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Emendas Constitucionais
Art. 10. Esta Emenda Constitucional entra em EMENDA CONSTITUCIONAL No 86, Art. 2o Esta Emenda Constitucional entra em
vigor na data de sua publicação. DE 17 DE MARÇO DE 2015 vigor na data de sua publicação.
EMENDAS CONSTITUCIONAIS
Brasília, em 27 de maio de 2014. Altera os arts. 165, 166 e 198 da Constituição Brasília, em 18 de fevereiro de 2016.
Mesa da Câmara dos Deputados: Federal, para tornar obrigatória a execução Mesa da Câmara dos Deputados: Deputado
Deputado Henrique Eduardo Alves, da programação orçamentária que especifica. Eduardo Cunha, Presidente; Deputado
Presidente; Deputado Arlindo Chinaglia, c Publicada no DOU de 18-3-2015. Waldir Maranhão 1o Vice‑Presidente;
1o Vice‑Presidente; Deputado Fábio Faria, As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se‑ Deputado Giacobo 2o Vice‑Presidente;
2o Vice‑Presidente; Deputado Marcio nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da Deputado Beto Mansur 1o Secretário;
Bittar, 1o Secretário; Deputado Simão Constituição Federal, promulgam a seguinte Deputado Felipe Bornier 2o Secretário;
Sessim, 2o Secretário; Deputado Maurício Emenda ao texto constitucional: Deputada Mara Gabrilli 3a Secretária;
Quintella Lessa, 3o Secretário; Deputado Deputado Alex Canziani 4o Secretário
Art. 1o Os arts. 165, 166 e 198 da Constitui‑
Antonio Carlos Biffi, 4o Secretário ção Federal passam a vigorar com as seguintes Mesa do Senado Federal: Senador
Mesa do Senado Federal: Senador alterações: Renan Calheiros Presidente; Senador
Renan Calheiros, Presidente; Senador c Alterações inseridas no texto da CF. Jorge Viana 1o Vice‑Presidente; Senador
Jorge Viana, 1o Vice‑Presidente; Senador Romero Jucá, 2o Vice‑Presidente;
Art. 2o Revogado. EC no 95, de 15-12-2016. Senador Vicentinho Alves 1o Secretário;
Romero Jucá, 2o Vice‑Presidente; Senador
Flexa Ribeiro, 1o Secretário; Senadora Art. 3o As despesas com ações e serviços pú‑ Senador Zeze Perrella 2o Secretário;
Ângela Portela, 2a Secretária; Senador blicos de saúde custeados com a parcela da Senador Gladson Cameli 3o Secretário;
Ciro Nogueira, 3o Secretário; Senador União oriunda da participação no resultado ou Senadora Ângela Portela 4a Secretária
João Vicente Claudino, 4o Secretário da compensação financeira pela exploração de
petróleo e gás natural, de que trata o § 1o do
art. 20 da Constituição Federal, serão compu‑
tadas para fins de cumprimento do disposto EMENDA CONSTITUCIONAL No 97,
EMENDA CONSTITUCIONAL No 84, no inciso I do § 2o do art. 198 da Constituição DE 4 DE OUTUBRO DE 2017
DE 2 DE DEZEMBRO DE 2014 Federal. Altera a Constituição Federal para vedar
Altera o art. 159 da Constituição Federal para c O STF, por maioria, no julgamento da ADIN as coligações partidárias nas eleições
aumentar a entrega de recursos pela União n o 5.595, declarou a constitucionalidade deste proporcionais, estabelecer normas sobre
artigo (DOU de 16-6-2023). acesso dos partidos políticos aos recursos
para o Fundo de Participação dos Municípios.
c Publicada no DOU de 3-12-2014. Art. 4o Esta Emenda Constitucional entra em do fundo partidário e ao tempo de
vigor na data de sua publicação e produzirá propaganda gratuito no rádio e na televisão
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se‑ efeitos a partir da execução orçamentária do e dispor sobre regras de transição.
nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da exercício de 2014. c Publicada no DOU de 5-10-2017.
Constituição Federal, promulgam a seguinte
Emenda ao texto constitucional: Art. 5 o Fica revogado o inciso IV do § 3 o do As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se‑
art. 198 da Constituição Federal. nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da
Art. 1o O art. 159 da Constituição Federal pas‑ Constituição Federal, promulgam a seguinte
sa a vigorar com a seguinte redação: Brasília, em 17 de março de 2015.
Mesa da Câmara dos Deputados: Deputado Emenda ao texto constitucional:
c Alteração inserida no texto da CF.
Eduardo Cunha, Presidente; Deputado Waldir Art. 1o A Constituição Federal passa a vigorar
Art. 2 o Para os fins do disposto na alínea e Maranhão, 1o Vice‑Presidente; Giacobo, com as seguintes alterações:
do inciso I do caput do art. 159 da Constitui‑ 2 Vice‑Presidente; Beto Mansur,1o Secretário;
o
c Alterações inseridas no texto da CF.
ção Federal, a União entregará ao Fundo de Felipe Bornier, 2o Secretário; Mara Gabrilli,
Participação dos Municípios o percentual de Art. 2o A vedação à celebração de coligações
3a Secretária; Alex Canziani, 4o Secretário. nas eleições proporcionais, prevista no § 1o do
0,5% (cinco décimos por cento) do produto
da arrecadação dos impostos sobre renda e Mesa do Senado Federal: Senador art. 17 da Constituição Federal, aplicar‑se‑á a
proventos de qualquer natureza e sobre pro‑ Renan Calheiros, Presidente; Senador partir das eleições de 2020.
dutos industrializados no primeiro exercício em Jorge Viana, 1o Vice‑Presidente; Senador Art. 3o O disposto no § 3o do art. 17 da Cons‑
que esta Emenda Constitucional gerar efeitos Romero Jucá, 2o Vice‑Presidente; Senador tituição Federal quanto ao acesso dos partidos
financeiros, acrescentando‑se 0,5% (cinco dé‑ Vicentinho Alves, 1o Secretário; Senador políticos aos recursos do fundo partidário e à
cimos por cento) a cada exercício, até que se Zeze Perrella, 2o Secretário; Senador propaganda gratuita no rádio e na televisão
alcance o percentual de 1% (um por cento). Gladson Cameli, 3o Secretário; Senadora aplicar‑se‑á a partir das eleições de 2030.
Ângela Portela, 4a Secretária.
Art. 3o Esta Emenda Constitucional entra em Parágrafo único. Terão acesso aos recursos
vigor na data de sua publicação, com efeitos do fundo partidário e à propaganda gratuita
financeiros a partir de 1o de janeiro do exercí‑ no rádio e na televisão os partidos políticos
cio subsequente. EMENDA CONSTITUCIONAL No 91, que:
Brasília, em 2 de dezembro de 2014. DE 18 DE FEVEREIRO DE 2016 I – na legislatura seguinte às eleições de 2018:
Mesa da Câmara dos Deputados: Altera a Constituição Federal para a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
Deputado Henrique Eduardo Alves, estabelecer a possibilidade, excepcional e Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio
Presidente; Deputado Arlindo Chinaglia, em período determinado, de desfiliação por cento) dos votos válidos, distribuídos
1o Vice‑Presidente; Deputado Fábio Faria, partidária, sem prejuízo do mandato. em pelo menos um terço das unidades da
2o Vice Presidente; Deputado Marcio c Publicada no DOU de 19-2-2016. Federação, com um mínimo de 1% (um por
Bittar, 1o Secretário; Deputado Simão As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se‑ cento) dos votos válidos em cada uma de‑
Sessim, 2o Secretário; Deputado Maurício nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da las; ou
Quintella Lessa, 3o Secretário; Deputado Constituição Federal, promulgam a seguinte b) tiverem elegido pelo menos nove Deputa‑
Antônio Carlos Biffi, 4o Secretário. Emenda ao texto constitucional: dos Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação;
Mesa do Senado Federal: Senador Art. 1o É facultado ao detentor de mandato
Renan Calheiros, Presidente; Senador eletivo desligar‑se do partido pelo qual foi II – na legislatura seguinte às eleições de 2022:
Jorge Viana, 1o Vice‑Presidente; Senador eleito nos trinta dias seguintes à promulgação a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
Romero Jucá, 2o Vice‑Presidente; Senador desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do Deputados, no mínimo, 2% (dois por cen‑
Flexa Ribeiro, 1o Secretário; Senadora mandato, não sendo essa desfiliação conside‑ to) dos votos válidos, distribuídos em pelo
Ângela Portela, 2a Secretária; Senador rada para fins de distribuição dos recursos do menos um terço das unidades da Federa‑
Ciro Nogueira, 3o Secretário; Senador Fundo Partidário e de acesso gratuito ao tem‑ ção, com um mínimo de 1% (um por cento)
João Vicente Claudino, 4o Secretário. po de rádio e televisão. dos votos válidos em cada uma delas; ou
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Código de Defesa do Consumidor
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
LEI No 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
Dispõe sobre a proteção do consumidor inclusive as de natureza bancária, financeira, X – prevenção e tratamento do superendivida‑
e dá outras providências. de crédito e securitária, salvo as decorrentes mento como forma de evitar a exclusão social
c Publicada no DOU de 12-9-1990, edição extra, e das relações de caráter trabalhista. do consumidor.
retificada no DOU de 10-1-2007. c Súmulas nos 297 e 563 do STJ. c Incisos IX e X acrescidos pela Lei no 14.181, de
c Esta Lei é conhecida como Código de Defesa do 1o-7-2021.
Consumidor – CDC. CAPÍTULO II
c Lei n o 12.291, de 20-7-2010, torna obrigatória a Art. 5 o Para a execução da Política Nacional
DA POLÍTICA NACIONAL DE
manutenção de exemplar deste Código nos estabe- das Relações de Consumo, contará o Poder
lecimentos comerciais e de prestação de serviços. RELAÇÕES DE CONSUMO
Público com os seguintes instrumentos, entre
c Lei no 12.529, de 30-11-2011 (Lei do Sistema Bra- Art. 4 o A Política Nacional das Relações de outros:
sileiro de Defesa da Concorrência).
c Lei n o 12.965, de 23-4-2014 (Marco Civil da
Consumo tem por objetivo o atendimento das I – manutenção de assistência jurídica, integral
Internet). necessidades dos consumidores, o respeito à e gratuita para o consumidor carente;
c Dec. no 2.181, de 20-3-1997, dispõe sobre a orga- sua dignidade, saúde e segurança, a proteção c Art. 5o, LXXIV, da CF.
nização do Sistema Nacional de Defesa do Con- de seus interesses econômicos, a melhoria da c Lei n o 1.060, de 5-2-1950 (Lei de Assistência
sumidor – SNDC, e estabelece normas gerais de sua qualidade de vida, bem como a transpa‑
aplicação das sanções administrativas previstas Judiciária).
nesta Lei. rência e harmonia das relações de consumo,
II – instituição de Promotorias de Justiça de
Dec. n o 5.903, de 20-9-2006, regulamenta este atendidos os seguintes princípios:
c
Defesa do Consumidor, no âmbito do Minis‑
Código, no que se refere às formas de afixação de c Caput com a redação dada pela Lei n o 9.008, de
preços de produtos e serviços para o consumidor. tério Público;
21-3-1995.
c Dec. n o 7.962, de 15-3-2013, regulamenta esta III – criação de delegacias de polícia especia‑
Lei para dispor sobre a contratação no comércio I – reconhecimento da vulnerabilidade do con‑ lizadas no atendimento de consumidores víti‑
eletrônico. sumidor no mercado de consumo; mas de infrações penais de consumo;
c Dec. no 11.034, de 5-4-2022, regulamenta este Có- II – ação governamental no sentido de prote‑ IV – criação de Juizados Especiais de Pequenas
digo, para estabelecer diretrizes e normas sobre o ger efetivamente o consumidor:
Serviço de Atendimento ao Consumidor. Causas e Varas Especializadas para a solução
c Port. do MJ no 2.014, de 13-10-2008, estabelece o a) por iniciativa direta; de litígios de consumo;
tempo máximo para o contato direto com o aten- b) por incentivos à criação e desenvolvimento c Art. 98, I, da CF.
dente e o horário de funcionamento no Serviço de de associações representativas; c Lei n o 9.099, de 26-9-1995 (Lei dos Juizados
Atendimento ao Consumidor – SAC. Especiais).
c Súm. no 608 do STJ. c) pela presença do Estado no mercado de
c Súm. no 2/2011 do CFOAB. consumo; V – concessão de estímulos à criação e de‑
d) pela garantia dos produtos e serviços com senvolvimento das Associações de Defesa do
TÍTULO I – DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR padrões adequados de qualidade, seguran‑ Consumidor;
ça, durabilidade e desempenho; VI – instituição de mecanismos de prevenção
CAPÍTULO I
III – harmonização dos interesses dos parti‑ e tratamento extrajudicial e judicial do supe‑
DISPOSIÇÕES GERAIS
cipantes das relações de consumo e compa‑ rendividamento e de proteção do consumidor
Art. 1o O presente Código estabelece normas tibilização da proteção do consumidor com a pessoa natural;
de proteção e defesa do consumidor, de ordem necessidade de desenvolvimento econômico e VII – instituição de núcleos de concilia‑
pública e interesse social, nos termos dos arti‑ tecnológico, de modo a viabilizar os princípios ção e mediação de conflitos oriundos de
gos 5o, inciso XXXII, 170, inciso V, da Consti‑ nos quais se funda a ordem econômica (artigo superendividamento.
tuição Federal e artigo 48 de suas Disposições
Transitórias. 170, da Constituição Federal), sempre com c Incisos VI e VII acrescidos pela Lei n o 14.181, de
base na boa‑fé e equilíbrio nas relações entre 1o-7-2021.
c Arts. 24, VIII, 150, § 5o, e 170, V, da CF.
consumidores e fornecedores; §§ 1o e 2o VETADOS.
Art. 2o Consumidor é toda pessoa física ou ju‑ IV – educação e informação de fornecedores e CAPÍTULO III
rídica que adquire ou utiliza produto ou serviço consumidores, quanto aos seus direitos e de‑
como destinatário final. DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
veres, com vistas à melhoria do mercado de
c Arts. 17 e 29 deste Código. Art. 6o São direitos básicos do consumidor:
c Súm. no 563 do STJ.
consumo;
V – incentivo à criação pelos fornecedores de I – a proteção da vida, saúde e segurança con‑
Parágrafo único. Equipara‑se a consumidor meios eficientes de controle de qualidade e tra os riscos provocados por práticas no forne‑
a coletividade de pessoas, ainda que indeter‑ segurança de produtos e serviços, assim como cimento de produtos e serviços considerados
mináveis, que haja intervindo nas relações de
de mecanismos alternativos de solução de con‑ perigosos ou nocivos;
consumo.
flitos de consumo; II – a educação e divulgação sobre o consumo
c Art. 81, parágrafo único, deste Código.
c Súm. no 643 do STF.
VI – coibição e repressão eficientes de todos adequado dos produtos e serviços, assegura‑
os abusos praticados no mercado de consu‑ das a liberdade de escolha e a igualdade nas
Art. 3o Fornecedor é toda pessoa física ou ju‑ mo, inclusive a concorrência desleal e utili‑ contratações;
rídica, pública ou privada, nacional ou estran‑
geira, bem como os entes despersonalizados, zação indevida de inventos e criações indus‑ III – a informação adequada e clara sobre os
que desenvolvem atividades de produção, triais, das marcas e nomes comerciais e signos diferentes produtos e serviços, com especifi‑
montagem, criação, construção, transforma‑ distintivos, que possam causar prejuízos aos cação correta de quantidade, características,
ção, importação, exportação, distribuição ou consumidores; composição, qualidade, tributos inciden‑
comercialização de produtos ou prestações de c Lei n o 9.279, de 14-5-1996 (Lei da Propriedade
tes e preço, bem como sobre os riscos que
serviços. Industrial). apresentem;
c Art. 28 deste Código. c Lei no 12.529, de 30-11-2011 (Lei do Sistema Bra- c Inciso III com a redação dada pela Lei no 12.741, de
c Art. 142, §§ 1o e 2o, da Lei no 14.597, de 14-6-2023 sileiro de Defesa da Concorrência). 8-12-2012.
(Lei Geral do Esporte). VII – racionalização e melhoria dos serviços c Arts. 31 e 66 deste Código.
c Súm. n 297 do STJ.
o
c Lei no 10.962, de 11-10-2004, dispõe sobre a oferta
públicos; e as formas de afixação de preços de produtos e
§ 1o Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, VIII – estudo constante das modificações do
serviços para o consumidor.
material ou imaterial. mercado de consumo; c Dec. no 4.680, de 24-4-2003, regulamenta o direito
§ 2o Serviço é qualquer atividade fornecida no IX – fomento de ações direcionadas à educa‑ à informação quanto aos alimentos e ingredien-
mercado de consumo, mediante remuneração, ção financeira e ambiental dos consumidores; tes alimentares destinados ao consumo humano
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Arts. 7o a 14 Código de Defesa do Consumidor
ou animal que contenham ou sejam produzidos a
ou convenções internacionais de que o Brasil recall de produtos e serviços que, posteriormente
partir de organismos geneticamente modificados.
seja signatário, da legislação interna ordinária, à sua introdução no mercado de consumo, forem
c Dec. n o 5.903, de 20-9-2006, regulamenta a Lei
de regulamentos expedidos pelas autoridades considerados nocivos ou perigosos.
no 10.962, de 11-10-2004, e dispõe sobre as prá-
administrativas competentes, bem como dos § 2o Os anúncios publicitários a que se refere o
ticas infracionais que atentam contra o direito
que derivem dos princípios gerais do direito, parágrafo anterior serão veiculados na impren‑
básico do consumidor de obter informação clara
e adequada sobre produtos e serviços. analogia, costumes e equidade. sa, rádio e televisão, às expensas do fornece‑
c c Art. 4 o do Dec.‑lei n o 4.657, de 4-9-1942 (Lei de dor do produto ou serviço.
Dec. n o 7.962, de 15-3-2013, regulamenta esta
Introdução às normas do Direito Brasileiro).
Lei para dispor sobre a contratação no comércio § 3o Sempre que tiverem conhecimento de pe‑
eletrônico. Parágrafo único. Tendo mais de um autor a riculosidade de produtos ou serviços à saúde
c Dec. no 8.264, de 5-6-2014, dispõe sobre as me-
ofensa, todos responderão solidariamente pela ou segurança dos consumidores, a União, os
didas de esclarecimento ao consumidor quanto
reparação dos danos previstos nas normas de Estados, o Distrito Federal e os Municípios de‑
à carga tributária incidente sobre mercadorias e
serviços. consumo. verão informá‑los a respeito.
c Arts. 12, 18, 19, 25, §§ 1 o e 2o , 28, § 3o, e 34 deste Art. 11. VETADO.
IV – a proteção contra a publicidade enganosa
Código.
e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou Seção II
c Arts. 275 a 285 do CC.
desleais, bem como contra práticas e cláusulas DA RESPONSABILIDADE PELO FATO
c Art. 113 do CPC/2015.
abusivas ou impostas no fornecimento de pro‑ DO PRODUTO E DO SERVIÇO
dutos e serviços; CAPÍTULO IV
c Art. 149 da Lei no 14.597, de 14-6-2023 (Lei Geral
c Arts. 37, 39 a 41, 51 a 53 e 67 deste Código. DA QUALIDADE DE PRODUTOS E do Esporte).
V – a modificação das cláusulas contratuais SERVIÇOS, DA PREVENÇÃO E DA Art. 12. O fabricante, o produtor, o constru‑
que estabeleçam prestações desproporcionais REPARAÇÃO DOS DANOS tor, nacional ou estrangeiro, e o importador
ou sua revisão em razão de fatos supervenien‑ Seção I respondem, independentemente da existência
tes que as tornem excessivamente onerosas; DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA de culpa, pela reparação dos danos causados
c Arts. 478 a 480 do CC. aos consumidores por defeitos decorrentes de
Art. 8 o Os produtos e serviços colocados no projeto, fabricação, construção, montagem,
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos mercado de consumo não acarretarão riscos à
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e saúde ou segurança dos consumidores, exceto fórmulas, manipulação, apresentação ou acon‑
difusos; dicionamento de seus produtos, bem como por
os considerados normais e previsíveis em de‑ informações insuficientes ou inadequadas so‑
c Art. 25 deste Código. corrência de sua natureza e fruição, obrigan‑ bre sua utilização e riscos.
c Súm. n 37 do STJ.
o
do‑se os fornecedores, em qualquer hipótese,
c Arts. 7 o, parágrafo único, 25, 27, 34 e 51, III, deste
VII – o acesso aos órgãos judiciários e admi‑ a dar as informações necessárias e adequadas Código.
nistrativos, com vistas à prevenção ou re‑ a seu respeito. c Art. 13, IV, do Dec. n o 2.181, de 20-3-1997, que
paração de danos patrimoniais e morais, in‑ § 1 Em se tratando de produto industrial,
o
dispõe sobre a organização do Sistema Nacional
dividuais, coletivos ou difusos, assegurada a ao fabricante cabe prestar as informações a de Defesa do Consumidor – SNDC, e estabelece
proteção jurídica, administrativa e técnica aos que se refere este artigo, através de impres‑ normas gerais de aplicação das sanções adminis-
necessitados; sos apropriados que devam acompanhar o trativas previstas nesta Lei.
c Arts. 98 a 102 e 185 do CPC/2015. produto. § 1o O produto é defeituoso quando não ofe‑
c Lei n o 1.060, de 5-2-1950 (Lei da Assistência c Parágrafo único transformado em § 1 o pela Lei rece a segurança que dele legitimamente se
Judiciária). no 13.486, de 3-10-2017. espera, levando‑se em consideração as circuns‑
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, § 2o O fornecedor deverá higienizar os equipa‑ tâncias relevantes, entre as quais:
inclusive com a inversão do ônus da prova, a mentos e utensílios utilizados no fornecimento I – sua apresentação;
seu favor, no processo civil, quando, a critério de produtos ou serviços, ou colocados à dispo‑ II – o uso e os riscos que razoavelmente dele
do juiz, for verossímil a alegação ou quando sição do consumidor, e informar, de maneira se esperam;
for ele hipossuficiente, segundo as regras or‑ ostensiva e adequada, quando for o caso, so‑ III – a época em que foi colocado em circulação.
dinárias de experiências; bre o risco de contaminação. § 2o O produto não é considerado defeituoso
c Arts. 38 e 51, VI, deste Código. c § 2o acrescido pela Lei n o 13.486, de 3-10-2017. pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido
c Art. 373, § 1 o, do CPC/2015.
Art. 9 o O fornecedor de produtos e serviços colocado no mercado.
IX – VETADO; potencialmente nocivos ou perigosos à saúde § 3o O fabricante, o construtor, o produtor ou
X – a adequada e eficaz prestação dos serviços ou segurança deverá informar, de maneira importador só não será responsabilizado quan‑
públicos em geral; ostensiva e adequada, a respeito da sua no‑ do provar:
XI – a garantia de práticas de crédito respon‑ cividade ou periculosidade, sem prejuízo da I – que não colocou o produto no mercado;
sável, de educação financeira e de prevenção adoção de outras medidas cabíveis em cada II – que, embora haja colocado o produto no
e tratamento de situações de superendivida‑ caso concreto. mercado, o defeito inexiste;
mento, preservado o mínimo existencial, nos c Art. 63 deste Código. III – a culpa exclusiva do consumidor ou de
termos da regulamentação, por meio da revi‑ terceiro.
são e da repactuação da dívida, entre outras Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no
medidas; mercado de consumo produto ou serviço que Art. 13. O comerciante é igualmente respon‑
XII – a preservação do mínimo existencial, nos sabe ou deveria saber apresentar alto grau sável, nos termos do artigo anterior, quando:
termos da regulamentação, na repactuação de de nocividade ou periculosidade à saúde ou I – o fabricante, o construtor, o produtor ou
dívidas e na concessão de crédito; segurança. o importador não puderem ser identificados;
XIII – a informação acerca dos preços dos pro‑ c Art. 13, II e III, do Dec. n 2.181, de 20-3-1997, que II – o produto for fornecido sem identificação
o
dutos por unidade de medida, tal como por dispõe sobre a organização do Sistema Nacional clara do seu fabricante, produtor, construtor
de Defesa do Consumidor – SNDC, e estabelece ou importador;
quilo, por litro, por metro ou por outra unida‑ normas gerais de aplicação das sanções adminis-
de, conforme o caso. trativas previstas nesta Lei. III – não conservar adequadamente os produ‑
c Incisos XI a XIII acrescidos pela Lei n 14.181, de
o tos perecíveis.
1o-7-2021.
§ 1 O fornecedor de produtos e serviços que,
o
posteriormente à sua introdução no mercado Parágrafo único. Aquele que efetivar o paga‑
Parágrafo único. A informação de que tra‑ de consumo, tiver conhecimento da periculo‑ mento ao prejudicado poderá exercer o direito
ta o inciso III do caput deste artigo deve ser sidade que apresentem, deverá comunicar o de regresso contra os demais responsáveis, se‑
acessível à pessoa com deficiência, observado fato imediatamente às autoridades competen‑ gundo sua participação na causação do evento
o disposto em regulamento. tes e aos consumidores, mediante anúncios danoso.
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.146, de publicitários. c Art. 88 deste Código.
6-7-2015. c Art. 283 do CC.
c Art. 64 deste Código.
Art. 7 o Os direitos previstos neste Código c Port. do MJ no 487, de 15-3-2012, disciplina o pro- Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
não excluem outros decorrentes de tratados cedimento de chamamento dos consumidores ou independentemente da existência de culpa,
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Código de Trânsito Brasileiro
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
LEI No 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. tados, do Distrito Federal e dos Municípios que IV – os órgãos e entidades executivos rodoviá‑
c Publicada no DOU de 24-9-1997 e retificada no tem por finalidade o exercício das atividades rios da União, dos Estados, do Distrito Federal
DOU de 25-9-1997. de planejamento, administração, normatiza‑ e dos Municípios;
O Presidente da República: ção, pesquisa, registro e licenciamento de veí‑ c Lei no 10.233, de 5-6-2001, dispõe sobre a reestru-
culos, formação, habilitação e reciclagem de turação dos transportes aquaviário e terrestre, cria
Faço saber que o Congresso Nacional decreta condutores, educação, engenharia, operação o Conselho Nacional de Integração de Políticas de
e eu sanciono a seguinte Lei: do sistema viário, policiamento, fiscalização, Transporte, a Agência Nacional de Transportes
Terrestres, a Agência Nacional de Transportes
CAPÍTULO I julgamento de infrações e de recursos e apli‑ Aquaviários e o Departamento Nacional de In-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES cação de penalidades. fraestrutura de Transportes.
c Res. do CONTRAN n o 145, de 21-8-2003, dispõe
Art. 1 O trânsito de qualquer natureza nas
o
sobre o intercâmbio de informações, entre órgãos
V – a Polícia Rodoviária Federal;
vias terrestres do território nacional, abertas à e entidades executivos de trânsito dos Estados e
VI – as Polícias Militares dos Estados e do Dis‑
circulação, rege‑se por este Código. do Distrito Federal e os demais órgãos e entidades trito Federal; e
§ 1o Considera‑se trânsito a utilização das vias executivos de trânsito e executivos rodoviários da VII – as Juntas Administrativas de Recursos de
por pessoas, veículos e animais, isolados ou em União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municí- Infrações – JARI.
grupos, conduzidos ou não, para fins de circu‑ pios que compõem o Sistema Nacional de Trânsito. c Res. do CONTRAN no 357, de 2-8-2010, estabelece
c Res. do CONTRAN n o 314, de 8-5-2009, estabelece diretrizes para a elaboração do Regimento Interno
lação, parada, estacionamento e operação de
procedimentos para a execução das campanhas das Juntas Administrativas de Recursos de Infra-
carga ou descarga. educativas de trânsito a serem promovidas pe- ções – JARI.
