Você está na página 1de 31

IGREJA PRESBITERIANA

DE
MOÇAMBIQUE

REGULAMENTO
DAS ELEIÇÕES NA
IGREJA PRESBITERIANA
DE MOÇAMBIQUE

Magule, Julho de 2023

2
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado
pela Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

© Igreja Presbiteriana de Moçambique


Av. Ahmed Sekou Touré no.1822 – Maputo
Maputo, Julho de 2009

3
IGREJA PRESBITERIANA DE MOÇAMBIQUE
SÍNODO

Resolução nº ___/2023, de __ de
Julho

Considerando a necessidade da criação e melhoria do


ambiente de auto governação da Igreja, mediante a
adequação dos princípios e normas constitucionais da
IPM;

Havendo necessidade de prosseguir com a


materialização do princípio presbiteriano “Igreja
Reformada, sempre se Reformando”;

Havendo a necessidade de aprimorar o processo


eleitoral pelo qual serão escolhidos e comissionados os
presbíteros e demais titulares dos diversos cargos
directivos e órgãos da Igreja; e

Usando da competência que lhe é atribuída pelo artigo


65 da Constituição da IPM, aprovada pela Resolução nº
01/2008, de 08 de Novembro, o 4 Sínodo da Igreja
presbiteriana de Moçambique determina:
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

1. São aprovadas as alterações introduzidas ao texto


normativo do Regulamento das Eleições da IPM.

2. São revogadas todas as disposições normativas que


contrariam o novo texto Regulamentar.

3. É republicado, com as alterações introduzidas, o


Regulamento Geral das Eleições da IPM, anexa à
presente Resolução, e que dela faz parte integrante.

4. A presente resolução entra imediatamente em vigor.

Publique-se em Boletim da República.

Magule, aos 15 de Julho de 2023.


O Presidente do Sínodo
Rev. Valente Tseco

5
REGULAMENTO DAS ELEIÇÕES NA
IGREJA PRESBITERIANA DE
MOÇAMBIQUE
(Aprovado pela Resolução do Sínodo no ___
/2023, de ___ de Julho)

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1
(PRINCÍPIOS GERAIS)
As eleições dos titulares dos órgãos da IPM são
realizadas com observância dos seguintes princípios:

a) Universalidade, segundo o qual, todos os


membros dos concílios, que não estejam impedidos
por deliberação disciplinar, podem exercer o seu
direito de voto;

b) Transparência, segundo o qual, todos os


procedimentos eleitorais devem ser efectuados em

6
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

público e de modo a poderem ser conferidos


pelos seus intervenientes;

c) Confidencialidade, segundo o qual, a expressão


do voto de um membro deverá ser feita de modo
a que nenhum outro membro conheça o seu
conteúdo;

d) Representatividade, segundo o qual, cada voto é


a expressão da vontade dos membros
representados pelo eleitor;

e) Igualdade, segundo o qual todos os votos têm o


mesmo valor, ou seja, não há votos que valham
mais do que outros;

f) Periodicidade, segundo o qual os membros da


IPM são chamados periodicamente, nos espaços
de tempo definidos pela Constituição, a exercer o
direito de voto; e

g) Uma pessoa, um voto, segundo o qual cada


pessoa só pode votar uma única vez, ainda que
esteja na condição de acumulação de cargos.

7
Segundo este princípio, é proibido o voto por
procuração.

Artigo 2
(ABERTURA DO ANO DAS ELEIÇÕES)
1. No Sínodo anterior ao Sínodo das eleições, será
declarado, pelo Presidente deste órgão, que está
aberto o ano das eleições, fixando-se os prazos,
definindo-se o modelo das candidaturas e
constituindo-se de imediato a Comissão Eleitoral.

2. Os elementos da Comissão Eleitoral são eleitos pelo


Sínodo, dentre os nomes propostos pelo Conselho
Sinodal.

Artigo 3
(COMISSÕES ELEITORAIS)
1. Ao nível das paróquias, dos presbitérios e das
sociedades internas, são também criadas, em devido
momento, comissões eleitorais.

