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DOR- como estado patológico para além da cura da lesão que lhe deu origem, passa a ser

considerada uma doença por si só.


NHB: Evitar perigos no ambiente e proteger os outros de perigos
potenciais causados por ele

A dor é uma experiência multidimensional, desagradável,


envolvendo não só um componente sensorial, mas também um
componente emocional e que se associa a uma lesão tecidular
concreta ou potencial, ou é descrita em função dessa lesão. É um
tipo de sensação com características específicas.

Outros termos: Dor oncológica, cutânea, musculoesquelética,


visceral, neurogénica, vascular, do trabalho de parto, …
FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEÇÃO DA DOR

- Psicossociais
FISIOLOGIA DA DOR
• Género de quem observa
Independentemente da localização da lesão, é no cérebro que • Status e contexto
tomamos consciência da dor. Antes de chegar ao cérebro, o sinal • Personalidade
doloroso percorre todo o organismo, desde o local da lesão até • Humor
ao sistema nervoso central (SNC). • Padrão de sono e doença mental
Existem dois tipos de células nervosas responsáveis por este - Demográficos
circuito:
• Género
• neurónios aferentes - transmitem o sinal doloroso do • Idade
local da lesão para o SNC • Estilo de vida
• neurónios eferentes - transmitem os sinais do SNC • Peso
para os músculos, glândulas e órgãos
- Culturais

• Idioma/palavras
DOR AGUDA • Crença religiosa face à dor
Dor recente, de duração limitada no tempo e de causa bem • Avaliação social do estoicismo
definida que faz parte do sistema de proteção do organismo. A • Atitude do doente face à dor
dor aguda é um sinal de alerta para uma lesão iminente ou - Clínicos
real, desempenhando uma função importante na manutenção da
integridade física do organismo ou no seu restabelecimento • Conhecimento da pessoa acerca do diagnóstico
• Doença
• Resultado do tratamento
DOR CRÓNICA • Tipo de procedimento cirúrgico
• Grau do trauma
Dor contínua ou recorrente, existindo há pelo menos 3 meses e
que muitas vezes persiste para além do curso normal de uma
doença aguda ou da cura da lesão que lhe deu origem, ou que PRINCIPIOS DA AVALIAÇÃO E CONTROLO DA DOR
existe sem lesão aparente. A dor crónica perdeu a função de
alerta e de proteção do organismo pois já não está relacionada a 1. toda a pessoa tem direito ao melhor controlo da dor;
nenhum evento traumático em particular. A dor, persistindo 2. a dor é uma experiência subjetiva, multidimensional, única e
dinâmica;
3. a dor pode existir mesmo na ausência de causas Considera norma de boa prática, no âmbito dos serviços
identificadas; prestadores de cuidados de saúde:

4. a perceção e a expressão da dor variam na mesma pessoa e - O registo sistemático da intensidade da Dor
de pessoa para pessoa, de acordo com as características
- A utilização para mensuração da intensidade da dor, de uma
individuais, a história de vida, o processo de saúde / doença e o
das escalas validadas internacionalmente: escala visual
contexto onde se encontra inserida;
analógica, escala numérica, escala qualitativa ou escala de
5. a competência para avaliação e controlo da dor exige faces
formação contínua;
- A inclusão na folha de registo dos sinais e sintomas vitais, em
6. a avaliação da dor pressupõe a utilização de instrumentos de uso nos serviços prestadores de cuidados de saúde, de espaço
avaliação; próprio para registo da intensidade da Dor.

7. o controlo da dor requer uma abordagem multidisciplinar


coordenada;
REGRAS DE APLICAÇÃO DAS ESCALAS DE AVALIAÇÃO
8. os cuidadores principais e a família são parceiros ativos no DA DOR
controlo da dor;
a) A avaliação da intensidade da Dor pode efetuar-se com
9. a tomada de decisão sobre o controlo da dor requer a recurso a qualquer das escalas propostas.
colaboração da pessoa, dos cuidadores e da família;
b) A intensidade da Dor é sempre a referida pela pessoa.
10. a dor não controlada tem consequências imediatas e a longo
c) À semelhança dos outros sinais vitais, a intensidade da Dor
prazo pelo que deve ser prevenida;
registada refere-se ao momento da sua colheita.
11. os enfermeiros têm o dever ético e legal de advogar uma
d) As escalas propostas aplicam-se a pessoas conscientes e
mudança do plano de tratamento quando o alívio da dor é
colaborantes, com idade superior a 3 anos.
inadequado;
e) A escala utilizada, para uma determinada pessoa, deve ser
12. os enfermeiros devem participar na avaliação formal do
sempre a mesma.
processo e dos resultados no controlo da dor ao nível
organizacional; f) Para uma correta avaliação da intensidade da Dor é
necessária a utilização de uma linguagem comum entre o
13. os enfermeiros têm a responsabilidade de se articular com
profissional de saúde e a pessoa que se traduz por uma
outros profissionais de saúde na proposta de mudanças
padronização da escala a utilizar e pelo ensino prévio à sua
organizacionais que facilitem a melhoria das práticas de
utilização.
controlo da dor;
g) É fundamental que o profissional de saúde assegure que a
14. os enfermeiros devem defender a mudança das políticas e
pessoa compreende, corretamente, o significado e utilização da
alocação de recursos que sustentem o controlo efetivo da dor.
escala utilizada.

A DOR COMO 5º SINAL VITAL

A DGS institui a dor como 5º sinal vital A equiparação da dor a


5º sinal vital significa que se considera como boa prática
clínica, em todos os serviços prestadores de cuidados de saúde,
a avaliação e registo regular da intensidade da dor, à
semelhança do que já acontecia para os outros 4 sinais vitais.
ESCALAS DE DOR

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