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Aparelho Cardiovascular

É constituído por dois tipos de estruturas


 Coração
 Vasos

Coração – função de bomba


Artérias – levam o sangue do coração aos restantes órgãos do organismo
Veias – trazem o sangue
Capilares

- Endotélio
 Túnica Intima - Fibras elásticas
- Tecido muscular liso

- Músculo liso
Artérias  Túnica Média
- Fibras elásticas
(3 camadas)
- Tecido conjuntivo
 Túnica Adventícia
- Fibras elásticas e colagéneos
- Vasos vasarum

Arteríolas (2 camadas bem definidas (interna e externa) e a túnica média quase não existe)

- Endotélio
Continua
Capilares
- Membrana basal
Fenestrada

Pretende-se que no regresso do sangue, a resistência seja mínima. Por isso, as camadas
musculares das veias são menores que nas artérias e as veias são providas de válvulas.

- Interna ou axial
2 Faces
- Externa ou parietal
Válvulas
- Aderente
2 Bordos
- Livre

As válvulas existem em duas zonas


 Parietais (existem ao longo das veias)

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 Ostiais (junto de outras veias)
Coração
Tem a forma de pirâmide de base superior. Situado entre os dois pulmões (mediastino), o
diafragma, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª vertebras dorsais, costelas e cartilagens costais.
O eixo cardíaco faz um ângulo de 40º com o plano horizontal.

Miocárdio – massa contráctil (massa muscular constituída por tecido muscular cardíaco)

Endocárdio – membrana interior


Fibroso (externo)
Pericárdio
Folheto parietal
Seroso
Folheto visceral

Área cardíaca
a) Bordo superior da 3ª cartilagem costal direita (a 1cm do bordo do esterno)
b) 5ª Articulação condro costal direita
c) Bordo superior da 5ªcartilagem costal esquerda (a 8cm para fora da linha média do
esterno)
d) 2º Espaço intercostal esquerdo (a 2cm do bordo do esterno).

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Aurícula dirt. – Tricúspide – tem 3 valvas (5ºespaço intercostal direito)
Aurícula esq. – Mitral ou bicúspide – tem 2 valvas (3ºespaço intercostal
4 Cavidades
esquerdo)
e 4 Válvulas
Pulmonar – 3 valvas (3ªcartilagem costal direita)
Aórtica – 3 valvas (3ªcartilagem costal esquerda)

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Aderente
Válvulas Valvas c/ 2 bordos
Livre
Auriculo-
ventriculares Axial ou auricular
Valvas c/ 2 faces
Parietal ou ventricular

Válvulas sigmoides
 Pulmonar (2 valvas posteriores e uma anterior)
 Aórtica (2 anteriores + 1 posterior) ambas c/ 2 bordos e 2 faces

Quando se faz auscultação do coração deve percorrer-se as 4 válvulas para perceber onde
está o problema.

Irrigação cardíaca
 Artéria Coronária esquerda (provem da aorta)

 Artéria Coronária direita (provem da aorta)

 Veias superficiais (acompanham as artérias coronárias)


Veias Thebesius
 Veias profundas
Veias de pericárdio

Aparelho Cardionector ou Autónomo do Coração – é o local onde se vão gerar os


impulsos que fazem funcionar o coração

Nódulos Feixes Rede Purkinje

Keith e Flack ou Simo-auricular


Fibras internodais

Nódulos Aschoff-Tavara Porção posterior ou auricular


(septo interauricolar)
Porção anterior ou ventricular

Feixe de His :
 Ramo direito
 Ramo esquerdo (anterior ou posterior)

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Fisiologia do músculo cardíaco
Os músculos cardíacos dispõem-se em forma de uma rede formando um sensício funcional
 Sensício auricular
Feixe aurículo ventricular
 Sensício ventricular

Lei do tudo ou nada (ou consegue gerar contração ou não consegue)

˂ Velocidade de condução aos discos intercalares

- Período refratário funcional

- Período refratário relativo

Intensidade do P. ação / intensidade de contração

Contração do
músculo cardíaco Frequência cardíaca - duração da contração

Contrações prematuras - força de contração

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Pequena circulação (pulmonar) - Função de oxigenação do sangue
O sangue vai libertar o Co2 e retirar o O2 necessário para o metabolismo celular.

ESQ (Hilo) – Cap. Pulmonar artérias/


venosas – veia pulmonar esquerda
Coração Veia
Artéria pulmonar (Hilo)
(ventrículo dit.) pulmonar
DTA (Hilo) – Cap. Pulmonar artérias/
venosas – veia pulmonar direita (Hilo)

Coração (aurícula esquerda)

Todas as estruturas que dão entrada / saída a vasos estão concentrados no hilo do órgão
(ex. pulmões ou rins)

O sangue sai pelas artérias pulmonares, não oxigenado, até aos alvéolos e regressa do
coração pelas veias.

Grande circulação (sistémica) - Função de nutrição


O sangue transporta o O2 e nutrientes às células.

Coronárias S.C. Dta


Ascendente T. Braquiocefálico Carótidas dta
Arco aórtico Carótidas esq.
Coração Aorta
Descendente S.C. esq.

Porção Porção torácica Ilíacas comuns


abdominal (brônquios, ou primitivas Ilíaca interna
(mesentéricas, esófago, (vísceras)
renais) pericárdio,
Ilíaca externa
intercostais)

Art.
Art. Femural
Coração Femural
profunda
(aurícula
Direita)
V.C. Sup. Popliteia

Tibiais
V.C. Inf.