§ 2 O trânsito, em condições seguras, é um
o los órgãos e entidades do Sistema Nacional de Art. 7o‑A. A autoridade portuária ou a entida‑
direito de todos e dever dos órgãos e entidades Trânsito.
de concessionária de porto organizado poderá
componentes do Sistema Nacional de Trânsi‑ c Res. do CONTRAN no 351, de 14-6-2010, estabele- celebrar convênios com os órgãos previstos no
to, a estes cabendo, no âmbito das respectivas ce procedimentos para veiculação de mensagens
educativas de trânsito em toda peça publicitária art. 7 , com a interveniência dos Municípios e
o
competências, adotar as medidas destinadas a destinada à divulgação ou promoção, nos meios Estados, juridicamente interessados, para o fim
assegurar esse direito. de comunicação social, de produtos oriundos da específico de facilitar a autuação por descum‑
§ 3 o Os órgãos e entidades componentes do indústria automobilística ou afins. primento da legislação de trânsito.
Sistema Nacional de Trânsito respondem, no Art. 6o São objetivos básicos do Sistema Na‑ § 1o O convênio valerá para toda a área físi‑
âmbito das respectivas competências, objeti‑ cional de Trânsito: ca do porto organizado, inclusive, nas áreas
vamente, por danos causados aos cidadãos em dos terminais alfandegados, nas estações de
I – estabelecer diretrizes da Política Nacional
virtude de ação, omissão ou erro na execução transbordo, nas instalações portuárias públicas
e manutenção de programas, projetos e ser‑ de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez,
ao conforto, à defesa ambiental e à educação de pequeno porte e nos respectivos estaciona‑
viços que garantam o exercício do direito do mentos ou vias de trânsito internas.
trânsito seguro. para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
II – fixar, mediante normas e procedimentos, a §§ 2 o e 3 o VETADOS. Lei n o 12.058, de
c Art. 37, § 6o, da CF. 13-10-2009.
padronização de critérios técnicos, financeiros
§ 4o VETADO. e administrativos para a execução das ativida‑ c Art. 7 o ‑A acrescido pela Lei n o 12.058, de
§ 5o Os órgãos e entidades de trânsito pertencen‑ des de trânsito; 13-10-2009.
tes ao Sistema Nacional de Trânsito darão priori‑ III – estabelecer a sistemática de fluxos perma‑ Art. 8o Os Estados, o Distrito Federal e os Mu‑
dade em suas ações à defesa da vida, nela incluí‑ nentes de informações entre os seus diversos nicípios organizarão os respectivos órgãos e
da a preservação da saúde e do meio ambiente. órgãos e entidades, a fim de facilitar o proces‑ entidades executivos de trânsito e executivos
Art. 2o São vias terrestres urbanas e rurais as so decisório e a integração do Sistema. rodoviários, estabelecendo os limites circuns‑
ruas, as avenidas, os logradouros, os cami‑ c Res. do CONTRAN no 142, de 26-3-2003, dispõe cricionais de suas atuações.
nhos, as passagens, as estradas e as rodovias, sobre o funcionamento do Sistema Nacional de Art. 9 o O Presidente da República designará
que terão seu uso regulamentado pelo órgão Trânsito – SNT, a participação dos órgãos e en- o ministério ou órgão da Presidência respon‑
ou entidade com circunscrição sobre elas, de tidades de trânsito nas reuniões do sistema e as sável pela coordenação máxima do Sistema
acordo com as peculiaridades locais e as cir‑ suas modalidades. Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado
cunstâncias especiais. Seção II o CONTRAN e subordinado o órgão máximo
Parágrafo único. Para os efeitos deste Códi‑ DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA executivo de trânsito da União.
go, são consideradas vias terrestres as praias DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO c Dec. no 4.711, de 29-5-2003, dispõe sobre a coor-
abertas à circulação pública, as vias internas denação do Sistema Nacional de Trânsito.
Art. 7 Compõem o Sistema Nacional de Trân‑
o
pertencentes aos condomínios constituídos sito os seguintes órgãos e entidades: Art. 10. O CONTRAN, com sede no Distrito
por unidades autônomas e as vias e áreas de Federal, é composto dos Ministros de Esta-
estacionamento de estabelecimentos privados I – o Conselho Nacional de Trânsito – CON‑ do responsáveis pelas seguintes áreas de
de uso coletivo. TRAN, coordenador do Sistema e órgão máxi‑ competência:
c Parágrafo único com a redação dada pela Lei mo normativo e consultivo; c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de
no 13.146, de 6-7-2015. c Res. do CONTRAN no 820, de 17-3-2021, aprova o 19-6-2023.
Regimento Interno do Conselho Nacional de Trân-
Art. 3o As disposições deste Código são aplicáveis sito (CONTRAN). I e II – VETADOS;
a qualquer veículo, bem como aos proprietários, II‑A – Revogado. Lei no 14.599, de 19-6-2023;
condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros II – os Conselhos Estaduais de Trânsito – CE‑
III – ciência, tecnologia e inovações;
e às pessoas nele expressamente mencionadas. TRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito
IV – educação;
Art. 4o Os conceitos e definições estabelecidos Federal – CONTRANDIFE, órgãos normativos,
V – defesa;
para os efeitos deste Código são os constantes consultivos e coordenadores;
VI – meio ambiente;
do Anexo I. c Res. do CONTRAN n 901, de 9-3-2022, consolida
o
as normas sobre as diretrizes para a elaboração c Incisos III a VI com a redação dada pela Lei
CAPÍTULO II do Regimento Interno, gestão e operacionalização no 14.599, de 19-6-2023.
DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO das atividades dos Conselhos Estaduais de Trânsi- VII – Revogado. Lei no 14.071, de 13-10-2020;
to (CETRAN) e do Conselho de Trânsito do Distrito VIII a XIX – VETADOS;
Seção I Federal (CONTRANDIFE). XX – Revogado. Lei no 14.071, de 13-10-2020;
DISPOSIÇÕES GERAIS III – os órgãos e entidades executivos de trân‑ XXI – VETADO;
Art. 5o O Sistema Nacional de Trânsito é o con‑ sito da União, dos Estados, do Distrito Federal XXII – saúde;
junto de órgãos e entidades da União, dos Es‑ e dos Municípios; XXIII – justiça;
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671-A
673
Arts. 58 a 67‑C Código de Trânsito Brasileiro
mente no centro da faixa mais à direita ou no 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) III – contrato de seguro contra riscos e sinis‑
bordo direito da pista sempre que não houver para automóveis, camionetas, caminho‑ tros em favor de terceiros;
acostamento ou faixa própria a eles destinada, netes e motocicletas; c Inciso III com a redação dada pela Lei no 14.599, de
proibida a sua circulação nas vias de trânsito c Item 1 com a redação dada pela Lei no 14.440, de 19-6-2023.
rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. 2-9-2022. IV – prévio recolhimento do valor correspon-
Parágrafo único. Quando uma via comportar 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) dente aos custos operacionais em que o órgão
duas ou mais faixas de trânsito e a da direita para os demais veículos; ou entidade permissionária incorrerá.
for destinada ao uso exclusivo de outro tipo de c Item 2 com a redação dada pela Lei no 13.281, de Parágrafo único. A autoridade com circuns-
veículo, os ciclomotores deverão circular pela 4-5-2016. crição sobre a via arbitrará os valores mínimos
faixa adjacente à da direita. c Art. 218 deste Código. da caução ou fiança e do contrato de seguro.
c Arts. 185, I, 193 e 244, § 2o, deste Código. c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilôme- c Arts. 173, 174 e 308 deste Código.
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista tros por hora). CAPÍTULO III‑A
dupla, a circulação de bicicletas deverá ocor- c Alínea c acrescida pela Lei no 13.281, de 4-5-2016.
rer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR
acostamento, ou quando não for possível a § 2 o O órgão ou entidade de trânsito ou ro- MOTORISTAS PROFISSIONAIS
utilização destes, nos bordos da pista de rola- doviário com circunscrição sobre a via poderá c Capítulo III‑A acrescido pela Lei n o 12.619, de
mento, no mesmo sentido de circulação regu- regulamentar, por meio de sinalização, veloci- 30-4-2012.
lamentado para a via, com preferência sobre os dades superiores ou inferiores àquelas estabe- c Lei n o 13.103, de 2-3-2015 (Lei do Motorista
veículos automotores. lecidas no parágrafo anterior. Profissional).
c Res. do CONTRAN n 798, de 2-9-2020, dispõe so- Art. 67‑A. O disposto neste Capítulo aplica‑se
o
Parágrafo único. A autoridade de trânsito bre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização aos motoristas profissionais:
com circunscrição sobre a via poderá autorizar da velocidade de veículos automotores, elétricos,
a circulação de bicicletas no sentido contrário c Caput com a redação dada pela Lei no 13.103, de
reboques e semirreboques.
ao fluxo dos veículos automotores, desde que 2-3-2015.
dotado o trecho com ciclofaixa.
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser I – de transporte rodoviário coletivo de
inferior à metade da velocidade máxima esta- passageiros;
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente belecida, respeitadas as condições operacio- II – de transporte rodoviário de cargas.
sinalizado pelo órgão ou entidade com circuns- nais de trânsito e da via.
crição sobre a via, será permitida a circulação c Incisos I e II acrescidos pela Lei n 13.103, de
o
(um metro e quarenta e cinco centímetros) de Art. 67‑A acrescido pela Lei n o 12.619, de
I – vias urbanas: altura devem ser transportadas nos bancos tra-
c
30-4-2012.
a) via de trânsito rápido; seiros, em dispositivo de retenção adequado
b) via arterial;
Art. 67‑B. VETADO. Lei n o 12.619, de
para cada idade, peso e altura, salvo exceções 30-4-2012.
c) via coletora; relacionadas a tipos específicos de veículos re-
d) via local; gulamentadas pelo CONTRAN. Art. 67‑C. É vedado ao motorista profissio-
nal dirigir por mais de 5 (cinco) horas e meia
II – vias rurais: c Caput com a redação dada pela Lei no 14.071, de
13-10-2020.
ininterruptas veículos de transporte rodoviário
a) rodovias; coletivo de passageiros ou de transporte rodo-
c Art. 168 deste Código.
b) estradas. viário de cargas.
c Res. do CONTRAN n o 819, de 17-3-2021, dispõe
Art. 61. A velocidade máxima permitida para sobre o transporte de crianças com idade inferior c Caput com a redação dada pela Lei n 13.103, de
o
674
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 67‑D a 74
§ 1o, observadas no primeiro período 8 (oito) § 2o O tempo de direção será controlado me- a) onde houver foco de pedestres, obedecer
horas ininterruptas de descanso. diante registrador instantâneo inalterável de às indicações das luzes;
c Art. 12 da Lei n o 13.103, de 2-3-2015 (Lei do Moto- velocidade e tempo e, ou por meio de anotação b) onde não houver foco de pedestres, aguar-
rista Profissional), que dispõe sobre a produção de em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de tra- dar que o semáforo ou o agente de trânsito
efeitos deste dispositivo. balho externo, ou por meios eletrônicos instala- interrompa o fluxo de veículos;
§ 4o Entende‑se como tempo de direção ou de dos no veículo, conforme norma do CONTRAN. III – nas interseções e em suas proximidades,
condução apenas o período em que o condu- § 3o O equipamento eletrônico ou registrador onde não existam faixas de travessia, os pe-
tor estiver efetivamente ao volante, em curso deverá funcionar de forma independente de destres devem atravessar a via na continuação
entre a origem e o destino. qualquer interferência do condutor, quanto da calçada, observadas as seguintes normas:
§ 5o Entende‑se como início de viagem a par- aos dados registrados. a) não deverão adentrar na pista sem antes se
tida do veículo na ida ou no retorno, com ou § 4 o A guarda, a preservação e a exatidão certificar de que podem fazê‑lo sem obs-
sem carga, considerando‑se como sua conti- das informações contidas no equipamento truir o trânsito de veículos;
nuação as partidas nos dias subsequentes até registrador instantâneo inalterável de veloci- b) uma vez iniciada a travessia de uma pista,
o destino. dade e de tempo são de responsabilidade do
675
Arts. 75 a 79 Código de Trânsito Brasileiro
trutura organizacional ou mediante convênio, Art. 77. No âmbito da educação para o trân‑ trizes fixadas para as campanhas educativas de
o funcionamento de Escolas Públicas de Trân- sito, caberá ao Ministério da Saúde, mediante trânsito a que se refere o art. 75.
sito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo proposta do CONTRAN, estabelecer campa‑ c Arts. 77‑A a 77‑D acrescidos pela Lei no 12.006, de
CONTRAN. nha nacional para esclarecer condutas a se‑ 29-7-2009.
Res. do CONTRAN no 265, de 14-12-2007, dispõe rem seguidas nos primeiros socorros em caso c Res. do CONTRAN n 351, de 14-6-2010, estabele-
o
c
sobre a formação teórico‑técnica do processo de de sinistros de trânsito. ce procedimentos para veiculação de mensagens
habilitação de condutores de veículos automotores c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de educativas de trânsito em toda peça publicitária
elétricos como atividade extracurricular no ensino destinada à divulgação ou promoção, nos meios
19-6-2023. de comunicação social, de produtos oriundos da
médio e define os procedimentos para implemen-
tação nas escolas interessadas. Parágrafo único. As campanhas terão caráter indústria automobilística ou afins.
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmen- permanente por intermédio do Sistema Único Art. 77‑E. A veiculação de publicidade feita
te, os temas e os cronogramas das campanhas de Saúde – SUS, sendo intensificadas nos pe- em desacordo com as condições fixadas nos
de âmbito nacional que deverão ser promo- ríodos e na forma estabelecidos no artigo 76. arts. 77‑A a 77‑D constitui infração punível
vidas por todos os órgãos ou entidades do Art. 77‑A. São assegurados aos órgãos ou com as seguintes sanções:
Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos entidades componentes do Sistema Nacional c Caput acrescido pela Lei no 12.006, de 29-7-2009.
períodos referentes às férias escolares, feriados de Trânsito os mecanismos instituídos nos I – advertência por escrito;
prolongados e à Semana Nacional de Trânsito. arts. 77‑B a 77‑E para a veiculação de men- II – suspensão, nos veículos de divulgação da
§ 1 o Os órgãos ou entidades do Sistema Na- sagens educativas de trânsito em todo o ter- publicidade, de qualquer outra propaganda do
cional de Trânsito deverão promover outras ritório nacional, em caráter suplementar às produto, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias;
campanhas no âmbito de sua circunscrição e campanhas previstas nos arts. 75 e 77. c Incisos I e II acrescidos pela Lei n o 12.006, de
de acordo com as peculiaridades locais. Art. 77‑B. Toda peça publicitária destinada à 29-7-2009.
§ 2o As campanhas de que trata este artigo são divulgação ou promoção, nos meios de comu- III – multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e
de caráter permanente, e os serviços de rádio nicação social, de produto oriundo da indústria vinte e sete reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cen-
e difusão sonora de sons e imagens explorados automobilística ou afim, incluirá, obrigatoria- to e trinta e cinco reais), cobrada do dobro até
pelo poder público são obrigados a difundi‑las mente, mensagem educativa de trânsito a ser o quíntuplo em caso de reincidência.
gratuitamente, com a frequência recomenda- conjuntamente veiculada. c Inciso III com a redação dada pela Lei no 13.281, de
da pelos órgãos competentes do Sistema Na- c Res. do CONTRAN no 351, de 14-6-2010, estabele- 4-5-2016.
cional de Trânsito. ce procedimentos para veiculação de mensagens § 1 o As sanções serão aplicadas isolada ou
c Res. do CONTRAN n o 30, de 22-5-1998, dispõe educativas de trânsito em toda peça publicitária cumulativamente, conforme dispuser o regu-
sobre campanhas permanentes de segurança no destinada à divulgação ou promoção, nos meios
de comunicação social, de produtos oriundos da
lamento.
trânsito.
c Res. do CONTRAN no 314, de 8-5-2009, estabelece indústria automobilística ou afins. § 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste
procedimentos para a execução das campanhas § 1 o Para os efeitos dos arts. 77‑A a 77‑E, artigo, qualquer infração acarretará a imediata
educativas de trânsito a serem promovidas pe- consideram‑se produtos oriundos da indústria suspensão da veiculação da peça publicitária
los órgãos e entidades do Sistema Nacional de até que sejam cumpridas as exigências fixadas
Trânsito. automobilística ou afins:
nos arts. 77‑A a 77‑D.
Art. 76. A educação para o trânsito será pro- I – os veículos rodoviários automotores de c §§ 1 o e 2 o acrescidos pela Lei n o 12.006, de
movida na pré‑escola e nas escolas de 1 o, 2 o qualquer espécie, incluídos os de passageiros 29-7-2009.
e 3o graus, por meio de planejamento e ações e os de carga; c Res. do CONTRAN no 351, de 14-6-2010, estabele-
coordenadas entre os órgãos e entidades do II – os componentes, as peças e os acessórios ce procedimentos para veiculação de mensagens
Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, utilizados nos veículos mencionados no inciso educativas de trânsito em toda peça publicitária
da União, dos Estados, do Distrito Federal I. destinada à divulgação ou promoção, nos meios
de comunicação social, de produtos oriundos da
e dos Municípios, nas respectivas áreas de § 2o O disposto no caput deste artigo aplica‑se indústria automobilística ou afins.
atuação. à propaganda de natureza comercial, veicula-
Art. 77‑F. VETADO. Lei n o 14.304, de
Parágrafo único. Para a finalidade previs‑ da por iniciativa do fabricante do produto, em
23-2-2022.
ta neste artigo, o Ministério da Educação, qualquer das seguintes modalidades:
mediante proposta do CONTRAN e do Con‑ Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educa‑
I – rádio; ção, do Trabalho e Emprego, dos Transportes
selho de Reitores das Universidades Brasi‑ II – televisão;
leiras, diretamente ou mediante convênio, e da Justiça e Segurança Pública, por inter‑
III – jornal; médio do CONTRAN, desenvolverão e imple‑
promoverá: IV – revista; mentarão programas destinados à prevenção
c Caput do parágrafo único com a redação dada pela V – outdoor.
Lei no 14.599, de 19-6-2023. de sinistros.
§ 3o Para efeito do disposto no § 2 o, equipa- c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de
I – a adoção, em todos os níveis de ensino, ram‑se ao fabricante o montador, o encarroça- 19-6-2023.
de um currículo interdisciplinar com conteúdo dor, o importador e o revendedor autorizado
programático sobre segurança de trânsito; Parágrafo único. O percentual de dez por
dos veículos e demais produtos discriminados cento do total dos valores arrecadados desti-
II – a adoção de conteúdos relativos à educa- no § 1o deste artigo.
ção para o trânsito nas escolas de formação nados à Previdência Social, do Prêmio do Se-
para o magistério e o treinamento de profes- Art. 77‑C. Quando se tratar de publicidade guro Obrigatório de Danos Pessoais causados
sores e multiplicadores; veiculada em outdoor instalado à margem de por Veículos Automotores de Via Terrestre –
rodovia, dentro ou fora da respectiva faixa de DPVAT, de que trata a Lei no 6.194, de 19 de
c Res. do CONTRAN no 265, de 14-12-2007, dispõe
sobre a formação teórico‑técnica do processo de domínio, a obrigação prevista no art. 77‑B dezembro de 1974, serão repassados mensal-
habilitação de condutores de veículos automotores estende‑se à propaganda de qualquer tipo de mente ao Coordenador do Sistema Nacional
elétricos como atividade extracurricular no ensino produto e anunciante, inclusive àquela de ca- de Trânsito para aplicação exclusiva em pro-
médio e define os procedimentos para implemen- ráter institucional ou eleitoral. gramas de que trata este artigo.
tação nas escolas interessadas. Art. 320, parágrafo único, deste Código.
c Res. do CONTRAN no 351, de 14-6-2010, estabele- c
III – a criação de corpos técnicos interprofis- ce procedimentos para veiculação de mensagens Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de
sionais para levantamento e análise de dados educativas de trânsito em toda peça publicitária trânsito poderão firmar convênio com os ór-
estatísticos relativos ao trânsito; destinada à divulgação ou promoção, nos meios
gãos de educação da União, dos Estados, do
IV – a elaboração de planos de redução de de comunicação social, de produtos oriundos da
indústria automobilística ou afins. Distrito Federal e dos Municípios, objetivando
sinistros de trânsito com os núcleos interdisci‑ o cumprimento das obrigações estabelecidas
plinares universitários de trânsito, com vistas Art. 77‑D. O Conselho Nacional de Trânsito neste capítulo.
à integração universidades‑sociedade na área (CONTRAN) especificará o conteúdo e o pa- c Res. do CONTRAN no 265, de 14-12-2007, dispõe
de trânsito. drão de apresentação das mensagens, bem sobre a formação teórico‑técnica do processo de
c Inciso IV com a redação dada pela Lei n o 14.599, de como os procedimentos envolvidos na respec- habilitação de condutores de veículos automotores
19-6-2023. tiva veiculação, em conformidade com as dire- elétricos como atividade extracurricular no ensino
676
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 80 a 94
médio e define os procedimentos para implemen- Art. 87. Os sinais de trânsito classificam‑se Art. 93. Nenhum projeto de edificação que pos-
tação nas escolas interessadas. em: sa transformar‑se em polo atrativo de trânsito
CAPÍTULO VII I – verticais; poderá ser aprovado sem prévia anuência do
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO II – horizontais; órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
III – dispositivos de sinalização auxiliar; e sem que do projeto conste área para estaciona-
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada IV – luminosos; mento e indicação das vias de acesso adequadas.
ao longo da via, sinalização prevista neste Có- V – sonoros; c Art. 95, § 4 o, deste Código.
digo e em legislação complementar, destinada VI – gestos do agente de trânsito e do con- c Res. do CONTRAN no 482, de 9-4-2014, estabe-
a condutores e pedestres, vedada a utilização dutor. lece a competência e circunscrição sobre as vias
de qualquer outra. de acesso aos aeroportos, abertas à circulação,
Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser
§ 1o A sinalização será colocada em posição e integrantes das áreas que compõem os sítios
entregue após sua construção, ou reabertura aeroportuários.
condições que a tornem perfeitamente visível ao trânsito após a realização de obras ou de c Res. do CONTRAN no 926, de 28-3-2022, dispõe
e legível durante o dia e a noite, em distância manutenção, enquanto não estiver devida- sobre a padronização dos procedimentos admi-
compatível com a segurança do trânsito, con- mente sinalizada, vertical e horizontalmente,
nalizados com faixas pintadas ou demarcadas Volume II – Sinalização Vertical de Advertência, do ondulações transversais e sonorizadores nas vias
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. públicas.
no leito da via.
c Res. do CONTRAN n o 600, de 24-5-2016, estabe-
Art. 86. Os locais destinados a postos de gaso- CAPÍTULO VIII
lece os padrões e critérios para a instalação de
lina, oficinas, estacionamentos ou garagens de DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA ondulação transversal (lombada física) em vias
uso coletivo deverão ter suas entradas e saídas OPERAÇÃO, DA FISCALIZAÇÃO E DO públicas, disciplinada por este parágrafo único e
devidamente identificadas, na forma regula- POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO proíbe a utilização de tachas, tachões e dispositi-
mentada pelo CONTRAN. vos similares implantados transversalmente à via
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas pública.
c Res. do CONTRAN n 38, de 22-5-1998, regula-
o
e regulamentos a serem adotados em todo o c Res. do CONTRAN no 601, de 24-5-2016, estabe-
menta este artigo, dispondo sobre a identificação
das entradas e saídas de postos de gasolina e de território nacional quando da implementação lece os critérios e padrões para a instalação de
abastecimento de combustíveis, oficinas, estacio- das soluções adotadas pela Engenharia de Trá- sonorizador nas vias públicas, disciplinados por
namentos e/ ou garagens de uso coletivo. fego, assim como padrões a serem praticados este parágrafo único.
Art. 86‑A. As vagas de estacionamento re- por todos os órgãos e entidades do Sistema c Res. do CONTRAN n 926, de 28-3-2022, dispõe
o
gulamentado de que trata o inciso XVII do Nacional de Trânsito. sobre a padronização dos procedimentos admi-
nistrativos na lavratura de Auto de Infração de
art. 181 desta Lei deverão ser sinalizadas com c Art. 333 deste Código. Trânsito, na expedição de notificação de autuação
as respectivas placas indicativas de destinação c Res. do CONTRAN no 495, de 5-6-2014, estabelece e de notificação de penalidade por infrações de
e com placas informando os dados sobre a in- os padrões e critérios para a instalação de faixa ele- responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas,
fração por estacionamento indevido. vada para travessia de pedestres em vias públicas. sem a utilização de veículos, expressamente men-
c Artigo acrescido pela Lei n 13.146, de 6-7-2015.
o
Art. 92. VETADO. cionadas neste Código.
677
Arts. 95 a 98 Código de Trânsito Brasileiro
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa CAPÍTULO IX III – quanto à categoria:
perturbar ou interromper a livre circulação de DOS VEÍCULOS a) oficial;
veículos e pedestres, ou colocar em risco sua b) de representação diplomática, de reparti-
Seção I
segurança, será iniciada sem permissão prévia ções consulares de carreira ou organismos
do órgão ou entidade de trânsito com circuns- DISPOSIÇÕES GERAIS
internacionais acreditados junto ao Gover-
crição sobre a via. Art. 96. Os veículos classificam‑se em: no brasileiro;
c Arts. 21, IX, e 24, IX, deste Código. I – quanto à tração: c) particular;
c Res. do CONTRAN n o 482, de 9-4-2014, estabe- d) de aluguel;
lece a competência e circunscrição sobre as vias
a) automotor;
e) de aprendizagem.
de acesso aos aeroportos, abertas à circulação, b) Revogada. Lei n 14.599, de 19-6-2023;
o
integrantes das áreas que compõem os sítios c) de propulsão humana; Art. 97. As características dos veículos, suas
aeroportuários. d) de tração animal; especificações básicas, configuração e condi-
c Res. do CONTRAN n o 925, de 28-3-2022, aprova e) reboque ou semirreboque; ções essenciais para registro, licenciamento e
o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito II – quanto à espécie: circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN,
(MBFT), Volume I – Infrações de competência em função de suas aplicações.
municipal, incluindo as concorrentes dos órgãos a) de passageiros:
c Res. do CONTRAN no 211, de 13-11-2006, dispõe
e entidades estaduais de trânsito, e rodoviários, e 1 – bicicleta;
sobre requisitos necessários à circulação de Com-
Volume II – Infrações de competência dos órgãos 2 – ciclomotor;
binações de Veículos de Carga – CVC.
e entidades executivos estaduais de trânsito e
rodoviários. c Res. do CONTRAN n o 947, de 28-3-2022, dispõe c Res. do CONTRAN no 215, de 14-12-2006, regula-
sobre ciclomotores, equipamento de mobilidade menta a fabricação, instalação e uso de dispositivo
c Res. do CONTRAN no 926, de 28-3-2022, dispõe denominado “quebra mato” em veículos automoto-
sobre a padronização dos procedimentos admi- individual autopropelido, bicicleta com motor au-
xiliar e os equipamentos obrigatórios necessários res com peso bruto total de até 3.500 kg.
nistrativos na lavratura de Auto de Infração de
Trânsito, na expedição de notificação de autuação a condução nas vias públicas abertas ao trânsito. c Res. do CONTRAN n o 341, de 25-2-2010, cria Au-
e de notificação de penalidade por infrações de 3 – motoneta; torização Específica (AE) para os veículos e/ou
responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas, 4 – motocicleta; combinações de veículos equipados com tanques
sem a utilização de veículos, expressamente men- 5 – triciclo; que apresentem excesso de até 5% nos limites de
cionadas neste Código. peso bruto total ou peso bruto total combinado,
6 – quadriciclo; devido à incorporação da tolerância, com base em
§ 1o A obrigação de sinalizar é do responsável c Res. do CONTRAN no 700, de 13-10-1988, dispõe Resolução do CONTRAN.
pela execução ou manutenção da obra ou do sobre a classificação dos veículos. c Port. do DENATRAN n o 313, de 29-4-2010, esta-
evento. 7 – automóvel;
belece regras especiais e padronizadas para os
c Res. do CONTRAN n o 926, de 28-3-2022, dispõe 8 – micro‑ônibus;
veículos e combinações de veículos equipados
sobre a padronização dos procedimentos admi- 9 – ônibus; com tanque para transporte de produtos líquidos e
nistrativos na lavratura de Auto de Infração de gasosos e regulamenta os critérios de comprova-
Trânsito, na expedição de notificação de autuação 10 – bonde; ção da incorporação da tolerância de 5%, em cum-
e de notificação de penalidade por infrações de 11 – reboque ou semirreboque; primento ao art. 3o da Res. do CONTRAN no 341, de
responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas, 12 – charrete; 25-2-2010.
sem a utilização de veículos, expressamente men- b) de carga: c Res. do CONTRAN no 400, de 15-3-2012, define a
cionadas neste Código. cor predominante dos caminhões, caminhões tra-
1 – motoneta; tores, reboques e semirreboques.
