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Economia A 11.

º ano

Adelino Teixeira
Rita Pereira Gomes
Fernando Rodrigues Silva

A cópia ilegal viola os direitos dos autores.


Os prejudicados somos todos nós.
Oo
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Apresentação

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Este Guia do Professor que acompanha o manual de Economia A do
11.º ano disponibiliza diferentes materiais que podem apoiar o professor
na lecionação da disciplina.

O livro encontra-se estruturado da seguinte forma:


• Programa da disciplina
• Planificações
• Metodologias de trabalho
(inclui trabalho de projeto e grelhas úteis para as aulas)
• Textos
• Exercícios e respetivas resoluções
• Resoluções do manual
(Fichas de Trabalho e Caminhando pela Economia)

Votos de um excelente trabalho.

Os autores

ISBN 978-972-0-87313-2

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Índice
I – Programa da disciplina 4
1. Introdução 5
2. Esquema conceptual dos conteúdos 6
3. Listagem e desenvolvimento
dos temas/unidades letivas 7

II – Planificações 10
1. Planificação-síntese anual 11
2. Planificação do 1.º Período 11
3. Planificação do 2.º Período 13
4. Planificação do 3.º Período 15

III – Metodologias de Trabalho 17


1. O Trabalho de Projeto 18
2. Grelhas de apoio 26
Constituição dos grupos de trabalho 26
Planificação do projeto 27
Avaliação do trabalho de grupo 29
Autoavaliação 30

IV – Sugestões de Trabalho 31
1. Textos 32
2. Exercícios 48

V – Sugestões de resposta 51
1. Manual 52
Fichas de Trabalho 52
Caminhando pela Economia 60
2. Guia do Professor 68
Sugestões de trabalho – Exercícios 68

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VI – Anexos 72
1. Documentos adicionais 72

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I – Programa

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da disciplina

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I – Programa da disciplina 5

1. Introdução
O Programa de Economia de 11.º ano pretende dar continuidade ao Programa do ano ante-
rior, mantendo a opção por um ensino da Economia no Ensino Secundário, orientado mais
no sentido de levar os alunos ao desenvolvimento das suas capacidades e à aquisição de
competências que lhes permitam o entendimento da realidade económica do que no de
uma mera aprendizagem de conceitos abstratos.
Mantêm-se também os objetivos de levar os alunos à aquisição básica de um adequado
aparelho conceptual, motivando-os para o estudo da realidade social, especificamente da
sua dimensão económica.
Assim, enquanto no Programa de 10.º ano de escolaridade a atenção se centrou nos funda-
mentos da atividade económica, o Programa de 11.º ano situa-se a um nível mais agregado
de conceptualização e de análise. De facto, este Programa centra a sua atenção no circuito
económico e nos agregados das contas nacionais (Tema III – A Contabilização da Atividade
Económica e – Organização Económica das Sociedades Tema IV), com destaque para a
“abertura” ao Resto do Mundo e para o papel do Estado em termos de políticas económicas
e sociais.
A finalizar o Programa de 11.º ano, pretende-se que sejam mobilizados os conhecimentos
teóricos adquiridos ao longo dos dois anos de estudo desta disciplina, bem como os resul-
tantes da sua aplicação às realidades portuguesa e europeia, que foi sendo feita em cada
unidade letiva, para, num esforço de síntese, de relacionação e de globalização de conheci-
mentos, os alunos refletirem criticamente sobre a realidade portuguesa atual no contexto
da União Europeia. É esse o objetivo didático fundamental do ponto 12.4. da última unidade
letiva do programa deste ano.
Para tal, os alunos deverão ser orientados, desde o início do ano, tendo em vista a realiza-
ção de um trabalho, conforme o especificado no supracitado ponto da referida unidade
letiva. Refira-se ainda que, entre outros recursos, os alunos deverão recorrer ao dossier
temático sobre as realidades portuguesa e europeia, que vem sendo organizado desde o
10.º ano e enriquecido e atualizado ao longo do 11.º ano. Isto porque, naturalmente,
permanece o objetivo do ano anterior, de lecionar o Programa partindo sempre das (e em
articulação com as) realidades portuguesa e europeia, impondo-se igualmente o recurso
privilegiado a metodologias assentes em estratégias sempre ativas, bem como à contex-
tualização sistemática dos conteúdos programáticos na realidade conhecida do aluno.
De facto, não é demais salientar a importância da permanente articulação dos conteúdos
teóricos com a realidade, em particular das economias portuguesa e da União Europeia,
através da sua utilização na ilustração e na aplicação dos conteúdos das várias unidades
letivas. Sempre que seja considerado oportuno, esta articulação com a realidade poderá
alargar-se ao nível mundial através do recurso à exemplificação dos fenómenos.
Refere-se igualmente a importância da utilização de metodologias que desenvolvam as
capacidades e as atitudes referidas nos objetivos da disciplina, nomeadamente a capaci-
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dade de pesquisa, seleção e tratamento de informação oportuna e relevante, bem como da


sua comunicação/apresentação a outros, quer de forma oral quer escrita. No domínio do
“aprender a aprender”, salienta-se a importância do desenvolvimento de competências

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6 I – Programa da disciplina

como as de revisão do próprio raciocínio, de crítica da informação selecionada e da sua

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sistematização, bem como de memorização de conteúdos essenciais devidamente com-
preendidos.
Relativamente à carga horária, considerou-se um total de 99 tempos letivos, de 90 minutos
cada, correspondente a 148,5 horas a decorrerem em 33 semanas.
A atribuição de carga horária a cada conteúdo programático é apenas uma sugestão, que
pode ser alterada em função das diversas formas de abordagem do processo de ensino-
-aprendizagem e das atividades desenvolvidas.

2. Esquema conceptual dos conteúdos

Os Agentes Económicos
e o Circuito Económico
A CONTABILIZAÇÃO
DA ATIVIDADE
ECONÓMICA
ASPETOS FUNDAMENTAIS DA ATIVIDADE ECONÓMICA (10.° ANO)

(11.º ANO)
A Contabilidade
Nacional

Relações Económicas
com o Resto do Mundo

A ORGANIZAÇÃO
ECONÓMICA A intervenção do Estado
DAS SOCIEDADES na economia
(11.° ANO)

A economia portuguesa
no contexto da
União Europeia

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I – Programa da disciplina 7

3. Listagem e desenvolvimento
dos temas/unidades letivas
III – A contabilização da atividade económica
8 Os agentes económicos e o circuito económico

8.1 O circuito económico

8.2 O equilíbrio entre Recursos e Empregos

Com o desenvolvimento desta unidade pretende-se que os alunos compreendam o funcio-


namento da atividade económica através das relações que se estabelecem entre os agen-
tes económicos. Assim, a partir do que se estudou na Unidade 1 do 10.º ano, poder-se-á
rever o conceito de agente económico, bem como as funções e os comportamentos que
estão associados a cada um dos diferentes agentes – Famílias, Empresas não Financeiras,
Estado (Administrações Públicas), Instituições Financeiras e Resto do Mundo.
Por outro lado, os agentes económicos estabelecem relações entre si que podem ser regis-
tadas sob a forma de fluxos - reais e monetários. Deste modo, pretende-se também que os
alunos sejam capazes de construir um circuito económico, compreendendo que este cons-
titui uma forma simplificada de representar a atividade económica e reconhecendo, em si-
multâneo, a necessidade de equilíbrio entre recursos e empregos numa dada economia.
Assim, nesta unidade letiva pretende-se lançar os fundamentos para a compreensão de
conceitos específicos da Contabilidade Nacional, abordados na unidade letiva seguinte.

Objetivos:
Conhecer os diferentes fluxos que se estabelecem entre os agentes económicos
Compreender a necessidade de equilíbrio entre recursos e empregos numa economia

9 A Contabilidade Nacional

9.1 Noção de Contabilidade Nacional

9.2 Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

9.3 Óticas de cálculo do Valor da Produção
9.3.1 Cálculo do valor da produção pela Ótica do Produto
9.3.2 Cálculo do valor da produção pela Ótica do Rendimento
9.3.3 Cálculo do valor da produção pela Ótica da Despesa

9.4 Limitações da Contabilidade Nacional

9.5 As Contas Nacionais Portuguesas

Nesta unidade pretende-se levar os alunos a compreender que as unidades institucionais,


residentes ou não residentes num país, estabelecem sistematicamente relações, reais e
monetárias, entre elas. Conhecer esta teia de relações e quantificá-las é o objetivo da Con-
tabilidade Nacional.
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Partindo do que foi estudado na unidade anterior, pode mostrar-se que a Contabilidade
Nacional, como técnica de cálculo que é, regista apenas os valores agregados de opera-
ções idênticas, ocorridas durante um certo período de tempo. Como a Contabilidade

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8 I – Programa da disciplina

Nacional não nos fornece somente uma medida básica do desempenho da economia, mas

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evidencia também as relações entre as três variáveis macroeconómicas básicas (Produto,
Rendimento e Despesa), pretende-se que os alunos sejam capazes de relacioná-las e de
compreender o seu significado.
Finalmente, pretende-se que os alunos compreendam que a Contabilidade Nacional apre-
senta falhas e insuficiências.

Objetivos:
Conhecer os conceitos necessários à Contabilidade Nacional
Compreender as diferentes perspetivas de cálculo do valor da produção
Compreender as limitações e insuficiências da Contabilidade Nacional
Conhecer as Contas Nacionais portuguesas

IV – A organização económica das sociedades


10 Relações económicas com o Resto do Mundo
10.1 A necessidade e a diversidade de relações internacionais
10.2 O registo das relações com o Resto do Mundo – a Balança de Pagamentos
10.2.1 A Balança Corrente
10.2.2 A Balança de Capital
10.2.3 A Balança Financeira
10.3 As políticas comerciais e a organização do comércio mundial

10.4 As relações de Portugal com a União Europeia e com o Resto do Mundo

Com o desenvolvimento desta unidade pretende-se que os alunos compreendam que, no


mundo atual, as relações económicas que se estabelecem entre países são intensas e di-
versificadas dado que, cada vez mais, circulam bens, serviços, pessoas, capitais, informa-
ção, tecnologia, etc.
Algumas dessas relações económicas podem ser quantificadas e registadas: trocas de
bens, de serviços e de capitais. Assim, pretende-se que os alunos compreendam, em ter-
mos gerais, a forma de registar essas trocas nos respetivos documentos – balanças – e,
em simultâneo, compreendam a importância desse registo enquanto instrumento que per-
mite avaliar a situação económica de um dado país. Essa avaliação pode ser feita para
qualquer país através da análise da sua situação cambial, da estrutura das suas importa-
ções e das suas exportações, da sua taxa de cobertura, etc.
Finalmente, pretende-se também que os alunos conheçam algumas políticas comerciais e
instrumentos que lhes estão associados, bem como organizações que, a nível mundial (Or-
ganização Mundial do Comércio – OMC) e regional (UE), têm por objetivo regular as trocas.

Objetivos:
Compreender a importância das relações económicas internacionais
Compreender a forma de contabilizar as relações económicas de um país com o Resto do
Mundo
Analisar as relações económicas de Portugal com o Resto do Mundo, em especial com os
outros países da UE

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I – Programa da disciplina 9

11 A intervenção do Estado na economia


11.1 Funções e organização do Estado
11.2 A intervenção do Estado na atividade económica
11.2.1 Funções económicas e sociais do Estado
11.2.2 Instrumentos de intervenção económica e social do Estado

11.3 As políticas económicas e sociais do Estado português

Com o desenvolvimento desta unidade pretende-se que os alunos compreendam a impor-


tância do Estado nas sociedades atuais. Com efeito, o Estado, para além de garantir a ordem,
a justiça e a defesa dos cidadãos, desempenha outros papéis a nível económico e social,
nomeadamente produzindo bens e serviços essenciais, participando na distribuição dos
rendimentos ou agindo, graças à sua política económica, sobre a inflação, o desemprego, o
investimento, as taxas de câmbio, etc. Para intervir na sociedade, o Estado dispõe de um
instrumento privilegiado – o Orçamento de Estado. Pretende-se também que os alunos ana-
lisem as políticas económicas e sociais do Estado português, bem como os constrangimen-
tos que lhe são impostos pelo facto de Portugal ser membro da União Europeia (UE).

Objetivos:
Compreender o papel do Estado nas sociedades atuais
Conhecer as principais políticas económicas e sociais do Estado
Conhecer as políticas económicas e sociais do Estado português

12 A economia portuguesa no contexto da União Europeia



12.1 Noção e formas de integração económica

12.2 O processo de integração na Europa

12.3 Desafios da UE na atualidade

12.4 Portugal no contexto da UE

Nesta unidade pretende-se que os alunos reconheçam que, no mundo atual, as relações
económicas internacionais constituem um dos principais suportes da economia de qual-
quer país, nomeadamente através de diferentes formas de integração formal. Conhecer
esses processos de integração económica e as várias formas que assumem reveste-se de
especial interesse. Considera-se, portanto, relevante apresentar, embora de forma muito
sucinta, formas de integração económica em diferentes áreas geográficas. Naturalmente,
será dedicado mais tempo ao estudo da União Europeia, não só por ser a forma mais evo-
luída de integração, mas também por Portugal dela fazer parte.
Finalmente, evidencia-se o objetivo fundamental desta unidade – a elaboração, pelos alu-
nos, de um trabalho sobre a economia portuguesa na atualidade, que constituirá simulta-
neamente uma aplicação e um aprofundamento dos conhecimentos adquiridos ao longo
dos 10.º e 11.º anos.

Objetivos:
Conhecer diversas formas de integração económica
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Compreender em que consiste a União Económica e Monetária (UEM)


Conhecer desafios que se colocam à União Europeia na atualidade
Analisar a atual situação da economia portuguesa no contexto europeu

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II – Planificações

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II – Planificações 11

1. Planificação-síntese anual
Períodos Temas Blocos

III – A CONTABILIZAÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA


Unidade 8 – Os agentes económicos e o circuito económico
1.º Período Unidade 9 – A Contabilidade Nacional 39
IV – A ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA DAS SOCIEDADES
Unidade 10 – Relações económicas com o Resto do Mundo

Conclusão da Unidade 10 – Relações económicas com o Resto do Mundo


2.º Período 32
Unidade 11 – A intervenção do Estado na economia

3.º Período Unidade 12 – A economia portuguesa no contexto da União Europeia 35

2. Planificação do 1.º Período


Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo

8 Os agentes  elacionar os agentes económicos


R • Teste diagnóstico 8
económicos e o (Famílias, Empresas não Financeiras,
• Observação dos
circuito económico Estado, Instituições Financeiras e Resto
alunos em sala
do Mundo) com as funções por eles
8.1 O circuito de aula
desempenhadas
económico
• Correção das
 elacionar as diferentes atividades
R
8.2 O equilíbrio atividades e fichas
económicas com as funções exercidas
entre Recursos de trabalho
pelos agentes económicos
e Empregos
• Teste sumativo
Distinguir fluxo real de fluxo monetário
Elaborar um circuito económico
 ustificar, a partir do circuito económico,
J
a necessidade de equilíbrio entre Recursos
e Empregos numa economia

9 A Contabilidade  ompreender a noção de Contabilidade


C • Observação dos 25
Nacional Nacional alunos em sala
de aula
9.1 Noção de  xplicitar os objetivos da Contabilidade
E
Contabilidade Nacional • Observação do
Nacional trabalho de grupo
Definir setor institucional
de análise de dados
9.2 Conceitos
Caracterizar os setores institucionais
necessários • Correção das
à Contabilidade Explicar o conceito de território económico atividades e fichas
Nacional  istinguir unidade residente de unidade não
D de trabalho
9.3 Óticas de residente • Teste sumativo
cálculo do Valor
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Identificar os ramos de atividade


da Produção
 ustificar as diferentes perspetivas de cálculo
J
do valor da produção no contexto do equilíbrio
entre empregos e recursos

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12 II – Planificações

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Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo


9.3.1  xplicar em que consiste o problema da
E
Cálculo do valor múltipla contagem no cálculo do Produto
da produção pela
 istinguir valor da produção de valor
D
Ótica do Produto
do Produto

9.3.2  istinguir os dois métodos de cálculo
D
Cálculo do valor do valor do Produto
da produção pela
Ótica do Explicitar o conceito de VAB
Rendimento Deduzir o valor do Produto a partir do VAB

9.3.3 Explicitar o conceito de Amortização (CCF)
Cálculo do valor
da produção pela Diferenciar Produto Líquido de Produto Bruto
Ótica da Despesa Distinguir Produto Interno de Produto Nacional
9.4 Limitações da Calcular o valor dos diversos tipos de Produto
Contabilidade
Nacional  istinguir Produto a preços correntes de
D
Produto a preços constantes
9.5 As Contas
Nacionais  ustificar a vantagem do cálculo do Produto
J
Portuguesas a preços constantes
 istinguir as várias componentes do
D
Rendimento
Calcular o valor do Rendimento
Identificar as componentes que permitem
calcular o Rendimento Disponível dos
Particulares
Distinguir as várias componentes da Despesa
Calcular o valor da Despesa Interna
 istinguir Despesa Interna de Despesa
D
Nacional
Calcular o valor da Despesa Nacional
Calcular a Procura Interna
Calcular a Procura Global
 xplicar as limitações da Contabilidade
E
Nacional, nomeadamente a dificuldade de
quantificar algumas atividades económicas
e a indiferença perante a utilização dos
recursos e o tipo de produção obtido
 azer a leitura dos agregados das Contas
F
Nacionais portuguesas e das respetivas
componentes

10 Relações Indicar os diversos tipos de relações •O


 bservação dos 6
económicas com internacionais alunos em sala
o Resto do Mundo de aula
 ustificar a necessidade das relações
J
10.1 A necessidade internacionais •O
 bservação do
e a diversidade trabalho de grupo
Identificar as componentes da Balança de
de relações de análise de
Pagamentos
internacionais dados
Identificar as componentes da Balança Corrente
Distinguir importações de exportações

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II – Planificações 13

Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo

10.2 O registo das  ustificar a necessidade de realizar operações


J •C
 orreção das
relações com o de câmbio atividades e fichas
Resto do Mundo de trabalho
Explicitar o conceito de taxa de câmbio
– a Balança de
•T
 este sumativo
Pagamentos  elacionar o valor da moeda com a evolução
R
da taxa de câmbio
10.2.1
A Balança  alcular o saldo relativo ao comércio
C
Corrente internacional de mercadorias
Interpretar o saldo da Balança de Mercadorias
 xplicar as consequências das alterações do
E
valor da moeda na Balança de Mercadorias
 eferir indicadores do comércio externo de
R
mercadorias (estrutura das importações e
das exportações e taxa de cobertura)
Calcular a taxa de cobertura
Interpretar o significado dos indicadores
do comércio externo referidos
Identificar as componentes da Balança
de Serviços
Identificar as componentes da Balança
de Rendimentos
Identificar as componentes das transferências
unilaterais correntes (nomeadamente as
remessas dos emigrantes)
Calcular o saldo da Balança Corrente
Interpretar o saldo da Balança Corrente

3. Planificação do 2.º Período


Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo

10.2.2 Identificar as componentes da Balança de •O


 bservação dos 12
A Balança de Capital (nomeadamente, as transferências alunos em sala
Capital não correntes – transferências da UE para de aula
financiamento de infraestruturas)
 0.2.3
1 •O
 bservação do
A Balança Identificar as componentes da Balança trabalho de grupo
Financeira Financeira (nomeadamente o IDE) de análise de dados
10.3 As políticas Caracterizar o protecionismo •C
 orreção das
comerciais e a atividades e fichas
 econhecer alguns instrumentos utilizados
R
organização do de trabalho
para impedir o comércio livre (barreiras
comércio alfandegárias, contingentação, subsídios •T
 este sumativo
mundial à exportação e dumping)
10.4 As relações de Caracterizar o livre-cambismo
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Portugal com a
União Europeia e  nquadrar a Organização Mundial do Comércio
E
com o Resto do (OMC) no projeto de liberalização do comércio
Mundo mundial

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14 II – Planificações

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Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo

Indicar os principais objetivos da OMC


 erificar a evolução do comércio externo
V
português – distribuição por produtos e
distribuição geográfica
Interpretar os indicadores do comércio
externo português
Interpretar a evolução das principais
rubricas da Balança de Pagamentos
de Portugal
 omparar a evolução da Balança de
C
Pagamentos em Portugal com a dos
restantes países da UE

