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20/09/2017 Linha_de_vida-01_04_2013 (1).

htm

Linha de vida
de alemogi | trabalhosfeitos.com

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

METODO DE ANALISE E CALCULOS


CASO DE QUEDAS EM CABOS HORIZONTAIS

INTRODUÇÃO: Este trabalho visa dar subsídios, ao projetista ou engenheiro para o projeto de sistemas de ancoragem para interrupção de quedas
de pessoas.
Estudando o tema vimos que devem existir algumas premissas para que o projeto seja efetivo para interrupção de quedas.

PREMISSAS PARA ANALISE

1- Fazer uma reegenharia do local onde será instalado o sistema de ancoragem.


a- Considerar se é possível a instalação de plataformas, guarda corpos, proteções que evitem a instalação de sistema de ancoragem. Se a
instalação de uma plataforma local evitar a instalação de pontos de ancoragem esta devera ser aplicada.
b- Uma vez determinada a necessidade de um ponto de ancoragem, não sendo possível aplicar a remoção da possibilidade de queda por outros
meios que modifiquem o local, tornando o seguro quanto a quedas um estudo do local devera ser seguido.

2- ESTUDO DO LOCAL A SER INSTALADO O PONTO DE ANCORAGEM


Para que seja instalado um ponto de ancoragem que seja efetivo e seguro, alguns itens devem ser observados no estudo do local como:

a- A altura do ponto de ancoragem ao piso inferior,


b- Se existe possibilidade na queda que haja o pendulo do trabalhador, e se houver se existe paredes, ou objetos que o possam ferir, durante a
queda e no caso no movimento pendular do seu corpo, originado pela descentralização do corpo com relação ao ponto de ancoragem
c- Condições de resgate da pessoa queestará pendurado pelo cinto de segurança

3- INVIABILIDADE PARA INSTALAÇÃO DE PONTOS DE ANCORAGEM

a- Quando é possível, eliminar a causa da possível queda, com a instalação de plataforma, passadiço, guarda corpos, tapamento de buracos etc,
estes devem ser preferencialmente utilizados
b- Quando o sistema de resgate é muito difícil, ou impossível, o sistema de pontos de ancoragem deve ser descartado.
Cada ponto de ancoragem deve ter seu plano de resgate, conhecido e em condições de ser acionado imediatamente. Este item é de suma
importância, por exemplo deve existir a condição material de resgate em cada ponto de ancoragem que for instalado, este plano deve ser de
conhecimento das pessoas envolvidas e ter um responsável pela sua condução no caso da necessidade de resgate.
c- Quando existam objetos que possam ferir o trabalhador, durante a queda, ou no movimento pendular do corpo.
d- Quando a utilização do ponto de ancoragem é intenso, devera ser projetada a eliminação da necessidade deste ponto.
e- Quando a altura do ponto de ancoragem com relação ao piso for tal que o corpo toque o piso.

4- PROJETO DE UM PONTO DE ANCORAGEM


Uma vez determinado a necessidade do ponto de ancoragem, e feito o estudo do local devera o projetista seguir alguns passos para
dimensionamento.

1- Durante a queda a força exercida pela desaceleração não pode ultrapassar 410 kgf segundo a OSHA, para o caso de cinto de segurança
abdominal e 818 kgf para cintos de segurança do tipopára-quedista.
2- Testes feitos pela ASSE ( American Society of safety Engineers) demonstraram que uma força de desaceleração maior que 900 kgf podem
causar sérios danos permanentes ou morte.
Então deveremos projetar o sistema de trava quedas com a condição que em nenhum momento da queda ou desaceleração do corpo possamos
superar estes valores.
Ou seja, mesmo que o ponto de ancoragem, calculado para resistência de 5000 Lbs
( 2 272 Kgf), resista, ainda temos que estudar a desaceleração do corpo e as condições locais de altura e efeito pendulo, assim como estabelecer
um sistema rápido e seguro de resgate.

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A força de desaceleração esta vinculada, no espaço de desaceleração, ou seja quanto maior for o espaço destinado a desaceleração, menor é a
força dinâmica atuante no corpo. E não existe formulas miraculosas de alguns fornecedores de equipamentos que oferece sistemas que
desaceleram em 10 ou 20 cm de uma queda de 1,8m sem ocasionar forças maiores como veremos a seguir.

CASO 1-

Uma pessoa com peso de 100 kgf, cai de uma altura de 1,8m com um cinto de segurança do tipo pára-quedista, com espia chata de poliéster.
A espia quando submetida ao esforço aumenta o seu tamanho em cerca de 7%, e mesmo ajustado em seu corpo o cinto Dara uma folga de cerca
de 12,5 cm .

Temos então neste caso um espaço de desaceleração de = 1,8 x 0,07 + 0,125 = 0,252 m

[pic]o caso é de queda livre de uma pessoa de 100 kgf, de uma altura de 1,80m com cinto de segurança que vai frear a queda.
No primeiro caso, temos umadesaceleração com cerca de 24,6 cm , queremos saber a carga dinâmica que atuara sobre o corpo da pessoa com
esta desaceleração.

No ponto A, antes da queda, a pessoa tem apenas energia potencial gravitacional (Ep). Quando ela passa pelo ponto B, imediatamente antes da
frenagem, sua velocidade é máxima, e portanto ela tem apenas energia cinética. Assim, podemos calcular a velocidade com que a pessoa chega
ao ponto B utilizando o Princípio da conservação da Energia:

(Ep) em A = (Ec) em B. Portanto: [pic][pic]esta é a velocidade com que a pessoa chega ao ponto B.

Agora podemos aplicar a equação de Torricelli ao trecho BC para calcular a desaceleração. Ou seja, a partir disso poderemos calcular a tensão que
o cinto deverá suportar. Desta forma:

No ponto B a velocidade é conhecida [pic], pois conhecemos a gravidade e a altura h1.


