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Material de Apoio – Leitura Necessária e Obrigatória

Teologia de Umbanda Sagrada – EAD – Curso Virtual


Ministrado por Alexandre Cumino

Texto 294

Livro de Pontos
Primado de Umbanda

Tupã Oca do Caboclo Arranca Toco


Hino da Umbanda
Unidos
Refletiu a luz divina Nós havemos de lutar
Em todo seu esplendor Pra maior glória
Vem do reino de Oxalá Nossa Umbanda alcançar
Onde há paz e amor “Meu Pai Oxossi
Luz que refletiu na terra Meu Pai Xangô
Luz que refletiu no mar E o guerreiro de Aruanda
Luz que veio de Aruanda Iluminai, protegei e guiai.
Para nos iluminar O Primado de Umbanda

A Umbanda é paz e amor Pontos de Defumação


É um mundo cheio de luz
É força que nos dá vida “Defuma com as ervas da Jurema
E à grandeza nos conduz Defuma com arruda e guiné”
Avante, Filhos de Fé “Benjoim, alecrim e alfazema
Como a nossa lei não há Vamos defumar filhos de fé”
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá “Corre gira Pai Ogum
Filho quer se defumar
Pra Umbanda ter fundamento
Hino do Primado É preciso preparar”
Com incenso e benjoim
Avante Alecrim e alfazema
Soldados de Oxalá Oi defumai filhos de fé
Por nossa Umbanda Com as ervas da Jurema
Sempre havemos de lutar
“Nossos caboclos Sete folhas da Jurema
Nossos caboclos Cheirou guiné
Descendo de Aruanda Perfumai a nossa Umbanda
Vem saravar e abençoar Filhos de fé
O Primado de Umbanda”
PRECE

Com a graça de Tupã, nosso Pai Maior, permita que a irradiação iluminosa do sol de Oxalá possa baixar
sobre os nossos guias e nossas cabeças, a fim de podermos ter bem dirigidos os trabalhos que vão se efetuar
em nosso terreiro.

Que do Oriente, Xangô-Caô, com os seus inigualáveis e profundos ensinamentos de mística e magia,
venha nos orientar com toda e absoluta segurança.

Suplicamos ao bondoso e sacro santo coração de Mamãe Oxum, extrair do nosso íntimo o fel dos maus
instintos.

Recorremos à Iemanjá, para que com seu poder e grandiosa força de purificação venha lavar com suas
sagradas águas as impurezas dos nossos corações.

A Xangô, do alto de sua pedreira, pedimos que nos envie faíscas de raios luminosos, para que possamos
proceder com a mais pura justiça, para com os nossos semelhantes.

A Ogum, imploramos que com sua gloriosa espada nos defenda e proteja de toda e qualquer influência
maléfica e perturbadora, para que o mal seja impotente e o bem sempre domine onde nós estivermos.

Que Oxossi, das profundezas das matas, nos envie com suas ervas o bálsamo da purificação, a fim de que
os nossos espíritos fiquem esclarecidos e compenetrados na missão de bem fazer ao próximo.

E finalmente a ti Iofá, pedimos que com a bondade, paciência e carinho dos teus velhos africanos, nos
ajude a manter em paz e harmonia o nosso terreiro, para que possamos ver a felicidade em todas as almas.
Salve o Rei da Umbanda São Miguel Arcanjo, Saravá Umbanda
Salve São Gabriel, Viva Deus
Salve São Rafael;
E assim, em nome de São Miguel Arcanjo, Abertura da Gira
De São Gabriel e de São Rafael;
Em nome de Oxalá, “Os Pretos Velhos e os Caboclos
Iemanjá, Vamos todos saravá”
Caô, Vamos pedir licença a Deus
Oxossi, Nosso Senhor
Xangô, Para os trabalhos começar
Ogum Senhor do mundo
E Iofá; Oxalá meu Pai
Em nome do Caboclo Arranca Toco e do Caboclo “Baixai, baixai
Baturyté, Na Umbanda Meu Senhor
Estão abertos os nossos trabalhos. E a nossa terra iluminai”

Viva a Deus Eu abro a nossa gira


Saravá Oxalá Com Deus e Nossa Senhora
Saravá Iemanjá Eu abro a nossa gira
Saravá Caô Samborê Pemba de Angola
Saravá Oxossi
Saravá Xangô Chamada de Morubixaba
Saravá Ogum
Saravá Iofá “Estrela Brilha
Clareia a Umbanda
Saravá o Caboclo Arranca Toco Aí vem o Morubixaba
Saravá o Caboclo Folha Verde Que vem de Aruanda”
Saravá o Caboclo Baturyté O Tubixaba do Primado
Saravá o Caboclo Bacuri Já mandou chamar
Saravá o Caboclo da Mangueira Saravá Morubixaba
Saravá o Caboclo Tangaracy Da Falange de Oxalá
Saravá o Caboclo do Vento Ô
Saravá o Caboclo Itacurussá
Saravá o Caboclo Quero-Quero Chamada de Abaré Guassu
Saravá o Caboclo Marimbondo
Saravá o Caboclo Mirim Seu Arranca Toco é caçador
Saravá a todos os Caboclos É caçador lá da Jurema
Saravá Pai Augusto Mas ele veio de tão longe
Saravá Tia Floripa Mas ele vem caçar a ema
Saravá Pai Antônio da Guiné
Saravá Mãe Maria do Rosário Chamada de Abaré
Saravá Vovó Joaquina
Saravá Vovó Santana “Eu ouvi um assovio na mata
Saravá Pai Joaquim Caboclo vai ver quer é”
Saravá Pai José “É meu Pai quem está chamando
Saravá Pai Benedito Prá salvar a quem tem fé”
Saravá Pai Roberto “Oi balança, balança, balança,
Saravá a todos os Pretos Velhos Balanceia mas não cai”
Saravá os Filhos de Umbanda “Balanceia mas tá firme
Saravá o Povo da Quimbanda No terreiro do meu Pai”

Saravá Umbanda Lá vem os caboclos


Com seus diademas Seu bodoque, sua pemba,
Já vem chegando Com seu Arranca Toco
Lá das matas da Jurema Que é caçador da ema
Com sua flecha,
Chamada de Abaré Mirim Oi maia vem vê
Caboclo maia vem vê
“Oi quando a aldeia abrir
Para os caboclos passar” “Tambor, tambor
“É hora, é hora, é hora, Caboclo Vai buscar quem mora longe”
Vem pra trabalhar” Oi viva Oxossi na mata
Ogum no Humaitá
Venha ver caboclo Meu pai Xangô lá na pedreira
Venha ver a sua aldeia O Iansã
Venha ver a quem te chama O Iemanjá
Venha ver a sua aldeia
Assovia, assovia
Bota fogo na mata Vamos assoviar
Chama, chama, que eles vem Lá vem os caboclos da mata
Chama o povo de Umbanda Que agora vão chegar
Que eles vem, vem, vem Arrreia, arreia capangueiros
Da Jurema
Chamada de Bojá Guassu Arreia, arreia, capangueiros
Pra trabalhar
“Caboclo vem das matas
Vem correndo sapucaia”
Curimba de Entrosamento “É Zâmbi quem governa o mundo
Só Zâmbi pode governar”
“Estrela Matutina “Foi ele quem nos deu
Clareia o mundo A estrela que ilumina
Sem parar” A Umbanda e todos os Orixás”
“Okê, okê, okê,
“A Umbanda diz Okê, meus caboclos, okê”
Que meu Pai é Caboclo
E, e, e, e, a” “Ele é da mata
O que mata é a sua”
Curimba de Passe O que mata é sua
É a de lá, é a de cá.
“Salve seu Arranca Toco Aonde pia a cobra
Salve os seus caboclos” Onde canta o sabiá
“De muito longe “Ele é da mata
Eles chegaram no conga É da tribo dos cajás
Firma ponto no terreiro Foi buscar sua falange
Eles vão descarregar” Para vir descarregar”

Oi caboclo
Subida de Bojá Guassu
Se ele é Oxossi
“Caboclo pegue a sua flecha Ele vai ao ló
Pegue o seu bodoque Se ele é Ogum
E vá saravá” Ele vai ao ló
O galo já cantou na Aruanda Se ele é Xangô
Oxalá te chama Ele vai ao ló
Para a sua banda Se ele é Iofá
Ele vai ao ló A sua mata é longe
Ele vai ao ló E eles vão embora
Ele vai ao ló E vão beirando o rio azul
Ele vai ao ló, Adeus Umbanda
Mas não deixa Os caboclos vão embora
Seus filhos de pemba só E vão beirando o rio azul

Subida de Abaré Mirim “Chefe dos Índios


Chama os índios na aldeia”
“Lá no céu tem a lua Na aldeia, caboclo, na aldeia.
Tem as estrelas Na aldeia, caboclo, na aldeia.
Que clareiam a Umbanda”
“Que clareiam os nossos caboclos Eles vão embora
Eles vão lá pra sua Aruanda” Eles vão girar
Saudando Oxossi
Lá na Jurema Vão rompendo o mar
Onde canta a juriti “Adeus terreiro
Os caboclos vão embora Calmaria vai pra longe
Seus cavalos ficam aqui Vai pra mata virgem
Aonde o sol se esconde”
Subida de Abaré

Adeus, adeus
Subida de Abaré Guassu Morubixaba que vai embora pra Aruanda
Adeus, adeus
Adeus meus caboclos, adeus Deixa saudades nos seus filhos de Umbanda
A sua mata te chama Ai, ele vai girar
Eles vão ao ló Ele vai girar
Eles vão ao ló Ele vai pra Aruanda
Pega a pemba Na paz de Oxalá
E deixa a pena Ai, o terreiro está chorando
Nas matas da Jurema Está chorando
Vai num giro só A saudade aqui ficando
Vai num giro só Esperando a sua volta

“Adeus, “Quero saber quando você voltar, meu caboclo


Caboclo vai A notícia que você vai dar”
Pra mata virgem “Vai, vai, vai, meu Caboclo
Caboclo vai” Vai num giro só”
“E os passarinhos
Vão cantando alegres Morubixaba vai embora
Vão pra mata virgem Vai pra sua cidade
Aonde mora meu pai” Lá na Jurema
Abraço pra seus filhos deixa
“Adeus terreiro Embora com saudade
Terreiro de Umbanda” Ele vai girar
“Adeus Seu Arranca Toco
Adeus Seu Arranca Toco Seus atabaques zuam
Eles vão pra sua banda”‟ Filhos de Umbanda choram
Adeus, adeus, Morubixaba
Subida de Morubixaba Que pra Aruanda vai embora

“Adeus meu pavão dourado


Adeus eu já vou partir” Aonde mora Oxossi Guarani
“Eu moro naquela serra
Nana Buruque
Encerramento da Gira “Salve Cosme e Damião
Oxossi
Os Pretos Velhos e os Caboclos Ogum
Vamos todos saravar Oxumarê”
Vamos pedir licença a Deus
Nosso Senhor Pontos de Retirada
Para os trabalhos encerrar
Senhor do mundo Adeus terreiro de Umbanda
Oxalá meu pai Nós vamos nos retirar
Baixai, baixai “Adeus, adeus
Na Umbanda Meu Senhor Até quando volta os Orixás”
E a nossa terra iluminai
Oi quando eu for embora
Eu fecho a nossa gira Oi sacode a poeira da sua saia
Com Deus e Nossa Senhora Sacode a poeira da sua saia
Eu fecho a nossa gira Sacode a poeira da sua saia
Samborê Pemba de Angola
Hoje tem alegria
“Vamos encerrar a nossa gira Hoje tem alegria
Com licença de Oxalá” Hoje tem alegria
Salve Iemanjá No terreiro de Umbanda
Salve Xangô Hoje tem alegria
Mamãe Oxum
Toma conta
Ponto para Coroação E dá conta
Daquilo que é seu
“Sete linhas tem a Umbanda
A Umbanda de Oxalá” Pontos de Batizado
“Nas setes linhas de Umbanda
Ele vai se coroar” “Corre água da cachoeira
Vai juntar com as águas do mar”
“Oi coroa, coroa, É com a água de Oxum
Coroar É com a água de Iemanjá
Oi coroa, coroa, É com as folhas da Jurema
Coroar Que meu Pai vai me batizar
Oi coroa de Umbanda
Que vence demanda Caboclo encruza
Coroa, coroa, Pra batizar
Coroar” Com flores brancas
E água do mar
Ponto após Coroação

Coroado, coroado, coroado, coroado,


Coroa terreiro meu
Para Visita de C.C.T.
Despedida de C.C.T.
“Auê, Babá
Babá de Orixá” O lírio verde quando nasce aqui
“Auê Babalaô, Babalaô A folha dele, quando murcha cai
De Orixá” “Aquele abraço que eu te dei sorrindo
Foi a despedida para não chorar” “O Cruzeiro do Sul
Foi quem me abençoou,
Babá Sou boiadeiro
“Peço licença pra entrar na casa sua” Filho de Nosso Senhor
Venho de longe
Com o clarão da lua” A grama estava alta
“Lhe trago a minha benção, Eu mandei cortar
E peço a benção sua” Só pra minha boiada
Poder passar
Boiadeiro

