O documento apresenta trechos de letras de sambas compostas por Alvaiade entre 1938 e 1956. As letras abordam temas como amor, sofrimento, trabalho, saudade e brigas do cotidiano. Muitas celebram a cultura e valores do povo brasileiro como liberdade, família e defesa da pátria.
O documento apresenta trechos de letras de sambas compostas por Alvaiade entre 1938 e 1956. As letras abordam temas como amor, sofrimento, trabalho, saudade e brigas do cotidiano. Muitas celebram a cultura e valores do povo brasileiro como liberdade, família e defesa da pátria.
O documento apresenta trechos de letras de sambas compostas por Alvaiade entre 1938 e 1956. As letras abordam temas como amor, sofrimento, trabalho, saudade e brigas do cotidiano. Muitas celebram a cultura e valores do povo brasileiro como liberdade, família e defesa da pátria.
Blog Receita de Samba Intérprete: J. B. de Carvalho
Data: 1938 www.receitadesamba.blogspot.com Eu te deixei Por isso sofres um grande desgosto As lágrimas correm em seu rosto Sem um momento cessar Saiba que tu andastes errada Por mim foste abandonada Eu não quero mais te amar
Vai derramando tuas lágrimas
Que eu nào te darei perdão Amor para vir destruir A minha alegria eu não quero não
Ainda ontem tu me procurastes
Implorando meu perdão Mas não serás perdoada Porque quem ordena É meu coração
BANCO DE RÉU (Alvaiade e Djalma Mafra)
Intérprete: Ataulfo Alves Data: 1939
Alvaiade em 78 rpm Sento no banco de réus e aguardo a sentença
Porque até hoje ninguém destruiu minha crença Pela voz que ordena que eu me conforme Porque aquele que mora É MATO (Alvaiade e Wilson Batista) Lá em cima não dorme Intérprete: Odete Amaral Data: 1941 O sofrer é da vida, eu aceito Não guardo porém Você diz que eu lhe amo Ódio ou rancor dentro do peito Considero um descato Tenho minha consciencia pura e sã Eu lhe tenho muita amizade Quem me condena não se lembra do amanhã Amor no meu peito é mato Eu lhe tenho muita amizade Amor no meu peito é mato EU CHOREI (Alcides Lopes e alvaiadade) Intérprete: Irmãos Tapajós Eu não durmo sem sonhar Data: 1939 Com a amizade desse ingrato Meu café de manhà cedo Eu chorei É beijar o seu retrato Quando soube Eu lhe tenho muita amizade Que o nosso amor morreu Amor no meu peito é mato Triste fiquei Eu lhe tenho muita amizade A minha alegria sumiu Amor no meu peito é mato Até hoje não apareceu Seu amor já fez raiz Quem não anda com sorte No meu coração pacato Deve então evitar um amor Você diz que eu não lhe amo Se eu nunca pensasse em amar Considero um desacato Não sentia essa dor Eu lhe tenho muita amizade Amor no meu peito é mato Eu lhe tenho muita amizade Amor no meu peito é mato DE SOL A SOL (Alvaiade e Ari Monteiro) De manhã muito cedinho Intérprete: Linda Batista Ele toma o cafezinho Data: 1941 Pega os livros, vai estudar Me despeço da patroa Não há razão em dizer Que pra mim é muito boa Que eu trabalho pouco Saio e vou trabalhar Se você visse o que eu trabalho Até ficava louco A minha vida é outra VOCÊ QUIS (Alvaiade e Nicola Bruni) Não sou nenhum rouxinol Intérprete: Odete Amaral Trabalho muito de sol a sol Data: 1942
Você não tem razão Eu não queria nada
Só conhece a boemia Você quis, então vai ter Você nunca enfrentou Você foi bolir O sol de janeiro ao meio dia Com marimbondo sem saber Dinheiro contigo você é mato Heis aí grande verdade Olha aqui, em terra alheia Levanto às três da manhã Se pisa bem devagar E você às quatro da tarde Terra estranha tem isso Precisa saber pisar
DEUS ME AJUDE (Alvaiade, Estanislau Silva e H. de Carvalho) Eu não queria nada...