§ 2 o Salvo em casos de emergência, a auto- 2 – motocicleta; c Res. do CONTRAN no 937, de 28-3-2022, dispõe
ridade de trânsito com circunscrição sobre a 3 – triciclo; sobre o dispositivo de acoplamento mecânico para
via avisará a comunidade, por intermédio dos 4 – quadriciclo; reboque (engate) utilizado em veículos com peso
meios de comunicação social, com quarenta e bruto total de até 3.500 kg.
c Res. do CONTRAN n o 700, de 13-10-1988, dispõe
oito horas de antecedência, de qualquer inter- sobre a classificação dos veículos. Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável
dição da via, indicando‑se os caminhos alter- poderá, sem prévia autorização da autoridade
nativos a serem utilizados. 5 – caminhonete;
6 – caminhão; competente, fazer ou ordenar que sejam feitas
c Res. do CONTRAN n o 926, de 28-3-2022, dispõe no veículo modificações de suas características
sobre a padronização dos procedimentos admi- 7 – reboque ou semirreboque; de fábrica.
nistrativos na lavratura de Auto de Infração de 8 – carroça;
Trânsito, na expedição de notificação de autuação 9 – carro de mão; § 1 o Os veículos e motores novos ou usados
e de notificação de penalidade por infrações de c) misto: que sofrerem alterações ou conversões são
responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas, obrigados a atender aos mesmos limites e exi-
sem a utilização de veículos, expressamente men- 1 – camioneta; gências de emissão de poluentes e ruído pre-
cionadas neste Código. 2 – utilitário; vistos pelos órgãos ambientais competentes e
§ 3o O descumprimento do disposto neste ar- 3 – outros; pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora
tigo será punido com multa de R$ 81,35 (oi- d) de competição; das modificações e ao proprietário do veícu-
tenta e um reais e trinta e cinco centavos) a e) de tração: lo a responsabilidade pelo cumprimento das
R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais 1 – caminhão trator; exigências.
e dez centavos), independentemente das co- 2 – trator de rodas; c Parágrafo único renumerado para § 1 o pela Lei
minações cíveis e penais cabíveis, além de mul- 3 – trator de esteiras; no 14.071, de 13-10-2020.
ta diária no mesmo valor até a regularização da 4 – trator misto; c Art. 230, VII, deste Código.
situação, a partir do prazo final concedido pela f) especial: c Res. do CONTRAN no 677, de 18-5-1987, dispõe so-
autoridade de trânsito, levando‑se em consi- bre a fiscalização do uso indevido do gás liquefeito
deração a dimensão da obra ou do evento e o 1. motocicleta; de petróleo – GLP, em veículos automotores.
prejuízo causado ao trânsito. 2. triciclo; c Res. do CONTRAN no 402, de 26-4-2012, estabe-
3. automóvel; lece requisitos técnicos e procedimentos para a
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.281, de indicação no CRV/CRLV das características de
4-5-2016. 4. micro‑ônibus;
acessibilidade para os veículos de transporte co-
c Res. do CONTRAN n o 495, de 5-6-2014, estabe-
5. ônibus; letivos de passageiros e dá outras providências.
lece os padrões e critérios para a instalação de 6. reboque ou semirreboque; c Res. do CONTRAN no 916, de 28-3-2022, dispõe
faixa elevada para travessia de pedestres em vias 7. camioneta; sobre a concessão de código de marca/modelo/
públicas. 8. caminhão; versão, bem como sobre a permissão de modifica-
§ 4 o Ao servidor público responsável pela 9. caminhão‑trator; ções em veículos previstas nos arts. 98 e 106 deste
inobservância de qualquer das normas pre- 10. caminhonete; Código.
vistas neste e nos arts. 93 e 94, a autoridade 11. utilitário; c Res. do CONTRAN no 921, de 28-3-2022, disciplina
múltiplos tanques, a instalação de tanque suple-
de trânsito aplicará multa diária na base de 12. motor‑casa; mentar e a alteração da capacidade do tanque
cinquenta por cento do dia de vencimento ou c Itens 1 a 12 acrescidos pela Lei no 14.599, de original de combustível em veículos, dedicados à
remuneração devida enquanto permanecer a 19-6-2023.
sua propulsão ou operação de seus equipamentos
irregularidade. g) de coleção; especializados.
678
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 99 a 103
c Res. do CONTRAN no 922, de 28-3-2022, estabe- trapassar a capacidade máxima de tração da concessão da autorização de que trata o caput
lece procedimentos para a prestação de serviços unidade tratora. deste artigo quando o veículo ou a combina-
por Instituição Técnica Licenciada (ITL) e Entidade
ção de veículos trafegar exclusivamente em
Técnica Pública ou Paraestatal (ETP), para emissão c Res. do CONTRAN n 341, de 25-2-2010, cria Au-
o
do Certificado de Segurança Veicular (CSV), de que torização Específica (AE) para os veículos e/ou via rural não pavimentada, os quais deverão
trata o art. 106 deste Código. combinações de veículos equipados com tanques contemplar o caráter diferenciado e regional
que apresentem excesso de até 5% nos limites de dessas vias.
c Res. do CONTRAN n o 960, de 17-5-2022, dispõe
peso bruto total ou peso bruto total combinado,
sobre os requisitos de segurança de vidros, a vi- devido à incorporação da tolerância, com base em c § 4o acrescido pela Lei no 14.229, de 21-10-2021.
sibilidade para fins de circulação, o uso de vidros
em veículos blindados e o uso de medidores de
Resolução do CONTRAN. Art. 102. O veículo de carga deverá estar devi-
c Res. do CONTRAN n o 902, de 9-3-2022, dispõe so- damente equipado quando transitar, de modo
transmitância luminosa. bre o uso de sistemas automatizados integrados
c Res. do CONTRAN n o 963, de 17-5-2022, estabele-
a evitar o derramamento da carga sobre a via.
para a aferição de peso e dimensões de veículos
ce os requisitos mínimos de segurança para rodas com dispensa da presença física da autoridade de c Art. 231, II, a, deste Código.
especiais de veículos. Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requi-
trânsito ou de seu agente no local da aferição e dá
§ 2 Veículos classificados na espécie misto,
o outras providências. sitos mínimos e a forma de proteção de cargas
rado o diâmetro externo do conjunto formado passageiros poderão ser dotados de pneus natureza.
por roda e pneu, observadas restrições impos- extralargos. c Res. do CONTRAN n o 725, de 31-12-1988, fixa os
tas pelo fabricante e exigências fixadas pelo c Parágrafo único transformado em § 1 o pela Lei requisitos de segurança para a circulação de veí-
CONTRAN. no 13.281, de 4-5-2016. culos transportadores de contêineres.
§ 2 o O CONTRAN regulamentará o uso de c Res. do CONTRAN n 293, de 29-9-2008, fixa requi-
o
c § 2o acrescido pela Lei n o 14.071, de 13-10-2020.
sitos de segurança para circulação de veículos que
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias pneus extralargos para os demais veículos. transportem produtos siderúrgicos.
terrestres o veículo cujo peso e dimensões § 3 o É permitida a fabricação de veículos de c Res. do CONTRAN no 305, de 6-3-2009, estabelece
atenderem aos limites estabelecidos pelo transporte de passageiros de até 15 m (quinze requisitos de segurança necessários à circulação
CONTRAN. metros) de comprimento na configuração de de Combinações para Transporte de Veículos – CTV
c Art. 231, IV, deste Código. chassi 8x2. – e Combinações de Transporte de Veículos e Car-
gas Paletizadas – CTVP.
c Res. do CONTRAN n o 341, de 25-2-2010, cria Au- c §§ 2 o e 3 o acrescidos pela Lei n o 13.281, de
torização Específica (AE) para os veículos e/ou 4-5-2016. c Res. do CONTRAN n o 918, de 28-3-2022, fixa os
combinações de veículos equipados com tanques requisitos técnicos de segurança para o transporte
c Art. 231, V, VII e X, deste Código.
que apresentem excesso de até 5% nos limites de de toras e de madeira bruta por veículo rodoviário
c Res. do CONTRAN no 913, de 28-3-2022, dispõe de carga.
peso bruto total ou peso bruto total combinado, sobre o uso de pneus em veículos.
devido à incorporação da tolerância, com base em c Res. do CONTRAN no 935, de 28-3-2022, dispõe
Resolução do CONTRAN. Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veí- sobre os requisitos de segurança para o trans-
c
culos utilizados no transporte de carga que
Res. do CONTRAN no 902, de 9-3-2022, dispõe so-
porte de blocos e chapas serradas de rochas
não se enquadre nos limites de peso e dimen- ornamentais.
bre o uso de sistemas automatizados integrados
sões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser
para a aferição de peso e dimensões de veículos c Res. do CONTRAN no 946, de 28-3-2022, dispõe
concedida, pela autoridade com circunscrição
com dispensa da presença física da autoridade de sobre o transporte de cargas de sólidos a granel
sobre a via, autorização especial de trânsito,
trânsito ou de seu agente no local da aferição e dá nas vias abertas à circulação pública em todo o
outras providências. território.
com prazo certo, válida para cada viagem ou
c Res. do CONTRAN no 955, de 28-3-2022, dispõe
§ 1 O excesso de peso será aferido por equi- por período, atendidas as medidas de seguran-
o
sobre o transporte de cargas ou bicicletas nas
pamento de pesagem ou pela verificação do ça consideradas necessárias, conforme regula- partes externas dos veículos dos tipos automóvel,
documento fiscal, na forma estabelecida pelo mentação do CONTRAN. caminhonete, camioneta e utilitário.
CONTRAN. c Caput com a redação dada pela Lei no 14.071, de
Seção II
13-10-2020.
§ 2o Será tolerado um percentual sobre os limi- DA SEGURANÇA DOS VEÍCULOS
c Art. 231, IV e VI, deste Código.
tes de peso bruto total e peso bruto transmi- c Res. do CONTRAN no 211, de 13-11-2006, dispõe
tido por eixo de veículos à superfície das vias, Art. 103. O veículo só poderá transitar pela
sobre requisitos necessários à circulação de Com- via quando atendidos os requisitos e condições
quando aferido por equipamento, na forma binações de Veículos de Carga – CVC.
estabelecida pelo CONTRAN. de segurança estabelecidos neste Código e em
c Res. do CONTRAN no 293, de 29-9-2008, fixa requi-
sitos de segurança para circulação de veículos que
normas do CONTRAN.
§ 3o Os equipamentos fixos ou móveis utiliza- Res. do CONTRAN n o 725, de 31-12-1988, fixa os
transportem produtos siderúrgicos. c
dos na pesagem de veículos serão aferidos de requisitos de segurança para a circulação de veí-
c Res. do CONTRAN n o 305, de 6-3-2009, estabelece
acordo com a metodologia e na periodicidade requisitos de segurança necessários à circulação culos transportadores de contêineres.
estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão de Combinações para Transporte de Veículos – CTV c Res. do CONTRAN no 35, de 21-5-1998, estabelece
ou entidade de metrologia legal. e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas método de ensaio para medição de pressão sonora
c Res. do CONTRAN n o 210, de 13-11-2006, esta- Paletizadas – CTVP. por buzina ou equipamento similar.
belece limites de peso e dimensões para veículos § 1 o A autorização será concedida mediante c Res. do CONTRAN no 220, de 11-1-2007, estabele-
transitarem por vias terrestres. ce requisitos para ensaios de resistência e ancora-
requerimento que especificará as característi- gem dos bancos e apoios de cabeça nos veículos.
c Res. do CONTRAN no 211, de 13-11-2006, dispõe cas do veículo ou combinação de veículos e
sobre requisitos necessários à circulação de Com- c Res. do CONTRAN no 224, de 9-2-2007, estabelece
de carga, o percurso, a data e o horário do requisitos de desempenho dos sistemas limpador
binações de Veículos de Carga – CVC.
deslocamento inicial. e lavador do para‑brisa para fins de homologação
§ 4o Somente poderá haver autuação, por oca- c A alteração que seria inserida neste parágrafo de veículos automotores.
sião da pesagem do veículo, quando o veículo pela Lei no 14.071, de 13-10-2020, foi vetada, razão c Res. do CONTRAN no 225, de 9-2-2007, estabelece
ou a combinação de veículos ultrapassar os li- pela qual mantivemos a sua redação. requisitos de localização, identificação e ilumina-
mites de peso fixados, acrescidos da respectiva § 2 A autorização não exime o beneficiário
o ção dos controles, indicadores e lâmpadas piloto.
tolerância. da responsabilidade por eventuais danos que c Res. do CONTRAN no 242, de 22-6-2007, dispõe
sobre a instalação e utilização de equipamentos
§ 5o O fabricante fará constar em lugar visível o veículo ou a combinação de veículos causar geradores de imagens nos veículos automotores.
da estrutura do veículo e no RENAVAM o limite à via ou a terceiros. c Res. do CONTRAN no 498, de 29-7-2014, dispõe
técnico de peso por eixo, na forma definida § 3o Aos guindastes autopropelidos ou sobre sobre requisitos aplicáveis aos materiais de reves-
pelo CONTRAN. caminhões poderá ser concedida, pela auto- timento interno do habitáculo de veículos automo-
c §§ 4 o e 5 o acrescidos pela Lei n o 14.229, de ridade com circunscrição sobre a via, autori- tores nacionais e importados.
21-10-2021. zação especial de trânsito, com prazo de seis c Res. do CONTRAN no 910, de 28-3-2022, estabe-
meses, atendidas as medidas de segurança lece requisitos de proteção aos ocupantes e inte-
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de gridade do sistema de combustível decorrente de
veículos poderá transitar com lotação de pas- consideradas necessárias.
impacto nos veículos.
sageiros, com peso bruto total, ou com peso § 4o O CONTRAN estabelecerá os requisitos mí- c Res. do CONTRAN no 912, de 28-3-2022, estabe-
bruto total combinado com peso por eixo, nimos e específicos a serem observados pela lece os equipamentos obrigatórios para a frota de
superior ao fixado pelo fabricante, nem ul- autoridade com circunscrição sobre a via para a veículos em circulação.
679
Arts. 104 e 105 Código de Trânsito Brasileiro
c Res. do CONTRAN no 913, de 28-3-2022, dispõe § 7o Para os demais veículos novos, o perío‑ § 2 o Nenhum veículo poderá transitar com
sobre o uso de pneus em veículos. do de que trata o § 6 o deste artigo será de equipamento ou acessório proibido, sendo o
c Res. do CONTRAN no 916, de 28-3-2022, dispõe 2 (dois) anos, desde que mantenham suas infrator sujeito às penalidades e medidas ad-
sobre a concessão de código de marca/modelo/ características originais de fábrica e não se ministrativas previstas neste Código.
versão, bem como sobre a permissão de modifica-
ções em veículos previstas nos arts. 98 e 106 deste envolvam em sinistro de trânsito com danos c Res. do CONTRAN no 242, de 22-6-2007, dispõe
Código. de média ou grande monta. sobre a instalação e utilização de equipamentos
§§ 6o e 7o com a redação dada pela Lei n o 14.599, geradores de imagens nos veículos automotores.
c Res. do CONTRAN no 939, de 28-3-2022, estabe- c
lece os requisitos de segurança para veículos de de 19-6-2023. § 3o Os fabricantes, os importadores, os mon-
transporte de passageiros tipo micro‑ônibus, cate- Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos tadores, os encarroçadores de veículos e os
goria M2, de fabricação nacional e importado. revendedores devem comercializar os seus
veículos, entre outros a serem estabelecidos
§ 1 o Os fabricantes, os importadores, os pelo CONTRAN: veículos com os equipamentos obrigatórios
montadores e os encarroçadores de veículos definidos neste artigo, e com os demais esta-
I – cinto de segurança, conforme regulamen- belecidos pelo CONTRAN.
deverão emitir certificado de segurança, indis- tação específica do CONTRAN, com exceção
pensável ao cadastramento no RENAVAM, nas dos veículos destinados ao transporte de pas- § 4o O CONTRAN estabelecerá o prazo para o
condições estabelecidas pelo CONTRAN. sageiros em percursos em que seja permitido atendimento do disposto neste artigo.
§ 2o O CONTRAN deverá especificar os proce- viajar em pé; § 5o A exigência estabelecida no inciso VII do
dimentos e a periodicidade para que os fabri- II – para os veículos de transporte e de condu- caput deste artigo será progressivamente in-
cantes, os importadores, os montadores e os ção escolar, os de transporte de passageiros corporada aos novos projetos de automóveis
encarroçadores comprovem o atendimento com mais de dez lugares e os de carga com e dos veículos deles derivados, fabricados,
aos requisitos de segurança veicular, devendo, peso bruto total superior a quatro mil, qui- importados, montados ou encarroçados, a
para isso, manter disponíveis a qualquer tempo nhentos e trinta e seis quilogramas, equipa- partir do 1 o (primeiro) ano após a definição
os resultados dos testes e ensaios dos sistemas mento registrador instantâneo inalterável de pelo CONTRAN das especificações técnicas
e componentes abrangidos pela legislação de velocidade e tempo; pertinentes e do respectivo cronograma de
segurança veicular. implantação e a partir do 5o (quinto) ano, após
c Res. do CONTRAN no 912, de 28-3-2022, estabe-
§ 3o O CONTRAN poderá autorizar, em cará‑ lece os equipamentos obrigatórios para a frota de esta definição, para os demais automóveis zero
ter experimental e por período prefixado, veículos em circulação. quilômetro de modelos ou projetos já existen-
a circulação de veículos ou combinação de c Res. do CONTRAN no 938, de 28-3-2022, dispõe tes e veículos deles derivados.
veículos em condições não previstas no caput sobre requisitos técnicos mínimos do registrador c Res. do CONTRAN no 964, de 17-5-2022, dispõe
instantâneo e inalterável de velocidade e tempo sobre a obrigatoriedade do uso do equipamento
deste artigo. (cronotacógrafo). suplementar de segurança passiva – Air Bag, na
c § 3o acrescido pela Lei no 14.599, de 19-6-2023. parte frontal, para o condutor e o passageiro do
III – encosto de cabeça, para todos os tipos de assento dianteiro, dos veículos das categorias M1
Art. 104. Os veículos em circulação terão suas veículos automotores, segundo normas esta-
e N1.
condições de segurança, de controle de emis- belecidas pelo CONTRAN;
são de gases poluentes e de ruído avaliadas c Res. do CONTRAN no 44, de 22-5-1998, dispõe § 6 A exigência estabelecida no inciso VII do
o
mediante inspeção, que será obrigatória, na caput deste artigo não se aplica aos veículos
sobre os requisitos técnicos para o encosto de
forma e periodicidade estabelecidas pelo CON- cabeça.
destinados à exportação.
TRAN para os itens de segurança e pelo CONA- c Res. do CONTRAN no 220, de 11-1-2007, estabele- c §§ 5 o e 6 o acrescidos pela Lei n o 11.910, de
MA para emissão de gases poluentes e ruído. ce requisitos para ensaios de resistência e ancora- 18-3-2009.
gem dos bancos e apoios de cabeça nos veículos. c Art. 230, IX e X, deste Código.
c Art. 230, VIII e XVIII, deste Código.
c Res. do CONTRAN no 762, de 4-2-1992, dispõe so-
§§ 1 a 4 VETADOS.
o o IV – VETADO; bre janelas com acionador energizado de veículos
V – dispositivo destinado ao controle de emis- automotores.
§ 5o Será aplicada a medida administrativa de
são de gases poluentes e de ruído, segundo Res. do CONTRAN no 805, de 24-10-1995, estabe-
retenção aos veículos reprovados na inspeção c
normas estabelecidas pelo CONTRAN; lece os requisitos técnicos mínimos do para‑cho-
de segurança e na de emissão de gases po- que traseiro dos veículos de carga.
luentes e ruído. c Res. do CONTRAN n 507, de 22-12-1976, estabe-
o
lece requisitos de controle de emissão de gases do c Res. do CONTRAN n o 827, de 18-12-1996, regu-
c Res. do CONTRAN no 507, de 22-12-1976, estabe- cárter de motores veiculares, movidos a gasolina. lamenta o dispositivo de sinalização refletora de
lece requisitos de controle de emissão de gases do emergência.
cárter de motores veiculares, movidos a gasolina. VI – para as bicicletas, a campainha, sinaliza- c Res. do CONTRAN no 129, de 6-8-2001, estabelece
c Res. do CONTRAN n o 84, de 19-11-1998, esta- ção noturna dianteira, traseira, lateral e nos os requisitos de segurança e dispensa a obrigato-
belece normas referentes a Inspeção Técnica de pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo; riedade do uso de capacete para o condutor e pas-
Veículos – ITV. c Art. 4o da Res. do CONTRAN no 912, de 28-3-2022, sageiros do triciclo automotor com cabine fechada,
c Res. do CONTRAN no 107, de 21-12-1999, suspen- que estabelece os equipamentos obrigatórios para quando em circulação somente em vias urbanas.
de a vigência da Resolução no 84/1998. a frota de veículos em circulação. c Res. do CONTRAN no 132, de 2-4-2002, estabelece
c Res. do CONTRAN no 280, de 30-5-2008, dispõe a obrigatoriedade de utilização de película refleti-
VII – equipamento suplementar de retenção – va para prover melhores condições de visibilidade
sobre a inspeção periódica do Sistema de Gás
Natural instalado originalmente de fábrica, em air bag frontal para o condutor e o passageiro diurna e noturna em veículos de transporte de car-
veículo automotor. do banco dianteiro; ga em circulação.
c Res. do CONTRAN no 445, de 25-6-2013, estabe- c Inciso VII acrescido pela Lei n o 11.910, de c Res. do CONTRAN n o 152, de 29-10-2003, esta-
lece os requisitos de segurança para veículos de 18-3-2009. belece os requisitos técnicos de fabricação e ins-
transporte público coletivo de passageiros e trans- c Res. do CONTRAN no 964, de 17-5-2022, dispõe talação de para‑choque traseiro para veículos de
porte de passageiros tipos micro‑ônibus e ônibus, carga.
sobre a obrigatoriedade do uso do equipamento
categoria M3 de fabricação nacional e importado. suplementar de segurança passiva – Air Bag, na c Res. do CONTRAN no 227, de 9-2-2007, estabelece
parte frontal, para o condutor e o passageiro do requisitos referentes aos sistemas de iluminação
c Res. do CONTRAN no 950, de 28-3-2022, dispõe
assento dianteiro, dos veículos das categorias M1 e sinalização de veículos.
sobre a atribuição de competência para a reali-
zação da inspeção técnica veicular nos veículos e N1. c Res. do CONTRAN no 317, de 5-6-2009, estabelece
utilizados no transporte rodoviário internacional o uso de dispositivos retrorrefletivos de segurança
VIII – luzes de rodagem diurna. nos veículos de transporte de cargas e de transpor-
de cargas e passageiros.
c Inciso VIII acrescido pela Lei n o 14.071, de te coletivo de passageiros em trânsito internacio-
§ 6o Estarão isentos da inspeção de que trata 13-10-2020. nal no território nacional.
o caput deste artigo, durante 3 (três) anos a c Art. 3o da Lei no 14.071, de 13-10-2020, que altera a c Res. do CONTRAN no 330, de 14-8-2009, estabele-
partir do primeiro licenciamento, os veículos Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de ce o cronograma para a instalação do equipamento
novos classificados na categoria particular, Trânsito Brasileiro), para modificar a composição obrigatório definido na Res. do CONTRAN no 245,
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de 27-7-2007, denominado antifurto, nos veículos
com capacidade para até 7 (sete) passageiros,
de validade das habilitações. novos, nacionais e importados.
desde que mantenham suas características c Res. do CONTRAN no 348, de 17-5-2010, estabele-
originais de fábrica e não se envolvam em § 1o O CONTRAN disciplinará o uso dos equi- ce o procedimento e os requisitos para apreciação
sinistro de trânsito com danos de média ou pamentos obrigatórios dos veículos e determi- dos equipamentos de trânsito e de sinalização não
grande monta. nará suas especificações técnicas. previstos neste Código.
680
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 106 a 114
c Res. do CONTRAN no 402, de 26-4-2012, estabe- Parágrafo único. Quando se tratar de blinda- do comprometer a segurança do veículo, na
lece requisitos técnicos e procedimentos para a gem de veículo, não será exigido qualquer ou- forma de regulamentação do CONTRAN.
indicação no CRV/CRLV das características de
acessibilidade para os veículos de transporte co-
tro documento ou autorização para o registro c Inciso III acrescido pela Lei no 9.602, de 21-1-1998.
letivos de passageiros e dá outras providências. ou o licenciamento. c Art. 230, XVI, deste Código.
c Res. do CONTRAN no 911, de 28-3-2022, dispõe so- c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 14.071, de c Res. do CONTRAN no 960, de 17-5-2022, dispõe
bre a permissão para o trânsito de veículos novos, 13-10-2020. sobre os requisitos de segurança de vidros, a vi-
nacionais ou importados, antes do registro e do Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados sibilidade para fins de circulação, o uso de vidros
licenciamento, sobre o trânsito de veículos usados em veículos blindados e o uso de medidores de
incompletos, nacionais ou importados, antes da ao transporte individual ou coletivo de passa-
geiros, deverão satisfazer, além das exigências transmitância luminosa.
transferência e sobre a remonta de veículos novos.
c Res. do CONTRAN no 912, de 28-3-2022, estabe- previstas neste Código, às condições técnicas e Parágrafo único. É proibido o uso de inscri-
lece os equipamentos obrigatórios para a frota de aos requisitos de segurança, higiene e confor- ção de caráter publicitário ou qualquer outra
veículos em circulação. to estabelecidos pelo poder competente para que possa desviar a atenção dos condutores
c Res. do CONTRAN no 913, de 28-3-2022, dispõe autorizar, permitir ou conceder a exploração em toda a extensão do para‑brisa e da traseira
c Res. do CONTRAN no 947, de 28-3-2022, dispõe porte de passageiros em veículo de carga ou requisitos de segurança para a circulação de veí-
sobre ciclomotores, equipamento de mobilidade culos transportadores de contêineres.
individual autopropelido, bicicleta com motor au- misto, desde que obedecidas as condições de
segurança estabelecidas neste Código e pelo c Res. do CONTRAN n 805, de 24-10-1995, estabe-
o
xiliar e os equipamentos obrigatórios necessários
lece os requisitos técnicos mínimos do para‑cho-
a condução nas vias públicas abertas ao trânsito. CONTRAN. que traseiro dos veículos de carga.
c Res. do CONTRAN no 953, de 28-3-2022, estabele- Parágrafo único. A autorização citada no c Res. do CONTRAN no 152, de 29-10-2003, esta-
ce os requisitos técnicos de fabricação e instala-
ção do protetor lateral para veículos de carga. caput não poderá exceder a 12 (doze) meses, belece os requisitos técnicos de fabricação e ins-
c Res. do CONTRAN no 963, de 17-5-2022, estabele- prazo a partir do qual a autoridade pública res- talação de para‑choque traseiro para veículos de
ce os requisitos mínimos de segurança para rodas ponsável deverá implantar o serviço regular de carga.
especiais de veículos. transporte coletivo de passageiros, em confor- c Res. do CONTRAN no 912, de 28-3-2022, estabe-
c Res. do CONTRAN no 964, de 17-5-2022, dispõe midade com a legislação pertinente e com os lece os equipamentos obrigatórios para a frota de
sobre a obrigatoriedade do uso do equipamento dispositivos deste Código. veículos em circulação.
suplementar de segurança passiva – Air Bag, na Res. do CONTRAN no 916, de 28-3-2022, dispõe
parte frontal, para o condutor e o passageiro do c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 9.602, de c
21-1-1998. sobre a concessão de código de marca/modelo/
assento dianteiro, dos veículos das categorias M1
Art. 230, II, deste Código. versão, bem como sobre a permissão de modifica-
e N1. c
ções em veículos previstas nos arts. 98 e 106 deste
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou Art. 109. O transporte de carga em veículos Código.
de modificação de veículo ou, ainda, quan- destinados ao transporte de passageiros só c Res. do CONTRAN no 939, de 28-3-2022, estabe-
do ocorrer substituição de equipamento de pode ser realizado de acordo com as normas lece os requisitos de segurança para veículos de
segurança especificado pelo fabricante, será estabelecidas pelo CONTRAN. transporte de passageiros tipo micro‑ônibus, cate-
exigido, para licenciamento e registro, certi- c Art. 248 deste Código. goria M2, de fabricação nacional e importado.
ficado de segurança expedido por instituição c Res. do CONTRAN no 26, de 22-5-1998, disciplina
técnica credenciada por órgão ou entidade de Seção III
o transporte de cargas em veículos destinados ao
metrologia legal, conforme norma elaborada transporte de passageiros.