Ponto para Todos os Orixás Tem pena de nós tem dó


(Mesa dos Orixás) Se a volta do mundo é grande
Seus poderes são maior
Oxalá meu Pai
Tem pena de nós tem dó O Ogum meu Pai
Se a volta do mundo é grande Tem pena de nós tem dó
Seus poderes são maior Se a volta do mundo é grande
Seus poderes são maior
Iemanjá Mamãe
Tem pena de nós tem dó Iofá meu Pai
Se a volta do mundo é grande Tem pena de nós tem dó
Seus poderes são maior Se a volta do mundo é grande
Seus poderes são maior
O Caô meu Pai
Tem pena de nós tem dó Ponto de Agradecimento
Se a volta do mundo é grande
Seus poderes são maior Vou rezar aos nosso guias
Pela glória desse dia
Oxossi meu Pai Eu vim aqui
Tem pena de nós tem dó Pedir a Oxalá
Se a volta do mundo é grande E a Nossa Mãe Santíssima
Seus poderes são maior “Que aumente a nossa luz
Que nós possamos alcançar
O Xangô meu Pai As doces vibrações deste Conga”
Saravá “Eu vou por mar
Tubixaba de Umbanda Eu vou por terra
Saravá Subo montanhas e serras
Em nome de Oxalá A procura do meu Pai”
Saravá
Meu Pai Arranca Toco “Eu perguntei a Jurema
Ele é Rei Onde mora este Caboclo
Na Umbanda ele é Rei Arranca Toco onde está”

Meu Pai Oxossi “No meio da mata virgem


Vai mandar lá da macaia Uma voz me respondeu
Todo caboclo de pena Eu estou onde tu estás
Na Umbanda saravá Filho que não esquece o Pai
Seu Arranca Toco Arranca Toco sou Eu”
Tubixaba de Umbanda
A Jurema também manda Caça, caça, ele é caçador
Seus caboclos festejar Caça, caça, ele é o Rei da caçada
“Lembrai, Seu Arranca Toco
Lembrai, ele é o nosso Pai” Meu pai sabe que sou eu
Com sua flecha ele riscou seu ponto “Sou eu, sou eu
Com seu bodoque veio confirmar Meu pai sabe que sou eu”
Sua falange é lá da Jurema
Meu Pai ele é caboclo “Ele atirou
Ele veio em seu conga Ele atirou
Lembrai Ele atirou e ninguém viu”
Seu Arranca Toco
Nasci nas matas de Oxossi É quem sabe
Na aldeia de Arranca Toco me criei Aonde a flecha caiu
“Jurema foi minha guia Ele atirou
Na aldeia me batizei”
“Vermelho é a cor do sangue do meu Pai
Tam-tam E verde é a cor das matas”
Bateu lá na mata “O saravá Seu Arranca Toco de Aruanda
Seu eco é que respondeu O saravá toda a nossa Umbanda”
Mas quando chego na aldeia
“O dai-me forças Oi no centro da mata
Jesus de Nazaré Lá na Jurema
O daí-me forças Lá na raiz do Oricá
Na sua santa fé” A mata estremeceu
“Mas dizem Meu caboclo
Que a Umbanda tem mironga Porque Seu Arranca Toco vai passar
Tem mironga Lá na Jurema
E Arranca Toco tem Conga”
Lá na Jurema
“Caboclo Arranca Toco Lá na raiz do Oricá
É minha luz, é minha guia A mata estremeceu
Ele é Oxossi Meu Caboclo
É filho da Virgem Maria” Porque Seu Arranca Toco vai passar
“A sua luz
Ilumina o escuro “Jurema, Jurema
Ponto de filho Salve o seu Jurema”
No terreiro está seguro” Lá na Jurema

Aonde vai Caboclo Afirma, afirma


Aonde Oxossi lhe mandou Não bambeia, não bambeia
Eu vou pra minha aldeia lá na Umbanda Que nessa hora Arranca Toco balanceia
Vou ver os meus bacuros, Afirma, afirma
Oxossi manda Não tem jeito, coquiá
“Se você vai caboclo Os seus Caboclos
Espera que eu também vou Estão aqui pra trabalhar
Da aldeia de Arranca Toco,
Meu Caboclo “Mas que caminho tão longo
Um bacuro eu também sou” Estrada cheia de areia”
“O saravá seu Arranca Toco
No centro da Mata eu vi O saravá a sua aldeia”
Dois nomes gravados no toco de pau
De um lado Seu Arranca Toco “Lá no tronco da Jurema
Do outro lado Seu Cobra Coral Seu Arranca Toco é o Rei”
No centro da mata eu vi “Saravá filhos de pemba
Seu Arranca Toco falava na língua Vamos saravá o Rei”
Do Guarani
Na sua aldeia Ele atira a sua flecha
Ele é caboclo E acerta aonde ele quer
É Rompe Mato
É Arranca Toco “Entrei na mata
“Na sua aldeia Quebrei galhos de pau oco
Lá na Jurema Procurei por toda parte
Não se faz nada A aldeia de Arranca Toco”
Sem ordem suprema” Entrei na mata
A minha voz ecoou
“Seu Arranca Toco Ele me ouviu atento
Quando chega de Aruanda Se foi filho quem chamou
Todo mano e toda banda Entrei na aldeia
Vem abrir seu jacutá” Ele de lá falou
“Oi brilha a lua É filho de Arranca Toco
Oi brilha o sol Eu pago amor com amor
Brilha a Estrela D‟Alva
Lá no arrebol” Meu Pai Arranca Toco de Umbanda
Ele é morador da Jurema
Olhei pro céu Ele é mensageiro de Zâmbi
Vi uma estrela correr O maior
E, na pedreira eu vi pedra rolar Ele veio no terreiro saravá
Vi os caboclos dançando na areia Seu Arranca Toco
E a sereia começou a cantarolar
“E no seu canto Seu Arranca Toco de Oxossi
Ela sempre dizia Que atira bodoque pro ar
Que só queria ter asas pra voar “Sua flecha caiu no terreiro
Pra ir ao céu Seu ponto veio confirmar”
Buscar a estrela que brilha
Pra seu Arranca Toco “Chegou, chegou
Enfeitar o seu Conga” Ele veio de Aruanda
Ele é meu Pai
“Coquê, coquê, coquê, coquê, Ele é meu Rei
Coquê, coquê, coquê, É Arranca Toco de Umbanda”
Coquê, coquê, coquiá”
“Lá no sertão da mata virgem “Oi brilha a lua
Uma coral piou Brilha, brilhou
E o Caboclo Arranca Toco Seu Arranca Toco
A sua flecha atirou” Nos abençoou”
“Bandolê, olê, olê, olê,
Bandolê, olê, olê, olá “É vem, é vem, é vem, é vem
Bandolê meus caboclos De Aruanda vem
Bandolê, olê, olá” É vem, é vem, é vem, é vem
Lá na aldeia ele é caboclo De Aruanda vem”
Na Umbanda é Orixá Seu Arranca Toco
Na aldeia é Arranca Toco De Aruanda vem
Bandolê, olê, olá De longe vem
De Aruanda vem
A flecha de caboclo Caminhando vem
É flecha de quatambu De Aruanda vem
Saravá seu Arranca Toco Com malême vem
Saravá Caramuru De Aruanda vem
A flecha de caboclo
Ela é feita de guiné “Ora viva os caboclos do mato,
E Seu Arranca Toco, Saravá seu Folha Verde
Ora viva a Jurema” Que comanda este terreiro
“Estrela, sol e lua
Que clareia este conga” “Caboclo Roxo da cor morena
Seu Arranca Toco de Aruanda É Seu Arranca Toco
Nasceu nas matas da Jurema Caçador lá da Jurema”
Ele tem seu saiote lindo “Ele jurou
E na sua testa E tornou a jurar
Tem seu diadema Em ouvir os conselhos
“Estava lá na mata Que a Jurema veio dar”
Quando eu vi passar
Um Caboclo de pena” “Jurema, aonde está a sua flecha
“Mas que caboclo é aquele, Jurema, deixou lá na Jurema”
O Jurema “Salve o céu,
Foi Oxalá quem mandou, As estrelas, salve o Cruzeiro
O Jurema Saravá seu Arranca Toco
É Seu Arranca Toco Saravá nosso terreiro”
O Jurema
Dono do nosso Jacutá “Mas olha que caboclo mais lindo
O Jurema” Que seu Oxossi mandou saravar”
Seu Arranca Toco na Lei de Umbanda
Saravá seu Arranca Toco Pena Dourada na Lei de Oxalá
Ele é nosso padroeiro
“Ago ie, meu Pai Tem mironga
Seus filhos vem saravar” Onde tem mironga
“Ê, ê, ê, ê, ê, á Tem Umbanda
Saravá seu Arranca Toco Onde tem Umbanda
Seus caboclos Tem Oxalá
E seu conga” Tem Oxalá
“Minha Umbanda tem Oxalá”
Oi deixa pisar “Brilhou, a estrela guia
Oi deixa entrar A mata estremeceu”
Na terra de Oxossi “Eu vi na barra do dia
Na aldeia de Arranca Toco Seu Arranca Toco apareceu”
Este bacuro de Umbanda
Batizado por caboclo “Está iluminada a sua banda
Que ele é neto de Orixá Está cheio de flores o seu Congá”
Que ele é neto de Orixá “Arranca Toco é tudo o que eu faço
Arranca Toco ilumina os caminhos
“O que me contas Por onde eu passo”
Lá da mata de Oxossi”
O galho não quebrou Seu Arranca Toco
A folha não caiu É um caboclo flecheiro
E a flor perfumou ô, ô, ô, ô Vem de tão longe
“É Arranca Toco Para nos salvar
É Seu Folha Verde “O vinde, vinde,
E a Jurema Meu caboclo valente
Que vem colher Seu Arranca Toco
Toda flor da aldeia” Olha o seu Jacutá”

Onde tem cavalo “Jurema manda avisar


Tem caboclo Todo seu povo
Onde tem caboclo Tem festa no jacutá
De Arranca Toco” “Vim conhecer
“Ogum vai mandar Seus caboclos de Aruanda
Os seus guerreiros Vim girar na sua Umbanda
Iemanjá vai mandar Vim saravá o seu Congá”
Todo povo lá do mar”
Seu Folha Verde
Na mata virgem um sabiá cantou Quando veio lá das matas
E lá no céu uma estrela brilhou Trazia na cintura
“Ô saravá seu Arranca Toco de Umbanda Uma cobra coral
Na mata virgem, ele é rei é caçador” Ele veio da Jurema
Veio com ordem suprema
Seu Folha Verde e Arranca Toco De nosso Pai Oxalá
Se encontraram na floresta Ele veio saravá, veio nos abençoar
E nesse dia lá nas matas Salve mensageiro da Jurema
Era uma cidade em festa Salve pemba, salve Umbanda
“Mas quem manda é Odé Salve o nosso Jacutá
Mas quem manda é Odé"
Todos caboclos se enfeitaram Seu Folha Verde se perdeu nas matas
Com as folhas da guiné Jurema achou e acabou de criar
E as caboclas curimbaram Hoje ele é um grande guerreiro
Pra salvar a quem tem fé É filho da Jurema e neto do Cobra Coral
“Mas quem manda é Odé,
Mas quem manda é Odé” Ai, eu vi na Jurema
Ai, eu vi no Congá
Seu Folha Verde Eu vi seu Folha Verde de Aruanda
Eu venho de taité Eu vi, eu vi
De muito longe Quando a folha da palmeira
Corri a valer Balançou
“Seu Arranca Toco Aruanda Jurema
Mandou um recado prá você Aruanda, Jurema e Congá
Prá segurar a gira Saravá seu Folha Verde de Aruanda
Até o dia amanhecer” Saravá, saravá, saravá, saravá

