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10.

º ANO
ENSINO SECUNDÁRIO

ELSA MACHADO FREITAS


ISABEL GOMES FERREIRA

U ÊS
U G
R T
PO
ÍNDICE

SEQUÊNCIA

SEQUÊNCIA

SEQUÊNCIA
1 2 3
POESIA FERNÃO LOPES TEATRO DE
TROVADORESCA CRÓNICA DE D. JOÃO I GIL VICENTE
Antes de começar 6 Antes de começar 52 Antes de começar 78
Saber o essencial 7 Saber o essencial 53
Saber o essencial 79
EDUCAÇÃO LITERÁRIA EDUCAÇÃO LITERÁRIA EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Estudar, hoje, a poesia trovadoresca 7 Estudar, hoje, Fernão Lopes 53 Estudar, hoje, Gil Vicente 79
Contextualização histórico-literária 9 O autor e a sua obra 54 O autor e a sua obra 79
Poesia trovadoresca: EDUCAÇÃO LITERÁRIA |
 Contexto histórico 80
temática e caracterização 12 ESCRITA A crise religiosa 82
Praticar 14 Praticar 55 Farsa de Inês Pereira
Cantigas de amigo (tópicos de Crónica de D. João I: contexto Personagens: caracterização 83
análise) 14 histórico 55 As relações entre as personagens 84
Cantigas de amor (tópicos de Escrita-Síntese 57 A representação do quotidiano 84
análise) 20 A dimensão satírica 85
Saber o essencial 58
Cantigas de escárnio e de maldizer Auto da Feira
(tópicos de análise) 23
EDUCAÇÃO LITERÁRIA Assunto 86
Para não esquecer 25 Atores (individuais e coletivos) 58 Tema 86
Identidade nacional 59 Estrutura 86
Saber o essencial 28
O visualismo em Fernão Lopes 60 Espaço 87
ESCRITA
Praticar 61 Personagens 88
Técnicas de escrita 28
Capítulo 11 (tópicos de análise) 61 Representação alegórica 88
Marcadores discursivos 29
Capítulo 115 (tópicos de análise) 65 Dimensão religiosa 88
Exposição sobre um tema 30
Intenção do autor / Dimensão
Praticar 31 LEITURA
satírica 89
Praticar
Saber o essencial 32 Gil Vicente, autor de transição 89
LEITURA | ESCRITA Exposição sobre um tema 68
Para não esquecer 90
Apreciação crítica 32 Cartoon 70
Para não esquecer 70 ESCRITA
Praticar 33 Praticar 92
Saber o essencial 34 Teste de Avaliação 71 Apreciação crítica 92
LEITURA Síntese 93
O cartoon 34 Cartoon 94
Praticar 38 Apreciar textos literários 94
Apreciação crítica 38
Teste de Avaliação 1 95
Apreciar textos literários 39
Teste de Avaliação 2 100
Teste de Avaliação 1 40
Teste de Avaliação 2 46
4
ÍNDICE
SEQUÊNCIA

SEQUÊNCIA
4 5
LUÍS DE CAMÕES LUÍS DE CAMÕES FICHAS
RIMAS OS LUSÍADAS INFORMATIVAS
Antes de começar 106 Antes de começar 144 1. Reportagem 187
2. Documentário 188
Saber o essencial 107 Saber o essencial 145 3. Português: génese, variação
EDUCAÇÃO LITERÁRIA EDUCAÇÃO LITERÁRIA e mudança 189
Estudar, hoje, Camões 107 Estudar, hoje, Os Lusíadas 145 4. Fonética e fonologia 192
O autor e a sua obra 108 Contextualização histórico-literária 147 Praticar 193
Contextualização histórico-literária 109 Visão global 148 5. Frase e oração 194
Estrutura do poema 150 Praticar 196
ESCRITA
Estrutura de Os Lusíadas 153 6. Funções sintáticas 198
Praticar 111 Praticar 200
O espaço e o tempo 155
Síntese 111 7. Classes de palavras 202
A mitificação do herói 156
Saber o essencial 114 As reflexões do poeta 158 8. Lexicologia 207
EDUCAÇÃO LITERÁRIA Praticar 208
ESCRITA 9. Campo lexical | Polissemia |
O Renascimento em Portugal 114
Praticar 161 Campo semântico | Família
A influência de Petrarca na poesia
Relato de viagem 161 de palavras 210
de Camões 115
Apreciar textos literários 161 Praticar 212
Os grandes temas da lírica
Para não esquecer 163 10. Relações de hierarquia 211
camoniana 116 11. O português de África |
Lírica camoniana: o estilo Saber o essencial 165 O português do Brasil 214
engenhoso e o estilo clássico 117 LEITURA 12. Adequação discursiva 215
Praticar 119 Relato de viagem 165 Praticar 216
Redondilhas 119 Praticar 166 13. Atos de fala 217
Sonetos 124 Relato de viagem 166 Praticar 218
Para não esquecer 133 14. Propriedades configuradoras
ESCRITA
da textualidade 219
ESCRITA | LEITURA Praticar 172 Praticar 222
Praticar 134 Apreciação crítica 172 15. Reprodução do discurso no
Apreciar textos literários 134 discurso 225
Teste de Avaliação 1 174
Cartoon 134 Praticar 228
Teste de Avaliação 2 180
Teste de Avaliação 138 16. Valores modais (epistémicos,
deônticos e apreciativos) 229
Praticar 230
17. Texto poético 231
Praticar 234
18. Texto dramático 236
19. Texto narrativo 238
20. Recursos expressivos 242
PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO 244 5
1 | POESIA TROVADORESCA

TESTE DE AVALIAÇÃO 2
AVALIAR

Grupo II
Leia atentamente o seguinte texto.

