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Dinâmica III
universal
Gravitação
O ser humano, no espaço, tem que se adaptar a um ambiente totalmente diferente. Cite al-
gumas das dificuldades enfrentadas pelos astronautas e como eles podem ser treinados.
Orientação ao professor — Peça ao professor de biologia para participar desta discussão.
Sugestão de resposta — A falta de gravidade é um problema, como nossos corpos não estão trabalhando contra a gravidade, ossos e
músculos podem enfraquecer e é por isso que os astronautas precisam se exercitar diariamente. Até agora, os efeitos da falta de gra-
vidade no corpo humano têm sido revertidos assim que os astronautas voltam à Terra, mas os cientistas continuam monitorando as
Gravitação universal
Dinâmica III
O brilho e o movimento dos corpos celestes desper- De todas essas tentativas a que obteve maior êxito foi
taram a curiosidade dos homens desde o início das ci- proposta por Ptolomeu (100 d.C.—165 d.C.). Em seu sis-
vilizações fazendo que surgisse, provavelmente, a mais tema a Terra estava imóvel no centro do Universo e os
antiga das ciências, a astronomia. planetas giravam em círculos cujos centros giravam em
Explicações para os fenômenos celestes variaram torno da Terra.
de acordo com a época e a cultura. Antigos escritos chi- Esta teoria foi bem-aceita durante 13 séculos porque,
neses falam de fenômenos astronômicos como eclipses além de se adaptar à filosofia religiosa da Idade Média, ou
e cometas. Os navegadores orientavam-se pelo movi- seja, o homem no centro do Universo, ela se adequava
mento da Lua e das estrelas. Para os gregos, os astros às observações da época.
em movimento no céu eram os deuses governando os
rumos da humanidade. REVOLUÇÃO DE COPÉRNICO
À medida que os estudos foram se intensificando e as O astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473—1543)
técnicas de observação se aprimorando, surgiram novas apresentou um sistema mais simples que o de Ptolomeu
teorias para explicar a dinâmica dos corpos celestes. para explicar o movimento dos planetas. Seu modelo res-
gatou a teoria proposta por Aristarco de Samos em que
VISÃO DOS GREGOS o Sol estaria em repouso e os planetas, inclusive a Terra,
As primeiras tentativas para explicar o movimento dos girariam em torno dele segundo órbitas circulares (teo-
corpos celestes são atribuídas aos gregos no século IV a.C. ria heliocêntrica).
Por meio de observações e razões filosóficas, os gregos
acreditavam num sistema em que a Terra ocupava, imó-
vel, o centro do Universo, e todos os corpos celestes gi- Esfera das
ravam em torno dela em órbitas circulares. Esse sistema estrelas
fixas
ficou conhecido como geocêntrico (geo = Terra), (cên-
trico = centro), ou seja, a Terra no centro.
Por volta de 300 a.C., o astrônomo grego Aristarco de
Samos propôs um sistema em que o Sol ocupava o cen-
Marte
tro do Universo (heliocêntrico), porém ele não teve muito Saturno
Vênus
crédito porque os gregos, naquela época, acreditavam na Mercúrio
Júpiter
idéia de que o homem ocupava o centro do Universo. Lua Terra
Sol
SISTEMA DE PTOLOMEU
Astrônomos tentavam aprimorar o sistema geocêntrico
para que ele pudesse se adequar às suas observações.
Gravitação universal
Dinâmica III
Alguns anos após a morte de Copérnico, o astrônomo SEGUNDA LEI DE KEPLER
dinamarquês, Tycho Brahe (1546—1601), começou a de- Observando as velocidades dos planetas em sua ór-
senvolver importante trabalho para obter medidas mais bita, Kepler percebeu que eles se moviam mais rapida-
precisas das posições dos corpos celestes. Os dados mente quando se aproximavam do Sol e mais lentamente
colhidos por Tycho Brahe, cuidadosamente tabelados, quando se afastavam dele.
constituíram a base do trabalho que foi desenvolvido, A figura a seguir mostra quatro posições da órbita
após sua morte, por seu discípulo, o astrônomo alemão descrita por um planeta em torno do Sol. Kepler obser-
Johannes Kepler (1571—1630). Kepler, grande matemá- vou que o planeta se move com maior velocidade de A
tico, sintetizou esses estudos enunciando as três leis do para B do que de C para D.
movimento dos corpos celestes que ficaram posterior-
mente conhecidas como leis de Kepler. Planeta
A
PRIMEIRA LEI DE KEPLER D
Também denominada lei das órbitas, descreve a forma
da órbita dos planetas em torno do Sol. A2
A1
Cada planeta descreve uma órbita elíptica em torno
do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.
Sol C
Planeta B
Gravitação universal
Dinâmica III
nas diferenças que podem ser erros experimentais.
1. A figura deste exercício apresenta a traje-
Período de Raio da
T2/r2 tória do planeta Mercúrio em torno do Sol. Sa-
Planeta Revolução (T) órbita (r)
(ano)2/(u.a.)2 bendo que a velocidade desse planeta é máxima quando ele
(em anos) (em u.a.)*
passa por E, qual dos pontos B, C ou D melhor representa
Mercúrio 0,241 0,387 1,002
a posição ocupada pelo Sol? Justifique sua resposta.
Vênus 0,615 0,723 1,000
Mercúrio
Terra 1,000 1,000 1,000
Marte 1,8881 1,524 0,999
Júpiter 11,86 5,204 0,997
Saturno 29,6 9,58 0,996
A B C D E
Urano 83,7 19,14 1,000
Netuno 165,4 30,2 0,993
Plutão 248 39,4 1,004
(*) 1 u.a. = 1 unidade astronômica = raio da órbita da Terra
A posição D, pois pela primeira lei de Kepler sabe-se que o Sol ocupa um dos focos
Os quadrados dos períodos dos planetas são pro-
da elipse e, se a velocidade do planeta é máxima em E, significa que ele está mais
porcionais aos cubos dos raios de suas órbitas.
próximo do Sol (periélio).
T2 T 2 T2
= K , ou ainda A = B
d3 d A3 dB3
Por meio das suas três leis, Kepler foi capaz de
2. O raio médio da órbita de Saturno em torno do Sol
descrever o movimento dos corpos celestes, porém
é cerca de nove vezes maior que o raio médio da órbita
sem relacioná-los com suas causas. Em outras pala-
da Terra. Determine, em anos terrestres, o período de re-
vras Kepler estudou a Cinemática do movimento pla-
volução de Saturno.
netário.
Raio da órbita da Terra = 1 u.a. Período da Terra = 1 ano
Raio da órbita de Saturno = 9 u.a. Período da Terra = TS
Pela terceira lei de Kepler, tem-se:
TS2
= 1 TS2 = 93 TS = 27 anos terrestres
dS3
Gravitação universal
Dinâmica III
Buscando a origem da força que mantém os
planetas em órbita, conta-se que Newton, ao ob-
servar a queda de uma maçã, teve uma conclusão
brilhante.
Ele sabia que o Sol exercia força sobre os pla-
netas que os mantinha em órbita. Analisando o mo-
vimento da Lua em torno da Terra ele percebeu que
a Terra também exercia força sobre a Lua, caso con-
trário sua trajetória não seria curva. Ao observar a
queda da maçã ele percebeu que a Terra exerce força
sobre os corpos, fazendo com que eles adquiram
aceleração ao caírem (força peso). Reunindo essas
idéias de que o Sol atrai os planetas, a Terra atrai
a Lua e a maçã, Newton concluiu que essas forças
de atração deveriam ter a mesma natureza e deve-
riam se manifestar em quaisquer corpos materiais,
isto é, esta atração é um fenômeno universal. Isso
significa que existe força de atração entre quaisquer corpos que possuam massa.
Há força de atração entre você e sua carteira, entre seu lápis e sua borracha da mesma maneira que há atração
entre os corpos celestes. Esta generalização, conhecida como a lei da gravitação universal, assim foi enunciada:
Dois corpos atraem-se mutuamente com força proporcional ao produto
de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância en-
tre eles.
m1 . m2
F=G
d2
F — força de atração gravitacional entre dois corpos
m1 e m2 — massas dos corpos
d — distância que separa os centros dos corpos
G — constante de gravitação universal
Observe que as
forças de atração
→ → gravitacional entre
m1 F F m2
dois corpos têm
intensidades iguais
r e são diretamente
opostas, pois
compõem um par
ação-reação.