Seu Folha Verde Quando o sol brilha nas matas


Quando vem lá das matas E os pássaros põe-se a cantar
Ele traz na cinta Nas árvores as folhas se inclinam
Uma cobra coral Prá ver o caboclo passar
“É uma cobra coral, Ele é seu Folha Verde
O é uma cobra coral” Que veio lá do Juremá
“E o vento passa saravando
Seu Folha Verde A folha mais verde e linda que há”
Vem chegando de Aruanda
Vem de Aruanda Bate palma na Macaia
Prá salvar filhos de Umbanda Foi Jurema quem mandou
“Ele é flecheiro Avisar seu Folha Verde
É caboclo atirador Que a Umbanda lhe chamou
Lá na Aruanda Seu Folha Verde, seu Folha Verde
Folha Verde é vencedor A Jurema já avisou
Que a Umbanda lhe chamou
Seu Folha Verde
Eu venho da mata virgem “Caboclo Folha Verde de Umbanda
Prá conhecer a sua aldeia Da mata virgem ele vai aqui chegar”
Que fica na Juremá “Apanha o arco,
Atira flecha na Aruanda
No terreiro, “Mas ele mora no rio verde
Ele vem prá trabalhar” E se levanta pela manhã”
Seu Folha Verde de Oxossi Mas ele é seu Folha Verde de Umbanda
É guerreiro “Oi, minha Nossa Senhora
Seu ponto ele vai afirmar Ele é Caboclo Sanhã”
“Lá da Jurema
Ele é caboclo flecheiro Nas matas verdejantes
No seu reino Aonde o sol brilhou
Ele sabe governar” Nas folhas das palmeiras
Arara anunciou
“Quando eu passei Era seu Folha Verde
Pelo rio de pedras brancas Que por aqui passou
Eu passeava sobre as pedras suas” Aonde vai caboclo
“Mas que beleza Vou prá minha Umbanda
Seu Folha Verde no clarão da lua” Que ela me chamou
Eu vi na boca da mata eu vi
Eu vi na boca da mata eu vi Ele é rei
Caboclo da Folha Verde é você É caçador
Caboclo da Folha Verde é do arerê É Folha Verde
Oooô dauiza, oooô dauiza Da mata virgem
Oooô dauiza, oooô dauiza É filho da Jurema é
O seu reinado não é daqui
O Juremê, O Juremá Fica lá no Juremá
O Juremê, O Juremá A sua caça corre ao longe
“Se não fosse a Cabocla Jurema A procura do caçador
Seu Folha Verde não vinha até cá”
“O galo já cantou,
O dia clareou Na Umbanda, na Umbanda
É seu Folha Verde Folha Verde da Jurema
Que aqui chegou” Na Umbanda, na Umbanda
“É na fé de Oxalá Seus filhos vem saravá
Que ele vem, vem, vem
Com sua falange Ele deixou sua aldeia
Trabalhar para o bem” E veio na Umbanda girar
Quando ele vem da Jurema
“Seu Aruê, Ele traz flecha, ele traz bodoque
Já vem chegando de Aruanda Prá trabalhar
Vem saravá o terreiro de Umbanda” “Que mata, que mata, que mata que é
“Na Umbanda vai girar É a mata de Oxossi”
Com sua flecha e seu bodoque Cheirando a guiné
Seu Folha Verde é um Caboclo de Oxossi” Caboclo Folha Verde neste Jacutá
A folha caindo
“Cuidado meu mano E pairando no ar
Que a Macaia tem dono
O Rei de lá é Oxossi Jurema, o Juremê, o Juremá
Quem mora lá é caboclo” É uma cabocla de pena
Lá na aldeia da Jurema Filha de Tupinambá
Só entra filhos de Umbanda Ela atirou sua flecha, aonde irá acertar
Não mexa nas flechas de Oxossi “ Oi lá na mata, houve um tirotê
Porque elas tem mironga Seu Folha Verde mandou me chamar
Folha Verde só apanha “Foi no clarão do dia
Quem tem agô de Aruanda Que o sabiá cantou”
“Louvado seja Arranca Toco Já vem chegando de Aruanda
Louvado seja o Senhor” Vem com a bandeira de Oxalá
Oi, batam palmas,
“Arranca Toco quem mandou Batam palmas,
O sabiá cantar” Batam palmas
“Chamando Baturyté Que os seus filhos
Prá trabalhar neste Congá” Ele vem saravá

“Baturyté ouviu Relampiou


O sabiá cantar” Ai, trovejou
“Louvado seja Arranca Toco Raiou o dia
Louvado seja o seu Congá” Baturyté veio no clarão da lua
Relampiou
Mas ele é um Caboclo Ai ,trovejou
Formoso na Umbanda Raiou o dia
Que de Aruanda veio saravá Baturyté ele é o mestre guia
Filhos de Umbanda Relampiou
Auê, auê, auê, Ai, trovejou
Baturyté Raiou o dia
Auê, auê, auê Baturyté confirmou a sua gira
Baturyté
“Eu caminhava na linda floresta
Olha, olha, quem vem lá Eu passeava na mais bela rua
Mas quem vem lá Ó que beleza
É o Senhor Baturyté, Baturyté Baturyté no clarão da lua”
Ele vem rompendo as matas
Ele veio trabalhar “Gira caboclo,
Ele vem nos ajudar Neste Congá
Segura a corrente,
Ele vem nos ajudar, nos ajudar Prá não tombar”
Vamos todos o saudar, o saudar
O Senhor Baturyté “Baturyté,
Com a força de Oxalá Meu Orixá
Saravá Baturyté Sou filho de pemba,
“Auê Baturyté quanta harmonia Filhos deste Congá”
Deus salve sua Estrela Guia”
Ele olha o céu, As andorinhas me chamou
Ele vê o sol, Em nome de Oxalá
Ora viva a lua Saúdo Baturyté
Baturyté vai birimbando na aldeia Para Aruanda vai girar
Ele olha o céu
Ele vê o mar “Eu vi, eu vi
Ora viva a terra Por detrás daquela serra
Baturyté vai birimbando na aldeia Eu vi,
Ele olha o céu, Uma linda cachoeira”
Ele vê Oxossi, “Eu vi Seu Arranca Toco perguntado:
Ogum no Humaitá Baturyté
Baturyté vai birimbando na aldeia Como é linda a nossa aldeia”

Seu Baturyté
Chamada de Oxossi “Oxalá mandou
(Mesa dos Orixás) E já mandou buscar
Os caboclos da Jurema
Lá no Juremá Salve meu Pai Oxalá
Oxalá mandou” Umbanda vamos saravá
Orixalá
Seu Oxalá
É o Rei do mundo inteiro Na mata virgem eu vi
Mandou ordem prá Jurema Um índio caçador
Buscar seus capangueiros Oxossi vem caçar
Mas ele é o tatamirô
Mandai, mandai Mas ele é o tatamirô
Minha Cabocla Jurema
Os seus guerreiros A Umbanda em festa
Esta é a ordem suprema Com seu congá cheio de flores
Oxalá mandou Filhos de pemba
Vamos todos saravá
Ponto de Defumação Nossos caboclos
Com suas penas multicores
“Oxossi vem das matas Saravá Oxossi
Com as ervas da Jurema Saravá Oxossi
Plantou no seu terreiro O maior dos Orixás
Toda banda perfumou”
“Oxossi é Rei no céu
“Cruzou todos os cantos Oxossi é Rei na terra”
E seus filhos saravou “Ele não desce do céu sem coroa
Com as ervas da Macaia Sem a sua mucanga de guerra”
Que a Umbanda semeou” “Saravá Oxossi
“O perfume da flor da Juremeira Saravá meu Pai”
Se espalha por toda a Juremá” “Ele não desce do céu sem coroa
“Abenção dos caboclos de Aruanda Sem a sua mucanga de guerra”
Prá salvar filhos de Umbanda
É a mandado de Oxalá” “Oxossi balanceou lá na mata
“Salve os caboclos de Aruanda E vem cair no terreiro de Umbanda”
Salve o povo da Umbanda “O girou na lei,
Salve o nosso Jacutá” O girou na lei
No terreiro de Umbanda
“A mangueira, a mangueira Coroa de Oxossi é que manda”
A mangueira, o canga
O, lá na mata tem mironga” “A lua quando nasce
“Folha por folha o canga Já vem rompendo a aurora
O, lá na mata tem mironga” Clareia uma choupana
“Vamos saravá, Aonde Oxossi mora”
Vamos saravá “Clareou a mata virgem
Saravá filhos de fé, A sua aldeia, onde Oxossi mora”
Em nome de Oxalá, ô”
“Oxossi, Oxossi, Oxossi
“Oh, Orixalá Rei da mata, venceu demanda”
Oh, Orixalá meu Pai” “Oxossi afirma seu ponto
Oxossi lá na Jurema No terreiro de Umbanda”
Ajudai filhos de pemba
Orixalá meu Pai Eu vi chover, eu vi relampejar
Salve os nossos Orixás Mas mesmo assim, o céu estava azul
Salve o povo de Aruanda “Com sua pemba e as folhas da Jurema
Salve os filhos de fé Eu vi Oxossi em seu maracatu”
Saravá a nossa Umbanda Que bombardeio que se deu lá na aldeia
Que até sua palhoça Oxossi é dono do Congá”
Oxossi quis abandonar
“Ele é caboclo da tribo da Jurema “Se seu pai é Oxossi
Oxossi reina no seu Juremá” Quero ver balancear”
“Arreia, arreia
Andorinha que voa, voa Caboclos da Jurema
Andorinha, chô, chô O Juremá”
Andorinha chô, chô
Me leva pro céu este botão de rosa, “Oxossi é Rei na aldeia
Andorinha chô, chô Seu reino é o Juremá
Andorinha chô, chô Oxossi firma ponto
São Sebastião é Oxossi Com ordem de Oxalá”
São João Batista é Caô E quando o sol desponta
Santa Bárbara é Iansã Passarinhos a cantar
São Jerônimo é Xangô Saúdam meu pai Oxossi
São Jorge é Ogum Guerreiro E o reino do Juremá
Ogum é meu protetor
Andorinha, chô, chô O Uirapuru cantou na Sapucaia
Andorinha chô, chô Toda Jurema ouviu o seu cantar
Me leva pro céu este botão de rosa, “Ele saudava Pai Oxossi de Umbanda
Andorinha chô, chô Ele saudava o reino da Juremá
Andorinha chô, chô “Caminhou, caminhou
Agô na Umbanda é licença, Sete noites, sete dias
Quem puxa ponto é ogan Até que aqui ele chegou
Reco-reco é macumba Senhor Oxossi com alegria”
Malême é pedir perdão Ele veio de tão longe
Tambor se chama atabaque Veio do alto da serra
Saravá é saudação Quando atira sua flecha
Andorinha chô, chô O seu bodoque não erra
Andorinha chô, chô Saravá senhor Oxossi
Me leva pro céu este botão de rosa Salve a nossa banda
Saravá toda falange
“Atira, atira, eu atirei Da nossa tão querida Umbanda
No bamba vou atirar”
“Veado do mato é corredor “Foi no tronco da Mangueira
Oxossi na mata é caçador” Oi Mangueira
Que eu vi Oxossi sentado
“Tambor, tambor Lá nas matas da Jurema”
Vá buscar quem mora longe” Com seu tacape dourado
O viva Oxossi na mata Com sua flecha certeira
Ogum no Humaitá Cuidado que o Rei da Mata
Meu pai Xangô lá na pedreira Não gosta de brincadeira
O Iansã É Pai Oxossi quem manda
O Iemanjá Caboclos da Juremá
Pra vim defender a Umbanda
Um diadema lá no céu brilhou A Umbanda de Oxalá
E a mata virgem veio iluminar
“É de Aruanda, A Juriti cantou
É da lei de Umbanda Cantou na Juremeira
Nosso pai Oxossi, vamos saravar” Meu pai Oxossi ao longe
Oxossi e,e,e,e,e Ouviu o seu cantar
Oxossi e,e,e,e,a Ele é o Rei
“Lá na Jurema, lá na Jurema Ele é o dono da Jurema
Lá vem Oxossi É de Aruanda auá
Com seus caboclos de pena Meu pai Oxossi é de Umbanda
Ele é meu pai É de Aruanda auê”
Ele é caboclo
Oxossi ê, Oxossi á,Oxossi ê Ele é guerreiro
Parangolê, parangolá Vem de Aruanda
“Lá no caminho da sapucaia Trabalhar neste terreiro
Aonde ele passava o dia” Ele é de Oxossi
“Oxossi vem firmar seu ponto Ele é flecheiro
Estrela D‟Alva é nossa guia” É da Jurema
Ele é seu capangueiro
Apareceu ninguém viu
Uma estrela a brilhar Oxossi é o esplendor do dia
Atravessou sete ondas Seu capacete tem pluma de ouro
Atravessou sete ondas Seu abaeté multicores
Era Oxossi no mar Força, vida, coragem ele irradia
Oxossi é o esplendor do dia
Lá de Aruanda Seus filhos na terra
Chamei seu caboclo, cadê Ele protege, ele confia, ele é seu guia
Prá nossa Umbanda Sete linhas com ele segue saudando
Chamei seu caboclo, cadê A Umbanda em homenagem ao dia
Da mata virgem
Pedi prá Oxossi chamar “A mata estava escura
Pedi prá Xangô lá na pedreira Os anjos clariou”
Pedi lá no mar a Iemanjá “No sertão da mata virgem
“Lá de Aruanda O seu Oxossi aqui chegou”
Ogum mandou me dizer “Mas ele é o rei, ele é o rei, ele é o rei
Já procurei este caboclo Mas ele é o rei
Filho de Umbanda cadê” Na Aruanda ele é o rei”

