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16/06/2023, 10:49 Conversores e inversores

Conversores e
inversores
Prof. Raphael dos Santos

Descrição

O princípio de funcionamento de conversores step down e step up, os conceitos de inversores monofásicos e trifásicos e o funcionamento da
técnica PWM, com a obtenção de dados analógicos por sistemas digitais através da modulação da largura de pulso.

Propósito

O avanço dos circuitos, principalmente no quesito de automação, tem exigido uma compreensão mais profunda sobre estrutura de sistemas
conversores e inversores, suas especificações, utilizações e princípios de funcionamento. Por conta disso, é fundamental a compreensão desses
conceitos, para colocação no mercado de trabalho.

Objetivos

Módulo 1

Conversor step down


Analisar o princípio de funcionamento de um conversor step down.

Módulo 2

Conversor step up

Analisar o princípio de funcionamento de um conversor step up.

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Módulo 3

Inversores monofásicos e trifásicos


Reconhecer os conceitos de inversores monofásicos e trifásicos.

Módulo 4

Funcionamento de um PWM
Analisar o funcionamento de um PWM.

meeting_room
Introdução
O vídeo a seguir tem como finalidade dar-lhe boas-vindas, introduzir você à importância dos sistemas de conversão e inversão nos sistemas
elétricos e aos módulos que o compõem.

1 - Conversor step down


Ao final deste módulo, esperamos que você analise o princípio de funcionamento de um conversor step down.
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Vamos começar!

video_library
Os conversores AC-AC
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos sobre os assuntos que serão abordados ao longo deste conteúdo.

Abaixadores de tensão
Abaixar a tensão elétrica em um circuito elétrico é uma funcionalidade bastante importante para os sistemas elétricos.

A redução do nível de tensão elétrica de um sistema pode ser fundamental para sua adaptação ao nível da tensão
necessária para atender as necessidades dos consumidores.

Contudo, cabe destacar que reduzir a tensão elétrica de um sistema pode demandar certa complexidade por parte dos sistemas elétricos
envolvidos.

Exemplo

A redução dos níveis de tensão em corrente alternada (CA) e em corrente contínua (CC) são atividades bastante diferentes, variando do uso de um
transformador abaixador até um circuito elétrico com elementos de chaveamento devidamente projetados.

Transformadores abaixadores de tensão


Um transformador abaixador de tensão permite converter um nível mais elevado de tensão (e mais baixa corrente) que se encontra no enrolamento
primário (lado denominado de High Voltage - HV) para um nível mais baixo de tensão, com uma corrente elétrica mais elevada, que se localiza no
seu enrolamento secundário (lado, denominado Secundário ou Low Voltage - LV), como pode ser visto na imagem a seguir.

Transformador abaixador.

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O transformador que realiza a função inversa à do transformador abaixador é conhecido como transformador elevador. Um transformador é um
tipo de equipamento elétrico estático capaz de transformar:

open_in_full

Esquema de transformador abaixador.

Um transformador abaixador tem uma ampla variedade de aplicações em sistemas elétricos e linhas de transmissão. Assim como os
transformadores, podem diminuir a tensão:

filter_1
Passando de uma tensão mais alta no lado primário.
arrow_forward

filter_2
Passando para uma tensão mais baixa no lado secundário.

Eles também podem aumentar a tensão:

Indo de uma tensão mais baixa no lado primário.


close

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Para uma tensão mais alta no lado secundário.

Esses transformadores são conhecidos como transformadores elevadores de tensão.

As espiras de um transformador representam o número de voltas que o fio condutor utilizado na sua construção dá em torno do núcleo magnético
formando os enrolamentos, como pode ser visto na imagem a seguir:

Espiras de um transformador abaixador.

A relação ou número de espiras de um transformador (n) pode ser associada à relação entre os enrolamentos de primário e secundário e é
aproximadamente proporcional à relação de tensão entre os lados do transformador (como pode ser visto na Equação 1).

Eq. 1

VP NP
n = =
VS NS

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde VP e VS são as tensões de primário e secundário, respectivamente, e NP e NS são os números de espiras nos lados primário e secundário,

respectivamente. O lado primário de um transformador abaixador (lado HV) tem um número maior de voltas do que o lado secundário (lado LV).

A relação entre as espiras de um transformador abaixador permite que um sinal com uma amplitude elevada colocado no lado primário apresente
uma amplitude reduzida no secundário, como pode ser visto na imagem a seguir.

Espiras de um transformador abaixador.

A energia no transformador flui do lado primário para o lado secundário. Isso significa, em um transformador abaixador, que a energia flui do lado de
alta tensão para o lado de baixa tensão. A tensão é reduzida de seu valor primário (tensão de entrada) para um valor secundário (tensão de saída).

Ao rearranjar a Equação 1 pode-se encontrar uma fórmula para a tensão de saída (ou seja, a tensão do secundário). Ela é chamada de fórmula do
transformador abaixador:

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Eq. 2

N S × VP
VS =
Np

Rotacione a tela. screen_rotation


Organizando as equações do transformador, podemos calcular facilmente a relação de espiras do transformador. Além disso, é possível verificar se
o transformador utilizado é um dispositivo de redução (abaixador) ou de aumento (elevador).

A primeira aplicação de sistemas de baixa tensão (BT) refere-se aos transformadores em dispositivos eletrônicos. A alimentação dos circuitos
eletrônicos requer valores de baixa tensão (por exemplo, 5 V ou valores ainda mais baixos).

Um transformador abaixador é usado para fornecer esse valor de baixa tensão que é adequado para a alimentação de eletrônicos. Ele transforma a
tensão doméstica monofásica ou bifásica (127 V ou 220 V) do lado primário em uma tensão mais baixa no lado secundário, que é usada para
alimentação eletrônica.

O transformador não converte as tensões, ou seja, não transforma a tensão alternada em contínua. Os elementos
responsáveis por isso são os retificadores em meia-onda ou em ponte completa baseados em diodos
semicondutores.

Isso significa que uma tensão alternada deve ser fornecida ao transformador para que ele seja capaz de abaixá-la ou aumentá-la, e que a tensão na
saída continuará sendo alternada.

Se os dispositivos eletrônicos forem projetados para ter potência nominal mais alta, são necessários transformadores com alta frequência de
operação (kHz-s). Os transformadores com maiores valores de potência nominal em frequência nominal de 50/60 Hz seriam muito grandes e
pesados.

Exemplo

Os carregadores de bateria para celulares utilizam em seu funcionamento os transformadores abaixadores.

Aplicações de transformadores abaixadores de tensão


Os transformadores abaixadores têm uma função muito importante em sistemas de potência. Eles abaixam o nível de tensão e os adaptam às
necessidades dos equipamentos consumidores de energia. Essa adaptação é realizada em diversas etapas.

Transmissão expand_more

Um sistema de transmissão de energia de longa distância deve ter um nível de tensão o mais alto possível. Esse nível é necessário pois uma
alta tensão e uma baixa corrente permitem que a perda de potência de transmissão será significativamente diminuída.

Isso acontece porque a perda ocorre na forma de calor (efeito Joule) e é promovida pela dissipação de potência nos condutores. Como os
condutores não são ideais (possuem resistência – R), a corrente percorrendo os cabos promove uma perda de potência:

2
P = R × I

Onde I é a corrente em Ampères.

Como o importante é a manutenção da potência na rede, uma redução na corrente elétrica deve ser seguida de um aumento substancial na
tensão elétrica:

P = V × I

Onde V é a tensão em Volts.

Dessa forma, é possível aumentar consideravelmente a tensão e manter uma corrente baixa conservando a potência:

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P = Vmuito alta × Imuito baixa = Vmuito baixa × Imuito alta

Sendo assim, deve ser projetada uma rede elétrica que permita conectar ao sistema de transmissão diferentes níveis de tensão. A tensão
inicialmente muito alta para permitir a transmissão da energia deve ser abaixada gradativamente.