2. As comissões eleitorais são constituídas por um número


ímpar de elementos, no máximo sete, sendo

8
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

obrigatória a existência de um Presidente e pelo


menos dois escrutinadores.

3. Os elementos das comissões eleitorais são escolhidos


dentre os membros comungantes, com boa reputação
e reconhecida idoneidade.

4. Os elementos das comissões eleitorais estão proibidos


de concorrer para os cargos cuja eleição eles
próprios vão supervisionar.

5. As comissões eleitorais funcionam a partir da data


da sua constituição até à divulgação dos resultados.

Artigo 4
(COMPETÊNCIAS DAS COMISSÕES ELEITORAIS)
Cabe às Comissões Eleitorais, cada uma ao seu nível, a
organização e prática dos seguintes actos eleitorais:

a) Registo dos eleitores;


b) Recepção, análise e aprovação ou não das
candidaturas;
c) Publicação atempada das listas dos eleitores e
dos candidatos aprovados;

9
d) Preparação e conservação do material de
votação;
e) Orientação e divulgação dos procedimentos de
votação;
f) Definição do calendário dos actos eleitorais;
g) Direcção do acto de votação;
h) Recepção, análise e deliberação sobre
reclamações ao longo do processo;
i) Anúncio de resultados; e
j) Elaboração do relatório final.

Artigo 5
(LOGÍSTICA DAS COMISSÕES ELEITORAIS)
Às comissões eleitorais do Presbitério e do Sínodo são
asseguradas, à medida das capacidades dos órgãos que
as criam, as condições mínimas de trabalho,
nomeadamente, fundos de maneio, gabinete de trabalho
e meios de transporte.

Artigo 6
(DELIBERAÇÕES DAS COMISSÕES ELEITORAIS)

10
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

1. As deliberações das Comissões Eleitorais são


independentes, mas podem ser anuladas pelo órgão
hierarquicamente superior.

2. As deliberações da Comissão Eleitoral do Sínodo são


definitivas.

Artigo 7
(RECLAMAÇÕES)
1. As reclamações sobre qualquer irregularidade no
processo eleitoral são apresentadas, em primeira
instância e dentro de oito horas seguintes à prática ou
omissão irregular, à Comissão Eleitoral que
supervisiona o processo, devendo esta deliberar no
prazo máximo de 24 horas.

2. Não se conformando com a deliberação tomada em


primeira instância, o reclamante poderá apresentar
reclamação de recurso, em segunda instância à
Comissão Eleitoral de nível imediatamente superior,
que decidirá no prazo máximo de cinco dias.

3. Se a reclamação de primeira instância tiver sido


decidida pela Comissão Eleitoral do Sínodo, a

11
reclamação de recurso, em segunda instância, será
decidida por uma comissão de arbitragem, que
decidirá no prazo máximo de oito dias.

4. A reclamação suspende o prosseguimento dos actos


eleitorais subsequentes.

5. O prazo de recurso em segunda instância é de 48


horas contados a partir do dia do cometimento da
irregularidade.

Artigo 8
(CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO DE ARBITRAGEM)
A Comissão de Arbitragem para a apreciação e decisão
das reclamações de recurso do Sínodo, é composta por
três árbitros, sendo:

a) Um representante da parte reclamante;


b) Um representante da parte reclamada; e
c) Um independente, a ser indicado por acordo das
duas partes.

Artigo 9
(PERFIL GERAL DOS CANDIDATOS)

12
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

São elegíveis, para cargos de liderança na IPM, apenas


os membros comungantes em plena comunhão, em relação
aos quais a comunidade dê um bom testemunho e que
reúnam, cumulativamente, as seguintes condições:

a) Ser dizimista;
b) Ser monógamo;
c) Não ser neófito;
d) Não ser dado à violência e ao consumo de álcool
ou estupefacientes.

