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Empregados ou Servos

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Precisamos ter a consciência de que fomos comprados e conseqüentemente temos um Senhor e dono das nossas vidas.
Portanto, não somos de nós mesmos, pertencemos a outro e d´Ele somos servos, I Co 6.19 e 20. “Será que vocês não sabem
que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a
vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço. Portanto, usem o seu corpo para a glória dele”.

Este é o primeiro princípio básico do Reino de Deus: O Senhorio do Senhor Jesus Cristo, Jo 13.12-14. “Depois de lavar os pés
dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou: Vocês entenderam o que eu fiz?
Vocês me chamam de “Mestre” e de “Senhor” e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de
vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros”.

Nós, discípulos de Jesus, somos seus servos designados para cumprir uma ordem recebida d´Ele. Não somos empregados
contratados para fazer um trabalho ou uma obra qualquer.

O problema é que a mentalidade moderna descarta a palavra “servo”, ou o verbo servir. Então, por respeito aos homens
modernos nem usamos a palavra “Servo ou escravo”. Entretanto no espírito do cristianismo, somos todos servos de Jesus e
devemos também servir uns aos outros. O Senhor nos comprou. Somos servos d´Ele e Ele nos manda servir à Igreja que é o
Seu corpo, Fl 1.1.

Eu, Paulo, e Timóteo, servos de Cristo Jesus, escrevemos esta carta para todos os moradores da cidade de Filipos que
pertencem ao povo de Deus e que crêem em Cristo Jesus e também para os bispos e diáconos da igreja.

Vejamos o ensinamento de Jesus em Lucas 17.7-10 “Jesus disse: Façam de conta que um de vocês tem um empregado que
trabalha na lavoura ou cuida das ovelhas. Quando ele volta do campo, será que você vai dizer: “Venha depressa e sente-se à
mesa”? Claro que não! Pelo contrário, você dirá: “Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como
e bebo. Depois você pode comer e beber. Por acaso o empregado merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens?
Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: “Somos empregados que não valem nada
porque fizemos somente o nosso dever”.

Esta é uma figura da obra de Deus que somente pode ser edificada por servos. Os servos serão exaltados. Os empregados
fazem tudo, esperando receber salários como pagamentos. O servo e o empregado tem atitudes interiores diferentes. Fazer
um trabalho, tanto o servo quanto o empregado pode fazê-lo. Porém, somente os servos podem edificar de verdade. Deus
não quer nem aceita que o ministério seja realizado por empregados.

Uma comprovação desta realidade pode ser vista no texto de Ex. 12.43-45:

O SENHOR Deus disse a Moisés e a Arão: Esta é a lei para a Páscoa: nenhum estrangeiro poderá comer a refeição da Páscoa.
Porém todo escravo comprado poderá comer dela depois de ser circuncidado. Os estrangeiros, tanto os que estiverem de
passagem como os que estiverem vivendo no país, vivendo de salário, não poderão tomar essa refeição.

Sabemos que o ensinamento da Páscoa é tipológico e figurado. Contudo, o texto deixa claro que os empregados, que
recebiam salários, estavam impedidos de participação na Festa da Páscoa. Isto quer dizer que quando temos atitudes de
empregados, trabalhando apenas por salários, estamos excluídos das Bênçãos da Aliança do povo de Deus. Não se diz isto
daqueles que, sendo servos edificam e recebem o salário (pagamento) pelo trabalho que fazem. Paulo chegou a dizer que
os presbíteros que servem bem ou que fazem um bom trabalho na Igreja, merecem pagamento em dobro, I Tm 5.17.

O que se está ensinando é que na igreja todos, inclusive os pastores, devem ter atitudes certas ao fazerem a obra de Deus;
devem ser servos e não empregados.

Características básicas dos servos e dos empregados:

Servos – servem a Deus e aos irmãos.

Empregados servem a si mesmos. Cuidam de seus interesses. São pastores que pastoreiam a si mesmos.

Servos tomam a sua cruz.


Empregados aceitam cargos. (A cruz representa para nós a vontade de Deus) Tomamos a cruz quando buscamos fazer a Sua
vontade, ainda que contrariando a nossa.

Servos fazem a obra de Deus em obediência a Ele e não em função das pessoas. Jesus é o seu Senhor, a Ele vai prestar
contas.

O empregado faz o trabalho esperando agradar aos homens. Portanto, poderá se frustrar e desanimar. Ler com atenção,
Isaías 42. 1e4. É bom lembrar que Jesus nunca ficou desanimado, porque nunca esperou nada dos homens; sempre
procurou agradar o Pai.

Servos não esperam pagamento pelo trabalho que realizam na casa de Deus.

Empregados só fazem se forem pagos para fazerem. São homens trabalhando para homens.

Servos servem mesmo aos indignos e aos indesejáveis.

Empregados escolhem a quem querem servir. Servos não tem escolha. O senhor determina, ele obedece sem discutir.
Empregado serve àqueles que demonstram consideração e recompensas.

Servos se alegram enquanto trabalham.

Empregados sentem que o trabalho é um fardo. O verdadeiro servo entende que servir é um privilégio que Deus lhe deu.
Ele não precisava de ninguém, mas resolveu chamar-lhe para cooperar com Ele. Empregados estão sempre achando difícil,
um fardo! Estão querendo descansar. Estão sempre dizendo: isto dá muito trabalho!

Servos fazem tudo que é necessário.

Empregados fazem apenas o que for pedido.

Os servos às vezes se sacrificam para fazer a vontade de Deus. Empregados sempre acham que estão trabalhando além da
conta.

O servo vai ao encontro de necessidades para supri-las. Empregado nunca procura mais serviço para fazer

Servos aproveitam as oportunidades para servirem.

Empregados procuram o melhor lugar para trabalhar. Procuram onde é mais conveniente para eles.

Servos se submetem, sem impor condições perguntam quem é o lider.

Empregados escolhem a quem se submeter.

Os servos sabem que existe uma ordem de autoridade na casa de Deus. Me submeto à autoridade porque Deus mandou
fazê-lo.

Servos pensam em suas responsabilidades.

Empregados pensam no que os outros estão fazendo!

Servos vêem o serviço como privilégio.

Empregados se sentem explorados.

Servos pensam como mordomos.

Empregados pensam como patrões.

O alvo do servo é ser fiel.

O alvo do empregado e ser o patrão.


O servo serve aos outros.

O empregado serve a si mesmo.

O servo sabe que nada tem, até ele próprio foi comprado e não pertence a si mesmo.

O empregado está sempre buscando promoção. Critica seus lideres e patrões, pensando em tomar o lugar deles.

O servo, por sua vez, busca o sucesso dos seus líderes.

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