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ÍNDICE

DOMÍNIO 7 - Crescimento, renovação e diferenciação celular ................................................................................................................................. 2


UNIDADE 1 – DNA e síntese proteica ....................................................................................................................................................................... 2
UNIDADE 2 – Ciclo celular......................................................................................................................................................................................... 6
BIOLOGIA - TESTE 1 ................................................................................................................................................................................................ 8
DOMÍNIO 8 - Reprodução ........................................................................................................................................................................................... 12
UNIDADE 1 – Reprodução assexuada .................................................................................................................................................................... 12
UNIDADE 2 – Reprodução sexuada ........................................................................................................................................................................ 14
UNIDADE 3 - Ciclos de vida: unidade e diversidade ............................................................................................................................................... 16
BIOLOGIA - TESTE 2 .............................................................................................................................................................................................. 17
DOMÍNIO 9 – Evolução biológica ............................................................................................................................................................................... 21
UNIDADE 1 – Origem dos eucariontes .................................................................................................................................................................... 21
UNIDADE 2 – Mecanismos de evolução ................................................................................................................................................................. 23
DOMÍNIO 10 – Sistemática dos seres vivos ............................................................................................................................................................. 26
UNIDADE 1 – Sistemas de classificação ................................................................................................................................................................. 26
UNIDADE 2 – Sistema de classificação de Whittaker modificado ........................................................................................................................... 27
BIOLOGIA - TESTE 3 .............................................................................................................................................................................................. 29
DOMÍNIO 11 – Sedimentação e rochas sedimentares ............................................................................................................................................. 33
UNIDADE 1 – Formação e classificação das rochas sedimentares ........................................................................................................................ 33
UNIDADE 2 – Rochas sedimentares e reconstituição da história da Terra ............................................................................................................. 34
UNIDADE 3 – Propriedades do minerais ................................................................................................................................................................. 34
DOMÍNIO 12 - Magmatismo e rochas magmáticas ................................................................................................................................................... 35
GEOLOGIA - TESTE 4............................................................................................................................................................................................. 38
DOMÍNIO 13 – Deformação das rochas ..................................................................................................................................................................... 42
DOMÍNIO 14 – Metamorfismo e rochas metamórficas............................................................................................................................................. 43
DOMÍNIO 15 – Exploração sustentada dos recursos geológicos .......................................................................................................................... 44
GEOLOGIA - TESTE 5............................................................................................................................................................................................. 47
Prova-modelo de exame 1 .......................................................................................................................................................................................... 51
Prova-modelo de exame 2 .......................................................................................................................................................................................... 56
RESOLUÇÕES ............................................................................................................................................................................................................. 61
Domínio 7 – Unidade 1 - DNA e síntese proteica .................................................................................................................................................... 61
Domínio 7 – Unidade 2 – Ciclo celular ..................................................................................................................................................................... 63
Teste 1 ..................................................................................................................................................................................................................... 63
Domínio 8 - Unidade 1 - Reprodução assexuada .................................................................................................................................................... 64
Domínio 8 - Unidade 2 - Reprodução sexuada ........................................................................................................................................................ 65
Domínio 8 – Unidade 2 – Ciclos de vida assexuada ................................................................................................................................................ 66
Teste 2 ..................................................................................................................................................................................................................... 66
Domínio 9 – Unidade 1 – Origem dos eucariontes .................................................................................................................................................. 68
Domínio 9 – Unidade 2 – Mecanismos de evolução ................................................................................................................................................ 69
Domínio 10 – Unidade 1 – Sistemas de classificação ............................................................................................................................................. 70
Domínio 10 – Unidade 2 – Sistema de classificação de Whittaker .......................................................................................................................... 70
Teste 3 ..................................................................................................................................................................................................................... 71
Domínio 11 – Unidade 1 – Formação e classificação das rochas sedimentares ..................................................................................................... 72
Domínio 11 – Unidade 2 – Rochas sedimentares e reconstituição da história da Terra ......................................................................................... 72
Domínio 11 – Unidade 3 – Propriedades dos minerais ............................................................................................................................................ 73
Domínio 12 – Magmatismo e rochas magmáticas ................................................................................................................................................... 73
Teste 4 ..................................................................................................................................................................................................................... 74
Domínio 13 – Deformação das rochas ..................................................................................................................................................................... 75
Domínio 14 – Metamorfismo e rochas metamórficas ............................................................................................................................................... 75
Domínio 15 – exploração sustentada dos recursos geológicos ............................................................................................................................... 75
Teste 5 ..................................................................................................................................................................................................................... 76
Prova-modelo 1 ........................................................................................................................................................................................................ 77
Prova-modelo 2 ........................................................................................................................................................................................................ 78

1
DOMÍNIO 7 - Crescimento, renovação e diferenciação celular
UNIDADE 1 – DNA e síntese proteica
1. Leia o texto sobre a figura 1.
A figura 1 representa esquematicamente uma porção do material
genético de uma determinada célula eucariótica. A molécula 4 é formada
por duas cadeias polinucleotídicas. As moléculas X, Y, W e Z
estabelecem a ligação entre as duas cadeias polinucleotídicas. A
molécula Y é específica deste tipo de molécula. As moléculas X, W e Z
são comuns a ambos os ácidos nucleicos. As moléculas X e Z são
púricas e a W é pirimídica. As moléculas W e Z estabelecem ligação
tripla com a cadeia complementar e a molécula X estabelece ligação
dupla.

1.1 Faça a legenda dos números da figura.

1.2 Os dados que constam no texto permitem concluir que as moléculas


X, Y, W e Z são, respetivamente,
(A) guanina, timina, citosina, adenina. Fig. 1
(B) timina, adenina, guanina, citosina.
(C) adenina, timina, citosina, guanina.
(D) timina, adenina, citosina, guanina.

1.3 Se na molécula /1 a percentagem de guanina for 20%, então a razão


citosina/adenina será aproximadamente
(A) 2/3 (C) 3/2
(B) 1 (D) 2/8

1.4 Relativamente à molécula 4, foram feitas as seguintes afirmações:


1. Nas células referenciadas, esta molécula encontra-se no núcleo.
2. Quanto maior for a % de guanina maior será a energia necessária para separar as duas cadeias polinucleotídicas.
3. Em 5 estão localizadas partes da molécula que são hidrofóbicas.
4. Nas células procarióticas, a única diferença é que esta molécula não está no núcleo.
5. Entre as duas cadeias polinucleotídicas existem ligações covalentes. Foram cometidos erros nas afirmações
(A) 1, 2, 3. (C) 3, 4, 5.
(B) 1, 2, 5. (D) 2, 3, 4.

1.5 Comente a seguinte afirmação:


«Ao contrário dos eucariontes, nos procariontes a informação genética encontra-se compactada e não
"fragmentada".»

2. Considere as seguintes afirmações, relativas aos ácidos nucleicos.


I. Os desoxirribonucleótidos possuem uracilo.
II. Os dois tipos de ácidos nucleicos possuem a mesma pentose.
III. O DNA é uma molécula de cadeia dupla.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3. Considerando que uma molécula de DNA contém 1200 nucleótidos, dos quais 400 são de guanina, indique,
justificando, o número de nucleótidos de timina que a molécula apresentará.

4. Leia com atenção o seguinte documento.


A Genética define «gene» como uma sequência de nucleótidos na cadeia do DNA,, que codifica uma proteína
através dos processos de transcrição e de tradução. Suponha que uma determinada bactéria tem um gene Y, que
codifica uma enzima X responsável por uma etapa metabólica indispensável à sobrevivência dessa bactéria. Os
esquemas da figura 2 mostram duas possíveis mutações introduzidas no início da sequência codificadora de Y.

Fig. 2
2
4.1 A transcrição da informação do _____ ocorre para a molécula de _____. A tradução da mensagem transportada
pelo _____ resulta na formação
(A) RNA … RNA de transferência … tRNA … do DNA (C) RNA … RNA ribossómico … tRNA ... do mRNA
(B) DNA ... RNA mensageiro ... mRNA ... da proteína (D) DNA ... RNA ribossómico … tRNA ... do mRNA

4.2 As duas mutações representadas são, respetivamente,


(A) a deleção de uma adenina e a inserção uma citosina.
(B) a substituição de uma citosina por uma adenina e de uma citosina por uma timina.
(C) a inversão de uma adenina por uma citosina e a inserção de uma citosina.
(D) a substituição de uma adenina por uma citosina e a inserção de uma citosina.

4.3 Fundamente qual dessas mutações tem maior probabilidade de causar a morte da bactéria.

5. A hipótese da replicação semiconservativa da molécula de DNA, proposta por Watson e Crick, foi testada por
Meselson e Stahl, em 1957.
Estes investigadores cultivaram, durante várias gerações, bactérias Escherichia coli num meio cuja fonte de
nitrogénio continha o isótopo pesado (14N) em substituição do isótopo leve (14N), mais abundante num meio
«normal». Ambos os isótopos são estáveis, pelo que é possível separar facilmente, por centrifugação, misturas de
DNA pesado (com 15N) e de DNA leve (com 14N). As células de Escherichia coli que se encontravam no mesmo
estádio do ciclo celular e se desenvolveram no meio com 14N foram transferidas para um meio onde a única fonte de
nitrogénio continha 14N. Aí se desenvolveram, até que a população duplicou. O DNA isolado, obtido a partir desta
primeira geração de bactérias, foi submetido a centrifugação.
Numa segunda etapa da experiência, permitiu-se que as bactérias da primeira geração, cultivadas no meio com
nitrogénio leve, crescessem nesse mesmo meio até que a população duplicasse novamente. Isolou-se o DNA desta
segunda geração de bactérias e procedeu-se novamente a centrifugação.

5.1 Uma vez que testaram a hipótese da replicação semiconservativa, no final da experiência obtiveram
(A) 25% de moléculas de DNA leves e 75% de peso intermédio.
(B) 50% de moléculas de DNA de peso intermédio e 50% leves.
(C) 50% de moléculas de DNA de peso intermédio e 50% pesadas.
(D) 25% de moléculas de DNA de peso intermédio e 75% pesadas.

5.2 Explique de que modo o cultivo de células de Escherichia coli num meio com azoto pesado, durante várias
gerações, contribuiu para que os resultados das experiências de Meselson e Stahl fossem fiáveis.

5.3 Meselson e Stahl comprovaram a hipótese da replicação semiconservativa, pois


(A) o novo DNA forma-se por ligação de nucleótidos com bases complementares das bases dos nucleótidos da
cadeia original.
(B) apenas uma das cadeias da molécula de DNA original (metade da molécula) serve de molde a uma nova cadeia.
(C) formam-se duas novas moléculas de DNA que conservam, cada uma delas, uma das cadeias da molécula de
DNA original.
(D) por ação da enzima DNA polimerase, as duas cadeias da molécula de DNA separam-se ao meio.

5.4 No quadro da figura 3 estão representadas três hipóteses distintas para a replicação do DNA: dispersiva,
conservativa e semiconservativa, mostrando, de acordo com cada uma delas, a composição em bases azotadas com
14
N e 15N das moléculas-filhas.

Fig. 3

As hipóteses 1, 2 e 3 do quadro da figura 3 admitem que a replicação do DNA é, respetivamente,


(A) dispersiva, conservativa, e semiconservativa. (C) semiconservativa, conservativa e dispersiva.
(B) conservativa, dispersiva e semiconservativa. (D) dispersiva, semiconservativa e conservativa.

3
6. Observe com atenção a figura 4, que representa o esquema geral da síntese
proteica.
6.1 Faça a Legenda dos números da figura.

6.2 As etapas A, B e C são, respetivamente


(A) transcrição, processamento e tradução.
(B) transcrição, tradução e processamento.
(C) tradução, transcrição e processamento.
(D) processamento, tradução e transcrição.

6.3 O processo C
(A) em todos os seres vivos, ocorre sempre no núcleo.
(B) é catalisado pela enzima RNA polimerase,
(C) é exclusivo das células eucarióticas.
(D) ocorre a polimerização de desoxirribonucleótidos.

6.4 A etapa A
(A) ocorre exclusivamente nos seres procariontes.
(B) consiste na remoção das unidades 7 da figura 2.
(C) torna o mRNA dos eucariontes funcional.
(D) nos procariontes ocorre no núcleo. Fig. 4

6.5 A síntese da molécula _____ permite a passagem da informação contida no DNA para os _____, local da síntese
da cadeia polipeptídica.
(A) tRNA … aminoácidos (C) tRNA … ribossomas
(B) mRNA … ribossomas (D) mRNA … aminoácidos

7. Tendo em conta o esquema da figura 5 e a correspondência indicada na tabela, responda às seguintes questões.

Tripleto de mRNA Aminoácido


A. AGU I. Serina
B. GCG II. Alanina
C. AUU III. Isoleucina
D. GGA IV. Glicina
E. CGC V. Arginina

7.1 Indique o anticodão dos tRNA legendados com os números 3 e 5.

7.2 Identifique qual é o aminoácido transportado pelo tRNA legendado com o número 4.

8. Uma molécula de mRNA funcional que codifica um polipéptido com 20 aminoácidos contém
(A) 20 nucleótidos. (C) 21 codões.
(B) 20 bases azotadas. (D) 21 anticodões.

9. Suponha que uma molécula de mRNA tem a seguinte sequência de nucleótidos no seu início:
5' — AUGAAGAGGUGUUACCCUUCAGCGCCG — 3' ...

9.1 Indique a sequência de bases azotadas de DNA responsável pela síntese desta molécula.

9.2 Consultando o código genético que se apresenta na figura 6, indique a sequência de aminoácidos da proteína em
formação.
2. °
1° 3°
9.3 Relativamente a esta porção da molécula de mRNA, indique: U C A G
Fen Ser Tir Cis U
9.3.1 o número de nucleótidos que a constitui; Fen Ser Tir Cis C
U
Leu Ser STOP STOP A
Leu Ser STOP Trp G
9.3.2 o número de tripletos que possui; Leu Pro His Arg U
Leu Pro His Arg C
C
9.3.3 os codões sinónimos que apresenta; Leu Pro Glu Arg A
Leu Pro Glu Arg G
Ile Tre Asn Ser U
9.3.4 o número de tRNA envolvidos na sua tradução. A
Ile Tre Asn Ser C
Ile Tre Lis Arg A
Met Tre Lis Arg G
9.4 Indique que tripleto deverá possuir este mRNA no final da extremidade 3'. Val Ala Asp Gli U
Val Ala Asp Gli C
G
Val Ala Glu Gli A
Val Ala Glu Gli G

4
10. Leia o texto.
As células estaminais têm duas propriedades: autorrenovação e capacidade de diferenciação celular, Assim, estas
células são capazes de formar quer novas células estaminais, quer outros tipos de células. A importância destas
células é dupla: permitem estudar os mecanismos que levam uma célula a transformar-se noutra com uma função
específica e sugerem a esperança de poder produzir células para substituir outras que tenham sido destruídas por
diferentes patologias, como a doença de Parkinson, Lesões na espinal medula, diabetes ou doenças
cardiovasculares. É uma área de investigação muito promissora, havendo no entanto um longo caminho a percorrer
até terapias concretas, sendo necessário ter atenção a publicidade enganosa que promove intervenções sem
qualquer base científica.
Um pormenor importante a reter é que as células estaminais não são todas idênticas. Há vários tipos, com diferentes
propriedades e características.
As células estaminais pluripotentes podem dar origem a todos os tipos de células que existem no organismo; as
multipotentes apenas a alguns. As células estaminais pluripotentes não existem nos organismos adultos. Podem ser
obtidas a partir de embriões (células estaminais embrionárias) ou da transformação de células de um organismo
adulto modificadas em laboratório (células pluripotentes induzidas, ou iPS). Embora não haja terapias comprovadas
com células pluripotentes, as células iPS teriam a vantagem de poderem ser geradas a partir de células de um
paciente concreto, evitando o recurso a dadores ou a embriões.
Existem células estaminais multipotentes em tecidos fetais, como o cordão umbilical e o fluido amniótico, e em vários
tecidos do organismo adulto, sobretudo os que necessitam de uma renovação contínua, sendo as mais conhecidas
as da medula óssea (produtoras de células sanguíneas), da pele e do aparelho digestivo, mas também no tecido
adiposo (gordura) e em alguns locais dos sistemas muscular e nervoso, incluindo regiões do cérebro.

10.1 Células unipotentes são


(A) as que se conseguem diferenciar em células de todos os tecidos.
(B) geneticamente diferentes.
(C) as que existem no embrião até aos três ou quatro dias de vida.
(D) as que conseguem diferenciar-se em células de um único tecido.

10.2 As afirmações seguintes dizem respeito à diferenciação celular. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Durante o processo de diferenciação celular, as células estaminais têm a capacidade de se transformar noutros
tipos de células.
II. Todas as células originadas por mitose são especializadas.
III. Todas as células estaminais são células embrionárias.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

10.3 A formação de uma célula especializada a partir de uma célula indiferenciada faz-se por _____, sendo um
processo mais complexo nos _____ o que pode ser resultante, entre outros motivos, do facto de estes seres
apresentarem maior _____.
(A) mitose ... eucariontes ... informação genética
(B) diferenciação ... procariontes … compartimentação celular
(C) diferenciação ... eucariontes ... informação genética
(D) clonagem … procariontes … compartimentação celular

10.4 Refira as características das células estaminais que as tornam um fator de esperança na cura de doenças como
as referidas no texto.

11. Estima-se que uma nova forma de editar o DNA humano tenha potencial para corrigir a maioria das 75 mil
mutações que causam doenças nos seres humanos. Ao contrário das técnicas anteriores, a técnica de prime editing
permite uma grande precisão no corte e na edição do DNA. Utiliza uma sequência de ribonucleótidos elaborada em
laboratório e que tem duas funções: encontrar a zona do DNA que se pretende e introduzir as mudanças
necessárias. A sequência é combinada com uma enzima, a transcriptase reversa, que reverte o mRNA para DNA. No
caso da anemia falciforme (doença hereditária causada pela alteração anatómica das hemácias, que é causada pela
substituição de uma adenina por uma timina) e da doença de Tay-Sachs (que afeta os nervos e é fatal, e é causada
frequentemente por uma mutação que adiciona quatro nucleótidos extra de DNA), a técnica de prime editing foi
usada com sucesso para corrigir os erros genéticos em células humanas cultivadas in vitro.

11.1 A técnica de prime editing ainda só tem sido utilizada em células que possam ser retiradas dos pacientes e
recolocadas nos mesmos. Explique a necessidade deste procedimento nesta fase inicial do estudo.

11.2 Explicite a pertinência da utilização da transcriptase reversa na técnica de prime editing.

12. Um ser humano adulto é formado por cerca de 1013 células, que se classificam em aproximadamente 200 tipos
celulares distintos, todos com origem numa única célula: o ovo ou zigoto. Identifique o processo envolvido:
12.1 na formação do elevado número de células;
12.2 na diversidade de tipos celulares.
5
13. Em fevereiro de 1997, um artigo da revista Nature anunciou o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso:
Dolly, uma ovelha. A figura 8 representa o processo de clonagem da ovelha Dolly.

Fig. 8

13.1 Clones são indivíduos


(A) geneticamente diferentes. (C) com genes semelhantes.
(B) geneticamente idênticos. (D) que partilham muitos genes.

13.2 Explique o significado do termo clonagem.

13.3 A característica indispensável para que uma célula animal possa ser clonada é a
(A) unipotência. (C) pluripotência.
(B) totipotência. (D) especialização.

13.4 Indique como foi obtido o ovo que deu origem à Dolly,

13.5 Justifique a afirmação:


«Apesar de no processo de clonagem participarem várias ovelhas, Dolly teve apenas uma progenitora.»

13.6 Refira, justificando, de que ovelha, A, B ou C, é Dolly um clone.

14. As afirmações seguintes dizem respeito à clonagem animal. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. O processo de clonagem nos animais pode ser utilizado para produzir tecidos como, por exemplo, a pele.
II. É mais fácil fazer clonagem a partir de células adultas do que a partir de células embrionárias.
III. Para que o processo de clonagem funcione, é necessário usar todo o material da célula do dador.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

15. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos inerentes ao


desenvolvimento e à diferenciação celular que conduzem à formação de neurónios humanos.
A. Formação de células com reduzida capacidade de diferenciação celular.
B. Divisões mitóticas do ovo até que se forma o blastocisto (embrião com cinco dias).
C. Formação de células neuronais especializadas.
D. Fecundação de oócito II por um espermatozoide.
E. Formação do ovo ou zigoto.

UNIDADE 2 – Ciclo celular


1. Durante o ciclo de vida de uma célula, existe um período de tempo em que esta não se está a dividir, que alterna
com outro muito menor, em que se divide. Ao longo do ciclo, a quantidade de DNA e a organização dos
cromossomas sofrem variações. O gráfico da figura 1 traduz a variação da quantidade de DNA ao longo do ciclo
celular e a figura 2 traduz esquematicamente a variação na organização dos cromossomas.

Fig. 1
6
Fig. 2

1.1 Estabeleça a correspondência correta entre os números que indicam representações esquemáticas dos
cromossomas da figura 1 e as letras das afirmações seguintes.
A. Ocorreu replicação do DNA.
B. A mitose está em anáfase.
C. Cada cromossoma é formado por dois cromatídeos.
D. Está a ocorrer a ascensão polar dos cromossomas.
E. Os cromossomas duplicados atingem o máximo de condensação.
F. No final da mitose, os cromossomas começam a descondensar.

1.2 Estabeleça a correspondência correta entre as representações esquemáticas dos cromossomas da figura 2 e os
seguintes intervalos de tempo do gráfico da figura 1.
I. Intervalo de tempo B-C III. Intervalo de tempo E-F
II. Período F IV. Intervalo de tempo F-G

2. Numa atividade laboratorial, com o objetivo de compreender aspetos da morfologia e da fisiologia celular vegetal,
transferiu-se uma porção da extremidade da raiz da cebola (ao nível da coifa), para uma solução de orceína acética e
de HCl e aqueceu-se a solução à chama. Fez-se uma preparação temporária, aplicando a técnica de esmagamento.
Observou-se ao MOC o que está representado na figura 3.

Fig. 3

2.1 Identifique as fases do ciclo celular em que se encontram as células assinaladas pelos números de 1 a 5 na fig. 3.

2. 2 A sequência pela qual ocorre o processo mitótico representado é


(A) 1 → 2 → 5 → 4 → 3 (C) 2 → 3 → 5 → 4 → 1
(B) 1 → 2 → 4 → 5 → 3 (D) 2 → 3 → 5 → 1 → 4

2.3 Quando se pretende obter cromossomas visíveis e bastante condensados utiliza-se a colquicina, químico que
impede a formação do fuso acromático. Explique a importância deste procedimento.

2.4 A mutação de um gene codificador de uma proteína afeta o desenvolvimento embrionário de uma dada planta,
provocando o aparecimento nos seus tecidos de células com dois núcleos.
Sabendo-se que essa proteína é determinante para a fusão das vesículas do aparelho de Golgi, explique o modo
como essa mutação gera o aparecimento destas células binucleadas,

3. Faça corresponder cada uma das descrições da coluna A à respetiva fase do ciclo celular, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Os cromossomas atingem o máximo de condensação. (1) Prótase
(b) Formação do fuso mitótico. (2) Interfase
(c) Ocorre replicação do DNA. (3) Anáfase
(4) Telófase
(5) Metáfase
4. Explique a pertinência da ocorrência de apoptose.

5. O cancro é uma doença genética heterogénea e na sua maioria não hereditária. Uma grande percentagem dos
cancros da mama e do ovário é de ocorrência esporádica, resultantes de mutações somáticas e não hereditárias, No
cancro da mama/ovário hereditário associado aos genes BRCA1 e BRCA2 (genes supressores tumorais), o indivíduo
herda uma alteração nestes genes, que está presente em todas as suas células e que o torna mais suscetível
7
(probabilidade superior à esperada na população em geral) a desenvolver cancro numa idade mais precoce e a ter
mais do que um cancro (ex. cancro da mama bilateral). A predisposição para o desenvolvimento de cancros
específicos nestas famílias, em particular cancro da mama, do ovário e da próstata, é transmissível de geração em
geração na linha germinativa.

5.1 Considere as afirmações, relativas aos tipos de cancro referidos.


I. Todos os tipos de cancro são genéticos, sendo hereditários.
II. O cancro do ovário resulta de mutações que ocorrem, exclusivamente, nas células germinativas.
III. Nos processos de carcinogénese há falha nos mecanismos de controlo do ciclo celular.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

5.2 Identifique três pontos dc controlo do ciclo celular.

5.3 Explique de que forma mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 podem conduzir ao aparecimento de cancro.

BIOLOGIA - TESTE 1
Grupo I
O código genético é universal, ou seja, os mesmos aminoácidos são codificados pelos mesmos codões em quase
todos os organismos. Aparentemente, uma vez evoluído, o código genético vem-se mantendo quase intacto ao longo
da história evolutiva da vida na Terra. No entanto, existem algumas exceções a esta universalidade do código
genético, como é o caso de certos genes mitocondriais humanos e de leveduras, da bactéria Mycoplasma capricolum
e dos protozoários ciliados Paramecium, Tetrahymena e Stylonychia, como mostra a tabela 1. Em genomas
mitocondriais, essas alterações são mais comuns; em genomas nucleares, são esporádicas e afetam geralmente os
codões de finalização.
Tabela 1 — Algumas exceções ao código genético universal.
Codão No código normal No código alterado Fonte
UGA Finalização Triptofano (Trp) Mitocôndria humana e de levedura
Mycoplasma (bactéria)
Cisteína (Cis) Euplotes (protozoário ciliado)
Selenocisteína (SeC) Procariotas e eucariotas
UAA Finalização Paramecium, Tetrahymena,
Glutamina (Glu)
Stylonychia (protozoários ciliados)
UAG Finalização Glutamina (Glu) Tetrahymena
Pirrolisina (PiL) Archaea; bactéria
AUA Isoleucina (Ile) Metionina (Met) Mitocôndria humana
AGA Arginina (Arg) Finalização Mitocôndria humana
AGG Arginina (Arg) Finalização Mitocôndria humana
CUA Leucina (Leu) Treonina (Tre) Mitocôndria de levedura
CUG Leucina (Leu) Serina (Ser) Candida (levedura)

1.1 Em Paramecium, a exceção à _____ do código genético, verifica-se numa sequência cujo codogene
correspondente é _____.
(A) universalidade UAA (C) não ambiguidade UAA
(B) universalidade ... ATT (D) não ambiguidade ATT

1.2 Em Mycoplasma capricolum, imediatamente após a transcrição ocorre a _____ numa etapa designada _____.
(A) remoção dos intrões ... tradução (C) síntese de proteínas ... tradução
(B) remoção dos intrões ... processamento (D) síntese de proteínas … processamento

1.3 A característica do código genético que permite que um codão codifique apenas um só aminoácido corresponde à
(A) universalidade. (C) degenerescência.
(B) não ambiguidade. (D) ambiguidade.

1.4 Nas leveduras, a informação genética encontra-se


(A) apenas no núcleo. (C) apenas nas mitocôndrias.
(B) dispersa no citoplasma. (D) no núcleo e nas mitocôndrias.

2. Considere as seguintes afirmações relativas à molécula de RNA.


I. É constituída por ribonucleótidos.
II. É uma molécula com cadeia dupla.
III. Possui nucleótidos com uracilo na sua composição.
(A) I e III são verdadeiras: II é falsa. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas, (D) III é verdadeira; I e II são falsas.
8
3. Comparativamente à molécula de DNA, o teor de RNA numa célula é
(A) estável, pois não depende da atividade metabólica. (C) estável, pois depende da atividade metabólica.
(B) variável, pois não depende da atividade metabólica. (D) variável, pois depende da atividade metabólica.

4. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo conceito, da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Molécula de cadeia simples que possui os codões. (1) mRNA
(b) Molécula com ribonucleótidos que transporta os a.a. (2) DNA polimerase
(c) Polímero de a.a. envolvido na replicação. (3) rRNA
(4) RNA polimerase
(5) tRNA

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que conduzem à
formação de uma proteína funcional, em células eucarióticas.
A. Remoção de sequências não codificantes.
B. Adição do codão de iniciação.
C. Ligação da subunidade menor do ribossoma ao mRNA.
D. Atuação da RNA polimerase.
E. O polipéptido passa por modificações pós-traducionais, no complexo de Golgi.

6. Explique o motivo pelo qual alguns autores defendem que o código genético é semiuniversal.

Grupo II
A FASN (fatty acid synthase) é a enzima metabólica responsável pela síntese do ácido saturado palmitato, a partir
dos precursores acetil-CoA e malonil-CoA. Diversos estudos mostram que, em contraste com a maioria das células
normais, FASN é altamente expressa em vários tipos de neoplasias malignas humanas, tais como o melanoma,
sendo que, em alguns destes tumores, a alta expressão de FASN está associada a um pior prognóstico.
Realizou-se um estudo que pretendeu investigar de que modo a inibição farmacológica de FASN pode ou não reduzir
a proliferação de células B16-F10, utilizando a cerulenina, um produto natural do fungo Cephalosporium caerulens,
como inibidor de FASN.
Utilizaram-se células B16-F10, derivadas de melanoma de rato. As células foram cultivadas em meios específicos e
foram avaliados vários parâmetros, e parte dos resultados estão expressos nos gráficos das figuras 1 e 2.

Fig. 1
Fig. 2

Observou-se que o tratamento de células de melanoma de rato


B16-F10 com cerulenina reduz a proliferação celular e induz
apoptose de maneira dose-dependente.

1. Indique uma das variáveis dependentes em estudo.

2.1 O principal objetivo do estudo realizado foi compreender


(A) o mecanismo de apoptose em células de ratos. (C) a evolução do ciclo celular em células normais de ratos.
(B) os processos de carcinogénese em ratos. (D) mecanismos inibitórios da carcinogénese em ratos.

2.2 A aplicação de concentrações crescentes de cerulenina conduz


(A) ao aumento do número de células de melanoma. (C) à diminuição da apoptose em células de melanoma.
(B) ao aumento da apoptose em células de melanoma. (D) à diminuição do número de células saudáveis.

2.3 Na concentração de 10 µg/mL de cerulenina, a maioria das células B16-F10 possui cromossomas com _____
cromatídeo(s).
(A) dois (C) um
(B) quatro (D) três
9
2.4 Suponha que a quantidade de DNA nas células de rato era 2Q, após a interfase. Será expectável que em
metáfase a quantidade de DNA nessas células seja
(A) 2Q. (C) 4Q.
(B) Q. (D) 2 Q.

3.1 No rato, a citocinese é _____, ocorrendo por _____.


(A) centrípeta deposição de vesículas golgianas (C) centrífuga ... estrangulamento do citoplasma
(B) centrípeta .. estrangulamento do citoplasma (D) centrífuga ... deposição de vesículas golgianas

3.2 A FASN é um _____ de _____.


(A) monómero … a.a. (C) polímero ... a.a.
(B) monómero … oses (D) polímero … oses

4. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo conceito, da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Reorganização do invólucro nuclear. (1) Fase S
(b) Redução da quantidade de DNA por lote de cromossomas. (2) Prófase
(c) Os cromossomas passam a ser constituídos por dois cromatídeos. (3) Telófase
(4) Fase G1
(5) Anáfase

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que ocorrem
durante o ciclo celular.
A. Os cromossomas atingem o seu máximo encurtamento.
B. Os nucléolos reaparecem.
C. Clivagem do centrómero,
D. Início da formação do fuso acromático.
E. Cada cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídeos.

6. Explique de que forma os resultados obtidos permitem admitir que a administração farmacológica de cerulenina
tem efeitos vantajosos no tratamento do melanoma.

Grupo III
Nas nossas células possuímos uma variedade de canais proteicos que atravessam a membrana plasmática e que
controlam as concentrações de iões na célula, como é o caso dos canais transportadores de iões cloreto (Cl-), que
controlam os níveis celulares de cloreto de sódio. A fibrose quística resulta de um defeito num gene — CFTR (do
cromossoma 7) — responsável pela produção de uma proteína canal. que vai r egular a passagem de cloro e de
sódio pelas membranas celulares. Nesta situação, esta proteína pode não funcionar corretamente ou encontrar-se
ausente na membrana plasmática. A mutação mais frequentemente observada no gene CFTR resulta na perda de
um aminoácido em determinada posição, na proteína. A célula reconhece que a proteína está defeituosa,
promovendo a sua degradação ou eliminação. As consequências da perda de função da proteína CFTR variam de
acordo com os tecidos envolvidos. Nas glândulas sudoríparas, por exemplo, a proteína serve para reabsorver o cloro
do lúmen da glândula, pelo que se está defeituosa ou ausente, o cloro não é reabsorvido para o interior das células,
enquanto o sódio, é transportado para o exterior das mesmas, por transporte ativo. A água sai das células epiteliais
para compensar a elevada concentração de sais no exterior das células.

1. Considere o fragmento do gene que é transcrito e que codifica a proteína CFTR (A) e o fragmento do mesmo gene
após mutação (B).
Fragmento A Fragmento B
3' —TAG TAG AAA CCA CAA — 5' 3' — TAG TAA CCA CAA — 5'

1.1 A mutação que ocorre no gene CFTR afeta um exão. Isto significa que ocorre numa região
(A) do DNA que, após transcrição e processamento, não vai fazer parte do RNA maturo.
(B) não codificável da molécula de DNA.
(C) do DNA que, durante a síntese proteica, não é traduzida.
(D) do DNA que, após transcrição e processamento, vai fazer parte do RNA maturo.

2. A mutação que ocorreu no gene CFTR implicou a alteração de ____ codogene(s) e que se traduziu na deleção de
um aminoácido em determinada posição na proteína canal, o que levou a célula a ____.
(A) um ... eliminá-la (C) dois ... eliminá-la
(B) um ... modificá-la (D) dois ... modificá-la

3. Uma vez que o código genético é redundante, por vezes estas mutações não têm significado, pois não provocam o
aparecimento de proteínas diferentes, sendo então designadas
(A) inócuas. (C) silenciosas.
(B) benéficas. (D) redundantes.
10
4. Considere as seguintes afirmações, relativas aos movimentos transmembranares.
I. A proteína CFTR permite a passagem de cloro para o interior das células epiteliais das glândulas sudoríparas.
II. O transporte de sódio para o exterior das células ocorre com gasto de energia.
III. A proteína CFTR é uma proteína extrínseca.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

5. As mutações podem ocorrer espontaneamente ou podem ser induzidas por agentes mutagénicos como certas
radiações ou determinadas
(A) alterações químicas. (C) substâncias químicas.
(B) proteínas. (D) ações celulares.

6. Explique por que motivo as mutações que ocorrem em células somáticas podem afetar a descendência.

Grupo IV
Uma equipa de investigadores chineses criou um híbrido de macaco com células humanas. Concomitantemente, uma
equipa no Japão teve autorização governamental para colocar células humanas em embriões de outros animais e
para fazer nascer os animais híbridos. O objetivo em ambos os casos é criar órgãos humanos que possam servir
para transplantes. Os embriões de macacos foram manipulados para que não desenvolvessem determinados órgãos
e foram introduzidas células estaminais humanas para formar os órgãos em falta.
Um dos maiores problemas éticos que se levanta está relacionado com a possibilidade de as células estaminais
humanas migrarem para outros regiões. Como as células estaminais têm o potencial de formar qualquer tipo de
célula, se migrarem para o cérebro podem transformar-se em neurónios humanos e se migrarem para os órgãos
sexuais podem transformar-se em gâmetas. Para prevenir estas situações, as normas de ética nos países onde é
possível criar híbridos de animais em laboratório determinam que os embriões não podem viver mais do que 14 dias,
ou seja, que a gestação não pode chegar ao fim. E foi o que aconteceu com os embriões de macacos com células
humanas.
Pelo contrário, o que o Japão aprovou agora foi a possibilidade de os embriões híbridos serem implantados numa
fêmea (do animal onde se colocaram células humanas) e levar a gravidez até ao fim. Mas, há pelo menos um
obstáculo a ultrapassar. É que o órgão formado também tem células do embrião de origem, como um rato ou um
macaco, o que pode provocar a rejeição dos órgãos transplantados por parte do organismo humano.

Que células estaminais se usam?


A equipa de Hiromitsu Nakauchi, da Universidade de Tóquio, vai usar células estaminais pluripotentes induzidas
(iPS), que são células adultas reprogramadas para se assemelharem a células estaminais.
As células iPS podem depois dar origem às células especializadas do organismo, como células do coração,
sanguíneas, neurónios, entre outras. Desta forma, não é necessário usar células embrionárias humanas.

1.1 As células estaminais utilizadas são células com _____ capacidade de diferenciação celular, _____ a
probabilidade de se obterem diferentes órgãos.
(A) elevada ... aumentando (C) baixa ... aumentando
(B) elevada ... diminuindo (D) baixa ... diminuindo

1.2 Células do fígado humano e células neuronais humanas possuem


(A) diferente genoma e as mesmas regiões génicas ativas.
(B) o mesmo genoma e as mesmas regiões génicas ativas.
(C) diferente genoma e diferentes regiões génicas ativas.
(D) o mesmo genoma, mas diferentes regiões génicas ativas.

1.3 A regulação da expressão génica depende de fatores _____ ao ser vivo.


(A) sempre independentes (C) apenas externos
(B) internos e externos (D) apenas internos

2. Considere as seguintes afirmações, relativas à diferenciação celular.


I. As células do blastocisto são multipotentes.
II. A diferenciação celular implica uma expressão diferencial do genoma.
III. As hemácias são células indiferenciadas.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3. Indique um exemplo de célula totipotente no ser humano.

4. Uma das equipas referidas no texto já tinha experimentado colocar células estaminais de humanos em porcos,
mas com pouco sucesso.
Explique a dificuldade encontrada por esta equipa e o que os terá levado a ponderarem usar macacos, em detrimento
de porcos.
11
DOMÍNIO 8 - Reprodução
UNIDADE 1 – Reprodução assexuada
1. Leia o texto com atenção.
Estima-se que existam cerca de 20 000 espécies de abelhas descritas, das quais 15% parasitam ninhos de outras
abelhas e 80% possuem hábitos solitários; portanto, apenas 5% são sociais (Michener, 1974).
A família Apidae abriga desde abelhas solitárias, como as do género Euglossini, até abelhas altamente eussociais,
como as abelhas do género Apis e as do género Meliponini (abelhas sem ferrão).
Em Meliponini os óvulos não fecundados, obtidos por partenogénese (reprodução assexuada), originam machos,
enquanto os ovos fecundados originam fêmeas, que dependendo do alimento das larvas se desenvolvem em
operárias ou em rainhas.
O desenvolvimento das diferentes castas está relacionado com um fenómeno de polimorfismo que nas abelhas
envolve basicamente a população feminina, dividida entre rainhas e operárias. A rainha possui função
exclusivamente reprodutora, sendo incapaz de sobreviver isoladamente por muito tempo e incapaz de fundar sozinha
uma nova colónia. No entanto, a sua presença na colónia é fundamental, garantindo a integridade e a funcionalidade
da sociedade, pois são fêmeas férteis, responsáveis pela postura da maioria dos ovos e por todos aqueles que são
fecundados por machos e que originarão fêmeas (operárias ou rainhas).
Em cada localidade, as abelhas dependem das plantas existentes, como fontes de alimento e como locais de
nidificação. Por outro lado, grande número de espécies vegetais, tanto cultivadas quanto silvestres, depende das
abelhas como agentes polinizadores. Como constituem o principal agente polinizador de muitas espécies vegetais, a
sua importância para o ser humano é enorme.
Deste modo, a técnica de produção in vitro de rainhas de abelhas sem ferrão, baseada na manipulação da
quantidade de alimento fornecido às larvas em desenvolvimento, vem contribuir para a multiplicação de colónias, que
poderão ser utilizadas tanto na apicultura como na polinização.

1.1 Nos processos de reprodução assexuada


(A) ocorre fecundação, formando-se um zigoto. (C) o novo ser é geneticamente idêntico ao ser que o originou.
(B) aumenta a variabilidade genética da espécie. (D) intervêm células especializadas, os gâmetas.

1.2 Enuncie uma vantagem e uma desvantagem da reprodução assexuada para as populações das espécies que
utilizam este processo.

2. Considere as seguintes afirmações, relativas a diversas estratégias de reprodução assexuada.


I. A multiplicação vegetativa é típica em seres vivos como as abelhas.
lI. Na gemulação ocorre a divisão do progenitor em duas porções iguais.
IlI. A bipartição é comum nos seres procariontes.
(A) lI é verdadeira; I e IlI são falsas. (C) IlI é verdadeira; I e lI são falsas.
(B) I e IlI são verdadeiras; lI é falsa. (D) I e lI são verdadeiras; IlI é falsa.

3. Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A à respetiva estratégia de reprodução assexuada, que
consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Os novos indivíduos resultam de células especializadas. (1) Fissão binária
(b) O progenitor unicelular perde a sua individualidade, dividindo-se em dois. (2) Partenogénese
(c) Formam-se novos indivíduos a partir de várias partes de uma planta. (3) Esporulação
(4) Multiplicação vegetativa
(5) Gemiparidade

4. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos que conduzem à


obtenção de novas plantas usando a micropropagação vegetativa.
A. Formação de embriões somáticos.
B. Multiplicação vegetativa das plântulas que formarão novas plantas.
C. Formação de tecido caloso.
D. Explante foliar de um tecido meristemático.
E. Divisões mitóticas do tecido caloso.

