Aula 08 - (Sist. Est.) Alvenaria Estrutural

PROJETO EM
ALVENARIA ESTRUTURAL
Arq. Eng. Yuri Abas Frazão
Licenciado para - André santos de Almeida Couto - 00902797514 - Protegido por Eduzz.com
ALVENARIA ESTRUTURAL
PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL | Arq. Eng. Yuri Abas Frazão
Alvenaria estrutural é um sistema construtivo

em que as paredes são utilizadas,
simultaneamente, como elementos de
vedação e como elementos estruturais, que
resistem as cargas verticais (peso próprio e
de ocupação), além das cargas horizontais
oriundas da ação do vento.
O INÍCIO DA ALVENARIA ESTRUTURAL
MÉTODO CONSTRUTIVO TRADICIONAL DAS CONSTRUÇÕES
• Sumérias
• Egípcias
• Romanas
PRINCIPAIS MATERIAIS
• Tijolos Secados ao Sol
• Pedra Calcária
• Mármore Polido
As três grande pirâmides, Quéfen, Queops, Miquerinos, foram
construídas em torno de 2600 a.C com aproximadamente 2,3
milhões de blocos de pedra calcária. (MOHAMAD, 2017)
Edifícil Monadnock, Chicago
No século XIX, a alvenaria

estrutural era dimensionada a
partir de base empírica, levando a
espessura de paredes excessivas
e, consequência, antieconômica.
Pelos critérios à época, grandes espessuras das

paredes externas eram necessárias para suportar o
peso próprio dos andares superiores e aumentar a
rigidez à flexão PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL | Arq. Eng. Yuri Abas Frazão
Colapso progressivo no edifício Ronan
Point, Londres (1968). Prumada da cozinha
O marco inicial da moderna alvenaria

estrutural começou com os estudos do
professor Paul Haller, na Suiça, conduzindo
uma serie de teste em paredes de alvenaria,
em virtude da escassez de concreto e aço,
devido a Segunda Guerra Mundial
Somente em 1950 as normalizações forneceram os critérios

básicos para o projeto de elementos de paredes à compressão.
• O INÍCIO DA ALVENARIA
ESTRUTURAL NO BRASIL
Iniciada na década de 60, a alvenaria

estrutural atingiu o auge no Brasil na década
de 80, disseminada com a construção dos
conjuntos habitacionais, onde ficou tida como
um sistema para baixa renda. Devido ao seu
grande potencial de redução de custos
diversas construtoras e produtoras de blocos
investiram nessa tecnologia para torná-la
mais vantajosa.
RETRAÇÃO DO
INESPERIÊNCIA PATOLOGIAS
MERCADO
VANTAGENS
• Economia no uso de madeira para formas;

• Redução no uso de concreto e ferragens;
• Redução na mão-de-obra em carpintaria e
ferraria;
• Rapidez de execução
• Facilidade de treinar mão-de-obra qualificada;
• Ótima resistência ao fogo;
• Ótimas características de isolamento termo-
acústico;
• Facilidade de integração com os outros
subsistemas;
DESVANTAGENS
• Não podem ser removidas sem substituição

por outro elemento de equivalente função;
• Impossibilidade de efetuar modificações na

disposição arquitetônica original;
• O projeto arquitetônico fica restrito;
• Vãos livres são limitados;
• Não é indicado para vãos em balaço

BLOCO CERÂMICO
É constituído por argila, está composta de sílica, silicato de

alumínio e variedades quantidades óxidos ferrosos, podendo ser
calcária e não calcária.
BLOCO DE CONCRETO
É constituído por areia, pedra, cimento, água e aditivo para aumentar
a coesão da mistura ainda fresca.
BLOCO SÍLICO–CALCÁRIO
É produzido por meio de prensagem e da cura por vapor a alta pressão de areia quartzosa e
cal.
Bloco Cerâmico Bloco de Concreto
BLOCOS CERÂMICOS
NBR15812 - Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos
De acordo com a
norma NBR
15270-2:2005, a
resistência
característica à
compressão fbk
dos blocos
cerâmicos deve
ser considerada a
partir de 3,0MPa
referida na área
bruta.
Os blocos cerâmicos estruturais são componentes da alvenaria estrutural que
possui furos prismáticos perpendiculares à face que os contêm, sendo os mesmos
produzidos para serem assentados com furo na vertical. Os blocos cerâmicos
classificam-se em:
• bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas (a);
• bloco cerâmico estrutural com paredes maciças (b);
• bloco cerâmico estrutural com paredes maciças (paredes internas vazadas) (c);
• bloco cerâmico estrutural perfurado (d)
22 > ABSORÇÃO > 8%
Absorção maior que 22% pode