DA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
pelo CONTRAN. c Res. do CONTRAN n o 955, de 28-3-2022, dispõe Art. 114. O veículo será identificado obrigato-
c Res. do CONTRAN no 63, de 21-5-1998, disciplina o sobre o transporte de cargas ou bicicletas nas riamente por caracteres gravados no chassi ou
registro e licenciamento de veículos de fabricação partes externas dos veículos dos tipos automóvel, no monobloco, reproduzidos em outras partes,
artesanal. caminhonete, camioneta e utilitário.
c Res. do CONTRAN n 445, de 25-6-2013, estabe-
o conforme dispuser o CONTRAN.
lece os requisitos de segurança para veículos de Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer c Res. do CONTRAN no 836, de 26-6-1997, dispõe
transporte público coletivo de passageiros e trans- de suas características para competição ou fi- sobre a gravação, em caráter opcional, dos carac-
porte de passageiros tipos micro‑ônibus e ônibus, nalidade análoga só poderá circular nas vias teres alfanuméricos da placa de identificação, nos
categoria M3 de fabricação nacional e importado. públicas com licença especial da autoridade de vidros do veículo.
c Res. do CONTRAN n o 699, de 10-10-2017, disci- trânsito, em itinerário e horário fixados. c Res. do CONTRAN n o 24, de 21-5-1998, estabelece
plina o registro e licenciamento de veículos de o critério de identificação de veículos.
fabricação artesanal, nos termos deste artigo. Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do
c Res. do CONTRAN n o 332, de 28-9-2009, dispõe
c Res. do CONTRAN n o 916, de 28-3-2022, dispõe veículo:
sobre a concessão de código de marca/modelo/ I – VETADO; sobre identificações de veículos importados por
versão, bem como sobre a permissão de modifica- detentores de privilégios e imunidades em todo o
ções em veículos previstas nos arts. 98 e 106 deste
II – o uso de cortinas, persianas fechadas ou si- território nacional.
Código. milares nos veículos em movimento, salvo nos c Res. do CONTRAN no 968, de 20-6-2022, estabe-
c Res. do CONTRAN n 922, de 28-3-2022, estabe- que possuam espelhos retrovisores em ambos
o
lece critério de identificação de veículos, a que se
lece procedimentos para a prestação de serviços os lados; refere este artigo.
por Instituição Técnica Licenciada (ITL) e Entidade c Art. 230, XVII, deste Código.
Técnica Pública ou Paraestatal (ETP), para emissão § 1o A gravação será realizada pelo fabricante
do Certificado de Segurança Veicular (CSV), de que III – aposição de inscrições, películas refletivas ou montador, de modo a identificar o veículo,
trata este artigo. ou não, painéis decorativos ou pinturas, quan- seu fabricante e as suas características, além
681
Arts. 115 a 120 Código de Trânsito Brasileiro
do ano de fabricação, que não poderá ser via pública, dispensados o licenciamento e o serão vinculadas ao órgão de segurança pú‑
alterado. emplacamento. blica solicitante.
c Res. do CONTRAN no 429, de 5-11-2012, estabele- c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 13.154, de c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 14.599, de
ce critérios para o registro de tratores destinados a 30-7-2015. 19-6-2023.
puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza § 4 o‑A. Os tratores e demais aparelhos au‑ Art. 117. Os veículos de transporte de carga
ou a executar trabalhos agrícolas e de construção, tomotores destinados a puxar ou a arrastar e os coletivos de passageiros deverão conter,
de pavimentação ou guindastes (máquinas de maquinaria agrícola ou a executar trabalhos em local facilmente visível, a inscrição indica-
elevação). agrícolas, desde que facultados a transitar em tiva de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
via pública, são sujeitos ao registro único, sem peso bruto total combinado (PBTC) ou capa-
§ 2o As regravações, quando necessárias, de-
ônus, em cadastro específico do Ministério da cidade máxima de tração (CMT) e de sua lo-
penderão de prévia autorização da autoridade tação, vedado o uso em desacordo com sua
executiva de trânsito e somente serão proces- Agricultura e Pecuária, acessível aos compo‑
nentes do Sistema Nacional de Trânsito. classificação.
sadas por estabelecimento por ela credencia- c Art. 230, XXI, deste Código.
do, mediante a comprovação de propriedade c § 4 ‑A com a redação dada pela Lei n 14.599, de c Res. do CONTRAN no 290, de 29-8-2008, disciplina
o o
respectivo chefe do Ministério Público e ainda c Res. do CONTRAN n o 382, de 2-6-2011, dispõe so-
dos Oficiais Generais das Forças Armadas terão ca, somente quando estritamente usados em bre notificação e cobrança de multa por infração
placas especiais, de acordo com os modelos serviço reservado de caráter policial, poderão de trânsito praticada com veículo licenciado no
estabelecidos pelo CONTRAN. usar placas particulares, obedecidos os crité‑ exterior em trânsito no território nacional.
rios e os limites estabelecidos pela legislação CAPÍTULO XI
c Res. do CONTRAN no 32, de 22-5-1998, estabelece que regula o uso de veículo oficial.
modelos de placas para veículos de representação. DO REGISTRO DE VEÍCULOS
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de
c Res. do CONTRAN no 275, de 25-4-2008, estabele- Art. 120. Todo veículo automotor, articulado,
19-6-2023.
ce modelos de placas para veículos de representa-
c Res. do CONTRAN no 275, de 25-4-2008, estabele- reboque ou semirreboque, deve ser registra‑
ção, de acordo com o art. 115, § 3o, do CTB. ce modelos de placas para veículos de representa- do perante o órgão executivo de trânsito do
§ 4 Os aparelhos automotores destinados a
o ção, de acordo com o art. 115, § 3o, do CTB. Estado ou do Distrito Federal, no Município
puxar ou a arrastar maquinaria de qualquer na- Parágrafo único. As placas a que se refere de domicílio ou residência de seu proprietá‑
tureza ou a executar trabalhos de construção o caput deste artigo serão concedidas me‑ rio, na forma da lei.
ou de pavimentação são sujeitos ao registro diante solicitação aos órgãos executivos de c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de
na repartição competente, se transitarem em trânsito dos Estados e do Distrito Federal e 19-6-2023.
682
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 121 a 127
c Art. 230, V, deste Código. I – for transferida a propriedade; VIII – comprovante de quitação de débitos rela-
c Res. do CONTRAN no 4, de 23-1-1998, dispõe sobre c Res. do CONTRAN no 943, de 28-3-2022, estabele- tivos a tributos, encargos e multas de trânsito
o trânsito de veículos novos nacionais ou importa- ce requisitos mínimos de segurança para o trans- vinculados ao veículo, independentemente da
dos, antes do registro e licenciamento.
porte remunerado de passageiros (mototáxi) e de responsabilidade pelas infrações cometidas;
c Res. do CONTRAN no 339, de 25-2-2010, permite a cargas (motofrete) em motocicleta e motoneta.
anotação dos contratos de comodato e de aluguel IX – Revogado. Lei no 9.602, de 21-1-1998;
ou arrendamento não vinculado ao financiamento II – o proprietário mudar o Município de domi- X – comprovante relativo ao cumprimento do
do veículo, junto ao Registro Nacional de Veículos cílio ou residência; disposto no artigo 98, quando houver altera-
Automotores. III – for alterada qualquer característica do ção nas características originais do veículo que
c Res. do CONTRAN no 429, de 5-11-2012, estabele- veículo; afetem a emissão de poluentes e ruído;
ce critérios para o registro de tratores destinados a
puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza c Res. do CONTRAN no 922, de 28-3-2022, estabe- XI – comprovante de aprovação de inspeção
ou a executar trabalhos agrícolas e de construção, lece procedimentos para a prestação de serviços veicular e de poluentes e ruído, quando for
de pavimentação ou guindastes (máquinas de por Instituição Técnica Licenciada (ITL) e Entidade o caso, conforme regulamentações do CON-
elevação). Técnica Pública ou Paraestatal (ETP), para emissão TRAN e do CONAMA.
c Res. do CONTRAN no 935, de 28-3-2022, dispõe do Certificado de Segurança Veicular (CSV), de que
c Res. do CONTRAN no 22, de 18-2-1998, estabelece,
vendedor, ou documento equivalente expedi- registrados no País. ce critérios para a baixa de registro de veículos
do por autoridade competente; a que se refere, bem como os prazos para a sua
VI – autorização do Ministério das Relações efetivação.
II – documento fornecido pelo Ministério das Exteriores, no caso de veículo da categoria de
Relações Exteriores, quando se tratar de veícu- missões diplomáticas, de repartições consula- § 2o A existência de débitos fiscais ou de mul‑
lo importado por membro de missões diplomá- res de carreira, de representações de organis- tas de trânsito e ambientais vinculadas ao
ticas, de repartições consulares de carreira, de mos internacionais e de seus integrantes; veículo não impede a baixa do registro.
representações de organismos internacionais e VII – certidão negativa de roubo ou furto de c § 2o acrescido pela Lei no 14.440, de 2-9-2022.
de seus integrantes. veículo, expedida no Município do registro an- Art. 127. O órgão executivo de trânsito com-
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo terior, que poderá ser substituída por informa- petente só efetuará a baixa do registro após
Certificado de Registro de Veículo quando: ção do RENAVAM; prévia consulta ao cadastro do RENAVAM.
683
Arts. 128 a 135 Código de Trânsito Brasileiro
Parágrafo único. Efetuada a baixa do regis- § 1 o O disposto neste artigo não se aplica a deste artigo diante da comprovada falta de
tro, deverá ser esta comunicada, de imediato, veículo de uso bélico. peças ou da necessidade de escalonamento
ao RENAVAM. c Res. do CONTRAN n o 797, de 16-5-1995, define para o atendimento ao chamamento dos
c Res. do CONTRAN no 11, de 23-1-1998, estabele- a abrangência do termo “viatura militar”, para o consumidores, avaliadas as questões de segu‑
ce critérios para a baixa de registro de veículos Sistema Nacional de Trânsito. rança viária.
a que se refere, bem como os prazos para a sua § 2o No caso de transferência de residência ou c § 7o acrescido pela Lei no 14.599, de 19-6-2023.
efetivação. domicílio, é válido, durante o exercício, o licen- Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos
Art. 128. Não será expedido novo Certificado ciamento de origem. ao licenciamento e terão sua circulação regu-
de Registro de Veículo enquanto houver débi- Art. 131. O Certificado de Licenciamento lada pelo CONTRAN durante o trajeto entre a
tos fiscais e de multas de trânsito e ambientais, Anual será expedido ao veículo licenciado, vin- fábrica e o Município de destino.
vinculadas ao veículo, independentemente da culado ao Certificado de Registro de Veículo, § 1o O disposto neste artigo aplica‑se, igual-
responsabilidade pelas infrações cometidas. em meio físico e/ou digital, à escolha do pro-
mente, aos veículos importados, durante o
c Res. do CONTRAN no 11, de 23-1-1998, estabele-
prietário, de acordo com o modelo e com as
especificações estabelecidos pelo CONTRAN. trajeto entre a alfândega ou entreposto alfan-
ce critérios para a baixa de registro de veículos degário e o Município de destino.
a que se refere, bem como os prazos para a sua c Caput com a redação dada pela Lei n 14.071, de
o
culos de propulsão humana e dos veículos de de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV e bre a permissão para o trânsito de veículos novos,
tração animal obedecerão à regulamentação estabelece a sua configuração e utilização. nacionais ou importados, antes do registro e do
estabelecida em legislação municipal do domi- c Res. do CONTRAN n o 310, de 3-2-2009, altera licenciamento, sobre o trânsito de veículos usados
os modelos e especificações dos Certificados de incompletos, nacionais ou importados, antes da
cílio ou residência de seus proprietários. transferência e sobre a remonta de veículos novos.
Registro – CRV e de Licenciamento de Veículos
c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.154, de – CRLV.
30-7-2015. § 2o Revogado. Lei no 13.154, de 30-7-2015.
c Res. do CONTRAN n o 324, de 17-7-2009, dispõe
Art. 129‑A. O registro dos tratores e demais sobre a expedição de Certificado Provisório de Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado
aparelhos automotores destinados a puxar ou Registro e Licenciamento de Veículos. de Licenciamento Anual.
c Res. do CONTRAN n o 946, de 28-3-2022, dispõe c Art. 232 deste Código.
a arrastar maquinaria agrícola ou a executar
sobre o transporte de cargas de sólidos a granel c Res. do CONTRAN n o 310, de 6-3-2009, altera os
trabalhos agrícolas será efetuado, sem ônus, nas vias abertas à circulação pública em todo o modelos e especificações dos Certificados de Re-
pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, di‑ território. gistro de Veículos – CRV – e de Licenciamento de
retamente ou mediante convênio. § 1 O primeiro licenciamento será feito simul-
o Veículos – CRLV.
c Art. 129‑A com a redação dada pela Lei no 14.599, taneamente ao registro. c Res. do CONTRAN n o 324, de 17-7-2009, dispõe
de 19-6-2023. sobre a expedição de Certificado Provisório de
§ 2o O veículo somente será considerado licen- Registro e Licenciamento de Veículos.
Art. 129‑B. O registro de contratos de ga- ciado estando quitados os débitos relativos a
rantias de alienação fiduciária em operações tributos, encargos e multas de trânsito e am- Parágrafo único. O porte será dispensado
financeiras, consórcio, arrendamento mercan- bientais, vinculados ao veículo, independen- quando, no momento da fiscalização, for pos-
til, reserva de domínio ou penhor será reali- temente da responsabilidade pelas infrações sível ter acesso ao devido sistema informatiza-
zado nos órgãos ou entidades executivos de cometidas. do para verificar se o veículo está licenciado.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, em c Súm. no 127 do STJ. c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.281, de
observância ao disposto no § 1o do art. 1.361 4-5-2016.
§ 3 Ao licenciar o veículo, o proprietário deve-
o
da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 rá comprovar sua aprovação nas inspeções de Art. 134. No caso de transferência de pro-
(Código Civil), e na Lei no 13.709, de 14 de segurança veicular e de controle de emissões priedade, expirado o prazo previsto no § 1o do
agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Da- de gases poluentes e de ruído, conforme dis- art. 123 deste Código sem que o novo proprie-
dos Pessoais). posto no artigo 104. tário tenha tomado as providências necessárias
c Caput do art. 129‑B acrescido pela Lei no 14.071, de c Res. do CONTRAN no 22, de 18-2-1998, estabelece, à efetivação da expedição do novo Certificado
13-10-2020. para efeito de fiscalização, forma para comprova- de Registro de Veículo, o antigo proprietário
ção do exame de inspeção veicular. deverá encaminhar ao órgão executivo de
Parágrafo único. O registro previsto no ca‑ trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no
put deste artigo será executado por empre‑ § 4o As informações referentes às campanhas
de chamamento de consumidores para substi- prazo de 60 (sessenta) dias, cópia autenticada
sas registradoras de contrato especializadas, do comprovante de transferência de proprie-
na modalidade de credenciamento pelos tuição ou reparo de veículos realizadas a partir
de 1o de outubro de 2019 e não atendidas no dade, devidamente assinado e datado, sob
órgãos executivos de trânsito dos Estados e pena de ter que se responsabilizar solidaria-
prazo de 1 (um) ano, contado da data de sua
do Distrito Federal, observado o disposto no mente pelas penalidades impostas e suas rein-
comunicação, deverão constar do Certificado
inciso III do parágrafo único do art. 79 da Lei cidências até a data da comunicação.
de Licenciamento Anual.
no 14.133, de 1o de abril de 2021.
c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 14.229, de Parágrafo único. O comprovante de trans-
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 14.599, de 21-10-2021. ferência de propriedade de que trata o caput
19-6-2023.
§ 5o Após a inclusão das informações de que deste artigo poderá ser substituído por docu-
CAPÍTULO XII trata o § 4o deste artigo no Certificado de Li- mento eletrônico com assinatura eletrônica vá-
DO LICENCIAMENTO cenciamento Anual, o veículo somente será lida, na forma regulamentada pelo CONTRAN.
licenciado mediante comprovação do aten- c Art. 134 com a redação dada pela Lei no 14.071, de
Art. 130. Todo veículo automotor, articulado, dimento às campanhas de chamamento de 13-10-2020.
reboque ou semirreboque, para transitar na consumidores para substituição ou reparo de Art. 134‑A. O CONTRAN especificará as bici-
via, deverá ser licenciado anualmente pelo veículos.
órgão executivo de trânsito do Estado, ou cletas motorizadas e equiparados não sujeitos
c § 5o acrescido pela Lei n o 14.071, de 13-10-2020. ao registro, ao licenciamento e ao emplaca-
do Distrito Federal, onde estiver registrado
o veículo. § 6 O CONTRAN regulamentará a inserção dos mento para circulação nas vias.
o
dados no Certificado de Licenciamento Anual c Art. 134‑A acrescido pela Lei n o 14.071, de
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de referentes às campanhas de chamamento de 13-10-2020.
19-6-2023.
consumidores para substituição ou reparo de Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados
c Art. 230, V, deste Código.
veículos realizadas antes da data prevista no ao transporte individual ou coletivo de pas-
c Res. do CONTRAN no 110, de 24-2-2000, fixa o ca- § 4o deste artigo.
lendário para renovação do Licenciamento Anual sageiros de linhas regulares ou empregados
c § 6o acrescido pela Lei n o 14.229, de 21-10-2021. em qualquer serviço remunerado, para regis-
de Veículos.
c Res. do CONTRAN no 944, de 28-3-2022, dispõe so- § 7 O CONTRAN, excepcionalmente, pode‑ tro, licenciamento e respectivo emplacamen-
o
bre o dispositivo auxiliar de identificação veicular. rá prorrogar a exigência do disposto no § 5 to de característica comercial, deverão estar
o
684
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 136 a 143
devidamente autorizados pelo poder público ou entidade executivo de trânsito dos Estados cluídos na Base de Índice Nacional de Condutores
concedente. e do Distrito Federal, exigindo‑se, para tanto: – BINCO.
c Arts. 231, VIII, e 329 deste Código. c Art. 244, VIII e IX, do CTB. Art. 141. O processo de habilitação e as nor‑
c Art. 6o da Lei no 12.009, de 29-7-2009, que regula- mas relativas à aprendizagem para conduzir
CAPÍTULO XIII menta o exercício das atividades de mototaxista, veículos automotores e à autorização para
DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES motoboy e motofrete. conduzir ciclomotores serão regulamentados
Art. 136. Os veículos especialmente destina- I – registro como veículo da categoria de pelo CONTRAN.
dos à condução coletiva de escolares somen- aluguel; c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de
te poderão circular nas vias com autorização II – instalação de protetor de motor mata‑ca- 19-6-2023.
emitida pelo órgão ou entidade executivos chorro, fixado no chassi do veículo, destinado c Res. do CONTRAN no 287, de 29-7-2008, regula-
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, a proteger o motor e a perna do condutor em menta o procedimento de coleta e armazenamento
exigindo‑se, para tanto: caso de tombamento, nos termos de regula- de impressão digital nos processos de habilitação,
mentação do Conselho Nacional de Trânsito mudança ou adição de categoria e renovação da
c Arts. 230, XX, e 329 deste Código.
Carteira Nacional de Habilitação – CNH.
– CONTRAN;
685
Arts. 144 a 148 Código de Trânsito Brasileiro
não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do Art. 145‑A. Além do disposto no art. 145, públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e
motorista. para conduzir ambulâncias, o candidato de- §§ 1o a 4o e o art. 148 deste Código.
c § 2o acrescido pela Lei n o 12.452, de 21-7-2011. verá comprovar treinamento especializado § 4 Quando houver indícios de deficiência físi-
o
§ 3o Aplica‑se o disposto no inciso V ao con- e reciclagem em cursos específicos a cada 5 ca ou mental, ou de progressividade de doença
dutor da combinação de veículos com mais de (cinco) anos, nos termos da normatização do que possa diminuir a capacidade para conduzir
uma unidade tracionada, independentemente CONTRAN. o veículo, os prazos previstos nos incisos I, II e
c Art. 145‑A acrescido pela Lei n o 12.998, de III do § 2 deste artigo poderão ser diminuídos
o
da capacidade de tração ou do peso bruto
total. 18-6-2014. por proposta do perito examinador.
c Antigo § 2 o renumerado para § 3 o pela Lei Art. 146. Para conduzir veículos de outra c § 4o com a redação dada pela Lei no 14.071, de
no 12.452, de 21-7-2011. categoria o condutor deverá realizar exames 13-10-2020.
c Art. 162, III, deste Código. complementares exigidos para habilitação na c Res. do CONTRAN no 927, de 28-3-2022, dispõe
c Res. do CONTRAN no 789, de 18-6-2020, consolida categoria pretendida. sobre o exame de aptidão física e mental, a avalia-
normas sobre o processo de formação de conduto- ção psicológica e o credenciamento das entidades
Art. 147. O candidato à habilitação deverá públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e
res de veículos automotores e elétricos.
submeter‑se a exames realizados pelo órgão §§ 1o a 4o e o art. 148 deste Código.
§ 4o Respeitada a capacidade máxima de tra‑ executivo de trânsito, na ordem descrita a se-
ção da unidade tratora, os condutores das ca‑ § 5o O condutor que exerce atividade remune-
guir, e os exames de aptidão física e mental
tegorias B, C e D podem conduzir combinação rada ao veículo terá essa informação incluída
e a avaliação psicológica deverão ser realiza-
de veículos cuja unidade tratora se enquadre na Carteira Nacional de Habilitação, conforme
dos por médicos e psicólogos peritos exami-
na respectiva categoria de habilitação e cuja especificações do Conselho Nacional de Trân-
nadores, respectivamente, com titulação de
unidade acoplada, reboque, semirreboque, especialista em medicina do tráfego e em psi- sito – CONTRAN.
trailer ou articulada tenha menos de 6.000 cologia do trânsito, conferida pelo respectivo c § 5o acrescido pela Lei no 10.350, de 21-12-2001.
kg (seis mil quilogramas) de peso bruto total, conselho profissional, conforme regulamenta- § 6 o Os exames de aptidão física e mental e
e cuja lotação não exceda a 8 (oito) lugares. ção do CONTRAN: a avaliação psicológica deverão ser analisados
c § 4o acrescido pela Lei n o 14.440, de 2-9-2022. c Caput com a redação dada pela Lei no 14.071, de objetivamente pelos examinados, limitados
Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, 13-10-2020, promulgado nos termos do art. 66, aos aspectos técnicos dos procedimentos rea-
§ 5o, da CF (DOU de 26-3-2021 – edição extra D). lizados, conforme regulamentação do CON-
o trator misto ou o equipamento automotor
c Art. 5o da Lei no 14.071, de 13-10-2020, que altera a TRAN, e subsidiarão a fiscalização prevista no
destinado à movimentação de cargas ou exe- Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de § 7o deste artigo.
cução de trabalho agrícola, de terraplenagem, Trânsito Brasileiro), para modificar a composição
de construção ou de pavimentação só podem do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo § 7 Os órgãos ou entidades executivos de
o
ser conduzidos na via pública por condutor ha- de validade das habilitações. trânsito dos Estados e do Distrito Federal, com
bilitado nas categorias C, D ou E. I – de aptidão física e mental; a colaboração dos conselhos profissionais de
c Res. do CONTRAN n o 789, de 18-6-2020, consolida
c Res. do CONTRAN n o 927, de 28-3-2022, dispõe
medicina e psicologia, deverão fiscalizar as
normas sobre o processo de formação de conduto- sobre o exame de aptidão física e mental, a avalia- entidades e os profissionais responsáveis pe-
res de veículos automotores e elétricos. ção psicológica e o credenciamento das entidades los exames de aptidão física e mental e pela
Parágrafo único. O trator de roda e os equi- públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e avaliação psicológica no mínimo 1 (uma) vez
pamentos automotores destinados a executar §§ 1o a 4o e o art. 148 deste Código. por ano.
trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em II – VETADO; c §§ 6 o e 7 o acrescidos pela Lei n o 14.071, de
via pública também por condutor habilitado na III – escrito, sobre legislação de trânsito; 13-10-2020.
categoria B. IV – de noções de primeiros socorros, confor- Art. 147‑A. Ao candidato com deficiência
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.097, de me regulamentação do CONTRAN; auditiva é assegurada acessibilidade de co-
19-1-2015. V – de direção veicular, realizado na via públi- municação, mediante emprego de tecnologias
Art. 145. Para habilitar‑se nas categorias D e E ca, em veículo da categoria para a qual estiver assistivas ou de ajudas técnicas em todas as
ou para conduzir veículo de transporte coletivo habilitando‑se. etapas do processo de habilitação.
de passageiros, de escolares, de emergência § 1 Os resultados dos exames e a identificação § 1o O material didático audiovisual utilizado
o
ou de produto perigoso, o candidato deverá dos respectivos examinadores serão registra- em aulas teóricas dos cursos que precedem os
preencher os seguintes requisitos: dos no RENACH. exames previstos no art. 147 desta Lei deve
I – ser maior de vinte e um anos; c Parágrafo único transformado em § 1 o pela Lei ser acessível, por meio de subtitulação com le-
II – estar habilitado: n o
9.602, de 21-1-1998. genda oculta associada à tradução simultânea
a) no mínimo há dois anos na categoria B, § 2 O exame de aptidão física e mental, a ser em Libras.
o
ou no mínimo há um ano na categoria C, realizado no local de residência ou domicílio do § 2o É assegurado também ao candidato com
quando pretender habilitar‑se na categoria examinado, será preliminar e renovável com a deficiência auditiva requerer, no ato de sua ins-
D; e seguinte periodicidade: crição, os serviços de intérprete da Libras, para
b) no mínimo há um ano na categoria C, I – a cada 10 (dez) anos, para condutores com acompanhamento em aulas práticas e teóricas.
quando pretender habilitar‑se na categoria idade inferior a 50 (cinquenta) anos; c Art. 147‑A acrescido pela Lei n o 13.146, de
E; II – a cada 5 (cinco) anos, para condutores com 6-7-2015.