Artigo 10
(Modelo de Eleição)
1. O modelo de eleição para todos os cargos de
direcção segue, com as necessárias adaptações, ao
estabelecido para o Sínodo, conforme dispõe o artigo
38, deste regulamento.

2. São expressamente proibidas campanhas eleitorais


para qualquer cargo de um concilio, órgão e sociedade
interna da IPM.

13
3. Todos os cargos de direcção na IPM obedecem a um
mandato de cinco anos renovável consecutivamente
apenas uma vez

Artigo 11
(EXERCÍCIO DE VOTO POR QUEM NÃO POSSA LER NEM ESCREVER)
As pessoas que não saibam ou não possam ler ou
escrever exercem o seu direito de voto por intermédio de
outra pessoa de sua confiança, devendo exprimir a sua
vontade perante dois elementos da Comissão Eleitoral.

Artigo 12
(NÍVEIS DAS ELEIÇÕES)
As eleições dos titulares dos órgãos da IPM realizam-se
em quatro níveis a saber:

a) Paróquia;
b) Presbitério;
c) Sociedades Internas; e
d) Sínodo.

14
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

CAPÍTULO II
AO NÍVEL DA PARÓQUIA

Artigo 13
(PERÍODO DAS ELEIÇÕES)
O processo eleitoral ao nível da Paróquia inicia,
imediatamente após a abertura do ano das eleições e
termina 90 dias depois, sem prejuízo do disposto no
artigo 41 do presente Regulamento.

Artigo 14
(INÍCIO DO PROCESSO)
As eleições ao nível da Paróquia iniciam com:

a) A constituição, pela Assembleia-Geral, da


Comissão Eleitoral;
b) A definição, pelo Consistório, do número de
anciãos a serem eleitos por cada zona, devendo
este número ser proporcional ao número de
crentes existentes na zona.

Artigo 15
(CAPACIDADE ELEITORAL ACTIVA)

15
Somente os obreiros em serviço na Paróquia e os
membros comungantes em plena comunhão, devidamente
admitidos no rol da paróquia poderão eleger.

Artigo 16
(CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA)
1-Ao nível da Paróquia, são eleitos por voto da
Assembleia-Geral os seguintes titulares:
a) Anciãos;
b) Mesa da Assembleia-Geral; e
c) Comissão de Verificação.

2-Compete ao Consistório geral submeter à Comissão


Eleitoral as listas dos candidatos elegíveis a anciãos de
cada Zona, devendo o número de candidatos ser superior
às vagas definidas pelo Consistório, em pelo menos 50%.

3-Por voto dos membros do Consistório, são eleitos:


a) Vice-Presidente;
b) Secretário e Vice-Secretário;
c) Tesoureiro;
d) Delegados; e
e) Presidentes das Comissões de Trabalho.

4-Compete ao Consistório geral calcular o número de


delegados da Paróquia, e submeter à sua validação pelo

16
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

presbitério, antes da eleição dos delegados, com base na


informação estatística da paróquia, e obedecendo ao
estatuído pelo número 3 do artigo 43 da Constituição da
IPM.

Artigo 17
(ELEIÇÃO DOS ANCIÃOS)
1. A eleição dos anciãos da Paróquia decorre na sede
desta, em sessão única, aberta à assistência de todos
os membros.

2. As Paróquias que são constituídas por mais do que um


Consistório local, realizam a eleição dos seus anciãos
em sessões separadas, cada uma na sede da
respectiva igreja local.

3. As zonas são chamadas, uma de cada vez, e os seus


membros elegem o número de anciãos previamente
definido pelo Consistório.

4. A Comissão Eleitoral publica, com quinze dias de


antecedência, a lista de candidatos a anciãos por
cada zona, devendo o número de candidatos ser
superior às vagas definidas pelo Consistório, em pelo
menos 50%.

17
5. Os anciãos são eleitos para um mandato de cinco
anos, renovável quantas vezes se mostrar necessário.

6. Dentre os anciãos eleitos, serão eleitos, pelo menos,


um presidente da zona, um secretário e um tesoureiro.

