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FINANCEIRA
Introdução
Neste capítulo, você adquirirá conhecimentos que facilitarão seu enten-
dimento sobre os conjuntos numéricas, ou seja, quais são os números
que são considerados nesse grupo. Além disso, aprenderá sobre as pro-
porções e sua relação à igualdade de duas razões, bem como sobre os
métodos de cálculos de regra de três simples que possuem grandezas
diretamente proporcionais. Por fim, verá exemplos e métodos para cál-
culos de potenciação, de radiciação e logaritmos, envolvendo também
as progressões numéricas.
Números naturais
Conforme Oliveira (2016), o conjunto dos números naturais, ou de contagem,
como também é conhecido, se refere aos números inteiros e positivos, sendo
representado pelo símbolo N.
2 Conceitos introdutórios à matemática financeira
Números reais
De acordo com Bonafini (2014), os números reais podem ou não ser apresenta-
dos no formato decimal. A representação decimal pode ser feita por decimais
exatos, ou periódicos (conhecidos por números racionais), e por decimais não
exatos, ou não periódicos (conhecidos por números irracionais). Os números
reais são representados pela simbologia R.
Os números reais podem ser representados pelos exemplos a seguir
(BONAFINI, 2014):
Quadro 1. Ordenação dos números reais, sejam a e b dois números reais quaisquer*
Números inteiros
Os números inteiros são constituídos por números positivos e por números
negativos, mais o número 0 (zero), compondo dessa forma o conjunto dos
números inteiros. Os números inteiros são representados simbolicamente
pela letra Z.
Os números inteiros contemplam os números naturais N e os que são a
eles equiparados e não nulos. Nesse contexto, Oliveira (2016, p. 22) afirma
que “[...] dois números inteiros são simétricos quando a sua soma é zero [...]”.
4 Conceitos introdutórios à matemática financeira
Z = {..., –4, –3, –1, 0, 1, 2,...} ou ainda Z = {..., –3, –2, –1, 1, 2, 3,...}
Números racionais
De acordo com Oliveira (2016), os números racionais correspondem aos que
podem ser apresentados por frações, ou seja, com numerador e denominador
inteiros e denominador não considerado nulo, que, desse modo, não pode
ser 0 (zero). É possível afirmar que os números inteiros e os naturais são
entendidos como racionais, já que podem ser evidenciados como uma fração
de denominador 1. O símbolo que representa os números racionais é a letra Q.
Exemplos de números racionais:
Números irracionais
Ao contrário dos números racionais, os irracionais não podem ser apresentados
em forma de fração, onde o numerador e o denominador representem números
que façam parte do conjunto dos números inteiros.
O número π não é considerado racional, já que sua escrita decimal é infinita
e não repete algarismos de modo periódicos. Dessa forma, os números não
racionais são considerados irracionais e são representados pelo símbolo Q ou
R – Q (OLIVEIRA, 2016).
Porcentagem ou percentagem
De acordo com Oliveira (2016), a porcentagem ou percentagem, como também
é denominada, corresponde a uma razão (fração) que possui denominador 100.
A porcentagem é bastante utilizada para representar aumentos ou reduções
em preços, quantidades ou números, tendo como base 100 unidades.
Conceitos introdutórios à matemática financeira 5
Para se obter 1 por cento é necessário dividir o inteiro em 100 partes exata-
mente iguais, ou seja, seria necessário dividir o 1 por 100, que é denominado
razão centesimal ou razão porcentual. A porcentagem é representada pelo
símbolo % (CASTANHEIRA; MACEDO, 2012).
8% de 250 = · 250 = = 20
100 · x = 250 · x
x=
x = 20
6 Conceitos introdutórios à matemática financeira
Proporção
Conforme Faria (2015), a proporção corresponde à igualdade existente entre
duas razões. De acordo com Castanheira e Macedo (2012), a proporção
lê-se 2 está para 6, assim como 3 está para 9.
Uma proporção pode ser apresentada da seguinte forma: ou
a:b = c:d (CASTANHEIRA; MACEDO, 2012).
20y = 30
y= = 1,5
2 · 20 = 5 · x
x= =8
Desse modo, é possível afirmar que 8 alunos pretendem continuar estudando até
a pós-graduação (CASTANHEIRA; MACEDO, 2012).
Conceitos introdutórios à matemática financeira 7
Potenciação
Conforme Bonafini (2014), a potenciação representa um método resumido
para apresentar uma multiplicação que possui fatores idênticos. É possível
afirmar que a potenciação é utilizada quando ocorre a multiplicação de um
número por ele mesmo diversas vezes:
an = a · a · a · a ... a
Conforme Oliveira (2016), vale destacar que toda base distinta de zero,
quando elevada a zero, tem por resultado 1.