III – não ter cometido mais de uma infração idade igual ou superior a 50 (cinquenta) anos
e inferior a 70 (setenta) anos;
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os
gravíssima nos últimos 12 (doze) meses;
c Inciso III com a redação dada pela Lei no 14.071, de
III – a cada 3 (três) anos, para condutores com de direção veicular, poderão ser aplicados por
idade igual ou superior a 70 (setenta) anos. entidades públicas ou privadas credenciadas
13-10-2020. pelo órgão executivo de trânsito dos Estados e
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 14.071, de
IV – ser aprovado em curso especializado e em do Distrito Federal, de acordo com as normas
13-10-2020.
curso de treinamento de prática veicular em estabelecidas pelo CONTRAN.
situação de risco, nos termos da normatização § 3 o
O exame previsto no § 2 o
incluirá a ava- c Res. do CONTRAN n o 789, de 18-6-2020, consolida
do CONTRAN. liação psicológica preliminar e complementar normas sobre o processo de formação de conduto-
c Res. do CONTRAN n o 789, de 18-6-2020, consolida
sempre que a ele se submeter o condutor res de veículos automotores e elétricos.
normas sobre o processo de formação de conduto- que exerce atividade remunerada ao veículo, c Res. do CONTRAN no 927, de 28-3-2022, dispõe
res de veículos automotores e elétricos. incluindo‑se esta avaliação para os demais can- sobre o exame de aptidão física e mental, a avalia-
ção psicológica e o credenciamento das entidades
§ 1o A participação em curso especializado pre- didatos apenas no exame referente à primeira públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e
visto no inciso IV independe da observância do habilitação. §§ 1o a 4o e o art. 148 deste Código.
disposto no inciso III. c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 10.350, de
21-12-2001. § 1o A formação de condutores deverá incluir,
c Parágrafo único renumerado para § 1 pela Lei
o
obrigatoriamente, curso de direção defensiva
c Res. do CONTRAN no 927, de 28-3-2022, dispõe
no 13.154, de 30-7-2015. e de conceitos básicos de proteção ao meio
sobre o exame de aptidão física e mental, a avalia-
§ 2o VETADO. Lei no 13.154, de 30-7-2015. ção psicológica e o credenciamento das entidades ambiente relacionados com o trânsito.
686
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 148‑A a 158
§ 2o Ao candidato aprovado será conferida Per- ção das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo mento de habilitação, dos exames aos quais se
missão para Dirigir, com validade de um ano. Decreto‑Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. houverem submetido com aprovação naquele
§ 3 o A Carteira Nacional de Habilitação será c § 6o acrescido pela Lei n o 13.103, de 2-3-2015. curso, desde que neles sejam observadas as
conferida ao condutor no término de um ano, § 7 o O exame será realizado, em regime de normas estabelecidas pelo CONTRAN.
desde que o mesmo não tenha cometido ne- livre concorrência, pelos laboratórios cre‑ § 3o O militar, o policial ou o bombeiro militar
nhuma infração de natureza grave ou gravís- denciados pelo órgão máximo executivo de interessado na dispensa de que trata o § 2 o
sima, ou seja, reincidente em infração média. trânsito da União, nos termos das normas do instruirá seu requerimento com ofício do co-
§ 4o A não obtenção da Carteira Nacional de CONTRAN, vedado aos entes públicos: mandante, chefe ou diretor da unidade admi-
Habilitação, tendo em vista a incapacidade de c Caput com a redação dada pela Lei no 14.440, de nistrativa onde prestar serviço, do qual cons-
atendimento do disposto no parágrafo ante- 2-9-2022. tarão o número do registro de identificação,
rior, obriga o candidato a reiniciar todo o pro- I – fixar preços para os exames; naturalidade, nome, filiação, idade e categoria
cesso de habilitação. II – limitar o número de empresas ou o número em que se habilitou a conduzir, acompanhado
§ 5o O Conselho Nacional de Trânsito – CON- de locais em que a atividade pode ser exer- de cópia das atas dos exames prestados.
687
Arts. 159 a 164 Código de Trânsito Brasileiro
I – nos termos, horários e locais estabelecidos § 12. Os órgãos ou entidades executivos de Penalidade – multa (três vezes);
pelo órgão executivo de trânsito; trânsito dos Estados e do Distrito Federal en- Medida administrativa – recolhimento do do-
II – acompanhado o aprendiz por instrutor viarão por meio eletrônico, com 30 (trinta) cumento de habilitação e retenção do veículo
autorizado. dias de antecedência, aviso de vencimento
até a apresentação de condutor habilitado;
§ 1o Além do aprendiz e do instrutor, o veículo da validade da Carteira Nacional de Habili-
tação a todos os condutores cadastrados no c Arts. 263, I, 307 e 309 deste Código.
utilizado na aprendizagem poderá conduzir
apenas mais um acompanhante. RENACH com endereço na respectiva unidade III – com Carteira Nacional de Habilitação ou
c Parágrafo único renumerado para § 1 o pela Lei
da Federação. Permissão para Dirigir de categoria diferente
no 12.217, de 17-3-2010. c § 12 acrescido pela Lei n o 14.071, de 13-10-2020. da do veículo que esteja conduzindo:
c Lei no 12.302, de 2-8-2010, regulamenta o exercício Art. 160. O condutor condenado por delito Infração – gravíssima;
da profissão de instrutor de trânsito. de trânsito deverá ser submetido a novos exa- Penalidade – multa (duas vezes);
§ 1o‑A. O porte do documento de habilitação mes para que possa voltar a dirigir, de acordo
será dispensado quando, no momento da fis- com as normas estabelecidas pelo CONTRAN, Medida administrativa – retenção do veículo
calização, for possível ter acesso ao sistema in- independentemente do reconhecimento da até a apresentação de condutor habilitado;
formatizado para verificar se o condutor está prescrição, em face da pena concretizada na c Incisos I a III com a redação dada pela Lei
habilitado. sentença. no 13.281, de 4-5-2016.
c § 1o‑A acrescido pela Lei no 14.071, de 13-10-2020. c Art. 263, III, deste Código. c Arts. 263, II, e 309 deste Código.
§ 2o Revogado. Lei no 14.071, de 13-10-2020. c Res. do CONTRAN no 300, de 4-12-2008, estabe- IV – VETADO;
lece procedimento administrativo para submissão
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, do condutor a novos exames para que possa voltar
V – com Carteira Nacional de Habilitação ven‑
expedida em meio físico e digital, de acordo a dirigir quando condenado por crime de trânsito, cida há mais de 30 (trinta) dias:
com as especificações do CONTRAN, aten‑ ou quando envolvido em acidente grave. Infração – gravíssima;
didos os pré‑requisitos estabelecidos neste § 1o Em caso de sinistro grave, o condutor nele Penalidade – multa;
Código, conterá fotografia, identificação e envolvido poderá ser submetido aos exames
número de inscrição no Cadastro de Pessoas exigidos neste artigo, a juízo da autoridade Medida administrativa – retenção do veículo
Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e executiva estadual de trânsito, assegurada até a apresentação de condutor habilitado;
equivalerá a documento de identidade em ampla defesa ao condutor. c Inciso V com a redação dada pela Lei n o 14.440, de
todo o território nacional. c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 14.599, de 2-9-2022.
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.440, de 19-6-2023. c Res. do CONTRAN n o 789, de 18-6-2020, consolida
2-9-2022. c Res. do CONTRAN no 300, de 4-12-2008, estabe- normas sobre o processo de formação de conduto-
c Art. 234 deste Código. lece procedimento administrativo para submissão res de veículos automotores e elétricos.
c Res. do CONTRAN no 192, de 30-3-2006, regula- do condutor a novos exames para que possa voltar VI – sem usar lentes corretoras de visão, apa-
menta a expedição do documento único da Carteira a dirigir quando condenado por crime de trânsito,
Nacional de Habilitação, com novo leiaute e requi- ou quando envolvido em acidente grave. relho auxiliar de audição, de prótese física ou
sitos de segurança. as adaptações do veículo impostas por ocasião
§ 2o No caso do parágrafo anterior, a autori-
§ 1o É obrigatório o porte da Permissão para da concessão ou da renovação da licença para
dade executiva estadual de trânsito poderá
Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilita- apreender o documento de habilitação do conduzir:
ção quando o condutor estiver à direção do condutor até a sua aprovação nos exames Infração – gravíssima;
veículo. realizados. Penalidade – multa;
c Art. 232 deste Código. c Res. do CONTRAN no 300, de 4-12-2008, estabe-
Medida administrativa – retenção do veículo
§ 1o‑A. O porte do documento de habilitação lece procedimento administrativo para submissão
do condutor a novos exames para que possa voltar até o saneamento da irregularidade ou apre-
será dispensado quando, no momento da fis-
a dirigir quando condenado por crime de trânsito, sentação de condutor habilitado;
calização, for possível ter acesso ao sistema in- ou quando envolvido em acidente grave.
formatizado para verificar se o condutor está VII – sem possuir os cursos especializados ou
habilitado. CAPÍTULO XV específicos obrigatórios:
c § 1o‑A acrescido pela Lei no 14.071, de 13-10-2020. DAS INFRAÇÕES Infração – gravíssima;
§ 2o VETADO. Art. 161. Constitui infração de trânsito a inob- Penalidade – multa;
§ 3o A emissão de nova via da Carteira Nacio- servância de qualquer preceito deste Código
Medida administrativa – retenção do veículo
nal de Habilitação será regulamentada pelo ou da legislação complementar, e o infrator
sujeita‑se às penalidades e às medidas admi- até a apresentação de condutor habilitado.
CONTRAN.
nistrativas indicadas em cada artigo deste Ca- c Inciso VII acrescido pela Lei n 14.440, de 2-9-2022.
o
§ 4o VETADO. pítulo e às punições previstas no Capítulo XIX Art. 163. Entregar a direção do veículo a pes-
§ 5 o A Carteira Nacional de Habilitação e a deste Código. soa nas condições previstas no artigo anterior:
Permissão para Dirigir somente terão validade c Caput com a redação dada pela Lei no 14.071, de
para a condução de veículo quando apresen- Infração – as mesmas previstas no artigo
13-10-2020.
tada em original. anterior;
Parágrafo único. Revogado. Lei no 14.071, de
§ 6 o A identificação da Carteira Nacional de 13-10-2020. Penalidade – as mesmas previstas no artigo
Habilitação expedida e a da autoridade expe- anterior;
didora serão registradas no RENACH.
Art. 162. Dirigir veículo:
c Art. 164 deste Código.
Medida administrativa – a mesma prevista no
§ 7o A cada condutor corresponderá um único inciso III do artigo anterior.
registro no RENACH, agregando‑se neste to- I – sem possuir Carteira Nacional de Habili-
das as informações. tação, Permissão para Dirigir ou Autorização c Arts. 263, II, e 310 deste Código.
para Conduzir Ciclomotor: Art. 164. Permitir que pessoa nas condições
§ 8o A renovação da validade da Carteira Na- referidas nos incisos do artigo 162 tome pos-
cional de Habilitação ou a emissão de uma Infração – gravíssima;
se do veículo automotor e passe a conduzi‑lo
nova via somente será realizada após quita- Penalidade – multa (três vezes);
ção de débitos constantes do prontuário do na via:
Medida administrativa – retenção do veículo
condutor. até a apresentação de condutor habilitado; Infração – as mesmas previstas nos incisos do
§ 9o VETADO. artigo 162;
c Art. 309 deste Código.
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habi- II – com Carteira Nacional de Habilitação, Per- Penalidade – as mesmas previstas no artigo
litação está condicionada ao prazo de vigência missão para Dirigir ou Autorização para Con- 162;
do exame de aptidão física e mental. duzir Ciclomotor cassada ou com suspensão Medida administrativa – a mesma prevista no
c § 10 acrescido pela Lei n o 9.602, de 21-1-1998. do direito de dirigir: inciso III do artigo 162.
§ 11. Revogado. Lei no 14.071, de 13-10-2020. Infração – gravíssima; c Arts. 263, II, e 310 deste Código.
688
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 165 a 173
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou Infração – gravíssima; e entidades executivos estaduais de trânsito e
de qualquer outra substância psicoativa que Penalidade – multa (cinco vezes) e, em caso rodoviários.
determine dependência: c Res. do CONTRAN no 939, de 28-3-2022, estabe-
de reincidência no período de até 12 (doze) lece os requisitos de segurança para veículos de
c Caput com a redação dada pela Lei no 11.705, de meses, multa (dez vezes) e suspensão do di‑ transporte de passageiros tipo micro‑ônibus, cate-
19-6-2008. reito de dirigir. goria M2, de fabricação nacional e importado.
Infração – gravíssima; c Art. 165‑C acrescido pela Lei n o 14.599, de c Res. do CONTRAN no 940, de 28-3-2022, disciplina
19-6-2023. o uso de capacete para condutor e passageiro de
Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos
c Art. 7o da Lei no 14.599, de 19-6-2023, que posterga
direito de dirigir por 12 (doze) meses. motorizados e quadriciclos motorizados.
a exigência do exame toxicológico periódico para
Medida administrativa – recolhimento do do- obtenção e renovação da Carteira Nacional de Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que
cumento de habilitação e retenção do veículo, Habilitação. estejam atravessando a via pública, ou os de-
observado o disposto no § 4 do art. 270 da Art. 165‑D. VETADO. Lei n o 14.599, de
o
mais veículos:
Lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997 – do 19-6-2023.
o
Art. 168. Transportar crianças em veículo au- Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na
Parágrafo único. Aplica‑se em dobro a multa
via objetos ou substâncias:
prevista no caput em caso de reincidência no tomotor sem observância das normas de se-
período de até 12 (doze) meses. gurança especiais estabelecidas neste Código: Infração – média;
c Art. 165‑A acrescido pela Lei n o 13.281, de
Infração – gravíssima; Penalidade – multa.
4-5-2016. Penalidade – multa; c Art. 26 deste Código.
Art. 165‑B. Dirigir veículo sem realizar o exa‑ Medida administrativa – retenção do veículo c Res. do CONTRAN n o 925, de 28-3-2022, aprova
me toxicológico previsto no art. 148‑A deste até que a irregularidade seja sanada. o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito
(MBFT), Volume I – Infrações de competência
Código: c Art. 64 deste Código. municipal, incluindo as concorrentes dos órgãos
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de c Res. do CONTRAN no 819, de 17-3-2021, dispõe e entidades estaduais de trânsito, e rodoviários, e
19-6-2023. sobre o transporte de crianças com idade inferior Volume II – Infrações de competência dos órgãos
Infração – gravíssima; a dez anos. e entidades executivos estaduais de trânsito e
c Res. do CONTRAN n o 925, de 28-3-2022, aprova rodoviários.
c Infração acrescida pela Lei n o 14.071, de o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito Art. 173. Disputar corrida:
13-10-2020. (MBFT), Volume I – Infrações de competência
municipal, incluindo as concorrentes dos órgãos c Caput com a redação dada pela Lei n 12.971, de
o
Penalidade – multa (cinco vezes) e, em caso
e entidades estaduais de trânsito, e rodoviários, e 9-5-2014.
de reincidência no período de até 12 (doze)
meses, multa (dez vezes) e suspensão do di‑ Volume II – Infrações de competência dos órgãos Infração – gravíssima;
e entidades executivos estaduais de trânsito e
reito de dirigir. rodoviários. Penalidade – multa (dez vezes), suspensão do
c Pena com a redação dada pela Lei no 14.599, de direito de dirigir e apreensão do veículo;
19-6-2023. Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuida-
c Penalidade com a redação dada pela Lei no 12.971,
dos indispensáveis à segurança: de 9-5-2014.
Parágrafo único. No caso de não cumpri‑
mento do disposto no § 2o do art. 148‑A deste Infração – leve; Medida administrativa – recolhimento do do-
Código, configurar‑se‑á a infração quando o Penalidade – multa. cumento de habilitação e remoção do veículo.
condutor dirigir veículo após o trigésimo dia c Art. 28 deste Código. Parágrafo único. Aplica‑se em dobro a mul-
do vencimento do prazo estabelecido. c Res. do CONTRAN n o 445, de 25-6-2013, estabe- ta prevista no caput em caso de reincidência
Parágrafo único com redação dada pela Lei lece os requisitos de segurança para veículos de
c no período de 12 (doze) meses da infração
no 14.599, de 19-6-2023. transporte público coletivo de passageiros e trans-
c Art. 7o da Lei no 14.599, de 19-6-2023, que posterga porte de passageiros tipos micro‑ônibus e ônibus, anterior.
a exigência do exame toxicológico periódico para categoria M3 de fabricação nacional e importado. c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 12.971, de
Res. do CONTRAN n o 925, de 28-3-2022, aprova 9-5-2014.
obtenção e renovação da Carteira Nacional de c
Habilitação. o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito c Arts. 67, 263, II, e 308 deste Código.
(MBFT), Volume I – Infrações de competência c Res. do CONTRAN n o 925, de 28-3-2022, aprova
Art. 165‑C. Dirigir veículo tendo obtido re‑ municipal, incluindo as concorrentes dos órgãos o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsi-
sultado positivo no exame toxicológico pre‑ e entidades estaduais de trânsito, e rodoviários, e to (MBFT), Volume I – Infrações de competência
visto no caput do art. 148‑A deste Código: Volume II – Infrações de competência dos órgãos municipal, incluindo as concorrentes dos órgãos
689
Código de Trânsito Brasileiro Arts. 174 a 178
e entidades estaduais de trânsito, e rodoviários, e Trânsito, na expedição de notificação de autuação III – de preservar o local, de forma a facilitar os
Volume II – Infrações de competência dos órgãos e de notificação de penalidade por infrações de trabalhos da polícia e da perícia;
e entidades executivos estaduais de trânsito e responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas,
c Art. 31, § 1 o, b, da CTVV.
rodoviários. sem a utilização de veículos, expressamente men-
Art. 174. Promover, na via, competição, even- cionadas neste Código. IV – de adotar providências para remover o
tos organizados, exibição e demonstração Art. 175. Utilizar‑se de veículo para demons-veículo do local, quando determinadas por
de perícia em manobra de veículo, ou deles trar ou exibir manobra perigosa, mediante policial ou agente da autoridade de trânsito;
arrancada brusca, derrapagem ou frenagem V – de identificar‑se ao policial e de lhe prestar
participar, como condutor, sem permissão da
com deslizamento ou arrastamento de pneus: informações necessárias à confecção do bole-
autoridade de trânsito com circunscrição so-
tim de ocorrência:
bre a via: c Caput com a redação dada pela Lei no 12.971, de
c Caput com a redação dada pela Lei no 12.971, de 9-5-2014. Infração – gravíssima;
9-5-2014. Infração – gravíssima; Penalidade – multa (cinco vezes) e suspensão
Infração – gravíssima; do direito de dirigir;
Penalidade – multa (dez vezes), suspensão do
Penalidade – multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo; Medida administrativa – recolhimento do do-
689-A
Código de Trânsito Brasileiro Art. 231
XXII – com defeito no sistema de iluminação, c Res. do CONTRAN n o 210, de 13-11-2006, esta- Medida administrativa – retenção do veículo e
de sinalização ou com lâmpadas queimadas: belece limites de peso e dimensões para veículos transbordo da carga excedente;
transitarem por vias terrestres.
Infração – média; c Art. 100 deste Código.
c Res. do CONTRAN no 211, de 13-11-2006, dispõe
Penalidade – multa. c Res. do CONTRAN n o 210, de 13-11-2006, esta-
sobre requisitos necessários à circulação de Com-
belece limites de peso e dimensões para veículos
XXIII – em desacordo com as condições esta‑ binações de Veículos de Carga – CVC. transitarem por vias terrestres.
belecidas no art. 67‑C, relativamente ao tempo c Res. do CONTRAN no 293, de 29-9-2008, fixa requi- c Res. do CONTRAN no 290, de 29-8-2008, disciplina
de permanência do condutor ao volante e aos sitos de segurança para circulação de veículos que a capacitação em veículos de tração, de carga e de
transportem produtos siderúrgicos. transporte coletivo de passageiros, de acordo com
intervalos para descanso, quando se tratar de
veículo de transporte de carga ou coletivo de c Res. do CONTRAN no 305, de 6-3-2009, estabelece o CTB.
requisitos de segurança necessários à circulação Res. do CONTRAN no 318, de 5-6-2009, estabelece
passageiros: de Combinações para Transporte de Veículos – CTV
c
limites de pesos e dimensões para circulação de
Infração – média; e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas veículos de transporte de carga e de transporte
Penalidade – multa; Paletizadas – CTVP. coletivo de passageiros em viagem internacional
c Res. do CONTRAN no 318, de 5-6-2009, estabelece pelo território nacional.
a) carga que esteja transportando; torista Profissional), que dispõe sobre a conversão VIII – efetuando transporte remunerado de
da penalidade prevista neste dispositivo.
c Art. 102 deste Código. pessoas ou bens, quando não for licenciado
c Res do CONTRAN n o 520, de 20-1-2015, dispõe
c Res. do CONTRAN no 293, de 29-9-2008, fixa requi- para esse fim, salvo casos de força maior ou
sobre os requisitos mínimos para a circulação de
sitos de segurança para circulação de veículos que veículos com dimensões excedentes aos limites com permissão da autoridade competente:
transportem produtos siderúrgicos. Infração – gravíssima;
estabelecidos pelo CONTRAN.
c Res. do CONTRAN n o 955, de 28-3-2022, dispõe
c Res. do CONTRAN n o 566, de 25-10-2015, estabe- Penalidade – multa;
sobre o transporte de cargas ou bicicletas nas
partes externas dos veículos dos tipos automóvel, lece o Regime de Infrações e Sanções Aplicáveis,
caminhonete, camioneta e utilitário. por descumprimento dos limites de peso, aos Medida administrativa – remoção do veículo;
veículos de transporte rodoviário internacional c Infração, penalidade e medida administrativa com
b) combustível ou lubrificante que esteja utili‑ de cargas e coletivo de passageiros no âmbito do a redação dada pela Lei no 13.855, de 8-7-2019.
zando; MERCOSUL. c Art. 135 deste Código.
c) qualquer objeto que possa acarretar risco a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) c Res. do CONTRAN no 943, de 28-3-2022, estabele-
de sinistro: ce requisitos mínimos de segurança para o trans-
– R$ 5,32 (cinco reais e trinta e dois porte remunerado de passageiros (mototáxi) e de
c Alínea c com a redação dada pela Lei n o 14.599, de
centavos); cargas (motofrete) em motocicleta e motoneta.
19-6-2023.
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oito‑ c Súm. no 510 do STJ.
Infração – gravíssima; centos quilogramas) – R$ 10,64 (dez reais
IX – desligado ou desengrenado, em declive:
Penalidade – multa; e sessenta e quatro centavos);
Infração – média;
Medida administrativa – retenção do veículo c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil
para regularização; quilogramas) – R$ 21,28 (vinte e um reais e Penalidade – multa;
III – produzindo fumaça, gases ou partícu‑ vinte e oito centavos); Medida administrativa – retenção do veículo;
las em níveis superiores aos fixados pelo d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil X – excedendo a capacidade máxima de tração:
CONTRAN; quilogramas) – R$ 31,92 (trinta e um reais
e noventa e dois centavos); Infração – de média a gravíssima, a depender
c Res. do CONTRAN no 452, de 26-9-2013, dispõe so- da relação entre o excesso de peso apurado e
bre os procedimentos a serem adotados pelas auto- e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco a capacidade máxima de tração, a ser regula‑
ridades de trânsito e seus agentes na fiscalização mil quilogramas) – R$ 42,56 (quarenta e
das emissões de gases de escapamento de veículos dois reais e cinquenta e seis centavos); mentada pelo CONTRAN;
automotores de que trata o art. 231, III, do CTB. f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilo‑ Penalidade – multa;
IV – com suas dimensões ou de sua carga supe‑ gramas) – R$ 53,20 (cinquenta e três reais Medida administrativa – retenção do veículo e
riores aos limites estabelecidos legalmente ou e vinte centavos); transbordo de carga excedente.
pela sinalização, sem autorização: c Alíneas a a f com a redação dada pela Lei c Res. do CONTRAN no 290, de 29-8-2008, disciplina
c Arts. 99 e 101 deste Código. no 13.281, de 4-5-2016. a capacitação em veículos de tração, de carga e de
697
Arts. 262 a 269 Código de Trânsito Brasileiro
será devolvida a seu titular imediatamen- II – no caso de reincidência, no prazo de doze IV – quando condenado judicialmente por de-
te após cumprida a penalidade e o curso de meses, das infrações previstas no inciso III do lito de trânsito;
reciclagem. artigo 162 e nos artigos 163, 164, 165, 173, c Res. do CONTRAN no 300, de 4-12-2008, estabe-
§ 3o A imposição da penalidade de suspensão 174 e 175; lece procedimento administrativo para submissão
do direito de dirigir elimina a quantidade de III – quando condenado judicialmente por deli- do condutor a novos exames para que possa voltar
to de trânsito, observado o disposto no artigo a dirigir quando condenado por crime de trânsito,
pontos computados, prevista no inciso I do ca- ou quando envolvido em acidente grave.
put ou no § 5o deste artigo, para fins de conta- 160;
gem subsequente. IV – VETADO. Lei no 14.304, de 23-2-2022. V – a qualquer tempo, se for constatado que o
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 14.071, de § 1o Constatada, em processo administrativo, a condutor está colocando em risco a segurança
13-10-2020. irregularidade na expedição do documento de do trânsito;
habilitação, a autoridade expedidora promove- VI – Revogado. Lei no 14.071, de 13-10-2020.
§ 4o VETADO. Lei no 12.619, de 30-4-2012.
rá o seu cancelamento. Parágrafo único. Além do curso de recicla-
§ 5o No caso do condutor que exerce atividade
§ 2o Decorridos dois anos da cassação da Car- gem previsto no caput deste artigo, o infrator
remunerada ao veículo, a penalidade de sus-
teira Nacional de Habilitação, o infrator pode- será submetido à avaliação psicológica nos ca-
pensão do direito de dirigir de que trata o ca-
rá requerer sua reabilitação, submetendo‑se a sos dos incisos III, IV e V do caput deste artigo.
put deste artigo será imposta quando o infra-
tor atingir o limite de pontos previsto na alínea todos os exames necessários à habilitação, na c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 14.071, de
13-10-2020, promulgado nos termos do art. 66,
c do inciso I do caput deste artigo, indepen- forma estabelecida pelo CONTRAN. § 5o, da CF (DOU de 26-3-2021 – edição extra D).
dentemente da natureza das infrações come- c Res. do CONTRAN n o 723, de 6-2-2018, dispõe
tidas, facultado a ele participar de curso pre- sobre a uniformização dos procedimentos admi- Art. 268‑A. Fica criado o Registro Nacional
ventivo de reciclagem sempre que, no período nistrativos para imposição das penalidades de Positivo de Condutores (RNPC), administrado
de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, suspensão do direito de dirigir e de cassação do pelo órgão máximo executivo de trânsito da
conforme regulamentação do CONTRAN. documento de habilitação, bem como do curso União, com a finalidade de cadastrar os condu-
preventivo de reciclagem. tores que não cometeram infração de trânsito
c § 5 o com a redação dada pela Lei n o 14.071, de
13-10-2020. c Res. do CONTRAN no 789, de 18-6-2020, consolida sujeita à pontuação prevista no art. 259 deste
normas sobre o processo de formação de conduto- Código, nos últimos 12 (doze) meses, confor-
c Res. do CONTRAN n o 723, de 6-2-2018, dispõe
sobre a uniformização dos procedimentos admi- res de veículos automotores e elétricos. me regulamentação do CONTRAN.
nistrativos para imposição das penalidades de § 3o VETADO. Lei no 14.304, de 23-2-2022. § 1 o O RNPC deverá ser atualizado mensal-
suspensão do direito de dirigir e de cassação do
documento de habilitação, bem como do curso
Art. 264. VETADO. mente.
preventivo de reciclagem. Art. 265. As penalidades de suspensão do di- § 2o A abertura de cadastro requer autorização
§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto reito de dirigir e de cassação do documento de prévia e expressa do potencial cadastrado.
no § 5o, o condutor terá eliminados os pontos habilitação serão aplicadas por decisão funda- § 3o Após a abertura do cadastro, a anotação
que lhe tiverem sido atribuídos, para fins de mentada da autoridade de trânsito competen- de informação no RNPC independe de autori-
contagem subsequente. te, em processo administrativo, assegurado ao zação e de comunicação ao cadastrado.
§ 7o O motorista que optar pelo curso previsto infrator amplo direito de defesa.
§ 4o A exclusão do RNPC dar‑se‑á:
no § 5o não poderá fazer nova opção no perío- c Art. 5o, LV, da CF.
