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RELATÓRIO TÉCNICO

CROMATOGRAFIA

EMPRESA S.D AUTOMATION

Alunos: Davi Da Conceição Souza Santos

Railane Sousa

Vitor Santana

Gabriel

Jailson

João Vitor

Curso Técnico em Automação

Instrumentação Analítica

Salvador
12/2023
RELATÓRIO TÉCNICO
EMPRESA S.D AUTOMATION

Trabalho de Situação de Aprendizagem do


curso Técnico em Automação apresentado
como parte das atividades de Conclusão da
UC Instrumentação Analítica do SENAI -
Dendezeiros.

Professor: Ícaro Vinícios Santana Gomes

Salvador
12/2023
RELATÓRIO TÉCNICO: CROMOTOGRAFIA

DAVI DA CONCEIÇÃO
RAILANE SOUSA
JOÃO VITOR
VITOR SANTANA
GABRIEL
JAILSON

Resumo: A Análise Cromatográfica separa componentes de misturas, utilizando


fases móveis e estacionárias. Os tipos principais são Cromatografia Líquida (CL) e
Cromatografia Gasosa (CG). Na CG, a amostra é vaporizada e injetada em um
sistema complexo. O cromato grama resultante fornece informações qualitativas e
quantitativas sobre a composição da amostra.
Palavras-chave: Cromatografia, Análise Cromatográfica, Cromatografia Gasosa

Salvador
12/2023

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – CROMATOGRAFIA LIQUIDA DE ALTA EFICIENCIA..............
…………...11
Figura 2 – INJETOR SLIT/ SPLITLESS……..……………………………...16

LISTA DE TABELAS
TABELA 1. ALGUMAS FASES ESTACIONÁRIAS LÍQUIDAS UTILIZADAS EM
COLUNAS
CAPILARES.......................................................................................................18
TABELA 2. COMPARAÇÃO ENTRE ALGUNS DETECTORES UTILIZADOS EM
CROMATOGRAFI A
GASOSA.............................................................................................20

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO……..……………………..……………………………………………...07
1.1 HISTÓRIA DO MÉTODO DE ANÁLISE
CROMATOGRÁFICA…………………....09
2 O QUE É ANÁLISE CROMATOGRÁFICA.………………………….....
…………......10
2.1 O QUE SÃO AS FASES MÓVEIS E ESTACIONÁRIAS..
………………………......11
3 TIPOS DE CROMATOGRAFIA…………...……………………..………………….....11
3.1 CROMATOGRAFIA LÍQUIDA…………………...…………..………….….
…...........11
3.2 CROMATOGRAFIA GASOSA.…………………...……………………......….....
…..12
3.3 CROMATOGRAFIA NA INDÚSTRIA………………………………….…….……….07
4 BLOCOS DE FUNCIONAMENTO DA CROMATOGRAFIA…………………......
….13
4.1 ESTAÇÃO DE GASES……………………………..............................…….
……….13
4.2 INJEÇÃO………………………………….…….………...........................................14
4.3 FORNO E COLUNAS…………………….……...........................................
……….16
4.4 DETECTORES…………………………….…….
………..........................................18
4.5 CROMATOGRAMA…………………………………..
………...................................20
CONCLUSÃO…...…………………………………………………………….……………21
REFERÊNCIAS……………………………………………………………….……………22
1 INTRODUÇÃO:
A cromatografia é uma técnica de separação de misturas que se baseia na
diferença de afinidade entre os componentes da mistura e um material fixo,
chamado de fase estacionária. A fase estacionária pode ser um sólido, um líquido ou
um gás, e a mistura a ser separada é transportada por outra substância, chamada
de fase móvel. A fase móvel pode ser também um líquido ou um gás, dependendo
do tipo de cromatografia. Existem vários tipos de cromatografia, como a
cromatografia em papel, a cromatografia em coluna, a cromatografia gasosa e a
cromatografia líquida. Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens e é usado para
diferentes fins. A cromatografia é uma técnica muito importante na química analítica,
pois permite identificar e quantificar os componentes de uma mistura complexa,
como, por exemplo, os pigmentos de uma planta, os medicamentos no sangue ou os
poluentes no ar.