11 A intervenção do Caracterizar as funções do Estado •O


 bservação dos 20
Estado na economia alunos em sala de
Identificar as esferas de intervenção do
aula
11.1 Funções e Estado – política, económica e social
organização •O
 bservação do
 aracterizar a estrutura do setor público
C
do Estado trabalho de grupo de
em Portugal
análise de dados
11.2 A intervenção
 xplicar as funções económicas e sociais
E
do Estado na •C
 orreção das
do Estado – garantir a eficiência, a equidade
atividade atividades e fichas de
e a estabilidade
económica trabalho
 eferir os instrumentos de intervenção
R
11.2.1 •T
 este sumativo
do Estado na esfera económica e social
Funções
económicas  istinguir planeamento imperativo
D
e sociais do de planeamento indicativo
Estado  istinguir despesas públicas de receitas
D
11.2.2 públicas
Instrumentos  lassificar as diferentes fontes de receitas
C
de intervenção do Estado
económica e
social do Estado Exemplificar as receitas do Estado
11.3 As políticas  istinguir impostos diretos de impostos
D
económicas indiretos
e sociais do Dar exemplos de impostos diretos e indiretos
Estado
português Exemplificar as despesas do Estado
Explicar o significado do saldo orçamental
 ustificar a importância do Orçamento de
J
Estado como instrumento de intervenção
económica e social
Identificar as políticas económicas e sociais
como instrumentos de intervenção do Estado
na esfera económica e social
 presentar os objetivos das políticas
A
económicas e sociais do Estado
 xplicar em que consiste a política
E
económica do Estado
 istinguir políticas conjunturais de
D
políticas estruturais

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II – Planificações 15

Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo

 eferir instrumentos de política económica


R
utilizados por cada uma das políticas
mencionadas
 eferir medidas das políticas sociais,
R
nomeadamente, as despesas com a
educação, com a saúde e com a segurança
social (por exemplo, o subsídio de desemprego
e o rendimento mínimo garantido)
 xpor as diferentes formas de redistribuição
E
dos rendimentos levadas a cabo pelo Estado
Identificar os objetivos das políticas económicas
e sociais do Estado português, nomeadamente,
as de combate ao desemprego, de
redistribuição dos rendimentos, orçamental e
fiscal
Indicar os constrangimentos às políticas
económicas e sociais decorrentes do facto
de Portugal ser membro da UE

4. Planificação do 3.º Período


Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo

12 A economia Explicitar o conceito de integração económica • Teste diagnóstico 35


portuguesa no
 istinguir as diversas formas de integração
D • Observação dos
contexto da União
económica alunos em sala
Europeia
de aula
 presentar vantagens decorrentes da
A
12.1 Noção e formas
integração económica • Correção das
de integração
atividades e fichas
económica  ar exemplos de formas de integração
D
de trabalho
económica em diferentes áreas geográficas
12.2 O processo de
• Teste sumativo
integração na  nquadrar historicamente o surgimento
E
Europa das comunidades europeias
12.3 Desafios da UE Identificar as principais etapas do processo
na atualidade de construção da UE
12.4 Portugal no Caracterizar o Mercado Único
contexto da UE Explicar em que consiste a UEM
Referir os objetivos da UEM
 ustificar a necessidade dos critérios de
J
convergência nominal exigidos pela criação
da UEM
 elacionar o Mercado Único Europeu com
R
a criação da UEM
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 eferir desafios da UE resultantes,


R
nomeadamente, de novos alargamentos,
do aprofundamento e da necessidade
de afirmação externa da UE

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16 II – Planificações

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Gestão
Conteúdos Objetivos Avaliação
do tempo

Identificar os desafios para a UE decorrentes NOTA:


de novos alargamentos
A avaliação deste
 ustificar a necessidade da reforma
J conteúdo do programa
das instituições da UE (nomeadamente, terá como objetivo a
o Conselho de Ministros, a Comissão análise da situação
e o Parlamento Europeu) em consequência da economia
do aumento do número dos seus membros portuguesa,
preferencialmente,
 xplicar a necessidade de reorientação
E
no último decénio,
dos fundos comunitários em consequência
numa perspetiva
da entrada de novos membros na UE
globalizante,
 eferir a necessidade de reformular as
R enquadrando-a,
políticas comunitárias face a um maior comparativamente,
aprofundamento da UE no contexto europeu.
 xplicar a importância do princípio
E Neste contexto,
da coesão económica e social os alunos deverão,
individualmente ou,
 elacionar convergência real com
R preferencialmente,
coesão económica e social em grupo, recolher
 videnciar as consequências do alargamento
E informações sobre
e do aprofundamento da integração europeia os objetivos indicados
na afirmação externa da UE face a outros deste conteúdo.
blocos económicos regionais
 plicar conhecimentos, anteriormente
A
adquiridos, sobre a realidade portuguesa
 nalisar a economia portuguesa
A
na atualidade
 omparar os principais indicadores de
C
desempenho da economia portuguesa
com os indicadores da economia da UE
 quacionar problemas e desafios que se
E
colocam à economia portuguesa no futuro
próximo (nomeadamente, o ritmo de
convergência real e as consequências
de novos alargamentos)

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III – Metodologias
de trabalho
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18 III – Metodologias de trabalho

1. O trabalho de projeto

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Os países, as empresas, as escolas profissionais, a formação dos indivíduos, o nosso
mundo, estão hoje alicerçados na ideia de projeto. A identificação e a capacidade de resolu-
ção de problemas são, hoje, objetivos centrais da formação. A metodologia que agora se
apresenta parece responder a estes objetivos.

O método do projeto
O projeto tem origem no movimento da educação humanista, associado ao pensamento
pedagógico de John Dewey (1859-1952). John Dewey identificava a liberdade com o poder
de cada um elaborar projetos e de os concretizar através da ação.
A construção de um projeto mobiliza, além de conhecimentos e de reflexão, a própria afetivi-
dade. O projeto implica a antevisão de uma finalidade. Para atingir essa finalidade, cada um
analisa as condições, busca os meios e ensaia as soluções mais adequadas e/ou exequíveis.
É, de facto, um jogo de inteligência e de capacidade de organização. A elaboração de um
projeto implica operações complexas:
observação das condições do meio;
o conhecimento do que já foi realizado antes, em condições semelhantes;
a avaliação da ação, para dela se extraírem significados.

O trabalho de projeto
O projeto deve ser usado por formadores que considerem que se pode sempre fazer me-
lhor, que a formação pode ser divertida e que tenham prática de animação de grupos. Esta
metodologia conduz a uma redefinição dos papéis sociais no espaço pedagógico. Incide
fundamentalmente em objetivos de desenvolvimento, autonomia, responsabilidade, livre
iniciativa, criatividade.

Definição
É um método de trabalho baseado na participação dos membros de um grupo, com o obje-
tivo de realizar um trabalho planificado e organizado de comum acordo. O trabalho é orien-
tado para a resolução de um problema.
O projeto é um plano a realizar para responder a um problema, estudar um tema, concre-
tizar uma ação. Baseia-se, como se viu, nas ideias de John Dewey e de outros teóricos
cognitivistas (De Bono). Halté (1982) liga esta pedagogia à investigação-ação. A motivação
é intrínseca. Os formandos escolhem um tema ou um problema que lhes interessa e pla-
neiam os modos de tratar o tema ou resolver o problema.
O resultado final é o produto dos seus conhecimentos, da sua investigação e da abordagem
pessoal do trabalho. É a realização do seu projeto!
A metodologia do projeto pode partir de três destas situações-tipo:
como método de formação, para aprender a utilizar a própria metodologia. O tema será
livre, desde que envolva os formandos e tenha relevância profissional e pessoal;
como método de resolução de problemas;

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III – Metodologias de trabalho 19

como método de investigação sobre temas de um programa.


A fusão das duas situações pode ser a melhor maneira de cumprir um determinado pro-
grama de formação, pelo envolvimento e participação que esta metodologia suscita.

Bases de desenvolvimento do trabalho de projeto


O contexto e a comunicação
Para a realização de um projeto em trabalho de equipa é importante o estabelecimento de
uma comunicação eficaz.

Contexto afetivo
c lima de aceitação: todos os elementos do grupo devem sentir-se igualmente importantes;
bom humor;
confiança: resolver os problemas decorrentes dos pequenos fracassos cria a base da au-
toconfiança da equipa.

Contexto físico
A sala de formação deve facilitar as diferentes atividades. Os móveis e a sua disposição não
podem ser obstáculos aos debates, às simulações. As paredes, os placares, devem ser
usados como suportes visuais das atividades. Será útil pôr à disposição do grupo um tipo
variado de equipamentos audiovisuais e de documentação.

A comunicação
O [educador], para desenvolver uma comunicação eficaz, deve ter em conta as seguintes
características:
autenticidade;
credibilidade da mensagem;
dinamismo;
escuta ativa;
autocontrolo;
relacionamento saudável com os participantes.

O trabalho de grupo
O projeto desenvolve-se em grupo. Os elementos do grupo têm necessidade de aceitação;
de reforçar a autoestima e a identidade; de produzir e testar as realidades sociais; de redu-
zir a ansiedade, a insegurança e o sentimento de impotência.
O formador tem de ter alguma prática de dinâmica de grupos e tem de conhecer diversos
processos de investigação (entrevista, questionário, pesquisa documental). Vai funcionar
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como o monitor do trabalho dos grupos a quem estes recorrem sempre que precisam de
informações ou de discutir hipóteses de investigação. (…)”
http://formacao.atwebpages.com, acedido a 2010-07-15

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20 III – Metodologias de trabalho

Fases da Metodologia de Trabalho de Projeto

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O trabalho de projeto desenvolve-se nas seguintes fases:
Escolha do tema;
Escolha e formulação de problemas parcelares;
Preparação e planeamento do trabalho;
Trabalho de campo;
Ponto da situação;
Tratamento da informação e relatório;
Apresentação dos projetos;
Balanço e avaliação.
(…)

Escolha do tema
A seleção do tema do trabalho de projeto é uma árdua tarefa, que, por vezes, pode levar
algum tempo, até se encontrar um tema consensual e do interesse de todo o grupo de tra-
balho. Os alunos deverão apresentar propostas de realização de projetos, em grupo ou in-
dividuais, devendo a escolha dos temas ser feita de acordo com os interesses dos alunos,
tendo em conta que poderão ser abordadas temáticas de outras disciplinas e outros assun-
tos relacionados com os grandes temas mundiais da atualidade.
Na ausência ou dificuldade na escolha de um tema por parte dos alunos, o professor deve
procurar e identificar temas e sugerir aos alunos.
Aquando da escolha do tema, cabe ao professor a tarefa de, dentro do possível, uniformizar
a dificuldade dos trabalhos propostos pelos alunos. Quanto ao número de temas por turma,
depende das possibilidades do professor, do número de alunos por turma e das caracterís-
ticas do grupo de trabalho. O professor pode optar por um tema único sobre o qual cada
grupo de trabalho irá trabalhar para uma determinada particularidade, ou diversificar os
temas e cada grupo trabalhar sobre um tema específico.
Para encontrar um tema, o professor deve desafiar o grupo propondo questões relevantes,
cuja procura de respostas possa gerar aprendizagem e conhecimento.
Os alunos e o professor devem envolver outros professores de outras disciplinas, de forma
a encontrarem, em conjunto, um tema transversal, dando condições aos alunos para ad-
quirirem conhecimento não só na utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação
mas também em outras áreas curriculares. A definição de um tema de trabalho deve ser
conseguida através da discussão entre todos os intervenientes, de forma a conseguir-se
um consenso e a motivação de todos os alunos. Este envolvimento e motivação são funda-
mentais para o sucesso desta metodologia de aprendizagem.
Independentemente do tema escolhido, este deve:
Ser autêntico e real;
Relevante e significativo para todo o grupo de trabalho;
Estar enquadrado no meio social dos elementos do grupo, tendo em conta os recursos a
que têm acesso;
Ser exequível no espaço de tempo disponível para a sua execução;
Ser transversal às várias áreas curriculares.

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III – Metodologias de trabalho 21

Quanto ao número de alunos por grupo de trabalho, este pode variar em função da comple-
xidade do tema e do número de temas disponíveis. No entanto, sugerimos grupos de 3 a 5
alunos. É desejável, ainda, que dentro do grupo se eleja um coordenador de projeto, que
terá como responsabilidade orientar as tarefas realizadas e manter a união do grupo de
trabalho.

Escolha e formulação de problemas parcelares


Depois de identificado e escolhido consensualmente o tema de trabalho, os alunos devem
identificar subtemas ou problemas parcelares. Quando se trata de um tema único para
toda a turma, esta tarefa deve ser coordenada pelo professor e deve ser realizada antes da
formação de grupos de trabalho, os quais devem ser formados, posteriormente, em função
de cada subtema ou problema a resolver.
A identificação de problemas parcelares passa pela identificação de questões que levarão
os alunos a desenvolver a sua capacidade de investigação, a identificar os recursos, méto-
dos e técnicas a utilizar para encontrar as respostas que, depois de devidamente compila-
das, tratadas e organizadas, levarão os alunos à conclusão do trabalho.

Preparação e planeamento do trabalho


Nesta fase, os alunos devem preparar o trabalho, elaborando um plano de atividades e tare-
fas a realizar durante a execução do projeto. No início do projeto, o conhecimento do seu todo
é normalmente muito vago, pelo que existe necessidade de, ao longo da sua execução, rever
com alguma frequência o planeamento, de forma a identificar eventuais atrasos na execução
das tarefas e desencadear as ações necessárias para a correção dos desvios verificados.
Como resultado desta fase, os alunos devem elaborar um documento que descreva as vá-
rias fases do projeto e respetivas tarefas, enquadramento temporal, recursos necessários
para a sua realização e o responsável ou responsáveis pela sua execução.
Com a colaboração dos professores envolvidos no projeto, devem ser ainda identificadas as
situações mais complexas que possam, de alguma forma, dificultar o projeto.
Apresentamos de seguida um resumo dos itens a incluir no documento com a planificação
do trabalho a realizar:
Identificação dos objetivos do projeto;
Definição de tarefas e atividades;
Identificação dos recursos necessários para a realização das tarefas;
Divisão de tarefas e responsabilidades;
Calendarização de tarefas.
(…)

Trabalho de campo
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Nesta fase, os alunos realizam as tarefas conforme o planeamento definido anteriormente.


Devem recorrer a diferentes técnicas e ferramentas para encontrar as respostas às ques-
tões e executar as tarefas planeadas. A utilização da Internet é fundamental, uma vez que

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22 III – Metodologias de trabalho

através desta podem realizar pesquisas, consultar especialistas sobre o tema em estudo,

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enviar e receber questionários e aceder a um conjunto de recursos que podem auxiliar o
aluno na execução das tarefas.
Os alunos devem consultar o planeamento para manter o enquadramento com as tarefas
planeadas. Devem ser responsáveis pelas suas tarefas e, sempre que estas não estejam a
ser realizadas de acordo com o planeado, todos os elementos do grupo devem ter conheci-
mento dessa situação e, em conjunto, devem definir ações que permitam ultrapassar as
dificuldades encontradas e manter a execução do projeto de acordo com o plano.
O professor deve procurar acompanhar o trabalho dos alunos no sentido de os alertar para
eventuais dificuldades e ajudá-los a ultrapassá-las. Deve incentivá-los à discussão de
ideias e troca de experiências vividas na execução das tarefas para que todos possam
aprender com as experiências dos outros. É fundamental que todos os alunos tenham co-
nhecimentos das dificuldades encontradas e que dêem o seu contributo na procura de uma
solução.
Ao longo do trabalho de campo, os alunos devem registar todas as atividades e ações rea-
lizadas, pessoas contactadas, métodos de trabalho, técnicas utilizadas para a recolha de
informação, reflexões e análise realizadas e eventualmente conclusões.

Ponto da situação
No decorrer do trabalho de campo, é importante que o grupo de trabalho faça o ponto da
situação (momento do trabalho de projeto em que os alunos devem fazer uma reflexão
sobre as tarefas realizadas, a realizar e a sua calendarização) com alguma frequência. Ao
fazê-lo, o grupo tem a capacidade de analisar o trabalho realizado e de confrontar este com
o planeamento.
Com base nos registos realizados pelos alunos no decorrer das tarefas pelas quais foram
responsáveis, todo o grupo pode ter conhecimento das dificuldades e das conclusões obti-
das pelos restantes elementos do grupo de trabalho. A realização do ponto de situação
permite igualmente ao professor acompanhar o trabalho dos alunos e, eventualmente, em
conjunto com estes, definir novas estratégias e técnicas para o seu desenvolvimento.
De salientar ainda que o trabalho deve ser flexível e reajustado permanentemente às ne-
cessidades verificadas pelos alunos, não podendo ser encarada com rigidez a relação pla-
neamento/concretização do projeto.

Tratamento da informação e relatório


Antes de elaborar o relatório final, os alunos devem, em grupo, tratar a informação reco-
lhida, procedendo à sua análise e discussão. Devem identificar se todas as tarefas foram
corretamente realizadas de acordo com a planificação e justificar as discrepâncias existen-
tes entre a planificação e a execução das tarefas. Devem, ainda, selecionar a informação
útil e necessária para justificar as conclusões a que chegaram e o trabalho que realizaram.
No tratamento dos dados recolhidos, os alunos podem utilizar as aplicações estudadas
nesta ou noutras disciplinas. O processador de texto e a folha de cálculo serão, certamente,
as aplicações fundamentais para o registo e tratamento dos dados recolhidos.

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III – Metodologias de trabalho 23

Após o tratamento dos dados, os alunos devem elaborar o relatório final, seguindo as indi-
cações do professor. (…) A elaboração do relatório é uma tarefa que deve ser realizada com
algum cuidado e, mais uma vez, com a participação e envolvimento de todo o grupo de
trabalho.
O relatório deve refletir, de forma sucinta, clara e objetiva, o trabalho realizado.
Sugerimos que o relatório foque os seguintes aspetos:
Identificação do tema de trabalho;
Agradecimentos;
Informação sobre os autores;
Processo e técnicas na recolha da informação;
Dificuldades encontradas e indicação da forma como foram suprimidas ou ultrapassadas;
Principais resultados obtidos;
Conclusões.
A formatação do documento de relatório é também um aspeto importante, para o qual dei-
xamos algumas sugestões:
Margens – Esquerda: 3 cm; Direita: 2 cm; Superior: 2,5 cm e Inferior: 2 cm;
Tipo de Letra – Arial [Times New Roman] ou Verdana;
Títulos e Subtítulos – Devem ser numerados e formatados com o tamanho do tipo de letra
14 e 12, respetivamente. Deve, ainda, aplicar sobre estes o estilo negrito;
Parágrafo – Avanço da primeira linha de 1 cm e o espaçamento entre linhas de 1,5 linhas;
Cabeçalho e Rodapé – Indique no cabeçalho do documento o tema do projeto e o ano le-
tivo a que respeita e no rodapé indique, alinhado à direita, o número de página e o número
total de páginas do documento;
Índice – Inclua no documento um índice de orientação para o leitor. Utilize os estilos para
criar o índice de forma automática;
Impressão – Imprima o seu relatório apenas num dos lados da folha de papel.
A formatação do documento de relatório deve permitir a sua fácil leitura, pelo que a esco-
lha do tipo de letra, tamanho e cores utilizadas no texto são aspetos importantes e que
devem ser considerados depois de alguma reflexão. Para tornar o seu trabalho mais ape-
lativo, inclua neste imagens e gráficos enquadrados com os conteúdos abordados no rela-
tório, mas em quantidade adequada.
Aconselhamos ainda uma leitura atenta do relatório por todos os elementos do grupo de
trabalho, de forma a poderem identificar eventuais gralhas existentes neste.

Apresentação de projetos
(…) Na realização da apresentação dos trabalhos, os alunos devem ter consciência de que
devem apresentar apenas o produto realizado, as conclusões obtidas e não todo o relató-
rio. A capacidade de síntese e objetividade é, nesta fase, o grande teste aos alunos. Nor-
malmente, a apresentação dos trabalhos resume-se a apenas 20 minutos [no máximo],
nos quais os alunos têm de ter a capacidade de transmitir de forma clara e objetiva o pro-
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duto do trabalho. Mais uma vez, as Tecnologias da Informação e Comunicação têm um


papel muito importante não só no que respeita à apresentação do trabalho como também
na sua divulgação. Recorrendo a uma aplicação para a criação de apresentações, tal como

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24 III – Metodologias de trabalho

o PowerPoint, os alunos têm os recursos necessários para realizarem a apresentação do

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trabalho de projeto através de diapositivos. Beneficiando das potencialidades destas apli-
cações, é possível criar apresentações atrativas e bem estruturadas, sendo uma ferra-
menta que permite auxiliar e guiar os alunos durante a apresentação do trabalho. Para a
divulgação do trabalho, os alunos podem ainda criar boletins informativos, cartazes e bro-
churas. Sugerimos ainda a criação de um web site para a divulgação do trabalho realizado.
Para completar, podem realizar um trabalho conjunto entre todos os grupos de trabalho, a
criação de um web site da disciplina e neste, a criação de um espaço para a divulgação de
cada um dos trabalhos realizados pela turma. Para divulgação da existência do web site,
sugerimos a utilização do correio eletrónico, enviando uma mensagem para todos os pro-
fessores e alunos da comunidade escolar.

