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Estatuto do Terreiro do Pai

Maneco
TÍTULO I
DA SOCIEDADE E SEUS FINS

Artigo 1º – A Sociedade Espiritualista Edmundo Rodrigues Ferro, pessoa jurídica


de direito privado, sem fins lucrativos, com sede na Estrada de Colombo nº 5487
Santa Cândida e foro na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, reger-se-á pelo
presente estatuto e pela legislação pertinente.

Artigo 2º – A sociedade tem por objetivos:

A – Propagar a fé em Jesus Cristo – Oxalá e na Virgem Maria – Iemanjá;


B – Realizar trabalhos espíritas de Umbanda, visando o bem-estar e a elevação
espiritual do homem;
C – Difundir os conhecimentos de sua doutrina;
D – Manter intercâmbio cultural e cooperação com entidades religiosas afins;
E – Oferecer à comunidade serviços de assistência espiritual;
F – Dar assistência material à comunidade carente, inclusive colaborando nas
campanhas públicas de auxílio às pessoas.
G – Promover atividades de organizações associativas ligadas à Cultura e a arte;
H – Promover atividades artísticas, criativas e de espetáculos.

Artigo 3º – A sede da sociedade se denominará “Terreiro de Umbanda Pai


Maneco”.

Artigo 4º – O prazo de duração da Sociedade é indeterminado.

TÍTULO II
DOS INTEGRANTES DA SOCIEDADE

Artigo 5º – A Sociedade será constituída por sócios contribuintes e sócios


efetivos.

A – Sócios contribuintes são sócios que contribuem com as mensalidades


estipuladas pela Diretoria Executiva da Sociedade;

B – Sócios efetivos são os sócios antes contribuintes e que tenham 36(trinta e


seis) meses mais um dia nesta categoria e ainda estejam em dia com suas
mensalidades.

TÍTULO III
DO CONSELHO DELIBERATIVO
Artigo 6º – O Conselho Deliberativo é o órgão de deliberação e será constituído
por 13(treze) membros escolhidos entre os sócios efetivos, eleitos a cada dois
anos;

Artigo 7º – Em caso de vacância do cargo de conselheiro será a mesma


complementada até o final do mandato pelos conselheiros remanescentes,
exceto quando o número de cargos vagos atinja mais de 50%(cinquenta por
cento) do total de cargos, quando será considerado dissolvido o Conselho e
serão marcadas novas eleições pelo Presidente da Sociedade.

Artigo 8º – Os trabalhos do Conselho Deliberativo serão dirigidos por um


Presidente, eleito por seus membros no início da primeira reunião.

Artigo 9º – Compete ao Conselho Deliberativo:

A – Eleger, entre os seus membros, um Secretário;


B – Eleger o Presidente da sociedade;
C – Eleger o Conselho Fiscal;
D– Julgar e aprovar as contas da Diretoria Executiva após o exame e parecer do
Conselho Fiscal;
E – Julgar a aplicação de sanções aos associados quando solicitado pelo
Presidente da Sociedade;
F – Autorizar a contratação de empréstimos em nome da sociedade;
G – Julgar os casos omissos neste estatuto.

Artigo 10º – O Conselho deliberativo reunir-se-á sempre que for convocado por
seu presidente ou até 30 de abril de cada ano para conhecer o balanço geral e
demais contas da sociedade, com parecer do Conselho Fiscal e ouvir o relatório
anual das atividades da sociedade e sobre isso deliberar.

Artigo 11º – O conselho deliberativo poderá ser convocado extraordinariamente,


em qualquer época:

A – Pelo presidente da sociedade;

B – Por 1/3 de seus integrantes.

C – Pelo Diretor de Terreiro

Artigo 12º – As reuniões do Conselho Deliberativo serão convocadas com


antecedência mínima de dez dias, através de notificação pessoal por escrito ou
por edital na sede da Sociedade.

