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Volume I • Número 1 • 2020

ANHANGUERA

Ano 1 - Nº 1

Julho 2020

Revista Anhanguera

CORPO EDITORIAL

EDITOR-CHEFE HONORÁRIO

Comandante

Gen Bda EDSON MASSAYUKI HIROSHI

COORDENADOR GERAL

Chefe do Estado-Maior

Cel Inf CLÁUDIO BOAVENTURA MARTINS

EDITOR-CHEFE

Chefe da Seção de Comunicação Social

Maj RICARDO INACIO DONDONI

EDITORES-ADJUNTOS

Cap FLÁVIO AUGUSTO DA COSTA

REVISORA

3º Sgt SvTT MARIANA LAHR ANELLI

O espaço cultural do Museu à Céu Aberto con-


templa materais de emprego militar que mobiliaram Or-
ganizações Militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve no
seu passado histórico.
Os materiais estão dispostos ao longo da Rodovia
Soldado Passarinho e podem ser visitados pelo público
geral de segunda a sexta-feira.
Os materias ficam dispostos da região histórica da
Fazenda Militar do Chapadão.
Este talvez seja um dos tanques leves mais famosos e produzidos na história dos

EBV139 Carro de Combate Stuart M3


carros de combate. Recebeu seu nome pelos ingleses, em homenagem a um dos maiores
generais de cavalaria do Exército dos Estados Unidos, James Ewell Brown “JEB” Stuart. Esse
carro foi padronizado nos U.S.A. em 1940, iniciando sua produção em 1941, suprindo gran-
de parte dos exércitos aliados, principalmente, o britânico, que o usou maciçamente na
campanha da Líbia. Era propulsado por um motor Continental de 7 cilindros, radial, modelo
W670-9A, a gasolina, ou, opcionalmente, o Guiberson diesel de 9 cilindros, radial, mod.
T-1020-4. A transmissão era de 5 velocidades à frente e uma à ré.
O motor, alojado na traseira do carro com acesso por duas portas traseiras, ocupava
quase 1/3 do espaço interno do veículo. A partida desses motores, bem similar ao de seu
uso aeronáutico, era feita pela explosão de um cartucho similar ao de espingardas calibre
12, porém bem maior, e carregado com cordite em sua totalidade. Da culatra dessa pistola
saía um tubo de aço, como se fosse o seu cano, que era enviado ao motor.
O sistema de partida tipo Coffman e Breeze eram os mais usados. Os gases resultan-
tes da detonação dessa pólvora atingiam pressão de 1.000psi e eram enviados, ou a uma
turbina solidária ao virabrequim, ou diretamente à câmara de um dos cilindros, o que a fazia
girar o motor. Essa espécie de pistola, utilizada para detonar o cartucho, era colocada no pai-
nel do carro, ao lado do motorista. Apesar de parecer algo pouco prático, tinha suas vanta-
gens, tanto em aviões como em tanques, à partida com motor elétrico. Uma delas é que se
evitava a necessidade de ter a bordo pesadas baterias, que se porventura descarregassem,
seriam inúteis para dar a partida. Uma das desvantagens era o estoque de cartuchos, que
tinha que ser mantido e controlado.
O armamento básico era composto de um canhão M5 ou M6, calibre 37mm e uma
metralhadora Browning cal. 30–06, montados lado a lado na mesma torre giratória. Opcio-
nalmente havia a possibilidade de instalar mais uma metralhadora Browning .30–06 na tor-
re, do lado externo. A tripulação era de 4 homens, dois alojados na parte inferior e dois na