Pediosa

Nota: linha verde – regresso ao coração


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Nível do coração para cima – regressa pela veia cava superior
Nível do coração para baixo – regressa pela veia cava inferior

 A aorta é o vaso de maior calibre no nosso corpo e tem cerca de 5 cm de diâmetro.

Quanto maior for ramificações das artérias coronárias, maior a possibilidade de sobreviver a
uma lesão cardíaca, porque há mais circuitos alternativos.

FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO PULMONAR


 O volume de sangue é 7x ˂ ao da circulação sistémica
 Vasos + longos e + finos (artérias) e veias avalvulares (não tem válvulas)
 O pulmão funciona como depósito do sangue e contem 12% do sangue total.
 Os vasos pulmonares dilatam-se ao a pressão e colapsam-se ao a pressão.

 A respiração é fundamental para a circulação pulmonar. Quanto mais o coração bombeia


o sangue, mais O2 necessita. Alguém com uma lesão pulmonar (ex. um fumador) não
tem elasticidade no pulmão, ele não dilata o que devia dilatar e a circulação fica
comprometida.

 Distância da irrigação pulmonar – a porção superior tem ˂ pressão hidrostática e por


isso menos irrigação. O exercício aumenta a pressão, logo aumenta a irrigação.

 Auto regulação do fluxo sanguíneo – a diminuição da Po2 nos alvéolos leva à


vasoconstrição e ˃ resistência vascular (redistribuição).

FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO SISTÉMICA


 A maioria do sangue está nas veias

P. sistólica
≠ P. Diferencial ou de Pulso
P. diastólica

Fatores que afetam a pressão diferencial modificando o gasto sistólico


 ˃ Frequência cardíaca
 ˂ Resistência periférica
 Brusco esvaziamento ventricular

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Fatores que afetam a pressão diferencial modificando a capacitância
 Diferença na pressão arterial média
 Mudanças na distensibilidade das paredes arteriais

 Transmissão da onda de pulso


 Amortização da pressão de pulso

 Pulso radial
 Débil
 Alternante
 Paradoxal
 Deficit de pulso

 Difusão
 Pinocitose

Equilíbrio sangue / líquido intersticial


˃ P. capilar
˃ P. líquido intersticial
˃ P. osmótica do plasma
˃ P. osmótica do líquido intersticial

Ciclo cardíaco
É o período que vai de uma contração cardíaca até ao final da contração seguinte.

Frequência cardíaca – nº de ciclos cardíacos que ocorre em cada minuto.

Tem período de repouso – diástole


Tem período de contração – sístole

Eletrocardiograma (ECG)
Gráfico de registo elétrico dos impulsos que são gerados num determinado local e que vão
até à célula elétrica para fazer funcionar. Em função das ondas registadas é possível
identificar a sístole e a diástole e possíveis anomalias.

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O ECG normal consiste em:
 Onda P
 Complexo QRS
 Onda T

Onda P – resultado de potenciais de ação que causam a despolarização do miocárdio


auricular, assinala o início da contração auricular.

Complexo QRS – é composto por três ondas: onda Q, onda R e onda S


O complexo QRS é originado pela despolarização ventricular e assinala o início da
contração ventricular.

Onda T – representa a repolarização dos ventrículos e precede o relaxamento ventricular.

O tempo entre o início da onda P e o início do complexo QRS é o intervalo PQ,


frequentemente chamado intervalo PR porque a onda Q é geralmente muito pequena.
Durante o intervalo PR, a aurícula contrai e começa a relaxar. Os ventrículos começam a
despolarizar no fim do intervalo PR. O intervalo QT estende-se desde o início do complexo
QRS até ao final da onda T, representa a duração aproximada do tempo necessário para os
ventrículos contraírem e começarem a relaxar.

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Diástole ventricular
 Período de enchimento rápido
 Diástase
 Contração auricular

Sístole ventricular
 Contração isométrica
 Período de esvaziamento rápido
 Protodiástole
 Relaxamento isométrico

Regulação da função cardíaca


Em repouso o coração bombeia +/- 4 l/m e em esforço pode ir até 5x mais. O coração
adapta-se por:
1. Autorregulação intrínseca do volume de sangue que penetra no coração lei de
Frank-Starling.
2. Controle de reflexo do coração pelo S. N. Vegetativo mudando a frequência cardíaca
e a força de contração.

Efeitos do exercício
 Hipertrofia do músculo cardíaco
 ˃ do volume ventricular
 Estimulação do simpático
 Inibição do parassimpático
 Diminuição da pressão contra a qual o coração trabalha

Efeitos dos iões


 K – em excesso, diminui o potencial da membrana o que  ˂ o potencial de ação  ˂ a
força de contração.
 Ca – em excesso provoca a contração espástica. A sua falta diminui a contração.
 Na – compete com o cálcio, pelo que o seu excesso diminui a contração muscular
cardíaca.

Aumento do retorno venoso (devido à vasodilatação)


Calor Aumenta o gasto cardíaco

Efeitos da Aumenta a frequência cardíaca

temperatura Diminui o retorno venoso (devido à vasoconstrição)

Frio Aumenta a frequência cardíaca


Aumenta a resistência periférica (devido à vasoconstrição)

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Sistema Linfático
Tem origem nos espaços intercelulares, formando um sistema vascular próprio, servindo de
acessório para a drenagem de líquido de espaços intersticiais, para a circulação sanguínea.
Está relacionado com a imunidade.

Formado por:
 Capilares linfáticos (valvulados)
 Vasos linfáticos (parede c/3 camadas)
 2 Grandes troncos (canal torácico e canal linfático)
 Gânglios linfáticos

Linfa – composição semelhante à do sangue, mas com ˂ concentração proteica. Rica em


linfócitos.