A força de atração gravitacional entre dois objetos comuns, existentes na Terra, é muito pequena e Newton
não foi capaz de verificar experimentalmente esta atração. Somente quando grandes massas (como o Sol e os
planetas) interagem, a força de atração gravitacional pode tornar-se apreciável.
O valor da constante de gravitação universal só foi determinado cerca de cem anos após Newton ter apresen-
tado seu trabalho. O físico inglês Henry Cavendish foi o responsável pela elaboração de uma experiência em que
utilizou uma balança de torção (ver figura). 1
Física 1M4 5
5/12
M1 M2
m2
m1
Ao aproximar duas grandes esferas de duas outras pequenas esferas situadas nas extremidades da barra ele
mediu cuidadosamente uma torção determinando, assim, o valor numérico da constante G:
G = 6,67 . 10 –11 N . m2/kg2
Este valor é invariável em qualquer local do Universo e seu valor é muito pequeno, por isso não se consegue
perceber a força de atração gravitacional entre corpos aqui na Terra.
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2. Dois corpos de massas iguais a m1 e m2, situados
Gravitação universal
Dinâmica III
a uma distância D um do outro, atraem-se mutuamente
1. O planeta Marte está a uma distância média com força de intensidade F. Qual será a intensidade F’
igual a 2,3 . 108 km do Sol. Sendo 6,4 . 1023 kg da nova força de interação nas seguintes situações?
a massa de Marte e 2,0 . 1030 kg a massa do Sol, determine (Expresse sua resposta em função de F.):
a intensidade da força com que o Sol atrai Marte. (Consi- a) a massa m1 se torna duas vezes maior;
dere a constante G = 6,67 . 10–11 N . m2/kg2.) Como você F’ = 2F (A força é diretamente proporcional à massa.)
avalia a intensidade dessa força?
d = 2,3 . 108 km = 2,3 . 1011 m b) a massa m2 se torna três vezes menor;
m = 6,4 . 1023 k F’ = F/3 (A força é diretamente proporcional à massa.)
M = 2,0 . 1030 kg
Aplicando a lei da gravitação universal:
m1 . m 2 6,4 . 1023 . 2,0 . 1030
c) a distância entre os corpos quadruplica.
F=G F = 6,67 . 10–11 F = 1,61 . 1021 N
d2 (2,3 . 1011)2 F’ = F/16 (A força é inversamente proporcional ao quadrado da distância.)
A força de atração vale aproximadamente 1 610 000 000 000 000 000 000 N.
Aceleração da gravidade
Galileu verificou experimental- seus centros coincidirá com o raio altitude, menor será a aceleração da
mente que os corpos em queda livre da Terra R, assim a força F pode ser gravidade, assim o valor de g no alto
possuem aceleração constante — ace- calculada por: de uma montanha é menor do que em
leração da gravidade (g). Esse valor M.m sua base. Para que essa diferença
F =G
corresponde a 9,8 m/s 2 nas proximi- R2 possa ser percebida deve-se estar a
dades da superfície terrestre, porém Esta força, porém, já foi definida uma grande altitude. Verifique essa
na Lua a aceleração da gravidade é anteriormente como sendo o peso do variação na tabela.
seis vezes menor. corpo que se calcula por:
Variação de g com a altitude
Agora, identificaremos os fatores P=m.g
(na latitude de 45°)
que determinam o valor da aceleração Desta forma, conclui-se que a
força de atração gravitacional exer- Altitude (km) g (m/s2)
produzida pelo campo gravitacional
em qualquer corpo celeste. cida pela Terra sobre o corpo coin- 0 9,81
Imagine um corpo situado na super- cide com seu peso. 20 9,75
fície terrestre como mostra a figura. M.m 40 9,69
F=P G =m.g
m
R2 60 9,63
F=P Pode-se eliminar a massa m por
ser um fator comum na equação. 80 9,57
F
Assim, chega-se a uma expressão 100 9,51
que calcula o valor da aceleração da 200 9,22
gravidade na superfície terrestre:
Para o cálculo do valor da ace-
R M
F g=G leração da gravidade a uma altura
R2
Essa expressão é válida para (h) basta adicionar esse valor ao raio
1 do planeta:
6 Física 1M4 M qualquer corpo no Universo. A ace-
M
6/12 leração da gravidade em qualquer gh = G
( R + h )2
planeta, por exemplo, é diretamente
proporcional à sua massa (M) e inver- P
samente proporcional ao quadrado h
Pode-se calcular a intensidade do seu raio (R).
R
da força que a Terra exerce sobre o
corpo, utilizando a lei da gravitação VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO
universal de Newton e considerando DA GRAVIDADE COM d
que há uma atração entre dois cor- A ALTITUDE
pos: a Terra de massa M, e o corpo Quanto mais nos afastamos do
localizado em sua superfície pos- centro da Terra, menor será o va-
suindo massa m. A distância entre lor de g, logo, quanto maior for a
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VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO para os pólos. A tabela mostra essa
Gravitação universal
Dinâmica III
DA GRAVIDADE COM variação, com valores considerados
A LATITUDE no nível do mar. Calcule a aceleração da
A aceleração da gravidade da Terra gravidade em um planeta
Latitude g (m/s2)
também sofre pequenas variações com cuja massa é o dobro da massa da Terra
0° 9,780 e cujo raio é o triplo do da Terra.
a latitude, em decorrência do achata- GM
30° 9,793 Na Terra: g = = 9,8 m/s2
mento do globo nos pólos (onde o raio
45° 9,806 R2
terrestre é menor) e do seu movimento No planeta:
de rotação, porque a aceleração cen- 60° 9,819 G . 2M 2 GM 2
g= = = . 9,8 ∴
trípeta é maior no Equador. 90° 9,832 ( 3 R )2 9R2 9
Em conseqüência, a aceleração ∴ g = 2,2 m/s2
da gravidade aumenta do Equador
Mterra
g terra = G = 10 m/s2
R terra 2
10 . Mterra 10 Mterra
gplaneta = G = G = 25 m/ss2
( 2 . R terra )2 4 R 2
terra
1
Física 1M4 7
7/12
Gravitação universal
Dinâmica III
m
→
v
LANÇAMENTO DE UM SATÉLITE Satélite
Em sua obra mais consagrada, Principia, Newton ex- →
F h
plica como é possível colocar um satélite em órbita em
torno da Terra. Ele propõe a seguinte situação: um corpo
é lançado do alto de uma torre com velocidades horizon- R
tais crescentes. É fácil perceber que à medida que a velo-
cidade de lançamento aumenta, o alcance atingido pelo r
corpo também aumenta. M
V
r=R+h
A força F que a Terra exerce sobre o satélite é dada por
F = GM . m
B r2
C Sabe-se que essa é a força centrípeta responsável
pela constante mudança na direção do movimento do
satélite, portanto escreve-se
Assim, Newton demonstrou que para certa velocidade M .m m . v2
F = Fcp G = , em que isolando v
o corpo não mais retornará ao solo, e sim, ficará orbitando r 2 r
tem-se
ao redor da Terra. É importante notar que o lançamento
do primeiro satélite artificial Sputnik ocorreu no ano de G .M
v =
1957, 230 anos após a morte de Newton. r
Imagine um satélite elevado a uma altura h como Esta expressão calcula a velocidade necessária para
mostra a figura. Chamaremos de r o raio da órbita desse que um satélite localizado a uma altura h possa ser co-
satélite que será a soma do raio da Terra R com a altura locado em órbita. Perceba que basta determinar a altura
h que ele se encontra. do satélite, uma vez que os valores de G e M são conhe-
cidos. Essa velocidade não depende da massa do saté-
lite, e quanto maior for a altura, menor será a velocidade
necessária.
Imagine um jogador de beisebol que conse- bola para que esta entrasse em órbita rasante em torno da
gue lançar uma bola horizontalmente e colocá-la em órbita Terra? Considere G = 6,7 . 10–11 N . m2/kg2, a massa da
em torno da Terra. Qual deveria ser o valor desta veloci- Terra M = 6 . 1024 kg e seu raio R = 6 400 km. Expresse
1 dade de lançamento imposta pelo jogador de beisebol à sua resposta em m/s e km/h.