torre. Seu peso em marcha era de 12.400kg, velocidade máxima de 60 km/hora em terreno
plano. Podia transportar cerca de 100 cartuchos 37 mm e 8.000 cartuchos para as metra-
lhadoras, além de uma sub-metralhadora Ina calibre .45, com 500 cartuchos e 12 granadas
de mão.
Visão interna do tanque leve M3A3, modelo ligeiramente melhorado em relação ao
M3A1 — nota-se aqui que o eixo de transmissão (cardã) atravessava pelo interior da cabine
para atingir a caixa de câmbio; a tração das lagartas era realizada por roda dentada dianteira.
Esse cartucho 37mm possuía diversas versões, entre elas a de treinamento (sem car-
ga explosiva), a A.P.C. (Armor-Piercing Capped), também sem carga explosiva e a H.E. M63,
com carga explosiva. A H.E. M63, sendo a ilustrada aqui, possuía um projétil feito em aço,
oco em seu interior, com o fundo rosqueado para a montagem do dispositivo detonador. A
parte oca do projétil era preenchida com 38,5 gramas de TNT, detonadas pela espoleta de
impacto M58. A carga propelente era de 222 gramas de pólvora FNH. O peso total do car-
tucho H.E. era de 1,419 kg. Seu alcance máximo era de 9.500 metros com uma velocidade
inicial do projétil de 2.600 pés (ca. 792 m)/seg, ou 790 m/seg. A penetração em blindagem
de aço chegava a cerca de 6,0 cm a 500 metros.
EBV139 Carro de Combate Stuart M3
EBV138 Carro de Combate M41C
A partir de 1978, para nacionalizar componentes, o Centro Tecnológico do Exér-
cito e a empresa Bernardini iniciaram um plano de modernização desses tanques. Uma das
Vtr Utilizada pelo, então, 2º Regimento de Carros de Combate (Pirassu- primeiras providências foi a troca dos motores Continental pelo motor Scania DS-14, movido
nunga/SP). O Brasil recebeu por volta de 340 desses Carros de Combate, em mea- à diesel. Essa modificação alterou a nomenclatura do veículo para M41B.
dos de 1960. Foi padronizado no Exército dos Estados Unidos em 1947 em substi-
tuição ao M24 Chaffee, com o apelido de Walker Bulldog. Posteriormente, foram efetuadas outras modificações, agora com a nomenclatura
M41C e o codinome de Caxias. Sobre o projeto do M41C, a empresa Bernardini desenvolveu
Seu peso em ordem de marcha era de 17.550 kg, com tripulação de 4 ho- o blindado Tamoyo, a partir de 1979, produzido, posteriormente, com canhões de 90 mm e
mens. Era impulsionado por motor Continental AOS-895 de 6 cilindros. A transmis- de 105 mm.
são era do tipo “hydra-matic”, automática com conversor de torque, 8 marchas à
frente e 4 à ré. Atingia a velocidade máxima de 56 km/hora em terreno plano. A
torre possuía um dispositivo giro-estabilizador para facilitar os disparos em marcha.
O armamento padrão consistia em um canhão de 76 mm, tipo M6, duas
metralhadoras Browning cal. 30-06, sendo uma delas montada na torre junto ao
canhão; uma metralhadora Browning cal. 50 para defesa anti-aérea, montada em
suporte externo, 4 sub-metralhadoras cal. 45ACP e uma carabina cal .30 M1. Opcio-
nalmente, possuía um morteiro M3 de 2″ montado na torre. Levava 50 cartuchos
cal. 76mm, 440 cartuchos .50 BMG, 4.000 cartuchos .30–06 e 720 cartuchos .45
ACP, além de 14 granadas de mão.

