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Orientação Técnica:
desafios do sistema
de pintura industrial
Transporte de
produtos perigosos:
novas resoluções do
regulamento terrestre
Matéria Técnica:
processo de anodização
e seus estágios
AS GIGANTES DA PINTURA
APRESENTAM NOVIDADES AO MERCADO
• PALAVRA DA ABTS •
A
difusão de técnicas e conhe- e direto da fonte. Seja participando e aprendizagem. A curva de esque-
cimentos sobre tratamentos dos cursos que serão ofertados, seja cimento relaciona a porcentagem de
de superfície foi a razão de comparecendo às palestras técnicas, lembrança, retenção sobre uma deter-
nossa fundação. No mês de agosto, a tudo isso em um excelente ambiente minada lista e a passagem do tempo. A
ABTS comemora 50 anos de existên- de networking. O evento potenciali- outra curva, de aprendizagem, mostra
cia. O ano também será coroado com o zará a sinergia entre fornecedores o número de repetições necessárias
EBRATS em setembro, que será reali- de acessórios, produtos, processos, para se memorizar determinada lista e
zado em conjunto e, simultaneamente, equipamentos, prestadores de serviço o tempo para tal. A terceira curva re-
a outras duas feiras, Fesqua – Feira e consumidores. vela que o tempo necessário em cada
Treinamentos e Palestras repetição para recuperar 100% daquilo
Internacional de Esquadrias, Ferra-
Ao longo desses 50 anos, os trei- que foi apreendido a cada rodada é
gens e Componentes e a Feitintas,
namentos ministrados pela ABTS vêm menor.
com a previsão de receberem 40 mil
sendo adaptados às necessidades dos
visitantes.
associados, que estão cada vez mais à
O EBRATS 2018 é a oportunida-
procura de orientações e conhecimen-
de sem igual para as empresas, que tos que possam ser relacionados ao
têm o objetico de adquirir conheci- seu dia a dia. Foi partir daí que surgi-
mentos com aplicabilidade imediata ram as ofertas de cursos sob-medida,
realizados nos locais de trabalho.
Um exemplo dessa modalidade foi
o treinamento ocorrido na BMW. Reti-
ramos temas do curso tradicional, que
não eram relacionados aos negócios
da companhia, e reforçamos os as-
suntos por eles solicitados. Soma-se
a esta personalização de conteúdo a
vantagem de serem cursos ministra-
(EBBINGHASS)
dos in loco, com a possibilidade de
flexibilização de horários. Outra adap- Essa reflexão serve para alertar
tação que está em desenvolvimento é sobre a importância da reciclagem.
o treinamento à distância, que preten- Realizar novamente um treinamento
demos implementar ainda em 2018. não é desperdício, mas sim neces-
Faço aqui uma importante reflexão sário. A reciclagem funciona como
sobre treinamentos e reciclagens. Es- ao rever um filme, em que se tem a
tudos mostram que um usuário retém oportunidade de “enxergar” cenas e
apenas 10% de conhecimento por meio detalhes que passaram despercebidos
da leitura. Já por meio da audição, da na primeira vez e que agora fazem
participação presencial em cursos so- sentido, ou seja, completam a com-
bre temas de seu interesse e também preensão.
da leitura, a retenção passa a ser de Por este motivo, todos os planos
90%. Nas figuras ao lado apresen-
de melhoria de qualidade e produtivi-
tamos estudos sobre esquecimento
dade focam muito no treinamento e na
reciclagem dos colaboradores. Parti-
O EBRATS 2018 É A OPORTUNIDADE SEM IGUAL PARA cipar de cursos, eventos e palestras
AS EMPRESAS, QUE TÊM O OBJETIVO DE ADQUIRIR na ABTS permite o acesso a outras in-
CONHECIMENTOS COM APLICABILIDADE IMEDIATA E formações e, até mesmo, o importante
DIRETO DA FONTE networking. Afinal, o convívio com
outros participantes do mercado pos-
Reinaldo Lopes
sibilita presenciar diferentes pontos
Diretor Cultural da ABTS
cultural@abts.org.br
de vista e novas formas de enfrentar
determinadas situações.
EDITORIAL BIOCHEMICALS 19
6 Destaques do setor de pintura
Renata Cattaruzzi COVENTYA 13
DAIBASE 25
GRANDES PROFISSIONAIS
8 Especialista em galvanoplastia DOERKEN 51
Sérgio Fausto
ELECTROCHEMICAL 33
MR PLATING 11
ORIENTAÇÃO TÉCNICA
14 Sujidade em peças pintadas M. SIMON 37
Nilo Martire Neto
METALCOAT 29
MATÉRIA TÉCNICA SAINT STEEL 39
17 Anodização – Tópicos do Processo
Fernando Basílio da Silveira TRATHO 15
MATÉRIA TÉCNICA
27 O processo de metalização de plásticos: mecanismo de adesão
na interface substrato e metal eletrodepositado
Anderson Bos
ARTIGO
38 Especificando a galvanização geral por imersão a quente
Ricardo Suplicy Goes
MATÉRIA ESPECIAL
40 Avanços na indústria da pintura
Renata Cattaruzzi
40
48 NOTÍCIAS EMPRESARIAIS
PONTO DE VISTA
AVANÇOS
50 Indústria 4.0: a revolução inevitável NA INDUSTRIA DA
Augusto Moura PINTURA
4 • Tratamento de Superfície 207
• EDITORIAL •
SETOR DE PINTURA
Rua Machado Bittencourt, 361 - 2o andar
Todos os meses procuramos trazer para as páginas da revista empresas conj.201 - 04044-001 - São Paulo - SP
de renome que contribuam com informações relevantes sobre o mercado e tel.: 11 5574.8333 | fax: 11 5084.7890
www.abts.org.br | abts@abts.org.br
atualizações sobre aquilo que de mais recente está sendo feito no setor de
tratamento de superfície. Nesta edição, em especial, reunimos o “crème de Gestão 2016 - 2018
la crème” das gigantes da pintura e trouxemos Henkel, Kluthe, Basf, Klintex, DIRETOR-PRESIDENTE
Airi Zanini
Axalta, Akzo Nobel, Dow e PPG. Especializadas em pré-tratamento, tintas DIRETOR VICE-PRESIDENTE
e repintura, os porta-vozes de cada uma destas companhias compartilham Rubens Carlos da Silva Filho
DIRETOR-SECRETÁRIO
as novidades mais relevantes realizadas na implementação de novas tec- Edmilson Gaziola
nologias, lançamentos de produtos, inauguração de fábricas e centros de DIRETOR VICE-SECRETÁRIO
Douglas de Brito Bandeira
distribuição entre outras. DIRETOR-TESOUREIRO
Além de algumas destas empresas compartilharem os principais investi- Wady Millen Jr.
DIRETOR VICE-TESOUREIRO
mentos realizados desde o ano passado, elas mostram o que têm feito para Gilbert Zoldan
atrelar, de forma crescente, a sustentabilidade e a responsabilidade ambien- DIRETOR CULTURAL
Reinaldo Lopes
tal em todas as vertentes de seus negócios, com prioridade nos projetos de VICE-DIRETOR CULTURAL
melhoria de serviços oferecidos aos clientes. Maurício Furukawa Bombonati
MEMBROS DO CONSELHO DIRETOR
O foco total no cliente, inclusive, por meio da customização de produ- Douglas Fortunato de Souza, Sandro Gomes da Silva,
Silvio Renato de Assis, Wilma Ayako Taira dos Santos
tos e serviços ofertados, é uma das características oriundas do modelo de
CONSELHEIRO TÉCNICO
negócio da 4ª Revolução Industrial, de acordo com o artigo escrito por Au- Carmo Leonel Júnior
gusto Moura, CEO da IHM Engenharia, na seção Ponto de Vista. O executivo REPRESENTANTE DO SINDISUPER
Sergio Roberto Andretta
descreve com maestria o tema que é recorrente na indústria mundial e as CONSELHEIRO EX OFFICIO
Antonio Carlos de Oliveira Sobrinho
consequentes transformações na economia global.
Ainda sobre o setor de pintura, o consultor Nilo Martire Neto escreve
sobre os desafios da indústria e a busca pela redução do número de peças
rejeitadas durante o processo produtivo ao adotar procedimentos com ma- REDAÇÃO, CIRCULAÇÃO E PUBLICIDADE
térias-primas estáveis e confiáveis, evitando, assim, danos e consequentes Rua João Batista Botelho, 72
05126-010 - São Paulo - SP
prejuízos nas operações. Leia o texto completo na seção Orientação Técnica. tel.: 11 3835.9417 fax: 11 3832.8271
b8@b8comunicacao.com.br
Para agregar ainda mais conhecimento técnico, Fernando Basilio da Sil- www.b8comunicacao.com.br
veira, da Metal Coat, discorre sobre o processo de anodização para torná-lo DIRETORES
Igor Pastuszek Boito
cada vez mais eficiente e detalha cada fase, desde a preparação mecânica, Renata Pastuszek Boito
Elisabeth Pastuszek
os cuidados com engancheiramento, desengraxe, enxague, polimento, neu- DEPARTAMENTO COMERCIAL
b8comercial@b8comunicacao.com.br
tralização, anodização, coloração e, por fim, selagem. Ainda na área técnica, tel.: 11 3641.0072
apresentamos o processo de metalização do plástico pelo ponto de vista DEPARTAMENTO EDITORIAL
Jornalista/Editora Responsável
Anderson Bos, da Atotech do Brasil. Renata Cattaruzzi (MTB 59276/SP)
cumprirem com as novas instruções também estão nas páginas a seguir. (Circulação desta edição: Março/2018)
LINHAS COMPLETAS
DE PINTURA
27 ANOS DE EXPERIÊNCIA no mercado de Tratamento de Superfície
ESPECIALISTA EM
GALVANOPLASTIA
N
DESDE O PRIMEIRO asci no Rio de Janeiro e vim a São Paulo ainda criança, por isso
me considero paulista. Meu nome é uma homenagem a meus
EMPREGO ATÉ ABRIR
avós: Sergio do materno, Fausto do paterno. Os sobrenomes
SUA PRÓPRIA EMPRESA,
vêm de família, Cidade Gonçalves Pereira.