Quem manda na mata é Oxossi Ô não mexa na machada de Xangô


Oxossi é caçador Ô não mexa na espada de Ogum
Oxossi é caçador O não mexa na linha de Oxossi
“Ouvi meu pai assoviar Que na mata tem o Rei que é caçador
Ele mandou me chamar”
“É de Aruanda auê
“Capitão da mata, não bambeia Que a mata tem morador
Não bambeia” Bate tambor ê, ê
“Capitão da mata Pai de cabeça chegou”
Olha a sua aldeia
Todo mundo canta “Caboclo afirma seu ponto
Capitão da mata não bambeia” Na pontinha do cipó”
“A meia noite na lua
Quem é filho de Umbanda Ao meio dia do sol”
Balanceia mas não cai
Chama povo de Aruanda “Se a coral é sua cinta ô
Firma ponto prá meu pai A jibóia e sua laça”
“Ah firma ponto “Oi que zua, que zua, que zua, ê
Firma ponto prá meu pai” Caboclo mora na mata”

Zum, zum,zum, o, o, o “É banda, é banda, é banda,


Zum, zum, zum, o, o, o É banda, é banda é”
“Não bota fogo na mata “Seu bodoque é de ouro é”
Seu saiote tem pena dourada “No meio da mata virgem
E figa da guiné Debaixo de um pé de angá
“Olha a Macaia Caboclo Eu vi caboclo atirando
Olha a Macaia Caboclo” A sua flecha prá não errar”
Caboclo que veio lá da Jurema Zuou, zuou, a sua flecha zuou
Caboclo que veio do Juremá Zuou, zuou a sua flecha zuou
Caboclo que tem saiote de pena
Caboclo que vem na Umbanda girar Quando o caboclo
“Olha a Macaia Caboclo Cata a folha da Jurema
Olha a Macaia Caboclo” E Preto Velho
Laço de Caboclo é de cipó Traz arruda e guiné
Arma de Caboclo chama tacape “Eles vem,
Caboclo da Mata mora na taba Trabalhar na lei de Umbanda
Quem manda na aldeia é Morubixaba Tem licença de Aruanda
“Olha a Macaia Caboclo Prá salvar a quem tem fé”
Olha a Macaia Caboclo” O sabiá canta alegre na palmeira
Pai Xangô lá na pedreira
E venha ver como é linda Os seus filhos vai chamar
A nossa Umbanda “Meu pai Ogum,
Caboclo que vem de Aruanda Empunhando a sua espada
Chegando para nos ajudar Manda o toque d‟alvorada
E venha ver, Toda linha vai chegar”
Quando um filho de Umbanda canta “Deixa a gira, girar, oh
Toda mata se levanta Deixa a gira, girar”
Para ouvir a nossa voz, a nossa voz Se ele é filho da Jurema
E venha ver como a natureza vibra É neto de Orixá
E os nossos caboclos tem fibra Ele entra na gira
Para lutar pelo amanhã Deixa a gira, girar

Na mata eu vi “Olha a gira, gira, gira, girou


Um caçador da Jurema Olha a gira, gira, gira, girou”
Com seu saiote de pena “Ô saravá seu (Arranca Toco)
Sua flecha e seu bodoque Olha a gira, gira, gira, girou”
Ele vem caçar a ema
Na mata eu vi “Tamandaré, Tamandaré, auê
Um caçador da Jurema Tamandaré, Tamandaré, auê”
Com sua flecha e seu bodoque “Saravá Seu (Arranca Toco)
Veio caçar a ema Tamandaré auê
Lá na mata eu vi
“Ilumina o mundo, ó Jurema
“Lá vai o sol Enquanto a lua não vem, ó Jurema”
E vem chegando a lua “Mas ele vem caminhando, ó Jurema
Mas a gira de caboclo continua” Vem no passo da ema, ó Jurema”
“E quando amanhece
O sol vem depois da lua “O Juremê, O Juremá
Mas a gira de caboclo continua” Sua flecha caiu serena
Ô Jurema
“Lá na aldeia Dentro desse Congá”
Aonde os caboclos moram” “Salve São Jorge Guerreiro
“Vestimenta de caboclo é samambaia só” Salve São Sebastião
É samambaia só, é samambaia só Saravá povo de Umbanda
É samambaia só, é samambaia só Quero a vossa proteção
Ó Jurema”
“A mata é sua mas a chave é minha”
Pontos da Cabocla Jurema e, e, e, e, e, e, e, á,
“Jurema linda, princesa, rainha” “Princesa, rainha do seu Juremá”
Moça bonita é a cabocla Jurema Jurema, ô Juremê, Juremá
Ela tem, ela tem seu diadema Jurema, ô Juremê, Juremá
Lá na aldeia ela é a rainha É uma cabocla de pena, filha de tupinambá
Tem flecha de ouro, saiote de pena Rainha da pontaria, nunca se viu ela errar
É como um girassol Tem a pele bronzeada, os olhos da cor do luar
A coroa dela é como um girassol Passa correndo nas folhas, nunca se ouviu seu
É a luz do amanhecer pisar
Sonho lindo do arrebol É uma cabocla de pena
A coroa da Jurema
É como um girassol Pontos do Caboclo Sete Flechas
Como um girassol Foi numa tarde serena,
Lá nas matas da Jurema
“Que linda, Que eu ouvi o caboclo bradar
É a cabocla Jurema “Kiô, kiô, kiô, kiô, kiera
Que linda, Sua mata está em festa
Sob o clarão do luar” Saravá Seu Sete Flechas
Jurema, dai-me a vossa proteção Ele é Rei da Floresta”
Jurema, sou de ti a devoção
Jurema, quando chegou no Congá “E rê, rê,
O Juremê, O Juremá Caboclo Sete Flechas no Congá
E rê, rê”
“Quando eu entrei na mata Saravá Seu Sete Flechas
Um lindo canto ouvi” Ele é o Rei da Mata
Era a cabocla Jurema A sua bodoque atira, o paranga
Andando cantava assim: A sua flecha mata
Os passarinhos são meus E rê, rê
E a Macaia também
Pedreiras e cachoeiras Ponto do Caboclo Pena Verde
Estão em meu reino também Caboclo Pena Verde
“Ô saravá Oxossi, Vem aqui prá trabalhar
Xangô e Mamãe Oxum Vem na linha de Oxossi
O seu reinado encantado Na justiça de Xangô
Enfeita o meu jardim” Ele é Rei no seu Congá
Saravá Oxossi
Gostas de mim, porque não vens me ver Saravá Xangô
Tu tens a força e tens o poder Saravá Seu Pena Verde
Se és cabocla e tem saiote de pena Nosso Guia Protetor
Vens mostrar a força que tem a Jurema
Ponto do Caboclo Pena Branca
“Estava na mata Pontos do Caboclo Jurumias
Estava trabalhando” “Vim de tão longe
“Seu Pena Branca Prá conhecer a aldeia”
Passou me chamando” “Mas ele é seu Jurumias
Eu vou, eu vou Que na Umbanda ilumina”
Onde ele mora
Ele mora na mata Seu Jurumias
De Nossa Senhora Com seu diadema
Mas ele vem, ele vem trabalhar Ele é da Jurema
Ele é Pena Branca É de Oxossi á
Da Tribo Guará Quando ele chega neste Jacutá
Ele vem girando Saravá, saravá, Oxalá
Em nome de Oxalá Ele é o pai de cabeça
Não deixe seu filho tombar
“Saravei o sol Lua, ó lua ilumina o terreiro
Saravei a lua Que pai de cabeça chegou
Saravei Oxossi Lua, ó lua já deu meia noite
Todos caboclos E o galo de pemba cantou
E as caboclas deste Congá”
“Ora viva a Jurema Das terras da Jurema
Seu Juremá Abenção meu pai Oxalá
Saravei Oxossi Abenção meu pai Oxossi
Saravei Ogum lá no Humaitá” Abenção meu pai Oxossi
Das matas da Jurema
Seu Jurumias Nas matas do Juremá
Porque é que a cobra pia Abenção meu pai Oxossi
Se a cobra pia eu também quero piar Abenção meu pai Oxossi
“Se a cobra pia eu também quero piar
Eu sou Caboclo Jurumias Pontos do Caboclo da Mangueira e Caboclo
Venho aqui neste Congá” Tangaracy
“Nas matas da Jurema
A minha luz está nas minha mãos Tangaracy nasceu”
E as suas nas mãos de Deus “Arranca Toco quem mandou
Mas é que a minha clareia Folha Verde foi quem abençoou”
Clareia os filhos meus Jurema, Jurema, Jurema
Oi saravá este caboclo de pena
Saravá, saravá, saravá Jurema, Jurema, Jurema
Este povo de pemba Mas ele tem o peito de ema
Que é filho de fé no Congá
“Arranca Toco chamou Cidade do Juremá”
A mata resplandeceu” “Meu pai Oxossi chegou
“Vem seu Mangueira Lá do alto da sua serra
Abençoar os filhos seus” Caboclo foi coroado
Com sua espada de guerra”
“Salve o céu “O sol se apaga
Salve a lua e as estrelas E a lua clareia
Salve Oxossi e toda Juremá” É lua cheia
Salve meu pai Caboclo já está na aldeia”
Ele é flecheiro “É o pau peroba,
É seu Mangueira É o pau que matou a cobra”
É deste jacutá “O pau rolou, rolou, caiu
Lá nas matas ninguém viu”
Quando Oxossi fundou esse congá “Ele não bambeia, ele não bambeia
Os caboclos vieram ajudar Ele não bambeia meu pai
Veio Ogum, veio Xangô, veio Iemanjá Ele não bambeia”
E a Jurema para cantar
As estrelas iluminaram a mata escura Caçador na beira do caminho
Oxalá abençoou Só não me mate
Saravá seu Arranca Toco Esta coral na estrada
Saravá Oxossi no Congá Ela abandonou sua choupana, caçador
Foi no romper da madrugada
“Mas ilumina o mundo Caçador
Mas ilumina o mar
Mas ilumina as matas “Vestimenta de caboclo é samambaia
É samambaia, é samambaia” Oxossi lá da Jurema
Saia caboclo, não me atrapalha Manda folhas cá pra nós
Saia do meio da samambaia Mas que caboclo bom ê, ê
Manda folhas cá pra nós

