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Resistência dos

Materiais
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ÍNDICE

UNIDADES FUNDAMENTAIS..........................................................................5
TABELAS...............................................................................................................6
VÍNCULOS ESTRUTURAIS..............................................................................7
VÍNCULO SIMPLES OU MÓVEL............................................................................7
VÍNCULO DUPLO OU FIXO...................................................................................7
ENGASTAMENTO..............................................................................................8
ESTRUTURAS......................................................................................................8
ESTRUTURAS HIPOESTÁTICAS.............................................................................8
ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS.................................................................................9
ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS...........................................................................9
EQUILÍBRIO DE FORÇAS................................................................................9
FORÇA NORMAL F.............................................................................................10
TRAÇÃO E COMPRESSÃO..................................................................................10
Tração na peça................................................................................................10
Compressão na peça........................................................................................10
TRAÇÃO E COMPRESSÃO EM RELAÇÃO AO NÓ...............................................11
Peça Tracionada..............................................................................................11
Peça Comprimida............................................................................................11
MOMENTO DE UMA FORÇA..............................................................................11
CARGA DISTRIBUÍDA....................................................................................15
INTRODUÇÃO.....................................................................................................15
FORÇA E TENSÃO...........................................................................................16
BARRAS AXIALMENTE CARREGADAS:..............................................................17
Barra tracionada:............................................................................................17
Barra comprimida:..........................................................................................17
TENSÃO NORMAL...............................................................................................17
DEFORMAÇÃO LINEAR.....................................................................................19
ESTRICÇÃO........................................................................................................20
DIAGRAMA: TENSÃO X DEFORMAÇÃO.............................................................20
TENSÃO DE RUPTURA........................................................................................23
TENSÃO ADMISSÍVEL E FATOR DE SEGURANÇA.............................................23
Tensão Admissível:..........................................................................................23

3
Fator de Segurança:........................................................................................23
Tipos de cargas................................................................................................24
FORÇA CORTANTE Q....................................................................................29
PRESSÃO DE CONTATO D................................................................................30
PRESSÃO DE CONTATO (ESMAGAMENTO)........................................................30
DISTRIBUIÇÃO ABNT-NB -14..........................................................................31
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS........................................................33
MOMENTO DE INÉRCIA; RAIO DE GIRAÇÃO E MÓDULO DE RESISTÊNCIA...33
MOMENTO DE INÉRCIA (JP) E MÓDULO DE RESISTÊNCIA POLAR (WP).......35
TORÇÃO.............................................................................................................36
CHAVETAS..........................................................................................................38
Dimensionamento............................................................................................39

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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

UNIDADES FUNDAMENTAIS

As unidades fundamentais foram definidas arbitrariamente e constituem-se


em:
L – comprimento
M – massa
T – tempo
L – comprimento
F – força
T – tempo

As unidades derivadas são obtidas em função das fundamentais.

Sistema Unidades Velocidade Aceleração Força


L – [cm]
Sistema v = = cm/s
M–[g] a = = cm/s² dina
CGS
T–[s]
Sistema L–[m]
a = = m/s² newton =
Internaciona M – [ kg ] v = = m/s
N
l (SI) T–[s]
Sistema L–[m]
quilograma
MKS* F – [ kgf força
v = = m/s a = = m/s²
(Sistema ou kp ]
técnico) kgf ou kp
T–[s]

Nota: no sistema MKS* (Sistema técnico), na prática ainda são utilizadas gf


(grama força) e tf (tonelada força)
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TABELAS
Tabela 1
Tabela de equivalência de velocidade
cm/s m /s km/h
1 cm/s 1 0,01 0,036
1 m /s 100 1 3,6
0,03
1 km/h 3,6-1 1
6 -1

