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Texto 294
Livro de Pontos
Primado de Umbanda
Com a graça de Tupã, nosso Pai Maior, permita que a irradiação iluminosa do sol de Oxalá possa baixar
sobre os nossos guias e nossas cabeças, a fim de podermos ter bem dirigidos os trabalhos que vão se efetuar
em nosso terreiro.
Que do Oriente, Xangô-Caô, com os seus inigualáveis e profundos ensinamentos de mística e magia,
venha nos orientar com toda e absoluta segurança.
Suplicamos ao bondoso e sacro santo coração de Mamãe Oxum, extrair do nosso íntimo o fel dos maus
instintos.
Recorremos à Iemanjá, para que com seu poder e grandiosa força de purificação venha lavar com suas
sagradas águas as impurezas dos nossos corações.
A Xangô, do alto de sua pedreira, pedimos que nos envie faíscas de raios luminosos, para que possamos
proceder com a mais pura justiça, para com os nossos semelhantes.
A Ogum, imploramos que com sua gloriosa espada nos defenda e proteja de toda e qualquer influência
maléfica e perturbadora, para que o mal seja impotente e o bem sempre domine onde nós estivermos.
Que Oxossi, das profundezas das matas, nos envie com suas ervas o bálsamo da purificação, a fim de que
os nossos espíritos fiquem esclarecidos e compenetrados na missão de bem fazer ao próximo.
E finalmente a ti Iofá, pedimos que com a bondade, paciência e carinho dos teus velhos africanos, nos
ajude a manter em paz e harmonia o nosso terreiro, para que possamos ver a felicidade em todas as almas.
Salve o Rei da Umbanda São Miguel Arcanjo, Saravá Umbanda
Salve São Gabriel, Viva Deus
Salve São Rafael;
E assim, em nome de São Miguel Arcanjo, Abertura da Gira
De São Gabriel e de São Rafael;
Em nome de Oxalá, “Os Pretos Velhos e os Caboclos
Iemanjá, Vamos todos saravá”
Caô, Vamos pedir licença a Deus
Oxossi, Nosso Senhor
Xangô, Para os trabalhos começar
Ogum Senhor do mundo
E Iofá; Oxalá meu Pai
Em nome do Caboclo Arranca Toco e do Caboclo “Baixai, baixai
Baturyté, Na Umbanda Meu Senhor
Estão abertos os nossos trabalhos. E a nossa terra iluminai”
Oi caboclo
Subida de Bojá Guassu
Se ele é Oxossi
“Caboclo pegue a sua flecha Ele vai ao ló
Pegue o seu bodoque Se ele é Ogum
E vá saravá” Ele vai ao ló
O galo já cantou na Aruanda Se ele é Xangô
Oxalá te chama Ele vai ao ló
Para a sua banda Se ele é Iofá
Ele vai ao ló A sua mata é longe
Ele vai ao ló E eles vão embora
Ele vai ao ló E vão beirando o rio azul
Ele vai ao ló, Adeus Umbanda
Mas não deixa Os caboclos vão embora
Seus filhos de pemba só E vão beirando o rio azul
Adeus, adeus
Subida de Abaré Guassu Morubixaba que vai embora pra Aruanda
Adeus, adeus
Adeus meus caboclos, adeus Deixa saudades nos seus filhos de Umbanda
A sua mata te chama Ai, ele vai girar
Eles vão ao ló Ele vai girar
Eles vão ao ló Ele vai pra Aruanda
Pega a pemba Na paz de Oxalá
E deixa a pena Ai, o terreiro está chorando
Nas matas da Jurema Está chorando
Vai num giro só A saudade aqui ficando
Vai num giro só Esperando a sua volta
Seu Baturyté
Chamada de Oxossi “Oxalá mandou
(Mesa dos Orixás) E já mandou buscar
Os caboclos da Jurema
Lá no Juremá Salve meu Pai Oxalá
Oxalá mandou” Umbanda vamos saravá
Orixalá
Seu Oxalá
É o Rei do mundo inteiro Na mata virgem eu vi
Mandou ordem prá Jurema Um índio caçador
Buscar seus capangueiros Oxossi vem caçar
Mas ele é o tatamirô
Mandai, mandai Mas ele é o tatamirô
Minha Cabocla Jurema
Os seus guerreiros A Umbanda em festa
Esta é a ordem suprema Com seu congá cheio de flores
Oxalá mandou Filhos de pemba
Vamos todos saravá
Ponto de Defumação Nossos caboclos
Com suas penas multicores
“Oxossi vem das matas Saravá Oxossi
Com as ervas da Jurema Saravá Oxossi
Plantou no seu terreiro O maior dos Orixás
Toda banda perfumou”
“Oxossi é Rei no céu
“Cruzou todos os cantos Oxossi é Rei na terra”
E seus filhos saravou “Ele não desce do céu sem coroa
Com as ervas da Macaia Sem a sua mucanga de guerra”
Que a Umbanda semeou” “Saravá Oxossi
“O perfume da flor da Juremeira Saravá meu Pai”
Se espalha por toda a Juremá” “Ele não desce do céu sem coroa
“Abenção dos caboclos de Aruanda Sem a sua mucanga de guerra”
Prá salvar filhos de Umbanda
É a mandado de Oxalá” “Oxossi balanceou lá na mata
“Salve os caboclos de Aruanda E vem cair no terreiro de Umbanda”
Salve o povo da Umbanda “O girou na lei,