Chamada de Ogum Hino a Ogum

Ôôôô, ô Ogum Salve a luz da Estrela Guia


Ôôôô, ô Ogum Salve a Umbanda de Oxalá
Ogum de lei Viva São Jorge Guerreiro
Quem manda é Zâmbi Nos campos do Humaitá
Ogum de lei Meu pai Ogum é protetor
Quem manda é Zâmbi Ele é força e poder
Sem nunca temer a guerra
Corre, corre toda gira Sempre lutou prá vencer
Corre, corre toda gira
O prá salvar filhos de Umbanda Em frente a marchar
Na luta pelo bem
Saudando sol Ogum é defensor
Saudando a lua Do que a nossa Umbanda tem
Ele vai girar E sempre a combater
Ele vai girar O inimigo audaz
Na linha de Umbanda A força de Ogum
Ele vai girar É a proteção da paz
Ele vai girar
Ele vai girar
Pontos do Caboclo Bacuri “Perguntei o que estava fazendo
Espia o que vem lá do céu Tirando areia do fundo do mar
E veja o que vem lá do mar
Mas ele é seu Bacuri da Umbanda Bacuri, ô Bacuri
Espia Bacuri, ô Bacuri
São Jorge venceu demanda
Peço agô Na porta do Humaitá
À Ogum Beira Mar Ogum já jurou bandeira
Para falar de um caboclo O vamos todos saravar
Que cantava lá n beira da praia O vamos todos saravar
Enquanto molhava a cabeça Seu Bacuri
De seus filhos de pemba Já vem chegando
Com cerveja de Ogum Lá da cidade de Humaitá
Mas que caboclo é este Trazendo a flecha,
Que vem de Aruanda Seu bodoque e sua pemba
Pintadinho de Olorum Nesta falange ele vem trabalhar
É seu Bacuri meu irmão
Guerreiro de Paz de Ogum “Eu vi seu Bacuri
Sentado à beira mar”
Com licença, com licença “Debaixo de um arvoredo, ele fazia
De Mãe Iemanjá seu laço, com uma cobra coral”
Ele é caboclo da beira do mar
Mas ele é seu Bacuri “Quem é que vence demanda?
Ele vem, ele vem trabalhar Quem é que mora na beira do mar?”
É seu Bacuri, é seu Bacuri
“Eu vi seu Bacuri ô “Mas ao romper do dia
Eu vi a Sereia do Mar” Mas ao clarão da lua
Ele está dentro do seu jacutá” “Em seu cavalo branco
De capacete e espada,
Seu Bacuri Ele é Ogum Matinata, o paranga
Já vai embora Anda de madrugada”
Mas ele vai prá beira do mar “Ai Odé, oi que Ogum está de ronda
Mamãe Iemanjá Ai Odé, oi que Ogum está de ronda”
Mandou lhe chamar
Abenção de seus filhos “Se meu pai é Ogum
Ele vai girar Vencedor de demanda,
Ele vem de Aruanda
“A sua flecha, quem lhe deu foi Oxossi Prá salvar filhos de Umbanda”
A sua lança, quem lhe deu foi Ogum” Ogum, Ogum Yara
“E a estrela que brilha na alvorada Ogum, Ogum Yara
Brilhou no manto de Mamãe Oxum” Salve os campos de batalha
Salve a sereia do mar
“Reboliço na Umbanda Ogum, Ogum Yara
Quem vem descendo de Aruanda Ogum, Ogum Yara
É Ogum, é Ogum”
“Ogum meu Pai,
“A lua desceu na terra Quem é da linha de Umbanda, não cai”
Trazendo um grande orixá Firma ponto no terreiro
Saravá Ogum Yara Firma ponto meu irmão
Salve Ogum Beira Mar” Quem é da linha de Umbanda
Tem sempre a pemba na mão
“Salve São Jorge Guerreiro Ogum
Vencedor da batalha do Humaitá”
Filhos dileto de Pai Olorum Lá vem Ogum, em seu cavalo
Sentinela avançada do Rei Oxalá Com sua lança e espada na mão
“Vence batalha, vende demanda O campo é largo, deixa correr
Ogum glorioso, Orixá da Umbanda” Vamos saravá, Ogum Megê
Ilumina meu peji
Proteja meu arerê “Ogum de Lei,
Fortaleça a minha fé não me deixe sofrer tanto assim,
Firma meu camutuê Meu Pai”
Ogum Dele, Ogum Megê “Quando eu morrer, vou passar
Ogum Dele, Ogum Megê Lá na Aruanda
“Em nome de Pai Olorum Saravá Ogum
Eu vou saravar a linha de Ogum” Saravá Filhos de Umbanda”
Saravá Ogum Beira Mar, “Ô na lei de Umbanda
Ogum Rompe Mato Orixá que comanda é Ogum
Ogum Yara Ele é o guerreiro
Saravá Ogum Megê, O segura o terreiro, Ogum”
Ogum Naruê, “Saravá Ogum Yara,
Ogum Malei, Ogum Beira Mar, auê
Saravá Ogum de Nagô, Salve Ogum Rompe Mato, Ogum de Lei
Nosso povo, nossa lei Quem está de ronda é Ogum Megê”

Onde estão seus cavalos Pedra rolou


Para Ogum viajar Lá no Humaitá
Tire os espinhos da roseira Ogum está de ronda
Ogum ê, Mensageiro de Oxalá
Não deixa seus filhos sofrer Afirma, afirma, minha gente
Ogum ie Vamos afirmar
O terreiro de Umbanda Sou filho de Umbanda
Não foi feito prá brincar Nasci no terreiro
Filhos de Umbanda Meu pai de cabeça é o meu Orixá
Não tem querer Eu vou na encruza, correr minha gira
Não fala tudo que sabe E o povo de pemba é que vem saravar
Não conta tudo que vê Ogum e, e, e, é que vem saravar
Ogum e, e, e , é que vem saravar
« Auê, auê, auê
Auê, auê, auê” Eu tenho Sete Espadas prá me defender
Vem de tão longe Eu tenho Sete Espadas prá me defender
Ele é guerreiro Eu tenho Ogum em minha companhia
Vem visitar Eu tenho Ogum em minha companhia
Nosso terreiro Ogum é meu pai
Ele é Ogum Ogum é meu guia
Ogum guerreiro Ogum vai baixar
Vem visitar nosso terreiro Na fé de Zâmbi e da Virgem Maria

“Cavaleiro na porta bateu Se a sua espada é de ouro


Eu peguei a minha pemba para ver quem é” Sua coroa é de Rei
“Era Ogum guerreiro minha gente “Ogum é Tata na Umbanda
Cavaleiro da força e da fé” Seu cangira é de Umbanda
Caboclos do mato Ogum ê”
Senhor corre gira
Ogum Rompe Mato Ogum olha sua bandeira
Senhor vai girar É branca, é verde, é encarnada
Xangô na pedreira, vê nossa cangira “Ogum nos campos de batalha
E o povo de pemba, é que vem saravar Ele venceu a guerra
Ogum e, e, é que vem saravar Sem perder soldado”
Ogum e, e, é que vem saravar

Ogum agô firiri Senhor Ogum, olha a estrada


Ogum agô firiri E vê, se a estrada tem espinho
Malême meu pai Ogum A estrada está fechada
Ogum agô firiri Senhor Ogum
Vem abrir os meus caminhos
Ogum braga-da-ê-ê
Ogum braga-da “Estava na beira da praia
Ogum braga-da-ê-ê Quando vi sete ondas rolar”
Ogum braga-da “Abre a porta gente
Que aí vem Ogum
“Ogum está no Medá Com sua espada de ouro
É hora, é hora, Ogum” Ele vem saravar”
Ogum, Ogum Yara “Ogum em seu cavalo corre
Ogum, Ogum Yara E sua espada reluz”
Salve os campos de batalha “Ogum, Ogum Megê
Salve a sereia do mar Sua bandeira cobre os filhos de Jesus,
Ogum, Ogum Yara Ogum ê”
Ogum, Ogum Yara
Caboclo, caboclo
“Reuniu todos lanceiros Venha correr sua gira
Quando seu clarim soou” Caboclo, caboclo
“Ogum vence demanda Em nome da Virgem Maria
E Zâmbi confirmou” Caboclo, caboclo
Sentinela de Oxalá Ô na banda aruê
É guerreiro de Ogum
Ele vem no terreiro trabalhar Ogum, Ogum
Vem de Aruanda
Pisa na linha de Umbanda Vem salvar teus filhos, vem
Que eu quero ver São Jorge venceu demanda
Ogum Beira Mar Ogum, Ogum, Ogum meu Pai
Pisa na linha de Umbanda O senhor mesmo é quem diz
Que eu quero ver Filho de Umbanda não cai
Ogum Rompe Mato Ele vem de Aruanda
Pisa na linha de Umbanda Ele vence demanda
Que eu quero ver Saravá no terreiro
Ogum Yara, Ogum Megê Todo povo de Umbanda
Ogum Yara, Ogum Megê
Oxossi assoviou lá no Humaitá Ele corre toda a gira
Ogum está de ronda Em nome de Oxalá
Mensageiro de Oxalá Ogum é um grande guerreiro
Afirma, afirma minha gente Ele gira e torna a girar
Pisa devagar Ogum gira na Umbanda
Terreiro de Umbanda Com sua espada no ar
Não foi feito pra brincar
“General, general, meu general
“Ogum só devia beber General, general do mar”
Ogum só devia fumar” ”Auê, auê,
“A fumaça é a nuvem que passa Auê General Guanabara auê”
A cerveja é as ondas do mar” Ele é Ogum
Que vem das ondas do mar
“Ele ronda o céu Montado em seu cavalo
Ele ronda a terra Carregando Iemanjá
Ele ronda o mar “Ele vem voando
Ele ronda o ar” Ele vem cavalgando, ele vem girar
“Ele vem rondando vem Ele é Ogum guerreiro
Vem de Aruanda É Guardião dos militares”
Salve seu Ogum,
Salve seu Ogum Beira mar auê Beira mar
Seu Ogum de Ronda” Ogum já jurou bandeira
Nos campos do Humaitá
São Jorge Santo guerreiro Ogum já venceu demanda
Combate as forças do mal Vamos todos saravá
Por isso aqui no terreiro
Sempre há de ser General “Vem Ogum
São Jorge é guerreiro Montado em seu cavalo”
Guerreiro de Umbanda “A sua lança é de ouro
São Jorge é guerreiro A sua espada reluz
É um bom cavaleiro A sua manta cobre
São Jorge é quem manda Os filhos de Jesus”
São Jorge é guerreiro
É um grande Orixá Ogum de Lei
São Jorge é guerreiro Não me deixe sofrer
É bom cavaleiro Tanto assim meu Pai
É do meu congá Quando eu morrer
Ogum manda na sete linhas Vou passar lá na Aruanda
Porque tem força para comandar Saravá Ogum
Saravá Filho de Umbanda
Xangô rolou a pedra na pedreira “Mas como é linda a bandeira de Ogum
No mar se estende o manto de Iemanjá Que ele ganhou lá no Humaitá”
Mamãe Oxum cantou na cachoeira “Provando ser o General da Umbanda
Cruzou-se a espada de Ogum a trabalhar Ogum vence demanda
Ogum Megê Em qualquer lugar”
Vem de Aruanda
Pra seus filhos proteger “Foi Ogum Beira Mar
Quem me trouxe do mar”
Salve Ogum de Lei, de Lei Quando ele vem, beirando areia
Salve Ogum de Lá, de Lá Vem trazendo no braço direito
Salve Ogum na Aruanda O rosário de Mamãe Sereia”
Salve Ogum no Humaitá, no Humaitá
Quem chegou de Aruanda, chegou Ogum quando chega no reino
Pai Ogum sobre seus filhos, já reinou Todo mundo canta
General da Umbanda Quer saber quem ele é
Lanceiro de Aruanda Ele é
Ogum, Ogum de Lei Capataz da Umbanda
Ele vem de Aruanda
Qual é o homem que bebe e que fuma Salvar filhos de fé
Na Umbanda Ogum ié
É Ogum Megê, o ganga Lá vem Ogum em seu cavalo
É, é, é, o ganga Com sua lança e espada na mão
É Ogum Megê, o ganga Ele é Ogum de lei
Ele vem de Aruanda Ele é Ogum meu Pai
Ele vence demanda Ele é quem diz
Saravá no terreiro Que filho de Umbanda não cai
Todo povo de Umbanda
“O bugre é mau, mas não é não
Saravá senhor Ogum O bugre é mau, mas não é não”
Mensageiro de Oxalá “ „travessei mar, „travessei onda
Com sua espada de ouro Fui buscar bugre mau
A brilhar no Humaitá No centro do amazonas”
Proteja seus filhos na terra
Guerreiro de mãe Iemanjá Ele vem bailando no ar
Defenda nosso terreiro Como ele dança na areia
E abençoe este Congá “É o valente Ogum
“Ogum de Lei, lê, lê Guerreiro de nossa aldeia”
Ogum de Lá, lá, lá Com seu capacete de ouro
Ogum de Lei, lê, lê Com sua espada serena
Olha as ondas do mar, olha a maré” “É o valente Ogum
Quando Ogum foi para a guerra Caboclo da cor morena”
Oxalá deu carta branca
Pai Ogum venceu a guerra Ele é caboclo nascido a Beira Mar
Seus filhos venceu demanda Ele é guerreiro da taba de Ogum
Na Umbanda É o grande guerreiro de Oxum
Ele é meu pai
“Oi lá no fim do mata E vai me abençoar
Se a cobra pia, eu também quero piar”
Se a cobra pia, eu também quero piar O, o, o, o, o, o, o, o, o , Nagô
O saravá meu Pai Ogum Quem está de ronda chegou
E o Caboclo Beira Mar É Ogum um
Ele veio de Aruanda
Seus soldados comandar “Eu vi um dia
Ele vem firmar ponto Um caboclo lindo,
Vamos todos saravá Entrou na mata
Seu Ogum A mata estremeceu”
Estava no caminho da Jurema “Mas o seu nome
Quando vi uma parada militar É Tucumurumbá
Era Ogum guerreiro D‟Aruanda Colhendo lírio
Que comanda um batalhão Prá enfeitar o Congá”
Pra guerrear no Humaitá
Subida de Abaré Guassu
“Enfeita a mata
Enfeita a praça Oi Ogum vai embora prá sua banda
Enfeita todo lugar Olha a banda que é banda, catinguelê
Vamos todos bater palmas
Que chegou seu General” “Firma ponto, Ogum vai embora
Ogum general da Umbanda Firma ponto, Ogum Megê”
Ogum general da Aruanda
Guerreiro de Oxalá Subida de Abaré, Abaré Mirim e Bojá
Arreia bandeira
Ele vai trabalhar “Ogum já me adorou
Ogum já me saravou”
Ogum e a sereia
São dois cabos de guerra “Filho de pemba
Sereia manda na areia, ô Que tanto chora
Ogum manda na terra Mas é Ogum
Que já vai embora”
Ogum lê, lê, auê, dauiza
Ogum é rei “Ogum vai girar
É um grande Orixá Ogum vai girar”
Eu sou filho
Eu sou neto de Aruanda Daí proteção, ó meu Pai Ogum
Ogum lê, lê, auê, dauiza Prá quem vai ficar
Ogum vai girar
Prá quem vive exclamando de dor
Chamada de Xangô Meu pai Xangô
Esta é a sua gira
“Xangô, meu Pai Olha a alegria que aqui reinou
Deixa essa pedreira aí” Saudando,
Os Orixás da Umbanda
“A Umbanda Pai Xangô de Aruanda
Está lhe chamando Nos abençoou,
Deixa essa pedreira aí” Saravá Xangô

