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Dinâmica III
universal
Gravitação

Viagem turística ao espaço poderá


custar US$ 15 mil em 10 anos
Os turistas podem começar a invadir o espaço em dez anos, disseram assessores do
programa espacial da Força Aérea norte-americana, segundo a revista New Scientist.
De acordo com Jay Penn, da Corporação do Aeroespaço em El Segundo, Califórnia,
esse tipo de viagem pode custar pouco mais que um carro zero quilômetro em dez anos.
“Não há nenhuma razão tecnológica para não chegar ao turismo espacial”, disse ele.
“Achamos que podemos fazer o preço chegar a cerca de US$ 15 mil por passageiro.”
Para averiguar a demanda do público, Penn usou uma pesquisa de 1995 que pergun-
tou quanto as pessoas estariam dispostas a pagar por uma viagem ao espaço, e, junto
com o colega Charles Lindley, chegou à conclusão de que o preço de US$ 15 mil atrairia
cerca de 1 milhão de pessoas por ano. Para conseguir atingir esse preço, a viagem teria
de ser feita em dois estágios.
No primeiro estágio, um pequeno foguete com asas levaria um segundo, menor mas
também com asas, até o limite do espaço. O segundo foguete então acionaria seus mo-
tores para chegar até uma estação que estaria em órbita. Ali os passageiros desembarca-
riam e a nave pegaria turistas que estivessem voltando. Os dois foguetes seriam reutilizá-
veis, e, conforme Penn e Lindley, o sistema permitiria que o número de vôos chegasse a
9,5 mil por ano. Hoje, há cerca de dez lançamentos de foguete ao ano. As viagens come-
çariam a dar lucro seis anos depois de seu início.
Por enquanto, viagens para o espaço estão fora do alcance da maioria da população,
exceto de alguns multimilionários. O primeiro turista espacial da história, o executivo nor-
te-americano Dennis Tito, pagou US$ 20 milhões por um lugar num foguete russo. 1
Física 1M4 1
A conquista do espaço sempre foi um dos maiores sonhos da humanidade. A tecnologia que 1/12
dispomos hoje é fruto de estudos desenvolvidos por grandes físicos ao longo da história.
Folha Online. 30 nov. 2002.

O ser humano, no espaço, tem que se adaptar a um ambiente totalmente diferente. Cite al-
gumas das dificuldades enfrentadas pelos astronautas e como eles podem ser treinados.
Orientação ao professor — Peça ao professor de biologia para participar desta discussão.

Sugestão de resposta — A falta de gravidade é um problema, como nossos corpos não estão trabalhando contra a gravidade, ossos e

músculos podem enfraquecer e é por isso que os astronautas precisam se exercitar diariamente. Até agora, os efeitos da falta de gra-

vidade no corpo humano têm sido revertidos assim que os astronautas voltam à Terra, mas os cientistas continuam monitorando as

conseqüências, à medida que os astronautas ficam mais e mais tempo no espaço.


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Breve histórico da astronomia

Gravitação universal
Dinâmica III
O brilho e o movimento dos corpos celestes desper- De todas essas tentativas a que obteve maior êxito foi
taram a curiosidade dos homens desde o início das ci- proposta por Ptolomeu (100 d.C.—165 d.C.). Em seu sis-
vilizações fazendo que surgisse, provavelmente, a mais tema a Terra estava imóvel no centro do Universo e os
antiga das ciências, a astronomia. planetas giravam em círculos cujos centros giravam em
Explicações para os fenômenos celestes variaram torno da Terra.
de acordo com a época e a cultura. Antigos escritos chi- Esta teoria foi bem-aceita durante 13 séculos porque,
neses falam de fenômenos astronômicos como eclipses além de se adaptar à filosofia religiosa da Idade Média, ou
e cometas. Os navegadores orientavam-se pelo movi- seja, o homem no centro do Universo, ela se adequava
mento da Lua e das estrelas. Para os gregos, os astros às observações da época.
em movimento no céu eram os deuses governando os
rumos da humanidade. REVOLUÇÃO DE COPÉRNICO
À medida que os estudos foram se intensificando e as O astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473—1543)
técnicas de observação se aprimorando, surgiram novas apresentou um sistema mais simples que o de Ptolomeu
teorias para explicar a dinâmica dos corpos celestes. para explicar o movimento dos planetas. Seu modelo res-
gatou a teoria proposta por Aristarco de Samos em que
VISÃO DOS GREGOS o Sol estaria em repouso e os planetas, inclusive a Terra,
As primeiras tentativas para explicar o movimento dos girariam em torno dele segundo órbitas circulares (teo-
corpos celestes são atribuídas aos gregos no século IV a.C. ria heliocêntrica).
Por meio de observações e razões filosóficas, os gregos
acreditavam num sistema em que a Terra ocupava, imó-
vel, o centro do Universo, e todos os corpos celestes gi- Esfera das
ravam em torno dela em órbitas circulares. Esse sistema estrelas
fixas
ficou conhecido como geocêntrico (geo = Terra), (cên-
trico = centro), ou seja, a Terra no centro.
Por volta de 300 a.C., o astrônomo grego Aristarco de
Samos propôs um sistema em que o Sol ocupava o cen-
Marte
tro do Universo (heliocêntrico), porém ele não teve muito Saturno
Vênus
crédito porque os gregos, naquela época, acreditavam na Mercúrio
Júpiter
idéia de que o homem ocupava o centro do Universo. Lua Terra

Sol
SISTEMA DE PTOLOMEU
Astrônomos tentavam aprimorar o sistema geocêntrico
para que ele pudesse se adequar às suas observações.

Sistema heliocêntrico de Copérnico


O livro no qual Copérnico apresentava sua teoria,
De revolutionibus orbium caelestium (sobre as revolu-
ções das esferas celestes) causou grande polêmica e
foi colocado na lista dos proibidos pela Igreja. A publi-
1 Terra
2 Física 1M4 cação desse livro se deu, prudentemente, no ano da
2/12 Lua
morte de Copérnico.
Júpiter
Vênus
O físico italiano Galileu Galilei (1564—1642), grande
defensor das idéias copernicanas, foi o responsável
Mercúrio
pelo aprimoramento dos instrumentos ópticos e cons-
tatou, em suas observações, que o planeta Júpiter pos-
Marte
Saturno suía satélites girando ao seu redor. Ora, se havia corpos
Sol celestes que giravam em torno de um planeta (Júpiter),
a Terra não poderia ser o centro do Universo.

Diagrama simplificado do sistema geocêntrico de Ptolomeu


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Leis de Kepler

Gravitação universal
Dinâmica III
Alguns anos após a morte de Copérnico, o astrônomo SEGUNDA LEI DE KEPLER
dinamarquês, Tycho Brahe (1546—1601), começou a de- Observando as velocidades dos planetas em sua ór-
senvolver importante trabalho para obter medidas mais bita, Kepler percebeu que eles se moviam mais rapida-
precisas das posições dos corpos celestes. Os dados mente quando se aproximavam do Sol e mais lentamente
colhidos por Tycho Brahe, cuidadosamente tabelados, quando se afastavam dele.
constituíram a base do trabalho que foi desenvolvido, A figura a seguir mostra quatro posições da órbita
após sua morte, por seu discípulo, o astrônomo alemão descrita por um planeta em torno do Sol. Kepler obser-
Johannes Kepler (1571—1630). Kepler, grande matemá- vou que o planeta se move com maior velocidade de A
tico, sintetizou esses estudos enunciando as três leis do para B do que de C para D.
movimento dos corpos celestes que ficaram posterior-
mente conhecidas como leis de Kepler. Planeta

A
PRIMEIRA LEI DE KEPLER D
Também denominada lei das órbitas, descreve a forma
da órbita dos planetas em torno do Sol. A2
A1
Cada planeta descreve uma órbita elíptica em torno
do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.
Sol C

Planeta B

Enquanto o planeta se desloca de A para B, a


reta que une o planeta ao Sol “varre” a área A 1 e no
trecho entre C e D “varre” a área A 2 . Kepler verificou
que se o tempo gasto pelo planeta para percorrer es-
Sol ses dois trechos for o mesmo, as áreas A 1 e A 2 se-
rão iguais.
O segmento imaginário que une um planeta ao Sol
descreve áreas iguais em tempos iguais.
A velocidade de translação de um planeta é máxima
quando ele se encontra mais próximo do Sol, esse ponto
Construa uma elipse.
é o periélio (peri = perto, hélio = Sol). A menor veloci-
Elipse é uma curva matemática originada
dade que o planeta atinge é quando ele está mais afas-
por uma seção oblíqua de um cone. Para traçá-la você
tado do Sol, afélio.
vai precisar de um barbante e duas pequenas tachinhas
Para a Terra, as velocidades no periélio e no afélio são
como mostra a figura.
respectivamente iguais a 30,2 km/s e 29,3 km/s.

TERCEIRA LEI DE KEPLER


Continuando os estudos das tabelas de Tycho
Brahe, Kepler tentou estabelecer uma relação entre 1
P o período de um planeta (tempo gasto para efetuar Física 1M4 3
uma volta completa em torno do Sol) e o raio de sua 3/12
órbita (distância média do planeta ao Sol). Após tra-
balho intensivo, que durou cerca de 10 anos, Kepler
descobriu uma relação que ficou conhecida como sua
F1 F2
terceira lei.
A tabela mostra como Kepler deduziu essa rela-
ção. Na segunda coluna temos os períodos dos pla-
netas em anos terrestres. Na terceira o raio da órbita
Prenda as extremidades do barbante nas tachinhas e dos planetas, consideradas circulares, em unidades
mantendo o barbante esticado trace a elipse. Os pontos astronômicas (u.a.). Na quarta coluna está a razão
fixos são focos da elipse e a trajetória descrita pelo lápis é entre o quadrado do período de um planeta e o cubo
semelhante à de um planeta em órbita em torno do Sol. do raio da órbita do mesmo. Observe que essa razão
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é praticamente constante se desconsiderarmos as peque-

Gravitação universal
Dinâmica III
nas diferenças que podem ser erros experimentais.
1. A figura deste exercício apresenta a traje-
Período de Raio da
T2/r2 tória do planeta Mercúrio em torno do Sol. Sa-
Planeta Revolução (T) órbita (r)
(ano)2/(u.a.)2 bendo que a velocidade desse planeta é máxima quando ele
(em anos) (em u.a.)*
passa por E, qual dos pontos B, C ou D melhor representa
Mercúrio 0,241 0,387 1,002
a posição ocupada pelo Sol? Justifique sua resposta.
Vênus 0,615 0,723 1,000
Mercúrio
Terra 1,000 1,000 1,000
Marte 1,8881 1,524 0,999
Júpiter 11,86 5,204 0,997
Saturno 29,6 9,58 0,996
A B C D E
Urano 83,7 19,14 1,000
Netuno 165,4 30,2 0,993
Plutão 248 39,4 1,004
(*) 1 u.a. = 1 unidade astronômica = raio da órbita da Terra
A posição D, pois pela primeira lei de Kepler sabe-se que o Sol ocupa um dos focos
Os quadrados dos períodos dos planetas são pro-
da elipse e, se a velocidade do planeta é máxima em E, significa que ele está mais
porcionais aos cubos dos raios de suas órbitas.
próximo do Sol (periélio).
T2 T 2 T2
= K , ou ainda A = B
d3 d A3 dB3
Por meio das suas três leis, Kepler foi capaz de
2. O raio médio da órbita de Saturno em torno do Sol
descrever o movimento dos corpos celestes, porém
é cerca de nove vezes maior que o raio médio da órbita
sem relacioná-los com suas causas. Em outras pala-
da Terra. Determine, em anos terrestres, o período de re-
vras Kepler estudou a Cinemática do movimento pla-
volução de Saturno.
netário.
Raio da órbita da Terra = 1 u.a. Período da Terra = 1 ano
Raio da órbita de Saturno = 9 u.a. Período da Terra = TS
Pela terceira lei de Kepler, tem-se:
TS2
= 1 TS2 = 93 TS = 27 anos terrestres
dS3

Lei da gravitação universal


Baseando-se nas leis de Kepler, Isaac Newton concluiu que, como os planetas descrevem órbitas em torno
do Sol, eles devem estar sujeitos a uma força centrípeta, caso contrário suas trajetórias não seriam curvas. Essa
força seria originada pela atração gravitacional exercida pelo Sol sobre o planeta.
Utilizando as tabelas de Kepler e Tycho Brahe, e suas próprias leis do movimento, Newton chegou a uma expres-
são matemática que calcula a intensidade da força de atração
entre um planeta e o Sol. Concluiu que essa força (F) é direta- Planeta
1 mente proporcional à massa do planeta, diretamente propor-
4 Física 1M4
4/12 cional à massa do Sol e inversamente proporcional ao qua-
drado da distância entre o Sol e o planeta.
m .M
F=G F
d2
m — massa do planeta Sol
M — massa do Sol
d — distância do planeta ao Sol
G — constante de proporcionalidade, denominada cons-
tante de gravitação universal
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ATRAÇÃO GRAVITACIONAL

Gravitação universal
Dinâmica III
Buscando a origem da força que mantém os
planetas em órbita, conta-se que Newton, ao ob-
servar a queda de uma maçã, teve uma conclusão
brilhante.
Ele sabia que o Sol exercia força sobre os pla-
netas que os mantinha em órbita. Analisando o mo-
vimento da Lua em torno da Terra ele percebeu que
a Terra também exercia força sobre a Lua, caso con-
trário sua trajetória não seria curva. Ao observar a
queda da maçã ele percebeu que a Terra exerce força
sobre os corpos, fazendo com que eles adquiram
aceleração ao caírem (força peso). Reunindo essas
idéias de que o Sol atrai os planetas, a Terra atrai
a Lua e a maçã, Newton concluiu que essas forças
de atração deveriam ter a mesma natureza e deve-
riam se manifestar em quaisquer corpos materiais,
isto é, esta atração é um fenômeno universal. Isso
significa que existe força de atração entre quaisquer corpos que possuam massa.
Há força de atração entre você e sua carteira, entre seu lápis e sua borracha da mesma maneira que há atração
entre os corpos celestes. Esta generalização, conhecida como a lei da gravitação universal, assim foi enunciada:
Dois corpos atraem-se mutuamente com força proporcional ao produto
de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância en-
tre eles.
m1 . m2
F=G
d2
F — força de atração gravitacional entre dois corpos
m1 e m2 — massas dos corpos
d — distância que separa os centros dos corpos
G — constante de gravitação universal
Observe que as
forças de atração
→ → gravitacional entre
m1 F F m2
dois corpos têm
intensidades iguais
r e são diretamente
opostas, pois
compõem um par
ação-reação.
A força de atração gravitacional entre dois objetos comuns, existentes na Terra, é muito pequena e Newton
não foi capaz de verificar experimentalmente esta atração. Somente quando grandes massas (como o Sol e os
planetas) interagem, a força de atração gravitacional pode tornar-se apreciável.
O valor da constante de gravitação universal só foi determinado cerca de cem anos após Newton ter apresen-
tado seu trabalho. O físico inglês Henry Cavendish foi o responsável pela elaboração de uma experiência em que
utilizou uma balança de torção (ver figura). 1
Física 1M4 5
5/12

M1 M2
m2

m1

Ao aproximar duas grandes esferas de duas outras pequenas esferas situadas nas extremidades da barra ele
mediu cuidadosamente uma torção determinando, assim, o valor numérico da constante G:
G = 6,67 . 10 –11 N . m2/kg2
Este valor é invariável em qualquer local do Universo e seu valor é muito pequeno, por isso não se consegue
perceber a força de atração gravitacional entre corpos aqui na Terra.
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2. Dois corpos de massas iguais a m1 e m2, situados

Gravitação universal
Dinâmica III
a uma distância D um do outro, atraem-se mutuamente
1. O planeta Marte está a uma distância média com força de intensidade F. Qual será a intensidade F’
igual a 2,3 . 108 km do Sol. Sendo 6,4 . 1023 kg da nova força de interação nas seguintes situações?
a massa de Marte e 2,0 . 1030 kg a massa do Sol, determine (Expresse sua resposta em função de F.):
a intensidade da força com que o Sol atrai Marte. (Consi- a) a massa m1 se torna duas vezes maior;
dere a constante G = 6,67 . 10–11 N . m2/kg2.) Como você F’ = 2F (A força é diretamente proporcional à massa.)
avalia a intensidade dessa força?
d = 2,3 . 108 km = 2,3 . 1011 m b) a massa m2 se torna três vezes menor;
m = 6,4 . 1023 k F’ = F/3 (A força é diretamente proporcional à massa.)
M = 2,0 . 1030 kg
Aplicando a lei da gravitação universal:
m1 . m 2 6,4 . 1023 . 2,0 . 1030
c) a distância entre os corpos quadruplica.
F=G F = 6,67 . 10–11 F = 1,61 . 1021 N
d2 (2,3 . 1011)2 F’ = F/16 (A força é inversamente proporcional ao quadrado da distância.)