7. Os cargos de direcção da zona obedecem um


mandato de cinco anos renováveis uma vez.

Artigo 18
(PERFIL DE ANCIÃOS)
1. São eleitos para anciãos ao nível da Paróquia, os
membros que sejam comungantes há pelo menos cinco
anos e sobre os quais a comunidade dê um bom
testemunho.

2. Os membros comungantes transferidos de outras


denominações não serão elegíveis enquanto não
decorrerem cinco anos sobre a data da sua admissão
no rol da Paróquia e tenham sido recebidos na Santa
Ceia.

18
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

Artigo 19
(CONSTITUIÇÃO DO CONSISTÓRIO E DA MESA DA ASSEMBLEIA-
GERAL)
1. Os anciãos eleitos em todas as zonas e igrejas locais
da paróquia, depois de consagrados pelo Pastor,
perante a Assembleia-Geral, constituem o Consistório.

2. Na sua primeira sessão, o Consistório elege o Vice-


Presidente, o Secretário, o Tesoureiro e os Delegados
e cria as Comissões de Trabalho, elegendo os
respectivos presidentes.

3. A Assembleia-Geral elege, por voto, a Mesa da


Assembleia-Geral.

4. São candidatos à Mesa da Assembleia Geral os


membros que, tendo sido membros do Consistório por
pelo menos 10 anos, não tenham concorrido nas
eleições em curso.

Artigo 20
(SUBMISSÃO DE CANDIDATURAS AO PRESBITÉRIO)
1-Terminadas as eleições ao nível das Paróquias, o
Conselho Sinodal, submete às comissões eleitorais dos

19
presbitérios, o rol dos candidatos elegíveis ao cargo da
presidência do presbitério.

2-Para os cargos de vice-presidente, secretário e


tesoureiro do presbitério, a comissão eleitoral do
presbitério faz o rol de todos os delegados a sua
jurisdição.

3. Em caso de indisponibilidade, o candidato elegível


pode manifestar por escrito essa situação.

Artigo 21
(TOMADA DE POSSE DOS DELEGADOS)

Os Delegados eleitos ao nível da Paróquia tomam posse


perante o Presbitério.
CAPÍTULO III
AO NÍVEL DO PRESBITÉRIO

Artigo 22
(PERÍODO DAS ELEIÇÕES)

O processo eleitoral ao nível do Presbitério decorre num


período de 90 dias, contados a partir do termo do
processo ao nível da Paróquia.

20
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

Artigo 23
(INÍCIO DO PROCESSO)
1. O Presbitério inicia o processo eleitoral, numa sessão
extraordinária, criando a Comissão Eleitoral do
Presbitério e conferindo posse aos novos delegados
eleitos nas Paróquias.

2. A partir do momento referido no número anterior,


termina o mandato dos delegados cessantes, sendo
que os delegados recém empossados votam em
representação das suas paróquias e as representam
no Sínodo.
3. Ainda nesta sessão extraordinária, o Presbitério cria
as comissões de Trabalho e elege dentre os
Delegados, os seus presidentes, sem prejuízo do
disposto no artigo 41 do presente regulamento.

Artigo 24
(CRIAÇÃO DA COMISSÃO ELEITORAL)
Pelo menos um elemento de cada Comissão Eleitoral das
Paróquias é chamado a integrar a Comissão Eleitoral do
Presbitério.

21
Artigo 25
(CAPACIDADE ELEITORAL ACTIVA)
Somente poderão votar os membros do Presbitério,
designadamente:

a) Os obreiros que sejam presidentes dos


Consistórios Gerais
b) Os Delegados;
c) Os representantes das Sociedades Internas ao
nível do Presbitério.

Artigo 26
(CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA)
São eleitos pelo Presbitério:

a) O Presidente, que será pastor com pelo menos


5 anos de actividade pastoral efectivo,
contados a partir da sua consagração;
b) O Vice-Presidente, que será ancião em
exercício há mais de 5 anos.
c) O Secretário;
d) O Tesoureiro;

22
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

e) Os Presidentes das Comissões criadas pelo


Presbitério.