1.1 HISTÓRIA DO MÉTODO DE ANÁLISE CROMATOGRÁFICA:

A história do método de análise cromatográfica é um fascinante mergulho nas


origens e evolução desta técnica analítica ao longo do século XX. Mikhail Tsvet,
botânico russo, pioneiramente empregou uma coluna recheada com adsorvente
sólido em 1901, inicialmente para separar pigmentos de plantas, dando início à
trajetória da cromatografia. Contudo, sua contribuição inicial não recebeu o devido
reconhecimento, e a técnica só ganhou destaque décadas mais tarde.
O verdadeiro impulso à cromatografia ocorreu com o trabalho de Archer John Porter
Martin e Richard Laurence Millington Synge, cujas contribuições excepcionais foram
reconhecidas com o Prêmio Nobel de Química em 1952. Esses cientistas
desenvolveram a cromatografia em papel, abrindo caminho para a cromatografia
líquida e gasosa modernas. Seus avanços não só consolidaram a cromatografia
como uma técnica analítica fundamental, mas também catalisaram uma explosão de
inovações em métodos e aplicações.

O período que se seguiu testemunhou uma expansão notável nos campos de


aplicação da cromatografia, abrangendo desde análises orgânicas e bioquímicas até
a identificação de compostos complexos. A evolução da cromatografia não foi
apenas técnica, mas também conceitual, à medida que os pesquisadores
exploraram novas formas de adaptação e aprimoramento das técnicas existentes.

A década de 1970 marcou outro ponto de viragem com o desenvolvimento da


cromatografia líquida de alta performance (HPLC), aumentando significativamente a
eficiência e sensibilidade da técnica. Avanços subsequentes na cromatografia
gasosa e líquida, como a introdução de detectores mais sensíveis e a automação de
processos, solidificaram a cromatografia como uma ferramenta indispensável em
laboratórios de pesquisa e controle de qualidade.

A história da cromatografia não é apenas um relato de progresso técnico, mas


também um reflexo do dinamismo e interdisciplinaridade da pesquisa científica. A
rica tapeçaria da história da cromatografia continua a se desdobrar à medida que
novas aplicações emergem, alimentando o constante aprimoramento da técnica e
impulsionando descobertas significativas em diversas áreas da ciência. Ao explorar
essa história, ganhamos uma apreciação mais profunda da cromatografia como uma
ferramenta que transcende as fronteiras disciplinares e continua a moldar o curso da
pesquisa científica contemporânea.

Os princípios fundamentais que governam a cromatografia constituem o cerne da


compreensão necessária para explorar e aplicar eficazmente esta técnica analítica.
Esses princípios fornecem a base teórica que permite a separação eficiente dos
componentes de uma amostra, constituindo a essência do método cromatográfico.

No âmago da cromatografia está a interação seletiva entre a fase móvel e a fase


estacionária. A fase móvel, que pode ser líquida ou gasosa, carrega a amostra
através da fase estacionária, composta por um material sólido ou líquido imobilizado.
A diferenciação nos graus de afinidade entre os componentes da amostra e as fases
móvel e estacionária resulta em diferentes taxas de migração, culminando na
separação dos constituintes.

A afinidade diferencial é influenciada por vários fatores, incluindo a polaridade das


moléculas, as forças de interação e a temperatura. Compreender como ajustar esses
parâmetros permite a otimização do método cromatográfico para atender a requisitos
específicos de separação.

Outro princípio-chave é a capacidade de retenção, que se relaciona com o tempo


que um componente permanece na fase estacionária. Este tempo de retenção é
influenciado por características moleculares, como polaridade e tamanho. Uma
compreensão aprofundada desses princípios capacita o analista a ajustar as
condições experimentais para alcançar a máxima eficiência de separação.

A cromatografia também está intrinsecamente ligada à teoria da partição, onde os


componentes da amostra se distribuem entre as fases móvel e estacionária com
base em suas afinidades relativas. Essa distribuição resulta em picos característicos
no cromatograma, cuja análise permite a identificação e quantificação dos
constituintes.

A teoria cromatográfica não se limita apenas aos princípios físicos; ela se estende à
matemática por meio de parâmetros como a capacidade de separação, a eficiência
de placa e a altura equivalente de um prato. Esses conceitos matemáticos fornecem
métricas objetivas para avaliar a eficácia de um método cromatográfico específico.
A compreensão desses princípios é vital para a aplicação bem-sucedida da
cromatografia em diversas disciplinas, desde análises químicas em laboratórios até
a investigação de compostos complexos em pesquisas científicas. O domínio desses
fundamentos possibilita a adaptação da cromatografia para uma ampla gama de
aplicações, consolidando seu status como uma técnica analítica indispensável no
arsenal científico e industrial.