A força de atração vale aproximadamente 1 610 000 000 000 000 000 000 N.

Aceleração da gravidade
Galileu verificou experimental- seus centros coincidirá com o raio altitude, menor será a aceleração da
mente que os corpos em queda livre da Terra R, assim a força F pode ser gravidade, assim o valor de g no alto
possuem aceleração constante — ace- calculada por: de uma montanha é menor do que em
leração da gravidade (g). Esse valor M.m sua base. Para que essa diferença
F =G
corresponde a 9,8 m/s 2 nas proximi- R2 possa ser percebida deve-se estar a
dades da superfície terrestre, porém Esta força, porém, já foi definida uma grande altitude. Verifique essa
na Lua a aceleração da gravidade é anteriormente como sendo o peso do variação na tabela.
seis vezes menor. corpo que se calcula por:
Variação de g com a altitude
Agora, identificaremos os fatores P=m.g
(na latitude de 45°)
que determinam o valor da aceleração Desta forma, conclui-se que a
força de atração gravitacional exer- Altitude (km) g (m/s2)
produzida pelo campo gravitacional
em qualquer corpo celeste. cida pela Terra sobre o corpo coin- 0 9,81
Imagine um corpo situado na super- cide com seu peso. 20 9,75
fície terrestre como mostra a figura. M.m 40 9,69
F=P G =m.g
m
R2 60 9,63
F=P Pode-se eliminar a massa m por
ser um fator comum na equação. 80 9,57
F
Assim, chega-se a uma expressão 100 9,51
que calcula o valor da aceleração da 200 9,22
gravidade na superfície terrestre:
Para o cálculo do valor da ace-
R M
F g=G leração da gravidade a uma altura
R2
Essa expressão é válida para (h) basta adicionar esse valor ao raio
1 do planeta:
6 Física 1M4 M qualquer corpo no Universo. A ace-
M
6/12 leração da gravidade em qualquer gh = G
( R + h )2
planeta, por exemplo, é diretamente
proporcional à sua massa (M) e inver- P
samente proporcional ao quadrado h
Pode-se calcular a intensidade do seu raio (R).
R
da força que a Terra exerce sobre o
corpo, utilizando a lei da gravitação VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO
universal de Newton e considerando DA GRAVIDADE COM d
que há uma atração entre dois cor- A ALTITUDE
pos: a Terra de massa M, e o corpo Quanto mais nos afastamos do
localizado em sua superfície pos- centro da Terra, menor será o va-
suindo massa m. A distância entre lor de g, logo, quanto maior for a
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VARIAÇÃO DA ACELERAÇÃO para os pólos. A tabela mostra essa

Gravitação universal
Dinâmica III
DA GRAVIDADE COM variação, com valores considerados
A LATITUDE no nível do mar. Calcule a aceleração da
A aceleração da gravidade da Terra gravidade em um planeta
Latitude g (m/s2)
também sofre pequenas variações com cuja massa é o dobro da massa da Terra
0° 9,780 e cujo raio é o triplo do da Terra.
a latitude, em decorrência do achata- GM
30° 9,793 Na Terra: g = = 9,8 m/s2
mento do globo nos pólos (onde o raio
45° 9,806 R2
terrestre é menor) e do seu movimento No planeta:
de rotação, porque a aceleração cen- 60° 9,819 G . 2M 2 GM 2
g= = = . 9,8 ∴
trípeta é maior no Equador. 90° 9,832 ( 3 R )2 9R2 9
Em conseqüência, a aceleração ∴ g = 2,2 m/s2
da gravidade aumenta do Equador

1. Calcule a aceleração da gravidade na su- b) o peso de um corpo de 50 kg que se encontra


perfície de Júpiter, o maior planeta do sistema solar, sa- na superfície desse planeta.
bendo que ele possui massa de 1,9 . 10 27 kg e raio de P = m . g = 50 . 25 = 750 N

71 500 km. (Considere G = 6,7 . 10 –11 N . m2/kg2)


M 1, 9 . 1027
g = G g = 6, 7 . 10 −11 g = 24,9 m/s2
R2 ( 71 500 000 )2
3. Qual é, aproximadamente, o valor do módulo da
aceleração de um satélite em órbita circular em torno
da Terra, a uma altitude igual a três vezes o raio terres-
tre?
a) 25 m/s2
M
b) 10 m/s2 g0 = G T
2 RT 2
2. Imagine um planeta de massa 10 vezes maior que a c) 2,5 m/s
da Terra e cujo raio seja duas vezes maior que o da Terra. d) 0,63 m/s2 gh = G MT
=
1 MT
G = 0,625 m/s2
2 ( R T + 3 R T )2 16 R 2
Sendo a aceleração da gravidade na superfície terrestre e) 0,3 m/s T

igual a 10 m/s2, determine:


a) a aceleração da gravidade na superfície desse
planeta;

Mterra
g terra = G = 10 m/s2
R terra 2
10 . Mterra 10 Mterra
gplaneta = G = G = 25 m/ss2
( 2 . R terra )2 4 R 2
terra

1
Física 1M4 7
7/12

Corpos em órbitas circulares e movimento de satélites


Tal como a Lua, giram hoje ao redor da Terra vários satélites artificiais. Entre eles encontram-se satélites para pre-
visão do tempo, para comunicações telefônicas, para enviar imagens televisionadas, para auxílio à navegação aérea
e marítima, e satélites que funcionam como observatórios astronômicos, muito acima da atmosfera terrestre.
Para colocar um satélite em órbita, inicialmente ele é levado a uma altura h com o auxílio de um foguete. Atingida
a altura necessária, o satélite é lançado horizontalmente com velocidade v. Como sabemos, a Terra exerce constan-
temente uma força de atração gravitacional sobre o satélite. Se essa força se igualar à força centrípeta necessária
para que o satélite efetue uma trajetória circular, o satélite entrará em órbita em torno da Terra.
Uma vez colocado em órbita, o satélite continuará girando indefinidamente em torno da Terra em razão da sua
inércia.
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CÁLCULO DA VELOCIDADE DE

Gravitação universal
Dinâmica III
m

v
LANÇAMENTO DE UM SATÉLITE Satélite
Em sua obra mais consagrada, Principia, Newton ex- →
F h
plica como é possível colocar um satélite em órbita em
torno da Terra. Ele propõe a seguinte situação: um corpo
é lançado do alto de uma torre com velocidades horizon- R
tais crescentes. É fácil perceber que à medida que a velo-
cidade de lançamento aumenta, o alcance atingido pelo r
corpo também aumenta. M
V

r=R+h
A força F que a Terra exerce sobre o satélite é dada por
F = GM . m
B r2
C Sabe-se que essa é a força centrípeta responsável
pela constante mudança na direção do movimento do
satélite, portanto escreve-se
Assim, Newton demonstrou que para certa velocidade M .m m . v2
F = Fcp G = , em que isolando v
o corpo não mais retornará ao solo, e sim, ficará orbitando r 2 r
tem-se
ao redor da Terra. É importante notar que o lançamento
do primeiro satélite artificial Sputnik ocorreu no ano de G .M
v =
1957, 230 anos após a morte de Newton. r
Imagine um satélite elevado a uma altura h como Esta expressão calcula a velocidade necessária para
mostra a figura. Chamaremos de r o raio da órbita desse que um satélite localizado a uma altura h possa ser co-
satélite que será a soma do raio da Terra R com a altura locado em órbita. Perceba que basta determinar a altura
h que ele se encontra. do satélite, uma vez que os valores de G e M são conhe-
cidos. Essa velocidade não depende da massa do saté-
lite, e quanto maior for a altura, menor será a velocidade
necessária.

Imagine um jogador de beisebol que conse- bola para que esta entrasse em órbita rasante em torno da
gue lançar uma bola horizontalmente e colocá-la em órbita Terra? Considere G = 6,7 . 10–11 N . m2/kg2, a massa da
em torno da Terra. Qual deveria ser o valor desta veloci- Terra M = 6 . 1024 kg e seu raio R = 6 400 km. Expresse
1 dade de lançamento imposta pelo jogador de beisebol à sua resposta em m/s e km/h.
8 Física 1M4
8/12 v =
G .M
r

6, 7 . 10 −11 . 6 . 1024
v = = 7 925,43 m/s ou 28 531,56 km/h
6 400 000
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Gravitação universal
Dinâmica III
Senso comum “revoga” lei da gravidade
Basta abrir o jornal e lá está. Todo dia, toda vez que sobe ao responsável pelo fato de os corpos celestes se atraírem uns aos
espaço um ônibus da Nasa, toda vez que se lança um satélite, outros. Está presente em todo lugar em maior ou menor grau,
toda vez que aparece a imagem de alguém flutuando, sempre dependendo da distância entre esses corpos e de suas massas.
vêm as expressões “falta de gravidade”, “ausência de gravi- Enfim, tudo no universo, de algum jeito, está se atraindo ou,
dade” ou “microgravidade”. Como se isso realmente existis- se preferir, caindo, literalmente despencando.
se, como se a 400 km de altura — onde orbitam os ônibus es- Piazzi culpa o atraso das escolas pelo problema. “Na dé-
paciais — a gravidade fosse de algum valor que se pudesse cada de 50, as pessoas liam sobre viagens espaciais em fic-
chamar de micro “micro”. ção científica, mas hoje elas vêem isso na TV e a escola não
Essa pedra no sapato incomoda o físico Pierluigi Piazzi, soube acompanhar essa evolução”, diz. Resultado: as pessoas
que não deixa de avisar os jornais e revistas do erro cometido. acabam tendo uma idéia errada sobre o que seja a força da
Mais uma vez ele reagiu quando topou com a nota “Fotossín- gravidade.
tese”, na pág. 6-6 do caderno Ciência de 6 de dezembro pas- Mesmo sem ônibus espaciais, o que se passa neles já tinha
sado. “A uma altitude de cerca de 400 km a gravidade é mui- explicação desde os tempos de Isaac Newton, no século XVII.
to pequena”, estava escrito. Os astronautas flutuam não porque lá em cima não exista gra-
É difícil mesmo engolir que a gravidade, na altura em que vidade — ou ela seja “micro” —, mas porque a nave está em
o ônibus está, é apenas cerca de 10% menor que na superfície queda livre. Trata-se de um tipo estranho de queda, em que o
do planeta. Afinal, os objetos de fato flutuam dentro da nave. “chão” nunca chega (veja ilustração).
O senso comum ajuda no erro: se as coisas flutuam, é por- Tudo se passa como se a nave fosse um elevador cujo cabo
que a força que as mantém coladas ao chão não está lá. Ób- foi cortado. Ela cai, o ocupante flutua dentro dele, mas isso não
vio e errado. se deve à falta de gravidade, e sim à própria queda. O ocupante
A gravidade não diminuiu ou desapareceu. Ela é a força vai descobrir isso — tragicamente — quando o elevador che-
universal que faz, por exemplo, uma pedra cair, e é também gar ao chão. Eureka, mas tarde demais.
Como o ônibus espacial se sustenta no espaço. A física por trás dos vôos orbitais

1 Um sujeito está
2 Um físico corta o
3 O elevador pode ser lançado de um
cabo do elevador, precipício (só físicos pensam nisso) e
sobre uma balan-
e ele despenca. A ir para frente além de despencar. Para
ça dentro de um
balança deixa de o sujeito preso lá dentro, não dá para
elevador. O ele-
marcar o peso do diferenciar essa situação de uma que-
vador pode es-
sujeito. Ele — e da simples (só para baixo). Mas...
tar parado ou em
movimento cons- tudo o que estiver
tante. Não impor- solto dentro do
ta, a balança vai elevador — come-
marcar o mesmo ça a flutuar. Mas
peso. Mas aí... não é só isso...

4 O elevador pode ser lançado para frente com uma ve- 5


locidade constante de aproximadamente 29 mil km/h. É isso o que acontece com os ônibus
Resultado: o elevador cai, mas a curvatura da Terra se espaciais. Eles ficam permanentemen-
encarrega de fazer com que o chão sempre se afaste. h te caindo, mas a curvatura da Terra
Assim, o eleva- mantém o chão a uma distância cons-
dor “cai” sem tante da nave. Assim, ela pode dar vá-
perder altura. rias voltas no planeta. A altura é im-
portante não porque a gravidade seja
h muito menor que na superfície, mas
h porque não existe uma atmosfera den- 1
h
sa que atrapalhe o movimento. Física 1M4 9
9/12
FOLHA DE S. PAULO. São Paulo: 27 fev. 1992. p. 3-3. (Adaptado)

1. Comprove, através de cálculos, que a gravidade em que orbitam os ônibus espaciais é apenas cerca de 10%
menor que na superfície da Terra.
2
 R 
gh = go   em que R = 6 400 km é o raio da Terra e h = 400 km é a altitude em que o ônibus orbita.
R + h
2
 6 400 
gh = go   = 0,89 go
 6 800 
Portanto, a gravidade naquela altura é 89% da gravidade na superfície, ou 11% inferior a ela.
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2. O texto dessa matéria jornalística é, na verdade, uma correção a um erro cometido pela Folha de São Paulo em

Gravitação universal
Dinâmica III
uma reportagem anterior. Entretanto, acaba por cometer novo engano, no seu quarto parágrafo. Identifique-o.
“A gravidade não diminuiu ou desapareceu…”. Na verdade ela diminuiu cerca de 10%, na altitude de que trata a matéria.

3. Utilizando a figura 5 da ilustração do texto, faça o que se pede:


a) caracterize o movimento do ônibus espacial;
Movimento circular uniforme.

b) identifique as forças que sobre ele atuam, relacionando-as com o movimento;


Age só a força gravitacional: ela é a força centrípeta que mantém a trajetória circular.

c) explique como a nave pode estar caindo sem nunca chegar ao chão.
Ela não chega ao chão devido à sua grande velocidade: por inércia, ela mantém seu movimento para a frente, ao mesmo tempo em que “cai”, atraída para o centro da

Terra.

1. Antigamente, quando se acreditava que a 3. Explique como Newton concluiu que deveria existir uma for-
Terra estivesse em repouso no centro do Universo, os navega- ça atuando sobre os planetas. Qual é a natureza dessa força e
dores orientavam-se pela observação do movimento aparente quem é o agente responsável?
das estrelas no firmamento. Hoje, embora com técnicas e ins- Como os planetas descrevem órbitas em torno do Sol, Newton concluiu que deve-
trumentos modernos, os navegantes continuam se orientando
pelas estrelas e admitindo que a Terra esteja em repouso no ria haver uma força centrípeta agindo sobre eles. Essa força é de natureza gravita-
centro do Universo. Como você justifica esse procedimento?
Não é um erro supor que a Terra esteja em repouso no centro cional e exercida pelo Sol.
do Universo?
É uma questão de referencial. Para nós, que estamos na Terra, não é um erro supor

que ela está imóvel no centro do Universo, uma vez que este é o ponto de vista de

um observador localizado na superfície terrestre.

4. Se a lei da Gravitação Universal vale para todos os corpos


do Universo, por que não se observa a atração entre os corpos
de nossa vida diária? Por que um lápis não atrai uma borracha,
por exemplo?
Porque a intensidade da força de atração gravitacional entre dois objetos comuns,

2. A primeira lei de Kepler afirma que “os planetas giram em existentes na Terra, é muito pequena. Somente quando grandes massas (como o Sol
torno do Sol em órbitas elípticas e o Sol ocupa um dos focos
da elipse”, um estudante concluiu que o verão ocorre quando e os planetas) interagem, a força de atração gravitacional torna-se apreciável.
a Terra está mais próxima do Sol (periélio), e o inverno, quando
ela está mais afastada (afélio).
1 Você concorda com a conclusão do estudante? Justifique
10 Física 1M4 sua resposta lembrando-se dos estudos de geografia.
10/12 As estações do ano são decorrentes da inclinação do eixo da Terra em relação à sua 5. A força de atração do Sol sobre a Terra vale, aproximada-
mente, 4 . 10 22 N. Qual seria a intensidade dessa força se:
órbita. Assim, durante certo período o Hemisfério Norte recebe maior quantidade de
a) a massa da Terra fosse duas vezes menor?
luz (calor) do que o Hemisfério Sul, sendo verão no Norte e inverno no Sul. Portan- A força se reduziria à metade: 2 . 1022 N

to, as estações do ano nada têm a ver com a proximidade ou o afastamento da Ter-
b) a massa do Sol fosse três vezes maior?
ra em relação ao Sol.
A força ficaria três vezes maior: 12 . 1022 N

c) a distância entre o Sol e a Terra fosse duas vezes


maior?
A força seria quatro vezes menor: 1 . 1022 N
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6. A massa de Júpiter é cerca de 300 vezes maior do que a 7. Existe um ditado popular que diz: Tudo que sobe, desce.