Tabela 2
tabela de equivalência de aceleração
NOTA: 1 CV = 735,5 W
cm/s 2
m /s 2

1 cm/s2 1 10-2
1 m /s2 102 1
Tabela 3
Tabela de equivalência de força
dina N kgf
1 dina 1 10-5 0,102  10-5
1N 105 1 0,102
1 kgf 9,81  105 9,81 1
Tabela 4
Tabela de unidades de Resistência dos Materiais
N/m² =
N/mm² MPa GPa Kgf/cm²
Pa
N/mm² 1 106 1 10-3 10,197
N/m² =
10-6 1 10-6 10-9 1,0197  10-5
Pa
MPa 1 106 1 10-3 10,197
GPa 10³ 106 10³ 1 1,0197  104

6
9,81  10- 9,81  10- 9,81  10-
Kgf/cm² 2 9,81  104
2 5 1

Exercícios

Transformar:
10 m/s2  cm/s2
1000 cm/s2  m/s2
1000 dina  N  kgf
10 N  dina  kgf
10 kgf  dina N
1000 cm/s  m/s  km/h
10 m/s  cm/s  km/h
36 km/h  cm/s  m/s

VÍNCULOS ESTRUTURAIS

Nas estruturas planas, podemos classificá-los em 3 tipos.

VÍNCULO SIMPLES OU MÓVEL

VÍNCULO DUPLO OU FIXO

Y
Y
X

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ENGASTAMENTO
Este tipo de vínculo impede a translação em qualquer direção, impedindo
também a rotação do mesmo, através de um contra momento, que bloqueia ação
do momento de solicitação.
Rx – impede o movimento de translação na direção x
Ry – impede o movimento de translação na direção y
M – impede a rotação

ESTRUTURAS
Denomina-se estrutura o conjunto de elementos de construção, compostos com a
finalidade de receber e transmitir esforços.
As estruturas planas são classificadas através de sua estaticidade, em 3 tipos.

ESTRUTURAS HIPOESTÁTICAS
Estes tipos de estruturas são instáveis quanto a estaticidade.
A estrutura hipoestática tem o número de equações da estática superior ao
número de incógnitas.

8
ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
Este tipo de estruturas tem o número de reações a serem determinadas coincide
com o número de equações da estática. Exemplo:

nº de equações = nº de incógnitas

ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS
A estrutura é classificada como hiperestática, quando as equações da estática são
insuficientes para determinar as reações nos apoios.

Exemplos:

EQUILÍBRIO DE FORÇAS
Para que um determinado corpo esteja em equilíbrio, é necessário que sejam
satisfeitas as condições 1 e 2.
Resultante das forças
A resultante do sistema de que atua no corpo deve ser nula.

Resultante dos Momentos


A resultante dos momentos atuantes em relação a um ponto qualquer deve ser
nula.
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Equações fundamentais da estática
Portanto concluímos que, para forças coplanares, Fx = 0, Fy = 0 e Ma = 0.

FORÇA NORMAL F
É definida como força normal atuante àquela que está aplicada perpendicular
(normal) a seção transversal da peça.

Seção transversal

TRAÇÃO E COMPRESSÃO
A ação da força normal atuante, em uma peça, originará nesta tração ou
compressão.

TRAÇÃO NA PEÇA
A peça estará tracionada quanto à força normal aplicada atua no sentido dirigido
para o seu exterior.

COMPRESSÃO NA PEÇA
A peça estará comprimida, quando a força normal aplicada atua no sentido
dirigido para o interior.

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TRAÇÃO E COMPRESSÃO EM RELAÇÃO AO NÓ
PEÇA TRACIONADA
O nó estará sendo "puxado", sempre que a peça estiver sendo tracionada.

PEÇA COMPRIMIDA
O nó estará sendo "empurrado", sempre que a peça estiver sendo comprimida.
Compressão na barra Compressão no nó

MOMENTO DE UMA FORÇA

O momento de uma força é o produto, entre a


intensidade de carga aplicada e a respectiva
distância em relação ao ponto qualquer de
referência.
A direção da força e a distância do ponto estarão
sempre defasados 90°.