Artigo 27
(CANDIDATURAS)
As candidaturas para os cargos enumerados no artigo
anterior obedecem ao estatuído no artigo 19 do presente
regulamento.

Artigo 28
(Submissão de Candidaturas ao Sínodo)
1. Terminadas as eleições ao nível do Presbitério, o
Conselho Sinodal submete à comissão eleitoral o
rol de pastores elegíveis aos cargos de direcção.

2. Para os cargos ocupados por anciãos, o Conselho


Sinodal submete à Comissão Eleitoral o rol de
candidatos elegíveis, ouvido o Presbitério de
proveniência.

Artigo 29
(Perfil dos Candidatos)
1. Para Presidente do Presbitério apenas são
candidatáveis os pastores em actividade pastoral há,

23
pelo menos, cinco anos de serviço efectivo, contados a
partir da sua consagração.

2-Para os demais cargos, os candidatos devem ser


anciãos em actividade há pelo menos cinco anos.

Artigo 30
(TOMADA DE POSSE)
O Presidente eleito pelo Presbitério toma posse perante o
Sínodo.

CAPÍTULO IV
AO NÍVEL DAS SOCIEDADE INTERNAS

Artigo 31
(PERÍODO DAS ELEIÇÕES)
1. Para a eleição dos seus corpos dirigentes, ao nível da
Paróquia e do Presbitério, as sociedades internas
observam o regime e o calendário estabelecido nos
seus respectivos estatutos bem como o disposto nos
artigos 10 e 41 deste Regulamento.

24
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

Artigo 32
(CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA)
Cada sociedade interna elege, em Assembleia-Geral,
pelo menos os seguintes cargos:

a) Presidente
b) Um Vice-Presidente;
c) Um Secretário; e
d) Um Tesoureiro

Artigo 33
(PERFIL DOS CANDIDATOS)
1. Para Presidente das sociedades internas ao nível do
Sínodo, apenas podem ser candidatáveis os Pastores
que tenham pelo menos dez anos de actividade
pastoral, contados a partir da consagração.

2. Para Presidente da Sociedade Presbiterina das


Mulheres de Caridade (Vamamana), apenas são
candidatáveis as esposas dos pastores no activo.

25
CAPÍTULO V
AO NÍVEL DO SÍNODO

Artigo 34
(PERÍODO DAS ELEIÇÕES)
O processo eleitoral ao nível do Sínodo decorre durante
um período de 90 dias, contados a partir do termo das
eleições ao nível dos Presbitérios.

Artigo 34/A
Para a eleição dos titulares dos órgãos centrais, a IPM
adoptar qualquer uma das seguintes formas de
candidaturas:

a) Candidatura por Paróquia, em que as listas de


candidatos é apresentada ao Conselho Sinodal, pelos
Consistórios;

b) Candidatura por Presbitério, em que cada


presbitério, ouvidas as propostas dos Consistórios que
o compõem, submete ao Conselho Sinodal, a lista dos
seus candidatos com indicação dos respectivos cargos
(Modelo A de 2018);

c) Candidatura por Coligação (Listas), em que um


grupo de Presbitérios, Colégios ou Sociedades
Internas, forma uma lista de candidatos, com
indicação dos respectivos cargos e o submetem ao
Conselho Sinodal (Modelo de 2009 e 2014).

d) Candidatura pelo Sínodo, em que a lista de


candidatos aos diferentes cargos é formada por voto

26
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

secreto dos membros do Sínodo, no primeiro dia das


sessões deste órgão (Modelo B de 2018).

Artigo 35
(CAPACIDADE ELEITORAL ACTIVA)
Podem eleger no Sínodo, os seguintes membros:

a) Os obreiros que sejam presidentes dos


Consistórios Gerais;
b) Os Delegados;
c) Os representantes das Sociedades Internas a
este nível;
d) Os Presidentes e Secretários das Comissões
criadas pelo Sínodo;
e) Os representantes dos colégios de obreiros; e
f) O Presidente do Conselho Sinodal.