Res. do CONTRAN n o 723, de 6-2-2018, dispõe I – por solicitação do cadastrado;
do de 12 (doze) meses. c
II – quando for atribuída ao cadastrado pon-
sobre a uniformização dos procedimentos admi-
c § 7 o com a redação dada pela Lei n o 13.281, de nistrativos para imposição das penalidades de tuação por infração;
4-5-2016. suspensão do direito de dirigir e de cassação do III – quando o cadastrado tiver o direito de di-
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou per- documento de habilitação, bem como do curso rigir suspenso;
missionária de serviço público tem o direito de preventivo de reciclagem. IV – quando a Carteira Nacional de Habilitação
ser informada dos pontos atribuídos, na forma Art. 266. Quando o infrator cometer, simulta- do cadastrado estiver cassada ou com validade
do art. 259, aos motoristas que integrem seu neamente, duas ou mais infrações, ser‑lhe‑ão vencida há mais de 30 (trinta) dias;
quadro funcional, exercendo atividade remu- aplicadas, cumulativamente, as respectivas V – quando o cadastrado estiver cumprindo
nerada ao volante, na forma que dispuser o penalidades. pena privativa de liberdade.
CONTRAN.
Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de § 5o A consulta ao RNPC é garantida a todos os
c § 8 acrescido pela Lei n 13.154, de 30-7-2015.
o o
advertência por escrito à infração de nature- cidadãos, nos termos da regulamentação do
§ 9 o Incorrerá na infração prevista no inciso za leve ou média, passível de ser punida com CONTRAN.
II do art. 162 o condutor que, notificado da multa, caso o infrator não tenha cometido ne- § 6o A União, os Estados, o Distrito Federal e os
penalidade de que trata este artigo, dirigir veí- nhuma outra infração nos últimos 12 (doze) Municípios poderão utilizar o RNPC para con-
culo automotor em via pública. meses. ceder benefícios fiscais ou tarifários aos con-
c § 9o acrescido pela Lei no 13.281, de 4-5-2016. c Caput com a redação dada pela Lei no 14.071, de dutores cadastrados, na forma da legislação
§ 10. O processo de suspensão do direito de 13-10-2020. específica de cada ente da Federação.
dirigir a que se refere o inciso II do caput deste §§ 1 o e 2 o Revogados. Lei n o 14.071, de c Art. 268‑A acrescido pela Lei n o 14.071, de
artigo deverá ser instaurado concomitante- 13-10-2020. 13-10-2020.
mente ao processo de aplicação da penalidade
de multa, e ambos serão de competência do
Art. 268. O infrator será submetido a curso CAPÍTULO XVII
órgão ou entidade responsável pela aplicação de reciclagem, na forma estabelecida pelo DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
da multa, na forma definida pelo CONTRAN. CONTRAN:
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus
c Res. do CONTRAN n o 789, de 18-6-2020, consolida
c § 10 com a redação dada pela Lei n o 14.071, de agentes, na esfera das competências estabe-
13-10-2020. normas sobre o processo de formação de conduto-
res de veículos automotores e elétricos. lecidas neste Código e dentro de sua circuns-
§ 11. O CONTRAN regulamentará as disposi- crição, deverá adotar as seguintes medidas
I – Revogado. Lei no 14.071, de 13-10-2020; administrativas:
ções deste artigo.
II – quando suspenso do direito de dirigir;
c § 11 acrescido pela Lei no 13.281, de 4-5-2016.
III – quando se envolver em sinistro grave I – retenção do veículo;
§§ 12 e 13. VETADOS. Lei n o 14.304, de para o qual haja contribuído, independente- II – remoção do veículo;
23-2-2022. mente de processo judicial; III – recolhimento da Carteira Nacional de
Habilitação;
Art. 262. Revogado. Lei n o 13.281, de c Inciso III com a redação dada pela Lei no 14.599, de
IV – recolhimento da Permissão para Dirigir;
4-5-2016. 19-6-2023.
c Res. do CONTRAN n o 300, de 4-12-2008, estabe-
V – recolhimento do Certificado de Registro;
Art. 263. A cassação do documento de habi-
lece procedimento administrativo para submissão VI – recolhimento do Certificado de Licencia-
litação dar‑se‑á:
do condutor a novos exames para que possa voltar mento Anual;
I – quando, suspenso o direito de dirigir, o in- a dirigir quando condenado por crime de trânsito, VII – VETADO;
frator conduzir qualquer veículo; ou quando envolvido em acidente grave. VIII – transbordo do excesso de carga;
702
703
704
término do prazo para apresentação de recur- § 4o A coordenação do sistema de que trata Art. 285. O recurso contra a penalidade im-
so pelo responsável pela infração, que não será o caput deste artigo é de responsabilidade posta nos termos do art. 282 deste Código
705
do artigo 284. c Art. 289‑A acrescido pela Lei no 14.229, de 21-10- 9-5-2014.
2021, para vigorar a partir de 1o-1-2024.
§ 2o Se o infrator recolher o valor da multa e Art. 293. A penalidade de suspensão ou de
apresentar recurso, se julgada improcedente a Art. 290. Implicam encerramento da instância proibição de se obter a permissão ou a habi-
penalidade, ser‑lhe‑á devolvida a importância administrativa de julgamento de infrações e litação, para dirigir veículo automotor, tem a
paga, atualizada em UFIR ou por índice legal penalidades: duração de dois meses a cinco anos.
de correção dos débitos fiscais. c Caput com a redação dada pela Lei no 13.281, de
4-5-2016. § 1 o Transitada em julgado a sentença con-
c Súm. no 434 do STJ. denatória, o réu será intimado a entregar à
I – o julgamento do recurso de que tratam os autoridade judiciária, em quarenta e oito ho-
Art. 287. Se a infração for cometida em locali- arts. 288 e 289;
dade diversa daquela do licenciamento do veí- ras, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
II – a não interposição do recurso no prazo Habilitação.
culo, o recurso poderá ser apresentado junto legal; e
ao órgão ou entidade de trânsito da residência c Art. 307, parágrafo único, deste Código.
III – o pagamento da multa, com reconheci-
ou domicílio do infrator. mento da infração e requerimento de encerra- § 2 A penalidade de suspensão ou de proibi-
o
Parágrafo único. A autoridade de trânsito mento do processo na fase em que se encon- ção de se obter a permissão ou a habilitação
que receber o recurso deverá remetê‑lo, de tra, sem apresentação de defesa ou recurso. para dirigir veículo automotor não se inicia en-
pronto, à autoridade que impôs a penalidade quanto o sentenciado, por efeito de condena-
c Incisos I a III acrescidos pela Lei n o 13.281, de
acompanhado das cópias dos prontuários ne- 4-5-2016. ção penal, estiver recolhido a estabelecimento
cessários ao julgamento. prisional.
Parágrafo único. Esgotados os recursos, as
c Res. do CONTRAN no 900, de 9-3-2022, consolida penalidades aplicadas nos termos deste Códi- Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou
as normas sobre a padronização dos procedimen- go serão cadastradas no RENACH. da ação penal, havendo necessidade para a ga-
tos para apresentação de defesa prévia e de re- rantia da ordem pública, poderá o juiz, como
c Art. 14, parágrafo único, deste Código.
curso, em 1a e 2a instâncias, contra a imposição de medida cautelar, de ofício, ou a requerimento
penalidades de advertência por escrito e de multa Art. 290‑A. Os prazos processuais de que tra- do Ministério Público ou ainda mediante repre-
de trânsito. ta este Código não se suspendem, salvo por sentação da autoridade policial, decretar, em
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a motivo de força maior devidamente comprova- decisão motivada, a suspensão da permissão
ser interposto, na forma do artigo seguinte, no do, nos termos de regulamento do CONTRAN. ou da habilitação para dirigir veículo automo-
prazo de trinta dias contado da publicação ou c Art. 290‑A acrescido pela Lei n o 14.229, de tor, ou a proibição de sua obtenção.
da notificação da decisão. 21-10-2021. Parágrafo único. Da decisão que decretar a
c Súm. no 434 do STJ. CAPÍTULO XIX suspensão ou a medida cautelar, ou da que in-
§ 1o O recurso será interposto, da decisão do DOS CRIMES DE TRÂNSITO deferir o requerimento do Ministério Público,
não provimento, pelo responsável pela infra- caberá recurso em sentido estrito, sem efeito
Seção I suspensivo.
ção, e da decisão de provimento, pela autori-
dade que impôs a penalidade. DISPOSIÇÕES GERAIS c Art. 581 do CPP.
§ 2o Revogado. Lei no 12.249, de 11-6-2010. Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de Art. 295. A suspensão para dirigir veículo au-
veículos automotores, previstos neste Código, tomotor ou a proibição de se obter a permissão
Art. 289. O recurso de que trata o artigo an- aplicam‑se as normas gerais do Código Penal e ou a habilitação será sempre comunicada pela
terior será apreciado no prazo de trinta dias: do Código de Processo Penal, se este Capítulo autoridade judiciária ao Conselho Nacional de
Nova redação do dispositivo alterado: “Art. não dispuser de modo diverso, bem como a Trânsito – CONTRAN, e ao órgão de trânsito do
289. O recurso de que trata o art. 288 deste Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, no Estado em que o indiciado ou réu for domici-
Código deverá ser julgado no prazo de 24 que couber. liado ou residente.
706
VII – sobre faixa de trânsito temporária ou per- Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição
manentemente destinada a pedestres. ocasião do sinistro, de prestar imediato so- de se obter a permissão ou a habilitação para
corro à vítima, ou, não podendo fazê‑lo dire- dirigir veículo automotor imposta com funda-
Parágrafo único. VETADO. Lei no 14.304, de mento neste Código:
tamente, por justa causa, deixar de solicitar
23-2-2022.
auxílio da autoridade pública: Penas – detenção, de seis meses a um ano e
Arts. 299 e 300. VETADOS. multa, com nova imposição adicional de idên-
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos 19-6-2023. tico prazo de suspensão ou de proibição.
de sinistros de trânsito que resultem em víti- Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
ma, não se imporá a prisão em flagrante nem multa, se o fato não constituir elemento de o condenado que deixa de entregar, no prazo
se exigirá fiança, se prestar pronto e integral crime mais grave. estabelecido no § 1o do artigo 293, a Permis-
socorro àquela. Parágrafo único. Incide nas penas previstas são para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
c Artigo com a redação dada pela Lei no 14.599, de neste artigo o condutor do veículo, ainda que
Art. 308. Participar, na direção de veículo au-
19-6-2023. a sua omissão seja suprida por terceiros ou quetomotor, em via pública, de corrida, disputa ou
Seção II se trate de vítima com morte instantânea ou competição automobilística ou ainda de exibi-
DOS CRIMES EM ESPÉCIE com ferimentos leves. ção ou demonstração de perícia em manobra
c Art. 176, I, deste Código. de veículo automotor, não autorizada pela
Art. 302. Praticar homicídio culposo na dire-
ção do veículo automotor: Art. 305. Afastar‑se o condutor do veículo do autoridade competente, gerando situação de
local do sinistro, para fugir à responsabilida- risco à incolumidade pública ou privada:
c Art. 121, § 3 o, do CP.
de penal ou civil que lhe possa ser atribuída: c Caput com a redação dada pela Lei no 13.546, de
Penas – detenção, de dois a quatro anos, e sus- c Caput com a redação dada pela Lei no 14.599, de 19-12-2017.
pensão ou proibição de se obter a permissão 19-6-2023. Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três)
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Penas – detenção, de seis meses a um ano, anos, multa e suspensão ou proibição de se
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção ou multa. obter a permissão ou a habilitação para dirigir
de veículo automotor, a pena é aumentada de Art. 306. Conduzir veículo automotor com veículo automotor.
1/3 (um terço) à metade, se o agente: capacidade psicomotora alterada em razão da § 1o Se da prática do crime previsto no caput
I – não possuir Permissão para Dirigir ou Car- influência de álcool ou de outra substância psi- resultar lesão corporal de natureza grave, e as
teira de Habilitação; coativa que determine dependência: circunstâncias demonstrarem que o agente
II – praticá‑lo em faixa de pedestres ou na c Caput com a redação dada pela Lei no 12.760, de não quis o resultado nem assumiu o risco de
calçada; 20-12-2012. produzi‑lo, a pena privativa de liberdade é de
707
4-5-2016.
ou multa. concederão prazo de até um ano para a adap-
Parágrafo único. Aplica‑se o disposto neste tação dos veículos de condução de escolares Arts. 321 e 322. VETADOS.
artigo, ainda que não iniciados, quando da e de aprendizagem às normas do inciso III do Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta
inovação, o procedimento preparatório, o in- artigo 136 e artigo 154, respectivamente. dias, fixará a metodologia de aferição de peso
quérito ou o processo aos quais se refere. Art. 318. VETADO. de veículos, estabelecendo percentuais de to-
c Art. 176, III, deste Código. lerância, sendo durante este período suspensa
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas a vigência das penalidades previstas no inciso
c Art. 347 do CP.
normas pelo CONTRAN, continua em vigor o V do artigo 231, aplicando‑se a penalidade de
Art. 312‑A. Para os crimes relacionados nos disposto no artigo 92 do Regulamento do Có-
vinte UFIR por duzentos quilogramas ou fração
arts. 302 a 312 deste Código, nas situações digo Nacional de Trânsito – Decreto no 62.127,
em que o juiz aplicar a substituição de pena de 16 de janeiro de 1968. de excesso.
privativa de liberdade por pena restritiva de di- c O referido Dec. no 62.127, de 16-1-1968, foi revo- Parágrafo único. Revogado. Lei n 14.599,
o
reitos, esta deverá ser de prestação de serviço à gado pelo Dec. no 10.086, de 5-11-2019. de 19-6-2023.
comunidade ou a entidades públicas, em uma Art. 319‑A. Os valores de multas constantes Art. 324. VETADO.
das seguintes atividades: deste Código poderão ser corrigidos moneta- Art. 325. As repartições de trânsito conserva-
c Caput acrescido pela Lei n o 13.281, de 4-5-2016. riamente pelo CONTRAN, respeitado o limi- rão por, no mínimo, 5 (cinco) anos os docu-
I – trabalho, aos fins de semana, em equipes de te da variação do Índice Nacional de Preços mentos relativos à habilitação de condutores,
resgate dos corpos de bombeiros e em outras ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício ao registro e ao licenciamento de veículos e aos
unidades móveis especializadas no atendimen- anterior. autos de infração de trânsito.
to a vítimas de trânsito; Parágrafo único. Os novos valores decorren- c Caput com a redação dada pela Lei no 13.281, de
c Inciso I acrescido pela Lei n 13.281, de 4-5-2016. tes do disposto no caput serão divulgados pelo
o
4-5-2016.
708
709
709-A
712
Código de Trânsito Brasileiro Anexo I
Rodovia – via rural pavimentada. Triciclo – veículo automotor de 3 (três) rodas, de conservação e processo de deterioração,
Semirreboque – veículo de um ou mais eixos com ou sem cabine, dirigido por condutor em ofereça risco à saúde pública, à segurança
que se apoia na sua unidade tratora ou é a ela posição sentada ou montada, que não possui pública ou ao meio ambiente, independente-
ligado por meio de articulação. as características de ciclomotor. mente de encontrar‑se estacionado em local
Sinais de trânsito – elementos de sinalização c Item acrescido pela Lei no 14.599, de 19-6-2023. permitido.
viária que se utilizam de placas, marcas viárias, Ultrapassagem – movimento de passar à fren‑ c Item acrescido pela Lei no 14.440, de 2-9-2022.
equipamentos de controle luminosos, dispo‑ te de outro veículo que se desloca no mesmo Veículo especial – veículo de passageiro, de
sitivos auxiliares, apitos e gestos, destinados sentido, em menor velocidade e na mesma carga, de tração, de coleção ou misto que
exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à possui características diferenciadas para rea-
dos veículos e pedestres. faixa de origem. lização de função especial para a qual são
Sinalização – conjunto de sinais de trânsito Utilitário – veículo misto caracterizado pela necessários arranjos específicos da carroceria
e dispositivos de segurança colocados na via versatilidade do seu uso, inclusive fora de e/ou equipamento.
pública com o objetivo de garantir sua utili‑ estrada. c Item acrescido pela Lei no 14.599, de 19-6-2023.
zação adequada, possibilitando melhor fluidez
713
Lei Complementar no 73/1993
Seção II tra abuso, erro grosseiro, omissão ou qualquer § 1 o O enunciado da Súmula editado pelo
DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES outra irregularidade funcional dos membros da Advogado‑Geral da União há de ser publica‑
E DOS IMPEDIMENTOS Advocacia‑Geral da União. do no Diário Oficial da União, por três dias
Art. 27. Os membros efetivos da Advoca‑ consecutivos.
TÍTULO IV – DAS CITAÇÕES, DAS § 2o No início de cada ano, os enunciados exis‑
cia‑Geral da União têm os deveres previstos
INTIMAÇÕES E DAS NOTIFICAÇÕES tentes devem ser consolidados e publicados no
na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
sujeitando‑se ainda às proibições e impedi‑ Art. 35. A União é citada nas causas em que Diário Oficial da União.
mentos estabelecidos nesta lei complementar. seja interessada, na condição de autora, ré, Art. 44. Os pareceres aprovados do Advoga‑
Art. 28. Além das proibições decorrentes do assistente, oponente, recorrente ou recorrida, do‑Geral da União inserem‑se em coletânea
exercício de cargo público, aos membros efe‑ na pessoa: denominada “Pareceres da Advocacia‑Geral da
tivos da Advocacia‑Geral da União é vedado: I – do Advogado‑Geral da União, privativamen‑ União”, a ser editada pela Imprensa Nacional.
I – exercer advocacia fora das atribuições ins‑ te, nas hipóteses de competência do Supremo
titucionais; Tribunal Federal; TÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES
II – contrariar súmula, parecer normativo ou II – do Procurador‑Geral da União, nas hipóte‑ GERAIS E FINAIS
orientação técnica adotada pelo Advoga‑ ses de competência dos tribunais superiores; Art. 45. O Regimento Interno da Advocacia‑Ge‑
do‑Geral da União; III – do Procurador‑Regional da União, nas hi‑ ral da União é editado pelo Advogado‑Geral da
III – manifestar‑se, por qualquer meio de di‑ póteses de competência dos demais tribunais; União, observada a presente lei complementar.
vulgação, sobre assunto pertinente às suas IV – do Procurador‑Chefe ou do Procura‑
funções, salvo ordem, ou autorização expressa dor‑Seccional da União, nas hipóteses de com‑ § 1 o O Regimento Interno deve dispor sobre
do Advogado‑Geral da União. petência dos juízos de primeiro grau. a competência, a estrutura e o funcionamen‑
O STF, por maioria, no julgamento da ADIN to da Corregedoria‑Geral da Advocacia da
c
Art. 36. Nas causas de que trata o art. 12, a União, da Procuradoria‑Geral da União, da
n o 4.652, conferiu a este dispositivo interpreta-
ção conforme a Constituição Federal (DOU de União será citada na pessoa: Consultoria‑Geral da União, das Consultorias
20-6-2023). I – VETADO; Jurídicas, do Gabinete do Advogado‑Geral da
Art. 29. É defeso aos membros efetivos da Ad‑ II – do Procurador‑Regional da Fazenda Nacio‑ União e dos Gabinetes dos Secretários‑Gerais,
vocacia‑Geral da União exercer suas funções nal, nas hipóteses de competência dos demais do Centro de Estudos, da Diretoria‑Geral de
em processo judicial ou administrativo: tribunais; Administração e da Secretaria de Controle In‑
I – em que sejam parte; III – do Procurador‑Chefe ou do Procurador‑Sec‑ terno, bem como sobre as atribuições de seus
II – em que hajam atuado como advogado de cional da Fazenda Nacional nas hipóteses de titulares e demais integrantes.
qualquer das partes; competência dos juízos de primeiro grau. § 2o O Advogado‑Geral da União pode conferir,
III – em que seja interessado parente consan‑ Art. 37. Em caso de ausência das autoridades no Regimento Interno, ao Procurador‑Geral da
guíneo ou afim, em linha reta ou colateral, referidas nos arts. 35 e 36, a citação se dará na União e ao Consultor‑Geral da União, atribui‑
até o segundo grau, bem como cônjuge ou pessoa do substituto eventual. ções conexas às que lhe prevê o art. 4 o desta
companheiro; Art. 38. As intimações e notificações são fei‑ lei complementar.
IV – nas hipóteses da legislação processual. tas nas pessoas do Advogado da União ou do § 3 o No Regimento Interno são disciplinados
Art. 30. Os membros efetivos da Advocacia‑Ge‑ Procurador da Fazenda Nacional que oficie nos os procedimentos administrativos concernen‑
ral da União devem dar‑se por impedidos: respectivos autos. tes aos trabalhos jurídicos da Advocacia‑Geral
I – quando hajam proferido parecer favorá‑ da União.
vel à pretensão deduzida em juízo pela parte TÍTULO V – DOS PARECERES E DA SÚMULA Art. 46. É facultado ao Advogado‑Geral
adversa; DA ADVOCACIA‑GERAL DA UNIÃO da União convocar quaisquer dos integran‑
II – nas hipóteses da legislação processual. Art. 39. É privativo do Presidente da Repúbli‑ tes dos órgãos jurídicos que compõem a
Parágrafo único. Nas situações previstas nes‑ ca submeter assuntos ao exame do Advoga‑ Advocacia‑Geral da União, para instruções e
te artigo, cumpre seja dada ciência, ao superior do‑Geral da União, inclusive para seu parecer. esclarecimentos.
hierárquico imediato, em expediente reserva‑ Art. 47. O Advogado‑Geral da União pode
do, dos motivos do impedimento, objetivando Art. 40. Os pareceres do Advogado‑Geral da
União são por este submetidos à aprovação do requisitar servidores dos órgãos ou entidades
a designação de substituto. da Administração Federal, para o desempenho
Presidente da República.
Art. 31. Os membros efetivos da Advoca‑ de cargo em comissão ou atividade outra na
cia‑Geral da União não podem participar de § 1o O parecer aprovado e publicado juntamen‑
Advocacia‑Geral da União, assegurados ao ser‑
comissão ou banca de concurso, intervir no seu te com o despacho presidencial vincula a Ad‑
ministração Federal, cujos órgãos e entidades vidor todos os direitos e vantagens a que faz
julgamento e votar sobre organização de lista jus no órgão ou entidade de origem, inclusive
para promoção ou remoção, quando concorrer ficam obrigados a lhe dar fiel cumprimento.
promoção.
parente consanguíneo ou afim, em linha reta § 2o O parecer aprovado, mas não publicado,
ou colateral, até o segundo grau, bem como obriga apenas as repartições interessadas, a Art. 48. Os cargos da Advocacia‑Geral da
cônjuge ou companheiro. partir do momento em que dele tenham ciência. União integram quadro próprio.
Seção III Art. 41. Consideram‑se, igualmente, pare‑ Art. 49. São nomeados pelo Presidente da
DAS CORREIÇÕES ceres do Advogado‑Geral da União, para os República:
efeitos do artigo anterior, aqueles que, emi‑ I – mediante indicação do Advogado‑Geral
Art. 32. A atividade funcional dos membros
efetivos da Advocacia‑Geral da União está tidos pela Consultoria‑Geral da União, sejam da União, os titulares dos cargos de natureza
sujeita a: por ele aprovados e submetidos ao Presidente especial de Corregedor‑Geral da Advocacia
da República. da União, de Procurador‑Geral da União, de
I – correição ordinária, realizada anualmente Consultor‑Geral da União, de Secretário‑Ge‑
pelo Corregedor‑Geral e respectivos auxiliares; Art. 42. Os pareceres das Consultorias Jurídi‑
ral de Contencioso e de Secretário‑Geral de
II – correição extraordinária, também realizada cas, aprovados pelo Ministro de Estado, pelo
Consultoria, como os titulares dos cargos
pelo Corregedor‑Geral e por seus auxiliares, de Secretário‑Geral e pelos titulares das demais
em comissão de Corregedor‑Auxiliar, de Pro‑
ofício ou por determinação do Advogado‑Ge‑ Secretarias da Presidência da República ou pelo curador Regional, de Consultor da União,
ral da União. Chefe do Estado‑Maior das Forças Armadas, de Procurador‑Chefe e de Diretor‑Geral de
Art. 33. Concluída a correição, o Correge‑ obrigam, também, os respectivos órgãos autô‑ Administração;
dor‑Geral deve apresentar ao Advogado‑Geral nomos e entidades vinculadas. II – mediante indicação do Ministro de Estado,
da União relatório, propondo‑lhe as medidas e Art. 43. A Súmula da Advocacia‑Geral da do Secretário‑Geral ou titular de Secretaria
providências a seu juízo cabíveis. União tem caráter obrigatório quanto a todos da Presidência da República, ou do Chefe do
Art. 34. Qualquer pessoa pode representar ao os órgãos jurídicos enumerados nos arts. 2o e Estado‑Maior das Forças Armadas, os titulares
Corregedor‑Geral da Advocacia da União con‑ 17 desta lei complementar. dos cargos em comissão de Consultor Jurídico;
1168
Lei no 9.430/1996
valor da perda a ser estornado ou adicionado a pessoa jurídica poderá optar pela constitui‑ tes, exceto na hipótese do inciso II do caput
ao lucro líquido para determinação do lucro ção de provisão para créditos de liquidação deste artigo;
real será igual à soma da quantia recebida com duvidosa na forma do art. 43 da Lei no 8.981, II – fica dispensada da obrigação a que se
o saldo a receber renegociado, não sendo apli‑ de 20 de janeiro de 1995, com as alterações refere o § 2 o do art. 26 da Lei n o 9.249, de
cável o disposto no parágrafo anterior. da Lei n o 9.065, de 20 de junho de 1995, ou 26 de dezembro de 1995, quando comprovar
§ 4o Os valores registrados na conta redutora pelos critérios de perdas a que se referem os que a legislação do país de origem do lucro,
arts. 9o a 12. rendimento ou ganho de capital prevê a inci‑
do crédito referida no inciso II do caput pode‑
rão ser baixados definitivamente em contra‑ Saldo de Provisões Existente em 31.12.96 dência do imposto de renda que houver sido
partida à conta que registre o crédito, a partir Art. 14. A partir do ano‑calendário de 1997, pago, por meio do documento de arrecadação
do período de apuração em que se completar ficam revogadas as normas previstas no art. 43 apresentado.
cinco anos do vencimento do crédito sem que da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com § 3o Na hipótese de arbitramento do lucro da
o mesmo tenha sido liquidado pelo devedor. as alterações da Lei no 9.065, de 20 de junho pessoa jurídica domiciliada no Brasil, os lucros,
Encargos Financeiros de Créditos Vencidos de 1995, bem como a autorização para a cons‑ rendimentos e ganhos de capital oriundos do
tituição de provisão nos termos dos artigos exterior serão adicionados ao lucro arbitra‑
Art. 11. Após dois meses do vencimento do citados, contida no inciso I do art. 13 da Lei do para determinação da base de cálculo do
crédito, sem que tenha havido o seu recebi‑ no 9.249, de 26 de dezembro de 1995. imposto.
mento, a pessoa jurídica credora poderá excluir
do lucro líquido, para determinação do lucro § 1o A pessoa jurídica que, no balanço de 31 § 4o Do imposto devido correspondente a lu‑
real, o valor dos encargos financeiros inciden‑ de dezembro de 1996, optar pelos critérios de cros, rendimentos ou ganhos de capital oriun‑
tes sobre o crédito, contabilizado como recei‑ dedução de perdas de que tratam os arts. 9o a dos do exterior não será admitida qualquer
ta, auferido a partir do prazo definido neste 12 deverá, nesse mesmo balanço, reverter os destinação ou dedução a título de incentivo
artigo. saldos das provisões para créditos de liquida‑ fiscal.