Os transformadores abaixadores são utilizados na interligação desses sistemas de transmissão com diferentes níveis de tensão. Eles
diminuem o nível de tensão de alto para baixo (por exemplo, 765/220 kV – kilovolt, 410/220 kV, 220/110 kV).

Esses transformadores são enormes e têm potência nominal muito alta (até 1.000 MVA – Mega-Volt-Ampére). Nesse caso, quando a relação
de espiras do transformador não é alta, geralmente são instalados autotransformadores.

Adaptação expand_more

A etapa de transformação do nível de tensão consiste na adaptação da tensão de transmissão ao nível de distribuição às relações de tensão
características. Neste caso, são 220/20 kV, 110/20 kV (também podem ser encontradas as tensões secundárias de BT – 35 kV e 10 kV). A
potência nominal desses transformadores é de até 60 MVA (geralmente 20 MVA). Um dispositivo comutador de derivação em carga é quase
sempre instalado nesses transformadores. Um comutador de derivação de carga consiste em um transformador de tensão que permita
variar a relação de transformação sem que seja necessário seu desligamento. Assim, a regulação da tensão é a principal função do
comutador.

Fornecimento expand_more

A etapa final de transformação de tensão consiste na adaptação da tensão ao nível de tensão doméstico:

√ 3 × 230V ou √3 × 120V

Esses transformadores são conhecidos como pequenos transformadores de distribuição com potência nominal de até 5 MVA
(principalmente abaixo de 1 MVA) e com valores de tensão nominal de 35, 20, 10 kV no lado AT e 400/200 V no lado BT. Pela Equação 1 é
possível perceber que esses transformadores possuem uma alta relação de espiras (pela alta relação entre as tensões de entrada e de
saída). Geralmente, esses transformadores possuem um comutador de derivação desenergizado com cinco posições de derivação (+/- 2
posições de derivação) e não possuem comutador de derivação em carga.

Um autotransformador é um tipo de transformador elétrico com apenas um enrolamento. Em um autotransformador, um único enrolamento é usado
como enrolamento primário e secundário. No entanto, um transformador automático é semelhante a um transformador de dois enrolamentos, mas
varia na maneira como os enrolamentos primário e secundário do transformador estão relacionados. No transformador de dois enrolamentos, os
dois são usados para fins primários e secundários.

Conversor step down, abaixador ou buck


De maneira similar ao aumento e à redução das intensidades da tensão e da corrente alternadas de um circuito, também é possível aumentar e
reduzir a intensidade dessas grandezas elétricas em circuitos de corrente contínua. Para isso, utilizam-se os conversores de corrente contínua (DC-
DC).

Os DC-DC também são conhecidos como choppers. Neste conteúdo serão discutidos os conversores abaixadores de tensão contínua denominados
step down chopper ou conversores buck. Esses conversores permitem a redução da tensão DC de entrada de um circuito para uma tensão DC de
saída especificada.

O circuito de um conversor buck típico é mostrado na imagem a seguir.

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Circuito conversor do tipo buck.

A fonte de tensão de entrada (VS) é conectada a um dispositivo de estado sólido controlável que opera como um interruptor ou chave. O dispositivo
de estado sólido utilizado nesse circuito pode ser um MOSFET de potência ou um IGBT.

Curiosidade

Tiristores, geralmente, não são usados em conversores DC-DC porque desligar um tiristor em um circuito DC-DC requer outro circuito de comutação
que envolve o uso de um tiristor adicional, enquanto os MOSFEs de potência e os IGBTs podem ser desligados simplesmente colocando-se um
curto-circuito entre os terminais de porta e da fonte de um MOSFET de potência ou entre os terminais da porta e do coletor de um IGBT.

O segundo interruptor utilizado no conversor é um diodo semicondutor (D). Em alguns projetos mais recentes, são utilizados outros transistores no
lugar do diodo.

A “chave” (S) e o diodo são conectados a um indutor (L) e um capacitor (C), que juntos formam um filtro LC do tipo passa-baixa projetado
apropriadamente para reduzir as ondulações de corrente e tensão. Cabe destacar que a carga é puramente resistiva (R).

Como a tensão de entrada é constante, a corrente através da carga também é constante. Sendo assim, a carga pode ser vista como uma fonte de
corrente.

A chave controlada (S) é ligada e desligada através de uma modulação por largura de pulso (Pulse Width Modulation ou PWM). De forma
simplificada, um circuito PWM, que pode ser baseado em tempo ou frequência, pode ser utilizado para controlar o ciclo de trabalho da chave.

A modulação baseada em frequência tem desvantagens como a necessidade de uma ampla faixa de frequências
para alcançar o controle desejado da chave que, por sua vez, fornecerá a tensão de saída desejada. Isso leva a um
projeto complicado para o filtro LC passa-baixa que seria necessário para lidar com uma grande faixa de
frequências.

Devido a essas dificuldades, a modulação baseada em tempo é usada principalmente para conversores DC-DC. Essa topologia é mais simples de
construir e fácil de ser utilizada. A frequência permanece constante nesse tipo de modulação PWM.

O conversor buck possui dois modos de operação. O primeiro modo é quando o interruptor está ligado e conduzindo.

Modo I: interruptor ligado e diodo desligado


Nesse modo de operação, a chave ou o interruptor é mantido ligado e, consequentemente, o diodo é desligado por estar polarizado reversamente,
como pode ser visto na imagem a seguir.

Funcionamento de um conversor do tipo buck – chave fechada.

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A tensão aplicada sobre a capacitância em estado estacionário é igual à tensão aplicada sobre o resistor de saída:

Eq. 3

VC = Vo

Rotacione a tela. screen_rotation


Suponha que o interruptor esteja ligado por um tempo TON e desligado por um tempo TOFF. O período de tempo, T, pode ser definido como:

Eq. 4

T = TON + TOF F

Rotacione a tela. screen_rotation


E a frequência de comutação:

Eq. 5

1
fchaveamento =
T

Rotacione a tela. screen_rotation


Vamos agora definir outro termo, o ciclo de trabalho (duty cycle):

Eq. 6

TON
D =
T

Rotacione a tela. screen_rotation


O duty cycle é normalmente dado em porcentagem do período, ou seja:

Eq. 7

TON
D(%) = × 100%
T

Rotacione a tela. screen_rotation


Através da análise das tensões do conversor BUCK em regime permanente utilizando a lei de Kirchhoff das tensões, temos:

Eq. 8

Vin = VL + VO

diL
VL = L = Vin − VO
dt

diL ΔiL ΔiL Vin − VO


= = =
dt Δt DT L

Rotacione a tela. screen_rotation


Como a chave está fechada por um tempo TON = DT, pode-se dizer que Δt = DT. Assim:

Eq. 9

Vin − V0
(ΔiL)
f echado
= ( ) ⋅ DT
L

Rotacione a tela. screen_rotation


Ao realizar a análise do conversor buck, deve-se ter em mente que:

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1. a corrente do indutor é contínua e isso é possível selecionando um valor apropriado para a indutância L;

2. a corrente do indutor em regime permanente sobe de um valor com inclinação positiva para um valor máximo durante o estado LIGADO e depois
cai para o valor inicial com inclinação negativa. Portanto, a variação líquida da corrente do indutor em qualquer ciclo completo é zero.

Modo II: interruptor desligado e diodo ligado


Nesse modo de operação, a chave ou o interruptor é mantido desligado e, consequentemente, o interruptor é ligado por estar polarizado
diretamente.

Nesse ciclo, a energia armazenada no indutor é liberada e, por fim, dissipada na resistência de carga, o que ajuda a manter o fluxo de corrente
através da carga. Para a análise desse circuito deve-se manter as convenções originais através da lei das tensões, aplicada no circuito da imagem a
seguir.

Funcionamento de um conversor do tipo buck – chave aberta.

