radiação.
DU > 0; T aumenta DU < 0; T diminui
Compressão
Expansão
207
Professor Por exemplo, um cubo de gelo é colocado numa garrafa térmica com
Sugestões metodológicas água inicialmente à temperatura ambiente. Ao fim de algum tempo, o
• Distinguir transformações reversíveis de irreversíveis:
— reversível — pode ocorrer exatamente no sentido
gelo funde, o volume de água aumenta e a temperatura final corresponde
oposto, isto é, estado final para o estado inicial; a um valor superior à do gelo e inferior à temperatura inicial da água.
— irreversível — explorar a figura 49.
Para voltar a ter o cubo de gelo e o copo de água à temperatura ambiente,
LIVROMÉDIA seria necessário que a vizinhança atuasse sobre o sistema, pois a trans-
formação de água líquida em gelo não ocorre espontaneamente.
PowerPoint
Segunda Lei da Termodinâmica: degradação da energia
e rendimento Com efeito, é impossível criar as condições para se realizar uma trans-
formação reversível perfeita. Na prática, pode realizar-se uma transfor-
mação tão lentamente quanto possível, de modo que seja admissível
considerar o sistema sempre em equilíbrio termodinâmico.
208
Caldeira
Correia
Vapor
por
Água
uaa
Gerador Combustível
íveel
W
h= × 100 %
DU
EXERCÍCIO RESOLVIDO 11
Balanço energético num sistema termodinâmico
Encerra-se um gás num recipiente com um êmbolo móvel. Este gás sofre uma transformação
ao receber 200 cal de energia na forma de calor e ao sofrer uma expansão, transferindo 75 %
da energia recebida na forma de trabalho. Determine a variação da energia interna do gás, expressa
em joules, e refira se a energia interna do sistema gás aumentou ou diminuiu.
RESOLUÇÃO:
variação da energia interna do sistema calcula-se: DU = Q + W
A
O sistema recebe 200 cal de energia na forma de calor: Q = 200 cal = 200 ◊ 4,18 = 836 J
O gás sofre uma expansão; significa que realiza trabalho sobre a vizinhança:
W = -0,75 ◊ 200 = -150 cal = -150 ◊ 4,18 = -627 J
A variação de energia interna do sistema: DU = 836 - 627 = 209 J
Como DU > 0, então, há um aumento da energia interna do sistema nesta transformação.
210
AVALIAR CONHECIMENTOS
Aplicar os conceitos sobre a Primeira e a Segunda Leis da Termodinâmica
1Selecione a opção correta para completar o sentido do texto.
O primeiro princípio da termodinâmica estabelece uma relação entre energia interna, trabalho e calor,
reafirmando a ideia geral da conservação de energia.
Pode, portanto, afirmar-se que na expansão de um gás, num sistema isolado, ocorre a transformação
de…
A. … trabalho em calor. D. … energia interna em trabalho.
B. … calor em energia interna. E. … energia interna em calor.
C. … trabalho em energia interna.
2 energia transferida, sob a forma de calor, por condução e radiação para um sistema é 40 J
A
e a energia transferida desse mesmo sistema para o exterior, através da realização de trabalho,
é 36 J. Determine a variação de energia interna do sistema e indique se ocorreu um aumento
ou uma diminuição desta. Professor
Sugestões
3 elecione a opção correta para completar o sentido do texto.
S metodológicas
Considere um gás contido num cilindro com êmbolo móvel • Como tarefa de aula e/ou
e termicamente isolado do exterior. Quando se desloca o êmbolo trabalho para casa, os
da posição 1 para a posição 2, a energia interna do sistema alunos deverão resolver os
2 1 exercícios de aplicação dos
aumenta 400 J.
conceitos sobre a Primeira
Para esta transformação pode concluir-se que… e a Segunda Leis da
A. … o trabalho realizado sobre o sistema é 400 J e é transferida energia como calor de -400 J. Termodinâmica.
U3P186H1
B. … o trabalho realizado sobre o sistema é 200 J e é transferida energia como calor de 200 J. AVALIAR
CONHECIMENTOS
C. … o trabalho realizado sobre o sistema é 400 J e não há transferência de energia por fluxos
1.
de calor.
D
D. … o sistema realiza sobre a vizinhança trabalho de 400 J e não há transferência de energia
2.
por fluxos de calor. DU = 4,0 J
Ocorreu um aumento da
4 Considere um sistema termodinâmico fechado no qual ocorreu um processo em que se verificaram energia interna.
trocas de energia, sob a forma de calor por condução e radiação e trabalho, com a sua vizinhança.
3.
Durante o processo foram transferidos para a vizinhança 700 J sob a forma de trabalho e 300 J sob C
a forma de calor por radiação, mantendo-se constante a energia interna do sistema.
4.
Calcule a energia transferida, sob a forma de calor por condução, e refira o sentido dessa Q = 1000 J; o sentido da
transferência. Apresente todas as etapas de resolução. transferência é da
vizinhança para o sistema.
5 C
omente a seguinte afirmação do ponto de vista da reversibilidade da transformação: 5.
No dia a dia ocorrem processos irreversíveis, como, por exemplo, o equilíbrio térmico entre dois Ocorre a passagem de
corpos que se encontravam a diferentes temperaturas. energia, sob a forma de
calor, do corpo a
6 Das situações apresentadas, qual é a que não conduz a um aumento da entropia? temperatura superior para
A. Aumentar a temperatura de um gás. o corpo com menor
temperatura. O processo
B. Congelar um líquido. inverso não se verifica, uma
C. Evaporar um líquido. vez que um sistema de dois
corpos à mesma
7 Considere o sistema isolado constituído por dois gases, à mesma temperatura e pressão, inicialmente temperatura não evolui
separados por uma membrana. Supondo que a membrana rompe, qual das situações de 1 a 3 será espontaneamente de modo
que ambos fiquem com
a mais provável quando a mistura atingir o equilíbrio termodinâmico? Justifique a sua resposta. temperaturas diferentes.
6.
B
7.
Situação 2: um sistema
inicialmente num estado
de baixa entropia tenderá
espontaneamente para
um estado de entropia
máxima.
1 2 3
211
212
Para o estudo da variação da potência elétrica fornecida ao circuito pelo painel fotovoltaico em
5
função da tensão de saída do painel, vão realizar-se vários ensaios. Para cada ensaio, identifique:
a) a(s) variável(eis) controlada(s);
b) a(s) variável(eis) cujo valor varia no decurso do ensaio.
Justifique o facto de, durante a realização de todos os ensaios, ser necessário manter as condições
6
de iluminação do laboratório e os mesmos objetos na vizinhança.
213
Tabela 1 Registo das medições diretas e indiretas com vista ao estudo do efeito da variação da irradiância na
potência de um painel fotovoltaico
Medições diretas Medições indiretas
Diferença Intensidade da
Ensaio Fator de potencial corrente elétrica Potência/W
(U)/V !… (I)/A !…
1 0°
Ângulo de
2 45°
incidência
3 …
4 Filtro 1
Utilização
5 Filtro 2
de filtros
6 Filtro 3
5 Elabore um relatório (ou síntese, oralmente ou por escrito, ou noutros formatos) sobre a atividade
laboratorial realizada.