No ponto C, também conhecemos a velocidade. Ela deverá ser zero, pois é neste ponto em que a pessoa deverá parar (0,246m). Assim, vem:

[pic]. Onde o sinal negativo indica que esta aceleração está no sentido contrário ao movimento. Ou seja, é uma desaceleração.

Finalmente. Aplicando a segunda lei de Newton: [pic]


[pic]Assim, a resultante das forças: [pic]
Portanto, a fórmula geral seria:
[pic].
Onde P = mg.

Fazendo as contas:
Para h1=1,8m; h2=0,252m; massa m=100kg; g=,9,81m/s2, temos:

T= 100 x 9,81 + 100 x 9,81 x 1,8/0,252 = 7988 Newtons = 816 Kgf de carga dinâmica sobre o corpo em queda.

CONCLUSÕES: Neste calculo vemos que um cinto de segurança com espia de 1,8m tendo como único espaço dedesaceleração a sua própria
deformação e ainda considerando que o mesmo se distanciara cerca de 12,6 cm do corpo em queda teremos uma força atuante de 816 kgf, o
padrão da OSHA permite um peso Maximo de 816 Kgf
A formula geral para o calculo de desaceleração mostrada no exemplo anterior é a utilizada para todos os casos, basta determinar o espaço de
desaceleração para cada caso.
Veremos a seguir o caso de trava quedas com cabo de aço esticado horizontalmente

TRAVA QUEDAS A PARTIR DE CABO DE AÇO ESTICADO HORIZONTALMENTE.


SEQUENCIA DE CALCULOS
Os trava quedas acoplados a linha de cabo de aço esticada horizontalmente, tem condições muito boas de amortecimento.
Assim que esta muito difundida estas linhas horizontais construídas com cabos de aço de diversas bitolas.
Neste caso vamos iniciar os cálculos de dimensionamento do sistema de cabo de aço instalados horizontalmente e depois verificaremos a carga
máxima dinâmica sobre o corpo em diversos casos.

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.

1- Calculo do esticamento do cabo de aço submetido a uma carga vertical P

O cabo de aço como é conformado com arames tem dois tipos de estiramento. Sendo o primeiro devido a acomodação dos fios do cabo, e o
segundo dependente da tensão que se da no cabo seguindo a lei de hooke assim teremos extraído do catalogo Cimaf de cabos de aço pagina 34

a- O estiramento de conformação ou deformação estrutural do cabo varia de 0,5 a 0,7% do comprimento do cabo

b- Deformação elástica docabo de aço é diretamente proporcional a carga aplicada e ao comprimento do cabo de aço e inversamente proporcional
ao seu modulo de elasticidade e área metálica

Dl = (P x L)/(E x Am)

Sendo D1 a deformação que se dará no cabo de aço


P = Carga aplicada
L= comprimento do cabo
E= modulo de elasticidade
Am = Área metálica

Am= F x d2 onde

F= fator de multiplicação que varia em função da construção do cabo de aço


D= diâmetro nominal do cabo de aço ou cordoalha em milímetros

FATOR F ( da construção do cabo de aço)

[pic]

OBSERVAÇÃO: Para cabos de 6 pernas com AACI (alma de aço Cimaf) adicionar 15% a área metálica, com AA adicionar 20% e para cabos de 8
pernas com AACI adicionar 20% a área metálica

De uma maneira geral pode-se estimar de 0,25 a 0,5 % a deformação elástica de um cabo de aço quando o mesmo esta submetido a uma tensão
correspondente a 1/5 da carga de ruptura do cabo, dependendo de sua construção. A deformação elástica é proporcional a carga aplicada desde
que não se ultrapasse o valor do limite elástico do cabo que esta entre 55 e 60% da carga de ruptura.

Módulos de elasticidade dos cabos de aço ¨E¨

CABOS DE AÇO COM ALMA DE FIBRA

Classificação E – em Kg /mm2
6 x 7 9000 a 10 000
6 x 19 8 500 a 9 500
6 x 37 7 500 x 8 500
8 x 19 6 500 a 7 500

CABOS DE AÇO COM ALMA DEAÇO

6 x 7 10 500 a 11 500
6 x 19 10 000 a 11 000
6 x 37 9 500 a 10 500

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CORDOALHAS GALVANIZADAS

7 fios 14 500 a 15 500


19 fios 13 000 a 14 000
37 fios 12 000 a 13 000

Exemplo pratico da determinação do estiramento de um cabo de aço submetido a uma carga

Exemplo um cabo de aço 6 x 7 com alma de fibra, com diâmetro de ½ ( 12,7 mm ) com comprimento de 10 m submetido a uma carga de 5 000 kgf
teremos:

1- Deformação de conformação = (0,75/100) x 10 000 mm = 75 mm


2- Deformação elástica = (P x L) / (E x Am)

Sendo Am = F x d2 = 0,380 x 12,72 = 61,29 mm2

D1 = ( 5000 x 10 000)/ (10 000 x 61,29) = 81,57 mm

Sendo o cabo instalado na horizontal, de maneira que na instalação inicial a flecha do cabo não seja grande, podemos calcular a flecha do cabo
ocasionada pela carga proposta.
Comprimento original do cabo = 10 000 mm
Comprimento depois de aplicada a carga= 10 000 + 75 + 81,5 = 10 156 mm

10 000

5000

a
f10 156/2= 5 078

Teremos 5 078 x Cos a = 5000


A = arc cós 5000/5 078 = 10 0

A flecha f = 5000 x tg 100 = 881 mm

Assim concluímos que um cabo de aço com uma carga de tração de 5 000 Kgf dara uma flecha de 881 mm