SERGIO FAUSTO PEREIRA Minha trajetória profissional foi iniciada em 1965, quando me
SEMPRE ESTEVE NA ÁREA DE formei no curso de Química Industrial. Naquele ano, comecei a
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE trabalhar na Eloxal, fornecedora de produtos para galvanoplastia
e na qual tive o privilégio de ter um grande mestre, Célio Hugen-
E SE TORNOU REFERÊNCIA
neyer. No ano seguinte, assumi o cargo de Químico na Contact,
NA GALVANOPLASTIA. O
fabricante de ventiladores, o que me rendeu uma enriquecedora
CONHECIMENTO E A EXPERIÊNCIA experiência de campo. Em 1967 retornei à Eloxal no setor de
ADQUIRIDA AO LONGO DOS vendas e assistência técnica, sempre na área de galvanoplas-
ANOS O LEVOU, INCLUSIVE, À tia.
Há 50 anos, já em 1968, portanto, tive meu primeiro
PRESIDÊNCIA DA ABTS (2000-2003),
grande desafio profissional. Fundei, junto com João Lotto
TENDO IMPLEMENTADO DIVERSAS
e Sergio Camargo, a Tecnorevest, empresa dedicada ao
MELHORIAS À ASSOCIAÇÃO. fornecimento de produtos para tratamento de superfície.
No início da década de 1970, a Tecnorevest passou a
representar a Lea Ronal, uma das líderes no mercado
norte-americano. Naquele período eram crescentes
A ABTS (Associação Brasileira de Tratamento de Superfície) oferece toda a sua expertise de 49 anos
de mercado em prol da Revista Tratamento de Superfície, tornando-a um título referência no setor.
• CALENDÁRIO CULTURAL 2018 •
Cursos In-Company.
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• PALAVRA DA FIESP •
A CAMINHO DA RECUPERAÇÃO
O
Brasil viveu a mais grave A percepção de que o Brasil tização de empresas públicas, a
crise de sua história nos teria dificuldade de reverter esse reforma do teto dos gastos, que
dois últimos anos, com per- quadro no curto prazo e de voltar a corrige os gastos públicos pela
da acumulada de 8,6% no PIB, em crescer, produzir e retomar o alto inflação do ano anterior, aprovada
um período de 11 trimestres. Esse é consumo foi sentida em todos os em 2016, e a sanção do texto da
o pior resultado já registrado, além setores. reforma trabalhista, em julho deste
do elevado índice de desemprego, Os últimos trimestres, porém, ano, pela qual trabalhamos forte-
tendo alcançado 13,7% do total da mostraram que começamos uma mente e que representa um grande
força do trabalho do País. escalada ascendente. O PIB regis- avanço na construção de relações
trou alta, a indústria apresentou trabalhistas modernas, que pres-
crescimento de 1,5% no acumulado tigia o diálogo entre empresas e
de janeiro a setembro (primeiro re- trabalhadores, por meio dos sin-
sultado positivo desde 2013), hou- dicatos. Esses são exemplos de
ve gradativa melhora do crédito e medidas fundamentais para a me-
do mercado de trabalho, redução lhora do ambiente de negócios,
do endividamento das empresas e, para o aumento da produtividade e
principalmente, das famílias, que- para a aceleração do crescimento
da da taxa de juros, controle da econômico.
inflação, aumento da confiança do O ano de 2018 deverá ser de
empresariado, além de o congresso continuidade do cenário de recupe-
começar a implementar as refor- ração econômica, com o consumo
mas estruturais tão necessárias sendo o principal vetor dessa reto-
para a saída da crise. mada da atividade e na aceleração
Merecem destaque a medida do crescimento do PIB.
que permitiu o saque das contas
inativas do FGTS e que impulsio-
nou o consumo – cerca de R$ 40
bilhões –, as concessões e priva-
Paulo Skaf
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)
SUJIDADE EM
PEÇAS PINTADAS
Nilo Martire Neto
Consultor na Eritram Paint Consultancy
nilo.martire@uol.com.br
U
Neste artigo, focaremos em um decisão de reprovação ou de libe-
m dos maiores desafios
dos defeitos mais rotineiros e que ração da peça pintada.
que se busca atingir em um
elevam os valores de peças não Abaixo temos dois tipos de de-
sistema de pintura indus-
conformes: resíduos estranhos feitos: o primeiro por sujeira cau-
trial é o da redução de custos sem
aderidos à peça, ou seja, sujeira
modificar negativamente a quali- sada por fiapos de tecido em uma
aderida à pintura. Elas ocorrem
dade estabelecida do revestimento tinta monocamada e o outro com
de diferentes formas e intensida-
desejado. Existem inúmeros fa- partículas secas de tinta em um
des, independentemente do tipo
tores que podem afetar o custo, verniz automotivo.
de peça ou substrato, método de
tais como produtividade, gastos aplicação e nível de sofisticação
com energia, insumos e mão de das instalações. Nem mesmo as
obra entre outros, porém, há um chamadas clean rooms – que en-
indicador que denominamos como viam ar filtrado retendo partículas
o “custo da não qualidade”, o qual acima de 0,3 microns, utilizadas
quantifica com exatidão perdas nas mais modernas instalações de
que interferem negativamente o pintura automotiva – estão livres
resultado financeiro de uma de- deste defeito.
terminada operação. Ele interfere, Como definição básica, dize-
entre outros custos, o de uso ex- mos que sujidades em um artigo
cessivo de material, energia e de- pintado é todo material estranho
mais recursos, além de, em muitos visível aderido a uma peça. O olho
casos, resultar no sucateamento humano pode determinar partícu-
da peça tratada. las de cerca de 5 microns ou mais
As causas fundamentais para o peça antes da pintura. Isso porque gancheiras utilizando-se luvas e
aparecimento desse problema são: muitos desses defeitos podem ser tecidos de limpeza contaminados
a) Local e ambiente inadequados originados até mesmo antes de a ou que desprendem fibras, causan-
para existência de uma linha de peça entrar na cabine de pintura. do inúmeros defeitos.
pintura; Elas são provenientes do processo Poeira e vapores no ambiente
b) Falta de asseio nas instalações, de preparação, por isso, possí- também contribuem para o apare-
limpeza geral de equipamentos veis contaminantes podem estar cimento de sujeira. Desta forma,
e peças; aderidos à peça neste estágio do manter o setor razoavelmente isen-
c) Falha na preparação da processo. to de contaminantes será funda-
superfície; Resíduos, tais como graxas ca- mental, o que pode ser conquistado
repas e materiais de solda, ficam, com boas práticas como o uso de
d) Escolha equivocada do sistema
em muitos casos, firmemente ade- uniformes e materiais de manipu-
de pintura e seus controles;
ridos eletrostaticamente à peça e lação adequados à operação e em
e) Matéria-prima inadequada;
não são completamente removidos perfeito estado de uso.
f) Desvio nos métodos de nos sistemas subsequentes de lim- Em muitos casos são utilizados
aplicação dos materiais;
peza e pré-tratamento. ventiladores próximos às áreas de
f) Falha operacional, falta de qua- Já foi visto que em várias linhas manipulação das peças, os quais
lificação profissional e de aten- de pintura há excessiva e inade- causam muita turbulência e forma-
ção aos detalhes da operação. quada manipulação da peça, o que ção de poeira. Gancheiras e trans-
Para um rastreamento eficiente contamina ainda mais o objeto a portadores mal conservados são
na determinação da origem do pro- pintar. Em alguns casos, as peças outras grandes fontes de acúmulo
blema deve-se iniciar a análise da são colocadas manualmente nas de sujeira na peça.
• ORIENTAÇÃO TÉCNICA •
Em relação ao processo de tor compatível, evitando coágulos 1- Definir o que é sujeira em rela-
pintura em si, existem inúmeras na viscosidade ideal e com sistema ção a outras ocorrências e falha
variáveis, dependendo do siste- de circulação de tinta preferivel- de pintura;
ma de pintura utilizado e cura do mente contendo um filtro de linha, 2- Definir os limites de aceitação
material, o que torna difícil enu- antes do envio ao equipamento de do defeito por peça;
merá-los neste artigo. No entan- aplicação. Em relação à zona de 3- Identificar as possíveis fontes
to, tomando como exemplo uma flash off, será fundamental utilizar e local no qual a sujeira pode
aplicação de tinta líquida por pul- ar de circulação filtrado e limpo, estar se originando;
verização, alguns procedimentos de forma a não causar excesso de
4- Avaliar os custos e os recur-
são fundamentais para a redução turbulência e evitando, assim, a sos envolvidos no retrabalho
desses defeitos. Inicialmente, a ca- suspensão de particulados. Já nas da peça. além de sua viabilida-
bine de pintura deverá estar isenta estufas de cura, as mesmas medi- de técnica e econômica para a
de material particulado, perfeita das deverão ser tomadas, além do continuidade do programa;
limpeza de paredes, grades, filtros estabelecimento de um programa 5- Levantar os valores do investi-
etc., além do bom balanceamento e metodologia eficazes de limpeza mento necessário para executar
no sistema de circulação de ar e periódica de todos os equipamen- o plano de melhorias com elimi-
exaustão. tos e agregados. nação das causas do defeito e
Abaixo, desenho esquemático posterior aprovação do projeto;
Como podemos imaginar, exis-
de um sistema ideal de circulação tem infindáveis causas de conta- 6- Desenvolver metodologia e con-
de ar de baixa turbulência para uma minantes dentro de um processo trole para a eliminação da fonte
estação de trabalho: contaminante;
de pintura, sendo de importância
vital estabelecer um programa de 7- Estabelecer um programa de
identificação e correção das pro- treinamento de operadores,
incluindo todos os envolvidos
váveis causas do surgimento deste
diretamente nas etapas do pro-
defeito.