Saudação à Xangô “Meu pai Xangô,


(festa de Xangô) Xangô da beira mar
Tira pedra e bota pedra
“Ai, Xangô, Xangô, Xangô Põe as coisas no lugar”
Vem aliviar a minha dor” “Faça justiça
Põe montanha prá nadar
Xangô é pedra dura Tira pedra, bota pedra
Prá quem vive, chorando de dor Põe as coisas no lugar”

Xangô é pedra dura Quando Xangô decidiu


A tempestade parar E Xangô é nosso pai”
“Leão rugiu na pedreira “Machadinha de cabo de ouro
Se ouviu na terra e no mar” É de ouro, é de ouro”
“Xangô, Xangô, Xangô “Machadinha que corta mironga
Orixá da lei da Umbanda É a machada de Xangô”
Da justiça protetor”
“Xangô plantou um lírio na pedreira
Na beira do cariri E a pedreira floresceu”
Eu vi Xangô assentado Xangô, filho de Zâmbi
Com Santa Bárbara e Oxum Xangô, me protegeu
Iemanjá ao seu lado Quando a justiça na pedra escreveu
Oi na beira do cariri Xangô, Xangô, meu Pai
Quem é da linha de Umbanda não cai
“Na pedreira da mata virgem “Eu vi Xangô lá no Itá
Onde mora meu pai Xangô” Abençoando nossos babalorixás”
“Se a água minou é Nana Buruque
E se a pedra rolou saravá Pai Xangô” Xangô na pedra é o Rei
“Pedra rolou, pai Xangô, lá na pedreira Xangô na pedra é o Senhor
Afirma ponto, meu pai, na cachoeira” Xangô veio de Aruanda,
“Tenho meu corpo fechado Meu pai Xangô, venceu demanda
Xangô é meu protetor Saravá Xangô, Saravá Xangô
Afirma ponto ogan Saravá meu Pai
Pai de cabeça chegou” Salve os filhos de Umbanda
Sete linhas de Aruanda
“Na pedreira de Xangô Que cair não vai
Eu vi a pedra rolar”
“Samambaia pegou fogo “Por detrás daquela serra
Sapecou tamanduá” Tem uma linda cachoeira”
“Veneno de cobra verde “É de meu pai Xangô
Não mata cobra coral” Que derrubou sete pedreiras”
“Quem não pode com mandinga
Não carrega patuá” “Bamba aruê
A mata é da Jurema”
“Sentado na pedreira de Xangô O leão entrou na mata
Cumpri meu juramento até o fim” O seu urro é muito forte
“Se um dia se quebrar, Seu machado tem bom corte
A fé em meu Senhor Seu Rei é Xangô
Que role esta pedreira sobre mim” No alto da cachoeira
Meu pai Xangô está no reino Tem um lindo jacutá
Meu pai Xangô é Orixá Tem um banquinho de ouro
“Olha seus filhos que pedem, meu pai Que Xangô vai sentar
Purificai este congá”
Se o terreiro é de Umbanda
Vim da pedreira de pai Xangô A Umbanda é de lei
Trazendo benção prá meu Congá É de lei de Aruanda
“Terra de Umbanda Meu pai Xangô é de Lei
Foi quem me chamou É de lei, é de lei, é de lei, é de lei
Fazer o bem em nome de Oxalá” Na pedreira lá na mata
Meu pai Xangô saravei
“Sua machada é pesada, é demais” Se a Umbanda tem mironga
“Pedi a Zâmbi Na justiça tem um Rei
Que o vento não vente mais Bacharel de Aruanda
Nossa Senhora da Guia Meu pai Xangô é o rei
É de lei, é de lei, é de lei, é de lei “Xangô, Xangô
Vai buscar quem mora longe”
Eu vi meu pai Xangô Eu vi Oxossi na mata
Sentado na pedreira Ogum no Humaitá
Com sua machadinha Meu pai Xangô lá na pedreira
Carregadinha de estrelas O, Iansã
O, Iemanjá
A sua machadinha brilhou Xangô, Xangô
A sua machadinha brilhou Vai me buscar quem mora longe Xangô
Quem manda na macaia é Oxossi Vai me buscar e traz sem demora Xangô
Quem manda na pedreira é Xangô Vai me buscar Preto de Angola Xangô

“Quem rola a pedra Na sua aldeia tem os seus caboclos


Na pedreira é Xangô” E lá nas matas tem as cachoeiras
Brilhou na coroa de Zâmbi No seu saiote tem pena dourada
Brilhou na coroa de Zâmbi Seu capacete brilha na alvorada
Brilhou na coroa de Zâmbi, Xangô “Meu pai Xangô é Rei lá na pedreira
Brilhou na coroa de Zâmbi, brilhou Também é Rei Caboclo da Cachoeira”
Brilhou prá saravá meu Pai Xangô
Quem é que vem de Aruanda Saudação ao Caboclo do Vento
Quem é que vence demanda
Quem é o dono da pedra “Eu estava na pedreira
É Xangô Quando ouvi cobra piar”
Xangô morreu de idade “Chamei Caboclo do Vento
Na pedra ele escreveu Para vir me ajudar”
“Justiça, meu pai, justiça “Ele me ajudou, ele me ajudou
Dai-me o que eu merecer” Salve o Caboclo do Vento
Saravá meu Pai Xangô”
Xangô morreu na velha idade
Morreu sentado numa pedra “O Caboclo do Vento
Ele escreveu a justiça Venta aqui, venta acolá”
Quem deve paga Ea venta aqui, venta acolá
Quem merece recebe Ea venta aqui, venta acolá
“Ele é da pedreira
“Estava sentado na minha tarimba Veio aqui pra saravá”
Estava rezando prá Xangô” Ea veio aqui pra saravá
Bateram na porta, alguém me chamou Ea veio aqui pra saravá
Bateram na porta, meu mano falou
“Qual é o vento que balança a folha
“Cachoeira da mata virgem O guiné,
Onde mora meu pai Xangô” É o vento que balança a folha”
O, a pedra rolou lá nas matas “É, é, é, o guiné
O, a pedra rolou saravá Xangô É o vento que balança a folha”
E, e, e, e, e, a, ele é filho de pemba
Bate a cabeça lá no Congá Saudação ao Caboclo Itacuruça

No alto daquela serra Zum, zum, zum, bateu


Tem um pedreira Cavaleiro sou eu
A tal pedreira Na pedreira lá na mata
Aonde caboclo mora Quem firma ponto sou eu
Esse caboclo é muito valente
A sua flecha é uma jibóia Ponto de Iansã
“Meu pai veio de Aruanda
A nossa mãe é Iansã” Subida de Abaré Guassu
“Cangira deixa a gira, girar
Cangira, deixa a gira, girar” “Xangô vai girar
Deixa a gira, girar Xangô vai girar”
Saravá Iansã
Meu pai Xangô, Iemanjá Dai proteção, ó meu pai Xangô
Ôooooo, deixa a gira, girar Prá quem vai ficar, Xangô vai girar
“Cangira deixa a gira, girar “Xangô vai girar
Cangira deixa a gira, girar” Xangô vai girar”

“Iansã tem leque de pena Subida de Bojá, Abaré Mirim e Abaré


Prá abanar, dia de calor”
“Iansã, mora na pedreira “Xangô já me adorou
Eu quero ver, meu Pai Xangô” Xangô já me saravou”

“Iansã é uma moça bonita “Filho de pemba


É a rainha do seu jacutá” Que tanto chora
“Eparrê, eparrê, eparrê, Mas é Xangô
É Mamãe de Aruanda, Que já vai embora”
Segura a banda
Que eu quero ver”
Chamada de Caô Saravá Caô”

“Auê de Aruanda auê Xangô meu pai


Auê de Aruanda auá” Xangô Caô
Em cima de uma pedreira
“Salve Iemanjá Onde mora Xangô
A Rainha do Mar Preto Velho trabalhando
Salve Xangô Caô Saravá Xangô Caô
Cabecinha de quá, quá, quá” Saravá Caô
“Caboclo, olha sua banda Caô ô ô ô
Caboclo, olha o seu congá” Malême meu guia
Caô, onde o rouxinol cantava Malême Xangô
Na casa em que Xangô morava Caô saravá Caô
“Pena vermelha de tatamirô
Pena vermelha de tatamirô Xangô mora na pedreira
Pena vermelha de tatamirô E manda relampiar
Caô” Caô Abeicy meu Pai Xangô, ô
Saravá Xangô, saravá Xangô
“Eu vi mironga, Xangô, o , o, o ,
Eu vi mironga no ar Xangô, o, o, o, o
Eu vi a pedra rolar, Caô Abeicy meu Pai Xangô, ô
Eu vi o céu clarear” Saravá Xangô, saravá Xangô
“Xangô, Xangô, Xangô,
Veio saravar, Xangô Caô”
A pedra rolou Xangô, o
A pedra rolou na pedreira “No alto daquela pedreira
Caô cabeicy na cachoeira Tem um livro de Xangô”
“Caô, Caô
Uma estrela brilhou no Oriente Nós somos filho de papai Xangô”
Brilhou, brilhou, brilhou
“Atravessando as matas da Jurema Quando Xangô veio da rocha
Ogum veio de Aruanda Subida de Caô
Seu Oxossi veio das matas
Prá saravá filhos de Umbanda “Caô já me adorou
Caô, Caô, Xangô Caô já me saravou”
Caô, Xangô, Caô, Xangô “Filho de pemba
Xangô é Rei na pedreira Que tanto chora
Dono da espada é Ogum Mas é Caô
E da cachoeira é Oxum Que já vai embora”
Vamos cantar sua curimba
Bate tambor no terreiro Abaré Mirim & Abaré
Chama prá saravá nosso reino
“Caô vai girar
“Ori do Oriente Caô vai girar”
Vem saravá os seus filhos de pemba”
Quem está chegando Daí proteção, ó meu pai Caô
No terreiro é Caô Prá quem vai ficar
Salve o povo de Java “Caô vai girar
Salve Ori do Oriente Caô vai girar”

Sob o manto de Mamãe Oxum Ô Nanã cadê Oxum


Eu encontrei alegria na vida Oxum tá nas ondas do mar
Sob o manto de Mamãe Oxum Ela é dona do congá
Eu encontrei minha Umbanda querida Oi salve Oxum, Nanã
Eu vi, pai Xangô lá na pedreira Atraca, atraca
Saravando Oxum, rainha da cachoeira Na onda
“Água caiu Aí vem Nanã
Olha água rolou Atraca, atraca,
Na cachoeira de Oxum e de Xangô Na onda
O, o, o,” Aí vem Nanã
É Nanã e Oxum
Saravá, saravá, saravá É a sereia do mar
Mamãe Oxum É Nanã
Das águas do rio
Das ondas do mar “Eu vi senhora Oxum
“Mamãe Oxum Sentada na cachoeira”
Rainha das cachoeiras “E ela cantava tanto
Trazei-vos a vossa benção Chamava Ogum para jurar bandeira”
Rogai por nós a Jesus “Aruê, aruê, aruê
Mamãe Oxum Aruê, senhora Oxum, aruê”
Com a vossa divina graça
Cobri-nos com o vosso manto Eu vi, eu vi
Guiai-nos com a vossa luz Mamãe Oxum
Saravá” Lá na pedreira
Estava sentada
“Mamãe Oxum Quando pôs-se a chorar
Salve a sua cachoeira” E a pedreira virou linda cachoeira
“Que vem descendo Mamãe Oxum
Lá do alto da pedreira” Mamãe Oxum
“Mas como é linda Vou te adorar
A cachoeira de Oxum E os orixás
Está guardada Lá na pedreira
Por soldados de Ogum” Cantavam um canto
E mostravam o encanto Tem areia no fundo do mar
Que era a cachoeira Tem areia

“Era uma ventarola (Para a Cachoeira)