Para facilitar este calculo, que é importante, pois a flecha calculada é o espaço que a pessoa terá na queda para a desaceleração, calculamos uma
tabela que nos dara a flecha para os casos de estar dentro do limite elástico do cabo, ou seja a 55% da carga de ruptura, normalmente se utiliza um
coeficiente de segurança de 2 para os cabos de aço assim que a carga efetiva será de 50% da carga de ruptura, assim estaremos sempre dentro
do limite elástico do cabo.
Este coeficiente de segurança utilizado muito pelos fabricantes de sistemas de trava quedas horizontais, deixa no limite de sua utilização segura,
entretanto, trabalhando com fator de segurança 2, teremos obrigatoriamente que substituir o cabo que foi utilizado uma única vez. Assim teremos
segurança na sua primeira utilização, mas não deve ser utilizado mais vezes. O CABO DEVE SER TROCADO OBRIGATORIAMENTE UMA VEZ
UTILIZADO COM UMA QUEDA

CONSIDERANDO OS CALCULOS EFETUADOS ANTERIORMENTE, FORMULAMOS AS TABELAS A SEGUIR COM OS RESULTADOS PARA
TRAVA QUEDAS COM CABOS DE AÇO INSTALADOS HORIZONTALMENTE

FORMULA UTILIZADAS PARA OS CALCULOS DA TABELA


Foi considerado o cabo de aço 6 x 19 AA ( alma de aço) do catalogo da CIMAF
Di= Maximo esticamento admissível do cabo de aço, ( mm) devido as máximas forças admissíveis para o cabo

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Di=L*1000*0,75/100+(T/2*L*1000)/(10000*0,395*D^2)
Sendo
L= comprimento do vão (m)
T= Carga de ruptura do cabo
D = diâmetro do cabo em mm

Nas tabelas de cálculos consideramos que a carga para o alongamento Maximo do cabo será a carga de ruptura do cabo dividido por um fator de
segurança 2, assim calculamos o Maximo estiramento do cabo admissível em mm

FLECHA = F

A flecha foi calculada para a máxima tensão admissível, utilizando o fator de segurança 2 calculada anteriormente ficando assim, para o caso de
cabos de aço com dois apoios apenas.

F=RAIZ((L/2*1000+Di/2)^2-(L/2*1000)^2)

O que foi feito é um calculo trigonométrico considerando o vão e aumento do comprimento do cabo que ocasionara uma flecha central
L= vão proposto (m)
Di = estiramento do cabo considerando a carga admissível (mm)

CARGA NO CORPO

A carga sentida pelo corpo de 100 kgf caindo de uma altura de 1,8 m vimos anteriormente que depende do espaço que temos para desaceleração.
Consideramos a carga que o corpo em queda vai sofrer considerando a máxima flecha admissível do cabo calculada anteriormente como espaço
de desaceleração do corpo

Q= (140*9,81+140*9,81*1,8/(F/1000))/10

Assim que a carga sentida no corpo em queda de 1,8 m de altura e desacelerada no espaço da flecha ocasionara uma carga vertical no sistema de
Q ( Kgf)

TENSÃO DO CABO T ( Kgf)

A tensão no cabo é calculada trigonometricamente considerando a carga no corpo como força horizontal e a máxima flecha admissível do cabo

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para a consideraçãoda força real no cabo.

T=(Q*((L*1000/2)+(Di/2)))/F

T= carga real no cabo (kgf)


Q= Carga dinâmica a que o corpo sofre na desaceleração (Kgf)
L= Vão onde esta instalado o cabo ( m)
Di = Alongamento do cabo com a carga admissível (mm)
F= Flecha calculada considerando a carga admissível ( mm)

Este calculo deve ser iterativo, porque quando calculamos o alongamento do cabo inicialmente, consideramos que a carga aplicada seria a
admissível, e quando encontramos no final o valor da carga aplicada no cabo de aço, esta carga é diferente da carga considerada inicialmente.
Então substituímos a carga encontrada na formula de alongamento do cabo, em varias iterações até que o valor da carga no cabo encontrada seja
a mesma que o valor considerado para o calculo do alongamento. Desta maneira todos os valores, como alongamento, flecha, carga dinâmica no
corpo e tensão no cabo estará calculada para as condições consideradas

TENSÃO ADMISSIVEL

A tensão admissível no cabo foi calculada como a tensão de ruptura dividida por um fator de segurança 2, e multiplicada por 0,8 que é o rendimento
da instalação de cabos de aço com grampos do tipo pesado em ambas extremidades.

ALTURA MINIMA DE INSTALAÇÃO DA LINHA HORIZONTAL COM RELAÇÃO AO PISO


Hmin = É a altura mínima em metros que deve ser instalado o cabo de aço e o piso mais próximo, calculamos considerando uma espia de 1,8 m
somado com a flecha encontrada nos cálculos, e a altura estimada do ponto de apoio da espia ate o pé da pessoa que o esta utilizando, somado
ainda a 0,5 m de folga.Nestas tabelas temos as condições de segurança para o numero de pessoas que podem estar conectados a cabos de aço
horizontais, calculados para cada vão, que é a aproximação de um numero inteiro decorrente da divisão da tensão máxima admissível do cabo,
dividida pela força atuante no cabo

CONCLUSÕES FINAIS

1- O dimensionamento dos cabos de aço e pontos de ancoragem deve ser seguido de verificações nas estruturas as quais eles serão vinculados de
maneira a garantir que no mínimo suportem uma carga equivalente as encontradas nos cálculos.
No caso de cabos de aço horizontais, as cargas aplicadas sobre o centro do mesmo se multiplicam proporcionais aos ângulos do cabo com relação
a horizontal de maneira que estas partes deverão ser dimensionadas para suportarem estas cargas.
Para o dimensionamento do ponto de ancoragem do cabo de aço podemos utilizar como carga atuante a carga admissível do cabo.