cesso;
Em estudos feitos em um sis-
8- Aprovar o projeto final com o
tema de pintura automotiva foram
envolvimento e o comprometi-
encontrados inúmeros contaminan-
mento total de todos envolvidos,
tes, tais como fibras de celulose de inclusive cliente e fornecedo-
algodão e papel; partículas de po- res;
límeros como poliésteres e nylon; 9- Acompanhar os resultados al-
fibras de filtros; pele humana e cançados e, posteriormente,
Se for uma aplicação manual. é cabelos; partículas secas de tintas implementar um programa de
preciso estar adequado às normas e outras resinas; material carboni- melhoria contínua, como suges-
em relação ao uniforme do pintor, zado vindo de estufas; grumos de tão, utilizando o eficiente PDCA
bem como a qualidade e regula- tinta e seladores; pigmentos não Para finalizar, acreditamos que
gem do equipamento de aplicação. dispersos ou coagulados; poeira existem inúmeras outras formas
Nunca é demais lembrar que o de lixamento; resíduos de solda; e metodologias para o combate
limalhas de ferro; areia e material ao defeito de sujidade na pintura,
treinamento dos pintores e controle
cerâmico, resíduos orgânicos di- porém, o fundamental é adotar com
das características de aplicação
rigor e, sistematicamente um pro-
do filme de tinta são também fun- versos etc.
cedimento exequível a seu comba-
damentais para a manutenção das Para um melhor planejamento e
te. Então, mãos à obra!
boas condições do processo. ações objetivando reduzir as ocor-
Quanto à tinta em si, quando lí- rências, sugerimos o roteiro abaixo
quida, deve estar corretamente ho- para estabelecer os procedimentos
mogeneizada e diluída com o redu- e metodologia a ser seguida:
ANODIZAÇÃO
TÓPICOS DO PROCESSO
O
alumínio é um metal que aparenta ser inerte à racterística própria que identifica o tipo de acabamento.
ação atmosférica, isso devido a uma fina cama- Os processos de anodização podem ser ilustrados pelo
da de óxido que se forma naturalmente sobre fluxograma abaixo, onde todos os estágios estão iden-
sua superfície. Contudo, é um metal bastante reativo. tificados para cada tipo de anodização. Assim, temos:
O metal alumínio é um elemento que reage com ácidos • Anodização para fins arquitetônicos;
e álcalis com evolução de hidrogênio. A anodização • Anodização para fins técnicos (DURA);
é um processo que produz uma camada decorativa e • Anodização para bens de consumo.
4. DESENGRAXE – LIMPEZA
O desengraxamento é uma etapa fundamental para
a preparação da superfície das peças de alumínio. Re-
move-se gorduras, óleos e outros resíduos aderentes
ao metal utilizando uma solução aquosa levemente
alcalina. A vida útil (longevidade) de um banho depende
do uso; tipos de óleos e graxas; sujeiras a serem remo-
vidas; evidentemente da qualidade do desengraxante e,
também, do equipamento aplicado; se contempla bons
separadores de óleo, ou até mesmo algum tipo de fil-
tração – embora, atualmente, encontramos no mercado
produtos que apresentam a proposta de não serem
descartados nunca, combinando alta tecnologia química
e manobras no processo que permitem que isso seja
possível.
Para um banho de desengraxe operar adequada-
mente, a temperatura, a concentração e o tempo espe-
cificado devem ser mantidos e respeitados. A maioria
dos problemas de limpeza são relacionados a: banhos
saturados de óleo, produtos mal dimensionados ou ope-
ração em temperatura errada. É prática comum aditivar
banhos com tensoativos, compatíveis com o desengra-
2. PREPARAÇÃO MECÂNICA xante em uso.
A preparação mecânica nada mais é do que preparar
a superfície do alumínio visando seu acabamento final.
Por exemplo, os processos de escovação, jateamento
abrasivo e polimento mecânico se aplicam anterior-
mente ao processo químico já conferindo à superfície
do material seu acabamento decorativo.
3. ENGANCHEIRAMENTO – CUIDADOS
Consiste em fixar peças nas gancheiras de titânio
ou de alumínio de tal maneira que as áreas de contato
não fiquem localizadas em pontos críticos da superfície
de trabalho. O contato perfil-gancheira ou peças-gan-
cheiras, deve ser bem firme para não permitir desloca-
mentos durante a movimentação da carga dentro dos
banhos, entre os vários tanques ou pela agitação de ar
em alguns tanques da linha de anodização. Esse con-
tato deve ser fortemente estabelecido de tal modo que Defeito de limpeza da pasta de polimento
permita uma boa passagem de corrente elétrica.
Por essa razão, é fundamental que as gancheiras
sejam limpas e livres de contaminantes a cada ciclo.
Muitas vezes, observamos um incremento de tempera-
tura nos banhos de anodização por Efeito Joule, sim-
plesmente por uma deficiência de limpeza dos ganchos
e consequente deficiência na distribuição de corrente
elétrica. Defeito de limpeza (óleos e graxas)
5. ENXAGUES – LAVAGEM
Por muitas vezes, encontramos processos bastante
“pobres” nos estágios de lavagem. Isso ocorre com
frequência por uma simples questão de espaço físico
das linhas, de layout. Naturalmente que os objetivos de
dimensionar as linhas de processo com maior número
de estágios de lavagem são de, por mais incrível que
possa parecer, economia de água e, obviamente, exce-
lência na qualidade da lavagem. No processo de anodi-
zação, qualquer “choque” de naturezas químicas deve
ser evitado, a fim de prevenir contra o aparecimento de
manchas, ataque na superfície do metal, entre outros
fenômenos. Desta forma, assim quanto maior o núme-
ro de estágios, melhor será a qualidade do processo e
menor consumo de água será necessário.
6. FOSQUEAMENTO OU POLIMENTO
Nessa etapa do processo se busca obter uma super-
fície que mascare ou esconda defeitos gerados no pro-
cesso de extrusão ou laminação do alumínio, podemos
obter desde superfícies brilhantes até superfícies fos-
cas apenas para fins estéticos. Esse processo confere
à superfície apenas estética, não tendo nenhum efeito
técnico ao processo de anodização.
6.1. Fosqueamento
A etapa de fosqueamento pode ser realizada em
soluções ácidas ou alcalinas. Nos dois casos o objetivo
é remover a camada superficial de óxidos de alumínio
e eliminar as imperfeições provenientes dos processos
de conformação, extrusão e produção das peças ou
perfis de alumínio.
Os processos ácidos oferecem excelente acaba-
mento, porém, geram grandes quantidades de resíduos,
forçando renovações e, consequentemente, trocas de
banhos de maneira bastante rápida. Já os alcalinos são
banhos de maior vida útil, e os acabamentos obtidos
analogamente excelentes, porém, isso difere de acordo
com as concentrações de alumínio dissolvido contido
na solução. Sabe-se que hoje já são possíveis pro-
cessos e aditivos que suportam mais de 200 g/l de Al
dissolvido, isso promoverá, portanto, superfícies muito
melhor acabadas que banhos com índices abaixo disso.
• MATÉRIA TÉCNICA •
6.2. Polimento
O processo de polimento químico ou eletrolítico,
analogamente ao fosqueamento, servem para remover
os óxidos da superfície e conferir acabamento estético
A mesma superfície devidamente neutralizada e isenta de álcalis e
à superfície, porém, neste processo, revelando brilho e particulados finos
um acabamento espelhado. Muitas vezes, esse acaba-
mento é obtido de uma preparação anterior ao processo 8. ANODIZAÇÃO
por polimento mecânico. Anodização é um processo eletrolítico que promove
a formação de uma camada controlada e uniforme de
óxido na superfície do alumínio.
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desenvolvemos, em parceria com outras empresas, qualquer
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• MATÉRIA TÉCNICA •
Aparecem, então, na superfície da camada barreira, baixas tensões necessitam utilizar concentrações mais
milhares de pontos de ataque, que são consequência do altas de ácidos e/ou temperaturas, tanto quanto tempo
efeito de dissolução da película pelo eletrólito, que se maiores para se conseguir a mesma espessura de ca-
produz no centro da célula de alumina e que constitui o mada. Estas tendem a produzir camadas menos resis-
começo dos poros, formando, assim, a camada porosa. tentes que são mais difíceis de colorir uniformemente.
Cada ponto de ataque (poro) pode ser considerado uma Por outro lado, a eficiência da formação da camada au-
fonte de corrente, a partir da qual se desenvolve um menta significativamente com a densidade da corrente,
campo de potencial.
de modo que a utilização de concentrações menores de
Os íons, que se apresentam na separação óxido-
eletrólitos e baixas temperaturas, em associação com
-eletrólito, fornecem o oxigênio que transforma em
altas densidades de corrente (< 2,0 A/dm2), permita a
óxido a porção “reatacada”. Simultaneamente, a ação
produção de camadas mais resistentes, compactas e
de dissolução do eletrólito continua se manifestando na
espessas.
base dos poros, tendendo a diminuir a espessura da ca-
mada barreira que se desenvolve. Os poros se alongam,
8.4. Temperatura de Anodização
fazendo com que os íons penetrem mais facilmente.