Artigo 36
(CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA)
1. São eleitos pelo Sínodo os seguintes:

a) O Presidente, o Primeiro Vice-Presidente


(pastores) e o segundo Vice-Presidente (ancião)
do Conselho Sinodal;
b) A Mesa do Sínodo;
c) O Conselho de Verificação;

27
d) Os Presidentes das Comissões criadas pelo
Sínodo.

2. Os presidentes das direcções gerais das sociedades


são eleitos pelas assembleias-gerais das respectivas
sociedades e homologadas pelo Sínodo.

Artigo 37
(Submissão de Candidaturas)
1.São candidatos a cargos de direcção da IPM todos os
pastores activos com pelo menos dez anos de actividade
pastoral contados a partir da consagração.

2.O rol de candidatos elegíveis para os cargos de


direcção na IPM, são submetidos à Comissão Eleitoral,
pelo Conselho Sinodal

Artigo 38
( Operacionalização da Votação)
1. A votação realiza-se sobre um rol único de
candidatos elegíveis, obedecendo as seguintes
fases:
a) Em primeiro lugar, elege-se o Presidente
do Conselho Sinodal;
b) Em segundo lugar, o Presidente do Sínodo;
c) Em terceiro, o Presidente do Conselho de
Verificação.
d) Em quarto lugar, o Primeiro Vice-
Presidente do Conselho Sinodal;
e) Em quinto lugar elege-se o Primeiro Vice-
Presidente do Sínodo.
f) Em sexto lugar os demais cargos, com as
necessárias adaptações em função de
cada órgão;

28
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

g) Por último a homologação dos Presidentes


dos Presbitérios e dos Presidentes das
Direcções Gerais das Sociedades Internas.

2. Será declarado eleito o candidato ou a lista que


tiver mais de 50% de votos válidos.

3. Caso não se verifique o estipulado no número


anterior far-se-á logo em seguida um novo
escrutínio com os três candidatos ou listas mais
votados.

4. No escrutínio estabelecido no número três será


declarado eleito aquele que tiver a maioria
simples.

5. O nome do candidato eleito numa fase, é retirado


da lista, antes de se iniciar a votação da fase
seguinte.

Artigo 39
(TOMADA DE POSSE)
1. Os titulares eleitos para os cargos referidos no
presente capítulo tomam posse, num culto público
a realizar-se até, o mais tardar, noventa dias
após a eleição.

2. O Presidente cessante do Sínodo confere posse ao


Presidente recém-eleito.

29
3. Por sua vez, o Presidente do Sínodo recém
empossado, confere posse aos demais titulares
eleitos pelo Sínodo.

4. Tendo o Presidente do Sínodo sido reeleito para


um segundo mandato, este é empossado por um
ex-Presidente do Sínodo, escolhido dentre os
presentes no acto.

Artigo 40
(INCOMPATIBILIDADES)
1. Nenhuma pessoa pode ser empossada para dois
cargos incompatíveis nos termos da Constituição,
Regulamentos, Deliberações ou outros actos
normativos aprovados pelo Sínodo.

2. Há incompatibilidade de cargos quando, pela


estrutura funcional da Igreja Presbiteriana de
Moçambique, um preste contas ao outro.

3. Não é permitida a acumulação de cargos de


Direcção do Presbitério, das Sociedades Internas e do
Sínodo.

30
Regulamento das Eleições na IPM, Revisto e Republicado pela
Resolução do Sínodo nº 01/2023, de 15 de Julho.

Artigo 41
(RELATÓRIO ELEITORAL)
Terminado o processo eleitoral a cada nível, a respectiva
comissão eleitoral apresenta um relatório completo do
processo ao Concílio imediatamente superior, incluindo os
mapas de apuramento e observando o modelo
aprovado, anexo ao presente Regulamento.

31

Você também pode gostar