M=Pa M=Fb  M = Pa+ Fb

OBS: Para o nosso curso, convencionaremos positivo, o momento que obedecer


ao sentido horário.
Nota: Muitos autores utilizam convenção contrária a esta, porém, para a
seqüência do nosso curso, é importante que o momento positivo seja horário.
Exemplo:
11
Determinar a reação nos apoios da viga A e B, carregada conforme mostra a
figura a seguir.

Exercício:
1) Determinar as reações nos apoios das vigas A e B, carregadas conforme
mostram as figuras a e b e a seguir.

2) Determinar as reações nos apoios, da viga submetida à ação conforme a figura


a seguir.

3) O suporte vertical ABC desliza livremente sobre o eixo AB, porem e mantido
na posição da figura através de um colar preso no eixo. Desprezando o atrito,

12
determinar as reações em A e B, quando estiver sendo aplicado no ponto C do
suporte, uma carga de 30 kN.

4) A figura seguir, representa uma junta rebitada, comporta por rebites de


diâmetros iguais. Determinar as forças atuantes nos rebites.

5) Determinar a intensidade da força F, para que atue no parafuso o torque de 20


N.m.

13
6)Um grifo é utilizado para uma peça como mostra a figura. Determinar a
intensidade da força F exercida pelo grifo no tubo, quando a força de aperto
aplicada for 80 N.

7)O guindaste da figura foi projetado para 4 kN. Determinar a força atuante na
haste do cilindro e a reação na articulação A.

8)A figura dada representa um suporte preso a parede que sustenta um peso de 10
kN, determine as reações em A e B.

14
9)Determinar a força que atua no prego, quando uma carga de 80 N atua na
extremidade A do extrator ("pé de cabra"), no caso representado na figura
dada.

CARGA DISTRIBUÍDA
INTRODUÇÃO

Cargas concentradas são cargas que atuam em um determinado ponto, ou região


com área desprezível. Passaremos a nos preocupar com ação das cargas
distribuídas, ou seja, cargas que atuam ao longo de um trecho.
O peso próprio de uma viga.

Exercícios
15
1)Determinar as reações nos apoios, nas vigas solicita das pela ação das cargas
distribuídas, conforme as figuras dadas.

a)

b)

c)

FORÇA E TENSÃO

Quando uma força ou carga age sobre um corpo, essa produz neste, uma Tensão
"", que consiste em uma carga "F" atuante em uma área "A" da seção
transversal desse corpo. Essa Tensão pode ser de Tração, Compressão,
cisalhamento, Flexão ou Torção.

16
BARRAS AXIALMENTE CARREGADAS:
Considerando-se uma barra prismática (de eixo reto e seção transversal
constante), submetidas a duas forças iguais e opostas, coincidentes opostas,
coincidentes com seu eixo longitudinal, admitimos duas hipóteses: Barra
tracionada e barra comprimida.

BARRA TRACIONADA:
Quando as forças opostas "F" são dirigidas para "fora" da barra.

BARRA COMPRIMIDA:
Quando as forças opostas "F" são dirigidas para
"dentro" da Barra.

TENSÃO NORMAL

Quando a direção do esforço interno resistente é perpendicular à seção


transversal da barra ocorre no material o que denominamos de tensão normal.
A tensão normal tem a mesma unidade de pressão, isto é, força por unidade de
área.
Fórmula da tensão normal: =

Onde :  = Tensão ( kgf / mm2 ; N / mm2 ; kgf / cm2)


F = Carga ou força solicitante (kgf; N).
A = Área da seção transversal da barra (mm2; cm2).

17
Ex - Calcular a tensão normal de compressão que ocorre em uma barra submetida
a uma carga axial de 18.000 kgf, sabendo-se que sua seção transversal possui 12
x 20 mm.

Nota: 12 mm = 1,2 cm e 20 mm = 2 cm
=  =  = 7500 kgf/cm2

Exercícios
1) Calcular a carga "F" de tração a que está submetida uma barra de seção
transversal de 7 mm x 3 mm; visto que a tensão normal existente é de 30
kgf/mm2.