Chave tripla para as Astúrias


Oviedo tem a história, a cultura e o património. Gijón é a cidade balnear, castiça e
popular. Avilés é industrial, mas já a caminho do arty. As três rivalizam e comple-
tam-se entre si, sugerindo uma entrada no Principado das Astúrias em modo de
triangulação urbana.
5 Nas Astúrias há mais natureza do que cidades, tanto que as três principais juntas
mal ultrapassam meio milhão de habitantes. Não são contíguas, porque há muito
verde pelo meio, mas são cada vez mais vizinhas, formando uma difusa zona metro-
politana. Oviedo estira-se por um vale, esplendidamente emoldurado pelos Picos da
Europa. Seguindo em linha reta para norte, 20 km depois, atinge-se a cidade marí-
10 tima de Gijón, banhada pelo mar Cantábrico. Já infletindo para noroeste 35 km, en-
contra-se Avilés, centro de uma zona portuário-industrial a dois passos do estuário
da ria homónima. Numa província tão escassamente povoada, essa proximidade é
certamente mais do que coincidência.
Oviedo é desde sempre capital do principado, a cidade monumental onde quase
15 tudo acontece em termos culturais e institucionais. Em contrapartida, Gijón é uma
cidade virada para o mar, metade estância balnear, metade porto industrial. Avilés já
esteve no top das cidades mais poluídas da Europa, mas agora está em fase de requa-
lificação e ambiciona entrar no círculo dos spots trendy pós-industriais. Cada uma
joga no seu tabuleiro, mas as três complementam-se e produzem uma espécie de si-
20 nergia asturiana que só pode ser realmente apreciada circulando entre elas.

Lago Ercina, Lagos de Covadonga, Astúrias, Espanha.

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PORTUGUÊS 10

TESTE DE AVALIAÇÃO 2

AVALIAR
OVIEDO
O mar já se pressente lá ao fundo, as montanhas arrancam ali mesmo ao lado.
Oviedo sempre foi uma encruzilhada. Capital do único reino cristão da Península
Ibérica dos séculos VIII a X, tornou-se então numa das suas mais esplêndidas cida-
des muradas. Quando cedeu esse estatuto a Léon, em 910, perdeu embalagem e foi
25 adormecendo aos poucos, até redespertar no século XVII com a introdução do milho
e depois com a industrialização da província. Mais recentemente ganhou novo fulgor
com os prémios Príncipe de Astúrias, a renovada popularidade do primitivo Cami-
nho de Santiago, precisamente inaugurado em Oviedo, e uma agenda anual recheada
de acontecimentos artísticos e gastronómicos. Com ou sem festa, Oviedo vale a pena
30 pelo recheio patrimonial e pelo estilo de vida, porventura ainda reminiscente da ci-
dade burguesa, chique e conservadora de finais do século XIX.
[…]

Joias do pré-Romântico
O reino das Astúrias destacou-se nos séculos VIII-X pela determinação política,
mas também pela desenvoltura arquitetónica e artística. Claro que foi em Oviedo,
35 capital do reino, que este afã ganhou especial concretização, contando-se hoje meia
dúzia de obras bem conservadas, que a UNESCO já reconheceu como Património da
Humanidade. As mais emblemáticas encontram-se no Monte Naranco, a dez minu-
tos da cidade, e são dois magníficos edifícios mandados construir por Ramiro I (842-
850) com a cidade aos pés e as montanhas nevadas ao fundo. Fala-se em pré-Român-
40 tico, mas o que realmente se descobre é um modo de construir e decorar de matriz
paleocristã que aqui atinge o seu máximo esplendor.

AVILÉS
Situada na margem esquerda da ria do mesmo nome, Avilés costumava ser o vér-
tice menor do triângulo metropolitano das Astúrias. Recuada, mas já próxima da foz,
foi um porto tranquilo até meados do século passado, quando o ditador Franco man-
45 dou aqui instalar um gigantesco parque de indústria pesada. Agora as chaminés da
siderurgia continuam a bombar, mas a riqueza entretanto gerada permitiu requalifi-
car o simpático centro histórico, emoldurado por galerias de arcadas cheias de cidra-
rias e casas de petiscos. […]

GIJÓN
Porto industrial e estância balnear, Gijón ostenta francas semelhanças com as vi-
50 zinhas La Corunha e San Sebastián. A praia chama-se San Lorenzo e corre em arco
por 3,5 quilómetros. Banhada por um mar frequentemente revolto e com ondas boas
para surfar, é depois emoldurada por um elegante passeio marginal ainda com ecos
de Belle Époque. Há sempre alguma animação à beira da água, mas o perímetro ur-
bano circundante é igualmente movimentado, incluindo a Plaza Mayor e o seu