Gravitação universal
Dinâmica III
massa da Terra. Baseado nos estudos relativos a esse capítulo você concorda
a) Se o raio de Júpiter fosse igual ao raio da Terra, a ace- com esse ditado? Justifique.
leração da gravidade em Júpiter seria quantas vezes Não. Cita-se como exemplo o lançamento de satélites que orbitam a Terra sem
maior do que na Terra?
Seria 300 vezes maior. A aceleração da gravidade de um planeta é diretamen- caírem.

te proporcional à sua massa.

b) O raio de Júpiter é cerca de 10 vezes maior do que o 8. Explique por que um satélite artificial deve ser colocado em
raio da Terra. Se a massa de Júpiter fosse igual à mas- órbita em regiões fora da atmosfera terrestre.
sa da Terra, a aceleração da gravidade em Júpiter se- Porque o ar ofereceria uma resistência que diminuiria a velocidade tangencial do sa-
ria quantas vezes menor do que na Terra?
télite fazendo com que ele fosse puxado pelo campo gravitacional da Terra.
Seria 100 vezes menor. A aceleração da gravidade de um planeta é inversamen-

te proporcional ao quadrado de seu raio.

9. Adotando o Sol como referencial, aponte a al- 13. (UFSC) Durante aproximados 20 anos, o astrônomo dina-
ternativa que condiz com a primeira lei de Kepler da Gravitação marquês Tycho Brahe realizou rigorosas observações dos mo-
Universal (lei das órbitas): vimentos planetários, reunindo dados que serviram de base
a) As órbitas planetárias são curvas quaisquer, desde que para o trabalho desenvolvido, após sua morte, por seu discí-
fechadas. pulo, o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571—1630). Ke-
b) As órbitas planetárias são espiraladas. pler, possuidor de grande habilidade matemática, analisou cui-
c) As órbitas planetárias não podem ser circulares. dadosamente os dados coletados por Tycho Brahe, ao longo
d) As órbitas planetárias são elípticas, com o Sol ocupan- de vários anos, tendo descoberto três leis para o movimento
do o centro da elipse. dos planetas. Apresentamos, a seguir, o enunciado das três
e) As órbitas planetárias são elípticas, com o Sol ocupan- leis de Kepler.
do um dos focos da elipse. Primeira lei de Kepler: cada planeta descreve uma ór-
bita elíptica em torno do Sol, da qual o Sol ocupa um dos
10. Um planeta descreve uma órbita elíptica em torno do Sol. focos.
O ponto A é o ponto da órbita mais próximo do Sol; o ponto B Segunda lei de Kepler: o raio-vetor (segmento de reta ima-
é o ponto mais distante. No ponto A: ginário que liga o Sol ao planeta) “varre” áreas iguais, em inter-
a) a velocidade de rotação do planeta é máxima. valos de tempo iguais.
b) a velocidade de translação do planeta se anula.
Terceira lei de Kepler: os quadrados dos períodos de trans-
c) a velocidade de translação do planeta é máxima.
lação dos planetas em torno do Sol são proporcionais aos cubos
d) a força gravitacional sobre o planeta se anula.
dos raios médios de suas órbitas.
e) a força gravitacional sobre o planeta é máxima.
Assinale a(s) proposição(ões) que apresenta(m)
11. (PUC—RJ) Um certo cometa se desloca ao redor do Sol. Levan- conclusão(ões) correta(s) das leis de Kepler:
do-se em conta as leis de Kepler pode-se com certeza afirmar que: 01) A velocidade média de translação de um planeta em
a) a trajetória do cometa é uma circunferência, cujo cen- torno do Sol é diretamente proporcional ao raio médio
tro o Sol ocupa. de sua órbita.
b) num mesmo intervalo de tempo ∆t, o cometa descreve 02) O período de translação dos planetas em torno do Sol
a maior área entre duas posições e o Sol, quando está não depende da massa dos mesmos.
mais próximo do Sol. 04) Quanto maior o raio médio da órbita de um planeta
c) a razão entre o cubo do seu período e o cubo do raio em torno do Sol, maior será o período de seu movi- 1
médio de sua trajetória é uma constante. mento. Física 1M4 11
d) o cometa por ter uma massa bem maior do que a do 08) A segunda lei de Kepler assegura que o módulo da ve- 11/12
Sol, não é atraído pelo mesmo. locidade de translação de um planeta em torno do Sol
e) o raio vetor que liga o cometa ao Sol varre áreas iguais é constante.
em tempos iguais. 16) A velocidade de translação da Terra em sua órbita au-
menta à medida que ela se aproxima do Sol e diminui
12. As leis de Kepler definem o movimento da Terra em torno à medida que ela se afasta.
do Sol. Na figura, a área hachurada é igual a um quarto da área 32) Os planetas situados à mesma distância do Sol devem
total da elipse. Assim, o tempo gasto pela Terra para percorrer ter a mesma massa.
o trajeto MPN é, aproximadamente, em meses, igual a: 64) A razão entre os quadrados dos períodos de translação
a) 9 M dos planetas em torno do Sol e os cubos dos raios mé-
b) 6 dios de suas órbitas apresenta um valor constante.
c) 4 86 (02+04+16+64)
Sol
d) 3
e) 1 P

N
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14. (Santa Casa—SP) A terceira lei de Kepler afirma que “os 18. Um corpo colocado na superfície terrestre é atraído por esta

Gravitação universal
Dinâmica III
quadrados dos tempos de revolução dos planetas são propor- com uma força F. O mesmo corpo colocado na superfície de
cionais aos cubos de suas distâncias médias ao Sol”. De acor- um planeta de mesma massa da Terra e raio duas vezes maior
do com essa lei, é correto dizer que: será atraído pelo planeta com uma força cujo módulo é:
a) planetas mais afastados do Sol são mais velozes. a) 4F A intensidade da força é inversamente proporcional ao qua-
b) dependendo de suas massas, planetas diferentemen- b) 2F drado da distância.
te afastados podem ter a mesma velocidade. c) F
c) o “ano” de Mercúrio é menor que o da Terra. d) F/2
d) as velocidades dos planetas são inversamente propor- e) F/4
cionais aos quadrados das distâncias ao Sol.
e) todos os planetas do sistema solar têm a mesma velo- 19. (PUC—MG) Dois corpos celestes de massas m1 e m2 estão
cidade angular. separados por uma distância d. O módulo da força de atração
gravitacional entre eles é F. Reduzindo-se a distância para d/3,
15. Assinale a alternativa que está em desacordo com as leis a nova força gravitacional é:
de Kepler da Gravitação Universal: a) F/3 G . m1 . m 2
a) O quociente do cubo do raio médio da órbita pelo qua- b) 9F/4 F=
d2
drado do período de revolução é constante para qual- c) 4F G . m1 . m2 9 G . m1 . m 2
quer planeta de um dado sistema solar. d) 9F F’ = = = 9F
2 d2
d
b) Quadruplicando-se o raio médio da órbita de um sa- e) 3F  
télite em torno da Terra, seu período de revolução fica 3
oito vezes maior. 20. (FEP—SP) Considere F o módulo da força de atração gravi-
c) Quanto mais próximo de uma estrela (menor raio mé- tacional entre duas pequenas esferas de massa m, iguais, cujos
dio da órbita) gravita um planeta, menor é o seu pe- centros estão separados por uma distância d. Substituindo-se
ríodo de revolução. uma dessas esferas por outra de massa 2m e reduzindo a se-
d) Satélites diferentes gravitando em torno da Terra, na paração entre os centros das esferas para d/2, resulta uma for-
mesma órbita têm períodos de revolução iguais. ça gravitacional de módulo:
G . m1 . m 2
e) Em virtude da sua maior distância do Sol (maior raio a) F F=
médio da órbita) o ano de Plutão tem duração menor b) 2F d2
que o da Terra. c) 4F G.m.m G . m2
F= =
d 2 d2
d) 8F
16. Duas partículas de massas respectivamente iguais a M e e) 10F Gm . 2m 8 Gm2
F’ = = = 8F
m estão no vácuo, separadas por uma distância d. A respeito (d/2)2 d2
das forças de interação gravitacional entre as partículas, pode- 21. (Fuvest—SP) Considere um satélite artificial em órbita cir-
= 1,6 m/s2

se afirmar que: cular. Duplicando a massa do satélite sem alterar o seu período
a) têm intensidades inversamente proporcionais a d. de revolução, o raio da órbita será:
b) têm intensidades diretamente proporcionais ao produ- a) duplicado. d) reduzido à quarta parte.
to Mm.
G . M

b) quadruplicado. e) o mesmo.
R2

c) não constituem entre si um par ação e reação. c) reduzido à metade.


= 10 m/s2

Permanece a mesma.

d) podem ser atrativas ou repulsivas.


gL = 100 = 0,16

e) teriam intensidade maior se o meio fosse o ar. 22. (UFPR) De acordo com a lei da Gravitação Universal e as
leis de Kepler, é correto afirmar:
G . M

17. (FMABC—SP) Assinale a afirmação falsa.


M

R
 
4

01) A unidade da constante gravitacional G pode ser ex-


R2

a) Existe força de atração gravitacional entre dois corpos


G

pressa, no Sistema Internacional, como m 3/(s2 . kg).


somente quando grandes massas interagem.
g=

02) Um satélite geoestacionário mantém constante a sua


b) A velocidade de um planeta é maior quando ele se en- posição relativa em relação à Terra.
contra mais próximo do Sol. 04) A força resultante sobre a Lua é nula.
b)
a)

c) A órbita de um planeta, em torno do Sol, é uma elipse, 08) A velocidade de translação da Terra em torno do Sol inde-
Teste 24:

e o Sol está situado num dos focos da elipse. pende da posição relativa entre ambos.
d) A força centrípeta, que mantém um planeta em sua ór- 16) Usando os dados de um planeta cuja órbita em torno de
bita, é devida à atração do Sol sobre esse planeta. uma estrela é conhecida, é possível encontrar o período de
e) Os períodos de revolução dos planetas, em torno do um outro planeta que se encontre em uma órbita de raio
Sol, são diferentes uns dos outros. diferente.
1 19 (01+02+16)
12 Física 1M4
12/12

23. (UEL—PR) Se existisse um planeta cuja mas- 24. Considere as seguintes afirmações:
sa fosse o dobro da massa da Terra e cujo raio fosse o dobro I. A massa da Lua é aproximadamente 1/100 da massa
do terrestre, a aceleração da gravidade na superfície do plane- da Terra.
ta seria aproximadamente, em m/s 2, igual a: II. O raio da Lua é aproximadamente 1/4 do raio terrestre.
a) 20 III. A aceleração da gravidade na superfície da Terra é apro-
G . M
b) 10 gT = = 10 m/s2 ximadamente 10 m/s 2.
c) 7,5 R2 Com base nessas informações, responda:
d) 5 G . 2M G . M g a) Se um corpo for abandonado nas proximidades da su-
gP = = = T = 5 m/s2
e) 2,5 ( 2 R ) 2 2 R 2 2 perfície lunar, com que aceleração cairá?
b) O que acontece com a massa de um corpo ao ser le-
vado da Terra para a Lua?
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Equilíbrio

Estática
dos
corpos
Estática, a ciência do equilíbrio
rígidos
A estática estuda as forças que agem sobre objetos com o intuito de mantê-los em equilíbrio. Este estudo é fun-
damental para engenheiros, esportistas, dançarinos; até mesmo você quando começou a dar seus primeiros passos
foi descobrindo as leis do equilíbrio.

Orientação ao profes-
sor — O projeto Ala-
vancas do corpo hu-
mano per tence a esta
unidade.

2
Física 1M4 1
1/10

Engenheiros usam a estática para calcular os pesos que serão sus-


tentados por uma ponte. As forças que tendem a curvá-la e a fazê-la
desmoronar nunca podem exceder as que atuam para manter a cons-
trução ereta.

Responda:
Esta caixa parece violar todas as leis da estática. Como você acha
que ela consegue se manter em equilíbrio?
Em razão da maior concentração de massa na região do corpo em contato com a mesa.
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Estática

Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
Parte da mecânica que estuda construção civil, por exemplo, o en- O estudo da estática também está
o equilíbrio dos corpos rígidos e de genheiro deve projetar uma estrutura, presente em diversas atividades do
pontos materiais. Estabelecer as con- como um prédio ou uma ponte, de nosso dia-a-dia: quando abrimos uma
dições em que um corpo se man- modo que cada ponto esteja perfei- porta, ficamos em pé, andamos ou pra-
tém em equilíbrio é de fundamental tamente equilibrado, visto que per- ticamos esportes, estamos usando in-
importância em vários campos. Na manece em repouso. conscientemente as leis do equilíbrio.

Momento de uma força


Quando se abre ou fecha uma porta, é mais cômodo Dos exemplos iniciais percebe-se que a capacidade
fazê-lo por um ponto o mais afastado possível da do- de rotação de uma força não depende apenas de sua in-
bradiça. tensidade, mas também da distância do ponto de apli-
cação ao eixo de rotação. Essa distância é o braço do
momento (d).
Define-se momento de uma força F em relação a um
ponto O como sendo o produto da intensidade da força
pelo braço do momento.
d


F

MF,O = ±F . d
Da mesma maneira, ao apertar ou soltar uma porca,
(Lê-se momento da força F em relação ao ponto O.)
aplica-se uma força na extremidade da chave que se opõe
O sinal do momento aparece em virtude do sentido da
à porca; quanto maior for a chave, menor será o esforço
rotação que pode ser horário ou anti-horário, essa con-
necessário para girar a porca.
venção deverá ser especificada nos exercícios, caso con-
trário pode-se arbitrar um dos sentidos como positivo.
A unidade de momento é, naturalmente, o produto
de uma unidade de força por uma unidade de distância,
assim no SI a unidade de momento é o N . m.
É importante ressaltar que o braço do momento deve ser
tomado perpendicularmente à linha de ação da força, corres-
pondendo à menor distância desta ao ponto de referência.

2 1. Uma pessoa aplica uma força de intensi-


2 Física 1M4 →

2/10 F dade 20 N sobre uma chave fixa, de três mo-


→ dos diferentes, conforme mostra a figura. Determine o
F
momento da força F em relação ao eixo de rotação nas
três situações indicadas. Adotar o sentido anti-horário
como positivo.
0,30 m
Nessas duas situações descritas o efeito provo- F
cado pela aplicação de uma força é um movimento de F
rotação do corpo em torno de um eixo. Esse efeito de
giro provocado pela aplicação de uma força é o mo- F
mento (M). 0,15 m

Momento de uma força é a capacidade dessa força a) M = F . d = +20 . (0,15) = 3 N . m


b) M = F . d = –20 . (0,3) = –6 N . m
em provocar o giro ou a tendência de giro de um ob-
c) M = F . d = +20 . (0) = 0 N . m
jeto em torno de um eixo.
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2. Um trampolim é construído fixando-se uma prancha Observe alguns exemplos de binários aplicados em

Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
de madeira a um suporte de concreto. nosso dia-a-dia:
F
P 3m

A prancha permanece praticamente horizontal quando F


um saltador está sobre sua extremidade livre. A fixação Observar que, como a resultante das forças de um
no ponto P é capaz de resistir a um torque máximo (mo- binário é nula, sua aplicação produz apenas uma rota-
mento) de 2 700 N . m sem se romper. Assim, determine ção no corpo em que é aplicado, ou seja, o corpo gira
a maior massa, em kg, que um saltador pode ter para que sem sair do lugar.
o trampolim não arrebente. (Considerar g = 10 m/s 2)
Mmáx = P . d 2 700 = m . 10 . 3 mmáx = 90 kg

1. Um motorista, ao manobrar seu carro


para estacionar, aplicou, em pontos dia-
metralmente opostos do volante, forças de intensidade
20 N. Determine o momento do binário aplicado ao vo-
BINÁRIO lante pelo motorista.
Duas forças de mesma intensidade, mesma direção,
sentidos opostos e aplicadas em pontos distintos de um
mesmo corpo constituem um sistema binário, conforme 20 N
M = F . d = 20 . (0,4) = 8 N . m
a figura.
20 N

F
d Sentido
de rotação 40 cm


F
2. Calcule o momento do binário aplicado à barra de
A distância entre as linhas de ação das forças de um 2 m de comprimento conforme o esquema e conside-
binário é o braço do binário (d). rando positivo o sentido horário.
Independente do ponto escolhido como referência o F = 40 N
momento do binário será calculado por: 2m 30°

M = ±F . d 30°
F = 40 N M = –F . d . sen 30 = –40 . 2 . 1/2 = –40 N . m

Equilíbrio de um corpo rígido


Um corpo está em equilíbrio quando seu estado de movimento não se altera, ou seja, o corpo pode estar em
repouso (equilíbrio estático) ou em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico). No estudo da primeira lei de
Newton (inércia), verifica-se que para uma partícula estar em equilíbrio a resultante das forças que agem sobre ela 2
deve ser nula. Física 1M4 3
Para um corpo rígido, porém, essa condição não é suficiente, porque não garante que o corpo não altere o es- 3/10
tado de rotação. É o caso de um binário, por exemplo, pois a resultante das forças que agem sobre um corpo su-
jeito à aplicação de um binário é nula, porém ele sofre rotação.
O objetivo principal do estudo da estática é garantir o estado de repouso dos corpos — equilíbrio estático. As-
sim, para estar em equilíbrio estático um corpo não deve se deslocar (equilíbrio de translação) nem rotacionar (equi-
líbrio de rotação).
As condições para que se atinja o equilíbrio de um corpo rígido são:
I) A resultante (soma vetorial) das forças que atuam sobre o corpo é nula — equilíbrio de translação.
II) A soma dos momentos das forças que atuam sobre um corpo, em relação a um mesmo ponto, é nula —
equilíbrio de rotação.

