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Escola Dominical da Igreja Evangélica do Seixal

Estudo das Doutrinas Bíblicas Fundamentais

Lição Nº19 – Eleição

1. Introdução
Continuamos a estudar as Doutrinas Bíblicas Fundamentais. Hoje, iremos para a 19ª lição, que corresponde à 2ª
lição das Doutrinas da Aplicação da Redenção que iniciámos na semana passada com o estudo da Graça Comum.
A lição de hoje tem como tema a Eleição (predestinação), uma doutrina que, embora não seja consensual entre os
cristãos e, para alguns, difícil de entender e aceitar, é claramente uma doutrina bíblica, isto é, uma doutrina
defendida em muitos textos bíblicos de uma forma evidente e sem grande margem para outras interpretações.

2. Ordem da Salvação

Deixem-me começar a lição de hoje de uma forma diferente, propondo-vos um desafio.


Nas últimas lições temos visto que todos pecaram e, por isso, todos merecemos a punição eterna de Deus. Porém,
Deus, amou-nos de tal maneira que, ao contrário do que fez com os anjos caídos, decidiu-nos salvar. E a forma de
o fazer foi através do envio do seu filho unigénito, Jesus, que encarnou, adquiriu a natureza humana, e,
voluntariamente, morreu na cruz, expiando os nossos pecados para assim ganhar a nossa salvação.

Nestas lições nas doutrinas da aplicação da redenção, iremos tentar perceber o modo como Deus aplica essa
salvação à nossa vida. Ora, como sabemos, a obra da salvífica de Deus na vida de um crente acontece, digamos
assim, em vários momentos ou eventos, que podem ser ordenados numa sequência chamada de “Ordem da
Salvação”.

Então, o desafio que vos proponho é precisamente que ordenem estes eventos de acordo com o que acham ser
essa “ordem da Salvação”:

1º - Eleição (Escolha que Deus faz de salvar algumas pessoas – predestinação);


2º - Chamado do Evangelho (proclamação da mensagem do evangelho);
3º - Regeneração (implantação da nova vida);
4º - Conversão (fé e arrependimento);
5º - Justificação (posição legal perante Deus);
6º - Adoção (participação na família de Deus);
7º - Santificação (conduta reta de vida);
8º - Perseverança (permanecendo um Cristão);
9º - Morte (partir para estar com o Senhor);
10º - Glorificação (receção de um corpo ressurecto)
EXPLICAÇÃO DAS DOUTRINAS DA APLICAÇÃO DA REDENÇÃO ÀS NOSSAS VIDAS

1º - Deus, pela Sua soberana vontade, elegeu/escolheu aqueles que iriam ser salvos (justificados através
da obra expiatória de Jesus Cristo), antes da criação do mundo; Quanto aos demais, Deus os destinou
para serem castigados por seus próprios pecados;

2º - No tempo predeterminado por Deus, Jesus Cristo, o Filho de Deus, tornou-se homem e morreu
voluntariamente na cruz pelos que foram eleitos para salvação, tornando-os justos perante Deus;

3º - Entretanto, aquele que é eleito nasce e vive como um pecador perdido até que, no tempo que Deus
determinou, é chamado eficazmente pela mensagem evangelho, através da ação do Espírito Santo;

4º - E assim, uma nova vida/natureza é implantada no eleito, dando-se uma regeneração espiritual;

5º - Em consequência desse novo nascimento, dessa nova natureza que não é escrava do pecado, o eleito
deposita a sua fé em Jesus Cristo, arrepende-se dos seus pecados e dá-se a conversão;

6º - E assim o pecador é justificado pela fé em Jesus Cristo, ou seja, Deus aceita-o como justo (aplicando os
méritos da obra expiatória de Jesus) perdoando todos os seus pecados e não lhe atribuindo qualquer culpa
ou condenação;