ção duvidosa, constituídas na forma do art. 43 Operações de Cobertura
§ 1o Ressalvadas as hipóteses das alíneas a e da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com
b do inciso II do § 1 o do art. 9 o, das alíneas a em Bolsa do Exterior
as alterações da Lei no 9.065, de 20 de junho
e b do inciso II do § 7o do art. 9o e da alínea a de 1995. Art. 17. Serão computados na determinação
do inciso III do § 7o do art. 9o, o disposto neste do lucro real os resultados líquidos, positivos
artigo somente se aplica quando a pessoa jurí‑ § 2o Para a pessoa jurídica que, no balanço de ou negativos, obtidos em operações de co‑
dica houver tomado as providências de caráter 31 de dezembro de 1996, optar pela consti‑ bertura (hedge) realizadas em mercados de
judicial necessárias ao recebimento do crédito. tuição de provisão na forma do art. 43 da Lei liquidação futura, diretamente pela empresa
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 13.097, de
n o 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as brasileira, em bolsas no exterior.
19-1-2015. alterações da Lei no 9.065, de 20 de junho de Parágrafo único. A Secretaria da Receita
1995, a reversão a que se refere o parágrafo Federal e o Banco Central do Brasil expedi‑
§ 2 o Os valores excluídos deverão ser adicio‑ anterior será efetuada no balanço correspon‑
nados no período de apuração em que, para rão instruções para a apuração do resultado
dente ao primeiro período de apuração encer‑ líquido, sobre a movimentação de divisas re‑
os fins legais, se tornarem disponíveis para a rado em 1997, se houver adotado o regime de
pessoa jurídica credora ou em que reconhecida lacionadas com essas operações, e outras que
apuração trimestral, ou no balanço de 31 de se fizerem necessárias à execução do disposto
a respectiva perda. dezembro de 1997 ou da data da extinção, se neste artigo.
§ 3o A partir da citação inicial para o pagamen‑ houver optado pelo pagamento mensal de que
to do débito, a pessoa jurídica devedora deverá c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 11.033, de
trata o art. 2o. 21-12-2004.
adicionar ao lucro líquido, para determinação § 3o Nos casos de incorporação, fusão ou cisão,
do lucro real, os encargos incidentes sobre o Seção V
a reversão de que trata o parágrafo anterior
débito vencido e não pago que tenham sido será efetuada no balanço que servir de base à PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA
deduzidos como despesa ou custo, incorridos apuração do lucro real correspondente. Bens, Serviços e Direitos
a partir daquela data. Adquiridos no Exterior
Seção IV
§ 4o Os valores adicionados a que se refere o Art. 18. Os custos, despesas e encargos relati‑
parágrafo anterior poderão ser excluídos do RENDIMENTOS DO EXTERIOR
vos a bens, serviços e direitos, constantes dos
lucro líquido, para determinação do lucro real, Compensação de Imposto Pago documentos de importação ou de aquisição,
no período de apuração em que ocorra a qui‑ Art. 15. A pessoa jurídica domiciliada no Brasil nas operações efetuadas com pessoa vincula‑
tação do débito por qualquer forma. que auferir, de fonte no exterior, receita decor‑ da, somente serão dedutíveis na determina‑
Créditos Recuperados rente da prestação de serviços efetuada direta‑ ção do lucro real até o valor que não exceda
Art. 12. Deverá ser computado na determi‑ mente poderá compensar o imposto pago no ao preço determinado por um dos seguintes
nação do lucro real o montante dos créditos país de domicílio da pessoa física ou jurídica métodos:
deduzidos que tenham sido recuperados, em contratante, observado o disposto no art. 26 c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de
qualquer época ou a qualquer título, inclusive da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995. 14-6-2023, a partir de 1o-1-2024.
nos casos de novação da dívida ou do arresto Lucros e Rendimentos I – Método dos Preços Independentes Compa‑
dos bens recebidos em garantia real. Art. 16. Sem prejuízo do disposto nos arts. 25, rados – PIC: definido como a média aritmé‑
§ 1o Os bens recebidos a título de quitação do 26 e 27 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de tica ponderada dos preços de bens, serviços
débito serão escriturados pelo valor do crédito 1995, os lucros auferidos por filiais, sucursais, ou direitos, idênticos ou similares, apurados
ou avaliados pelo valor definido na decisão ju‑ controladas e coligadas, no exterior, serão: no mercado brasileiro ou de outros países, em
dicial que tenha determinado sua incorporação I – considerados de forma individualizada, por operações de compra e venda empreendidas
ao patrimônio do credor. filial, sucursal, controlada ou coligada; pela própria interessada ou por terceiros, em
II – arbitrados, os lucros das filiais, sucursais e condições de pagamento semelhantes;
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 12.431, de
24-6-2011. controladas, quando não for possível a deter‑ II – Método do Preço de Revenda menos Lucro
minação de seus resultados, com observância – PRL: definido como a média aritmética pon‑
§ 2o Nas operações de crédito realizadas por derada dos preços de venda, no País, dos bens,
instituições financeiras autorizadas a funcio‑ das mesmas normas aplicáveis às pessoas jurí‑
dicas domiciliadas no Brasil e computados na direitos ou serviços importados, em condições
nar pelo Banco Central do Brasil, nos casos de de pagamento semelhantes e calculados con‑
renegociação de dívida, o reconhecimento da determinação do lucro real.
forme a metodologia a seguir:
receita para fins de incidência de imposto so‑ § 1o Os resultados decorrentes de aplicações
bre a renda e da Contribuição Social sobre o financeiras de renda variável no exterior, em a) preço líquido de venda: a média aritmética
Lucro Líquido ocorrerá no momento do efetivo um mesmo país, poderão ser consolidados ponderada dos preços de venda do bem,
recebimento do crédito. para efeito de cômputo do ganho, na determi‑ direito ou serviço produzido, diminuídos
nação do lucro real. dos descontos incondicionais concedidos,
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 12.715, de dos impostos e contribuições sobre as ven‑
17-9-2012. § 2o Para efeito da compensação de imposto das e das comissões e corretagens pagas;
Disposição Transitória pago no exterior, a pessoa jurídica: b) percentual de participação dos bens, direi‑
Art. 13. No balanço levantado para determina‑ I – com relação aos lucros, deverá apresentar tos ou serviços importados no custo total
ção do lucro real em 31 de dezembro de 1996, as demonstrações financeiras corresponden‑ do bem, direito ou serviço vendido: a rela‑
1300
Lei no 9.430/1996
ção percentual entre o custo médio ponde‑ vorecida, ou que não estejam amparados por fins de cálculo do PRL a margem correspon‑
rado do bem, direito ou serviço importado regimes fiscais privilegiados. dente ao setor da atividade para o qual o bem
e o custo total médio ponderado do bem, c § 6 o com a redação dada pela Lei n o 12.715, de importado tenha sido destinado, observado o
direito ou serviço vendido, calculado em 17-9-2012. disposto no § 14.
conformidade com a planilha de custos da § 6o‑A. Não integram o custo, para efeito do § 14. Na hipótese de um mesmo bem impor‑
empresa; cálculo disposto na alínea b do inciso II do ca- tado ser revendido e aplicado na produção de
c) participação dos bens, direitos ou serviços put, os tributos incidentes na importação e os um ou mais produtos, ou na hipótese de o bem
importados no preço de venda do bem, di‑ gastos no desembaraço aduaneiro. importado ser submetido a diferentes proces‑
reito ou serviço vendido: aplicação do per‑ c § 6 o‑A com a redação dada pela Lei no 12.715, de sos produtivos no Brasil, o preço parâmetro fi‑
centual de participação do bem, direito ou 17-9-2012. nal será a média ponderada dos valores encon‑
serviço importado no custo total, apurada
conforme a alínea b, sobre o preço líquido § 7o A parcela dos custos que exceder ao valor trados mediante a aplicação do método PRL,
de venda calculado de acordo com a alínea determinado de conformidade com este artigo de acordo com suas respectivas destinações.
a; deverá ser adicionada ao lucro líquido, para § 15. No caso de ser utilizado o método PRL,
determinação do lucro real. o preço parâmetro deverá ser apurado consi‑
d) margem de lucro: a aplicação dos percen‑
tuais previstos no § 12, conforme setor § 8o A dedutibilidade dos encargos de depre‑ derando‑se os preços de venda no período em
econômico da pessoa jurídica sujeita ao ciação ou amortização dos bens e direitos fica que os produtos forem baixados dos estoques
controle de preços de transferência, sobre a limitada, em cada período de apuração, ao para resultado.
participação do bem, direito ou serviço im‑ montante calculado com base no preço deter‑ § 16. Na hipótese de importação de commo-
portado no preço de venda do bem, direito minado na forma deste artigo. dities sujeitas à cotação em bolsas de merca‑
ou serviço vendido, calculado de acordo § 9 o O disposto neste artigo não se aplica dorias e futuros internacionalmente reconhe‑
com a alínea c; e aos casos de royalties e assistência técnica, cidas, deverá ser utilizado o Método do Preço
1 e 2. Revogados. Lei no 12.715, de 17-9-2012. científica, administrativa ou assemelhada, os sob Cotação na Importação – PCI definido no
quais permanecem subordinados às condições art. 18‑A.
e) preço parâmetro: a diferença entre o valor
de dedutibilidade constantes da legislação c §§ 10 a 16 com a redação dada pela Lei no 12.715,
da participação do bem, direito ou servi‑ de 17-9-2012.
vigente.
ço importado no preço de venda do bem,
direito ou serviço vendido, calculado con‑ § 10. Relativamente ao método previsto no § 17. Na hipótese do inciso I do § 10, não ha‑
inciso I do caput, as operações utilizadas para vendo operações que representem 5% (cinco
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
forme a alínea c; e a “margem de lucro”,
calculada de acordo com a alínea d; e fins de cálculo devem: por cento) do valor das importações sujeitas ao
III – Método do Custo de Produção mais Lucro I – representar, ao menos, 5% (cinco por cen‑ controle de preços de transferência no período
– CPL: definido como o custo médio pondera‑ to) do valor das operações de importação su‑ de apuração, o percentual poderá ser comple‑
do de produção de bens, serviços ou direitos, jeitas ao controle de preços de transferência, mentado com as importações efetuadas no
idênticos ou similares, acrescido dos impostos empreendidas pela pessoa jurídica, no período ano‑calendário imediatamente anterior, ajus‑
e taxas cobrados na exportação no país onde de apuração, quanto ao tipo de bem, direito tado pela variação cambial do período.
ou serviço importado, na hipótese em que os c § 17 acrescido pela Lei n 12.715, de 17-9-2012.
o
tiverem sido originariamente produzidos, e de
margem de lucro de 20% (vinte por cento), dados utilizados para fins de cálculo digam res‑ Art. 18‑A. O Método do Preço sob Cotação
calculada sobre o custo apurado. peito às suas próprias operações; e na Importação – PCI é definido como os va‑
c Incisos I a III com a redação dada pela Lei II – corresponder a preços independentes lores médios diários da cotação de bens ou
no 12.715, de 17-9-2012. realizados no mesmo ano‑calendário das res‑ direitos sujeitos a preços públicos em bolsas
pectivas operações de importações sujeitas ao de mercadorias e futuros internacionalmente
§ 1 o As médias aritméticas ponderadas dos controle de preços de transferência. reconhecidas.
preços de que tratam os incisos I e II do caput
§ 11. Na hipótese do inciso II do § 10, não ha‑ c Caput com a redação dada pela Lei n 12.715, de
o
e o custo médio ponderado de produção de 17-9-2012.
que trata o inciso III do caput serão calcula‑ vendo preço independente no ano‑calendário
dos considerando‑se os preços praticados e os da importação, poderá ser utilizado preço in‑ c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de
14-6-2023, a partir de 1o-1-2024.
custos incorridos durante todo o período de dependente relativo à operação efetuada no
ano‑calendário imediatamente anterior ao da § 1 Os preços dos bens importados e declara‑
o
apuração da base de cálculo do imposto sobre
a renda a que se referirem os custos, despesas importação, ajustado pela variação cambial do dos por pessoas físicas ou jurídicas residentes
ou encargos. período. ou domiciliadas no País serão comparados com
os preços de cotação desses bens, constantes
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 12.715, de § 12. As margens a que se refere a alínea d do
em bolsas de mercadorias e futuros internacio‑
17-9-2012. inciso II do caput serão aplicadas de acordo
nalmente reconhecidas, ajustados para mais
§ 2o Para efeito do disposto no inciso I, somen‑ com o setor da atividade econômica da pessoa
ou para menos do prêmio médio de mercado,
te serão consideradas as operações de compra jurídica brasileira sujeita aos controles de pre‑
na data da transação, nos casos de importa‑
e venda praticadas entre compradores e ven‑ ços de transferência e incidirão, independen‑
ção de:
dedores não vinculados. temente de submissão a processo produtivo ou
não no Brasil, nos seguintes percentuais: I – pessoas físicas ou jurídicas vinculadas;
§ 3 o Para efeito do disposto no inciso II, so‑ II – residentes ou domiciliadas em países ou
mente serão considerados os preços prati‑ I – 40% (quarenta por cento), para os setores
de: dependências com tributação favorecida; ou
cados pela empresa com compradores não III – pessoas físicas ou jurídicas beneficiadas
vinculados. a) produtos farmoquímicos e farmacêuticos; por regimes fiscais privilegiados.
§ 4o Na hipótese de utilização de mais de um b) produtos do fumo;
c) equipamentos e instrumentos ópticos, fo‑ § 2 Não havendo cotação disponível para o
o
método, será considerado dedutível o maior dia da transação, deverá ser utilizada a última
valor apurado, observado o disposto no pará‑ tográficos e cinematográficos;
grafo subsequente. d) máquinas, aparelhos e equipamentos para cotação conhecida.
uso odontomédico‑hospitalar; § 3o Na hipótese de ausência de identificação
§ 5o Se os valores apurados segundo os méto‑ e) extração de petróleo e gás natural; e da data da transação, a conversão será efe‑
dos mencionados neste artigo forem superio‑ f) produtos derivados do petróleo; tuada considerando‑se a data do registro da
res ao de aquisição, constante dos respectivos
documentos, a dedutibilidade fica limitada ao II – 30% (trinta por cento) para os setores de: declaração de importação de mercadoria.
montante deste último. a) produtos químicos; § 4 o Na hipótese de não haver cotação dos
b) vidros e de produtos do vidro; bens em bolsas de mercadorias e futuros in‑
§ 6o Não integram o custo, para efeito do cál‑ ternacionalmente reconhecidas, os preços dos
culo disposto na alínea b do inciso II do caput, c) celulose, papel e produtos de papel; e
d) metalurgia; e bens importados a que se refere o § 1o pode‑
o valor do frete e do seguro, cujo ônus tenha rão ser comparados com os obtidos a partir de
sido do importador, desde que tenham sido III – 20% (vinte por cento) para os demais fontes de dados independentes fornecidas por
contratados com pessoas: setores. instituições de pesquisa setoriais internacional‑
I – não vinculadas; e § 13. Na hipótese em que a pessoa jurídica de‑ mente reconhecidas.
II – que não sejam residentes ou domiciliadas senvolva atividades enquadradas em mais de c §§ 1o a 4o com a redação dada pela Lei no 12.715,
em países ou dependências de tributação fa‑ um inciso do § 12, deverá ser adotada para de 17-9-2012.
1301
Lei no 9.430/1996
§ 5o A Secretaria da Receita Federal do Brasil do referido país, e de margem de lucro de trinta da considerando‑se a data de embarque dos
Ministério da Fazenda disciplinará a aplicação por cento sobre o preço de venda no varejo; bens exportados.
do disposto neste artigo, inclusive a divulgação IV – Método do Custo de Aquisição ou de Pro‑ § 4o As receitas auferidas nas operações de que
das bolsas de mercadorias e futuros e das ins‑ dução mais Tributos e Lucro – CAP: definido trata o caput ficam sujeitas ao arbitramento
tituições de pesquisas setoriais internacional‑ como a média aritmética dos custos de aquisi‑ de preços de transferência, não se aplicando o
mente reconhecidas para cotação de preços. ção ou de produção dos bens, serviços ou di‑ percentual de 90% (noventa por cento) previs‑
c § 5o acrescido pela Lei no 12.715, de 17-9-2012. reitos, exportados, acrescidos dos impostos e to no caput do art. 19.
Receitas Oriundas de Exportações contribuições cobrados no Brasil e de margem c §§ 1o a 4o com a redação dada pela Lei n o 12.715,
para o Exterior de lucro de quinze por cento sobre a soma dos de 17-9-2012.
custos mais impostos e contribuições.
Art. 19. As receitas auferidas nas operações § 5 o Na hipótese de não haver cotação dos
efetuadas com pessoa vinculada ficam sujeitas § 4o As médias aritméticas de que trata o pa‑ bens em bolsas de mercadorias e futuros in‑
a arbitramento quando o preço médio de ven‑ rágrafo anterior serão calculadas em relação ternacionalmente reconhecidas, os preços dos
da dos bens, serviços ou direitos, nas exporta‑ ao período de apuração da respectiva base bens exportados a que se refere o § 1o poderão
ções efetuadas durante o respectivo período de cálculo do imposto de renda da empresa ser comparados:
de apuração da base de cálculo do imposto brasileira. c Caput do § 5 o com a redação dada pela Lei
de renda, for inferior a noventa por cento do § 5o Na hipótese de utilização de mais de um no 12.715, de 17-9-2012.
preço médio praticado na venda dos mesmos método, será considerado o menor dos valores I – com os obtidos a partir de fontes de dados
bens, serviços ou direitos, no mercado brasilei‑ apurados, observado o disposto no parágrafo independentes fornecidas por instituições de
ro, durante o mesmo período, em condições de subsequente. pesquisa setoriais internacionalmente reco‑
pagamento semelhantes. § 6o Se o valor apurado segundo os métodos nhecidas; ou
c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de mencionados no § 3o for inferior aos preços de II – com os preços definidos por agências ou
14-6-2023, a partir de 1o-1-2024. venda constantes dos documentos de expor‑ órgãos reguladores e publicados no Diário Ofi-
§ 1o Caso a pessoa jurídica não efetue opera‑ tação, prevalecerá o montante da receita re‑ cial da União.
ções de venda no mercado interno, a deter‑ conhecida conforme os referidos documentos. c Incisos I e II acrescidos pela Lei n o 12.715, de
minação dos preços médios a que se refere § 7o A parcela das receitas, apurada segundo o 17-9-2012.
o caput será efetuada com dados de outras disposto neste artigo, que exceder ao valor já § 6o A Secretaria da Receita Federal do Brasil do
empresas que pratiquem a venda de bens, apropriado na escrituração da empresa deverá Ministério da Fazenda disciplinará o disposto
serviços ou direitos, idênticos ou similares, no ser adicionada ao lucro líquido, para determi‑ neste artigo, inclusive a divulgação das bolsas
mercado brasileiro. nação do lucro real, bem como ser computada de mercadorias e futuros e das instituições de
§ 2 o Para efeito de comparação, o preço de na determinação do lucro presumido e do lucro pesquisas setoriais internacionalmente reco‑
venda: arbitrado. nhecidas para cotação de preços.
I – no mercado brasileiro, deverá ser consi‑ § 8o Para efeito do disposto no § 3o, somente c § 6o acrescido pela Lei no 12.715, de 17-9-2012.
derado líquido dos descontos incondicionais serão consideradas as operações de compra e § 7o VETADO. Lei no 12.715, de 17-9-2012.
concedidos, do imposto sobre a circulação venda praticadas entre compradores e vende‑
Art. 20. O Ministro de Estado da Fazenda po‑
de mercadorias e serviços, do imposto sobre dores não vinculados.
derá, em circunstâncias justificadas, alterar os
serviços e das contribuições para a seguridade § 9o Na hipótese de exportação de commodi- percentuais de que tratam os arts. 18 e 19, de
social – COFINS e para o PIS/PASEP; ties sujeitas à cotação em bolsas de mercado‑ ofício ou mediante requerimento conforme o
II – nas exportações, será tomado pelo valor rias e futuros internacionalmente reconheci‑ § 2o do art. 21.
depois de diminuído dos encargos de frete das, deverá ser utilizado o Método do Preço c Artigo com a redação dada pela Lei no 12.715, de
e seguro, cujo ônus tenha sido da empresa sob Cotação na Exportação – PECEX, definido 17-9-2012.
exportadora. no art. 19‑A. c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de
§ 3o Verificado que o preço de venda nas ex‑ c § 9 o com a redação dada pela Lei n o 12.715, de 14-6-2023, a partir de 1o-1-2024.
portações é inferior ao limite de que trata este 17-9-2012.
Art. 20‑A. A partir do ano‑calendário de
artigo, as receitas das vendas nas exportações Art. 19‑A. O Método do Preço sob Cotação 2012, a opção por um dos métodos previstos
serão determinadas tomando‑se por base na Exportação – PECEX é definido como os nos arts. 18 e 19 será efetuada para o ano‑ca‑
o valor apurado segundo um dos seguintes valores médios diários da cotação de bens ou lendário e não poderá ser alterada pelo contri‑
métodos: direitos sujeitos a preços públicos em bolsas buinte uma vez iniciado o procedimento fiscal,
I – Método do Preço de Venda nas Exportações de mercadorias e futuros internacionalmente salvo quando, em seu curso, o método ou al‑
– PVEx: definido como a média aritmética dos reconhecidas. gum de seus critérios de cálculo venha a ser
preços de venda nas exportações efetuadas c Caput com a redação dada pela Lei no 12.715, de desqualificado pela fiscalização, situação esta
pela própria empresa, para outros clientes, ou 17-9-2012. em que deverá ser intimado o sujeito passivo
por outra exportadora nacional de bens, servi‑ c Este artigo estará revogado pela Lei n o 14.596, de para, no prazo de 30 (trinta) dias, apresentar
ços ou direitos, idênticos ou similares, durante 14-6-2023, a partir de 1o-1-2024. novo cálculo de acordo com qualquer outro
o mesmo período de apuração da base de cál‑ § 1o Os preços dos bens exportados e declara‑ método previsto na legislação.
culo do imposto de renda e em condições de dos por pessoas físicas ou jurídicas residentes c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de
pagamento semelhantes; ou domiciliadas no País serão comparados com 14-6-2023, a partir de 1o-1-2024.
II – Método do Preço de Venda por Atacado os preços de cotação dos bens, constantes em § 1o A fiscalização deverá motivar o ato caso
no País de Destino, Diminuído do Lucro – PVA: bolsas de mercadorias e futuros internacional‑ desqualifique o método eleito pela pessoa
definido como a média aritmética dos pre‑ mente reconhecidas, ajustados para mais ou jurídica.
ços de venda de bens, idênticos ou similares, para menos do prêmio médio de mercado, na
data da transação, nos casos de exportação § 2 A autoridade fiscal responsável pela veri‑
o
praticados no mercado atacadista do país de
destino, em condições de pagamento seme‑ para: ficação poderá determinar o preço parâmetro,
lhantes, diminuídos dos tributos incluídos no com base nos documentos de que dispuser, e
I – pessoas físicas ou jurídicas vinculadas; aplicar um dos métodos previstos nos arts. 18
preço, cobrados no referido país, e de margem II – residentes ou domiciliadas em países ou e 19, quando o sujeito passivo, após decorrido
de lucro de quinze por cento sobre o preço de dependências com tributação favorecida; ou o prazo de que trata o caput:
venda no atacado; III – pessoas físicas ou jurídicas beneficiadas
III – Método do Preço de Venda a Varejo no País por regimes fiscais privilegiados. I – não apresentar os documentos que deem
de Destino, Diminuído do Lucro – PVV: definido suporte à determinação do preço praticado
como a média aritmética dos preços de venda § 2 o Não havendo cotação disponível para o nem às respectivas memórias de cálculo para
de bens, idênticos ou similares, praticados no dia da transação, deverá ser utilizada a última apuração do preço parâmetro, segundo o mé‑
mercado varejista do país de destino, em con‑ cotação conhecida. todo escolhido;
dições de pagamento semelhantes, diminuídos § 3o Na hipótese de ausência de identificação II – apresentar documentos imprestáveis ou
dos tributos incluídos no preço, cobrados no da data da transação, a conversão será efetua‑ insuficientes para demonstrar a correção do
1302
Lei no 9.430/1996
cálculo do preço parâmetro pelo método es‑ correspondente à operação, no mínimo o valor IV – a pessoa jurídica domiciliada no exterior
colhido; ou apurado segundo o disposto neste artigo. que seja caracterizada como sua controlada ou
III – deixar de oferecer quaisquer elementos § 2o Para efeito do limite a que se refere este coligada, na forma definida nos §§ 1 o e 2o do
úteis à verificação dos cálculos para apuração artigo, os juros serão calculados com base no art. 243 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro
do preço parâmetro, pelo método escolhido, valor da obrigação ou do direito, expresso na de 1976;
quando solicitados pela autoridade fiscal. moeda objeto do contrato e convertida em V – a pessoa jurídica domiciliada no exterior,
§ 3o A Secretaria da Receita Federal do Brasil reais pela taxa de câmbio, divulgada pelo Ban‑ quando esta e a empresa domiciliada no Brasil
do Ministério da Fazenda definirá o prazo e a co Central do Brasil, para a data do termo final estiverem sob controle societário ou adminis‑
forma de opção de que trata o caput. do cálculo dos juros. trativo comum ou quando pelo menos dez por
cento do capital social de cada uma pertencer
Art. 20‑B. A utilização do método de cálculo § 3o O valor dos encargos que exceder o limi‑ a uma mesma pessoa física ou jurídica;
de preço parâmetro, de que tratam os arts. 18 te referido no caput e a diferença de receita VI – a pessoa física ou jurídica, residente ou
e 19, deve ser consistente por bem, serviço ou apurada na forma do parágrafo anterior serão domiciliada no exterior, que, em conjunto com
direito, para todo o ano‑calendário. adicionados à base de cálculo do imposto de a pessoa jurídica domiciliada no Brasil, tiver
c Arts. 20‑A e 20‑B com a redação dada pela Lei renda devido pela empresa no Brasil, inclusive participação societária no capital social de uma
no 12.715, de 17-9-2012. ao lucro presumido ou arbitrado. terceira pessoa jurídica, cuja soma as caracte‑
c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de
§ 4o Revogado. Lei no 12.715, de 17-9-2012. rizem como controladoras ou coligadas desta,
14-6-2023, a partir de 1o-1-2024.