Ao analisar o conversor buck em operação em regime permanente para o Modo II usando a lei de Kirchhoff, temos:

Eq. 10

0 = VL + VO

diL
VL = L = −VO
dt
diL ΔiL ΔiL −VO
= = =
dt Δt (1 − D)T L

Rotacione a tela. screen_rotation


Como o interruptor está aberto por um tempo:

Eq. 11

TOF F = T − TON = T − DT = (1 − D)T

Rotacione a tela. screen_rotation


Pode-se dizer que Δt = (1-D)T:

Eq. 12

−VO
(ΔiL)
aberto
= ( ) ⋅ (1 − D)T
L

Rotacione a tela. screen_rotation


Já está estabelecido que a variação líquida da corrente do indutor em qualquer ciclo completo é zero.

Eq. 13

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(ΔiL) + (ΔiL) = 0
f echado aberto

Vin − VO −VO
( ) ⋅ DT + ( ) ⋅ (1 − D)T = 0
L L

VO
= D
Vin

Rotacione a tela. screen_rotation


A curva que mostra a tensão de saída de um conversor buck pode ser vista na imagem a seguir, onde Vin = Vs:

Tensões de um conversor do tipo buck: (a) entrada e (b) saída.

É possível observar que o chaveamento do tipo PWM possibilita a redução do valor médio da tensão de saída, permitindo que a tensão contínua na
saída seja reduzida.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Um transformador abaixador possui uma tensão primária igual a 360 Vca. Caso esse transformador possua 120 espiras no enrolamento
primário e 40 espiras no enrolamento secundário, a tensão de saída desse transformador será igual a:

A 100 Vca

B 360 Vca

C 40 Vca

D 120 Vca

E 80 Vca

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ECalculando%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20c
paragraph'%3E%5C(V_S%3D%5Cfrac%7BN_S%7D%7BN_P%7D%20%5Ccdot%20V_P%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph'%3E%5C(V_S%3D%5Cfrac%7B40%7D%7B120%7D%20%5Ccdot%20360%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
paragraph'%3E%5C(V_S%3D120%20Vca%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

Questão 2

Um conversor do tipo buck apresenta uma tensão de 12 Vdc na saída e uma tensão de 48 Vdc na entrada. Sabendo-se que o interruptor
permanece ligado por 20 segundos (TON = 20s), o período desse sinal é igual a:

A 80 s

B 20 s

C 100 s

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D 120 s

E 180 s

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ETemos%20que%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%5C(D%3D%5Cfrac%7BV_%7B%5Ctext%20%7Bsa%C3%ADda%20%7D%7D%7D%7BV_%7B%5Ctext%20%7Bentrada%20%7D%7D%7D%3D
paragraph'%3E%5C(T%3D%5Cfrac%7BT_%7BO%20N%7D%7D%7BD%7D%3D%5Cfrac%7B20%7D%7B1%20%2F%204%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%2
paragraph'%3E%5C(T%3D80%20s%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

2 - Conversor step up
Ao final deste módulo, esperamos que você analise o princípio de funcionamento de um conversor step up.

Vamos começar!

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Os conversores DC-DC
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos sobre o assunto que serão abordados ao longo deste conteúdo.

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Elevadores de tensão
De maneira contrária aos abaixadores de tensão, os elevadores são dispositivos elétricos ou eletroeletrônicos capazes de converter a entrada de
baixa tensão (low voltage – LV) e alta corrente recebida na entrada do transformador ou circuito elevador em alta tensão (high voltage – HV) e baixa
corrente na saída do circuito ou secundário do transformador.

Transformadores elevadores de tensão


Como visto anteriormente neste conteúdo, sinais alternados podem ter suas amplitudes facilmente reduzidas (abaixadas) com o uso de um
transformador abaixador. De maneira similar, esses sinais podem ter suas amplitudes ampliadas (elevadas) com o uso de um transformador
elevador.

Um transformador elevador é um tipo de transformador que converte a baixa tensão (LV) e a alta corrente do lado primário do transformador para
um valor de alta tensão (HV) e baixa corrente no lado secundário do transformador. Apresenta um comportamento inverso daquele produzido pelos
transformadores abaixadores. Uma imagem de um transformador elevador pode ser vista a seguir.

Transformador elevador.

Como já discutido, os transformadores são equipamentos elétricos estáticos que transformam:

open_in_full

Esquema de transformador elevador.

Um transformador elevador tem uma ampla variedade de aplicações em sistemas elétricos e linhas de transmissão.

A frequência de operação e a potência nominal são aproximadamente iguais nos lados do transformador primário e secundário. Isso é possível
porque o transformador (quando bem-construído) é um equipamento bastante eficiente. Contudo, cabe ressaltar que os valores de tensão e corrente
são geralmente diferentes.

Um transformador fornece um isolamento galvânico no sistema elétrico. Devido a essas características de eficiência e isolamento, o transformador
é a parte mais importante de um sistema elétrico e fornece transmissão e distribuição de energia elétrica de forma econômica e confiável.

Um transformador utilizado para abaixar uma tensão pode ser adaptado para atuar na sua elevação e vice-versa.
Isso é possível tendo em vista que um transformador pode transferir energia em ambas as direções, do lado de alta
tensão para o lado de baixa tensão, bem como inversamente. Essa é a razão pela qual os transformadores podem
funcionar como um transformador elevador ou abaixador de tensão. Ambos apresentam o mesmo design e
construção.
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Assim, teoricamente, a operação de um transformador depende apenas da direção do fluxo de energia.

Os enrolamentos de alta tensão contêm um grande número de voltas (espiras) em comparação com os enrolamentos de baixa tensão. Contudo, os
fios de um enrolamento de baixa tensão possuem uma seção transversal maior do que os fios de alta tensão. Isso é necessário devido ao maior
valor de corrente no lado de baixa tensão (para manutenção da potência), como pode ser visto na imagem a seguir.

Espiras de um transformador elevador.

Em alguns transformadores, para redução do seu tamanho (volume), os enrolamentos de baixa tensão são colocados próximos ao núcleo do
transformador e, sobre eles, enrolam-se os enrolamentos de alta tensão.

A relação de espiras para um transformador elevador é aproximadamente proporcional à relação de tensão, sendo exatamente a mesma do
transformador abaixador:

Eq. 14

VP NP
n = =
VS NS

Rotacione a tela. screen_rotation


Onde VP e VS são as tensões e NP e NS são os números de espiras no lado primário (baixa tensão ou LV) e secundário (alta tensão ou HV),

respectivamente. O lado primário de um transformador elevador tem um número menor de espiras do que o lado secundário.

A variação nas intensidades dos sinais de entrada (lado primário) e saída (lado secundário) pode ser vista na imagem a seguir. É possível observar
que a amplitude do sinal (em relação à tensão elétrica) faz crescer proporcionalmente a relação de espiras do transformador.

Sinais de entrada e de saída de um transformador elevador.

Isso representa que a energia flui do lado de baixa tensão para o lado de alta tensão. A tensão é aumentada de seu valor no primário (tensão de
entrada) para a tensão no secundário (tensão de saída).

A relação de espiras pode ser rearranjada para a fórmula da tensão de saída (ou seja, tensão secundária). Podendo ser definida como a fórmula do
transformador elevador:

Eq. 15

N S × VP
VS =
Np

Rotacione a tela. screen_rotation


Uma das aplicações mais importantes de um transformador elevador é como transformador elevador de gerador (GSU) utilizado em todas as usinas
geradoras.

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Esses transformadores geralmente possuem grandes valores de relação de espiras. O valor da tensão produzida na geração de energia é
aumentado e preparado para a transmissão de energia em longas distâncias.

A energia produzida nas usinas geradoras é em baixa tensão, mas com altos valores de corrente. Sendo assim, dependendo do tipo de usina
geradora, o transformador GSU pode possuir um valor nominal de tensão primária de 6 até 20.000 V.

looks_one
O valor da tensão nominal do lado secundário da GSU pode ser de 110 kV, 220 kV e 410 kV, dependendo do sistema de transmissão de energia
conectado no lado secundário da GSU.

close
looks_two
O valor da corrente no lado primário da GSU é geralmente muito alto e, dependendo da potência nominal do transformador, pode chegar a
30.000 A.

