ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB, SEU REGULAMENTO

Requisitos para se Inscrever como Advogado

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REQUISITOS PARA SE INSCREVER COMO ADVOGADO

• Normas aplicadas ao exercício da advocacia.

• Tem-se Estatuto, Regulamento e Código de Ética e Disciplina da OAB.

Obs.: O Estatuto da OAB teve várias atualizações e o Código de Ética anterior a 2015 não
é mais utilizado.
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Os três diplomas são:

• Estatuto da OAB: lei ordinária aprovada pelo Congresso Nacional; possui como obje-
tivo trabalhar as normas gerais aplicadas ao exercício da advocacia.
• Regulamento Geral da OAB: é um ato infralegal, ou seja, um ato abaixo da lei, de com-
petência do Conselho Federal da OAB. O objetivo do Regulamento Geral é explicar,
aprofundar e detalhar situações que já estão dispostas no Estatuto.
• Código de Ética e Disciplina da OAB (2015): é um ato infralegal de competência do
Conselho Federal da OAB, ou seja, ele não passa pelo Congresso Nacional. Os seus
objetivos são trabalhar os deveres dos advogados, a publicidade no exercício da advo-
cacia, os conceitos dos honorários dos advogados, e, por fim, as regras do processo
administrativo disciplinar (PAD).
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ATENÇÃO
O Estatuto, o Regulamento Geral e o Código de Ética e Disciplina devem ser estudados
em conjunto para a prova.

O Conselho Federal da OAB, por meio de provimento, não pode alterar o Estatuto uma
vez que o Estatuto possui status de lei ordinária, e, para ser alterado, será necessária outra
lei ordinária. No entanto, o Conselho Federal pode alterar o Regulamento e o Código de Ética
e Disciplina por meio de provimento.
Tratando-se dos quadros da OAB, eles são compostos pelos advogados (art. 8º do Esta-
tuto da OAB) e pelos estagiários (art. 9º do Estatuto da OAB).
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REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO

Tendo em vista os advogados, os requisitos para que eles se inscrevam nos quadros
da OAB estão expostos no artigo 8º do Estatuto da OAB. Para inscrição como advogado
é necessário: capacidade civil, diploma, quitação com as obrigações eleitorais e militares,
aprovação no Exame de Ordem, ser uma pessoa idônea, honesta e proba, não exercer ati-
vidade incompatível, e prestar o compromisso solene personalíssimo perante a sua seccio-
nal. Quando se cumpre estes sete requisitos, a pessoa poderá praticar os atos privativos de
advogado.
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Capacidade civil

Ao nascer se adquire personalidade jurídica e capacidade de direito, mas para ser advo-
gado não basta ter capacidade de direito, é preciso que ela esteja somada à capacidade de
exercício/plena/presumida, a qual só é alcançada aos 18 anos de idade.

ATENÇÃO
Existe o instituto da emancipação no artigo 5º, Parágrafo único do Código Civil, que apre-
senta a colação de grau em ensino superior. Nesse sentido, caso um adolecente tenha en-
trado na faculdade de direito muito novo, passado no Exame de Ordem e colado grau com
17 anos, ele poderá se inscrever nos quadros da OAB uma vez que foi emancipado pela
colação de grau do ensino superior e tem voto facultativo partir dos 16 anos. Além disso,
ele pode ter feito o alistamento e também terá capacidade civil, diploma, quitação com as
obrigações eleitorais e militares, e aprovação no Exame de Ordem.
Essa é uma situação possível, mesmo sendo muito peculiar.
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Diploma

O artigo 8º, inciso II, do Estatuto, trata da apresentação de diploma de instituição de

ensino superior devidamente autorizada e credenciada pelo MEC. Contudo, a apresentação
de diploma não é algo simples: a faculdade tem até 120 dias para expedir o diploma, mas
pode ser que a pessoa já esteja aprovada no Exame de Ordem no nono ou décimo semes-
tre e, devido à demora da faculdade, não seja possível dar entrada na carteira da seccional.
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Pensando nisso, o artigo 23 do Regulamento traz a possibilidade de utilizar um certifi-

cado de conclusão de curso com histórico escolar devidamente autenticado para acelerar
o processo.