Ocorre liberação de calor, o que tende a favorecer a Mudanças de temperatura produzem um apreciável
dissolução. Os estados sucessivos de crescimento da efeito na espessura e nas características da camada
camada, a partir de um poro isolado, estão apresenta- anódica, por esse motivo, a temperatura deve ser man-
dos abaixo: tida dentro de estreitos limites, que pode resultar em:
• Alta temperatura de anodização propicia camada
Alumínio com o Corte
menos rígida, com menor brilho após anodização;
pré-tratamento transversal
• Altas temperaturas de anodização propiciam maio-
camada
de óxido res dificuldades na selagem e têm tendência a for-
camada
mar uma camada externa “mole” e pulverulenta com
barreira
baixa resistência a intempéries;
alumínio
• As camadas formadas em temperaturas mais altas
de anodização são mais fáceis para se colorir, toda-
tempo de anodização
espessura de camada de óxido
via, a camada tem suas propriedades físico-quími-
cas comprometidas, como, por exemplo, a resistên-
cia à abrasão;
8.3. Influência dos Parâmetros da
• Temperaturas mais baixas do eletrólito proporcio-
Anodização nas Propriedades de
nam maior dureza, camadas mais compactas, mas
Camada
requerem tensão mais alta para se obter a mesma
Os parâmetros mais importantes que afetam as densidade de corrente;
propriedades da camada são:
• Alta temperatura eletrolítica (até 21oC) é possível
• Concentração do ácido sulfúrico no eletrólito;
somente se aditivos adequados estiverem presen-
• Temperatura do eletrólito;
tes, capazes de reduzir o ataque químico do ácido
• Tensão utilizada;
sulfúrico na camada anódica;
• Densidade de corrente aplicada;
• Altas temperaturas de anodização reduzem, tam-
• Agitação.
bém, a resistividade do eletrólito, requerendo, as-
Um dos fatores mais importantes não mencionados
sim, menor tensão para se conseguir a densidade
diretamente é o custo da energia. A tarifa de energia
de corrente desejada.
elétrica é baseada no quilowatt-hora, comumente com-
A relação entre as áreas do catodo e do anodo, em
binada com a máxima demanda da carga por meio da
equação: um tanque de anodização, tem pequeno efeito sobre a
• Tensão (V) x Corrente (A) x tempo (h) = uniformidade da espessura de camada, mas tem um
quilowatt-hora (kWh) efeito significante sobre a tensão requerida para man-
Quanto maior a densidade de corrente de anodização ter uma certa densidade de corrente (a relação mais in-
(A/dm2) e/ou tensão, maior o custo da energia. Entre- dicada é 1:1). Por isso, deve-se adaptar ao sistema, um
tanto, baixos custos de energia resultantes do uso de grupo refrigerador por meio de um trocador de calor
para trocar as calorias liberadas, mantendo uma tempe- • Altas densidades de corrente proporcionam cama-
ratura pré-estabelecida. A capacidade de Refrigeração das com maiores taxas de crescimento, mas con-
(CR) em Kcal requerida em um tanque de anodização têm problemas para a remoção do calor, formando
pode ser calculada como segue: camadas irregulares escuras (queimas);
CR = V x I x 0,86 • Quanto mais alta a densidade de corrente, maior
Por exemplo, um banho de anodização de será a geração de calor entre a interface camada/
15.000 A operando com 20 V requer: eletrólito e será necessária agitação constante.
CR = 20 x 15000 x 0,86 = 258000 Kcal de Sob determinadas condições práticas, para qualquer
refrigeração aplicação há um limite na faixa da densidade de corren-
te, dentro da qual o processo operará satisfatoriamente
8.5. Densidade de Corrente na para um dado eletrólito quando se trata de obtenção de
Anodização uma camada uniforme e compacta que selará adequa-
Se a densidade de corrente for mantida constante damente.
durante a anodização, a espessura produzida é direta-
mente proporcional ao tempo, dentro da faixa normal 8.6. Tempo de Processo
da temperatura de anodização. Com tensão constante, O tempo de anodização é o fator determinante da
a densidade da corrente diminui progressivamente, as- espessura da camada anódica. A espessura aumenta
sim, o tempo de anodização aumenta e a espessura da com o tempo de anodização, contudo, essa espessura
camada se desenvolve: é limitada pelo fato de, enquanto a camada está sendo
• Baixa densidade da corrente (aproximadamente formada eletroliticamente, ocorre, simultaneamente,
1 A/dm2) proporciona melhor brilho para uma taxa uma dissolução química parcial da mesma. O aumento
de anodização; na espessura da camada resultará em um aumento
• MATÉRIA TÉCNICA •
da área exposta à solução e, consequentemente, uma anodizado uma substância de coloração deve conter
maior razão de dissolução dessa camada. agrupamentos que sejam capazes de formar ligações
Nesse ponto, a razão de formação (eletroquímica) e químicas estáveis com o óxido de alumínio da camada
a razão de dissolução (química) da camada são iguais. anódica.
Quando isso ocorre, nenhum aumento de camada será Também, se refere ao fato, verificado por medições
conseguido prolongando-se o tratamento nessas con- químicas reais, em que a taxa de coloração é propor-
dições. Se o tratamento for indevidamente prolongado, cional à raiz quadrada do tempo de imerso. Se as peças
a camada externa poderá se tornar pulverulenta, sem são imersas por três minutos, levará nove minutos para
praticamente nenhum valor como proteção. O tempo o dobro da quantidade de corante ser absorvido do
requerido para obtenção da espessura do filme anódico que levaram nos três primeiros minutos iniciais. Em
a ser produzido, em função de qualquer densidade de outras palavras, a velocidade de coloração é rápida nos
corrente, pode ser calculado da seguinte forma: primeiros minutos e torna-se progressivamente mais
• T (min.) = µ 0,3 x d
lenta com o aumento do tempo de imersão. A combi-
onde:
nação de cores é mais fácil com tempos maiores de
• µ = espessura do filme anódico requerida em micrô-
coloração, especialmente porque pequenas variações
metros
de temperatura, pH e agitação podem ter um efeito des-
• d = densidade de corrente em A/dm2
A espessura calculada é, na realidade, um mínimo proporcional na taxa de absorção, quando se utilizam
nominal e haverá variação na espessura do filme dentro tempos menores. Além disso, a formação das ligações
de uma mesma carga. químicas se processa vagarosamente e solidez à luz
será significativamente reduzida se a coloração for
9. COLORAÇÃO E ELETROCOLORAÇÃO realizada rapidamente.
mente com a raiz quadrada do tempo. Este comporta- Orgânica Combinados Estanho
alumínio
mento implica mais em uma leve difusão interna de um
filme de corante, de concentração constante, absorvido tempo de anodização
espessura de camada de óxido
rapidamente pela superfície mais externa da camada
Figura esquemática de absorção dos corantes orgânicos e
anódica. Um exemplo de aplicação prática: a discussão
precipitação de estanho metal nos poros da camada anodizada,
teórica acima demonstra que para colorir o alumínio além de uma combinação dos processos
• A taxa de selagem, isto é, conversão do óxido para formar a boemita, a selagem a frio é, normalmente,
boemita, diminui progressivamente com o tempo de descrita como um processo de impregnação a frio.
selagem; Rigorosamente falando, é um processo de conversão
• Em função do diâmetro dos poros e do processo de química envolvendo a formação de um fluoreto de
difusão, a camada de óxidos mais próxima à super- alumínio complexo. A função do níquel é promover e
fície será convertida em boemita mais rapidamente acelerar o processo natural de envelhecimento. Baixos
do que a da base dos poros. teores de níquel e fluoreto resultam em uma desacele-
ração da reação.
10.1. Efeito do Tempo, da Temperatura e
Os resultados do teste ESCA sugerem a seguinte
do pH na Selagem (Selagem Quente)
relação dos principais produtos da reação formada:
O efeito dos parâmetros acima na selagem tem sido
investigado utilizando água deionizada. Uma das técni- • Al(OH)F2 : Ni(OH)2 : 3Al(OH)3
cas mais simples para o estudo da selagem é medir o Consideramos que há a possibilidade de uma quan-
seu aumento de peso. Para selagem de camada de 25 tidade significante de alumínio, dissolvido na reação da
micrômetros em água e vapor a 80oC, 100oC e 115oC. A selagem a frio, produzir o fechamento inicial do poro
grande parte da selagem ocorre nos primeiros 5 a 10 com Al2O3.H2O, seguido por reações com fluoreto e o
minutos e, então, progride muito vagarosamente, conti- níquel e com o vapor d’água, para promover hidratação
nuando mesmo após 60 minutos.
posterior do filme e preenchimento dos poros com os
• A experiência demonstra que:
produtos da reação, resultando em uma melhor quali-
• A melhor selagem é obtida com pH 5,5 - 6,5;
dade de selagem.
• A qualidade da selagem está relacionada com a
Além do controle especificado de níquel, de fluo-
temperatura, de forma que uma boa selagem requer
reto, da temperatura e do pH, outra variável é a taxa
uma temperatura próxima a do ponto de ebulição;
de selagem. A ótima taxa de selagem deve ser 1,0
• O tempo de selagem depende da espessura da
min/micrômetro. Taxas menores não são efetivas e
camada e dos requisitos da especificação do teste
podem ocasionar o desenvolvimento de um pó branco
de selagem; uma correta dimensão é 2,5 - 3,0 min/
(‘’smut’’) sobre a superfície das peças. Uma lavagem
micrômetros.
em água desmineralizada antes da selagem a frio é um
importante requisito, visto que arrasta o hidróxido de
alumínio floculante para dentro da selagem a frio, po-
dendo resultar em problemas indesejáveis na selagem.
A solução deve sempre ser limpa através de filtragem,
se necessário. Após a selagem, a peça deve ser lavada
em água corrente limpa e deve ser seca.
Ni +
10.2. Selagem a Frio sais
Ni +
camada
Ni +
sais de óxido
sais
de Al de Al de Al
A característica essencial do processo é que ele
opera à temperatura de 25-30oC e que a solução de
selagem usada contém 1-2 g/L de íons níquel e 0,50 -
camada barreira alumínio
0,8 g/L de íons fluoreto. Se a temperatura aumentar
significativamente acima da faixa estabelecida, não
mais proporcionará uma selagem efetiva, enquanto que
Fernando Brasilio da Silveira
temperaturas mais baixas resultarão em uma selagem
Engenheiro Mecânico e Mestrando em Tratamentos de Superfície e
mais vagarosa e de qualidade insatisfatória.