2- No caso de cabos de aço, os mesmos deverão ser instalados no presilhas e manilhas e sapatas condizentes com a bitola do cabo, e devem ser
da serie pesada. Na quantidade especificada pelo fabricante, seguindo o distanciamento determinado pelo fabricante e as porcas tensionadas com
o torque pedido pelo fabricante, para se ter a eficiência esperada.

3- A maneira coordenada da determinação da necessidade destes sistemas, assim como um estudo completo das alturas e das áreas em redor de
onde será instalado o mesmo fará o sucesso da montagem e de sua correta utilização.

4- Nenhum ponto de ancoragem deve serliberado antes que se estabeleça um plano escrito para resgate, assim como os equipamentos de resgate
que devem estar em locais conhecidos e determinados, assim como o pessoal que fará o resgate que devera estar treinado e conhecedor do tipo
de resgate que se efetuara em cada ponto de resgate.

5- Os pontos de ancoragem devem ser inspecionados anualmente, para sua liberação deverão ser vistos, as condições de solda, utilizando LP,
corrosão, condições de desgaste do cabo e suas conexões. Estas inspeções deverão ser programadas e feitas por pessoal treinados para tal.

6- Quando houver entre inspeções, o caso de alguma queda, em ponto de ancoragem, o mesmo deverá novamente ser inspecionado antes da
liberação.

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TABELAS DE CALCULOS DE CABOS DE AÇO INSTALADOS HORIZONTALMENTE PARA INTERRUPÇÃO DE QUEDAS

CONSIDERAÇÕES DE CALCULOS

Para as tabelas de cálculos a seguir foram feitas as seguintes considerações abaixo

1- CABO: 6 X 19 AA – CIMAF Cabo de aço 6 x 19 com alma de aço

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2- Foi considerado que o cabo será preso com 3 grampos pesados e sapatilhas pesadas na laçada

3- Foi considerado uma pessoa, equipada com 140 Kgf de peso, consideração feita pela norma OSHA de uma pessoa com os equipamentos junto
ao corpo em cinto

4- Foram considerados cintos de segurança tipo pára-quedista com espias de comprimentos de 1,8 m

5- Foi considerado um fator de segurança2, portanto uma vez que o cabo tenha sofrido uma queda, o mesmo deve ser trocado obrigatoriamente

|CONSIDERAÇOES | | |
|Peso do corpo de 140 kg | |
|calculos |6,0 |7,5 |10,0 |
|Os ponto de ancoragem estarao nos estremos, e os vãos intermiediarios serao com olhais passantes | | |
|||||||||
|fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | |
|cabo 6 x 19 |1782 |1436 |1234 |1099 |1001 |925 |865 |
|fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | |
|cabo 6 x 19 |1807 |1492|1304 |1175 |1079 |1156 |1370 |
|fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | |
|cabo 6 x 19 |2151 |1775 |1550 |2019 |1855 |1727 |1624 |
|fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | |
|cabo 6 x 19 |2064 |2581 |2281 |2072 |2411 |2256 |2129 |
|fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | |
|cabo 6 x 19 |3444 |2026 |2197 |1891 |1664 |1490 |1649 |
|fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | |
|cabo 6 x 19 |3807 |4036 |3567 |3239 |3527 |3300 |3115 |
|fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | |
|cabo 6 x 19 |4167 |4421 |3908 |4181 |3865 |3464 |3875 |
|CONDIÇÕES Flecha inicial de 1 a 1,5 | | | | | | | |
| | | | | |
|diametro 1/4 |f(%L) |6,35 |
|calculos | |5,0 |7,5 |10,0 |
|diametro 5/16 |D |7,93 |
|calculos | |5,0 |7,5 |10,0 |
|diametro 3/8 |D |9,52 |
|calculos | |5,0 |7,5 |10,0 ||diametro 7/16 |D |11,11 |
|calculos | |5,0 |7,5 |10,0 |
|diametro 1/2 |D |12,70 |
|calculos | |5,0 |7,5 |10,0 |
|diametro 9/16 |D |14,28 |
|calculos | |5,0 |7,5 |10,0 |
|diametro 5/8 |D |15,88 |

calculos | |5,0 |7,5 |10,0 |12,5 |15,0 |17,5 |20,0 |22,5 |25,0 | |Força peso proprio |1,0% |66,9 |150,5 |267,5 |418,0 |601,9 |819,3 |1070,0 |1354,3