Transformando essas condições em equações, tem-se: →


678

ΣF =0
Σ MF, O = 0
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Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
(UFPR) Uma barra AB, com 3 m de compri-
mento e peso desprezível, está apoiada so-
bre um cutelo situado a 1 m de sua extremidade A. Na
extremidade B está suspenso um peso de 10 N. Qual o
peso, em newtons, que devemos pendurar em A para 2 cm d?
manter o equilíbrio? a) Calcule a que distância do ponto de apoio deve
A 1m 2m B
ΣM0 = 0 sentar seu pai, cuja massa vale 75 kg, do outro

PA . 1 – 10 . 2 = 0 O lado, para que a gangorra esteja em equilíbrio.
PA = 20 N PA 10 N Considere que o peso da gangorra esteja apli-
cado sobre o apoio.
ΣM0 = 0 30 . g . 2 – 75 . g . d = 0 d = 0,8 m

b) Sabendo que a gangorra tem massa de 10 kg,


calcule a intensidade da força de reação normal
1. (Unimep—SP) Uma barra de peso des-
que o apoio exerce sobre a gangorra. Conside-
prezível está apoiada no ponto C e suporta
re g = 10 m/s 2.
em suas extremidades dois blocos de pesos 100 N e ΣF = 0 N – 300 – 750 – 100 = 0 N = 1 150 N
200 N, conforme figura a seguir. Para que o sistema per-
maneça em equilíbrio, a distância “x” é:
x 30 cm
3. Três garotos montam numa gangorra constituída por
C uma barra homogênea e secção transversal uniforme,
A B
apoiada sobre um suporte C. A posição indicada na fi-
gura é de equilíbrio. Se a massa de cada um dos garotos
100 N 200 N que estão nos pontos A e B é igual a 24 kg, determine,
Apoio em kg, a massa do garoto que está em D.
3m 3m
ΣMc = 0 A C B 1m
x ∆ 30 cm
100x – 200 . 30 = 0
x = 60 cm 100 N 200 N

2. Uma criança de 30 kg de massa está sentada na ex- A B C D


tremidade de uma gangorra, cuja distância ao ponto de ΣMC = 0
apoio é 2 metros. 24 . g . 3 + 24 . g . 2 = mD . g . 3
mD = 40 kg

2
4 Física 1M4
4/10 Equilíbrio de um ponto material (partícula)

Quando todas as forças de um F1 →
F2
duas componentes perpendicula-
sistema estão aplicadas num mesmo res (F x e F y) por meio da trigonome-
ponto, os momentos de todas as for- tria. Assim, conclui-se que o soma-
ças em relação a esse ponto são nu- P tório das forças que agem tanto na
los, pois o braço é nulo. Isso acon- →
F3
direção horizontal como na vertical
tece em partículas de dimensões deve ser nulo:
desprezíveis ou em corpos em que → →
678

F4 Σ Fx = 0
todas as forças concorrem para um →
Para que uma partícula esteja em equilíbrio Σ Fy = 0
mesmo ponto. Para uma partícula basta que a resultante das forças que agem
não faz sentido falar em movimento sobre ela seja nula. A resolução de um sistema for-
de rotação. Para facilitar a resolução de equi- mado por essas duas equações com-
líbrio de partículas costuma-se de- põe a solução de problemas envol-
compor cada uma das forças em vendo equilíbrio de partículas.
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Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
Um corpo de peso 40 N está suspenso por 1. A figura representa um sistema em equi-
meio de um fio (1) a uma barra AB de peso líbrio. O peso do bloco X é 38 N. Supondo
desprezível. Através de outro fio (2), fixo em B, sustenta- que os fios OM e ON têm pesos desprezíveis, calcule o
se a barra a uma parede vertical. Calcule a tração no fio 2 valor da tração nos fios OM e ON.
e a força transmitida à barra.
M 30°

2 0 N

30° B x
A
1 y
P = 40 N
TL T1y
O equilíbrio do sistema pode ser estudado através Σ Fx = 0 ⇒ T2 = T1x
30° T2 x Σ Fy = 0 ⇒ T1y = P
das forças que agem sobre a partícula B. São elas as tra-
T1x T1 . sen 30° = 38
ções T1 e T2, sendo T1 numericamente igual ao peso P e
T1 = 76 N
à força F exercida pela barra. Esta deve ser concorrente P = 38 N
às outras duas no ponto B, para que o equilíbrio seja 3
T2 = 76 .
2
possível, orientada para a direita. T2 = 38 3 N
O esquema abaixo representa o sistema de forças:
T2

30° B F
2. O sistema figurado está em equilíbrio. Determine a
intensidade da tração nas cordas A e B, em N. Despreze
T1 = P as massas das cordas.

É conveniente decompor a força T 2 nas direções 60° 30°

horizontal (x) e vertical (y) para facilitar a resolução, A B


y
T2 T2y
P = 72 N

30° F y Σ Fx = 0
x
T2x TA TAx = TBx
TAy
TA . cos 60° = TB . cos 30°
TBy TB
P 1 3
x TA . = TB .
2 2
→ TAx TBx
de modo que a condição de equilíbrio Σ F = 0 também TA = TB . 3

possa ser decomposta: 2



P Física 1M4 5
678 678 678

Σ Fx = 0 5/10

Σ Fy = 0 Σ Fy = 0
3 T
TAy + TBy = 72 TB . 3 . + B = 72
F – T 2x = 0 2 2
TA . sen 60° + TB . sen 30° = 72 2 TB = 72
T2y – P = 0 TB = 36 N
3 1
TA . + TB . = 72
F – T2 . cos 30° = 0 2 2 TA = 36 3 N

T2 . sen 30° – P = 0

Da 1ª equação:
F = T2 . 0,87 (1)
Da 2ª equação:
T2 . 0,5 = 40 ∴ T2 = 80 N
Substituindo em (1):
F = 80 . 0,87 ∴ F = 69,6 N
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Centro de gravidade (C.G.)

Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
A Terra exerce uma força de atração sobre os cor- Como o peso de um corpo pode ser representado
pos — a força peso. A representação desta força sobre por uma única força que age no centro de gravidade,
um ponto material é feita sobre o próprio ponto. Quando conclui-se que, se suspendermos um corpo pelo seu
as dimensões de um corpo não podem ser desprezadas centro de gravidade, ele ficará em equilíbrio de transla-
(corpo rígido), a atração gravitacional da Terra age sobre ção e rotação. Verifique esse fato apoiando, por exem-
cada partícula do corpo formando um sistema de forças plo, uma régua pelo centro de gravidade como mostra
paralelas aplicadas em pontos diferentes. A resultante a figura. Repare também que, se você tentar apoiá-la
dessas forças é o peso do corpo e seu ponto de aplica- em qualquer outro ponto, o peso da mesma a fará girar.
ção é o centro de gravidade (C.G.) do corpo. Utilize o mesmo procedimento para determinar o cen-
tro de gravidade de peças não-homogêneas como uma
C.G. vassoura. Você verá que o C.G. dessas peças não coin-
cidirá com o centro geométrico.


P
Representa-se o peso de corpos rígidos como uma única força
aplicada no centro de gravidade (C.G.) do corpo.

Para os corpos homogêneos (feitos de um mesmo


material) e de forma geométrica definida, o centro de gra-
vidade estará no centro geométrico do corpo.
C.G. C.G.

C.G.
C.G.
Baseando-se nessas considerações conclui-se que
um corpo, apoiado numa superfície, permanece em equi-
líbrio quando a linha de ação de seu peso passa no
interior da superfície de apoio.

O que são alavancas?


Alavanca é uma barra estreita que se apóia em um ponto, o fulcro ou ponto de apoio. Se colocarmos em um ponto
da barra um objeto, ou seja, uma carga, que se deseja mover, e aplicarmos uma força em outro ponto, fica mais fácil
deslocar o objeto do que se o pegássemos e o movimentássemos com a mão. A fórmula de funcionamento da alavanca
é simples. A força multiplicada por sua distância do fulcro é igual ao peso multiplicado por sua distância do fulcro.
Quanto mais longo for o braço da alavanca, maior a amplificação da força e mais fácil movimentar a carga. A desvan-
2 tagem é que, quanto mais longo for o braço da alavanca, mais curta a distância na qual o peso pode se deslocar.
6 Física 1M4
Dependendo da posição relativa das forças e do fulcro podem-se classificar as alavancas em três tipos: inter-
6/10 fixa, inter-resistente e interpotente.
Alavancas interfixas são aquelas em que o fulcro se encontra entre o esforço e o peso a ser deslocado. Exem-
plos: tesouras, gangorras, alicates e pés-de-cabra.
→ →
N F

→ Peso
R
Ponto de apoio
→ → Ponto de
R F apoio
Ponto de Esforço Esforço
a b apoio
Peso Pé-de-cabra

Esforço
Fulcro
Peso
Alicate
Tesoura
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Alavancas inter-resistentes são aquelas em que o peso se encontra entre o esforço e o fulcro. Esse princípio é

Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
aplicado aos carrinhos de mão, abridores de garrafa e quebra-nozes.
b → Ponto de apoio
F

N →
F Peso
Esforço

→ →
Ponto de R F
→ apoio
R

a R Abridor de garrafa
Ponto de apoio
Alavancas interpotentes são aquelas em que o esforço aplicado se encontra entre o fulcro e a resistência. É o
caso das vassouras, pinças e pegadores de gelo.
→ Ponto de apoio →
a R R →
→ F
F


F →
R Ponto de
b
apoio

Esta atividade objetiva constatar a utilidade do uso de alavancas. Você vai precisar de duas canetas ou
lápis, um livro ou caderno.
Utilize uma das canetas como apoio e a outra como alavanca (ver figura). Em qual das duas situações mostra-
das nas figuras (1) e (2) é mais fácil levantar o livro? Justifique sua resposta.

Dê-me uma alavanca e um ponto


de apoio e moverei o mundo.
(1) (2) Arquimedes

1. Um garoto consegue abrir a porta representa-


da na figura vencendo o esforço brutal que o adulto faz para ten-
tar impedi-lo. Como você explica fisicamente essa situação?
Como o garoto está mais distante do eixo
3. Para arrancar um prego de uma tábua, uma pessoa faz as
de rotação da porta, ele precisa fazer me- três tentativas mostradas na figura deste problema. Sabe-se que 2
apenas em uma das tentativas ela será bem-sucedida. Indique- Física 1M4 7
nos força para provocar um momento do a e justifique sua resposta. 7/10
que o adulto. F=7N
F = 10 N
F = 12 N
30 cm

25 cm

20 cm

2. Um dos fatores considerados para a elaboração de proje-


tos estruturais é a ação do vento. (a) (b) (c)
Explique por que o vento é um esforço que deve ser previs-
to nos projetos de edifícios, principalmente nos mais elevados.
A segunda tentativa poderá ter sido bem-sucedida, pois provoca o maior torque
Apesar de não ser muito intenso, o vento quando age em estruturas de grande porte, (momento).
M = 10 . 25 = 250 N . cm
pode provocar um grande momento em relação à base da mesma, sendo necessário

projetá-la considerando-se esse esforço.


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4. (Efoa—MG) As figuras mostram duas maneiras diferentes de 5. Dois operários estão carregando uma viga de madeira nas

Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
se pendurar o mesmo quadro numa parede, usando fio de mes- posições A e B indicadas na figura. Qual dos operários deve fa-
mo tipo. zer maior esforço para sustentar a viga? Explique.
4m 1m

A B

Em qual das situações a força tensora no fio é menor? Jus-


tifique sua resposta.
Situação dois. A tração resultante é menor. O operário B, porque está mais próximo do centro de gravidade da viga.

6. Momento de uma força em relação a um ponto é: 02) O momento da força S em relação ao ponto O é igual
a) o instante em que a força é aplicada. ao momento da força R em relação ao ponto O.
b) o tempo de duração da ação de uma força. 04) O momento da força Q em relação ao ponto O tem mó-
c) o produto da intensidade da força pela distância do dulo igual a 20 N . m.
ponto à linha de ação da força. 08) O momento do peso da barra em relação ao ponto O é
d) o produto da intensidade da força pela distância que igual ao momento da força R em relação ao ponto O.
o corpo percorre sob a ação da força. 16) A barra está em equilíbrio de rotação.
e) o produto da intensidade da força pelo intervalo de 32) O momento resultante em relação ao ponto O é nulo.
tempo durante o qual a força atua. 49 (01+16+32)
→ →
9. Sobre os conceitos de momento e binário, some as alter-
7.

A barra, de peso desprezível, está sujeita às forças F , P e nativas corretas:
T , de módulos respectivamente iguais a 50 N, 30 N e 10 N. Os 01) Momento é o efeito de giro ou tendência de giro pro-
pontos A e B são as extremidades das barras. Adote o sentido duzido por uma força sobre um corpo e é diretamente
horário como positivo e some as alternativas corretas: proporcional à intensidade desta força.
→ 02) Qualquer força aplicada a um corpo é capaz de produ-
F
zir um momento sobre ele.
30° 04) Quanto menor o diâmetro do volante de um automóvel,
A B mais fácil será para o motorista manobrá-lo, exigindo
2m 3m 5m menos força para aplicar um momento (binário).
→ → 08) As maçanetas das portas encontram-se na extremidade
P T
→ oposta ao eixo de rotação das mesmas (dobradiças) para
01) O momento de F→ em relação a A é –250 N . m. que seja necessário menos força para rotacioná-la.
02) O momento de F →
em relação a B é 250 N . m. 16) Um sistema constituído por duas forças paralelas, de
04) O momento de T →
em relação a A é –50 N . m. mesma intensidade, com sentidos contrários, caracte-
08) O momento de P em relação a B é –240 N . m. riza-se como binário, desde que as linhas de ação das
16) A barra está em equilíbrio de translação.
→ forças não coincidam.
32) O módulo dos momentos de T em relação a A e a B 32) Diz-se que um corpo extenso rígido está em equilíbrio
são iguais. → em relação a um referencial quando a resultante das
64) O momento

de P em relação a A é igual ao momento forças nele aplicadas for nula.
2 de T em relação a B. 25 (01+08+16)
8 Física 1M4 41 (01+08+32) 10. Sobre o estudo do equilíbrio, analise as proposições e some
8/10 MF,A = –50 . sen 30º . 10 = –250 N . m as alternativas corretas.
MT,A = +10 . 5 = 50 N . m 01) Um corpo em equilíbrio está necessariamente em re-
MP,B = –30 . 8 = –240 N . m pouso.
02) Se a resultante das forças que agem sobre um corpo
extenso for igual a zero, então, necessariamente, este
8. (UFSC) A figura mostra as forças de módulos Q = 10 N, corpo está em equilíbrio.
R = 70 N, S = 20 N e T = 40 N que atuam sobre uma barra 04) Para que um corpo extenso esteja em equilíbrio é ne-
homogênea, com peso de módulo 30 N e com 2 m de compri- cessário que seja nula a resultante das forças que agem
mento, que tende a girar em torno do ponto O. Assinale a(s) sobre ele e que seja nula a soma dos momentos de to-
proposição(ões) verdadeira(s). das as forças que atuam neste corpo em relação a um

R mesmo ponto.
O 30° →
08) A condição necessária e suficiente para que um pon-
Q
to material esteja em equilíbrio, é que a resultante das

60° S forças que agem sobre o mesmo seja igual a zero.

