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Prólogo

13/06/1999 domingo as 03h00min da manhã

Deitada em sua cama ela olha através de sua janela, relâmpagos iluminam
seu quarto, o som estrondoso dos trovões estremeceram sua cama, seus
olhos apresentam um pavor indescritível, uma silhueta estranha, com
garras afiadas seguram a porta abrindo ela devagar, alta e retorcida se
abaixa para passar pela porta, olhos vermelhos como sangue surgem meio
às trevas da noite que ali a cercam, com terror nos olhos de Rebeca ela se
levanta e em um surto de sobrevivência tenta transpassar a criatura, Em
uma infeliz tentativa de escapar da criatura horrenda ela sente sua alma
se esvair de seu corpo após um ataque rápido de suas garras, as luzes dos
relâmpagos destacam a cor carmim de seu sangue que escorre pelo chão
de madeira, deitada em frente à saída, chorando ela olha em direção a
criatura, a mesma devora seu corpo que agora não passa de alimento para
algo obscuro e maligno.
Capítulo 1

A casa Burke
10 dias antes
- Era tempo de férias escolares então nada melhor que fugir um pouco da
rotina de trabalho e problemas das grandes cidades, gravamos todos os
dias na antiga câmera para guardar de recordação, pois não era sempre
que podíamos viajar, principalmente para um lugar tão longe, apesar de a
casa ser herança da família, nem sempre estávamos dispostos a dirigir
quase um dia inteiro para chegar ao local.
Tarick e Fátima tinham dois filhos, uma menina de 13 anos chamada
Rebeca e um garotinho de 5 anos Arthur, ambos os filhos estavam bem
alegres por sair da rotina poder correr e brincar sem que seus pais se
preocupassem com eles ate um certo ponto. A única regra era que não
entrassem na floresta sozinhos, porque poderiam se perder ou se
machucar.
A casa encontrava-se em uma área rural de Aisuari uma cidade fundada a
centenas de anos atrás, um lugar bem tranqüilo, havia lagos e, mais a
fundo nas florestas até cachoeiras encontrava, os vizinhos mais próximos
moravam a 2 km de distância, uma floresta cercava todo território, uma
casa de dois andares, os andares superiores eram os quartos dos pais e
das duas crianças, enquanto as partes inferiores da casa eram cozinha,
sanitário para visitas, sala de estar, um cômodo era usado como oficina e
se interligava com a garagem, e o outro cômodo era apenas para guardar
tranqueiras então vivia trancado sem acesso para as crianças, pois tinham
muitos objetos cortantes.
Nós conhecíamos os vizinhos, pois minha família sempre viveu neste lugar,
então os chamamos para passar um dia conosco, faríamos um belo
churrasco. E como nossos vizinhos também tinham filhos era um jeito de
fazer eles se descontraírem e se divertirem com mais alguém. Os vizinhos
aceitaram o convite e vieram a nossa casa no dia seguinte, mas pediram se
teria como ficar ate o outro dia, pois coisas estranhas estavam ocorrendo
nas redondezas, falamos que não teria problema e seria ate bom, já que
não sabíamos o que estava acontecendo para ele falar com tanta
preocupação.
O dia começou cedo Tarick e Omar entraram em seu carro para ir até o
centro comercial mas próximo, pois algumas coisas faltavam para o inicio
do churrasco, então assim foi feito e partiram. Enquanto as crianças se
divertiam em seu quintal, Fátima chamou Elaine para conversar pois havia
ouvido de Omar no dia anterior que não era muito bom sair a noite.

conversa vai conversa vem Fátima notou que Elaine sempre arrumava um
jeito de fugir do assunto, falando da decoração da casa, de como seus
filhos eram lindos, como estava a vida na cidade. Mas Fátima perguntou
novamente, pois se algo estava por lá, e que poderia por sua família em
risco ela precisava saber como qualquer mãe e esposa faria buscando lhes
proteger.
Após um tempo Elaine deu as respostas que ela queria, algo como um
leopardo estava atacando algumas fazendas das redondezas, mas os
relatos de ataques foi apenas nas fazendas onde a criação de animais é
grande. Isso apaziguou o coração de Fátima fazendo ela ficar mais serena,
porém apreensiva. Algum tempo depois Tarick e Omar retornaram com
tudo que precisavam e adentram a casa em direção onde suas esposas
estavam. Ao chegar Tarick percebeu a apreensão no rosto de Fátima mas
preferiu já ir mudando o assunto e mostrando tudo que conseguiram, elas
levantaram e foram logo agitando o almoço, enquanto os homens foram
para fora de casa e começaram a apropriar a churrasqueira, o cooler das
bebidas, o som para animar a festa e a piscina para as crianças, o que as
deixou pulando de alegria.

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