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|1671,9 | |Flecha mm | |50,0 |75,0 |100,0 |125,0 |150,0 |175,0 |200,0 |225,0 |250,0 | |% utilizaçao cabo ruptura | |0,51% |1,15% |2,04% |3,19%
|4,59% |6,25% |8,16% |10,33% |12,75% | |% utilizaçao cabo fs 5 | |2,06% |4,64% |8,24% |12,88% |18,54% |25,24% |32,96% |41,72% |51,51% | |%
utilizaçao cabo fs 2 |0,82% |1,85% |3,30% |5,15% |7,42% |10,10% |13,19% |16,69% |20,60% | | | | | | | | | | | | | |Força peso proprio |1,1% |66,9
|150,5 |267,6 |418,0 |601,9 |819,3 |1070,1 |1354,3 |1671,9 | |Flecha mm | |736,2 |82,5 |110,0 |137,5 |165,0 |192,5 |220,0 |247,5 |275,0 | |% utilizaçao
cabo ruptura | |0,41% |0,93% |1,65% |2,58% |3,71% |5,05% |6,59% |8,34% |10,30% | |% utilizaçao cabo fs 5 | |2,06% |4,64% |8,24% |12,88%
|18,54% |25,24% |32,97% |41,72% |51,51% | |% utilizaçao cabo fs 2 |0,82% |1,85% |3,30% |5,15% |7,42% |10,10% |13,19% |16,69% |20,60% | | | |
| | | | | | | | | |Força peso proprio |1,2% |55,8 |125,5 |223,0 |348,4 |501,6 |682,7 |891,7 |1128,6 |1393,3 | |Flecha mm | |60,0 |90,0 |120,0 |150,0
|180,0 |210,0 |240,0 |270,0 |300,0 | |% utilizaçao cabo ruptura | |0,34% |0,77% |1,37% |2,15% |3,09% |4,21% |5,49% |6,95% |8,58% | |% utilizaçao
cabo fs 5 | |1,72% |3,86% |6,87% |10,73% |15,45% |21,03% |27,47% |34,77% |42,92% | |% utilizaçao cabo fs 2 |0,69% |1,55% |2,75% |4,29%
|6,18% |8,41% |10,99% |13,91% |17,17% | | | | | | | | | | | | | |Força peso proprio |1,3% |51,5 |115,8 |205,8 |321,6 |463,1 |630,2 |823,1 |1041,8
|1286,1 | |Flecha mm | |65,0 |97,5 |130,0 |162,5 |195,0 |227,5 |260,0 |292,5 |325,0 | |% utilizaçao cabo ruptura | |0,32% |0,71% |1,27% |1,98%
|2,85% |3,88% |5,07% |6,42% |7,92% | |% utilizaçao cabo fs 5 | |1,59% |3,57% |6,34% |9,91% |14,27% |19,42% |25,36% |32,09% |39,62% | |%
utilizaçao cabo fs 2|0,63% |1,43% |2,54% |3,96% |5,71% |7,77% |10,14% |12,84% |15,85% | | | | | | | | | | | | | |Força peso proprio |1,4% |47,8
|107,6 |191,1 |298,6 |430,0 |585,2 |764,4 |967,4 |1194,3 | |Flecha mm | |70,0 |105,0 |140,0 |175,0 |210,0 |245,0 |280,0 |315,0 |350,0 | |% utilizaçao
cabo ruptura | |0,29% |0,66% |1,18% |1,84% |2,65% |3,61% |4,71% |5,96% |7,36% | |% utilizaçao cabo fs 5 | |1,47% |3,31% |5,89% |9,20% |13,25%
|18,03% |23,55% |29,80% |36,79% | |% utilizaçao cabo fs 2 |0,59% |1,33% |2,36% |3,68% |5,30% |7,21% |9,42% |11,92% |14,72% | | | | | | | | | |
| | | |Força peso proprio |1,5% |44,7 |100,4 |178,4 |278,7 |401,3 |546,2 |713,4 |902,9 |1114,7 | |Flecha mm | |75,0 |112,5 |150,0 |187,5 |225,0 |262,5
|300,0 |337,5 |375,0 | |% utilizaçao cabo ruptura | |0,28% |1,69% |3,00% |4,69% |6,76% |9,20% |12,01% |15,20% |18,77% | |% utilizaçao cabo fs 5 |
|1,38% |3,09% |5,50% |8,59% |12,36% |16,83% |21,98% |27,82% |34,34% | |% utilizaçao cabo fs 2 |0,55% |1,24% |2,20% |3,43% |4,95% |6,73%
|8,79% |11,13% |13,74% | | | | | | | | | | | | | |Força peso proprio |2,0% |33,5 |75,3 |133,9 |209,1 |301,0 |409,7 |535,1 |677,2 |836,0 | |Flecha mm | |100,0
|150,0 |200,0 |250,0 |300,0 |350,0 |400,0 |450,0 |500,0 | |% utilizaçao cabo ruptura | |0,21% |1,27% |2,25% |3,52% |5,07% |6,90% |9,01% |11,40%
|14,07% | |% utilizaçao cabo fs 5 | |1,03% |2,32% |4,12% |6,44% |9,27% |12,62% |16,49% |20,86% |25,76% | |% utilizaçao cabo fs 2 |0,41% |0,93%
|1,65% |2,58% |3,71% |5,05% |6,59% |8,35% |10,30% | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Força pesoproprio |2,0% |33,5 |6,9 |11,3 |17,0 |23,9 |32,0 |41,4
|52,0 |63,9 | |Flecha mm | |1338,6 |3010,4 |5351,1 |8360,4 |12038,6 |16385,4 |21401,1 |27085,4 |33438,6 | |% utilizaçao cabo ruptura | |0,21%
|0,12% |0,19% |0,29% |0,40% |0,54% |0,70% |0,88% |1,08% | |% utilizaçao cabo fs 5 | |1,03% |0,21% |0,35% |0,52% |0,74% |0,99% |1,27% |1,60%
|1,97% | |% utilizaçao cabo fs 2 |0,41% |0,09% |0,14% |0,21% |0,29% |0,39% |0,51% |0,64% |0,79% | |

LINHAS DE VIDA HORIZONTAIS


VANTAGENS
A linha de vida horizontal seja permanente ou temporária, é de rápida instalação com relação a outros sistemas, e mais baratas também. Entretanto
necessita de pontos de ancoragem adequados para absorver as cargas decorrentes da queda.

APLICAÇÕES

Existe uma serie de aplicações para as linhas de vida horizontais, onde outros sistemas não são eficientes como
1- Construção civil de prédios

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2- Construção de estruturas metálicas
3- Carregamento de caminhões, vagões etc
4- Construções temporárias
5- Construção de telhados