5. Considere as seguintes afirmações. Selecione a opção que as avalia corretamente.


I. Na gemulação, os descendentes não se separam do progenitor.
lI. A capacidade de regeneração dos seres vivos pode estar associada à reprodução assexuada.
IlI. Na formação de um clone, as células dividem-se por mitose e por meiose.
(A) lI é verdadeira; I e IlI são falsas. (C) IlI é verdadeira; I e lI são falsas.
(B) I e IlI são verdadeiras; lI é falsa. (D) I e lI são verdadeiras; IlI é falsa.

12
6. No processo de esporulação
(A) forma-se uma gomo que se separa do progenitor. (C) formam-se esporos em anterídios.
(B) estão envolvidas estruturas especializadas - esporos. (D) ocorre fusão de duas células geneticamente diferentes.

7. Helicobacter pylorí é uma bactéria que coloniza o estômago humano. Estima-se que metade da população mundial
esteja infetada por esta bactéria que é adquirida maioritariamente na infância (este valor é ainda maior na população
portuguesa, rondando os 80%, mas nem sempre apresenta sintomas). H. pylori reproduz-se por cissiparidade, como
acontece com a maioria das bactérias. Por estar associada a várias patologias, como as gastrites e úlceras gástricas,
e ao desenvolvimento do cancro do estômago, é necessário travar o avanço das infeções provocadas por esta
bactéria através da administração de antibióticos.

7.1 Explique de que modo o tipo de reprodução de H. pylori facilita a sua proliferação quando encontra as condições
ideais para se reproduzir, associando à necessidade da sua erradicação quando causa sintomas.

8. Observe com atenção a figura 1 e responda às questões sobre ela formuladas.

Fig. 1

8.1 Justifique a afirmação: «Os processos representados são processos de reprodução assexuada.»

8.2 Identifique cada um dos processos representados na figura 1.

8.3 Compare os processos A e C da figura 1 quanto:


8.3.1 ao número de descendentes que se obtêm a partir de um progenitor;
8.3.2 à perda de individualidade do progenitor;
8.3.3 às características morfológicas de cada descendente em relação ao progenitor.

8.4 Caracterize o processo B.

9. Os pescadores de uma determinada zona costeira, na qual existia uma grande exploração de viveiros de
mexilhões e de ostras, andavam muito preocupados, pois os seus viveiros estavam a ser atacados por estrelas-do-
mar, grandes predadores destes moluscos. Assim, sempre que as encontravam na proximidade dos viveiros,
apanhavam-nas, arrancavam-lhes os braços um a um e atiravam tudo à água de novo. Para seu grande espanto, o
número de predadores não só não diminuiu, como, pelo contrário, não parava de aumentar.

9.1 Apresente uma explicação para o acontecimento relatado.

9.2 Indique como se designa o processo de reprodução das estrelas-do-mar que se encontra em evidência no texto.

10. Considere o seguinte procedimento experimental.


Identificaram-se quatro vasos iguais com os números I, II, III e IV. Encheram-se até metade da sua altura com um
solo rico em matéria orgânica. Selecionaram-se oito estacas da planta hortênsia, cada uma com cerca de 5 cm de
altura. Plantaram-se duas estacas em cada vaso, de modo a enterrar cerca de 2 cm de cada uma. Regaram-se com
igual quantidade de água as estacas colocadas em cada vaso. Colocaram-se os vasos I, III e IV em estufas à
temperatura de 5 ºC, 40 ºC e 30 ºC, respetivamente, e manteve-se o vaso lI à temperatura ambiente, ou seja, a cerca
de 13 ºC. Durante a experiência, as estacas estiveram expostas aos normais períodos diários de luz e foram regadas
regularmente. Ao fim de um mês, as estacas foram arrancadas e observou-se e registou-se o que tinha acontecido.
Vasos Resultados observados
I Não se observam raízes nas estacas.
II Observam-se raízes nas estacas, mas em pequena quantidade.
III Não se observam raízes nas estacas.
IV Observam-se raízes nas estacas em abundância.

10.1 O objetivo desta atividade experimental foi


(A) determinar o efeito do fator temperatura no desenvolvimento das plantas hortênsias.
(B) determinar o efeito do fator temperatura na reprodução assexuada das hortênsias por multiplicação vegetativa.
(C) observar a multiplicação vegetativa.
(D) determinar que as hortênsias não se reproduzem assexuadamente.

10.2 Refira que dados importantes se podem obter com esta atividade para o aperfeiçoamento das práticas de
floricultura, sabendo que estas têm como objetivo produzir flores em grande escala.
13
UNIDADE 2 – Reprodução sexuada
1. Leia o texto.
Os caracóis são moluscos terrestres. Possuem concha espiralada que corresponde ao seu esqueleto externo. A
concha do caracol é constituída por calcário e pesa pouco mais de um terço do peso total destes seres vivos. Podem
viver em ambientes terrestres ou nas águas do rio ou do mar. Há mais de 100 mil espécies distintas de caracóis
terrestres. Os caracóis vivem em ambientes de solo húmido, não encharcado. Durante o dia ficam mais escondidos,
movimentando-se mais durante a noite. O caracol é hermafrodita ou seja, possui dois sexos, porém necessita de um
parceiro para realizar o acasalamento e a fecundação. A maioria dos gastrópodes terrestres é hermafrodita: cada um
possui um pénis e uma vagina, porém precisa de um parceiro para reprodução. Para se reproduzirem, formam casais
e copulam em média quatro vezes por ano. O acasalamento dos caracóis pode durar até dez horas. A gestação dura
cerca de 16 dias, quando cada parceiro vai para um lugar húmido, limpa a superfície e cava com a cabeça um buraco
de 5 cm a 10 cm para depositar os ovos. Dependendo da espécie, cada um deposita, em média, de 100 ovos a 300
ovos.

1.1 Na reprodução sexuada


(A) o novo ser é uma cópia genética do ser vivo que o originou.
(B) aumenta a variabilidade genética da espécie a que o ser vivo pertence.
(C) um único ser vivo, por fecundação, origina um zigoto.
(D) o número de cromossomas da espécie é alterado de geração em geração.

2.1 O caracol é um molusco gastrópode hermafrodita _____ pelo que necessita de recorrer à ____ para se
reproduzir. O ritual de acasalamento dura cerca de 10 horas e pode ocorrer várias vezes.
(A) suficiente ... autofecundação (C) suficiente ... fecundação cruzada
(B) insuficiente ... autofecundação (D) insuficiente ... fecundação cruzada

2.2 Ao contrário da autofecundação, a fecundação cruzada poderá ser vantajosa para a espécie, pois permite
aumentar a _____ aumentando assim a sua capacidade ______.
(A) variabilidade genética ... reprodutiva (C) variabilidade genética evolutiva
(B) estabilidade genética ... evolutiva (D) estabilidade genética ... reprodutiva

3. Na reprodução sexuada
(A) intervêm gâmetas que são células diploides. (C) intervêm gâmetas que permitem manter o cariótipo.
(B) o zigoto é uma célula haploide. (D) intervêm células especializadas, as gónadas.

4. Considere as seguintes afirmações.


I. Os gâmetas das plantas e dos animais são células haploides.
II. Nas plantas, os gâmetas são produzidos em gónadas.
III. O zigoto é uma célula diploide nas plantas, mas haploide nos animais.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

5. Na figura 1 observam-se diversas fases de um processo celular importante.

Fig. 1

5.1. O processo celular representado na figura 1 corresponde à


(A) clonagem. (C) mitose.
(B) fecundação. (D) meiose.

5.2 As letras A, C e E da figura 1 correspondem, respetivamente, a


(A) núcleo, fuso acromático, centríolos. (C) nucléolo, fuso acromático, centríolos.
(B) nucléolo, centríolos, fuso acromático. (D) núcleo, centríolos, fuso acromático.
14
5.3 Na figura 1, em 1 está representada a _____, uma vez que os _____ formam a placa equatorial.
(A) metáfase l... centrómeros (C) metáfase ll... pontos de quiasma
(B) metáfase II … centrómeros (D) metáfase l... pontos de quiasma

5.4 Indique o número que, na figura 1, representa a fase em que se forma uma tétrada celular.

6. O esquema da figura 2 representa a alternância básica dos dois processos obrigatórios que integram a reprodução
sexuada.

6.1 As letras A, B, C e D da figura 2 correspondem, respetivamente, a


(A) meiose, fecundação, zigoto e gâmetas.
(B) meiose, gâmetas, fecundação e zigoto.
(C) fecundação, meiose, gâmetas e zigoto.
(D) fecundação, zigoto, gâmetas e meiose.
Fig. 2

7. Considere as seguintes afirmações relativas aos processos biológicos que contribuem


para o aumento da variabilidade genética na reprodução sexuada.
I. O crossing-over permite a recombinação cromossómica entre bivalentes.
II. A citocinese é determinante para a variabilidade cromossómica das espécies animais.
III. A união aleatória dos gâmetas durante a fecundação permite aumentar a variabilidade genética.

(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (C) lé verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; l e ll são falsas.

8. Comparando os cromossomas das quatro células resultantes da meiose verifica-se que diferem
(A) no seu número. (C) no seu número de cromatídeos.
(B) no seu grau de condensação. (D) na informação genética que contêm.

9. Se uma célula somática com 40 cromossomas entrar em divisão celular e sofrer meiose, apresentará na metáfase
I _____ pares de cromossomas e _____ cromatídeos-irmãos.
(A) 20 ... 80 (C) 40 ... 80
(B) 80 ... 20 (D) 80 ... 40

10. Explique de que modo os fenómenos que ocorrem durante a meiose contribuem para o aumento de variabilidade
genética dos indivíduos da espécie.

11. Ordene as expressões representadas pelas letras de A a G, de modo a reconstituir a sequência cronológica de
alguns fenómenos que ocorrem durante a meiose. Inicie a sequência por A.
A. Sinapse de cromossomas homólogos.
B. Formação do fuso acromático.
C. Segregação independente dos cromossomas homólogos.
D. Crossing-over entre cromatídeos de cromossomas homólogos.
E. Formação de quatro células haploides.
F. Posicionamento dos cromatídeos-irmãos de cada cromossoma no plano equatorial da célula.
G. Redução do número de cromossomas para metade.

12. O gráfico da figura 3 representa a variação da quantidade de DNA ao longo de diversas fases de um ciclo celular.
As letras da legenda do gráfico que correspondem à meiose são:
(A) a, b, d, x, c, e.
(B) a, b, d, x.
(C) b, d.
(D) b, d, x.

13. Considere as seguintes afirmações relativas à meiose.


I. Na telófase I formam-se quatro núcleos haploides.
II. Na divisão reducional o número de cromossomas reduz para
metade.
III. Na metáfase I os bivalentes alinham-se na placa equatorial.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

14. Relacione os processos associados à reprodução sexuada com a manutenção do número de cromossomas
característico da espécie de uma geração em geração.

15
UNIDADE 3 - Ciclos de vida: unidade e diversidade
1. Leia o texto e observe a figura 1.
O polipódio é um feto muito comum em Portugal. Apresenta um caule
subterrâneo - rizoma - e folhas de limbo muito recortadas. Estes fetos
podem reproduzir-se assexuadamente por fragmentação do rizoma, apesar
de apresentarem também reprodução sexuada.
Na época de reprodução surgem na página inferior das folhas estruturas
arredondadas de cor amarelada — soros — que são conjuntos de
esporângios. A fecundação é dependente da água, movimentando-se os
gâmetas masculinos no meio aquático até ao gâmeta feminino.

1.1 Considere as seguintes afirmações relativas ao ciclo de vida do


polipódio.
I. A meiose origina gâmetas.
II. O ciclo representado é haplonte.
III. Há alternância de fases nucleares.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa. Fig. 1 Ciclo de vida do polipódio.

2. A estrutura representada pelo algarismo 6 na figura 1 corresponde ao _____ e contém _____.


(A) anterídeo a oosfera (C) arquegónio a oosfera
(B) anterídeo os anterozoides (D) arquegónio ... os anterozoides

3. Compare o desenvolvimento da haplófase com o desenvolvimento da diplófase, referindo as entidades que


representam cada uma na figura 1.

4. Os fenómenos evidenciados na figura 1 com as letras A, B e C correspondem, respetivamente, a


(A) mitose, fecundação, meiose. (C) fecundação, mitose, meiose.
(B) meiose, mitose, fecundação. (D) mitose, meiose, fecundação.

5. A célula assinalada na figura 1 com o número 9 é


(A) diploide. (C) o zigoto.
(B) o anterídeo. (D) a oosfera.

6. Ordene as letras de A a H, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que ocorrem no
ciclo de vida representado na figura 1. Inicie a sequência por A.
A. Ocorre a fecundação,
B. Forma-se o representante multicelular da fase diploide.
C. Ocorre a meiose.
D. Formam-se esporos.
E. Forma-se o zigoto.
F. Ocorrem mitoses sucessivas mantendo-se a diploidia.
G. Forma-se o representante multicelular da fase haploide.
H. Formam-se as gâmetas.

7. As células assinaladas na figura 1 pelo número 4 são _____ já que resultaram de uma ____. Quando estiverem
maduros, são libertados e caem no solo. Se as condições forem favoráveis, germinam e por _____ originam uma
estrutura multicelular autotrófica, o protalo.
(A) diploides ... divisão mitótica ... meioses sucessivas
(B) haploides ... divisão meiótica ... mitoses sucessivas
(C) haploides ... divisão mitótica ... meioses sucessivas
(D) diploides ... divisão mitótica ... mitoses sucessivas

8. Compare o ciclo de vida representado na figura 1 com o ciclo de vida da espécie humana em relação aos
seguintes aspetos:
- momento em que ocorre a meiose no ciclo de vida;
- desenvolvimento das fases nucleares — haplófase e diplófase;
- papel do indivíduo adulto — produtor de esporos/produtor de gâmetas;
- dependência da fecundação em relação à agua.

9. Quer o ciclo de vida da espirogira, quer o ciclo de vida do polipódio apresentam


(A) igual desenvolvimento da haplófase.
(B) a entidade adulta como representante da haplófase.
(C) meiose após a formação do zigoto.
(D) zigoto diploide.
16
BIOLOGIA - TESTE 2
Grupo I
As dáfnias são microcrustáceos, de dimensões entre 0,2 mm e 5,0 mm de comprimento, que devido à forma como
nadam parecem pular dentro de água. Vivem em meios aquáticos e alimentam-se essencialmente de plâncton.
Durante uma boa parte do ano, as dáfnias reproduzem-se por partenogénese, sendo a sua população composta
maioritariamente ou exclusivamente por fêmeas. Quando as condições ambientais se tornam desfavoráveis, por
exemplo, quando há falta de alimento, frio intenso ou seca, reproduzem-se sexuadamente; parte dos ovos que se
estavam a desenvolver dão origem a dáfnias machos, que possuem uma ou duas gónadas que se podem
transformar num órgão copulatório e ser introduzido na gónada da fêmea ocorrendo assim fecundação. Formam-se
ovos de resistência (às vezes chamados ovos de inverno), que permanecem dormentes até que existam boas
condições para se desenvolverem.
Estes pequenos crustáceos são muito sensíveis a alterações no ambiente em que vivem, nomeadamente as
resultantes de poluentes, pelo que são utilizados em bioensaios, ou seja, testes que usam organismos vivos na
avaliação de toxicidade em áreas afetadas por exemplo, por efluentes industriais e domésticos.

1. As dáfnias reproduzem-se quer de modo assexuado quer de modo sexuado. Tendo em conta as características de
cada um dos processos, indique as vantagens e as desvantagens que apresentam para estes seres vivos.

2. Nos processos de reprodução assexuada


(A) o novo ser é geneticamente diferente do ser que o originou.
(B) de geração em geração aumenta a variabilidade genética da espécie.
(C) um único ser origina outros sem intervenção de células sexuais.
(D) o novo ser resulta da fecundação.

3. Nos processos de reprodução sexuada das dáfnias


(A) um único ser, por fecundação, origina um zigoto.
(B) não ocorre o aumento da variabilidade genética da espécie em questão.
(C) o novo ser é geneticamente igual ao ser que o originou.
(D) intervêm células especializadas, os gâmetas.

4. No processo de reprodução por partenogénese


(A) cada novo ser resulta exclusivamente de uma célula sexual feminina.
(B) ocorre uma autofecundação,
(C) os novos seres são geneticamente diferentes do progenitor.
(D) a meiose é pós-zigótica.

5. Considere as seguintes afirmações.


I. Quando há muito alimento disponível, as dáfnias reproduzem-se sexuadamente.
II. Por partenogénese forma-se uma população composta por fêmeas.
III. As dáfnias reproduzem-se assexuadamente para permitir o rápido crescimento da população.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

6. Na Natureza, muitas plantas podem reproduzir-se de modo assexuado e sexuado, dependendo a alternativa
muitas vezes ou exclusivamente das condições ambientais. O ser humano, apercebendo-se da vantagem de tais
capacidades, utilizou-as em seu benefício reproduzindo artificialmente muitas plantas. Assim, utiliza muitas vezes a
técnica de estacaria (multiplicação vegetativa) para o fazer.
6.1 Apresente duas vantagens da utilização da multiplicação vegetativa na reprodução artificial de muitas plantas.

6.2 Quando se obtém uma nova planta por multiplicação vegetativa pode afirmar-se que as células da porção que se
reproduziu possuem
(A) grande capacidade de multiplicação. (C) baixa capacidade de multiplicação.
(B) baixa capacidade de diferenciação. (D) elevada especialização.

6.3 As células de uma nova planta obtida por multiplicação vegetativa


(A) são todas células indiferenciadas.
(B) são geneticamente iguais às células da planta que foi multiplicada.
(C) apresentam diferenças genéticas entre si devido ao crossing-over.
(D) são geneticamente diferentes das células da planta multiplicada.

Grupo II
A microsporidiose é uma infeção causada por microsporídios (fungos parasitas formadores de esporos intracelulares
obrigatórios, que costumavam ser classificados como protozoários). Algumas espécies de microsporídeos estão
associadas a doenças humanas. Os esporos dos organismos são adquiridos por: ingestão; inalação; contacto direto
com a conjuntiva; contacto com animais e/ou transmissão de uma pessoa para outra.
17
A forma infeciosa dos microsporídeos é o esporo resistente, que pode persistir no ambiente durante vários meses.
Este germina, revertendo rapidamente o seu túbulo polar, que entra em contacto com a membrana da célula
hospedeira eucariótica. O esporo injeta o esporoplasma infecioso na célula hospedeira através do túbulo polar.
Dentro da célula, o esporoplasma entra na fase proliferativa (com intensa divisão celular). Após a fase proliferativa,
os esporoblastos sofrem esporogonia, durante a qual se desenvolve a parede espessa, amadurecendo até esporos.
Quando estes aumentam em número e preenchem completamente o citoplasma da célula hospedeira, a membrana
celular é destruída e os esporos são libertados (fig. 1). Esses esporos livres maduros podem infetar novas células e
disseminar-se ao longo do corpo do hospedeiro ou podem ser libertados para o ambiente, por meio de aerossóis
respiratórios, fezes ou urina.

Fig. 1 Ciclo de vida de microsporídeos.

O microsporídeo Encephalitozoon cuniculi tem sido reconhecido como um agente patogénico oportunista em
indivíduos imunossuprimidos, tais como pacientes com SIDA. Realizou-se um estudo com o intuito de criar animais
farmacologicamente imunossuprimidos para serem modelos da infeção natural por E. cuniculi.

Metodologia
Usaram-se grupos distintos de ratos adultos, imunossuprimidos tratados com diferentes doses de dexametasona (Dx,
3 mg/kg/dia ou 5 mg/kg/dia por via intraperitoneal — IP), uns grupos foram inoculados com esporos de E. cuniculi por
via IP e outros não foram inoculados. Também foram usados grupos de animais inoculados, mas não
imunossuprimidos, e de animais não imunossuprimidos nem inoculados.

Tabela 1- Distribuição dos grupos experimentais segundo o número de animais e as respetivas datas de necrópsia.

Número de animais sujeitos a necrópsia em


Grupos cada período após a inoculação, em dias
7 14 21 28 35 Total
I (Camundongos tratados com 3 mg/kg de Dx e inoculados
2 2 2 2 2 10
com E. cuniculi)
II (Camundongos tratados com 3 mg/kg de Dx e não-
1 1 1 1 1 5
inoculados com E. cuniculi)
III (Camundongos tratados com 5 mg/kg de Dx e
2 2 2 2 2 10
inoculados com E. cunicuti)
IV (Camundongos tratados com 5 mg/kg de Dx e não-
1 1 1 1 1 5
inoculados com E. cuniculi)
V (Camundongos não-tratados e inoculados com E.
2 2 2 2 2 10
cuniculi)
VI (Camundongos não-tratados e não-inoculados com E.
1 1 1 1 1 5
cuniculi)
Total 9 9 9 9 9 45

Os animais foram submetidos a necropsia aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a inoculação, tendo sido analisados os
resultados.

Resultados

Tabela 2 - Médias dos resultados obtidos pela análise computadorizada de imagens dos fragmentos hepáticos.

Número de Área média das % de área do corte Área média dos


Grupos
lesões*/mm2 lesões* (m2) ocupada por lesões cortes (mm2)
I 0,33 3,74 0,35 24,72
III 0,40 4,54 0,34 27,82
V 0,15 1,38 0,13 23,16

Em todos os animais imunossuprimidos e inoculados, sobretudo naqueles que receberam 5 mg/kg/dia de Dx, foram
detetadas alterações ao nível do fígado e do baço, aumentando de tamanho e desenvolvendo infeções não letais em
diversos órgãos (fígado, pulmões, rins, intestino, encéfalo), mais notórias no tecido hepático.
18
1.1 Os esporos resistentes dos microsporídeos desenvolvem-se por
(A) meioses sucessivas. (C) primeiro mitose e depois meiose.
(B) mitoses sucessivas. (D) primeiro meiose e depois mitose.

1.2 O hospedeiro dos microsporídeos apresenta ciclo de vida


(A) haplonte, pois a meiose é pós-zigótica. (C) diplonte, pois a meiose é pré-gamética.
(B) haplonte, pois a meiose é pré-gamética. (D) diplonte, pois a meiose é pós-zigótica.

1.3 Um dos grupos controlo da experiência realizada é constituído por ratos


(A) adultos, não imunossuprimidos e inoculados com esporos de E. cuniculi.
(B) adultos, imunossuprimidos e inoculados com esporos de E. cuniculi.
(C) juvenis, imunossuprimidos e inoculados com esporos de E. cuniculi.
(D) juvenis, não imunossuprimidos e inoculados com esporos de E. cuniculi.

1.4 A análise dos resultados da experiência permite concluir que os ratos


(A) sujeitos ao tratamento são mais suscetíveis à infeção por E. cuniculi, apresentando maior número de lesões.
(B) sujeitos ao tratamento são mais suscetíveis à infeção por E. cuniculi, apresentando menor número de lesões.
(C) não sujeitos ao tratamento são mais suscetíveis à infeção por E. cuniculi, apresentando maior número de lesões.
(D) não sujeitos ao tratamento são mais suscetíveis à infeção por E. cuniculi, apresentando menor número de lesões.

2. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva fase da meiose, que consta na
coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Formam-se quatro núcleos haploides. (1) Anáfase I
(b) Ocorre redução cromossómica. (2) Telófase II
(c) Ocorre sinapse dos cromossomas homólogos. (3) Prófase I
(4) Anáfase II
(5) Prófase II

3. Explique a pertinência do desenvolvimento de animais farmacologicamente imunossuprimidos como modelos da


infeção natural por E. cuniculi no combate à microsporidiose.

4. Ordene as etapas representadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que ocorrem durante a meiose.
A. Formação de dois núcleos haploides.
B. Ocorrência de crossing-over.
C. Alinhamento dos cromossomas com os centrómeros no plano equatorial.
D. Formação de uma tétrada celular.
E. Formação de díadas cromossómicas.

Grupo III
O salmão-do-atlântico (Salmo solar) é um peixe migrador anádromo, o que significa que vive toda a sua vida no mar,
deslocando-se na época de reprodução para os rios, onde efetua a postura. A época de subida dos rios efetua-se
entre outubro a julho, chegando primeiro os indivíduos de maiores dimensões. A desova efetua-se entre dezembro e
janeiro, havendo indivíduos que já estavam há um ano em água doce. A grande capacidade natatória desta espécie
permite-lhe atingir as zonas superiores dos rios, onde as águas são muito oxigenadas e o leito tem um fundo de areia
e cascalho, o habitat ideal para a desova.
A fêmea efetua movimentos ondulatórios para construir uma depressão junto no fundo do rio, que é arenoso e com
algum cascalho. Após esta operação, o macho precipita-se sobre ela e, em movimentos conjuntos, fêmea e macho
libertam no meio as respetivas células sexuais. Os ovos que se formam da união dos gâmetas depositam-se no
fundo e a fêmea recobre-os com areia e cascalho. A maioria dos adultos morre de exaustão quando termina a época
de reprodução e apenas uma minoria volta ao mar, podendo reproduzir-se uma segunda vez.
Os juvenis de salmão eclodem entre abril e maio e têm cerca de 2 cm de comprimento. Nos 40 dias seguintes
sobrevivem à custa do saco vitelino, passando depois a alimentar-se de crustáceos planctónicos, larvas de insetos e
mais tarde de pequenos peixes. Os jovens salmões podem permanecer 2 a 5 anos em água doce. Depois migram
para o oceano Atlântico, onde permanecem 1 a 4 anos, em média, crescendo muito mais rapidamente, pois
alimentam-se de peixe. A sua carne adquire uma grande quantidade de gordura (daí a coloração rosa), o que lhes
permite empreender o grande esforço de subida dos rios.

1. Na reprodução sexuada dos salmões-do-atlântico


(A) o macho e a fêmea acasalam no oceano Atlântico.
(B) a fecundação é interna.
(C) a fêmea e o macho libertam os gâmetas no meio.
(D) cada salmão, ao longo da sua vida, só se reproduz uma vez.

19
2. Na reprodução do salmão-do-atlântico, os indivíduos masculinos libertam, no leito do rio, os seus _____ para que
estes fecundem os gâmetas femininos. Deste modo, _____ cópula e a fecundação é _____.
(A) espermatozoides ... não há ... externa (C) testículos ... não há ... interna
(B) espermatozoides ... há ... externa (D) testículos ... há interna

3. No ciclo de vida do salmão


(A) as fases nucleares apresentam igual desenvolvimento. (C) a meiose é pós-zigótica.
(B) a haplófase é mais desenvolvida do que a diplófase. (D) o animal adulto é a entidade representante da diplófase.

4. O esquema da figura 2 representa um par de cromossomas homólogos numa determinada fase da divisão
meiótica.
4.1 Designe o fenómeno que se encontra em evidência na figura.

4.2 Relacione a ocorrência que se encontra evidenciada na figura com o


potencial. de variabilidade genética associado à meiose.

4.3 Durante a meiose ocorre a segregação dos cromossomas homólogos e


posteriormente ocorre a segregação dos cromatídeos do mesmo cromossoma.
Assim, separam-se
(A) Q de Q', na anáfase II, e Q de q, na anáfase I.
(B) Q de Q', na anáfase I, e Q de q, na anáfase I. Fig. 2
(C) Q de Q', na anáfase I, e Q de q, na anáfase II.
(D) Q de Q', na anáfase II, e Q de q, na anáfase II.

Grupo IV
A maioria das plantas apresenta ambos os géneros no mesmo indivíduo, mas os investigadores não sabiam de que
forma o sexo era determinado nas plantas dioicas (só masculinas ou só femininas), como é o caso dos dióspiros.
Um grupo de investigadores trabalhou com um conjunto de 150 árvores de Diospyros lotus cultivadas no Japão e
isolou um gene crucial no cromossoma Y.
Denominado OGI, este gene, ao contrário da maioria dos genes, não codifica uma proteína. Em vez disso, codifica
um pequeno pedaço de RNA que atua como «tesoura molecular», impedindo a ativação do gene feminizante MeGI e
permitindo, assim, a produção de pólen. «O OGI é utilizado pelo cromossoma Y para suprimir o gene MeGl», referiu o
especialista em genética Luca Comai. Apenas cerca de 5% das espécies de plantas são dioicas. Evoluíram de forma
independente e o sexo pode não ser determinado da mesma forma dos dióspiros. «Como cientista, será emocionante
ver como cada uma [espécie de planta] inventou a sua própria solução para o problema» da reprodução, disse o
investigador.

1. Nos dióspiros, a meiose é


(A) pós-zigótica e o gametófito é diplonte. (C) pré-espórica e o gametófito é diplonte.
(B) pós-zigótica e o esporófito é diplonte. (D) pré-espórica e o esporófito é diplonte.

2. Diospyros lotus é uma espécie dioica, pois os


(A) gametângios masculinos e femininos encontram-se em plantas diferentes.
(B) gametângios masculinos e femininos encontram-se na mesma planta.
(C) esporângios masculinos e femininos encontram-se na mesma planta.
(D) esporângios masculinos e femininos encontram-se em plantas diferentes.

3. O OGI corresponde a uma sequência de


(A) ribonucleótidos. (C) aminoácidos,
(B) desoxirribonucleótidos. (D) monossacarídeos.

4. Faça corresponder cada uma das descrições sobre a reprodução das plantas expressas na coluna A à designação
respetiva, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Estrutura unicelular formada por meiose. (1) Oosfera
(b) Célula sexual feminina. (2) Anterozoide
(c) Estrutura multicelular onde se formam as células (3) Esporófito
sexuais. (4) Gametófito
(5) Esporo
5. Ordene as etapas representadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que ocorrem durante o ciclo de vida de uma planta, culminando na primeira entidade unicelular
diploide.
A. Formação de esporos. D. União das células sexuais.
B. Formação do zigoto. E. Formação de uma entidade multicelular diploide.
C. Germinação das células formadas por meiose.

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6. Explique de que forma o gene OGI contribui para o aumento da variabilidade genética e para o sucesso evolutivo
de Diospyros lotus.

DOMÍNIO 9 – Evolução biológica


UNIDADE 1 – Origem dos eucariontes
1. Leia o texto.
Nos diferentes modelos de evolução, a partir da origem da vida considera-se a passagem das células procarióticas a
eucarióticas e da unicelularidade à multicelularidade, neste caso à custa da multiplicação do número de células. A
multicelularidade existe nas colónias, grupos de células que, após divisão celular, permanecem juntas. As células
agrupadas podem diferenciar-se, e especializar em funções distintas, mantendo-se sempre interligadas e
interdependentes.
Lynn Margulis, baseando-se nas relações simbióticas entre procariontes, propôs um modelo explicativo para o
aparecimento dos eucariontes, que tem grande aceitação na comunidade científica na atualidade. Outro modelo,
pouco apoiado hoje em dia, admite que as células eucarióticas terão resultado de um processo de complexificação
de seres procariontes unicelulares. A célula constituinte destes seres vivos apresentava invaginações na membrana
plasmática, algumas das quais adquiriram especializações na sua função, acabando por se isolar e originar um
sistema de membranas internas.

1.1 Indique três argumentos a favor do modelo endossimbiótico.

2. As colónias do género Volvox, na figura 1, são constituídas por um elevado número de


células (podem ter até 50 mil células), que formam uma esfera. As células da colónia
podem fazer ações conjuntas, como deslocar-se em direção à luz, uma vez que cada
uma delas possui flagelos que, batendo em sincronia, permitem o movimento da colónia.
Existem algumas células no interior da colónia que desenvolveram a capacidade de se
reproduzir, sendo responsáveis pela formação de novas colónias.

2.1 Retire do texto duas características que indiquem que o sistema de organização
colonial do género Volvox é complexo, quando comparado com organismos unicelulares.

2.2 Distinga a organização colonial da organização tecidular. Fig. 1

3. Refira três vantagens da multicelularidade.

4. Volvox é uma colónia e não um organismo multicelular porque


(A) existe diferenciação celular ao nível das células reprodutoras.
(B) as suas células são eucarióticas fotossintéticas.
(C) existe um baixo grau de especialização celular.
(D) as células estão ligadas entre si através de filamentos citoplasmáticos.

5. Considere as seguintes afirmações relativas ao aparecimento da multicelularidade.


I. A multicelularidade reduz a taxa metabólica, por célula, e aumenta a eficácia na utilização de energia.
II. A multicelularidade permite um maior potencial de especialização em resultado da diversificação celular.
III. O aumento do número de células é desfavorável para a competição pelo alimento e pelo território.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

6. Explique por que razão se considera que na endossimbiose evolutiva a associação com células procarióticas que
estiveram na origem das mitocôndrias precede a associação com as células procarióticas que estiveram na origem
dos cloroplastos.

7. De acordo com os modelos mais aceites na atualidade, a sequência do aparecimento dos vários tipos de
células/organismos no planeta Terra foi
(A) seres unicelulares e procariontes; multicelulares e eucariontes; unicelulares e eucariontes; coloniais.
(B) seres unicelulares e procariontes; coloniais; unicelulares e eucariontes; multicelulares e eucariontes.
(C) seres unicelulares e procariontes; unicelulares e eucariontes; coloniais; multicelulares e eucariontes.
(D) seres unicelulares e eucariontes; unicelulares e procariontes; coloniais; multicelulares e eucariontes.

8. Ambos os modelos, autogénico e endossimbiótico, apresentam uma explicação para o aparecimento de


(A) seres multicelulares d par lir de seres unicelulares. (C) eucariontes a partir de procariontes.
(B) seres multicelulares a partir de eucariontes. (D) seres multicelulares a partir de procariontes.

21
9. O aparecimento dos eucariontes, mais complexos, parece ser ____ ao dos procariontes, mais simples. As colónias
de células terão surgido numa fase _____ ao aparecimento dos seres multicelulares.
(A) posterior ... simultânea (C) anterior … simultânea
(B) posterior ... anterior (D) simultâneo … anterior

10. Explique o aparecimento dos seres eucariontes, de acordo com o modelo autogénico.

11. Explique o seguinte argumento que suporta o modelo endossimbiótico:


«A estreptomicina e o cloranfenicol são substâncias inibidoras da síntese proteica em procariontes, mitocôndrias e
cloroplastos, mas não no citoplasma de eucariontes, o que é considerado um argumento a favor do modelo
endossimbiótico desenvolvido por investigadores como Lynn Margulis.»

12. O gráfico representado na figura 2 traduz a variação da razão área/volume em


função do aumento do volume, que se verifica à medida que o tamanho da célula
aumenta.

12.1 Indique de que modo o aumento de volume das células influencia a razão
área/volume.

12.2 Refira quais são as implicações negativas da variação referida na alínea


anterior.

13. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos relativos ao


aparecimento dos seres eucariontes, de acordo com o modelo endossimbiótico.
A. Estabelece-se uma relação de simbiose que perdura, formando-se as mitocôndrias.
B. Incorporação de procariontes fotoautotróficos.
C. Evolução para os plastos das células eucarióticas.
D. Formação de células com mitocôndrias e cloroplastos.
E. Incorporação de células procarióticas aeróbias por procariontes de maiores dimensões.

14.1 Pode afirmar-se que, em termos evolutivos, a fotossíntese


(A) precedeu a respiração aeróbia, pois as cianobactérias são fotoautotróficas.
(B) sucedeu a respiração aeróbia, pois as cianobactérias são fotoautotróficas.
(C) precedeu a respiração aeróbia, pois as cianobactérias são heterotróficas.
(D) sucedeu a respiração aeróbia, pois as cianobactérias são heterotróficas.

14.2 Uma das vantagens do modelo endossimbiótico refere-se ao facto de


(A) não explicar a existência de relações simbióticas.
(B) explicar apenas o aparecimento de cloroplastos.
(C) explicar o aparecimento de mitocôndrias e cloroplastos.
(D) não explicar o aparecimento do sistema endomembranar.

15. Explique de que forma a multicelularidade permite uma maior diversificação das formas de vida.

16. Elysia chlorotica é uma lesma-do-mar. É um invertebrado muito comum em diferentes tipos de pântanos e em
lagos pouco profundos (até 0,5 metros de profundidade). Esta Lesma alimenta-se apenas de Vaucheria litorea, uma
espécie de algas multicelulares. Porém, estas só são digeridas parcialmente, uma vez que esta lesma marinha retém
os cloroplastos da alga e utiliza-os para proveito próprio. Esta retenção ocorre no fim da fase juvenil da lesma, na
altura em que ela é normalmente acastanhada. Ao alimentar-se das algas, vai acumulando alguns cloroplastos nas
células do trato digestivo, o que leva a que a lesma adquira então tenha uma cor verde-esmeralda e passe a realizar
a fotossíntese, obtendo assim alimento extra.

Fig. 3

16.1 Explique de que forma a existência de seres vivos como a lesma Elysia chiorotica contribuem para uma maior
validação do modelo endossimbiótico.

22
UNIDADE 2 – Mecanismos de evolução
1. Leia o texto.
Ao longo da história, o ser humano foi-se questionando sobre a origem da enorme diversidade de seres vivos
existentes na Terra, sempre condicionado, em cada época, não só pelo desenvolvimento científico e tecnológico
existente, mas também pelo contexto cultural, religioso, social e económico. Durante séculos, e apoiando-se nas
ideias criacionistas de que as espécies existentes tinham sido criadas por uma entidade divina, prevaleceu o fixismo,
que considerava que ao longo da sua existência as espécies não sofriam transformações, pelo que se apresentavam
tal como se tinham originado. No século XIX, começou a ser contestado o fixismo e, em oposição, defendido o
evolucionismo, que considerava que, ao longo do tempo, as espécies se iam alterando de forma lenta e gradual,
originando novas espécies.

1.1 O ____ admite que as espécies surgiram tal como hoje se conhecem e mantiveram-se imutáveis ao longo do
tempo. O ____ admite que as espécies hoje existentes resultaram de modificações lentas e graduais.
(A) fixismo ... evolucionismo (C) criacionismo ... evolucionismo
(B) evolucionismo ... fixismo (D) criacionismo ... fixismo

2. Faça corresponder cada uma das descrições da coluna A à respetiva teoria, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) As longas pernas do flamingo desenvolveram-se pela necessidade de caminhar em (1) Fixismo
terrenos húmidos à procura de alimento. (2) Neodarwinismo
(b) As espécies fosseis são vestígios de criações anteriores e não têm qualquer relação com (3) Darwinismo
as espécies atuais. (4) Lamarckismo
(c) As variedades albinas de certas raças de cães, resultantes de mutações, seriam (5) Neolamarckismo
eliminadas pela seleção natural em ambiente selvagem, uma vez que apresentam
características desfavoráveis à sua sobrevivência.

3. Como fundamentos do evolucionismo, além das ideias de Malthus, podem ainda referir-se os dados
paleontológicos e os dados
(A) biológicos. (C) biogeográficos.
(B) evolutivos. (D) seletivos.

4. Comente a seguinte afirmação:


«O meio desempenha para Darwin e para Lamarck um papel fundamental no processo da evolução. Contudo, estes
dois cientistas tinham uma perspetiva diferente quanto à forma como o meio influencia a evolução dos seres vivos.»

5. Ao explicar a origem das espécies, o darwinismo distingue-se do lamarckismo porque


(A) atribui um papel importante ao ambiente.
(B) considera que as espécies evoluíram ao longo do tempo.
(C) estabelece que o ambiente cria necessidades que geram certos órgãos.
(D) admite que a seleção natural. atua sobre a variabilidade intraespecífica.

6. Nos argumentos evolucionistas da anatomia comparada, é possível definir estruturas _____que surgem por
evolução divergente, e estruturas _____ que, apesar de terem origem diferente, são semelhantes no aspeto e na
função, surgindo por evolução _____.
(A) homólogas ... análogas ... paralela (C) homólogas ... análogas ... convergente
(B) análogas ... homólogas ... convergente (D) análogas ... homólogas .. homóloga

7. Muitos dos mamíferos que existem atualmente na Austrália são muito diferentes dos que existem em África,
constituindo um dado ____ que apoia o evolucionismo.
(A) paleontológico (C) de anatomia comparada
(B) biogeográfico (D) citológico

8. Os dados citológicos que apoiam o evolucionismo referem-se à existência de


(A) células em todos os seres vivos. (C) um cariótipo comum a todos os seres vivos.
(B) biomoléculas comuns a todos os seres vivos. (D) estruturas análogas nos seres vivos.

9. O estudo dos fósseis apoia o evolucionismo, uma vez que


(A) evidencia a intervenção divina na evolução. (C) evidencia origens distintas para os seres vivos.
(B) comprova a inexistência de um ancestral comum. (D) comprova a existência de um ancestral comum.