2 O QUE É ANÁLISE CROMATOGRÁFICA:

A análise cromatográfica é uma técnica que permite separar e identificar os


componentes de uma mistura, baseada na diferença de polaridade entre eles. Pode
ser aplicada em diversas áreas da ciência, como química, biologia, farmácia,
medicina, entre outras. Consiste em colocar a mistura em contato com duas fases
distintas: uma fase móvel, que é um solvente fluido que se move sobre uma
superfície sólida ou líquida; e uma fase estacionária, que é um material fixo que
retém os componentes da mistura. Os componentes da mistura se distribuem de
acordo com sua afinidade com cada fase, resultando em separações diferentes.
Cada componente da mistura também pode ser colorido ou marcado para facilitar
sua identificação.

Existem vários tipos de análise cromatográfica, dependendo das características das


fases móvel e estacionária, do modo de separação e do tipo de detecção. Alguns
exemplos são:

Cromatografia em camada delgada: é um tipo de análise cromatográfica para


líquido-líquido ou líquido-sólido, na qual a fase móvel é um líquido que sobe por uma
camada fina de adsorvente sobre um suporte sólido.

Cromatografia em coluna: é um tipo de análise cromatográfica para líquido-líquido


ou líquido-gás, na qual a fase móvel é um líquido ou um gás que passa por uma
coluna de vidro ou metal recheada com um adsorvente sólido.
Cromatografia líquida de alta performance (CLA): é um tipo de análise
cromatográfica para líquido-líquido ou líquido-gás, na qual a fase móvel é um
solvente polar e a fase estacionária é um material sólido derivado do grafeno.

Cromatografia gasosa: é um tipo de análise cromatográfica para gás-gás ou gás-


sólido, na qual a fase móvel é um gás e a fase estacionária pode ser uma placa
sólida ou uma membrana.

2.1 O QUE SÃO AS FASES MÓVEIS E ESTACIONÁRIAS:

As fases móveis e estacionárias são os dois componentes principais de uma técnica


de separação chamada cromatografia. A cromatografia é um método que permite
separar e identificar os componentes de uma mistura, com base na diferença de
polaridade entre eles. A fase móvel é aquela em que os componentes a serem
isolados "correm" por um solvente fluido, que pode ser líquido ou gasoso. A fase
estacionária é aquela em que o componente que está sendo separado ou
identificado irá se fixar na superfície de outro material líquido ou sólido.

3 TIPOS DE CROMATOGRAFIA

3.1 CROMATOGRAFIA LÍQUIDA:

A cromatografia líquida é uma técnica analítica que permite separar e identificar os


componentes de uma mistura, com base na diferença de polaridade entre eles.
Envolve duas fases: uma fase móvel, que é um solvente fluido que se move sobre
uma superfície sólida ou líquida; e uma fase estacionária, que é um material fixo que
retém os componentes da mistura. A cromatografia líquida pode ser realizada em
diferentes modos, dependendo das características das fases móvel e estacionária,
do mecanismo de separação e do tipo de detecção. Tem diversas aplicações em
áreas como química, farmácia, biologia, medicina, entre outras.

FIGURA 1 – CROMATOGRAFIA LIQUIDA DE ALTA EFICIENCIA


3.2 CROMATOGRAFIA GASOSA:

A cromatografia gasosa é uma técnica analítica que permite separar e identificar os


componentes de uma mistura que são voláteis e termicamente estáveis. Utiliza um
gás inerte como fase móvel e uma fase estacionária que pode ser sólida ou líquida,
dentro de uma coluna cromatográfica. A amostra é injetada na coluna e vaporizada,
sendo arrastada pelo gás portador. Os componentes da amostra se distribuem entre
as fases móvel e estacionária, de acordo com suas propriedades físico-químicas, e
saem da coluna em tempos diferentes. Um detector registra a quantidade e o tempo
de saída de cada componente, gerando um cromatograma.

