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TEMA: Obreiro aprovado.

TEXTO: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem
de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Timóteo
2.15).

INTRODUÇÃO: A palavra "obreiro" quer dizer "operário". A palavra “operário”


significa “trabalhador”, ou seja, aquele que trabalha em uma arte ou ofício. No
sentido bíblico, “obreiros” são “trabalhadores” da obra de Deus.

Quando o apóstolo Paulo fez essa recomendação para Timóteo: “procura


apresentar-te a Deus aprovado” ele estava dizendo o seguinte: “procura
estar sempre disponível para Deus”. Isso significa que, nenhuma ocupação
terrena pode privar-nos desta disponibilidade.

É claro que há obreiros que têm suas atividades profissionais, e que delas
depende sua sobrevivência. Estes devem organizar bem o seu tempo, para
que haja maior disponibilidade possível para trabalhar na obra de Deus.

II Timóteo 2.4 – “Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida,
afim de agradar àquele que o alistou para a guerra”.

Paulo compara a vida do trabalhador de Cristo com a de um soldado. Quando


fomos chamados por Deus para trabalhar em sua obra, fomos na verdade
alistados para pelejarmos uma guerra contra o adversário.

Nesta guerra existem diversas batalhas que travamos todos os dias, mas o
bom soldado abre mão de sua vida para viver um constante e intenso
treinamento, uma vida de disciplina extrema e de obediência a quem o alistou.

O servo de Deus, que trabalha na igreja deve estar constantemente manejando


as armas que nos foram dadas por Deus para uma batalha que não é carnal,
mas sim espiritual (Efésios 6.13-18).

OBS: O embaraço é aquilo que prende. São coisas desta vida que se tornam
vícios, que prendem, que acorrentam o crente, atrapalhando sua vida espiritual
ao ponto de fazê-lo cair/desistir.

I. O OBREIRO APROVADO PREZA PELO SEU CRESCIMENTO


ESPIRITUAL. O crescimento espiritual está diretamente ligado à gratidão.

 Tem vontade e se esforçar para crescer espiritualmente;


 Não deve chegar atrasado, estar presente em tudo, fazer sempre o melhor
que os demais, e por último estar apto para a função que exerce na Igreja;
 Estar sempre comprometido na obra visando o crescimento do Reino de
Deus.

Há uma diferença entre ser membro da Igreja e ser obreiro. A diferença está no
grau de comprometimento com o Reino de Deus. Um membro pode estar
envolvido, mas um obreiro deve estar comprometido com o crescimento do
Reino. O membro contribui com a sua presença, mas o obreiro contribui com
seu trabalho.

Jesus disse: "E a qualquer que muito foi dado, muito se lhe pedirá, e ao que
muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá (Lucas 12.48b).

Exige-se muito mais dos obreiros do que dos membros. E por quê? Porque o
obreiro serve de referencial para os demais. Os membros e visitantes tendem a
espelhar-se em quem está à frente. Portanto, o obreiro deve ser padrão para
os demais. Uma coisa é estar em meio à multidão, sem ser notado. Outra coisa
é estar à frente, ou em pé na Igreja trabalhando.

Tito 2.7-8 – “Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra
incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o
adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”.

O obreiro é aquele que se dispõe a comprometer o seu tempo, seus recursos e


talentos na Obra de Deus. Ele não se satisfaz apenas entregar seu dízimo e
dar suas ofertas. Ele quer dar-se a si mesmo a Deus e para isso, está sempre
disposto a arregaçar as mangas e trabalhar.

II. O OBREIRO APROVADO TEM SEMPRE DISPOSIÇÃO E


DISPONIBILIDADE NA OBRA DE DEUS.

Quando somos chamados por Deus, temos que estar dispostos e disponíveis.
Um obreiro indisposto trabalha com má vontade, e por isso, não produz
conforme a vontade de Deus.

I Co 9.16-17 – “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar,


pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!”.

Onde não há disposição, boa vontade, também não há resultados.


O obreiro indisposto é sempre vagaroso, descuidado, negligente, e por isso
mesmo corre o risco de ser desqualificado por Deus.

Romanos 12.11 – “Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no


espírito, servindo ao Senhor”.

Se não for pra fazer bem feito, é melhor não fazer. Tudo o que fizermos para
Deus deve ter a marca da excelência, não da negligência.

Jeremias 48.10a – “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor


fraudulentamente!...” (fraude ou engano). Deve haver no coração do obreiro a
disposição de gastar-se completamente na Obra de Deus.

II Coríntios 12.15 – “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar


pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos
amado”.

Além da disposição, não pode faltar disponibilidade. Trabalhar para Deus não
pode ser um hobby, um passatempo, uma distração, mas uma prioridade. O
obreiro deve estar sempre disponível pra Deus. Nesse contexto, o obreiro deve
seguir o exemplo de Jesus na obra de Deus.

Isaías 6.8b – “Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”. A expressão
"eis-me aqui", significa "aqui estou eu, pronto para atender".

A presença do obreiro na obra de Deus, deve ser encarada como um sacrifício


oferecido a Deus; o que não deve ser entendido como algo doloroso, penoso, e
sim como algo extremamente agradável.

Romanos 12.1 – “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que


apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é
o vosso culto racional”.

O termo "sacrifício" é a junção de duas palavras: sacro + ofício. Trata-se,


portanto, de um ofício sagrado. É o nosso culto racional.

Nesse culto racional, temos o privilégio de adorar a Jesus, e declarar em alto e


bom som que queremos servi-lo trabalhando em sua obra. Mas será que isso
se comprova na prática? Será que realmente entregamos nossa vida como um
sacrifício, isto é, nos colocamos à disposição de Deus, ou só dizemos isso da
boca para fora?

CONCLUSÃO: Nós obreiros, devemos seguir o exemplo de Jesus que se


entregou e trabalhou na obra de Deus.

João 5.17 – “E Jesus lhes respondeu: meu Pai trabalha até agora, e eu
trabalho também”.

Muitas vezes nós obreiros, queremos que Deus trabalhe para nos abençoar,
mas não trabalhamos para Ele. Às vezes não temos tempo ou só fazemos
alguma coisa na Igreja quando sobra algum tempo. Deus não quer isto; Deus
quer o melhor do nosso tempo; reserve um tempo para Deus.

I Coríntios 15.58 – “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes,


sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é
vão no Senhor”.

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