Valores altos de corrente não são práticos para transmissão de energia, devido às perdas de potência de transmissão (efeito Joule = R × I
2
).
Sendo assim, a transmissão de energia em longas distâncias torna-se inviável para elevadas correntes. Além da conversão de energia, um
transformador GSU também faz o isolamento galvânico entre o gerador e a rede elétrica.

Aplicações de transformadores elevadores de tensão


Um pequeno transformador elevador pode ser usado em dispositivos eletrônicos e elétricos em que o aumento de tensão é necessário.

Exemplo
Dispositivos eletrônicos modernos, circuitos eletrônicos de potência são usados com mais frequência devido ao menor peso e dimensão.

Um transformador elevador de potência de grandes proporções pode ser utilizado como um transformador elevador de geração para aumentar a
energia gerada para um nível de tensão mais alto para a transmissão eficiente de eletricidade.

Funcionamento de conversor step up


Já sabemos que os conversores DC-DC também são conhecidos como choppers. Os conversores do tipo step up chopper ou conversor BOOST são
capazes de aumentar a tensão DC de entrada do circuito para uma tensão de saída DC especificada na saída do circuito. Um exemplo de conversor
BOOST é mostrado na imagem a seguir.

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16/06/2023, 10:49 Conversores e inversores

Circuito conversor do tipo BOOST.

A fonte de tensão de entrada é conectada a um indutor (L). O dispositivo de estado sólido (MOSFET de potência ou IGBT) opera como uma chave (S)
conectado a uma fonte através do indutor. O segundo interruptor utilizado é um diodo que conecta um capacitor e a carga, ligados em paralelo,
conforme mostrado na imagem anterior.

O indutor conectado à fonte de entrada permite que a corrente de entrada seja mantida constante e, por esse motivo, o conversor boost é visto
como uma fonte de entrada de corrente constante. De maneira similar, a carga (R) pode ser vista como uma fonte de tensão constante.

A chave do conversor boost pode ser controlada, isto é, ligada e desligada através de uma modulação por largura de pulso (Pulse Width Modulation
– PWM). O PWM pode ser baseado em tempo ou frequência.

De maneira idêntica ao que ocorre com o conversor buck, a modulação baseada em frequência tem desvantagens como uma ampla faixa de
frequências para alcançar o controle desejado da chave e fornecer a tensão de saída desejada. A modulação baseada em tempo é utilizada
principalmente para conversores DC-DC. Nesse tipo de modulação, a frequência permanece constante.

Saiba mais

O conversor do tipo buck-boost é um tipo de conversor DC-DC que possui uma magnitude de tensão de saída maior ou menor que a magnitude da
tensão de entrada. Ele é usado para elevar ou reduzir a tensão CC, sendo amplamente utilizado em painéis fotovoltaicos pelo amplo espectro de
tensão produzido pelos painéis.

O conversor boost possui dois modos de operação: com o interruptor ligado ou desligado.

Entendendo o Modo I: interruptor ligado e diodo desligado


Com o interruptor ligado, o diodo está reversamente polarizado e, consequentemente, desligado, como pode ser visto na imagem a seguir.

Funcionamento de um conversor do tipo boost – chave fechada.

O interruptor está ligado e, portanto, representa um curto-circuito (idealmente falando) oferecendo resistência zero ao fluxo de corrente. Desse
modo, quando o interruptor estiver ligado, toda a corrente fluirá através do interruptor e voltará para a fonte de entrada VS.

Assim, se o interruptor estiver ligado por um tempo TON e desligado por um tempo TOFF, define-se o período de tempo, T, como:

Eq. 16

T = TON + TOF F

Rotacione a tela. screen_rotation


E, de maneira similar, a frequência de comutação pode ser definida como:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04384/index.html# 17/44
16/06/2023, 10:49 Conversores e inversores
Eq. 17

1
fchaveamento =
T

Rotacione a tela. screen_rotation


De maneira complementar, e similar aos conversores buck, o ciclo de trabalho (duty cycle) é definido como:

Eq. 18

TON
D =
T

Rotacione a tela. screen_rotation


Observando o circuito anterior, é possível analisar o conversor boost em operação, em regime permanente, através da lei de Kirchhoff:

Eq. 19

Vin = VL

diL
VL = L = Vin
dt
diL ΔiL ΔiL Vin
= = =
dt Δt DT L

Rotacione a tela. screen_rotation


Como a chave está fechada por um tempo Ton = DT , podemos dizer que Δt = DT .

Eq. 20

Vin
(ΔiL)
f echado
= ( ) ⋅ DT
L

Rotacione a tela. screen_rotation


Ao realizar a análise do conversor boost, deve-se ter em mente que:

1. a corrente do indutor é contínua, e isso é possível selecionando um valor apropriado de L;

2. a corrente do indutor em regime permanente sobe de um valor com inclinação positiva para um valor máximo durante o estado ligado e depois cai
para o valor inicial com inclinação negativa; portanto, a variação líquida da corrente do indutor em qualquer ciclo completo é zero.

Entendendo o Modo II: interruptor desligado e diodo ligado


De maneira complementar, quando o interruptor está desligado, o diodo é polarizado diretamente e está em seu estado ligado, como pode ser visto
na imagem a seguir.

Funcionamento de um conversor do tipo boost – chave aberta.

Neste modo, a energia armazenada no indutor é liberada para a carga, sendo dissipada na resistência. Isso ajuda a manter o fluxo de corrente na
mesma direção a partir da carga e também aumenta a tensão de saída, pois o indutor atua como uma fonte em conjunto com a fonte de entrada.

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16/06/2023, 10:49 Conversores e inversores

Mas, para análise, as convenções originais do circuito são mantidas usando a lei de Kirchhoff.

Analisando o conversor boost em operação em regime permanente para o Modo II tem-se:

Eq. 21

Vin = VL + VO

diL
VL = L = Vin − VO
dt
diL ΔiL ΔiL Vin − VO
= = =
dt Δt (1 − D)T L

Rotacione a tela. screen_rotation


Como o interruptor está aberto por um tempo:

Eq. 22

TOF F = T − TON = T − DT = (1 − D)T

Rotacione a tela. screen_rotation


Assim, pode-se dizer que:

Eq. 23

Δt = (1 − D)T

Vin − VO
(ΔiL)
aberto
= ( ) ⋅ (1 − D)T
L

Rotacione a tela. screen_rotation


Como já foi estabelecido que a variação líquida da corrente do indutor ao longo de qualquer ciclo completo é zero, tem-se:

Eq. 24

(ΔiL) + (ΔiL) = 0
f echado aberto

Vin − VO −VO
( ) ⋅ (1 − D)T + ( ) ⋅ DT = 0
L L

VO 1
=
Vin 1 − D

Rotacione a tela. screen_rotation


É importante registrar que o valor de D varia entre 0 e 1. Mas, como pode ser visto na equação anterior, se D = 1, a razão entre a tensão de saída e a
tensão de entrada no estado estacionário é infinita, o que não é fisicamente possível.

De fato, como o conversor boost é um circuito não linear, em um conversor boost prático, se o valor do ciclo de trabalho, D, for mantido em um valor
maior que 0,7, o sistema será levado à instabilidade.

A curva que mostra a tensão de saída de um conversor boost pode ser vista na imagem a seguir.

Tensões de um conversor do tipo boost: (a) entrada e (b) saída.