Artigo 13º – As votações do Conselho Deliberativo processar-se-ão por


declaração verbal, cabendo um voto a cada integrante presente, decidindo-se
por maioria simples.
Artigo 14º – Todos os atos do Conselho Deliberativo serão registrados em livro
de ata próprio cabendo ao secretário comunicar por escrito ao Presidente da
Sociedade as deliberações do Conselho.

TÍTULO IV
DO CONSELHO FISCAL

Artigo 15º – O conselho fiscal será constituído por três sócios efetivos eleitos
pelo Conselho Deliberativo (artigo 9º letra C) para um mandato de dois anos.

Artigo 16º – Em caso de vacância do cargo de conselheiro fiscal será a mesma


complementada pelo Conselho Deliberativo.

Artigo 17º – O Conselho Fiscal reunir-se-á até 31 de março de cada ano.

Artigo 18º – É de competência do Conselho Fiscal:

A – Analisar as contas, balancetes, balanços e planos de arrecadação e aplicação


de recursos apresentados pela Diretoria Executiva da Sociedade, emitindo
parecer técnico de forma a facilitar a tomada de decisões pelo Conselho
Deliberativo.

TÍTULO V
DA DIRETORIA EXECUTIVA

Artigo 19º – A Diretoria Executiva é o órgão que representa juridicamente a


Sociedade e será constituída por um Presidente eleito pelo Conselho
Deliberativo para um mandato de dois anos e ainda por um Tesoureiro e um
Secretário nomeados pelo Presidente.

Artigo 20º – É de competência do Presidente da Sociedade:

A – Representar a Sociedade em juízo e fora dele;


B – Praticar todos os atos necessários à boa administração, tais como planejar,
organizar, coordenar, comandar e controlar jurídica e comercial mente a
Sociedade.
B1- admitir e dispensar pessoal, contratar serviços e assinar contratos e outros
papéis que exijam representação jurídica ou comercial .
C – Ordenar as despesas da Sociedade;
D – Apresentar trimestralmente ao Conselho Fiscal o balancete da sociedade,
demais contas e demonstrativos;
E – Convocar o Conselho Deliberativo em qualquer época;
F – Nomear e demitir o tesoureiro e o secretário;
G – Fixar o valor da contribuição mensal dos sócios da sociedade;H – Assinar
cheques em conjunto com tesoureiro;
I – Remeter ao Diretor de Terreiro, mensalmente, um balancete da situação
financeira da sociedade;
J – Convocar reuniões da diretoria;
K – Prover o terreiro quando solicitado pelo Diretor de Terreiro e zelar pela
integridade patrimonial da Sociedade;
L – Realizar eleições para o Conselho Deliberativo.

Artigo 21º – É de competência do Secretário da Sociedade:

A – Fazer cumprir as determinações do Presidente da sociedade;


B – Manter um cadastro atualizado de todos os membros da Sociedade com
dados pessoais, profissionais e fotografias;
C – Fazer carteiras de identificação e crachás para os sócios;
D – Arquivar e manter em local seguro todos os documentos da Sociedade e
cedê-los aos demais diretores quando permitido pelo Presidente;
E – Receber e enviar correspondências quando solicitado pelo Presidente ou
pelo Diretor do Terreiro;
F – Publicar editais;
G – Secretariar as reuniões de diretoria lavrando as atas em livro próprio e
promovendo o registro legal das mesmas e de outros documentos da sociedade.

Artigo 22º – É de competência do Tesoureiro:

A – Arrecadar toda a receita da Sociedade;


B – Abrir e encerrar contas bancárias em nome da Sociedade;
C – Assinar cheques em conjunto com o Presidente;
D – Manter demonstrativos de arrecadação e despesas da Sociedade;
E – Elaborar fluxos de caixa;
G – Apresentar demonstrativos financeiros quando solicitado pelo Presidente ou
pelo Diretor de Terreiro;
H – Elaborar planos de aumento de arrecadação e de investimentos.
I – Prover a contabilidade com as informações necessárias para atender aos
dispositivos legais.