2)Um corpo de prova é tracionado por uma força de 1000 kgf. Sabendo-se que a
tensão normal existente é de 200 kgf/cm2 determine área A sua seção
(conforme abaixo esquematizado):

3)Um corpo de prova é tracionado por uma força de 9.000 N. Sabendo-se que a
tensão normal existente é de 600 N/mm² determine a dimensão "x" de sua
seção (conforme abaixo esquematizado):

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DEFORMAÇÃO LINEAR
Mediante o aumento gradual da carga de tração, observa-se correspondentes
aumentos nos comprimentos dos corpos de provas. Sendo " L" a variação
ocorrida no comprimento do material e "Lo" o comprimento inicial original da
peça, "" será a Deformação linear.

Portando:  = % Então = %

 = Deformação linear (adimensional em %)


L = L – Lo  alongamento (mm, cm, m...).
Lo = comprimento inicial do corpo de prova (mm, cm, m...).
L = comprimento final do corpo de prova (mm, cm, m...).

Ex - Uma barra prismática de comprimento inicial 8 m teve seu comprimento


aumentado para 8,04 m, mediante carregamento axial por uma carga "P";
determinar alongamento e a deformação linear ocorrida.

Como determinar o alongamento.


L = L – Lo  L = 8,04 – 8
L = 0,04 m

Como determinar a deformação linear.


= %   = %
 = 0,5 %

ou

= %   = %
 = 0,5 %

19
ESTRICÇÃO
No ensaio de tração, à medida que aumentamos a intensidade da carga normal
aplicada, observamos que a peça apresenta alongamento na sua direção
longitudinal e uma redução na seção transversal.

Ψ=  100%

Onde:
Ψ = estricção [%]
Ao = área de seção transversal inicial (mm2, cm2, m2,...).
Af = área de seção transversal final (mm2, cm2, m2,...).

Ex - Um corpo de prova de área inicial 30 mm 2 foi aplicado uma carga qualquer


até o rompimento, após o teste a dimensão da área no local do estrangulamento
apresentou 5 mm2. Calcule a estricção.

Ψ=  100%  Ψ =  100%  Ψ  83%

DIAGRAMA: TENSÃO X DEFORMAÇÃO

Representa as deformações lineares ocorridas no material, através do eixo das


abscissas "", correspondentes às tensões, que são gradualmente aumentadas e
representadas no eixo das ordenadas "'".
Diagrama de Tensão x Deformação de um aço 1020

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Ponto O - Início de ensaio carga nula
Ponto A - Limite de proporcionalidade
Ponto B - I/imite superior de escoamento
Ponto C - Limite inferior de escoamento
Ponto D - Final do escoamento início da recuperação do material
Ponto E - Limite máximo de resistência
Ponto F - Limite de ruptura do material
máx = tensão máxima
r = tensão de ruptura
e = tensão de escoamento
p = tensão de proporcionalidade

Módulo de elasticidade do material, à tração ou módulo de Young, é a constante


E, relação entre e a tensão  e a deformação . O módulo de elasticidade do
material caracteriza o grau de rigidez do material, isto é, a sua capacidade de
resistir a deformação.
E=

21
E = Módulo de elasticidade do material, à tração ou módulo de Young (kgf /
mm² ; N / mm² ; kgf / cm²).
Daí a equação:
=  =  L =
Exercícios
1) Considerando se que a barra representada na figura, seja de aço e que deverá
ser submetida á uma força de tração de 2 tf e tem 20 mm de diâmetro e 2 m de
comprimento. Determinar qual será o alongamento que deverá sofrer essa
barra? Adotar E = 2,1  106 kgf/cm².

2)Determinar qual será o alongamento que deverá sofrer uma barra de aço de 30
mm de diâmetro e 4 m de comprimento, submetido á uma carga de 5 tf. Adotar
E = 2,1  106 kgf/cm².