Filmes Finos (Nanotecnologia)
Enquanto o processo tradicional de selagem com Gestor de Negócios – Metal Coat Produtos Químicos Ltda
água envolve hidratação da camada anódica para
fernando@metalcoat.com.br
O PROCESSO DE METALIZAÇÃO DE
PLÁSTICOS: MECANISMO DE ADESÃO
NA INTERFACE SUBSTRATO E METAL
ELETRODEPOSITADO
Anderson Bos
P
ara depositarmos qualquer metal em uma su- o mesmo com um ao outro, tudo será uma unidade“. De
perfície eletricamente não condutora são neces- acordo com Platão, temos que nos concentrar no meio,
sários dois pré-requisitos básicos: 1) deve ser uma zona onde duas coisas estão unidas e que podem
possível depositar algum metal e 2) o metal a ser depo- ser muito, muito pequenas.
匀吀刀䤀倀 䌀伀䄀吀 一䤀娀
água durante a eletrodeposição de alguns tipos de
plásticos ABS: imediatamente após a aplicação da
camada de metal, a adesão geralmente é baixa. Após
dois ou três dias de armazenamento em temperatura
ambiente ou aquecendo-se por uma hora a 60°C, a 䄀䰀吀伀 搀攀猀攀洀瀀攀渀栀漀
adesão aumenta ao seu valor máximo final. Podemos
刀攀搀甀漀 搀攀 挀甀猀琀漀
considerar a presença da água como uma espécie de
camada lubrificante, que isola o metal da estrutura do 䘀愀挀椀氀椀搀愀搀攀 漀瀀攀爀愀挀椀漀渀愀氀
material e permite sua fácil remoção. Ou o fato de que
a água, devido ao seu caráter dipolo, saturar os grupos
吀伀吀䄀䰀䴀䔀一吀䔀 䔀䌀伀䰀팀䜀䤀䌀伀
iônicos ou outros grupos eletricamente carregados da
superfície do plástico e, portanto, reduzir a adesão.
Pode-se observar que tipos mais hidrofóbicos de plás-
ticos com menores grupos polares, como o ABS, se
甀攀氀
愀挀
爀攀
娀愀洀
䌀漀戀
não suficientemente rugosos, não resultarão em boa
一椀焀
adesão quando eletrodepositados. Por outro lado, os
tipos mais polares, como as poliimidas, poliamidas ou
polieterimidas, muitas vezes apresentam pouca adesão.
Especialmente as poliamidas, com sua estrutura bem
definida, contribuem para esta observação: enquanto
a curta cadeia de polímeros com apenas seis grupos
-CH2- (PA6, PA6.6) são metalizadas com boa adesão,
as longas cadeias de poliamidas mais hidrofóbicas com
dez ou mais grupos -CH2- (PA11, PA12) são considera-
dos materiais sem suficiente aderência.
䴀䄀吀刀䤀娀 ⴀ 匀倀 䘀䤀䰀䤀䄀䰀 ⴀ 刀匀
䄀瘀⸀ 嘀椀琀爀椀愀 刀⸀ 䴀愀爀琀椀渀椀Ⰰ 㠀㌀㤀 䄀瘀⸀ 刀甀戀攀渀 䈀攀渀琀漀 䄀氀瘀攀猀Ⰰ 㜀㘀㈀㘀
䐀椀猀琀⸀ 䤀渀搀⸀ 嘀椀琀爀椀愀 䴀愀爀琀椀渀椀 䈀愀椀爀爀漀 䌀椀渀焀甀攀渀琀攀渀爀椀漀Ⰰ 倀愀瘀椀氀栀漀
䤀渀搀愀椀愀琀甀戀愀⼀匀倀 䌀愀砀椀愀猀 搀漀 匀甀氀⼀刀匀
倀䄀䈀堀㨀 㤀 ㌀㤀㌀㘀⸀㠀 㘀㘀 倀䄀䈀堀㨀 㔀㐀 ㌀㈀㔀⸀㠀㐀㤀
água (aproximadamente 0,8%) e a água pode entrar no de superfície é dissolvido e permanece uma matriz de
plástico, sendo distribuída ou lentamente ser evaporada SAN espumosa. Um ensaio de Espectroscopia Infra-
durante o período de armazenamento. -Vermelha de Transformação de Fourier (FTIR) não
De todos os dados observados, podemos dizer que conseguiu detectar nenhuma espécie reativa especial
existem duas forças principais que “colam” o metal em após o ataque do condicionador, e sim um aumento de
um plástico: uma interação eletrostática ou pura inte- oxigênio no plástico foi detectado por Espectroscopia
ração mecânica. Ambas não podem ser facilmente se- de Fotoelétrons de Raio-X (XPS): o ABS exibiu >95%
paradas, pois se uma superfície é ampliada pela intro- de concentração de carbono e 2,5% de oxigênio, após
dução de rugosidade, não é fácil afirmar se o aumento o processo de condicionamento, apenas 66,9% de car-
de adesão provém do aumento da área superficial e bono foram encontrados na camada superficial, 24,8%
da interação mecânica, ou se é função de grupos mais de oxigênio, 4,9% de nitrogênio e vestígios de cromo e
carregados eletricamente. As informações disponíveis enxofre. Acredita-se que alguns grupos como -OH, =CO
sugerem que ambas as forças estão presentes ao mes- e -COOH são introduzidos, resultando na hidrofilização
mo tempo. Para os plásticos ABS, as forças mecânicas
(acúmulo ou capacidade de alguma substância reagir
são mais fortes. Para os polímeros contendo grupos
com a água) da superfície. Efeitos adicionais do método
-CO-NH-, é o equilíbrio das forças eletrostáticas. Tra-
de condicionamento pela solução de cromossulfúrico
ços de contaminação destruirão a interação eletrostá-
são: limpeza completa da superfície, desde que não
tica. Material que não é miscível com água, como os
tenha sido contaminada com silicones que não se dis-
óleos, destruirão completamente a adesão.
solverão na solução condicionadora, e o fato de o banho
PRÉ-TRATAMENTO DO PLÁSTICO proteger o isolamento da gancheira, construída por
A ideia de ligar mecanicamente o metal em uma PVC, de ser catalisado durante as etapas subsequentes
superfície de plástico resultou na introdução de rugo- do processo.
sidade por meios mecânicos. Mas esse tipo de “pré-
-tratamento” tem muitas desvantagens. Não é possível
aplicar um pré-tratamento mecânico uniforme, por
exemplo, por jateamento ou moagem, nem é possível
influenciar a estrutura química da superfície. Além
dessas desvantagens, é um método muito oneroso de
pré-tratamento. A solução é buscar um método de pré-
-tratamento químico. Evidentemente, diferentes tipos
de plásticos exigem diferentes tipos de pré-tratamento.
No caso do ABS, o método utilizado consiste de um
ataque do plástico com uso de uma solução de ácido
cromossulfúrico. O ácido cromossulfúrico é bastante
agressivo e o material orgânico se dissolve em tal so-
lução, produzindo água e dióxido de carbono: Ilustração 4: influência da taxa de condicionamento na adesão (em
25 cm2 de amostra)
A ilustração 5 mostra a taxa de condicionamento poliamidas pode ser feito por uma simples limpeza da
de amostras da mistura de uma blenda de ABS/PC superfície em alguma mistura de solventes ácido/água.
(25 cm2, Bayblend T45) em 400 g/L de CrO3 + 400 g/L Em vez de alterar as cadeias do polímero em pedaços,
de H2SO4 variando-se tempo de condicionamento, a este método corta ligações de hidrogênio entre as ca-
temperatura e a concentração de cromo trivalente (com deias do polímero, que então, podem ser dissolvidas
baixas taxas de condicionamento, a absorção de água de forma mais fácil. A diferença entre o procedimento
das peças de um polímero tem um papel considerável “sweller” e “etch” é que a degradação oxidativa deve ser
e interferem nos dados, apresentando muitas vezes levada em consideração se diferentes tipos de poliami-
alguma leitura incorreta).
das serão pré-tratadas: um polímero, que foi injetado
em uma ferramenta fria (temperatura da ferramenta
< 40oC), não há tempo suficiente para a cristalização; e
forma-se uma estrutura amorfa que reagirá de maneira
uniforme durante o pré-tratamento do “sweller” e do
“etching”. Se o mesmo polímero for injetado em uma
ferramenta quente (por exemplo, temperatura do molde
280oC, temperatura da ferramenta 120oC), partes da
superfície encontram tempo suficiente para cristalizar-
-se. O processo de “sweller” e “etching” apresentam
diferente solubilidade para as regiões amorfas e para
Ilustração 5: taxa de condicionamento na solução condicionadora as regiões do polímero cristalizadas, resultando em
de ácido crômico e ácido sulfúrico, influenciada pela contaminação grandes variações na adesão após a eletrodeposição,
com cromo trivalente até mesmo na mesma peça. Nesse caso, infelizmente,
a alternativa ao “sweller” e “etching” é apenas a des-
Pode-se concluir a partir deste gráfico que o tempo
truição oxidativa do polímero.
do processo de condicionamento tem menor influência
na taxa de ataque. A temperatura tem muito mais influ-
ência, porém, a elevada concentração do interferente
cromo trivalente reduz o efeito do ataque - provavel-
mente porque maiores concentrações aumentam a vis-
cosidade da solução. Este efeito pode ser compensado
por uma agitação adequada do banho, seja esta uma
agitação a ar ou mecânica. A agitação mecânica pode
ser mais custosa, porém é mais limpa e mais ecológica,
porque não produz névoa crômica que pode contaminar Ilustração 6: condicionamento superfície de poliamida
o ar do ambiente e interferir em outras etapas do pro-
Em geral, o pré-tratamento depende fortemente do
cesso, causando falhas químicas nas peças tratadas.