8 Física 1M4
8/12 v =
G .M
r
6, 7 . 10 −11 . 6 . 1024
v = = 7 925,43 m/s ou 28 531,56 km/h
6 400 000
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Gravitação universal
Dinâmica III
Senso comum “revoga” lei da gravidade
Basta abrir o jornal e lá está. Todo dia, toda vez que sobe ao responsável pelo fato de os corpos celestes se atraírem uns aos
espaço um ônibus da Nasa, toda vez que se lança um satélite, outros. Está presente em todo lugar em maior ou menor grau,
toda vez que aparece a imagem de alguém flutuando, sempre dependendo da distância entre esses corpos e de suas massas.
vêm as expressões “falta de gravidade”, “ausência de gravi- Enfim, tudo no universo, de algum jeito, está se atraindo ou,
dade” ou “microgravidade”. Como se isso realmente existis- se preferir, caindo, literalmente despencando.
se, como se a 400 km de altura — onde orbitam os ônibus es- Piazzi culpa o atraso das escolas pelo problema. “Na dé-
paciais — a gravidade fosse de algum valor que se pudesse cada de 50, as pessoas liam sobre viagens espaciais em fic-
chamar de micro “micro”. ção científica, mas hoje elas vêem isso na TV e a escola não
Essa pedra no sapato incomoda o físico Pierluigi Piazzi, soube acompanhar essa evolução”, diz. Resultado: as pessoas
que não deixa de avisar os jornais e revistas do erro cometido. acabam tendo uma idéia errada sobre o que seja a força da
Mais uma vez ele reagiu quando topou com a nota “Fotossín- gravidade.
tese”, na pág. 6-6 do caderno Ciência de 6 de dezembro pas- Mesmo sem ônibus espaciais, o que se passa neles já tinha
sado. “A uma altitude de cerca de 400 km a gravidade é mui- explicação desde os tempos de Isaac Newton, no século XVII.
to pequena”, estava escrito. Os astronautas flutuam não porque lá em cima não exista gra-
É difícil mesmo engolir que a gravidade, na altura em que vidade — ou ela seja “micro” —, mas porque a nave está em
o ônibus está, é apenas cerca de 10% menor que na superfície queda livre. Trata-se de um tipo estranho de queda, em que o
do planeta. Afinal, os objetos de fato flutuam dentro da nave. “chão” nunca chega (veja ilustração).
O senso comum ajuda no erro: se as coisas flutuam, é por- Tudo se passa como se a nave fosse um elevador cujo cabo
que a força que as mantém coladas ao chão não está lá. Ób- foi cortado. Ela cai, o ocupante flutua dentro dele, mas isso não
vio e errado. se deve à falta de gravidade, e sim à própria queda. O ocupante
A gravidade não diminuiu ou desapareceu. Ela é a força vai descobrir isso — tragicamente — quando o elevador che-
universal que faz, por exemplo, uma pedra cair, e é também gar ao chão. Eureka, mas tarde demais.
Como o ônibus espacial se sustenta no espaço. A física por trás dos vôos orbitais
1 Um sujeito está
2 Um físico corta o
3 O elevador pode ser lançado de um
cabo do elevador, precipício (só físicos pensam nisso) e
sobre uma balan-
e ele despenca. A ir para frente além de despencar. Para
ça dentro de um
balança deixa de o sujeito preso lá dentro, não dá para
elevador. O ele-
marcar o peso do diferenciar essa situação de uma que-
vador pode es-
sujeito. Ele — e da simples (só para baixo). Mas...
tar parado ou em
movimento cons- tudo o que estiver
tante. Não impor- solto dentro do
ta, a balança vai elevador — come-
marcar o mesmo ça a flutuar. Mas
peso. Mas aí... não é só isso...
1. Comprove, através de cálculos, que a gravidade em que orbitam os ônibus espaciais é apenas cerca de 10%
menor que na superfície da Terra.
2
R
gh = go em que R = 6 400 km é o raio da Terra e h = 400 km é a altitude em que o ônibus orbita.
R + h
2
6 400
gh = go = 0,89 go
6 800
Portanto, a gravidade naquela altura é 89% da gravidade na superfície, ou 11% inferior a ela.
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2. O texto dessa matéria jornalística é, na verdade, uma correção a um erro cometido pela Folha de São Paulo em
Gravitação universal
Dinâmica III
uma reportagem anterior. Entretanto, acaba por cometer novo engano, no seu quarto parágrafo. Identifique-o.
“A gravidade não diminuiu ou desapareceu…”. Na verdade ela diminuiu cerca de 10%, na altitude de que trata a matéria.
c) explique como a nave pode estar caindo sem nunca chegar ao chão.
Ela não chega ao chão devido à sua grande velocidade: por inércia, ela mantém seu movimento para a frente, ao mesmo tempo em que “cai”, atraída para o centro da
Terra.
1. Antigamente, quando se acreditava que a 3. Explique como Newton concluiu que deveria existir uma for-
Terra estivesse em repouso no centro do Universo, os navega- ça atuando sobre os planetas. Qual é a natureza dessa força e
dores orientavam-se pela observação do movimento aparente quem é o agente responsável?
das estrelas no firmamento. Hoje, embora com técnicas e ins- Como os planetas descrevem órbitas em torno do Sol, Newton concluiu que deve-
trumentos modernos, os navegantes continuam se orientando
pelas estrelas e admitindo que a Terra esteja em repouso no ria haver uma força centrípeta agindo sobre eles. Essa força é de natureza gravita-
centro do Universo. Como você justifica esse procedimento?
Não é um erro supor que a Terra esteja em repouso no centro cional e exercida pelo Sol.
do Universo?
É uma questão de referencial. Para nós, que estamos na Terra, não é um erro supor
que ela está imóvel no centro do Universo, uma vez que este é o ponto de vista de
2. A primeira lei de Kepler afirma que “os planetas giram em existentes na Terra, é muito pequena. Somente quando grandes massas (como o Sol
torno do Sol em órbitas elípticas e o Sol ocupa um dos focos
da elipse”, um estudante concluiu que o verão ocorre quando e os planetas) interagem, a força de atração gravitacional torna-se apreciável.
a Terra está mais próxima do Sol (periélio), e o inverno, quando
ela está mais afastada (afélio).
1 Você concorda com a conclusão do estudante? Justifique
10 Física 1M4 sua resposta lembrando-se dos estudos de geografia.
10/12 As estações do ano são decorrentes da inclinação do eixo da Terra em relação à sua 5. A força de atração do Sol sobre a Terra vale, aproximada-
mente, 4 . 10 22 N. Qual seria a intensidade dessa força se:
órbita. Assim, durante certo período o Hemisfério Norte recebe maior quantidade de
a) a massa da Terra fosse duas vezes menor?
luz (calor) do que o Hemisfério Sul, sendo verão no Norte e inverno no Sul. Portan- A força se reduziria à metade: 2 . 1022 N
to, as estações do ano nada têm a ver com a proximidade ou o afastamento da Ter-
b) a massa do Sol fosse três vezes maior?
ra em relação ao Sol.
A força ficaria três vezes maior: 12 . 1022 N
Gravitação universal
Dinâmica III
massa da Terra. Baseado nos estudos relativos a esse capítulo você concorda
a) Se o raio de Júpiter fosse igual ao raio da Terra, a ace- com esse ditado? Justifique.
leração da gravidade em Júpiter seria quantas vezes Não. Cita-se como exemplo o lançamento de satélites que orbitam a Terra sem
maior do que na Terra?
Seria 300 vezes maior. A aceleração da gravidade de um planeta é diretamen- caírem.
b) O raio de Júpiter é cerca de 10 vezes maior do que o 8. Explique por que um satélite artificial deve ser colocado em
raio da Terra. Se a massa de Júpiter fosse igual à mas- órbita em regiões fora da atmosfera terrestre.
sa da Terra, a aceleração da gravidade em Júpiter se- Porque o ar ofereceria uma resistência que diminuiria a velocidade tangencial do sa-
ria quantas vezes menor do que na Terra?
télite fazendo com que ele fosse puxado pelo campo gravitacional da Terra.