3)Numa barra de aço SAE 1020, de seção transversal retangular, figura abaixo,
pretende-se aplicar uma carga estática de 1500 kgf. A barra deverá ter um
comprimento de 5 m; e, quanto à sua seção transversal, a largura deverá ser o
dobro da espessura. Determinar:
a) As dimensões a x b de sua seção;
b) O alongamento.

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TENSÃO DE RUPTURA.
A Tensão de Ruptura R é obtida por ensaios de tração para os diversos tipos de
material. Seu cálculo se dá dividindo-se a maior carga, que o corpo de prova pode
suportar Fmáx; pela área da seção transversal original do mesmo Ao.
R =

TENSÃO ADMISSÍVEL E FATOR DE SEGURANÇA.


TENSÃO ADMISSÍVEL:
Em resistência dos materiais, onde os elementos de máquinas devem ser
dimensionados para suportarem cargas com segurança, isto é, sem que sofram
deformações permanentes; é necessário considerar, nos cálculos, uma tensão
menor que a tensão de escoamento, e aquém do limite máximo de elasticidade.
A esta tensão, que oferece à peça uma condição de trabalho sem perigo,
chamamos de Tensão Admissível (adm).

FATOR DE SEGURANÇA:
Para determinarmos a tensão admissível, devemos levar em conta as condições
diversas de trabalho a que serão submetidas essas peças. Assim, estabelecendo se
uma tensão admissível compatível com o tipo de carga a suportar.
Conhecendo se de antemão os tipos de cargas a que serão submetidas as peças a
serem calculadas, tais como cargas estáticas, intermitentes, alternadas ou de
choques; e também o tipo de material mais apropriado para a sua aplicação, é
possível definir-se a tensão admissível adequadamente, atribuindo-se ao valor de
sua tensão de ruptura um coeficiente, denominado Fator de Segurança (k).

adm =  k=

O Fator de segurança é a relação entre a tensão de ruptura e tensão admissível do


material.

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Em princípio o fator de segurança é determinado levando-se em conta diversos
outros fatores parciais, tais como:
 Fator em relação às tensões de Ruptura e escoamento do material;
 Fator em função do tipo de carga a ser aplicada;
 Fator em função da homogeneidade d material;
 Fator em função de causas desconhecidas;

Assim o Fator de segurança, a rigor, é um fator total que representa produto de


diversos fatores parciais;
k = k1  k2  k3  k4  ...

Portanto, para nossos cálculos de resistência dos materiais, adotaremos valores de


fatores de segurança já consagrados através da prática, baseados na qualidade do
material e no tipo de solicitação ou carga aplicada à peça. Esses valores já
englobam todos os demais fatores acima citados.

TIPOS DE CARGAS
Carga Estática: Quando uma peça está sujeita á uma carga constante, invariável
no decorrer d tempo:

Graficamente

Carga Intermitente: Quando uma peça está sujeita á uma carga pulsante, isto é,
variável de zero a um valor máximo permitido, carga cíclica:

Graficamente

Carga Alternada: Quando uma peça está sujeita á uma carga variável nos
sentidos, por exemplo, a biela de um pistão de dupla ação:

24
Graficamente

Carga Brusca: Quando uma peça está sujeita a variação brusca de (sujeita a
choques), por exemplo, componentes de prensas em geral.

Graficamente

A seguir alguns valores estipulados para Fatores de Segurança, baseados no tipo


de material e no tipo de solicitação ou carga atuante sobre a peça:

Tabela de Fatores de Segurança

Fatores de Segurança (k)


Tipo de Carga
Material Intermiten
Estática Alternada Brusca
te
Ferro fundido 6 10 15 20
Aço mole 5 6 8 12
Aço duro 4 6 8 12
Madeira 8 10 15 20
Tabela das características elásticas dos materiais