Balanço e avaliação
No fim, todos os elementos envolvidos no trabalho devem elaborar um balanço, condu-
zindo este à avaliação do trabalho realizado pelos alunos. A avaliação não deve incidir ape-
nas sobre o trabalho final, mas deve ter um carácter contínuo, permitindo a avaliação de
todo o trabalho realizado ao longo do projeto. Neste sentido, o professor, ao longo do de-
senvolvimento do projeto, deve criar os próprios registos de avaliação, registando a evolu-
ção do trabalho, envolvimento dos alunos, cumprimento dos objetivos intermédios através
da realização das tarefas planeadas e todas as restantes anotações que considere neces-
sárias para uma avaliação justa e eficaz.
É importante que a avaliação dos trabalhos seja realizada em conjunto com todas as pes-
soas envolvidas no projeto, alunos, professores das TIC e os professores das áreas curricu-
lares sobre as quais incidiu o trabalho de projeto. Os professores devem fazer uma síntese
do trabalho realizado, analisando os seguintes aspetos:
Métodos de trabalho, dificuldades e a forma como estas foram ultrapassadas;
Evolução do grupo de trabalho, alterações de comportamento, aprendizagem realizada e
a forma como foram geridos e sanados os momentos de tensão e conflito;
Cumprimento dos objetivos inicialmente previstos;
Forma como os recursos disponíveis foram utilizados;
Relatório e capacidade de síntese na apresentação;
Postura e capacidade de comunicação.
Para além da avaliação dos resultados obtidos no projeto, o professor deve ainda conside-
rar o envolvimento e participação de cada aluno. Desta forma, tem condições para avaliar
individualmente o contributo de cada aluno e, se necessário, atribuir uma avaliação dife-
rente para cada um, dentro do mesmo grupo de trabalho.
O professor deve ainda promover a autoavaliação dos alunos, permitindo que estes façam
uma reflexão sobre o seu contributo e a aprendizagem realizada durante a execução do
projeto. O processo de avaliação é ainda ideal para os envolvidos no projeto refletirem sobre
os erros e falhas cometidas e, a partir destes, ponderarem sobre a forma como podem e
devem ser evitados em situações futuras.
www.aprendercomastics.net, págs. 4-12, acedido a 2010-07-15

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III – Metodologias de trabalho 25

Ferramentas auxiliares
“Com o objetivo de auxiliar o aluno na adaptação das aplicações e ferramentas a utilizar
nas várias fases do projeto, apresentamos um resumo da sua utilização possível:
Processador de Texto – Produção de texto, tabelas e relatórios;
Folha de Cálculo – Tratamento de dados, permitindo a utilização de fórmulas estatísticas,
apresentação de dados em forma de gráficos;
Criação de Apresentações – Apresentação de informação multimédia. Ideal para a apre-
sentação de um trabalho, resultados e conclusões deste;
Sistemas de Gestão de Base de Dados – Úteis para gerir e organizar grandes quantidades
de informação;
Edição e Tratamento de Imagem – Para edição e tratamento de imagens a incluir no re-
latório do trabalho de projeto.
Quanto à Internet, sendo acessível a grande parte da comunidade de estudantes, a sua
utilização deve ser potenciada no desenvolvimento dos trabalhos de projeto. Neste sentido,
os alunos podem utilizar os seguintes serviços:
Correio Eletrónico – Ideal para a troca de ideias, opiniões e ficheiros de trabalho. Pode
também ser utilizado para esclarecimento de dúvidas e recolha de informação de entida-
des ou pessoas externas à instituição de ensino.
Páginas Web – Devem ser utilizadas para pesquisa, consulta e disponibilização de informação.
Fóruns de Discussão – Utilizados para troca de ideias, opiniões e experiências sobre um
tema ou área específica.
A utilização da Internet como base de trabalho para a investigação, pesquisa e dissemina-
ção da informação deve ser estimulada. No entanto, importa referir algumas questões re-
lacionadas com a segurança e os conteúdos acedidos através desta.
Sabemos que a informação que circula na Internet não é controlada por nenhuma entidade.
Neste sentido, este controlo passa para a responsabilidade dos professores e pais, que
devem desencadear todas as ações necessárias para a sensibilização dos alunos relativa-
mente aos conteúdos que devem ser evitados. A consciencialização dos riscos, a procura de
informação sobre como controlar e minimizar estes riscos é uma tarefa que deve envolver
pais, educadores e responsáveis pela gestão dos sistemas informáticos das escolas. Esta
temática preocupa cada vez mais a nossa sociedade; no entanto, as opiniões dividem-se.
A Internet baseia-se na livre circulação de informação, razão pela qual não existe qualquer
controlo sobre esta. No entanto, vários são os países que procuram controlar a informação
que circula na Internet sem grande sucesso, até à data. Tratando-se de uma rede mundial,
o seu controlo é praticamente impossível. Assim, resta-nos a nós, meros utilizadores, pro-
curar controlar a informação a que acedemos.
Existe no mercado um conjunto de ferramentas que permite controlar os conteúdos a que
acedemos através do browser. Sem dúvida que a minimização ou até resolução do pro-
blema passa pela instalação de software que realize esse controlo.
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Porém, este controlo nunca pode ser muito efetivo, uma vez que diariamente surgem novas
formas de contornar o real funcionamento destas aplicações.”
www.aprendercomastics.net, pág. 3, acedido a 2010-07-15

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26 III – Metodologias de trabalho

2. Grelhas de apoio

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Constituição dos Grupos de Trabalho
Grupo:
Elementos do grupo:
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Coordenador:

Grupo:
Elementos do grupo:
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Coordenador:

Grupo:
Elementos do grupo:
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Coordenador:

Grupo:
Elementos do grupo:
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Coordenador:

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III – Metodologias de trabalho 27

Planificação do Projeto
Grupo:
Elementos do grupo:
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Nome: n.º
Coordenador:

Tema do projeto:

Descrição do projeto:

Objetivos do projeto:

Atividades a desenvolver:
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(cont.)

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28 III – Metodologias de trabalho

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(cont.)

Divisão de tarefas e responsabilidades:

Recursos a utilizar:

Calendarização e desenvolvimento das atividades planificadas:

Apreciação final/reporte das dificuldades sentidas:

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III – Metodologias de trabalho 29

Avaliação do trabalho de grupo

Grupo: Ano: Turma:

Tema:

Data de início do trabalho: Data de conclusão:

Classificação dos elementos do grupo


Parâmetros
Aluno: Aluno: Aluno: Aluno: Aluno:

Organização do trabalho
Seleção do tema

Adequação dos objetivos

Organização do processo
de pesquisa de dados

Pertinência dos dados

Resultados diversificados

Divisão de tarefas

Cooperação

Trabalho escrito

Estrutura do trabalho

Articulação das diversas


partes do trabalho

Correção de conceitos

Correção ortográfica

Apresentação gráfica

Seleção e tratamento
de informação

Criatividade/Originalidade

Apresentação oral

Clareza do discurso

Exposição

Gestão temporal

Capacidade de síntese

Apresentação em
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suportes adequados

Classificação global

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30 III – Metodologias de trabalho

Autoavaliação

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Nome: N.º:

Membro do grupo: Ano: Turma:

Participação:

Empenho:

Cooperação:

Pesquisa:

Considerações finais1:

Classificação final

1
Apreciação do resultado final do trabalho e sua importância.

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IV – Sugestões
de trabalho
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32 IV – Sugestões de trabalho

1. Textos de apoio
8  Os agentes económicos e o circuito económico

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Texto 1

“Criadas perto de 20 mil ‘empresas na hora’ em 2013


O ritmo de criação de negócios ao abrigo do programa “Empresa na hora” acele-
rou em 2013. Aos balcões de atendimento deste serviço foram constituídas 19 629
sociedades, mais 2677 do que no ano anterior, segundo dados publicados pelo Ins-
tituto dos Registos e Notariado (IRN). Por mês, a média é de 1635 empresas. O au-
mento homólogo – 16% – não chega para igualar o número de sociedades constituí-
das “na hora” em 2011, ano em que foram criados 21 347 negócios nestes postos de
atendimento. (…) O ritmo de aberturas tinha caído 8% em 2012, ano de travão a
fundo na economia portuguesa, em que a criação de sociedades por este meio ficou
aquém das 17 mil.
Ao todo, desde que o programa foi lançado pelo anterior Governo como um dos
vértices da política de simplificação administrativa, foram constituídas 157 388 so-
ciedades (dados atualizados entre julho de 2005 e outubro de 2013), não sendo co-
nhecidos quais deste universo encerraram.
A criação de empresas “na hora” chegou a superar as 23 mil em 2007 e 2008, picos
que desde aí não se voltaram a repetir. Logo nos dois anos seguintes, a constituição
de empresas caiu: primeiro, para mais de 19 300; depois, para cerca de 18 600. A re-
cuperação em 2011 permitiu a formação de mais 21 347 aos balcões da “Empresa na
hora”, mas o ritmo não se manteve a partir daí. A evolução mensal em 2013 foi idên-
tica à do ano anterior e à de 2011, com o maior número de empresas criadas a con-
centrar-se logo no primeiro mês do ano. Se, em janeiro, foram criadas mais de 3200
empresas “na hora”, em nenhum dos meses seguintes se chegou a esse patamar ou
sequer às duas mil.
Já o número de sucursais constituídas “na hora” diminuiu, passando de 89 em
2012 para 77 no ano seguinte, número que fica acima do registado em 2011 (73).
Segundo dados do observatório Racius, que publica estatísticas empresariais,
terão sido constituídas em Portugal cerca de 34 100 sociedades, mas o número de
empresas dissolvidas ou em processo de insolvência supera as 38 400 empresas.
Já uma estimativa da Informa D&B apontava para a criação de 35 296 novas em-
presas, mais 12,8% do que em 2012, acompanhado de uma queda nos encerramen-
tos nas insolvências.”
http://www.publico.pt, acedido em 2014-01-14

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IV – Sugestões de trabalho 33

Texto 2

“Instituições supervisionadas pelo Banco de Portugal


Compete ao Banco de Portugal a supervisão das instituições de crédito e das
sociedades financeiras e entidades prestadoras de serviços de pagamento, nomea-
damente das instituições de pagamento.
Em particular, a supervisão comportamental do Banco de Portugal regula e su-
pervisiona a conduta dessas instituições nos mercados bancários de retalho. Neste
sentido, deverá ser assegurada a transparência e o rigor da informação em todas as
fases da relação entre os clientes e as instituições (desde as campanhas publicitárias,
à fase pré-contratual, ao momento da contratação dos produtos e serviços bancá-
rios e durante a vigência do contrato celebrado) e o equilíbrio de interesses entre as
entidades supervisionadas e os seus clientes no âmbito das transações de produtos e
serviços bancários.
Para não induzir o público em erro quanto às operações que determinada insti-
tuição possa praticar, apenas as instituições de crédito e as sociedades financeiras
poderão incluir na sua firma ou denominação expressões como “banco”, “ban-
queiro”, “de crédito”, “de depósitos”, “locação financeira”, “leasing” e “factoring”. Do
mesmo modo, o uso da expressão “instituição de pagamento” é exclusivamente re-
servado a essas instituições, que poderão inclui-la na sua firma ou denominação e
utilizá-la no exercício da sua atividade.
As instituições autorizadas a exercer atividade em Portugal constam na “Lista de
Instituições Registadas” no Banco de Portugal. Como cliente bancário, deverá, em
primeiro lugar, verificar se a instituição com a qual pretende contratar um produto
ou serviço financeiro faz parte dessa lista e averiguar se a mesma pode exercer a
actividade em causa.
Quando são detetadas situações de atividade não autorizada, o Banco de Portu-
gal divulga alertas públicos sobre as entidades que operam no mercado português
sem estarem munidas da necessária autorização. Adicionalmente, o Banco de Por-
tugal publica comunicados de outras autoridades de supervisão, nacionais e estran-
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geiras, relativamente ao exercício de atividades não autorizadas.”


http://clientebancario.bportugal.pt, acedido em fevereiro de 2014

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34 IV – Sugestões de trabalho

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Texto 3

“A caminho do Resto do Mundo


Atentos às novas necessidades dos seus clientes, os corretores de seguros estão dis-
postos a acompanhá-los nos seus processos de internacionalização, estudando a me-
lhor forma de proteger as partidas para mercados externos.
“Acompanhar e garantir aos clientes que a gestão dos seus riscos e seguros, em qualquer
parte do Mundo, será atendida com programas adequados, de cobertura sólida e confiável,
é vital na nossa atividade hoje em dia”, constata Ricardo Pinto dos Santos, administrador
da MDS. Há muito que a corretora integra redes de parcerias à escala global mas nunca
como antes essa realidade se tornou tão óbvia para a classe de corretores de seguros.
Com as empresas portuguesas a sofrer as duras pressões da contração do mercado
doméstico, a procura de mercados além-fronteiras tornou-se uma solução incontornável
para conquistar novos consumidores e escoar produtos e serviços. Com elas, partem não
só a mercadoria e os recursos humanos. Partem os parceiros de negócio capazes de asse-
gurar que uma operação tão arriscada é feita com a máxima proteção. “Compreender as
diferenças de cada país, conhecer os requisitos legais e comerciais de cada região, podem
ser processos exigentes e complexos, cujo resultado para os clientes depende de um par-
ceiro com ampla experiência”, confirma, com efeito, Ricardo Pinto dos Santos.
Seguros de créditos, de transporte de mercadorias, de responsabilidade civil, mas tam-
bém de saúde, de vida e de acidentes para os quadros expatriados, há um imenso leque de
coberturas que é preciso trabalhar para oferecer uma proteção completa a uma empresa-
-cliente que decida apostar numa vertente de internacionalização do seu negócio. A estas
acrescerá ainda um conjunto de proteções que eventualmente faça sentido em determi-
nada região do globo, atendendo às características geográficas, económicas, políticas ou
culturais do destino em causa. O trabalho de preparação de uma solução de seguros para
estes casos tem, naturalmente, de ser intenso, mas fará do corretor de seguros um par-
ceiro de grande valor numa altura em que tudo é arriscado na vida da empresa-cliente.
Para as seguradoras, é também com grande satisfação que o fenómeno da internacio-
nalização é encarado num momento como o atual, disponibilizando-se muitas delas para
fornecer as coberturas necessárias para garantir proteção completa além-fronteiras. “Face
à conjuntura nacional, muitas empresas portuguesas têm procurado alternativas ao seu
mercado doméstico de forma a aumentarem o seu mercado potencial e a sua rentabili-
dade. Todos os seus parceiros têm que apoiar essa transformação e os corretores e as
companhias de seguros também têm trabalhado para apoiar esses novos desafios”, asse-
gura Nuno Catarino, Diretor Comercial do canal de Corretores da Zurich em Portugal,
que reconhece nos corretores “um papel importante na captação de novos negócios”.
Mas há muito mais para descobrir em mercados externos. Países lusófonos, como An-
gola, Moçambique e o Brasil veem nos corretores de seguros portugueses a oportunidade
de contactar com as melhores práticas europeias de corretagem e aplicar essas competên-
cias às suas carteiras de clientes. Para os corretores portugueses será certamente a oportu-
nidade para estabelecer parcerias com grande potencial de sucesso e assim ampliar car-
teiras de clientes que em Portugal sofreram com o encerramento de muitas empresas.”
http://www.oje.pt, acedido em 2012-10-11

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IV – Sugestões de trabalho 35

9  A Contabilidade Nacional
Texto 1

“Novas regras aumentam PIB português até 2%


Dívida também deve subir
O novo sistema europeu de contas, que entrará em vigor no outono deste ano,
deverá aumentar o PIB dos países europeus entre 0% e 5%. As alterações metodoló-
gicas deverão também ter impacto agravado na dívida pública.
As alterações metodológicas incluídas no novo sistema europeu de contas, que
será aplicado na União Europeia a partir de outubro deste ano para melhorar a ca-
pacidade de comparações internacionais, deverão aumentar entre 1% e 2% o valor
do Produto Interno Bruto (PIB) português, segundo as primeiras estimativas divul-
gadas nesta quinta-feira, 16 de janeiro, pela Comissão Europeia. Assumindo que o
PIB ronda 170 mil milhões de euros, este passará, por este efeito, a elevar-se a cerca
de 172 mil milhões.
A diferença resulta, no essencial, do tratamento estatístico distinto que será dado
às despesas em investigação e desenvolvimento ou em sistemas de defesa e arma-
mento, que deixam de ser consideradas despesas correntes ou consumo final para
passarem a ser contabilizadas como investimento.
A nova metodologia fará aumentar, em média, o PIB da UE em 2,4%, com os
valores a oscilarem entre 0%-1% em cinco países (entre os quais a Polónia) e entre
4% a 5% na Finlândia e Suécia. A título de comparação, nos Estados Unidos, que já
procedeu a alterações metodológicas semelhantes, o PIB foi revisto em alta em 3%
entre 2010 e 2012.
Em paralelo, o novo sistema de contas (SEC-2010) obrigará as autoridades dos paí-
ses europeus a fornecer estatísticas sobre os encargos assumidos com pensões – que
correspondem a dívida a ser paga no futuro. Pretende-se que os países passem a apre-
sentar um “quadro suplementar obrigatório” para mostrar de “forma transparente as
responsabilidades assumidas por todos os regimes de pensões” a fim de “melhorar a
comparabilidade entre os países”, refere a Comissão Europeia, em comunicado.
Segundo alertava o Conselho de Finanças Públicas (CFP) em julho, o novo sis-
tema europeu de contas trará também novidades na metodologia de cálculo do dé-
fice e dívida públicos: mais empresas públicas serão incluídas no perímetro das
administrações públicas, o que “poderá implicar a inclusão na esfera da dívida pú-
blica de pelo menos um quarto da dívida das empresas atualmente fora” desse perí-
metro estatístico.
A entidade presidida pela economista Teodora Cardoso referia ainda que a dí-
vida pública passará também a incluir a dívida comercial do Estado, da qual fazem
parte os pagamentos em atraso decorrentes da aquisição de bens ou serviços.
A estes dois fatores juntam-se eventuais reclassificações de investimento das PPP
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que “poderão ter também impacto na dívida, de sinal ainda desconhecido”.”


http://www.jornaldenegocios.pt, acedido em 2014-01-16

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36 IV – Sugestões de trabalho

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Texto 2

“O Produto Interno Bruto


Perceber a envolvente macroeconómica exige, em primeiro lugar, ter na nossa
posse um conjunto de medidas agregadas que refletem o desempenho da economia.
A medida central para avaliar esta performance corresponde à quantidade de
bens e serviços produzidos no espaço geográfico em causa num determinado pe-
ríodo de tempo (comummente um ano); esta medida vai ser designada, para já,
como produto.
O primeiro cuidado a ter ao abordar a contabilização do produto relaciona-se
com aquilo que esta medida efetivamente nos diz e aquilo que ela é incapaz de tra-
duzir. Ao somar o valor de todos os bens e serviços produzidos numa economia ao
longo de um ano, conseguimos ter uma ideia de como a sociedade foi capaz, em
maior ou menor grau, de ir de encontro à satisfação das necessidades dos consumi-
dores; à partida, quanto maior a quantidade produzida, simultaneamente mais ren-
dimento é gerado e maiores poderão ser os níveis de despesa.
Os conceitos de produto, rendimento e despesa estão intimamente relacionados e
para já convém reter esta ideia: produzir mais significa gerar maiores rendimentos e
permitir um maior acesso a bens e serviços que possibilitam satisfazer necessidades.
No entanto, como qualquer medida agregada, o produto não traduz tudo o que
há a saber sobre o bem-estar material da sociedade. Até que ponto o maior valor de
produção traduz uma sociedade mais avançada em termos de valores sociais, polí-
ticos, culturais e de cidadania é impossível saber; da mesma forma, até que ponto
uma sociedade materialmente mais rica é uma sociedade em que os seus cidadãos
vivem uma vida mais feliz e mais saudável é outra incógnita que subsiste.
Além dos argumentos anteriores, é evidente que, tratando-se de uma medida
global, o produto pode esconder maiores ou menores desigualdades de rendimento
e de acesso a bens e serviços básicos por parte de uma fração mais ou menos signi-
ficativa da população.
Independentemente das limitações subjacentes, devemos interpretar como rele-
vante o conhecimento acerca daquilo que a economia efetivamente produz e da
evolução temporal desse nível global de produção. Este é o indicador fundamental
para aferir acerca do nível de vida que efetivamente existe em diferentes países ou
diferentes regiões do globo.”
Orlando Gomes, Macroeconomia: Noções Básicas – fevereiro de 2012