Salve o nosso Jacutá” O girou na lei
No terreiro de Umbanda
“A mangueira, a mangueira Coroa de Oxossi é que manda”
A mangueira, o canga
O, lá na mata tem mironga” “A lua quando nasce
“Folha por folha o canga Já vem rompendo a aurora
O, lá na mata tem mironga” Clareia uma choupana
“Vamos saravá, Aonde Oxossi mora”
Vamos saravá “Clareou a mata virgem
Saravá filhos de fé, A sua aldeia, onde Oxossi mora”
Em nome de Oxalá, ô”
“Oxossi, Oxossi, Oxossi
“Oh, Orixalá Rei da mata, venceu demanda”
Oh, Orixalá meu Pai” “Oxossi afirma seu ponto
Oxossi lá na Jurema No terreiro de Umbanda”
Ajudai filhos de pemba
Orixalá meu Pai Eu vi chover, eu vi relampejar
Salve os nossos Orixás Mas mesmo assim, o céu estava azul
Salve o povo de Aruanda “Com sua pemba e as folhas da Jurema
Salve os filhos de fé Eu vi Oxossi em seu maracatu”
Saravá a nossa Umbanda Que bombardeio que se deu lá na aldeia
Que até sua palhoça Oxossi é dono do Congá”
Oxossi quis abandonar
“Ele é caboclo da tribo da Jurema “Se seu pai é Oxossi
Oxossi reina no seu Juremá” Quero ver balancear”
“Arreia, arreia
Andorinha que voa, voa Caboclos da Jurema
Andorinha, chô, chô O Juremá”
Andorinha chô, chô
Me leva pro céu este botão de rosa, “Oxossi é Rei na aldeia
Andorinha chô, chô Seu reino é o Juremá
Andorinha chô, chô Oxossi firma ponto
São Sebastião é Oxossi Com ordem de Oxalá”
São João Batista é Caô E quando o sol desponta
Santa Bárbara é Iansã Passarinhos a cantar
São Jerônimo é Xangô Saúdam meu pai Oxossi
São Jorge é Ogum Guerreiro E o reino do Juremá
Ogum é meu protetor
Andorinha, chô, chô O Uirapuru cantou na Sapucaia
Andorinha chô, chô Toda Jurema ouviu o seu cantar
Me leva pro céu este botão de rosa, “Ele saudava Pai Oxossi de Umbanda
Andorinha chô, chô Ele saudava o reino da Juremá
Andorinha chô, chô “Caminhou, caminhou
Agô na Umbanda é licença, Sete noites, sete dias
Quem puxa ponto é ogan Até que aqui ele chegou
Reco-reco é macumba Senhor Oxossi com alegria”
Malême é pedir perdão Ele veio de tão longe
Tambor se chama atabaque Veio do alto da serra
Saravá é saudação Quando atira sua flecha
Andorinha chô, chô O seu bodoque não erra
Andorinha chô, chô Saravá senhor Oxossi
Me leva pro céu este botão de rosa Salve a nossa banda
Saravá toda falange
“Atira, atira, eu atirei Da nossa tão querida Umbanda
No bamba vou atirar”
“Veado do mato é corredor “Foi no tronco da Mangueira
Oxossi na mata é caçador” Oi Mangueira
Que eu vi Oxossi sentado
“Tambor, tambor Lá nas matas da Jurema”
Vá buscar quem mora longe” Com seu tacape dourado
O viva Oxossi na mata Com sua flecha certeira
Ogum no Humaitá Cuidado que o Rei da Mata
Meu pai Xangô lá na pedreira Não gosta de brincadeira
O Iansã É Pai Oxossi quem manda
O Iemanjá Caboclos da Juremá
Pra vim defender a Umbanda
Um diadema lá no céu brilhou A Umbanda de Oxalá
E a mata virgem veio iluminar
“É de Aruanda, A Juriti cantou
É da lei de Umbanda Cantou na Juremeira
Nosso pai Oxossi, vamos saravar” Meu pai Oxossi ao longe
Oxossi e,e,e,e,e Ouviu o seu cantar
Oxossi e,e,e,e,a Ele é o Rei
“Lá na Jurema, lá na Jurema Ele é o dono da Jurema
Lá vem Oxossi É de Aruanda auá
Com seus caboclos de pena Meu pai Oxossi é de Umbanda
Ele é meu pai É de Aruanda auê”
Ele é caboclo
Oxossi ê, Oxossi á,Oxossi ê Ele é guerreiro
Parangolê, parangolá Vem de Aruanda
“Lá no caminho da sapucaia Trabalhar neste terreiro
Aonde ele passava o dia” Ele é de Oxossi
“Oxossi vem firmar seu ponto Ele é flecheiro
Estrela D‟Alva é nossa guia” É da Jurema
Ele é seu capangueiro
Apareceu ninguém viu
Uma estrela a brilhar Oxossi é o esplendor do dia
Atravessou sete ondas Seu capacete tem pluma de ouro
Atravessou sete ondas Seu abaeté multicores
Era Oxossi no mar Força, vida, coragem ele irradia
Oxossi é o esplendor do dia
Lá de Aruanda Seus filhos na terra
Chamei seu caboclo, cadê Ele protege, ele confia, ele é seu guia
Prá nossa Umbanda Sete linhas com ele segue saudando
Chamei seu caboclo, cadê A Umbanda em homenagem ao dia
Da mata virgem
Pedi prá Oxossi chamar “A mata estava escura
Pedi prá Xangô lá na pedreira Os anjos clariou”
Pedi lá no mar a Iemanjá “No sertão da mata virgem
“Lá de Aruanda O seu Oxossi aqui chegou”
Ogum mandou me dizer “Mas ele é o rei, ele é o rei, ele é o rei
Já procurei este caboclo Mas ele é o rei
Filho de Umbanda cadê” Na Aruanda ele é o rei”
Subida de Abaré