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Modulo de
Modulo de elasticidade
Material Material elasticidade
E kgf/cm²
E kgf/cm²
Aço 2,1  106 Latão 1,19  106
Alumínio 0,70  106 Ligas de Al 0,74  106
Bronze 1,12  106 Ligas de chumbo 0,17  106
Cobre 1,12  106 Ligas de estanho 0,42  106
Chumbo 0,17  106 Ligas de magnésio 0,46  106
Estanho 0,42  106 Ligas de titânio 1,16  106
Fofo 1,02  106 Magnésio 0,44  106
Fofo 1,40  106 Monel (liga de Al) 1,83  106
Nodular
Ferro 2,1  106 Zinco 0,10  106

Tabela de tensões médias e alongamento aproximado dos materiais:

Tensão de Ruptura (kgf/cm²)


Tensão
de
escoame
Compress Cisalham
Material Tração nto OBS
ão ento
R Tração
R-C R-S (kgf/cm²
)
Aço estrut. 4000 4000 3000 2000
SAE 1010 3500 3500 2600 1300
SAE 1015 3850 3850 2900 1750 Aços
carbonos
SAE 1020 4200 4200 3200 1930 recozidos
SAE 1030 5000 5000 3750 2300 ou
normalizado
SAE 1040 5800 5800 4350 2620 s
SAE 1050 6500 6500 4900 3600
SAE 1070 7000 7000 5250 4200
SAE 2330 7400 7400 5500 6300
26
Aço Ni;
recozido ou
SAE 2440 7000 7000 5250 4850
normalizado
s
SAE 3130 6300 6300 4750 5300 Aço Ni-Cr
SAE 3140 6800 6800 5100 5900 recozido
SAE 3150 7500 7500 5600 6500 normalizado
SAE 4130 6900 6900 5200 5750 Aço Cr-Mo;
SAE 4140 7600 7600 5700 6500 recozido
normalizado
SAE 4150 8150 8150 6100 6900 .
SAE 4320 8400 8400 6300 6500 Aço Ni-Cr-
Mo
SAE 4340 8600 8600 6500 7400 recozido
normalizado
SAE 4620 6200 6200 4650 5100 Aço Ni-Mo
SAE 4640 8200 8200 6150 6700 recozido
SAE 4820 8900 8900 5200 4700 normalizado

SAE 5120 6100 6100 4600 4900 Aço Ni-Mo


SAE 5140 7400 7400 5500 6200 recozido
SAE 5150 8150 8150 6100 7000 normalizado

Aço Cr-V
SAE 6120 6500 6500 4850 6400 recozido
normalizado
SAE 8620 6200 6200 4650 5600 Aço Cr-Ni-
Mo
SAE 8640 7500 7500 5600 6300 recozido
normalizado

Nota: para tensão de ruptura ao cisalhamento toma-se: R -S = (0,6 a 0,8)  R

Exercícios
27
1) Dimensionar a corrente da construção representada na figura. O material
utilizado pe SAE 1020, R = 4200 kgf/cm², coeficiente de segurança
indicado para o caso k = 5.

2)Dimensionar a barra  da construção representada na figura, sabendo-se que a


seção transversal da barra é quadrada, e o material a ser utilizado é o SAE
1030 com R = 5000 kgf/cm², carga estática.

3)Determinar o diâmetro mínimo da barra  sob a ação de uma carga distribuída


conforme construção apresentada na figura. O material a ser utilizado é o SAE
1020.

28
4)Dimensionar a barra  sob a ação de uma carga intermitente P = 6 tf, conforme
construção representada na figura. Sabendo que a seção transversal da barra é
quadrada, e o material a ser utilizado é o SAE 1070 pede-se:
a) carga axial na barra;
b) tensão normal na barra ;
c) o alongamento;
d) a deformação longitudinal;

FORÇA CORTANTE Q

A força cortante é a carga que atua tangencialmente sobre a área de secção


transversal de uma peça.
É definida como a relação entre a intensidade da carga aplicada e a área da
secção transversal da peça sujeita a cisalhamento.