Quitação com as obrigações eleitorais e militares

As obrigações eleitorais envolvem a apresentação do título de eleitor; votação ou jus-

tificativa (caso o voto não tenha justificado, é preciso realizar o pagamento da multa para
regularizar) nas últimas eleições. Isso é exigido de todos os brasileiros, sejam homens ou
mulheres.
25m
Já as obrigações militares são exigidas apenas dos brasileiros homens, porque, teorica-
mente, o serviço militar no Brasil não é obrigatório para as mulheres. Dessa forma, é preciso
apresentar o certificado de reservista ou de que o tempo no Exército foi cumprido.
São reconhecidos pelo artigo 8º, § 2º, do Estatuto como estrangeiros qualquer pessoa
que tenha se formado em Direito fora do Brasil, inclusive o brasileiro nato ou naturalizado que
tenha se formado em Direito fora do país.
Uma pessoa que tenha se formado em Direito fora do Brasil pode advogar no Brasil, mas
antes precisa cumprir os requisitos do artigo 8º do Estatuto: capacidade civil, revalidação do
diploma, quitação com as obrigações eleitorais e militares (apenas para os brasileiros), apro-
vação no Exame de Ordem, ser uma pessoa idônea, honesta e proba, não exercer atividade
incompatível, e prestar o compromisso solene personalíssimo perante a sua seccional.
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Obs.: As maiores dificuldades enfrentadas por uma pessoa que se forma em Direito fora do
Brasil são a revalidação do diploma e a aprovação no Exame de Ordem.

A pessoa formada em Direito fora do Brasil pode prestar consultoria jurídica ou assesso-
ria jurídica no país sem revalidar o diploma e sem ser aprovado no Exame de Ordem. Sabe-
-se que a consultoria e a assessoria jurídica são atos privativos de advogado e apenas os
advogados devidamente inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil podem
prestar esses serviços. Entretanto, estrangeiros podem prestar consultoria ou assessoria
apenas quando for sobre a legislação do seu próprio país.
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Sendo assim, caso uma empresa queira abrir uma filial na Alemanha, ela pode recorrer a
um advogado alemão, que conhece as leis alemãs e poderá realizar consultoria.
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No entanto, um advogado alemão não pode prestar consultoria ou realizar assesso-

ria jurídica sobre a legislação brasileira sem revalidar o diploma e sem ser aprovado no
Exame de Ordem.
Além disso, a questão do português equiparado vem da Constituição, já que o artigo 12,
§ 1º, da Constituição da República Federativa do Brasil trata desse assunto. O português não
é brasileiro, e sim estrangeiro; entretanto, quem é português pode se naturalizar brasileiro,
inclusive pela naturalização ordinária, uma vez que é originário de língua portuguesa e caso
resida ininterruptamente no Brasil por um ano, saiba ler e escrever.
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Obs.: O português não é obrigado a se naturalizar brasileiro, e, caso ele não se naturalize,
ele será visto como estrangeiro português. Porém, devido à colonização e à relação
muito próxima entre Brasil e Portugal, concede-se direitos recíprocos entre o brasi-
leiro e o português, os quais estão listados no artigo 12, § 1º, da Constituição. Desse
modo, tudo que o brasileiro pode em Portugal, o português pode no Brasil, vice-versa.

O provimento n. 129/2008 expõe que os advogados portugueses que estejam em situa-

ção regular com a OAB de Portugal podem advogar no Brasil, não sendo necessário reali-
zar o Exame de Ordem. Isso acontece graças ao tratamento recíproco: ele já se formou em
Direito em Portugal e já passou no Exame de Ordem em Portugal, então poderá pedir a ins-
crição nos quadros da OAB.

Obs.: O mesmo acontece com um advogado brasileiro em Portugal.

45m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pela professora Maria Christina Oliveira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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