VBC M -41
sobre plataforma ferroviária
Comprimento: 16m Largura: 3,2m
Capacidade de Carga 50 Ton Prancha de Transporte Ferroviário
EBV140 Jeep Can 106SR
Nos anos 60, o Exército Brasileiro passou a utilizar as versões canho-
neiras do CJ-5 militar nacional. Foram produzidas até meados dos anos 1970.
Eram conhecidas pela nomenclatura VTE (Viatura de Transporte Especializado)
CSR (canhão sem recuo) 1/4 ton 4x4, e possuíam o código de inscrição EB22.
A viatura, de fabricação nacional, utilizava um canhão sem recuo de
106mm em geral, sobre uma base giratória. O disparo do canhão faz o Jeep dar
um forte solavanco para trás. Também possuíam parabrisas bipartido e demais
características semelhantes ao M38A1C americano. A suspensão traseira do
Jeep brasileiro canhoneiro era a mesma dos demais modelos, porém era refor-
çada com molas helicoidais sobre os feixes, uma em cada lado.

VTR FORD WILLIS


ORIGEM: Brasil AUTONOMIA: 278 Km
MODELO:1978 CAPACIDADE:1/4 Ton
PES0: 1150 Kg COMBUSTÍVEL: Gas
Veículo Blindado de Engenharia VBE M-74
VBE M-74
ORIGEM: EUA VELOCIDADE: 45 Km/H
MODELO:1955 PESO: 45.000 Kg
COMBUSTÍVEL: Gas
EMPREGO: Viatura de Socorro
Veículo Blindado de Engenharia VBE M-74 EBV141 VBR EE9 Cascavel

O VBE-M74, deno- O Cascavel, denomi-


minado nos Estados Unidos nação oficial EE-9, é um ve-
de ARV M74 (Armory Reco- ículo nacional, blindado, de
very Vehicle) foi baseado no reconhecimento, possuindo
chassis e trem de rodagem capacidade de tripulação
utilizado nos tanques médios para 3 pessoas (comandante,
Sherman M4A3 sendo utiliza- atirador e motorista). Com
do pelo Exército Norte-Ame- uma tração de 6 x 6 e utilizan-
ricano por volta de 1950. Sua do pneus 9,00×20 ao invés de
capacidade de tração era de lagartas, o Cascavel foi cria-
45 toneladas, o que permi- do e produzido aqui no Brasil
tia rebocar um tanque médio em São José dos Campos, SP,
como o Sherman. Sua capa- pela Engesa. O fato de utili-
cidade de elevação era de 29 zar o maior número possível
toneladas, através de seus de peças comercializadas no
dois braços articulados. O veí- mercado comum de auto-pe-
culo pesava 47 toneladas e era equipado com uma metralhadora Browning cal. 50 BMG. ças permite que o veículo tenha manutenção mais fácil e mais barata. Algumas versões
Sua propulsão era feita por um motor Ford GAA V8, com 450 HP de potência e podia possuem motor da Mercedes Benz, diesel, de 212 C.V. com autonomia de 880 quilôme-
atingir até 40 km/hora. Sua fabricação era norte-americana, produzido pela Bowen-M- tros, podendo chegar à velocidade de 100 km/h. Outra versão foi fornecida com motor
cLaughlin-York. da Detroit Diesel, de 6 cilindros.
EBV141 VBR EE9 Cascavel

VBR EE9 - CASCAVEL


ORIGEM: BRASIL VELOCIDADE: 100 Km/H
MODELO:1969 PESO: 12.000 Kg
CALIBRE: 37mm METRALHADORA: 7,62mm
AUTONOMIA: 750 Km COMBUSTÍVEL: Óleo Diesel
Esse canhão é conhecido como 3 Inch Anti-aircraft Gun M3 nos Estados Unidos.
Foi um antecessor do canhão 90 mm M1. Era montado em plataforma desmontável para
ser facilmente transportado, e podia girar 360º sobre essa base. Da mesma forma que seu
antecessor, podia usar um preditor M7, dispositivo de observação aérea do alvo que calcu-
la todos os parâmetros necessários ao tiro anti-aéreo, como altitude do alvo, velocidade,
azimute e ângulo de inclinação, possibilitando à guarnição o ajuste de mira.
Seu peso total era de 9,122  kg.
Podia ser utilizado manualmente ou semi-automática, sendo que nesta última, após
o disparo e recuo, o cartucho era extraído, o canhão retornava à posição de bateria já com
a culatra aberta. Com a introdução de um novo cartucho a culatra se fechava automatica-
mente. O canhão era disparado por um cordão fixo à alavanca do gatilho, para permitir uma
distância segura do atirador.
A munição utilizada era a M42A1, e a versão mais comumente utilizada era a H.E.
(High Explosive), com 2,47 kg. de carga propelente de pólvora NH, 430 gramas de explosivo
TNT; velocidade inicial era de 850 m/s e alcance máximo de 14.000 metros. O detonador
era o M43A5 ou o M48A2, com espoleta de tempo regulável de 0,2 a 30 segundos. Os de-
tonadores M48A2, no que lhe concerne, podiam ser ajustados para detonação imediata-
mente com o impacto no alvo, ou com atraso de 0,15 segundos. Esse detonador possuía um
dispositivo que permitia que o percussor só fosse armado após a saída do projétil do cano.

CAN 76 AAE M3
ORIGEM: EUA ALCANCE: 9000m
MODELO:1939 PESO: 14.500 Kg
CALIBRE: 76mm CADÊNCIA:28Tiros/min
EMPREGO: Defesa Antiaérea