6 Após a realização da experiência e o tratamento dos dados compare e discuta, com os restantes
grupos, os resultados experimentais obtidos, concluindo quanto à influência da variação da
irradiância, devido ao ângulo de incidência da radiação e pela interposição de filtros, e em que
condições é que se obteve um maior rendimento.
214
215
3 screva a equação de regressão que melhor se ajusta aos pontos experimentais, identificando
E
as grandezas físicas na equação da reta de regressão.
4 Calcule, a partir do declive da reta traçada no gráfico i = f(E), o valor da capacidade térmica
e respetiva capacidade térmica mássica do material.
5 Compare o valor obtido com o valor tabelado e, após a determinação do erro percentual, conclua
quanto à sua exatidão.
216
217
Material e montagem.
218
Aparelhos de medida
Balança Termómetro
Grandeza física
Menor divisão
de leitura/unidade
Digital/analógico
Incerteza absoluta
de leitura/unidade
Professor
3 Elabore um relatório (ou síntese, oralmente ou por escrito, ou noutros formatos) sobre a atividade SUGESTÕES METODOLÓGICAS
laboratorial realizada. • Sugerir a pesquisa e análise do
texto original. Salientar que o ar,
4 Atendendo aos resultados experimentais obtidos e ao texto que se segue, como justifica que durante em contacto com os produtos,
muitos anos o gelo fundente tenha sido utilizado como um refrigerante? é aquecido pelo calor que lhe
é cedido por estes. O calor
é transportado das paredes
aquecidas e levado ao gelo, pela
Refrigeração por gelo circulação do ar dentro da câmara
refrigerada. O ar, ao passar pelo
Há poucos anos, o gelo era o único agente frigorífico eficaz para uso em pequenos refrigeradores comerciais
gelo, vai arrefecendo conforme
e domésticos. Num congelador de gelo típico, o calor que entra na câmara refrigerada, atinge, através de o calor vai passando deste para
várias fontes, o gelo em fusão, principalmente por correntes de convecção mantidas no ar da referida câmara. o gelo.
Dossat, Roy J., Princípios de Refrigeração, Editora Hemus, 2004, pp. 161-162 (adaptado)
219
Professor m sistema é uma porção do universo, delimitado pela vizinhança e pela fronteira, sobre o qual
• U
incide um dado estudo. A vizinhança é tudo o que não faz parte do sistema. A fronteira separa o
LIVROMÉDIA
sistema da vizinhança, podendo ser fixa ou móvel, real ou imaginária.
m sistema diz-se isolado quando não são permitidas trocas de energia e de matéria através da(s)
• U
Fichas de trabalho fronteira(s).
n.º 5 e 6
Energia, fenómenos • Um sistema termodinâmico é um sistema em que se tem em conta a sua energia interna.
térmicos e radiação constituído por um número extraordinariamente grande de partículas (por exemplo, 18 g de água
É
Ficha de avaliação
n.º 3
tem o número de Avogadro, NA = 6,02214129 × 1023, de partículas).
Energia, fenómenos estado termodinâmico do sistema pode caracterizar-se através da medição das grandezas físicas
• O
térmicos e radiação macroscópicas, tais como a quantidade de matéria (n), o volume (V), a temperatura (T) e a pressão (p).
• L
ei Zero da Termodinâmica: se dois corpos, A e B, estão em equilíbrio térmico com um corpo C,
então, os corpos A e B estão em equilíbrio térmico entre si.
temperatura é uma propriedade que determina se um sistema está ou não em equilíbrio térmico
• A
com a vizinhança. O aumento de temperatura de um sistema implica, em geral, um aumento da
energia cinética média das suas partículas.
• S
ituações de equilíbrio térmico permitem estabelecer escalas de temperaturas. A escala de tempera-
tura do Sistema Internacional (SI) é a escala absoluta de temperatura ou escala Kelvin (K). Uma das
mais utilizadas é a escala Celsius (°C). As duas escalas relacionam-se por:
T/K = t / ºC + 273,15
• C
alor (E ou Q) é transferência de energia entre corpos a temperaturas diferentes. Ocorre espontane-
amente de um corpo a temperatura mais elevada para um corpo a temperatura mais baixa.
E = m c ∆T
om as experiências realizadas por Benjamin Thompson foi possível concluir que o calor não pode
• C
ser uma substância (calórico), mas sim energia.
om a experiência de Joule, o aumento da energia interna foi interpretado como resultado de um
• C
trabalho realizado sobre o sistema, podendo também ser obtido por absorção de uma igual quanti-
dade de energia sob a forma de calor.
radiação é a transferência de energia por calor através da propagação de luz (ondas eletromagnéti-
• A
cas) sem haver contacto entre os sistemas. A radiação térmica é a radiação eletromagnética emitida
por uma fonte térmica (corpo a uma dada temperatura T > 0 K).
espetro de radiação térmica consiste numa distribuição contínua de radiação de diferentes fre-
• O
quências (comprimentos de onda) e diferentes intensidades que dependem da temperatura do corpo.
• T
odos os corpos a uma temperatura T > 0 K emitem permanentemente radiação térmica. À tempe-
ratura ambiente, emitem predominantemente no infravermelho.
odos os corpos absorvem radiação e a radiação visível é absorvida totalmente pelas superfícies de
• T
cor preta.
• Irradiância (Er) é a energia emitida por uma fonte emissora por unidade de tempo e por unidade de área.
E P
Er = =
Dt # A A
ma célula fotovoltaica é um dispositivo que utiliza a energia da luz solar para criar uma diferença de
• U
potencial elétrico nos seus terminais, produzindo uma corrente elétrica contínua quando inserida num
circuito elétrico. O rendimento de uma célula fotovoltaica é dado por:
Pmax debitada
hmax =
Pincidente
220
mecanismo de transferência de energia como calor por condução ocorre à escala microscópica.
• O
Nos sólidos, a condução térmica ocorre sem que haja transferência de matéria; cada partícula trans-
fere energia à partícula vizinha, e assim sucessivamente, mantendo as suas posições relativas cons-
tantes. Nos fluidos, também existe condução térmica.
mecanismo de transferência de energia como calor por convecção ocorre quando há movimento
• O
macroscópico orientado de partes do fluido. A energia é transferida devido a um processo, que se
repete no tempo, e envolve simultaneamente correntes verticais ascendentes de fluido quente (menos
denso) e correntes verticais descendentes de fluido frio (mais denso).
ondutividade térmica (kT) é a energia transferida por unidade de tempo por um dado material, atra-
• C
vés de uma área de secção transversal de 1 m2 e espessura de 1 m, quando a diferença de tempera-
tura entre duas faces paralelas é de 1 K e se mantém constante no tempo.
• C
apacidade térmica mássica (c) é a quantidade de energia que deve ser cedida/recebida por 1 kg de
uma dada substância para que se registe uma variação (diminuição/aumento) de 1 K (ou de 1 °C) na
temperatura.
