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ENVIAR ARTIGO CIENTÍFICO
EDUCAÇÃO
PERSPECTIVA DA NEUROCIÊNCIA
ROBERTO DOMINGOS MINELLO 22/12/2016 SEM COMENTÁRIOS
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MINELLO, Roberto Domingos. Alfabetização e Letramento Sob a Perspectiva Pesquisar por categoria…
da Neurociência. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.
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Ano 02, Ed. 01, Vol. 13, pp. 47-60. janeiro de 2017. ISSN:2448-0959
RESUMO
Melhor que livro didático
Neste trabalho são analisadas questões sobre as relações entre a
Melhor que Cambridge
alfabetização e letramento e a neurociência. Tendo como problema de
Plataforma com aplicativo para os seus
pesquisa como ou em que medida a neurociência pode contribuir para o alunos. Transforme as suas aulas com a
Flexge
processo de alfabetização e letramento, o estudo buscou primeiro conhecer o
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que é alfabetização e o que é letramento, em seguida busca apresentar os
aspectos mais relevantes da estrutura e do funcionamento do cérebro
humano, para então fechar com uma abordagem sobre a neurociência e a ABRIR
INTRODUÇÃO
Há duas décadas ou pouco mais o ensino no Brasil vem buscando uma
ruptura com os métodos e as concepções tradicionais da educação,
procurando colocar o aluno como o centro da aprendizagem e desfocando o
papel do professor como um facilitador dessa aprendizagem e não mais
como um mero transmissor de conhecimento.
Nessa ruptura, dois aspectos, entre tantos outros, podem ser ressaltados: o
primeiro deles é o sistema de ensino e aprendizagem, notadamente no que se
refere-se à alfabetização dos alunos, sendo hoje preferível falar-se em
letramento e tendo como questão fundamental a diferenciação entre a
alfabetização e o letramento. O segundo aspecto é que os conhecimentos
avançados no campo da neurociência criaram melhores condições para se
compreender o cérebro humano e, junto a ele, os mecanismos que envolvem o
processo de ensino e aprendizagem. O resultado geral é que, na atualidade, é
preferível ajudar o aluno a criar as condições para que ele possa compreender
o mundo à sua volta, de modo a poder atuar sobre o mesmo, ao invés de
simplesmente ensinar-lhe o código da escrita, habilitando- à leitura, mas não a
ponto de capacitá-lo à compreensão daquilo que ele lê.
A justificativa para o estudo tem como ponto de partida que uma das tarefas
comuns da neurociência é desvendar a complexidade da alfabetização e
letramento sendo uma área relevante na educação. Com o conhecimento da
alfabetização, do letramento e da neurociência esclarecerão grandes
dificuldades que percorremos no cotidiano de sala de aula. Este casamento
se torna rico, quando se dá a devida importância e assim que, se colocam em
prática.
Neste artigo, trabalha-se com duas abordagens: uma, a de Tfouni (2007), que
aborda a questão de forma mais concisa, indo direto aos pontos de
interesses; outra, a de Soares (2003), se ocupa em detalhar outros pontos
vitais para uma mais completa compreensão do tema. As duas abordagens
são, portanto, fundamentais e servem ao estudo aqui realizado.
A alfabetização, por sua vez, segundo Tfouni (2007), existe sob duas formas:
ou como um processo de aquisição individual de habilidades requeridas para
a leitura e a escrita ou como um processo de representação de objetos
diversos, de naturezas diferentes. A alfabetização está intimamente ligada à
instrução formal e às práticas escolares e é muito difícil lidar com essas
variáveis separadamente. Por esse motivo, muitas vezes se descreve o
processo de alfabetização como se ele fosse idêntico aos objetivos que a
escola se propõe, enquanto lugar onde se alfabetiza. Nesse sentido, a
alfabetização passa a ser vista como um fim e não como um meio, quando,
na verdade, ela deve ser entendida como processo individual que não se
completa nunca, visto que a sociedade está em contínuo movimento de
mudança.
Tratando da abordagem dada por Soares (2003), entende essa autora que ao
longo das duas últimas décadas, tem-se identificado um movimento de
progressiva invenção da palavra e do conceito de letramento e concomitante
“desinvenção” do conceito de alfabetização, entendida como a perda de
especificidade desse processo, o que vem tendo como consequência uma
nova modalidade de fracasso escolar: o precário nível de domínio da língua
escrita em ciclos ou séries em que esse domínio já deveria ter sido alcançado.
A autora discute, então, as causas dessa perda de especificidade do processo
de alfabetização e propõe uma distinção entre alfabetização e letramento que
preserve a peculiaridade de cada um desses processos, ao mesmo tempo que
se afirma sua indissociabilidade e interdependência.
2. A NEUROCIÊNCA
De acordo com Capovilla (2004), a neurociência se ocupa com os aspectos
relacionados aos mecanismos biológicos do cérebro, enfocando a cognição.