Seria 100 vezes menor. A aceleração da gravidade de um planeta é inversamen-
9. Adotando o Sol como referencial, aponte a al- 13. (UFSC) Durante aproximados 20 anos, o astrônomo dina-
ternativa que condiz com a primeira lei de Kepler da Gravitação marquês Tycho Brahe realizou rigorosas observações dos mo-
Universal (lei das órbitas): vimentos planetários, reunindo dados que serviram de base
a) As órbitas planetárias são curvas quaisquer, desde que para o trabalho desenvolvido, após sua morte, por seu discí-
fechadas. pulo, o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571—1630). Ke-
b) As órbitas planetárias são espiraladas. pler, possuidor de grande habilidade matemática, analisou cui-
c) As órbitas planetárias não podem ser circulares. dadosamente os dados coletados por Tycho Brahe, ao longo
d) As órbitas planetárias são elípticas, com o Sol ocupan- de vários anos, tendo descoberto três leis para o movimento
do o centro da elipse. dos planetas. Apresentamos, a seguir, o enunciado das três
e) As órbitas planetárias são elípticas, com o Sol ocupan- leis de Kepler.
do um dos focos da elipse. Primeira lei de Kepler: cada planeta descreve uma ór-
bita elíptica em torno do Sol, da qual o Sol ocupa um dos
10. Um planeta descreve uma órbita elíptica em torno do Sol. focos.
O ponto A é o ponto da órbita mais próximo do Sol; o ponto B Segunda lei de Kepler: o raio-vetor (segmento de reta ima-
é o ponto mais distante. No ponto A: ginário que liga o Sol ao planeta) “varre” áreas iguais, em inter-
a) a velocidade de rotação do planeta é máxima. valos de tempo iguais.
b) a velocidade de translação do planeta se anula.
Terceira lei de Kepler: os quadrados dos períodos de trans-
c) a velocidade de translação do planeta é máxima.
lação dos planetas em torno do Sol são proporcionais aos cubos
d) a força gravitacional sobre o planeta se anula.
dos raios médios de suas órbitas.
e) a força gravitacional sobre o planeta é máxima.
Assinale a(s) proposição(ões) que apresenta(m)
11. (PUC—RJ) Um certo cometa se desloca ao redor do Sol. Levan- conclusão(ões) correta(s) das leis de Kepler:
do-se em conta as leis de Kepler pode-se com certeza afirmar que: 01) A velocidade média de translação de um planeta em
a) a trajetória do cometa é uma circunferência, cujo cen- torno do Sol é diretamente proporcional ao raio médio
tro o Sol ocupa. de sua órbita.
b) num mesmo intervalo de tempo ∆t, o cometa descreve 02) O período de translação dos planetas em torno do Sol
a maior área entre duas posições e o Sol, quando está não depende da massa dos mesmos.
mais próximo do Sol. 04) Quanto maior o raio médio da órbita de um planeta
c) a razão entre o cubo do seu período e o cubo do raio em torno do Sol, maior será o período de seu movi- 1
médio de sua trajetória é uma constante. mento. Física 1M4 11
d) o cometa por ter uma massa bem maior do que a do 08) A segunda lei de Kepler assegura que o módulo da ve- 11/12
Sol, não é atraído pelo mesmo. locidade de translação de um planeta em torno do Sol
e) o raio vetor que liga o cometa ao Sol varre áreas iguais é constante.
em tempos iguais. 16) A velocidade de translação da Terra em sua órbita au-
menta à medida que ela se aproxima do Sol e diminui
12. As leis de Kepler definem o movimento da Terra em torno à medida que ela se afasta.
do Sol. Na figura, a área hachurada é igual a um quarto da área 32) Os planetas situados à mesma distância do Sol devem
total da elipse. Assim, o tempo gasto pela Terra para percorrer ter a mesma massa.
o trajeto MPN é, aproximadamente, em meses, igual a: 64) A razão entre os quadrados dos períodos de translação
a) 9 M dos planetas em torno do Sol e os cubos dos raios mé-
b) 6 dios de suas órbitas apresenta um valor constante.
c) 4 86 (02+04+16+64)
Sol
d) 3
e) 1 P
N
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14. (Santa Casa—SP) A terceira lei de Kepler afirma que “os 18. Um corpo colocado na superfície terrestre é atraído por esta
Gravitação universal
Dinâmica III
quadrados dos tempos de revolução dos planetas são propor- com uma força F. O mesmo corpo colocado na superfície de
cionais aos cubos de suas distâncias médias ao Sol”. De acor- um planeta de mesma massa da Terra e raio duas vezes maior
do com essa lei, é correto dizer que: será atraído pelo planeta com uma força cujo módulo é:
a) planetas mais afastados do Sol são mais velozes. a) 4F A intensidade da força é inversamente proporcional ao qua-
b) dependendo de suas massas, planetas diferentemen- b) 2F drado da distância.
te afastados podem ter a mesma velocidade. c) F
c) o “ano” de Mercúrio é menor que o da Terra. d) F/2
d) as velocidades dos planetas são inversamente propor- e) F/4
cionais aos quadrados das distâncias ao Sol.
e) todos os planetas do sistema solar têm a mesma velo- 19. (PUC—MG) Dois corpos celestes de massas m1 e m2 estão
cidade angular. separados por uma distância d. O módulo da força de atração
gravitacional entre eles é F. Reduzindo-se a distância para d/3,
15. Assinale a alternativa que está em desacordo com as leis a nova força gravitacional é:
de Kepler da Gravitação Universal: a) F/3 G . m1 . m 2
a) O quociente do cubo do raio médio da órbita pelo qua- b) 9F/4 F=
d2
drado do período de revolução é constante para qual- c) 4F G . m1 . m2 9 G . m1 . m 2
quer planeta de um dado sistema solar. d) 9F F’ = = = 9F
2 d2
d
b) Quadruplicando-se o raio médio da órbita de um sa- e) 3F
télite em torno da Terra, seu período de revolução fica 3
oito vezes maior. 20. (FEP—SP) Considere F o módulo da força de atração gravi-
c) Quanto mais próximo de uma estrela (menor raio mé- tacional entre duas pequenas esferas de massa m, iguais, cujos
dio da órbita) gravita um planeta, menor é o seu pe- centros estão separados por uma distância d. Substituindo-se
ríodo de revolução. uma dessas esferas por outra de massa 2m e reduzindo a se-
d) Satélites diferentes gravitando em torno da Terra, na paração entre os centros das esferas para d/2, resulta uma for-
mesma órbita têm períodos de revolução iguais. ça gravitacional de módulo:
G . m1 . m 2
e) Em virtude da sua maior distância do Sol (maior raio a) F F=
médio da órbita) o ano de Plutão tem duração menor b) 2F d2
que o da Terra. c) 4F G.m.m G . m2
F= =
d 2 d2
d) 8F
16. Duas partículas de massas respectivamente iguais a M e e) 10F Gm . 2m 8 Gm2
F’ = = = 8F
m estão no vácuo, separadas por uma distância d. A respeito (d/2)2 d2
das forças de interação gravitacional entre as partículas, pode- 21. (Fuvest—SP) Considere um satélite artificial em órbita cir-
= 1,6 m/s2
se afirmar que: cular. Duplicando a massa do satélite sem alterar o seu período
a) têm intensidades inversamente proporcionais a d. de revolução, o raio da órbita será:
b) têm intensidades diretamente proporcionais ao produ- a) duplicado. d) reduzido à quarta parte.
to Mm.
G . M
b) quadruplicado. e) o mesmo.
R2
Permanece a mesma.
e) teriam intensidade maior se o meio fosse o ar. 22. (UFPR) De acordo com a lei da Gravitação Universal e as
leis de Kepler, é correto afirmar:
G . M
R
4
c) A órbita de um planeta, em torno do Sol, é uma elipse, 08) A velocidade de translação da Terra em torno do Sol inde-
Teste 24:
e o Sol está situado num dos focos da elipse. pende da posição relativa entre ambos.
d) A força centrípeta, que mantém um planeta em sua ór- 16) Usando os dados de um planeta cuja órbita em torno de
bita, é devida à atração do Sol sobre esse planeta. uma estrela é conhecida, é possível encontrar o período de
e) Os períodos de revolução dos planetas, em torno do um outro planeta que se encontre em uma órbita de raio
Sol, são diferentes uns dos outros. diferente.