É possível observar que o chaveamento do tipo PWM possibilita a redução do valor médio da tensão de saída, permitindo que a tensão contínua na
saída seja reduzida.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Um transformador elevador possui uma tensão de entrada igual a 18 Vca. Se esse transformador apresenta 30 espiras no primário e 60 espiras
no secundário, sua tensão no secundário será igual a:

A 12 Vca

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B 18 Vca

C 36 Vca

D 30 Vca

E 60 Vca

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ETemos%20que%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%5C(V_S%3D%5Cfrac%7BN_S%7D%7BN_P%7D%20%5Ccdot%20V_P%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph'%3E%5C(V_S%3D%5Cfrac%7B60%7D%7B30%7D%20%5Ccdot%2018%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph'%3E%5C(V_S%3D36%20Vca%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

Questão 2

Os circuitos conversores são fundamentais para o aumento e a redução da intensidade de sinais de tensão e corrente contínuos. Considerando
um conversor do tipo BOOST que possua uma tensão de saída de 12 Vdc e um duty cycle de 25% (D = 0,25), sua tensão de entrada é igual a:

A 12 Vdc

B 9 Vdc

C 25 Vdc

D 4 Vdc

E 24 Vdc

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ETemos%20que%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%5C(%5Cfrac%7BV_O%7D%7B%5Coperatorname%7BVin%7D%7D%3D%5Cfrac%7B1%7D%7B(1-
D)%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%5C(%5Coperatorname%7BVin%7D%3D(1-
D)%20%5Ccdot%20V_O%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%5C(%5Coperatorname%7BVin%7D%3D(1-
0%2C25)%20%5Ccdot%2012%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%5C(%5Coperatorname%7BVin%7D%3D9%20Vdc%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

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3 - Inversores monofásicos e trifásicos


Ao final deste módulo, esperamos que você reconheça os conceitos de inversores monofásicos e trifásicos.

Vamos começar!

video_library
A importância dos inversores nos processos industriais
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos sobre o assunto que serão abordados ao longo deste conteúdo.

Inversores
Um inversor de energia é um dispositivo eletrônico de potência usado para converter, similarmente:

looks_one
Tensão contínua em tensão alternada.
close

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16/06/2023, 10:49 Conversores e inversores

looks_two
Corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA).

Embora a energia contínua seja usada em pequenos aparelhos elétricos, a maioria dos equipamentos domésticos funciona com energia alternada.
Portanto, é fundamental o desenvolvimento de sistemas capazes de converter energia CC em energia CA de uma maneira eficiente.

Quando se discutem os elementos de chaveamento, como os diodos semicondutores, MOSFETs, IGBTs, entre outros, é muito comum discutir
também os circuitos retificadores, responsáveis por transformar tensão (corrente) alternada em contínua.

Entretanto, quando é necessário realizar a conversão no sentido reverso, ou seja, de contínuo para alternado, os circuitos adequados são os
inversores.

Um inversor é um dispositivo estático, ou seja, pode converter uma forma de energia elétrica em outras formas de energia elétrica. Contudo, não é
capaz de gerar energia elétrica. Portanto, o inversor é um conversor, não um gerador.

Exemplo
Um inversor pode ser usado como dispositivo autônomo em um sistema baseado em energia solar, para permitir que a energia produzida pelos
módulos fotovoltaicos seja convertida de contínua em alternada, a fim de alimentar os eletrodomésticos de uma residência ou equipamentos de
uma fábrica.

De maneira similar, um inversor pode ser utilizado para suprir a demanda por energia de determinado equipamento conectado à rede elétrica a partir
de um banco de baterias. Nesse caso, o inversor recebe a energia CC das baterias e converte em energia CA no momento da falta de energia.

Princípio de funcionamento
Suponha a seguinte situação: uma lâmpada conectada com uma bateria. A corrente da bateria é capaz de percorrer o caminho pelo condutor e fluir
através da lâmpada, como pode ser visto na imagem a seguir.

Circuito para alimentação de uma lâmpada com bateria.

A lâmpada tem dois terminais:

Positivo

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16/06/2023, 10:49 Conversores e inversores

Negativo
Esses terminais da bateria, estão conectados aos terminais da lâmpada, permitindo que ela acenda quando a chave é acionada.

Mesmo com a inversão dos terminais da bateria, a lâmpada ainda assim acenderá, mesmo com a polaridade
invertida e com a corrente fluindo em sentido contrário, similarmente ao que ocorre em um sistema em corrente
alternada.

Em regime alternado (CA), a conexão da lâmpada com a bateria seria variada entre 50 e 60 vezes por segundo. Assim, a direção da corrente mudará
de sentido 50 ou 60 vezes a cada segundo. Isso é semelhante à rede de alimentação CA, em que a frequência é de 50 ou 60 Hz.

O Hz é a unidade da frequência e definida por s-1. A frequência é o inverso do período do sinal, que corresponde ao tempo necessário para que um
sinal realize um ciclo completo de trabalho, como pode ser visto na imagem a seguir.

Período de um sinal.

A frequência pode ser definida como:

Eq. 25

1
f =
T

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que T é o período. Essa seria uma ideia extremamente simplificada do princípio de funcionamento de um inversor.

O inversor utiliza interruptores eletrônicos de potência, tais como IGBTs, MOSFETs, entre outros na execução dessa inversão de polaridade da fonte.
O número de interruptores depende do tipo de inversor.

Utilize como exemplo um diagrama de circuito de um inversor monofásico em ponte completa para compreender o funcionamento do sistema,
como o visto na imagem a seguir.

Diagrama do circuito eletrônico de um inversor monofásico.

Nesse circuito, são utilizados:

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Quatro interruptores eletrônicos (SCR com diodos para interrupção da condição de condução)

Uma fonte de corrente contínua

Uma carga

Quando os interruptores S1 e S2 estão LIGADOS e S3 e S4 DESLIGADOS, o sentido da corrente através da carga é da esquerda para a direita,
produzindo um meio ciclo positivo na tensão de saída sobre a carga, como pode ser visto na imagem a seguir.

Diagrama do circuito eletrônico de um inversor monofásico – ciclo positivo.

Na imagem seguinte, é possível observar como é a forma de onda da tensão aplicada sobre a carga com o chaveamento dos interruptores S1 e S2
temporariamente e o surgimento de um ciclo positivo de tensão devido à condição de polarização da carga pela fonte de tensão contínua.

Formas de onda de entrada e de saída do circuito inversor monofásico – ciclo positivo.

Após um intervalo de tempo T1, considere que os interruptores S3 e S4 estão ligados e S1 e S2 desligados, como na imagem a seguir:

Diagrama do circuito eletrônico de um inversor monofásico – ciclo negativo.

A corrente começará a fluir na direção oposta dando origem a um meio ciclo negativo na tensão de saída sobre a carga, como pode ser observado
na imagem a seguir:

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Formas de onda de entrada e de saída do circuito inversor monofásico – ciclo negativo.

O intervalo de tempo entre as ações de ligar e desligar os interruptores é que define a frequência do sinal de saída do circuito.

É importante destacar que a saída de um inversor é uma onda quadrada. São utilizados filtros para que essa onda passe a ter uma forma senoidal.

Tipos de inversores
Os inversores podem ser classificados pela forma de onda na saída e pelo tipo de alimentação demandada pela carga.

Inversores de acordo com a forma de onda de saída


Os inversores classificados de acordo com a forma de onda de saída são divididos em três tipos:

Onda quadrada expand_more

Este é o tipo de inversor menos utilizado e o mais simples de ser desenvolvido. A forma de onda de saída deste inversor é uma onda
quadrada.

Como os eletrodomésticos e demais equipamentos comerciais são projetados para ser alimentados por sinais com formato senoidal, esse
tipo de inversor não encontra aplicação nesse meio.

Esse inversor converte o sinal DC direto em um sinal AC a partir da mudança de polaridade. Mas a saída não é um sinal alternado puro,
produzindo uma onda quadrada. Este é o tipo mais barato de inversor .

É possível obter sinais senoidais desse tipo de inversor com a utilização de filtros (como filtros passa-baixa ativos). O sinal de saída gerado
por esse tipo de inversor pode ser visto na imagem a seguir.

A conexão de um equipamento projetado para receber um sinal alternado senoidal em um inversor de onda quadrada leva a uma quantidade
consideravelmente grande de perdas de rendimento e eficiência. O equipamento também pode sofrer danos severos.

Formas de onda de saída de um inversor de onda quadrada.

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Onda senoidal modificado expand_more

Este é o tipo de inversor também é conhecido como inversor de quase onda. Ele é capaz de gerar um sinal próximo a uma onda senoidal.
Contudo, não corresponde a uma onda senoidal suave.