A cognição pode ser entendida como o processo por meio do qual se dá a
aprendizagem, questão essa bastante complexa e que tem recebido diversos
estudos e abordagens, notadamente entre estudiosos no campo da educação
infantil, como Vygtsky, e Piaget, entre outros. No entanto, mais do que
compreender o processo de cognição, a neurociência busca compreender o
próprio cérebro, a sua estrutura física, de modo a compreender assim como
essa estrutura possibilita a aprendizagem e o conhecimento. A memória, por
exemplo, é requisito fundamental para a aprendizagem, pois é ela que permite
ao cérebro reter as informações e recuperá-las quando necessário.
Independente das suas divisões e com o concurso dos seus dois hemisférios,
o cérebro é o responsável pelo controle de todo movimento do organismo,
desde o sono, a fome e a sede, até uma enormidade de atividades, sejam elas
vitais para sobrevivência ou não. Conforme Lent (2005), emoções como amor,
ódio, medo, ira, alegria, tristeza, entre diversas outras, são controlados
diretamente pelo cérebro.
Metring (2011) destaca uma função por demais importante, que vai além da
sua capacidade de controlar todo o organismo. Trata-se do controle da
relação entre o indivíduo e o meio externo. Na verdade, segundo o autor, o
cérebro está o tempo todo trocando estímulos com o meio, seja recebendo e
processando esses estímulos, seja devolvendo suas respostas ao meio.
Esses estímulos podem ser tanto físicos quando socioculturais, pois uma das
grandes habilidades oferecida pelo cérebro ao indivíduo é a sua capacidade
de interação com o meio físico e social do ambiente.
De acordo com Relvas (2005), Lent (2005) e ainda Presa (2006), a memória
não se localiza em nenhum ponto específico do cérebro, nem se acomoda
segundo um banco de dados do tipo que podemos ver num computador. As
ligações entre os neurónios por meio das sinapses parecem não obedecer a
nenhuma lógica ou, pelo menos, alguma lógica conhecida. De qualquer forma,
no entanto, com ou sem lógica, memória funciona dentro de um padrão de
eficiência altamente eficiente e bastante complexo, ponto de ainda não se
conseguir compreender exatamente o seu funcionamento, como, por exemplo,
nos casos em que ela nos trai, ocultando fatos que gostaríamos de lembrar
ou, ao contrário, nos traz à mente lembranças que não parece ter a menor
importância.
Relvas (2005), Lent (2005) e Presa (2006) acrescentam que apesar de ainda
haver muito para se conhecer a respeito da memória, são bastantes
conhecidos os métodos utilizados para “arquivar” informações nela coisa que
aprendemos a fazer ainda na escola, ao decorar a tabuada, por exemplo.
Também dizem os autores acima que a complexidade da memória é
compreendida em grande parte quando se sabe e ela pode ser de curta
duração, longa duração ou permanente, muito embora como isso ocorre ainda
é objeto de estudo.
Na descrição dos autores existem coisas que não precisamos lembrar, mas
que estão presentes na memória de modo permanente, como o ato de respirar
ou os batimentos cardíacos, por exemplo. Outras lembranças se tornam
permanentes, como os nossos nomes ou os nomes dos nossos familiares e
amigos, nossos endereços, nossa habilidade em dirigir um veículo, e assim
por diante, enquanto certas lembranças são de curtíssima duração, como o
número de um telefone que retiramos de uma agenda, por exemplo, e que
permanece na memória apenas o tempo suficiente para fazermos a ligação.
3. APLICAÇÕES DA NEUROCIÊNCIA NA
EDUCAÇÃO
De acordo com Zorzi (2003), Rezende (2008), Pantano e Zorzi (2000) e Vieira
(2013), entre diversos outros autores, a educação tem muito a se beneficiar
com a neurociência, na medida em que a melhor compreensão dos
mecanismos que constituem o nosso cérebro, especialmente no que se refere
à formação e saúde da memória.
Em resumo, conforme alerta Vieira (2013), é preciso ter muito cuidado em não
tomar a neurociência como mais uma tecnologia destinada a guardar dados –
em nosso cérebro – sem que que haja uma compreensão maior do que fazer
com esses dados.
Relvas (2007) acrescenta que do mesmo modo que o cérebro atua de modo a
trabalhar com todos os tipos de estímulos ao mesmo tempo, também o
conhecimento dos alunos deve adquirir uma dimensão mais abrangente,
multidisciplinar, mais envolvente em relação ao contexto em geral. Segundo o
autor, a capacidade do cérebro é tamanha em processar informações e
produzir conhecimento, que se torna um desperdício condicionar os alunos ao
estudo fragmentado e descontextualizado.
CONCLUSÃO
Dentre as questões tratadas neste trabalho as principais estão relacionadas à
neurociência e às suas possibilidades na educação como promotora do