Funções:
 Conservação das proteínas plasmáticas
 Absorção de lípidos (quilo no intestino)
 Defesa do organismo (fagocitose e resposta imune)

Gânglios linfáticos
Preenchidos no seu interior por linfócitos e macrófagos, funcionam como filtro para os
agentes agressores.
Fazem parte do sistema reticulo endotelial.

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BAÇO
Localizado no abdómen, na região superior esquerda. Tem estrutura trabeculare.

Funções:
 Destruição de eritrócitos
 Funções imunológicas
 Armazém de sangue
 Filtração de sangue

AMIGDALAS
 Palatinas
 Faríngeas
 Lingual

TIMO

IMUNIDADE

Sistema de células B (anticorpos)

Circulam Sistema de células T (células especificas)


ao nível
do
Sangue
Linfa
Tecido linfoide

M
G
Imunoglobinas A
(IG) D
E

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Sistema Respiratório

Funções das vias respiratórias

Aquecimento do ar

Nariz e
Humidificação do ar
Fossas Nasais
Filtração do ar

Faringe
 Passagem (Comum ao sistema respiratório e ao sistema digestivo)

Laringe:
 Sensível a estímulos mecânicos (tosse)
 Passagem (Exclusiva do sistema respiratório)

Inspiração  Fecho da glote  Contração músculos


Reflexo da tosse
Traqueia abdominais  Abertura da glote

Brônquios Bronquíolos e alvéolos Estímulos químicos corrosivos

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Os anéis da traqueia são anéis incompletos na parte posterior. São constituídos por tecido
conjuntivo nessa zona, para que sejam um puco elásticos e para que quando o bolo
alimentar passar no esófago e aumentar de volume, se possa expandir também para um
pouco da traqueia.

Pulmões Diafragma (inspiração)


movem-se Elevação e depressão das costelas

O brônquio do lado direito divide-se em três bronquíolos; um para o lobo superior, outro para
o médio e outro para o inferior.
O brônquio esquerdo tem um trajeto mais horizontal, devido à localização do coração.

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Intrapleural – pressão negativa
Pressões
respiratórias Inter alveolar – tendência ao colapso

Importância do surfactante

Trabalho Respiratório c/ Resistência das vias respiratórias

Resistência tissular não elástica

V. Ventilação pulmonar – 500ml


V. Reserva inspiratória – 3000ml
V. Reserva expiratória – 1100ml
V. Residual – 1200ml
Volumes e capacidades pulmonares
Capacidade inspiratório – V.V.P + V.R.I=3500ml
C. Funcional Residual – V.R.E + V.R.=2300ml
C. Vital – V.R.I + V.V.P. + V.R.E=4600ml
C. Pulmonar total – soma total dos volumes = 5800ml

˃ Capacidade vital  ˃ A capacidade do individuo exercer a sua função respiratória

Volume respiratório minuto = V.V.P. x frequência respiratória (fr)

Espirómetro – Aparelho que mede a inspiração e expiração

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Posição do individuo
Capacidade vital depende Força dos músculos respiratórios
Distensibilidade pulmonar e da caixa toráxica

Espirometria
Espaço morto  150 ml

Espaço morto anatómico ≠ espaço morto fisiológico

Solubilidade do gás no líquido


Área de contacto com o líquido
Difusão alveolar depende Distância a que se difunde
Peso molecular do gás
Viscosidade e temperatura do líquido

Bronquíolo
Canais alveolares
Unidade respiratória
Sacos alveolares
Membrana pulmonar ou alveolar

Características
 Camada monomolecular de superfície tendinosa
 Camada liquida que cobre o alvéolo
 Epitélio alveolar
 Espaço intersticial entre o alvéolo e o capilar
(alvéolo/capilar)
 Membrana basal capilar
 Endotélio

N2 – 78.6% N2 – 74.9%
O2 – 20.8% O2 – 13.6%
Ar atmosférico Ar alveolar
Co2 – 0.05% Co2 – 5.3%
H2o – 0.5% H2o – 6.2%

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 Substituição parcial
 Absorção constante do O2 Variam com a intensidade de
 Difusão constante do Co2 absorção / excreção e com ventilação
 Humidificação do ar

Transporte de gases pelo sangue (depende da difusão e da circulação do sangue)

3% H2o
O2
47% Hemoglobina

Co2 livre 7%
Co2 Hgb Co2 30%
Hco-3 63%

Efeito de Haldane / efeito de Bohr

Regulação da respiração
 Centro respiratório Bulbar (bolbo raquidiano)
 Quimiorrecetores periféricos (carotídeos e aórticos)

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Sistema Digestivo

Esófago – canal com + 25 cm que liga a faringe no estômago, vai do plano de 7ª


vértebra cervical ao candia (1ª dorsal).

Porção cervical, toráxica, da diafragmática e abdominal

Muscular – fibras longitudinais e circulares

Túnicas Celular – continuação da aponevrose faringe


Mucosa – pregos longitudinais

Quadrantes

Hipocôndrio Epigastro Hipocôndrio

Flanco Z. Umbilical Flanco

Fossa ilíaca Mipogastro Fossa ilíaca

Estômago – ocupa grande parte do epigastro e quase todo o hipocôndrio esquerdo.


Relaciona-se com o fígado, diafragma, cólon, duodeno, pâncreas, baço e vasos do tronco
celíaco. Têm duas faces e dois bordos.

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Fundo ou grande tuberosidade
Porções Corpo
Porção pilórica (antro e canal pilórico)

Serosa - peritoneu (epiploons) c/ 2 folhetos

Musculos c/ 3 planos Fibras longitudinais


Túnicas
Túnicas Fibras circulares
Fibras oblíquas
Sub-mucosa

Mucosa – c/ glândulas

Intestino delgado
Tem uma parte fixa (duodeno) e uma parte móvel, canal musculo membranoso, achatado
quando vazio.

