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Apostila de Eletricidade - 2ºparte (1CELTSUB)

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

A associação de resistores é muito comum em vários sistemas, quando queremos


alcançar um determinado valor de resistência em que somente um resistor não possui.
Em determinadas situações, necessitamos de um valor de resistência que não
encontramos no comércio para comprar. Recorremos então à associação de resistores
para que possamos, associando outros valores, atingir o valor ôhmico desejado.
Qualquer resultado da associação de resistores será representado pelo “Resistor
Equivalente” (Req), ou “Resistência Total” (Rt) que representa a resistência total dos
resistores associados, ou seja, o valor em Ohm da resistência que sozinha faz a mesma
função que todas as outras da associação realizam juntas.

- Associação em série

Em uma associação em série de resistores, temos que todos os resistores são


atravessados pela mesma corrente, e que o resistor equivalente é igual à soma de todos
os que compõem a associação. A resistência equivalente de uma associação em série
terá sempre um valor maior que a maior resistência existente no circuito. Observe a figura
abaixo:

O valor da resistência equivalente entre ‘A’ e ‘B’ é dado pela soma de todos os valores
ôhmicos das resistências que constituem a associação série.

Req = RI + R2+ ......Rn

Exemplo1: Supondo duas resistências em série sendo a primeira de 12Ω e a segunda 8Ω,
qual o valor da resistência equivalente?

Req = 12Ω + 8Ω = 20Ω

Exemplo2: Supondo três resistores associados em série com os valores de 1KΩ, 500Ω e
2,5KΩ, determine o “Req”.

Req = 1KΩ + 500Ω + 2,5KΩ = 1000 + 500 + 2500 = 4000Ω ou 4KΩ

Note que a principal característica de um circuito série e que todos os componentes da


associação são atravessados pela mesma corrente. Levando em consideração a Lei de
Ohm e que podemos ter um valor ôhmico diferente para cada resistor, podemos concluir
que cada resistor da associação terá a sua DDP (queda de tensão sobre cada resistor) e
que a soma de todas essas “n” tensões será igual a tensão total aplicada.
(Vt=Vr1+Vr2+...+Vrn)

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- Associação em série quando alimentado por fonte cc

Conforme mencionado anteriormente, temos que na associação em série todos os


resistores são percorridos pela mesma corrente elétrica, e a DDP nos extremos da
associação é igual a soma de todas as DDPs em cada resistor. Podemos afirmar também
que a potência total dissipada nos extremos da associação é igual a soma das potências
de cada resistor. Observe a figura abaixo:

Sentido da corrente

Real

Convencional

Aplicando lei de ohm:

I = V/ Req

V -> Tensão total (Vt) aplicada a toda a associação série. (V = Vt = Vr1+Vr2+Vr3)


I -> Corrente única do circuito que percorre todos os resistores.
Req -> Simboliza a resistência total que equivale a todas as que existem na associação.

Queda de tensão em R1 ( VR1 ) = R1.I


Queda de tensão em R2 ( VR2 ) = R2.I
Queda de tensão em R3 ( VR3 ) = R3.I

Vt(bat) = VRI + VR2 + VR3

Potência dissipada total pelo circuito ( Pt = Vt(bat) . I)

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Potência dissipada em R1( PR1)

Potência dissipada em R2 ( PR2 )

Potência dissipada em R3 ( PR3 )

Pt = PR1 + PR2 + PR3

- Divisor de Tensão.

É uma forma de cálculo utilizada para se conhecer a tensão sobre cada resistor, sem a
necessidade de saber o valor da corrente que percorre o circuito série.
Como a dedução da fórmula se baseia no fato de que as resistências estão associadas
em série, ela só poderá ser utilizada nesse tipo de circuito.

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Observando a figura abaixo, temos:

Req=R1+R2+R3
I=Vt(bat)/Req
VR1 = R1 . I

VR1 = (R1 / Req) . Vt(bat)


VR2 = (R2 / Req) . Vt(bat) Fórmulas do divisor de tensão
VR3 = (R3 / Req) . Vt(bat)

OBS: É importante ressaltar que todas as fórmulas vistas para o circuito série são válidas,
logo, todos os resultados obtidos para uma mesma grandeza, mesmo que realizadas com
fórmulas diferentes, devem possuir o mesmo valor de resultado.

- Associação em paralelo

Para que possamos considerar que um grupo de resistores esteja associado em paralelo,
devemos observar se todos estão sobre uma única DDP. Nesse caso, poderemos ter
correntes diferentes para cada resistor, se eles forem de valores diferentes. Como a
corrente que percorre cada resistência agora só depende do valor ôhmico dela, a
resistência equivalente de uma associação de resistores em paralelo sempre terá um valor
menor que o de menor resistência da associação e é representado por (Req). As fórmulas
abaixo são utilizadas para obter a resistência equivalente quando é feita a associação em
paralelo de dois resistores. Observe a figura abaixo:

A fórmula mais utilizada neste caso diz que o valor da resistência equivalente (Req ou Rt)
entre ‘A’ e ‘B’ do circuito, é igual ao produto pela soma dos valores ôhmicos associados
(1), em outra fórmula, vemos que o inverso da resistência equivalente é igual à soma dos
inversos (2). Essas duas fórmulas são relativas a dois resistores em paralelo.