7º - E então, o pecador eleito, torna-se filho de Deus e diferente dos demais pecadores perdidos
pertencendo agora à família de Deus, procurando ser obediente a Deus, chamado às boas obras, num
processo contínuo de santificação;

8º - E porque a nossa salvação só depende de Deus, temos a garantia que Deus nos irá perseverar na fé,
fazendo-nos manter firmes até partirmos para o Senhor;

9º - E, com a nossa morte, o nosso espírito/alma irá para o Senhor, aguardando a 2ª vinda de Jesus Cristo,
onde então receberemos um corpo ressurreto glorificado, para assim gozarmos de todas as promessas da
vida eterna com Deus;
3. A Eleição

Ora, as próximas lições irão estudar cada um destes aspetos/eventos seguindo precisamente esta sequência. Por
isso, a lição de hoje é sobre a Eleição (alguns, chamam de Predestinação, embora seja um termo mais amplo…)

PARTE 5: DOUTRINAS DA APLICAÇÃO DA REDENÇÃO


19ª Lição A Eleição

1. O que diz a Doutrina da Eleição?


2. A Bíblia ensina esta Doutrina? Quais as bases bíblicas?
3. Quais as principais objeções à Doutrina da Eleição?

3.1. O que diz a Doutrina da Eleição?

- Eleição é o ato divino antes da criação no qual Deus escolhe algumas pessoas para serem salvas, não com base
em qualquer mérito previsto nelas, mas somente por causa da Sua vontade soberana.

Algumas considerações:
- O amor eletivo de Deus precede ao envio de seu filho (Jo 3.16; Rm 5.8; 2Tm 1.9; 1Jo 4.9)

- se origina na vontade de Deus, exclui-se também a idéia de que ela é determinada por alguma coisa existente no
homem, como a fé ou as boas obras previstas (Rm 9.11; 2Tm 1.9)

- É imutável, e, portanto, torna segura e certa a salvação dos eleitos. Deus executa o decreto da eleição com a
sua própria eficiência, pela obra salvadora que realiza em Jesus Cristo (Rm 8.29-30; 11:29, 2Tm 2:19).

- A eleição não depende de modo algum da fé ou boas obras previstas, mas exclusivamente da livre e soberana
graça de Deus, que é também a origem da fé e das boas obras (Rm 9.11, At 13.48, 2Tm 1.9, 1Pe 1.2).

- Não significa que o homem não possa se opor à sua execução até certo ponto, mas significa sim, que a sua
oposição não prevalecerá. Tampouco significa que Deus na execução do seu propósito subjuga de tal modo a
vontade humana que seja incoerente com a liberdade humana. Significa porém, que Deus pode exercer tal
influência sobre o ser humano que o leva a querer o que Deus quer (Sl 110:3, Fp 2:13).

- Eleitos por Deus Pai. Como o arquiteto de sua igreja, Deus Pai a planejou desde a eternidade e especificou
precisamente quais pessoas seriam as que a comporiam.

- Comprados por Deus Filho. Deus, o Filho, comprou os escolhidos, aqueles a quem o Pai havia designado como
membros de sua igreja.

- Reunidos por Deus Espírito Santo: Os escolhidos, aqueles que foram designados desde a eternidade por Deus, o
Pai, e comprados por Deus, o Filho, quando este morreu na cruz do Calvário, são, no curso da história, reunidos
como igreja cristã pelo Deus Espírito Santo. O Espírito realiza isso quando concede aos escolhidos a graça da
regeneração. Por natureza eles estão mortos em seus delitos e pecados, mas o Espírito de Deus lhes dá vida (Ef
2.1). É uma conclusão segura que, em conseqüência, crerão no Senhor Jesus Cristo.

- Eleitos para servir. Agora é necessário chamar a atenção para um aspecto da eleição que às vezes é descuidado
por aqueles que confessam esta doutrina. Indubitavelmente a eleição é para a salvação (2Tss 2.13), mas a
Escritura ensina de uma forma não menos enfática que é também para serviço. A salvação e o serviço são
inseparáveis.
3.2. A Bíblia ensina esta Doutrina? Quais as bases bíblicas?