Duodeno – anel envolvendo a cabeça


do pâncreas fixado pelo peritoneu,
canal hepático-colédoco, com os
excretores do pâncreas e musculo de
trity.

Jejuno-ileon – fixado à parede


posterior do abdómen pelo mesentério.
O bordo anterior é livre, 0 a 8 m de
comprimento.

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Serosa – c/ 2 folhetos
Fibras longitudinais
Muscular
Fibras circulares
Túnicas Sub-mucosa

Mucosa – válvulas coniventes, vilosidades placas de Payer,


abertura das glândulas de Brummer e Liesberkuhm.

Intestino grosso – porção terminal do tubo digestivo, termina no ânus cego, cólon
ascendente; cólon transverso; cólon descendente sigmoide; reto e ânus.

Fibras musculares externas em 3 grupos e pregas.

Serosa
Fibras longitudinais
Muscular
Fibras circulares
Túnicas
Sub-mucosa

Mucosa – folículos lifóides

ANEXOS DO TUBO DIGESTIVO

Parotidos
Glândulas salivares Pitalina
Submaxilares
(boca) saliva
Sublinguais

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Pâncreas Endócrino
(duodeno) Enzimas
Exócrino
Bicarbonato
Água

Fígado e vesículas Sais biliares


Biliares (duodeno)

(Os dentes também são considerados anexos do tubo digestivo)

Digestão
Fases:
 Cefálica
Mecânica  Gástrica
 Intestinal
 Inibição
Enzimática

Peristálise
Mastigação
Boca Estômago Pepsina
Ptialina Lipase gastrica
z

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Enzimas pancreáticas
Intestino
Enzimas intestinais

 Absorção
 Excreção

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Aparelho urinário

Rim – função de elaboração de urina


Ureteres
Aparelho urinário
Bexiga Canais excretores
Uretra

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Rim Fígado
Ângulo colico direito
R. Direito
2ª porção duodeno

Relação
Baço
face anterior
R. Esquerdo Estômago
Cólon transverso
Pâncreas

Diafragma
Relação
Face posterior Quadrados dos lombos

Cápsula fibrosa do rim

Seio renal
2 medular
Anatomicamente
Parenquima renal
2 cortical
Comp. de Malpighi – C. Bowmam e Glomerulo
T. Próximal
Nefronio Ansa Henle
T. Distal
T. Bellini

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 Cálices

 Bacinete
Túnica conjuntiva
 Ureteres Túnica muscular
Túnica mucosa

Bexiga
 Orifício uretral Trigono vesical
 Orifícios ureterais (valvulados)

T. serosa
Anatomicamente T. muscular
T. mucosa
Uretra
Diferente entre homem/mulher

T. mucosa
T. vascular
T. muscular

Formação de urina
 Mecanismo de contra corrente
 Hormona anti-diurética Concentração de urina

Diluição de urina
Transporte dos ureteres
Parassimpático
 Músculo liso
Simpático
 Válvulas
 Cólica renal
 Reflexo uretero -renal

Micção
1) Pressão com enchimento – distensão
2) Reflexo de micção
3) Pressão intra vesical – até ser ˃ à pressão esfingter

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Sistema Nervoso

Neurónio
É a célula nervosa, constituída por 3 porções:
 Corpo celular
 Axóneo
 Dendrites

Neurónios podem ser:

Unipolares (axóneo)
Quanto ao nº de processo Bipolares (axóneo e dendrites)
Multipolares (axóneo e
dendrites)

Sensitivas (ou aferentes)


Quanto à função Motores (ou eferentes)
Internuncionais (levam impulso, de um neurónico para
outro

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Potencial de Ação

+ - - +
+ - - +
+ - - +
+ - - +
+ - - +

Excitação Repouso
(Despolarização) (Repolarização)

Excitação – vesículas sinápticas e mitocôndrias (facilitam


a passagem de Na+ para dentro da membrana).

Funções da sinapse
Pré-sináptico
Inibição
Sináptico

Potencial de membrana - ≠ entre catiões (Na) e aniões


Potencial de acção – sequência repetitiva dos fenómenos/despolarização

BOMBA DE SÓDIO

Entra Sai
Na+ + H2o Na / lipoproteina Na+

Impulso nervoso – elétrico, químico, mecânico


Direção de propagação – todas
Propagação do P. acção Lei do tudo ou nada
Propagação de repolarização
ATP-ase
Período refratário
Tetania - Ca+

Sistema nervoso central (SNC)

Cérebro
Encéfalo Cerebelo Pedúnculos cerebrais
Tronco cerebral Protuberância anular
Bolbo raquidiano

SNC Medula espinal

Cavidades encéfalo medulares

Meninges

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Cerebelo
Ocupa as fossas cerebolosas do occipital, situando-se por debaixo de cérebro e atrás do
tronco cerebral (bulbo raquidiano).
É formado por uma porção mediana estreita (vérnis) e por duas porções laterais
(hemisférios cerebolosos).
É responsável pelo equilíbrio e pela coordenação de movimentos voluntários. Regula o
muscular necessário a manter o indivíduo de pé.

Tem a forma de um coração (de carta de jogo) com a chanfradura olhando para trás
podemos considerar:
Face superior – contacta com o cérebro (pela fenda do cerebelo)
Face inferior – contacta com o occipital
Face anterior – porção central (em relação com o 4ºventriculo) porção periférica (em
relação com os pedúnculos cerebelosos)

Bordo circunferencial
Apresenta sulcos profundos que formam os lobos cerebolosos e sulcos superficiais que
formam as lâminas cerebelosas.