Um inversor de onda senoidal modificado cria alguns “intervalos” antes da mudança de fase, ou seja, esse circuito inversor não realiza a
mudança de fase diretamente de uma polarização positiva para uma polarização negativa, como ocorre no inversor de onda quadrada.

A construção deste inversor é mais complexa que a o inversor de onda quadrada; contudo ainda é mais simples que o inversor de onda
senoidal. Veja a saída de um inversor de onda senoidal modificado na seguinte imagem.

Formas de onda de saída de um inversor de onda senoidal modificado.

Onda senoidal expand_more

Este é o tipo de inversor mais eficiente e com o circuito mais complexo. É capaz de gerar uma onda senoidal pura, uma forma de onda
semelhante à disponibilizada pela rede elétrica. Todos os equipamentos CA são projetados para trabalhar com sinais de onda senoidal.

Uma onda senoidal pode ser gerada a partir do inversor de onda quadrada modificando-se a forma de onda de saída.

Este inversor apresenta perdas menores. Contudo, o custo é razoavelmente mais elevado quando comparado aos demais. Também é
amplamente utilizado em aplicações residenciais e comerciais.

Formas de onda de saída de um inversor de onda senoidal.

Inversores de acordo com o tipo de carga


As redes de fornecimento de energia elétrica podem apresentar tipos diferentes de alimentação alternada: monofásico, bifásico e trifásico.

Contudo, convencionalmente, os sistemas costumam trabalhar apenas com dois tipos de carga (monofásico ou trifásico). Dessa forma, existem
dois tipos de inversores que podem ser subdivididos em tipos distintos:

Inversor monofásico

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04384/index.html# 27/44
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Se a carga for monofásica, o inversor utilizado para executar a carga é o monofásico. Pode ser subdividido em: meia-onda e onda completa.

a) Inversor em meia-onda monofásico

Dois tiristores (S1 e S2) são conectados com dois diodos de realimentação (D1 e D2) conforme mostrado no diagrama de circuito a seguir.

Circuito inversor em meia onda monofásico.

A tensão de alimentação é dividida em duas partes iguais. Uma carga resistiva foi usada e o funcionamento foi separado em 2 modos para melhor
compreensão do princípio de funcionamento.

Circuito inversor em meia onda monofásico – Modo 1

Modo-1

O tiristor S1 está LIGADO e S2 está DESLIGADO durante o Modo-1. O caminho de fluxo de corrente é ilustrado na imagem a seguir. A corrente que
flui através da carga é na direção de B para A. E a tensão na carga é V/2 positivo. Nesse modo, um ciclo positivo da saída é gerado.

Circuito inversor em meia onda monofásico – Modo 2

Modo-2

O tiristor S2 está LIGADO e o S1 está DESLIGADO. O caminho de fluxo de corrente é mostrado na imagem. A corrente flui através da carga de A
para a direção B. A tensão na carga é V/2 negativo. Neste modo, um ciclo negativo de saída é gerado.

b) Inversor monofásico em onda completa

Um inversor monofásico em onda completa possui quatro tiristores e quatro diodos de realimentação e uma fonte contínua aplicada ao circuito.

Enquanto em um inversor em meia-onda uma chave está em condução de cada vez, em um inversor em ponte completa duas chaves estão em
condução ao mesmo tempo, similarmente ao comportamento de um retificador em ponte completa.

Um exemplo de circuito inversor em ponte completa já foi visto em nosso estudo.

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iagrama do circuito eletrônico de um inversor monofásico

Circuito inversor em onda completa monofásico – Modo 1

Modo-1

Os tiristores S1 e S2 estão ligados e os tiristores S3 e S4 estão desligados durante o Modo-1. O caminho de fluxo de corrente é o que consta na
ilustração. A corrente flui através da carga do terminal A para o terminal B e faz um semiciclo positivo.

Circuito inversor em onda completa monofásico – Modo 2

Modo-2

Os tiristores S3 e S4 estão ligados e os tiristores S1 e S2 estão desligados. O caminho de fluxo de corrente é o que consta na ilustração. A
corrente flui através da carga do terminal B para o terminal A e faz um semiciclo negativo de saída.

Inversor trifásico

Geralmente, a alimentação alternada trifásica é usada nas indústrias, em que a utilização de cargas trifásicas é relativamente comum. Neste caso,
um inversor trifásico precisa ser utilizado para produzir a energia necessária para esses sistemas.

Um circuito inversor trifásico pode ser visto a seguir.

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Circuito inversor trifásico.

O circuito inversor trifásico possui seis diodos e seis tiristores. Esse tiristor pode ser dividido de acordo com o tempo de condução de cada par de

tiristores em dois tipos: modo de Operação em 120o e modo de Operação em 180o.

Tensões de fase e tensões de linha de um circuito inversor trifásico – modo de Operação de 120o

Modo de operação de 120o

Nesse modo de operação, dois tiristores estão em condução ao mesmo tempo. O intervalo de condução para todos os tiristores é de 120o. Isso
significa que um interruptor permanece LIGADO por 120o e DESLIGADO para os próximos 240o. A forma da tensão de fase é uma onda quase
quadrada e a forma da tensão de linha é uma forma de onda de três etapas, como visto.

Tensões de fase e tensões de linha de um circuito inversor trifásico – modo de Operação de 180o

Modo de operação de 180o

Nesse modo de operação, três tiristores estão em condução ao mesmo tempo. O tempo de condução para todos os tiristores é de 180o. As
formas da tensão de linha e da tensão de fase são opostas às do modo de operação de 120o. No modo de operação de 180o, para tensão de fase,
a forma de onda é formada por uma onda de três etapas, e para a tensão de linha a forma de onda é uma onda quase quadrada. No modo de
operação de 180o, dois tiristores da ponte comum estão ligados e desligados simultaneamente. Por exemplo, em um meio ciclo (180o) S1 está
ligado e no próximo meio ciclo S4 está ligado. Então, ao mesmo tempo, S1 está desligando e S4 está ligando. Devido a esse modo de condução
simultâneo, deve-se ter cuidado com possíveis condições de curto-circuito para a fonte. Esse problema não acontecerá em um modo de operação
de 120o. A forma de onda da saída de um circuito retificador trifásico no modo de Operação de 180o pode ser vista na imagem.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Entre os circuitos inversores mais simples, aquele que converte o sinal de corrente contínua (CC) direto em um sinal de corrente alternada (CA)
através da mudança de polaridade, sem produzir um sinal alternado puro, é denominado:

A Inversor de onda senoidal

B Buck

C Inversor de onda senoidal modificado

D Inversor de onda quadrada

E Boost

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Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20inversor%20de%20onda%20quadrada%20%C3%A9%20o%20mais%20simples%20e%20barato%20dos%20inversores.%20Esse%20

Questão 2

Nos circuitos inversores trifásicos, existe um modo de operação no qual a fonte de entrada pode ser colocada momentaneamente em uma
condição de curto-circuito. Esse modo de operação é conhecido como:

A Modo de operação em 180o

B Modo de operação em 120o

C Inversor de onda completa

D Inversor em meia onda

E Inversor de onda senoidal

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ENa%20opera%C3%A7%C3%A3o%20do%20circuito%20inversor%20trif%C3%A1sico%20em%20opera%C3%A7%C3%A3o%20de%20180%3
circuito%20momentaneamente.%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

4 - O funcionamento de um PWM
Ao final deste módulo, esperamos que você analise o funcionamento de um PWM.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04384/index.html# 32/44
16/06/2023, 10:49 Conversores e inversores

Vamos começar!

video_library
O uso da modulação nos processos industriais
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos sobre o assunto que serão abordados ao longo deste conteúdo.

O que é modulação?
A modulação consiste em um processo de conversão de dados para transmissão, no qual são adicionadas informações a um sinal, denominado
portadora, que pode ser de natureza eletrônica ou óptica.

Um sinal portador precisa, necessariamente, ter uma característica constante, que pode ser amplitude, frequência, período, entre outros.