10.1 Estruturas homólogas


(A) revelam uma organização estrutural diferente e apresentam forma e tamanho igualmente diferentes.
(B) evidenciam uma origem embriológica diferente.
(C) revelam uma organização estrutural semelhante e podem apresentar forma e tamanho diferentes.
(D) resultam de uma evolução convergente.
23
10.2 Estruturas análogas
(A) apoiam as ideias fixistas sobre a vida na Terra. (C) apresentam sempre uma organização estrutural semelhante.
(B) resultam de uma evolução convergente. (D) evidenciam uma origem embriológica semelhante.

11. Designe as estruturas que perderam função biológica em alguns grupos de seres vivos.

12. O neodarwinismo distingue-se da teoria de Darwin, uma vez que


(A) rejeita a ideia de seleção natural. (C) considera a variabilidade interespecífica.
(B) define o conceito de mais apto. (D) introduz conceitos da genética.

13. Explicite os mecanismos inerentes à reprodução sexuada que explicam a existência de variabilidade genética
intraespecífica.

14.1 De acordo com a teoria sintética da evolução, são fatores evolutivos


(A) mutação, crossing-over e cruzamento ao acaso. (C) mutação, recombinação génica e seleção natural.
(B) mitose, deriva genética e fecundação. (D) mitose, fecundação e seleção natural.

14.2 Muitos antibióticos, inicialmente utilizados com sucesso contra as bactérias patogénicas, parecem atualmente
ter perdido toda a sua eficácia. De acordo com o neodarwinismo, esta resistência das bactérias aos antibióticos
existe porque
(A) as bactérias adaptam-se ao meio com antibióticos.
(B) o antibiótico induz as bactérias a modificarem o seu metabolismo, tornando-se resistentes.
(C) com a utilização do antibiótico são selecionadas, na população de bactérias, aquelas que já eram resistentes por
mutações espontâneas.
(D) o antibiótico modifica o ambiente e provoca mutações nas bactérias.

15. Considere as seguintes afirmações.


I. O fundo genético de unia população nunca é modificado pela deriva genética.
II. A migração ocorre quando um pequeno grupo de indivíduos se separa ao acaso da população original.
III. A variabilidade existente entre os diferentes indivíduos de uma população resulta das mutações e da
recombinação génica que ocorrem na meiose e na fecundação.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa

16. Na maioria dos ambientes, a existência de asas é uma vantagem para as várias espécies de moscas. No entanto,
numa ilha isolada, no sul do oceano Índico, fustigada todo o ano por ventos fortes, vivem populações desprovidas de
asas. De acordo com os princípios darwinistas, explique a existência de moscas sem asas.

17. Leia atentamente o seguinte texto.


Em Lancaster County, na Pensilvânia (EUA), vive uma pequena comunidade religiosa designada Amish, fundada no
século XVII por um reduzido número de imigrantes provenientes da Europa Central. As comunidades Amish vivem
particularmente fechadas ao exterior, ocorrendo apenas cruzamentos entre os seus membros. Nessa comunidade,
uma doença genética hereditária causada por um gene recessivo, conhecida como Síndrome de Ellis Van Creveld,
tem uma incidência muito maior do que na população original europeia. As crianças que manifestam essa doença
têm uma esperança média de vida inferior à das crianças saudáveis. Um dos casais de imigrantes do século XVIII era
portador do gene responsável pela doença.

17.1 Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A ao respetivo termo, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) O gene responsável pela doença genética referida resulta de uma alteração da (1) Deriva genética
sequência nucleotídica ao nível do cromossoma 4. (2) Seleção natural
(b) O fundo genético da população que fundou a comunidade Amish em Lancaster (3) Migração
County apresentava variações aleatórias na frequência de genes em relação à (4) Ausência de panmixia
população de origem. (5) Mutação
(c) Cerca de metade das crianças que sofrem da doença genética mencionada morrem
na infância devido a problemas cardíacos e respiratórios.

17.2 Recorrendo a dados do texto, explique a que se deve a maior incidência da Síndrome de Ellis Van Creveld na
população atual Amish de Lancaster Country, relativamente à população original europeia.

18. Quanto maior for a diversidade genética de uma população


(A) menor é o seu fundo genético, aumentando a possibilidade de sobrevivência em condições do meio adversas.
(B) menor é o seu fundo genético, diminuindo a possibilidade de sobrevivência em condições do meio adversas.
(C) maior é o seu fundo genético, diminuindo a possibilidade de sobrevivência em condições do meio adversas.
(D) maior é o seu fundo genético, aumentando a possibilidade de sobrevivência em condições do meio adversas.

24
19. A traça-mosqueada vive nas florestas, alimentando-se durante a noite e descansando durante o dia na casca das
árvores, cobertas de líquenes de cor clara. A traça-mosqueada é sarapintada de preto, apresentando-se algumas de
cor clara, enquanto outras são tão sarapintadas que parecem quase pretas. Estas traças servem de alimento a
algumas espécies de aves.
Observe com atenção o gráfico da figura 1 e responda às questões.

Fig. 1

19.1 Explique a variação da percentagem de traças escuras, à medida que a distância ao centro da cidade aumenta.

19.2 Faça uma previsão da variação da percentagem de traças de cor clara, usando como referência os dados do
gráfico.

20. A deriva genética ocorre quando


(A) o fundo genético de uma dada população, normalmente pequena, se altera como resultado da seleção natural.
(B) o ser humano seleciona os indivíduos que apresentam as características mais vantajosas, promovendo a sua
reprodução.
(C) o fundo genético de uma dada população, normalmente pequena, se altera não como resultado da seleção
natural mas do acaso.
(D) os indivíduos em idade reprodutora se movimentam de uma população para outra.

21. A migração é um dos fatores que contribui para a evolução e diversificação das espécies; contudo, esta
(A) não ocorre aleatoriamente, como acontece na deriva genética.
(B) não ocorre aleatoriamente, como acontece na seleção natural.
(C) ocorre aleatoriamente, tal como acontece na deriva genética.
(D) ocorre aleatoriamente, tal como acontece na seleção natural.

22. A evolução é condicionada por vários fatores que podem alterar o fundo genético das populações. Na figura 2
está representado, esquematicamente, um tipo de seleção natural observado nas chitas (Acinonyx jubatus).

Fig. 2

Considere as seguintes afirmações relativas às conclusões que se podem retirar da análise da figura 2.
I. Ao longo do tempo, as características predominantes da chita foram variando.
II. A seleção natural favoreceu os genes responsáveis pelo aumento de peso.
III. As chitas de maior peso foram sendo eliminadas, ao longo do tempo.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

23. A hemoglobina dos vertebrados é composta por uma proteína associada


a um grupo não proteico (heme). No quadro da figura 3 estão indicadas, em
percentagem, as diferenças de aminoácidos entre as cadeias da
hemoglobina de alguns vertebrados, comparadas duas a duas.

23.1 Com base nos dados, indique o animal que pode ser considerado, em
termos filogenéticos, mais próximo do ser humano.

23.2 Justifique a resposta ao item anterior.


Fig. 3

25
DOMÍNIO 10 – Sistemática dos seres vivos
UNIDADE 1 – Sistemas de classificação
1. Leia o texto.
Carl von Linné (1707-1778), conhecido em português como Lineu, foi o criador da nomenclatura binominal e da
classificação científica, sendo considerado o «pai da taxonomia moderna». Foi o botânico mais reconhecido da sua
época.
Lineu concebeu a ideia de divisio et denominatio, «divisão e denominação», como forma de organizar os seres vivos,
algo que transparece na sua obra Systema Naturae, considerada o ponto de partida da nomenclatura moderna.
Para as plantas, Lineu utilizou as características sexuais que haviam sido recentemente descobertas. Os animais e
os minerais, os outros dois reinos do sistema «animal-vegetal-mineral» por si idealizado, foram organizados pela sua
aparência externa.
Para identificar as espécies, Lineu utilizou uma nomenclatura binominal. Por exemplo, o hibisco-da-Síria é
identificado pelo binome Hibiscus syriacus. Nenhuma outra espécie pode ter este nome. Deste modo, a cada espécie
corresponde um único nome.

1.1 De acordo com os critérios utilizados por Lineu na classificação das plantas e dos animais, pode considerar-se
que o sistema de classificação que ele desenvolveu era
(A) prático. (C) natural.
(B) filogenético. (D) artificial.

1.2 De acordo com a nomenclatura binominal de Lineu, o hibisco-da-síria é identificado pelo nome Hibiscus syriacus.
Os termos Hibiscus e syriacus correspondem, respetivamente,
(A) ao restritivo específico e ao nome da espécie. (C) ao restritivo específico e ao restritivo subespecífico.
(B) ao nome do género e ao restritivo específico. (D) ao nome do género e ao nome da ordem.

2. Comente a seguinte afirmação: «Lineu era fixista, mas apresentou um sistema de classificação que reflete o grau
de parentesco entre os seres vivos.»

3. Uma classificação é considerada _____ quando se baseia em características morfológicas e fisiológicas dos seres
vivos. Se tiver em conta um _____ de características é também _____.
(A) prática ... maior número ... artificial. (C) racional. ... menor número ... natural
(B) racional ... elevado número ... natural (D) prática … elevado número ... artificial.

4. Ao contrário dos sistemas de classificação ____, os sistemas ___ não têm em conta a evolução nem o fator tempo.
(A) verticais ... horizontais (C) horizontais ... verticais
(B) verticais ... naturais (D) horizontais ... racionais

5. A figura 1 representa a árvore filogenética de um grupo de seres vivos.


5.1 O sistema de classificação evidenciado na figura 1 é
(A) prático. (C) filogenético.
(B) fenético. (D) horizontal.

5.2 Os organismos que apresentam maior grau de parentesco entre si são os seres
vivos do(s) grupo(s)
(A) porífera e equinodermes. (C) cordados e equinodermes.
(B) artrópodes e porífera. (D) platelmintas e cordados.

6. Tendo em atenção as características dos sistemas de classificação artificiais e naturais, apresente as vantagens e
as desvantagens da utilização de cada um destes sistemas.

7. A figura 2 representa a diferença entre o ser humano e outros animais,


face a determinado critério, neste caso, o número de aminoácidos diferentes
na constituição de uma proteína que se encontra em todos os seres vivos
representados.
Considere as seguintes afirmações tendo por base a figura 2.
I. O animal mais próximo filogeneticamente do ser humano é o macaco.
II. O animal. mais aparentado com o cão é a lampreia.
III. A rã é mais aparentada com a ave do que com o macaco.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.
Fig. 2

26
8. Observe atentamente a figura 3, que representa esquematicamente a hierarquia
das principais categorias taxonómicas.

8.1 Indique a que taxon corresponde cada uma das letras A, C e F.

8.2 Ordene as diferentes categorias taxonómicas por ordem decrescente de


heterogeneidade dos seres vivos que as integram.

8.3 Dois organismos distintos apresentam um maior grau de semelhança entre si


se pertencerem
(A) à mesma ordem. (C) à mesma família.
(B) ao mesmo género. (D) à mesma espécie. Fig. 3

8.4 Considere as seguintes afirmações.


I. Dois seres vivos da mesma classe pertencem, obrigatoriamente, à mesma família.
II. Dois seres vivos de ordens diferentes podem partilhar um ancestral comum mais próximo do que dois seres vivos
da mesma família.
III. Dois seres vivos do mesmo género pertencem, obrigatoriamente, ao mesmo reino.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

8.5 Da espécie para o reino, a diversidade de seres vivos


(A) aumenta e a sua uniformidade diminui. (C) diminui e a sua uniformidade aumenta.
(B) aumenta, assim como a sua uniformidade. (D) diminui, assim como a sua uniformidade.

9. O diagrama da figura 4 mostra uma ordenação sistemática de diferentes grupos taxonómicos, sendo o número 1 o
taxon considerado a unidade biológica fundamental da classificação.

Fig. 4

9.1 A unidade biológica da classificação é a


(A) variedade. (C) espécie.
(B) família. (D) subespécie.

9.2 Considere as seguintes afirmações sobre a figura 4.


I. O taxon 2 corresponde ao género.
II. Estão representadas duas famílias.
III. A diversidade de seres vivos aumenta de 4 para 5.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

10. O quadro seguinte representa a classificação de uma rã.


10.1 Associe a cada letra do quadro o termo correto. Reino G
A Chordata
10.2 A nomenclatura da espécie é B H
(A) uninominal. C Anura
(B) binominal. D Ranidae
(C) trinominal. E I
(D) tetranominal. F Rana esculenta

10.3 Justifique a necessidade de existir universalidade nas regras de nomenclatura científica.

UNIDADE 2 – Sistema de classificação de Whittaker modificado


1. Leia o texto seguinte.
Carl Woese Richard, microbiologista e físico americano, nasceu a 15 de julho de 1928. Na década de 90 do século xx
propôs um novo domínio na classificação dos seres vivos — Archaea —, baseando-se em sequências de RNA
ribossómico, uma técnica em que foi pioneiro, e que agora é prática corrente. Ao propor este novo domínio, Woese
27
redesenhou a árvore taxonómica da classificação dos seres vivos. O seu sistema baseado nas relações genéticas, e
não nas evidentes semelhanças morfológicas dos seres vivos, dividiu a vida em três domínios: Bacteria, Archaea e
Eukarya.
A árvore da vida apresentada por Woese evidenciou a imensa diversidade de linhagens microbianas. Como estes
seres vivos são cruciais para o funcionamento da biosfera, o esforço de Woese para esclarecer a sua evolução e
diversidade resultou num serviço inestimável à comunidade científica.
Apesar de muitos cientistas se oporem à divisão dos procariontes apresentada por Woese, a quantidade crescente
de dados que a apoiam levou a comunidade científica em geral a aceitar o domínio Archaea.

1.1 Carl Woese propôs a classificação dos seres vivos em três domínios. Os seres vivos do domínio _____ são
_____ e têm uma relação de ancestralidade mais próxima com os seres vivos do domínio ____.
(A) Prokarya ... procariontes ... Eukarya (C) Eukarya ... eucariontes ... Bacteria
(B) Archaea ... procariontes ... Eukarya (D) Archaea .. eucariontes ... Eukarya

2. Carl Woese propôs o domínio Archaea na classificação dos seres vivos com base em critérios
(A) morfológicos. (C) de organização estrutural e complexidade das células.
(B) etológicos. (D) de Biologia Molecular.

3. Refira um argumento contra e um argumento a favor do sistema de classificação proposto por Carl Woese,

4. Em 1979, Whittaker propôs um sistema de classificação baseado em critérios de


(A) nível de organização celular, sequências de bases azotadas do DNA e tipo de nutrição.
(B) nível de organização celular, tipo de nutrição e interação nos ecossistemas.
(C) interação nos ecossistemas, dados de biologia molecular e dados de ultraestrutura celular.
(D) nível de organização celular, dados de ultraestrutura celular e tipo de vias metabólicas.

5. Considere as seguintes afirmações. Selecione a opção que as avalia corretamente.


I. No reino Protista estão incluídos exclusivamente seres eucariontes.
II. O domínio Eukarya inclui todos os procariontes,
III. A rã é um animal, pois é macroconsumidor, multicelular e com elevado nível de diferenciação.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

6. Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A ao respetivo reino, que consta na coluna B, de acordo
com o sistema de classificação de Whittaker modificado.
Coluna A Coluna B
(a) Seres vivos exclusivamente microconsumidores. (1) Reino Animalia
(b) Seres vivos exclusivamente macroconsumidores por ingestão. (2) Reino Plantae
(c) Seres vivos exclusivamente produtores. (3) Reino Fungi
(4) Reino Protista
(5) Reino Monera

7. Comente a afirmação:
«A classificação dos seres vivos é um processo artificial e ao longo do tempo tem vindo a sofrer alterações que
dependem dos critérios considerados na época em que é formulada.»

8. Considere as seguintes afirmações. Selecione a opção que as avalia corretamente.


I. Woese propôs um sistema de classificação que divide o reino Monera.
II.De acordo com Woese existem três domínios.
III.Os protistas são sempre os produtores das cadeias alimentares.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

9. Considere três seres vivos: I, II e III, todos eucariontes. O primeiro é multicelular com elevada diferenciação,
enquanto o segundo e o terceiro apresentam fraca diferenciação. Refere-se ainda que o primeiro é produtor, o
segundo só pode ser microconsumidor e o terceiro é macroconsumidor. Com base nestes dados, pode afirmar-se
que os seres vivos I, II e III pertencem, de acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado,
respetivamente, aos reinos:
(A) Plantae, Protista e Fungi. (C) Fungi, Protista e Monera.
(B) Animalia, Plantae e Fungi. (D) Plantae, Fungi e Protista.

10. Considere os seres vivos A e B e leia os textos que descrevem algumas das características que apresentam.

28
10.1 Indique a característica que inequivocamente não permite incluir no reino Plantae o ser vivo A — alga verde
conhecida como alface-do-mar.

10.2 Refira a característica que leva a incluir o ser vivo B — paramécia — no reino Protista, em vez de no reino
Animalia.

10.3 Selecione a opção que permite obter uma afirmação verdadeira. De acordo com Woese, os seres vivos A e B
incluem-se
(A) ambos no domínio Archaea. (C) no domínio Archaea e Eukarya, respetivamente.
(B) ambos no domínio Eukarya. (D) no domínio Eukarya e Archaea, respetivamente.

BIOLOGIA - TESTE 3
Grupo I
A palavra evolução pode ter vários significados; contudo, se a definição estiver relacionada com as alterações que
ocorrem em populações de organismos vivos, é correto usar a designação evolução biológica. Um exemplo famoso
de evolução biológica refere-se à cor de uns lepidópteros da espécie Biston betularia.
Na figura 1 é possível observar fotografias de borboletas noturnas (ou traças) das bétulas, das variedades claras e
escuras, sobre as cascas das bétulas não poluídas, à esquerda, e poluídas, à direita (correspondentes a antes e
depois da Revolução Industrial, respetivamente), e nos gráficos está representada a distribuição dessas variedades
dentro da população, em Manchester, Inglaterra. Deve salientar-se que, nessa região, várias espécies de aves são
predadoras destas borboletas.

Fig. 1

1.Compare o número de borboletas claras e escuras antes e depois da Revolução Industrial.

2.1 O neodarwinismo distingue-se da teoria de Darwin, uma vez que


(A) rejeita a ideia de seleção natural. (C) considera a variabilidade intraespecífica.
(B) define o conceito de mais apto. (D) explica a variabilidade intraespecífica.

2.2 De acordo com a moderna teoria sintética da evolução, não são considerados fatores evolutivos
(A) mutação, crossing-over e cruzamento ao acaso. (C) mutação, recombinação génica e seleção natural.
(B) mitose, deriva genética e fecundação. (D) mitose, diferenciação celular e crescimento celular.

2.3 Quanto maior for a variabilidade genética de uma população, maior é a sua
(A) homogeneidade. (C) potencialidade de opções para seleção natural.
(B) vulnerabilidade às variações do meio. (D) taxa de mutações.

3. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo argumento a favor da evolução,
que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Muitos dos mamíferos que existem na atualidade na Austrália são muito diferentes (1) Anatomia comparada
dos existentes em África. (2) Paleontológico
(b) Estruturas que evidenciam origem num ancestral comum. (3) Citológico
(c) A célula é a unidade estrutural, funcional, reprodutora e hereditária de todos os (4) Bioquímico
seres vivos. (5) Biogeográfico

4. Explique, numa perspetiva darwinista, a evolução da distribuição das duas variedades de borboletas, após a
Revolução Industrial.

Grupo II
As algas da família Volvocaceae são utilizadas há várias décadas como linhagem modelo para investigar os aspetos
evolutivos da multicelularidade e diferenciação celular. As Volvocaceae formam um grupo intimamente relacionado
de eucariontes haploides, flagelados, fotossintéticos e facultativamente sexuais, que incluem formas unicelulares,
29
coloniais e multicelulares com tipos celulares diferenciados. Vários géneros desta linhagem podem ser organizados,
de acordo com o aumento da complexidade morfológica e de desenvolvimento (de Chlamydomonas a Gonium,
Pandorina, Eudorina e Pleodorina, e destes a Vaivox), Nesta hierarquia, há aumentos progressivos no número de
células, no volume de matriz extracelular por célula, no tamanho dos organismos adultos e na tendência a produzir
células somáticas estéreis e diferenciadas terminalmente.
A alga unicelular Chlamydomonas apresenta a menor complexidade morfológica e de desenvolvimento; a célula
cresce em tamanho e a divisão celular produz células-filhas unicelulares. A alga colonial Gonium tem a forma de uma
placa levemente convexa, normalmente contendo 8 a 16 células; todas as células crescem e dividem-se para formar
novas colónias. Pandorina forma uma colónia elíptica de 16 células; todas as suas células crescem e dividem-se.
Eudorina é uma alga globular de 16 a 32 células; geralmente, todas as células de Eudorina crescem e dividem-se,
mas em alguns casos as 2 a 4 células mais anteriores não se conseguem dividir e atuam como células somáticas.
Pleodorina é uma alga globular de 32 a 128 células, na qual todas as células anteriores permanecem pequenas e
funcionam como células somáticas sem divisão, enquanto todas as células posteriores crescem e se dividem. A alga
multicelular e globular Volvox exibe a mais avançada complexidade morfológica e de desenvolvimento nesta
linhagem. É constituída por centenas a milhares de células e quase todas as células se diferenciam, terminalmente,
como células somáticas pequenas e biflageladas; algumas células aumentam muitas vezes o seu tamanho até ao
tamanho inicial e depois dividem-se para produzir novos indivíduos.

1.1 Contrariamente a Volvox, Chlamydomonas possui


(A) várias células que estabelecem simbiose entre si. (C) uma célula que se agrupa com outras, formando colónias.
(B) várias células que se agrupam em colónias. (D) uma célula que executa todas as funções vitais.

1.2 Nas células das Volvocaceae, os cromossomas


(A) não possuem pares de homólogos e encontram-se no citoplasma.
(B) não possuem pares de homólogos e encontram-se no núcleo.
(C) possuem pares de homólogos e encontram-se no citoplasma.
(D) possuem pares de homólogos e encontram-se no núcleo.

1.3 O estudo das Volvocaceae parece apolar a hipótese de que, cronologicamente, a multicelularidade é
(A) posterior à evolução de procariontes para eucariontes.
(B) posterior à evolução de eucariontes para procariontes.
(C) anterior à evolução de eucariontes para procariontes.
(D) anterior à evolução de procariontes para eucariontes.

1.4 Segundo o modelo autogénico, os seres eucariontes resultaram de


(A) simbiose entre procariontes fotoautotróficos e quimioautotróficos.
(B) simbiose entre procariontes fotoautotróficos e heterotróficos aeróbios.
(C) sucessivas invaginações da membrana celular de procariontes.
(D) sucessivas evaginações da membrana celular de procariontes.

2. Ordene as afirmações identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica relativa
ao aumento de complexidade morfológica e funcional nas Volvocaceae.
A. Colónia globular com milhares de células. D. Colónia globular com 32 a 128 células.
B. Alga colonial que pode possuir 8 a 16 células. E. Colónia em forma de elipse com 16 células.
C. Alga unicelular de reduzida complexidade.

3. Explique de que forma o estudo das Volvocaceae constitui um importante contributo para a compreensão da
evolução dos seres vivos unicelulares para os seres vivos multicelulares.

Grupo III
Desde as décadas de 70-80 do século passado, a molécula do DNA mitocondrial (mtDNA) passou a fazer parte de
muitos, senão da maioria, dos estudos sobre a estrutura populacional, as relações filogenéticas e o vários aspetos
biológicos e evolutivos de uma grande variedade de organismos. O que atraiu e continua a atrair os investigadores
para utilizarem este tipo de genoma advém das suas características extremamente peculiares e únicas,
nomeadamente: o mtDNA é um genoma pequeno (com aproximadamente 16 kb nos animais) e circular, com raras
exceções; apresenta herança materna e ausência de recombinação, embora já estejam descritas algumas exceções;
possui poucos genes, 37 no total; possui uma região rica em A + T (invertebrados), que parece exercer o controlo da
replicação e transcrição do mtDNA; é considerado um genoma compacto, pois raramente possui intrões; o conteúdo
génico é bastante conservado, e a ordem em que esses genes se encontram organizados no genoma costuma ser
também conservada, tendo uma taxa evolutiva (taxa de substituições de bases) muito alta, quando comparada com a
do genoma nuclear.
Realizou-se um estudo com o intuito de salientar a importância do genoma mitocondrial e as diferentes análises a ele
aplicadas para resolver questões de caráter populacional e evolutivo em abelhas sem ferrão. Foi realizada a análise
filogenética entre espécies do género Plebeia, Melipona e Schwarziana, bem como a caracterização do genoma
mitocondrial de Melipona bicolor por sequenciação, Obteve-se a filogenia representada na figura 2.

30
Fig. 2 Relações filogenéticas em abelhas sem ferrão com base no estudo do mtDNA.

1.1 Os resultados do estudo permitem concluir que


(A) M. melanoventer e R. rufiventris são mais próximas filogeneticamente entre si do que de M. bicolor.
(B) M. melonoventer e M. rufiventris são mais afastadas filogeneticamente entre si do que de M. bicolor.
(C) P. droryana partilha um ancestral comum mais recente com P. saiqui do que P. emerina
(D) P. droryana é mais próxima filogeneticamente de P. saiqui do que R. emerina.

1.2 A figura 2 traduz um sistema de classificação


(A) artificial. (C) horizontal.
(B) prático. (D) vertical.

1.3 Todas as abelhas pertencentes ao género Plebeia têm em comum


(A) a mesma família e a mesma subespécie. (C) a mesma espécie, mas não a mesma família.
(B) a mesma espécie e a mesma família. (D) a mesma família, mas não a mesma espécie.

1.4 Em Melipona bicolor, Melipono corresponde ao nome


(A) genérico, e bicolor à espécie. (C) da espécie, e bicolor ao restritivo específico.
(B) genérico, e bicolor ao restritivo específico. (D) da espécie, e bicolor ao nome genérico.

1.5 O mtDNA é mais parecido com o DNA dos seres vivos


(A) procariontes, constituindo uma evidência a favor do modelo endossimbiótico.
(B) procariontes, constituindo uma evidência contra o modelo endossimbiótico.
(C) eucariontes, constituindo uma evidência a favor do modelo endossimbiótico.
(D) eucariontes, constituindo uma evidência contra o modelo endossimbiótico.

2. Uma das vantagens da utilização do mtDNA corresponde à elevada taxa de mutação do mesmo.
Explique de que forma esta elevada taxa de mutação é vantajosa na reconstrução de filogenias.

Grupo IV
Carl Woese desenvolveu um programa de pesquisa exclusivo, baseado no rRNA, para discernir as relações
bacterianas e construir uma árvore da vida universal. O interesse de Woese na evolução do código genético levou-o
a investigar as raízes profundas da evolução e a conceber a existência das Archaea. Ao fazer isso, ele e os seus
colegas da Universidade de Illinois, em Urbana, revolucionaram a microbiologia e trouxeram a classificação dos
microrganismos para uma estrutura evolutiva.
Woese também forneceu evidências definitivas sobre o papel da simbiose na evolução da célula eucariótica, ao
comprovar a importância da transferência lateral de genes na evolução microbiana. A proposta de Woese e colegas
de três domínios fundamentais da vida foi apresentada em conflito direto com a dicotomia procarionte-eucarionte.
Juntamente com vários colegas e associados, ele reuniu diversas evidências do rRNA para apolar a natureza
fundamentalmente tripartida da vida.

Fig. 3 Árvore filogenética da vida (segundo Woese, baseada na comparação de sequências do RNA ribossómico).
31
1.1 Woese criou uma categoria taxonómica
(A) superior ao reino, agrupando os seres vivos em três domínios.
(B) inferior ao reino, agrupando os seres vivos em três domínios.
(C) superior ao reino, agrupando os seres vivos em dois domínios.
(D) inferior ao reino, agrupando os seres vivos em dois domínios.

1.2 Nos seus estudos, Woese utilizou argumentos


(A) citológicos. (C) bioquímicos.
(B) biogeográficos. (D) paleontológicos.

1.3 De acordo com a classificação em domínios


(A) Bacteria e Archaea são mais próximos filogeneticamente.
(B) Archaea e Eukarya são mais próximos filogeneticamente.
(C) Bacteria e Eukarya são mais próximos filogeneticamente.
(D) estes três taxa são igualmente próximos filogeneticamente.

1.4 Nos estudos realizados por Woese foram analisados


(A) glícidos e lípidos. (C) ácidos nucleicos de cadeia dupla.
(B) glícidos e prótidos. (D) ácidos nucleicos de cadeia simples.

1.5 O domínio Bacteria inclui seres vivos cujas células


(A) são desprovidas de ribossomas. (C) possuem mitocôndrias.
(B) são desprovidas de parede celular. (D) possuem membrana plasmática.

2. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, os seres vivos dos domínios Bacteria e
Archaea pertenciam ao reino
(A) Protista. (C) Monera.
(B) Fungi. (D) Animalia.

3. No sistema de classificação de Whittaker modificado, é possível encontrar seres vivos com cloroplastos no(s)
reino(s)
(A) Plantae. (C) Protista.
(B) Protista e Plantae. (D) Monera e Plantae.

4. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna A ao respetivo reino, que consta na coluna B
(de acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado).
Coluna A Coluna B
(a) Seres vivos eucariontes e macroconsumidores por ingestão. (1) Monera
(b) Seres vivos exclusivamente fotoautotróficos. (2) Protista
(c) Seres vivos procariontes. (3) Fungi
(4) Plantae
(5) Animalia

5. Explique de que forma os estudos realizada por Woese vieram revolucionar o conhecimento existente na altura
sobre a classificação de seres vivos, entrando em conflito direto com a dicotomia procarionte-eucarionte.

6.Explique as vantagens da utilização de dados moleculares na reconstrução de filogenias.

32
DOMÍNIO 11 – Sedimentação e rochas sedimentares
UNIDADE 1 – Formação e classificação das rochas sedimentares
1. Leia o texto com atenção.
As rochas são unidades naturais, normalmente sólidas, que entram na constituição da Litosfera e que são formadas
por diferentes minerais. A estrutura cristalina e a composição química dos minerais que as constituem conferem-lhe
certas propriedades e características.
As rochas classificam-se como magmáticas, sedimentares ou metamórficas, de acordo com a sua
(A) composição química. (C) granulometria.
(B) forma cristalina. (D) origem.

2. Considere as seguintes afirmações relativas aos processos de meteorização química.


I. A meteorização consiste na compactação dos detritos de uma rocha.
II. A carbonatação é um tipo de hidrólise.
III. Na caulinização forma-se um mineral de argila, por alteração dos feldspatos.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3. A _____ consiste no crescimento de cristais de gelo nas rochas.


(A) termoclastia (C) crioclastia
(B) haloclastia (D) descompressão

4. A caulinização é um processo de meteorização química por


(A) desidratação. (C) hidrólise.
(B) hidratação. (D) dissolução.

5. Justifique a afirmação: «Por norma, nos desertos, a meteorização química não é muito intensa.»

6. A figura 1 evidencia a evolução dos materiais transportados por um determinado rio, desde a nascente até à foz.
Relacione a granulometria dos detritos transportados com a distância, em km, percorrida desde a nascente.

Fig. 1

7. Leia o texto com atenção.


A calçada portuguesa é reconhecida, nacional e internacionalmente, como parte do nosso património cultural. O
calcário é a rocha mais utilizada em calçada, pela maior facilidade na sua fratura, no seu transporte e na distribuição.
Diferentes tipos de calcários são extraídos em diversos pontos do país. As rochas de cores claras revelam ausência
de quantidades significativas de outros componentes, além da calcite, enquanto as rochas de cores escuras possuem
elevadas percentagens de argilas, óxidos, sulfuretos ou materiais carbonosos.
O calcário é uma rocha sedimentar _____ resultante da _____ do carbonato de cálcio.
(A) quimiogénica … precipitação (C) detrítica ... precipitação
(B) quimiogénica ... dissolução. (D) detrítica … dissolução

8. Comente a afirmação: «O carvão e o petróleo são combustíveis fósseis.»

9. Analisaram-se duas amostras de carvão e registaram-se numa tabela os valores obtidos quanto à sua composição
em água, carbono e substâncias voláteis. Explique qual dos carvões — A ou B — apresenta maior poder calorífico
por combustão.
Carvão A Carvão B
Teor em água 35 5
Teor em carbono 45 80
Teor em voláteis 20 15
33
UNIDADE 2 – Rochas sedimentares e reconstituição da história da Terra
1. Leia o texto com atenção.
O concelho de Peniche é detentor de um importante património geológico de relevância internacional. As falésias
calcárias que bordejam toda a Península de Peniche contam uma história contínua, com cerca de 25 milhões de
anos, da evolução geológica do Jurássico Inferior de Portugal. Uma história impressa nas rochas através de fósseis
de invertebrados marinhos, quando a Península Ibérica ficava perto da região setentrional do continente americano.
Neste contexto, o lugar da Ponta do Trovão, localizado na fachada norte da Península de Peniche, é unanimemente
considerado pela comunidade científica internacional como detentor do melhor registo a nível mundial, no que diz
respeito à transição entre os intervalos de tempo Pliensbaquiano e Toarciano, andares do Jurássico Inferior. Este
reconhecimento ficou patente na classificação feita pela International Commission on Stratigraphy da International
Union on Geological Sciences, entidade tutelada pela UNESCO, do sítio da Ponta do Trovão como estratótipo do
limite Pliensbaquiano-Toarciano.
Um estratótipo é uma sucessão de camadas rochosas, com limites bem identificados, que servem de referência e
são usadas na caracterização de unidades estratigráficos, como por exemplo, limites estratigráficos, andares e
períodos geológicos.
Assim, o corte de Ponta do Trovão passa a ser a referência a nível global para os estudos que abarquem este
período de tempo, como já acontece desde há alguns anos com o corte de Murtinheira (Cabo Mondego, Figueira da
Foz) que, em 1996, foi ratificado como estratótipo do Bajociano.
As definições destes estratótipos mostram bem a importância da Bacia Lusitaniana na confluência do Atlântico Norte
e do Mar de Tétis durante o Jurássico.

1.1 Explique a importância dos fósseis descobertos na Ponta do Trovão para a criação de escalas de tempo
geológico e respetivos intervalos.

1.2 O Jurássico é um período da escala de tempo geológico relativo à Era


(A) Paleozoica. (C) Pré-Câmbrica.
(B) Cenozoica. (D) Mesozoica.

1.3 Designe a maior divisão da escala cronoestratigráfica.

2. Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A à respetiva designação, que consta da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Impressões deixadas pelo ser vivo, como resultado da sua atividade. (1) Fósseis de idade
(b) Os fósseis de coral são disso um bom exemplo. (2) Fósseis de fácies
(c) Desaparecem as partes moles do ser vivo, ficando apenas um molde das suas (3) Moldagem
partes duras. (4) Mineralização
(5) Marcas

3. Através da análise de sequências estratigráficas de uma dada região, da aplicação do princípio das causas atuais,
e do estudo dos fósseis que se encontram em estratos, é possível conhecer não só os seres vivos que existiam no
passado, nessa região, mas também as condições geológicas
e ambientais que a caracterizavam.
Ordene as afirmações 1 a 6, de modo a reconstituir a
sequência cronológica dos acontecimentos que ocorreram em
ambiente marinho evidenciados na figura 1.
Inicie a sequência pelo número 1.
1. Deposição das camadas A, B, C, D e E.
2. Deposição das camadas F, G e H.
3. Surge o filão I.
4. Emersão e erosão das camadas D e E.
5. Deformação das camadas A, B, C, D e E.
6. Nova imersão das camadas D e E.

3.1 Refira os princípios da estratigrafia em que se baseou para responder à questão anterior.

UNIDADE 3 – Propriedades do minerais


1. Leia o texto com atenção.
A anidrite é um sulfato de cálcio que, ao contrário do gesso, se caracteriza por não ter nenhuma molécula de água na
sua estrutura cristalina. A ocorrência de jazidas de anidrite está relacionada com intensos processos de
sedimentação e evaporação que ocorreram ao longo do tempo geológico, motivo pelo qual este mineral se encontra,
geralmente, em zonas de clima árido. Contudo, existem jazidas de anidrite que aparecem nas fissuras e cavidades
mineralizadas dentro de grandes massas rochosas em montanhas de elevada altitude, em locais que não são muito
secos nem áridos. Este mineral surge, frequentemente, associado à halite. A anidrite apresenta uma ampla gama de
34
cores, desde o branco ao violeta, passando por cinzento, amarelo, alaranjado e azul. Os exemplares de cor azul-
violeta são conhecidos pelo nome de «angelite».

1.1 A anidrite é um mineral, pois é uma substância natural,


(A) sólida, inorgânica e com composição química bem definida.
(B) sólida, orgânica e com composição química bem definida.
(C) líquida, inorgânica e com composição química bem definida.
(D) líquida, orgânica e com composição química bem definida.

1.2 A anidrite possui dureza 3 a 3,5. Esta propriedade consiste na


(A) resistência do mineral quando reduzido a pó. (C) resistência que o mineral oferece a ser riscado.
(B) resistência do mineral sobre uma placa de porcelana. (D) resistência do mineral ao riscar outro mineral.

1.3 A fratura distingue-se quando o mineral sujeito a uma pancada se fragmenta de forma
(A) irregular e sem direção definida.
(B) regular e com direção definida em superfícies planas e brilhantes.
(C) irregular e com direção definida em superfícies planas.
(D) regular e sem direção definida.

1.4 Classifique a anidrite quanto à cor.

1.5 Explique de que forma a presença de minerais de anidrite permite inferir sobre os paleoambientes da região onde
estes se encontram.

DOMÍNIO 12 - Magmatismo e rochas magmáticas

1. Leia o texto com atenção.


O Maciço de Sintra é constituído por um núcleo de sienito e uma extensa auréola de granito. O granito é o tipo de
rocha mais abundante deste maciço e apresenta granularidade fina e média.
O magma original do Maciço de Sintra deverá ter sido de natureza básica, resultando da fusão parcial de rochas do
manto superior, tendo a sua diferenciação produzido sucessivamente gabros, dioritos e sienitos. O magma original,
ao ascender na crosta terrestre, foi também assimilando materiais das rochas encaixantes. As elevadas temperaturas
originais induziram a fusão destes materiais e levaram à geração de magma granítico que, igualmente, ascendeu e
cristalizou, produzindo granitos.

1.1 A textura dos granitos que constituem o Maciço de Sintra é


(A) granular ou fanerítica. (C) granular ou fanerítica.
(B) agranular ou afanítica. (D) granular ou afanítica.

1.2 A melhor evidência de diferenciação magmática no Maciço de Sintra é a formação de


(A) gabros a partir de um magma básico. (C) dioritos a partir de um magma básico.
(B) sienitos a partir de um magma básico. (D) granitos a partir de um magma básico.

2. Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fracionada, já que cada mineral tem
uma temperatura de solidificação e cristalização própria, começando o magma a cristalizar numa sequência definida
que depende da pressão e da composição do material fundido.

2.1 Na cristalização fracionada, a série contínua, ou _____ e a série descontínua ocorrem _____ à medida que a
temperatura do magma vai _____..
(A) dos minerais ferromagnesianos … em simultâneo ... aumentando
(B) das plagióclases ... em separado ... aumentando
(C) dos minerais ferromagnesianos ... em separado ... baixando
(D) das plagióclases ... em simultâneo ... baixando

2.2 Na formação do gabro, a ordem pela qual cristalizaram a olivina e a piroxena é


(A) simultânea.
(B) primeiro a piroxena, depois a olivina.
(C) primeiro a olivina, depois a piroxena.
(D) aleatória.

3. A diferenciação magmática é um processo relacionado com a consolidação do magma em profundidade. Explique


por que razão este processo não ocorre em rochas que se formam à superfície da Terra.

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4. Explique de que modo a assimilação de materiais das rochas encaixantes pelo magma contribui para a
diferenciação magmática.

5. Considere as seguintes afirmações. Selecione a única opção que permite obter uma afirmação verdadeira.
I. As rochas que se formam nos limites divergentes das placas litosféricas
resultam de magma pobre em sílica, com origem no manto superior.
II. A formação do granito e do riálito está associada às zonas de colisão de uma placa continental com uma placa
oceânica.
III. Nos limites convergentes entre uma placa oceânica e uma continental, as propriedades do magma não são
condicionadas pela presença de água.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

6. Considere as seguintes informações relativas a três rochas magmáticas, A, B e C, formadas em processos


plutónicos e vulcânicos numa dada região.
Rocha ácida Formação em câmara magmática
Rocha A Mineral essencial – quartzo profunda
Mineral acessório - biotite
Textura microgranular Formação em câmara magmática pouco
Rocha B Mesocrata profunda, logo abaixo do aparelho
Mineral acessório - biotite vulcânico
Rocha C Com fenocristais de olivina Formação em escoada vulcânica

6.1 A cristalização do magma foi mais _____ na formação da rocha A do que na formação da rocha C. A rocha A
apresenta uma textura _____enquanto a rocha C apresenta uma textura _____.
(A) lenta ... fanerítica … afanítica (C) rápida ... afanítica … fanerítica
(B) rápida ... fanerítica … afanítica (D) lenta ... afanítica … fanerítica

6.2 Quanto ao teor de sílica, a rocha A


(A) e a rocha C apresentam valores equivalentes. (C) tem um valor inferior a 52%.
(B) é a que apresenta maior valor, das três rochas. (D) tem um valor inferior ao da rocha B.