T 16) Se a resultante das forças que agem sobre um corpo
extenso for igual a zero, então este corpo está em equi-
01) O momento da força T em relação ao ponto O é igual líbrio de translação.
a zero. 28 (04+08+16)
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11. (Cefet—RJ—Adaptado) Num parque de diversões, há dois x

Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
tipos de gangorra. Duas crianças, uma de peso maior (a que 2 x
está de boné) e outra de peso menor, brincam, sentando em PN P0
uma gangorra de cada vez, como mostra a figura.
Depois de experimen-
tá-las, descobrem que em (1)
apenas uma delas é possí-
vel permanecer em repouso,
sentadas, sem colocar os pés
no chão. Admitindo que as
crianças se sentam, em cada Para que a barra fique em equilíbrio na horizontal, a rela-
gangorra, à mesma distância ção entre os pesos das crianças deve ser:
do ponto de apoio, em qual a) PN = P0/2 ΣM0 = 0
(2) b) PN = P0
das duas gangorras é possí- P0 . X – PN . X/2 = 0
vel que as crianças permane- c) PN = 2 . P0
PN = 2 . P0
çam em repouso, sem colocar d) PN = 4 . P0
os pés no chão? Justifique
sua resposta. 15. (PUC—RS) Uma régua graduada de 40 cm de comprimen-
to está apoiada num eixo horizontal que passa pelo seu centro
Na gangorra 2, onde o braço menor do momento da criança de peso maior pode com-
de massa, que coincide com a marca de 20 cm. A régua se en-
pensar seu peso, de modo que os momentos de ambos se anulem. contra na posição horizontal. Se no ponto zero da régua for co-
locada uma massa de 50 g, outra massa de 200 g deixa a régua
equilibrada no ponto, em cm,
a) 5
ΣM0 = 0
b) 10
50 . 20 – 200 . x = 0
c) 15
d) 25 x = 5 cm
12. (PUC—PR) Uma senhora estava em sua casa, queria me-
dir o peso de um determinado produto (Px) e não dispunha de e) 30
uma balança. Recorreu a seu filho, um vestibulando, que suge-
riu o seguinte. Temos um pacote de café, peso (Pc) 10 N. Basta 16. A barra a seguir é homogênea e tem peso de 200 N. De-
uma barra uniforme e um cabo de vassoura para servir de apoio, termine a força de reação normal (em N) exercida pelo apoio A
além de um cálculo, para mim, elementar. Com os dados da fi- supondo o sistema em equilíbrio.
gura, o peso do produto desconhecido é: 45 N
Px ΣMB = 0
Pc = 10 N A 200 . 2 + 45 . 2 – RA . 7 = 0
B
RA = 70 N
5m 2m 3m

17. (PUC—PR) A barra homogênea e uniforme figurada abaixo


0,12 m 0,06 m 0,09 m
tem peso igual a 2 000 N e está em equilíbrio sobre dois apoios.
a) 10 N ΣM0 = 0 A força de reação no apoio B vale:
b) 40 N 10 . 0,12 – Px . 0,03 = 0 a) 2 000 N 10 m
c) 2,5 N Px = 40 N b) 1 000 N
d) 15 N A B
c) 1 500 N
e) 20 N
d) 1 250 N 8m
e) 2 250 N
13. (UFPE) A gangorra da figura está equilibrada em torno do FA FB
ΣMA = 0 8m
ponto C por efeito das massas mA = 20 kg e mB = 40 kg. Indique
o comprimento total AB, em metros, supondo que AC = 6,0 m. 2 000 . 5 – FB . 8 = 0 A 5m B
Despreze a massa da gangorra. FB = 1 250 N 2 000 N 2
Física 1M4 9
A C B 18. Na figura abaixo, os fios AB e BC têm pesos desprezíveis 9/10
e o sistema está em equilíbrio estático (repouso). Sendo a mas-
sa do corpo suspenso 4 kg e g = 10 m/s 2, determine as trações
mA
nos fios.
mB
A
a) 7,0 ∑ Fx = 0 T2 x − T1 = 0
ΣMC = 0 45°  
b) 7,5 ∑F = 0 T − 40 = 0
20 . 6 – 40 . CB = 0  y  2 y
c) 8,0
CB = 3 m
d) 8,5
AB = 9 m B
e) 9,0 C y
4 kg
14. (UFMG) A figura mostra um brinquedo, comum em parques
de diversão, que consiste de uma barra que pode balançar em T2 T2y
T2 . cos 45° = T1  2
torno de seu centro. Uma criança de peso P 0 senta-se na extre-  T1 = T2 .
midade da barra a uma distância X do centro de apoio. Uma se- T2 . sen 45° = 40 

2 45° T1 x
gunda criança de peso PN senta-se do lado oposto a uma dis-  2 T2x
T2 . 2 = 40
tância X/2 do centro.
T1 = 40 N T2 = 40 2 N 40 N
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19. (UFSC) Na figura abaixo, o corpo, suspenso pela corda C, 20. (Unioeste—PR) Analisando o sistema ilustrado, assinale o

Equilíbrio dos corpos rígidos


Estática
tem peso igual a 100 N, e o sistema está em equilíbrio. que for correto.
Considere: sen 30° = cos 60° = 0,50
45° 45° sen 60° = cos 30° = 0,87

A B A 30° 60° B

O
C
C
D
50 N
Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) proposição(ões): 01) A tensão no cabo AC é igual a 25 N.
01) O corpo suspenso não terá aceleração. 02) A tensão no cabo BC é igual a 50 N.
02) O corpo suspenso tem aceleração que é igual à ace- 04) A resultante das forças que atuam no ponto C é nula.
leração da gravidade. 08) No ponto B atua uma força de, aproximadamente,
04) As cordas A e B suportam tensões idênticas. 43,5 N e que forma um ângulo de 30° com a vertical.
08) As tensões nas cordas A e B serão maiores que 16) A resultante das forças que atuam nos cabos BC e CD
100 newtons. é uma força horizontal de 25 N.
16) A somatória das forças que atuam no ponto O é nula. 32) A resultante das forças que atuam nos cabos AC e BC
32) As componentes horizontais das tensões nas cordas é uma força vertical de 50 N.
A e B se anulam mutuamente. 64) No ponto A atua uma força de 30 N e que forma um
53 (01+04+16+32)
01) Certa. Σ Fx = 0 ângulo de 30° com a horizontal.
678 678

678
TAx = TBx
02) Errada. 45 (01+04+08+32)
Σ Fy = 0 TAy + TBy = 100 01) Certa. Σ Fx = 0 TA . cos 30° = TB . cos 60°

678 678

678
04) Certa.
08) Errada. TA . cos 45° = TB . cos 45° 02) Errada. Σ Fy = 0 TA . sen 30° + TB . sen 60° = 50
16) Certa. 04) Certa.
TA . sen 45° + TB . sen 45° = 100 08) Certa. TA . 0,87 = TB . 0,50 → TB = 1,74 TA
32) Certa.
TA = TB 16) Errada. TA . 0,50 + TB . 0,87 = 50 y
32) Certa.
2 2 64) Errada. 0,50 TA + 1,74 TA . 0,87 = 50
TA . + TA . = 100 TAy
2 2 TA = 25 N; TB = 43,5 N TA T By
TB
100 2
TA = N ≅ 70 N 60°
2 30°
TAx TBx x

50 N

21. (Unicamp—SP) Milênios de evolução dotaram 22. (Unicamp—SP) O bíceps é um dos músculos envolvidos no
a espécie humana de uma estrutura dentária capaz de mastigar processo de dobrar nossos braços. Esse músculo funciona num
alimentos de forma eficiente. Os dentes da frente (incisivos) têm sistema de alavanca como é mostrado na figura. O simples ato de
como função principal cortar, enquanto os de trás (molares) são equilibrarmos um objeto na palma da mão, estando o braço em po-
especializados em triturar. Cada tipo de dente exerce sua fun- sição vertical e o antebraço em posição horizontal, é o resultado de
ção aplicando distintas pressões sobre os alimentos. Considere um equilíbrio das seguintes forças: o peso P do objeto, a força F
o desenho, que representa esquematicamente a estrutura ma- que o bíceps exerce sobre um dos ossos do antebraço e a força C
xilar. A força máxima exercida pelo músculo masseter em uma que o osso do braço exerce sobre o cotovelo. A distância do coto-
mordida é de 1 800 N. velo até a palma da mão é a = 0,30 m e a distância do cotovelo ao
12 cm ponto em que o bíceps está ligado a um dos ossos do antebraço é
de d = 0,04 m. O objeto que a pessoa está segurando tem massa
9 cm
M = 2,0 kg. Despreze o peso do antebraço e da mão.
2 2 cm
10 Física 1M4
F
10/10 Bíceps Ossos do
antebraço
Músculo
masseter M d
Osso a
Molares do
Incisivos braço
C P

Cotovelo
d
a
Determine as forças máximas exercidas pelos dentes inci- a) Determine a força F que o bíceps deve exercer no an-
sivos ao cortar os alimentos e pelos molares ao triturar os ali- tebraço.
mentos. Σ MC = 0 20 . 0,30 – F . 0,04 = 0 F = 150 N
Molares: 1 800 . 2 = F . 9 Fmáx = 400 N
Incisivos: 1 800 . 2 = F . 12 Fmáx = 300 N b) Determine a força C que o osso do braço exerce nos
ossos do antebraço.
Σ MF = 0 20 . 0,26 – C . 0,04 = 0 C = 130 N
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Você já viu em fotografias ou em filmes a figura do faquir deitado numa cama de

Hidrostática
pregos? Se sim e achou assombroso, e se conhece algum faquir, peça para ele dei-

Equilíbriodos tar numa cama de um só prego e verá o que é realmente assombroso. Percebeu a jo-
gada do faquir?
Considere um adulto que se deite na cama. O peso de um adulto é algo ao re-
dor dos 700 N. Se ele se apoiar em pelo menos 2 000 pregos, cada prego suportará
700 N / 2 000 = 0,35 N por prego. Com essa pressão, o corpo humano não sentirá qual-
quer desconforto, nem mesmo se a pressão dobrar ou triplicar. Os pregos não perfu-
rarão a roupa ou a pele. O experimento só apresentará desconforto (e isso não vale a
pena experimentar) quando o peso em qualquer prego se aproximar dos 2 N.
Para entender a física da cama de pregos, deve-se compreender o conceito de
pressão.
Responda: Um elefante está deitado no chão, e uma bailarina equilibra-se na ponta
dos pés. Qual deles exerce maior pressão no solo?
Provavelmente a bailarina, pois todo o seu peso está concentrado numa pequena área, já o elefante distribui o peso por gran-

de área.
fluidos

3
Física 1M4 1
1/18
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Conceito de pressão

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
Verifique a seguinte experiência: aperte um lápis en- F 200 N 200 N
tre os dedos, conforme mostra a figura. p= =
A 2 m2
A força exercida pelo lápis é a mesma
p = 100 N/m2
nas duas extremidades, porém você po-
Quanto menor for a área,
derá verificar que, na ponta afiada do
maior será a pressão, ou seja, 2 m2
lápis, a sensação é mais intensa.
a pressão é inversamente pro- Quando a área diminui,
Isso ocorre porque a força está a pressão aumenta.
porcional à área de contato.
mais concentrada, ou seja, age
As situações práticas descritas a seguir ilustram o
numa área menor, gerando maior
conceito de pressão.
pressão.
Use área pequena para aumentar a pressão
Pressão de uma força F sobre uma área A é a rela-
ção entre o módulo de F e o valor da área A.

F
p=
A
p — pressão
F — módulo da força →
F
A — área de contato Quanto mais afiada a lâmina da Travas em chuteiras de futebol
A unidade de pressão será, na- faca, maior a pressão exercida. elevam a pressão e permitem afundar
turalmente, a razão entre uma uni- no solo, evitando o deslizamento.

dade de força e uma unidade de


área. No SI, a unidade de pressão
é o N/m2. Em homenagem ao físico inglês Blaise Pascal,
essa unidade é também conhecida como pascal (Pa). Use área grande para diminuir a pressão

1 N/m2 = 1 Pa
Se a pressão é uma grandeza escalar, não vem re-
presentada por vetores. 1. Determine, em N/m 2 , a pressão média
Para exemplificar, imagine um bloco de 200 N de peso exercida por um prédio de 500 t e base de
apoiado sobre uma superfície com área de contato de 200 m 2 nos seus pontos de contato com o solo. Adote
4 m2. Qual seria o valor da pressão exercida pelo bloco? g = 10 m/s 2
p = F/A = 5 000 000/200 = 25 000 N/m2 (Pa)
200 N

4 m2
O bloco exerce
pressão contra o solo.
A pressão que o bloco exerce contra o solo de- 2. Um tijolo tem dimensões 5 x 10 x 20 cm e massa
pende: 200 g. Determine as pressões, expressas em N/m2, que
a) do seu peso (intensidade da força); ele pode exercer quando apoiado sobre uma superfície
3 b) da área de apoio. horizontal. Adote g = 10 m/s 2
2 Física 1M4
p = m . g = 0,2 . 10 = 2 N
2/18 p=
F
=
200 N A1 = 5 . 10 = 50 cm2 = 50 . 10–4 m2
A 4 m2 A2 = 5 . 20 = 100 cm2 = 100 . 10–4 m2
A3 = 10 . 20 = 200 cm2 = 200 . 10–4 m2
p = 50 N/m2 F 2
p= ⇒ p1 = = 400 N/m2
A 5 . 10 −3
Isso significa dizer: cada metro quadrado recebe uma
2
força de 50 N. Pressão, portanto, é a taxa de distribuição p2 = = 200 N/m2
10 . 10 −3
de uma força sobre certa área. 2
p3 = = 100 N/m2
Calcule a intensidade da pressão quando apoiamos 2 . 10 −2
o mesmo bloco, porém com outra face de 2 m 2 de área
em contato com a superfície.
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Densidade absoluta (massa específica)

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
O que pesa mais, um quilo de chumbo ou um quilo Considere, por exemplo, um bloco de ferro cujo vo-
de algodão? lume seja V = 10 cm3. Medindo sua massa, encontrare-
mos m = 76 g. Logo a densidade do ferro será:
m 76 g
d= = d = 7,6 g/cm3
V 10 cm3
Isso significa dizer que 1 cm3 de ferro tem 7,6 g de
massa.
Observe que a unidade de densidade será a razão
entre uma unidade de massa e uma unidade de volume.
No SI, a densidade absoluta será medida em kg/m3, po-
rém na prática outras unidades como g/cm3 e kg/l se-
rão muito utilizadas.
Essa é uma conhecida “pegadinha”. É claro que, em
se tratando de 1 kg, o peso das duas quantidades é o 1 g/cm3 = 103 kg/m3 1 g/cm3 = 1 kg/l
mesmo, porém você sabe que, para obter 1 kg de massa, A tabela a seguir mostra os valores das massas es-
precisaríamos de uma quantidade de algodão muito maior pecíficas de várias substâncias.
que a de chumbo. Isso ocorre porque o chumbo é mais
denso que o algodão, ou seja, suas moléculas estão mais Massas específicas (a 0°C e à pressão de 1 atm)
próximas umas das outras. Portanto, para um mesmo Substância ρ (g/cm3)
volume de chumbo e algodão, afirma-se que o chumbo Hidrogênio 0,000090
possui maior massa. Ar 0,0013
Observando esse fato, definiremos nova grandeza que
Cortiça 0,24
relaciona a massa de um corpo com seu volume. Essa gran-
deza é a densidade (d). Quando o corpo for maciço e ho- Gasolina 0,70
mogêneo, esse valor coincidirá com a densidade absoluta Gelo 0,92
ou massa específica da substância que o constitui. Água 1,00
Massa específica ou densidade absoluta de uma subs- Água do mar 1,03
tância é a relação entre a sua massa e o seu volume. Glicerina 1,25
Alumínio 2,7
m Ferro 7,6
m
Cobre 8,9
V Prata 10,5
V
Chumbo 11,3
Mercúrio 13,6
Massas volumes iguais — densidades absolutas são iguais Ouro 19,3
m Platina 21,4
d=
V

3
Física 1M4 3
3/18
1. Um bloco de madeira, cujo volume é de b) Uma tora dessa madeira tem 3 m 3 de volume.
500 cm3,tem massa igual a 200 g. Qual é a sua massa?
a) Qual é a densidade dessa madeira em g/cm3 e d = m/V 400 = m/3 m = 1 200 kg

em kg/m3? O que significam esses valores?