Como funciona a modulação?


As informações podem ser adicionadas à portadora através da variação de sua:

amplitude;

frequência;

fase;

polarização (especificamente para sinais ópticos);

fenômenos de nível quântico, como spin.

A modulação é aplicada nos mais diferentes tipos de sinais, tais como ondas de rádio, lasers e redes de computadores. Na prática, pode até ser
aplicada a uma corrente contínua (CC), que pode ser tratada como uma onda portadora com amplitude e frequência fixas.

Nesse caso, pode-se realizar a modulação ligando e desligando a fonte de sinal, como na telegrafia (código Morse) ou em uma interface de loop de
corrente digital, utilizado em instrumentação.

Curiosidade

Existe um caso especial definido pela ausência de uma portadora. Por exemplo, a mensagem de resposta indicando que um dispositivo que deveria
estar conectado a um sistema se encontra sem comunicação com o sistema remoto é chamada de modulação de banda base.

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A modulação também pode ser aplicada a uma corrente alternada (CA) de baixa frequência, por exemplo, a frequência da rede elétrica (50-60 Hz),
como na rede powerline.

Tipos de modulação
Veremos agora, com mais detalhes, cada um deles:

Modulação de amplitude (AM)

A intensidade da portadora de sinal é variada para representar os dados que estão sendo adicionados ao sinal, como pode ser visto
na imagem.

Modulação de frequência (FM)

A frequência da forma de onda da portadora é variada para refletir a frequência dos dados, como pode ser visto na imagem.

Modulação de fase (PM)

A fase da forma de onda da portadora é variada para refletir as mudanças na frequência dos dados. Em PM, a frequência permanece
inalterada enquanto a fase é alterada em relação à frequência da portadora base, como pode ser visto na imagem.

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Modulação por polarização

O ângulo de rotação de um sinal de portadora óptica é variado para refletir os dados transmitidos.

Modulação por código de pulso

O sinal analógico é amostrado para derivar um fluxo de dados usado para modular um sinal de portadora digital.

Modulação de amplitude em quadratura (QAM)

O sso de duas portadoras AM para codificar dois ou mais bits em uma única transmissão.

Tome como exemplo as transmissões de sinais de rádio e de televisão que utilizam modulações em AM ou FM em sua transmissão de informações.
Os rádios utilizam tráfego de informações bidirecionais em FM para transmissões de curto alcance – até dezenas de quilômetros – e para
transmissões bidirecionais de longo alcance – até centenas ou milhares de quilômetros – e empregam, normalmente, um modo conhecido como
banda lateral única (Single Side Band – SSB).

Formas mais complexas de modulação incluem modulação por mudança de fase (Phase Shift Keying – PSK) e modulação de amplitude em
quadratura (Quadrature Amplitude Modulation – QAM).

A modulação utilizada nas redes wi-fi modernas utiliza uma combinação de PSK e QAM64 ou QAM256 para codificar vários bits de informação em
cada símbolo transmitido, como pode ser visto na imagem a seguir.

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Modulação de amplitude em quadratura de 8 bits (QAM8).

Na modulação por PSK os dados são transmitidos modulando a fase do sinal da portadora variando as entradas de seno e cosseno em diferentes
momentos. O PSK é amplamente utilizado para LANs sem fio, comunicações RFID e bluetooth.

O demodulador determina a fase do sinal recebido e o traduz de volta para a informação original. Um exemplo de modulação em QPSK pode ser
visto na imagem a seguir.

Modulação por mudança de fase em quadratura (QPSK).

Importância da modulação
A onda portadora utilizada para as transmissões de radiofrequência (RF) não carrega muita informação. Para incluir os dados, outra onda deve ser
sobreposta à onda portadora, alterando assim sua forma. Esse processo é chamado de modulação.

Cabe destacar que, para transmitir um sinal sonoro, o sinal de áudio, por exemplo, deve primeiro ser convertido em um sinal elétrico, usando um
transdutor. Após a conversão, o modulador é utilizado para modular o sinal e a portadora, como pode ser visto na imagem a seguir.

Diagrama ilustrativo do processo de modulação.

Modulação e demodulação
Como já discutido, a modulação é o processo de codificação de informações em um sinal transmitido. A demodulação é o processo de extração de
informações do sinal transmitido.

Cabe destacar que muitos fatores influenciam na qualidade das informações extraídas e que replicam as informações das entradas originais. Por
exemplo, a interferência eletromagnética pode degradar os sinais e impossibilitar a extração do sinal original. Por esse motivo, os demoduladores
normalmente incluem vários estágios de amplificação e filtragem para reduzir os efeitos das interferências.

Curiosidade

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Um dispositivo que executa modulação e demodulação é chamado de modem – esse nome foi criado pela combinação das primeiras letras de
MOdulador e DEModulador.

Por exemplo, um modem de áudio de computador permite que um computador se conecte a outro computador ou a uma rede de dados por meio de
uma linha de transmissão de dados comum usando o sinal de dados para modular um sinal de áudio analógico. Um modem na extremidade oposta
demodula o sinal para recuperar o fluxo de dados.

Por vezes, um sinal de portadora pode transportar mais de um fluxo de dados. Para isso, um processo de multiplexação é utilizado para combinar os
fluxos de dados em uma única portadora.

Um exemplo de multiplexação é realizada pela divisão de tempo (TDM). Outra forma é a multiplexação por divisão de frequência (FDM), em que
várias portadoras de diferentes frequências são usadas no mesmo meio.

Em outra forma, a multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM) modula vários comprimentos de onda/frequências para aumentar a
largura de banda total disponível.

Importância da modulação nas comunicações


Múltiplas portadoras de diferentes frequências podem ser transmitidas em um único meio, com cada portadora sendo modulada por um sinal
independente. Por exemplo, o wi-fi usa canais individuais para transmitir dados simultaneamente de vários clientes e para vários clientes.

Saiba mais

Um sinal de portadora é usado para reduzir o comprimento (tamanho) de onda para transmissão e recepção eficientes. Como o tamanho ideal da
antena é metade ou um quarto do comprimento de onda, uma frequência de áudio de 3.000 Hz precisaria de um comprimento de onda de 100 km e
uma antena de 25 quilômetros. Em vez disso, usando uma portadora FM de 100 MHz, com comprimento de onda de 3 metros, a antena precisaria
ter apenas 80 cm de comprimento.

Modulação por largura de pulso (pwm)


A modulação por largura de pulso, denominada de Pulse Width Modulation (PWM), consiste em uma técnica de modulação em que a largura dos
pulsos da onda portadora é alterada de acordo com o sinal de modulação. Também é conhecida como modulação por duração de pulso (PDM).

Definição de PWM
O PWM é um tipo de técnica de modulação no tempo (Pulse Time Modulation – PTM) em que o tempo do pulso da portadora é variado de acordo
com o sinal modulante.

Na modulação por duração de pulso (PDM), a amplitude do pulso é mantida constante e apenas a variação na
largura é alterada. Assim, a componente de informação está presente na largura dos pulsos.

Durante a transmissão, o sinal sofre o processo de modulação por largura de pulso. Uma vantagem desse processo de modulação é que, devido à
propriedade de amplitude constante, o sinal fica menos afetado pelo ruído.

Dessa forma, durante o canal de transmissão, mesmo que o ruído introduza alguma variação na amplitude, por ser de natureza aditiva, ele é
totalmente removível no receptor.

Assim, como é a largura dos pulsos que contém informações, o fator ruído não causa muita distorção no sinal. Portanto, a imunidade ao ruído de
um sistema PWM é melhor, por exemplo, do que de um sistema modulado em PAM.

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Modulação e ciclo de trabalho


Nas comunicações sem fio, o ciclo de trabalho é a proporção de tempo em que a rede sem fio transmite sinais de RF. Assim, o ciclo de trabalho é
um fator importante na avaliação da radiação eletromagnética à qual uma pessoa está exposta.