ocasionar a falta de água para
hidratação do cimento ou a
retração da argamassa
Absorção menor que 8% pode

gerar argamassa com fraca
aderência ao bloco.
BLOCOS DE CONCRETO
Características dos
Blocos de Concreto
Aspecto – os blocos devem possuir aspectos
homogêneos, compactos e arestas bem definidas e
livre de trincas ou imperfeições que possam prejudicar
o sei assentamento, bem como as características
mecânicas da edificação
Dimensões: devem atender aos critérios de tolerância

impostos pela NBR 6136:2014. Entre eles, a
tolerância máxima de fabricação e das paredes
mínimas para produção de blocos por classe e as
dimensões nominais em família.
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ABSORÇÃO > 10%
Para uso estrutural abaixo e acima do solo
Para uso estrutural acima do solo
Para uso não estrutural acima do solo
A alvenaria de vedação, que normalmente usa blocos de concreto classe C, possui como
principal característica o fato de que ela precisa suportar o próprio peso. Já na alvenaria
estrutural normalmente usa blocos de concreto classes A ou B, além de suportar o
próprio
Licenciado para peso,
- André santos ainda
de Almeida precisa
Couto - 00902797514 suportar
- Protegido outras cargas e ações.
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Considerações de Projeto
• Utilização de armaduras, como:

treliças, barras de aço, telas
soldadas, etc.
• Interação entre peças pré-
moldadas (vigotas e cintas)
• Projetos de Instalações Prediais
• Divisórias Internas leves e shafts.
• Paginação de todas paredes
• Detalhamento de vergas,
contravergas, cintas e coxins;
• Modulação das paredes
estrturais da 1º e 2º fiada
• Pontos de grauteamento com
detalhamento das armaduras.
AMARRAÇÃO
AMARRAÇÃO DIRETA BLOCO 30X15
AMARRAÇÃO DIRETA
AMARRAÇÃO DIRETA
AMARRAÇÃO INDIRETA
CONSIDERAÇÕES DE
PROJETO
O responsável pelo projeto deve detalhar as alvenarias gerando
plantas de primeira e segunda fiadas, bem como uma elevação de
cada parede. Nas elevações devem constar:
Posição de cada Bloco
Existência de Pontos Elétricos e Hidráulicos
Vergas
Contravergas
Pontos de Graute
Armaduras

Tipos de Paredes
Uma parede de alvenaria

estrutural pode ser
planejada com diferentes
formatos, os quais permitem
a obtenção de maior rigidez,
ou seja, paredes menos
suscetíveis à flambagem
Parede de Folha Simples
Parede com contraforte
Parede com enrijecedores
Paredes dupla com câmera de ar
Paredes diafragmar ou fin walls
Altura Efetiva
É a altura da parede que dever ser considerada no calculo

estrutural, e depende das restrições das suas extremidades.
Deve-se considerar:
1. À altura real da parede, se houver travamentos que

restrinjam os deslocamentos horizontais das suas
extremidades
2. O dobro da altura real, se uma extremidade for livre e se
houver travamentos na outra extremidade.
Para evitar a flambagem em
paredes simples de alvenaria
estrutural, a norma NBR
15961-1 recomenda que a
esbeltez da parede não armada
seja de 24, e de 30 para
paredes armadas
Altura Efetiva
Encontrado os valores da altura efetiva (h) e da espessura
efetiva (t) das paredes, pode-se calcular o índice de esbeltez (𝜆)
ℎ𝑒
𝜆=
𝑡𝑒
Em um prédio com 8 pavimentos em alvenaria estrutural não armada (𝜆 =
24) e parede simples com bloco de concreto de 20cm, altura das paredes
ou pé-direito máximo é:
ℎ𝑒 ℎ𝑒
𝜆=
𝑡𝑒
24=
0,20
ℎ𝑒 =4,8 𝑚
Em caso de prédios que ultrapassem os valores máximos de esbeltez, e que precisam