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IV – Sugestões de trabalho 37

Texto 3

“Católica: Portugal cresceu 1,3% no último trimestre de 2013


Núcleo de estudos de conjuntura assinala a interrupção de “11 trimestres de cres-
cimentos homólogos negativos” e revê em alta a previsão de crescimento para 2014.
A economia portuguesa terá crescido 1,3% durante o último trimestre de 2013,
em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a estimativa
avançada pelo Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP)
da Universidade Católica. O mesmo documento calcula que a variação em relação
ao terceiro trimestre terá sido de 0,3%.
A Universidade Católica sublinha que este desempenho interrompe “11 trimes-
tres de crescimentos homólogos negativos” e foi suportado pela “recuperação da
procura interna, incluindo o investimento”, além de refletir um processo de conso-
lidação orçamental em 2013 “inferior ao previsto no início do ano”. Com base nes-
tas estimativas, o NECEP, dirigido pelo economista João Borges de Assunção, prevê
que a quebra média anual do produto interno bruto de Portugal terá sido de 1,5%,
enquanto a taxa de desemprego terá ficado, também em termos médios, em 16,4%,
com um valor de 15,9% no final do ano passado.
As novas projeções para 2014 revelam que os economistas do NECEP estão
agora mais otimistas. O organismo antecipa um crescimento de 0,8% contra uma
previsão anterior que apontava para a estagnação. “A dinâmica da economia portu-
guesa é agora consistente com uma recuperação económica que será, porém, par-
cialmente travada pelo ajustamento orçamental previsto para 2014”, adianta o do-
cumento da Universidade Católica.
Sobre o comportamento da economia em 2014, o NECEP refere, ainda, que “há
incerteza associada à conclusão dos primeiros três anos do programa de ajusta-
mento no final do primeiro semestre com consequências a nível da viabilidade do
financiamento autónomo do Estado, bem como a nível do custo desse financia-
mento”. E “persiste, ainda, a incerteza sobre a dimensão efetiva do ajustamento or-
çamental em 2014 e a do seu impacto no crescimento de curto prazo”.
Apesar destes avisos e da identificação das incertezas que rodeiam a conjuntura,
o NECEP termina com um tom positivo. “Pela primeira vez, o NECEP vislumbra a
possibilidade de recuperação cíclica invulgarmente robusta resultante também da
invulgar dimensão negativa do hiato do produto. Do lado externo, os riscos resul-
tam da gradual eliminação dos estímulos monetários nos EUA ao longo de 2014, da
sua repercussão na política monetária na Zona Euro, e da incerteza sobre a condu-
ção do processo da União Bancária na UE ao longo deste ano”.
O NECEP adianta, também, a primeira previsão para 2015, com a perspetiva de
uma taxa de crescimento de 1,4%, ponto central de um intervalo que admite uma
progressão de 0,3% no pior cenário e um avanço de 2,5% na melhor das hipóteses.
O gabinete alerta que esta projeção apresenta dificuldades ligadas à “velocidade,
dimensão e persistência da recuperação cíclica e o seu condicionamento às restri-
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ções de endividamento e financiamento que limitam a economia portuguesa”.


http://www.jornaldenegocios.pt, acedido em 2014-01-22

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38 IV – Sugestões de trabalho

10  Relações económicas com o Resto do Mundo

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Texto 1

“Comunicações ao Banco de Portugal - Balança de Pagamentos


Com efeitos já neste ano de 2013 e de acordo com a Instrução do Banco de Por-
tugal n.º 27/2012, todas as pessoas coletivas residentes em Portugal, que realizem
operações com o exterior, num total anual igual ou superior a 10 000 euros (dez mil
euros), devem reportar mensalmente ao Banco de Portugal as:

– operações económicas e financeiras com o exterior;
– posições em final do mês relativas a depósitos, empréstimos ou créditos co-
merciais junto de entidades externas
(por exemplo, faturas de compra e venda
ao exterior, recebimentos e pagamentos do e ao exterior, contas bancárias no
exterior...)
Como se trata de uma nova obrigação, é dada às empresas a possibilidade de a
primeira comunicação ser feita entre janeiro e abril 2013, em que tem de se iniciar
o reporte daquela informação relativa ao mês anterior, até ao 15.º dia útil do mês
seguinte a que se referem os dados.
A entrega desta informação é feita através do site do Banco de Portugal, na Área
de “Empresa”, a que se acede com as passwords de acesso ao Portal das Finanças,
podendo ser preenchida diretamente na aplicação lá disponibilizada ou pela trans-
missão de um ficheiro eletrónico em formato xml.
Esta obrigação de reporte visa a compilação das estatísticas da Balança de Paga-
mentos, da Posição de Investimento Internacional e da Dívida Externa.”
http://www.liconsultores.pt, acedido em 2014-02-17

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IV – Sugestões de trabalho 39

Texto 2

“Diretor-geral da OMC apoia criação de mercado único na lusofonia


O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, consi-
derou hoje que a ideia defendida pelos empresários lusófonos sobre a criação de um
mercado único de livre circulação de bens e pessoas “seria útil e saudável”.
“É um movimento que seria útil e saudável para a integração das economias,
porque são economias que já têm uma conexão importante entre elas, não só pela
língua, mas também pela cultura e pela vertente empresarial, não é à toa que os em-
presários pedem isso, é que porque há uma relação íntima de cooperação e ligação
entre os sistemas económicos desses países”, disse o diretor-geral da OMC, em en-
trevista à Lusa, em Lisboa.
Roberto Azevêdo acrescentou, no entanto, que “não será um processo sem difi-
culdades políticas, porque um processo desta natureza, quanto mais ambicioso for,
mais sensível politicamente se torna a empreitada, mas é uma ideia que deve ser
explorada”, vincou o responsável.
O diretor-geral da OMC, que é brasileiro, sublinhou ainda que o seu país en-
frenta uma especificidade que pode complicar o processo: “O Brasil tem as suas
próprias dificuldades por causa dos acordos regionais, como o Mercosul, por exem-
plo, e isso será parte de uma qualquer exploração de uma iniciativa nesse sentido,
mas é uma ideia que deve ser explorada, penso que os governos vão levar a sério
essas recomendações.”
A ideia da criação de um mercado único de bens e serviços com livre circulação
de pessoas tem sido defendida pelos empresários lusófonos, particularmente pela
Confederação Empresarial da CPLP. Em novembro, por altura de uma audiência
com o Presidente da República, Cavaco Silva, o líder daquela entidade sublinhou
que existe “uma abertura de todos os governos da comunidade lusófona para que se
possa materializar esta ambição da confederação”, mas admitiu que “falta muito tra-
balho” até que a livre circulação de bens e pessoas seja uma realidade.
“Falta muito trabalho, a confederação e todos os seus membros [nacionais]
devem utilizar a educação para [alcançar] esse objetivo; para tal, a CE-CPLP está a
estabelecer a forma de comunicação e imagem para ser mais abrangente a nível das
comunidades, criou uma página no Facebook, o portal da confederação para fazer a
ligação entre as associações de todos os países e dentro em breve vamos lançar um
guia individual de cada país, e depois um guia da CPLP com as referências empre-
sariais e associativas”, disse Salimo Abdula no final de uma audiência com Cavaco
Silva, a 29 de novembro.
“Um dos objetivos da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP) é a livre
circulação de bens e pessoas que permite que as empresas da comunidade da lusofo-
nia possam movimentar-se dentro da comunidade com muita facilidade, não tendo
de enfrentar processos administrativos complicados, como os vistos de entrada e ou-
tros, e que os cidadãos possam habitar, residir e ter acesso ao trabalho dentro dos
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países da comunidade como se nos seus países estivessem”, disse então à Lusa.”
Lusa/SOL, http://sol.sapo.pt, acedido em 2014-02-17

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40 IV – Sugestões de trabalho

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Texto 3

“Banca portuguesa reduz dependência do BCE para mínimos


de dois anos
Os bancos portugueses diminuíram a dependência do Banco Central Europeu
(BCE), em janeiro, pelo quarto mês consecutivo.

O valor total dos empréstimos da banca nacional junto do banco central dimi-
nuiu, em janeiro, para 47,0 mil milhões de euros, o que corresponde ao valor mais
baixo desde janeiro de 2012, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal.
Este valor representa uma queda mensal de 1,79% e uma descida homóloga de
5,41%. janeiro corresponde, assim, à quarta queda mensal consecutiva dos emprés-
timos dos bancos portugueses junto do BCE.
Em termos homólogos, o valor dos financiamentos da banca junto do BCE está
a diminuir desde março do ano passado.
O pico dos empréstimos junto do BCE foi atingido em junho de 2012, ao superar
os 60 mil milhões de euros, no seguimento da crise financeira, numa primeira fase,
e depois da crise de dívida soberana.
Em janeiro de 2008 os bancos tinham 1,88 mil milhões de euros de empréstimos
junto do BCE.
No final desse ano, marcado pela falência do Lehman Brothers, o montante dis-
parou para 10,2 mil milhões, tendo a tendência sido agravada no final de 2009.

60 mil milhões de euros


O pico dos empréstimos dos bancos portugueses junto do Banco Central Euro-
peu foi atingido em junho de 2010, ao superar os 60 mil milhões de euros.

Os bancos europeus recorreram com maior intensidade ao BCE depois da crise


financeira de 2008, provocada pela crise do subprime e pela falência do Lehman
Brothers. O sistema financeiro “fechou-se”: os bancos, receosos que ocorressem
novas falências, acabaram por não emprestar dinheiro uns aos outros ou fizeram-
-no a juros muito elevados.
Neste contexto, os bancos com liquidez colocaram-na “estacionada” no BCE e
quem precisava de financiamento recorreu ao banco central, o que levou a que o
sistema financeiro bloqueasse.
No caso da banca nacional, a situação foi agravada pela crise financeira que obri-
gou Portugal a pedir intervenção externa.”
http://www.jornaldenegocios.pt, acedido em 2014-02-17

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IV – Sugestões de trabalho 41

11  A intervenção do Estado na economia


Texto 1

“Bens públicos
Para ilustrar o conceito de efeitos externos, considere o caso extremo de um bem
público que é um bem final que pode ser proporcionado a todos de uma forma
muito semelhante ao que é proporcionado a um indivíduo.
Um bem público por excelência é a defesa nacional. Nada é mais vital para uma
sociedade do que a sua segurança. Mas a defesa nacional, como um bem econó-
mico, difere completamente de um bem privado como o pão. Dez pães podem ser
divididos de muitos modos entre várias pessoas, mas o que cada um come não pode
ser dividido pelos outros. Mas a defesa nacional, uma vez proporcionada, beneficia
a todos de igual modo. Não importa que seja falcão ou pomba, pacifista ou milita-
rista, velho ou novo, ignorante ou letrado – cada um e todos recebem a mesma
quantidade de segurança nacional das Forças Armadas.
Repare, contudo, no contraste nítido: a decisão de proporcionar um certo nível
de bem público como a defesa nacional leva um certo número de submarinos, mís-
seis de cruzeiro e tanques para proteção de cada um de nós. Pelo contrário, a deci-
são de consumir um bem privado como o pão é um ato individual. Pode comer
quatro fatias, ou duas de um pão inteiro; a decisão é estritamente sua e não obriga
mais ninguém ao consumo de uma determinada fatia de pão.
O exemplo da defesa nacional é o caso evidente e extremo de um bem público.
Mas quando pensa numa vacina contra a varíola, num concerto ao ar livre num
parque, numa barragem num rio para prevenção dos estragos das enxurradas – de
facto quando se pensa na quase totalidade da atividade governamental – encontrará
frequentemente o envolvimento de elementos de bens públicos. (…)
Abraham Lincoln disse que o Governo tem “de fazer às pessoas o que é preciso
fazer e que estas não conseguem fazer, ou fazer tão bem, para si próprias com es-
forço individual”. Os bens públicos satisfazem esta descrição, pois que estes bens
não seriam proporcionados de forma eficiente pelo mecanismo puro de mercado.
Ninguém pode apropriar-se e vender os benefícios da defesa nacional; os benefícios
da ciência básica são demasiado difusos para que as empresas orientadas para o
lucro os considerem atrativos; as empresas não restringem voluntariamente as
emissões de químicos nocivos nem os despejos de desperdícios tóxicos nas lixeiras.
A defesa, a investigação científica e o controlo da poluição são, portanto, geralmente
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tidas como funções legítimas do Governo.”


Samuelson e Nordhaus, Economia, Lisboa, McGraw-Hill (adaptado)

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42 IV – Sugestões de trabalho

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Texto 2

“Estado Liberal
Pregavam os liberais que a organização da atividade económica deveria ser con-
fiada às forças naturais da oferta e da procura, cabendo ao Estado limitadas fun-
ções. Smith propôs, aliás, que o Orçamento do Estado fosse apenas para a manuten-
ção dos serviços públicos indispensáveis (…)
A instituição básica do liberalismo seria a propriedade privada dos meios de
produção. Os produtores, não compelidos pelo Estado, seriam guiados pelos seus
próprios interesses. A concorrência que entre eles se estabeleceria agiria no sentido
de evitar que as pretensões empresariais não atendessem aos interesses da coletivi-
dade. O bem-estar coletivo seria conseguido pela capacidade empresarial dos de-
tentores dos meios de produção e não através da interferência estatal no meio eco-
nómico.
Correlacionado à propriedade privada dos meios de produção e à livre iniciativa,
o lucro seria a segunda grande instituição liberal. Os empresários seriam atraídos
para os setores que apresentassem as melhores perspetivas de lucro. Tais setores não
poderiam ser outros senão os que se dedicassem à produção dos bens efetivamente
desejados pela coletividade. Guiados pelo interesse próprio, os consumidores tam-
bém teriam liberdade de maximizar a sua satisfação de consumo em função dos
seus rendimentos e, mais uma vez, a concorrência seria a contrapartida entre os
interesses conflituantes dos produtores e consumidores (…)
Neste contexto, o livre funcionamento do sistema de preços, sem interferência
do Estado, garantiria a solução das três questões económicas fundamentais: o quê e
quanto, como e para quem produzir. A solução das duas primeiras seria encontrada
automaticamente no mercado de bens e serviços, onde o interesse próprio dos con-
sumidores, que desejam sempre maximizar a sua satisfação em função dos seus ní-
veis de rendimento, deveria chocar-se com o interesse das unidades de produção,
que objetivam a maximização dos seus níveis de rentabilidade. De outro lado, a
questão para quem produzir seria solucionada no mercado de fatores de produção,
onde também se processaria um conflito de interesses entre a coletividade e as em-
presas, sempre convergindo para a satisfatória repartição do produto social.”
Rosseti, Introdução à Economia, Editora Atlas (adaptado)

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IV – Sugestões de trabalho 43

Texto 3

“Política de redistribuição
O equilíbrio de mercado tende a gerar uma desigualdade excessiva do rendi-
mento entre os agentes económicos. As políticas públicas nas economias avançadas
têm assim como um dos seus objetivos assegurar uma redistribuição de recursos
mais equitativa. Esta redistribuição é essencialmente baseada em transferências
orientadas para os segmentos mais vulneráveis da população, bem como na pro-
gressividade dos impostos sobre o rendimento. A sociedade valoriza esta redistri-
buição não só por motivos estritamente utilitaristas – assumindo que a utilidade
marginal do consumo dos indivíduos é decrescente com o nível de rendimento –
mas principalmente visando corrigir distorções na distribuição do rendimento de-
correntes da ausência de uma efetiva igualdade de oportunidades entre os cidadãos.
No entanto, a maximização deste objetivo deve ter em conta os potenciais efeitos
adversos sobre os incentivos ao trabalho e sobre a própria geração de rendimento.
Este trade-off entre a equidade e a eficiência – cuja magnitude depende da elastici-
dade da oferta de trabalho a variações na estrutura de impostos e transferências –
está na base de uma vasta literatura económica. Não obstante, quando a desigual-
dade na distribuição do rendimento é excessiva e fundada em falhas de mercado,
um aumento da redistribuição do rendimento pode promover um sistema econó-
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mico mais eficiente e mais estável.”


Uma Perspetiva sobre a Redistribuição do Rendimento em Portugal e na União Europeia,
Nuno Alves, Banco de Portugal (https://www.bportugal.pt)

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44 IV – Sugestões de trabalho

12 A economia portuguesa no contexto


da União Europeia

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Texto 1

“UE aprova o primeiro diploma legal para a integração de ciganos


Novas medidas contra discriminação numa Europa onde se estima que apenas
uma em cada duas crianças ciganas frequente a educação pré-escolar e que 90%
dos ciganos sejam pobres.

Por unanimidade. Foi aprovado nesta segunda-feira aquele que é definido como
“o primeiro diploma legal da União Europeia (UE) para a inclusão dos ciganos”.
Os 28 Estados-membros comprometem-se a aplicar um conjunto de recomenda-
ções, proposto pela Comissão Europeia, para reforçar a integração económica e so-
cial das comunidades ciganas, informa uma nota enviada às redações.
Os países devem acabar com qualquer segregação espacial que exista no acesso
dos ciganos à habitação, tomar “medidas efetivas” para combater “a retórica antirroma”,
apoiar a inserção dos ciganos no mercado de trabalho, combatendo a discriminação
que existe neste setor, promovendo, por exemplo, “oportunidades de emprego na
função pública”.

No diploma aprovado pelo Conselho da União Europeia, onde os
ministros de cada Estado-membro se reúnem para adotarem legislação e assegura-
rem a coordenação das políticas da UE, estabelece-se também o compromisso de
combater a violência doméstica contra crianças e mulheres nesta comunidade e os
casamentos forçados. Sublinha-se a importância de assegurar o acesso das crianças
ao ensino pré-escolar e defende-se a simplificação dos processos que conduzem à
atribuição dos apoios sociais, em cada país. Uma simplificação que deve ser acom-
panhada do reforço do combate à fraude e da garantia de que os apoios concedidos
são adequados.

Trata-se do primeiro diploma legal europeu para a integração dos
ciganos, sublinha a Comissão Europeia. Embora a recomendação não seja juridica-
mente vinculativa, espera-se que os Estados-membros tomem medidas. “O acordo
obtido hoje é um sinal forte de que os Estados-membros estão dispostos a enfrentar
com determinação a difícil tarefa de integrar os ciganos”, diz Viviane Reding, comis-
sária da Justiça da UE em comunicado.

O Governo português estima que existam no
país entre 40 mil e 60 mil ciganos portugueses, segundo se lê no preâmbulo da Estra-
tégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas (ENICC), aprovada em
março deste ano. Já a União Europeia fala de 10 a 12 milhões de ciganos na Eu-
ropa.

Um estudo da Agência dos Direitos Fundamentais, que inquiriu ciganos em 11
países (entre os quais Portugal), mostra que 90% dos inquiridos vivem abaixo do li-
miar de pobreza, um terço está desempregado e, em média, apenas uma em cada duas
crianças ciganas frequenta a educação pré-escolar ou o jardim de infância.

Cerca de
45% dos ciganos vivem em habitações que não têm pelo menos uma das seguintes
instalações básicas: cozinha, casa de banho, chuveiro ou banheira no interior da habi-
tação e eletricidade, revelou ainda o estudo publicado no ano passado.

(continua)

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IV – Sugestões de trabalho 45

(continuação)

Portugal investe 347 milhões


Em Portugal, a ENICC surgiu depois de a Comissão ter pedido aos Estados para
definirem metas de integração dos ciganos – o que deveria acontecer antes de serem
distribuídas as verbas do Fundo Social Europeu.

Portugal definiu que nos próxi-
mos sete anos será feito um investimento de mais 347 milhões de euros. Mais de
80% do montante deverá ser financiado por fundos comunitários. Na educação está
previsto um investimento de quase 371 mil euros – a ENICC estabelece como metas
nesta área que 60% das crianças ciganas concluam a escolaridade obrigatória e que
2% dos jovens ciganos concluam a universidade.

Na habitação – quase 332 milhões
de euros só para a qualificação dos realojamentos –, o objetivo é ainda a sensibiliza-
ção de 90% dos municípios que têm população cigana “para as especificidades da
sua cultura para o seu realojamento”.