6.3 A rocha B é mesocrata pois é uma rocha


(A) de cor escura.
(B) formada exclusivamente por minerais félsicos.
(C) que apresenta exclusivamente minerais máficos.
(D) com proporções semelhantes de minerais félsicos e máficos.

7. A figura 1 esquematiza uma classificação de rochas magmáticas de acordo com a sua textura e composição
mineralógica.

Fig. 1

7.1 As rochas A e B são, respetivamente,


(A) sienito e peridotito. (C) granito e gabro.
(B) granito e andesito. (D) andesito e gabro.

7.2 A rocha magmática em que as plagióclases não estão presentes é o


(A) basalto. (C) riólito.
(B) gabro. (D) peridotito.

7.3 Atente nas setas I e II da figura 1, que indicam o aumento da quantidade de certos minerais nas rochas
magmáticas. Identifique esses minerais.

36
8. Leia o texto com atenção.
Uma das diferenças que mais se destacam entre a grafite e o diamante é o facto de a grafite conduzir corrente
elétrica e o diamante não. Relativamente à condução térmica, ocorre exatamente o oposto. Como podem estas
substâncias apresentar características tão distintas, sendo ambas constituídas apenas por carbono? A resposta
reside no tipo de ligação existente entre os átomos de carbono e no arranjo cristalino dos mesmos.
No caso da grafite, os átomos de carbono formam anéis hexagonais contidos num mesmo espaço plano, formando
lâminas que se mantêm juntas por forças de atração mútua. Essas lâminas sobrepõem-se umas às outras,
permitindo o deslizamento/deslocamento dos planos. Isso explica o facto de a grafite possuir baixa dureza (fig. 2-A).
No caso do diamante, cada átomo de carbono está ligado a outros quatro átomos desse mesmo elemento químico,
não contidos num mesmo plano. Este mineral tem uma estrutura com poucas falhas, permitindo-lhe conduzir a
energia cinética — expressa pelo calor, com uma velocidade muito alta; por isso, o diamante é um bom condutor
térmico e um mau condutor elétrico (fig. 2-B).

Fig. 2 Representação da estrutura cristalina da grafite (A) e do diamante (B) .

8.1 O diamante e a grafite são substâncias _____, pois possuem uma estrutura cristalina _____.
(A) isomorfas igual (C) polimorfas ... igual.
(B) isomorfas ... diferente (D) polimorfas ... diferente

8.2 O diamante forma-se em condições de pressão e temperatura mais _____ do que a grafite, o que o torna um
mineral com _____ dureza.
(A) elevadas .. maior (C) baixas ... maior
(B) elevadas ... menor (D) baixas ... menor

9. A grafite é utilizada em vários objetos do quotidiano, como, por exemplo, os lápis.


Explique a facilidade de utilizar a grafite para escrita, nos lápis, com base nas características deste mineral.

10. Na Série Reacional de Bowen, a série das plagióclases é considerada uma série contínua. Explique esta
designação, tendo em consideração as propriedades destes minerais.

11. Leia o texto com atenção.


Entre as localidades de Alvito, Torrão e Alcáçovas afloram rochas plutónicas máfico-intermédias (gabros e dioritos) e
rochas vulcânicas ricas em minerais félsicos (dacitos e riólitos) que têm sido consideradas como integrantes do
Complexo Gabrodiorítico de Cuba e o Complexo dos Pórfiros. Estes fazem parte do Maciço de Beja, que se terá
instalado durante o Devónico Médio-Superior e o Carbónico, constituindo a margem sudoeste da Zona de Ossa
Morena.
As variações geoquímicas observadas nesta região são consistentes com evolução por cristalização fracionada e
contaminação crustal dos magmas intermédios para magmas mais ácidos (que originaram os riólitos e dacitos). A
integração dos resultados obtidos nesta região com os dados relativos a outras unidades do Maciço de Beja, a
localização geográfica e a informação estratigráfica/geocronológica sugerem que os gabros do Torrão estejam, em
termos petrogénicos, relacionados com o mesmo ambiente geodinâmico atribuído ao Maciço de Beja. Sugere
também que os gabrodioritos do Complexo do Alvito e do Complexo dos Pórfiros resultem de uma fase mais tardia de
evolução da margem sudoeste da Zona de Ossa Morena, relativa a uma zona de subducção provavelmente
relacionada com o fecho de uma bacia (Zona Sul-Portuguesa).
Os dados obtidos são ainda consistentes com diferenciação magmática por cristalização fracionada, e indicam uma
forte possibilidade de a contaminação crustal ter contribuído para a evolução dos magmas (para magmas mais
ácidos), que geraram os porfíros.

11.1 Os dacitos e os riólitos são rochas


(A) melanocratas, ricas em minerais de cor clara. (C) leucocratas, ricas em minerais de cor clara.
(B) melanocratas, ricas em minerais de cor escura. (D) leucocratas, ricas em minerais de cor escura.

11.2 Os gabros e dioritos apresentam textura


(A) fanerítica, com minerais bem desenvolvidos. (C) afanítica, com minerais bem desenvolvidos.
(B) fanerítica, com minerais pouco desenvolvidos. (D) afanítica, com minerais pouco desenvolvidos.
37
11.3 De acordo com a Série Reacional de Bowen, os minerais que cristalizam primeiro são os que têm ponto de
fusão mais
(A) elevado, como é o caso do quartzo. (C) elevado, como é o caso das olivinas.
(B) baixo, como é o caso do quartzo. (D) baixo, como é o caso das olivinas.

11.4 A génese dos grabrodioritos do Complexo do Alvito e do Complexo dos Pórfiros estará associada a um contexto
tectónico
(A) construtivo, com movimento convergente. (C) construtivo, com movimento divergente.
(B) destrutivo, com movimento convergente. (D) destrutivo, com movimento divergente.

11.5 A génese dos pórfiros está associada a magmas mais ácidos, comparativamente às restantes rochas da região.
Explique como se terão formado estas rochas a partir do magma original.

GEOLOGIA - TESTE 4
Grupo I
A mina de Naica, localizada no estado de Chihuahua, México, é basicamente uma mina de chumbo, zinco e prata. A
sua grandiosidade não está no valor dos seus minérios, mas sim num tesouro que esteve escondido durante
milénios, até que uma descoberta, em 2000, o mostrou ao mundo. Dois mineiros exploravam os meandros da mina
para encontrarem outros veios de minério, quando, sob um lago subterrâneo, encontraram, escondidos, cristais de
dimensões colossais.
É provável que estes macrocristais se tivessem formado a partir de águas termais profundas e quentes. Ao longo de
centenas de milhares de anos, as águas subterrâneas saturadas com sulfato de cálcio di-hidratado, CaSO4.2H2O,
foram filtradas através das cavernas e aquecidas pelo magma que se encontrava abaixo. À medida que o magma
arrefecia, a temperatura da água dentro da caverna estabilizou num valor de cerca de 136 °C e estes minerais
começaram a converter-se em selenite, a versão cristalizada de sulfato de cálcio. Depois, quanto mais a temperatura
ia baixando, mais os sais dissolvidos se cristalizavam, começando assim o processo de crescimento chamado
«acreção», que origina cristais com tamanhos variados, que podem atingir dois metros de diâmetro e dez metros de
comprimento, mas sempre com a mesma forma básica.
Com a atividade mineira, a água da mina foi bombeada e o crescimento dos cristais cessou.
Quando os mineiros drenaram toda a água do lago subterrâneo, viram o espetáculo que ali estava oculto. Um
espetáculo mortal. Por causa de uma temperatura de quase 50 °C e de um índice de humidade próximo dos 100%, é
praticamente impossível alguém permanecer ali mais do que alguns minutos, mesmo utilizando equipamentos
especiais.

Fig. 1 Pormenor da mina


de Naica.

1.1 Os processos químicos envolvidos na formação dos cristais de selenite são


(A) filtração e aquecimento. (C) aquecimento e filtração.
(B) dissolução e aquecimento. (D) dissolução e precipitação.

1.2 A formação dos minerais de selenite está relacionada com fenómenos de


(A) diagénese. (C) magmatismo.
(B) hidrotermalismo. (D) sedimentação.

2. Explique de que modo a ação antrópica influenciou o desenvolvimento dos minerais de selenite na mina de Naica.

3. Considere as seguintes afirmações. Selecione a única opção que permite obter uma afirmação verdadeira.
I. Os minerais de selenite formaram-se a partir de águas quentes saturadas de carbonatos.
II. À medida que a temperatura das águas subterrâneas saturadas com sulfato de cálcio ia baixando, iam-se
formando cristais de selenite.
III. O processo de crescimento chamado «acreção» produziu cristais com a mesma forma básica e com o mesmo
tamanho.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; 1 e II são falsas.

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4. Um mineral é um corpo
(A) sólido, orgânico ou inorgânico, com estrutura cristalina, com composição química indefinida ou variável dentro de
certos limites.
(B) natural ou não natural, com composição química fixa.
(C) sólido, com estrutura não cristalina.
(D) normalmente sólido, natural e inorgânico, com estrutura cristalina e composição química definida, fixa ou variável
dentro de certos limites.

5. Considere as seguintes afirmações relativas às propriedades dos minerais. Selecione a única opção que permite
obter uma afirmação verdadeira.
I. O brilho é o efeito produzido pela luz ao sofrer reflexão numa superfície de fratura recente do mineral.
II. Minerais idiocromáticos são aqueles que apresentam cor constante.
III. A clivagem revela que existe uma força igual em todas as ligações químicas entre os átomos do mineral.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

Grupo II
Subjugados a um clima seco, os países do Magrebe (região do noroeste de África) apresentam magníficas
paisagens. Destacam-se os lagos salgados, nos quais se formam alguns minerais por precipitação química, os quais
são usados como referência na Sedimentologia e Ambientes Sedimentares. As sucessões evaporíticas que ocorrem
nesta região — salíferas e gipsíferas, por exemplo podem ser explicadas pelo princípio do uniformitarismo. De facto,
este princípio geológico adequa-se a essas formações, mas também se aplica a outras regiões da Terra, como, por
exemplo, a Formação de Dagorda, no concelho de Óbidos, em Portugal. Esta formação geológica, da base do
Jurássico, é constituída por gesso e tem, de acordo com os modelos de sedimentação atuais, uma origem idêntica à
da dos lagos salgado africanos.
Entre os vários lagos salgados do Magrebe sobressai, desde logo pela sua dimensão, o Chott el Djerid, que
apresenta uma enorme quantidade de sais. Devido à recarga de água dos maciços rochosos circundantes, algumas
áreas da superfície do lago são recobertas por crostas de sais, formando largas estruturas poligonais que resultam
de fenómenos de dessecação e que se desenvolvem em períodos de maior seca. É neste tipo de contexto
sedimentar que ocorrem as famosas e genuínas rosas do deserto, cristais de gesso combinados com areia em forma
de pétala de flor, com as suas cores tipicamente «terrosas».
Atravessando o Chott el Djerid em direção a oeste, encontra-se Tamerza. É nas imediações desta povoação que se
localiza o «Grande Canyon da Tunísia», que é incomparavelmente menor do que o americano. É constituído por
rochas sedimentares muito variadas, em camadas sub-horizontais, com forte continuidade lateral, cuja idade mais
antiga remonta ao Cretácico Superior. Perto de Tamerza, Chebika parece testemunhar melhor o confronto dos
relevos do Sul do Atlas com a plataforma Saariana. Na paisagem sobressaem estratos de rochas do Terciário
(Paleogénico), não muito diferentes dos de Tamerza, mas, neste caso, encontra-se em posição vertical, denunciando
a atuação das forças tectónicas. Afinal, o Atlas é exemplo e produto das forças compressivas mais marcantes do
globo.

1.1 As rosas do deserto são formações sedimentares


(A) detríticas não consolidadas. (C) quimiogénicas.
(B) detríticas consolidadas. (D) biogénicas.

1.2 As rochas mais antigas de Tamerza pertencem à Era


(A) Paleozoica. (C) Cenozoica.
(B) Mesozoica. (D) Pré-Câmbrica.

1.3 Devido à posição vertical dos estratos de Chebika, é menos fidedigno


aplicar o princípio da
(A) inclusão. (C) sobreposição dos estratos. Fig. 2 Rosa do deserto.
(B) interseção. (D) identidade paleontológica.

1.4 Em Chebika é evidente a atuação de forças tectónicas, associadas a limites


(A) divergentes, pois as forças são distensivas. (C) convergentes, pois as forças são distensivas.
(B) divergentes, pois as forças são compressivas. (D) convergentes, pois as forças são compressivas.

2. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva rocha sedimentar, que consta na
coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha detrítica consolidada, cujos sedimentos são angulosos. (1) Calcário recifal
(b) Rocha constituída por restos de corais. (2) Conglomerado
(c) Rocha detrítica consolidada, cuja diagénese é incompleta. (3) Brecha
(4) Argilito
(5) Calcário conquífero

39
3. Explique de que forma o princípio do uniformitarismo aplicado à região em estudo contribuiu para a compreensão
da génese de algumas das formações geológicas portuguesas, como é o caso da Formação de Dagorda.

Grupo III
A génese dos carvões ocorre de duas formas distintas: formação autóctone e formação alóctone.
A formação autóctone ocorre em zonas de vegetação exuberante, cujos restos se vão depositando nesse mesmo
lugar em condições anaeróbias, o que impede a putrefação.
A formação alóctone ocorre quando os detritos vegetais são transportados e depositados em locais diferentes dos do
crescimento das plantas.
A fase de incarbonização inicia-se por um processo químico fermentativo produzido por bactérias e fungos. Segue-se
uma fase de longa duração que ocorre a profundidades diversas, conforme o afundamento do fundo da bacia de
sedimentação, na qual atuam fatores termodinâmicos e bioquímicos.
As ações bioquímicas traduzem-se numa diminuição do volume e consequente aumento da densidade dos materiais,
numa perda de substâncias voláteis e num sucessivo enriquecimento em carbono.

1. Incarbonização é um processo que ocorre em ambiente ____. Consiste num


____ progressivo da matéria orgânica em _____, por perda progressiva de
hidrogénio, nitrogénio e oxigénio.
(A) aeróbio ... enriquecimento ... carbono
(B) aeróbio ... empobrecimento ... carbono
(C) anaeróbio ... enriquecimento ... carbono
(D) anaeróbio ... empobrecimento ... carbono
Fig. 3 1 Carvão.

2. Ordene as afirmações identificadas pelas letras de A a H, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que ocorrem na génese dos carvões betuminosos. Inicie a sequência pela letra A.
A. Abundância de detritos vegetais em bacias costeiras.
B. Morte das bactérias devido à acumulação de substâncias tóxicas.
C. Perda de água e substâncias voláteis e enriquecimento em carbono.
D. Ocorrência de movimentos de subsidência.
E. Decomposição dos detritos vegetais pelas bactérias anaeróbias.
F. Deposição dos detritos vegetais no fundo das bacias costeiras.
G. Os detritos vegetais são sujeitos a valores de pressão e temperatura mais elevados.
H. Cobertura dos detritos vegetais por sedimentos.

3. Considere as seguintes afirmações. Selecione a única opção que permite obter uma afirmação verdadeira.
I. A antracite é o tipo de carvão com maior grau de incarbonização.
II. A turfa corresponde a restos de fitoplâncton e zooplâncton.
III. O carvão e o calcário recifal são rochas sedimentares biogénicas.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

4. Os carvões são rochas sedimentares


(A) quimiogénicas. (C) detríticas consolidadas.
(B) biogénicas. (D) detríticas não consolidadas.

5. Na génese do carvão atuam seres vivos, nomeadamente bactérias. Estes seres vivos são
(A) eucariontes aeróbios. (C) procariontes aeróbios.
(B) eucariontes anaeróbios. (D) procariontes anaeróbios.

6. Ao longo da fase de incarbonização, o teor em voláteis dos carvões diminui. Porém, no início desta fase, o teor em
voláteis aumenta. Explique o aumento do teor em voláteis na fase inicial da incarbonização.

Grupo IV
A serra de Monchique é constituída por uma grande variedade de rochas, cujas idade, estrutura e origem são
também bastante diversificadas. A maior parte desta serra é formada pelo chamado Complexo Alcalino de
Monchique e corresponde a um maciço intrusivo ígneo, com uma forma aproximadamente elíptica, que ocupa uma
área de cerca de 80 km2. Este maciço alcalino é constituído por cerca de 90% de sienitos nefelínicos, existindo, em
menor quantidade, outros tipos de rochas, tais como rochas ultrabásicas, básicas e intermédias, formações
brechoides e filões. Estes diferentes tipos de rochas ígneas alcalinas encontram-se organizados de um modo
grosseiramente anelar e concêntrico. A parte central do maciço é ocupada por uma unidade denominada sienito
homogéneo nuclear, a qual é constituída por um sienito nefelínico bastante homogéneo (o tamanho dos cristais é
relativamente constante) e com textura grosseira (os cristais são bem desenvolvidos). Os minerais principais deste
sienito são feldspatos alcalinos, nefelina, piroxenas, biotite e esfena. O sienito nefelínico nuclear encontra-se rodeado
por um anel exterior descontínuo de outras rochas sieníticas com características heterogéneas tanto a nível da
composição mineral, como da sua textura.

40
Fig. 4 Complexo Alcalino de Monchique. Neste local instalaram-se rochas ultrabásicas, básicas e intermédias, no seio
da Formação de Brejeira, através das primeiras injeções de magmas. A estas seguiram-se novas injeções de
magmas sieníticos, que originaram o sienito de bordo. O processo culminou com a instalação do sienito nefelínico
nuclear numa posição central.

1.1 O sienito homogéneo nuclear de Monchique apresenta textura


(A) fanerítica, com cristais pouco desenvolvidos. (C) afanítica, com cristais pouco desenvolvidos.
(B) fanerítica, com cristais muito desenvolvidos. (D) afanítica, com cristais muito desenvolvidos.

1.2 No sienito nefelínico predominam minerais como os feldspatos alcalinos, nomeadamente, albite. Quanto à cor,
este sienito é classificado como uma rocha
(A) melanocrata, devido à predominância de minerais máficos.
(B) melanocrata, devido à predominância de minerais félsicos.
(C) leucocrata, devido à predominância de minerais máficos.
(D) Leucocrata, devido à predominância de minerais félsicos.

1.3 Durante a cristalização fracionada, as piroxenas cristalizam


(A) após as olivinas, por terem ponto de fusão mais elevado.
(B) antes das olivinas, por terem ponto de fusão mais elevado.
(C) antes das olivinas, por terem ponto de fusão mais baixo.
(D) após as olivinas, por terem ponto de fusão mais baixo.

1.4 Através da análise da figura 1 e aplicando o princípio da _____, é possível concluir que o sienito nefelínico
nuclear é _____ à Formação de Brejeira.
(A) interseção ... posterior (C) inclusão... posterior
(B) interseção ... anterior (D) inclusão... anterior

2. Ordene as afirmações identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos que ocorreram durante a instalação do Complexo Alcalino de Monchique.
A. Instalação de magmas máficos.
B. Formação da unidade de sienito heterogéneo.
C. Formação das primeiras rochas do Complexo Alcalino de Monchique.
D. Instalação do sienito nefelínico nuclear.
E. Deposição de xistos argilosos e grauvaques (Formação de Brejeira).

3. A água de Monchique é conhecida pelas suas propriedades alcalinas, tendo sido já demonstrada cientificamente a
sua utilidade para a saúde humana.
Considerando a geologia da região, explique de que forma é evidente em Monchique uma interação direta entre a
hidrosfera e a geosfera.

41
DOMÍNIO 13 – Deformação das rochas
1. Leia o texto com atenção.
As rochas, quando sujeitas a condições de pressão e temperatura diferentes das existentes na sua génese, podem
sofrer deformações reversíveis ou irreversíveis, devidas em grande parte a forças que podem ser de compressão, de
tração e de cisalhamento. As rochas oferecem resistências diferentes a tais forças, dependendo de fatores, como a
sua composição química e estrutura, a temperatura e a pressão a que se encontram, e a intensidade e o período de
duração da força. A mesma rocha, de acordo com as condições em que se encontra, pode apresentar um
comportamento frágil numas circunstâncias e um comportamento dúctil noutras.

As rochas podem ter um comportamento frágil quando sujeitas a


(A) temperaturas inferiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam mais plásticos.
(B) temperaturas superiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam mais rígidos.
(C) temperaturas superiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam mais plásticos.
(D) temperaturas inferiores às do seu ponto de fusão, pois os materiais ficam mais rígidos.

2. Observe a figura 1, que representa uma sequência de duas dobras.


A dobra representada em A, quanto à sua disposição no espaço, denomina-se
(A) anticlinal.
(B) sinclinal.
(C) antiforma.
(D) sinforma.

3. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva


designação, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Corresponde a cada um dos lados em relação ao eixo da (1) Charneira
dobra. (2) Eixo da dobra
(b) Ângulo definido entre o plano axial e um plano horizontal. (3) Flanco da dobra
(c) Linha imaginária que separa os dois flancos da dobra. (4) Plano axial
(5) Inclinação da dobra

4. Quando o limite de resistência das rochas à deformação é ultrapassado, estas


(A) deformam-se reversivelmente. (C) entram em rotura e formam estiramentos.
(B) entram em rotura, fraturando. (D) deformam-se irreversivelmente, formando dobras.

5. Na figura 2 estão representados dois tipos de falhas (A e B).

Fig. 2

5.1 O tipo de tensão associado à formação da falha representada na figura 2-B é de


(A) tração. (C) estiramento.
(B) compressão. (D) cisalhamento.

5.2 O tipo de deformação ______ representada na figura 2-A corresponde a uma falha _____ e resulta da ação de
tensões de _____.
(A) dúctil ... inversa ... compressão (C) dúctil ... normal ... tração
(B) frágil ... inversa ... compressão (D) frágil … normal ... tração

6. Considere as seguintes afirmações, relativas aos elementos geométricos de uma falha.


I. O teto corresponde ao bloco rochoso acima do plano de falha.
II. O rejeito corresponde ao ângulo formado entre os dois blocos da falha.
III. O plano de falha corresponde à superfície de fratura.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa,
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas,

7. Explique de que forma a temperatura influencia o comportamento mecânico das rochas em profundidade.

42
DOMÍNIO 14 – Metamorfismo e rochas metamórficas
1. Leia o texto com atenção.
Quando as rochas são sujeitas a um ambiente diferente daquele em que foram formadas experimentam alterações
que restabelecem o equilíbrio com o novo ambiente.
A alteração de rochas preexistentes que ocorre no interior da Terra, no estado sólido, ao nível da sua composição
mineralógica e textura designa-se por metamorfismo e os fatores de alteração são a temperatura, a tensão exercida
sobre as rochas, os fluidos aquosos que se libertam das rochas e o tempo.
O metamorfismo ocorre em certos contextos tectónicos, como nas regiões associadas aos limites convergentes de
placas ou nas proximidades de uma intrusão magmática em rochas preexistentes.

A recristalização que ocorre durante o metamorfismo


(A) gera novos arranjos cristalinos mais estáveis nas novas condições.
(B) desenvolve os minerais na direção das forças de tensão envolvidas.
(C) torna os minerais mais instáveis reagindo assim com outros minerais.
(D) não afeta a textura e a mineralogia da rocha original.

2. Considere as seguintes afirmações, relativas ao metamorfismo.


I. O metamorfismo de contacto pode ocorrer em zonas próximas de intrusões magmáticas.
II. No metamorfismo regional atuam elevadas pressões e temperaturas.
III. O ultrametamorfismo corresponde a um domínio de transição entre o metamorfismo e a diagénese.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3. A ardósia é uma rocha metamórfica de


(A) baixo grau de metamorfismo e textura granoblástica.
(B) elevado grau de metamorfismo e textura granoblástica.
(C) baixo grau de metamorfismo e textura foliada.
(D) elevado grau de metamorfismo e textura foliada.

4. A figura 1 representa uma região geológica onde se verificam fenómenos de metamorfismo.

4.1 No metamorfismo _____ representado na figura, a região das


rochas alteradas (identificada pela letra X) em torno da _____
denomina-se _____.
(A) regional ... tensão criada ... foliação
(B) de contacto ... intrusão magmática ... auréola metamórfica
(C) regional ... intrusão magmática ... auréola metamórfica
(D) de contacto ... tensão criada ... foliação

4.2 As rochas da região identificada pela letra X denominam-se,


genericamente,
(A) ardósias. (C) gnaisses.
(B) corneanas. (D) xistos.

5. Os minerais-índice são bons paleobarómetros, uma vez que fornecem informações sobre as condições de
(A) pressão nas quais a rocha sedimentar se formou.
(B) pressão nas quais a rocha metamórfica se formou.
(C) temperatura nas quais a rocha metamórfica se formou.
(D) temperatura nas quais a rocha sedimentar se formou.

6. O diagrama da figura 2 pretende caracterizar, em termos de pressão e temperatura, dois ambientes geológicos,
representados pelas letras A e B.
6.1 A e B correspondem, respetivamente, a
(A) metamorfismo regional e metamorfismo de contacto.
(B) metamorfismo de contacto e ultrametamorfismo.
(C) diagénese e ultrametamorfismo,
(D) metamorfismo de contacto e metamorfismo regional.

6.2 Justifique a sua resposta à questão anterior.

6.3 As rochas 1, 2, 3 e 4 podem corresponder, respetivamente, a


(A) gnaisse, micaxisto, ardósia e corneana.
(B) quartzito, ardósia, micaxisto e gnaisse.
(C) ardósia, micaxisto, gnaisse e mármore.
(D) ardósia, micaxisto, mármore e gnaisse.
43
7. A distribuição espacial de um certo mineral-índice numa determinada área permite definir o grau de metamorfismo
existente.

7.1 Explique de que forma a presença de determinados minerais-índice numa rocha permite inferir das condições em
que a rocha se formou.

7.2 Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A, relativas a ambientes metamórficos, aos minerais que
neles se podem encontrar, que constam na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Ambiente metamórfico de baixa pressão e de baixa a média temperatura. (1) Biotite
(b) Ambiente metamórfico de elevada temperatura. (2) Silimanite
(c) Ambiente metamórfico de elevadas pressões. (3) Quartzo
(4) Andaluzite
(5) Cianite

8. A figura 3 representa, esquematicamente, as


transformações sofridas pelas rochas a diferentes
profundidades, numa determinada região.

8.1 Na zona representada por A, os principais fatores de


metamorfismo são a _____ e os fluidos, enquanto na
zona representada por B, para além dos fluidos,
predomina _____.
(A) temperatura ... a tensão não litostática
(B) temperatura ... o tempo geológico
(C) tensão não litostática ... a tensão não litostática
(D) tensão não litostática ... o tempo geológico

8.2 As rochas formadas na zona B apresentam textura


_____. Destas, o gnaisse apresenta ______, enquanto o
micaxisto apresenta ______:
(A) não foliada ... bandado gnáissico ... clivagem Fig. 3
(B) foliada ... bandado gnáissico ... xistosidade
(C) não foliada ... xistosidade ... clivagem
(D) foliada ... bandado gnáissico ... clivagem

DOMÍNIO 15 – Exploração sustentada dos recursos geológicos


1. Leia o texto com atenção.
A Gestão Ambiental é o exercício de atividades económicas e sociais que utiliza os recursos naturais, renováveis ou
não, de forma racional. A Gestão Ambiental. visa o uso de práticas que garantam a conservação e a preservação da
biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do impacte ambiental das atividades humanas sobre
os recursos naturais. Este tipo de gestão inclui a utilização de técnicas de recuperação de áreas degradadas e de
reflorestação, de métodos para a exploração sustentável de recursos naturais e estudos de riscos e impactes
ambientais para a avaliação de novos empreendimentos urbanos ou industriais.
À medida que a sociedade se vai consciencializando da necessidade de preservar o meio ambiente, a opinião pública
começa a pressionar o meio empresarial para desenvolver as suas atividades económicas de modo mais racionaL
De facto, muitos consumidores começaram a selecionar os produtos que adquirem em função da responsabilidade
social e ambiental. das empresas que os produzem.
Desta forma, surgiram várias certificações, que atestam que uma determinada empresa executa as suas atividades
com base nos princípios da Gestão Ambiental.

1.1 Os recursos naturais são os recursos


(A) que o ser humano não pode utilizar.
(B) que já foram avaliados, sendo suscetíveis de exploração.
(C) não renováveis, que são gerados a um ritmo que compensa o do seu consumo.
(D) geológicos — minerais, energéticos e hídricos — e os recursos biológicos.

2. Selecione, de entre as afirmações seguintes, aquelas que caracterizam os recursos renováveis.


A. São consumidos a um ritmo que os seus processos geológicos de renovação não conseguem acompanhar.
B. Incluem a geotermia, o hidrodinamismo, a luz solar e o vento.
C. Poderão esgotar a curto prazo.
D. Incluem os recursos minerais.
E. Incluem os combustíveis fósseis e nucleares.
F. São gerados a um ritmo que compensa o do seu consumo.

44
3.1 O ______ é um recurso energético não renovável, enquanto o ______ recurso energético renovável.
(A) petróleo ... vento (C) vento ... carvão
(B) petróleo ... carvão (D) vento ... petróleo

3.2 A água subterrânea é um recurso geológico cuja abundância e qualidade têm um efeito direto na sobrevivência
do ser humano. Constitui uma reserva de água ____, razão pela qual a sua escassez e/ou _____ pode ter efeitos
diretos na saúde e sobrevivência humanas.
(A) doce ... qualidade (C) utilizável ... má qualidade
(B) potencialmente potável ... contaminação (D) disponível ... dessalinização

4. O gás natural é um recurso geológico, sendo frequente a referência às suas reservas mundiais.
4.1 As reservas de gás natural
(A) são a totalidade do gás natural existente no planeta.
(B) nunca variam ao longo do tempo.
(C) aumentam quando o preço de mercado desce.
(D) correspondem a todos os depósitos conhecidos cuja exploração é rentável.

4.2 As reservas de gás natural constituem _____ dos recursos e são entendidas como depósitos de material já _____
e cuja extração é legal e economicamente rentável.
(A) o total ... explorados
(B) uma parte ... descobertos
(C) o total ... descobertos
(D) uma parte ... explorados

5. Leia o texto com atenção.


Os efeitos indesejados da exploração mineira tornam-se muito evidentes na extração a céu aberto, pelo impacte
paisagístico das escavações e pela formação de escombreiras. A estes junta-se a poluição química gerada pela
natureza dos minérios e pelos processos do seu tratamento. Esta situação agrava-se nas escombreiras, por se
tratarem de acumulações de materiais que contêm quantidades não desprezáveis de metais.
Em Portugal, este tipo de acumulações de materiais ocorre, por exemplo, na mina da Panasqueira. De facto, os
metais atingem as margens do rio Zêzere, contaminando as suas águas.

5.1 Os estéreis resultantes da exploração mineira são frequentemente depositados em escombreiras, ou seja,
depósitos
(A) de inertes resultantes da exploração mineira e acumulados longe desta.
(B) profundos de minerais resultantes da exploração acumulados dentro desta.
(C) superficiais de inertes resultantes da exploração e acumulados na sua proximidade.
(D) de minérios tratados na mina e acumulados nas proximidades desta.

5.2 Considere as seguintes afirmações, relativas aos principais riscos geológicos e ambientais associados às
escombreiras.
I. Os depósitos minerais raramente contêm resíduos tóxicos.
II. A lixiviação dos depósitos pode contaminar os aquíferos locais.
III. O material depositado nas escombreiras compensa movimentos de massa.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

6. Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A à respetiva designação, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Concentração (em ppm) de zinco na Natureza. (1) Escombreiras
(b) Exploração mineira economicamente rentável. (2) Clarke
(c) Parte mineral extraída sem interesse económico. (3) Minério
(4) Ganga
(5) Jazigo mineral

7. Leia o texto com atenção.


A energia geotérmica resulta do calor no interior da Terra que, devido a fenómenos vulcânicos recentes, à
radioatividade das rochas e à elevação do manto da Terra, pode ser transformado em energia. Essa energia pode ser
retirada de um fluido, ou através da injeção de água em maciços rochosos profundos. A geotermia pode classificar-se
como geotermia de baixa entalpia (quando a temperatura do fluido é inferior a 150 °C) ou geotermia de alta
temperatura (quando a temperatura do fluido é superior a 150 °C). A geotermia de baixa entalpia ocorre em zonas de
acidentes tectónicos e está relacionada com águas termais. Em Portugal, estas águas nunca excedem os 80 °C. O
aproveitamento da energia geotérmica de baixa entalpia é feito em estâncias termais, aplicações terapêuticas,
aquecimento de piscinas e águas de hotéis, agricultura, piscicultura e alguns processos industriais. A geotermia de
45
afta entalpia pode ser usada para produzir eletricidade em centrais geotérmicas. A utilização de energia geotérmica
tem algumas vantagens e limitações.

7.1 Explique a seguinte afirmação:


«Em Portugal continental apenas existe aproveitamento geotérmico de baixa entalpia.»

7.2 A desvantagem da utilização dos recursos geotérmicos é o facto de


(A) gerar energia não renovável. (C) ter um efeito muito poluente, em relação aos combustíveis fósseis.
(B) a energia produzida ter um custo baixo. (D) ser limitada a áreas geográficas muito restritas.

7.3 Refira as vantagens da utilização da energia geotérmica,

8. Leia o texto com atenção.


O arquipélago dos Açores é o único território português onde há aproveitamento geotérmico de alta entalpia e baixa
entalpia: a Central Geotérmica da Ribeira Grande produz energia elétrica e as Termas das Furnas promovem
atividade de balneoterapia.
8.1. Na geotermia de _____ a água quente é aproveitada para a produção de eletricidade. Se a temperatura da água
é inferior a 150 °C, esta é aproveitada, principalmente, para aquecimento doméstico e _____.
(A) alta entalpia ... energia elétrica (C) alta entalpia balneoterapia.
(B) baixa entalpia balneoterapia (D) baixa entalpia ... uso sanitário.

8.2 Identifique as características geológicas particulares do arquipélago dos Açores que tornam possível a exploração
da energia geotérmica.

8.3 As condições obrigatórias para que possa ser feito o aproveitamento da energia geotérmica incluem a existência
(A) uma fonte de magma em zonas muito profundas da geosfera.
(B) um rifte na região.
(C) um fluido que transmita esse calor até à superfície.
(D) vulcanismo inativo na zona.

9. Em Portugal, é possível explorar a energia geotérmica de baixa entalpia


(A) nos centros termais, ou termas. (C) em todo o território.
(B) nas centrais geotérmicas. (D) nas praias.

10. A exploração sustentada dos recursos geológicos é uma preocupação da sociedade atual. Em Portugal, as
energias renováveis são uma opção que se vai instalando lentamente, em detrimento das energias não renováveis. A
figura 1 representa a distribuição da potência instalada por diferentes fontes de energia renováveis em Portugal, em
2018, de acordo com os dados da Direção Geral de Energia e Geologia.

Fig. 1 Distribuição da potência instalada por diferentes fontes de energia renováveis em Portugal, em 2018.

10.1 Em Portugal, a produção de energia elétrica recorrendo a recursos hídricos apresenta valores máximos
(A) no Centro. (C) no Norte.
(B) no Algarve. (D) na Região Autónoma da Madeira.

10.2 Em Portugal continental, a exploração de energia fotovoltaica é superior nas zonas localizadas mais a
(A) Sul, devido à maior exposição solar. (C) Norte, devido à menor exposição solar.
(B) Sul, devido à menor exposição solar. (D) Norte, devido à maior exposição solar.

46
11. Considere as seguintes afirmações relativas aos recursos energéticos.
I. A exploração de energia eólica tem como desvantagem, por exemplo, a morte de aves e mamíferos.
II. A exploração da energia geotérmica não apresenta desvantagens, por se tratar de uma energia proveniente do
interior da geosfera.
III. A exploração de energia hídrica promove alterações na dinâmica sedimentar de um rio.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

12. Indique uma possível razão para a inexistência de aproveitamento de energia hídrica na região de Lisboa,
considerando que a capital de Portugal se encontra maioritariamente numa zona de planície aluvionar.

13. Explique o facto de, em Portugal, a exploração de energia geotérmica como fonte de energia elétrica ocorrer
apenas na Região Autónoma dos Açores.

14. A tabela seguinte exprime a porosidade e permeabilidade de quatro tipos de rochas.


Rocha Porosidade Permeabilidade
Calcário fissurado > 50% Muito elevada
Areia De 30 a 50% Alta
Arenito De 10 a 25% Boa
Argila 35 a 75% Baixa
As rochas da tabela que constituem os melhores aquíferos são
(A) areia e arenito. (C) areia e calcário fissurado.
(B) areia e argila. (D) calcário fissurado e arenito.

GEOLOGIA - TESTE 5
Grupo I
Os granitos marginais e a auréola de contacto do plutão granítico de Penamacor-Monsanto (Zona Centro-Ibérica da
Cadeia Varisca), apresentam heterogeneidades texturais e mineralógicas relevantes para a interpretação dos efeitos
desta intrusão granítica nos metassedimentos' do Complexo Xisto-Grauváquico encaixante, afetados por
metamorfismo regional varisco. As variações térmicas e com-posicionais que ocorreram durante a instalação dos
granitos marginais, assim como a gradação litológica das formações encaixantes, são as causas prováveis das
variações texturais e mineralógicas encontradas nas rochas desta auréola metamórfica. Esta estrutura compreende
corneanas e xistos mosqueados, tendo os últimos sido particularmente afetados por meteorização intensa. A
mineralogia destas rochas aponta para metamorfismo de grau baixo a médio, e as frequentes gradações texturais
que apresentam traduzem as heterogeneidades dos metassedimentos1 encaixantes. O maciço granítico de
Penamacor-Monsanto ocorre no núcleo de um antiforma da terceira fase da deformação Varisca. Esta unidade é
constituída essencialmente por granitos porfiroides de duas micas, geralmente alterados hidrotermalmente, sendo
possível distinguir as diferentes subunidades,
1
metassedimentos: rochas sedimentares parcialmente metamorfizadas.

Fig. 1 Mapa geológico simplificado do


território do Geopark Naturtejo da Meseta
Meridional, incluindo o concelho de
Penamacor.

47
Fig. 2 Mapa geológico do plutão de Penamacor-Monsanto: 1 - Grupo das Beiras (xistos e grauvaques); 2 - Quartzito
armoricano e xistos; 3 a 8 - Granitoides orogénicos tardi-Variscos: 3 - Granito porfiroide de grão grosseiro a médio
biotítico-moscovitico, geralmente alterado e quanto mais alterado mais moscovítico, ocorrendo ao longo da margem;
4 - Granito porfiroide de grosseiro moscovítico-biotítico, geralmente alterado, aflorando no núcleo; 5 - Granito
porfiroide de grão médio biotitico-moscovítico, ocorrendo entre o núcleo e a margem; 6 - Granito muito alterado e
moscovítico-biotítico; 7 - Filões e aplitos; 8 - Filão de quartzo explorado para fosfatos; 9 - Falhas.

1.1 O maciço granítico de Penamacor-Monsanto encontra-se no núcleo de uma deformação que ocorreu em regime
(A) frágil, originando uma dobra com a concavidade voltada para cima.
(B) frágil, originando uma dobra com a concavidade voltada para baixo.
(C) dúctil, originando uma dobra com a concavidade voltada para cima.
(D) dúctil, originando uma dobra com a concavidade voltada para baixo.

1.2 As corneanas são rochas metamórficas resultantes de metamorfismo


(A) regional, com textura granoblástica. (C) de contacto, com textura granoblástica.
(B) regional, com textura foliada. (D) de contacto, com textura foliada.

1.3 Através da análise da figura 2 é possível inferir que as rochas 3 a 6 são


(A) magmáticas plutónicas, resultantes de magmas pobres em sílica.
(B) magmáticas vulcânicas, resultantes de magmas pobres em sílica.
(C) magmáticas vulcânicas, resultantes de magmas ricos em sílica.
(D) magmáticas plutónicas, resultantes de magmas ricos em sílica.

1.4 A andaluzite e a silimanite, minerais típicos das rochas metamórficas, são


(A) aluminossilicatos e isomorfos. (C) ferromagnesianos e polimorfos.
(B) aluminossilicatos e polimorfos. (D) ferromagnesianos e isomorfos.

1.5 O Grupo das Beiras é formado por rochas mais


(A) recentes do que o quartzito armoricano, sendo ambas rochas sedimentares,
(B) antigas do que o quartzito armoricano, sendo ambas rochas metamórficas,
(C) recentes do que o quartzito armoricano, sendo ambas rochas metamórficas.
(D) antigas do que o quartzito armoricano, sendo ambas rochas sedimentares,

2. Em Penamacor-Monsanto ocorrem rochas resultantes de dois tipos de metamorfismo. Explique de que forma é
possível afirmar que esta zona reflete dois tipos de metamorfismo.