1) Req = ( R1x R2) / ( R1+ R2 ) OU 2) 1/ Req = ( 1/ R1 + 1/ R2 )

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OBS1: A fórmula 1, “produto pela soma”, só poderá ser usada na associação de DUAS
resistências em paralelo.
OBS2: A fórmula 2, “soma dos inversos” é uma fórmula de uso geral e pode ser utilizada
na associação de qualquer quantidade de resistências em paralelo e de qualquer valor.

Exemplo1: Supondo duas resistências associadas em paralelo, sendo a primeira de 6Ω e


a segunda de 3Ω, determine Req.

Resposta:
Utilizando a fórmula “produto pela soma” temos:
Req = (3 x 6) / (3 + 6) = 18 / 9 = 2Ω

Se você utilizar a outra fórmula, o resultado terá que ser o mesmo.


Existe uma fórmula especial que só poderá ser utilizada se todas as resistências
pertencentes à associação que será resolvida forem de mesmo valor.
Essa fórmula consiste em dividir o valor ôhmico que se repete, pela quantidade de
resistores iguais.

Req = R / n onde “R” é o valor ôhmico e “n” a quantidade de resistores de igual


valor.

Exemplo: Supondo três resistores de 9KΩ em paralelo, determine o Req.

Valor ôhmico (R) = 9KΩ;


Quantidade de resistores (n) = 3.

Req = R / n = 9K / 3 = 9000 / 3 = 3000Ω ou 3KΩ

Associação em paralelo quando alimentado por fonte cc

A associação de resistores em paralelo é um conjunto de resistores ligados de maneira a


todos receberem a mesma diferença de potencial (ddp). Nesta associação existem dois ou
mais caminhos para a corrente elétrica, e desta maneira, os resistores não são percorridos
pela corrente elétrica total do circuito, sendo a corrente total (It) determinada pela soma
das correntes parciais e a potência total (Pt) é igual soma a potência parciais. Observe a
figura:

It = V / Req ou It = I1 + I2 Sabendo que: I1 = V / R1 e I2 = V / R2

Divisor de corrente: IR1 = (R2 / R1+R2) . It


IR2 = (R1 / R1+R2) . It

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OBS: Repare que o valor das correntes I1 e I2 só depende das resistências R1 e R2,
respectivamente, em uma relação de proporção inversa. Se as resistências forem de
mesmo valor, as correntes também serão. Se R1 for o dobro de R2, I1 será a metade de
I2.

Potência dissipada total ( Pt ) Pt = PR1 + PR2

Potência dissipada em R1( PR1)

Potência dissipada em R2 ( PR2 )

- Associação Mista ( série-paralelo )

É a associação na qual encontramos, ao mesmo tempo, resistores associados em série e


em paralelo. A determinação do resistor equivalente final é feita mediante o cálculo dos
resistores equivalentes de cada associação a respeito da qual se tem certeza de estarem
em série ou paralelo. Observe a figura abaixo:

VR3
2,5A 2,5A

5A 5A 5A

2,5A 2,5A
O valor da resistência equivalente (Req) entre ‘A’ e ‘B’, neste caso, será encontrado
aplicando a seguinte fórmula:

Req = [ ( R1. R2 ) / ( R1 + R2 ) ] + R3

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Associação mista ( série – paralela ) quando alimentada por uma fonte cc.
Uma associação mista é composta quando associamos resistores em série e em paralelo
no mesmo circuito. Observe na figura abaixo que os resistores R1 e R2 estão em paralelo
e em série com o resistor R3. A potência dissipada total pode ser definida com a soma das
potências dissipadas parciais sobre cada resistor.

IT = V / Req

VAB = VR1 = IT . R1

VBC = VR2 = VR3 = V - VAB (VR1) OU IT . ( R2. R3 / R2 + R3 )

I1 = VBC / R2

I2 = VBC / R3

SENDO QUE: IT = I1 + I2

Potência dissipada total ( Pt )

Potência dissipada em R2 ( PR2 )

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Potência dissipada em R3 ( PR3 )

Pt = PR1 + PR2 + PR3

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CONCEITOS PARA DETERMINAR ESTRUTURAS ELÉTRICAS (malhas).
Observe o circuito abaixo:

Conceito de malha. É todo o circuito fechado, ou seja, um possível caminho para a


corrente.

No circuito acima, vemos a malha externa ABCDEA

Outras malhas internas do circuito.

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ABDEA ( malha interna )

BCDB ( malha interna )

Conceito de “Nó”. É todo ponto de encontro da corrente, com 3 ( três ) ligações ou mais.

‘Nó B’

‘Nó D’

Conceito de Braço ou Ramo. É a ligação de um nó até outro nó.

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DEB

BD

BCD

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Adicional:
A

B A

Req = R / n = R/3 B
A

Req’ = 10+10+20 = 40Ω


A Req’’=(40x40)/(40+40)=1600/80=20Ω
Ou = R/n = 40/2 = 20Ω
Req’’’= 60+Req’’ = 60+20 = 80Ω

Req (final) = (80x20) / (80+20) =


= 1600/100 = 16Ω

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