d = m/V = 200/500 = 0,4 g/cm3 = 400 kg/m3 2. Um corpo homogêneo de massa 4 kg é feito de um
Esses valores representam a quantidade de massa existente por unidade material cuja massa específica é igual a 5 g/cm 3. Deter-
de volume.
mine seu volume em cm3 e em litros (l).
0,4 g/cm3 significa que um cm3 dessa madeira tem massa de 0,4 g.
d = m/V 5 = 4 000/V V = 800 cm3 = 0,8 l
400 kg/m3 significa que um m3 dessa madeira tem massa de 400 kg.
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3. Um cientista pretende determinar a densidade ab- b) Ao misturar esses dois líquidos, qual é a densi-

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
soluta de dois líquidos A e B. Para isso ele determinou dade absoluta da mistura?
a massa de uma porção de cada um deles, m A = 50 g, d = (mA + mB)/(VA + VB)

mB = 300 g, e calculou também seus volumes, VA = 10 cm3 d = (50 + 300)/(10 + 30)


d = 8,75 g/cm3
e VB = 30 cm3.
a) Quais são as densidades dos líquidos A e B?
dA = mA/VA dA = 50/10 dA = 5 g/cm3
dB = mB/VB dB = 300/30 dB = 10 g/cm3

Pressão atmosférica
O ar, assim como toda substância próxima à Terra, é atraído por ela, ou seja, o ar tem peso. Conseqüentemente,
a camada atmosférica que envolve a Graças à pressão
Terra exerce pressão sobre os corpos atmosférica, con-
nela imersos. Essa pressão é deno- seguimos tomar lí-
quido com canudi-
minada pressão atmosférica. nho. Ao sugarmos o
Apesar de a pressão atmosférica ar que existe no ca-
nudo, fazemos com
ser razoavelmente intensa, não senti- que a pressão em
mos seu efeito sobre nosso corpo por seu interior diminua.
Assim a pressão at-
haver equilíbrio entre ela e a pressão mosférica que atua
pa
de nossos fluidos internos. Existem na superfície do lí-
muitas formas de mostrar os efeitos quido o empurra, fa-
zendo com que ele
da pressão atmosférica, porém, para A pressão atmosférica segura um car- suba.
percebê-la, deve-se criar uma região tão colocado sobre um copo com água. Na Lua seria
Ponha o cartão sobre um copo cheio de impossível tomar
em que a pressão seja menor. refresco com
água, deixe-o molhar e inverta o copo
Após a constatação de sua exis- rapidamente. Em princípio, a água não canudinho em
virtude da ausência
tência, os cientistas desenvolveram deve derramar imediatamente, pois a
de atmosfera.
pressão atmosférica segura o cartão.
métodos para medir a intensidade
da pressão atmosférica.

EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI
A idéia de Torricelli foi comparar a pressão atmosférica com a exercida por uma coluna de líquido. Para isso,
ele pegou um tubo com cerca de 1 m de comprimento e encheu-o completamente de mercúrio. Tampando a extre-
midade livre e invertendo o tubo, mergulhou esta parte num recipiente contendo também mercúrio. Ao destampar
o tubo, ele verificou que a coluna descia até estacionar a uma altura de aproximadamente 76 cm acima do nível do
mercúrio. Assim a pressão exercida pela coluna de mercúrio foi equi-
librada pela pressão exercida pelo ar (pressão atmosférica).
Torricelli concluiu que a pressão atmosfé-
rica equivale à pressão exercida por uma co-
luna de 76 cm de mercúrio (cmHg).
pa = 76 cmHg
3 A escolha do mercúrio se deu pela alta
4 Física 1M4
densidade desse líquido, gerando menor co-
4/18
10,3 m

luna. Se a experiência fosse feita com água,


por exemplo, a altura da coluna de líquido se-
ria de aproximadamente 10 metros.
Outra unidade de pressão foi criada pelo
760 mm valor da pressão atmosférica, admitindo esta
como valor unitário, a atmosfera (atm). Assim
1 atm seria a pressão atmosférica ao nível do
mar. Em unidades do SI, esse valor corres-
ponde a aproximadamente 10 5 N/m2.
1 atm = 76 cmHg = 10 5 N/m2
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VARIAÇÃO DA PRESSÃO COM A ALTITUDE

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
O experimento de Torricelli foi realizado numa região
localizada ao nível do mar.
Experiência 1 Que resultado você esperaria se a experiência fosse
realizada acima do nível do mar? A coluna de mercúrio
seria maior ou menor?
Ao nível do mar, toda a coluna atmosférica exerce pressão, porém, quando subimos

no alto de uma montanha, por exemplo, a camada de atmosfera que nos pressio-

na torna-se menor.

Coloque um canudo num copo com água ou refri-


gerante. Agora aspire o líquido com o canudo. Você o
bebe facilmente. Coloque agora dois canudos no mesmo

Coluna
de ar
copo. Aspire novamente com os canudos. Você também

Coluna de ar
bebe facilmente. Agora com os dois canudos na boca,
Cidade B
tente aspirar o líquido com um canudo no copo e outro
fora do copo. O que aconteceu? Por que não consegue
beber a água?
Aspirando o ar, não ocorre a diferença de pressão, assim o líquido não sobe.

Cidade A
Mar

Assim, à medida que a altitude aumenta em relação


ao nível do mar, a pressão atmosférica fica menor.
Pascal foi o primeiro físico a suspeitar desta relação
Experiência 2
entre pressão atmosférica e altitude, refazendo a expe-
riência de Torricelli em diferentes altitudes. A tabela ao
lado mostra a variação da pressão com a altitude.
Variação da pressão
atmosférica com a altitude
Altitude (m) p0 (cmHg)
0 76
500 72
1 000 67
2 000 60
É freqüente, em restaurantes, encontrar latas de 3 000 53 3
azeite com um único orifício. Nesse caso, o freguês ve-
Física 1M4 5
rifica, ao virar a lata, que, após a queda de poucas go-
4 000 47 5/18
5 000 41
tas, o processo estanca, obrigando-o a repetir a ope-
ração. 6 000 36
Traga duas latas de azeite, uma com um único furo e 7 000 31
outra com dois furos, e explique a diferença. 8 000 27
Com dois furos, a pressão atmosférica atua na superfície do azeite e, com a lata vi-
9 000 24
rada, facilita sua saída. 10 000 21
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Teorema de Stevin

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
PRESSÃO DE UMA COLUNA DE LÍQUIDO TEOREMA DE STEVIN
(PRESSÃO HIDROSTÁTICA) Sabe-se que um mergulhador, à medida que aumenta
Assim como os sólidos, os líquidos também exercem sua profundidade no mar, fica submetido a pressões cada vez
pressão em razão do seu peso. Considere um recipiente maiores. O teorema de Stevin permite calcular o acréscimo
cilíndrico contendo um líquido de densidade d até a al- de pressão em virtude do aumento de profundidade.
tura h. Calcule o valor da pressão exercida pelo líquido Considere um líquido de densidade d em repouso,
sobre a base do recipiente. como mostra a figura.
P m.g
p= =
A A
hA
Da matemática, sabe-se
hB
que o volume de um cilindro A
h
pode ser obtido multiplicando ∆h
d
a área da base pela altura. As-
A B
sim o volume de líquido será
V=A.h
m As pressões hidrostáticas nos pontos A e B podem
A densidade desse líquido vale d =
V ser calculadas por
Substituindo essas duas expressões na primeira: pA = d . g . hA e pB = d . g . hB
d. V.g
p= , da qual se conclui que p = d . g . h Diferença de pressão entre esses dois pontos:
V
h pB – pA = d . g . hB – d . g . hA
pB – pA = d . g(hB – hA)
A pressão exercida por um líquido é diretamente
proporcional à sua densidade, ao valor da aceleração pB – pA = d . g . ∆h, ou ainda pB = pA + d . g . ∆h
da gravidade local e à altura da coluna. Essa expressão traduz o teorema de Stevin, conhe-
cido como princípio fundamental da hidrostática.
A diferença de pressão entre dois pontos no inte-
rior de um líquido é diretamente proporcional à densi-
Verifique experimentalmente que a pressão hi-
dade do líquido, à aceleração da gravidade local e ao
drostática é diretamente proporcional à altura
desnível vertical entre os pontos.
da coluna de líquido. Pegue uma garrafa de refrigerante
(PET) e faça dois furos. Estes não devem pertencer ao Se os pontos A e B pertencerem a um mesmo
mesmo plano horizontal, ou seja, um deles vai estar mais plano horizontal, não haverá diferença de pressão en-
próximo da base (ver figura). Encha a garrafa de água e tre eles, ou seja, pontos situados num mesmo nível
observe os jatos de água que saem pelos furos. do líquido em equilíbrio estão sujeitos à mesma
pressão.

PRESSÃO ABSOLUTA E EFETIVA


Na superfície livre de um líquido, a pressão não é nula,
pois o ar exerce sobre ela a pressão atmosférica.
Assim, um ponto no interior de um líquido fica su-
3 jeito, simultaneamente, à pressão do ar e à pressão do
6 Física 1M4
6/18 próprio líquido.
Então, a pressão absoluta (ou total) no interior de
um líquido é a soma da pressão exercida pelo ar (pres-
Em qual dos pontos você acha que a pressão é maior?
são atmosférica) com a pressão exer- pa
Por que, no primeiro andar, o jato d’água que sai do chuveiro
cida pelo líquido — pressão efetiva
é mais forte do que no último andar de um edifício?
ou hidrostática.
A pressão é maior no furo inferior.
p = pa + d . g . h
h
p — pressão total
pa — pressão atmosférica
d . g . h — pressão efetiva exer- p
cida pela coluna do líquido
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A pressão exercida propriamente pelo líquido é dada c) AeC

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
por d . g . h. pC – pA = d . g . h pC – pA = 1 000 . 10 . 10 = 105 N/m2
Assim para dado líquido no mesmo local, ela só de-
pende de h.
Na figura a seguir, as pressões no fundo dos três re-
cipientes que contêm o mesmo líquido são iguais, em- 4. Calcule a pressão no fundo de uma piscina cheia de
bora os vasos tenham formas diferentes e contenham água de 3 m de profundidade.
quantidades diferentes de líquido. p = pa + d . g . h = 1 . 105 + 1 000 . 10 . 3 = 1,3 . 105 N/m2 = 1,3 atm
pa pa pa

VASOS COMUNICANTES
h Uma das conseqüências do teorema de Stevin são
os vasos comunicantes. Colocando-se um líquido em re-
cipientes de formas e capacidades diferentes, cujas ba-
ses são ligadas entre si, observa-se: quando o equilíbrio
p1 p2 p3 é estabelecido, a altura do líquido é a mesma em todos
eles. Para nivelar dois pontos em uma obra, os pedreiros
costumam usar mangueira transparente, cheia de água
em forma de U.
1. Calcule a pressão exercida sobre a
base de uma lata de óleo de cozinha de
20 cm de altura, sabendo que a densidade do óleo é
dóleo = 0,8 g/cm3
p = d . g . h = 800 . 10 . 0,2 = 1 600 N/m2

2. (Efei—MG) As dimensões de uma piscina de fundo


plano horizontal de um clube social são: L = 25 m de
comprimento e x = 10 m de largura. Sabe-se que a água
que a enche exerce uma força F = 4,5 . 10 6 N no seu
fundo. Determine a profundidade dessa piscina. Considere um sistema constituído de dois vasos co-
Dados: g = 10 m/s 2 e dágua = 1 g/cm3 municantes contendo um líquido em equilíbrio.
p = F/A p = 4,5 . 106/(25 . 10) p = 18 000 N/m2
p=d.g.h 18 000 = 1 000 . 10 . h h = 1,8 m

h1 h2

3. A figura mostra um reservatório contendo água, cuja


densidade vale 103 kg/m3
A A B

De acordo com o teorema de Stevin, pontos de 3


Física 1M4 7
mesmo nível e mesmo líquido em equilíbrio estão sujei- 7/18
10 m

1m tos à mesma pressão.


pA = pB
Supondo ainda que os dois vasos estejam abertos
C B
à atmosfera:
Determine a diferença de pressão entre os pontos: pa + d . g . h1 = pa + d . g . h2
a) A e B
pB – pA = d . g . h pB – pA = 1 000 . 10 . 10 = 105 N/m2 Como a pressão atmosférica (pa) e a gravidade agem
igualmente nos dois vasos, e o líquido é o mesmo, pos-
suindo densidade constante, conclui-se que as alturas
b) B e C
pB – pC = d . g . h pB – pC = 0
(h1 e h2) das colunas líquidas nos dois vasos são iguais.
h1 = h2
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Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
As superfícies livres de um líquido em equilíbrio num
sistema de vasos comunicantes estão no mesmo nível.
1. Um sistema de vasos comunicantes con-
tém água e azeite, conforme a figura. Sabendo
que a massa específica da água é 1,0 g/cm 3, determine
a massa específica do azeite.

Azeite

20 cm

18 cm
Água

Se um sistema de vasos comunicantes contiver dois


líquidos não-miscíveis, isto é, que não se misturam, d1 . h1 = d2 . h2 1,0 . 18 = d2 . 20 d2 = 0,9 g/cm3
toma-se como referência para a aplicação do teorema
de Stevin o nível de separação dos líquidos.

d1 d2
2. Os vasos comunicantes indicados na figura contêm
os líquidos A e B em equilíbrio. Dados d A = 0,8 g/cm3 e
h1 h2
dB = 1,4 g/cm3, calcule x.

A B

6 cm
B
pA = pB
x
pa + d1 . g . h1 = pa + d2 . g . h2
A
Como a pressão atmosférica e a gravidade agem
igualmente nos dois vasos, escreve-se:

d1 . h1 = d2 . h2 d1 . h1 = d2 . h2 1,4 . 6 = 0,8 . x x = 10,5 cm

Conclui-se, então, que as alturas das colunas líqui-


das são inversamente proporcionais às densidades. Note,
ainda, que, para haver equilíbrio, é necessário d 2 > d1,
uma vez que o líquido mais denso fica na parte inferior
dos vasos. Poderia-se generalizar esse raciocínio se hou-
vesse mais de dois líquidos imiscíveis em equilíbrio.

Princípio de Pascal
O físico francês Blaise Pascal estava interessado em determinar o que ocorria com os pontos no interior de um
3 líquido, se este sofresse acréscimo de pressão ∆p.
8 Física 1M4
Após seus estudos, foi possível construir mecanismos como a direção hidráulica e os eleva-
8/18 dores de automóveis.

F

Imagine um recipiente contendo um líquido em equilíbrio.


Sendo a pressão no ponto A (pA) e no ponto B (pB), pelo teorema de Stevin vem: A

pB – pA = d . g . h
Suponha que uma força externa agindo sobre um êmbolo faça a pressão no ponto A variar
B
de um valor ∆p. O que ocorrerá com a pressão no ponto B?
Pascal demonstrou que, como o desnível entre os dois pontos não se altera, a diferença en-
tre as pressões nos pontos A e B também não se altera. Logo o ponto B também sofre acréscimo
de pressão ∆p.
A variação da pressão num ponto de um líquido incompressível em equilíbrio é transmitida integralmente a to-
dos os pontos do líquido.
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PRENSA HIDRÁULICA

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
Uma das aplicações mais importantes do princípio de Pascal é a prensa hidráu-
lica — uma força aplicada a um êmbolo produz um acréscimo de pressão no líquido,
A2 que o transmite a outro êmbolo.
F F
A1 F1 F2
Como o acréscimo de pressão é o mesmo,
p1 = p2
F1 F F
Ou: = 2
A1 A2
F1 e F2 — forças aplicadas aos êmbolos
A1 e A2 — áreas das secções transversais A prensa hidráulica é um disposi-
tivo capaz de multiplicar forças.