Num relatório de maio do ano passado a Co-
missão Europeia destacava alguns países como tendo já bons exemplos de integra-
ção. Por exemplo: a Espanha e a Finlândia, por promoverem a inclusão dos ciganos
no sistema de ensino; a Hungria e a França por terem adotado medidas para melho-
rar o acesso à habitação.

França, citada como bom exemplo, tem, contudo, sido
notícia também por outras razões. E a Comissão Europeia tem ameaçado o país
com sanções na sequência dos polémicos desmantelamentos de acampamentos das
comunidades ciganas. Em setembro, o ministro do Interior, Manuel Valls, disse que
“a maioria dos roma devia ser conduzida à fronteira”, porque “têm modos de vida
extremamente diferentes” e não se integram. O Presidente francês, François Hol-
lande, veio pedir, entretanto, aos seus ministros que tenham “em atenção a sua mis-
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são, o seu comportamento, a forma como se expressam”.”


http://www.publico.pt, acedido em 2014-02-17

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46 IV – Sugestões de trabalho

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Texto 2

“A Zona Euro passou hoje a contar com 18 membros, com a adesão formal da
Letónia a acontecer seis meses depois de ter recebido o derradeiro aval dos minis-
tros das Finanças da União Europeia (UE)

O processo da adesão da Letónia ao grupo dos países da moeda única começou


no dia 5 de junho de 2013, com uma proposta formal apresentada pela ‘Comissão
Barroso’, baseada no “relatório de convergência” elaborado pelo executivo comuni-
tário, segundo o qual a Letónia “atingiu um alto nível de convergência económica
sustentável com a Zona Euro”.
Seguiu-se o aval dos chefes de Estado e de Governo da UE – que felicitaram o
país báltico pelo grau de convergência que conseguiu, graças a boas políticas econó-
micas, orçamentais e financeiras – do Parlamento Europeu e dos ministros das Fi-
nanças europeus.
A ocasião foi assinalada com uma cerimónia no banco público Citadele, em Riga,
a capital da Letónia, em que participaram o primeiro-ministro Valdis Dombrovskis, o
seu homólogo estoniano, Andrus Ansip, o ministro das Finanças letão, Andris Vilks,
e o governador do banco central deste país.
A Letónia é o sexto dos “novos” Estados-membros (os 12 países que aderiram à
União Europeia em 2004 e 2007) a adotar o euro como moeda, depois de Eslovénia
(2007), Chipre e Malta (2008), Eslováquia (2009) e Estónia (2011) já se terem jun-
tado a Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda,
Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal.
Os observadores sublinham, contudo, a existência de fortes reticências por parte
dos cerca de dois milhões de letões à introdução da moeda única, que substitui o
lats, divisa nacional criada em 1993 para substituir o rublo da era soviética.”
http://www.dn.pt, acedido em 2014-02-17

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IV – Sugestões de trabalho 47

Texto 3

“Crescimento da Zona Euro supera expectativas


A economia da zona euro cresceu mais do que se esperava no final do ano pas-
sado. O Produto Interno Bruto avançou 0,3% em cadeia no último trimestre, face a
uma expansão de 0,1% nos três meses anteriores. Os analistas previam 0,2%.
O PIB dos 18 países que partilham o euro cresceu 0,5% no quarto trimestre de
2013, face ao período homólogo de 2012.
No entanto, a boa nova deve ser recebida com prudência numa Europa afetada
pelo desemprego e ameaçada pela deflação.
Pela primeira vez em três anos, as seis primeiras economias da Zona Euro viram
o seu PIB avançar. Os Países Baixos ficaram no primeiro lugar com 0,7%.
Na totalidade do ano passado, a Zona Euro registou uma recessão de 0,4%, valor
que contrasta com o crescimento de 1,9% dos Estados Unidos nos 12 meses e de
0,8% no quarto trimestre.

Portugal também surpreende


Os motores do bloco superaram as expectativas. A Alemanha cresceu 0,4%, en-
quanto a França progrediu 0,3%. E a terceira maior economia da Zona Euro, a Itália,
voltou a crescer (0,1%), depois de dois anos em contração.
Portugal avançou 0,5% em cadeia no quarto trimestre. O desempenho da econo-
mia portuguesa foi o terceiro maior entre os países do euro para os quais existem
dados, a seguir à Letónia e à Holanda, que cresceram 0,7%.
O PIB português avançou 1,6% no quarto trimestre em relação ao mesmo pe-
ríodo do ano passado. Apenas a Letónia teve um crescimento homólogo superior a
Portugal, ao registar 3,6% no quarto trimestre. No entanto, o Eurostat não revelou
ainda os dados para países como Irlanda, Luxemburgo e Malta, que no terceiro tri-
mestre apresentaram taxas de crescimento homólogas elevadas.
Portugal conseguiu crescer mais do que o conjunto da Zona Euro, tanto na evo-
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lução homóloga, como na comparação em cadeia.


O principal parceiro comercial português, a Espanha, cresceu 0,3%.”
http://pt.euronews.com, acedido em 2014-02-17

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48 IV – Sugestões de trabalho

2. Exercícios

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8  Os agentes económicos e o circuito económico
1 Comenta a seguinte afirmação:

“Cada agente económico corresponde a uma série de indivíduos, entidades e/ou


instituições para os quais é possível reconhecer uma certa homogeneidade de com-
portamentos.”
Orlando Gomes, Macroeconomia: Noções Básicas – fevereiro 2012

2 Elabora as contas respetivas de cada um dos agentes representados no circuito


económico seguinte:

D. Consumo (18 000) Empresas


Famílias não
Im Ordenados (12 000) Financeiras
po )
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) C
+
Estado

9  A Contabilidade Nacional
1 Sabendo que numa dada economia o consumo das Famílias correspondia a
1000 milhões de euros, que as despesas do Estado eram 185 milhões de euros,
que os impostos pagos pelas Famílias ascendiam a 385 milhões de euros, que o
valor do investimento era 216 milhões de euros e que as transferências correntes
líquidas do exterior atingiram 165 milhões de euros, determina:

1.1 O rendimento disponível.


1.2 A poupança.

2 Comenta a seguinte afirmação:

A Contabilidade Nacional não abrange todas as situações, não contabiliza a de-


gradação do ambiente.

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IV – Sugestões de trabalho 49

10  Relações económicas com o Resto do Mundo


1 Comenta a seguinte frase de Adam Smith:

“O Homem que trabalha moderadamente visa ser capaz de trabalhar constante-


mente, não só preserva a sua saúde mais tempo, como ao longo do ano executa uma
maior quantidade de trabalhos.”

2 Considerando a Balança Comercial, explica como se pode chegar a um saldo:


– deficitário;

– superavitário;

– nulo.

11  A intervenção do Estado na economia


1

Principais indicadores orçamentais na ótica da Contabilidade Nacional


Em percentagem do PIB
Taxa de variação
2013 2014
2014-2013
Receita total 43,2 42,8 0,7
da qual:
Impostos sobre o rendimento e o património 11,2 11,1 1,0
Impostos sobre a produção e a importação 13,3 13,4 2,9
Contribuições sociais 12,0 11,6 –1,5
Receitas de capital 1,2 1,1 –4,9

Despesa total 49,1 46,8 –3,1


da qual:
Prestações sociais 23,2 22,8 –0,2
Despesas com pessoal 10,6 9,4 –10,1
Consumo intermédio 4,8 4,6 –1,4
Juros 4,3 4,4 1,9
Investimento público 1,9 1,8 –2,6

Saldo total –5,9 –4,0 –

Saldo primário –1,6 0,3 –

Dívida pública 127,8 126,7 –

Boletim Económico, inverno 2013, Banco de Portugal


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1.1 Relaciona a política fiscal com a polícia orçamental.

1.2 Distingue impostos diretos de impostos indiretos.

1.3 Analisa a evolução do saldo primário de 2013 para 2014.


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50 IV – Sugestões de trabalho

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“As economias por vezes sofrem falhas do mercado. Por exemplo, uma empresa
pode lucrar tanto com o aumento do preço como pelo aumento da produção. Algu-
mas empresas poluem o ar ou depositam resíduos tóxicos no solo. Em cada um dos
casos, a falha do mercado leva a produção e a consumo não eficientes e o governo
deve desempenhar um papel útil na cura da doença.”
Samuelson e Nordhaus, Economia, Lisboa, McGraw-Hill

2.1 Indica as falhas do mercado.

2.2 Explica a falha a que se refere a frase sublinhada no texto.

2.3 Explica de que forma o Governo pode “desempenhar um papel útil na cura da
doença”.

12 A economia portuguesa no contexto


da União Europeia
1
“A primeira Comunidade Europeia “Comunidade Económica do Carvão e do
Aço (CECA), instituída em 1951, na sua génese teve o objetivo de ‘unir’ as duas
grandes potências industriais do Carvão e do Aço (França e Alemanha), contando
para além destes dois países, com a Bélgica, Itália, Holanda e Luxemburgo e consti-
tuída no seu início por: Alemanha, França, Espanha, Itália, Bélgica, Portugal, Gré-
cia, Luxemburgo. Em 1973 entraram mais três países (Reino Unido, Dinamarca e
Irlanda), que passaram a constituir a então designada ‘Comunidade Económica Eu-
ropeia’ (CEE). Posteriormente, em 1981, a Grécia também aderiu. Portugal e Espa-
nha entraram em 1986. Finalmente, em 1995, aderiram mais três países: Áustria,
Suécia e a Finlândia. A partir desta data a CEE tomou a designação de União Euro-
peia (UE), tendo vários países aderido posteriormente.
Atualmente a UE é constituída por 28 países, (…) pois aderiram em 2004 a Eslo-
vénia, Eslováquia, República Checa, Chipre, Estónia, Letónia, Malta, Polónia, Lituâ-
nia e Hungria. Em 2007 aderiram a Bulgária e a Roménia e em 2013 a Croácia.
Adaptado do link: http://ciedbraganca.ipb.pt, acedido em 2013-11-23.

1.1 Comenta a frase sublinhada no texto anterior.

2 Define Banco Central Europeu, referindo os seus objetivos, funções básicas e órgãos de
decisão.

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V – Sugestões
de resposta
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52 V – Sugestões de resposta

1. Manual

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8  Os agentes económicos e o circuito económico
FICHA DE TRABALHO 1
1
1.1 D; 1.4 D;
1.2 A; 1.5 C;
1.3 C; 1.6 A.
2
2.1 A atividade económica corresponde ao conjunto de operações levadas a cabo pelos
agentes de um país, com o objetivo de produzir bens e serviços aptos à satisfação das
necessidades humanas. No conceito de atividade económica estão incluídas as ativida-
des de Produção, Distribuição, Repartição e Utilização de Rendimentos. Por essa razão,
se diz no primeiro parágrafo do texto que, para se ter uma visão de conjunto de toda a
economia, a análise da atividade económica de um país deve incidir sobre a compreen-
são do comportamento dos agentes económicos e das atividades que desenvolvem.
2.2 Os agentes económicos são as entidades individuais ou coletivas que se agregam
numa categoria por desempenharem a mesma função na atividade económica com
autonomia de decisão. Os agentes económicos classificam-se de acordo com a prin-
cipal função que exercem, nas seguintes categorias:

Agente: Função principal:

Famílias Consumir bens e serviços.

Empresas não Financeiras Produzir bens e prestar serviços não financeiros.

Instituições Financeiras Prestar serviços financeiros.

Estado Promover a satisfação das necessidades coletivas da


população e operar a redistribuição do rendimento.

Resto do Mundo Efetuar transações com agentes residentes.

2.3 Os fluxos reais representam o conjunto de bens e serviços transacionados entre di-
versos agentes económicos, podendo ser expressos em unidades de conta diferentes,
conforme o tipo de bem ou serviço. Os fluxos monetários representam a quantidade
de moeda que é transacionada pelos agentes económicos, sendo estes expressos em
unidades monetárias.
2.4 Um circuito económico é uma representação esquemática dos fluxos que se estabe-
lecem entre os diferentes agentes de uma comunidade.
2.5 Pela observação da representação da atividade económica que nos é dada a conhecer
através do circuito económico, é possível identificar a igualdade dos valores da produ-
ção, do consumo e da distribuição do rendimento pelos diversos agentes económicos
de um país, isto é, PN = DN = RN.

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V – Sugestões de resposta 53

3
1 – Impostos + Quotizações sociais
2 – Vencimentos + Transferências Sociais
3 – Despesas de consumo + Investimento
4 – Ordenados + Rendas + Lucros
5 – Impostos + Quotizações sociais
6 – Despesas de consumo + Subsídios
4

Empresas
não
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D
Instituições Fluxo de compensação (200 euros) Resto do
Financeiras Mundo

5 Para se verificar uma situação de equilíbrio económico, os recursos de cada agente têm de
ser, simultaneamente, empregos de outros agentes e o total dos empregos dos agentes
tem de ser igual ao total dos seus recursos.

9  A Contabilidade Nacional
FICHA DE TRABALHO 2
1
1.1 A; 1.6 B;
1.2 B; 1.7 B;
1.3 D; 1.8 C;
1.4 B; 1.9 A;
1.5 A; 1.10 A.
2
2.1 Uma unidade institucional é uma unidade produtiva que dispõe de poder de decisão
autónomo e que apresenta contabilidade organizada.
2.2 Segundo o SEC, os setores institucionais são classificados nas seguintes categorias:
Sociedades não Financeiras, Sociedades Financeiras, Administrações Públicas, Fa-
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mílias, Instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias (ISFLSF) e Resto do
Mundo.

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54 V – Sugestões de resposta

2.3 Um ramo de atividade agrupa todas as unidades produtivas que exercem uma ativi-

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dade económica semelhante. Cada ramo de atividade só pode ser associado a um
produto. No entanto, se uma unidade produtiva produzir mais do que um produto,
nesse caso, deverá fazer parte de mais do que um ramo de atividade.
2.4 A afirmação está parcialmente incorreta. A primeira frase é verdadeira, mas a se-
gunda é falsa; através da análise do QCEI é possível ficar a conhecer os contributos
dos setores institucionais de uma economia.
3
3.1 Entre 1995 e 2000, o PIB aumentou bastante, cerca de 45%, passando de cerca de 88
mil milhões de euros para um pouco mais de 127 mil milhões de euros. Entre 2000 e
2005, o PIB ainda aumentou perto de 21%, atingindo mais de 154 mil milhões de
euros. De 2005 para 2010, o PIB ainda aumentou, mas o seu crescimento baixou para
12%, rondando 173 mil milhões de euros. Em 2011, o PIB diminuiu para perto de 171
mil milhões e, em 2012, as previsões apontavam para uma queda de cerca de 6 mil
milhões de euros, passando para cerca de 165 mil milhões de euros.
3.2 Quando os valores são calculados a preços correntes, os bens e serviços são valoriza-
dos aos preços do ano a que se referem. Os valores calculados a preços constantes
dizem respeito à valorização dos bens e serviços segundo os preços de um ano consi-
derado como base. Os preços constantes resultam da deflação dos preços relativa-
mente ao ano-base. Assim, quando se pretende analisar a variação real (deduzido o
efeito da inflação) devem ser calculados os valores acumulados a preços constantes.
3.3 O problema da múltipla contagem é o problema que pode surgir se for contabilizado
mais do que uma vez o valor dos bens e serviços produzidos numa economia, sendo
necessário evitar a possibilidade de duplicação contabilística dos consumos intermé-
dios utilizados nos processos de fabrico. Este problema ocorrerá caso os bens que se
incorporam no processo produtivo de outros forem contabilizados como bens de con-
sumo intermédio e contabilizados novamente na contagem da produção final.
3.4 O método dos valores acrescentados utilizado na resolução do problema da múltipla
contagem consiste no cálculo do valor do Produto levando apenas em conta os valo-
res acrescentados gerados por cada intermediário. Segundo este método, não se
contabilizam os consumos intermédios de cada agente, evitando assim a ocorrência
de uma múltipla contagem dos mesmos bens ou serviços.
4
4.1 De acordo com o texto, no segundo e terceiro trimestres de 2013, o PIB português
voltou a apresentar um crescimento positivo, tendo crescido respetivamente 1,1% e
0,2%, e saindo, assim, daquilo a que se costuma chamar recessão técnica. Destaca-
-se ainda o facto de a Procura Interna ter dado um importante contributo positivo
para o crescimento da economia nacional.
4.2 A Procura Global corresponde ao montante de encargos que as empresas residentes
têm de suportar com a produção de bens e serviços comercializados a agentes resi-
dentes e não residentes. Calculamos a Procura Global adicionando a Procura Externa
com a Procura Interna, isto é, somando o valor das exportações com o consumo total
e o investimento bruto.
5
5.1 As despesas de consumo final portuguesas totais aumentaram 3%, em 2010, e em
2011 e 2012 baixaram respetivamente 2,8% e 5,7%, tendo isso ficado a dever-se, so-
bretudo, à diminuição das despesas de consumo final das Administrações Públicas,
que reduziram 8,7%, em 2011, e 11,6%, em 2012.

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V – Sugestões de resposta 55

5.2 As componentes da Despesa Interna são o consumo total, o investimento e as expor-
tações líquidas das importações. O consumo total decompõe-se em consumo público,
que é o total dos gastos da Administração Pública, e em consumo privado, que é o
consumo dos agentes privados. O investimento divide-se em Formação Bruta de Ca-
pital Fixo (FBCF) e variação de existências. A FBCF corresponde ao investimento que
é feito com a aquisição e reposição do capital fixo e que permite aumentar a capaci-
dade de produção do país. A variação de existências corresponde à diferença entre os
produtos acabados, produtos em curso de fabrico, matérias-primas e subsidiárias
que existem no fim do ano e os que existiam no início do ano. Resta ainda referir que
é necessário deduzir o montante das importações às exportações para se obter as
exportações líquidas de importações.
5.3 O setor Instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias engloba todas as enti-
dades privadas que não têm fins lucrativos e cuja principal função é a prestação de
serviços de âmbito social, cultural ou recreativo. As ISFLSF são instituições dotadas
de personalidade jurídica que prestam serviços gratuitos, ou de valor reduzido, às
famílias, utilizando para isso fundos provenientes de contribuições voluntárias ou de
rendimentos de propriedade.
5.4 A taxa de crescimento do PIB mede a variação do PIB ocorrida entre dois períodos,
podendo essa variação ser medida a preços correntes ou a preços constantes. A taxa
nominal de crescimento contabiliza o PIB a preços correntes e a taxa real considera o
PIB a preços constantes. No primeiro caso, os valores incluem o efeito da inflação e,
no segundo caso, analisa-se a evolução dos valores relativamente a um ano-base,
permitindo, assim, retirar o efeito subjacente à inflação.
6
6.1 Ótica do Rendimento.
6.2 As componentes da ótica do Rendimento são as remunerações, o Excedente Bruto de
Exploração (EBE) / Rendimento misto e os Impostos sobre a produção e a importação
líquidos de subsídios. As remunerações são os rendimentos provenientes do fator
trabalho, como os ordenados, os salários e as contribuições sociais dos empregado-
res. O EBE corresponde aos rendimentos provenientes do fator capital, como juros,
dividendos distribuídos, lucros, rendas, entre outros rendimentos de investimento e o
Rendimento misto abrange os rendimentos dos trabalhadores por conta própria não
constituídos em sociedade, que não se enquadram bem nem como salários, nem
como lucros. Os Impostos sobre a produção e a importação líquidos de subsídios são
os pagamentos obrigatórios, depois de deduzidos os subsídios, que incidem sobre a
produção e a importação de bens e serviços, o emprego, a propriedade ou utilização
de terrenos, edifícios ou outros ativos utilizados na produção, que são cobrados pelo
Estado ou pelas instituições da União Europeia.
6.3 O Rendimento Disponível é o montante que o país efetivamente dispõe para o con-
sumo e a poupança. De acordo com o primeiro parágrafo do texto, o Rendimento Dis-
ponível diminuiu em 2011, devido, sobretudo, à diminuição dos rendimentos do traba-
lho, quer pela redução das remunerações no setor público, como pela desaceleração
das remunerações no setor privado. A diminuição do Rendimento Disponível também
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se ficou a dever ao aumento da impostos e à diminuição das transferências do Estado


português, factos que tiveram a sua origem no processo em curso de consolidação
das finanças públicas.