Superficiais
Pedúnculos cerebelosos Médios
Inferiores

Tronco cerebral
Situado entre o cérebro e a medula espinal, adiante do cerebelo, é formado por 3 porções. É
aqui que se encontram os núcleos quase todos os nervos cranianos. É um lugar importante
de passagem entre o cérebro e a medula espinal.

Bulbo Raquidiano
É a porção mais inferior, tendo forma de um tronco de cone de base maior, superior.
Ocupa a cavidade craniana (occipital) e a parte superior do canal Raquidiano. Tem 4 faces,
uma base e um vértice que se continua pela espinal medula (colo do bulbo).

Protuberância Anular
É a porção mediana, tem forma coboide, com 6 faces e está separada do cerebelo pelo 4º
ventrículo.

Pedúnculos cerebrais
São dois feixes, um direito e outro esquerdo que ligam a protuberância anular ao cérebro.

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Espinal medula
É a porção do SNC que ocupa o Canal Raquidiano. Tem a forma de um cordão percorrido
por sulcos, longitudinais. É a achatada de diante para trás com duas dilatações fusiformes (a
nível cervical e lombar).
Divide-se em várias porções:
Superior: desde o bulbo até C3, dando origem aos primeiros pares de nervos
cervicais.
Dilatação cervical: vai de C3 até D2, originando os nervos raquidianos que formam o
plexo branquial.
Dorsal: vai de D2 a D10, originando os nervos intercostais.

Dilatação Lombar
De D10 a L2, origina os primeiros pares lombares

Cone Terminal
Porção final e afilada da medula, originando o ultimo par lombar, as 5 sagradas e coccígeas.

Cauda Equina

Extra sural
Esporos Perimedulares Sub-dural
Sub-oracnoideu (onde circula o LCR)

A medula espinal tem 4 faces:


Anterior – sulco mediano anterior com a emergência das raízes dos nervos raquidianos de
cada lado.
Posterior – sulco mediano posterior com a emergência das raízes posteriores dos nervos
raquidianos.

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Base – interocaptiva (vísceras)
Corpo posterior ou sensitivo Colo – proprioceptiva (osso, músculos, articulações)
Cabeça – exteroceptiva (táctil, térmica, dolorosa)

Base – motricidade involuntária (M. liso)


Corpo anterior ou motor
Cabeça – motricidade voluntária (+ anterior)

Cavidades encéfalo-medulares
O canal do epidídimo atravessa a substância conjunto de medula e no atingir o bolbo dilata-
se para dar origem à dilatações intra-encefálicas:
 4º Ventrículo – situado entre, o bulbo, o cerebelo e os pedículos cerebelosos. Tem
forma de losango, achatado de diante para trás. Na parte posterior tem buraco de
Magendia que comunica com o espaço subaracnoideu, tal como o buraco de
Lnschka, lateralmente. O ângulo superior corresponde ao aqueduto de silvios que
comunica com o 3º ventrículo.
 3º Ventrículo – cavidade mediana abstrata longitudinalmente comunica com o 4º
ventrículo e os ventrículos laterais pelos buracos de mauro.
 Ventrículos laterais – são 2 (direito e esquerdo) e vão desde o lobo frontal ao lobo
occipital do cérebro. São formados por 3 porções que se unem na encruzilhada do
ventrículo.

Meninges
São o involucro do S.N.C., classicamente definiam-se

DURAMATER – fibroso – pepromeninge ou dura


ARACNÓIDEIA – serosa
Leptomeninge ou mole
PIAMATER – célula vascular

Condicionam espaços:

Extradural

Sub-dural

Sub-aracnoideu onde circula o L.C.R.

Raquidiana – envolve a medula e o bolbo desde o buraco


occipital até S2.
Duramater
Craniana – aplica-se diretamente à parede óssea e
envia prolongamentos que septam a cavidade craniana
(seios cranianos)
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Raquidiana – prolongamentos à duramater

Piamater
Craniana –possui os plexos coroideus

Aracnoideia – é intermédia às outras, formada por dois folhetos e uma cavidade virtual
separada da duramater pelo espaço bub-dural. No espaço sub-aracnoideu circula o L.C.R.
condiciona cisternas.

Líquido Céfalo Raquidiano (L.C.R.)


Produzido na sua maior parte pelos plexos coroideus e em pequenas quantidades pelos
vasos meníngeos.
As células dos plexos coroideus segregam Na+ em quantidades, o que atrai Cl -. O excesso
de iões atrai H2o e substancias dissolvidas, assim se forma o L.C.R.
O L.C.R. é formado nos ventrículos laterais, passando para o 3º ventrículo e daqui para o
4ºventriculo. Depois vai para o espaço sub-aracnoideu, onde é absorvido pelas vilosidades
ou granulação aracnoides.

Vias motoras principais


 Sistema piramidal – inicia movimentos voluntários do M. Est. através de fibras que
deixam diretamente do córtex para a medula. Cruzam para o lado oposto ao nível do
bulbo.
 Sistema extra piramidal – inicia algum movimento voluntário e coordena o S.P. para
movimentos finos. Controla movimentos involuntários (vísceras). Não sai diretamente
do córtex para a medula, mas interligam-se primeiro no córtex.

Arco reflexivo
Resposta involuntária a um estimulo sensorial, dado a nível medular, compõem-se de:
 Recetor
 Neurónio sensitivo (posterior)
 Medula espinal (subs. Cinzenta)
 Nefrónio motor (anterior)
 Movimento (resposta final)

Organização do S.N.C.
A maioria das atividades do sistema nervoso central provêm da experiencia sensorial
(visual, auditiva, e táctil da superfície corporal). Estas sensações podem ter em resposta
imediata ou armazenarem-se no encéfalo na forma de memória.