1. A figura ilustra um elevador hidráulico, 2. (Fuvest—SP) Considere o arranjo da figura e que um


cujos pistões têm áreas de 20 cm 2 e 800 cm2. Determine líquido está confinado em uma região delimitada pelos êm-
a menor força capaz de elevar um automóvel de massa bolos A e B, de áreas a = 80 cm2 e b = 20 cm2, respecti-
800 kg. Considere g = 10 m/s 2 vamente. O sistema está em equilíbrio. Despreze os pesos
dos êmbolos e os atritos. Sendo mA = 4,0 kg, qual o valor
de mB? mA mB
F

A Horizontal B

Para elevar um automóvel de 800 kg de massa, é necessária uma força de 8 000 N


F1/A1 = F2/A2 F1/20 = 8 000/800 F1 = 200 N

O peso do corpo A é m . g = 4 . g
F1/A1 = F2/A2 4 . g/80 = mB . g/20 mB = 1,0 kg

Teorema de Arquimedes (empuxo)

3
Física 1M4 9
9/18

Você deve ter percebido que um corpo qualquer mer-


gulhado num líquido torna-se aparentemente mais leve. Como a pressão aumenta com a profundidade, as forças
Por que isso ocorre? exercidas pelo líquido, na parte inferior do corpo, são maio-
Quando mergulhamos um corpo no líquido, a pres- res do que as forças exercidas na parte superior. Isso faz
são exercida sobre ele age em todas as direções. com que a resultante das forças esteja dirigida para cima.
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Essa força é o empuxo do líquido sobre o corpo mer- Como o produto A . h equivale ao volume do corpo,

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
gulhado. escreve-se
E = dl . Vs . g
dl — densidade do líquido
Vs — volume de líquido deslocado pelo corpo que,
nesse caso, coincide com o volume do próprio corpo.
O produto dl . Vs corresponde à massa de líquido
deslocado; assim o empuxo equivale ao peso do líquido
deslocado pelo corpo.
Esta conclusão exprime o princípio de Arquimedes:
Todo corpo imerso em um líquido em equilíbrio re-
cebe deste uma força, vertical e para cima, de intensi-
dade igual ao peso do líquido deslocado.
O empuxo não depende da profundidade em que o
Todo corpo mergulhado em fluido
sofre a ação de uma força vertical corpo se encontra, nem da densidade do corpo.
dirigida para cima — empuxo. O teorema de Arquimedes afirma que o empuxo de-
pende do volume de líquido deslocado. Verifique esse
VALOR DO EMPUXO fato por meio de simples experiência.
Imagine um corpo imerso num líquido em equilíbrio. Introduza parcialmente na água uma bola de futebol,
Analise somente as forças de compressão que o líquido conforme mostra a figura.
exerce sobre ele.

F1

F3 F4

F2

As forças laterais se anulam, pois atuam em profun-


didades iguais. As forças verticais F1 e F2 admitem uma
resultante dirigida para cima, pois na superfície inferior
do corpo a pressão é maior, em razão da maior profun-
didade. Essas forças verticais podem ser consideradas Conforme a bola vai imergindo, a intensidade da
aplicadas nos centros das superfícies superior e inferior força de resistência a essa imersão, o empuxo, também
(bases) do corpo. aumenta. Depois que a bola estiver totalmente imersa no
líquido, mesmo que a afundemos um pouco mais, o valor
do empuxo não aumenta, pois o volume de líquido des-
locado permanece igual ao volume da bola.
A
F1
3 h
1. Um corpo encontra-se totalmente imerso
10 Física 1M4 F2
10/18 A
em um líquido. Calcule a soma das afirmati-
vas corretas a respeito do empuxo sofrido pelo corpo.
01) É dirigido verticalmente para baixo.
Como vimos, a resultante dessas forças constituem 02) Depende da densidade do corpo.
o empuxo (E). 04) Depende da densidade do líquido.
E = F2 – F1 = p2 . A – p1 . A 08) Depende da profundidade em que o corpo se en-
E = (p2 – p1) . A contra.
16) Tem intensidade igual ao peso do líquido que o
Pelo teorema de Stevin, a diferença de pressão vale
corpo deslocou.
p2 – p1 = d . g . h
32) É a força responsável pela impressão de estar-
Assim: mos mais leves quando imersos na água.
E=d.g.h.A 52 (04+16+32)
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2. Um corpo de volume 0,2 m 3 está totalmente imerso Nesse caso, o corpo fica sujeito a uma resultante

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
em um líquido de densidade 5 g/cm 3 . Considerando para cima, fazendo com que o corpo retorne à superfí-
g = 10 m/s2, calcule o empuxo do líquido sobre o corpo. cie livre do líquido.
E = dl . Vs . g E = 5 000 . 0,2 . 10 E = 10 000 N

P
3. Um tronco de árvore de 0,8 m 3 flutua na água, com
metade de seu volume submerso. Calcule o empuxo da
Corpo tão denso quanto o líquido
água sobre o tronco.
O corpo tem densidade igual à do líquido; seu peso
E = dl . Vs . g E = 1 000 . 0,4 . 10 E = 4 000 N
é igual ao empuxo.
Nesse caso, a resultante é nula e o corpo fica em
equilíbrio no interior do líquido.

E
CORPOS TOTALMENTE IMERSOS
Quando um corpo está totalmente imerso em um lí-
P
quido, ele fica sujeito à ação de duas forças: seu peso
(P) e o empuxo (E).
Resumindo:
O peso do corpo pode ser determinado por
d > dl ⇒ P > E ⇒ O corpo afunda.
P=m.g=d.V.g
d < dl ⇒ P < E ⇒ O corpo sobe.
d — densidade do corpo
d = dl ⇒ P = E ⇒ O corpo fica em equilíbrio.
V — volume
Sabe-se que o empuxo é igual ao peso do volume
deslocado.
E = dl . Vs . g Uma esfera de massa 4 kg e volume 0,02 m3
é presa, por meio de um fio, ao fundo de um
Para a condição analisada, o volume de líquido
recipiente contendo água. Determine a tração no fio.
deslocado (V s ) coincide com o volume do corpo (V),
uma vez que este está totalmente imerso. Logo o peso
e o empuxo se diferenciam numericamente apenas pe-
las densidades do corpo (d) e do líquido (d l ). Assim,
para prever se um corpo totalmente imerso em um lí-
quido afundará, emergirá ou flutuará, basta comparar
a densidade do corpo com a densidade do líquido.
O corpo é mantido em equilíbrio sob a ação de três
Corpo mais denso que o líquido forças: peso (P), empuxo (E) e tração (T)
O corpo tem densidade maior que a do líquido; seu
peso é maior que o empuxo. Neste caso, o corpo fica
E
sujeito a uma resultante para baixo, fazendo com que o
corpo afunde. A diferença entre o peso e o empuxo é o 3
peso aparente do corpo. P T
Física 1M4 11
11/18
No equilíbrio
E P+T=E
T=E–P
PAp = P – E o empuxo é E = dl . Vs . g = 1,0 . 103 . 0,02 . 10 = 200 N
P
O peso é P = m . g = 4 . 10 = 40 N
Assim, T = E – P = 200 – 40 T = 160 N
Corpo menos denso que o líquido
O corpo tem densidade menor que a do líquido; seu
peso é menor que o empuxo.
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4. Um corpo pesa, no ar, 200 N. O mesmo corpo, total-

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
mente imerso em água, apresenta um peso aparente de
1. Uma pedra mergulhada em um rio vai ao 150 N. Determine a densidade do corpo.
fundo. Isso ocorre porque: O peso aparente é a diferença entre o peso real e o empuxo.
a) o teorema de Arquimedes só é válido para cor- Pap = P – E 150 = 200 – E E = 50 N
pos de densidade menor que a da água. E = dl . Vs . g 50 = 1 000 . Vs . 10 Vs = V = 5 . 10–3 m3
b) a massa da pedra é muito grande. d = m/V d = 20/5 . 10–3 = 4. 103 kg/m3
c) a densidade da pedra é maior que a densidade
da água.
d) a aceleração da gravidade é maior no interior da
água.
e) logo depois de mergulhada, a pressão atuante na
pedra é maior na parte superior do que na inferior.

2. Um corpo de densidade 1,5 . 10 3 kg/m3 e volume


0,2 m3 está totalmente submerso na água. Considerando
a aceleração da gravidade 10 m/s2 e a densidade da água 5. Uma esfera homogênea feita de um material cuja
1,0 . 103 kg/m3, faça o que se pede: densidade vale 5,0 g/cm 3 é abandonada na superfície
a) Determine o empuxo que a água exerce sobre o da água (d = 1,0 g/cm3). Determine a aceleração que
corpo. fica sujeita à esfera no interior do líquido.
E = dl . Vs . g Como a densidade do corpo é maior que a do líquido, o peso será maior que o em-
E = 1 000 . 0,2 . 10 puxo, e a resultante será dirigida para baixo. Aplicando a segunda lei de Newton, es-
creve-se:
E = 2 000 N
P–E=m.a d . V . g – dl . Vs . g = d . V . a
Como V = Vs d . g – dl . g = d . a
d − dl 5 000 − 1 000
(d – dl) . g = d . a a = .g a = . 10
d 5 000
a = 8 m/s2

b) Compare o peso do corpo com o empuxo calculado


no item anterior e faça uma previsão do que acon-
tecerá com o corpo, ou seja, diga se ele vai subir,
descer ou permanecer em equilíbrio.
Conhecendo a densidade do corpo e seu volume, seu peso é facilmente deter-
minado por P = d . V . g = 1 500 . 0,2 . 10 = 3 000 N
Como o peso do corpo é maior que o empuxo, ele afundará. A aceleração com
a qual ele afundará pode ser determinada pela segunda lei de Newton.
FR = m . a P – E = m . a 3 000 – 2 000 = d . V . a
1 000 = 1 500 . (0,2) . a
a = 3,33 m/s2 (O corpo desce com esta aceleração.)
CORPOS PARCIALMENTE IMERSOS

3 3. Uma esfera de massa 1 kg e volume 300 cm 3 é sus-


12 Física 1M4 pensa por um fio e imersa em um líquido de densidade
12/18 0,8 g/cm3, sem tocar nas paredes nem no fundo do re-
cipiente que o contém. Calcule a tração no fio que sus-
tenta a esfera nessas condições. Dado g = 10 m/s 2
No equilíbrio tem-se T + E = P
Logo a tração no fio será a diferença entre o peso do corpo e o empuxo do líquido.
T = P – E = m . g – dl . Vs . g Um corpo permanece em equilíbrio, flutuando na su-
g = 1 . 10 – 800 . 3 . 10–4 . 10 perfície de um líquido, quando a densidade d do corpo
T = 7,6 N
for menor que a densidade dl do líquido.
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Nestas condições, o corpo desloca apenas uma quan- Como o corpo está em equilíbrio, o peso é igual ao

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
tidade de líquido suficiente para equilibrar o próprio peso empuxo.
e o empuxo atua somente na parte imersa do corpo. P=E
d . V . g = dl . Vs . g
E
d . V = dl . Vs
d V
Ou ainda: = s
P
dl V
d
A fração representa a densidade do corpo em re-
dl
V
lação ao líquido; s representa a fração imersa do corpo.
V
Assim, conclui-se que a fração imersa de um corpo em
Evidentemente, o volume do corpo não equivale mais equilíbrio corresponde à densidade do corpo em relação
ao volume do líquido deslocado. ao líquido. Observe a situação proposta.
Um bloco de plástico flutua na água, com metade de
V seu volume imerso. Se a densidade da água é 1 g/cm 3,
qual é a densidade do bloco?
Como o volume submerso (V s) vale a metade do vo-
Vs lume total do corpo, a densidade do corpo é numerica-
mente igual à metade da densidade do líquido, ou seja,
a densidade do corpo é igual a 0,5 g/cm 3.

1. Uma abelha consegue cravar seu ferrão no bra- 4. É recomendável aos mergulhadores que, ao efetuarem a
ço de uma pessoa, embora a força aplicada pelo ferrão seja mui- subida, não o façam de uma só vez. Explique por quê.
to pequena. Por que ela consegue perfurar a pele do braço? Quando eles sobem, ocorre uma diferença de pressão que deve ser gradativamente
Porque, apesar de a força aplicada ser pequena, ela exerce grande pressão em virtu-
assimilada pelo organismo.
de da pequena área de contato.

5. Uma bola é colocada num tanque que contém 20 000 li-


2. (Fuvest—SP) É freqüente, em restaurantes, encontrar latas tros de água e depois num jarro que contém apenas 2 litros de
de azeite com um único orifício. Nesses casos, ao virar a lata, água. Em qual dos dois recipientes a bola receberá maior em-
o freguês verifica, desanimado, que, após a queda de poucas puxo? Justifique.
gotas, o processo estanca, obrigando a uma tediosa repetição O empuxo será igual, pois o mesmo só depende da densidade do líquido. Como os
da operação: Por que isto ocorre? Justifique.
Quando fazemos um único furo, a pressão atmosférica age sobre ele impedindo que dois recipientes contêm água, o empuxo será o mesmo.

o líquido desça. O correto seria fazermos dois furos, um para o líquido sair e outro

para o ar entrar e empurrar o líquido.

6. (Fuvest—SP) Numa experiência de laboratório, os alunos


3
observaram que uma bola de massa especial afundava na água.
Física 1M4 13
Arquimedes, um aluno criativo, pôs sal na água e viu que a bola
13/18
flutuou. Já Ulisses conseguiu o mesmo efeito, modelando a mas-
sa sob a forma de um barquinho.
Explique, com argumentos da Física, os efeitos observados
3. É comum sentirmos um incômodo no ouvido quando viaja-
por Arquimedes e por Ulisses.
mos para uma região litorânea. Por que isso ocorre?
Arquimedes, ao colocar sal na água, aumentou sua densidade e conseqüentemente
Quando viajamos para regiões de baixas altitudes, a pressão exercida pela coluna de
o empuxo exercido pelo líquido.
ar é maior; assim nosso tímpano fica mais pressionado. Esta sensação normalmente
Ulisses, ao construir um barquinho, aumentou seu volume, deslocando maior quan-
é passageira, até que nosso organismo se acostume com a nova pressão.
tidade de líquido.
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7. Um elefante tem massa de quatro toneladas e cada uma de c) a pressão exercida pela bolsa B no seu ombro é

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
suas patas tem superfície de contato com o solo de 400 cm 2. maior.
Uma bailarina tem massa de 50 kg e apóia-se sobre a ponta de d) o peso da bolsa A é maior.
um pé, cuja superfície de contato com o solo é de 5 cm 2. Qual e) as pressões exercidas pelas bolsas são iguais, mas os
dos dois, elefante ou bailarina, exerce maior pressão sobre o pesos são diferentes.
solo? Justifique sua resposta apresentando os cálculos.
9. (FEP—SP) Um homem de 60 kg está em repouso sobre um
pe = F/A = 40 000/4 . 400 = 25 N/cm2
patim de gelo. A pressão (em N/m 2) exercida pelo patim retan-
pb = F/A = 500/5 = 100 N/cm2 gular que mede 0,15 m de comprimento e 0,045 m de largura,
A bailarina exerce pressão quatro vezes maior que o elefante. sobre o gelo, é de: Adote g = 9,8 m/s 2
a) 6,0 . 104
p = F/A = 60 . (9,8)/(0,15) . (0,045) = 87 111,11 N/m2
b) 7,8 . 104
c) 8,7 . 104
d) 9,8 . 104
e) 11,2 . 104

8. Eva possui duas bolsas A e B, idênticas, nas quais coloca


sempre os mesmos objetos. Com o uso das bolsas, ela perce-
beu que a bolsa A marcava o seu ombro. Curiosa, verificou que
a largura da alça da bolsa A era menor do que a da B. Então,
Eva concluiu que:
a) o peso da bolsa B é maior.
b) a pressão exercida pela bolsa B no seu ombro é me-
nor.