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5 | LUÍS DE CAMÕES, OS LUSÍADAS

LEITURA
PRATICAR

E mais do que tudo estão lá os olindenses que, como a generalidade dos bra-
sileiros, são calorosos, despretensiosos e bons conversadores. Sempre prontos a
passar o cartão de uma pensão ou a oferecer um serviço, mas igualmente pron-
45 tos a retomar a conversa, risonhos, mesmo que não haja negócio.
Na verdade, Olinda é agora uma parte do Recife – e sem dúvida que é a parte
melhor. É um jardim, um refúgio, o parque recreativo onde os recifenses vêm
passar o serão ou o fim de semana. Sobretudo à noite, a cidade antiga ressoa de
músicas que saem de pátios rodeados pela vegetação tropical.
50 Há bares, pequenos restaurantes, música ao vivo, e uma animação que já
lembra os festejos do Carnaval que, a par com o do Rio de Janeiro e o de Salva-
dor, é considerado um dos melhores do Brasil. A cidade tem uma fortíssima
tradição musical, e artística em geral, tendo vindo a transformar-se na “casa” de
muitos músicos e pintores que aqui vieram instalar-se. Até os grafitos que apa-
55 recem nas paredes – incluindo nas do cemitério – são de qualidade, sejam eles
de carácter político ou abstratos.
Mas claro que a arte mais apreciada, aquela que atrai cada vez mais turistas
nacionais e estrangeiros, é a que os colonizadores portugueses deixaram por
aqui e que foi sabiamente copiada e reconstruída desde então.
60 Se Nova Olinda é apenas mais uma cidadezinha brasileira comum com tre-
zentos mil habitantes, a parte antiga, a chamada “cidade alta”, é um festival de
barroco. Espalhadas pelas colinas e sempre com vista para o mar, as duas deze-
nas de igrejas, para além de construções elegantes, funcionam como miradou-
ros extraordinários sobre o mar verde de coqueiros que só termina no verde
65 mais claro do mar, ou nas torres mais longínquas do Recife, plantadas em redor
da baía.
Vale a pena entrar, pelo menos, no Convento Franciscano, para ver os azule-
jos com cenas da vida de Jesus e de S. Francisco de Assis, e também na igreja da
Sé, ou de S. Salvador do Mundo; ambas oferecem um panorama sem igual sobre
70 a velha Olinda e ambas se situam na sua parte mais alta.
O acesso é feito por ruas íngremes, que percorremos a pé para admirar as
casas baixas de cores quentes – e aqui até o azul parece ser uma cor quente –,
que dão à zona aquele inimitável ar de presépio, reproduzido até à exaustão em
pinturas, cerâmicas, estampados e fotografias.
Alma de Viajante. Jornalismo de Viagens.
http://www.almadeviajante.com/olinda-um-presepio-portugues/ (texto com supressões)
(consultado em 28 de julho de 2015).

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PORTUGUÊS 10

LEITURA

PRATICAR
TÓPICOS DE ANÁLISE
Intenção comunicativa – narração de uma experiência de viagem. O viajante relata o que
viu e o que sentiu na(s) sua(s) visita(s) a Olinda.
Presença da 1ª pessoa – “Sempre que vou a Olinda, chove. Mesmo que esteja sol quando
chego…”
Discurso pessoal e subjetivo, olhar emotivo sobre certos espaços: “um dos mais belos com-
plexos de arquitetura colonial do Brasil”; “e que são quase tão bonitas como a realidade”;
“E mais do que tudo estão lá os olindenses que, como a generalidade dos brasileiros, são
calorosos, despretensiosos e bons conversadores”; “e sem dúvida que é a parte melhor”.
Estrutura do relato – detetar o itinerário apresentado:
• Praça da igreja da Sé.
• A parte antiga de Olinda.
• O Mercado Eufrásio Barbosa, o Mercado da Ribeira.
• Nova Olinda.
• A parte antiga, a chamada “cidade alta”.
• Convento Franciscano, igreja da Sé ou de S. Salvador do Mundo.
• Ruas íngremes.
(…)
Importância do título (elementos paratextuais): “Olinda, um presépio português” – atra-
vés da metáfora, antecipa-se o espaço que vai ser referido e também características desse
espaço (a disposição arquitetónica e a influência portuguesa/colonial).
Dimensão narrativa: “Sempre que vou a Olinda, chove. Mesmo que esteja sol quando
chego, é só o tempo de dar uns passos na calçada de pedra duma das ladeiras que leva ao
Alto da Sé, e o céu logo começa a ameaçar”.
Dimensão descritiva: “Espalhados pelas colinas frondosas, os campanários das igrejas de
Olinda despontam no meio da vegetação tropical. Estão rodeadas por um casario português
na traça e brasileiro na alegria das cores, um dos mais belos complexos de arquitetura co-
lonial do Brasil. Um roteiro de viagem à “cidade alta” de Olinda, paredes-meias com Recife,
capital de Pernambuco”.

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