Grupo II
A Zona da Falha de Pinhal Novo-Alcochete (ZFPNA) é uma importante macroestrutura da região de Lisboa. A
ocorrência de sismos históricos revela a presença de falhas sismogénicas, geradoras de sismos, caracterizadas por
taxas de movimentação baixas (0,05 mm/ano a 0,1 mm/ano). A ZFPNA tem direção NNW-SSE, com uma zona de
deformação que atinge 1,5 km de largura. Funcionou como bordo da Bacia Lusitana (BL) neste setor, implicando um
enraizamento profundo no soco paleozoico. Foi reativada em desligamento no Miocénico, como rampa lateral da
estrutura em dobras e cavalgamentos da Arrábida, por ação de uma compressão NNW-SSE que inverteu a BL.
A dimensão estimada da ZFPNA indica um sismo máximo expectável de 6-7 de magnitude, com intervalos médios de
recorrência na ordem de 3000 a 11 000 anos.
48
1.1 A ZFPNA resultou da atuação de tensões
(A) não litostáticas, em regime frágil. (C) litostáticas, em regime dúctil.
(B) não litostáticas, em regime dúctil. (D) litostáticas, em regime frágil.

1.2 A direção NNW-SSE corresponde ao ângulo formado


(A) pelo plano de falha com o plano vertical, que interseta o plano de falha.
(B) pelo plano de falha com o plano horizontal, que interseta o plano de falha.
(C) por uma linha vertical do plano de falha com a linha do norte geográfico.
(D) por uma linha horizontal do plano de falha com a linha do norte geográfico.

1.3 As falhas de desligamento resultam da atuação de tensões


(A) compressivas. (C) cisalhantes.
(B) distensivas. (D) compressivas e distensivas.

2. Designe o tipo de deformação que resulta da atuação de tensões compressivas, em regime frágil.

3. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica relativa à ocorrência de um sismo


associado à ZFPNA.
A. Propagação de ondas sísmicas de volume.
B. Acumulação de tensões na ZFPNA ao longo do tempo geológico
C. Propagação das ondas sísmicas à superfície.
D. Ultrapassagem do limite de resistência dos materiais rochosos.
E. Libertação de energia sob a forma de ondas sísmicas.

4. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva designação, da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Distância medida no plano de falha que indica o deslocamento entre os dois (1) Teto
blocos. (2) Muro
(b) Bloco que se encontra acima do plano de falha. (3) Direção da falha
(c) Superfície de fratura ao longo da qual ocorreu o movimento dos blocos. (4) Rejeito da falha
(5) Plano de falha

5. Explique a pertinência do estudo das caraterísticas sismogénicas de zonas como a ZFPNA.

Grupo III
O lítio é um metal que há muito entrou no dia a dia do ser humano. É utilizado nos equipamentos eletrónicos
portáteis, mas foi a revolução energética dos automóveis que o trouxe para a ribalta. Portugal. é o quinto maior
produtor mundial deste metal. O lítio existente em Portugal. é usado sobretudo na indústria da cerâmica, não tendo
aplicação direta no fabrico de baterias. O nosso país tem recursos minerais de lítio, que são compostos naturais, mas
não são carbonatos de lítio e é precisamente na forma de carbonato que o lítio serve para as baterias. Além dos
jazigos minerais de espodumena, petalite, ambligonite e lepidolite, como no caso português, o lítio também pode ser
extraído de lagos salgados, nomeadamente dos Himalaias e dos Andes (Chile, Argentina e Bolívia). É neste triângulo
andino que se concentram 75% das reservas conhecidas. Porém, é mais fácil obter carbonato de lítio (Li2CO3) a partir
dos lagos salgados do que do minério arrancado às minas. O processo é semelhante ao da extração do sal marinho.
A água destes lagos, que contém entre 200 ppm e 400 ppm de lítio, é bombeada para tanques de evaporação, onde
o lítio se concentra, normalmente em forma de cloreto (LiCI). Depois, é transformado em carbonato por eletrólise,
purificado e comercializado. A trituração e a dissolução do minério dos jazigos portugueses para produzir Li2CO3 para
as baterias são, portanto, mais difíceis e mais caras. Os jazigos portugueses são conhecidos há quase um século.
Com uma produção de 30 mil toneladas anuais, uma empresa mineira movimenta 85% do minério de lítio em
Portugal. Esta mesma empresa tem avaliadas reservas de dois milhões de toneladas de minérios de lítio e o
potencial pode chegar a dez milhões, considerando a espodumena, a petalite e a lepidolite. Há ainda estudos do
Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) para a produção de Li2CO3 a partir de lepidolite e outros
minerais. As reservas de lítio para uso na fusão nuclear dariam para 30 mil anos, um período suficiente para
encontrar outras soluções energéticas e reorganizar o nosso modo de vida.

1.1 A espodumena, a petalite, a ambligonite e a lepidolite são minerais, pois são


(A) inorgânicos e com composição química bem definida.
(B) orgânicos e com composição química bem definida.
(C) inorgânicos e com composição química muito variável.
(D) orgânicos e com composição química muito variável.

1.2 No triângulo andino, a concentração de lítio é


(A) igual ao seu clarke, sendo a sua exploração rentável.
(B) inferior ao seu clarke, sendo a sua exploração rentável.
(C) superior ao seu clarke, sendo a sua exploração inviável.
(D) superior ao seu clarke, sendo a sua exploração rentável.
49
1.3 Durante a exploração do lítio, o material que não é economicamente rentável constitui
(A) minério, que se acumula formando a ganga. (C) a ganga, que se acumula em escombreiras.
(B) o minério, que se acumula em escombreiras. (D) escombreiras, que se acumulam formando a ganga.

1.4 Os depósitos de lítio são considerados recursos


(A) não renováveis, pois a taxa de exploração é inferior à sua taxa de renovação.
(B) não renováveis, pois a taxa de exploração é superior à sua taxa de renovação.
(C) renováveis, pois a taxa de exploração é inferior à sua taxa de renovação.
(D) renováveis, pois a taxa de exploração é superior à sua taxa de renovação.

2. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva designação da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Concentração local de lítio muito superior ao seu clarke. (1) Recurso
(b) Depósitos de lítio existentes no planeta. (2) Reserva
(c) Quantidade média de lítio na crosta terrestre. (3) Jazigo mineral
(4) Estéril
(5) Clarke

3. Portugal possui bastantes reservas de lítio, porém, a sua extração e transformação ainda são dispendiosas.
Explique o motivo pelo qual o processo de exploração e transformação de lítio em Portugal é mais dispendioso do
que o do triângulo andino.

Grupo IV
A distribuição dos recursos hídricos subterrâneos em Portugal. continental está intimamente relacionada com os
acontecimentos geológicos que moldaram o nosso território. Nas bacias mesocenozoicas, ocupadas essencialmente
por rochas detríticas ou carbonatadas, pouco ou nada afetadas por fenómenos de metamorfismo, encontram-se os
aquíferos mais produtivos e com recursos mais abundantes. A correspondência entre a distribuição e características
dos aquíferos e as unidades geológicas já tinha sido notada por diversos autores, tendo constituído a base para o
estabelecimento, pelo INAG (Instituto Nacional da Água), de quatro unidades hidrogeológicas, que correspondem às
quatro grandes unidades morfoestruturais em que o país se encontra dividido.
O mapa da figura 4 representa a distribuição das unidades hidrogeológicas em Portugal continental.

Fig. 4 Distribuição das


unidades hidrogeológicas
em Portugal continental.

A unidade hidrogeológica Bacia do Tejo-Sado corresponde a uma grande bacia sedimentar, preenchida por
sedimentos terciários e quaternários. Esta bacia divide-se em duas subunidades: a Bacia Terciária do Baixo Tejo e a
Bacia de Alvaiade. A Bacia Terciária do Baixo Tejo integra o maior sistema aquífero do território nacional. Nesta
unidade foram considerados quatro sistemas aquíferos: sistema aluvionar do Tejo, Margem Direita, Margem
Esquerda e Bacia de Alvaiade. Existem diferenças evidentes nas séries sedimentares, resultantes de diferenças nos
ambientes de deposição, traduzidas, sob o ponto de vista hidrogeológico, em desigualdades na produtividade e no
quimismo das águas.
Os sistemas que integram esta unidade hidrogeológica têm sido objeto de vários estudos, muitos dos quais tendo por
objetivo a captação de água para abastecimento da cidade de Lisboa e arredores.
Quanto à qualidade da água para consumo humano, as águas são caracterizadas por valores de cloretos e sódio
que, quase sempre, excedem os valores médios recomendados. Concentrações elevadas de nitratos também têm
sido documentadas. Este tipo de problemas afeta os aquíferos freáticos nas áreas com maior atividade agrícola. Os
aquíferos profundos, alguns com tempos prolongados de residência da água, estão, em geral, isentos deste tipo de
contaminação.
50
1.1 Na Bacia do Tejo-Sado predominam rochas
(A) sedimentares. (C) magmáticas plutónicas.
(B) metamórficas. (D) magmáticas vulcânicas

1.2 O sistema aluvionar do Tejo é um bom aquífero, pois inclui rochas


(A) porosas e impermeáveis. (C) pouco porosas e impermeáveis.
(B) porosas e permeáveis. (D) pouco porosas e permeáveis.

1.3 Nos aquíferos


(A) confinados, a recarga é feita lateralmente. (C) livres, a recarga é feita lateralmente.
(B) confinados, a recarga é feita superficialmente. (D) livres, a recarga é feita superficialmente.

1.4 A dureza de uma água será tanto maior quanto


(A) maior o teor em SiO2 das rochas. (C) menor o teor em CaCO3 das rochas.
(B) menor o teor em SiO2 das rochas. (D) maior o teor em CaCO3 das rochas.

2. Explique o motivo pelo qual a contaminação de um aquífero cativo impossibilita a sua exploração de forma quase
irreversível.

Prova-modelo de exame 1
Grupo I
No dia 1 de novembro de 1755, um sismo com uma magnitude estimada entre 8,7 e 9,0 atingiu a costa portuguesa,
arrasando-a completamente. O sismo foi sentido por toda a Europa Ocidental e gerou um enorme tsunami
transoceânico que devastou as costas de Marrocos, Portugal e Espanha. Registaram-se grandes ondas nos
arquipélagos da Madeira, dos Açores e até nas Antilhas (ilhas das Caraíbas). Em Martinica e nas ilhas Guadalupe
ocorreram ondas com três metros de altura. As opiniões dos sismólogos convergem para o facto de
oepicentro deste sismo se ter localizado no mar, algures entre 100 quilómetros e 200 quilómetros a sudoeste do
Cabo de São Vicente. O sismo que ocorreu em 1969 no Banco de Gorringe veio corroborar a forte probabilidade de
este ter sido o epicentro do sismo de 1755.
Em 2013, escavações arqueológicas realizadas em Fort-de-France, na ilha de Martinica, revelaram a deposição de
sedimentos de areia branca e de areia vulcânica negra nas fundações de ruínas de edifícios construídos entre os
séculos XVII e XVIII. Os cientistas excluíram a hipótese de este acontecimento ter sido causado pela enchente do rio,
já que a camada arenosa não contém os minerais que aí se encontram. Excluíram também a possibilidade de os
sedimentos terem sido transportados por tempestades ou furacões. Concluíram que se tratara do resultado de um
único acontecimento, como um tsunami. Comparando registos, verificaram, portanto, que o depósito de sedimentos
encontrado em Fort-de-France seria o resultado do tsunami relacionado com
oterramoto de 1755. Esta conclusão veio comprovar que o sismo de Lisboa de 1755 causou o maior tsunami
transatlântico conhecido até hoje. No entanto, faltava explicar a origem da areia vulcânica negra.
Após vários estudos pela ilha, os investigadores focaram-se na areia negra da praia onde desemboca o rio Madame.
Análises laboratoriais confirmaram que é proveniente dos vulcões de Martinica. Esta nova perceção veio
acompanhada de uma outra: o tsunami subiu rio acima, num fenómeno chamado macaréu. Depois desta
investigação, fica um aviso para os perigos dos macaréus. A maioria das grandes cidades encontra-se nas
proximidades de rios, e é atualmente um desafio para os cientistas prever como é que a subida do nível das águas
dos mares pode representar uma ameaça, quando combinada com os rios.

Figura 1 Principais direções de difusão da energia do tsunami de 1755.

51
1. O sismo de 1755 tratou-se de um maremoto, uma vez que o
(A) hipocentro do mesmo se localizou em terra.
(B) hipocentro do mesmo se localizou no fundo oceânico.
(C) epicentro do mesmo se localizou no fundo oceânico.
(D) epicentro do mesmo se localizou em terra.

2. O sismo de 1755 teve uma magnitude aproximada de 8,7 a 9,0, que corresponde
(A) à perceção da população sobre os danos causados. (C) à quantidade de energia libertada no epicentro.
(B) ao grau de destruição provocado pelo sismo. (D) à quantidade de energia libertada no foco sísmico.

3. As areias negras encontradas em Fort-de-France, em Martinica, são rochas sedimentares


(A) detríticas consolidadas. (C) quimiogénicas.
(B) detríticas não consolidadas. (D) biogénicas.

4. As primeiras ondas sísmicas a serem registadas são ondas


(A) longitudinais, com origem no hipocentro. (C) transversais, com origem no epicentro.
(B) longitudinais, com origem no epicentro. (D) transversais, com origem no hipocentro.

5. A determinação do epicentro de um sismo é fundamental para compreender muitos dos fenómenos inerentes a
esse sismo. Para que se possa determinar o epicentro são necessárias, no mínimo,
(A) duas estações sismográficas e respetiva altitude.
(B) duas estações sismográficas e respetivos sismogramas.
(C) três estações sismográficas e respetiva altitude.
(D) três estações sismográficas e respetivos sismogramas.

6. A zona de sombra sísmica para as ondas S localiza-se entre os


(A) 103° a 103° de distância ao hipocentro. (C) 103° a 143° de distância ao hipocentro.
(B) 103° a 103° de distância epicentral. (D) 103° a 143° de distância epicentral.

7. Os abalos premonitórios correspondem a


(A) sismos que ocorrem após o sismo principal. (C) acumulações de energia durante o sismo.
(B) sismos que ocorrem antes do sismo principal. (D) acumulações de energia após o sismo.

8. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de


eventos associados ao maremoto de 1755.
A. O limite de resistência dos materiais é ultrapassado.
B. Ocorre libertação de energia sob a forma de ondas sísmicas.
C. Ocorre acumulação de tensões nos materiais rochosos.
D. Ocorre um macaréu, que devasta toda a zona de Martinica.
E. As ondas sísmicas atingem o epicentro e forma-se uma onda gigante no mar.

9. Estudos científicos permitiram concluir que no sismo de 1755 ocorreu um fenómeno designado por macaréu.
Explique a pertinência desta descoberta, no âmbito da minimização de riscos sísmicos e da atual situação de
transgressão marinha.

Grupo II
As águas residuais resultantes da produção de café (ARC), por serem ricas em resíduos orgânicos e inorgânicos,
podem causar grandes impactes ambientais, como a degradação de habitats ou a destruição da flora e da fauna,
além de comprometerem a qualidade da água e do solo. Devido ao seu elevado potencial de contaminação, as ARC
não podem ser lançadas em massas de água sem tratamento prévio.
Existem diversos métodos para o tratamento das ARC ricas em resíduos orgânicos. Estudos recentes parecem
indicar que a deposição de ARC no solo pode ser uma alternativa viável. Porém, qualquer tecnologia usada para a
disposição de resíduos orgânicos no solo deve sempre contemplar os riscos potenciais de contaminação ambiental.
Ao utilizar o solo como forma de tratamento e de deposição final de ARC, servindo essas águas residuais como fonte
de água e de nutrientes para os cafeeiros, poderão solucionar-se problemas ambientais e diminuir custos de
produção para os cafeicultores. Nesta pesquisa foram avaliados os efeitos de diferentes doses de potássio aplicadas
via ARC no solo (tabela 1) sobre o crescimento vegetativo de cafeeiros (Coffea arabica), variedades ‘Catuaí’ e
‘Catucaí’, durante o seu primeiro ano.
Tabela 1 - Diferentes tratamentos testados.
Tratamentos
1 30 mg/L de K*
2 65 mg/L de K+
3 100 mg/L de K+
4 135 mg/L de I('
5 Água de irrigação e adubação convencional
Nota: Nos tratamentos 1 a 4 as doses de potássio foram aplicadas via ARC.
52
Resultados
Tabela 2 - Altura das plantas de cafeeiro (em cm).
Setembro Outubro Novembro
Tratamento
Catuaí Catucaí Catuaí Catucaí Catuaí Catucaí
1 32,0 43,0 35,6 46,6 38,9 48,0
2 33,1 45,5 35,1 50,8 37,0 51,5
3 33,8 41,8 36,4 44,9 37,4 47,0
4 35,9 47,4 40,6 50,6 41,6 53,9
5 36,3 42,6 40,4 44,6 41,0 46,5

Tabela 3 - Diâmetro dos caules de cafeeiro (em mm).


Setembro Outubro Novembro
Tratamento
Catuaí Catucaí Catuaí Catucaí Catuaí Catucaí
1 5,0 5,5 5,5 6,5 6,2 7,5
2 5,4 6,0 5,8 6,8 6,4 7,9
3 5,1 5,5 5,9 5,8 6,5 6,2
4 5,0 6,0 5,8 7,2 6,5 8,5
5 5,5 5,4 6,1 6,0 6,8 6,5

1. O objetivo do estudo foi


(A) avaliar o efeito de diferentes doses de potássio aplicados diretamente no solo.
(B) avaliar o efeito de diferentes doses de potássio aplicado via ARC no solo.
(C) determinar a quantidade de potássio no solo.
(D) determinar a quantidade de resíduos orgânicos no solo.

2. A variável experimental do estudo realizado corresponde


(A) à variação do teor em potássio. (C) à altura das plantas.
(B) à espécie de planta utilizada. (D) ao diâmetro do caule.

3. O tratamento que serviu como controlo foi o tratamento


(A) 5, pois contém as condições intermédias de crescimento do cafeeiro.
(B) 5, pois contém as condições habituais de crescimento do cafeeiro.
(C) 2, pois contém as condições habituais de crescimento do cafeeiro.
(D) 2, pois contém as condições intermédias de crescimento do cafeeiro.

4. Em Coffea arabica, o ciclo de vida é


(A) haplonte, e a meiose é pré-espórica. (C) haplodiplonte, e a meiose é pós-zigótica.
(B) haplonte, e a meiose é pós-zigótica. (D) haplodiplonte, e a meiose é pré-espórica.

5. Quando ocorre transporte ativo de potássio das células de companhia para as células-guarda dos estomas de
Coffea arabica verifica-se a
(A) turgescência das células-guarda, com consequente abertura do ostíolo.
(B) turgescência das células-guarda, com consequente fecho do ostíolo.
(C) plasmólise das células-guarda, com consequente fecho do ostíolo.
(D) plasmólise das células-guarda, com consequente abertura do ostíolo.

6. A movimentação de compostos orgânicos em Coffea arabica ocorre


(A) a favor do gradiente de concentração, sem gasto de ATP.
(B) a favor do gradiente de concentração, com gasto de ATP.
(C) contra o gradiente de concentração, com gasto de ATP.
(D) contra o gradiente de concentração, sem gasto de ATP.

7. Na designação Coffea arabica, Coffea corresponde ao nome


(A) genérico, e arabica corresponde ao restritivo específico.
(B) genérico, e arabica corresponde ao restritivo subespecífico.
(C) da espécie, e arabica corresponde ao restritivo subespecífico.
(D) da espécie, e arabica corresponde ao restritivo subespecífico.

8. Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A à respetiva etapa da fotossíntese, da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Ocorre síntese de ATP. (1) Oxidação da clorofila
(b) Ocorre a excitação de pigmentos fotossintéticos. (2) Ciclo de Calvin
(c) Liberta-se oxigénio para o meio. (3) Oxidação da água
(4) Regeneração da RuDP
(5)Fotofosforilação

53
9. No início desta pesquisa, os investigadores equacionaram a possibilidade de conseguirem solucionar problemas
ambientais e diminuir os custos de produção para os cafeicultores.
Explique de que forma os resultados permitem corroborar ou refutar a hipótese colocada.

Grupo III
Castromil localiza-se 22 quilómetros a este do Porto, mais precisamente em Sobreira (Paredes), no noroeste de
Portugal. É uma zona conhecida pela exploração aurífera, devido a diversas mineralizações que ocorrem nas rochas
que constituem o local. A mineralização desta zona encontra-se exposta ao longo de uma extensão de quatro
quilómetros como uma série de afloramentos, sendo as mais notáveis a de Castromil e a da serra da Quinta, que
englobam o Projeto de Lagares, objeto de estudo por uma empresa de exploração mineira com sede no Canadá. Do
ponto de vista geológico, nesta zona há uma mineralização de ouro, que ocorre, normalmente, nas margens
intrusivas entre os sedimentos silurianos e as intrusões graníticas mais jovens. O projeto em análise localiza-se nos
flancos orientais do anticlinal de Valongo, que inclui várias ocorrências de ouro, muitas das quais foram exploradas
pelos romanos. Na área de Castromil, o contacto entre sedimentos silurianos e rochas graníticas coincide com uma
zona de cisalhamento de tendência noroeste, contra a qual o granito foi empurrado sobre os metassedimentos. A
mineralização foi aparentemente introduzida por uma série de falhas e fraturas.
Os geólogos da empresa de exploração mineira realizaram um estudo no qual recolheram, através de sondagens,
um total de 800 amostras. Estas incluíram 90 amostras de controlo, com um comprimento total de amostra de 732,53
metros. As linhas foram espaçadas de 100 a 150 metros, orientadas NE-SO e perpendiculares à principal tendência
estrutural, e cobriram uma amostragem de 1450 metros. As amostras foram recolhidas numa falha normal, que é,
habitualmente, mineralizada. Esta falha é, agora, interpretada como uma série de falhas normais paralelas, em vez
de uma única falha, o que permite uma introdução muito maior de fluidos e maior mineralização de ouro.
Anteriormente pensava-se que o muro da falha não era mineralizado, mas a reinterpretação mostrou que algumas
das mineralizações de melhor e mais alto grau estão localizadas exatamente no muro, alojadas em brechas e
geralmente delimitadas entre o contato intrusivo e a falha.

Tabela 3 — Resultados das sondagens efetuadas.


Identificação do furo Concentração de ouro
da sondagem no minério (g/t)
150 4,15
300 5,73
300 9,44
400 3,10
550 2,07
700 2,42
1150 2,94
1350 4,63
1450 3,15
1450 2,59
Notas: clarke do ouro - 0,004 ppm; 1 ppm equivale a 1 g/t.

1. O principal objetivo do estudo realizado foi


(A) calcular os valores de ouro existentes em diferentes amostras.
(B) calcular o clarke de ouro na zona de Castromil.
(C) estabelecer uma correlação entre o tamanho da sondagem e o teor de ouro.
(D) estabelecer uma correlação entre o teor de ouro e o tipo de sedimentos.

2. As amostras foram recolhidas numa zona cuja direção estrutural é


(A) NE-SO. (C) NNO-SSE.
(B) NO-SE. (D) NEE-SSO

3. O estudo foi realizado numa falha normal, que resulta da atuação de forças
(A) distensivas, em regime dúctil. (C) compressivas, em regime dúctil.
(B) distensivas, em regime frágil. (D) compressivas, em regime frágil.

4. No anticlinal de Valongo
(A) a concavidade da dobra está orientada para baixo. (C) as rochas mais recentes ocupam o núcleo da dobra.
(B) a concavidade da dobra está orientada para cima. (D) as rochas mais antigas ocupam o núcleo da dobra.

5. Considere as seguintes afirmações, relativas aos recursos geológicos.


I. O ouro é um recurso hidrogeológico metálico
II. Os jazigos minerais são recursos não renováveis.
III. A exploração de ouro pode ser feita em placers.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

54
6. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva camada do interior da geosfera,
que consta na coluna B, de acordo com o modelo geofísico.

COLUNA A COLUNA B
(a) Camada delimitada superiormente pela descontinuidade de Lehmann. (1) Mesosfera
(b) Camada sólida, delimitada inferiormente pela descontinuidade de (2) Endosfera interna
Gutenberg. (3) Astenosfera
(c) Camada rígida, que fratura em placas. (4) Endosfera externa
(5) Litosfera

7. Através da análise dos dados obtidos nas sondagens realizadas, explique a possibilidade de exploração aurífera
no Projeto Lagares.

8. A mineralização aurífera de Castromil ocorre essencialmente nos filões de quartzo, encaixados tanto no granito
como no aplito (rocha ígnea, intrusiva, de composição granítica e granulação muito fina).
Relacione a existência de ouro com a instalação de filões de quartzo.

Grupo IV
Em 1956, o Nobel Heinrich Warburg colocou a hipótese da existência de uma conexão entre o metabolismo celular e
a malignidade. Concluiu que as células cancerígenas necessitam de utilizar muito mais glicose do que as células
«normais», sendo, por isso, mais sensíveis à privação de nutrientes.
A enzima AMPK (uma proteína, mais concretamente, uma cinase ativada pelo AMP1) é o principal detetor dos níveis
de energia celular. É ativada por qualquer situação que aumente a razão AMP/ATP, levando à supressão do
anabolismo e à inibição da proliferação celular. Uma vez ativada, a AMPK fosforila substratos que inibem processos
anabólicos e promovem processos catabólicos para reverter a elevada razão AMP/ATP, permitindo que as células
conservem recursos energéticos e sobrevivam durante períodos de stress metabólico. Porém, as células
cancerígenas não conseguem suportar as alterações provocadas pelas AMPK, sendo destruídas.
Alguns estudos mostraram uma redução da incidência de cancro em pessoas com diabetes tipo 2 tratadas com
metformina, mostrando que este fármaco terá potencialmente efeitos antitumorogénicos. A metformina atua ativando
a AMPK, com a inibição de vias de crescimento celular (mTOR, entre outras). A enzima mTOR (mammalian target of
rapamycin) é outra cinase, codificada pelo gene FRAP1, sendo um importante regulador positivo da síntese proteica
e da proliferação celular. A metformina atua diretamente sobre as células cancerígenos, ativando a enzima AMPK, o
que resulta numa inibição da enzima mTOR, com consequente redução da síntese proteica e da proliferação das
células cancerígenas. A metformina reduz ainda a gliconeogénese2 no fígado, diminuindo também os níveis de
insulina e de glicose circulantes.
Atualmente decorrem vários estudos clínicos para avaliar a segurança e a eficácia da metformina em doentes com
diversos tipos de cancro, nomeadamente como terapêutica adjuvante no cancro da mama.
1
AMP — Adenosina monofosfato.
2
Gliconeogénese — Síntese de glicose a partir de substâncias orgânicas não glicídicas, como aminoácidos.

1. A ativação da enzima AMPK promove os processos


(A) catabólicos, nos quais se produz ATP. (C) anabólicos, nos quais se produz ATP.
(B) catabólicos, nos quais se consome ATP. (D) anabólicos, nos quais se consome ATP.

2. No ser humano, durante a respiração aeróbia, a glicose é


(A) reduzida, formando-se produtos com alta energia potencial.
(B) reduzida, formando-se produtos com baixa energia potencial.
(C) oxidada, formando-se produtos com baixa energia potencial.
(D) oxidada, formando-se produtos com elevada energia potencial

3. No ser humano ocorre digestão


(A) intracelular. (C) extracelular.
(B) intra e extracelular. (D) extracorporal.

4. O gene FRAP1 é constituído por polímeros de


(A) ribonucleótidos. (C) aminoácidos.
(B) desoxirribonucleótidos. (D) monossacarídeos.

5. O cancro pode surgir quando os mecanismos de


(A) necrose são ativados. (C) apoptose são ativados.
(B) necrose são inibidos. (D) apoptose são inibidos.

6. No ser humano, o sistema circulatório é


(A) fechado e a circulação é simples. (C) aberto e a circulação é simples.
(B) fechado e a circulação dupla e completa. (D) aberto e a circulação dupla e incompleta.

55
7. Os principais constituintes das membranas biológicas são os
(A) fosfolípidos, moléculas com cabeça polar e cauda apolar. (C) glícidos, moléculas formadas por monossacarídeos.
(B) fosfolípidos, moléculas com cabeça apolar e cauda polar. (D) glícidos, moléculas formadas por polissacarídeos.

8. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de eventos associados à produção de


mTOR.
A. Migração do mRNA para o citoplasma. D. Transcrição do gene FRAP1.
B. Ligação da subunidade menor do ribossoma ao mRNA. E. Remoção dos intrões.
C. Maturação do polipéptido obtido.

9. A utilização da metformina em tratamentos de quimioterapia parece ser uma possibilidade promissora,


nomeadamente no tratamento do cancro da mama.
Explique de que forma a metformina poderá ajudar a diminuir a dimensão dos tumores.

Prova-modelo de exame 2
Grupo I
Desde a descoberta de uma das maiores coleções mundiais de arte rupestre ao ar livre no vale do rio Côa (nordeste
de Portugal), tornou-se importante avaliar o papel dos líquenes na meteorização do xisto, rocha predominante no
Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC). De acordo com estudos recentes sobre os processos de meteorização
promovidos pelo crescimento e desenvolvimento de líquenes em superfícies rochosas, existem dois mecanismos
através dos quais estes seres vivos atuam sobre o substrato: a penetração de hifas através de fissuras preexistentes
e outras áreas de menor resistência, bem como a produção de substâncias químicas ácidas.
No presente estudo selecionaram-se quatro espécies-alvo de líquenes (Peltula euploca, Aspicilia hoffmanniana,
Caloplaca subsoluta e Lecanora pseudistera). Através de experiências controladas, envolvendo amostras de xisto
colonizadas pelas espécies-alvo selecionadas e amostras controlo não colonizadas, foi possível estabelecer uma
relação entre a meteorização diferencial observada nas superfícies de xisto das encostas expostas a noroeste versus
encostas expostas a sudeste. Verificou-se ainda que o impacto físico de Lecanora pseudistera é aparentemente mais
elevado do que o das restantes espécies-alvo estudadas.

1. Os xistos do PAVC são rochas resultantes de fenómenos de


(A) magmatismo. (C) metamorfismo de contacto.
(B) metamorfismo regional. (D) sedimentogénese.

2. Comparativamente aos xistos, o gnaisse apresenta textura


(A) granoblástica, com maior fissilidade. (C) foliada, com maior fissilidade.
(B) granoblástica, com menor fissilidade. (D) foliada, com menor fissilidade.

3. Durante a formação dos xistos do PAVC atuaram tensões


(A) não litostáticas compressivas. (C) litostáticas compressivas.
(B) não litostáticas distensivas. (D) litostáticas distensivas.

4. Nos líquenes descritos no texto existe uma relação


(A) biótica obrigatória. (C) abiótica obrigatória.
(B) biótica facultativa. (D) abiótica facultativa.

5. Os fungos que constituem os líquenes, relativamente ao modo de obtenção de carbono e de energia, são,
respetivamente,
(A) quimiotróficos e heterotróficos. (C) heterotróficos e quimiotróficos.
(B) quimiotróficos e autotróficos. (D) autotróficos e quimiotróficos.

6. Alguns estudos prévios sobre os efeitos dos líquenes nas rochas foram realizados em granitos, que são rochas
magmáticas
(A) melanocratas, com textura afanítica. (C) leucocratas, com textura afanítica.
(B) melanocratas, com textura fanerítica. (D) leucocratas, com textura fanerítica.

7. Nas rochas metamórficas existem minerais-índice, como, por exemplo,


(A) moscovite, epídoto e clorite. (C) moscovite, albite e olivinas.
(B) clorite, epídoto e distena. (D) clorite, quartzo e albite.

8. Os aluminossilicatos presentes nas rochas metamórficas são minerais


(A) isomorfos, pois possuem a mesma estrutura cristalina, mas diferente composição química.
(B) isomorfos, pois possuem a mesma composição química, mas diferente estrutura cristalina.
(C) polimorfos, pois possuem a mesma estrutura cristalina, mas diferente composição química.
(D) polimorfos, pois possuem a mesma composição química, mas diferente estrutura cristalina.

56
9. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva rocha metamórfica, que consta na
coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Rocha com foliação do tipo xistosidade. (1) Ardósia
(b) Designação genérica das rochas formadas na auréola metamórfica. (2) Micaxisto
(c) Rocha rica em quartzo, com textura granoblástica. (3) Mármore
(4) Quartzito
(5) Corneana

10. Nos xistos do PAVC expostos a noroeste predomina a espécie Lecanora pseudistera.
Explique de que forma a presença desta espécie poderá explicar a maior meteorização física a noroeste,
comparativamente com a meteorização física a sudeste.

Grupo II
As amiloidoses da transtirretina (TTR) incluem um amplo espetro de doenças adquiridas e hereditárias que provocam
a deposição extracelular de agregados tóxicos de TTR em vários órgãos.
A TTR é uma proteína solúvel constituída por quatro monómeros idênticos, sendo cada um deles constituído por 127
aminoácidos. Em determinadas situações, a TTR pode dissociar-se em monómeros que se agregam em fibrilas
insolúveis e formam depósitos tecidulares de TTR, também eles insolúveis, que se acumulam principalmente no
sistema nervoso periférico (SNP), mas também no sistema gastrointestinal, nos rins e no coração.
A substituição da valina por uma metionina na posição 30 (TTR V30M) resulta na mutação mais comum, associada à
polineuropatia amiloidótica familiar (PAF) ou paramiloidose, uma doença rara, hereditária, que afeta sobretudo o
SNP. A PAF apresenta uma ampla distribuição geográfica, sendo as populações de Portugal, Brasil, Japão e Suécia
as mais afetadas. Em Portugal, a doença foi descrita pela primeira vez na zona da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde e
pensa-se que os portugueses tiveram um papel preponderante na disseminação da PAF pelo mundo. Sendo o fígado
o órgão primário de produção de TTR, o transplante hepático continua a ser a terapêutica mais eficaz para retardar a
progressão da doença. Contudo, o transplante hepático apresenta várias desvantagens por ser um procedimento
invasivo e acarretar alguma imunossupressão.
Realizou-se um estudo no qual se avaliou a capacidade de uma molécula, CLR01, inibir o processo patológico de
agregação da TTR em fibrilas insolúveis in vitro (em culturas de células) e in vivo (em ratos transgénicos que
expressam a TTR V30M humana).

Metodologia
1. Cultivaram-se células de rato com TTR na ausência e na presença de 1 µM CLR01, em meio de cultura durante 5
dias.
2. Quantificou-se a TTR no meio onde se cultivaram as células.
3.Os agregados de TTR retidos na membrana foram detetados usando anticorpo TTR.
4. Para determinar se a CLR01 é eficaz in vivo, testou-se ainda o composto em ratos que que expressam a TTR
V30M humana.

Fig. 1 Resultados de dois testes de deteção de agregados de TTR sem CLR01 (controlo) e com CLR01: uma
cor mais clara relativamente ao controlo (A) significa menor agregação de TTR; a percentagem de inibição
da agregação de TTR relativamente ao controlo foi de cerca de 80% (B) .

Após cinco semanas de administração subcutânea de CLR01, os ratos com a mutação TTR V3OM mostraram uma
redução significativa da deposição de TTR em todos os órgãos-alvo analisados:
● redução de 33% de área de deposição de TTR no estômago (de 17,79% nos ratos do controlo para 11,84% nos
ratos tratados com CLR01);
● redução de 51% de área de deposição de TTR no cólon (de 8,53% nos ratos do controlo para 4,22% nos ratos
tratados com CLR01);
● redução de 47% de área de deposição de TTR em gânglios da raiz dorsal (do sistema nervoso periférico) (de
10,76% nos ratos do controlo para 5,74% nos ratos tratados com CLR01).

Verificou-se que a CLRO1 inibiu a agregação de TTR no meio, nos ensaios in vitro. Foi ainda evidente, nos ensaios
in vivo, uma diminuição significativa da quantidade de TTR no trato gastrointestinal e no sistema nervoso periférico

57
em ratos tratados com CLR01, tendo-se registado uma redução na resposta ao stress do retículo endoplasmático,
induzido por agregados, pela oxidação de proteínas e por apoptose.

1. O grupo controlo dos ensaios in vivo é constituído por


(A) ratos sem a mutação na TTR, não expostos a CLR01. (C) ratos sem a mutação na TTR expostos a CLR01.
(B) ratos com a mutação na TTR, não expostos a CLR01 . (D) ratos com a mutação na TTR expostos a CLR01.

2. Constitui uma variável dependente dos ensaios in vivo


(A) a percentagem de ativação da agregação da TTR. (C) a quantidade de mutações existente.
(B) a percentagem de inibição da agregação da TTR. (D) a concentração de CLR01.

3. O mRNA que codifica cada um dos monómeros da TTR contém, após o processamento,
(A) 384 ribonucleótidos. (C) 381 ribonucleótidos.
(B) 384 desoxirribonucleótidos. (D) 381 desoxirribonucleótidos.

4. Para a síntese da TTR são necessários


(A) aminoácidos e ATP. (C) apenas aminoácidos.
(B) monossacarídeos e ATP. (D) apenas monossacarídeos.

5. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à molécula respetiva, da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Polímero de ribonucleótidos que contém o anticodão. (1) rRNA
(b) Polímero de desoxirribonucleótidos que contém a informação genética. (2) DNA
(c) Polímero de ribonucleótidos resultante da transcrição. (3) mRNA
(4) tRNA
(5) TTR

6. A apoptose ocorre quando é detetado um erro no ciclo celular. Ordene as etapas identificadas pelas letras de A a
E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de alguns acontecimentos associados ao ciclo celular.
A. Início da formação do fuso acromático. D. Reorganização do invólucro nuclear.
B. Os cromossomas atingem o máximo de condensação. E. Replicação da molécula de DNA.
C. Desorganização do invólucro nuclear.

7. Explique de que forma os resultados sugerem que CLR01 é uma molécula promissora para o desenvolvimento de
uma terapia inovadora para as amiloidoses causadas por TTR, nomeadamente para a PAF.

Grupo III
No litoral da região Centro de Portugal continental, no espaço que estruturalmente pertence à chamada Bacia
Lusitânica, as rochas carbonatadas datadas do Jurássico são responsáveis por um conjunto de pequenos maciços
calcários que se destacam na paisagem, quer pelo comportamento diferencial das litologias quer pela atuação de
forças tectónicas. Nestes maciços, os processos de evolução cársica, relacionados com a solubilidade da rocha e
com a sua permeabilidade, são responsáveis por paisagens com características particulares, em que a tendência
para a formação de bacias fechadas à superfície se adequa à proliferação de cavidades subterrâneas. O Maciço de
Sicó, apesar da sua reduzida dimensão, apresenta uma enorme variedade de formas cársicas. Trata-se de um
maciço calcário, no qual os processos cársicos e fluviais interagiram e interagem na construção de uma paisagem em
que os vales fluviocársicos, as grutas, as "buracas" e os lapiás coexistem. Muitas destas estruturas apresentam um
elevado valor patrimonial, mas também desafios de geoconservação. O Maciço de Sicó localiza-se na zona Centro,
junto da autoestrada A1, o que facilita a elevada afluência turística, nomeadamente para a realização de atividades
recreativas, como por exemplo: escalada e espeleologia.

1. Os calcários que constituem o Maciço de Sicó são rochas


(A) sedimentares quimiogénicas. (C) magmáticas plutónicas.
(B) sedimentares biogénicas. (D) magmáticas vulcânicas.

2. Na génese do modelado cársico do Maciço de Sicó alternam processos de


(A) meteorização física e precipitação de clorite. (C) meteorização física e precipitação de halite.
(B) meteorização química e precipitação de halite. (D) meteorização química e precipitação de calcite.

3. No tipo de rochas sedimentares nos quais se incluem os calcários do Maciço de Sicó também se incluem os
evaporitos, como, por exemplo,
(A) gesso e calcário conquífero. (C) gesso e sal-gema.
(B) sal-gema e calcário recifal. (D) sal-gema e calcário conquífero.

4. As rochas sedimentares podem ser detríticas, classificando-se de acordo com


(A) a sua granulometria. (C) os fósseis que possuem.
(B) a sua composição química. (D) as condições que presidiram à sua génese.
58
5. Considere as seguintes afirmações, relativas à génese das rochas sedimentares.
I. O carvão tem origem em restos de plâncton marinho.
II. Nas rochas sedimentares detríticas não consolidadas, não ocorre diagénese.
III. A formação de argilitos inclui diagénese completa.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

6. Nas rochas sedimentares é possível encontrarem-se fósseis. São condições favoráveis à fossilização
(A) inexistência de partes duras no ser vivo e ambientes oxidantes.
(B) existência de partes duras no ser vivo e ambientes redutores.
(C) existência de partes duras no ser vivo e ambientes oxidantes.
(D) inexistência de partes duras no ser vivo e ambientes redutores.