Muitos outros substratos plásticos também podem polímero e de sua composição. Alguns polímeros podem
ser atacados pelo ácido cromossulfúrico. Nas poliami- ser atacados por ácidos (POM), alguns são sensíveis a
das, ou polímeros com o grupo amida, as cadeias de meios alcalinos (LCP), alguns como o pré-tratamento
polímeros são cortadas em pequenos pedaços e, então, oxidativo (ABS, PPO de óxido de polifenileno). Mas,
são dissolvidas. Policarbonatos e poliésteres só são mesmo em uma “família” de pré-tratamento, existem
atacados muito lentamente, especialmente o PET e o muitas possibilidades. Por exemplo, o comportamento
PBT não podem ser revestidos, pois não apresentam oxidativo do ácido crômico e do permanganato é total-
suficiente aderência com uso da solução cromos- mente diferente:
sulfúrico como meio de ataque. As poliamidas levam
desvantagem ao incorporar muito das soluções con-
dicionadoras usadas no ataque, devido sua estrutura
de cadeia de polímero. Em geral, o pré-tratamento das
CONCLUSÃO
Eletrodeposição sobre plástico só é comercialmente
viável quando o produto final obtido apresentar ótima
aderência. As técnicas largamente usadas na indústria
há mais de 60 anos pelo emprego do uso da tecnologia
de ácido cromosulfúrico demonstram que o mecanismo
gerado permite a obtenção de uma adesão de mais de
1,4 N/mm. Entretanto, o emprego desta solução entrou
em pauta em grandes centros como na Europa, e sua
substituição naquela região é algo iminente nos próxi-
mos anos. Estudos já realizados mostram que a ade-
Somando competências para oferecer sempre o
são obtida com emprego de um outro agente oxidante
sinalizam que esta etapa do projeto de substituição já que há de melhor, aliado a profissionais altamente
foi encerrada, e o tema adesão foi vencido. Resultados especializados, a Electrochemical busca atender
obtidos mostram que a tecnologia a ser usada no futuro e satisfazer seus clientes, distribuindo os mais
apresenta superiores valores de adesão ao processo modernos produtos e processos galvânicos em
atualmente alcançado, mesmo com um mecanismo de parceria com empresas europeias e asiáticas.
adesão distinto.
É por este motivo que cada vez mais o plástico se Processos: Ouro, ródio, prata, paládio, bronze, níquel,
apresentará como uma excepcional alternativa de subs- cobre, vernizes cataforéticos e nanocerâmicos e pro-
trato em nossa indústria. Leve, de menor custo e com teções nanoparticuladas, entre outros.
a capacidade de obtenção de quaisquer geometrias
distintas, as tecnologias existentes levam a um produto
final de ótimo valor agregado e com superior adesão
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• MEIO AMBIENTE E ENERGIA •
SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO
ELETROQUÍMICO DE ENERGIA
Gerhard Ett e Volkmar Ett
PANORAMA DA ENERGIA NO BRASIL Isso tem um lado muito positivo, pois foi superior
S
egundo o último Balanço Energético Nacio- ao PIB (Produto Interno Bruto). A indústria não cresce
nal (BEN) da Empresa de Pesquisa Energética sem energia e a qualidade de vida está diretamente
(EPE), a oferta interna de energia renovável ligada a este consumo.
foi de 43,5% e a de não renovável, 56,5%. A energia Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica
renovável (térmica e elétrica) da biomassa, lenha e
(ANEEL), desde 1º de janeiro a tarifa branca, nova
carvão mineral e outras renováveis (eólica e solar) já
modalidade tarifária, está disponível para consumi-
ultrapassam 30%, mais que o dobro da energia elétrica
dores com média mensal superior a 500 kWh e para
de hidroelétrica (12,6%), também renovável, vide figura
novas ligações. Com a tarifa branca, o cliente passa
1. A Usina de Itaipu é a mais eficiente do planeta. Na
a ter a possibilidade de pagar valores diferentes em
matriz de energia elétrica, as renováveis como solar,
função da hora e do dia da semana em que consome a
biogás e eólica aumentaram entre 45% e 55% em rela-
energia elétrica. Se o consumidor adotar hábitos que
ção aos anos de 2015 e 2016, em plena crise financeira
priorizem o uso da energia nos períodos de menor
brasileira. A energia hidráulica aumentou 7% no mesmo
demanda, como manhã, início da tarde e madrugada,
período.
há a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia
consumida. Nos dias úteis, a tarifa branca tem três
valores: ponta, intermediário e fora de ponta. Esses
períodos são estabelecidos pela ANEEL e diferem para
cada distribuidora.
Uma forma de aproveitar esta tarifa é armazenar a
energia elétrica fora do horário de ponta e utilizá-la nos
horários de ponta. A maneira de armazenar a energia
varia conforme a disponibilidade regional, que inclui
desde os sistemas reversíveis de água, geração de hi-
Figura 1: Relatório do Balanço Energético Nacional (BEN2017) drogênio, armazenamento de frio e armazenamento nas
baterias eletroquímicas – os tradicionais acumuladores • Anodo: eletrodo onde ocorre oxidação (perda de
de chumbo/ácido, baterias de fluxo, de sal fundido e as elétrons por uma espécie química), podendo este
baterias de íon-lítio (Figura 2). ser consumível ou não. Caso não seja considerado
Uma bateria pode ser considerada uma fonte eletro- consumível, outro processo de oxidação ocorre no
química de energia e ser definida como um dispositivo anodo, como, por exemplo, a evolução de oxigênio.
capaz de converter diretamente a energia liberada de • Catodo: eletrodo onde as cargas elétricas negativas
uma reação química em energia elétrica. provocam ações de redução (ganho de elétrons
por uma espécie química). Essa perda ou ganho de
elétrons altera completamente as propriedades dos
materiais, por exemplo, o ferro perde as caracterís-
ticas metálicas e o cloro (Cl2) deixa de ser tóxico,
assim como o cianeto.
• Eletrólito: condutor iônico (podendo ser meio aquo-
so, líquidos iônicos e sais fundidos) contendo íons
que transportam a corrente elétrica do anodo para o
catodo.
• Um condutor eletrônico (de caráter metálico) com-
pleta o circuito externo: a ligação metálica entre o
catodo e o anodo, por onde fluem os elétrons no
sentido anodo-catodo. Eletrodos são as interfaces
Figura 2: unidade de bateria de íon-lítio de 10kWh da Electrocell
de um condutor eletrônico e um condutor iônico.
PROBLEMAS DE FALTA DE ENERGIA NO Para qualquer processo eletroquímico, tanto para
SETOR DE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE corrosão, eletrodeposição, pilhas e baterias, os quatro
No setor de tratamento de superfície, assim como componentes devem estar presentes; se um faltar, não
em qualquer outro, a falta de energia gera grandes
ocorre o processo.
transtornos. Na eletrodeposição, além da parada da
Uma reação eletroquímica pode ser representada de
unidade, pode causar manchas, falha na deposição e
uma maneira similar a qualquer outra reação química,
futura corrosão acelerada da peça. Na pintura e-coat
pela termodinâmica ou pela cinética. A termodinâmica
(KTL), falhas de controle ocasionam defeitos e até o
indica uma medida da tendência de uma reação ocorrer
esfriamento da estufa. Em escritórios, por exemplo,
em determinada direção, mas não mostra a velocidade
gera a perda de dados e falhas de comunicação. Sem
energia, não se trabalha! da reação, que é a cinética. Em pilhas de armazena-
Um novo sistema está sendo implementado no mento de energia desejamos que a pilha carregue ra-
mundo, o de armazenamento eletroquímico de energia. pidamente e descarregue lentamente, assim como em
A implementação está sendo feita desde pequenas a processos de eletrodeposição. O que devemos fazer
grandes empresas, montadoras, indústrias, hospitais, para que isso ocorra? A resposta é simples, mas uma
supermercados, consultórios médicos, até empresas de solução mais complexa: compreender todos os pro-
transmissão, distribuição e geração de energia elétrica. cessos que ocorrem nos quatro componentes citados
acima: anodo, catodo, eletrólito e circuito metálico.
PRINCÍPIOS DA ELETROQUÍMICA DA
BATERIA Lembrando que a etapa lenta indica a velocidade
A primeira descrição de uma bateria eletroquímica de reação, que muitas vezes é a difusão (diferença de
foi feita pelo físico italiano Alessandro Volta, em 1800. concentração de íons em uma solução). Na difusão, os
Tal “descoberta” representa um marco na história da íons de uma região mais concentrada difundem para
eletroquímica e, particularmente, na história dos dispo- uma menos, buscando igualar a concentração. Por este
sitivos denominados, genericamente, baterias. O prin- motivo, em alguns processos se utiliza a convecção
cípio básico deste processo eletroquímico apresenta os (agitação) para acelerá-lo. Não podemos deixar de citar
seguintes componentes: a migração, que é o movimento das espécies iônicas
iônico de ora intercalar, ora não, esta bateria recebeu A introdução dos sistemas eletroquímicos de ar-
originalmente o nome de “cadeira de balanço”. mazenamento de energia está só começando, mas
O catodo é composto, geralmente, de um óxido de grandes desenvolvimentos ainda serão apresentados
uma estrutura lamelar (LiCoO2, LiNiO2 etc.) ou espinélio nos próximos dez anos. Nos últimos 15 anos, o custo
(LiMnO2), sendo o óxido de cobalto litiado ou o fosfato das baterias de íon-lítio foi reduzido para 10% e, hoje,
de ferro os materiais mais utilizados. O eletrólito é uma estas baterias ainda representam apenas 10% de toda
mistura de solventes orgânicos apróticos (PC, EC, DMC a indústria de baterias no mundo. Um celular de dez
etc.) e sais de lítio (LiClO4, LiPF6 etc.). anos atrás, se utilizasse a tecnologia da bateria de hoje,
duraria um ano sem recarregar.