At.13:48 – “Ouvindo isso, os gentios alegraram-se e bendisseram a palavra do Senhor; e creram todos os que haviam
sido designados para a vida eterna” (At 13.48).

Ef.1:4-6 – “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em
sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o
bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça”

Rm.8:28-30 – “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram
chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que
predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou”

Rm.9:11-13 – “Todavia, antes que os gêmeos nascessem ou fizessem qualquer coisa boa ou má — a fim de que o
propósito de Deus conforme a eleição permanecesse, não por obras, mas por aquele que chama — foi dito a ela:
‘0 mais velho servirá ao mais novo’. Como está escrito: Amei Jacó, mas rejeitei Esaú”

Rm.11:7 – “Israel não conseguiu aquilo que tanto buscava, mas os eleitos o obtiveram. Os demais foram
endurecidos”

1Ts.1:4,5 – “Sabemos, irmãos, amados de Deus, que ele os escolheu porque o nosso evangelho não chegou a
vocês somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção”.

2Ts.2:13 – “Mas nós devemos sempre dar pacas a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o
princípio Deus os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito e a fé na verdade”.

1Pe.1:1 – “Aos eleitos de Deus…”

1Pe.2:9 – “Geração eleita…”

Ap.13:7,8 – “Foi-lhe dado poder para guerrear contra os santos e vencê-los. Foi-lhe dada autoridade sobre toda
tribo, povo, língua e nação. Todos os habitantes da terra adorarão a besta, a saber, todos aqueles que não
tiveram seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo”.

Mc.13:20 – “… por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias”.

1 Reis 8.53; Salmo 65.4; Salmo 78.67-70; Provérbios 16.4; Isaías 41.8-9; Mateus 24.22.31; João 8.46-47; João
13.18; João 15.16,19; João 17.2,24; Atos 13.48; Tito 1.1-2

4. Quais as principais objeções à Doutrina da Eleição?

De facto, a doutrina da eleição tem sido bastante criticada e refutada. É difícil de aceitar. E porquê? Por várias
razões, certamente, mas a principal, penso que é porque a Eleição Soberana de Deus não dá margem para que o
homem se glorie. Não há nada que o homem possa fazer que influencie o que quer que seja o facto de eu ser salvo
ou não. Nada. E isso coloca-nos no nosso devido lugar, humilhando-nos perante o Deus Soberano. A salvação
pertence inteiramente a Deus, por muito que isso vá contra a nossa lógica humana.

1. Deus foi injusto ao escolher alguns e reprovar outros?


Não. A Bíblia diz que todos os homens pecaram contra Deus (Romanos 3:9-23). Isso significa que não existem
inocentes de entre a raça humana (Salmo 143:2). Deus jamais esteve em divida para com o homem, portanto,
se soberanamente Ele decidiu salvar alguns, isto não é nenhuma injustiça.
Se Deus tivesse resolvido que toda a humanidade deveria ser condenada ao inferno, Ele ainda assim seria
totalmente justo. Ele elegeu e predestinou indivíduos de entre uma raça caída e não de entre uma raça justa
e íntegra. Em nenhum momento o caráter amoroso de Deus é colocado à prova por causa de sua soberania
na eleição e predestinação incondicionais.

Os pecadores que são condenados à destruição eterna, o são por causa de seu próprio pecado. Deus é justo e não
condenará nenhum inocente ao inferno. Paulo anteviu que esse tipo de argumentação iria surgir, e por isso fez
questão de afirmar a soberania e a justiça de Deus diante de suas criaturas insatisfeitas (Romanos 9:14). O
mesmo apóstolo fala que a eleição é da graça (Romanos 11:5). Isso significa que nenhum indivíduo teria o direito
de ser eleito. Graça é favor imerecido.