de pé-direito alto, é necessário aplicar estratégias que aumente a espessura efetiva,
como paredes com enrijedores, dupla, diafragma, etc
IDEAL ACEITÁVEL RUIM
Para um bom
desempenho
estrutural da parede,
é preciso uma
relação aceitável
entre altura total do
prédio e o
comprimento deste.
ℎ ℎ ℎ ℎ
2 ≤ ≤ 4 1 < < 2 𝑜𝑢 4 < ≤5
Licenciado para - André santos de Almeida Couto - 00902797514 - Protegido por Eduzz.com < 1 𝑜𝑢 > 5
𝑐 𝑐 𝑐 𝑐
Componentes
Construtivos
Essenciais
■ VERGA
■ CONTRAVERGA
■ CINTA
As vergas são componentes

fundamentais no entorno da abertura
das esquadrias, para absorver esforços
de flexão
Recomenda-se que o transpasse da

verga seja de 1/10 do vão , mas nunca
menor que 30 cm. As vergas maiores que
1,2 metros devem ser dimensionadas
como viga de concreto armado.
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ALVENARIA | Arq. Eng. Yuri Abas Frazão
As contravergas são empregados sob

abertura de esquadrias e possuem
procedimento construtivo igual ao das
vergas, tanto material quanto nas
especificações
O dimensionamento também é
semelhante ao das verga, não devendo
ser menor que 30 cm, mas, em casos de
grandes vãos, deve atender à proporção
de 1/5 do vão pelo menos.
Conforme a NBR 15961-2. Em cada pavimento, na ultima

fiada, deve ser executado uma cinta continua que
solidariza todas as paredes. O grauteamento dessa cinta é
realizado junto com a laje
Para cintas que com blocos canaleta do tipo “U”
Para cintas que com blocos canaleta do tipo “J”

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PROJETO EM

Alvenaria estrutural é um sistema construtivo

MÉTODO CONSTRUTIVO TRADICIONAL DAS CONSTRUÇÕES

No século XIX, a alvenaria

Pelos critérios à época, grandes espessuras das

O marco inicial da moderna alvenaria

Somente em 1950 as normalizações forneceram os critérios

Iniciada na década de 60, a alvenaria

• Economia no uso de madeira para formas;

• Não podem ser removidas sem substituição

• Impossibilidade de efetuar modificações na

• O projeto arquitetônico fica restrito;

• Vãos livres são limitados;

• Não é indicado para vãos em balaço

É constituído por argila, está composta de sílica, silicato de

calcária e não calcária.

Bloco Cerâmico Bloco de Concreto

Absorção maior que 22% pode

Absorção menor que 8% pode

Dimensões: devem atender aos critérios de tolerância

ABSORÇÃO > 10%

Para uso estrutural abaixo e acima do solo

Para uso estrutural acima do solo

Para uso não estrutural acima do solo

• Utilização de armaduras, como:

Posição de cada Bloco

Existência de Pontos Elétricos e Hidráulicos

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Uma parede de alvenaria

Parede com contraforte

Parede com enrijecedores

Paredes dupla com câmera de ar

Paredes diafragmar ou fin walls

É a altura da parede que dever ser considerada no calculo

1. À altura real da parede, se houver travamentos que

efetiva (t) das paredes, pode-se calcular o índice de esbeltez (𝜆)

Em caso de prédios que ultrapassem os valores máximos de esbeltez, e que precisam

As vergas são componentes

Recomenda-se que o transpasse da

As contravergas são empregados sob

Conforme a NBR 15961-2. Em cada pavimento, na ultima

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