E
c=
m DT
• A variação de entalpia numa transição de estado é a energia necessária (cedida ou recebida) para
que uma unidade de massa de uma dada substância mude de estado físico, a pressão constante.
A unidade do SI é joule por quilograma (J kg-1).
E
DH = m
• À
energia necessária para a mudança de estado físico de sólido para líquido de 1 kg de uma dada
substância chama-se variação de entalpia de fusão e representa-se por DHf.
• À
energia necessária para a mudança de estado físico de líquido para gasoso de 1 kg de uma dada
substância chama-se variação de entalpia de vaporização e representa-se por DHv.
ara a variação da energia interna (DU) de um sistema num processo de aquecimento ou arrefeci-
• P
mento, contribuem todas as parcelas da energia envolvida quer para variações de temperatura
(E = m c DT ) quer para mudanças de estado físico (E = m DH).
Primeira Lei da Termodinâmica é a Lei da Conservação de Energia aplicada a sistemas onde apenas
• A
se verificam variações de energia interna. A energia interna de um sistema pode variar quer por transfe-
rência de energia sob a forma de calor quer pela realização de trabalho sobre ou pelo sistema.
∆U = W + Q
• Todos os processos espontâneos são processos irreversíveis que ocorrem num só sentido.
• Nos processos reversíveis, quer o sistema quer a vizinhança voltam ao seu estado termodinâmico
inicial.
degradação de energia está relacionada com a diminuição da capacidade de um sistema realizar
• A
trabalho à custa da sua energia interna. Para cada transformação há um máximo de energia interna
convertível em trabalho. O rendimento é dado pela expressão:
W
h= # 100 %
DU
Segunda Lei da Termodinâmica está relacionada com o sentido em que os processos termodinâ-
• A
micos ocorrem espontaneamente e que conduzem a uma diminuição da energia útil.
221
3.1 Identifique o fenómeno que ocorre quando o alumínio se encontra à temperatura de 660 °C.
3.2 S
elecione a alternativa que permite calcular, na unidade do Sistema Internacional, a temperatura
do ponto de fusão do alumínio.
A. T = 660 - 273,15 K
B. T = 660 + 273,15 K
273,15
Professor C. T = K
660
Atividades globais
D. T = 273,15 - 660 K
1.
1.1 A temperatura do sistema 3.3 R
efira o significado da expressão: «A capacidade térmica mássica do alumínio, à temperatura
encontra-se entre os valores 21,4 °C de 25 °C, é 897 J kg-1 °C-1.»
e 21,6 °C, sendo o valor 21,5 °C
o valor mais provável de medir. 3.4 Considere que uma barra de alumínio, de massa 700 g e, inicialmente, a 25,0 °C, é aquecida.
1.2 O valor da temperatura medida 3.4.1
Que energia é necessário fornecer à barra para que a sua temperatura aumente
deve ser 294,7 K.
de 25,0 °C para 27,0 °C?
1.3 D
2.
A. ( 0,700 ◊ 2,0 ◊ 897) J
t = -18 °C B. ( 0,700 ◊ 1,4 ◊ 897) J
0,700 # 897
C. f pJ
3.
3.1 À temperatura de 660 °C ocorre
2
a mudança de estado físico de sólido
0,700 # 897
D. f pJ
para líquido ou de líquido para sólido.
3.2 B
1,4
3.3 Esta expressão significa que
para elevar (ou baixar) 1 °C a 3.4.2
Admita que é transferida energia para a barra de alumínio considerada a uma taxa
temperatura de um bloco de alumínio temporal constante de 1,1 kW.
de massa 1 kg que se encontra Determine o tempo que a barra demora a fundir completamente, a partir do instante em
a 25 °C é necessário fornecer
que atinge a temperatura de 660 °C, admitindo que a totalidade da energia transferida
(ou retirar) 897 J de energia.
3.4 contribui para o aumento da energia interna da barra.
3.4.1 B Apresente todas as etapas de resolução.
3.4.2 Dt = 5,7 × 102 s Adaptado do exame de Física e Química A, 1.ª fase, 2014
222
102 104 106 108 1010 1012 1014 1016 1018 1020
f/Hz
Micro-ondas Ultravioleta
Rádio AM FM/TV Infravermelhos Raios X
m/m
x y Professor
Visível
4.
T = 295,7 K
5.
5.1 Uma vez que a energia
Vermelho (4,3 × 1014 Hz), laranja, amarelo..., verde, azul, violeta (7,5 × 1014 Hz) de uma radiação é
diretamente proporcional à
frequência, então a radiação
de menor energia
corresponde à Rádio AM.
5.2 Como o comprimento
5.1 Identifique a radiação do espetro eletromagnético menos energética. de onda é inversamente
proporcional à frequência
5.2 Ordene as radiações eletromagnéticasU3P188H1
do espetro visível por ordem crescente do comprimento da radiação, então, tem-se:
de onda. mvioleta < manil < mazul <
5.3 No espetro estão assinalados dois valores de comprimento de onda com a letra X e Y. Determine < mverde < mamarela <
< mlaranja < mvermelha
os valores de X e Y no vazio. 5.3 O que caracteriza uma
5.4 Uma radiação vermelha propaga-se no ar e incide numa tina contendo água, continuando radiação eletromagnética
a propagar-se na água. é a sua frequência, a qual
traduz a relação de
Selecione a opção que completa corretamente a frase. proporcionalidade entre a
Quando a radiação vermelha passa a propagar-se na água… velocidade de propagação
no meio e o comprimento
A. … a frequência da radiação diminui.
de onda no mesmo meio,
B. … a velocidade de propagação da radiação vermelha aumenta. v
f = . Do espetro
m
C. … o comprimento de onda da radiação vermelha aumenta. eletromagnético retiram-se
os valores das frequências:
D. … a frequência da radiação mantém o mesmo valor.
f X = 1014 Hz; f Y = 1016 Hz.
c
Aplicando: m = ;
f
mX = 3 × 10-7 m;
mY = 3 × 10-9 m
5.4 D
223
6 A
s plantas e os animais que vivem num ecossistema dependem uns dos outros, do solo, da água
e das trocas de energia para sobreviverem. Um processo importante de troca de energia
designa-se por calor.
Classifique as afirmações como verdadeiras ou falsas.
A. A
s trocas de energia entre corpos à superfície da Terra ocorrem por ondas eletromagnéticas
na zona espetral do infravermelho.
B. O
corre transferência de calor por convecção, quando se estabelecem, num fluido, correntes
causadas por diferenças de temperatura.
C. T
ransferência de energia por calor pode ocorrer por condução em sólidos, líquidos, gases e,
também, no vácuo.
7T
odos os corpos emitem radiação térmica, contudo o espetro da radiação térmica emitido pelos
corpos depende da temperatura a que estes se encontram.
A figura seguinte mostra o espetro da radiação térmica, medido através do orifício de uma cavidade
a diferentes temperaturas.