2. A eleição e predestinação incondicionais transformam os homens e robôs?


Não. A eleição e predestinação pela vontade soberana e incondicional de Deus não anulam a liberdade e a
responsabilidade do homem. Deus também executa seus planos soberanos através da vontade de suas
criaturas (Filipenses 2:12,13).
A predestinação não faz de ninguém um robô pré-programado. O homem é um agente livre, capaz de
escolher e decidir. Essas decisões e escolhas são importantes e possuem grandes implicações. O que a Bíblia
diz é que por causa da corrupção de sua própria natureza, o homem caído é incapaz de escolher e se decidir
pelas coisas de Deus.

É blasfemo inferir que o homem peca porque Deus o obriga a pecar (Tiago 1:13). O homem peca e se deleita
em seu pecado. A perversidade satisfaz a natureza caída e pecaminosa do homem. Desde a Queda, os
homens amaram mais as trevas do que a luz (João 3:19).

Porém, quando o Espírito Santo regenera o pecador, é o próprio pecador que responde voluntariamente, de
acordo com sua nova natureza, com fé e arrependimento ao chamado do Evangelho. A fé é um dom de Deus,
e o Espírito Santo é quem convence o homem de seu pecado. No entanto, não é Deus quem crê ou se
arrepende pelo homem. É o homem quem crê, e é o homem quem se arrepende. Nesse sentido, Deus opera
através da vontade do homem, e não contra ela. Nenhum cristão verdadeiro, seja ele calvinista ou arminiano,
ousará dizer que o amor que sentem pelo Senhor é forçado e lhes priva de sua liberdade.
3. A eleição e predestinação incondicionais condenam pessoas que queriam ser salvas, mas não foram
eleitas?
A Bíblia não fala de ninguém que quer ser salvo, mas não consegue porque não foi eleito e predestinado.
Jesus prometeu que jamais lançaria fora alguém que fosse até Ele. Porém, Ele também disse que só poderiam
ir até Ele aqueles a quem o Pai enviasse (João 6:37-44).
A Bíblia fala que todos pecaram, que não há um justo se quer diante de Deus. O estado do homem caído é tão
deplorável, que ele é retratado como um cadáver (Efésios 2:1-10). Um morto não pode crer em Jesus, nem
mesmo desejar ser salvo. Ele precisa ser ressuscitado primeiro. É por isso que o apóstolo Paulo escreve que
ninguém pode confessar que Jesus é o Cristo se não for pelo Espírito Santo (Coríntios 12:3).

4. A eleição e predestinação incondicionais significam que Deus fez acepção de pessoas e anulam o ensino
bíblico de que Deus quer que todos sejam salvos?
A eleição e predestinação incondicionais não contradizem as verdades bíblicas de que Deus quer que todos os
homens venham a arrepender-se; e muito menos apresentam Deus como Aquele que faz acepção de
pessoas. Em primeiro lugar, na maioria dos textos em que a palavra “todos” é aplicada com relação à
salvação, ela não implica na ideia de todos os homens em particular. Os próprios textos indicam que se trata
de uma referência a todas as classes de pessoas.
Porém, existem textos que realmente indicam o amor de Deus por todos os homens. Ele é o Deus que não
sente prazer na morte do ímpio (Jeremias 33;11). Sob esse aspecto, sim, Ele deseja que todos os homens se
arrependam. Aqui então precisamos saber diferenciar a vontade preceptiva de Deus de sua vontade
decretiva.

A vontade preceptiva reflete o padrão moral de Deus expressando seus preceitos. Já a vontade decretiva de
Deus é expressa em seus decretos e certamente será cumprida. A questão é que nem tudo o que Deus
desejou em sua vontade preceptiva, Ele decretou em sua vontade decretiva.

Em segundo lugar, não há como dizer que a eleição e predestinação incondicionais resultam numa acepção
de pessoas. A palavra “incondicional” aponta justamente para isso. Ao eleger e predestinar pessoas
incondicionalmente, Deus o fez sem se basear em nada que poderia haver no homem. A acepção de pessoas
só se configura quando há uma aceitação, favorecimento ou rejeição com base em qualidades e
características das próprias pessoas.