CONSIDERAÇÕES DE CÁLCULOS

Apesar de ser um sistema de fácil instalação, deve ser instalada somente, com a assistência de um engenheiro competente nestes tipos de sistema
de proteção
Pois envolvem forças que devem ser criteriosamente calculadas para sua instalação segura. São os sistemas mais complexos para o calculo.
E para complicar mais ainda, as normas quando falam da resistência dos pontos de ancoragem com resistência de 5000 lbs,(2272 Kg)
estãoreferindo a quedas verticais de trabalhadores presos no ponto de ancoragem e não para as linhas horizontais.
As linhas de vida horizontais, multiplicam a força dinâmica da queda de acordo com o ângulo que formam com a horizontal e podem originar forças
de muito superiores a esta.
Existe ainda situações que se utiliza cordas sintéticas para estas linhas, a maioria das cordas sintéticas se deterioram com o tempo e a exposição
de raios ultravioleta do sol, diminuindo rapidamente sua resistência.
Os cabos de aço, são muito mais confiáveis nestas aplicações.
Cada linha de vida deve ser calculada e os estudos da altura de queda, e o local abaixo da mesma, deve ter uma altura mínima calculada com
relação a obstáculos, ou o piso. Deve se proceder um estudo das áreas de trabalho considerando o local de instalação da linha de vida, para evitar
o pendulo, e os obstáculos na trajetória do mesmo.
A força dinâmica originada pela queda, pode ser determinada considerando a altura da queda, peso do corpo, e o espaço de desaceleração do
corpo. Quanto maior for o espaço de desaceleração menor a carga dinâmica. A norma Osha determina que o maior espaço de desaceleração deve
ser 1080 mm, e a maior queda deve ser de 1800 mm , uma queda maior supera a resistência do talabarte ou espia, e os componentes do cinto de
segurança.
O maior desafio para o calculista é a determinação da força dinâmica exata, pois depende de uma serie de fatores, como a flecha que será
produzida pela queda, o aumento do comprimento do talabarte com a força aplicada, e mesmo o ajuste do cinto nocorpo quando esta submetido a
esta força, e todos estes fatores determinarão a flecha no cabo.
Assim determinamos uma flecha a partir de uma carga dinâmica, e quando recalculamos a flecha , vemos que não corresponde com a
consideração inicial de carga, o calculo deve ser iterativo, convergindo para a flecha real, e assim para a força dinâmica real no corpo em queda.
As considerações sobre esta flecha é de vital importância para a correta determinação das forças envolvidas.

COMPRIMENTOS DE LINHAS DE VIDA HORIZONTAIS


Segundo a norma Osha, os comprimentos de instalação de linhas de vida horizontais não podem ser menores que 6 m ou maiores que 18 m , para
linhas com um vão apenas.
Vemos nas planilhas de cálculos, que as linhas menores que 6 m, originam forças muito grandes e as maiores que 18 m, flechas maiores que o
permitido pela norma.

LINHAS DE VIDA DE VARIOS VÃOS

As linhas de vida, podem ser instaladas com vários vãos como veremos a seguir,
Sendo o primeiro e ultimo vão , os dois pontos de ancoragem que irão absorver as forças horizontais principalmente, e os vãos intermediários terão
olhais de passagem do cabo, servindo como divisor e absorvendo forças verticais na queda.
Assim na planilha de cálculos para linhas de vários vãos, vemos que considerando a flecha inicial do cabo com 2% do comprimento do vão
seguindo a norma OSHA, vemos que com mais de 4 vãos de 6 m as flechas superam este valor de 1070 mm determinado como maior espaço de
desaceleração do corpo.

TRABALHOS EXECUTADOS FORA DA PROJEÇAO DA LINHA DE VIDA COM O PISOPrincipalmente em telhados, e lajes onde o trabalho deve
se processar em toda extensão da área, o posicionamento do colaborador quase sempre esta fora da projeção da linha de vida, e
consequentemente, uma queda num telhado fará com que as forças sobre a linha de vida seja fora da sua projeção, e as forças envolvidas ai,
devem ser criteriosamente calculadas para se ter todas as condições de quedas cobertas.

CONSIDERAÇÕES
As tabelas de cálculos aqui mostradas foram desenvolvida para condições especificas detalhadas a seguir

Altura de queda de 1,8 m


Consideração do aumento do cabo submetido a carga pela lei de hook , extraída do catalogo cimaf,
Cabo considerado para o calculo foi o 6 x 18 AA da Cimaf
Considerado que a espia de fita de poliéster, aumenta seu comprimento em cerca de 7% segundo o fabricante, este é um espaço de desaceleração
também.
Considerando que o ajuste do cinto de segurança no corpo, mesmo que esteja bem ajustado, com a acomodação das forças dinâmicas, da um
espaço de 12 cm considerado como espaço de desacelaçao também.
E o calculo iterativo da flecha do cabo submetido a força dinâmica da queda, que é considerado um espaço de desaceleração também.
Assim somados a flecha no cabo, mais o aumento da espia, e ajustagem do cinto no corpo, teremos o espaço total de desaceleração.
Assim estas tabelas, só servem para estas condições descritas acima. Se for implementado outros espaços de desaceleração como amortecedor

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de energia acoplado a espia, o espaço utilizado pelo amortecedor de energia, deve ser somado ao espaço dedesaceleração. As forças ai serão
menores, mas deve se ter o cuidado de que o espaço total final não exceda o valor anotado pela norma OSHA.
Uma vez determinado a força no cabo, nas condições estudadas, esta força ira se dissipar no ponto de ancoragem, e a norma OSHA determina que
o ponto de ancoragem deve ser o dobro de resistência desta carga calculada.