Radiância/
/W m-2 nm-1
2,5 ◊ 1014
B
2,0 ◊ 1014
D
1,5 ◊ 1014 ××
××
×
× × ×
××
C
Professor
××
1,0 ◊ 1014 ×
×× ×××
×
×
××
××
××× ××
××
××××
6. A
×× ××
××
× ×
B
×× ×
××
×××
××
5,0◊ 10 13
××××
× ×
××××
7. ×××
× ×
××
××
××
×××××
7.1 Quanto maior for ×
×
×
×
××××
××
×
×
××
××
×
×
×
×
×× ×
×
a radiância de um corpo, × ××
× ××××××
××
××
××××
×××××××××××
×××
×××× ×
× ×
×××
××
××
×
×××
×
×××
×
××
××
××
××
××
maior é a sua temperatura. 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 m/nm
Curva A: 5800 K; curva C:
6000 K; curva D: 6500 K;
curva B: 7000 K. 7.1 S
abendo que as temperaturas são 5800 K, 6000 K, 6500 K e 7000 K, associe cada um destes
7.2 A curva B apresenta valores de temperatura à respetiva curva A, B, C ou D.
U3P189H1
um máximo de emissão para
7.2 Q
ual das curvas A, B, C ou D apresenta o máximo de emissão para uma menor frequência?
um menor comprimento
de onda. Justifique
Como o comprimento de 7.3 S
elecione a opção que completa corretamente a afirmação.
onda é inversamente
Quando o espetro da radiação térmica é a curva A, um corpo a esta temperatura…
proporcional à frequência
(c = m f ), então, a curva B, A. … emite somente na região do visível.
tem o máximo de emissão
B. … emite na região do visível e infravermelho.
para menor valor de frequência.
7.3 D C. … não emite na região do visível.
8. D. … emite somente na região do infravermelho.
A irradiância será maior
quanto maior for a temperatura 8 dmita que o corpo que se encontra à temperatura de 6000 K irradia 7,3 ◊ 107 W m-2.
A
a que se encontra o corpo. O valor da irradiância do corpo que se encontra à temperatura de 7000 K será maior, menor ou igual
Como o valor de irradiância
a 7,3 ◊ 107 W m-2? Justifique a sua resposta.
7,3 × 107 W m-2 é para
a temperatura de 6000 K, 9 Identifique o sensor que utilizaria para detetar a radiação térmica emitida por um corpo à temperatura
então, à temperatura
de 7000 K, o valor de
ambiente e em que condições seria possível detetar esse corpo.
irradiância será superior
a este valor.
9.
Sensor de infravermelho.
224
10.1
Qual das superfícies é mais refletora na gama Pintura:
do infravermelho? Justifique a sua resposta. branca 0,90
amarela 0,90
10.2
Qual das superfícies se aproxima mais do
verde-clara 0,90
comportamento de corpo negro na gama
«alumínio» 0,90 Professor
do infravermelho?
verde-escura 0,90 10.
10.3
A cor da tinta pode ser utilizada como critério vermelha 0,90 10.1 A superfície que tem
para avaliar o poder refletor/absorvedor da preta menor valor de emissividade
0,90
é a que absorve uma menor
superfície relativamente à radiação na gama
parcela de radiação
do infravermelho? incidente. Como absorve
menos radiação, significa
11 Para investigar a influência da irradiância
que reflete mais radiação
e da diferença de potencial elétrico no rendimento nela incidente. Neste caso,
de um painel fotovoltaico, um grupo de alunos fez o material com menor valor
a montagem do circuito elétrico representado de emissividade é a chapa
de alumínio nova e brilhante.
na figura ao lado.
10.2 De acordo com a
Fazendo incidir na vertical sobre o painel a radiação informação no enunciado do
proveniente de uma lâmpada, os alunos mediram problema, uma superfície
as grandezas intensidade de corrente elétrica (I), para ter o comportamento
de «corpo negro» tem de ter
estabelecida no circuito, e diferença de potencial
um valor de emissividade
(U), nos terminais da célula fotovoltaica, para igual a 1. Neste caso, a
diferentes valores de resistência elétrica introduzida superfície que se aproxima
pelo reóstato. Com os valores obtidos, calcularam a potência debitada (P) pelo painel, e construíram mais do comportamento de
«corpo negro» na gama do
o gráfico da potência em função da diferença de potencial elétrico fornecido pelo painel.
infravermelho é a que tem o
maior valor de emissividade;
P/W neste conjunto de materiais
é o revestimento asfáltico.
0,04 10.3 De acordo com a
informação que consta na
0,03 tabela, existem pinturas
de diferentes cores com
0,02 o mesmo valor de
emissividade na gama do
0,01
infravermelho. Pode-se
portanto afirmar que através
0
da cor não é possível o
0 5 10 15 20 25 U/V
poder refletor/absorvedor da
superfície face à radiação
infravermelha.
u3p190h2
225
11.1
Como se chama o aparelho de medida que mede a intensidade de corrente elétrica?
11.2
Qual é o nome da unidade de intensidade de corrente elétrica?
11.3
Das medições efetuadas pelos alunos para traçar o gráfico, indique uma medição direta
e uma medição indireta. Justifique.
11.4
Indique o valor da diferença de potencial debitada pela célula que maximize a potência
fornecida pelo painel fotovoltaico.
11.5
Quaisquer que sejam as condições de iluminação do painel, há um valor da resistência para
o qual a potência debitada é máxima.
Selecione a opção que completa corretamente a frase seguinte.
O valor da potência máxima debitada pelo painel aumenta quando…
A. …
é máxima a intensidade da radiação incidente.
B. …
é maior a inclinação do painel relativamente à direção da radiação incidente.
C. … for menos intensa a radiação incidente.
D. … for maior a temperatura ambiente.
11.6
Admita que, em cada ensaio, se utilizaram células retangulares com 10 cm de comprimento
e 5 cm de largura. Utilizou-se ainda uma lâmpada de 25 W que esteve ligada durante 2 min,
mas somente 1,2 % da energia fornecida pela lâmpada incidia na célula fotovoltaica.
Determine:
a) a irradiância da luz média no local em que se encontra a célula. Exprima o valor em W cm-2;
b) o rendimento máximo da célula fotovoltaica.
11.7
Posteriormente, os alunos repetiram a experiência, mantendo fixo o valor da resistência introduzida
pelo reóstato, mas variando a inclinação do painel em relação à direção da radiação incidente.
Na tabela seguinte, encontram-se registados os valores experimentais de potência (P)
fornecida ao circuito pelo painel fotovoltaico, para os diversos ângulos (a) definidos pela
direção em que se encontrava o painel e pela direção da radiação incidente.
O que se pode concluir a partir destes dados experimentais?
a/º P/W
90 1,41 ◊ 10-2
Professor 80 1,39 ◊ 10-2
11. 70 1,37 ◊ 10-2
11.1 O aparelho de medida
de intensidade da corrente elétrica 60 1,07 ◊ 10-2
é o amperímetro.
11.2 O nome da unidade do SI 50 7,88 ◊ 10-3
de intensidade da corrente elétrica
é o ampere.