1 19 (01+02+16)
12 Física 1M4
12/12
23. (UEL—PR) Se existisse um planeta cuja mas- 24. Considere as seguintes afirmações:
sa fosse o dobro da massa da Terra e cujo raio fosse o dobro I. A massa da Lua é aproximadamente 1/100 da massa
do terrestre, a aceleração da gravidade na superfície do plane- da Terra.
ta seria aproximadamente, em m/s 2, igual a: II. O raio da Lua é aproximadamente 1/4 do raio terrestre.
a) 20 III. A aceleração da gravidade na superfície da Terra é apro-
G . M
b) 10 gT = = 10 m/s2 ximadamente 10 m/s 2.
c) 7,5 R2 Com base nessas informações, responda:
d) 5 G . 2M G . M g a) Se um corpo for abandonado nas proximidades da su-
gP = = = T = 5 m/s2
e) 2,5 ( 2 R ) 2 2 R 2 2 perfície lunar, com que aceleração cairá?
b) O que acontece com a massa de um corpo ao ser le-
vado da Terra para a Lua?
MENU PRINCIPAL
Equilíbrio
Estática
dos
corpos
Estática, a ciência do equilíbrio
rígidos
A estática estuda as forças que agem sobre objetos com o intuito de mantê-los em equilíbrio. Este estudo é fun-
damental para engenheiros, esportistas, dançarinos; até mesmo você quando começou a dar seus primeiros passos
foi descobrindo as leis do equilíbrio.
Orientação ao profes-
sor — O projeto Ala-
vancas do corpo hu-
mano per tence a esta
unidade.
2
Física 1M4 1
1/10
Responda:
Esta caixa parece violar todas as leis da estática. Como você acha
que ela consegue se manter em equilíbrio?
Em razão da maior concentração de massa na região do corpo em contato com a mesa.
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Estática
→
F
MF,O = ±F . d
Da mesma maneira, ao apertar ou soltar uma porca,
(Lê-se momento da força F em relação ao ponto O.)
aplica-se uma força na extremidade da chave que se opõe
O sinal do momento aparece em virtude do sentido da
à porca; quanto maior for a chave, menor será o esforço
rotação que pode ser horário ou anti-horário, essa con-
necessário para girar a porca.
venção deverá ser especificada nos exercícios, caso con-
trário pode-se arbitrar um dos sentidos como positivo.
A unidade de momento é, naturalmente, o produto
de uma unidade de força por uma unidade de distância,
assim no SI a unidade de momento é o N . m.
É importante ressaltar que o braço do momento deve ser
tomado perpendicularmente à linha de ação da força, corres-
pondendo à menor distância desta ao ponto de referência.
→
F
2. Calcule o momento do binário aplicado à barra de
A distância entre as linhas de ação das forças de um 2 m de comprimento conforme o esquema e conside-
binário é o braço do binário (d). rando positivo o sentido horário.
Independente do ponto escolhido como referência o F = 40 N
momento do binário será calculado por: 2m 30°
M = ±F . d 30°
F = 40 N M = –F . d . sen 30 = –40 . 2 . 1/2 = –40 N . m
ΣF =0
Σ MF, O = 0
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2
4 Física 1M4
4/10 Equilíbrio de um ponto material (partícula)
→
Quando todas as forças de um F1 →
F2
duas componentes perpendicula-
sistema estão aplicadas num mesmo res (F x e F y) por meio da trigonome-
ponto, os momentos de todas as for- tria. Assim, conclui-se que o soma-
ças em relação a esse ponto são nu- P tório das forças que agem tanto na
los, pois o braço é nulo. Isso acon- →
F3
direção horizontal como na vertical
tece em partículas de dimensões deve ser nulo:
desprezíveis ou em corpos em que → →
678
F4 Σ Fx = 0
todas as forças concorrem para um →
Para que uma partícula esteja em equilíbrio Σ Fy = 0
mesmo ponto. Para uma partícula basta que a resultante das forças que agem
não faz sentido falar em movimento sobre ela seja nula. A resolução de um sistema for-
de rotação. Para facilitar a resolução de equi- mado por essas duas equações com-
líbrio de partículas costuma-se de- põe a solução de problemas envol-
compor cada uma das forças em vendo equilíbrio de partículas.
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2 0 N
30° B x
A
1 y
P = 40 N
TL T1y
O equilíbrio do sistema pode ser estudado através Σ Fx = 0 ⇒ T2 = T1x
30° T2 x Σ Fy = 0 ⇒ T1y = P
das forças que agem sobre a partícula B. São elas as tra-
T1x T1 . sen 30° = 38
ções T1 e T2, sendo T1 numericamente igual ao peso P e
T1 = 76 N
à força F exercida pela barra. Esta deve ser concorrente P = 38 N
às outras duas no ponto B, para que o equilíbrio seja 3
T2 = 76 .
2
possível, orientada para a direita. T2 = 38 3 N
O esquema abaixo representa o sistema de forças:
T2
30° B F
2. O sistema figurado está em equilíbrio. Determine a
intensidade da tração nas cordas A e B, em N. Despreze
T1 = P as massas das cordas.
30° F y Σ Fx = 0
x
T2x TA TAx = TBx
TAy
TA . cos 60° = TB . cos 30°
TBy TB
P 1 3
x TA . = TB .
2 2
→ TAx TBx
de modo que a condição de equilíbrio Σ F = 0 também TA = TB . 3
Σ Fx = 0 5/10
→
Σ Fy = 0 Σ Fy = 0
3 T
TAy + TBy = 72 TB . 3 . + B = 72
F – T 2x = 0 2 2
TA . sen 60° + TB . sen 30° = 72 2 TB = 72
T2y – P = 0 TB = 36 N
3 1
TA . + TB . = 72
F – T2 . cos 30° = 0 2 2 TA = 36 3 N
T2 . sen 30° – P = 0
Da 1ª equação:
F = T2 . 0,87 (1)
Da 2ª equação:
T2 . 0,5 = 40 ∴ T2 = 80 N
Substituindo em (1):
F = 80 . 0,87 ∴ F = 69,6 N
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Centro de gravidade (C.G.)
→
P
Representa-se o peso de corpos rígidos como uma única força
aplicada no centro de gravidade (C.G.) do corpo.
C.G.
C.G.
Baseando-se nessas considerações conclui-se que
um corpo, apoiado numa superfície, permanece em equi-
líbrio quando a linha de ação de seu peso passa no
interior da superfície de apoio.
→ Peso
R
Ponto de apoio
→ → Ponto de
R F apoio
Ponto de Esforço Esforço
a b apoio
Peso Pé-de-cabra
Esforço
Fulcro
Peso
Alicate
Tesoura
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Alavancas inter-resistentes são aquelas em que o peso se encontra entre o esforço e o fulcro. Esse princípio é
→ →
Ponto de R F
→ apoio
R
→
a R Abridor de garrafa
Ponto de apoio
Alavancas interpotentes são aquelas em que o esforço aplicado se encontra entre o fulcro e a resistência. É o
caso das vassouras, pinças e pegadores de gelo.
→ Ponto de apoio →
a R R →
→ F
F
→
F →
R Ponto de
b
apoio
Esta atividade objetiva constatar a utilidade do uso de alavancas. Você vai precisar de duas canetas ou
lápis, um livro ou caderno.
Utilize uma das canetas como apoio e a outra como alavanca (ver figura). Em qual das duas situações mostra-
das nas figuras (1) e (2) é mais fácil levantar o livro? Justifique sua resposta.
25 cm
20 cm
A B
6. Momento de uma força em relação a um ponto é: 02) O momento da força S em relação ao ponto O é igual
a) o instante em que a força é aplicada. ao momento da força R em relação ao ponto O.
b) o tempo de duração da ação de uma força. 04) O momento da força Q em relação ao ponto O tem mó-
c) o produto da intensidade da força pela distância do dulo igual a 20 N . m.
ponto à linha de ação da força. 08) O momento do peso da barra em relação ao ponto O é
d) o produto da intensidade da força pela distância que igual ao momento da força R em relação ao ponto O.
o corpo percorre sob a ação da força. 16) A barra está em equilíbrio de rotação.
e) o produto da intensidade da força pelo intervalo de 32) O momento resultante em relação ao ponto O é nulo.
tempo durante o qual a força atua. 49 (01+16+32)
→ →
9. Sobre os conceitos de momento e binário, some as alter-
7.