Canhão Anti-Aéreo 76mm M3


Não há muita literatura nem muitos dados a respeito desse canhão. Conhecido pela
nomenclatura britânica original, BL 6 inch (15,24 centímetros) Mk XIX, foi introduzido para
uso da Armada Britânica em 1916, como uma opção mais leve e de maior alcance que seu
antecessor, o Mk VII. Foi produzido, principalmente, pela Vickers-Armstrong, enorme conglo-
merado britânico produtor de equipamentos bélicos de diversas modalidades. Foi desenhado
com o intuito de se utilizar no campo, apesar de que seus ancestrais serviram como canhões
navais. Utilizava moderno sistema de transporte sobre pneumáticos, o que lhe dava grande
mobilidade.
Apesar de ter sido utilizado pelos britânicos durante a I Guerra, também o foi na II
Guerra, em direção à costa francesa do Canal da Mancha, com a intenção de proteger e defen-
der a Inglaterra. Foi substituído, posteriormente, pelos obuses de 155 mm. Além de serem uti-
lizados pelos Estados Unidos, diversos exemplares de fabricação entre 1917 e 1918 foram utili-
zados pelo Brasil para defesa de sua costa, em 1940. Um desses exemplares ainda se encontra
no Museu do Forte de Copacabana. Outros, ainda são exibidos em Fernando de Noronha.

CAN 152,4 VICKERS


ORIGEM: INGLESA ALCANCE: 18.200m
MODELO:1917 PESO: 11.075 Kg
CALIBRE: 152,4mm CADÊNCIA: 3Tiros/min
EMPREGO: Artilharia de Costa

Canhão 152,4mm (Vickers-Armstrong BL-6)


O canhão anti-tanque 37 mm M3 e M3A1 de fabricação norte-americana (Water-
vliet Arsenal) iniciou sua operação em combate por volta de 1940, principalmente, pela
infantaria britânica e, posteriormente, pela norte-americana, como um canhão anti-carro
padrão. Seu moderado peso, por volta de 400 kg, permitia que fosse rebocado até por
jipes. Sua guarnição era de quatro homens. A partir de 1942, tornou-se obsoleto por não
conseguir perfurar a blindagem dos blindados alemães, sendo substituído pelos canhões
de 57mm.
A munição utilizada nesse canhão era a mesma empregada nos canhões dos Carros
de Combate Stuart. O recuo era, relativamente, curto utilizando um pistão amortecedor
hidráulico e com mola espiral. A variação de elevação oscilava entre -10º e +15º, com ca-
dência de fogo de até 25 disparos por minuto, podendo ser equipado com mira telescópica
do tipo M6.

CAN 37 M3A1
ORIGEM: EUA ALCANCE: 1.400m
MODELO:1942 PESO: 410 Kg
CALIBRE: 37mm CADÊNCIA:25Tiros/min
EMPREGO: Defesa Anticarro

Canhão Anti-Carro 37mm M3A1


EBA137 Mtr .50 AAé

A metralhadora M1921 Browning foi uma metralhadora refrigerada


a água, de calibre .50 (12,7mm), desenhada por John Moses Browning que en-
trou em produção em 1929.
Desenvolvida a partir do protótipo de metralhadora Browning calibre
.50 M1919 , e que, por sua vez, foi desenvolvida a partir da metralhadora Brow-
ning calibre .30 M1917 refrigerada a água.
Uma versão ligeiramente melhorada, o M1921A1, foi introduzida em
1930. A arma pesava 79 lb (36 kg) sem água, tinha 1,4 m de comprimento e um
cano de 0,91 m. A arma foi montada em um pedestal com três pernas horizon-
tais. Ele tinha uma taxa de tiro de 500-650 tiros por minuto.

MTR .50 AAE


ORIGEM: EUA ALCANCE: 7.000m
MODELO:1937 PESO: 38 Kg
CALIBRE: 12,7mm CADÊNCIA: 500 Tiros/min
EMPREGO: Defesa Antiaérea
MEIO-PONTÃO
O Meio-pontão é uma embarcação de assalto e, por sinal, um dos equipamentos
mais utilizados por militares da Arma de Engenharia do Exército Brasileiro. Este modelo é de fa-
bricação brasileira e teve seu primeiro uso no ano de 1943. Possui capacidade de 5,5 toneladas
e seu peso é, em média, de 700 kg. Este modelo, o B4A1, foi usado pelas tropas febianas durante
a Segunda Guerra Mundial, nos campos de batalha da Itália.
O seu principal emprego é nas Operações de Transposição de Curso d’Água. Nestas ope-
rações, pode ser empregado nas três fases da travessia de um curso d´água obstáculo.
Na primeira fase, os Engenheiros unem dois Meio-pontões, formando o “Pontão”, em-
pregando-o como embarcação de assalto, para transpor a infantaria da margem amiga para a
inimiga.