Eram duas ventarolas
Navegando em alto mar” Cachoeira, cachoeira
“Uma é Mamãe Oxum, o, a, ie, ie Cachoeira, cachoeira
A outra era Iemanjá” “Cachoeira, que tomba, tomba
“A, ie, ieu Tomba as águas para o mar”
A, ie, ieu
Mamãe Oxum” (Para a Cachoeira)
“A ie, ieu Mamãe Oxum
A, ie, ieu Oxum Maré” O céu é lindo e o mar também é
Aonde vai cachoeira
O, tem areia no fundo do mar Vou derramar
Tem areia Todas estas mirongas
O, tem areia Mamãe Oxum e a sereia Nas ondas do mar
Tem areia tem
Tem areia tem
“Eu vou à Praia Grande É uma moça bonita
Eu vou prá lá Oxalá foi quem abençoou
Levar buquê de rosas
Prá Iemanjá” “Pedimos a sua benção
Mamãe Iemanjá
Eu vou à praia Cantamos em seu louvor”
Vou riscar ponto na areia “Iemanjá
Vou pedir à Mãe Sereia É a rainha do mar
Dona das ondas do mar E o povo d‟água
Que me proteja É a linha de força maior”
Sob a luz dos seus encantos
E me cubra com seu manto “Afirma ponto mamãe,
Sob estrelas a brilhar Afirma ponto mamãe
Que no fundo do mar
“Eu vou à Praia Grande É ouro só, é ouro só”
Eu vou prá lá
Levar buquê de rosas “Eu vi mamãe sereia
Prá Iemanjá” Cantando à beira mar
Eu vi mamãe sereia
Levar presentes Conversando com Iemanjá”
Lindas jóias e perfumes
São as normas e costumes Mãe Iemanjá,
De todo o filho de fé A seus pés
Pente de ouro Seus filhos cantam vitória
Vou levar prá Mãe d‟água A nossa Umbanda hoje escreve
Prá que tire as minhas mágoas Mais uma página da sua história
Poderosa como é “E os nossos Orixás
Lá na sua Aruanda
“Eu vou à Praia Grande Trabalharam tanto para ver chegar
Eu vou prá lá Este dia da nossa Umbanda”
Levar buquê de rosas
Prá Iemanjá” Hoje é dia de Mãe Iemanjá
A rainha do mar
Iemanjá Calunga ê, ê, ê, ê, ê
Calunga a, a, a, a, a E suas flores
Brilha as estrelas no céu Que vai nos ofertar
Brinca os peixinhos no mar
Calunga ê, ê, ê, ê, ê Iemanjá, ô Iemanjá
Calunga a, a, a, a, a, Iemanjá, ô Iemanjá
“Mas que linda sereia
“Brilhou, brilhou, brilhou, brilhou no mar Que brinca na areia
O manto de nossa Mãe Iemanjá” Que brinca no mar”
“Brilhou, brilhou e vai brilhar “Iansã
O manto de nossa Mãe Iemanjá” Eu canto em seu louvor”
“Mãe D‟água “Oi Nanã Buruque
Rainha das ondas, sereia do mar Nanã Buruque, Nanã Buruque”
Mãe D‟água
Seu canto é bonito quando vem do mar” “O arerê, mamãe
“O Iemanjá, o Iemanjá O arerê, mamãe é dona do mar”
Rainha das ondas, sereia do mar Salve Oxum, Iansã e Nanã
Rainha das ondas, sereia do mar Mamãe sereia viemos louvar
Como é lindo o canto de Iemanjá Oi me leva pras ondas distantes
Sempre faz um pescador chorar Eu quero ver a sereia nadar
Quem escuta a mãed‟água cantar Eu quero ver os caboclinhos na areia
“Vai com ela pro fundo do mar” Brincando com Iemanjá

“O Iemanjá “Como é bonito a pisada do caboclo


Como vem rolando água” Ele pisa na areia, no rastro dos outros”
“Como vem rolando água “Salve a Sereia, salve Iemanjá
Iemanjá dona do mar” Salve os caboclos da beira do mar”

“Iemanjá sobá Eu vi uma estrela brilhando


Soba mirerê” Eu vi uma estrela brilhar
“Soba mirerê ô “Vi os caboclos tocando maracá
Soba mirerê” Na beira da praia, saudando Iemanjá”

“Saravá sereia linda Vagueia


Saravá mãe Iemanjá Meus caboclos
Que ao chegar nas sete ondas Vagueia
Sua benção vem nos dar” Meus caboclos
“Mãe Iemanjá Vagueia
Mãe Iemanjá Meus caboclos
É a luz da estrela guia Vagueia
Que clareia sobre o mar” “Vagueia
Meus caboclos vagueia
“Iemanjá sereia A Sereia no mar
Iemanjá, rainha do mar” E os caboclos na areia”
“O Iemanjá
Ô rainha do mar Iemanjá
O Iemanjá Rainha das ondas
Vamos todos saravá” Sereia do mar
Eu fui na beira da praia Iemanjá
Prá ver o balanço do mar Proteja seus filhos
Eu vi um retrato na areia E este congá
Sentei na beira e comecei a chamar
Salve a rainha vem vê Salve Iemanjá
Olha a rainha vem cá Salve as sereias
Salve os caboclos Quem não sabe pisar na água
Que pisam na areia Se afunda na areia
Que lindo pisar Tem que louvar à Iemanjá
Tem os caboclos Para não se afundar
Andando na areia Veja só como a sereia
Nos rastros dos outros Ela canta sobre as ondas
É só você cantar e escutar
Brincam as sereias E não vai se afundar
Nas ondas do mar
Eu vejo os caboclos “A onda do mar rolou”
Na areia a brincar Saravá Rainha do Mar
Chegam as ondinas Saravá Rainha do Mar
Que vem trabalhar Saravá Rainha do Mar
Cobertas de luz Saravá Mamãe Iemanjá
Da luz de Iemanjá
Saudação ao Morubixaba No seu congá, ele não perde a sua fé”

“Ela mora no meio das flores Chamada de Abaré Mirim


Olhando pro céu a beira mar”
Congo e Angola
“Mas ela é Tia Floripa Vieram trabalhar
De Umbanda Congo vem por terra
Que vem de Aruanda Angola vem pelo mar
Para saravar”
Chamada de Bojá Guassu
Chamada de Morubixaba
O mamãe ê, o mamãe a
“Pretas Velhas vem O mamãe ê, o mamãe a
Já vem de Aruanda” “Olha firma esta gira
Que eu quero ver
“Abenção Vovó Filhos de Umbanda não tem querer”
Proteção prá nossa Banda”
Curimba de Entrosamento
Chamada de Abaré Guassu
“Estrela Matutina
Segura o touro Floripa Clareia o mundo
Amarra no mourão Sem parar”
Oi segura o touro Floripa
Amarra no mourão “A Umbanda diz
Que meu pai é Caboclo
“Santo Antônio é pequenino, auê E, e, e, e, a”
E me abre as portas do céu, auê
Amarra o touro Floripa Curimba de Passe
O amarra que eu quero ver, auê”
Na Bahia tem
Chamada de Abaré Vou mandar buscar
Lampião divino, Sá dona
“Preto Velho vem Para clarear, oi Sá dona
Lá de Aruanda Na Bahia tem
Firma seu ponto Vou mandar buscar
Com arruda e guiné” Coco da Bahia, Sá dona
“Lá de Aruanda Ferro de engomar
Ele não perde por seu nome Oi Sá dona
Eu vi Pai Augusto lá no campo Saudando o sol
“Colhendo lírio, lírio ê Saudando a lua
Colhendo lírio, lírio a Saudando toda a Juremá
Colhendo lírio Eu já plantei café de meia
Prá enfeitar o seu Congá” Eu já plantei canaviá
Café de meia não dá lucro,
Benedito é preto Sinhá dona,
Pai Augusto Canaviá, cachaça dá
Eu também sou preto
Pai Augusto “Amarra o touro Floripa
Todo mundo é preto Na porteira do curral”
Pai Augusto
Aruê, Pai Augusto Eu não sou mãe
Eu não sou vó
Hoje é gira de preto, calunga Eu sou tia
No terreiro de Umbanda, calunga “Eu vou pedir por vocês
Preto Velho chegou, calunga Aos pés de Santa Luzia”
Oxalá quem mandou, calunga
“Pai Augusto é quem disse, ô, ô “É preta, é preta
Que a Umbanda é de fé, ô, ô Oi calunga
O Terreiro de Umbanda, ô, ô Tia Floripa é preta
Cheira arruda e guiné” Oi calunga”
Preta de Xangô
Quando os filhos cantam Oi calunga
Pai Augusto chora Preta lá do Congo
Quando os filhos choram Oi calunga
Pai Augusto ri Preta de Aruanda
Pai Augusto vem Oi calunga
Vem ver os seus filhos Faz sua mironga
Oi calunga
“Pai Augusto cadê Pai José
Tá lá no mato apanhando guiné” “Que barquinho é aquele
“Diga a ele que quando vier Que vem lá do alto mar”
Que suba a escada não bata o pé” “No veleiro ele traz
“Tia Floripa, o que é que você quer” Pai Antonio da Guiné”
“Quero pemba
Quero guia “É Congo, é Congo, é Congo
Quero as folhas da guiné” É Congo, é Congo, aruê
Quem trabalha na linha de Congo
“Eu plantei mandioca, Agora eu quero ver”
A formiga comeu “É Congo no caboclo Bacuri
Já plantei, não planto mais” oi quem manda, aruê saravá
“Tia Floripa Rei Congo manda chamar
Chegou no congá Aruê saravá”
Zig-zig-zig-zig-zig-zig-zá”
“Oi zum, zum, zum
Oi deixa a Umbanda melhorar É macumba de veio”
Oi deixa a Umbanda melhorar
Oi deixa a Umbanda melhorar Oi bate, bate na cumbuca
Filhos de pemba E repenica no Congá
Oi deixa a Umbanda melhorar Chama os Pretos Velhos
Eu vou pedir licença à Zambi E vamos trabalhar
Prá meio mundo eu vou rezar “É Mãe Maria
Quem trabalha noite e dia” “Também nasceu a magia
“Eu reconheço Que salva filhos de pemba”
Ela vem cansada
Ela vem dizendo meus filhos “Pemba formosa princesa
Eu não fiz nada” Força e poder encontrou
Nos montes brancos de Angola
“Lá vem vovó E assim se libertou”
Descendo a serra com sua sacola
Com seu patuá e a sua missão Congo gira Congo
Ela vem de Angola” Maria Longue
“Eu quero ver vovó Esse Congo é de batalha
Eu quero ver vovó Oi Maria Longue
Eu quero ver
Se filhos de Umbanda tem querer” “Cambinda mamãe ê
Cambinda mamãe a
Em linda terra africana “Segura a cangira que eu quero ver
Lá onde nasce a Jurema Filhos de pemba não tem querer”
“Quem chegou de Aruanda Seguram a nossa Umbanda”
Chegou “Pretos Velhos vem de longe
É papai de terreiro Saravá meu Pai Xangô
É vovô” Pretos Velhos vem de longe
“Saravá Oxalá foi quem mandou”
Todos os filhos “Salve, salve Pai Xangô
Que a linha Africana chegou” Salve, salve Oxalá
Salve o povo de Aruanda
“Preto Velho trabalha Que chegou neste Congá”
Com São Cipriano e Jacó”
“Oi trabalha com a chuva e o vento “Quenguelê, quenguelê Xangô
Oi trabalha com a lua e o sol” Ele é filho do Cobra Coral”
“Olha preto tá trabalhando
Eu choro em meu cativeiro Olha branco tá espiando”
Meu cativeiro
Meu cativeiro” Preto,
Foi no tempo da escravidão Que fala Cambinda
Preto Velho tocava tambor Que fala Nagô
Preto Velho tocava tambor Preto,
Saravá Iofá Da costa de Minas
Saravá Pai Xangô Filhos de Babalaô
“Tambor, tambor
Vai me buscar quem mora longe É na Umbanda ê
Tambor É na Umbanda a
Vai me buscar e traz sem demora É na Umbanda ê
Tambor É na Umbanda a
Vai me buscar Preto de Angola “Preto toca
Tambor” Preto dança
Na batida do tambor
“Que linda estrela Preto toca sua maracá
Brilhou nesse Congá Saravá meu pai Xangô”
Saravá Mamãe Oxum
Saravá Pai Oxalá” Eu tenho meu boi de guia
“Os Pretos Velhos E três touros no maruá
Que vem lá de Aruanda Canga boi
Seguram a nossa gira Canga boi
Canga boi Que eu vou carrear
Manda moleque buscar
“Jesus, José, Maria No alto da derrubada
Salve a Estrela Guia” Minha cachimba ficou lá
“Eu quero ver
Preto Velho ajoelhado Na fazenda de Santa Cruz
Nesse terreiro Tem nego duro de acordar
O seu ponto confirmado” Não acorda porque não quer
Tem seus cavalos prá montar
Preto Velho
Quando vem de Angola “Na arueira
Na Angola bateu tambor De São Benedito
Lá na Angola Santo Antônio
“Bate tambor lá na Angola Mandou me chamar”
Bate tambor” “Voa, voa, voa andorinha
Na coroa de Nossa Senhora
“Quando a lua lá no céu surgiu Andorinha”
Clareou os caminhos da Umbanda”
“Aqui na terra “Santo Antônio de Pemba
Filhos de pemba pediu Caminhou sete anos
Preto Velho ouviu A procura de um mano
Como é linda a nossa Umbanda” Foi até que encontrou”