11.8
Na figura seguinte estão representadas as curvas características de células fotovoltaicas
11.3 Medição direta: diferença de
potencial; Medição indireta: potência. em três momentos diferentes do dia, devido à inclinação dos raios solares: 9 h, 12 h e 16 h.
11.4 A d.d.p que maximiza a Faça corresponder a respetiva curva (1, 2 ou 3) ao momento do dia 9 h e ao momento
potência fornecida pelo painel do dia 12 h.
é 18 V.
11.5 A
11.6 a) Er = 0,006 W cm-2
b) h = 10 % curva 3
2,8
11.7 A potência debitada pelo painel
fotovoltaico depende da inclinação curva 2
Corrente (I)/A
226
12 Os coletores solares permitem aproveitar a radiação solar para aquecer um fluido que circula no
interior de tubos metálicos. Para uma maior eficiência, esses tubos estão em contacto com uma
placa coletora, como representado na figura seguinte.
Cobertura transparente
Caixa metálica
Isolamento térmico
Tubos de cobre
Superfície absorvedora
12.1
Apresente a razão pela qual a placa coletora é, normalmente, metálica e a razão pela qual
é, por vezes, de cor negra.
U3P192H1
12.2
Um fabricante de componentes de coletores solares testou dois materiais diferentes — cobre
e aço inoxidável. Forneceu a mesma quantidade de energia a uma placa de cobre e a uma
placa de aço inoxidável, de igual massa e de espessura idêntica, colocadas sobre suportes
isoladores. Verificou que a placa de cobre sofreu uma elevação de temperatura superior à da
placa de aço.
Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, as lacunas
do texto, de modo a obter uma afirmação correta.
Esse teste permitiu concluir que a […] do cobre é […] à do aço.
A. […] condutividade térmica […] superior […]
B. […] condutividade térmica […] inferior […]
C. […] capacidade térmica mássica […] inferior […]
D. […] capacidade térmica mássica […] superior […]
12.3
Escolha a única opção correta que completa a frase.
Um dos componentes dos coletores solares é uma caixa construída com um material que
é um isolador térmico; esta caixa permite…
A. … minimizar as transferências de energia por convecção.
B. … minimizar as transferências de energia por radiação.
C. … minimizar as transferências de energia por condução.
D. … aumentar as transferências de energia por condução.
Professor
12.4
Identifique o principal processo de transferência de energia como calor que permite
12.
o aquecimento de toda a água contida nos tubos metálicos. 12.1 Placa metálica,
12.5
Um coletor solar é instalado numa habitação para aumentar a temperatura de 800 litros de porque os metais são bons
condutores térmicos,
água de 20 °C a 60 °C, durante o tempo de exposição solar, 8 h.
e de cor negra, para melhor
Nas condições de operação em estado estacionário, para a qual é possível considerar que o absorver toda a radiação
balanço energético radiante resulta num ganho de potência de 140 W m-2 por parte da placa incidente na placa coletora.
absorvedora, calcule a área do coletor solar que é necessário instalar. 12.2 C
12.3 C
c (água) = 4180 J kg-1 ºC-1
12.4 Correntes de
t (água) = 1 g cm-3 convecção e condução por
Teste Intermédio de Física e Química, 11.º ano, 11/02/2010 (adaptado) difusão.
12.5 A = 33,2 m2
13 Um corpo A, inicialmente à temperatura de T °C, é colocado em contacto com um corpo B, com
13.
a mesma massa mas de material diferente, inicialmente à temperatura de 0 °C. O equilíbrio térmico cB
dos dois corpos estabelece-se a 0,2T °C. Supondo que o sistema é termicamente isolado, estabeleça =4
cA
a relação entre as capacidades térmicas mássicas das duas substâncias.
227
14 C
om o objetivo de determinar a capacidade térmica mássica Sensor de
do cobre e do alumínio, um grupo de alunos utilizou temperatura
sucessivamente blocos calorimétricos desses metais, numa
Resistência de
montagem semelhante à representada na figura ao lado. aquecimento
Os alunos começaram por introduzir um sensor de temperatura,
ligado a um sistema de aquisição de dados, num dos orifícios
de um desses blocos calorimétricos, e uma resistência de
Bloco
aquecimento, no outro orifício. Tiveram, ainda, o cuidado de calorimétrico
proceder de modo a otimizar o contacto térmico do bloco, quer
com o sensor, quer com a resistência, e a minimizar a taxa Material
isolador
de dissipação de energia do bloco. Seguidamente, os alunos
montaram um circuito elétrico, ligando a resistência de
aquecimento a uma fonte de alimentação, a um voltímetro,
a um amperímetro e a um interruptor.
14.1
Qual dos esquemas seguintes pode representar o circuito elétrico montado pelos alunos?
U3P193H1
A B C D V
V A V A
A V A
14.2
Os alunos ligaram o interruptor do circuito elétrico e iniciaram,
U3P193H4 simultaneamente, o registo
U3P193H2 U3P193H3 U3P193H5
da temperatura do bloco de cobre em função do tempo.
Identifique uma das grandezas que os alunos tiveram de medir para calcular a potência
dissipada pela resistência de aquecimento.
14.3
A figura seguinte apresenta o gráfico da temperatura do bloco de cobre, de massa 1,00 kg,
em função do tempo. Sabendo que a potência dissipada pela resistência de aquecimento na
experiência realizada foi 1,58 W, determine, a partir dos resultados da experiência, o erro
relativo, em percentagem, do valor experimental da capacidade térmica mássica do cobre.
Comece por obter o valor experimental da capacidade térmica mássica do cobre expressa
em J kg-1 °C-1, usando apenas a região linear do gráfico.
Apresente todas as etapas de resolução.
Dados: Ccobre = 385 J kg-1 °C-1
18,00
17,90
temperatura/ºC
17,80
17,70
17,60
Professor 17,50
14.
14.1 B 17,40
0 50 100 150
14.2 Tiveram que medir a diferença tempo/s
de potencial nos terminais da
resistência e a intensidade da
14.4
Seguidamente, os alunos repetiram a experiência, nas cobre
corrente elétrica.
14.3 er = 1,2 % mesmas condições, substituindo apenas o bloco de
U3P193H6
temperatura/ºC
14.4 Num mesmo intervalo de cobre por outro de alumínio, aproximadamente com
tempo, a variação da temperatura alumínio
a mesma massa. A figura ao lado apresenta o esboço
do bloco de cobre é superior
dos gráficos da temperatura de cada um dos blocos,
à variação da temperatura do bloco
de alumínio. Conclui-se, assim, que em função do tempo. Conclua, justificando, qual dos
o alumínio terá maior capacidade dois metais, cobre ou alumínio, terá maior capacidade
tempo/s
térmica mássica do que o cobre. térmica mássica.
Exame de Física e Química A, 1.ª fase, 2012 (adaptado)
U3P194H1
228
15 E xistem atualmente, na construção civil, sistemas de aquecimento dos edifícios que substituem
os radiadores nas paredes por piso radiante.
Os tubos de circulação de água quente são colocados no chão do edifício.