→
A barra, de peso desprezível, está sujeita às forças F , P e nativas corretas:
T , de módulos respectivamente iguais a 50 N, 30 N e 10 N. Os 01) Momento é o efeito de giro ou tendência de giro pro-
pontos A e B são as extremidades das barras. Adote o sentido duzido por uma força sobre um corpo e é diretamente
horário como positivo e some as alternativas corretas: proporcional à intensidade desta força.
→ 02) Qualquer força aplicada a um corpo é capaz de produ-
F
zir um momento sobre ele.
30° 04) Quanto menor o diâmetro do volante de um automóvel,
A B mais fácil será para o motorista manobrá-lo, exigindo
2m 3m 5m menos força para aplicar um momento (binário).
→ → 08) As maçanetas das portas encontram-se na extremidade
P T
→ oposta ao eixo de rotação das mesmas (dobradiças) para
01) O momento de F→ em relação a A é –250 N . m. que seja necessário menos força para rotacioná-la.
02) O momento de F →
em relação a B é 250 N . m. 16) Um sistema constituído por duas forças paralelas, de
04) O momento de T →
em relação a A é –50 N . m. mesma intensidade, com sentidos contrários, caracte-
08) O momento de P em relação a B é –240 N . m. riza-se como binário, desde que as linhas de ação das
16) A barra está em equilíbrio de translação.
→ forças não coincidam.
32) O módulo dos momentos de T em relação a A e a B 32) Diz-se que um corpo extenso rígido está em equilíbrio
são iguais. → em relação a um referencial quando a resultante das
64) O momento
→
de P em relação a A é igual ao momento forças nele aplicadas for nula.
2 de T em relação a B. 25 (01+08+16)
8 Física 1M4 41 (01+08+32) 10. Sobre o estudo do equilíbrio, analise as proposições e some
8/10 MF,A = –50 . sen 30º . 10 = –250 N . m as alternativas corretas.
MT,A = +10 . 5 = 50 N . m 01) Um corpo em equilíbrio está necessariamente em re-
MP,B = –30 . 8 = –240 N . m pouso.
02) Se a resultante das forças que agem sobre um corpo
extenso for igual a zero, então, necessariamente, este
8. (UFSC) A figura mostra as forças de módulos Q = 10 N, corpo está em equilíbrio.
R = 70 N, S = 20 N e T = 40 N que atuam sobre uma barra 04) Para que um corpo extenso esteja em equilíbrio é ne-
homogênea, com peso de módulo 30 N e com 2 m de compri- cessário que seja nula a resultante das forças que agem
mento, que tende a girar em torno do ponto O. Assinale a(s) sobre ele e que seja nula a soma dos momentos de to-
proposição(ões) verdadeira(s). das as forças que atuam neste corpo em relação a um
→
R mesmo ponto.
O 30° →
08) A condição necessária e suficiente para que um pon-
Q
to material esteja em equilíbrio, é que a resultante das
→
60° S forças que agem sobre o mesmo seja igual a zero.
→
T 16) Se a resultante das forças que agem sobre um corpo
extenso for igual a zero, então este corpo está em equi-
01) O momento da força T em relação ao ponto O é igual líbrio de translação.
a zero. 28 (04+08+16)
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11. (Cefet—RJ—Adaptado) Num parque de diversões, há dois x
A B A 30° 60° B
O
C
C
D
50 N
Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) proposição(ões): 01) A tensão no cabo AC é igual a 25 N.
01) O corpo suspenso não terá aceleração. 02) A tensão no cabo BC é igual a 50 N.
02) O corpo suspenso tem aceleração que é igual à ace- 04) A resultante das forças que atuam no ponto C é nula.
leração da gravidade. 08) No ponto B atua uma força de, aproximadamente,
04) As cordas A e B suportam tensões idênticas. 43,5 N e que forma um ângulo de 30° com a vertical.
08) As tensões nas cordas A e B serão maiores que 16) A resultante das forças que atuam nos cabos BC e CD
100 newtons. é uma força horizontal de 25 N.
16) A somatória das forças que atuam no ponto O é nula. 32) A resultante das forças que atuam nos cabos AC e BC
32) As componentes horizontais das tensões nas cordas é uma força vertical de 50 N.
A e B se anulam mutuamente. 64) No ponto A atua uma força de 30 N e que forma um
53 (01+04+16+32)
01) Certa. Σ Fx = 0 ângulo de 30° com a horizontal.
678 678
678
TAx = TBx
02) Errada. 45 (01+04+08+32)
Σ Fy = 0 TAy + TBy = 100 01) Certa. Σ Fx = 0 TA . cos 30° = TB . cos 60°
678 678
678
04) Certa.
08) Errada. TA . cos 45° = TB . cos 45° 02) Errada. Σ Fy = 0 TA . sen 30° + TB . sen 60° = 50
16) Certa. 04) Certa.
TA . sen 45° + TB . sen 45° = 100 08) Certa. TA . 0,87 = TB . 0,50 → TB = 1,74 TA
32) Certa.
TA = TB 16) Errada. TA . 0,50 + TB . 0,87 = 50 y
32) Certa.
2 2 64) Errada. 0,50 TA + 1,74 TA . 0,87 = 50
TA . + TA . = 100 TAy
2 2 TA = 25 N; TB = 43,5 N TA T By
TB
100 2
TA = N ≅ 70 N 60°
2 30°
TAx TBx x
50 N
21. (Unicamp—SP) Milênios de evolução dotaram 22. (Unicamp—SP) O bíceps é um dos músculos envolvidos no
a espécie humana de uma estrutura dentária capaz de mastigar processo de dobrar nossos braços. Esse músculo funciona num
alimentos de forma eficiente. Os dentes da frente (incisivos) têm sistema de alavanca como é mostrado na figura. O simples ato de
como função principal cortar, enquanto os de trás (molares) são equilibrarmos um objeto na palma da mão, estando o braço em po-
especializados em triturar. Cada tipo de dente exerce sua fun- sição vertical e o antebraço em posição horizontal, é o resultado de
ção aplicando distintas pressões sobre os alimentos. Considere um equilíbrio das seguintes forças: o peso P do objeto, a força F
o desenho, que representa esquematicamente a estrutura ma- que o bíceps exerce sobre um dos ossos do antebraço e a força C
xilar. A força máxima exercida pelo músculo masseter em uma que o osso do braço exerce sobre o cotovelo. A distância do coto-
mordida é de 1 800 N. velo até a palma da mão é a = 0,30 m e a distância do cotovelo ao
12 cm ponto em que o bíceps está ligado a um dos ossos do antebraço é
de d = 0,04 m. O objeto que a pessoa está segurando tem massa
9 cm
M = 2,0 kg. Despreze o peso do antebraço e da mão.
2 2 cm
10 Física 1M4
F
10/10 Bíceps Ossos do
antebraço
Músculo
masseter M d
Osso a
Molares do
Incisivos braço
C P
Cotovelo
d
a
Determine as forças máximas exercidas pelos dentes inci- a) Determine a força F que o bíceps deve exercer no an-
sivos ao cortar os alimentos e pelos molares ao triturar os ali- tebraço.
mentos. Σ MC = 0 20 . 0,30 – F . 0,04 = 0 F = 150 N
Molares: 1 800 . 2 = F . 9 Fmáx = 400 N
Incisivos: 1 800 . 2 = F . 12 Fmáx = 300 N b) Determine a força C que o osso do braço exerce nos
ossos do antebraço.
Σ MF = 0 20 . 0,26 – C . 0,04 = 0 C = 130 N
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Você já viu em fotografias ou em filmes a figura do faquir deitado numa cama de
Hidrostática
pregos? Se sim e achou assombroso, e se conhece algum faquir, peça para ele dei-
Equilíbriodos tar numa cama de um só prego e verá o que é realmente assombroso. Percebeu a jo-
gada do faquir?
Considere um adulto que se deite na cama. O peso de um adulto é algo ao re-
dor dos 700 N. Se ele se apoiar em pelo menos 2 000 pregos, cada prego suportará
700 N / 2 000 = 0,35 N por prego. Com essa pressão, o corpo humano não sentirá qual-
quer desconforto, nem mesmo se a pressão dobrar ou triplicar. Os pregos não perfu-
rarão a roupa ou a pele. O experimento só apresentará desconforto (e isso não vale a
pena experimentar) quando o peso em qualquer prego se aproximar dos 2 N.