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56 V – Sugestões de resposta

10  Relações económicas com o Resto do Mundo

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FICHA DE TRABALHO 3
1
1.1 C; 1.8 D;
1.2 A; 1.9 B;
1.3 D; 1.10 D;
1.4 A; 1.11 A;
1.5 A; 1.12 A.
1.6 D; 1.13 B;
1.7 B; 1.14 C.
2
2.1 Saldo:
Ano 2008: 22 252 - 34 491 = -12 239;
Ano 2009: 23 026 - 37 506 = -14 480;
Ano 2010: 26 379 – 43 257 = -16 878;
Ano 2011: 27 323 – 44 054 = -16 731.
2.2 Taxa de cobertura:
Ano 2008 = (22 252 : 34 491) x 100 = 64,6%;
Ano 2009 = (23 026 : 37 506) x 100 = 61,4%
Ano 2010 = (26 379 : 43 257) x 100 = 61,0%
Ano 2011 = (27 323 : 44 054) x 100 = 62,0%.
2.3 Significa que o valor das Exportações é idêntico ao das Importações, traduzindo o
saldo nulo da Balança de Mercadorias.
3
3.1 Investimento direto trata de investimentos realizados por entidades estrangeiras em
empresas num dado país (crédito) e os realizados por entidades em empresas no
exterior (débito) por um dado país. No primeiro caso, trata-se de uma entrada líquida
de fundos, no segundo de uma saída de fundos. O investimento em carteira trata das
aplicações em ações e/ou obrigações realizadas por entidades do exterior num dado
país e os realizados por entidades de um país no exterior. Por exemplo, a compra de
Títulos da Dívida Pública.
3.2 Saldo credor de 796,5 .
3.3 Saldo tradutor de que o investimento direto do exterior em Portugal, foi superior ao
verificado por Portugal no exterior.

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V – Sugestões de resposta 57

11  A intervenção do Estado na economia


FICHA DE TRABALHO 4
1
1.1 D 1.6 B
1.2 C 1.7 D
1.3 A 1.8 C
1.4 B 1.9 A
1.5 D 1.10 C
2
2.1 O Estado de S. Paulo é um Estado. Possui povo, território e poder político. Contudo, o
poder político não é soberano. Tem o poder de instituir órgãos que fazem leis e as
aplicam coercivamente num território, mas o poder político soberano reside no Es-
tado Federal, isto é, na República Federativa do Brasil. O Estado de S. Paulo “não é
um verdadeiro Estado” porque não possui soberania. A soberania é o poder político
supremo e independente. Supremo, porque na ordem interna não existe nenhum
poder politico que se lhe sobreponha. Independente, porque não depende de nenhum
outro Estado na esfera internacional, existindo de forma autónoma. Ora, um Estado
Federado tem de se submeter às regras e órgãos superiores do Estado Federal e,
internacionalmente não existe, sendo representado pelo Estado Federal.
2.2 Povo corresponde ao conjunto de pessoas ligadas ao Estado pelo vínculo jurídico per-
manente da nacionalidade ou cidadania, enquanto a população corresponde ao con-
junto de pessoas que residem em determinado território, incluindo os estrangeiros e
os apátridas e excluindo os cidadãos nacionais emigrados.
2.3 A nação designa uma comunidade com uma identidade cultural, linguística e histó-
rica comum. Um conjunto de pessoas ligadas pelo sentimento de pertencerem a uma
mesma realidade, a uma mesma cultura, com uma história comum e com aspirações
materiais e espirituais comuns.
3
3.1 As funções do Estado correspondem às atividades que o Estado, mediante os seus
órgãos e agentes, desenvolve com o objetivo de atingir os seus fins.
3.2 A função legislativa corresponde à função de elaborar as leis que vão regulamentar a
vida em sociedade. Segundo a CRP, essa função está entregue à Assembleia da Re-
pública e ao Governo.
3.3 O Estado intervém nas esferas política, económica e social.
3.4 O Setor Público Administrativo é responsável pelas atividades tradicionais do Estado
que visam a satisfação das necessidades coletivas, bem como pela gestão adminis-
trativa do aparelho do Estado. O Setor Empresarial do Estado inclui as atividades de
produção de bens e serviços em que o Estado se equipara aos produtores privados.
4
4.1 Neste tipo de Estado, a intervenção dos mecanismos públicos deveria limitar-se à
criação de condições para o livre exercício dos direitos naturais dos cidadãos, não
havendo intervenção nas esferas económica e social. O Estado deveria defender a
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propriedade privada, garantir a igualdade dos cidadãos perante a lei e, sobretudo,


ausentar-se da esfera económica. O Estado limitava-se a definir o quadro jurídico que
a atividade económica deveria respeitar e fiscalizar o seu cumprimento. Ao Estado

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58 V – Sugestões de resposta

caberia a administração da justiça e a satisfação pontual de algumas necessidades

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coletivas. O resto seria deixado à livre iniciativa e à livre concorrência, sendo o meca-
nismo de mercado o suficiente para a satisfação das necessidades individuais e cole-
tivas.
4.2 O Estado mudou a sua postura de intervenção, tendo em conta que o mecanismo de
mercado não se revelou suficiente para a satisfação das necessidades públicas e pri-
vadas. A crise de 1929, as Guerras Mundiais, a existência de monopólios e oligopó-
lios, as graves injustiças sociais, entre outras causas, motivaram a necessidade de
intervenção do Estado para corrigir os desequilíbrios sociais e económicos decorren-
tes de uma postura abstencionista do Estado.
5
5.1 Bens públicos são bens cujos benefícios se destinam a toda a sociedade, não po-
dendo ser negados a nenhum indivíduo e cuja utilização por um indivíduo não impede
a respetiva utilização por outras pessoas.
5.2 Os bens públicos são não rivais porque a utilização destes bens por uma pessoa não
impede que as outras pessoas também deles usufruam. São também não exclusivos,
tendo em conta que não se pode impedir o acesso de ninguém aos mesmos. Dadas
estas características, a produção deste tipo de bens e serviços torna-se pouco atra-
tiva para a iniciativa privada, porque, por um lado, implica grandes investimentos e,
por outro, o seu preço de venda pode não ser suficientemente lucrativo. Tendo em
conta que estes bens satisfazem necessidades coletivas, o Estado deve intervir para
ultrapassar esta ineficiência.
5.3 Existem monopólios, oligopólios e concorrência monopolística, situações em que os
mecanismos de autorregulação não são eficazes. As grandes empresas, dominando o
mercado, impõem o preço e a oferta. As empresas privadas, ao terem como objetivo a
maximização do lucro, nem sempre estão preocupadas com a melhor utilização pos-
sível dos recursos da sociedade, adotando as soluções mais eficientes. Não funcio-
nando o mercado de maneira eficiente, o Estado deve intervir de forma a evitar a
concentração e a repor a concorrência.
6
6.1 As despesas correntes do Estado são aquelas que garantem o normal funcionamento
da Administração Pública, como os vencimentos dos funcionários públicos, os encar-
gos com os bens de consumo utilizados habitualmente pela Administração Pública,
entre outras. As despesas de capital estão relacionadas com o aumento da capaci-
dade produtiva do país, incluindo-se nesta categoria as despesas relativas a investi-
mentos em infraestruturas efetuados pelo Estado, etc.
6.2 A taxa de variação dos impostos diretos situou-se em 27,6%, o que significa, em ter-
mos de política fiscal, uma opção política pelo aumento deste tipo de impostos em
detrimento, ou em conjugação, com outras fontes de receita. De qualquer forma, o
aumento da receita obtida entre 2010 e 2012, significou um enorme aumento de im-
postos para os particulares e para a empresas.
6.3 O saldo orçamental global é a diferença entre o valor total das receitas (excetuando-
-se a emissão da dívida pública) e o valor total das despesas (excetuando-se as amor-
tizações da dívida pública). Neste caso concreto houve, em 2013, um saldo global de
–7863,6 milhões. Face à execução orçamental de 2012, houve um agravamento de
246,3 milhões (–7617,3 milhões, em 2012), o que significa que as despesas ultrapas-
saram, num valor ainda superior ao de 2012, as receitas do Estado.

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V – Sugestões de resposta 59

7
7.1 Sendo o desemprego um problema que persiste no tempo e que é muitas vezes um
desemprego estrutural, o combate a esta situação só pode realizar-se com políticas
cujos efeitos se façam sentir a médio e longo prazo, políticas a que chamamos estru-
turais.
7.2 Para combater o desemprego, o Estado poderá, através da política orçamental, ado-
tar medidas que estimulem a atividade económica, incentivem a procura e aumentem
os níveis de emprego. Através das políticas de formação profissional e da educação, o
Estado aumenta as qualificações dos seus cidadãos, criando condições para o au-
mento do grau de empregabilidade.
7.3 As políticas setoriais correspondem a medidas de um determinado setor concreto.
Trata-se de um conjunto de medidas que se articulam de modo a alcançar objetivos
específicos de uma determinada área, como, por exemplo, na saúde ou no emprego.

12 A economia portuguesa no contexto


da União Europeia
FICHA DE TRABALHO 5
1
1.1 C; 1.4 A;
1.2 A; 1.5 A;
1.3 D; 1.6 D.
2 Face à repartição do número de deputados por país no Parlamento da UE, qualquer decisão
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aí assumida, seja no domínio político, económico ou social, refletirá sempre o peso que o
país possui. Claro que países como a Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Espanha
exercerão sempre maior influência no processo de votação final em qualquer matéria aí
tratada.

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60 V – Sugestões de resposta

8  Os agentes económicos e o circuito económico

AEA11GP © Porto Editora


CAMINHANDO PELA ECONOMIA
1
1.1

Famílias
(Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Despesas de consumo 3200 Ordenados 3000
Depósitos 4600 Lucros 500
Prémios de seguro 200 Vencimentos 3600
Impostos 300 Transferências Sociais 1200
8300 8300

Empresas não Financeiras (Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Ordenados 2400 Despesas de consumo 3200
Lucros 500 Empréstimos 6000
Depósitos 6000 Juros de depósito 500
Impostos 800
9700 9700

Instituições Financeiras (Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Empréstimos 9 300 Depósitos 10 600
Ordenados 600 Prémios de seguro 200
Impostos 400
Juros de depósito 500
10 800 10 800

Estado
(Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Vencimentos 3600 Empréstimos 3300
Transferências Sociais 1200 Impostos 1500
4800 4800

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V – Sugestões de resposta 61

1.2

Impostos (300 u.m.)

Famílias Estado
Vencimentos (3600 u.m.) + Transf. Sociais (1200 u.m.)
De
sp
(32 . co .)
0 ns u .m
Or 0 u um
de .m 00
na .
o
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+ L do ) o
st
+ Prémios de seguro (200 u.m.)

uc s ( po
ro 24
s( 0 Im
Ordenados (6 000 u.m.)
Depósitos (4600 u.m.) +

50 0 u
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Empresas
não
.) + Financeiras
. m )
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s
pr
é 60
Ju Em o s(
+ sit
e pó
D

Instituições Impostos (400 u.m.) + Empréstimos (3 300 u.m.)


Financeiras

1.3 Neste caso, estamos perante uma economia fechada, pois não apresenta transações
económicas com o agente Resto do Mundo.
1.4 Para haver equilíbrio numa economia é necessário que:
• os recursos de cada agente sejam, simultaneamente, empregos de outros agentes;
• o total de empregos seja igual ao total de recursos.
Total de empregos = 8300 + 9700 + 10 800 + 4800 = 33 600 u.m.
Total de recursos = 8300 + 9700 + 10 800 + 4800 = 33 600 u.m.
Total de empregos = Total de recursos
2
2.1

Famílias
(Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Despesas de consumo 24 000 Ordenados 24 000
Depósitos 24 000 Lucros 3 200
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Impostos 4 000 Juros de depósito 800


Prémios de seguro 8 000 Vencimentos 32 000
60 000 60 000

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62 V – Sugestões de resposta

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Empresas não Financeiras (Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Ordenados 16 000 Despesas de consumo 24 000
Lucros 3 200 Empréstimos 40 000
Depósitos 40 000 Juros de depósito 3 200
Impostos 2 400 Valor das exportações 16 000
Valor das importações 16 000
Juros de empréstimo 5 600
83 200 83 200

Instituições Financeiras (Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Ordenados 8 000 Depósitos 71 200
Empréstimos 72 000 Prémios de seguro 8 000
Juros de depósito 4 000 Juros de empréstimo 5 600
Impostos 800
84 800 84 800

Estado
(Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Vencimentos 32 000 Empréstimos 32 000
Depósitos 7 200 Impostos 7 200
39 200 39 200

Resto do Mundo (Unidades monetárias)

Empregos Recursos
Valor das exportações 16 000 Valor das importações 16 000
16 000 16 000

2.2 Para haver equilíbrio numa economia é necessário que:


• os recursos de cada agente sejam, simultaneamente, empregos de outros agentes;
• o total de empregos seja igual ao total de recursos.
Total de empregos = 60 000 + 83 200 + 84 800 + 39 200 + 16 000 = 283 200 u.m.
Total de recursos = 60 000 + 83 200 + 84 800 + 39 200 + 16 000 = 283 200 u.m.
Total de empregos = Total de recursos

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V – Sugestões de resposta 63

3
3.1

Famílias (Milhões de euros)

Empregos Recursos
Despesas de consumo 450 Ordenados 300
Depósitos 600 Lucros 60
Impostos 75 Juros 15
Vencimentos 600
Transferências Sociais 150
1125 1125

Empresas não Financeiras (Milhões de euros)

Empregos Recursos
Ordenados 300 Despesas de consumo 495
Lucros 60 Empréstimos 525
Depósitos 555 Juros 60
Impostos 45 Valor das exportações 225
Valor das importações 300
Capacidade de Financiamento 45
1305 1305

Instituições Financeiras (Milhões de euros)

Empregos Recursos
Empréstimos 1125 Depósitos 1155
Juros 75
Impostos 15 Necessidade de Financiamento 60
1125 1125

Estado (Milhões de euros)

Empregos Recursos
Vencimentos 600 Empréstimos 600
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Despesas de consumo 45 Impostos 135


Transferências Sociais 150 Necessidade de Financiamento 60
795 795

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64 V – Sugestões de resposta

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Resto do Mundo (Milhões de euros)

Empregos Recursos
Valor das exportações 225 Valor das importações 300
Capacidade de Financiamento 75
300 300

3.2 Para haver equilíbrio numa economia é necessário que:


• os recursos de cada agente sejam, simultaneamente, empregos de outros agentes;
• o total de empregos seja igual ao total de recursos.
Total de empregos = 1125 + 1305 + 1215 + 715 + 300 = 4660 milhões de euros
Total de recursos = 1125 + 1305 + 1215 + 715 + 300 = 4660 milhões de euros
Total de empregos = Total de recursos

9  A Contabilidade Nacional
CAMINHANDO PELA ECONOMIA
1
1.1 Ótica do Produto.
1.2 De acordo com o texto, em 2008, o VAB cresceu em termos reais 0,4%, menos
2,3 pontos percentuais que em 2007. O VAB do ramo Construção contribuiu negativa-
mente para essa desaceleração do crescimento do VAB e os ramos Financeiras e se-
guros e Outros serviços prestados às empresas contribuíram pela positiva, tendo cres-
cido 4,8%, o primeiro, e 4% o segundo. No texto destaca-se ainda o crescimento de
3,1% do VAB do ramo agricultura, silvicultura e pesca no ano 2008, depois de este ter
diminuído 4,5%, em 2007.
1.3 O valor do PIB passou de 169 319 milhões de euros, em 2007, para 171 983 milhões de
euros, em 2008. O PIB aumentou 1,6% em termos nominais e apresentou uma varia-
ção nula em termos de volume.
1.4 Administração pública, saúde e educação; Comércio, reparação automóvel, correios e
transportes; e Indústria e energia.
2
2.1 Ótica da Despesa.
2.2 A expressão “Índice 2007 = 100” significa que o ano de referência dos dados do gráfico
era o ano 2007, correspondendo este a 100.
2.3 Apesar de o consumo privado ter revelado uma tendência de descida a partir de 2010,
no entanto, as suas projeções ainda se situavam em valores próximos de 90, nos anos
subsequentes. O mesmo não se pode dizer em relação à FBCF, cujas projeções apon-
tam para valores perto de 60, a partir de 2013.
2.4 As exportações mantiveram-se estáveis entre 2007 e 2008, tendo descido abaixo de
90, em 2009, mas a partir desse ano começaram a subir a um ritmo acelerado. Este
facto terá contribuído de forma decisiva para compensar o impacto negativo da dimi-
nuição do investimento.

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V – Sugestões de resposta 65

3
3.1 O valor do consumo intermédio tem de ser retirado no cálculo da produção para não
haver duplicação de registos. Só se considera o valor acrescentado por cada agente.
3.2. A produção mercantil é a que se destina a ser comercializada e a produção não mer-
cantil é a que não se destina a ser comercializada.
4
4.1 Remunerações = RI – (EBE/Rend. Misto + Impostos – Subsídios) =
= 152 300 – (44 700 + 18 000 - 1 800) =
= 152 300 – 60 900 = 91 400 milhões de euros
4.2 RN = RI + SRRM = 152 300 + 3 200 = 155 500 milhões de euros
5
5.1 Os principais objetivos da Contabilidade Nacional são: quantificar a atividade econó-
mica de um país, efetuar comparações no tempo e no espaço, prever tendências eco-
nómicas e/ou acontecimentos futuros, permitir a tomada de decisões com base em
informações rigorosas e de forma fundamentada.
5.2 As limitações da Contabilidade Nacional patentes no texto são referentes à não con-
tabilização das atividades da chamada economia paralela. A economia paralela, ou
não oficial, é composta pela economia informal, que abrange as atividades não remu-
neradas, como o trabalho para autoconsumo, e pela economia subterrânea, que in-
clui as atividades legais remuneradas, mas não declaradas, e as atividades ilegais.
5.3 As externalidades são os efeitos da atividade produtiva que recaem sobre terceiros e
que podem ter um carácter benéfico (positivas) ou prejudicial (negativas). Constituem
exemplos, a melhoria da qualidade de vida proporcionada pelos avanços tecnológicos
ou a poluição do ar derivada do aumento do número de veículos a circular nas estradas.

10  Relações económicas com o Resto do Mundo


CAMINHANDO PELA ECONOMIA

1 Relativamente ao grau de competitividade das Exportações, nomeadamente, o Grau de Es-


pecialização da nossa economia, podemos retirar que os três principais produtos exporta-
dos por Portugal são, em valor: máquinas e aparelhos; veículos e outro aparelho de trans-
porte; combustíveis minerais. Quanto aos produtos importados são, em valor: combustíveis
minerais; máquinas e aparelhos; químicos e/ou produtos agrícolas.
A estrutura apresentada permite concluir que Portugal exporta máquinas e aparelhos de
especialização média, incorporando uma tecnologia média, em que é utilizada uma mão de
obra não muito especializada, enquanto importa máquinas e aparelhos de especialização
alta, incorporando uma tecnologia alta.
Relativamente à rubrica de combustíveis minerais, Portugal exporta e importa simultanea-
mente, espelhando o facto de o nosso país ser um importador líquido de petróleo (matéria-
-prima), transformá-lo e, depois exportá-lo em forma de gasolina e gasóleo.
Quanto às exportações de veículos e outros aparelhos de transportes o valor reflete, essen-
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cialmente, a produção exportada pela empresa AutoEuropa, incorporando uma tecnologia


de ponta, em que é utilizada uma mão de obra muito especializada. As importações de
químicos e/ou produtos agrícolas refletem o facto de Portugal ser um importador líquido
de certos produtos agrícolas.
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66 V – Sugestões de resposta

2.

AEA11GP © Porto Editora


2.1 
A = 28 630 – 41 462,2 = –12 832,2;
B = 10 369,2 – 7 132,4 = 3 236,8;
C = 5 773,6 – 9 101,4 = –3 327,8;
D = 6 381,8 – 2 898,5 = 3 483,3;
E = 2 157,8 – 183,8 = 1 974;
F = 28,3 – 23,7 = 4,6
G = –12 832,2 + 3 236,8 – 3 327,8 + 3 483,3 + 1 974 = –7 465,9; 8 814,2 =
= (G + 184 185,6 + 415 344,8) – (25 553,7 + 180 967,6 + 410 545,1) \ 8 814,2 =
= G + 599 530,4 – 617 066,4 \ G = 26 350,2

2.2 Taxa de cobertura = (28 630 : 41 462,2) x 100 = 69%.


2.3 O país X apenas conseguiu pagar 69% das Importações realizadas. Assim, a cober-
tura do défice da Balança de Mercadorias deverá ser obtido através da utilização de
divisas que o país X possua, ou através da contração de empréstimos externos.
2.4 O saldo da Balança Corrente é igual a –7 465,9 (ver a alínea 2.1).
2.5 O país X necessita de divisas para pagar a totalidade das Importações correntes efe-
tuadas em 2012.
2.6 O valor do investimento português no exterior é de 26 350,2 (ver a alínea 2.1).