Explique como se processa a transferência de energia que permite o aquecimento rápido de todo
o ar da habitação, quando se liga o sistema de aquecimento.
16 Na escolha do material a utilizar como isolante térmico para
a construção de uma câmara frigorífica, devem-se considerar
vários fatores, além do económico, tais como: resistência
a insetos e microrganismos, riscos de propagação de fogo,
poeira ou vapores indesejáveis, partículas que possam irritar
a pele, retenção de odores, resistência à decomposição e
resistência à absorção de água. Outro fator a ter em conta
é a propriedade do material para diminuir o fluxo de calor entre Professor
o sistema e a vizinhança. 15.
16.1
Qual é nome da propriedade do material que faz diminuir o fluxo de calor entre o sistema Nos tubos do piso radiante
circula água quente que
e a vizinhança? transfere energia como
16.2
Na tabela estão registadas as características térmicas de quatro materiais que podem ser calor para o piso por
utilizados na construção de câmaras frigoríficas. condução. O piso aumenta
a sua temperatura e
transfere energia para o ar
Material kT/ W m-1 °C-1 que está em contacto com
a superfície e a uma
PUR (poliuretano) 1,97 ◊ 10-2 temperatura menor, calor
por condução, e também
EPS (poliestireno expandido) 3,25 ◊ 10-2
transfere energia por
Poliestireno 1,00 ◊ 10-2 radiação. O ar junto ao piso
aumenta a sua temperatura,
Cortiça 3,72 ◊ 10-2 fica menos denso e sobe,
gerando uma corrente
Lã de vidro 4,50 ◊ 10-2 ascendente de ar quente
que vai transferindo energia
16.2.1 Indique, justificando, o material que selecionaria para isolamento térmico da câmara para a vizinhança.
frigorífica. Simultaneamente, uma
corrente de ar frio, mais
16.2.2 Admita que uma câmara frigorífica tem uma área total das paredes externas denso, desce e o mesmo
de 24,0 m2 e a diferença de temperatura entre o exterior e o interior da câmara é aquecido junto ao piso,
é mantida constante e é igual a 25 °C. No revestimento do frigorífico foi utilizado ficando menos denso
e voltando a subir,
poliestireno de espessura 10 cm. repetindo-se o ciclo de
Sabendo que a taxa temporal de transferência de energia como calor por condução correntes de convecção que
Q aquecem todo o ar da sala.
térmica e o, através de um material de área de secção transversal (A) 16.
Dt
e espessura (ℓ), que se encontre a uma dada diferença de temperaturas (i), 16.1 Condutividade
térmica.
é calculado por: 16.2 16.2.1 O material
Q A para servir como isolamento
= kT ◊ ◊ Di
Dt ℓl térmico deve ter um baixo
Calcule a energia transferida através das paredes do frigorífico, durante 1 h de valor de condutividade
térmica, para evitar as
funcionamento.
transferências de energia
17 U por condução entre
m bloco sólido homogéneo foi submetido ao
i/ºC
o sistema e a vizinhança.
aquecimento utilizando uma fonte de potência Dos materiais que constam
constante. 75 na tabela, o que tem menor
O gráfico ao lado traduz a variação da temperatura valor de condutividade
do bloco, durante o processo de aquecimento. térmica é o poliestireno;
portanto, seria este
Sabendo-se que a capacidade térmica mássica o material a selecionar.
25
do bloco é 2,51 J g-1 °C-1, calcule o valor do calor 16.2.2 Q = E =
de fusão do bloco. = 2,16 × 105 J
0 8 16 24 t/min
17.
DHfusão = 251 J g-1
U3P195H1
229
18 P
retende-se calcular a capacidade térmica mássica de uma liga metálica de massa 5 g. Para isso,
aqueceu-se este corpo a 30 °C e, seguidamente, introduziu-se o corpo num recipiente contendo
100 g de água à temperatura de 20 °C. Registaram-se os valores da temperatura da água, de 10
em 10 s, até se atingir o equilíbrio térmico. O gráfico seguinte traduz a variação da temperatura
da água em função do tempo.
i/ºC 20,7
20,6
20,5
20,4
20,3
20,2
20,1
20,0
19,9
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
t/s
18.1
Refira:
U3P195H2
a) o valor da temperatura de equilíbrio térmico;
b) o intervalo de tempo que levou o sistema a atingir o equilíbrio.
18.2
Determine o valor da capacidade térmica mássica da liga metálica.
19 C
om o objetivo de estabelecer o balanço energético de um sistema gelo + água líquida, um grupo
de alunos realizou uma experiência, na qual adicionou 30,0 g de gelo fragmentado, à temperatura
de 0,0 °C, a 260,0 g de água líquida, a 20,0 °C.
Os alunos consultaram tabelas de constantes físicas e registaram os seguintes valores:
cágua líquida (capacidade térmica mássica da água líquida) = 4,18 ◊ 103 J kg-1 °C-1
DHfusão gelo (variação de entalpia (ou calor) de fusão do gelo) = 3,34 ◊ 105 J kg-1
19.1
Identifique a fonte e o recetor, quando se inicia o processo de transferência de energia que
ocorre no interior do sistema considerado.
19.2
Qual das expressões seguintes permite calcular a energia, em joules (J), necessária para
fundir completamente o gelo?
A. (30,0 ◊ 3,34 ◊ 105) J
_ 3,34 # 10 5i
B. f pJ
0,0300
C. ( 0,0300 ◊ 3,34 ◊ 105) J
_ 3,34 # 10 5i
D. f pJ
Professor 30,0
18.
19.3
Com base nos resultados obtidos experimentalmente, os alunos estabeleceram o balanço
18.1 a) A temperatura
de equilíbrio é 20,7 °C. energético do sistema. Em que lei se baseia o estabelecimento do balanço energético do
b) Dt = 60 s sistema?
18.2 cmetal =
= 6,29 J g-1 °C-1
19.4
Os alunos calcularam a energia recebida pelo gelo, desde que este foi adicionado à água
líquida até toda a mistura ter ficado à mesma temperatura de 11,0 °C, tendo obtido
19.
19.1 Fonte: água líquida, a 20,0 °C 1,140 ◊ 104 J. Calcularam também a energia cedida pela água líquida, inicialmente
Recetor: gelo, a 0 °C a 20,0 °C, no mesmo intervalo de tempo. Com base nos resultados obtidos, concluíram que,
19.2 C naquele intervalo de tempo, tinha ocorrido transferência de energia entre o sistema
19.3 Lei da Conservação da Energia considerado e o exterior. Conclua, justificando, em que sentido terá ocorrido aquela
ou 1.ª Lei da Termodinâmica.
19.4 A transferência de energia terá transferência de energia. Apresente todas as etapas de resolução.
ocorrido do exterior para o sistema. Adaptado de exame de Física e Química A, 2014, 2.ª fase
230
20 Na tabela ao lado estão registados os valores de capacidade térmica mássica de três materiais.
20.1
Admita que tem amostras de igual massa.