Para o caso de mais de um elemento estar submetido a cisalhamento, utiliza-se a


somatória das áreas das secções transversais para o dimensionamento.
Tem-se então:
=

Onde:
– tensão de cisalhamento (kgf / mm² ; N / mm² ; kgf / cm² ...).
Q – carga cortante (kgf; N).
Acis – área da secção transversal da peça (mm²; cm²).
n – número de elementos submetidos a cisalhamento

29
Nota: em geral, a tensão admissível de cisalhamento é recomendável em torno de
0,6 a 0,8 tensão admissível normal.

adm = 0,6 a 0,8 adm ou = 0,6 a 0,8 portanto

Se as áreas das secções transversais forem desiguais, o esforço atuante em cada


elemento, será proporcional a sua área de secção transversal.

PRESSÃO DE CONTATO D
No dimensionamento das juntas rebitadas, parafusadas, pinos, chavetas, etc.,
torna-se necessária à verificação da pressão de contato entre o elemento e a
parede do furo na chapa (nas juntas).

PRESSÃO DE CONTATO (ESMAGAMENTO)

d =

Quando houver mais de um elemento (parafuso ou rebite) utiliza-se:

d = =

30
onde:
d – pressão de contato (kgf/mm²; N/mm²; kgf/cm² ...).
Q – carga cortante aplicada na junta (kgf; N).
n – número de elementos (adimensional)
d – diâmetro dos elementos (mm; cm).
e – espessura da chapa (mm; cm; polegada...)

DISTRIBUIÇÃO ABNT-NB -14


As distâncias mínimas estabelecidas pela norma e que deverão ser observadas no
projeto, de juntas rebitadas são:

a) Na região intermediária, a distância mínima entre centros dos rebites deverá


ser três vezes o diâmetro do rebite.
b) Da lateral da chapa até o centro do
primeiro furo, a distância deverá ter
duas vezes o diâmetro do rebite na
direção da carga.
c) Da lateral da chapa até o centro do
primeiro furo, no sentido transversal da
carga, a distância deverá ter 1,5 (uma
vez e meia) o diâmetro do rebite.
Para o caso de bordas laminadas,
permite-se reduzir as distâncias.
d + 6 mm para rebites com d < 26 mm
d + 10 mm para rebites com d > 26 mm
Exercícios
1)Determinar a tensão de cisalhamento que atua no plano À da figura.

O conjunto representado na figura é formado por:

31
 parafuso sextavado M 10
 garfo com haste de espessura 8 mm
 arruela de pressão
 chapa de aço ABNT 1020 espessura 7 mm
 porca M 10
Supor que não haja rosca no parafuso, nas regiões de cisalhamento e
esmagamento. A carga Q que atuará no conjunto é de 10 kN. Determinar:
a) a tensão de cisalhamento atuante;
b) à pressão de contato na chapa intermediária;
c) a pressão de contato nas hastes do garfo.

2)Dimensionar os parafusos para se construir a junta excêntrica representada na


figura = 105 MPa, (pressão média de contato) ̅d = 225 MPa espessura das
chapas 16 mm.

3)Projetar a junta rebitada para que suporte uma carga de 125 kN aplicada
conforme a figura. A junta deverá contar com 4 rebites. O diâmetro dos rebites
e as distâncias mínimas entre eles.
= 105  106 N/m²; d̅ = 225  106 m/ m²; ech = 8 mm (espessura das chapas)

32
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS

MOMENTO DE INÉRCIA; RAIO DE GIRAÇÃO E


MÓDULO DE RESISTÊNCIA.
Momento de Módulo de
Secção Raio de Giração (i)
Inércia (J) Resistência (W)

Jx = ix = Wx =

Jy = iy = Wy =

Jx =Jy = ix = iy = Wx = Wy =

Jx = Jy = ix = iy = Wx = W y =

Wx = W y =
Jx = Jy = ix = iy =

Jx =Jy = ix = iy = Wx = Wy =

Jx = ix = Wx =

Jy = iy = Wy =

33
Wx = Wy =
Jx = Jy = 4 ix = iy =

Jx = 0,1098r4 ix = 0,264r Wx = 0,19r³


Jy = 0,3927r4 iy = 0,5r Wy = 0,3827r³

Jx = Jy = 0,0549r4 ix = iy = 0,264r Wx = Wy = 0,0953r

Exercícios:
1)Determinar os momentos de inércia, os raios de giração e os módulos de
resistência, relativos aos eixos baricêntricos x e y nos perfis representados
abaixo.