7. Os fósseis de idade permitem datar as formações rochosas, uma vez que são fósseis com
(A) ampla distribuição geográfica e estratigráfica.
(B) curta distribuição geográfica e estratigráfica.
(C) curta distribuição geográfica, mas ampla distribuição estratigráfica.
(D) ampla distribuição geográfica, mas curta distribuição estratigráfica.

8. Ordene as etapas identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de


acontecimentos associados à meteorização que ocorre nos maciços calcários.
A. Formação de iões HCO3- e Ca2+.
B. Os iões formados são arrastados pela água das chuvas.
C. Formação de H2CO3.
D. Reação do H2CO3 com o CaCO3 constituinte do maciço calcário.
E. A água da chuva combina-se com o CO2 atmosférico.

9. Muitas das estruturas geológicas do Maciço de Sicó apresentam um elevado valor patrimonial e alguns desafios à
sua geoconservação. Explicite a que se devem os problemas de geoconservação associados a este Maciço.

Grupo IV
Os tangarás e os soldadinhos são aves da família Pipridae que habitam na região neotropical (América Central e
América do Sul), sendo Chiroxiphia e Antilophia reconhecidos como géneros intimamente relacionados. Atualmente,
Chiroxiphia possui cinco espécies descritas, sendo Chiroxiphia pareola a espécie com maior área de distribuição
geográfica e com mais subespécies reconhecidas, mas com incertezas taxonómicas. As relações filogenéticas abaixo
dos géneros Chiroxiphia e Antilophia são desconhecidas.
Foram analisadas sequências de DNA de múltiplos indivíduos de todas as espécies e subespécies atualmente
aceites para ambos os géneros, de modo a estabelecer as suas relações filogenéticas.
Os resultados sugerem que Chiroxiphia é um grupo parafilético1, tal como se observa na árvore filogenética. Deste
estudo conclui-se ainda que C. pareola regina e C. pareola napensis devem ser tratadas como espécies
independentes de C. pareola, e não como subespécies.
1
Grupo parafilético — Taxon que abrange um grupo de vários descendentes de um ancestral comum, mas que não
contém todos os descendentes.

Fig. 2 Distribuição geográfica das espécies de Chiroxiphia e Antilophia (IUCN, 2017) e das subespécies de C. pareola
(A) . Árvore filogenética obtida com base nas sequências de DNA analisadas (B) .

1. O estudo realizado incidiu sobre todas as15)


(A) espécies dos géneros Chiroxiphia e Antilophia conhecidas.
(B) espécies e subespécies dos géneros Chiroxiphia e Antilophia conhecidas.
(C) famílias e subfamílias dos géneros Chiroxiphia e Antilophia conhecidas.
(D) famílias dos géneros Chiroxiphia e Antilophia conhecidas.

59
2. A reconstrução filogenética realizada utilizou dados
(A) de anatomia comparada. (C) citológicos.
(B) paleontológicos. (D) bioquímicos.

3. Da análise da árvore filogenética é possível concluir que C. boliviana


(A) é mais próximo filogeneticamente de C. lanceolata do que de C. linearis.
(B) é mais próximo filogeneticamente de C. caudata do que de A. galeata.
(C) é igualmente próximo filogeneticamente de A. galeata e de A. bokermanni.
(D) é igualmente próximo filogeneticamente de C. caudata e de C. pareola regina.

4. A análise da figura permite verificar que os indivíduos C. pareola pareola se podem agrupar em três grupos, sendo
C. pareola pareola AF (da Mata Atlântica) mais
(A) próximo filogeneticamente de C. pareola pareola S (do sul do rio Amazonas).
(B) afastado filogeneticamente de C. pareola pareola S (do sul do rio Amazonas).
(C) próximo filogeneticamente de C. pareola atlantica.
(D) próximo filogeneticamente de C. pareola pareola N (do norte do rio Amazonas).

5. Este estudo demonstra que a taxonomia, apesar de pretender que seja o mais estável possível e que reflita a
diversidade biológica, depende do conhecimento vigente. Assim, seres vivos classificados num determinado taxon
podem passar para uma categoria taxonómica superior. Tal verifica-se nas
(A) subespécies C. pareola regina e C. pareola pareola. (C) subespécies C. pareola regina e C. pareola napensis.
(B) espécies C. pareola regina e C. pareola pareola. (D) espécies C. pareola regina e C. parecia napensis.

6. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, C. pareola pertence, indubitavelmente, ao


reino
(A) Animalia, pois é multicelular e heterotrófico por ingestão.
(B) Animalia, pois é multicelular e heterotrófico por absorção.
(C) Protista, pois é multicelular e heterotrófico por absorção
(D) Protista, pois é multicelular e heterotrófico por ingestão.

7. Nos seres vivos da família Pipridae, as trocas gasosas ocorrem por difusão
(A) direta, através do tegumento.
(B) indireta, através do tegumento.
(C) direta, através de pulmões.
(D) indireta, através de pulmões.

8. Com base na análise dos resultados obtidos, explique porque se pode considerar que Chiroxiphia é um grupo
parafilético.

9. No estudo realizado recorreu-se a uma análise de DNA multilocus, ou seja, foram analisadas diferentes regiões do
DNA mitocondrial e nuclear.
Explique a pertinência da realização de uma análise muitilocus na reconstrução de filogenias.

60
RESOLUÇÕES
mutação 1 há substituição de uma base azotada (adenina)
Domínio 7 – Unidade 1 - DNA e síntese por outra (citosina) e na mutação 2 há inserção de uma base
proteica azotada (citosina).

1.1.1 1- Centrómero; 2 - Cromatídeo; 3 - Histonas; 4 - DNA; 5 4.3 É a mutação 2, porque há inserção de um nucleótido na
- Cadeia polinucleotídica. molécula de DNA, o que vai alterar, a partir desse ponto, a
sequência de codogenes da molécula. Consequentemente,
1.2 Opção C. Sendo a molécula Y específica do DNA e após transcrição e tradução dessa informação, a sequência
correspondendo a uma base azotada, só pode tratar-se da de aminoácidos da proteína sintetizada vai ser totalmente
timina. Sendo as moléculas X e Z púricas, então terão de alterada, o que muda a estrutura da proteína e leva à perda
corresponder à adenina e à guanina. Assim, a molécula W de função da enzima. Sendo uma enzima crucial à
terá de ser a citosina. sobrevivência da bactéria, se não estiver a funcionar, a
bactéria morre. Já a mutação 1 pode ser «silenciosa», uma
1.3 Opção A. A molécula 4 corresponde ao DNA, que é vez que o código genético é redundante e o terceiro
constituído por duas cadeias polinucleotídicas, que estão nucleótido de um codogene pode ser substituído, sem que
enroladas em dupla hélice mantida devido à isso se concretize na adição de um aminoácido diferente à
complementaridade entre as bases azotadas, ou seja, a proteína que está a ser sintetizada.
adenina liga-se à timina por duas pontes de hidrogénio, e a
guanina liga-se à citosina, por três pontes de hidrogénio. 5.1 Opção B. De acordo com a hipótese semiconservativa, na
Assim, se a molécula 4 possuir 20% de guanina, também terá replicação do DNA é mantida uma das cadeias da molécula
20% de citosina, logo terá 60% das restantes, ou seja, 30% inicial e a outra é sintetizada por complementaridade entre as
de timina e 30% de adenina. Deste modo, a razão bases azotadas. Assim, após a transferência das moléculas
citosina/adenina será 2/3. de DNA para um meio com nitrogénio leve, no qual ocorreu a
replicação, é expectável que todas as bactérias tenham peso
1.4 Opção D. Foram cometidos erros nas afirmações 3, 4 e 5. intermédio. Após esta primeira geração, continuou a
A afirmação 3 está incorreta, pois as porções da molécula 5 replicação, num meio com nitrogénio leve disponível. Assim,
voltadas para o exterior não têm comportamento hidrofóbico no final da segunda etapa da experiência, 50% das
mas sim hidrofílico, estando em contacto com a solução moléculas apresentavam peso intermédio e as restantes
aquosa que existe no núcleo. A afirmação 4 está incorreta, eram leves.
uma vez que nas células procarióticas o DNA está disperso
no citoplasma, é uma molécula circular e não contém 5.2 O cultivo de células de E. coli num meio com nitrogénio
histonas. A afirmação 5 está incorreta, pois as ligações que pesado teve como objetivo assegurar que no início da
se estabelecem entre as duas cadeias polinucleotídicas não experiência as bactérias eram todas «pesadas». E que
são covalentes, mas sim pontes de hidrogénio. quando foram colocadas num meio com azoto leve, a
primeira geração passou a ter «peso intermédio», pois
1.5 Nos seres procariontes, a informação encontra-se de uma possuíam metade do nitrogénio pesado das moléculas
forma compactada e não fragmentada, porque toda a iniciais e metade do nitrogénio teve que foram buscar ao
informação existente no DNA é codificável e sequencial, sem meio para sintetizar os nucleótidos que usaram para a
intrões. Nos procariontes, quando a informação do DNA é replicação do DNA.
transcrita para uma molécula de mRNA, esta molécula
apresenta logo o código para a sequência correta dos 5.3 Opção C. A hipótese testada por Meselson e Stahl
aminoácidos da proteína a ser sintetizada, por não existirem demonstra que na replicação se mantém sempre uma das
intrões no DNA dos procariontes. Nos eucariontes, como a cadeias polinucleotídicas da molécula inicial e a outra cadeia
informação no DNA não é sequencial, é necessário que é sintetizada de novo, por complementaridade com essa
ocorra a maturação do mRNA, após a transcrição, com o (entre as bases azotadas), utilizando os
objetivo de eliminar os intrões. desoxirribonucleótidos produzidos pelas células a partir dos
nutrientes presentes no meio de cultura, incluindo o
2. Opção D. I é falsa, pois os desoxirribonucleótidos são nitrogénio.
nucleótidos de DNA, motivo pelo qual não podem conter
uracilo. II é falsa, já que os ácidos nucleicos possuem 5.4 Opção C. Segundo a hipótese 1, em cada uma das
pentoses distintas: a pentose do DNA é a desoxirribose e a moléculas-filhas é mantida uma das cadeias polinucleotídicas
pentose do RNA é a ribose. da molécula inicial e a outra é sintetizada, dizendo-se que a
replicação é semiconservativa, uma vez que conserva
3. A molécula apresentará 200 nucleótidos de timina. Uma metade da molécula inicial em cada uma das moléculas-
vez que a guanina e a citosina são bases complementares, filhas. De acordo com a hipótese 2, a molécula-mãe
existem ambas em igual número na molécula de DNA, ou permanece exatamente igual e é sintetizada uma nova
seja, existem 800 destas bases. Como existem 1200 bases molécula com desoxirribonucleótidos do meio, pelo que se
no total, ficam a sobrar 400, e como sabemos que a timina trata da hipótese da replicação conservativa. Segundo a
emparelha sempre com a adenina, cada uma delas estará hipótese 3, as moléculas novas de DNA resultam da adição
representada com metade deste valor. de desoxirribonucleótidos em várias zonas da molécula
inicial, ficando o DNA «novo» disperso no DNA da molécula-
4.1 Opção B. A transcrição consiste na passagem da mãe, motivo pelo qual se designa hipótese da replicação
informação da molécula de DNA para a molécula de mRNA, dispersiva.
com intervenção da RNA polimerase. A tradução consiste na
passagem da informação contida no mRNA para proteínas, 6.1 1 - pré-mRNA; 2 - DNA; 3 - Aminoácido (ou cadeia
através da descodificação do código genético. polipeptídica em formação); 4 - mRNA; 5 - tRNA; 6 -
Ribossoma; 7 - Exão; 8 - Intrão.
4.2 Opções D. As mutações génicas consistem em
alterações na sequência dos nucleótidos, seja por 6.2 Opção D. A letra A corresponde à remoção dos intrões do
substituição, inserção ou deteção de bases azotadas. Na pré-mRNA, logo refere-se ao processamento. A letra B
corresponde à tradução, uma vez que a informação contida
61
no mRNA está a ser traduzida para proteínas, em que o transplante de células estaminais para o tecido lesado
ribossomas, no citoplasma. A letra C corresponde à permita que as células transplantadas vão substituindo as
transcrição, pois a molécula de DNA está a ser transcrita lesadas e vão produzindo células normalmente funcionais.
para mRNA, no núcleo.
11.1 A técnica de prime editing visa corrigir mutações, logo
6.3 Opção B. Durante a transcrição, forma-se mRNA a partir altera o «património» genético dos indivíduos, motivo pelo
de DNA, com a intervenção da enzima RNA polimerase que qual é necessário assegurar que existem todas as condições
abre a dupla hélice da molécula de DNA e é responsável pela de segurança (para se alterar apenas o que se quer corrigir).
adição de ribonucleótidos. Este processo ocorre no núcleo no Assim, é expectável que estas primeiras aplicações da
caso dos eucariontes e no citoplasma no caso dos técnica sejam realizadas para doenças em que é possível
eucariontes. retirar células do corpo (como as células sanguíneas), cultivá-
las in vitro, editá-las e garantir que elas são seguras, para
6.4 Opção C. O processamento consiste na remoção dos depois as poder colocar de volta no organismo do paciente.
intrões (legendados como 8 na figura), que são sequências
que não codificam informação para a proteína que está a ser 11.2 A técnica de prime editing, como é referido no texto, usa
sintetizada. Os intrões apenas existem nos eucariontes, uma sequência de ribonucleótidos (ou seja, mRNA)
motivo pelo qual o processamento é exclusivo dos elaborada em laboratório. A transcriptase reversa é uma
eucariontes. enzima capaz de sintetizar DNA, usando como molde o
mRNA. Assim, esta enzima realiza uma transcrição reversa,
6.5 Opção B. A síntese de mRNA permite que a mensagem ou seja, de síntese de DNA a partir de mRNA, permitindo
contida no DNA saia do núcleo até aos ribossomas, onde é assim a correção de genes mutados.
feita a leitura dos codões (o tRNA que tem o anticodão
complementar vai transportar para o ribossoma o aminoácido 12.1 Mitose. A mitose é um processo que permite a divisão
respetivo para a síntese do polipeptídeo). celular, proporcionando a duplicação do número de células,
em cada divisão celular.
7.7.13 - GCG; 5 - UAA. 7.2 Glicina.
12.2 Diferenciação celular. A diferenciação celular implica
8.Opção C. 20 codões com expressão proteica mais o codão que, mesmo possuindo informação genética igual em todas
de finalização. as células do nosso organismo, esta informação não está
toda ativa nas diversas células. Assim, consoante a função
9.9.1 3' - TACTTCTCCACAATGGGAAGTCGCGGC - 5'. Esta que desempenham, as células possuem genes ativos e
cadeia é obtida por complementaridade com a cadeia de genes inativos, ou seja, ocorre expressão diferencial do
mRNA fornecida, sendo que, como se trata da molécula de genoma por regulação da expressão génita.
DNA possui T, em vez de U.
13.1 Opção B. Clone é um conjunto de células ou de
9.2 Met-Lis-Arg-Cis-Tir-Pro-Ser-Ala-Pro. indivíduos obtidos a partir de divisões mitóticas de uma
célula-mãe, que são geneticamente idênticas entre si e à
9.3.1 27 nucleótidos. célula-mãe.

9.3.2 9 tripletos. 13.2 Clonagem é o processo através do qual se obtém um


clone ou um conjunto de indivíduos geneticamente idênticos.
9.3.3 Codões sinónimos: CCU e CCG. Ambos codificam o Os processos de clonagem podem ser naturais (através de
mesmo aminoácido: prolina. reprodução assexuada) ou artificiais (utilizando células
somáticas).
9.3.4 9 tRNA (como os últimos dois codões da sequência são
idênticos, o mesmo tRNA pode transportar ambos; nesse 13.3 Opção B. Para que se forme um indivíduo completo, a
caso, serão 8 tRNA). célula tem de ser totipotente, pois só assim nas divisões
mitóticas que vai sofrer poderá haver diferenciação para
9.4 Um dos codões de finalização/terminação (STOP): UAA / originar as células que formarão os diferentes tecidos e
UAG / UGA. órgãos do novo indivíduo.

10.1 Opção D. As células unipotentes apenas têm 13.4 Fundindo o núcleo da célula da ovelha A com um óvulo
capacidade de se diferenciar num único tipo de células de um enucleado (sem núcleo) da ovelha B.
tecido.
13.5 Apesar de terem participado várias ovelhas no processo
10.2 Opção A. II é falsa, pois as células originadas por mitose de clonagem, a ovelha Dolly teve apenas uma progenitora: a
podem ou não ser células especializadas, dependendo das ovelha A, uma vez que foi dela que recebeu o núcleo e,
células que as originaram, bem como da expressão consequentemente, o DNA.
diferencial do genoma. III é falsa porque as células
estaminais podem ser células embrionárias ou células 13.6 Dolly é um clone da ovelha A, uma vez que o seu
adultas, desde que mantenham a capacidade de se material genético é igual ao da ovelha A, sendo portanto
transformarem noutros tipos de células. indivíduos geneticamente iguais.

10.3 Opção C. A especialização celular advém da 14. Opção A. II é falsa, pois a clonagem é mais fácil. de
diferenciação celular, durante a qual há expressão diferencial realizar com células embrionárias, uma vez que o seu grau
do genoma, sendo um processo mais complexo nos seres de diferenciação é menor, III é falsa, pois para que a
eucariontes, nomeadamente pelo facto de possuírem maior clonagem ocorra é necessário extrair o núcleo de uma célula
quantidade de informação genética. do dador (e inseri-lo num óvulo enucleado); é no núcleo que
está a informação genética que vai ser replicada nas diversas
10.4 Durante a diferenciação celular, as células estaminais células que originarão o clone.
têm a capacidade de se transformar noutros tipos de células. 15. D-E-B-A-C. Inicialmente ocorre a fecundação,
Doenças como, por exemplo, Parkinson, Alzheimer, diabetes responsável pela formação da célula totipotente, o ovo ou
e certas doenças cardíacas resultam de lesões em locais zigoto, Posteriormente, após algumas divisões mitóticas,
específicos de determinadas células. Os cientistas esperam forma-se o blastocisto que possui células pluripotentes. Por
62
sua vez, estas continuam o processo de diferenciação celular descontroladamente, podendo invadir tecidos/órgãos
por regulação da expressão génica e formam-se células adjacentes, originando cancro.
multipotentes, ou seja, células com reduzida capacidade de
diferenciação celular, mas que não é nula. Por último,
formam-se as células especializadas, os neurónios. Teste 1
Grupo I
Domínio 7 – Unidade 2 – Ciclo celular 1.1 Opção B, Em Paramecium o habitual codão de
finalização UAA, codifica o a.a. glicina, sendo uma exceção à
1.1 A-1 (Os cromossomas passam a ser constituídos por dois universalidade do código genético, pois tem uma codificação
cromatídeos.); B - 3 (Os cromatídeos de cada cromossoma diferente.
estão a migrar para os polos da célula.); C - 2 (O
cromossoma apresenta dois cromatídeos e encontra-se 1.2 Opção C. Mycoplasma capricolum é uma bactéria, por
disposto no plano equatorial da célula.); D - 3 (A ascensão isso é um ser procarionte, desprovido de intrões. Assim, após
polar dos cromossomas ocorre pela clivagem dos a transcrição, ocorre a tradução, não havendo a fase de
centrómeros, migrando cada cromatídeo para polos processamento, como nas células eucarióticas.
opostos.); E - 2 (Os cromossomas atingem o máximo de
condensação em metáfase, tornando-se visíveis, com os dois 1.3 Opção B. A característica do código genético que permite
cromatídeos.); F - 4 (No final da mitose, os cromossomas que um codão codifique um e um só a.a. designa-se «não
começam a descondensar, sendo visível a cromatina.) ambiguidade», pois aquele codão só codifica aquele a.a.
específico e nenhum outro.
1.2 I - 3; II - 3; III - 2; IV - 4.
1.4 Opção D. As leveduras possuem células eucarióticas,
2.1 1 - Interfase; 2- Prófase; 3 - Telófase e Citocinese; 4 - motivo pelo qual possuem organitos membranares e a
Metáfase; 5 - Anáfase. informação genética está no núcleo e nas mitocôndrias, ou
seja, possuem DNA nuclear e DNA mitocondrial.
2.2 Opção B. O ciclo celular inclui a interfase e a fase mi-
tática. Sequencialmente, ocorre a interfase, seguida da fase 2. Opção A. II é falsa, pois o RNA é uma molécula de cadeia
mitótica. Na fase mitótica é possível distinguir a simples.
mitose/cariocinese, durante a qual se divide o núcleo,
seguida da citocinese, durante a qual se divide o citoplasma. 3. Opção D. O teor de DNA numa célula é estável,
Na mitose ocorrem, sequencialmente, quatro fases: prófase, contrariamente ao teor de RNA, que depende da atividade
metáfase, anáfase e telófase. metabólica da célula.

2.3 A colquicina, ao interferir com a formação do fuso 4. (a) - (1); (b) - (5); (c) - (2).
acromático, vai impedir a formação da placa equatorial e,
como tal, a célula fica retida em prófase. A colquicina não 5. D-A-C-B-D. A síntese proteica inclui a transcrição e a
impede a condensação da cromatina, pelo que os tradução, sendo que para que as proteínas resultantes se
cromossomas ficam distintos e visíveis. tornem funcionais têm de maturar no complexo de Golgi.
Assim, inicialmente, ocorre a transcrição no núcleo, ou seja, o
2.4 Nas células eucarióticas vegetais, a citocinese ocorre por DNA é transcrito para pré-mRNA, com intervenção da RNA
fusão de vesículas provenientes do complexo de Golgi. polimerase. Ainda no núcleo, o pré-mRNA sofre de seguida
Devido à mutação no gene codificador da proteína, a processamento/maturação, sendo removidos os intrões (ou
citocinese não se processa normalmente. Como a mutação seja, as sequências não codificantes), formando-se o mRNA
não inibe a mitose, algumas células passam a apresentar funcional. Este sai do núcleo para o citoplasma e liga-se à
mais do que um núcleo. subunidade menor de um ribossoma através do codão AUG
(codão de iniciação). Liga-se então o tRNA que transporta o
3. (a) - (5); (b) - (1); (c) - (2). anticodão e o a.a. respetivo. De seguida, liga-se-lhes a
subunidade maior do ribossoma e a tradução continua (com
4. A apoptose corresponde à morte celular programada, que adição de aminoácidos à cadeia polipeptídica) até que seja
é desencadeada bioquimicamente, sempre que é detetado detetado um dos três codões de finalização. Após a tradução,
um erro em um ou em vários pontos de controlo do ciclo o polipeptídeo formado migra para o complexo de Golgi, onde
celular. Caso a apoptose não existisse, a célula iria proliferar, ocorre maturação para que se forme uma proteína funcional.
continuando o ciclo celular e aumentando o número de
células com essa alteração. Contudo, a apoptose existe 6. O código genético é considerado universal, uma vez que a
também associada a outros processos, como a destruição de informação codificada é igual em todos os seres vivos.
tecidos na modelação de órgãos durante o desenvolvimento Porém, com o avanço do conhecimento científico, têm-se
embrionário ou a renovação celular em organismos adultos. descoberto algumas exceções a esta universalidade do
código genético, como é o caso descrito no texto. Assim, uma
5.1 Opção D. I é falsa, pois todos os cancros são genéticos, vez que, em alguns seres vivos e em alguns organelos, os
mas só alguns tipos de cancro é que são hereditários. O codões podem ter significados distintos, alguns autores
cancro é uma doença que se inicia em alterações dos genes, assumem que este é semiuniversal, ou seja, aplica-se a
mas pode não ser transmitida à descendência. II é falsa, pois, alguns seres vivos, mas não a todos.
de acordo com o texto, o cancro do ovário pode resultar de
mutações que ocorrem nas células da linha germinativa, mas Grupo II
maioritariamente ocorrem em células somáticas. 1. Número total de células ou fase do ciclo celular (da análise
dos gráficos).
5.2 Fase G1 da interfase; Fase G2 da interfase e metáfase.
2.1 Opção D. O trabalho realizado tinha como objetivo
5.3 BRCA1 e BRCA2 são genes supressores tumorais, ou verificar se a cerulenina é capaz de impedir a progressão das
seja, são genes responsáveis por impedir a proliferação de células B16-F10, ou seja, compreender mecanismos que
tumores. Quando este tipo de genes sofre mutações, a sua inibam a proliferação de células cancerígenas em ratos.
capacidade de retificar os erros diminui, o que facilita a
proliferação de células com erros/mutações, que se dividem
63
2.2 Opção B. De acordo com o gráfico da figura 1, o 4. Opção C. III é falsa, pois a proteína CFTR está envolvida
tratamento com cerulenina em doses crescentes conduz à no movimento transmembranar, sendo uma proteína
diminuição do número de células, o que resulta pelo menos intrínseca, de modo a conseguir facilitar o transporte de
em parte de uma diminuição do número de células em substâncias através da membrana plasmática.
divisão, como se comprova com os dados do gráfico da figura 5. Opção C. Os agentes mutagénicos podem ter diferentes
2; de acordo com o texto, o tratamento com cerulenina reduz proveniências, nomeadamente, podem ser substâncias
a proliferação celular e induz apoptose de maneira dose- químicas que provocam alterações no DNA.
dependente, isto é, concentrações crescentes induzem um
aumento da apoptose celular. 6. As mutações correspondem a alterações no DNA. Se os
seres vivos em causa se reproduzir assexuadamente,
2.3 Opção C. Pela análise do gráfico da figura 2, constata-se dividem-se por mitoses sucessivas, o que implica que os
que a maioria das células se encontram em G0/G1, motivo novos indivíduos serão portadores dessa mesma mutação,
pelo qual ainda não ocorreu replicação do DNA e cada mesmo que esta ocorra na divisão de células somáticas.
cromossoma possui apenas um cromatídeo.
Grupo IV
2.4 Opção A. Se após a interfase a quantidade de DNA era
2Q, então, em metáfase, será também 2Q, uma vez que 1.1 Opção A. As células estaminais utilizadas são
duplicou na fase S da interfase e só irá reduzir, por lote de pluripotentes, ou seja, ainda apresentam elevada capacidade
cromossomas, na anáfase. de diferenciação celular, pois têm capacidade de se tornarem
células especializadas, podendo formar diferentes tipos de
3.1. Opção B. O rato possui células eucarióticas animais. células/tecidos/órgãos, dependendo do tipo de células
Neste tipo de células, a citocinese é centrípeta, ocorrendo por estaminais que são.
estrangulamento do citoplasma.
1.2 Opção D. As células do fígado e os neurónios do mesmo
3.2 Opção C. A FASN é uma enzima, sendo portanto uma indivíduo possuem a mesma informação genética,
proteína, logo é um polímero de aminoácidos (a.a.). característica desse mesmo indivíduo. Contudo, são células
morfológica e funcionalmente diferentes, motivo pelo qual os
4.(a) - (3); (b) - (5); (c) - (1). genes que estão ativos e inativos são diferentes (são células
diferenciadas).
5. E-D-A-C-B. O ciclo celular contempla a interfase e a fase
mitótica. Durante a interfase, na fase S, ocorre replicação do 1.3 Opção B. A regulação da expressão génica, inerente à
DNA, passando cada cromossoma a ser constituído por dois diferenciação celular, resulta de fatores internos e externos
cromatídeos (E). Na fase mitótica ocorre a mitose/cariocinese ao ser vivo, não sendo exclusiva de fatores internos, nem de
e a citocinese. Durante a mitose, na prófase, inicia-se a fatores externos.
formação do fuso acromático (D); na metáfase ocorre a
máxima condensação dos cromossomas e máximo 2. Opção A. I é falsa, pois as células do blastocisto, embrião
encurtamento, portanto (A), e os cromossomas dispõem-se com cerca de 5 dias ainda são pluripotentes. II é falsa, pois
no plano equatorial da célula, ficando os centrómeros a as hemácias são células especializadas, ou seja, são células
formar a placa equatorial; na anáfase ocorre a clivagem do diferenciadas.
centrómero (C) e a ascensão dos cromatídeos de cada
cromossoma para os polos da célula; na telófase, os 3. Ovo ou zigoto.
nucléolos que tinham desaparecido na prófase, reaparecem
(B). Por fim, ocorre a divisão do citoplasma (citocinese). 4. Apesar de todos os seres vivos possuírem informação
genética sob a forma de DNA e RNA, esta é diferente de ser
6. Pela análise do gráfico da figura 1 é possível constatar que vivo para ser vivo, nomeadamente através da ordem peta
o tratamento com cerulenina reduziu significativamente a qual se dispõem os nucleótidos, sendo tanto maior quanto
proliferação das células B16-F10, ou seja, o número de menos aparentados forem os seres vivos. Assim, a
células malignas diminuiu. Analisando o gráfico da figura 2, dificuldade de conseguir esta ligação pode dever-se à
também se constata que ocorreu um bloqueio da proliferação distância evolutiva e genética entre seres humanos e porcos,
de células, conforme evidenciado pelo aumento do número problema que pode ser minimizado quando se trabalha com
de células nas fases G0/G1, assim como a redução de macacos, já que estes partilham mais informação genética
células na fase S, em comparação com os controlos. Se o com os seres humanos do que os porcos.
número de células malignas em divisão diminui, então a
administração farmacológica de cerulenina pode constituir
uma opção de tratamento para este tipo de cancro. Domínio 8 - Unidade 1 - Reprodução assexuada
Grupo III 1.1 Opção C. A reprodução assexuada não envolve a união
de gâmetas, sendo a mitose o processo de divisão celular
1.1 Opção D. Os exões são as sequências que codificam subjacente, motivo pelo qual os novos indivíduos formados
informação para a proteína a ser sintetizada, motivo pelo qual são geneticamente iguais aos seus progenitores, caso não
constituem o RNA após o processamento. ocorram mutações.

2. Opção A. Analisando os fragmentos A e B, constata-se 1.2 Vantagem da reprodução assexuada (uma das
que ocorre a deleção de um codogene, ou seja, de um seguintes): permite um crescimento muito rápido da
tripleto completo de DNA. Neste caso, esta deleção tem população; não depende da existência de um parceiro nas
como consequência a eliminação de um aminoácido, o que é proximidades (e isto é vantajoso para indivíduos mais
reconhecido pela célula, que elimina (degrada) a proteína. isolados ou populações com poucos indivíduos); é um
processo mais rápido, mais simples e que exige menos
3. Opção C. Uma vez que o código genético é redundante, ou recursos do que a reprodução sexuada. Desvantagem da
seja, o mesmo aminoácido pode ser codificado por diferentes reprodução assexuada (uma das seguintes): a diversidade
codões, caso a mutação ocorra em codões sinónimos, o aa. genética na população é muito baixa, o que torna a
será o mesmo e a proteína também, logo não tem impacto população muito vulnerável a infeções e doenças; a reduzida
sobre a proteína, designando-se por isso mutação silenciosa. variabilidade torna difícil ou impossível a adaptação a novas
condições ambientais.
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que se pretende preservar e comercializar. Assim,
2. Opção C. I é falsa, pois a multiplicação vegetativa apenas conhecendo bem as condições mais favoráveis à reprodução
existe nas plantas. II é falsa, pois na gemulação formam-se por estacaria da planta em causa, consegue-se produzir a
gomos ou gemas, ou seja protuberâncias no progenitor, não partir de uma única planta-mãe várias plantas--filhas com
se dividindo este em duas partes iguais. características idênticas.

3. (a) - (3); (b) - (1); (c) - (4).


Domínio 8 - Unidade 2 - Reprodução sexuada
4. D-C-E-A-B. Na técnica de micropropagação vegetativa é
realizado um explante de um tecido meristemático (D), pois 1.1 Opção B. A reprodução sexuada envolve a união de
tem capacidade de divisão celular. Posteriormente, forma-se gâmetas, o que permite o aumento da variabilidade genética,
o tecido caloso (C), que cresce sucessivamente, por mitose pois ocorre fecundação e meiose.
(E), originando embriões (A). Por multiplicação vegetativa, as
plântulas crescem e foram novas plantas (B). 2.1 Opção D. O caracol produz os dois tipos de gâmetas,
todavia, não consegue realizar a autofecundação, sendo
5. Opção A. I é falsa porque na gemulação forma-se um designado hermafrodita insuficiente, ou seja, realiza
gomo/gema no progenitor, que se liberta do mesmo e fecundação cruzada com outro indivíduo da mesma espécie.
continua os processos de divisão mitótica. III é falsa, pois os
clones são formados apenas por mitoses sucessivas, não 2.2 Opção C. A fecundação cruzada permite a união de
havendo variabilidade genética na descendência. gâmetas de seres vivos com constituições génicas diferentes,
o que contribui para o aumento da variabilidade genética da
6. Opção B. A esporulação é uma estratégia de reprodução população, constituindo isso uma vantagem evolutiva. Maior
assexuada, em que estão envolvidos os esporos, células variabilidade significa maior versatilidade e maior capacidade
especializadas. de adaptação e sobrevivência a condições ambientais em
mudança.
7.1 H. pylori reproduz-se assexuadamente por cissiparidade /
divisão binária, ou seja, quando encontra condições ótimas, 3. Opção C. Na reprodução sexuada ocorre união de células
como é o caso do ambiente do estômago humano, pode haploides, os gâmetas, formando-se uma célula diploide,
proliferar rapidamente, originando grande descendência num permitindo assim manter o cariótipo da espécie.
curto período de tempo. Assim, geralmente é detetada
associada a sintomas gástricos, e deve ser erradicada 4. Opção B. II é falsa, pois nas plantas os gâmetas são
convenientemente, de modo a minimizar os efeitos produzidos em gametângios. III é falsa, pois o zigoto é
secundários associados a esta infeção (que em algumas sempre uma célula diploide, uma vez que resulta da união de
pessoas podem passar pelo desenvolvimento de gastrites, duas células haploides (os gâmetas).
úlceras ou até mesmo de cancro do estômago).
5.1 Opção D. Na figura 1 está representada a meiose,
8.1 Nos processos representados não há união de gâmetas processo celular no qual se formam quatro células haploides
(não há fecundação). a partir de uma célula diploide inicial e após duas divisões
consecutivas.
8.2 A - Bipartição; B - Esporulação; C - Gemulação.
5.2 Opção C. A letra A corresponde ao nucléolo, que está no
8.3.1 No processo A obtêm-se dois, e no processo C interior do núcleo e que se irá desorganizar no final da
também, em termos absolutos. prófase I. A letra C corresponde ao fuso acromático,
responsável pela movimentação dos cromossomas. A letra E
8.3.2 No processo A, o progenitor perde a individualidade e corresponde aos centríolos que se duplicaram antes de a
no C não. meiose iniciar e são responsáveis peta formação do fuso
acromático, nas células eucarióticas animais, como a que
8.3.3 No processo A, os descendentes são iguais ao está representada.
progenitor e resultaram da sua divisão em dois. No processo
C, o descendente é geralmente de menores dimensões que o 5.3 Opção D. Em I está representada a metáfase I, uma vez
progenitor. que os cromossomas ainda apresentam dois cromatídeos
cada e são os pontos de quiasma que formam a placa
8.4 O processo representado pela letra B é a esporulação. equatorial, contrariamente ao que acontece em metáfase II,
Neste processo estão envolvidas estruturas reprodutoras, os na qual são os centrómeros que formam a mesma.
esporângios, onde se formam os esporos. Estes, ao serem
libertados, germinam (por mitoses sucessivas) e originam 5.4 Número 5, pois formam-se quatro células.
novos seres, desde que as condições do meio sejam
favoráveis. 6.1 Opção A. A letra A corresponde à meiose, pois verifica-se
a redução do número de cromossomas para metade,
9.1 As estrelas-do-mar têm elevada capacidade de formando-se quatro células haploides, que podem ser os
regeneração, pelo que originam novos indivíduos a partir de gâmetas, representados pela letra D. Os gâmetas unem-se
fragmentos do indivíduo original. Quando os pescadores as num processo designado fecundação, representado pela letra
fragmentavam e atiravam ao mar, pensavam que as estavam B, e forma-se o ovo ou zigoto, pois ocorre duplicação
a matar, mas afinal estavam a contribuir (sem saber) para a cromossómica, tal como está representado pela letra C.
sua reprodução.
7. Opção B. II é falsa porque nos animais a ocorrência ou não
9.2 Reprodução assexuada por fragmentação. de citocinese não vai interferir com a recombinação genica,
mas sim com o número de núcleos ou de conjuntos de
10.1 Opção B. Com esta atividade experimental pretendeu-se cromossomas que a célula irá possuir, pois se não ocorrer, a
compreender se a temperatura afeta a multiplicação célula ficará polinucleada. Os processos que contribuem para
vegetativa das hortênsias. o aumento da variabilidade genética na reprodução sexuada
dos animais ocorrem antes da citocinese. Já nas plantas, a
10.2 Na floricultura pretende-se obter rapidamente um poliploidia, ou seja, a existência de mais de dois genomas no
elevado de plantas idênticas e que tenham as características mesmo núcleo, é de ocorrência comum, tendo
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desempenhado um importante papel na origem e evolução 2. Opção B. Com o algarismo 6 está representado o
de plantas silvestres e cultivadas. anterídio, no interior do qual se desenvolvem os
anterozoides, que se movem até à oosfera.
8. Opção D. Os cromossomas que se formam em cada um
dos núcleos após a meiose possuem informação genética 3. A diplófase, representada pela planta adulta, o polipódio
diferente, uma vez que ocorreu crossing-over na prófase I e (1); é mais desenvolvida. O protalo (5) representa a
segregação aleatória dos cromossomas homólogos, durante haplófase, que é menos desenvolvida.
a anáfase I, o que origina cromossomas com constituições
génicas diferentes. 4. Opção B. O processo A é a meiose, pois no ciclo de vida
haplodiplonte esta é pré-espórica e ocorre nas células mãe
9. Opção A. As células somáticas são diploides, por isso dos esporos, que se encontram no interior dos esporângios.
possuem cromossomas homólogos, logo em metáfase I cada O processo B corresponde à mitose, uma vez que a estrutura
célula possui 20 pares de cromossomas e 80 cromatídeos, representada passa de unicelular para multicelular, ou seja,
uma vez que antes de iniciar a meiose ocorreu replicação do os esporos germinam e formam o protelo, no qual estão os
DNA, ou seja, cada cromossoma de cada par de homólogos gametângios masculinos e femininos, nos quais se produzem
passou a ser constituído por dois cromatídeos. os gâmetas, que se unem, tal como é evidente em C, que
representa a fecundação.
10. O crossing-over permite a recombinação
intracromossómica de cada par de bivalente (cromossomas 5. Opção D. A célula assinalada com o algarismo 9 é a
homólogos). A orientação aleatória dos bivalentes e o oosfera, pois está em haplófase, no interior do arquegónio,
alinhamento dos cromatídeos, ambos na placa equatorial, sendo percetível a deslocação dos anterozoides até esta
aumentam a probabilidade de novas combinações estrutura.
cromossómicas.
6. A E F B C D G H. Iniciando o ciclo de vida na fecundação
11. A D B C G F E. A meiose inicia-se com o (A), forma-se o ovo ou zigoto (E), que passa por mitoses
emparelhamento dos cromossomas homólogos, e nas sucessivas e forma o esporófito, ou seja, a entidade
sinapses entre os cromatídeos de dois cromossomas multicelular da fase diploide (B). No esporófito encontram-se
homólogos (A) pode ocorrer crossing-over (D). os soros, conjuntos de esporângios, que contêm as células-
Seguidamente, forma-se o fuso acromático (B) , que permite mãe dos esporos, que sofrem meiose (C), formando-se os
que os cromossomas homólogos se disponham no plano esporos, células haploides (D). Estes esporos germinam, por
equatorial da célula, com os pontos de quiasma a formarem a mitoses sucessivas e formam o protelo, estrutura multicelular
placa equatorial. Seguidamente ocorre segregação dos haploide deste ciclo de vida (G). No protelo encontram-se os
cromossomas homólogos para polos opostos da célula (C), gametângios masculino e feminino, nos quais são formados
ocorrendo a redução do número de cromossomas para os gâmetas (H), que se unem - fecundação - e forma-se um
metade - anáfase I (G). Após a prófase II, os cromatídeos de novo ovo ou zigoto, recomeçando o ciclo.
cada cromossoma dispõem-se com os centrómeros no plano
equatorial (F). Posteriormente, os cromatídeos separam-se e 7. Opção B. As células representadas pelo algarismo 4 são
após a citocinese formam-se quatro células haploides (E). os esporos, resultando de meiose, ou seja, são haploides.
Após a sua formação, os esporos germinam, por mitoses
12. Opção C. Na meiose ocorrem duas divisões sucessivas: sucessivas.
a divisão I, também designada divisão reducional, após a
qual o número de cromossomas diminui para metade, e 8. No ciclo de vida do polipódio a meiose é pré-espórica; no
consequentemente a quantidade de DNA por lote de ciclo de vida da espécie humana é pré-gamética. No ciclo de
cromossomas também reduz para metade; e a divisão II, vida do polipódio, a fase diploide é mais desenvolvida do que
também designada divisão equacional, durante a qual os a haploide, apesar de esta ser representada por uma
cromatídeos de cada cromossoma se separam, ocorrendo entidade multicelular autotrófica; no ciclo de vida da espécie
nova redução de DNA por lote de cromossomas, para humana, a fase diploide é muito mais desenvolvida do que a
metade. Assim, as letras b e d correspondem a essas duas haploide, estando esta última limitada aos gâmetas. No ciclo
reduções na quantidade de DNA. de vida do polipódio, a entidade adulta é produtora de
esporos. No ciclo de vida da espécie humana, os indivíduos
13. Opção A. I é falsa porque os quatro núcleos haploides adultos, masculino e feminino, são produtores de gâmetas.
formam-se na telófase II (na telófase I apenas se formam No ciclo de vida do polipódio, a fecundação é dependente da
dois núcleos haploides), sendo que cada cromossoma ainda água; no ciclo de vida da espécie humana, a fecundação não
é constituído por dois cromatídeos. é dependente da água do meio, pois resulta de uma cópula,
sendo fecundação interna.
14. Com a fecundação, ocorre a duplicação do número de
cromossomas formando-se um zigoto com 2n cromossomas, 9. Opção D. O ciclo de vida da espirogira é haplonte, com
o número característico da espécie. Assim, é necessário que meiose pós-zigótica. Por sua vez, o ciclo de vida do polipódio
os gâmetas tenham metade desse número, isto é, sejam é haplodiplonte, sendo a meiose pré-espórica. Assim, a
células haploides, para que haja constância no número de semelhança entre ambos reside no facto de o zigoto ser uma
cromossomas da espécie, de geração em geração. O célula diploide.
mecanismo que o garante é a melose.
Teste 2
Domínio 8 – Unidade 2 – Ciclos de vida
assexuada Grupo I
1. A reprodução assexuada permite um rápido crescimento
da população, o que é vantajoso quando as condições do
1.1 Opção C. A meiose origina esporos. O ciclo de vida do
meio são favoráveis. Contudo, ao não contribuir para a
polipódio é haplodiplonte, uma vez que existem duas
variabilidade genética das populações pode levá-las ao
entidades multicelulares, uma em haplófase e outra em
desaparecimento e até à extinção da espécie. A reprodução
diplófase, sendo a meiose pré-espórica.
sexuada contribui para a variabilidade genética das
populações, o que se pode tornar favorável em termos de
adaptação ao meio, aumentando a capacidade de
66
sobrevivência e de reprodução. Mas, em populações muito 4. E - B - A - C - D. A meiose contempla duas divisões
isoladas e com um número reduzido de indivíduos a sucessivas, sendo a primeira reducional e a segunda
reprodução sexuada pode ser difícil de concretizar com equacional. Assim, inicialmente, os cromossomas homólogos
sucesso e constituir assim um fator responsável por uma emparelham, formando díadas cromossómicas (E), entre as
diminuição drástica da população. quais podem ocorrer trocas de segmentos génicos, crossing-
over (B). Posteriormente, na anáfase I, os cromossomas
2. Opção C. Na reprodução assexuada, os novos indivíduos homólogos são segregados para poios opostos da célula,
formam-se sem que ocorra a união de gâmetas (sem células formando-se dois núcleos haploides (A). Durante a metáfase
sexuais especializadas), não ocorrendo fecundação. II, os cromossomas, constituídos por dois cromatídeos cada,
alinham-se no plano equatorial, com os centrómeros a
3. Opção D. Na reprodução sexuada ocorre fecundação, ou formarem a placa equatorial (C). Após a anáfase II, no final
seja, ocorre a união de células sexuais especializadas, da meiose formam-se quatro células haploides (D).
designadas gâmetas.
Grupo III
4. Opção A. De acordo com o texto, a partenogénese é uma
estratégia de reprodução assexuada, na qual os novos 1. Opção C. No caso dos salmões-do-atlântico, a fêmea e o
indivíduos se formam a partir de óvulos não fecundados, ou macho depositam as células sexuais no meio.
seja, a partir de células sexuais femininas.
2. Opção A. Os machos lançam os gâmetas masculinos
5. Opção B. Quando as dáfnias têm muito alimento (espermatozoides) no meio, tal como as fêmeas, ocorrendo a
disponível, reproduzem-se assexuadamente, pois é um fecundação fora do organismo, sendo externa.
processo menos dispendioso energeticamente e mais rápido,
permitindo obter mais descendentes num curto período de 3. Opção D. O salmão é um animal, por isso, o seu cicio de
tempo. vida é diplonte, com meiose pré-gamética e a diplófase é
mais desenvolvida, uma vez que a haplófase se restringe aos
6.1 A partir da multiplicação vegetativa é possível obter gâmetas.
rapidamente e em grande número plantas com uma
determinada característica que se pretende preservar. 4.1 O fenómeno em evidência é o crossing-over.