TÍTULO VI
DO DIRETOR DE TERREIRO

Artigo 23º – Por ser a Sociedade Espiritualista Edmundo Rodrigues Ferro uma
entidade de cunho religioso, fica criado o cargo de Diretor de Terreiro, com
função, entre outras, de aplicar a filosofia da religião dentro do que se prega,
seguindo sempre a orientação herdada de seus antecessores, principalmente
não permitindo a seus seguidores o uso de filosofias estranhas aos seus
princípios morais e éticos e pregando o respeito à vida de todos os seres que
habitam nosso planeta.

Artigo 24º – O cargo Diretor de Terreiro é vitalício.

Artigo 25º – Em caso de vacância do cargo de Diretor de Terreiro, seja por


falecimento, renúncia ou impossibilidade física o seu substituto será aquele que
foi previamente escolhido pelo mesmo, através de documento escrito ou
vontade declarada cabendo-lhe o direito de sigilo. No caso de não haver escolha
declarada será escolhido seu substituto por Assembléia Geral entre os sócios
efetivos.

Artigo 26º – São prerrogativas exclusivas do Diretor de Terreiro:

A – Cuidar da parte espiritual e ordenar os trabalhos e cultos da Umbanda bem


como administrar, fazer uso e cuidar de todos os bens, móveis ou imóveis, que
constituem o Terreiro do Pai Maneco.
B – Criar e/ou dissolver grupos de trabalhos espirituais que utilizem o espaço
físico pertencente à sociedade;
C – Propor à Diretoria executiva a admissão de novos sócios ou a expulsão de
sócios que pratiquem atos incompatíveis com os objetivos da Sociedade.
D – Solicitar ao presidente da sociedade providências ou recursos para a
manutenção ou construção de dependências para melhor funcionamento dos
trabalhos espirituais.
E – Divulgar na rede mundial de informação – INTERNET – as atividades da
Sociedade mantendo uma home page ativa e respondendo aos e-mails;
F – Vetar o nome do Presidente da Sociedade eleito pelo Conselho Deliberativo;
G – Vetar nomes escolhidos pelo Presidente da Sociedade para os cargos de
Secretário e Tesoureiro;
H – Aprovar modificações ao presente estatuto;
I – Aprovar a extinção da Sociedade.

Artigo 27º – O Diretor de Terreiro só perderá sua vitaliciedade se praticar


trabalhos espirituais ou outros atos incompatíveis com os objetivos da
Sociedade e desde que por decisão da assembléia geral com aprovação de 75%
(setenta e cinco por cento) dos sócios efetivos.

TÍTULO VII
DOS DIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS

Artigo 28º – São direitos e deveres dos sócios efetivos:

A – Votar e serem votados;


B – Cumprir todas regras e orientações da Sociedade e do Diretor de Terreiro,
inclusive mantendo em dia as mensalidades estipuladas pela Diretoria Executiva.

Artigo 29º – São direitos e deveres dos sócios contribuintes:

A – Gozar de todos os direitos concedidos aos sócios efetivos exceto votar ou


serem votados;
B – Cumprir todas regras e orientações da Sociedade e do Diretor de Terreiro,
inclusive mantendo em dia as mensalidades estipuladas pela Diretoria Executiva.
TÍTULO VIII
DAS ASSEMBLÉIAS

Artigo 30º – As assembleias gerais ordinárias serão realizadas anualmente no


mês de março e convocadas pelo presidente da sociedade por meio de edital e
da qual poderão participar todos os membros da sociedade. São finalidades das
assembleias gerais ordinárias:

A – Eleger o Conselho Deliberativo;


B – Ouvir o relatório anual de atividades da sociedade e sobre ele discutir;
C – Discutir assuntos de interesse geral;
D – Apresentar sugestões e propostas para a melhor consecução dos objetivos
da sociedade;
E – Discutir modificações no estatuto da Sociedade.

Artigo 31º – Poderão ser convocadas assembleias gerais extraordinárias pelo


Conselho Deliberativo, pelo Presidente ou pelo Diretor de Terreiro para tratar
dos seguintes assuntos:

A – Eleger um novo conselho deliberativo caso o mesmo tenha sido dissolvido


antes do término do mandato;
B – Decidir pela extinção da sociedade.

