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Normas para Tirolesa

09 de Maio

Segundo a ABNT NBR 15500: 2007, definição 2.29) Tirolesa é: “Produto em que a
atividade principal é o deslizamento do cliente em uma linha aérea ligando dois pontos
afastados na horizontal ou em desnível, utilizando procedimentos e equipamentos
específicos”

É necessário um conjunto de normas para a construção de uma tirolesa, como por


exemplo: normas dos cabos, normas dos equipamentos de uso individual, normas de
operações, normas de gestão de segurança, normas de informações preliminares ao
clientes entre outras.

Hoje no Brasil existe normas com citações especificas para construção e o operação de
uma tirolesa, além das normas complementares que entra de acordo com cada
projeto, por exemplo: Normas regionais, leis ambientais e leis especificas municipais e
estaduais, essas normas pode variar por conta de tamanhos e complexidade de cada
projeto.

Segue alguns pontos a serem observados:

Segundo a Norma ABNT NBR 155508-1:2001, no item 9.4 – Tirolesa.

“Recomenda –se que, na instalação da tirolesa. O cabo seja instalado de forma que o
cliente não tenha como tocá-lo com suas mãos durante sua progressão:"

Tipos de Tirolesa

Logo em seguida no mesmo item da norma segue:

" Admitem- se os seguintes tipos de tirolesas;

a)Tirolesa simples: instalada com um ou mais cabos servindo ao mesmo tempo de


cabo de progressão e de linha de vida. O cabo ou conjunto de cabos deve ser
projetado como uma linha de vida, calculando conforme 7.93.

b)Tirolesa com linha de vida: instalada com um ou mais cabos e um cabo adicional
servindo como linha de vida. A linha de vida deve atender aos requisitos de 7.9.3 e o
cabo ou conjunto de cabos dever ser dimensionados de acordo com 9.2."

Nessas duas menções da norma podemos ver que pode ser montadas tirolesas tanto
de um cabo como dois cabos, o contrário que muita gente diz, desde atentem para o
item 7.93 e 9.2 da referida norma:
No caso de tirolesa de um cabo levamos em consideração o Item 7.9.3 que diz:

" 7.9.3 Dimensionamento da linha de vida e suas fixações

A linha de vida e suas fixações devem ao resistir ao menos a duas vezes a tensão pela
carga nominal ( ver 7.9.2) aumentada do coeficiente de redução correspondente a
técnica de fixação utilizada (como, por exemplo: coeficiente de 1,2, quando são
utilizados clipes).

7.9.2 Cálculos de carga nominal na linha de vida.

A Carga nominal na linha de vida a ser considerada deve incluir o seu próprio peso, a
carga resultante dos esforços empregados na sua montagem ( tracionamento, por
exemplo) além da carga estabelecida a seguir.

Deve estabelecer a massa máxima do cliente autorizada para o percurso. Esta massa M
é a que deve ser considerada no cálculo da carga nominal.

A carga nominal a ser considerada é a força máxima de parada (F.max) desenvolvida


por uma pessoa de massa M caindo da altura máxima de queda livre sobre a linha de
vida, estando esta carregada em seu meio de n x M ( onde significa o número máximo
previsto de clientes simultaneamente no obstáculo). O valor de n a ser utilizado dever
ser pelo menos igual a 2, de maneira a prever possibilidade de um cliente ser socorrido
por um condutor.

A altura máxima de queda livre é determinada pela altura que se mede enquanto a
linha de vida é carregada estaticamente em seu meio de n x M ( n significa o numero
máximo previsto de clientes simultaneamente no obstáculo). "

Tanto em Tirolesa de um cabo quanto de dois cabos devemos levar em conta o


seguinte item da norma 9.4 que diz:

"Os cabos devem atender aos requisitos da ABNT NBR ISO 2408. No caso de serem
usados cabos encapados, deve ser possível a inspeção visual das suas condições. "
No mesmo item segue sobre os freios para a tirolesa

"A instalação não pode permitir que o cliente seja responsável por sua desaceleração.

Quando a velocidade de chegada exigir frenagem, deve existir dispositivos de


frenagem redundantes, o qual necessariamente não pode requerer intervenção
humana.

A organização deve assegurar que haja disposições, dispositivos construtivos (como


por exemplo, solos amortecedores, redes, colchões, dispositivos com corda dinâmica
tipo simples que atenda à EN 892 ou mola) ou procedimentos de segurança que
minimizem os riscos de ferir o cliente.
A velocidade de chegada da tirolesa deve ser coerente com o nível de dificuldade do
percurso em questão."

Segundo a Norma ABNT NBR 155508-2:2001, no item 8.6 – Outros equipamentos:

"Em tirolesas, em função da compleição do cliente, pode ser recomendável a utilização


de peitoral tipo D que atenda à EN 12277 ou cadeirinha completa tipo A ou tipo B que
atenda a EN 12277/A ou EN 12277/B...

...Em circunstâncias em que exista riscos de afogamento (por exemplo chegada de


tirolesa em água), é recomendável o uso de equipamento que assegure a flutuação do
cliente."

Segundo a Norma ABNT NBR 155508-2:2001, no item 12 – Comissionamento também


aborda:

"...Pode ser conveniente verificar as catenárias das linhas de vida e das tirolesas,
submentendo-as a carga de serviço, e ainda as flechas dos obstáculos críticos do ponto
de vista de segurança.

Dependendo da dimensão e dos esforços previstos em determinados obstáculos


( como por exemplo, tirolesas muitos extensas ou a grande altura) ou mesmo
percursos inteiro, pode ser necessário se realizar provas de cargas e testes de
funcionamento antes da entrada em operação."

Você pode ter acesso as todas as normas referentes no site:

http://www.abntcatalogo.com.br/sebrae/login.aspx

Vimos alguns itens observados e citados nas normas, o que define uma tirolesa
segura?

Sem sombra de duvidas é buscar um profissional qualificado para orienta-lo em seu


projeto, pois são um conjunto de normas e medidas a ser tomadas para que sua
tirolesa esteja dentro dos padrões de segurança estabelecidos por normas.

Para intender mais um pouquinho recomendamos ler também:

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