11  A intervenção do Estado na economia


CAMINHANDO PELA ECONOMIA

1
1.1 A dívida pública que, em 1995, se situava em cerca de 50% do PIB, ultrapassa, em
2012, 100% do PIB. Foi-se assistindo, ao longo dos anos, a um aumento sistemático
dos níveis da dívida pública, com especial relevância a partir de 2008 e até ao fim do
período em análise.
1.2 O aumento da dívida pública, isto é, do total de empréstimos contraídos pelo Estado
para fazer face ao défice orçamental, pode ter múltiplas causas. O aumento das des-
pesas de funcionamento da Administração Pública, o aumento de prestações sociais
em situação de crise e aumento do desemprego, a realização de investimentos na
criação de infraestruturas como estradas, hospitais, escolas, entre muitas outras
despesas do Estado. Acresce que os encargos com a dívida acarretam o pagamento
de juros e os encargos com os juros tendem a aumentar com o crescimento da dívida.
2
2.1 Entre 2010 e 2013, Portugal teve o segundo maior acréscimo de carga fiscal na União
Europeia, de 2,1 p.p. do PIB, acréscimo só ultrapassado pela França. A média da
União Europeia foi de 1,5 p.p. e a da Área do Euro, 1,9 p.p. No mesmo período, países
como a Irlanda, o Chipre e a Suécia, entre outros, baixaram a respetiva carga fiscal.
2.2 Dada a elevada carga fiscal a que está sujeita a economia portuguesa, um aumento
da carga fiscal poderia ter efeitos negativos ainda maiores no crescimento e no em-
prego, tendo custos económicos e sociais graves.

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V – Sugestões de resposta 67

3
3.1 Face a 2012, a rubrica das receitas públicas que teve maior aumento foi a relativa aos
impostos diretos que tiveram um aumento de 27,6 % em 2013.
3.2 Em 2013, o saldo global foi –7863,6 milhões. Face à execução orçamental de 2012,
houve um agravamento de 246,3 milhões (–7617,3 milhões, em 2012), o que significa
que as despesas ultrapassaram, num valor ainda superior ao de 2012, as receitas do
Estado.
3.3 De 2012 para 2013, houve um decréscimo de 27,9 % nas despesas de capital. Uma
diminuição nas despesas de capital provoca, entre outras consequências, uma dimi-
nuição do investimento efetuado pelas empresas privadas, uma diminuição na produ-
ção, na oferta e no crescimento económico.

12 A economia portuguesa no contexto


da União Europeia
CAMINHANDO PELA ECONOMIA

1 O processo de integração europeu desde que se iniciou tem vindo a ter um percurso contí-
nuo, consistente e ambicioso por parte dos países que a ele aderiram.
No entanto, este processo tem novos desafios a enfrentar, visto que o eixo central do poder
global está a deslocar-se geograficamente de forma gradual e persistente para a zona
asiática e oceano Pacífico.
Com a crise da dívida soberana a UE viu-se assolada por novos desafios complexos que até
à data não eram significativos, tais como: choques assimétricos de desenvolvimento, ata-
ques especulativos, maior comprometimento pela partilha do risco.
Como forma de obstar a estes novos impulsos, a UE procurou defesas e tem vindo a refor-
çar a autoridade do Banco Central Europeu a fim de poder garantir uma integração mais
sólida e reforçar a própria governação entre os seus Estados-Membros da Zona Euro, sal-
vaguardando, no entanto, o equilíbrio que terá de existir entre as políticas de austeridade e
as de crescimento económico.
A UE terá de ter em conta as políticas que países pertencentes a outras áreas geoeconómi-
cas, nomeadamente os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), têm vindo com êxito a adotar,
pois de outra forma poderá vir a perder importância e protagonismo para os reptos que
cada vez mais será chamada a enfrentar.
2 O Comité Económico e Social Europeu, órgão consultivo da UE, está particularmente preo-
cupado com o nível de envelhecimento que a UE tem vindo a registar e com todos os cená-
rios que daí possam emergir.
Este Comité destaca, particularmente, o carácter multidimensional que o próprio envelhe-
cimento abarca (p. ex., reforma, exclusão, isolamento, declínio da saúde, transição de tare-
fas, adaptação às transformações – individuais, sociais e familiares), bem como as diferen-
tes circunstâncias em que o mesmo se tem vindo a desenvolver.
Se a UE tem vindo particularmente a ser confrontada com um cenário onde o envelheci-
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mento tem vindo a assumir especial relevo, será cada vez mais urgente estudá-lo, primeiro
para melhor o conseguir interpretar e depois para poder agir em conformidade,

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68 V – Sugestões de resposta

nomeadamente, na sua esfera de poder, pois as vivências de uma população mais envelhe-

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cida exigem uma atenção diferente daquela que diz respeito a uma população mais jovem
(por exemplo, mercado de trabalho e cuidados especiais ligados à política de saúde).
3 O texto enfatiza particularmente os factos ocorridos que estiveram na génese da apelidada
“crise do subprime”.
Há quem se sinta tentado a comparar esta crise com a que foi vivida em 1929, no entanto
não são comparáveis, embora o impacto da “crise do subprime” também tenha sido terrível
e faça ainda sentir o seu impacto, de forma global, na economia atual, particularmente nas
economias dos países mais débeis.
É de realçar a capacidade de resposta que o Federal Reserve encontrou para a gestão e
controlo desta crise, pois foi através da aplicação dos pacotes de ajuda financeira governa-
mental que este conseguiu minorar um efeito devastador para a economia dos EUA e, por
arrasto, a todas as demais ligadas àquele país.

2. Guia do Professor
8  Os agentes económicos e o circuito económico
EXERCÍCIOS

1 Os agentes económicos são entidades individuais ou coletivas que se agregam em determi-
nadas categorias por desempenharem, com autonomia de decisão, uma determinada fun-
ção na atividade económica. Por isso se diz que os agentes económicos correspondem a
indivíduos, entidades ou instituições para os quais é possível reconhecer uma certa homo-
geneidade de comportamentos.
2

Famílias
Empregos Recursos
Despesas de consumo 18 000 Ordenados 12 000
Impostos 10 000 Vencimentos 16 000
Contribuições Sociais 600 Subsídios 600
28 600 28 600

Empresas não Financeiras


Empregos Recursos
Ordendos 12 000 Despesas de consumo 38 000
Impostos 16 000
Contribuições Sociais 10 000
38 000 38 000

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V – Sugestões de resposta 69

Estado
Empregos Recursos
Vencimentos 16 000 Impostos 26 000
Despesas de consumo 20 000 Contribuições Sociais 10 600
Subsídios 600
36 600 36 600

9  A Contabilidade Nacional
EXERCÍCIOS
1
1.1 RI = DI = "C + G + I" = 1000 + 185 + 216 = 1401 milhões de euros
Rend. disponível = RI + Transf. Correntes Líq. Exterior – Impostos =
= 1401 + 165 – 385 = 1181 milhões de euros
1.2 Poupança = Rend. Disponível – C = 1181 – 1000 = 181 milhões de euros
2 A Contabilidade Nacional não consegue abranger todas as situações relativas à atividade
económica de um país, revelando algumas limitações. As principais limitações da Contabi-
lidade Nacional são não discriminar a natureza dos bens e serviços produzidos, não incluir
as atividades da economia não oficial e não registar as externalidades, como, por exemplo,
os efeitos da atividade produtiva na degradação do ambiente.

10  Relações económicas com o Resto do Mundo


EXERCÍCIOS
1 
Segundo Adam Smith, o trabalho desempenhado diariamente pelo homem deverá sempre
ser realizado de forma moderada e contínua, pois, para além de providenciar sustentada-
mente mais saúde, acaba também por promover mais atividade e quantidade de trabalho à
sociedade, em termos globais.
AEA11GP © Porto Editora

2 
Saldo da Balança Comercial
– deficitário – quando o valor das Importações é superior ao das Exportações;
– superavitário – quando o valor das Exportações é superior ao das Importações;
– nulo – quando o valor das Exportações é igual ao das Importações.

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70 V – Sugestões de resposta

11  A intervenção do Estado na economia


EXERCÍCIOS
1
1.1 A política orçamental corresponde a um conjunto de medidas inscritas no Orçamento

AEA11GP © Porto Editora


do Estado que visam corrigir a distribuição primária do rendimento, satisfazer as ne-
cessidades, promover uma eficiente utilização dos recursos disponíveis, fomentar o
crescimento económico de modo a melhorar o nível de bem-estar da população,
entre outros. Para atingir estes objetivos, o Estado adota medidas de natureza fiscal.
Medidas como a criação ou alteração das taxas e impostos existentes e a aplicação de
taxas progressivas destinam-se a subsidiar outras políticas económicas e sociais que
decorrem da política orçamental.
1.2 Os impostos diretos são os que incidem diretamente sobre o rendimento das pes-
soas. Os impostos indiretos são os que incidem sobre a utilização do rendimento,
como qualquer dos impostos sobre o consumo.
1.3 O saldo primário (saldo orçamental global sem os encargos com o pagamento dos
juros da dívida pública) teve uma evolução positiva, tendo em conta que, em 2013,
apresentava um valor de –1,6 e, em 2014, 0,3, em percentagem do PIB. Significa, por-
tanto, que o valor total das receitas (excetuando-se a emissão da dívida publica) é
superior ao valor total das despesas (excetuando-se as amortizações da dívida pu-
blica).
2
2.1 As falhas de mercado são a concorrência imperfeita, as externalidades e os bens pú-
blicos.
2.2 A falha a que faz referência a expressão sublinhada corresponde às externalidades.
As externalidades são o conjunto de efeitos que a ação de um agente económico tem
sobre os outros que não participaram nessa ação. Neste caso, estamos perante uma
externalidade negativa, tendo em conta que os efeitos desta ação são prejudiciais
para a sociedade no seu todo.
2.3 Para combater esta falha de mercado, o Estado pode, por exemplo, aumentar os im-
postos para desincentivar a produção e o consumo, proibir a utilização de determina-
dos produtos ou determinar limites à respetiva produção. Quando o preço do bem in-
corpora estes efeitos negativos, com impostos ou taxas, por exemplo, diz-se que
houve uma internalização da externalidade negativa.

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V – Sugestões de resposta 71

12 A economia portuguesa no contexto


da União Europeia
EXERCÍCIOS
1 O período a partir de 1995 ficou conhecido como o de convergência nominal, ou seja, o da
política económica destinada à entrada da moeda única (Euro). Através da assinatura do Tra-
tado de Maastricht em 7 de fevereiro de 1992, que entrou em vigor em 1 de novembro de
1993, foi decidido através da introdução do art.º A – Disposições Comuns – que a partir da sua
assinatura deixasse de se utilizar a expressão "União Económica Europeia" (designação que
substitui a de CEE), para passar a utilizar-se "União Europeia", da qual Portugal faz parte
desde 1986.
2 
O Banco Central Europeu (BCE) é o banco central responsável pela moeda única europeia:
o euro. A principal missão do BCE é preservar o poder de compra do euro e, desse modo, a
estabilidade de preços na Área do Euro. A área do euro é constituída pelos 18 países da
União Europeia.
As funções básicas são: a definição e execução da política monetária da Área do Euro; a
realização de operações cambiais e a detenção e gestão das reservas externas oficiais dos
países da Área do Euro; a promoção do bom funcionamento dos sistemas de pagamentos.
Os órgãos de decisão do BCE são: a Comissão Executiva, o Conselho do BCE e o Conselho
Geral.
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VI – Anexos

Documentos adicionais
A.  Começar uma vida

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O filósofo inglês Bertrand Russell não era um fã do trabalho. No seu ensaio rea-
lizado em 1932, “In Praise of Idleness” (Em louvor da ociosidade), ele contou que,
se a sociedade fosse melhor gerida, uma pessoa média só precisaria de trabalhar
quatro horas por dia. Tal pequena duração do dia de trabalho permitiria dar o di-
reito a um homem aceder às necessidades e confortos elementares da vida. O resto
do dia poderia, assim, ser dedicado à busca da ciência, pintura e escrita.
Russell pensava que o avanço tecnológico poderia libertar as pessoas da labuta.
Também John Maynard Keynes abordou uma ideia similar num ensaio realizado
em 1930, “Possibilidades económicas para os nossos netos”, segundo o qual as pes-
soas empregadas não precisariam de trabalhar mais de 15 horas por semana em
2030. Mas após terem passado mais de oitenta anos sobre estas especulações, na
realidade, afinal, as pessoas, parecem estar a trabalhar mais do que nunca. O Finan-
cial Times informa que atualmente os grupos de trabalhadores anónimos compulsi-
vos estão a ficar de parte. Depois do verão, o Banco da América enfrentou intensas
críticas depois de um estagiário stakhanovista1 ter morrido.
Mas os dados da OCDE, o clube considerado como o dos países ricos, contam
uma história muito mais positiva. Assim, para os países para os quais existem dados
disponíveis, a grande maioria das pessoas trabalha menos horas do que aqueles paí-
ses o fizeram em 1990. (…)
O trabalho desenvolvido mediante um número menor de horas de trabalho pa-
rece ter sido mais produtivo e, consequentemente, corresponder a um trabalho me-
lhor remunerado, face a uma prestação menor, em termos do tempo trabalhado.
(…)

Relação entre a produtividade (PIB por hora trabalhada) e horas de trabalho anuais
Os gregos são alguns dos mais esforçados na OCDE, situando-se, em média, em
mais de 2 000 horas de trabalho por ano. Os alemães, por outro lado, estão compa-
rativamente mais folgados, trabalhando cerca de 1 400 horas por ano. Mas a produ-
tividade do alemão é maior em cerca de 70%.

(continua)

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VI – Anexos 73

(continuação)

Uma outra questão importante prende-se ao facto de saber se a vontade, verda-


deiramente, para trabalhar diminui à medida que as pessoas ganham mais. Existem
neste campo efeitos de compensação. Por um lado, um salário mais elevado au-
menta o custo de oportunidade do tempo de lazer e, portanto, deve levar as pessoas
a trabalhar mais. Por outro lado, um rendimento mais elevado deverá levar o/a
trabalhador/a a consumir mais das coisas de que ele ou ela gosta, o que, presumivel-
mente, incluirá o lazer.
Algumas pesquisas realizadas evidenciam que o pagamento de salários mais ele-
vados, na Internet, não levam a que os trabalhadores possam laborar mais. Pelo
contrário, eles podem até trabalhar menos. Um estudo famoso realizado por Colin
Camerer e seus colegas, acerca dos motoristas de táxi, patenteou uma conclusão
controversa. Os seus autores sugerem que os taxistas visam atingir uma “meta” diá-
ria para o seu rendimento e que “quando os salários são altos, os taxistas irão atingir
as suas metas mais rapidamente e saírem mais cedo; já em dias de salários baixos,
terão de conduzir mais horas, para alcançarem as suas metas”. (…)
Há, é claro e aberrações. Os americanos são relativamente produtivos e traba-
lham, relativamente, mais horas. E, no âmago global da força de trabalho ameri-
cana, as horas trabalhadas entre os ricos aumentaram, enquanto as dos pobres
baixaram. Mas um documento divulgado ontem pela Comissão da Nova Produtivi-
dade da Nova Zelândia mostrou que mesmo que se trabalhe mais horas, isso não
significa necessariamente um trabalho melhor. Este estudo faz comparações ávidas
entre neozelandeses (Kiwis) e australianos – os últimos possuem trabalhadores
mais eficientes.
Então, talvez devêssemos ser mais autocríticos sobre o quanto nós trabalhamos.
Ao trabalharmos menos, podemo-nos tornar mais produtivos. E, como argumen-
tou Russell, ao trabalharmos menos, isso irá garantir-nos “felicidade e alegria de
viver, em vez de nervos em frangalhos, cansaço e dispepsia.”
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Texto retirado e adaptado de: http://www.economist.com, acedido em 2013-10-14


1
 oi um movimento originário da União Soviética, por iniciativa do mineiro Alexei Stakhanov, que pro-
F
punha o aumento da produtividade operária com base na própria força de vontade dos trabalhadores.

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74 VI – Anexos

B.  Quadro das Contas Económicas Integradas 2007


Contas correntes
Empregos
Conta de S.2 S.1 S.15 S.14 S.13 S.12 S.11
bens e Socieda- Operações e outros fluxos e saldos
Contas Total serviços Conta do Adminis- Socieda-
Total da des não
(recur- resto do economia ISFLSF Famílias trações des finan-
financei-
-sos) mundo públicas ceiras
ras
68 045 68 045 Importação de bens e serviços
54 514 54 514 Exportação de bens e serviços
317 058 317 058 Produção
I. Conta de
171 360 171 360 2 238 12 667 7 048 5 207 144 201 Consumo intermédio
produção/Conta
externa 23 039 23 039 23 039 Impostos menos subsídios aos produtos
de bens e
168 737 168 737 2 677 29 383 23 131 10 978 79 528 Valor acrescentado bruto/Produto i
serviços
28 351 28 351 551 8 576 3 257 673 15 293 Consumo de capital fixo
140 386 140 386 2 125 20 808 19 874 10 305 64 235 Valor acrescentado líquido/PIL
13 531 13 531 Saldo externo de bens e serviços
83 123 247 82 876 2 313 5 600 20 271 4 137 50 556 Remunerações dos empregados
24 982 24 982 4 635 30 652 Impostos sobre a produção e a i
– 2 808 – 2 808 – 184 – 750 – 341 –3 – 909 Subsídios
II.1.1. Conta de
46 612 46 612 544 6 822 3 201 6 815 29 229 Excedente de exploração bruto
exploração
17 076 17 076 17 076 Rendimento misto bruto
20 618 20 618 –8 604 – 56 6 142 13 936 Excedente da exploração líquido
14 719 14 719 14 719 Rendimento misto líquido
II.1.2. Conta de 76 011 12 809 63 201 165 8 101 4 821 26 645 23 469 Rendimentos de propriedade
afetação do ren-
163 394 163 394 946 117 680 22 877 5 918 15 972 Saldo dos rendimentos primários, b
dimento
primário 135 043 135 043 395 109 104 19 620 5 245 679 Saldo dos rendimentos primários, l
16 112 21 16 092 6 9 717 21 1 399 4 949 Impostos correntes sobre o rendimento, p
25 264 71 25 193 25 193 Contribuições sociais
II.2. Conta de
distribuição 29 742 48 29 694 49 48 24 611 3 271 1 715 Prestações sociais exceto t
secundária do 17 222 4 702 12 520 67 3 837 3 859 2 278 2 480 Outras transferências correntes
rendimento
165 107 165 107 3 199 115 202 32 232 5 000 9 473 Rendimento disponível bruto
136 756 136 756 2 648 106 627 28 975 4 327 – 5 821 Rendimento disponível líquido
II.3. Conta de 22 143 22 143 3 415 18 728 Transferências sociais em espécie
redistribuição
165 107 165 107 – 216 137 345 13 504 5 000 9 473 Rendimento disponível ajustado bruto
do rendimento
em espécie 136 756 136 756 – 767 128 769 10 247 4 327 – 5 821 Rendimento disponível ajustado líquido
165 107 165 107 3 199 115 202 32 232 5 000 9 473 Rendimento disponível bruto
136 756 136 756 2 648 106 627 28 975 4 327 – 5 821 Rendimento disponível líquido
143 634 143 634 3 415 107 220 32 999 Despesa de consumo final
II.4. Conta de 143 634 143 634 129 363 14 272 Consumo final efetivo
utilização do
rendimento 569 569 569 Ajustamento pela variação da participação l
21 473 21 473 – 216 8 551 – 767 4 432 9 473 Poupança bruta
– 6 878 – 6 878 – 767 – 25 – 4 024 3 759 – 5 821 Poupança líquida
17 162 17 162 Saldo externo corrente
Contas de acumulação
Variações do ativo
III.1.1. Variações Poupança bruta
do património Poupança líquida
líquido
resultantes Saldo externo corrente
da conta de Transferências de capital a receber
poupança e de
transferências Transferências de capital a pagar
de capital 10 283 15 221 –4 937 – 478 61 – 4 001 3 761 – 4 281 Variações do património líquido resultantes d
38 634 38 634 547 9 287 4 113 1 683 23 003 Formação bruta de capital
– 28 351 – 28 351 – 551 – 8 576 – 3 257 – 673 – 15 293 Consumo de capital fixo
160 – 160 5 – 2 915 – 79 59 2 771 Aquisições líquidas de cessões de ativos n
15 061 – 15 061 – 479 2 265 – 4 777 2 692 – 14 762 Capacidade/necessidade líquida de f
Fonte: INE, Contas Nacionais