O ciclo de trabalho real pode variar, dependendo da carga de dados na rede e da velocidade da rede. Portanto, o ciclo de trabalho pode ser afetado
se a rede estiver sendo usada para VoIP, streaming de vídeos ou vídeos, entre outros.

Assim, um sinal PWM permanece ON por um determinado intervalo de tempo e permanece OFF por outro determinado intervalo. A porcentagem de
tempo em que o sinal permanece ON é conhecida como ciclo de trabalho. Se o sinal estiver sempre ON, então o sinal deve ter um ciclo de trabalho
de 100%. A fórmula para calcular o ciclo de trabalho é dada da seguinte forma:

Eq. 26

Tempo ligado TON


Ciclo de trabalho (D) = = × 100%
Tempo ligado + Tempo desligado TON + TOF F

Rotacione a tela. screen_rotation

Geração de sinal PWM


A imagem a seguir mostra o processo de modulação por largura de pulso. Esse processo também é conhecido como método indireto de geração de
PWM.

Diagrama ilustrativo do processo de modulação.

O sinal contendo os dados e a forma de onda da portadora são alimentados a um modulador que gera um sinal PAM. Este sinal modulado em
amplitude de pulso é alimentado pelo terminal não inversor de um circuito comparador, como pode ser visto na imagem a seguir.

Geração do sinal PAM na saída do modulador.

Um sinal em rampa (do tipo dente de serra) é alimentado pelo terminal inversor do comparador.

Esses dois sinais são somados e comparados com a tensão de referência do circuito comparador. O nível do comparador é ajustado para ter a
interseção da referência com a inclinação da forma de onda, como pode ser visto na imagem a seguir.

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Soma do sinal dente de serra com o sinal PAM.

O pulso PWM começa com a borda de ataque do sinal da rampa, e a largura do pulso é determinada pelo circuito comparador. A largura do sinal
PWM é proporcional à porção omitida do sinal da rampa pelo nível do comparador, como pode ser visto na imagem a seguir.

Sinal PWM gerado pelo sistema.

Assim, o sinal senoidal e a portadora pulsada são colocados na entrada do modulador. Após a modulação, é gerado um sinal PAM. Quando somado
com um sinal de rampa, o sinal PAM é comparado com a tensão de referência do comparador. Por fim, um sinal PWM é produzido.

Cabe destacar que a largura do pulso depende diretamente da porção da forma de onda que está acima do nível do comparador. Por fim, um sinal
modulado por largura de pulso é gerado.

Detecção de sinal PWM


Durante a transmissão de um sinal, um ruído pode ser adicionado ao sinal PWM. Nesse caso, para a remoção do ruído introduzido no sinal
transmitido, o sinal de entrada pode ser alimentado pelo gerador de pulsos. Isso regenera parcialmente o sinal PWM.

Esse pulso PWM regenerado é colocado na entrada de um gerador de pulso de referência que gera pulsos de amplitude e largura constantes.

Os pulsos regenerados também são colocados na entrada de um gerador de sinal de rampa, que gera um sinal de rampa constante, cuja duração é
semelhante à duração do pulso. Assim, a altura do sinal da rampa é proporcional à largura do pulso PWM.

Os pulsos de amplitude constante são então fornecidos a uma unidade somadora para ser adicionados a um sinal em rampa. A saída adicionada é
então alimentada a um clipper, que corta o sinal até seu valor-limite, gerando assim um sinal PAM em sua saída.

Esse sinal PAM é então dado a um filtro para gerar o sinal de mensagem semelhante ao original do modulado. Um diagrama em blocos do sistema
de regeneração do sinal modulado pode ser visto na imagem a seguir.

Diagrama de recuperação do sinal modulado.

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Vantagens e desvantagens da modulação por largura de pulso

Vantagens da modulação PWM

A transmissão e a recepção não precisam ser sincronizadas, maior imunidade a ruídos induzidos e como o ruído aumenta a amplitude, a
reconstrução do sinal PWM a partir do sinal distorcido é mais simples.

close
Desvantagens da modulação PWM

A alteração na potência de transmissão devido às variações na largura dos pulsos e o requisito de largura de banda no caso da modulação por
PWM ser um pouco maior que o PAM.

Aplicações da modulação por largura de pulso


Entre as aplicações da modulação PWM estão a troca de telecomunicações, o controle de brilho de luz, o controle de velocidade de motores, entre
outros.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Para a transmissão de múltiplos dados através da combinação dessas informações em uma única portadora, uma técnica de mistura de dados
pode ser utilizada. Essa técnica de combinação de informações com manutenção da integridade de cada uma denomina-se:

A Inversão

B Demultiplexação

C Arranjo

D Combinação

E Multiplexação

Parabéns! A alternativa E está correta.


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Questão 2

Considere a imagem a seguir, que representa a transmissão de um sinal por modulação de largura de pulso (PWM). Considerando um duty cycle
igual a 10%, é possível afirmar que o período do sinal transmitido é igual a:

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A 10s

B 100s

C 20s

D 5s

E 120s

Parabéns! A alternativa B está correta.


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Considerações finais
Discutimos os circuitos abaixadores de tensão alternada e contínua. Os circuitos em corrente alternada são baseados em transformadores do tipo
abaixadores que, por indução magnética, permitem a redução na intensidade do sinal de entrada pela razão entre o número de espiras do primário e
do secundário do transformador. Para os circuitos abaixadores de corrente contínua são utilizados os conversores do tipo buck, que permitem a
redução da tensão contínua na saída do circuito em relação à entrada, pela diminuição de valor médio. Isso é possível graças ao chaveamento
proporcionado pelo circuito, possibilitando a diminuição do valor médio do sinal de saída.

Também vimos os circuitos elevadores de corrente alternada e contínua. Nos circuitos de corrente alternada, são utilizados transformadores
elevadores cujo número de espiras do enrolamento primário é menor que o número de espiras do enrolamento secundário. Para a elevação em
corrente contínua, apresentamos os circuitos do tipo boost, capazes de promover aumento de intensidade do sinal a partir do chaveamento do
circuito com a respectiva elevação do valor médio do sinal de saída.

Apresentamos circuitos inversores monofásicos e trifásicos e as particularidades de cada configuração. Foram apresentados os circuitos mais
simples, capazes de promover a conversão de um sinal contínuo em alternado de forma simples, pela inversão da polaridade, formando uma onda
quadrada. Já inversores mais complexos permitem a produção de ondas senoidais com baixo ruído, ou seja, uma onda senoidal passível de ser
utilizada para alimentação de cargas em corrente alternada, como o padrão da rede elétrica.

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Por fim, foram apresentados os métodos de modulação de sinais, com especial atenção à modulação por largura de pulso (PWM). A importância da
modulação e os diferentes tipos e técnicas de modulação que podem ser empregados em sistemas de comunicação, instrumentação e controle
foram discutidos e cuidadosamente apresentados, com suas devidas especificidades.

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Agora, o especialista encerra o tema falando sobre os principais tópicos abordados.

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Para saber mais sobre os autotransformadores consulte o artigo O que é um transformador e como funciona.

Referências
ALVES, Raimundo Nazareno Cunha et al. Análise e implementação de técnicas de modulação em largura de pulso para uso em inversores
trifásicos. 1998. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 1998.

BRAGA, Newton C. Semicondutores de potência. [s.l.]: Newton C. Braga, 2014.

FRANCHI, Claiton Moro. Inversores de frequência: teoria e aplicações. São Paulo: Saraiva Educação, 2009.

GERMANOS, Ricardo Alberto Coppola et al. Inversores de potência : conceitos teóricos e demonstração experimental. Revista Brasileira de Ensino
de Física, São Paulo, v. 42, 2020.

HART, Daniel W. Eletrônica de potência: análise e projetos de circuitos. São Paulo: McGraw Hill Brasil, 2016.

RASHID, M. H. Eletrônica de potência: dispositivos, circuitos e aplicações. [s.l.]: Pearson, 2014.

SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. A noção de modulação e os sistemas algorítmicos. Revista de Comunicação da FAPCOM, São Paulo, v. 3, n. 6, 2019.

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