6.2 Opção A. As células obtidas possuem grande capacidade 4.2 O crossing-over é o mecanismo responsável pela
de multiplicação, pois são células nas quais ocorrem mitoses recombinação genética, pois permite a recombinação
sucessivas. intracromossómica de cada par de bivalentes. Contribui para
o aumento das combinações possíveis entre os genes do par
6.3 Opção B. As células de uma nova planta obtida através de cromossomas homólogos. Ao promover a variabilidade
de multiplicação vegetativa são todas geneticamente iguais dos gâmetas, está a contribuir para o aumento da
às células da planta que foi multiplicada, pois é esta que variabilidade dos indivíduos da população.
contém a informação genética para as caraterísticas da nova
planta. 4.3 Opção C. Durante a anáfase I segregam-se os
cromossomas homólogos, logo, Q separa-se de Q'. Durante a
Grupo II anáfase II separam-se os cromatídeos de cada cromossoma,
ou seja, separa-se Q de q.
1.1 Opção B. O esporo resistente germina, formando vários
esporos, ou seja, sofre mitoses sucessivas que permitem a Grupo IV
sua rápida proliferação.
1. Opção D. O dióspiro é o fruto de uma planta, logo o ciclo
1.2 Opção C. O hospedeiro dos microsporídeos é o ser de vida é haplodiplonte, sendo a meiose pré-espórica e o
humano, cujo ciclo de vida é diplonte (como o de todos os esporófito é diplonte, sendo o gametófito haplonte.
animais, incluindo o do rato usado nesta experiência), sendo
a meiose pré-gamética e a entidade multicelular encontra-se 2. Opção A. A espécie é dioica, pois tem a parte masculina e
em diplófase. a feminina em plantas diferentes, ou seja, há plantas que são
masculinas e outras que são femininas. Assim, os
1.3 Opção A. Para que a experiência seja fiável, terão de ser gametângios são distintos de planta para planta, consoante
usados ratos adultos, tal como no grupo experimental. No se trate de uma planta masculina ou feminina.
grupo controlo existiriam ratos não imunossuprimidos, ou
seja, não sujeitos a dexametasona, mas inoculados com os 3. Opção B. O OGI é um gene, ou seja, é uma sequência de
esporos de E. cuniculi. DNA. Assim, os seus monómeros são desoxirribonucleótidos.

1.4 Opção A. Os ratos sujeitos a tratamento imunossupressor 4. (a) - (5); (b) - (1); (c) - (4).
apresentam maiores valores absolutos no número de lesões,
o que indica que são mais suscetíveis ao microsporídeo em 5. E - A - C - D - B. Nas plantas, o ciclo de vida é
estudo. haplodiplonte, existindo uma geração esporófita e uma
geração gametófita. A entidade unicelular diploide é o ovo ou
2. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (3). zigoto, motivo pelo qual será a última estrutura a formar-se,
de acordo com o enunciado do item. Inicialmente existe uma
3. A criação de animais imunossuprimidos em laboratório entidade multicelular diploide (E), o esporófito, no qual se
permite recriar as condições nas quais E. cuniculi costuma formam esporos (A), por meiose, que germinam (C), por
infetar um hospedeiro, uma vez que este microsporídeo mitoses sucessivas, formando uma entidade multicelular
tende a infetar indivíduos imunossuprimidos. Assim, cria-se haploide, o gametófito, que possui gametângios, onde se
um modelo biológico passível de ser objeto de formam os gâmetas/células sexuais, que se unem (D) e
experimentações que permitam compreender melhor o formam o zigoto (B), pela fecundação.
mecanismo de atuação do microsporídeo e desenvolver
fármacos capazes de combater a microsporidiose. 6. O gene OGI codifica um pequeno pedaço de RNA que
impede a ativação do gene feminizante MeGI, permitindo a
produção de pólen. Se existe produção de pólen em flores
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que antes eram apenas femininas, aumenta a probabilidade
de ocorrer autopolinização e polinização cruzada diferente, o 9. Opção B. Os seres eucariontes terão surgido depois dos
que permite uma maior variabilidade genética e, seres procariontes, uma vez que evoluíram a partir destes. O
consequentemente, maior sucesso evolutivo da espécie. aparecimento de seres coloniais proporcionou a evolução
para a multicelularidade, uma vez que foi ocorrendo
especialização celular.
Domínio 9 – Unidade 1 – Origem dos
eucariontes 10. De acordo com o modelo autogénico, os seres
eucariontes resultaram de invaginações sucessivas da
1.1 Três de entre as seguintes: As mitocôndrias e os membrana celular dos seres procariontes, formando os
cloroplastos têm divisão autónoma; o DNA das mitocôndrias diversos organelos celulares.
e dos cloroplastos não está associado a histonas, tendo uma
estrutura semelhante ao DNA bacteriano; as substâncias que 11. Se estas substâncias inibem a síntese proteica apenas
inibem a síntese proteica nas mitocôndrias, nos cloroplastos nos procariontes, nos cloroplastos e nas mitocôndrias, e não
e nas bactérias não inibem a síntese proteica no citoplasma inibem a síntese proteica no citoplasma dos eucariontes, é
dos eucariontes; o aminoácido de iniciação da síntese porque existe algo em comum nos primeiros. Para haver
proteica é o mesmo nas mitocôndrias, nos cloroplastos e nas síntese proteica tem de haver tradução e, antes, tem de
bactérias, sendo diferente do da síntese proteica que ocorre ocorrer transcrição do DNA para mRNA. Ou seja, este
no citoplasma dos eucariotas; as mitocôndrias e os argumento aponta para uma proximidade genética entre as
cloroplastos têm dimensões semelhantes às das bactérias. mitocôndrias, os cloroplastos e os procariontes, apoiando a
hipótese de estes organelos terem tido origem em
2. Os ancestrais procariontes estabeleceram, entre si, procariontes ancestrais, que seriam heterotróficos aeróbios e
associações obrigatórias com benefício para os seres que terão desenvolvido relações de simbiose com uma célula
envolvidos. O DNA nuclear é diferente do DNA mitocondrial e hospedeira.
do DNA cloroplastidial.
12.1 O aumento de volume celular faz diminuir a razão
2.1 No que se refere à coordenação: «... cada uma das área/volume da célula.
células possui flagelos que, batendo em sincronia, permitem
o movimento da colónia.» Relativamente à especialização: 12.2 A diminuição da razão área/volume leva a que a célula
«... algumas células que desenvolveram a capacidade de se tenha menos área disponível para efetuar as trocas com o
reproduzir...». meio extracelular. Deste modo, as trocas não são realizadas
de igual forma, ou seja não se realizam com a mesma
2.2 Colónias são grupos de células que se mantêm juntas, eficácia, pois nem todas as zonas da célula são equidistantes
podendo desenvolver algumas ações distintas concertadas da superfície.
ou coordenadas, mas não apresentam uma verdadeira
especialização em funções distintas, como acontece num 13. E - A - B - C - D. De acordo com o modelo
tecido, em que as células se mantêm interligadas e endossimbiótico, proposto por Lynn Margulis, as células
interdependentes. procarióticas heterotróficas aeróbias foram incorporadas por
procariontes de maiores dimensões (E), resistindo à
3. Por exemplo: manutenção da área necessária para realizar fagocitose e estabelecendo-se uma relação de simbiose (A).
as trocas com o meio; diminuição da taxa metabólica; Posteriormente, ocorreu incorporação de procariontes
aumento da diversidade; aparecimento da especialização e fotoautotróficos (B), que também estabeleceram simbiose e
diferenciação celular; aumento da capacidade de resistência evoluíram para os plastos das células eucarióticas (C).
a alterações ambientais (maior independência do meio). Algumas células eucarióticas evoluem para ter os dois
organitos: mitocôndrias e cloroplastos (D).
4. Opção C. Em Volvox não existe verdadeira diferenciação e
especialização celular, motivo pelo qual não é considerado 14.1 Opção A. Os seres vivos mais antigos e mais simples
um ser vivo multicelular. que se conhecem já conseguiam realizar a fotossíntese,
como é o caso dos semelhantes às atuais cianobactérias,
5. Opção D. III é falsa, uma vez que o aumento do número de apesar de não terem capacidade para realizar a respiração
células permite uma otimização da relação área/volume, aeróbia. Assim, pensa-se que a fotossíntese será um
facilitando as trocas com o meio. processo metabólico anterior à respiração aeróbia.

6. Todas as células eucarióticas apresentam mitocôndrias. 14.2 Opção C. De acordo com o modelo endossimbiótico, é
Apenas as células eucarióticas vegetais apresentam explicada a origem das mitocôndrias e cloroplastos,
cloroplastos. Por isso, provavelmente primeiro terá ocorrido associando a vantagens de uma (endos)simbiose.
uma simbiose com bactérias aeróbias (que evoluíram depois
para mitocôndrias), e, posteriormente, algumas células 15. A multicelularidade implica maior ou menor diferenciação
estabeleceram simbiose com bactérias precursoras dos celular, ou seja, as células adquirem formas e/ou funções
cloroplastos. específicas pela ativação/inativação de genes. Assim, a
multicelularidade vai permitir que as formas de vida sejam
7. Opção C. Os primeiros seres vivos seriam procariontes e mais diversificadas.
unicelulares. Posteriormente, estes evoluíram para
eucariontes unicelulares, passando depois a coloniais, 16.1 De acordo com o modelo endossimbiótico, os seres
revelando-se esta associação vantajosa; os eucariontes eucariontes resultaram do estabelecimento de relações
multicelulares surgiram mais tarde. endossimbióticas entre seres procariontes, originando desta
maneira as mitocôndrias e os cloroplastos das células
8. Opção C. Os modelos autogénico e endossimbiótico eucarióticas. Elysia chlorotica estabelece relações de
pretendem explicar o aparecimento dos seres vivos endossimbiose com uma alga multicelular na atualidade, o
eucariontes a partir dos seres vivos procariontes., que contribui para validar este modelo, pois demonstra que
nomeadamente o aparecimento dos organelos dos as endossimbioses são possíveis e existe mesmo uma
eucariontes (e todos os organelos membranares), como as comprovada na atualidade, embora seja entre dois seres
mitocôndrias e os cloroplastos. eucariontes.

68
Domínio 9 – Unidade 2 – Mecanismos de 13. Na reprodução sexuada existem dois fenómenos que
contribuem para a variabilidade genética: a meiose - a
evolução ocorrência de crossing-over e a segregação aleatória dos
cromossomas homólogos (divisão I) e dos cromatídeos
1.1 Opção A. De acordo com o fixismo, as espécies (divisão II) permitem combinações variadas e únicas nas
permanecem imutáveis desde a sua formação, células que resultam da meiose -; e a fecundação - em que
contrariamente ao evolucionismo que admite que as espécies há uma união aleatória dos gâmetas resultantes da
vão evoluindo ao longo do tempo, de forma lenta e gradual. diversidade gerada pela meiose em cada progenitor.
2. (a) - (4); (b) - (1); (c) - (5). 14.1 Opção C. De acordo com a teoria sintética da evolução,
os principais fatores evolutivos são as mutações, a
3. Opção C. Os dados biogeográficos recorrem à recombinação genica, decorrente da meiose e da
comparação de seres vivos de espécies semelhantes/ fecundação, e a seleção natural.
aparentadas em regiões geográficas distintas. Por exempto,
regiões como a Austrália e África têm mamíferos muito 14.2 Opção C. Os antibióticos atuam sobre as bactérias,
diferentes, o que estará relacionado com uma evolução destruindo-as. Porém, algumas delas apresentam resistência
divergente e isolada em ambos os continentes devido à e são estas que sobrevivem, reproduzindo-se e aumentando
deriva continental. o seu número na população.

4. Para Lamarck, o meio criava, em cada indivíduo, a 15. Opção C. é falsa, pois a deriva genética ocorre em
necessidade de se adaptar ás mudanças que ocorriam nesse populações pequenas, sendo responsável pela alteração do
meio. Ou seja, o meu criava a necessidade nos indivíduos, fundo genético das mesmas, e ocorre aleatoriamente. II é
forçando-os a mudar. Segundo Darwin, numa população, falsa, pois a migração não é um fenómeno aleatório.
existiam indivíduos com características diferentes
(variabilidade intraespecífica) e o meio selecionava os 16. Nas populações existe variabilidade intraespecífica:
indivíduos portadores das características mais vantajosas existiriam moscas com asas mais desenvolvidas e moscas
(mais aptos) - seleção natural. Deste modo, segundo Darwin, com asas atrofiadas (sem asas). Numa ilha muito fustigada
o meio atua como agente selecionador dos indivíduos mais pelo vento, as moscas que não tinham asas caminhariam
aptos a cada momento. pelo solo (por exemplo), não sendo assim arrastadas pelo
vento, sendo por isso mais aptas. Consequentemente,
5. Opção D. De acordo com o darwinismo, a seleção natural reproduziam-se mais, o que terá levado a um aumento
atua sobre os indivíduos de uma população, que têm gradual desta característica na população.
diversidade intraespecífica, sendo selecionados os mais
aptos naquelas condições do meio. 17.1 (a) - (5); (b) - (1); (c) - (2).

6. Opção C. As estruturas homólogas estão associadas a 17.2 A existência de cruzamentos exclusivamente entre
evolução divergente, em que as estruturas anatómicas têm a indivíduos da mesma comunidade contribui para uma menor
mesma origem, porém, podem desempenhar funções diversidade genética nesta população. A proximidade
distintas. As estruturas análogas têm origem embrionária genética entre os indivíduos desta comunidade é responsável
distinta, mas executam funções semelhantes, sendo pelo aparecimento de uma maior percentagem de indivíduos
resultado de um processo de evolução convergente. com esta doença.

7. Opção B. As grandes diferenças observadas nos 18. Opção D. Quanto maior for a diversidade genética de
mamíferos do continente australiano, relativamente aos que uma população, maior será o seu fundo genético, ou seja, a
existem no continente africano, referem-se a dados variedade de genes dessa mesma população. Assim, se a
biogeográficos, uma vez que estas diferenças decorrem da variabilidade é maior, maiores serão as probabilidades de
fragmentação da Pangea, o que implicou mudanças sobrevivência, face a condições adversas do meio.
significativas no habitat e evoluções independentes em
populações que ficaram isoladas geograficamente. 19.1 O número de traças escuras diminui à medida que
aumenta a distância, em quilómetros, ao centro da cidade,
8. Opção A. Os dados citológicos referem-se à existência da precisamente porque a redução da poluição atmosférica
célula como unidade básica da vida, ou seja, comum a todos permite o aumento do número de líquenes claros nos troncos
os seres vivos. das árvores. Durante o dia, as traças descansam sobre a
casca das árvores cobertas. Quanto mais líquenes os troncos
9. Opção D. Os dados paleontológicos, ou seja, os que são das árvores tiverem, mais claros são e mais visíveis ficam as
fornecidos através do estudo dos fósseis, ajudam a traças escuras, constituindo assim presas fáceis para as aves
comprovar o evolucionismo, pois é possível estabelecer a suas predadoras.
existência de ancestrais comuns aos seres vivos que habitam
o planeta. 19.2 À medida que a distância ao centro da cidade aumenta,
a percentagem de traças de cor clara também aumenta. Isto
10.1 Opção C. As estruturas homólogas têm a mesma origem acontece porque o número de líquenes nos troncos também
embrionária, partilhando o mesmo padrão anatómico, aumenta, pois a poluição atmosférica diminui, e assim as
podendo apresentar forma e tamanho diferentes. traças claras ficam menos visíveis nos troncos claros, pelo
que não são facilmente predadas.
10.2 Opção B. As estruturas análogas resultam de evolução
convergente, uma vez que têm origem embrionária diferente, 20. Opção C. A deriva genética corresponde a um fenómeno
mas executam a mesma função. aleatório, responsável peta evolução de populações
pequenas.
11. Estruturas vestigiais.
21. Opção A. A migração não ocorre aleatoriamente, mas a
12. Opção D. O neodarwinismo introduz conceitos de deriva genética sim. A migração pressupõe um fenómeno
genética, essenciais para compreender a variabilidade não aleatório.
intraespecífica que Darwin não conseguia explicar com os
conhecimentos que existiam na sua época.

69
22. Opção B. II é falsa, pois é possível verificar pela análise
da figura 2 que do passado até ao presente foram sendo 8.3 Opção D. As semelhanças entre os seres vivos serão
selecionadas as chitas com menor peso, por seleção natural. tanto maiores quanto maior o número de taxa em comum que
possuem. Assim, serão mais semelhantes se pertencerem à
23.1. O cão. mesma espécie, pois partilham todos os taxa acima deste
taxon.
23.2 A hemoglobina do cão e a do ser humano diferem
menos (16,3%) que todas as dos restantes vertebrados 8.4 Opção D. I é falsa porque os seres vivos da mesma
comparados. Os estudos comparativos de proteínas em classe, apenas partilham todos os taxa acima da classe,
diferentes seres vivos têm permitido estabelecer graus de inclusive (e família está abaixo de classe). II é falsa, pois o
parentesco entre eles. É o DNA que determina a síntese das ancestral comum será tanto mais próximo quanto mais taxa
proteínas de cada ser vivo. Assim, quanto mais semelhantes os seres vivos partilharem, e dois seres vivos da mesma
forem as proteínas existentes em diferentes espécies, família também são da mesma ordem.
maiores serão as semelhanças entre os seus ácidos
nucleicos, podendo inferir-se que maiores serão os seus 8.5 Opção A. Da espécie para o reino, a diversidade de seres
graus de parentesco, ou seja, estão mais próximos vivos aumenta, uma vez que se vai do mais específico para o
filogeneticamente. menos específico, sendo os seres vivos menos semelhantes
entre si, motivo pelo qual a uniformidade diminui.
Domínio 10 – Unidade 1 – Sistemas de 9.1 Opção C. A unidade biológica de classificação é a
classificação espécie, uma vez que tem uma definição biológica bem
explícita, ou seja, indivíduos pertencem à mesma espécie se
1.1 Opção D. Lineu utilizou um sistema de classificação forem semelhantes entre si e se reproduzirem, originando
artificial, uma vez que separou os diferentes grupos com descendência fértil.
base num número reduzido de características e sem
considerar qualquer parentesco entre os seres vivos. 9.2 Opção B. II é falsa, pois na figura estão representadas
quatro famílias, correspondentes ao algarismo 3.
1.2 Opção B. A nomenclatura da espécie é binominal, sendo
que o primeiro conceito se refere ao nome do género e o 10.1 A - Filo; B - Classe; C - Ordem; D - Família; E - Género;
segundo se refere ao restritivo específico. F - Espécie; G - Animalia; H - Amphibia; I - Rana.

2. Lineu era fixista, uma vez que defendia que as espécies se 10.2 Opção B. O nome científico de qualquer espécie é
mantinham inalteráveis/imutáveis ao longo do tempo. binominal, ou seja, é formado por duas palavras: o nome do
Organizou os seres vivos em grupos taxonómicos, de acordo género e o restritivo específico.
com as semelhanças nas características que apresentavam,
as quais, mesmo que indiretamente, evidenciam um grau 10.3 A universalidade das regras de nomenclatura científica
parentesco entre os seres vivos. permite o entendimento entre todos os cientistas, de qualquer
parte do mundo. Permite ainda uma maior clareza e rigor na
3. Opção B. As classificações são consideradas racionais linguagem científica, tornando-a constante no tempo (embora
quando têm por base características morfofisiológicas dos a nomenclatura possa ser sujeita a revisões decorrentes da
seres vivos. Se o número de características utilizadas for aquisição de novos conhecimentos).
elevado, esta classificação é considera natural.
Domínio 10 – Unidade 2 – Sistema de
4. Opção A. Os sistemas de classificação verticais têm em
consideração o fator tempo, contrariamente aos sistemas de classificação de Whittaker
classificação horizontais.
1.1 Opção B. Woese propôs uma categoria taxonómica
5.1 Opção C. O sistema de classificação representado na superior ao reino, o domínio. Nesta classificação, os seres
figura 1 tem em consideração o fator tempo, bem como as vivos do domínio Archaea são procariontes que apresentam
relações filogenéticas entre os seres vivos. maior semelhança com os seres vivos pertencentes ao
domínio Eukarya.
5.2 Opção C. Os seres vivos mais aparentados entre si são
aqueles que partilham mais ancestrais em comum, ou seja, 2. Opção D. A classificação proposta por Woese baseia-se
neste caso, os cordados e os equinodermes, que divergiram em dados de Biologia Molecular, através do estudo de RNA
mais tarde, em termos fitogenéticos. ribossomal.

6. Vantagem dos sistemas artificiais: permitem uma 3. Argumento a favor: baseia-se em dados de Biologia
classificação mais rápida, Desvantagem dos sistemas Molecular, nomeadamente do rRNA, que são critérios muito
artificiais: constitui-se um número restrito de grupos muito fidedignos e rigorosos, Argumento contra: baseia-se num
heterogéneos. Vantagem dos sistemas naturais: permitem reduzido número de critérios.
formar grupos em que os indivíduos têm um elevado grau de
semelhança e de relacionamento. Desvantagem dos 4. Opção B. O sistema de classificação de Whittaker tem
sistemas naturais: é uma classificação mais demorada, pois como critérios de classificação: o nível de organização
envolve várias áreas do saber. celular, o tipo de nutrição e o tipo de interação nos
ecossistemas.
7. Opção B. A afirmação II é falsa, pois pela análise da figura
2 constata-se que o cão está filogeneticamente muito 5. Opção B. II é falsa, pois o domínio Eukarya inclui apenas
afastado da lampreia. seres vivos eucariontes.

8.1 A - Espécie; C - Família; F- Filo. 6. (a) - (3); (b) - (1); (c) - (2).

8.2 Reino (G) - Filo (F) - Classe (E) - Ordem (D) - Família (C) 7. Desde que surgiram as primeiras classificações, o
- Género (B) - Espécie (A) conhecimento científico e tecnológico tem sofrido muitos

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desenvolvimentos, pelo que hoje os sistemas de classificação 1.1 Opção D. Chlamydomonas é uma alga unicelular, logo é
usam cada vez mais critérios bioquímicos e genéticos. Estes constituída por apenas uma célula e, de acordo com o texto
critérios são mais rigorosos e refletem com um maior grau de não se organiza colonialmente, executando todas as funções
fiabilidade as relações de parentesco entre os seres vivos e a vitais.
sua evolução.
1.2 Opção B. As algas da família Volvocaceae são haploides,
8. Opção C. III é falsa, pois o reino Protista inclui seres por isso não possuem cromossomas homólogos e são
autotróficos e heterotróficos. Assim, estes seres vivos só eucarióticas, motivo pelo qual os cromossomas (material
serão a base das cadeias alimentares, caso sejam genético) se encontram, maioritariamente, no núcleo.
autotróficos.
1.3 Opção A. Uma vez que todas as Volvocaceae são
9. Opção D. O ser vivo I é multicelular, com elevado grau de eucariontes, mas nem todas são unicelulares, havendo uma
diferenciação, por isso pertence ao reino Plantae. O ser vivo evolução gradual para colónias, que estarão na base da
lI apresenta pouca diferenciação e é microconsumidor, por multicelularidade, então a multicelularidade será posterior ao
isso pertence ao reino Fungi, uma vez que é eucarionte. O aparecimento dos seres eucariontes, a partir de seres
ser vivo III é eucarionte e com baixo grau de diferenciação, procariontes.
por isso, pertencerá ao reino Protista.
1.4 Opções C. De acordo com o modelo autogénico, os seres
10.1 «com alguma diferenciação tecidular» (as plantas têm eucariontes resultaram de sucessivas invaginações da
elevada diferenciação tecidular; a alface-do-mar é protista). membrana celular de seres procariontes, tendo-se formado
desse modo a célula eucariótica e todos os seus organelos.
10.2 «unicelular» (se é unicelular não pode ser do reino
Animal). 2. C - B - E - D - A. De acordo com o texto, as algas mais
simples são unicelulares, ou seja, não se agrupam em
10.3 Opção B. Ambos os seres vivos são eucariontes, motivo colónias. As restantes vão agrupando em colónias
pelo qual se incluem no domínio Eukarya. gradualmente com maior número de células.

3. As algas Volvocaceae pertencem todas à mesma família,


Teste 3 mas é evidente um aumento gradual na complexidade
morfológica e funcional das mesmas, desde as mais simples,
Grupo I como é o caso de Chlamydomonas, até às mais complexas,
como é o caso de Volvox. Esta família de algas demonstra
1. O número de borboletas claras diminuiu bruscamente após que vai ocorrendo um aumento gradual na complexidade de
a Revolução Industrial, enquanto o número de borboletas formas e processos de diferenciação celular, nomeadamente
escuras aumentou. passando pelas formas coloniais, que, provavelmente estarão
na transição entre os unicelulares e os multicelulares. Assim,
2.1 Opção D. O neodarwinismo introduz conceitos de é possível compreender que este terá sido um processo
genética que permitem explicar fenómenos como o da gradual e complexo, tal como é evidenciado nesta família de
variabilidade intraespecífica, que Darwin não conseguia algas.
explicar.
Grupo III
2.2 Opção D. A teoria sintética da evolução, ou
neodarwinismo, considera como fatores evolutivos: as 1.1 Opção A. Analisando a filogenia obtida, constata-se que
mutações, sendo a fonte primária de variabilidade; a M. melanoventer e M. rufiventris são mais próximas
recombinação genica, como sendo a fonte mais próxima de filogeneticamente entre si do que com M. bicolor, pois
variabilidade genética; e a seleção natural, que atua sobre partilham um ancestral comum mais recente.
esta mesma variabilidade, selecionando os mais aptos. A
mitose, a diferenciação celular e o crescimento celular não 1.2 Opção D. A figura representa uma árvore filogenética, ou
são considerados fatores evolutivos. seja, tem em consideração o fator tempo na história evolutiva
deste grupo de seres vivos, sendo um sistema de
2.3 Opção C. Quanto maior for a variabilidade genética de classificação vertical.
uma população, maiores serão as possibilidades de atuação
por parte dos agentes de seleção natural. 1.3 Opção D. Se as abelhas pertencem ao género Rebela,
partilham todos os taxa acima do género, inclusive, mas não
3. (a) - (5); (13) - (1); (c) - (3). partilham os taxo abaixo, como é o caso da espécie e
subespécie.
4. Na população ancestral existia variabilidade
intraespecífica, existindo duas variedades de borboletas na 1.4 Opção B. Em Melipana bicolor, Metipona corresponde ao
população: claras e escuras. Antes da poluição, as nome do género a que pertence a espécie em causa e bicolor
borboletas brancas tinham vantagem adaptativa e corresponde ao restritivo específico.
dominavam na população, pois dissimulavam-se melhor na
casca das árvores, que era igualmente clara, uma vez que 1.5 Opção A. Tal como o DNA dos procariontes, o mtDNA é
estava coberta de líquenes, o que permitia que as borboletas circular, não se encontrando associado a histonas, o que
escapassem aos predadores e se reproduzissem mais sugere que sejam semelhantes, apoiando a hipótese
(reprodução diferencial). Com a Revolução Industrial, os endossimbiótica para o aparecimento dos seres eucariontes.
líquenes, que são muito sensíveis à poluição atmosférica,
foram reduzindo e passaram a ser as borboletas negras as 2. Para reconstruir filogenias é necessário analisar pequenas
que melhor se dissimulavam nas cascas escuras das árvores diferenças no material genético dos seres vivos, quando se
(que não tinham líquenes), pelo que as borboletas pretas recorre aos dados bioquímicos. O facto de o mtDNA mutar
escapavam aos predadores (seleção natural), reproduziam- com elevada rapidez permite que se detetem pequenas
se mais e, por isso, tornaram-se dominantes. diferenças entre os grupos de seres vivos em estudo,
possibilitando a identificação de novas espécies e
Grupo II subespécies.

71
Grupo IV 5. Nos desertos, a percentagem de água no estado líquido é
bastante reduzida. A água é um dos agentes de
1.1 Opção A. Woese criou uma categoria taxonómica meteorização química mais importantes, pois intervém nas
superior ao reino, agrupando as diferentes formas de vida em reações químicas que ocorrem. A água altera as rochas, quer
três domínios: Bacteria, Archae e Eukarya. transformando certos minerais noutros mais estáveis quer por
arrastamento em dissolução de certos minerais que deixam
1.2 Opção C. Nos seus estudos, Woese analisou sequências de fazer parte da rocha.
de rRNA, por isso recorreu a dados bioquímicos.
6. Os materiais transportados pela água sob a forma de
1.3 Opção B. Woese comprovou que Archaea e Eukarya são clastos vão sofrendo alterações no seu tamanho e na sua
mais próximos filogeneticamente, pois partilham ancestrais forma. A dimensão dos detritos vai diminuindo da nascente
comuns mais recentes. até à foz devido, também, à diminuição da energia do agente
1.4 Opção D. Woese utilizou RNA, ou seja, um ácido de transporte. A percentagem de clastos de grão fino vai
nucleico, de cadeia simples. aumentando à medida que aumenta a distância percorrida
desde a nascente.
1.5 Opção D. O domínio Bacteria inclui seres vivos
procariontes, ou seja, seres vivos cujas células possuem 7. Opção A. O calcário é uma rocha sedimentar
membrana plasmática, ribossomas, parede celular e quimiogénica, resultante da precipitação de carbonato de
hialoplasma, não possuindo organelos membranares. cálcio.

2. Opção C. Nos domínios Bacteria e Archaea estão incluídos 8. O carvão e o petróleo são combustíveis fósseis, porque
seres vivos procariontes, que de acordo com o sistema de são utilizados como fonte de energia e se originaram a partir
classificação de Whittaker modificado se incluem no reino da decomposição de restos de seres vivos que se
Monera. acumularam, no passado, em determinados locais do
planeta.
3. Opção B. No sistema de classificação de Whittaker
modificado, é possível encontrar seres vivos com cloroplastos 9. O carvão B apresenta, por combustão, maior poder
nos reinos Protista e Plantae. No reino Plantae todos os calorífico, pois a percentagem de carbono determina o seu
seres vivos são fotoautotróficos; no reino Protista estão poder calorífico. Assim, como este possui maior teor em
incluídas as algas, que também contêm cloroplastos. carbono, terá maior capacidade calorífica.

4. (a) - (5); (b) - (4); (c) - (1).


Domínio 11 – Unidade 2 – Rochas
5. Ao estudar as sequências de rRNA, Woese verificou que sedimentares e reconstituição da história da
as maiores diferenças ao nível de rRNA se encontram entre
os procariontes e não entre os eucariontes, como se pensava Terra
até então, De acordo com a sua classificação, as bactérias
apresentam variações muito mais significativas entre si, do 1.1 Os fósseis correspondem a restos de seres vivos ou
que os eucariontes entre si. Woese e os seus colaboradores vestígios da sua atividade, que ficaram preservados nas
verificaram que existiam um grupo de bactérias, as Archaea, rochas e são contemporâneos da sua génese. Os fósseis
que estavam filogeneticamente mais próximas dos podem ainda ser fósseis de idade, ou seja, corresponderem a
eucariontes do que das outras bactérias. Deste modo, esta seres vivos que viveram num curto período de tempo
proposta entrou em conflito com a ideia que existia na altura geológico, bem como fósseis de fácies, ajudando a
de que as grandes diferenças estariam na passagem de determinar os paleoambientes, uma vez que tiveram uma
procariontes para eucariontes, algo que o rRNA não curta distribuição geográfica. Na Ponta do Trovão foram
comprovou. encontrados fósseis de seres vivos marinhos, que deixaram
de ter continuidade na sequência estratigráfica. Assim, o
6. Os dados moleculares são mais atuais e permitem desaparecimento destes seres vivos pode ser indicador de
inferir/descobrir pequenas diferenças entre seres vivos, que alterações ambientais que conduziram ao seu
não eram percetíveis quando se consideravam apenas dados desaparecimento, o que indica uma transição na escala de
morfológicos, por exemplo. tempo geológico.

1.2 Opção D. O Jurássico é um período que faz parte da Era


Domínio 11 – Unidade 1 – Formação e Mesozoica.
classificação das rochas sedimentares
1.3 Éon.
1. Opção D. A origem/génese das rochas é que determina a
2. (a) - (5); (b) - (2); (c) - (3).
sua classificação.
3. 1-5-4-6-2-3. De acordo como o princípio da sobreposição
2. Opção D. I é falsa, pois a meteorização consiste na
dos estratos, os estratos A, B, C, D e E foram os primeiros a
alteração física e/ou química das rochas; II é falsa, pois a
depositar-se. Estes estratos foram dobrados e só depois é
carbonatação é um tipo de meteorização química, que se
que se formaram os estratos F, G e H, pois, pelo princípio da
inclui na dissolução.
interseção ou corte, qualquer estrutura que afete os estratos
é mais recente que os estratos que atravesse, e neste caso
3. Opção C. O crescimento de cristais de gelo denomina-se
os estratos foram dobrados. Após a deposição dos estratos
crioclastia, pois a haloclastia refere-se ao crescimento de
F, G e H intruiu o filão I, também de acordo com o princípio
minerais, como por exemplo, minerais de halite.
da interseção.
4. Opção C. A caulinização consiste na intersubstituição dos
3.1 Princípio da sobreposição dos estratos e princípio da
catiões do mineral inicial por iões H+, sendo um processo de
interseção ou corte, conforme justificação apresentada na
hidrólise associado aos feldspatos que originam caulinite.
questão anterior.

72
Domínio 11 – Unidade 3 – Propriedades dos subducta, levando consigo sedimentos hidratados, que
diminuem o ponto de fusão dos materiais.
minerais
6.1 Opção A. A rocha A formou-se numa câmara magmática
1.1 Opção A. Para que uma substância seja considerada um profunda, apresenta caraterísticas ácidas, o que indica que o
mineral deve ser natural, sólida, inorgânica e com seu arrefecimento foi mais lento e em profundidade,
composição química bem definida. Sendo a anidrite um comparativamente com a rocha C que se formou a menor
mineral deve respeitar estes critérios. profundidade. Assim, a rocha A terá uma textura
fanerítica/granular, com minerais bem visíveis à vista
1.2 Opção C A dureza corresponde à resistência que um desarmada, contrariamente à rocha C que terá textura
mineral oferece ao ser riscado por outros minerais ou objetos. afanítica/agranular.