MATERIAIS DOS ELETRODOS DE UMA
BATERIA DE ÍON-LÍTIO REFERÊNCIAS
• DENARO, A. R Fundamentos de eletroquímica ed. USP
• GENTIL. V Corrosão, ed. LTC
• PESQUERO et. al Cerâmica 54 (2008) 233-244
• RAMANATHAN. L. Corrosão e seus controle ed. Hemus
Gerhard Ett
Diretor Operacional na Electrocell
Prof. do Centro Universitário FEI
gerhard@electrocell.com.br
Volkmar Ett
Diretor de Tecnologia e Inovação na Electrocell
volkmar@electrocell.com.br
CONCLUSÃO
Atualmente, as baterias de lítio são amplamente
utilizadas. Anualmente, são consumidas nas baterias
de íon-lítio 120.000 toneladas por ano de material de
catodo para as mais diversas aplicações, como em
celulares (3 milhões/ano), computadores (600 milhões/
ano) nobreak para datacenter, processos industriais
(em que a parada de uma unidade por falta de energia
causa um grande prejuízo financeiro e técnico), fa-
zendas solares e eólicas e veículos elétricos híbridos
como automóveis, empilhadeiras (figura 3) e aviões. Em
um hospital, inclusive, interrupções curtas de energia
podem significar a morte de pacientes na UTI ou nos
centros cirúrgicos. Imaginem trens, aviões ou indús-
trias sem controle. A mesma tecnologia utilizada em
celulares já é usada em sistema de armazenamento de
energia (ESS), que vão desde 250kWh a 120MWh.
Uma preocupação constante é a disponibilidade de
lítio. Embora seja abundante, a maior parte está dissol-
vida em água dos mares. Felizmente são encontradas
grandes jazidas junto a depósitos de sal – como o de
Atacama – resultantes da evaporação de mares. Tam-
bém existem minérios contendo lítio, como no Vale do
Jequitinhonha.
• ARTIGO •
ESPECIFICANDO A GALVANIZAÇÃO
GERAL POR IMERSÃO A QUENTE
O
Brasil é um País com al- é utilizado neste processo por ter – GALVANIZAÇÃO DE PRODUTOS
tas categorias de corrosi- um potencial de redução menor que DE AÇO OU FERRO FUNDIDO – ES-
vidade, destacadas não só o ferro, isto é, vai oxidar preferen- PECIFICAÇÃO para garantirmos que
na ampla região litorânea, de mais cialmente ao ferro, originando a as condições de contorno ou escopo
de 7.000 km de extensão, como proteção catódica, ou seja, o zinco do projeto estão sendo atendidas.
se “sacrifica” para proteger o ferro. Para terminologia utilizar a nor-
nos distritos industrias no interior
Assim, oferece uma dupla proteção ma ABNT NBR 7414:2015 – GALVA-
do País, que apresentam empresas
por barreira e catódica. É importan- NIZAÇÃO DE PRODUTOS DE AÇO
químicas com produtos altamente
te destacar que o aço e o zinco são OU FERRO FUNDIDO POR IMER-
corrosivos.
100% recicláveis, atendendo aos SÃO A QUENTE – TERMINOLOGIA.
Neste cenário, a galvanização aspectos da sustentabilidade. Existem outras normas, que se
geral por imersão a quente atende Para se especificar a Galvani- encontram no destaque i que deno-
a necessidade natural de proteger zação por Imersão a Quente preci- minamos “de qualidade” para orien-
o aço/ferro fundido contra a cor- samos saber três pontos básicos, tar o usuário final na aferição do
rosão, enaltecendo sua qualidade, que são: que foi especificado.
reduzindo custos de manutenção e • Qual o grau de agressividade do Caso o ambiente seja muito
aumentando sua vida útil. ambiente em que o aço estará
agressivo, pode-se pintar sobre o
Mas, como ocorre esta proteção? exposto?
aço galvanizado, obtendo uma alta
A galvanização geral por imersão a • Qual a expectativa da vida útil do
eficiência na proteção contra a cor-
quente, conhecida também no mer- aço definida pelo projeto?
cado como “galvanização a fogo” ou rosão e alta vida útil pela sinergia
• Quais os custos previstos, ini-
“zincagem a fogo”, é um processo ciais e de manutenção, para o que o zinco proporciona à tinta,
do revestimento de zinco no aço sistema de proteção, ao longo da isto é, a ação cooperativa das duas
ou ferro fundido ou aço patinável, Vida Útil de Projeto? substâncias atua de modo que o
protegendo 100% de sua superfície, Em seguida, devemos nos orien- efeito resultante é maior que a
tanto externa como interna. O zinco tar na norma ABNT NBR 6323:2016 soma dos efeitos individuais destas.
Axalta PPG
AVANÇOS NA
INDÚSTRIA
DA PINTURA
Esperança de uma recuperação
de soluções e serviços de
O
setor da pintura e suas solu- facture), a PPG destaca a tecnologia
ções sempre foi muito impor- Versabond, com refinador à base
tante para o crescimento da de zinco com fosfato tri catiônico,
economia do Brasil. Os empresários que apresenta como benefícios bai-
deste segmento vêm 2018 como um xo peso de camada e menor tamanho
momento de recuperação e otimis- de cristal, consequentemente menor
mo e explicam como as empresas consumo por área tratada e custo de
das quais representam estão atuan- aplicação. A solução, segundo Zane-
do para acompanhar esta gradativa te, é também utilizada na aplicação Marcelo Zanete, responsável pela
recuperação, seja com lançamento multimetal, incluindo o tratamento diretoria comercial de Tintas
de produtos, investimentos em fá- de alumínio. “Esta tecnologia pode Automotivas OEM da PPG Brasil
bricas e centros de distribuição, ou
ser aplicada em baixas temperatu-
implantação de novas tecnologias no
ras, com reduções significativas de
processo produtivo.
custo operacional. Ela é utilizada
Uma das líderes do setor de
em alguns clientes e importantes
pintura no Brasil, a PPG investe
instalações automotivas globalmente
globalmente em pesquisa e desen-
e, recentemente, passou a ser dispo-
volvimento para geração de novos
nibilizada no Brasil, sendo produzida
produtos em antecipação às deman-
localmente”, detalha.
das de mercado e para suportar
as necessidades de seus clientes. INOVAÇÕES EM ALTA
A presença da empresa no ramo A multinacional holandesa Akzo-
automotivo ganhou força em 2014, Nobel desenvolve suas inovações em
quando houve a aquisição global diversos laboratórios de pesquisa e
da Revocoat, indústria francesa es- desenvolvimento próprios ao redor
pecializada na linha de adesivos e do mundo, incluindo o Brasil, sendo
selantes automotivos. a maior parte delas voltadas para as Arariboia Martins, gerente de
“A PPG é hoje a única empresa tintas compatíveis com o tratamento Desenvolvimento de Negócios da
área de Protective Coatings da
que desenvolve e comercializa todos de superfície mecânico e hidrojatea-
AkzoNobel
os produtos utilizados no processo mento. “Oferecemos tintas livres de
com pigmentação anticorrosiva de atenção especial à qualidade sani- so conhecimento técnico ajudamos a
fosfato de zinco de alta espessura, tária e às questões ambientais, pois acelerar o processo de inovação na
boa resistência mecânica e avançada tem excelente acabamento estético, cadeia de valor, trazendo ganhos de
propriedade de retenção em arestas, com propriedades de eliminação de produtividade e eficiência, além de
quinas e cantos vivos. bactéria e mofo, além de baixo odor”, tecnologias mais duráveis, tornando
O executivo destaca ainda o mais explica. as soluções sustentáveis e inovado-
recente lançamento na área de pro- Hoje, os principais investimentos ras mais acessíveis. Disponibiliza-
tective coatings, o Intercryl 1530, da AkzoNobel são os projetos locali- mos tecnologias para os mais diver-
um revestimento acrílico de base zados em Recife (PE), na construção sos atributos, que podem ser usados
de oito tanques para armazenamento separadamente ou combinados para
água, com alto acabamento para
de combustíveis, e em Pontal do agregar ainda mais valor às tintas”,
pintura em concreto e alvenaria. “O
Paraná (PR), com a reforma de um explica Ana Carolina Felix, especia-
produto é a solução para indústrias
navio plataforma – FPSO – P-76. lista de Marketing para o Negócio de
de alimentos e bebidas que buscam
Em 2017, a empresa inaugurou uma Tintas da Dow na América Latina.
unidade fabril na cidade de Santo A experiente em tratamentos de
André, na região do Grande ABC superfícies metálicas Klintex opera
Paulista (SP), que comporta tanques em três frentes principais: Pré-tra-
de fabricação e dispersores de lotes tamento para pintura, Tratamento
grandes, misturadores de pequenos de Efluentes e Linhas de Óleos para
volumes e envasadoras automáticas Estampagem, Usinagem e Proteti-
de tinta. “Temos à disposição o que vos. Na questão de inovações no
há de mais tecnológico e moderno setor de tratamentos de superfície,
no segmento, o que permite uma Jorge Luiz Chini, sócio adminis-
produção de 20 milhões de litros trador da Klintex, acredita que a
de tinta por ano. Aplicamos, ainda, evolução nos produtos derivados
cerca de R$ 8 milhões na construção de nanotecnologia em substituição
de um novo centro de distribuição aos fosfatos ainda é uma inovação
em Santo André, com capacidade de neste mercado. “Como exemplo cito
expedição estendida para 150%, res- o lançamento Nanotex ZRF 19 para
ponsável pela distribuição de produ- ser utilizado em linhas de pré-trata-
Ana Carolina Felix, especialista de tos para os CDs regionais no Brasil”,
Marketing para o Negócio de Tintas mento para pintura com poucos es-
da Dow na América Latina conclui Martins. tágios. É à base de nanotecnologia,
Solução desenvolvida para a apli- baixo fósforo e foi lançado com foco
cação em metal, a emulsão acrílica em redução custos e de geração de
base água MAINCOTE™ 4950 é o
efluentes”, diz Chini.
lançamento da Dow que garante re-
A companhia investiu na aquisi-
sistência à corrosão. Também para
ção de equipamentos para melhorar
esse segmento, a companhia anun-
a eficiência na fabricação produtos
ciou ao mercado, recentemente, o
em pó e os processos de tratamento
TAMOLTM 2002, um dispersante hi-
drofóbico livre de APEO, que propor- de efluentes, proporcionando a total
ciona brilho, resistência à corrosão recuperação e reúso dos resíduos
e compatibilidade com pigmentos tratados.
reativos.