Para entender a física da cama de pregos, deve-se compreender o conceito de
pressão.
Responda: Um elefante está deitado no chão, e uma bailarina equilibra-se na ponta
dos pés. Qual deles exerce maior pressão no solo?
Provavelmente a bailarina, pois todo o seu peso está concentrado numa pequena área, já o elefante distribui o peso por gran-
de área.
fluidos
3
Física 1M4 1
1/18
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Conceito de pressão
F
p=
A
p — pressão
F — módulo da força →
F
A — área de contato Quanto mais afiada a lâmina da Travas em chuteiras de futebol
A unidade de pressão será, na- faca, maior a pressão exercida. elevam a pressão e permitem afundar
turalmente, a razão entre uma uni- no solo, evitando o deslizamento.
1 N/m2 = 1 Pa
Se a pressão é uma grandeza escalar, não vem re-
presentada por vetores. 1. Determine, em N/m 2 , a pressão média
Para exemplificar, imagine um bloco de 200 N de peso exercida por um prédio de 500 t e base de
apoiado sobre uma superfície com área de contato de 200 m 2 nos seus pontos de contato com o solo. Adote
4 m2. Qual seria o valor da pressão exercida pelo bloco? g = 10 m/s 2
p = F/A = 5 000 000/200 = 25 000 N/m2 (Pa)
200 N
4 m2
O bloco exerce
pressão contra o solo.
A pressão que o bloco exerce contra o solo de- 2. Um tijolo tem dimensões 5 x 10 x 20 cm e massa
pende: 200 g. Determine as pressões, expressas em N/m2, que
a) do seu peso (intensidade da força); ele pode exercer quando apoiado sobre uma superfície
3 b) da área de apoio. horizontal. Adote g = 10 m/s 2
2 Física 1M4
p = m . g = 0,2 . 10 = 2 N
2/18 p=
F
=
200 N A1 = 5 . 10 = 50 cm2 = 50 . 10–4 m2
A 4 m2 A2 = 5 . 20 = 100 cm2 = 100 . 10–4 m2
A3 = 10 . 20 = 200 cm2 = 200 . 10–4 m2
p = 50 N/m2 F 2
p= ⇒ p1 = = 400 N/m2
A 5 . 10 −3
Isso significa dizer: cada metro quadrado recebe uma
2
força de 50 N. Pressão, portanto, é a taxa de distribuição p2 = = 200 N/m2
10 . 10 −3
de uma força sobre certa área. 2
p3 = = 100 N/m2
Calcule a intensidade da pressão quando apoiamos 2 . 10 −2
o mesmo bloco, porém com outra face de 2 m 2 de área
em contato com a superfície.
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Densidade absoluta (massa específica)
3
Física 1M4 3
3/18
1. Um bloco de madeira, cujo volume é de b) Uma tora dessa madeira tem 3 m 3 de volume.
500 cm3,tem massa igual a 200 g. Qual é a sua massa?
a) Qual é a densidade dessa madeira em g/cm3 e d = m/V 400 = m/3 m = 1 200 kg
Pressão atmosférica
O ar, assim como toda substância próxima à Terra, é atraído por ela, ou seja, o ar tem peso. Conseqüentemente,
a camada atmosférica que envolve a Graças à pressão
Terra exerce pressão sobre os corpos atmosférica, con-
nela imersos. Essa pressão é deno- seguimos tomar lí-
quido com canudi-
minada pressão atmosférica. nho. Ao sugarmos o
Apesar de a pressão atmosférica ar que existe no ca-
nudo, fazemos com
ser razoavelmente intensa, não senti- que a pressão em
mos seu efeito sobre nosso corpo por seu interior diminua.
Assim a pressão at-
haver equilíbrio entre ela e a pressão mosférica que atua
pa
de nossos fluidos internos. Existem na superfície do lí-
muitas formas de mostrar os efeitos quido o empurra, fa-
zendo com que ele
da pressão atmosférica, porém, para A pressão atmosférica segura um car- suba.
percebê-la, deve-se criar uma região tão colocado sobre um copo com água. Na Lua seria
Ponha o cartão sobre um copo cheio de impossível tomar
em que a pressão seja menor. refresco com
água, deixe-o molhar e inverta o copo
Após a constatação de sua exis- rapidamente. Em princípio, a água não canudinho em
virtude da ausência
tência, os cientistas desenvolveram deve derramar imediatamente, pois a
de atmosfera.
pressão atmosférica segura o cartão.
métodos para medir a intensidade
da pressão atmosférica.
EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI
A idéia de Torricelli foi comparar a pressão atmosférica com a exercida por uma coluna de líquido. Para isso,
ele pegou um tubo com cerca de 1 m de comprimento e encheu-o completamente de mercúrio. Tampando a extre-
midade livre e invertendo o tubo, mergulhou esta parte num recipiente contendo também mercúrio. Ao destampar
o tubo, ele verificou que a coluna descia até estacionar a uma altura de aproximadamente 76 cm acima do nível do
mercúrio. Assim a pressão exercida pela coluna de mercúrio foi equi-
librada pela pressão exercida pelo ar (pressão atmosférica).
Torricelli concluiu que a pressão atmosfé-
rica equivale à pressão exercida por uma co-
luna de 76 cm de mercúrio (cmHg).
pa = 76 cmHg
3 A escolha do mercúrio se deu pela alta
4 Física 1M4
densidade desse líquido, gerando menor co-
4/18
10,3 m
no alto de uma montanha, por exemplo, a camada de atmosfera que nos pressio-
na torna-se menor.
Coluna
de ar
copo. Aspire novamente com os canudos. Você também
Coluna de ar
bebe facilmente. Agora com os dois canudos na boca,
Cidade B
tente aspirar o líquido com um canudo no copo e outro
fora do copo. O que aconteceu? Por que não consegue
beber a água?
Aspirando o ar, não ocorre a diferença de pressão, assim o líquido não sobe.
Cidade A
Mar
VASOS COMUNICANTES
h Uma das conseqüências do teorema de Stevin são
os vasos comunicantes. Colocando-se um líquido em re-
cipientes de formas e capacidades diferentes, cujas ba-
ses são ligadas entre si, observa-se: quando o equilíbrio
p1 p2 p3 é estabelecido, a altura do líquido é a mesma em todos
eles. Para nivelar dois pontos em uma obra, os pedreiros
costumam usar mangueira transparente, cheia de água
em forma de U.
1. Calcule a pressão exercida sobre a
base de uma lata de óleo de cozinha de
20 cm de altura, sabendo que a densidade do óleo é
dóleo = 0,8 g/cm3
p = d . g . h = 800 . 10 . 0,2 = 1 600 N/m2
h1 h2
Azeite
20 cm
18 cm
Água
d1 d2
2. Os vasos comunicantes indicados na figura contêm
os líquidos A e B em equilíbrio. Dados d A = 0,8 g/cm3 e
h1 h2
dB = 1,4 g/cm3, calcule x.
A B
6 cm
B
pA = pB
x
pa + d1 . g . h1 = pa + d2 . g . h2
A
Como a pressão atmosférica e a gravidade agem
igualmente nos dois vasos, escreve-se:
Princípio de Pascal
O físico francês Blaise Pascal estava interessado em determinar o que ocorria com os pontos no interior de um
3 líquido, se este sofresse acréscimo de pressão ∆p.
8 Física 1M4
Após seus estudos, foi possível construir mecanismos como a direção hidráulica e os eleva-
8/18 dores de automóveis.
→
F
pB – pA = d . g . h
Suponha que uma força externa agindo sobre um êmbolo faça a pressão no ponto A variar
B
de um valor ∆p. O que ocorrerá com a pressão no ponto B?
Pascal demonstrou que, como o desnível entre os dois pontos não se altera, a diferença en-
tre as pressões nos pontos A e B também não se altera. Logo o ponto B também sofre acréscimo
de pressão ∆p.
A variação da pressão num ponto de um líquido incompressível em equilíbrio é transmitida integralmente a to-
dos os pontos do líquido.