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As sensações são transmitidas pela via aferente aos vários níveis do SNC (medula,
substância reticular do tronco cerebral, cerebelo, tálamo e córtex) que elabora uma resposta
pela via aferente. Estas vias são compostas de neurónios, dispostas sucessivamente e
ligadas entre si por SINAPSES.

Este sistema para funcionar precisa de uma serie de substâncias.

Excitação – vesículas sinápticas e mitocôndrias (facilitam


a passagem de Na+ para dentro da membrana).

Funções da sinapse
Pré-sináptico
Inibição
Sináptico

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Sistema Endócrino
HIPÓFISE
Situa-se na sela turca do esfenóide e divide-se em duas porções:
 neuro-hipófise ou hipófise posterior que se relaciona com o diencéfalo do cérebro
pelo pedúnculo hipofisário (em relação ao hipotálamo);
 adenohipófise ou porção anterior.

Esta glândula apresenta:


 face anterior
Ambas em relação com a parede da cela turca.
 face inferior
 face posterior em relação com a lâmina quadrilátera do esfenóide;
 face superior com a dura-máter (tenda da hipófise);
 faces laterais em relação com os seis cavernosos, as carótidas internas e com o
nervo motor-ocular externo.

A irrigação da hipófise é feita pela artéria hipofisária que é um ramo da carótida interna.

TIRÓIDE
É um órgão ímpar e mediano, situado adiante da laringe e dos primeiros anéis da
traqueia. Ocupa assim a região anterior do pescoço na união dos 2/3 superiores com o 1/3
inferior, adiante e ao lado dos órgãos digestivos e respiratórios desta zona, entre as duas
carótidas primitivas.

Adiante da tiróide ficam os músculos infra-hioideus. Tem a forma de H de convexidade


anterior:
 Istmo_ representa a porção transversal do H. Tem duas faces, dois bordos e duas
extremidades:
 As extremidades continuam-se com os lobos da tiróide;
 A face posterior relaciona-se com a cartilagem cricoideia e os 2 primeiros anéis da
traqueia;
 A face anterior relaciona-se com os músculos da zona;
 O bordo inferior relaciona-se com o 2º anel da traqueia;
 O bordo superior relaciona-se com a cartilagem cricoideia e tem um
prolongamento (a pirâmide de Lallonete).

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 Lobos_ são as hastes do H. Têm a forma de triângulo de vértice superior e
apresentam:
 Base relacionada com a 6ª vértebra cervical;
 Vértice relacionado com o bordo posterior da cartilagem tiroideia;
 Face interna relaciona-se com a traqueia, laringe, faringe e esófago;
 Face externa relaciona-se com os músculos esterno-hioideu e o esterno-cleido-
mastoideu;
 Face posterior relaciona-se com o feixe vasculo-nervoso do pescoço.

A tiróide é envolvida pela cápsula da tiróide, aderente e emitindo septos para o seu interior,
formando divisões que são os lobos da tiróide. Por sua vez a cápsula é envolvida pela
bainha peritinoideia.

A tiróide é mantida em posição por ligamentos:


 Ligamentos de Guble;
 Ligamentos laterais internos;
 Ligamentos laterais externos.

PARATIRÓIDES
São glândulas anexas à tiróide, em número de 4 a 6, constantes. Situam-se no espaço
tiroideu, entre a cápsula e a bainha peritinoideia. A sua extirpação é seguida de acidentes
de tetânia (falta de Ca). Dispõem-se em:
 paratiróides superiores_ são mais pequenas, situadas no bordo postero-interno da
tiróide;
 paratiróides inferiores_ são maiores e situam-se no mesmo bordo mas mais em
baixo.

PÂNCREAS
Situado na porção superior do abdómen à frente da 1ª e 2ª vértebras lombares, dos grandes
vasos pré-vertebrais e do rim esquerdo, e atrás do estômago, à direita do baço e à esquerda
do duodeno. É alongado e achatado da frente para trás.

Definem-se três porções:


 cabeça - a porção mais volumosa;
 corpo;
 cauda - parte terminal e mais estreita.

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Possui unidades secretoras, os ácinos, agrupados em lobos, produtores de secreção
externa.
Agrupamentos celulares, chamados ilhéus de Langerhans, têm função endócrina produzindo
a insulina, com importância fundamental no metabolismo dos glúcidos.

GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS
Situam-se na loca renal, por cima dos rins, numa posição póstero-superior. Estão
separadas dos rins pela lâmina inter-supra-reno-renal. Têm a forma de uma vírgula deitada,
com a cabeça no ângulo vertebro-renal e a cauda no pólo superior do rim. São mantidas em
posição pelos:

 Ligamentos supra-renodiafragmáticos (o mais resistente);


 Ligamento supra-renohepático;
 Ligamento supra-renoaortico (à esquerda);
 Ligamento supra-renocávico (à direita).

A sua configuração permite definir:


 Base em relação com o pólo superior do rim;
 Vértice olhando para cima, para adiante e para dentro (olhando a loca renal);
 Bordo externo em relação com o rim;
 Bordo interno relacionando-se á direita com a veia cava inferior e à esquerda com
a aorta;
 Face posterior relaciona-se com o diafragma e as vértebras dorsais 10ª e 11ª:
 Face anterior é plana, apresentando a meio uma depressão (o hilo), e relaciona-se
á direita com o fígado, duodeno e veia cava inferior, e à esquerda com o baço, o
pâncreas e o estômago.