20 = 1
(–3)0 = 1
Conceitos introdutórios à matemática financeira 9
Radiciação
Bonafini (2014) define que a radiciação corresponde a uma equação matemática
que é contrária à potenciação e suas propriedades consideradas essenciais e
que pode contribuir com os cálculos que contemplam raízes.
A Figura 1 apresenta os elementos da radiciação, indicando que b, mul-
tiplicado por ele próprio por uma certa quantidade de vezes n, representa a.
Logaritmos
Conforme Faria (2015), os logaritmos correspondem a uma equação mate-
mática utilizada com a finalidade de descobrir o expoente de uma potência
que não se conhece.
Se Xy = Z, é possível afirmar que o logaritmo de Z na base X é igual a Y
(BRUNI; FAMÁ, 2012).
Aplicando logaritmo:
log 1,035t = log 7
t . log 1,035 = log 7
t . 0,0149 = 0,8451
t = 0,8451/0,0149
t = 56,7
Para que Maria alcance o montante de R$ 3.500,00, será necessário aguardar por
56,7 meses de aplicação (FARIA, 2015).
Progressões numéricas
Conforme Oliveira (2016), as progressões numéricas contemplam a progressão
aritmética e a progressão geométrica.
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Progressões aritméticas
As progressões aritméticas estão inclusas diariamente em diversas situações,
como, por exemplo, no cálculo dos juros sobre o rendimento da poupança,
sobre os juros que serão pagos em uma compra de um bem que será parcelada
em diversas vezes, entre outras.
Para calcular os juros da poupança, é preciso multiplicar o capital investido
de forma mensal por um valor fixo. Já no caso da compra de um bem, o valor
pago é decorrente do total das parcelas que foram pagas.
Oliveira (2016, p. 74) afirma que “[...] as sequências ou sucessões são conjun-
tos, finitos ou não, cujos elementos são dispostos entre parênteses e separados
por vírgulas (ou ponto e vírgulas, quando forem números decimais) [...]”:
■ (0,1, 2, 3, 4, 5)
■ (-2, 0, 7, -19, -1, 0,2)
■ (1, 1, 1, 1, 1,...)
■ (1, 7, 9, 16, 23, 36, 48,...)
Toda sequência pode ser escrita como (a1, a2, a3, ..., an,...), em que a representa
o termo e n é o índice, que indica a posição do termo, sempre contando da
esquerda para a direita.
Assim, considerando a sequência (1, 5, 9, 13, 17), então a2 + a5, é o mesmo
que 5 + 17 = 22; e a3 – a4, 9 – 13 = –4.
J=C ·i ·n
J = juros
C = capital
i = taxa
n = tempo
M = C + J ou M = C (1 + i · n)
M = montante
C = capital
J = juros
i = taxa
n = tempo
1. Juliana está com a conta de energia elétrica no valor de R$ 309,00 vencida há 9
dias e precisa pagá-la. Para contas em atraso, deve ser considerada uma multa de
2%, independentemente da quantidade de dias. Deve ser considerado, ainda, juros
mensais de 1% para um período de 30 dias. Calcule o valor que Juliana deve pagar
considerando os dias em atraso.
Passo a passo da resolução:
Multa 2% = · 309 – 6,18
Juros (1% ao mês) = % = 1/100 · 9/30 · 309 = 0,93
Pagamento realizado em atraso = 309,00 + 6,18 + 0,93 = 316,11.
Progressões geométricas
De acordo com Oliveira (2016), as progressões geométricas são identificadas
por PG e representam sequências ou sucessões onde cada termo depois do
segundo é idêntico ao seu antecessor multiplicado por um valor fixo, denomi-
nado razão q. A seguir, você pode verificar exemplos de progressão geométrica
com PG crescente e infinita, PG decrescente e finita, PG alternante e infinita
e PG constante.
Conceitos introdutórios à matemática financeira 13
Ao observar a sequência (5, 10, 20), é possível analisar que cada termo
multiplicado por 2 tem os seguintes resultados:
5 × 2 = 10; 10 × 2 = 20; 20 × 2 = 40. Esse exemplo corresponde a uma
progressão geométrica (PG).
Fórmulas: geral e finita da progressão geométrica (OLIVEIRA, 2016).
Leituras recomendadas
SAMANEZ, C. P. Matemática financeira. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
WAKAMATSU, A. (org.). Matemática financeira. São Paulo: Pearson, 2012.