Artigo 32º – As assembleias gerais extraordinárias serão convocadas através de


notificação pessoal por escrito ou por publicação na imprensa diária.

TÍTULO IX
DAS ELEIÇÕES PARA O CONSELHO DELIBERATIVO

Artigo 33º – O Presidente da Sociedade, no uso de suas atribuições, marcará e


realizará as eleições para o Conselho Deliberativo, o qual será eleito pelo voto
direto e aberto cabendo um voto a cada membro efetivo da Sociedade.

Artigo 34º – Os candidatos a conselheiros organizar-se-ão em chapas


constituídas por treze membros efetivos cada.

Artigo 35º – Poderão candidatar-se quantas chapas se constituírem.

Artigo 36º – As eleições serão marcadas com no mínimo 90(noventa) dias de


antecedência e após marcadas as chapas candidatas terão o prazo de trinta dias
para fazer o registro da candidatura.

Artigo 37º – Serão impugnadas as chapas que não atendam a todos os


requisitos constantes deste estatuto.

Artigo 38º – Será considerada eleita a chapa que obtiver o maior número de
votos.
Artigo 39º – Se, findo o prazo para registro das candidaturas, houver chapa
única concorrendo esta será considerada eleita e o Presidente lhe dará posse
quando do término do mandato do Conselho Deliberativo.

TÍTULO X
DA EXTINÇÃO DA SOCIEDADE

Artigo 40º – A Sociedade será extinta:

A – Por decisão unânime dos associados legalmente convocados de acordo com


o artigo 31º do presente estatuto;
B – Nos casos previstos em lei.

Artigo 41º – Em caso de extinção todos os seus bens serão doados à Sociedade
Protetora dos Animais ou entidade congênere que possua o maior número de
sócios e tenha reconhecida atividade e idoneidade.

Artigo 42º – O artigos 40º e 41º somente poderão ser modificados com
aprovação de 90%(noventa por cento) dos sócios efetivos.

TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 43º – Nenhum dos cargos definidos neste estatuto poderá ser, em tempo
algum, remunerado. Todo trabalho realizado pelo Conselho Deliberativo,
Conselho Fiscal, Diretoria Executiva e pelo Diretor de Terreiro será benemerente.

Artigo 44º – É vedada a cobrança de qualquer quantia, a qualquer título, de


qualquer pessoa, membro ou não da sociedade, pelo atendimento espiritual,
objetivo principal da sociedade.

Artigo 45º – Os bens da sociedade somente poderão ser utilizados para a


consecução dos objetivos da sociedade determinados no artigo 2º deste
estatuto.

Artigo 46º – Constituem rendimentos da sociedade:

A – As mensalidades pagas pelos sócios efetivos e contribuintes;


B – Subvenções eventuais que receber dos poderes públicos;
C – Doações efetuadas por entidades públicas, pessoas jurídicas de direito
público ou privado ou por pessoas físicas;
D – Outros valores eventualmente recebidos.

Artigo 47º – Os rendimentos da sociedade somente poderão ser aplicados na


manutenção ou ampliação do seu patrimônio;
Artigo 48º – Os integrantes do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, da
Diretoria Executiva e o Diretor de Terreiro não responderão pessoalmente pelas
obrigações da sociedade.

Artigo 49º – Fica investido imediatamente no cargo de Diretor de Terreiro o


atual pai-de-santo Sr. Fernando Macedo Guimarães.

Artigo 50º – O presente estatuto somente poderá ser modificado, total ou


parcialmente, por Assembléia Geral convocada pelo Diretor de Terreiro, sem o
que não terá validade e qualquer alteração só poderá ser feita com a
concordância, na Assembléia, do Diretor de Terreiro.

Diretoria
Diretor espiritual
Lucilia Guimarães

Presidente
Rogério Augusto Camargo Scheibe Filho

Tesoureira
Camila Guimarães Teles da Silva

Secretário
Marco Nasser

CONSELHO DELIBERATIVO

Presidente
Renato Reveles Pereira

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