Identifique o material que terá de absorver mais Capacidade térmica
Material
energia para provocar a variação de 1 °C na sua mássica /J kg-1 °C-1
temperatura. Água 4190
20.2
Uma amostra de benzeno de massa 250 g à
Azeite 2508
temperatura inicial de 20 °C foi aquecida durante
2 minutos numa placa elétrica. No final do Benzeno 1880
aquecimento, a temperatura do benzeno era
40,4 °C. Admita que se utilizou neste processo de aquecimento uma placa elétrica
de potência constante de 85 W. Determine o rendimento do processo de aquecimento.
20.3
Admita que numa outra experiência se utilizou a mesma placa elétrica, com o mesmo
rendimento, para aquecer igual massa de azeite até sofrer a mesma variação de temperatura
do benzeno. O tempo de aquecimento do azeite seria igual ao tempo de aquecimento
do benzeno? Justifique a sua resposta.
20.4
Admita que adicionou 50 g de gelo fundente, a 0 °C, a 100 g de benzeno, à temperatura
de 25 °C, num recipiente isolado. Conclua, justificando, se, nas condições referidas, é possível
fundir os 50 g de gelo, comparando os valores da energia necessária à fusão do gelo com Professor
os valores da energia cedida pelo benzeno. 20.
20.1 O material que terá de
21 A
figura ao lado mostra um cilindro que contém um gás, fechado por absorver mais energia para
um pistão móvel e submerso numa mistura de gelo e água. Empurra-se Gelo
provocar a variação de 1 °C
1 à sua temperatura é o
o pistão para baixo rapidamente da posição 1 para a posição 2. +
material que apresenta
Mantém-se o pistão na posição 2 até que o gás esteja novamente água
maior valor de capacidade
2
a 0 °C e depois é levantado lentamente de volta à posição 1, estado térmica mássica, neste
inicial. Durante este processo, 100 g de gelo sofrem fusão. caso, é a água.
20.2 h = 94 %
21.1
Selecione a opção correta, relativamente ao processo descrito. 20.3 O azeite tem maior
A. A energia interna do sistema aumenta. capacidade térmica mássica
do que o benzeno, o que
B. A energia interna do sistema diminui. significa que para sofrer
C. Não há variação de energia interna do sistema. a mesma variação de
temperatura é necessário
D. A energia interna do sistema é nula. fornecer ao azeite mais
U3P196H1 energia.
21.2
Determine:
Como a placa elétrica
a) a energia transferida para a vizinhança sob a forma de calor; utilizada é a mesma, ou
b) o trabalho realizado sobre o sistema. seja, em cada segundo
fornece a mesma energia
Dados: DHfusão = 3,45 ◊ 105 J kg-1 e o rendimento do processo
de aquecimento é igual,
22 C
onsidere as seguintes situações e, no contexto da 2.ª Lei da Termodinâmica, classifique-as como então, para esta placa
verdadeiras ou falsas. fornecer mais energia terá
de estar ligada por um
A. A entropia num sistema isolado aumenta sempre, em todo o tipo de transformação.
período maior de tempo
B. A 2.ª Lei da Termodinâmica traduz uma Lei de Conservação. (maior do que 2 minutos).
20.4 Conclui-se que não
C. A entropia só aumenta num sistema aberto. é possível nestas condições
D. Numa transformação irreversível, a entropia aumenta, quer na vizinhança quer no sistema. fundir a massa de gelo
adicionada.
E. A entropia informa sobre a possibilidade ou não de uma dada transformação ocorrer.
21.
F. Sempre que a entropia aumenta, a energia interna do sistema também aumenta. 21.1 C
G. A entropia só se conserva durante uma transformação reversível. 21.2 a) Q = 3,45 × 104 J
b) W = 3,45 × 104 J
23 Numa máquina térmica, pretende-se obter trabalho à custa da energia interna de um combustível, 22.
mas, para cada transformação, há um máximo de energia interna que é convertida em trabalho. Falsas — A, B, C, D e F.
Considere uma máquina térmica cujo rendimento é 20 %. Numa transformação, a máquina recebe Verdadeiras — E e G.
do combustível (fonte quente) 200 J de energia como calor. Determine: 23.
a) W = 40 J
a) o valor da energia transferida, para a vizinhança, sob a forma de trabalho;
b) E = 160 J
b) o valor da energia térmica transferida para a vizinhança.
231
3 8 10
E c (camião) A C
=4
E c (automóvel) 11
9
4 A. WFg = -1,8 J Sabendo que g (Lua) = 1,62 m/s2,
v (camião) B. WFg = 1,8 J o aumento será cerca de seis vezes
= 0,3 maior na Terra.
v (automóvel) C. WFg = 0 J
5 10 Páginas 52-53
v = 79 km h-1 10.1 Ao cuidado do aluno. 1
10.2 d , 2,54 m a) B
6
10.3 F , 23,6 N b) D
C
Página 35 2
7
7.1 O tempo de reação do condutor 1 C
corresponde ao intervalo de tempo C 3
[0; 0,8] s que o condutor necessita 3.1 a) Epg (2) = 300 J
2
para tormar a decisão de travar. b) Ec (2) = 100 J
B
Neste intervalo de tempo a velocidade 3.2 a) h = 8 m
é constante, assim a variação 3 b) v = 12,6 m s-1
de energia cinética é nula. a) Ec = 7563,2 J c) d = 6 m
7.2 DEc = -4,95 ◊ 105 J b) FR = 151,3 N d) WF = 300 J
g
232
233
5 Páginas 112-113 7
5.1 O sentido convencional da corrente 1 Num segundo,
é contrário ao sentido do movimento D Ed , 5,2 × 104 J
dos eletrões. Neste caso, seria de B
2 Página 121
para A.
5.2 n.º de eletrões = 5,0 × 1019 eletrões C 1
3 Num gerador de tensão ideal, a
6
C diferença de potencial medida entre
D
os seus terminais não depende da
7 4 intensidade de corrente fornecida,
Dq = 600 C C enquanto num gerador real essa
5 diferença de potencial varia com
8
t = 1,6 × 10-5 X m a intensidade de corrente.
8.1 [0,6; 1,0] s
Um gerador real tem uma resistência
8.2 n.º de eletrões = 6 interna e o gerador ideal não. Esta leva
= 4,4 × 1018 eletrões ℓ , 1,43 × 103 m a perdas de energia, como calor por
9 7 efeito Joule, provocando o aumento
D I , 6,88 A de temperatura no gerador.
10 8 2
D RB = 12 X Quando a resistência elétrica interna do
gerador aumenta, a intensidade de
Página 105 9 corrente elétrica que percorre a lâmpada
1 R , 1,7 × 10-2 X
diminui dI = n;
f
B 10 ri + R
consequentemente, o brilho da lâmpada
2 10.1 A equação é:
também diminui.
R = 50 X t = 0,07368t + 15,54 (nX m)
10.2 t , 17,4 nX m 3
3 Quando a pilha está em circuito aberto,
3.1 Os condutores metálicos A e B são 11
a tensão medida nos seus terminais
óhmicos. U = 4,8 V
é igual ao valor da força eletromotriz
3.2 RA = 5 RB 12 U = f. Quando se liga a pilha a uma
4 0,18 mm lâmpada, estabelece-se no circuito uma
D corrente elétrica, e como a pilha é um
13
gerador não ideal, ou seja, tem
5 C
resistência interna, há dissipação de
B Página 116 energia por efeito Joule na resistência
6 interna. Assim, a tensão nos terminais
1
C da pilha é determinada por
Efeito Joule.