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VI – Anexos 75

Unidade:Milhões de euros

Recursos
S.11 S.12 S.13 S.14 S.15 S.1 S.2 Conta de
Socieda- bens e
Socieda- Adminis- Conta do serviços Total Contas
des não Total da
des finan- trações Famílias ISFLSF resto do (Empre-
financei- economia
ceiras públicas mundo gos)
ras
68 045 68 045
I. Conta de
54 514 54 514
produção/Conta
223 729 16 185 30 179 42 050 4 915 317 058 317 058 externa
de bens e
171 360 171 360
serviços
23 039 23 039
interno bruto (PIB) 79 528 10 978 23 131 29 383 2 677 168 737 168 737
II.1.1. Conta de
64 235 10 305 19 874 20 808 2 125 140 386 140 386 exploração
13 531 13 531
82 871 82 871 252 83 123
importação 24 527 24 527 454 24 982
– 1 421 – 1 421 – 2 808
II.1.2. Conta de
29 229 6 815 3 201 6 822 544 46 612 46 612 afetação do
17 076 17 076 17 076 rendimento
primário
13 936 6 142 – 56 604 –8 20 618 20 618
14 719 14 719 14 719
10 212 25 749 1 390 19 011 568 56 929 19 081 76 011
bruto/Rendimento nacional bruto (RNB) 15 972 5 918 22 877 117 680 946 163 394 163 394
líquido/RNL 679 5 245 19 620 109 104 395 135 043 135 043
II.2. Conta de
, património, etc. 16 084 16 084 28 16 112 distribuição
1 711 3 773 19 621 50 49 25 204 60 25 264 secundária do
rendimento
transferências sociais em espécie 29 600 29 600 142 29 742
934 2 257 2 141 6 667 2 325 14 324 2 899 17 222
9 473 5 000 32 232 115 202 3 199 165 107 165 107 II.3. Conta de
redistribuição
– 5 821 4 327 28 975 106 627 2 648 136 756 136 756
do rendimento
22 143 22 143 22 143 em espécie
9 473 5 000 13 504 137 345 – 216 165 107
– 5 821 4 327 10 247 128 769 – 767 136 756 136 756
9 473 5 000 32 232 115 202 3 199 165 107 165 107
– 5 821 4 327 28 975 106 627 2 648 136 756 136 756
143 634 143 634 II.4. Conta de
utilização do
143 634 143 634 rendimento
o líquida das famílias nos fundos de pensões 569 569 569

Variações do passivo e património líquido

9 473 4 432 – 767 8 551 – 216 21 473 21 473 III.1.1. Variações


do património
– 5 821 3 759 – 4 024 – 25 – 767 – 6 878 – 6 878
líquido resultan-
17 162 17 162 tes da conta de
poupança e de
1 661 7 1 135 209 290 3 303 241 3 544
transferências
– 122 –4 – 1 112 – 124 –1 – 1 362 – 2 181 – 3 544 de capital
tes de poupança e de transferências de capital – 4 281 3 761 – 4 001 61 – 478 – 4 937 15 221 10 283
38 634 38 634 III.1.2 Conta
de aquisição
de ativos
não-financeiros não produzidos não-financeiros
financiamento

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76 VI – Anexos

C.  Quadro de Recursos e Empregos 2011 (preços correntes)


Recursos

distribuição
Importação

Importação
Produção

Impostos
Margens
serviços
de base
P38 Produtos

preços

(CIF)
bens

de
A Produtos da agricultura, silvicultura e pesca 7 318,5 3 252,4 9,1 2 861,9
B Minérios e outros produtos das indústrias extrativas 1 288,1 7 798,9 0,0 106,3
CA Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco 14 935,1 6 200,5 0,0 8 199,2
CB Produtos têxteis, vestuário e de couro 8 946,3 4 281,5 0,0 3 752,4
CC Produtos de madeira e de papel, e serviços de impressão 7 106,8 1 759,8 0,0 1 016,6
CD Coque e produtos petrolíferos refinados 7 671,1 2 836,9 0,0 2 589,3
CE Produtos químicos 4 875,4 5 646,8 0,0 1 894,2
CF Produtos farmacêuticos de base e preparações farmacêuticas 1 411,6 2 362,7 0,0 1 855,4
CG Artigos de borracha e de matérias plásticas e de outros produtos minerais não metálicos 7 507,9 2 427,4 0,0 1 374,5
CH Metais de base e produtos metálicos, exceto máquinas e equipamentos 8 498,8 4 673,4 0,0 1 419,9
CI Equipamentos informáticos e produtos eletrónicos e óticos 2 491,8 3 647,3 0,0 1 212,5
CJ Equipamento elétrico 3 042,3 2 386,8 0,0 702,6
CK Máquinas e equipamentos, n.e. 1 628,0 3 164,3 0,0 605,0
CL Equipamento de transporte 7 008,9 6 995,6 0,0 1 164,9
Mobiliário; outros produtos da indústria transformadora; serviços de reparação e instalação de
CM 5 665,6 1 654,3 144,6 1 765,9
máquinas e equipamentos
D Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 14 658,4 228,9 0,0 0,0
E Distribuição, água; esgotos, gestão de resíduos e serviços de descontaminação 4 082,3 487,2 5,3 244,2
F Construções e trabalhos de construção 26 516,0 0,0 1,3 0,0
G Serviços de comércio por grosso e a retalho, e de reparação de veículos automóveis e motociclos 34 959,3 0,0 289,1 – 30 990,0
H Serviços de transporte e armazenagem 17 319,5 0,0 1 708,3 – 337,7
I Serviços de alojamento e restauração (restaurantes e similares) 13 944,4 0,0 562,0 0,0
JA Atividades de edição, audiovisual e emissão 2 663,3 296,3 360,2 560,6
JB Serviços de telecomunicações 6 714,7 0,0 408,5 0,0
JC Consultoria e programação informática e serviços relacionados; e serviços de informação 3 640,6 0,0 441,7 0,0
K Serviços financeiros e de seguros 15 579,4 0,0 1 173,0 0,0
L Serviços imobiliários 16 792,0 0,0 11,0 0,0
Serviços jurídicos e contabilísticos; serviços de sedes sociais; serviços de consultoria e de gestão;
MA 10 388,6 0,3 793,7 0,0
arquitetura e serviços de engenharia; serviços de ensaios e de análises técnicas
MB Serviços de investigação e desenvolvimento científico 775,4 0,0 25,9 0,0
Serviços de publicidade e estudos de mercado; outros serviços de consultoria, científicos, técnicos
MC 4 766,6 4,1 269,0 0,0
e similares; serviços veterinários
N Serviços administrativos e de apoio 9 306,9 0,0 659,5 0,0
O Administrações públicas e serviços de defesa; serviços da segurança social obrigatória 15 802,2 0,0 0,1 0,0
P Serviços de educação 10 794,8 0,0 1,4 0,0
QA Serviços de saúde 12 907,0 0,0 2,0 0,0
QB Serviços de ação social 3 397,0 0,0 0,5 0,0
R Serviços criativos, artísticos e de espetáculo 2 483,5 6,1 131,8 2,4
S Outros serviços 3 436,0 0,1 0,9 0,0
Serviços das famílias empregadoras de pessoal doméstico; produção de bens e serviços pelas
T 1 429,5 0,0 0,3 0,0
famílias para uso próprio
U Serviços dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 0,0 0,0 0,0 0,0
Total 321 753,3 60 111,4 6 999,2 0,0
Ajustamentos
Consumo final de não residentes no território económico (-)
Consumo final de residentes fora do território económico (+) 932,7 1 178,6
CIF/FOB sobre as importações -2 698,3 2 014,2
Total após ajustamentos 321 753,3 58 345,9 10 192,0 0,0

Base 2006; Dados provisórios para 2011


Fonte: INE, Contas Nacionais

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VI – Anexos 77

Un.: 106 Euros


Empregos

objetos de valor
administrações
aos produtos

Despesa de

Despesa de

Exportação

Exportação
existências
intermédio
líquidos de

líquidas de
capital fixo

cessões de
Despesa de

Aquisições

empregos
Formação
subsídios
Impostos

consumo

consumo

consumo
recursos

consumo

Variação
final das

final das

bruta de

serviços
final das
famílias
Total de

públicas

Total de
ISFLSF

(FOB)
Total

bens
de
– 9,7 13 432,2 7 437,7 4 520,4 0,2 0,0 317,8 0,0 178,2 954,7 23,2 13 432,2
21,1 9 214,3 8 590,1 3,3 0,0 0,0 0,0 0,0 16,6 604,4 0,0 9 214,3
3 326,5 32 661,4 9 085,9 19 415,6 0,0 0,0 0,0 0,0 54,2 4 105,7 0,0 32 661,4
891,3 17 871,5 4 618,6 7 469,7 0,0 0,0 5,0 0,0 48,3 5 730,0 0,0 17 871,5
219,9 10 103,0 6 085,1 696,3 0,0 0,0 23,8 0,0 – 14,2 3 312,1 0,0 10 103,0
4 530,4 17 627,7 9 241,2 5 418,8 0,0 0,0 0,0 0,0 85,1 2 882,6 0,0 17 627,7
428,4 12 844,8 8 276,5 1 814,5 0,0 0,0 0,0 0,0 5,1 2 748,7 0,0 12 844,8
268,8 5 898,5 1 597,6 2 099,3 1 451,4 31,9 0,0 0,0 – 0,1 718,5 0,0 5 898,5
437,3 11 747,1 6 705,5 1 173,3 0,0 0,0 41,0 0,0 9,4 3 817,8 0,0 11 747,1
270,3 14 862,3 9 590,6 338,2 0,0 0,0 639,7 2,3 57,2 4 234,3 0,0 14 862,3
400,5 7 752,1 1 975,4 1 572,4 0,2 0,0 2 186,7 56,9 8,8 1 951,7 0,0 7 752,1
213,7 6 345,4 2 332,9 1 035,3 0,0 0,0 765,6 0,0 – 9,9 2 221,5 0,0 6 345,4
78,2 5 475,5 1 393,2 34,6 0,0 0,0 2 486,6 0,0 – 19,7 1 580,8 0,0 5 475,5
1 547,6 16 717,0 4 267,0 4 647,3 0,0 0,0 1 517,3 0,0 63,6 6 221,8 0,0 16 717,0

589,3 9 819,7 3 589,8 2 630,6 13,9 7,9 2 083,2 43,1 4,4 1 241,8 204,9 9 819,7

244,1 15 131,4 11 725,3 3 316,9 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 89,1 0,0 15 131,4
87,1 4 906,1 2 599,5 1 496,8 260,3 0,0 0,0 0,0 3,5 535,9 10,1 4 906,1
719,5 27 236,8 11 123,4 119,3 33,2 0,0 15 802,5 0,0 155,6 0,0 2,8 27 236,8
302,1 4 560,4 1 556,3 2 188,6 0,0 0,0 200,5 0,0 0,0 0,0 615,1 4 560,4
208,5 18 898,6 9 068,3 3 271,1 618,2 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 5 940,7 18 898,6
1 262,6 15 769,0 2 145,8 13 000,2 31,1 3,0 0,0 0,0 0,0 0,0 588,9 15 769,0
128,0 4 008,4 1 696,5 1 262,2 222,7 19,9 563,0 0,0 2,5 77,6 164,0 4 008,4
856,4 7 979,5 3 716,4 3 805,9 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 456,5 7 979,5
151,0 4 233,3 2 088,8 0,0 0,0 0,0 1 767,5 0,0 – 0,3 0,0 377,3 4 233,3
1 072,7 17 825,1 11 400,0 5 847,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 578,0 17 825,1
1,3 16 804,4 2 985,6 12 353,3 24,2 0,0 1 431,8 0,0 0,0 0,0 9,4 16 804,4

1 279,3 12 461,9 9 377,3 673,3 20,8 0,0 918,1 0,0 – 8,8 0,3 1 480,9 12 461,9

30,3 831,5 599,4 0,0 110,8 73,8 0,0 0,0 0,0 0,0 47,6 831,5

215,0 5 254,7 4 673,0 171,1 1,7 0,0 0,0 0,0 1,2 0,7 407,0 5 254,7

765,8 10 732,2 9 215,0 1 192,2 6,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 318,7 10 732,2
0,0 15 802,3 246,5 105,1 15 303,5 147,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 15 802,3
48,1 10 844,4 556,5 2 043,0 7 916,4 326,2 0,0 0,0 0,0 0,0 2,4 10 844,4
0,0 12 908,9 1 531,7 3 758,6 7 264,3 350,5 0,0 0,0 0,0 0,0 3,9 12 908,9
20,6 3 418,0 17,2 1 201,2 570,9 1 627,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5 3 418,0
830,4 3 454,2 633,4 2 080,8 191,8 409,8 28,8 20,2 0,0 9,5 80,0 3 454,2
298,3 3 735,2 618,7 2 454,9 38,8 619,8 0,0 0,0 0,0 0,0 2,9 3 735,2

0,0 1 429,8 0,0 1 429,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 1 429,8

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
21 734,6 410 598,6 172 361,7 114 640,2 34 081,7 3 617,0 30 779,0 122,5 640,6 43 039,354 11 316,4 410 598,6

-7 388,8 2 059,289 5 329,5 0,0


2 111,4 2 111,4 2 111,4
-684,1 -684,1 -684,1
21 734,6 412 025,8 172 361,7 109 362,8 34 081,7 3 617,0 30 779,0 122,5 640,6 45 098,643 15 961,8 412 025,8

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78 VI – Anexos

D.  “Regling:
Juros da dívida portuguesa vão baixar com estabilidade no Governo

AEA11GP © Porto Editora


O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, considerou
esta quinta-feira que a recente subida das taxas de juro da dívida portuguesa
foram a resposta dos mercados à instabilidade no Executivo, mas que agora há
condições para que desçam.
“Sabemos porque é que as taxas de juro subiram em Portugal depois de o país ter
conseguido aceder aos mercados. Eles tiveram uma crise política e o ministro das
Finanças resignou ao cargo. Penso que já regressaram a uma situação estável. Se
demonstrarem aos mercados que este foi um episódio [isolado] e que vai agora
haver estabilidade e que vão continuar a implementar o programa de uma forma
convincente, penso que há boas hipóteses de, caso isso aconteça, as taxas de juro a
que assistimos neste momento descerem novamente”, comentou Klaus Regling.
O líder do fundo de resgate europeu expressou esta opinião sobre Portugal numa
extensa entrevista hoje publicada pelo Wall Street Journal, na qual analisa vários
temas da atualidade europeia.
Klaus Regling frisou que o programa de ajustamento português começou seis
meses depois do programa da Irlanda, pelo que Portugal “está necessariamente mais
atrasado”.
Mas realçou que é “provavelmente bom que haja mais seis meses [até ao fim do
programa de resgate internacional] para ver como as coisas se desenvolvem”.
O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) sub-
linhou que a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetá-
rio Internacional) está neste momento em Portugal a conduzir as avaliações à im-
plementação do programa de ajustamento e que, caso conclua que as coisas estão
no bom caminho, “isso terá um impacto positivo” sobre os juros da dívida portu-
guesa.
Convidado a expressar a sua opinião sobre uma possível flexibilização das metas
do défice público português, devido às posições tomadas sobre várias medidas or-
çamentais pelo Tribunal Constitucional, Klaus Regling salientou que a meta do dé-
fice já foi alterada duas vezes no caso português.
“Além disto, posso apenas citar as palavras do presidente do Eurogrupo, Jeroen
Dijsselbloem, na última conferência de imprensa da entidade, quando disse que o
Eurogrupo pensa que Portugal deve manter-se agarrado às suas metas do défice”,
acrescentou.
Klaus Regling disse ainda que este tipo de decisões são “muito importantes” e
“muito políticas”, pelo que qualquer decisão deve ser tomada pelo Eurogrupo, órgão
composto pelos ministros das Finanças dos 17 países da Zona Euro.”
Texto retirado de: www.jornaldenegocios.pt, acedido em 2013-09-28

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VI – Anexos 79

E.  Do fim do mundo bipolar à emergência de novos atores internacionais1

Logo após o término da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se um novo ciclo geo-
político e económico. A propósito Gomes (2009) refere: “Não pode deixar de ser re-
ferido que, na génese do afrontamento bipolar, houve uma série de acontecimentos
que o precederam. Antes do final da Segunda Guerra Mundial (1945), EUA, URSS e
Grã-Bretanha reuniram-se para preparar o pós-guerra. Decidiu-se também o novo
mapa político da Europa, o desmembramento e desarmamento da Alemanha e a divi-
são em duas áreas de influência: uma liderada pela URSS, de cariz socialista, e outra,
liderada pelos EUA, de cariz capitalista. Com o aparecimento, na Europa, de países-
-satélites da URSS, isso determinou a chamada situação de Guerra Fria.
Pode considerar-se que a ordem bipolar tem início com o teste atómico da URSS
(1949) e a perceção generalizada de que se caminhava para o equilíbrio de forças.
Como nenhuma das grandes potências abdicou do seu propósito universalista, entrou-
-se no período de rivalidade da Guerra Fria (1945-1955), tendo sido essencialmente
uma guerra de propaganda com alguns episódios quentes na área de influência.”
O bipolarismo assume uma configuração onde duas partes (dois países, dois es-
paços ou dois blocos) se confrontam com interesses semelhantes, mas onde cada
uma procura obter, sob qualquer forma, vantagens face à outra parte. No entanto,
perante um cenário bipolar instalado, isso não significa, segundo Moreira (1997)2
que se trate de uma “tendência global da comunidade internacional que abriga uma
pluralidade de conflitos, nem significa o começo do fim das ideologias”.
O mundo saído após o término da Segunda Guerra, ao gerar dois blocos, com-
provou tudo isto. Cada um deles prosseguiu uma política independente, procu-
rando, sob qualquer forma, obter vantagens face ao outro, conforme se pode obser-
var pelo esquema a seguir exibido.

Política de Blocos

Bloco Ocidental Bloco de Leste

Liderado pelos EUA Liderado pela URSS


 aíses da Europa Ocidental e Canadá
P  aíses da Europa de Leste e China
P
Economia de mercado Economia planificada
Plano Marshall (1948) COMECON (1949)
NATO (1949) Pacto de Varsóvia (1955)

Guerra Fria

Corrida às armas nucleares Principais conflitos bipolarizados


 omba atómica
B  uerra da Indochina (1945-54)
G
Bomba de hidrogénio Bloqueio de Berlim (1948-49)
AEA11GP © Porto Editora

Guerra da Coreia (1950-53)


Crise de Cuba (1962)

(continua)

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80 VI – Anexos

(continuação)

AEA11GP © Porto Editora


Mais recentemente, com o desmoronar do sistema soviético, os EUA assumi-
ram-se como sendo a única superpotência à escala mundial, que, desde logo, pro-
curou separar a política da economia da componente militar, a fim de conseguirem
impor a sua verdadeira hegemonia, ressalvando apenas o seu domínio militar,
quando este fosse estritamente necessário, nos países menos desenvolvidos.
Esta estratégia política veio sistematicamente a reforçar-se, face ao surgimento
de um fenómeno emergente no cenário mundial, identificado por globalização e
que protagoniza um nova ordem económica à escala mundial. Assim, ao domina-
rem instâncias internacionais, tais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e
o Banco Mundial, os EUA buscaram controlar em rede, pelo menos de forma indi-
reta, os tratados e associações firmados entre os países à escala mundial.

Principais associações e tratados que foram entretanto estabelecidos entre países


à escala mundial
SIGLAS:
ALADI – Associação Latino-Americana de Integração
ALCA – Área de Livre Comércio das Américas
ANZCERTA – Acordo Comercial sobre Relações Económicas entre Austrália e
Nova Zelândia (Australia-New Zealand Closer Economic Agreement)
APEC – Cooperação Económica da Ásia-Pacífico (Asia-Pacific Economic
Cooperation)
ASEAN – Associação de Nações do Sudeste Asiático (Association of Southeast
Asian Nations)
CARICOM – Comunidade do Caribe (Caribbean Community)
CEI – Comunidade dos Estados Independentes
EFTA – Associação Europeia de Livre Comércio (European Free Trade Associa-
tion)
MCCA – Mercado Comum Centro-Americano
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul
NAFTA – Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (North American Free
Trade Agreement)
PACTO ANDINO – Atualmente designado por Comunidade Andina de
Nações
SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (Southern
African Development Community)
UE – UNIÃO EUROPEIA (European Union)
1
Gomes, H. M. C. R. (2009). Dissertação de Mestrado. Universidade Aberta.
2
Moreira, A. (1997). Teoria das Relações Internacionais. Livraria Almedina.

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