“Eu andava perambulando “Ah, como caminhou, o


Sem ter nada pra comer Ah, como caminhou, o
Fui pedir às Santas Almas Ah, como caminhou,
Para vir me socorrer” Santo Antônio de Pemba
“Foi as almas que me ajudou Ah, como caminhou”
Foi as almas que me ajudou
Meu divino Espírito Santo “Auê, auê
Foi as almas que me ajudou” Quem manda na terra auê”

“Preto Velho vem “Carreiro bom


Beirando a beira mar” Carriá na madrugada”
“Preto Velho vem no terreiro “Boiada vem
Vem trabalhar” Vem descendo a envernada”
Minha cachimba tá no toco
Oi cidade”
“Oi na sua urucaia
Tem mungunzá na sua urucaia “A fumaça do cachimbo do Preto
Oi na sua urucaia Sobe não acha,
Tem mirambô na sua urucaia” Não vê, quem não quer”
“Mas quem é da Bahia “Sobe não acha,
Tem seu patuá na sua urucaia Não vê quem não quer, e,e
Meu Senhor do Bonfim A mironga do Preto é no pé”
É que saravou na sua urucaia”
“Me corre ronda
“Preto Velho nunca foi à cidade Por Deus do céu
Oi cidade Me corre ronda
Fala na língua de Zambi Me corre ronda,
Oi cidade” Papai me corre ronda”
“E, e, e, oi cidade
Fala na língua de Zambi “A gente pede às almas
As almas pedem São Benedito
Aos Santos Na linha de Umbanda
E os Santos pedem Também sabe a lei ê, ê, ê, ê, ê, a
A Deus a caridade” “A Umbanda é boa
Prá quem sabe a lei”
“Eu plantei manacá “A Umbanda
Manacá na Aruanda Diz que tem
Manacá é a flor da Umbanda” A Umbanda
“É para oferecer Diz que dá”
Aos seus filhos de fé”
São Benedito
“É Congo, é, lê luê É da Santa Mironga
É Congo é, lê, luê” Ele reza bendito
“Santo Antonio, canga boi Na linha de Umbanda
São Benedito vai carrear” A Umbanda tem quem sabe a lei
Mirongô, ô, ô
Beira mar, auê, beira mar Mirongô é de Nagô
Beira mar, auê, beira mar
Riacho que corre pro rio Meu pai é Congo
O rio que corre pro mar Mora beira do rio
O mar tem morada de peixe Mamãe é Congo
Quero ver Preto Velho sambar Mora na beira do mar
Quiolá Também sou Congo
Também quero morar
Ganga Zumba, meu Pai Juntando todos Congos
Ganga Zumba, vem de Angola Para virem trabalhar
Ganga zumba, meu Pai “Vovó não quer
Saravá Nossa Senhora Casca de coco
Ê, ê, No terreiro”
Ganga Zumba vem de Angola “Que faz lembrar
Ê, ê O tempo do cativeiro”
Saravá Nossa Senhora “Capim d‟angola
Tô capinando
“Ele bambeou, ele bambeou Tá crescendo”
Mas não tombou, meu pai “Olha to capinando
Mas não tombou, meu pai” Tá crescendo”

“Se ele é filho de Umbanda “É o candieiro


Ele pode bambear Não fala com boi de guia”
Se ele tomba no caminho “Não fala com boi de guia
Preto Velho vai buscar” E três touro marruá”

Cheguei na beira do rio Na linha dos africanos


Chamei não vi ninguém Ninguém pode atravessar
Se a barca vier eu passo Oi segura a pemba, ê, ê, ê
Se não vir passo também Oi segura a pemba, ê, ê, a

Saravá olha Congo é Onde é que Preto Velho mora


Saravá olha Congo a Onde é que Preto Velho vive
Saravá nossa linha de Umbanda “Ele mora na beira do rio
Que estamos saravando Onde o galo não canta
Olha Congo é E a cobra não pia”
“Pisa na Umbanda
Pisa devagar “Cazueiro mestre
Você filho de fé Aonde nasceu Jesus”
Tem que saber pisar” “Oh minhas almas
“Terreiro africano Me de a divina luz”
De Ogum e de Xangô “Abre a porta do céu
Terreiro de Oxalá São Pedro, deixa as almas trabalhar”
Que Oxossi confirmou” “Oh, minhas almas
Venha me ajudar”
Mironga do preto
Tá no cachimbo do preto Congo Rei Congo
Mironga do preto Cadê Preto Velho
Tá no cachimbo do preto Tá trabalhando
Branco quer ver Na linha de Umbanda
Mas mironga de preto “Dia treze de maio
Branco quer ver Isabel fez a caridade”
Mas mironga de preto “Dia treze de maio, meu
Branco quer ver É o dia da liberdade”
Mas mironga de preto
Subida de Morubixaba Abenção meu pai
Que já vai embora
“Pretas Velhas vão Prá Aruanda
Já vão prá Aruanda” Abenção meu pai
Proteção pra nossa banda
“Abenção vovó
Proteção prá nossa banda” Subida de Abaré Mirim

Subida de Abaré Guassu Adeus surpresa


É os Pretos Velhos
“Segura que este ponto é firme Que já vão embora
Segura eles vão embora” Adeus surpresa
“Adeus, adeus E vão com Deus
Prá Aruanda eles vão girar E Nossa Senhora
Filhos de Pemba não chora É hora, é hora
Eles vão tornar a voltar”
Subida de Bojá Guassu
Sua banda te chama
Cambinda aruê, auê Maré, maré
Cambinda aruê, auê Oi quem tem pena
Oi cambinda aruê, auê Joga fora
Oi cambinda aruê, auê Maré, maré
Oi cambinda aruê, auê Os Pretos Velhos
Oi cambinda aruê Vão embora

Subida de Abaré

Encerramento da Gira Senhor do Mundo


Oxalá meu Pai
“Os Pretos Velhos e os Caboclos “Baixai, baixai na Umbanda
Vamos todos saravá” Meu Senhor
Vamos pedir licença a Deus E a nossa terra iluminai”
Nosso Senhor
Para os trabalhos encerrar “Vamos encerrar a nossa gira
Com licença de Oxalá”
Salve Iemanjá Ponto de Retirada
Salve Xangô
Mamãe Oxum Oi quando eu for embora
Nanã Buruque Sacode a poeira da sua saia
“Salve Cosme e Damião Sacode a poeira da sua saia
Oxossi, Ogum Sacode a poeira da sua saia
Oxum Maré”
Chamada de Cosme e Damião Eu quero doce
Eu quero bala
“Vovó me mande um balão Eu quero açúcar
Com todas as crianças Prá passar na sua cara
Que tem lá no céu”
“Eu vi Doum
“Tem doce vovó A beira d‟água”
Tem doce vovó “Comendo arroz
Tem doce lá no jardim” Bebendo água”
“Cosme e Damião
Oi Damião cadê Doum? Papai mandou as criancinhas
Ele vem montado Apanhar as flores no jardim
No cavalo de Ogum” Tragam rosas para Cosme e Damião
“Dois, dois Prá Crispiniano tem jasmim
Sereia do mar Hoje tem alegria no céu
Dois, dois Na terra e no mar
Mamãe Iemanjá” Hoje tem alegria em todo lugar

“O Cosme, o Cosme, o Cosme Papai do céu


O Cosme, o Cosme e Damião” Mandou as criancinhas
“Olhai pelas crianças Colher flores
Pedi a Oxalá Prá Cosme e Damião
Que nos de proteção Porque hoje
E abençoe este Congá” Tem festa lá no céu
Vamos todos saudar
Na cachoeira de Mamãe Oxum Papai do céu
Eu vi São Cosme, Damião e Doum Cosme e Damião
Eu vi os anjos, vi também Ogum Doum
Na cachoeira de Mamãe Oxum Cosme e Damião
Doum
Dois, dois, dois Cosme e Damião
São dois irmãos Doum
Eles são, são Cosme Cosme e Damião
São Cosme e Damião Doum
Eles vem de longe
Do reino de Oxalá Subida de Cosme e Damião
Alegres criancinhas
Que na Umbanda vão reinar “Vai, vai, vai Doum
Vai, vai, Cosme e Damião
Eu vou lá no jardim Vai com Crispim Crispiniano
Colher as rosas Colher as rosas prá Mamãe Oxum”
Prá enfeitar o congá
Eu vou pedir a Cosme e Damião “Vai que a onda vai
E todos os anjinhos Vai que a onda vem
Prá vir me ajudar Vai que a onda vai
E a lua vai também”
“Andorinha que voa, voa
Cosme e Damião Andorinha
Sua santa já chegou Leva as crianças pro céu
Veio do fundo do mar Andorinha”
Foi Santa Bárbara quem mandou
Dois, dois “Voa, voa, voa
Sereia do mar Andorinha
Dois, dois Leva as crianças pro céu
Mamãe Iemanjá Andorinha”
Ema vande”
Chamada de Exu “Se compenço, ê
Se compenço, ê
“Afunda agulha no fundo do mar Exu
Afunda agulha no fundo do mar” “Exu da Meia Noite
“Em seu cavalo meu pai Exu da Madrugada”
Afunda agulha no fundo do mar” “Salve as sete encruzilhadas
Quando Ogum foi para a guerra Sem Exu não se faz nada”
Oxalá deu carta branca
Pai Ogum venceu a guerra Ele pisa no toco
Filhos de Umbanda venceu demanda Ele pisa no galho
“O sino da igrejinha faz Exu bambeia mas não cai, o canga
Belém bem blão” Ê Exu
“Deu meia noite Ele pisa no toco de um galho só
O galo já cantou Ê Exu
Seu Abre Caminho Ele pisa no toco de um galho só
Que é dono da gira
Oi corre gira que Ogum mandou” “Tem morador
Na certa tem morador”
Oi na porteira eu tenho meu sentinela “Na casa em que galo canta
Oi na porteira eu tenho meu sentinela Na certa tem morador”
“Tem o seu Abre Caminho
Toma conta da cancela” “Aquela ventania
Oi na porteira eu tenho meu sentinela O canga
Oi na porteira eu tenho meu sentinela Que sobe o pé da serra”
“Tem também seu Marabô “Vejo Maria Padilha
Toma conta da cancela” O canga
Que vem girar na terra”
“Mas a Cigana ela é uma rosa
Que nasceu entre negros espinhos” “Sou madeira de lei
Mas a Cigana ela é uma rosa Ninguém vai me derrubar”
Ela é uma rosa Eu trago a força o martelo
Que nasceu do espinho Tenho certeza que não vai machucar
Mas a Cigana ela é uma rosa Eu sou madeira de lei
Ela é uma rosa Tenho a cor do jequitibá
Abre os meus caminhos
Quem nunca viu vai ver
“Seu terno branco Caldeirão sem fundo ferver
Sua bengala” Galinha preta
“A meia noite na encruza Não se deve depenar
Exu dá risada” Bota azeite de dendê
Chama Exu prá branquear
“Ema vile, Ema vile, Ema vile
O meu senhor das almas E que deu cacho na beira do terreiro
Não duvide de mim Eu quero ver aquele cabra maroto
Ele é pequenino Riscando ponto
É Exu Mirim Dizendo que é feiticeiro

O meu tico tico “Tava dormindo


O meu sabia Curimbanda me chamou”
Vira inimigos de perna pro ar “Alevanta minha gente
Tranca Rua já chegou”
A meia noite
Lá na encruzilhada “Santo Antônio de Batalha
Ele vai firmar seu ponto Faz de mim batalhador”
Com seu Sete Encruzilhada “Corre gira pomba gira
Tranca Ruas e Marabô”
Bombom gira
De mungongue Subida de Exu
O iaia, o ieie
Bombom gira Guenda, guenda
De mongongo Guenda, guenda
O iaia, o ieie Guenda ao ló, guenda
Guenda ao ló, guenda
Euama chire onibá
Exu abanada Exu vai quere, quere
Euana chiré onibá A sua banda eu quero ver
Exu abanada Exu tá rompendo a hora
Exu talama fumalé Seu Abre Caminho
Euade mixexe mire É quem comanda agora
Euade mixexe mire Exu tá rompendo a hora
Exu talama fuá Seu Marabô
Exu talama fuanabé É quem comanda agora
Baraúna caiu
Quero mais gente Encerramento
O lê, lê, lê (Mesa de Exu)
Quero mais gente
“Vou rezar minha oração
Estava lá no fundão Bande
Alguém mandou me chamar Abre Caminho quem me deu”
Mandei chamar pra sambar “Minha oração tem mironga
Pra sambar não precisa chamar Zambi
Meus inimigos não me comem”
A bananeira que plantou a meia noite

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