U = f - r i × I, sendo o valor inferior
Página 107 2 a f.
1 B
4
Uma corrente contínua é uma corrente 3 4.1 D
elétrica em que o sentido se mantém C 4.2 r i = 6 X
constante. Quando é estacionária,
o valor da intensidade de corrente 4 5
mantém-se constante no tempo. 4.1 C D
Quando é não estacionária, o valor 4.2 B
6
da intensidade de corrente varia ao 4.3 C
I = 1,8 A
longo do tempo. 5
E = 2,4 × 105 J
Páginas 128-130
2
B 1
6
1.1 D
3 6.1 Por efeito Joule, há dissipação de
1.2 I = I 1 = I 2 = I 3 = I 4
3.1 q = 6 C energia na resistência elétrica, que vai
1.3 U = 3 V
3.2 No gráfico da figura a intensidade ser transferida para a vizinhança
de corrente elétrica apresenta sempre (água + calorímetro + termómetro) 2
valores positivos, não há alteração de através de calor. A energia como calor 2.1 A — amperímetro; mede
sentido, logo, o condutor é percorrido absorvida pela água irá provocar a intensidade da corrente elétrica;
por uma corrente contínua. aumento da sua energia interna, que se V — voltímetro; mede a diferença
manifesta no aumento da temperatura. de potencial.
4 6.2 Edissipada = 2,4 × 105 J 2.4 R = 12 V
B
234
235
236
237
11 3 3.2 B
a) C = 2,5 cal/°C 3.1 A transferência de calor na zona de 3.3 Esta expressão significa que: para
b) c = 0,038 cal g-1 °C-1 contacto entre os tubos e a placa faz-se elevar (ou baixar) 1 °C a temperatura de
por condução térmica. Se o contacto um bloco de alumínio de massa 1 kg
12 que se encontra a 25 °C é necessário
térmico não for perfeito, a eficiência
DT = 53,2 °C fornecer (ou retirar) 897 J de energia.
do processo de aquecimento é menor.
13 3.2 Convecção térmica. 3.4 3.4.1 B
C = 138,16 cal °C-1 3.4.2 Dt = 5,7 × 102 s
4
14 4
C
C = 630 J °C-1 T = 295,7 K
5
15 5
t = 1097 s
15.1 c = 4,7 × 103 J kg-1 °C-1 5.1 Uma vez que a energia de uma
Página 211 radiação é diretamente proporcional
15.2 cágua = 4,7 × 103 J kg-1 °C-1 !
! 12,4 % 1 à frequência, então, a radiação
D de menor energia corresponde
Páginas 200-201 à Rádio AM.
2 5.2 Como o comprimento de onda é
1
DU = 4,0 J inversamente proporcional à frequência
E = 6,70 × 105 J
Ocorreu um aumento de energia interna. da radiação, então, tem-se:
2 mvioleta < manil < mazul < mverde < mamarela <
3
2.1 mágua líquida = msofre fusão = 0,01 kg < mlaranja < mvermelha
C
2.2 B 5.3 O que caracteriza uma radiação
4 eletromagnética é a sua frequência,
3
Q = 1000 J; o sentido da transferência a qual traduz a relação de
3.1 Estado líquido.
é da vizinhança para o sistema. proporcionalidade entre a velocidade de
3.2 T f = 19,9 °C
5 propagação no meio e o comprimento
4
v
Ocorre a passagem de energia, sob a de onda no mesmo meio, f = .
4.1 I — aquecimento da amostra; m
forma de calor, do corpo a temperatura
II — mudança de estado da amostra; Do espetro eletromagnético retiram-se
superior para o corpo com menor
III — aquecimento da amostra. os valores das frequências:
temperatura. O processo inverso não se
4.2 a) DH = 3,6 × 104 J kg-1 f X = 1014 Hz; f Y = 1016 Hz.
verifica, uma vez que um sistema de c
b) c = 1,2 × 103 J kg-1 °C-1 Aplicando: m = ; mX = 3 × 10-7 m;
dois corpos à mesma temperatura, não f
c) c = 7,2 × 102 J kg-1 °C-1
evolui espontaneamente de modo que mY = 3 × 10-9 m
d) E = 2,9 × 105 J
ambos fiquem com temperaturas 5.4 D
4.3 Ao cuidado do aluno.
diferentes.
5 6
6
Dt = 3,98 × 103 s B
B
6 7
7
6.1 Lfusão = 2,3 × 10 J kg
5 -1 7.1 Quanto maior for a radiância de um
Situação 2: Um sistema inicialmente corpo, maior é a sua temperatura.
6.2 O sistema não se encontra
num estado de baixa entropia, tenderá Curva A: 5800 K; curva C: 6000 K;
isolado.
espontaneamente para um estado curva D: 6500 K; curva B: 7000 K.
6.3 O fenómeno que ocorre é a fusão
de entropia máxima. 7.2 A curva B apresenta um máximo de
do gelo; esta mudança de fase é um
processo endoenergético, durante o ATIVIDADES GLOBAIS emissão para um menor comprimento
qual é absorvida energia da água que de onda. Como o comprimento de onda
Páginas 222-231 é inversamente proporcional à
se pretende arrefecer.
6.4 Convecção térmica. 1 frequência (c = m f), então, a curva B
6.5 D 1.1 A temperatura do sistema tem o máximo de emissão para menor
encontra-se entre os valores 21,4 °C valor de frequência.
Página 204 7.3 D
e 21,6 °C, sendo o valor 21,5 °C o valor
1 mais provável de medir. 8
1.1 A irradiância solar não é igual ao 1.2 O valor da temperatura medida A irradiância será maior quanto maior
longo do ano; deve ter-se um valor deve ser 294,7 K. for a temperatura a que se encontra
médio máximo de irradiância solar. 1.3 D o corpo. Como o valor de irradiância
1.2 O valor médio da irradiância 7,3 × 107 W m-2 é para a temperatura
2
solar (máximo possível); a orientação; de 6000 K, então, à temperatura
t = -18 °C
a inclinação relativamente de 7000 K, o valor de irradiância será
à horizontal. 3 superior a este valor.
3.1 À temperatura de 660 °C ocorre a
2 9
mudança de estado físico de sólido para
t f = 28,61 °C Sensor de infravermelho.
líquido ou de líquido para sólido.
238
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Getty Images
P. 34 MOh Jin-hyek
P. 158 Infravermelho numa rua
P. 159 Infravermelho num automóvel; infravermelho em eletrónica;
infravermelho em medicina
P. 160 Infravermelho num automóvel; infravermelho em eletrónica;
infravermelho em medicina; infravermelho em aeronáutica;
infravermelho em vigilância
EDP
P. 178 Barragem do Alqueva
240