1.3 Opção A. A fratura de um mineral corresponde à sua 6.2 Opção B. A acidez de um magma depende do seu teor
fragmentação de forma irregular e sem direção definida, após em sílica, ou seja, quanto maior o teor em sílica, maior será a
uma pancada, contrariamente à clivagem. acidez do magma e vice-versa. Assim, como a rocha A tem
origem num magma ácido, será mais rica em sílica.
1.4 Alocromático (a anidrite pode apresentar várias cores).
6.3 Opção D. A rocha B é mesocrata, pois possui
1.5 A anidrite é um mineral sem água na sua composição aproximadamente a mesma quantidade de minerais máficos
química, Assim, este mineral terá de se formar, e félsicos, o que lhe proporciona uma cor intermédia.
maioritariamente, em locais áridos. Deste modo, locais com
minerais de anidrite correspondem a antigas bacias de 7.1 Opção B. A rocha A é a rocha plutónica, com a mesma
sedimentação, nas quais a evaporação terá sido muito composição do riólito, ou seja, é o granito. A rocha B é a
intensa. rocha vulcânica, com a mesma composição do diorito, ou
seja, é o andesito.
Domínio 12 – Magmatismo e rochas 7.2 Opção D. A rocha magmática que não possui
magmáticas plagióclases é o peridotito, tratando-se de uma rocha
holomelanocrata.
1.1 Opção A. Os granitos são rochas magmáticas
intrusivas/plutónicas, que apresentam minerais bem 7.3 Seta 1 - Minerais ferromagnesianos e plagióclases. Seta
desenvolvidos, visíveis à vista desarmada, apresentando, por II - Minerais de quartzo e feldspatos potássicos (ortóclase),
isso, uma textura granular ou fanerítica. pois as setas indicam o aumento de cada um dos conjuntos
de minerais referidos.
1.2 Opção B. A diferenciação magmática contempla os
diversos processos pelos quais passa o magma durante a 8.1 Opção D. O diamante e a grafite são constituídos por
sua cristalização. A melhor evidência destes processos no carbono, porém a estrutura cristalina é muito distinta, o que
caso referido é a formação de uma rocha como o sienito, por os permite identificar como substâncias polimorfas.
assimilação do material das rochas encaixantes, com
proveniência num magma básico, pobre em sílica. 8.2 Opção A. O diamante é constituído por carbono, tal como
a grafite. Contudo, como cristaliza em condições de pressão
2.1 Opção D. A série contínua refere-se à cristalização das e temperatura superiores, é mais duro, ou seja, apresenta
plagióclases e a série descontínua à cristalização dos maior resistência à abrasão.
minerais ferromagnesianos, que ocorrem por diminuição da
temperatura do magma. 9. Na grafite, os átomos de carbono formam anéis
hexagonais que se encontram no mesmo plano. Esta
2.2 Opção C. De acordo com a Série Reacional de Bowen, a particularidade permite que a grafite deslizem com facilidade,
cristalização é fracionada e na série descontínua formam-se sendo pouco dura e riscando com facilidade as substâncias,
primeiro as olivinas e só depois as piroxenas, por diminuição tal como o papel. Daí a sua utilização no quotidiano.
da temperatura do magma.
10. As plagióclases da Série Reacional de Bowen são
3. Os principais processos envolvidos na diferenciação minerais isomorfos, ou seja, possuem a mesma estrutura
magmática são a cristalização fracionada, a diferenciação cristalina, porém a composição química varia desde a
gravítica, a mistura de magmas e a assimilação magmática. plagióclase cálcica até à plagióclase sádica, passando pelas
Estes processos conduzem à evolução do magma a partir do plagióclases calcossódicas. Por este motivo, esta série
momento em que este se forma. Por estarem relacionados designa-se por série contínua, uma vez que a estrutura
com os diferentes pontos de fusão e consolidação/ cristalina é sempre igual, alterando apenas a composição
cristalização dos diferentes minerais do magma e das rochas química, que vai enriquecendo em sódio.
envolventes são graduais e dependem da diminuição da
temperatura que vai ocorrendo ao longo da sua ascensão. 11.1 Opção C. Os dacitos e os riólitos são rochas ricas em
minerais félsicos, ou seja, minerais de cor clara, sendo
4. A temperatura do magma é muito elevada. Se a leucocratas.
temperatura do magma for superior ao ponto de fusão das
rochas das paredes da câmara magmática e da chaminé do 11.2 Opção A. Os gabros e os dioritos são rochas
aparelho vulcânico, este funde e incorpora-as. A magmáticas plutónicas. Possuem textura fanerítica/granular,
incorporação destes materiais altera a composição do pois os minerais encontram-se bem desenvolvidos e são
magma original. visíveis macroscopicamente.

5. Opção A. II é falsa, pois a formação do granito e do dato 11.3 Opção C. Durante a cristalização fracionada, cristalizam
está associada à colisão entre placas continentais; III é falsa, primeiro os minerais com ponto de fusão mais elevado, como
pois nos limites convergentes entre uma placa oceânica e é o caso das olivinas. O quartzo é o último mineral a
uma placa continental, a placa oceânica, por ser mais densa, cristalizar, por ter ponto de fusão mais baixo.

73
11.4 Opção B. A génese dos grabrodioritos do Alvito e 3. De acordo com o Uniformitarismo, as mudanças
Pórfiros está associada a uma fase mais tardia de evolução geológicas são lentas e graduais (Gradualismo). Para além
da margem sudoeste da Zona de Ossa Morena, a qual está do Gradualismo, o Uniformitarismo também inclui o
relacionada com uma zona de subducção. Assim, o contexto Atualismo, segundo o qual o presente é a chave do passado,
tectónico em causa é contexto destrutivo, com movimento ou seja, os fenómenos observados na atualidade, e as
convergente. explicações atribuídas aos mesmos, aplicam-se aos mesmos
fenómenos no passado geológico. Assim, a sequência
11.5 As rochas dos Pórfiros são mais ácidas, observada na região é semelhante à da Formação de
comparativamente com as restantes. Assim, nesse local, Dagorda, logo a explicação para a sua génese será
para além da cristalização fracionada do magma original, terá semelhante, ou seja, teve origem nos clássicos ambientes
ocorrido uma possível contaminação crustal, ou seja, o dos lagos salgados.
magma foi enriquecido em sílica, ao atravessar as rochas da
crosta. Grupo III
1. Opção C. A incarbonização consiste no enriquecimento em
carbono, em condições anaeróbias, devido à subsidência do
Teste 4 material.
2. A-F-H-E-D-G-B-C. Para que se formem os carvões
Grupo I betuminosos é necessária a acumulação inicial de detritos
vegetais - turfa. Estes materiais vão-se depositando no fundo
1.1 Opção D. Na formação dos cristais de selenite estão das bacias costeiras e são recobertos por sedimentos. As
envolvidos processos de dissolução e precipitação, uma vez bactérias anaeróbias vão decompondo os detritos vegetais e
que, ao longo dos anos, as águas foram dissolvendo o com a consequente subsidência os detritos passam por
maciça e os sais de sulfato de cálcio acabaram por precipitar. aumento de pressão e temperatura, culminando na morte das
bactérias, devido à acumulação de substâncias tóxicas.
1.2 Opção B. A formação de minerais de selenite está Ocorre perda de água, como resultado da constante
associada a fenómenos de hidrotermalismo, devido ao compactação dos materiais e incarbonização - aumento do
aquecimento das águas provocado pelo magma. teor em carbono.
2. A formação dos cristais deve-se à existência de águas 3. Opção A. II é falsa, pois a turfa corresponde a restos de
subterrâneas saturadas com sulfato de cálcio di-hidratado, plantas.
aquecidas pelo magma que se encontrava abaixo. À medida
que o magma ia arrefecendo, começaram a formar-se por 4. Opção B. Os carvões resultam da acumulação e
precipitação cristais de selenite. A ação humana, através da decomposição de restos de plantas, que sofrem diagénese,
exploração mineira, fez com que o fluxo de água que ia sendo rochas sedimentares biogénicas.
atravessando a caverna e dissolvendo o sulfato de cálcio
fosse interrompido; o crescimento dos cristais cessou. 5. Opção D. Na incarbonização atuam bactérias
fermentadoras, ou seja, seres anaeróbios, procariontes.
3. Opção A. I é falsa, pois os minerais de selenite formaram-
se a partir de águas quentes saturadas em sulfatos; III é 6. O teor em voláteis aumenta inicialmente, devido à
falsa, pois o processo de crescimento chamado «acreção» atividade metabólica das bactérias anaeróbias, que libertam
produziu minerais de dimensões muito variadas. gases durante o processo de obtenção de energia. Com a
consequente subsidência, estas bactérias acabam por
4. Opção D. Os minerais são substâncias sólidas, naturais e morrer.
inorgânicas de estrutura cristalina, com composição química
definida, fixa ou variável, dentro de certos limites. Grupo IV
5. Opção C. A clivagem revela a existência de diferentes 1.1 Opção B. O sienito homogéneo nuclear é o sienito
forças nas ligações, o que permite que o mineral se nefelínico, com cristais bem desenvolvidos, apresentando
fragmente de forma regular e com direção definida. textura granular ou fanerítica.
Grupo II 1.2 Opção D. O sienito nefelínico é constituído,
maioritariamente, por minerais de cor clara, como é o caso da
1.1 Opção C. As rosas do deserto são formadas por gesso, albite, sendo uma rocha leucocrata.
através da precipitação de substâncias químicas, sendo
rochas quimiogénicas. 1.3 Opção D. As piroxenas cristalizam após as olívinas, na
série descontínua de Bowen, pois apresentam ponto de fusão
1.2 Opção B. De acordo com o texto, as rochas mais antigas mais baixo.
de Tamerza são do Cretácico, que é um período da Era
Mesozoica. 1.4 Opção A. De acordo com o princípio da interseção ou
corte, qualquer estrutura que atravesse as rochas
1.3 Opção C. A aplicação do princípio da sobreposição dos encaixantes é mais recente que essas mesmas rochas que
estratos torna-se menos fidedigna, pois este princípio atravessa. Como o sienito nefelínico nuclear intruiu as rochas
estratigráfico assume que os estratos não devem estar encaixantes, é mais recente que as mesmas,
deformados para que se possa aplicar e em Chebika, os nomeadamente, a Formação de Brejeira.
estratos encontram-se na vertical, denotando deformações
posteriores à sua deposição. 2. E - A - C - B - D. A análise da figura 4 permite concluir que,
no Complexo Alcalino de Monchique, as rochas preexistentes
1.4 Opção D. Em Chebika atuaram forças compressivas que eram xistos argilosos e grauvaques da Formação de Brejeira,
conduziram à formação de cadeias orogénicas, pelo que se as quais datam do Carbónico Superior (E). As primeiras
tratam de limites convergentes. intrusões magmáticas corresponderam a magmas máficos
(A) . Estes magmas originaram rochas ultrabásicas, básicas e
2. (a) - (3); (b) - (1); (c) - (4). intermédias, as quais constituíram o Complexo Alcalino de
Monchique (C). Posteriormente, formou-se o sienito

74
heterogéneo de bordo (B), no seio do qual intruiu o sienito protólitos. Assim, estas rochas metamórficas que se formam,
nefelínico nuclear, mais homogéneo e rico em nefelina (D). designam-se, genericamente, por corneanas.

3. Monchique é formado por rochas, na sua maioria alcalinas 5. Opção B. Os minerais-índice são típicos das rochas
(geosfera). A água (hidrosfera) ao passar nestas rochas vai metamórficas, denotando as condições de pressão e
sendo enriquecida em minerais alcalinos, como resultado da temperatura a que se formaram. Uma vez que o item remete
meteorização das rochas. Assim, a água captada em para os paleobarómetros, refere-se às condições de pressão
Monchique tem pH elevado, ou seja, é alcalina. que presidiram à sua génese.

6.1 Opção D. A resposta à alínea 6.2 apresenta a justificação


Domínio 13 – Deformação das rochas para esta resposta.
6.2 No metamorfismo, a influência da temperatura e da
1. Opção D. O comportamento frágil dos materiais deve-se pressão são muito importantes, para além da influência dos
ao aumento da rigidez dos mesmos, quando sujeitos a fluidos circulantes e do tempo geológico. No metamorfismo
temperaturas inferiores à do seu ponto de fusão. de contacto é predominante a influência da temperatura; no
metamorfismo regional a temperatura e a pressão são
2. Opção C. A dobra representada é um antiforma, igualmente relevantes.
relativamente à sua disposição no espaço, uma vez que tem
a concavidade voltada para baixo. 6.3 Opção B. A rocha I pode ser um quartzito, uma vez que
se forma em condições de elevada temperatura. As rochas 2,
3. (a) - (3); (b) - (5); (c) - (2). 3 e 4 formam-se a pressões crescentes, a temperaturas
semelhantes, indicando que resultam de metamorfismo
4. Opção B. Quando o limite de resistência das rochas à regional crescente. Assim, a rocha 2 é uma ardósia, a rocha
deformação é ultrapassado, estas fraturam, ou seja, entram 3 é um micaxisto e a rocha 4 é um gnaisse.
em rotura, sendo este fenómeno irreversível.
7.1. Determinados minerais-índice são minerais polimorfos
5.1. Opção B. Na falha representada em B é percetível a (como é o caso dos aluminossilicatos), formando-se
subida do teto relativamente ao muro, o que indica que unicamente dentro de certos valores de pressão e
atuaram forças compressivas. temperatura. A presença destes minerais permite determinar
os valores de pressão e temperatura que estiveram
5.2 Opção D. Na deformação representada em A ocorreu presentes na génese da rocha que os contém.
rotura dos materiais, por isso o tipo de deformação ocorrida
foi em regime frágil, sendo evidente a descida do teto 7.2 (a) - (4); (b) - (2); (c) - (5).
relativamente ao muro, o que indica uma falha normal, como
resultado da atuação de forças distensivas. 8.1 Opção A. Na zona A, os principais fatores de
metamorfismo são a temperatura e os fluidos de circulação,
6. Opção B. II é falsa, uma vez que o rejeito corresponde à pois trata-se de metamorfismo de contacto. Porém, na zona
distância, medida na vertical, do deslocamento relativo entre B, verifica-se o choque colisional de placas, ou seja,
os dois blocos da falha. formação de uma zona de subducção, com aumento da
tensão não litostática/dirigida. O tempo geológico tem de
7. Com o aumento da profundidade, aumenta a temperatura decorrer sempre, mas não é um fator tão determinante como
e a pressão (confinante). O aumento de temperatura a pressão e a temperatura.
registado vai criar condições nas quais a rutura é mais difícil
de atingir, uma vez que a deformação passa a decorrer em 8.2 Opção B. As rochas que se formam na zona B são rochas
regime dúctil, dentro de certos valores de temperatura. de metamorfismo regional, por isso, tendem a apresentar
textura foliada. No caso do gnaisse a foliação designa-se
Domínio 14 – Metamorfismo e rochas bandado gnáissico e no micaxisto designa-se xistosidade.

metamórficas
Domínio 15 – exploração sustentada dos
1. Opção A. A recristalização inerente ao metamorfismo recursos geológicos
origina novos arranjos cristalinos, mais estáveis nas novas
condições de pressão e
1.1 Opção D. Os recursos naturais referem-se a todos os
temperatura às quais os mesmos foram submetidos,
recursos geológicos - minerais, energéticos, hídricos - e aos
permanecendo no estado sólido.
recursos biológicos que existem no planeta.
2. Opção C. A afirmação III é falsa, uma vez que o
2. Afirmações B, D, F. Os recursos renováveis são aqueles
ultrametamorfismo se localiza no limiar entre o metamorfismo
cuja taxa de exploração é inferior à sua taxa de renovação.
e a fusão (ou magmatismo).
Assim, nos recursos renováveis incluem-se a geotermia, o
hidrodinamismo, a luz solar e o vento.
3. Opção C. A ardósia forma-se em condições de baixo grau
de metamorfismo, apresentando textura foliada, mais
3.1 Opção A. O petróleo e o vento são recursos energéticos.
precisamente, clivagem ardosífera.
Contudo, o petróleo é um recurso não renovável e o vento é
um recurso renovável.
4.1 Opção B. Na figura 1 é visível uma intrusão magmática,
por isso,o fator de metamorfismo predominante é a
3.2 Opção B. Os reservatórios de água subterrânea são
temperatura, tratando-se de metamorfismo de contacto. Em
passíveis de serem uma fonte de água potável, motivo pelo
torno da intrusão magmática forma-se uma auréola
qual a sua contaminação poderá ser prejudicial à saúde
metamórfica.
humana.
4.2 Opção B. Na auréola metamórfica formam-se rochas
4.1 Opção D. As reservas de gás natural correspondem ao
metamórficas, por metamorfismo de contacto, devido ao
conjunto de todos os depósitos conhecidos e cuja exploração
aumento da temperatura das rochas preexistentes -
é economicamente rentável/viável.

75
entalpia, ou seja, superior a 150 ºC, devido ao facto de esta
4.2 Opção B. As reservas de gás natural constituem uma região ser vulcanologicamente ativa.
parte dos recursos de gás natural existentes e são definidas
como sendo a fração que já foi descoberta e cuja exploração 14. Opção C. Um bom aquífero deve ser constituído por
é legal e economicamente rentável. rochas porosas e permeáveis. Assim, os melhores aquíferos
são a areia e o calcário fissurado, uma vez que apresentam
5.1 Opção C. As escombreiras correspondem à acumulação elevados valores de porosidade e permeabilidade.
da ganga/estéril nas proximidades de uma exploração
mineira.
Teste 5
5.2 Opção A. I é falsa, pois a maioria das escombreiras
possui produtos tóxicos resultantes da extração mineira. III é Grupo I
falsa, pois as escombreiras correspondem a depósitos de
material que podem propiciar os movimentos em massa. 1.1 Opção D. O maciço granítico de Penamacor-Monsanto
encontra-se no núcleo de um antiforma, que corresponde a
6. (a) - (2); (b) - (5); (c) - (4). uma deformação em regime dúctil - uma dobra, cuja
concavidade está voltada para baixo.
7.1 Em Portugal continental, as águas termais não atingem
temperaturas que excedam os 80 °C, como tal, o 1.2 Opção C. As corneanas resultam da atuação de
aproveitamento geotérmico é de baixa entalpia (inferior a 150 metamorfismo térmico, de contacto, apresentando textura
°C), não sendo possível a produção de eletricidade por esta não foliada ou granoblástica.
via.
1.3 Opção D. As rochas representadas de 3 a 6 são granitos
7.2 Opção D. O aproveitamento geotérmico restringe-se a com variações mineralógicas, tratando-se de rochas
zonas com vulcanismo primário ou secundário, o que exclui magmáticas plutónicas/intrusivas, resultantes de magmas
muitas zonas do globo terrestre. ricos em sílica.

7.3 A energia geotérmica é uma energia com baixo custo de 1.4 Opção B. A andaluzite e a silimanite são minerais-índice,
produção; é uma energia renovável, é pouco poluente, no ou seja, minerais caraterísticos das rochas metamórficas,
que concerne às emissões de gases com efeito de estufa sendo aluminossilicatos, mas com diferente estrutura
(GEE), quando comparada com os combustíveis fósseis e é cristalina. Por terem a mesma composição química, mas
potenciadora de desenvolvimento local. diferente estrutura cristalina, designam-se por polimorfos.

8.1 Opção C. Na geotermia de alta entalpia, a temperatura da 1.5 Opção B. O Grupo das Beiras possui rochas mais antigas
água é superior a 150 °C o que permite a produção de do que o quartzito armoricano, pois tem uma idade superior.
eletricidade, contrariamente à energia geotérmica de baixa No Grupo das Beiras existem xistos e grauvaques, que tal.
entalpia, cuja temperatura da água é inferior a 150 °C, sendo como o quartzito, são rochas metamórficas.
utilizada, por exemplo na balneoterapia.
2. Em Penamacor-Monsanto (figuras 1 e 2) são observáveis
8.2 No Arquipélago dos Açores há atividade vulcânica, quer deformações, nomeadamente dobras, resultantes da atuação
vulcanismo primário quer vulcanismo secundário. É uma de forças compressivas, inerentes à formação de orogenias,
região vulcânica de rifte com elevado gradiente geotérmico. neste caso, a Orogenia Varisca. Assim, é possível verificar a
ocorrência de rochas resultantes de metamorfismo regional,
8.3 Opção C. Para que se possa realizar um aproveitamento como é o caso do xisto, com textura foliada. Para além do
geotérmico numa região é necessário que exista vulcanismo metamorfismo regional, esta zona foi afetada por uma
ativo, cujo fluido transmita esse calor até à superfície. intrusão ígnea, responsável pela formação de rochas típicas
de metamorfismo de contacto, como é o caso das corneanas.
9. Opção A. A exploração de energia geotérmica de baixa
entalpia é possível nos centros termais/termas, nos quais a Grupo II
temperatura da água nunca excede os 150 °C.
1.1 Opção A. A Zona de Falha de Pinhal Novo-Alcochete
10.1 Opção C. O valor máximo de produção de energia (ZFPNA) resultou da atuação de tensões dirigidas, ou seja,
elétrica recorrendo a recursos hídricos regista-se na zona não litostáticas, que atuaram em regime frágil, provocando a
Norte de Portugal. fratura do material rochoso.

10.2 Opção A. A exploração de energia fotovoltaica é maior 1.2 Opção D. A direção de uma falha é definida pela linha
nas zonas mais a sul de Portugal continental, uma vez que horizontal do plano de falha com a linha do norte geográfico.
estas zonas possuem maior exposição solar.
1.3 Opção C. As falhas de desligamento resultam da atuação
11. Opção B. II é falsa, pois a energia geotérmica apresenta de tensões cisalhantes. Neste tipo de falhas os blocos
desvantagens, como é o caso da poluição sonora e da fraturados apresentam, geralmente, movimentos laterais e
emissão de gases ricos em enxofre. paralelos à direção do plano de falha.

12. Lisboa localiza-se, maioritariamente, numa zona de 2. Falha inversa.


planície aluvionar, na qual não é viável a edificação de
barragens que permitam a exploração de energia hídrica, 3. B-D-E-A-C. Para que ocorra um sismo é necessário que
pois não há diferenças significativas de altitude. sejam acumuladas tensões dirigidas ao longo do tempo (6).
Como resultado desta acumulação de tensões, os materiais
13. A Região Autónoma dos Açores localiza-se na junção rochosos vão ultrapassar o seu limite de resistência (D),
tripla de três placas tectónicas, nos limites das quais ocorrem ocorrendo rotura e libertação de energia sob a forma de
fenómenos de vulcanismo, nomeadamente, devido à ondas sísmicas (E), que se propagam, inicialmente, como
proximidade com a Dorsal Médio-Atlântica. Assim, nos ondas internas ou de volume (A), que quando atingem a
Açores é possível produzir energia elétrica, recorrendo à superfície se transformam em ondas sísmicas superficiais
energia geotérmica. A geotermia nos Açores é de alta (C).
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4. (d) - (4); (b) - (1); (e) - (5).
2. Opção D. A magnitude de um sismo corresponde à
5. A Zona de Falha de Pinhal Novo (ZFPNA) é quantidade de energia que é libertada no hipocentro ou foco
sismogenicamente ativa, uma vez que continua a acumular sísmico.
tensões ao longo do tempo geológico. Assim, o estudo desta 3. Opção B. As areias negras resultam de processos de
zona permite compreender melhor as caraterísticas da sedimentogénese em rochas preexistentes, que não
mesma, bem como prever a possível ocorrência de sismos passaram pelo processo de diagénese, motivo pelo qual são
intraplaca. rochas sedimentares detríticas não consolidadas.

Grupo III 4. Opção A. As primeiras ondas a serem registadas são as


ondas P, que são ondas longitudinais, internas, ou seja, com
1.1 Opção A. A espodumena, petalite, ambligonite e a origem no hipocentro ou foco sísmico.
lepidolite são minerais, pois são compostos químicos
inorgânicos e com uma composição química bem definida. 5. Opção D. Para se determinar o epicentro de um sismo são
necessárias, no mínimo, três estacões sismográficas e
1.2 Opção D. Para que a exploração de um mineral que respetivos sismogramas, que são os registos das ondas
contém um determinado elemento químico seja sísmicas que permitem a determinação da distância
economicamente rentável, esta deve ser superior ao seu epicentral. Se apenas existirem os sismógrafos, sem os
clarke. sismogramas, não é possível obter o registo das ondas
sísmicas.
1.3. Opção C. O material que não é economicamente
rentável designa-se por ganga ou estéril e é acumulado em 6. Opção B. As ondas S apenas se propagam em meios
escombreiras. sólidos, o que implica que não se propaguem em meio
líquidos, como é o caso do núcleo externo da Terra, Assim,
1.4 Opção B. Os depósitos de lítio são recursos não ao atingirem esta camada do interior da geosfera, as ondas S
renováveis, sendo recursos minerais. Neste tipo de recursos, são refletidas, não sendo registadas dos 103° aos 103' de
a taxa de renovação é mais lenta que a taxa de exploração distância relativamente ao epicentro.
dos mesmos, pelo que são recursos não renováveis.
7. Opção B. Os abalos premonitórios são tremores de terra
2. (a) - (3); (b) - (1); (c) - (5). que antecedem o sismo principal.

3. Portugal é o quinto maior produtor de lítio do mundo, 8. C-A-B-E-D. Na zona do hipocentro deste sismo, foram-se
porém, o lítio que existe no país não está sob a forma de acumulando tensões nas rochas (C). Quando o limite de
carbonatos. Assim, o processo de extração e transformação resistência das mesmas é ultrapassado (A), ocorre rotura,
do mesmo é mais dispendioso quando comparado com o do com consequente libertação de energia sob a forma de ondas
triângulo andino, uma vez que nesta zona, o lítio ocorre sob a sísmicas e calor (B). As primeiras ondas sísmicas propagam-
forma de carbonatos, tornando mais económica a sua se em profundidade e quando atingem a superfície, como se
transformação. trata de oceano, forma-se um tsunami (E). Esta onda gigante
alcança o rio Tejo, ocorrendo um macaréu, que devasta tudo
Grupo IV à sua passagem (D).

1.1 Opção A. Na Bacia do Tejo-Sado predominam rochas 9. Estes trabalhos permitiram concluir que o sismo de 1755
sedimentares dessa mesma bacia. desencadeou um macaréu, ou seja, o tsunami subiu o rio,
provocando ainda mais estragos. Muitas das cidades com
1.2 Opção B. Um bom aquífero deve conter rochas porosas e elevado risco sísmico, encontram-se perto de rios, motivo
permeáveis, de modo a conseguir armazenar a água nos pelo qual é importante elaborar normas de construção
seus poros e a deixar-se atravessar pela mesma. Os aluviões antissísmica. Acresce ainda o facto de. com o atual
apresentam estas caraterísticas. aquecimento global, se verificarem fenómenos de
transgressão marinha, o que poderá afetar as cidades
1.3 Opção D. Num aquífero livre, a recarga é feita localizadas nas proximidades de rios.
superficialmente, pois o seu limite superior são rochas
porosas e permeáveis. Grupo II

1.4 Opção D. A dureza de uma água é determinada pela 1. Opção B. Neste estudo pretendeu-se avaliar os efeitos de
quantidade de carbonato de cálcio que a mesma possui. diferentes doses de potássio aplicadas via ARC no
Assim, se as rochas nas quais a água se encontra são ricas crescimento vegetativo de cafeeiros (Coffea arabica), nas
neste composto, a dureza da mesma será maior. variedades 'Catuai" e 'Catucaí', durante o seu primeiro ano.

2. Num aquífero cativo, a água subterrânea encontra-se 2. Opção A. A variável experimental corresponde à variável
delimitada superior e inferiormente por rochas impermeáveis. independente, ou seja, é a variável que foi manipulada pelo
Deste modo, a recarga do mesmo é feita lateralmente. Uma investigador. Neste estudo, foi manipulado o teor de potássio
vez contaminado, este aquífero torna-se inviável de ser em cada uma das amostras.
explorado, pois os custos associados à sua recuperação são
considerados incomportáveis. 3. Opção B. O grupo controlo corresponde ao tratamento 5,
uma vez que neste tratamento não foi adicionada qualquer
concentração extra de potássio, tendo sido usadas as
Prova-modelo 1 condições habituais de adubação e irrigação.
Grupo I 4. Opção D. Coffea arabica é uma planta, pelo que se pode
concluir que o seu ciclo de vida é haplodiplonte, sendo a
1. Opção C. O provável epicentro do sismo de 1755 ter-se-á meiose pré-espórica.
localizado no fundo oceânico, no oceano Atlântico - a cerca
de 100 a 200 km de SW do cabo de São Vicente, o que 5. Opção A. Com a entrada de potássio nas células-guarda,
permite afirmar que se trata de um maremoto. aumenta a pressão osmótica no interior das mesmas, o que
77
força a água a entrar por osmose, ficando as células túrgidas, 2. Opção C. Na respiração aeróbia ocorre oxidação total da
com a consequente abertura do ostíolo. glicose, resultando daqui produtos com baixa energia
potencial (CO2 e H2O).
6. Opção C. A movimentação dos compostos orgânicos, ou 3. Opção C. No ser humano, a digestão ocorre dentro do
seja o transporte da seiva elaborada, ocorre contra o corpo (intracorporal), mas fora das células (extracelular), uma
gradiente de concentração, com gasto de ATP, dos órgãos vez que ocorre em órgãos especializados.
produtores para os órgãos de consumo ou de reserva, de
acordo com a Hipótese do Fluxo de Massa. 4. Opção B. Um gene é um fragmento da molécula de DNA
que codifica informação para uma determinada característica.
7. Opção A. A designação Coffea arabica corresponde ao Assim, é formado por vários desoxirribonucleótidos ligados
nome científico da espécie (do cafeeiro), sendo Coffea o entre si.
nome do género e arabica o restritivo especifico.
5. Opção D. A apoptose é a morte celular programada,
8. (a) - (5); (b) - (1); (c) - (3). contrariamente à necrose, que corresponde à morte celular
acidental. Assim, para que o cancro seja inibido, as células
9. Através da análise dos resultados é possível verificar que devem desencadear o mecanismo de apoptose. Quando este
ARC com concentrações até 135 mg/L de potássio mecanismo é inibido, o ciclo celular prossegue e
contribuem para o crescimento vegetativo do cafeeiro desencadeiam-se divisões mitóticas descontroladas, que são
(medido pela altura de planta e pelo diâmetro do caule), responsáveis pelo aparecimento de tumores.
mostrando-se um meio de adubação igual, ou melhor, do que
omeio da adubação usado com a água de irrigação 6. Opção B. O ser humano possui sistema circulatório
convencional (tratamento 5 - controlo). Assim, estas águas fechado, pois o sangue circula em vasos próprios, e a
residuais podem ser reutilizadas para a irrigação dos circulação é dupla e completa, uma vez que o sangue passa
cafeeiros, se se provar que não contaminam o ambiente. duas vezes no coração e não ocorre mistura de sangue
Logo, a hipótese é corroborada. venoso com sangue arterial.

Grupo III 7. Opção A. O principal constituinte das membranas


biológicas são os fosfolipídios, moléculas anfipáticas, ou seja,
1. Opção A. O objetivo do estudo consistiu em calcular os têm uma cabeça polar e uma cauda apolar.
valores de ouro existentes em diferentes amostras recolhidas
através de sondagens. 8. D - E - A - B - C. Para que seja produzida a enzima mTOR
deverá ocorrer síntese proteica, ou seja: transcrição,
2. Opção B. As amostras foram recolhidas em linhas maturação/processamento e tradução. Assim, inicialmente, o
espaçadas de 100 a 150 metros, orientadas NE-SW e gene terá de ser transcrito para pré-mRNA (D), que sofrerá
perpendiculares à principal tendência estrutural (direção das processamento, ou seja, são removidos os intrões (E).
camadas), ou seja, a direção é NO - SE. Posteriormente, o mRNA funcional migra para o citoplasma
(A), onde ocorrerá a tradução, que se inicia pela ligação da
3. Opção B. As falhas normais formam-se na sequência da subunidade menor do ribossoma ao mRNA (B). Após o
atuação de forças distensivas em regime frágil. término da tradução, o polipéptido migrará para o complexo
de Golgi, onde ocorre a maturação, tornando-se uma enzima
4. Opção D. Um anticlinal é classificado pela idade das funcional (C).
rochas constituintes da dobra. Assim, num anticlinal as
rochas mais antigas ocupam o núcleo da dobra. 9. O cancro resulta de divisões celulares que ocorrem de
forma descontrolada. A metformina é um fármaco utilizado no
5. Opção C. I é falsa, pois o ouro é um recurso mineral tratamento da diabetes tipo 2, que tem revelado potencial no
metálico e não um recurso hidrogeológico, uma vez que este tratamento de tumores, ativando a enzima AMPK, que reduz
último inclui os aquíferos. a disponibilidade de glicose para as células (reduzindo o
anabolismo, a gliconeogénese e a circulação de insulina).
6. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (5). Uma vez que as células tumorais necessitam de utilizar mais
glicose no seu crescimento, caso fiquem privadas da mesma,
7. Nas diversas sondagens realizadas no Projeto Lagares, os a proliferação celular será menor, com a consequente
valores das concentrações de ouro no minério foram sempre redução do número de células malignas. A metformina tem
superiores ao clarke do ouro, ou seja, foram superiores ao ainda efeito sobre outra enzima, mTOR, pois ela é inibida
seu valor médio na crosta terreste. De facto, os valores com a ativação da enzima AMPK. Como a enzima mTOR é
encontrados variam entre 2,07 ppm e 9,44 ppm. Contudo, um regulador positivo da síntese proteica, a inibição desta
para que a exploração seja viável, devem ser considerados enzima também contribui para uma redução da proliferação
vários fatores, nomeadamente os custos associados à celular (já que apenas há divisão celular se houver síntese
exploração deste minério, pelo que se justifica uma análise proteica).
mais aprofundada das condições de exploração.

8. Os filões de quartzo resultam da instalação de rochas Prova-modelo 2


magmáticas, como o granito e o aplito, que tiveram um papel
térmico importante na circulação dos fluidos hidrotermais. Grupo I
Estes fluidos foram remobilizando o ouro dos
metassedimentos e permitiram a sua circulação ao longo da 1. Opção B. Os xistos são rochas metamórficas que se
zona de falha, originando a sua deposição. formam como resultado de metamorfismo regional.

Grupo IV 2. Opção D. O xisto resulta de metamorfismo regional de


baixo a médio grau, o que implica que tenha maior fissilidade,
1. Opção A. A ativação da enzima AMPK fosforila substratos comparativamente ao gnaisse, uma vez que tem maior
que inibem o anabolismo e promovem o catabolismo (com facilidade em fraturar segundo superfícies laminares. Não
produção de ATP e gasto de ADP e AMP, revertendo a obstante, o gnaisse tem igualmente textura foliada.
elevada razão AMP/ATP).

78
3. Opção A. Os xistos formaram-se na sequência da atuação 7. Os resultados do estudo demonstram que, nos ensaios in
de tensões dirigidas, em regime compressivo. vitro, a adição de CLR01 inibiu muita agregação de TTR ( ou
4. Opção A. Os líquenes são associações simbióticas entre seja, houve uma menor acumulação de substâncias
algas e fungos. A simbiose é uma relação biótica obrigatória. amiloides). O estudo mostrou ainda, nos ensaios in vivo, uma
redução significativa da acumulação de TTR em vários
5. Opção C. Os fungos são seres heterotróficos por tecidos de ratos tratados com CLR01. Assim, estes dados
absorção. Assim, quanto ao modo de obtenção de carbono, sugerem que a substância CLRO1 é promissora para o
ou seja, modo de obtenção de matéria, são heterotróficos. desenvolvimento de uma terapia inovadora da amiloidose
Quanto ao modo de obtenção de energia, a mesma é obtida causada por TTR, nomeadamente a PAF.
sob a forma de compostos químicos, isto é, são
quimiotróficos. Grupo III

6. Opção D. Os granitos são rochas leucocratas, ricas em 1. Opção A. Os calcários são rochas sedimentares
minerais félsicos, com textura fanerítica/granular, pois os quimiogénicas, resultantes da precipitação de carbonato de
minerais são visíveis macroscopicamente. cálcio.

7. Opção B. Os minerais-índice são minerais que apenas 2. Opção D. A formação do modelado cársico implica a
ocorrem nas rochas metamórficas, como resultado da alternância de processos de meteorização química e
recristalização de rochas preexistentes. Assim, são minerais- precipitação de calcite, principal mineral constituinte dos
índice a clorite, o epídoto e a distena, por exemplo. calcários.

8. Opção D. Os aluminossilicatos são minerais polimorfos, 3. Opção C. Os evaporitos são rochas sedimentares
pois possuem diferente estrutura cristalina, mas têm a quimiogénicas, tal como o calcário, que resulta da
mesma composição química. evaporação de substâncias químicas, como é o caso do
gesso e do sal gema.
9. (a) - (2); (b) - (5); (c) - (4)
4. Opção A. As rochas sedimentares detríticas classificam-se
10. O estudo demonstrou que as hifas de Lecanora de acordo com o tamanho e a forma dos grãos que as
pseudistera apresentam uma taxa de penetração no xisto constituem, ou seja, a sua granulometria
superior às restantes espécies, Assim, o crescimento das
hifas nas zonas de fratura irá aumentar estas mesmas 5. Opção A. I é falsa, uma vez que o carvão se forma a partir
fraturas, promovendo uma meteorização física muito mais da deposição de restos de plantas/matéria vegetal. III é falsa,
intensa a noroeste, quando comparado com sudeste. pois na génese do argilito, a diagénese é incompleta, não
ocorrendo cimentação.
Grupo II
6. Opção B. São condições favoráveis à fossilização a
1. Opção B. Nos ensaios in vivo, o grupo controlo é existência de partes duras no ser vivo e ambientes redutores,
constituído por ratos com a mutação, ou seja, que expressam ou seja, ambientes com pouco oxigénio, de modo a evitar a
a TTR V30M humana, mas não são expostos a CLR01, pois decomposição do ser vivo.
essa é uma das variáveis manipuladas.
7.Opção D. Os fósseis de idade são fósseis de seres vivos
2. Opção B. Uma das variáveis dependentes do estudo foi a que viveram durante um curto período de tempo geológico,
percentagem de inibição da agregação da TTR, mediante a ou seja, curta distribuição estratigráfica, mas tiveram uma
aplicação de CLR01. ampla distribuição geográfica.

3. Opção A. O mRNA é constituído por ribonucleótidos. Cada 8. E - C - D - A - B. A água da chuva combina-se com o
monómero da TTR possui 127 aminoácidos, ou seja, esses dióxido de carbono atmosférico (E), originando o ácido
aminoácidos são codificados por 127 codões mais um, que é carbónico (C). Este atua sobre os maciços calcários, que são
o codão de finalização. Como cada codão tem 3 nucleótidos, constituídos por calcite (D) . A calcite é dissolvida, ou seja,
o mRNA maduro que codifica a síntese de cada monómero decompõe-se nos iões que a constituem (HCO3- e Ca2+) (A),
da TTR tem 384 ribonucleótidos (3 x 128). os quais são arrastados em solução pela água das chuvas
(B).
4. Opção A. A síntese da TTR é uma reação de
condensação, na qual são necessários os monómeros da 9. O Maciço de Sicó é um maciço calcário, no qual circulam
TTR, ou seja, aminoácidos, mas também é necessário águas acidificadas com regularidade. A circulação automóvel
fornecer energia, ou seja, ATP, para que ocorra a síntese da na região circundante contribui para o aumento da
proteína. probabilidade de formação de águas acidificadas,
responsáveis pela dissolução do maciço e consequente
5. (a) - (4); (b) - (2); (c) - (3). destruição do mesmo. Para além da meteorização química, o
maciço é sujeito a meteorização física/mecânica espoletada
6. E - A - C - B - D. O ciclo celular compreende a interfase e a pelas atividades turísticas realizadas na região. De facto, a
fase mitótica, sequencialmente. Durante a interfase, no escalada, a espeleologia e o pedestrianismo contribuem para
período S, ocorre replicação da molécula de DNA (E). Na a degradação das rochas.
fase mitótica ocorre a mitose, divisão do núcleo e citocinese,
divisão do citoplasma. Durante a mitose, na prófase, inicia-se Grupo IV
a formação do fuso acromático (A) e esta fase termina com a 1. Opção B. O estudo realizado tinha como principal objetivo
desorganização do invólucro nuclear (C). Posteriormente, em analisar sequências de DNA de todas as espécies e
metáfase, os cromossomas tornam-se mais densos e mais subespécies aceites como pertencentes aos géneros
curtos, atingindo o máximo de condensação (B). Chiroxiphia e Antilophia, de modo a estabelecer as suas
Posteriormente, na anáfase ocorre clivagem do centrómero e relações filogenéticas.
os cromatídios separam-se, e na telófase reorganiza-se o
invólucro nuclear (D). 2. Opção D. A reconstrução filogenética foi elaborada com
base no estudo de sequências de DNA, sendo por isso dados
bioquímicos.
79
3. Opção C. Através da análise filogenética, é possível
concluir que C. boliviana é igualmente próximo
filogeneticamente de A. galeota e de A. bokermanni, pois
partilham um ancestral comum mais recente.

4. Opção A. C. parecia parecia AF (da Mata Atlântica) está


mais próxima filogeneticamente de C. pareola pareolo S (do
sul do rio Amazonas), pois divergiram ao mesmo tempo,
como se vê na árvore filogenética.

5. Opção C. Nas subespécies C. pareola regina e C. parcelo


napensis foram encontradas diferenças significativas que
podem levar a reconsiderar a classificação das mesmas.
Assim, os dados bioquímicos parecem demonstrar que estas
duas subespécies são afinal espécies distintas.

6. Opção A. C. parecia é uma ave, motivo pelo qual pertence


ao reino Animalia, sendo multicelular e heterotrófico por
ingestão.

7. Opção D. A família Pipridae é uma família de aves, pelo


que, tal como todas as aves, os membros desta família
realizam as trocas gasosas por difusão indireta, através dos
pulmões para o sangue, que transporta os gases
respiratórios.

8. Um grupo parafilético refere-se a um taxon que inclui um


grupo de um ancestral comum, em que estão incluídos vários
descendentes desse ancestral, mas não todos. Pela análise
da árvore filogenética é possível verificar que C, boliviana
está mais intimamente relacionada com as duas espécies de
Antilophia do que com os demais taxa de Chiroxiphia, pois
partilha um ancestral comum mais recente com Antilophia. É
preciso recuar para um ancestral comum que contenha todos
os descendentes de Chiroxiphia, pois há um ramo que
divergiu com outro género: Antilophia.

9. Numa análise de DNA muitilocus são estudadas diferentes


regiões do genoma. Neste caso, foi possível analisar o DNA
mitocondrial, que tem transmissão uniparental - materna
(apesar de estudos recentes indicarem algumas exceções,
embora essas pareçam ser pouco significativas/prováveis) -,
e o DNA nuclear, que tem transmissão biparental, ambos
evoluindo de modo relativamente independente. Assim, a
análise conjunta de porções diferentes do genoma é
vantajosa, pois permite verificar se diversas regiões do
genoma mostram variações de DNA concordantes/
discordantes, tornando a reconstrução da filogenia mais
robusta e fidedigna.

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