Já para aplicação em madeira, a ACABAMENTO E
Dow desenvolveu a tecnologia ure- DURABILIDADE
tânica bi-componente PARALOID™ A Axalta Coating Systems se
Edge, que é ideal para tintas poliu- dedica exclusivamente ao desen-
“A evolução nos produtos derivados
retanas de performance superior volvimento, fabricação e venda de
de nanotecnologia em substituição aos
fosfatos ainda é uma inovação”, para cura ambiente, com pot life revestimentos líquidos e em pó. A
Jorge Luiz Chini, estendido e secagem rápida, livre de companhia comercializa ampla va-
sócio administrador da Klintex isocianato e formaldeído. “Com nos- riedade de revestimentos de alto
A
Agência Nacional de Transporte Terrestre 1.000, podendo ainda ser enquadradas na Lei de Crimes
(ANTT), por meio da Resolução ANTT nº 5232, Ambientais.
de 14 de dezembro de 2016, atualizou as Ins- A maior incidência registrada pelos Órgãos Fisca-
truções Complementares ao Regulamento Terrestre do lizadores concentra-se, primeiramente, na documenta-
Transporte de Produtos Perigosos. ção, podendo ser documento fiscal (nota fiscal, DANFE,
A princípio, o prazo para cumprimento das exigên- manifesto etc.), Ficha de Emergência, Envelope para o
cias era de sete meses, posteriormente, o prazo foi Transporte, Certificado de Inspeção para o Transporte
alterado para 12 meses, conforme Resolução ANTT nº de Produtos Perigosos (CIPP), Certificado de Inspeção
5377, de 29 de junho de 2017. Veicular (CIV), documento comprobatório da qualifica-
Outras duas Resoluções também foram publicadas ção do motorista (MOPP), Declarações pertinentes, etc.
ao longo de 2017, com alterações necessárias devido Se um documento fiscal listar tanto produtos pe-
rigosos quanto não perigosos, os produtos perigosos
às diversas manifestações do setor.
devem ser relacionados primeiro, ou ser enfatizados de
Importante entender que o prazo de 12 meses é con-
outra maneira (item 5.4.1.2.4).
siderado a partir da publicação da Resolução ANTT nº
O Documento Fiscal para o transporte de produtos
5232, que foi 16 de dezembro de 2016. Por isso, a data
perigosos deve conter, para cada substância, produto
para cumprimento das exigências foi 16 de dezembro ou artigo a ser transportado, as seguintes informações
de 2017. (item 5.4.1.3.1):
Mesmo depois de dois meses, diversas empresas a) o número ONU, precedido das letras “UN” ou “ONU”;
expedidoras e transportadoras de produtos classifica- b) o nome apropriado para embarque, conforme dis-
dos pela ONU como perigosos desconhecem ou ainda posto no item 3.1.2;
não se adequaram completamente às novas instruções. c) o número da Classe de Risco principal ou, quando
O não cumprimento ao Regulamento do Transporte aplicável, da Subclasse de Risco do produto, acom-
de Produtos Perigosos submete as empresas a autu- panhado, para a Classe 1, da letra correspondente ao
ações que podem variar entre R$ 400, R$ 700 e R$ Grupo de Compatibilidade;
d) quando aplicável, o número da Classe ou da Sub- trata da sinalização dos veículos e dos equipamentos
classe dos riscos subsidiários correspondentes, de transporte.
figurado entre parênteses, depois do número da Quando transportando produtos perigosos, o veículo
Classe ou da Subclasse de Risco principal; e o equipamento de transporte devem portar painéis
e) o Grupo de Embalagem correspondente à substân- de segurança na frente (lado do condutor), nas laterais
cia ou artigo, podendo ser precedido das letras “GE” (não seguem uma ordem definida) e na traseira (lado do
(por exemplo, “GE II”), quando constar na Coluna 6
condutor). Quanto aos rótulos de risco, quando aplica-
da Relação de Produtos Perigosos ou em alguma
do, devem estar posicionados nas laterais e na traseira,
Provisão Especial;
sempre em posição adjacente (posição próxima) ao
f) a quantidade total por produto perigoso abrangido
painel de segurança (figuras 1, 2 e 3).
pela descrição (em volume, massa, ou conteúdo lí-
quido de explosivos, conforme apropriado). Quando A sinalização do veículo e do equipamento de trans-
se tratar de embarque com quantidade limitada por porte varia de acordo com a carga: se para um único
veículo, o documento fiscal deve informar o peso produto perigoso, com ou sem risco subsidiário; se
bruto do produto expresso em quilograma. para diferentes produtos perigosos, com ou sem risco
As informações da descrição dos produtos peri- subsidiário etc.
gosos devem ser apresentadas, sem outra informação
adicional interposta, na sequência indicada no item
5.4.1.3.1, de (a) à (e), sendo que a informação exigida
na alínea (f) pode ser inserida em campo próprio do
documento fiscal, quando houver, separada das demais
informações da descrição do produto, exceto se dispos-
to em contrário neste Regulamento (item 5.4.1.4).
O documento fiscal para o transporte de produtos
perigosos, emitido pelo expedidor, deve também conter
ou ser acompanhado da Declaração de que o produto
está adequadamente acondicionado e estivado para
suportar os riscos normais de uma expedição e que Figura 1 – Transporte rodoviário em veículo combinado de carga
atende à regulamentação em vigor (item 5.4.1.7.1). a granel com um único produto perigoso na primeira unidade
A propósito da Declaração do Expedidor o texto foi de transporte e outro produto perigoso na segunda unidade de
alterado, significa dizer que os embarcadores devem transporte (ABNT NBR 7500)
NOTA DE FALECIMENTO
Com grande pesar informamos o cença da Rohco. Em 1978, foi responsá-
falecimento de Edson Petrechen de Cas- vel pelas áreas químicas, de produção
tro, em 27 de janeiro, aos 70 anos de galvânica e polimento na Norja Indústria
idade. Natural de São Paulo, capital, e Comércio Ltda.
Castro era um importante profissional Na sequência, acumulou mais ex-
do setor de tratamento de superfície e periência nas empresas Forin, Galva-
possuía enorme conhecimento do setor. noplastia 3H, Metoxyd, Astarot, Roshaw
Técnico químico formado em 1967 Química e Inbra/Chemetall.
pela Escola Técnica de Química Indus-
Em 1999, entrou na Surtec como as-
trial Regente Feijó e em Engenharia
sistente técnico, passando a coordena-
Industrial pela Faculdade de Engenharia
dor técnico de vendas em Minas Gerais
Industrial, traz em sua trajetória profis-
e, posteriormente, na região Nordeste.
sional passagens por grandes empresas,
iniciando sua carreira na Qeel Química Encerrou a carreira coordenando as
INDÚSTRIA 4.0:
A REVOLUÇÃO INEVITÁVEL
E
ssencialmente, a transição produção, por meio da customização questão de quando isto irá aconte-
para a 4ª Revolução Indus- individual do produto, ou serviço, a cer. Por isso, é necessário que as
trial passa pela adoção de ser ofertado. empresas trabalhem a construção
um novo modelo de negócio digi- O processo de transformação é de sua estratégia pela perspectiva
tal. Pela perspectiva estratégica, um movimento mundial que surge do de reinventar seus processos para
a implementação das mudanças posicionamento ativo do novo con- obter eficiência e flexibilidade com
para este novo modelo deve garan- sumidor, também conhecido como as novas tecnologias, em um mo-
tir a integração interna vertical dos prosumer, ou seja, aquele que, em mento em que o produto/serviço é
processos de produção, bem como alguns momentos, vira produtor da praticamente cocriado pela experi-
a integração horizontal externa na transformação do capitalismo pela ência que o usuário deve vivenciar.
cadeia de valor, com foco sempre economia de custo marginal quase Como em toda transformação, seu
implacável no cliente. Como con- zero e da adoção das novas tecnolo- sucesso somente será alcançado
sequência desta integração, o de- gias disruptivas, as quais geram um com pessoas sendo o epicentro da
sejo do consumidor deve se mate- salto de eficiência e de integração
mudança. É indispensável preparar
rializar, em tempo real, na linha de econômica.
bem as equipes, identificar o que há
Tudo indica que, em breve, ve-
de melhor nelas, desenvolver novas
remos a transformação da forma
habilidades, fomentar a mudança de
como energizamos a atividade eco-
mindset, de forma que se tornem
nômica, com a expansão do uso
protagonistas da era digital.
das fontes de energia renováveis
Embora problemas de infraes-
descentralizadas, e a transformação
trutura, qualidade da educação e
da forma como movemos a ativi-
lacunas de legislação sejam obstá-
dade econômica, com a adoção de
veículos elétricos e driverless (sem culos em diversos projetos de im-
motorista). Atualmente, as empresas plementação da 4ª Revolução Indus-
que buscam ter sucesso neste novo trial, deve-se acreditar no potencial
cenário econômico vivenciam esta econômico do Brasil, no espírito
jornada tanto como provedores de empreendedor do brasileiro e nas
soluções para a transformação de novas tecnologias que surgem para
seus clientes como protagonistas da transformar o mundo. A revolução
própria transformação interna. é inevitável e prevê uma crescente
A 4ª Revolução Industrial será integração entre diversas áreas de
tão densa que questionará a pró- conhecimento para mudar radical-
pria razão de existir das empresas. mente – para melhor – a vida das
Todos os segmentos serão direta- pessoas e o dia a dia das corpora-
mente impactados. É apenas uma ções.
“
A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SERÁ TÃO DENSA QUE
QUESTIONARÁ A PRÓPRIA RAZÃO DE EXISTIR DAS EMPRESAS.
TODOS OS SEGMENTOS SERÃO DIRETAMENTE IMPACTADOS. É
APENAS UMA QUESTÃO DE QUANDO ISTO IRÁ ACONTECER.”
Augusto Moura
CEO da IHM Engenharia, empresa do grupo Stefanini
augusto@ihm.com.br