Existem vários tipos de cromatografia gasosa, dependendo do tipo de fase


estacionária, do modo de separação e do tipo de detector. Alguns exemplos são:

Cromatografia gasosa de partição: é um tipo de cromatografia gasosa em que a fase


estacionária é um líquido de baixa volatilidade, que reveste uma superfície sólida ou
uma membrana. A separação dos componentes da amostra ocorre por partição
entre as fases gasosa e líquida.

Cromatografia gasosa de adsorção: é um tipo de cromatografia gasosa em que a


fase estacionária é um sólido poroso, que adsorve os componentes da amostra. A
separação dos componentes da amostra ocorre por diferença de afinidade entre as
fases gasosa e sólida.

Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM): é um tipo de


cromatografia gasosa em que o detector é um espectrômetro de massas, que mede
a razão massa/carga dos íons formados pelos componentes da amostra. A CG/EM
permite identificar e quantificar os componentes da amostra com alta sensibilidade e
especificidade.

A cromatografia gasosa tem diversas aplicações em áreas como química, farmácia,


biologia, medicina, entre outras. Pode ser usada para analisar compostos orgânicos
e inorgânicos, como hidrocarbonetos, pesticidas, drogas, hormônios, poluentes,
metais, gases, entre outros.

4 BLOCOS DE FUNCIONAMENTO DA CROMATOGRAFIA

4.1 ESTAÇÃO DE GASES:

Os gases utilizados na cromatografia são essenciais para o funcionamento dos


cromatógrafos, pois atuam como fase móvel ou como gás auxiliar. Os principais
gases empregados são o hélio, o hidrogênio, o nitrogênio e o ar sintético. Esses
gases devem ter alta pureza e baixo teor de umidade e oxigênio, para evitar
interferências na análise e danos no equipamento. São armazenados em cilindros
de aço ou alumínio, sob alta pressão, e devem ser regulados por válvulas e
manômetros adequados. Os cilindros devem ser fixados em suportes ou correntes,
para evitar quedas ou acidentes. Além disso, devem ser mantidos em locais
ventilados, longe de fontes de calor ou ignição, e identificados com etiquetas ou
cores padronizadas.

Os gases utilizados na cromatografia gasosa são chamados de fase móvel, pois


arrastam os componentes da mistura para dentro da coluna cromatográfica, onde se
vaporizam e se distribuem de acordo com suas diferenças de afinidade com a fase
estacionária. Os gases mais comuns são o hélio, o hidrogênio, o argônio e o
nitrogênio, mas outros podem ser usados dependendo da análise e do detector
acoplado ao sistema.

Os gases utilizados na cromatografia gasosa devem ser armazenados em tanques


ou cilindros adequados, garantindo sua pureza, pressão e temperatura. A pureza
dos gases é importante para evitar interferências na separação dos componentes da
mistura. A pressão dos gases deve ser ajustada de acordo com a volatilidade dos
componentes e a eficiência do sistema. A temperatura dos gases deve ser mantida
constante durante a análise, evitando variações que possam afetar o desempenho
do detector.

A cromatografia gasosa é uma técnica analítica muito útil para identificar e


quantificar os componentes de uma mistura, determinar sua pressão de vapor, seu
calor de solução e seus coeficientes de atividade. Também pode ser empregada
para purificar componentes, monitorar processos e avaliar a qualidade de alimentos,
drogas e óleos essenciais.

4.2 INJEÇÃO:

Injeção é o processo de introduzir um fluido em um sistema, geralmente sob


pressão. Existem diferentes tipos de injetores, que podem ser classificados de
acordo com o princípio de funcionamento, a forma de acionamento, o tipo de fluido
injetado, etc. Um dos tipos mais comuns de injetores é aplicado em sistemas on-line
na automação industrial.

Esses injetores são utilizados para injetar substâncias químicas, gases ou líquidos
em processos contínuos, como reatores, caldeiras, fornos, etc. Os injetores on-line
podem ser divididos em dois grupos principais: os de jato e os de spray. Os injetores
de jato são aqueles que produzem um fluxo contínuo e uniforme do fluido injetado,
sem formar gotas ou névoa. São adequados para injetar fluidos com alta viscosidade
ou que precisam ser misturados homogeneamente com o fluido do sistema.
Os injetores de spray são aqueles que produzem um fluxo disperso do fluido
injetado, formando gotas ou névoa. São adequados para injetar fluidos com baixa
viscosidade ou que precisam ser resfriados ou vaporizados rapidamente. Os
injetores on-line podem ser acionados por diferentes meios, como ar comprimido,
vapor, eletricidade, etc. A escolha do tipo de acionamento depende das
características do fluido injetado e do sistema onde ele é aplicado.