CARGAS ADMISSIVEIS
A carga admissível é a razão entre a carga de ruptura dividido por um fator de segurança, assim quando se fala em tensão ou carga admissível,
deve se mencionar com qual fator de segurança estaremos trabalhando.
O cabo de aço, é fabricado com aço carbono SAE 1070, que tem em sua composição 0,7% de carbono. O carbono confere uma resistência e
flexibilidade crescente de acordo com seu percentual na composição. A partir de 0,35% de carbono o aço pode se temperar, tornado muito duro e
com característica muito diferentes do cabo original
Assim um cabo que foi submetido a calor como de uma chama de maçarico, e um resfriamento rápido, não pode ser utilizado pois suas
características modificadas não dão mais a resistência e flexibilidade.
O aço uma vez submetido a carga crescente, vai aumentando o seu tamanho devido a flexibilidade, e tem um patamar onde ate ali, o aço é elástico,
ou seja, se retiramos a carga o mesmo volta ao seu tamanho original. A partir deste ponto se colocamos mais carga, então o aço se plastifica, não
voltando mais ao seu tamanho original. A partir deste ponto que chamamos de período plástico, o cabo não pode mais ser utilizado, pois terá
trechosplastificados, que se rompem com cargas menores, com poucos ciclos de utilização.
Nos cabos de aço fabricados com aço SAE 1070, o limite de carga elástica, esta em 65% da carga de ruptura.
Assim sendo o fator de serviço ou segurança anotada na norma OSHA como fator 2, chegamos a 50% da ruptura do cabo e ainda dentro do regime
elástico do aço.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vemos, uma alteração em qualquer item que possa aumentar a distancia de desaceleração deve ser considerada no calculo, que Dara outros
valores a serem considerados. Não existe portanto situações que será gerais para o projeto e instalação de linhas de vida horizontais, cada caso
deve ser estudada, os cálculos efetuados para que se tenha em campo as condições que foram consideradas nos cálculos. Qualquer modificação
do sistema não poderá ser feita sem a anuência escrita do calculista e engenheiro competente.

Estudo 1 – linhas de vida com múltiplos vãos


Projetar uma linha de vida com 4 vaos de 6 m para queda de duas pessoas
Na planilha vemos que o cabo de Dnb 7/16 6x 19 AA atende a resistência, extraímos da
tabela então os dados

carga 50% ruptura | |Altura da queda |1,80 |m | | | | |fs 2 | |Peso do corpo |140 |Kgf | | | | |cabo 6 x 19 |2064 |2581 |2281 |2072 |2411 |2256 |2129
|2024 |1933 | |diametro 7/16 |11,11 |mm | | |, | | | | | | |2x6m |3x6m |4x6m |5x6m |6x6m |7x6m |8x6m |9x6m |10x6m | |calculos |12,0 |18,0 |24,0 |30,0
|36,0 |42,0 |48,0 |54,0 |60,0 | |Dl alongamento cabo |51 |95 |112 |127 |178 |194 |210 |224 |238 | |Flecha inicial mm |120 |120 |120 |120 |120|120 |120
|120 |120 | |Flecha (mm) |856 |1122 |1288 |1447 |1681 |1835 |1985 |2133 |2278 | |Flecha do cabo |391 |537 |583 |622 |736 |770 |800 |828 |853 |
|Espaço de amortec. M |616 |762 |808 |847 |961 |995 |1025 |1053 |1078 | |Carga corpo kgf |539 |924 |887 |859 |1184 |1158 |1136 |1117 |1100 |
|Tensão cabo kgf |2065 |2581 |2281 |2072 |2412 |2256 |2130 |2024 |1934 | |tensão admissivel kgf |4030 |4030 |4030 |4030 |4030 |4030 |4030 |4030
|4030 | |numero pessoas |1 |2 |2 |2 |3 |3 |3 |3 |3 | |Hmin cabo/piso (m) |4,56 |4,82 |4,99 |5,15 |5,38 |5,53 |5,68 |5,83 |5,98 | |% Utilizaçao cabo |51%
|64% |57% |51% |60% |56% |53% |50% |48% | |FATOR SERV, CABO |3,90 |3,12 |3,53 |3,89 |3,34 |3,57 |3,78 |3,98 |4,17 | |

1- ESTUDO DA ALTURA EFETIVA DE QUEDA


Deve-se estudar a altura efetiva de queda, e esta não pode ultrapassar 1,8 m, no caso de linhas de vida de vãos múltiplos deve-se considerar a
posição mais critica do trabalhador com relação ao espaço de queda, e o mesmo devera estar portando sempre o trava quedas retrátil.
Deve-se ter a medida entre a linha de vida e o anel D do cinto de segurança, a altura efetiva de queda , deve-se contar a flecha inicial, e a partir daí
se calcula a altura efetiva de queda conforme croquis abaixo.
A estatística mostra que 83% dos problemas encontrados em quedas em altura, que o sistema não resistiu, foi devido a uma queda muito superior a
calculada.

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Para a posição 1 temos uma queda de 0,8 m, e para a posição 2 uma queda de 1,8 m , é muito importante que esta alturade queda não supere a
medida de 1,8 m, pois a energia cinética vai superar o valor previsto nas normas.
É muito importante este estudo, para saber com exatidão a altura correta de quedas, ser for maior que 1,8 m , deve-se fazer modificações no
sistema para que a queda seja menor.

2-ESFORÇO DINÂMICO NO CORPO DA PESSOA

Consideramos na tabela uma pessoa com 140 kg, como serão duas pessoas, a força dinâmica em cada um para queda simultânea será de Fd =
887/2=443,5 kgf no caso de caírem simultaneamente
Para a norma Osha o esforço Maximo no corpo de uma pessoa, deve ser 818 kgf, no nosso caso estamos abaixo deste valor, dando validade ao
sistema com relação a forças dinâmicas no corpo da pessoa.

3- TENSAO NO CABO
É a força que estará submetido o cabo quando da queda simultânea de duas pessoas
F= 2281 kgf, o ponto de ancoragem de ser capaz de resistir o dobro desta carga, ou
4 562 Kgf

4- TENSÃO ADMISSIVEL
Segundo a Osha é a tensão de ruptura dividido pelo fator de serviço 2 para o cabo de aço

3-NUMERO DE PESSOAS,
É a razão entre a tensão admissível, dividido pela tensão no cabo decorrente da carga dinâmica.