MEIO-PONTÃO Na segunda fase, o Meio-pontão é empregado na construção de meios de travessia


descontínuos, como a Portada Leve, que se caracteriza pela necessidade de realizar várias levas
ORIGEM: BRASIL de travessia de uma margem à outra, para transpor as viaturas leve, como caminhões, ambulân-
cias e obuseiros.
MODELO:1943 PESO: 700 Kg Na terceira fase, o material é empregado como Ponte, um meio contínuo de travessia,
CAPACIDADE: 5,5 Ton que permite o fluxo intermitente de viaturas sobre o curso d´água, pelo qual a maior parte da
Brigada fará a sua travessia. Atualmente, o Exército Brasileiro possui Meio-pontões mais mo-
EMPREGO: Travessias, Pontes e Portadas dernos, constituídos por duralumínio, material mais leve e resistente, que mantém a mesma
versatilidade nas operações.
AMBULÂNCIA O alto consumo de gasolina desse motor diminuía o alcance do veículo excessivamen-
te, tornando-o inviável para o interior brasileiro daqueles anos. Assim, com a nacionalização da
fabricação em 1962, o modelo foi renomeado Toyota Bandeirante e equipado com o motor OM-
324 (algumas fontes afirmam o motor ter sido um OM-326) da Mercedes-Benz, um 3.4 a diesel
A fabricação do Bandeirante no Brasil foi nacionalizada a partir de maio de 1962. A
com quatro cilindros que desenvolvia 78 cv a 3000 rpm.
produção só se encerrou em novembro de 2001. Nesse período, o mais longo que um mesmo
modelo de automóvel já teve de produção no Brasil, foram montadas 103.750 unidades. Em 1973, o OM-324 foi seguido pelo OM-314, também da Mercedes-Benz. O OM-314
é um 3.8 de quatro cilindros a diesel que desenvolve 85 cv a 2.800 rpm. Esse motor ficaria até
É Ambulância Bandeirantes é conhecida pela sua robustez e capacidade de se deslocar
1990, ano em que foi substituído por outro motor Mercedes-Benz, o OM-364. O OM-364 é um
em terrenos desfavoráveis aos automóveis de passeio. De 1958 a 1962, foi equipado com o mo-
4.0 a diesel, cuja potência é de 90 cv a 2800 rpm. Foi devido aos motores OM da Mercedes-Benz
tor 2F da Toyota, um 4.0 de baixa rotação a gasolina, com 6 cilindros e que desenvolvia 110 cv a
que a linha Bandeirante de 1962 a 1994 seria chamada série OJ5. O ano de 1994 marcaria o fim
2000 rpm.
dos motores da Mercedes-Benz: nesse ano, o Bandeirante foi equipado com o propulsor Toyota
14B, um 3.7 com quatro cilindros, sempre a diesel, que desenvolvia 96 cv a 3.400 rpm.
EBA134 Can Krupp 75mm
O Canhão 628 modelo 1908 é um canhão de campanha de calibre
75mm foi fabricado na Alemanha pela empresa Krupp.
Diante da evolução dos meios bélicos navais na passagem do século XIX
para XX, tornou-se imperioso, no Brasil posicionar canhões de longo alcance
que evitassem a aproximação de navios de guerra que pudessem ameaçar a en-
tão capital do país. O ponto escolhido foi a ponta da Igrejinha, na extremidade
de Copacabana.
Para esse fim, foi apresentado projeto pelo então Major Tasso Fragoso,
que previa originalmente a instalação de obuseiros. Entretanto, o fornecedor
do equipamento, a Krupp, convenceu o então presidente da República Brasilei-
ra, Marechal Hermes da Fonseca, de que seria mais adequado instalar no local
canhões de tiro rápido e longo alcance, o que foi aceito.
Após a Primeira Guerra Mundial, os aliados reduziram a produção de
aço da empresa e proibiram que ela fabricasse munições. Concentrando-se na
produção de artigos para tempos de paz, Gustav Krupp reconstruiu a compa-
nhia. Mas durante o governo de Adolf Hitler, a família Krupp voltou a fabricar
armas, com destaque para a fabricação dos grandes canhões Schwerer Gustav.

