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O CORAÇÃO ORDENA (Alvaiade e Paquito)

Blog Receita de Samba Intérprete: J. B. de Carvalho


Data: 1938
www.receitadesamba.blogspot.com
Eu te deixei
Por isso sofres um grande desgosto
As lágrimas correm em seu rosto
Sem um momento cessar
Saiba que tu andastes errada
Por mim foste abandonada
Eu não quero mais te amar

Vai derramando tuas lágrimas


Que eu nào te darei perdão
Amor para vir destruir
A minha alegria eu não quero não

Ainda ontem tu me procurastes


Implorando meu perdão
Mas não serás perdoada
Porque quem ordena
É meu coração

BANCO DE RÉU (Alvaiade e Djalma Mafra)


Intérprete: Ataulfo Alves
Data: 1939

Alvaiade em 78 rpm Sento no banco de réus e aguardo a sentença


Porque até hoje ninguém destruiu minha crença
Pela voz que ordena que eu me conforme
Porque aquele que mora É MATO (Alvaiade e Wilson Batista)
Lá em cima não dorme Intérprete: Odete Amaral
Data: 1941
O sofrer é da vida, eu aceito
Não guardo porém Você diz que eu lhe amo
Ódio ou rancor dentro do peito Considero um descato
Tenho minha consciencia pura e sã Eu lhe tenho muita amizade
Quem me condena não se lembra do amanhã Amor no meu peito é mato
Eu lhe tenho muita amizade
Amor no meu peito é mato
EU CHOREI (Alcides Lopes e alvaiadade)
Intérprete: Irmãos Tapajós Eu não durmo sem sonhar
Data: 1939 Com a amizade desse ingrato
Meu café de manhà cedo
Eu chorei É beijar o seu retrato
Quando soube Eu lhe tenho muita amizade
Que o nosso amor morreu Amor no meu peito é mato
Triste fiquei Eu lhe tenho muita amizade
A minha alegria sumiu Amor no meu peito é mato
Até hoje não apareceu
Seu amor já fez raiz
Quem não anda com sorte No meu coração pacato
Deve então evitar um amor Você diz que eu não lhe amo
Se eu nunca pensasse em amar Considero um desacato
Não sentia essa dor Eu lhe tenho muita amizade
Amor no meu peito é mato
Eu lhe tenho muita amizade
Amor no meu peito é mato
DE SOL A SOL (Alvaiade e Ari Monteiro) De manhã muito cedinho
Intérprete: Linda Batista Ele toma o cafezinho
Data: 1941 Pega os livros, vai estudar
Me despeço da patroa
Não há razão em dizer Que pra mim é muito boa
Que eu trabalho pouco Saio e vou trabalhar
Se você visse o que eu trabalho
Até ficava louco
A minha vida é outra VOCÊ QUIS (Alvaiade e Nicola Bruni)
Não sou nenhum rouxinol Intérprete: Odete Amaral
Trabalho muito de sol a sol Data: 1942

Você não tem razão Eu não queria nada


Só conhece a boemia Você quis, então vai ter
Você nunca enfrentou Você foi bolir
O sol de janeiro ao meio dia Com marimbondo sem saber
Dinheiro contigo você é mato
Heis aí grande verdade Olha aqui, em terra alheia
Levanto às três da manhã Se pisa bem devagar
E você às quatro da tarde Terra estranha tem isso
Precisa saber pisar

DEUS ME AJUDE (Alvaiade, Estanislau Silva e H. de Carvalho) Eu não queria nada...


Intérprete: Ataulfo Alves
Data: 1942 Esqueceu o tal ditado
Que a gente sabe de cor
Deus me ajude me dando força e saúde Que tudo quer, tudo perde
Tenho um filho pra criar Quem ri no fim, ri melhor
Um inocente, não pensa igual a gente
E na hora certa quer saber de se alimentar
PENSANDO NO FUTURO (Alvaiade e Djalma Mafra) Ab Vou pra linha de frente
Intérprete: Ciro Monteiro Travar um duelo
Data: 1944 Em defesa do perdão
verde e amarelo
Agora , vou botar o meu no canto Embora tenha que ser
Eu tenho esbanjado tanto A sentinela perdida
Já é tempo de aprender a viver Honrarei minha pátria querida
Quando a velhice me abraçar
terei um teto e uma cama
Para descansar A SAUDADE ME DEVORA (Alvaiade e Djalma Mafra)
Intérprete: Ciro Monteiro
Eu sei por que me querem Data: 1945
E me tratam muito bem
Mas espero na velhice Não resisto à sua ausência
Não precisar de ninguém Eu confesso
Enquanto é tempo E por isso seu perdão eu peço
Vou mudar o meu pensar Eu darei o que você precisar
Não serei um avarento se você novamente
Mas vou economizar Pra casa quiser voltar

Desde quando você partiu


BRASIL (Alvaiade e Nélson Gonçalves) A minha alegria sumiu
Intérprete: Ataulfo Alves Tristeza comigo mora
Data: 1944 Mas já me falta paciência
Para agüentar a sua ausência
Brasil, terra da liberdade A saudade me devora
Brasil, não usou de falsidade
Meu irmão foi pra guerra
Defender essa grande terra
Meu Brasil, precisando eu vou
Ser mais um defensor
ALIANÇA DE CASADA (Alberto Maia e Alvaiade) A minha mão é toda calejada
Intérprete: Ciro Monteiro Trabalhou muito no calo da enxada
Data: 1946 A minha vida não é sopa não
São oito bocas me pedindo pão
Não zombe
Que eu falo no seu ouvido
Se eu falar um minuto é um perigo EU AINDA SOU EU (Alvaiade)
Se até hoje ainda não disse nada Intérprete: Risadinha
É respeitando sua aliança de casada Data: 1952

Como sou Eu também já fui moço


Um homem respeitador Eu já fui um colosso
Ah, se eu não sou eu Elas diziam assim para mim
Perdia até o valor Já fiz moça chorar, se apaixonar
Mas o culpado sou eu Até o suicídio tentar
Isso é tão direitinho O tempo passou e tudo mudou
Mas agora eu aviso Lá se foi meu apogeu
Não deixe o ouvido no caminho Mas venha de fininho
Que mesmo velhinho
Eu ainda sou eu
MEU TRABALHO (Alberto Maia e alvaiade)
Intéprete: Ciro Monteiro Eu não era perfeito
Data: 1947 Eu tinha um defeito
Das madrugadas era fã
Moço meu trabalho é pesado como o quê Quando anoitecia,
Moço meu batente é duro de roer De casa eu saia
Só regressava de manhã
Levanto cedo vou pro meu trabalho Minha cabrocha era muito boa
Eu vou contente procedendo assim Tinha um gênio especial
Além dos filhos que eu deixei em casa Nunca se zangava
Tem uma dona que cuida de mim E achava tudo tão natural
BRIGAS DE AMOR (Alvaiade e Djalma Mafra)
Intérprete: Flora Matos
Data: 1956

Não me sinto bem


Neste ambiente
Tenho o coração ferido
Por alguém que está presente
Deus sabe de todos
Cada um sabe de si
Devo retirar-me
Porque sou demais aqui
Não quero transformar
Esta alegria de risos e flores
Em correrias, prantos, enfim
Desamores
Porque ninguém tem culpa
Que eu sofra e você também
Vou retirar-me
Para o bem do nosso bem

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