O PONTO DE ANCORAGEM
Vemos neste caso que o ponto de ancoragem deve resistir a carga de 2281 kgf, esta carga é efetiva no ponto de ancoragem. E o mesmo não pode
romper com cargas inferiores ao dobro desta carga segundo norma OSHA.
Ate o calculo do cabo e condições de trabalho, se consegue facilmente a determinação das cargas envolvidas, mas quando escolhemos o ponto
deancoragem, o mesmo deve ser calculado por Engenheiro estrutural, e se for o caso testado, para as cargas envolvidas.

ESTUDO DOS LIMITES DAS TABELAS DE CALCULOS DE LINHAS DE VIDA


Vamos ver os limites dos cálculos, extraindo das tabelas de cálculos os limites para cada caso.

1-Carga máxima do no corpo OSHA 818 kgf, teremos uma pessoa cabo 5/8”vão de 5 m carga de 724 kg no corpo como máxima carga
2- Maximo numero de pessoas- cabo de 5/8” vão de 10 a 20 m , com 3 pessoas
3-Máxima força no ponto de ancoragem para uma pessoa no vão é de 3425 Kgf para cabo de 9/16” com vão de 6 m, o ponto de ancoragem deve
resistir o dobro desta força ou seja 6 850 kgf

4-Maxima força no ponto de ancoragem para duas pessoas no vão cabo 9/16”vão de 7,5 m é de 4826 kgf

PARA VÃOS MULTIPLOS


Vemos que o Maximo de vãos possíveis sem ultrapassar a queda de 1,8 m ;e de 4 vãos de 6 metros cada, considerando a utilização de trava
quedas tipo retrátil

É de extrema importância o estudo da altura da queda efetiva no sistema que será instalado, pois o fato de superar a medida de 1,8 m como

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máxima de queda livre, ultrapassará os limites da carga no corpo, e as tensões do cabo, e ponto de ancoragem. Não sendo permitido o seu uso,

ESTUDO 2

Projetar uma linha de vida com vão de 10 m para utilização de duas pessoas
Buscamos nas tabelas de calculo as condições acima

CONDIÇÕES | | | | | | | | | | |carga 50% ruptura | | |altura queda | |1,8 |m | | | | |fs 2 | | |peso corpo = |140|kg | | | | |cabo 6 x 19 |3426 |4826
|4453 |4179 |3966 |3766 |3655 |3537 |3436 | |diametro 9/16 |14,28 |mm | | | | | | | | | | |vão (m) | | | | | | | | |calculos |6,0 |7,5 |10,0 |12,5 |15,0
|18,0 |20,0 |22,5 |25,0 | |Dl alongamento cabo |26 |45 |55 |65 |74 |84 |91 |99 |107 | |Flecha inicial mm |120 |150 |200 |250 |300 |360 |400 |450 |500 |
|Flecha (mm) |622 |786 |951 |1112 |1270 |1456 |1579 |1730 |1881 | |Espaço de amortec. M |502 |636 |751 |862 |970 |1096 |1179 |1280 |1381 | |Carga
corpo kgf |630 |1052 |933 |848 |784 |726 |694 |661 |633 | |Tensão cabo kgf |3425 |4826 |4453 |4178 |3966 |3765 |3656 |3537 |3436 | |tensão
admissivel kgf |6555 |6555 |6555 |6555 |6555 |6555 |6555 |6555 |6555 | |numero pessoas |1 |2 |2 |2 |2 |2 |2 |2 |2 | |Hmin cabo/piso (m) |4,72 |4,89
|5,05 |5,21 |5,37 |5,56 |5,68 |5,83 |5,98 | |Coeficiente de utilizaçao do cabo |52% |74% |68% |64% |61% |57% |56% |54% |52% | |FATOR DE
SERVIÇO DO CABO |3,83 |2,72 |2,94 |3,14 |3,31 |3,48 |3,59 |3,71 |3,82 | |

Extraímos da planilha de calculo


1-Espaço de amortecimento de 862 mm , menor que o limite da Osha
2-Carga no corpo de 933 kg, para duas pessoas, assim cada um terá uma carga de 466,5 kgf, dentro do padrão Osha < 800 kgf
3-Tensão no cabo de 4453 kgf, contra uma tensão admissível de 6555 kgf para o cabo de 9/16”de diâmetro
4- Altura do cabo ate o piso de 5,05 m
5-Nestas condições estaremos trabalhando com um fator de segurança de 2,94 contra um fator mínimo de 2 estabelecido pela Osha.
6- O ponto de ancoragem deve resistir no mínimo duasvezes o esforço, ou 8 906 kgf

Na seqüência, deve se escolher e calcular o ponto de ancoragem para resistir estas cargas.

Não se deve esquecer que o trabalhador devera estar seguro, no trajeto do piso, ou laje inferior até alcançar a linha de vida, outros meios como
linhas de vida verticais devem ser instalados para que o trabalhador em todo seu trajeto ate a sua volta ao piso seja seguro

NOTA: Existem autores como o Nigel do livro Fall protection, que assumem, que quando existem mais de uma pessoa atada numa linha de vida, e
ocorre uma queda, existe uma possibilidade remota que os dois caiam, nos mesmos 5 milissegundo onde ocorre a desaceleração de uma carga.
No caso de linhas horizontais, o tempo de desaceleração pode ser até 30 ou 40 milissegundos.
Se formos seguir esta orientação então consideramos como carga total a carga dinâmica de uma pessoa, mais as cargas estáticas dos demais que
estão nesta linha.
É um critério que se baseia na probabilidade que é remota.
Entretanto se a queda é ocasionada pelo colapso do piso onde estão os colaboradores, existe sim uma possibilidade não remota que caiam no
mesmo instante, e sobrecarreguem o sistema.
Cada calculista segue suas premissas, assumindo menor ou maior risco de ocorrência quando se considera carga menor pela probabilidade.

ESTUDO DA ALTURA EFETIVA DE QUEDA


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W R ENGENHARIA LTDA
ENG WILSON ROBERTO SIMON

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