Intérprete: Ataulfo Alves Data: 1942 Esqueceu o tal ditado Que a gente sabe de cor Deus me ajude me dando força e saúde Que tudo quer, tudo perde Tenho um filho pra criar Quem ri no fim, ri melhor Um inocente, não pensa igual a gente E na hora certa quer saber de se alimentar PENSANDO NO FUTURO (Alvaiade e Djalma Mafra) Ab Vou pra linha de frente Intérprete: Ciro Monteiro Travar um duelo Data: 1944 Em defesa do perdão verde e amarelo Agora , vou botar o meu no canto Embora tenha que ser Eu tenho esbanjado tanto A sentinela perdida Já é tempo de aprender a viver Honrarei minha pátria querida Quando a velhice me abraçar terei um teto e uma cama Para descansar A SAUDADE ME DEVORA (Alvaiade e Djalma Mafra) Intérprete: Ciro Monteiro Eu sei por que me querem Data: 1945 E me tratam muito bem Mas espero na velhice Não resisto à sua ausência Não precisar de ninguém Eu confesso Enquanto é tempo E por isso seu perdão eu peço Vou mudar o meu pensar Eu darei o que você precisar Não serei um avarento se você novamente Mas vou economizar Pra casa quiser voltar
Desde quando você partiu
BRASIL (Alvaiade e Nélson Gonçalves) A minha alegria sumiu Intérprete: Ataulfo Alves Tristeza comigo mora Data: 1944 Mas já me falta paciência Para agüentar a sua ausência Brasil, terra da liberdade A saudade me devora Brasil, não usou de falsidade Meu irmão foi pra guerra Defender essa grande terra Meu Brasil, precisando eu vou Ser mais um defensor ALIANÇA DE CASADA (Alberto Maia e Alvaiade) A minha mão é toda calejada Intérprete: Ciro Monteiro Trabalhou muito no calo da enxada Data: 1946 A minha vida não é sopa não São oito bocas me pedindo pão Não zombe Que eu falo no seu ouvido Se eu falar um minuto é um perigo EU AINDA SOU EU (Alvaiade) Se até hoje ainda não disse nada Intérprete: Risadinha É respeitando sua aliança de casada Data: 1952
Como sou Eu também já fui moço
Um homem respeitador Eu já fui um colosso Ah, se eu não sou eu Elas diziam assim para mim Perdia até o valor Já fiz moça chorar, se apaixonar Mas o culpado sou eu Até o suicídio tentar Isso é tão direitinho O tempo passou e tudo mudou Mas agora eu aviso Lá se foi meu apogeu Não deixe o ouvido no caminho Mas venha de fininho Que mesmo velhinho Eu ainda sou eu MEU TRABALHO (Alberto Maia e alvaiade) Intéprete: Ciro Monteiro Eu não era perfeito Data: 1947 Eu tinha um defeito Das madrugadas era fã Moço meu trabalho é pesado como o quê Quando anoitecia, Moço meu batente é duro de roer De casa eu saia Só regressava de manhã Levanto cedo vou pro meu trabalho Minha cabrocha era muito boa Eu vou contente procedendo assim Tinha um gênio especial Além dos filhos que eu deixei em casa Nunca se zangava Tem uma dona que cuida de mim E achava tudo tão natural BRIGAS DE AMOR (Alvaiade e Djalma Mafra) Intérprete: Flora Matos Data: 1956
Não me sinto bem
Neste ambiente Tenho o coração ferido Por alguém que está presente Deus sabe de todos Cada um sabe de si Devo retirar-me Porque sou demais aqui Não quero transformar Esta alegria de risos e flores Em correrias, prantos, enfim Desamores Porque ninguém tem culpa Que eu sofra e você também Vou retirar-me Para o bem do nosso bem