Se a causa da eleição e predestinação não está na pessoa que é objeto delas, mas em Deus que é quem elege
e predestina, jamais isto seria uma acepção. Na verdade, é a ideia de eleição e predestinação condicionais
que configura acepção de pessoas. Se a eleição e predestinação são baseadas na fé prevista, então Deus fez
acepção de pessoas, pois Ele sabia que nem todos teriam as mesmas oportunidades de crer.

Muitas pessoas passaram por este mundo sem nunca ouvir o Evangelho. Sim, Deus revela sua vontade
através das obras da criação e sua lei está impressa na consciência de todas as pessoas. Porém, é através das
Escrituras que sua vontade é revelada ao homem de forma especial. Sob esse aspecto, é inegável que uma
pessoa que nasceu na Inglaterra no século 18 nos dias em que John Wesley pregava, teve mais oportunidades
de crer no Evangelho do que uma pessoa nascida no Império Asteca.

Portanto, se a eleição e predestinação são baseadas na fé prevista – e nem todos tiveram a mesma
oportunidade de crer –, então sim, Deus fez acepção de pessoas. Mas se crermos que Deus elegeu e
predestinou aqueles que são seus de forma incondicional e soberana, então temos a certeza de que Ele
garantirá que, de alguma forma, o chamado eficaz de sua graça alcance a todos os eleitos, onde quer que
estejam.

5. A eleição e predestinação incondicionais tornam a evangelização inútil e desnecessária?


A eleição e predestinação não é uma ameaça à evangelização, ao contrário, é a garantia de sua eficácia. Ao
saber que Deus elegeu e predestinou os que são seus, certamente a pregação do Evangelho trará resultados.
Além disso, é através da pregação do Evangelho que Deus determinou que seus eleitos fossem chamados.
O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de seu povo (Romanos 1:16; 1 Coríntios 1:18,24; 2:4; 1
Tessalonicenses 2;13; Hebreus 4;12; Tiago 1:18; 1 Pedro 1:3,23).
Por isso é preciso evangelizar, sabendo que Deus se encarregará dos resultados. Em Atos 13:48 lemos
exatamente sobre isto. Após a pregação do Evangelho entre os gentios, “creram todos quantos estavam
ordenados para a vida eterna”.
Independentemente de qualquer coisa, nosso dever é pregar o Evangelho a todos os homens, sem distinção,
sabendo que Deus conhece aqueles que são seus (Mateus 28:18-20; Atos 1:8; 1 Coríntios 2:1-5; 2 Timóteo
2:19).

6. A eleição e predestinação incondicionais significam que o crente pode viver no pecado já que foi eleito?
Ninguém que foi eleito e predestinado por Deus viverá uma vida de pecado após ser regenerado pelo Espírito
Santo. Isso é incompatível com sua nova natureza. Após nascer de novo, aquele a quem Deus elegeu e
predestinou vive uma vida de obediência e santificação (1 Pedro 1:2). Se alguém diz ser predestinado e anda
segundo o curso deste mundo, ele jamais conheceu a Deus (1 João 3:1-10).

7. A eleição e predestinação incondicionais acabam com a segurança da salvação, já que manter-se salvo não
depende do crente?
A doutrina bíblica da predestinação serve exatamente para trazer segurança da salvação aos crentes. Eles
podem descansar sabendo que sua salvação não foi confiada ao enganoso coração do homem (Jeremias 17:9;
Tito 1;15,16).
A salvação é um plano eterno de Deus, e somente estando nas mãos de Deus é que o crente pode ter certeza
dela (João 10:14,27; Romanos 8:30-39; 1 Pedro 1:1,5). Deus é quem preserva e mantém o seu povo firme até
o fim (1 Coríntios 1:8).

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