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Aparelho genital masculino

O aparelho genital masculino é formado por um conjunto de órgãos e anexos. Assim como
anexos temos:

Pénis;

Anexos 
 Bolsas testiculares;
 Glândulas de Cooper
próstata
Porções do  Testículos: órgão que elaboram espermatozóides;
 Epidídimo  Transportam o esperma;
genital masculino  Canal deferente
 Canal ejaculador
 Uretra  Canais condutores do esperma para o exterior.
 Vesícula seminal

TESTÍCULOS
Situados entre as duas coxas, por baixo do pénis e na porção anterior do períneo.
Embrionariamente formam-se perto dos rins, na cavidade abdominal e descem o trajeto
inguinal para as bolsas testiculares.

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Têm uma forma ovóide, achatada, com grande eixo, dirigido para baixo e para trás
condicionando:
 Face externa_ convexa;
 Face interna_ plana;
 Bordo anterior_ convexo;
 Bordo posterior_ tem hilo para passagem dos vasos e o epididimo;
 Pólos superior e inferior.

EPIDIDIMO
Cone no bordo posterior do testículo apresentando uma porção mais volumosa (a
cabeça) que adere ao testículo, seguindo-se uma porção achatada e não aderente (o corpo)
que se continua pelo canal deferente e que também adere ao testículo (a cauda).

CANAL DEFERENTE
Vai desde a cauda do epidídimo até à vesícula seminal, sendo de forma cilíndrica
apresenta uma porção terminal dilatada (a ampola do canal deferente).

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VESÍCULA SEMINAL
São duas, com a forma de ampola, e funcionam como reservatório do esperma que
se vai produzindo. Situam-se entre a bexiga, à frente; o reto atrás e a próstata em baixo.

CANAL EJECULADOR
Resultam da reunião da amola do canal deferente com a vesícula seminal do mesmo lado.
Penetram na próstata e vão abrir-se na uretra.

URETRA
Já foi falada no aparelho urinário.
Todas as estruturas referidas são irrigadas por vasos provenientes das artérias hipogástrica
e da espermática.

BOLSAS TESTICULARES
São os invólucros dos testículos, que assim ficam protegidos e se mantêm a temperatura
constante para proteção dos espermatozoides.

Têm seis túnicas que são (indo da superfície para a profundidade):


 Escroto - pele com pregas transversais e provido de alguns pêlos;
 Dartos - lâmina musculo-elástica aderente;
 Túnica celular - formada de tecido conjuntivo, contendo vasos e nervos;
 Cremáster ou túnica muscular;
 Túnica fibrosa;
 Túnica serosa ou vaginal em dois folhetos.

PÉNIS
É o órgão de copulação do homem, situado por cima das bolsas testiculares e por baixo do
púbis, onde se encontra fixado. Tem duas porções:

 Porção posterior ou perineal que é fixa Entre elas formam-se um ângulo (o


ângulo perineano) que varia no estado
 Porção anterior que é livre
de repouso ou ereção.

No seu todo, o pénis apresenta:


 Extremidade posterior ou raiz - que se fixa ao púbis;
 Corpo tem o dorso do pénis e as formações erécteis;
face inferior corresponde à uretra(que é aqui palpável);
 Extremidade anterior - tema a glande que se encontra coberta pelo prepúcio.

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Os órgãos erécteis situados no corpo são os dois corpos cavernosos e o corpo
esponjoso que se preenchem de sangue quando da erecção.

O pénis é envolvido por 4 túnicas:


 Pele;
 Dartos perineano - lâmina fibro-elástica;
 Túnica celular - onde se encontramos vasos e nervos do pénis;
 Túnica elástica em relação com as formações erécteis.

PRÓSTATA
É a mais importante das glândulas anexas. Situa-se por baixo da bexiga, tem forma cónica e
divide-se em lobos. Tem:
 Face anterior relacionada com a sínfise púbica;
 Face posterior relaciona-se com o reto.
 Faces laterais em relação com o músculo elevador do reto;
 Base - relacionada com a bexiga;
 Vértice em relação com a aponevrose perineal.

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Aparelho genital feminino

É constituído por uma glândula mista, o ovário, e por um longo canal que se estende
pela vizinha do ovário até ao exterior do corpo da mulher, e é formado pelas trompas de
Falópio, útero e vagina, abrindo-se esta na vulva.
Vulva – é o conjunto dos órgãos genitais externos da mulher. Tem o aspeto de uma
saliência ovoide, de grande eixo antero-posterior, sendo limitada adiante pela parede interior
do abdómen, atrás pelo períneo e lateralmente pelas faces internas das coxas.

Este conjunto é constituído pelas formações labiais, o espaço interlabial e os órgãos


erécteis:
 Monte de vénus - situado adiante da sínfise púbica, tem forma
triangular de vértice inferior e é provida de pêlos;
 Grandes lábios - são pregas cutâneas que se estendem
Formações labiais desde o Monte de vénus adiante, até ao períneo, atrás limitam
um espaço que se chama de fenda vulvar;
 Pequenos lábios - mais pequenos que os grandes lábios,
situam-se por dentro destes e são pregas cutâneo-mucosas.

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 Vestíbulo - é o espaço limitado adiante pelo clitóris, atrás pelo
meato urinário e orifício inferior da vagina e lateralmente pelos
pequenos lábios;
 Meato urinário - abre-se neste espaço logo adiante da vagina;
Espaço interlabial
 Orifício interior da vagina - junto ao qual se abrem escamas
excretoras das glândulas de Bartholin;
 Hímen - é uma membrana incompleta que na mulher virgem cobre
a entrada inferior da vagina (orifício inferior da vagina).