10. Com relação ao conceito de pressão, calcule 13. (Centec—SP) Determine o número de latas de 500 ml
a soma das afirmativas corretas. que podem ser preenchidas com 15,45 kg de água salgada.
01) Forças de mesma intensidade exercem sempre a mes- (Dado: dágua salgada = 1,03 g/cm3)
ma pressão.
d = m/V V = m/d = 15 450/1,03 = 15 000 cm3 = 15 000 ml
02) Pressão pode ser definida como uma força que causa
deformações nos corpos. 15 000/500 = 30 latas
04) Uma força de maior intensidade sempre exerce pres-
são menor que uma força de menor intensidade.
08) É possível alterar a pressão sem alterar a intensidade
da força aplicada.
16) Somente corpos sólidos são capazes de exercer pres-
são sobre uma superfície. 14. (Uesba—BA) Misturam-se 2,0 litros de álcool, cuja densi-
08 dade é de 0,82 kg/litro com 1,0 litro de água, de densidade
11. (UEL—PR) Qual é, em gramas, a massa de um volume de 1,0 kg/litro. A densidade da mistura é, em kg/litro, de:
50 cm3 de um líquido cuja densidade é igual a 2,0 g/cm 3? a) 2,64 d = m/V
a) 25 b) 1,82 mA = dA . VA = 0,82 . (2) = 1,64 kg
d = m/V m = d .V = 2 . (50) = 100 g
b) 50 c) 1,0 mB = dB . VB = 1 . (1) = 1 kg
c) 75 d) 0,91 d = (mA + mB)/(VA + VB)
d) 100 e) 0,88 d = (1,64 + 1)/(2 + 1)
e) 125
d = 0,88 kg/litro

3
14 Física 1M4
14/18 12. O volume que ocupa 400 g de mercúrio, sabendo que sua 15. (UEM—PR) Um cubo homogêneo de alumínio, de 2 m de
massa específica é igual a 13,6 g/cm3, é, aproximadamente: aresta, está apoiado sobre uma superfície horizontal. Qual a
a) 5,44 cm3 pressão, em N/m 2, exercida pelo bloco sobre a superfície?
d = m/V V = m/d = 400/13,6 = 29,41 cm3
b) 29,41 cm3 Dados: dA1 = 2,7 x 10 3 kg/m3 e g = 10 m/s 2
3
c) 0,03 cm a) 2,7 . 104
d) 0,34 cm3 b) 2,7 . 1010 V = 23 = 8 m3
e) n.d.a. c) 1,35 . 10 4 d = m/V
d) 1,35 . 1010 m = d . V = 2,7 . 103 . 8 = 21,3 . 103 kg
e) 5,4 . 10 4 O peso do bloco é P = m . g = 21,3 . 104 N
p = F/A = 21,3 . 104/4 = 5,4 . 104 N/m2
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16. Quando você toma guaraná num copo utilizando um canu- 20. (PUC—PR) A caixa-d’água de uma residência tem a forma

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
do, o líquido sobe pelo canudo porque: cúbica com aresta de 1,0 m. Com a caixa totalmente cheia, a
a) a pressão atmosférica cresce com a altura, ao longo pressão de saída da água nas torneiras é p. Para aumentar essa
do canudo. pressão, sugeriu-se substituir a caixa por outra na forma de um
b) a pressão no interior do canudo é menor que a pres- paralelepípedo. Qual ou quais das quatro caixas — representa-
são atmosférica. das pelas suas dimensões no quadro a seguir —, quando total-
c) a densidade do guaraná é menor que a densidade do mente cheias, causaria, ou causariam, uma pressão maior que
ar. p nas torneiras?
d) a pressão em um fluido se transmite integralmente a
todos os pontos do fluido. Comprimento Largura Altura
e) a pressão hidrostática no copo é a mesma em todos Caixa 1 3,0 m 1,5 m 0,5 m
os pontos de um plano horizontal.
Caixa 2 2,0 m 1,0 m 1,0 m
17. Foram feitas várias medidas de pressão atmosférica por Caixa 3 0,5 m 0,5 m 2,0 m
meio da realização da experiência de Torricelli. O maior valor
para a altura da coluna de mercúrio foi encontrado: Caixa 4 2,0 m 0,5 m 1,5 m
a) no 7º andar de um prédio em construção na cidade de a) Somente a caixa 1.
Juiz de Fora. b) As caixas 3 e 4.
b) no alto de uma montanha, a 2 000 metros de altura. c) Somente a caixa 2.
c) numa bonita casa de veraneio em Ubatuba, no litoral d) As caixas 1 e 2.
paulista. e) Somente a caixa 4.
d) em uma aconchegante moradia na cidade de Campos
do Jordão, situada na Serra da Mantiqueira.
e) no alto do Pico do Everest, o ponto culminante da
Terra.

18. Você tem um recipiente cilíndrico, cujo diâmetro da base


é D, contendo um líquido de densidade d até uma altura h. Va-
riando apenas a medida de uma dessas grandezas de cada vez,
como se pode aumentar a pressão hidrostática em P, que está
no fundo do recipiente?
a) Aumentando D. 21. (UFSC) Some os valores das opções corretas. A figura é a
b) Diminuindo D. de um recipiente que contém um fluido em repouso. Com rela-
c) Aumentando h. ção à pressão hidrostática (nos pontos A, B, C, D e E), saben-
d) Diminuindo h. do que p0 é a pressão atmosférica e hA, hBC, hDE, as profundi-
e) Diminuindo d. dades, podemos afirmar que:
p0
19. (UFPel—RS) A experiência de Torricelli está representada
h=0
na figura. hA A
C hBC
hDE
C B

76 cm
D E

A B

01) a maior pressão é a existente na superfície do líquido,


hA = hB que é igual à pressão atmosférica.
02) os pontos A, B e E têm pressões hidrostáticas idênticas.
Hg
04) os pontos C e D têm pressões hidrostáticas idênticas.
08) a pressão hidrostática no ponto E é maior que no pon- 3
A pressão exercida pela coluna de mercúrio mede a pres-
to C. Física 1M4 15
são atmosférica porque:
16) a pressão hidrostática no ponto C é maior do que no 15/18
ponto E.
a) a pressão, no ponto C, é igual à pressão atmosférica. 32) a pressão hidrostática no ponto A é menor do que a
b) a pressão, no ponto C, é igual à pressão no ponto A. pressão atmosférica.
c) a pressão, no ponto B, é maior que no ponto A. 64) a pressão hidrostática no ponto D é menor do que no
d) a pressão, no ponto B, é igual à pressão no ponto A. ponto A.
e) as pressões, nos pontos A, B e C, são iguais. 08
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22. (UFMA) Sabendo-se que a pressão no fundo de uma pis- 26. (AFA—SP) Os pistões de um macaco hidráulico têm áreas

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
cina é de 1,4 . 10 5 Pa, num local onde a pressão atmosférica é de 20 cm2 e 300 cm2. Se uma força de 390 N é aplicada no pis-
de 1,0 . 105 Pa, a profundidade da piscina é de: tão de menor área, qual a intensidade da força, em newtons,
Dados: dágua = 1,0 g/cm3 e g = 10 m/s 2 exercida pelo pistão de maior área?
a) 2 m a) 260 F1/A1 = F2/A2
b) 3 m 1,4 . 105 = 105 + d . g . h b) 4 580
390/20 = F2/300
c) 4 m 0,4 . 105 = 103 . 10 . h c) 5 850
d) 5 m d) 7 820 F2 = 5 850 N
h=4m
e) 6 m

23. (UEM—PR) Dois líquidos imiscíveis de densidades


d1 = 0,8 g/cm3 e d2 = 1 g/cm3 são colocados num tubo em U
e se equilibram do modo esquematizado. Se a coluna de líqui-
do menos denso vale h 1 = 20 cm, qual a altura h2 da coluna de
líquido mais denso, em relação à horizontal que passa pela su- 27. Deseja-se construir uma prensa hidráulica que permita exer-
perfície de separação entre os líquidos? cer no êmbolo maior uma força de 5,0 . 10 3 N quando se apli-
ca uma força de 50 N no êmbolo menor, cuja área é de 20 cm 2.
d1 . h1 = d2 . h2 Nesse caso, a área do êmbolo maior deverá ser de:
h2 = ?
h1 = 20 cm

0,8 . 20 = 1,0 . h2 a) 2,0 . 10 cm 2 F1/A1 = F2/A2


h2 = 16 cm b) 2,0 . 102 cm2
50/20 = 5 000/A2
c) 2,0 . 103 cm2
4 2 A2 = 2 000 N
d) 2,0 . 10 cm
e) 2,0 . 105 cm2

24. (OBF) Num tubo em forma de U, cujos ramos têm compri-


mentos maiores que 100 cm e secção uniforme de diâmetro
1 cm, coloca-se primeiramente mercúrio (Hg) de densidade
13,6g/cm 3 . Em seguida, despeja-se água (H2O), de densidade
28. (UFSM) A relação entre F e f, na prensa hidráulica da fi-
1g/cm3, em ambos os ramos, de modo que se tenha a situação
gura, para que exista equilíbrio, sabendo-se que o raio do ci-
de equilíbrio mostrada na figura.
lindro maior é 10 (dez) vezes o raio do cilindro menor, é:
Com relação a H,
a) 10–2
a) é impossível determi- H2O
b) 10–1 F f
ná-lo, pois o valor de
c) 10
x não é fornecido.
H d) 102
b) H = 27,2 cm
e) 103
c) H = 25,2 cm H2O
x
d) H = 13,6 – x F1/100 . A = f/A
e) H = 0 se x = 0 2cm
F/100 = f
(H + 2) . 1 = 2 . (13,6) F/f = 100
H = 25,2 cm
Hg

25. (PUC—PR) A figura representa uma prensa hidráulica.


3 Área da secção F P = 800 N
16 Física 1M4
A = 1 m2 A B
16/18
Área da secção
29. Uma pedra mergulhada em um rio vai ao fundo. Isso ocor-
B = 0,25 m 2 re porque:
a) o teorema de Arquimedes só é válido para corpos de
densidade menor que a da água.
b) a massa da pedra é muito grande.
c) a densidade da pedra é maior que a densidade da água.
Determine o módulo da força F aplicada no êmbolo A, para
d) a aceleração da gravidade é maior no interior da água.
que o sistema esteja em equilíbrio.
e) logo depois de mergulhada, a pressão atuante na pe-
a) 800 N
F1/A1 = F2/A2 dra é maior na parte superior do que na inferior.
b) 1 600 N
c) 200 N 800/0,25 = F2/1
d) 3 200 N F2 = 3 200 N
e) 8 000 N
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30. (PUC—PR) Recentemente, a tragédia ocorrida com o sub- 08) Dadas duas banquetas de mesma massa, uma com

Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática
marino nuclear russo Kursk, que afundou no mar de Barents três pernas e outra com quatro, e cada perna com a
com toda a tripulação, comoveu o mundo. A flutuação de um mesma secção reta, a de três pernas exercerá menor
submarino é regida, basicamente, pelo princípio de Arquimedes, pressão sobre o solo.
da hidrostática. Um submarino pode navegar numa profundida- 16) A prensa hidráulica, o freio hidráulico e a direção
de constante, emergir ou submergir, conforme a quantidade de hidráulica são exemplos de aplicação do princípio de
água que armazena em seu interior. Assinale a alternativa incor- Arquimedes.
reta. 07 (01+02+04)
a) Quando o submarino se mantém parado à profundida- 34. (PucCamp—SP) Um corpo M, de volume 50 cm 3 e den-
de constante, o empuxo sobre ele tem o mesmo mó- sidade 8,0 g/cm 3, está submerso num líquido de densidade
dulo do peso do submarino. 1,3 g/cm3, em que a aceleração da gravidade vale 10 m/s 2. O
b) O empuxo sobre o submarino é igual ao peso da água empuxo exercido pelo líquido em M é, em newtons, igual a:
que ele desloca. a) 6,5 . 10–1
c) Estando as câmaras de flutuação cheias de água e expul- b) 3,4 . 10–1
sando água das mesmas, o submarino tende a emergir. c) 1,04 . 10–1
d) Admitindo água do mar nas câmaras de flutuação, o d) 3,4 . 10–2
submarino tende a submergir. e) 1,04 . 10–2
e) Expulsando a água do mar de dentro das câmaras de
E = dl . Vs . g
flutuação, o empuxo sobre o submarino torna-se me-
nor em módulo que seu peso. E = 1 300 . 5 . 10–5 . 10
E = 6,5 . 10–1 N

31. Um bloco de ferro maciço flutua em mercúrio, parcialmen- 35. (Faap—SP) Calcule o empuxo quando se mergulha to-
te imerso, porque: talmente em óleo um corpo maciço de ferro com massa
a) o volume de mercúrio deslocado é maior que o volu- m = 1,6 kg (Dados: g = 10 m/s 2, dóleo = 7,5 . 10 2 kg/m3 e
me do bloco de ferro. dferro = 8,0 . 10 3 kg/m3)
b) o peso total do mercúrio é maior que o peso do bloco
d = m/V 8 000 = 1,6/V V = 2 . 10–4 m3
de ferro.
c) o ferro está numa temperatura mais alta. E = dl . Vs . g E = 7 500 . 2 . 10–4 . 10 E = 15 N
d) o mercúrio tem densidade menor que o ferro.
e) o mercúrio tem densidade maior que o ferro.

36. Por meio de um dinamômetro, determinou-se o peso de um


corpo maciço fora e dentro da água, obtendo-se respectivamen-
32. Assinale a opção que explica corretamente por que um ba- te os valores 100 N e 20 N. Determine o volume do corpo.
lão de São João sobe.
a) A pressão dos gases no interior do balão é menor que E = 100 – 20 = 80 80 = 1 000 . Vs . 10 V = 8 . 10–3 m3
a pressão atmosférica externa.
b) A pressão atmosférica cresce com a altitude.
c) O peso do balão é menor que o peso do ar que ele desloca.
d) O valor da aceleração da gravidade decresce com a altitude.
e) O volume do balão diminui à medida que ele sobe.

37. (PUC—SP) Um bloco de madeira, de volume 200 cm 3, flu-


3
tua em água com 60% de seu volume imerso. O mesmo bloco
Física 1M4 17
é colocado em um líquido de densidade 0,75 g/cm 3. O volume 17/18
submerso do bloco vale em cm 3:
33. (UFPR) Considerando os conceitos de pressão e empuxo, a) 150
é correto afirmar: b) 160
01) A pressão em um ponto no fundo de um tanque que c) 170
contém água em equilíbrio depende da altura da colu- d) 180
na de água situada acima desse ponto. e) 190
02) Se um objeto flutua na água com 1/3 do seu volume
submerso, então sua densidade é igual a 1/3 da den- E = P = dl . Vs . g
sidade da água. = 1 000 . 0,2 . 10–3(0,6) . 10
04) Quando um objeto se encontra em repouso no fundo de P = 1,2 N
um reservatório contendo água, a intensidade do em- 1,2 = 750 . V . 10
puxo é menor que a intensidade do peso do objeto. V = 1,6 . 10–4 m3 = 160 cm3
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Equilíbrio dos fluidos


Hidrostática 38. (OBF) Dois recipientes A e B fechados estão 39. (PUC—PR) Duas esferas, A e B maciças, de mesmo volu-
completamente cheios com o mesmo líquido (ver figura). Com me, mas de materiais diferentes, estão ligadas uma à outra em
relação aos pesos P dos líquidos e às forças F exercidas pelos equilíbrio, submersas na água (figura 1). Por uma razão qual-
líquidos no fundo dos recipientes, pode-se afirmar: quer, a ligação entre elas é rompida e se constata que a esfera
A passa a flutuar com metade de seu volume fora da água, e a
esfera B vai para o fundo do recipiente (figura 2).
Volume V Volume V/2 A relação entre as massas específicas das esferas é:
Figura 1 Figura 2
H A H
B
A
Área A Área A A

B
a) PB = PA/2 e FA = FB B
b) PB = PA e FB = FA/2
c) PB = PA/2 e FB = FA/2
a) µA/µB = 3/2
d) PB = PA e FA = FB
b) µA/µB = 2/3
e) PB = PA/2 e FB = 2FA
c) µA/µB = 1
d) µA/µB = 1/2
e) µA/µB = 1/3

F1G1 = PA + PB = E F1G2 = PA = E
mA . g + mB . g = µl(v + v) . g
µAv + µBv = µl2v mA . g = µl v g
2
µ
µ
µA + µB = 2 . µl → Substituindo µA = l µA= l
2 2
µl
+ µB= 2µl
2
3 µ 1
µB = µl → A =
2 µB 3

Anotações

3
18 Física 1M4
18/18
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Física
Dinâmica III — Gravitação universal
9. e 14. c 19. d 23. d
10. c 15. e 20. d 24. a) 1,6 m/s2
11. e 16. b 21. e b) Permanece a mesma.
12. d 17. a 22. 19 (01+02+16)
13. 86 (02+04+16+64) 18. e

Estática — Equilíbrio dos corpos rígidos


6. c 11. Na gangorra 2, onde o braço me- 13. e 19. 53 (01+04+16+32)
7. 41 (01+08+32) nor do momento da criança de peso 14. c 20. 45 (01+04+08+32)
8. 49 (01+16+32) maior pode compensar seu peso, de 15. a 21. 400 N e 300 N
9. 25 (01+08+16) modo que os momentos de ambos se 16. 70 N 22. a) 150 N
10. 28 (04+08+16) anulem. 17. a b) 130 N
12. b 18. T1 = 40 N e T 2 = 40 2 N

Hidrostática — Equilíbrio dos fluidos


10. 08 18. c 26. c 34. a
11. d 19. d 27. c 35. 15 N
12. b 20. b 28. d 36. 8 . 10–3 m3
13. 30 latas 21. 08 29. c 37. b
14. e 22. c 30. c 38. c
15. e 23. 16 cm 31. e 39. e
16. b 24. c 32. c
17. c 25. d 33. 07 (01+02+04)

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