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PRENSA HIDRÁULICA
A Horizontal B
O peso do corpo A é m . g = 4 . g
F1/A1 = F2/A2 4 . g/80 = mB . g/20 mB = 1,0 kg
3
Física 1M4 9
9/18
F1
F3 F4
F2
P
3. Um tronco de árvore de 0,8 m 3 flutua na água, com
metade de seu volume submerso. Calcule o empuxo da
Corpo tão denso quanto o líquido
água sobre o tronco.
O corpo tem densidade igual à do líquido; seu peso
E = dl . Vs . g E = 1 000 . 0,4 . 10 E = 4 000 N
é igual ao empuxo.
Nesse caso, a resultante é nula e o corpo fica em
equilíbrio no interior do líquido.
E
CORPOS TOTALMENTE IMERSOS
Quando um corpo está totalmente imerso em um lí-
P
quido, ele fica sujeito à ação de duas forças: seu peso
(P) e o empuxo (E).
Resumindo:
O peso do corpo pode ser determinado por
d > dl ⇒ P > E ⇒ O corpo afunda.
P=m.g=d.V.g
d < dl ⇒ P < E ⇒ O corpo sobe.
d — densidade do corpo
d = dl ⇒ P = E ⇒ O corpo fica em equilíbrio.
V — volume
Sabe-se que o empuxo é igual ao peso do volume
deslocado.
E = dl . Vs . g Uma esfera de massa 4 kg e volume 0,02 m3
é presa, por meio de um fio, ao fundo de um
Para a condição analisada, o volume de líquido
recipiente contendo água. Determine a tração no fio.
deslocado (V s ) coincide com o volume do corpo (V),
uma vez que este está totalmente imerso. Logo o peso
e o empuxo se diferenciam numericamente apenas pe-
las densidades do corpo (d) e do líquido (d l ). Assim,
para prever se um corpo totalmente imerso em um lí-
quido afundará, emergirá ou flutuará, basta comparar
a densidade do corpo com a densidade do líquido.
O corpo é mantido em equilíbrio sob a ação de três
Corpo mais denso que o líquido forças: peso (P), empuxo (E) e tração (T)
O corpo tem densidade maior que a do líquido; seu
peso é maior que o empuxo. Neste caso, o corpo fica
E
sujeito a uma resultante para baixo, fazendo com que o
corpo afunde. A diferença entre o peso e o empuxo é o 3
peso aparente do corpo. P T
Física 1M4 11
11/18
No equilíbrio
E P+T=E
T=E–P
PAp = P – E o empuxo é E = dl . Vs . g = 1,0 . 103 . 0,02 . 10 = 200 N
P
O peso é P = m . g = 4 . 10 = 40 N
Assim, T = E – P = 200 – 40 T = 160 N
Corpo menos denso que o líquido
O corpo tem densidade menor que a do líquido; seu
peso é menor que o empuxo.
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4. Um corpo pesa, no ar, 200 N. O mesmo corpo, total-
1. Uma abelha consegue cravar seu ferrão no bra- 4. É recomendável aos mergulhadores que, ao efetuarem a
ço de uma pessoa, embora a força aplicada pelo ferrão seja mui- subida, não o façam de uma só vez. Explique por quê.
to pequena. Por que ela consegue perfurar a pele do braço? Quando eles sobem, ocorre uma diferença de pressão que deve ser gradativamente
Porque, apesar de a força aplicada ser pequena, ela exerce grande pressão em virtu-
assimilada pelo organismo.
de da pequena área de contato.
o líquido desça. O correto seria fazermos dois furos, um para o líquido sair e outro
10. Com relação ao conceito de pressão, calcule 13. (Centec—SP) Determine o número de latas de 500 ml
a soma das afirmativas corretas. que podem ser preenchidas com 15,45 kg de água salgada.
01) Forças de mesma intensidade exercem sempre a mes- (Dado: dágua salgada = 1,03 g/cm3)
ma pressão.
d = m/V V = m/d = 15 450/1,03 = 15 000 cm3 = 15 000 ml
02) Pressão pode ser definida como uma força que causa
deformações nos corpos. 15 000/500 = 30 latas
04) Uma força de maior intensidade sempre exerce pres-
são menor que uma força de menor intensidade.
08) É possível alterar a pressão sem alterar a intensidade
da força aplicada.
16) Somente corpos sólidos são capazes de exercer pres-
são sobre uma superfície. 14. (Uesba—BA) Misturam-se 2,0 litros de álcool, cuja densi-
08 dade é de 0,82 kg/litro com 1,0 litro de água, de densidade
11. (UEL—PR) Qual é, em gramas, a massa de um volume de 1,0 kg/litro. A densidade da mistura é, em kg/litro, de:
50 cm3 de um líquido cuja densidade é igual a 2,0 g/cm 3? a) 2,64 d = m/V
a) 25 b) 1,82 mA = dA . VA = 0,82 . (2) = 1,64 kg
d = m/V m = d .V = 2 . (50) = 100 g
b) 50 c) 1,0 mB = dB . VB = 1 . (1) = 1 kg
c) 75 d) 0,91 d = (mA + mB)/(VA + VB)
d) 100 e) 0,88 d = (1,64 + 1)/(2 + 1)
e) 125
d = 0,88 kg/litro
3
14 Física 1M4
14/18 12. O volume que ocupa 400 g de mercúrio, sabendo que sua 15. (UEM—PR) Um cubo homogêneo de alumínio, de 2 m de
massa específica é igual a 13,6 g/cm3, é, aproximadamente: aresta, está apoiado sobre uma superfície horizontal. Qual a
a) 5,44 cm3 pressão, em N/m 2, exercida pelo bloco sobre a superfície?
d = m/V V = m/d = 400/13,6 = 29,41 cm3
b) 29,41 cm3 Dados: dA1 = 2,7 x 10 3 kg/m3 e g = 10 m/s 2
3
c) 0,03 cm a) 2,7 . 104
d) 0,34 cm3 b) 2,7 . 1010 V = 23 = 8 m3
e) n.d.a. c) 1,35 . 10 4 d = m/V
d) 1,35 . 1010 m = d . V = 2,7 . 103 . 8 = 21,3 . 103 kg
e) 5,4 . 10 4 O peso do bloco é P = m . g = 21,3 . 104 N
p = F/A = 21,3 . 104/4 = 5,4 . 104 N/m2
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16. Quando você toma guaraná num copo utilizando um canu- 20. (PUC—PR) A caixa-d’água de uma residência tem a forma
76 cm
D E
A B
31. Um bloco de ferro maciço flutua em mercúrio, parcialmen- 35. (Faap—SP) Calcule o empuxo quando se mergulha to-
te imerso, porque: talmente em óleo um corpo maciço de ferro com massa
a) o volume de mercúrio deslocado é maior que o volu- m = 1,6 kg (Dados: g = 10 m/s 2, dóleo = 7,5 . 10 2 kg/m3 e
me do bloco de ferro. dferro = 8,0 . 10 3 kg/m3)
b) o peso total do mercúrio é maior que o peso do bloco
d = m/V 8 000 = 1,6/V V = 2 . 10–4 m3
de ferro.
c) o ferro está numa temperatura mais alta. E = dl . Vs . g E = 7 500 . 2 . 10–4 . 10 E = 15 N
d) o mercúrio tem densidade menor que o ferro.
e) o mercúrio tem densidade maior que o ferro.
B
a) PB = PA/2 e FA = FB B
b) PB = PA e FB = FA/2
c) PB = PA/2 e FB = FA/2
a) µA/µB = 3/2
d) PB = PA e FA = FB
b) µA/µB = 2/3
e) PB = PA/2 e FB = 2FA
c) µA/µB = 1
d) µA/µB = 1/2
e) µA/µB = 1/3
F1G1 = PA + PB = E F1G2 = PA = E
mA . g + mB . g = µl(v + v) . g
µAv + µBv = µl2v mA . g = µl v g
2
µ
µ
µA + µB = 2 . µl → Substituindo µA = l µA= l
2 2
µl
+ µB= 2µl
2
3 µ 1
µB = µl → A =
2 µB 3
Anotações
3
18 Física 1M4
18/18
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Física
Dinâmica III — Gravitação universal
9. e 14. c 19. d 23. d
10. c 15. e 20. d 24. a) 1,6 m/s2
11. e 16. b 21. e b) Permanece a mesma.
12. d 17. a 22. 19 (01+02+16)
13. 86 (02+04+16+64) 18. e