Os injetores são componentes essenciais de um sistema de cromatografia gasosa,


pois são responsáveis por depositar as amostras dentro da coluna de forma
homogênea e controlada. Existem diferentes tipos de injetores, que podem ser
classificados de acordo com o método de injeção, a temperatura, a pressão e o tipo
de gás utilizado.

Os métodos de injeção mais comuns são:

Injeção direta: o gás é injetado diretamente na coluna, sem passar por um


reservatório ou um regulador. Esse método é simples e rápido, mas pode causar
problemas como perda de amostra, contaminação do gás e variação da pressão.

Injeção split: o gás é dividido em duas partes antes de entrar na coluna, uma parte
que passa pelo reservatório e outra que passa pelo regulador. Esse método permite
controlar melhor a pressão do gás e evitar a perda de amostra, mas requer um
reservatório maior e um regulador mais complexo.

Injeção splitless: o gás é dividido em duas partes antes de entrar na coluna, mas
uma parte é direcionada para o detector logo após a divisão. Esse método permite
obter uma separação mais rápida e precisa, pois evita a perda de amostra e a
contaminação do gás. No entanto, requer um detector mais sensível e um sistema
de controle mais sofisticado.

A temperatura dos injetores deve ser ajustada para evitar que os componentes da
amostra se vaporizem ou se condensem dentro da coluna. A temperatura ideal
depende da volatilidade dos componentes e do tipo de gás utilizado. Em geral,
recomenda-se usar temperaturas entre 100°C e 300°C.

A pressão dos injetores deve ser compatível com a pressão do gás utilizado na fase
móvel. A pressão ideal depende da volatilidade dos componentes e da eficiência do
sistema. Em geral, recomenda-se usar pressões entre 0,1 MPa e 10 MPa.

O tipo de gás utilizado nos injetores deve ser inerte, isento de impurezas que
possam interferir na separação ou no detector. Os gases mais usados são o hélio
(He), o hidrogênio (H2), o argônio (Ar) e o nitrogênio (N2). Outros gases podem ser
usados dependendo da análise e do detector acoplado ao sistema.

Os sistemas on-line são aqueles nos quais os analitos são introduzidos diretamente
na fase móvel, sem passar por uma fase estacionária prévia. Esses sistemas
permitem obter separações rápidas e eficientes, mas requerem cuidados especiais
com a qualidade dos analitos, como evitar interferências químicas ou físicas que
possam alterar sua volatilidade ou sua interação com a fase móvel.

Os sistemas on-line podem ser aplicados em diversas áreas da automação


industrial, como alimentícia, farmacêutica, petroquímica, ambiental e biotecnológica.
Alguns exemplos são:

Determinação da composição química das misturas alimentícias por cromatografia


gasosa.
Detecção da presença de adulterantes ou contaminantes nas bebidas alcoólicas por
cromatografia gasosa.
Identificação dos principais compostos aromáticos presentes nos óleos essenciais
por cromatografia gasosa.
Análise da qualidade das matérias-primas petroquímicas por cromatografia gasosa.
Monitoramento das emissões atmosféricas por cromatografia gasosa.
Estudo das propriedades biológicas das células vegetais por cromatografia gasosa.
FIGURA 2 - INJETOR SLIT/ SPLITLESS

4.3 FORNO E COLUNAS:

Um forno é um dispositivo que permite controlar a temperatura de uma coluna


cromatográfica, a qual é um tubo oco onde ocorre a separação dos componentes de
uma mistura. A temperatura da coluna influencia na velocidade e na eficiência da
separação, sendo, portanto, importante ajustá-la de acordo com o tipo de coluna e a
aplicação desejada.

Existem diferentes tipos de colunas cromatográficas, classificadas de acordo com o


material da fase estacionária (a camada interna da coluna que retém os
componentes da mistura), o diâmetro do tubo, o comprimento da coluna e o formato
da extremidade. Cada tipo de coluna apresenta vantagens e desvantagens, sendo
escolhido de acordo com as propriedades físico-químicas dos componentes da
mistura, o método de detecção e a finalidade da análise.