CANHÃO 75 KRUPP
ORIGEM: ALEMANHA ALCANCE: 7.000m
MODELO:1908 PESO: 1.225 Kg
CALIBRE: 75mm CADÊNCIA:6Tiros/min
EMPREGO: Artilharia de Campanha
EBA136 Can Pak 40 CANHÃO ANTICARRO 75mm PAK 40
NOMENCLATURA: PANZERABUTERKANONE
Desenvolvido como resposta aos tanques mais pesados, esse canhão ORIGEM: ALEMANHA (1940) ALCANCE: 2.000m
é um aprimoramento do pak 50mm, porém não alcançou tamanha eficiência
custo-benefício, mas mesmo assim era um canhão formidável, capaz de pene- MODELO:1940 PESO: 1.425 Kg
trar 174mm de blindagem.
CALIBRE: 75mm GUARNIÇÃO: 5 Homens
Em 1940, prevendo tanques maiores para o futuro, o Exército Alemão
encomendou um canhão antitanque pesado à Krupp e à Rheinmetall. O Pak 40 EMPREGO: Defesa Antiaérea
de 75mm (2,95pol) foi o projeto apresentado pela Rheinmetall, que nada mais
era que o modelo aumentado do Pak 39, com um reparo biflecha e um escudo
duplo. Tornou-se o canhão anti-tanque padrão até o final da Segunda Guerra
Mundial. Quando a guerra acabou, muitas destas unidades foram capturadas
e usadas por exércitos europeus que precisavam se reequipar. Muitos foram
abandonados durante a retirada da Frente Russa, pois ficavam atolados e devi-
do ao seu peso era muito difícil retirá-los.

Este exemplar foi apreendido da 148º Divisão de Infantaria do Exército


Alemão após sua rendição à FEB em 30 de abril de 1945.
O canhão era acoplado a um radar, um gerador de energia e a um dispositivo
preditor. Com isso, operadores do preditor seguiam o alvo pelos dispositivos óticos,
com ajuda do radar. O preditor então calculava a distância, velocidade do vento, veloci-
dade do alvo, ângulo do azimute e inclinação, levando em conta a balística do projétil.
Com a obtenção do tempo necessário para que o projétil chegasse o mais próximo pos-
sível do alvo, gerava as informações sobre a regulagem das espoletas de tempo, que
eram fornecidas à guarnição, que fazia os ajustes necessários usando um Fuse Setter.
O canhão era municiado e o preditor automaticamente posicionava os ângulos
de elevação e rotação, através de comandos hidráulicos e elétricos. O disparo podia
ser feito manual ou automaticamente. Os ajustes de ângulo de inclinação e de rotação,
efetuados automaticamente, eram executados de forma bem rápida e precisa. Nesse
caso, depois de municiado, a guarnição tinha que tomar cuidado para não correr o ris-
co de alguém ser atingido pelo canhão em movimento. Após o disparo, e através de um
longo recuo do cano, o cartucho era ejetado para o piso da plataforma; o cano então

EBA133 Can 90 AAé


retornava à posição de tiro com a culatra aberta, aguardando um novo municiamento.
O preditor (gun director) mais utilizado neste canhão foi o Kerrison M7 ou M9
e, inicialmente, os radares eram os SCR-268, lançados em 1941. Em tiros noturnos, um
holofote era acoplado ao radar. A partir de 1944, introduziu-se o radar de micro-ondas
SCR-584, cuja precisão era de somente 0.06 graus e permitia ao canhão fazer o rastre-
O canhão anti-aéreo de 90mm sucedeu o de 76mm, amento do alvo continuamente. Um computador Bell Labs M3 e o preditor M9 com-
e foi uma espécie de resposta norte-americana ao famoso ca- pletavam o aparato. Tudo o que restava a ser feito pela guarnição era municiar. Com
nhão alemão de 88mm. Entrou em serviço em 1940 e foi uti- o SCR-584 o canhão 90mm tornou-se a melhor arma anti-aérea em uso na II Guerra.
lizado extensivamente até meados de 1950, durante a Guerra
da Coréia. Era capaz de uma cadência de tiro de aproximada-
mente 20 disparos por minuto, com uma guarnição de 4 ho-
mens. Apesar de poder ser manejado manualmente por essa
guarnição, o canhão tinha todo o seu funcionamento automa-
tizado, com exceção do municiamento.

CAN 90 AAE M1A3


ORIGEM: EUA ALCANCE: 18.300m
MODELO:1945 PESO: 8.600 Kg
CALIBRE: 90mm CADÊNCIA:22Tiros/min
EMPREGO: Artilharia de Costa
Endereço
Avenida Soldado Passarinho, S/N - Jardim Chapadão - Campinas - SP
CEP: 13.070-115

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