 Clitóris_ situado adiante do vestíbulo, é um órgão que aumenta


de volume com a estimulação sexual. Tem forma cónica, sendo o
Órgãos erécteis vértice a extremidade livre;
 Bulbos vestibulares_ são também órgão erécteis em número de
2 que se encontram de cada lado da uretra junto à vagina.

Os órgãos constituintes da vulva são irrigados por vasos provenientes de ramificações


das artérias pudentes.

VAGINA
É um canal musculo-membranoso, virtual, que se estende da vulva até ao útero, sendo o
órgão de copulação na mulher. Situado no plano sagital, forma com o plano horizontal um
ângulo de 70°. Dirige-se para baixo e para diante (do útero à vulva) e relaciona-se adiante
com a bexiga e a uretra e atrás com o recto. É mais estreita junto à vulva (orifício inferior da
vagina), e tem forma achatada, mede cerca de 8 cm de comprimento.

Definimos na vagina 2 faces e 2 extremidades:


 Face anterior - é mais curta e relaciona-se com a uretra e a bexiga;
 Face posterior - relaciona-se com o reto;
 Extremidade inferior - corresponde à abertura na vulva e está coberta pelo hímen;
 Extremidade superior - envolve o colo uterino, formando os fundos de saco. É a
porção mais larga da vagina.

A vagina é provida internamente de pregas transversais (cristas vaginais), mais


numerosas na metade inferior da vagina.

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Anatomicamente a vagina é formada por 3 camadas:
 Túnica interna ou mucosa - constituída por um epitélio;
 Túnica média ou muscular - constituída por 2 camadas de fibras musculares lisas
(uma circular e outra longitudinal);
 Túnica externa ou adventícia - formada por tecido conjuntivo.

A vagina é irrigada por ramos provenientes da artéria uterina, da artéria longa vaginal e da
artéria hemonoidária média.

ÚTERO
Ocupa a porção média do escavado pélvico tendo a forma de um cone troncado de base
superior e vértice inferior. Na mulipara tem cerca de 6 a 7 cm de comprimento e na multipara
cerca de 8 cm.
O útero é um órgão único, médio e simétrico, mas podem aparecer devido a alterações do
desenvolvimento embrionário, úteros duplos ou ausência total do útero (agenesia).

O colo do útero é perpendicular à face posterior da vagina, e o corpo e o colo do útero


formam um ângulo de 100 a 120° aberto para diante (e cujo vértice se chama ponto central
do útero). Assim a posição habitual do útero é ante-flexão (flectido para diante), mas pode
encontrar-se em retro-flexão ou latero-flexão.

O útero é mantido em posição por 6 ligamentos:


 2 Ligamentos laterais - os ligamentos largos;
 2 Ligamentos anteriores - os ligamentos redondos;
 2 Ligamentos posteriores - os ligamentos útero-sagrados.

Podemos dividir o útero em 2 porções:


 Corpo do útero - a sua porção superior mais larga com:
 Face anterior - que se relaciona com a bexiga;
 Face posterior - que se relaciona com o reto;
 Bordos laterais - onde correm as artérias uterinas e se inserem os ligamentos
largos;
 Extremidade superior - donde se destacam os cornos do útero e se relaciona
com o intestino;
 Extremidade inferior - corresponde à inserção do colo.

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 Colo do útero - tem forma cilíndrica e possui porções:
 Supravaginal - possui o orifício superior do colo ou interno;
 Vaginal;
 Intra-vaginal ou focinho de tenca - possui o orifício externo do colo.

Anatomicamente é formado pelas seguintes túnicas:


 Túnica mucosa ou endométrio - é um epitélio que prolifera e descama
periodicamente;
 Túnica muscular ou miométrio - constituído por 3 planos;
 Túnica serosa - com 2 folhetos que são prolongamento do peritoneu.

O útero é irrigado pelas artérias uterina, ovárica e do ligamento redondo.

TROMPAS DE FALÓPIO

São os canais que se estendem do pólo superior do ovário aos cornos uterinos. Têm como
função recolher o óvulo produzido pelo ovário e dar-lhe passagem até ao útero. Medem
cerca de 12 cm.

As trompas dividem-se em várias porções a saber:


 Porção intersticial - é a porção que se situa na espessura da parede uterina;
 Corpo - é a porção intermédia formada por uma dilatação (a ampola de Henle) e
uma zona mais estreita (o istmo de Barkow);
 Pavilhão tubário - é a parte mais móvel da trompa, com a forma de um funil com o
bordo franjado.

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Anatomicamente encontramos as seguintes 4 camadas:
 Túnica serosa - a mais externa na dependência do peritoneu;
 Túnica sub-serosa - é a camada que contém os vasos e os nervos;
 Túnica muscular - dispostas em dois planos encontramos duas camadas de tecido
muscular;
 Túnica mucosa - é a mais interna revestida de epitélio e com aspecto pregueado.

OVÁRIOS
Têm a forma de uma amêndoa e situam-se no escavado pélvico, atrás dos ligamentos
largos e adiante do reto.
São os órgãos produtores dos óvulos na idade adulta, e os eu volume e peso variam com a
idade, com o estádio fisiológico do ovário e com várias patologias.
O ovário é mantido em posição por ligamentos que vão do ovário a órgãos vizinhos.

No ovário definimos:
 2 Pólos - um superior e um inferior;
 2 Bordos - um anterior e um posterior;
 Face interna - é convexa, olhando para cima, para diante e para dentro;
 Face externa - é convexa, olhando para baixo, para trás e para fora (isto é para o
útero).

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