Algumas aplicações das colunas cromatográficas incluem a identificação e


quantificação de substâncias em amostras biológicas, ambientais, alimentares,
farmacêuticas, etc.; a purificação e isolamento de compostos de interesse; a
determinação da estrutura molecular de moléculas orgânicas; e a caracterização de
polímeros, óleos, combustíveis, etc.
Existem dois principais tipos de colunas utilizados em cromatografia gasosa: as
colunas recheadas (também chamadas de empacotadas) e as colunas capilares.
Essas colunas diferenciam-se de acordo com seu diâmetro, comprimento e material.

Colunas recheadas: São tubos de vidro ou metal preenchidos com um material


sólido inerte sobre o qual é depositada a fase estacionária. São usadas
principalmente para a separação de compostos de alto peso molecular e misturas
complexas.

Colunas capilares: São tubos finos de sílica fundida ou vidro, com diâmetros internos
na faixa de micrômetros. A fase estacionária é revestida na parede interna do tubo.
São usadas para a separação de compostos de baixo peso molecular e
proporcionam alta eficiência e resolução.

As colunas são escolhidas com base nas propriedades da amostra a ser analisada e
no tipo de análise a ser realizada. A cromatografia gasosa tem uma ampla gama de
aplicações, incluindo a análise de compostos voláteis em alimentos,
hidrocarbonetos, pesticidas, compostos voláteis em fluidos biológicos, e na indústria
farmacêutica, bioquímica e forense.

TABELA 1. ALGUMAS FASES ESTACIONÁRIAS LÍQUIDAS UTILIZADAS EM


COLUNAS CAPILARES
4.4 DETECTORES:

Detectores são dispositivos que convertem algum tipo de energia em um sinal


elétrico. Existem vários tipos de detectores, cada um com suas próprias aplicações e
características. Alguns exemplos de detectores são:

Detectores de luz: São capazes de medir a intensidade, o comprimento de onda, a


polarização ou outras propriedades da luz. Podem ser usados para fotografia,
espectroscopia, comunicação óptica, astronomia, etc. Alguns tipos de detectores de
luz são fotodiodos, fototransistores, células solares, tubos fotomultiplicadores, etc.

Detectores de radiação: São capazes de detectar partículas ou ondas


eletromagnéticas de alta energia, como raios X, raios gama, nêutrons, prótons,
elétrons, etc. Podem ser usados para medicina nuclear, radioterapia, física de
partículas, astrofísica, etc. Alguns tipos de detectores de radiação são câmaras de
ionização, cintiladores, semicondutores, etc.

Detectores de gás: São capazes de identificar a presença ou a concentração de


certos gases no ar. Podem ser usados para monitorar a qualidade do ar, detectar
vazamentos, prevenir incêndios ou explosões, etc. Alguns tipos de detectores de gás
são sensores eletroquímicos, sensores semicondutores, sensores catalíticos, etc.
Detectores de som: São capazes de captar as vibrações acústicas no ar ou em
outros meios. Podem ser usados para gravação de áudio, reconhecimento de voz,
medição de ruído, sonar, etc. Alguns tipos de detectores de som são microfones,
hidrofones, piezoelétricos, etc.

Detector de Condutividade Térmica (TCD): Este tipo de detector é usado para


analisar compostos orgânicos, inorgânicos e derivados do petróleo. Ele funciona
medindo a mudança na condutividade térmica do gás à medida que os componentes
da amostra passam pelo detector.

Detector de Ionização de Chama (FID): Este detector é usado exclusivamente para


compostos orgânicos. Ele funciona queimando a amostra e medindo a corrente
resultante da ionização dos produtos de combustão.

Detector de Captura de Elétrons (ECD): Este detector é usado para analisar


compostos halogenados, aldeídos conjugados, nitrilas, nitratos e organometálicos.
Ele funciona medindo a redução na corrente de um gás ionizado quando os
componentes da amostra capturam elétrons.