34
MOMENTO DE INÉRCIA (JP) E MÓDULO DE
RESISTÊNCIA POLAR (WP)

Momento de Inércia Polar Módulo de Resistência


(Jp) Polar (Wp)
Secção
Jp = Jx + Jy Wp = *

Jp = Wp  0,23 a³

Jp = Wp =

Jp = Wp =

Jp = Wp =

Jp  0,12
Wp = 0,2 b³
Jp =

35
* Nota: o raio máximo é o comprimento entre o pólo e o ponto mais distante da
periferia da secção transversal. Ver figura.

Exercícios:
1)Determinar os momentos de inércia e módulos de resistência polar, nas secções
representadas abaixo.

TORÇÃO

36
Para dimensionar torção de eixos utiliza-se tensão admissível de cisalhamento:

=  =

Onde:
– tensão admissível de cisalhamento (N /m², kgf/cm²).
R-S – tensão de cisalhamento (N /m², kgf/cm²,...).
k – fator de segurança (dependa da carga)
Mt – momento torçor (N  m, kgf  cm,...).
Wp – módulo de resistência polar (m³, cm³,...).

Exercícios
1) Um eixo de diâmetro 1,4 m é aplicado uma força tangencial de 150 N, calcule
o torque no eixo.

2)Um eixo girando com uma rotação de 105 rpm transmitindo uma potência de
80 kW, determinar o torque atuante.

3)Um eixo girando transmite uma potência de 20 kW a uma freqüência de 30 Hz,


determinar o torque atuante.

4)Um eixo de material SAE 1070 transmite uma potência de 80 kW a uma


freqüência de 40 Hz. Sabendo que a transmissão é intermitente, dimensione o
diâmetro do eixo.

37
5)Um eixo de material SAE 1050 transmite uma potência de 60 kW a uma
rotação de 100 rpm. Sabendo que a transmissão é brusca, dimensione o
diâmetro do eixo.

6)Dimensionar um eixo vazado com relação entre diâmetros de 0,8; o material


SAE 2330 transmite uma potência de 60 kW a uma freqüência de 30 Hz.
Sabendo que a transmissão é alternada, dimensione o eixo.

7)Dimensionar um eixo vazado com relação entre diâmetros de 0,5; material SAE
4640; transmite uma potência de 100 kW a uma rotação de 120 rpm. Sabendo
que a transmissão é brusca, dimensione o eixo.

8)Dimensionar um eixo vazado com relação entre diâmetros de 2,5; material SAE
8620; transmite uma potência de 100 kW a uma freqüência de 20 Hz. Sabendo
que a transmissão é brusca, dimensione o eixo.

CHAVETAS
Chaveta plana DIN 6885
Chaveta Inclinada DIN 6886
Chaveta Meia Lua DIN 6888
Chaveta Tangencial DIN 271
Chaveta inclinada com cabeça DIN 6887

DIMENSIONAMENTO

38
A carga tangencial atuante, tende a provocar cisalhamento na superfície b x da
chaveta

=  =

d = =

Exercício:
O eixo de uma máquina unido a uma polia através de chaveta, transmite uma
potencia de 80 CV girando com uma freqüência de 4 hz. O diâmetro do eixo pe
200 mm. Determinar o comprimento mínimo da chaveta (DIN 6885).

39
= 60 MPa e d̅ = 100 MPa

Anotações

40
Anotações

41
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