Cada detector fornece sinais que são usados para identificar e quantificar as
substâncias que foram separadas. A escolha do detector depende das propriedades
da amostra a ser analisada e do tipo de análise a ser realizada.
TABELA 2. COMPARAÇÃO ENTRE ALGUNS DETECTORES UTILIZADOS EM
CROMATOGRAFIA GASOSA.
4.5 CROMATOGRAMA:

Um cromatograma é um gráfico que mostra a separação de uma mistura de


substâncias em um sistema cromatográfico. O eixo horizontal representa o tempo ou
a distância percorrida pelo eluente, e o eixo vertical representa a resposta do
detector ou a concentração das substâncias. O processamento do sinal envolve a
conversão do sinal analógico do detector em um sinal digital, que pode ser
armazenado, manipulado e visualizado em um computador. A integração do sinal
consiste em determinar a área sob os picos do cromatograma, que é proporcional à
quantidade de cada substância na amostra. A entrega dos resultados é a
apresentação dos dados obtidos pelo processamento e integração do sinal, que
podem incluir a identificação e quantificação das substâncias, o cálculo de
parâmetros cromatográficos, a geração de relatórios e gráficos, e a exportação dos
dados para outros programas ou dispositivos.

O processamento do sinal em um cromatograma envolve várias etapas:

Detecção do sinal: O detector gera um sinal elétrico em resposta à concentração do


composto à medida que ele passa pela célula de fluxo. Quanto mais concentrado o
composto, mais forte será o sinal, resultando em um pico mais alto acima da linha de
base.

Integração do sinal: A integração do sinal é o processo de quantificação da área sob


cada pico no cromatograma. A área sob o pico é proporcional à quantidade do
composto presente na amostra.

Entrega dos resultados: Os resultados são geralmente entregues na forma de um


relatório que inclui o cromatograma e uma tabela de resultados. A tabela de
resultados normalmente inclui informações como o tempo de retenção, a área do
pico, a altura do pico e a concentração do composto.

CONCLUSÃO:

A cromatografia é uma ferramenta essencial para a análise e o controle de qualidade


dos produtos industriais, pois permite identificar e quantificar os componentes
presentes em uma mistura. A automação industrial facilita o uso da cromatografia,
pois oferece equipamentos modernos e sofisticados que possibilitam realizar
análises rápidas, precisas e confiáveis. Além disso, a automação industrial permite
monitorar e ajustar os processos produtivos em tempo real, garantindo o
desempenho ótimo dos equipamentos e a satisfação dos clientes.
REFERÊNCIAS
● Cromatografia. Toda Matéria. Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/cromatografia/>. Acesso em 15 de dez. de
2023.
● Introdução a métodos cromatográficos. Ufjf. Disponível em:
<https://www2.ufjf.br/quimica/files/2016/08/Introdu%c3%a7%c3%a3o-a-
cromatografia-Marcone-2016.pdf>. Acesso em 15 de dez. de 2023.
● Fundamentos de cromatografia. unesp. Disponível em:
<https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/tecnologia/LUCIANAMARIA
SARAN/quimicaanalitica/fundamentos-de-cromatografia-2018_versao-
final.pdf>. Acesso em 15 de dez. de 2023
● Cromatografia. Brasil Escola Uol. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/cromatografia.htm>. Acesso em 15 de
dez. de 2023.
● Análise cromatográfica. Mundo Educação Uol. Disponível em: <
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/analise-cromatografica.htm>.
Acesso em 15 de dez. de 2023.
● Sistemas de cromatografia e suas aplicações. Ufpel. Disponível em: <
https://www2.ufpel.edu.br/biotecnologia/gbiotec/site/content/paginadoprofesso
r/uploadsprofessor/848dbed12f19d4cbb2d1c7915e45eb2b.pdf>. Acesso em
15 de dez. de 2023.
● Conceitos Básicos em Cromatografia Liquida. CSA educacional.
Disponível em: < https://csaeducacional.com.br/materias/conceitos-basicos-
em-cromatografia-liquida-hplc>. Acesso em 15 de dez. de 2023.
● O que é HPLC. Waters. Disponível em: <
https://www.waters.com/nextgen/br/pt/education/primers/beginner-s-guide-to-
liquid-chromatography.html>. Acesso em 15 de dez. de 2023.
● Cromatografia – introdução, classificação e princípios básicos. Cesad
Ufs. Disponível em: <
https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/18031516022012Metodos_In
strumentais_de_Analise_-_Aula_08.pdf>. Acesso em 15 de dez. de 2023.
● Cromatografia. Info Escola. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/quimica/cromatografia/>. Acesso em 15 de dez.
de 2023.

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