§ 5o Revogado. Lei no 12.766, de 27-12-2012. na forma definida nos §§ 1o e 2 o do art. 243
Apuração dos Preços Médios da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
Art. 21. Os custos e preços médios a que se § 6o A taxa de que trata o caput será a taxa: VII – a pessoa física ou jurídica, residente ou
referem os arts. 18 e 19 deverão ser apurados I – de mercado dos títulos soberanos da Re‑ domiciliada no exterior, que seja sua associada,
com base em: pública Federativa do Brasil emitidos no mer‑ na forma de consórcio ou condomínio, confor‑
c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de cado externo em dólares dos Estados Unidos me definido na legislação brasileira, em qual‑
14-6-2023, a partir de 1o-1-2024. da América, na hipótese de operações em quer empreendimento;
dólares dos Estados Unidos da América com VIII – a pessoa física residente no exterior que
I – publicações ou relatórios oficiais do go‑
taxa prefixada; for parente ou afim até o terceiro grau, cônju‑
verno do país do comprador ou vendedor ou
II – de mercado dos títulos soberanos da Repú‑ ge ou companheiro de qualquer de seus dire‑
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
declaração da autoridade fiscal desse mesmo
país, quando com ele o Brasil mantiver acordo blica Federativa do Brasil emitidos no mercado tores ou de seu sócio ou acionista controlador
para evitar a bitributação ou para intercâmbio externo em reais, na hipótese de operações em em participação direta ou indireta;
de informações; reais no exterior com taxa prefixada; e IX – a pessoa física ou jurídica, residente ou
II – pesquisas efetuadas por empresa ou ins‑ III – London Interbank Offered Rate – LIBOR domiciliada no exterior, que goze de exclusi‑
tituição de notório conhecimento técnico ou pelo prazo de 6 (seis) meses, nos demais casos. vidade, como seu agente, distribuidor ou con‑
publicações técnicas, em que se especifiquem § 7o O Ministro de Estado da Fazenda poderá cessionário, para a compra e venda de bens,
o setor, o período, as empresas pesquisadas fixar a taxa de que trata o caput na hipótese serviços ou direitos;
e a margem encontrada, bem como identi‑ de operações em reais no exterior com taxa X – a pessoa física ou jurídica, residente ou
fiquem, por empresa, os dados coletados e flutuante. domiciliada no exterior, em relação à qual a
trabalhados. pessoa jurídica domiciliada no Brasil goze de
§ 8o Na hipótese do inciso III do § 6 o, para as exclusividade, como agente, distribuidora ou
§ 1o As publicações, as pesquisas e os relató‑ operações efetuadas em outras moedas nas concessionária, para a compra e venda de
rios oficiais a que se refere este artigo somen‑ quais não seja divulgada taxa Libor própria, bens, serviços ou direitos.
te serão admitidos como prova se houverem deverá ser utilizado o valor da taxa Libor para
sido realizados com observância de métodos depósitos em dólares dos Estados Unidos da Países com Tributação Favorecida
de avaliação internacionalmente adotados e América. Art. 24. As disposições relativas a preços, cus‑
se referirem a período contemporâneo com o § 9o A verificação de que trata este artigo deve tos e taxas de juros, constantes dos arts. 18
de apuração da base de cálculo do imposto de ser efetuada na data da contratação da opera‑ a 22, aplicam‑se, também, às operações efe‑
renda da empresa brasileira. tuadas por pessoa física ou jurídica residente
ção e será aplicada aos contratos celebrados a
§ 2o Admitir‑se‑ão margens de lucro diversas ou domiciliada no Brasil, com qualquer pessoa
partir de 1o de janeiro de 2013.
das estabelecidas nos arts. 18 e 19, desde que física ou jurídica, ainda que não vinculada, re‑
§ 10. Para fins do disposto no § 9 o, a nova‑ sidente ou domiciliada em país que não tribute
o contribuinte as comprove, com base em pu‑ ção e a repactuação são consideradas novos
blicações, pesquisas ou relatórios elaborados a renda ou que a tribute a alíquota máxima
contratos. inferior a vinte por cento.
de conformidade com o disposto neste artigo.
§ 11. O disposto neste artigo será disciplinado Nova redação do dispositivo alterado: “Art.
§ 3o As publicações técnicas, as pesquisas e os
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, in‑ 24. As disposições previstas nos arts. 1 o a
relatórios a que se refere este artigo poderão
clusive quanto às especificações e condições 37 da lei decorrente da conversão da Medi‑
ser desqualificados mediante ato do Secretá‑
de utilização das taxas previstas no caput e no da Provisória no 1.152, de 28 de dezembro
rio da Receita Federal, quando considerados
§ 6 o. de 2022, aplicam‑se também às transações
inidôneos ou inconsistentes.
c §§ 6 o a 11 acrescidos pela Lei n o 12.766, de efetuadas por pessoa física ou jurídica re‑
Juros 27-12-2012. sidente ou domiciliada no Brasil com qual‑
Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa Pessoa Vinculada – Conceito quer entidade, ainda que parte não rela‑
vinculada somente serão dedutíveis para fins cionada, residente ou domiciliada em país
de determinação do lucro real até o montante Art. 23. Para efeito dos arts. 18 a 22, será
considerada vinculada à pessoa jurídica domi‑ que não tribute a renda ou que a tribute a
que não exceda ao valor calculado com base alíquota máxima inferior a 17% (dezessete
em taxa determinada conforme este artigo ciliada no Brasil:
Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de
por cento).”
acrescida de margem percentual a título de c
spread, a ser definida por ato do Ministro de 14-6-2023, a partir de 1o-1-2024. c Caput com a redação dada pela Lei no 14.596, de
14-6-2023, para vigorar a partir de 1o-1-2024.
Estado da Fazenda com base na média de mer‑ I – a matriz desta, quando domiciliada no c Dec. no 3.724, de 10-1-2001, regulamenta o art. 6o
cado, proporcionalizados em função do perío‑ exterior; da LC n o 105, de 10-1-2001, relativamente à re-
do a que se referirem os juros. II – a sua filial ou sucursal, domiciliada no quisição, acesso e uso, pela Secretaria da Receita
c Caput com a redação dada pela Lei no 12.766, de exterior; Federal, de informações referentes a operações e
27-12-2012. III – a pessoa física ou jurídica, residente ou do‑ serviços das instituições financeiras e das entida-
c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de miciliada no exterior, cuja participação societá‑ des a elas equiparadas.
14-6-2023, a partir de 1o-1-2024. ria no seu capital social a caracterize como sua § 1o Para efeito do disposto na parte final deste
§ 1o No caso de mútuo com pessoa vinculada, a controladora ou coligada, na forma definida artigo, será considerada a legislação tributária
pessoa jurídica mutuante, domiciliada no Bra‑ nos §§ 1o e 2o do art. 243 da Lei no 6.404, de do referido país, aplicável às pessoas físicas
sil, deverá reconhecer, como receita financeira 15 de dezembro de 1976; ou às pessoas jurídicas, conforme a natureza
1303
Lei no 9.430/1996
do ente com o qual houver sido praticada a I – não tribute a renda ou a tribute à alíquota § 2o Para fins do disposto no § 1o, poderão ser
operação. máxima inferior a 20% (vinte por cento); considerados no valor contábil, e na proporção
§ 2 o No caso de pessoa física residente no Nova redação do dispositivo alterado: “I deste, os respectivos valores decorrentes dos
Brasil: – não tribute a renda ou que o faça a alí‑ efeitos do ajuste a valor presente de que trata
quota máxima inferior a 17% (dezessete o inciso III do caput do art. 184 da Lei no 6.404,
c Este parágrafo estará revogado pela Lei n o 14.596,
por cento);” de 15 de dezembro de 1976.
de 14-6-2023, a partir de 1o-1-2024.
Inciso I com a redação dada pela Lei no 14.596, de § 3 o Os ganhos decorrentes de avaliação de
I – o valor apurado segundo os métodos de que c
ativo ou passivo com base no valor justo não
14-6-2023, para vigorar a partir de 1o-1-2024.
trata o art. 18 será considerado como custo de integrarão a base de cálculo do imposto, no
aquisição para efeito de apuração de ganho de II – conceda vantagem de natureza fiscal a pes‑
soa física ou jurídica não residente: momento em que forem apurados.
capital na alienação do bem ou direito;
II – o preço relativo ao bem ou direito alienado, a) sem exigência de realização de ativida‑ § 4o Para fins do disposto no inciso II do caput,
para efeito de apuração de ganho de capital, de econômica substantiva no país ou os ganhos e perdas decorrentes de avaliação
será o apurado de conformidade com o dis‑ dependência; do ativo com base em valor justo não serão
posto no art. 19; b) condicionada ao não exercício de ativi‑ considerados como parte integrante do valor
dade econômica substantiva no país ou contábil.
III – será considerado como rendimento tribu‑
tável o preço dos serviços prestados apurado dependência; § 5o O disposto no § 4o não se aplica aos ga‑
de conformidade com o disposto no art. 19; III – não tribute, ou o faça em alíquota máxima nhos que tenham sido anteriormente compu‑
IV – serão considerados como rendimento tri‑ inferior a 20% (vinte por cento), os rendimen‑ tados na base de cálculo do imposto.
butável os juros determinados de conformida‑ tos auferidos fora de seu território; c §§ 1 o a 5 o com a redação dada pela Lei n o 12.973,
de com o art. 22. de 13-5-2014.
Nova redação do dispositivo alterado: “III –
§ 3o Para os fins do disposto neste artigo, con‑ não tribute os rendimentos auferidos fora Opção
siderar‑se‑á separadamente a tributação do de seu território ou o faça a alíquota máxi‑ Art. 26. A opção pela tributação com base
trabalho e do capital, bem como as dependên‑ ma inferior a 17% (dezessete por cento);” no lucro presumido será aplicada em relação
cias do país de residência ou domicílio. c Inciso III com a redação dada pela Lei no 14.596, de a todo o período de atividade da empresa em
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 10.451, de 14-6-2023, para vigorar a partir de 1o-1-2024. cada ano‑calendário.
10-5-2002. IV – não permita o acesso a informações rela‑ § 1 A opção de que trata este artigo será ma‑
o
§ 4o Considera‑se também país ou dependên‑ tivas à composição societária, titularidade de nifestada com o pagamento da primeira ou
cia com tributação favorecida aquele cuja le‑ bens ou direitos ou às operações econômicas única quota do imposto devido corresponden‑
gislação não permita o acesso a informações realizadas. te ao primeiro período de apuração de cada
relativas à composição societária de pessoas c Art. 24‑A acrescido pela Lei n o 11.727, de ano‑calendário.
jurídicas, à sua titularidade ou à identificação 23-6-2008. § 2o A pessoa jurídica que houver iniciado ativi‑
do beneficiário efetivo de rendimentos atribuí‑ Art. 24‑B. O Poder Executivo poderá reduzir dade a partir do segundo trimestre manifestará
dos a não residentes. ou restabelecer os percentuais de que tratam o a opção de que trata este artigo com o paga‑
c § 4o acrescido pela Lei no 11.727, de 23-6-2008. caput do art. 24 e os incisos I e III do parágrafo mento da primeira ou única quota do imposto
único do art. 24‑A, ambos desta Lei. devido relativa ao período de apuração do iní‑
Art. 24‑A. Aplicam‑se às operações realizadas
em regime fiscal privilegiado as disposições Parágrafo único. O uso da faculdade prevista cio de atividade.
relativas a preços, custos e taxas de juros cons‑ no caput deste artigo poderá também ser apli‑ § 3o A pessoa jurídica que houver pago o im‑
tantes dos arts. 18 a 22 desta Lei, nas transa‑ cado, de forma excepcional e restrita, a países posto com base no lucro presumido e que,
ções entre pessoas físicas ou jurídicas residen‑ que componham blocos econômicos dos quais em relação ao mesmo ano‑calendário, alterar
tes e domiciliadas no País com qualquer pessoa o País participe. a opção, passando a ser tributada com base
física ou jurídica, ainda que não vinculada, re‑ c Art. 24‑B acrescido pela Lei n o 11.727, de no lucro real, ficará sujeita ao pagamento de
23-6-2008. multa e juros moratórios sobre a diferença de
sidente ou domiciliada no exterior.
Seção VI
imposto paga a menor.
Nova redação do dispositivo alterado: “Art.
LUCRO PRESUMIDO § 4 A mudança de opção a que se refere o
o
24‑A. As disposições previstas nos arts. 1o a parágrafo anterior somente será admitida
37 da lei decorrente da conversão da Medi‑ Determinação quando formalizada até a entrega da corres‑
da Provisória no 1.152, de 28 de dezembro Art. 25. O lucro presumido será o montante pondente declaração de rendimentos e antes
de 2022, aplicam‑se também às transações determinado pela soma das seguintes parcelas: de iniciado procedimento de ofício relativo a
efetuadas por pessoa física ou jurídica re‑ I – o valor resultante da aplicação dos percen‑ qualquer dos períodos de apuração do respec‑
sidente ou domiciliada no Brasil com qual‑ tuais de que trata o art. 15 da Lei no 9.249, de tivo ano‑calendário.
quer entidade residente ou domiciliada no 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta Seção VII
exterior que seja beneficiária de regime definida pelo art. 12 do Decreto‑Lei no 1.598,
fiscal privilegiado, inclusive na hipótese de LUCRO ARBITRADO
de 26 de dezembro de 1977, auferida no pe‑
parte não relacionada.” ríodo de apuração de que trata o art. 1o, dedu‑ Determinação
c Caput do art. 24‑A com a redação dada pela Lei zida das devoluções e vendas canceladas e dos Art. 27. O lucro arbitrado será o montante de‑
no 14.596, de 14-6-2023, para vigorar a partir de descontos incondicionais concedidos; e terminado pela soma das seguintes parcelas:
1o-1-2024. II – os ganhos de capital, os rendimentos e ga‑ I – o valor resultante da aplicação dos percen‑
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, nhos líquidos auferidos em aplicações financei‑ tuais de que trata o art. 16 da Lei no 9.249, de
considera‑se regime fiscal privilegiado aquele ras, as demais receitas, os resultados positivos 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta
que apresentar uma ou mais das seguintes decorrentes de receitas não abrangidas pelo definida pelo art. 12 do Decreto‑Lei no 1.598,
características: inciso I, com os respectivos valores decorrentes de 26 de dezembro de 1977, auferida no pe‑
do ajuste a valor presente de que trata o inciso ríodo de apuração de que trata o art. 1o, dedu‑
c Caput do parágrafo único com a redação dada pela VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 zida das devoluções e vendas canceladas e dos
Lei no 11.941, de 27-5-2009.
de dezembro de 1976, e demais valores deter‑ descontos incondicionais concedidos; e
Nova redação do dispositivo alterado: “Pa‑ minados nesta Lei, auferidos naquele mesmo II – os ganhos de capital, os rendimentos e ga‑
rágrafo único. Para fins do disposto neste período. nhos líquidos auferidos em aplicações financei‑
artigo, considera‑se regime fiscal privilegia‑ c Incisos I e II com a redação dada pela Lei n o 12.973, ras, as demais receitas, os resultados positivos
do aquele que apresentar, no mínimo, uma de 13-5-2014. decorrentes de receitas não abrangidas pelo
das seguintes características:” § 1o O ganho de capital nas alienações de in‑ inciso I do caput, com os respectivos valores
c Caput do parágrafo único com a redação dada pela vestimentos, imobilizados e intangíveis corres‑ decorrentes do ajuste a valor presente de que
Lei no 14.596, de 14-6-2023, para vigorar a partir ponderá à diferença positiva entre o valor da trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei
de 1o-1-2024. alienação e o respectivo valor contábil. no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e de‑
1304
Lei no 9.504/1997
legível, renunciar ou falecer após o termo final § 3o Os candidatos de coligações majoritárias mento de Campanha (FEFC) e extinguir a propagan-
do prazo do registro ou, ainda, tiver seu regis‑ serão registrados com o número de legenda do da partidária no rádio e na televisão.
tro indeferido ou cancelado. respectivo partido. II – ao percentual do montante total dos re‑
c Art. 101, caput, do CE. c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 14.211, de cursos da reserva específica a programações
1o-10-2021. decorrentes de emendas de bancada estadual
§ 1 A escolha do substituto far‑se‑á na for‑
o
Art. 16. Até vinte dias antes da data das elei‑ impositiva, que será encaminhado no projeto
ma estabelecida no estatuto do partido a que ções, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão de lei orçamentária anual.
pertencer o substituído, e o registro deverá ser ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de cen‑
c Inciso II com a redação dada pela Lei n o 13.877, de
requerido até 10 (dez) dias contados do fato tralização e divulgação de dados, a relação dos 27-9-2019, promulgado nos termos do art. 66, § 5o,
ou da notificação do partido da decisão judicial candidatos às eleições majoritárias e propor‑ da CF (DOU de 13-12-2019, edição extra – A).
que deu origem à substituição. cionais, da qual constará obrigatoriamente a § 1o VETADO. Lei no 13.487, de 6-10-2017.
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 12.034, de referência ao sexo e ao cargo a que concorrem.
29-9-2009. c Caput com a redação dada pela Lei no 13.165, de
§ 2o O Tesouro Nacional depositará os recursos
c Art. 101, §§ 1 o e 2o, do CE. 29-9-2015. no Banco do Brasil, em conta especial à disposi‑
ção do Tribunal Superior Eleitoral, até o primei‑
§ 2o Nas eleições majoritárias, se o candidato c Art. 102, parágrafo único, do CE.
ro dia útil do mês de junho do ano do pleito.
for de coligação, a substituição deverá fazer‑se § 1o Até a data prevista no caput, todos os pe‑
por decisão da maioria absoluta dos órgãos didos de registro de candidatos, inclusive os § 3 Nos quinze dias subsequentes ao depósito,
o
executivos de direção dos partidos coligados, impugnados e os respectivos recursos, devem o Tribunal Superior Eleitoral:
podendo o substituto ser filiado a qualquer estar julgados pelas instâncias ordinárias, e pu‑ I – divulgará o montante de recursos disponí‑
partido dela integrante, desde que o partido blicadas as decisões a eles relativas. veis no Fundo Eleitoral; e
ao qual pertencia o substituído renuncie ao c § 1o com a redação dada pela Lei no 13.165, de II – VETADO. Lei no 13.487, de 6-10-2017.
direito de preferência. 29-9-2015.
c §§ 2 o e 3 o acrescidos pela Lei n o 13.487, de
c Art. 101, § 2 o, do CE. § 2o Os processos de registro de candidaturas 6-10-2017.
terão prioridade sobre quaisquer outros, de‑
§ 3o Tanto nas eleições majoritárias como nas vendo a Justiça Eleitoral adotar as providên‑ §§ 4 a 6 VETADOS. Lei n 13.487, de
o o o
estiverem filiados, acrescido de dois algarismos interpretação conforme a Constituição Federal a § 16. Os partidos podem comunicar ao Tribunal
à direita; este artigo (DOU de 6-6-2023).
Superior Eleitoral até o 1 (primeiro) dia útil
o
III – os candidatos às Assembleias Legislativas e Art. 16‑B. O disposto no art. 16‑A quanto ao do mês de junho a renúncia ao FEFC, vedada
à Câmara Distrital concorrerão com o número direito de participar da campanha eleitoral, a redistribuição desses recursos aos demais
do partido ao qual estiverem filiados acrescido inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito, partidos.
de três algarismos à direita; aplica‑se igualmente ao candidato cujo pedi‑
c § 16 acrescido pela Lei no 13.877, de 27-9-2019.
IV – o Tribunal Superior Eleitoral baixará reso‑ do de registro tenha sido protocolado no prazo
lução sobre a numeração dos candidatos con‑ legal e ainda não tenha sido apreciado pela Art. 16‑D. Os recursos do Fundo Especial de
correntes às eleições municipais. Justiça Eleitoral. Financiamento de Campanha (FEFC), para o
c Art. 100 do CE. c Artigo acrescido pela Lei no 12.891, de 11-12-2013. primeiro turno das eleições, serão distribuídos
Do Fundo Especial de Financiamento entre os partidos políticos, obedecidos os se‑
§ 1o Aos partidos fica assegurado o direito de guintes critérios:
manter os números atribuídos à sua legenda de Campanha (FEFC)
Caput acrescido pela Lei no 13.488, de 6-10-2017.
na eleição anterior, e aos candidatos, nesta Art. 16‑C. O Fundo Especial de Financiamento c
hipótese, o direito de manter os números que de Campanha (FEFC) é constituído por dota‑ I – 2% (dois por cento), divididos igualitaria‑
lhes foram atribuídos na eleição anterior para ções orçamentárias da União em ano eleitoral, mente entre todos os partidos com estatutos
o mesmo cargo. em valor ao menos equivalente: registrados no Tribunal Superior Eleitoral;
c Caput acrescido pela Lei no 13.487, de 6-10-2017. II – 35% (trinta e cinco por cento), divididos
§ 2o Aos candidatos a que se refere o § 1 o do entre os partidos que tenham pelo menos um
artigo 8 o, é permitido requerer novo número I – ao definido pelo Tribunal Superior Eleitoral,
a cada eleição, com base nos parâmetros de‑ representante na Câmara dos Deputados, na
ao órgão de direção de seu partido, indepen‑ proporção do percentual de votos por eles ob‑
finidos em lei;
dentemente do sorteio a que se refere o § 2o tidos na última eleição geral para a Câmara
c Inciso I acrescido pela Lei no 13.487, de 6-10-2017.
do artigo 100 da Lei n o 4.737, de 15 de julho dos Deputados;
c Art. 3o da Lei no 13.487, de 6-10-2017, que altera
de 1965 – Código Eleitoral. as Leis nos 9.504, de 30-9-1997, e 9.096, de 19-9- III – 48% (quarenta e oito por cento), divididos
c Art. 100, § 2o, do CE. 1995, para instituir o Fundo Especial de Financia- entre os partidos, na proporção do número
1344
Lei no 10.522/2002
§ 2o Ato do Advogado‑Geral da União discipli‑ gos, quando o valor pleiteado pelo exequente inscrito em dívida ativa da União, ajuizado ou
nará o disposto neste artigo. for inferior àquele fixado em ato do Ministro não, observadas, no que couber, as disposições
c §§ 1 o e 2 o acrescidos pela Lei n o 13.874, de da Fazenda. da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
20-9-2019. c Artigo acrescido pela Lei no 12.649, de 17-5-2012. c Art. 20‑D acrescido pela Lei no 13.606, de 9-1-2018,
Art. 19‑E. Em caso de empate no julgamento Art. 20‑B. Inscrito o crédito em dívida ativa promulgado nos termos do art. 66, § 5o, da CF (DOU
do processo administrativo de determinação e de 18-4-2018).
da União, o devedor será notificado para, em
exigência do crédito tributário, não se aplica até cinco dias, efetuar o pagamento do valor Art. 20‑E. A Procuradoria‑Geral da Fazenda
o voto de qualidade a que se refere o § 9o do Nacional editará atos complementares para o
atualizado monetariamente, acrescido de ju‑
art. 25 do Decreto n o 70.235, de 6 de março fiel cumprimento do disposto nos arts. 20‑B,
ros, multa e demais encargos nela indicados. 20‑C e 20‑D desta Lei.
de 1972, resolvendo‑se favoravelmente ao
contribuinte. § 1o A notificação será expedida por via eletrô‑ c Art. 20‑E acrescido pela Lei no 13.606, de 9-1-2018.
nica ou postal para o endereço do devedor e Art. 21. Fica isento do pagamento dos hono‑
c Art. 19‑E acrescido pela Lei n o 13.988, de
14-4-2020. será considerada entregue depois de decorri‑ rários de sucumbência o autor da demanda de
dos quinze dias da respectiva expedição. natureza tributária, proposta contra a União
Art. 19‑F. A Procuradoria‑Geral da Fazenda
Nacional poderá contratar, por meio de pro‑ § 2o Presume‑se válida a notificação expedida (Fazenda Nacional), que desistir da ação e
cesso licitatório ou credenciamento, serviços para o endereço informado pelo contribuinte renunciar ao direito sobre que ela se funda,
ou responsável à Fazenda Pública. desde que:
de terceiros para auxiliar sua atividade de
cobrança. § 3 o Não pago o débito no prazo fixado no I – a decisão proferida no processo de conheci‑
caput deste artigo, a Fazenda Pública poderá: mento não tenha transitado em julgado;
§ 1o Os serviços referidos no caput deste artigo II – a renúncia e o pedido de conversão dos
restringem‑se à execução de atos relacionados I – comunicar a inscrição em dívida ativa aos depósitos judiciais em renda da União sejam
à cobrança administrativa da dívida ativa que órgãos que operam bancos de dados e cadas‑ protocolizados até 15 de setembro de 1997.
prescindam da utilização de informações pro‑ tros relativos a consumidores e aos serviços de
tegidas por sigilo fiscal, tais como o contato Art. 22. O pedido poderá ser homologado
proteção ao crédito e congêneres; e pelo juiz, pelo relator do recurso, ou pelo presi‑
com os devedores por via telefônica ou por II – averbar, inclusive por meio eletrônico, a dente do tribunal, ficando extinto o crédito tri‑
meios digitais, e à administração de bens ofe‑ certidão de dívida ativa nos órgãos de registro butário, até o limite dos depósitos convertidos.
recidos em garantia administrativa ou judicial de bens e direitos sujeitos a arresto ou penho‑
ou penhorados em execuções fiscais, incluídas § 1 o Na hipótese de a homologação ser da
ra, tornando‑os indisponíveis.
atividades de depósito, de guarda, de trans‑ competência do relator ou do presidente do
c O STF, nos termos do voto do Min. Luís Roberto tribunal, incumbirá ao autor peticionar ao
porte, de conservação e de alienação desses Barroso (redator para o acórdão), julgou parcial-
bens. juiz de primeiro grau que houver apreciado o
mente procedentes os pedidos formulados nas feito, informando a homologação da renún‑
§ 2o O órgão responsável, no âmbito de suas ADINs nos 5.881, 5.886, 5.890, 5.925, 5.931, 5.932
cia para que este determine, de imediato, a
competências, deverá regulamentar o disposto para considerar inconstitucional a parte final des-
te inciso, onde se lê “tornando‑os indisponíveis”
conversão dos depósitos em renda da União,
neste artigo e definir os requisitos para con‑ independentemente do retorno dos autos do
tratação ou credenciamento, os critérios para (DOU de 17-12-2020).
processo ou da respectiva ação cautelar à vara
seleção das dívidas, o valor máximo admissível Art. 20‑C. A Procuradoria‑Geral da Fazenda de origem.
e a forma de remuneração do contratado, que Nacional poderá condicionar o ajuizamento § 2o A petição de que trata o § 1o deverá conter
poderá ser por taxa de êxito, desde que de‑ de execuções fiscais à verificação de indícios o número da conta a que os depósitos estejam
monstrada a sua maior adequação ao interesse de bens, direitos ou atividade econômica dos vinculados e virá acompanhada de cópia da pá‑
público e às práticas usuais de mercado. devedores ou corresponsáveis, desde que úteis gina do órgão oficial onde tiver sido publicado
c Art. 19‑F acrescido pela Lei n o 14.195, de à satisfação integral ou parcial dos débitos a o ato homologatório.
26-8-2021. serem executados. § 3o Com a renúncia da ação principal deve‑
Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distri‑ Parágrafo único. Compete ao Procura‑ rão ser extintas todas as ações cautelares a ela
buição, por meio de requerimento do Procura‑ dor‑Geral da Fazenda Nacional definir os limi‑ vinculadas, nas quais não será devida verba de
dor da Fazenda Nacional, os autos das execu‑ tes, critérios e parâmetros para o ajuizamento sucumbência.
ções fiscais de débitos inscritos em dívida ativa da ação de que trata o caput deste artigo, ob‑
da União pela Procuradoria‑Geral da Fazenda Art. 23. O ofício para que o depositário proce‑
servados os critérios de racionalidade, econo‑ da à conversão de depósito em renda deverá
Nacional ou por ela cobrados, de valor conso‑ micidade e eficiência.
lidado igual ou inferior àquele estabelecido em ser expedido no prazo máximo de quinze dias,
ato do Procurador‑Geral da Fazenda Nacional. c Arts. 20‑B e 20‑C acrescidos pela Lei no 13.606, de contado da data do despacho judicial que aco‑
9-1-2018. lher a petição.
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.874, de
20-9-2019. Art. 20‑D. Sem prejuízo da utilização das Art. 24. As pessoas jurídicas de direito público
§ 1o Os autos de execução a que se refere este medidas judicias para recuperação e acau‑ são dispensadas de autenticar as cópias repro‑
artigo serão reativados quando os valores dos telamento dos créditos inscritos, se houver gráficas de quaisquer documentos que apre‑
débitos ultrapassarem os limites indicados. indícios da prática de ato ilícito previsto na sentem em juízo.
legislação tributária, civil e empresarial como Art. 25. O termo de inscrição em Dívida Ativa
§ 2o Serão extintas, mediante requerimento do causa de responsabilidade de terceiros por
Procurador da Fazenda Nacional, as execuções da União, bem como o das autarquias e fun‑
parte do contribuinte, sócios, administrado‑ dações públicas federais, a Certidão de Dívida
que versem exclusivamente sobre honorários
res, pessoas relacionadas e demais responsá‑ Ativa dele extraída e a petição inicial em pro‑
devidos à Fazenda Nacional de valor igual ou
inferior a R$ 1.000,00 (mil reais). veis, a Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacio‑ cesso de execução fiscal poderão ser subscritos
nal poderá, a critério exclusivo da autoridade manualmente, ou por chancela mecânica ou
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 11.033, de
21-12-2004. fazendária: eletrônica, observadas as disposições legais.
I – notificar as pessoas de que trata o caput c Caput com a redação dada pela Lei no 11.941, de
§ 3o Revogado. Lei no 13.043, de 13-11-2014. 27-5-2009.
deste artigo ou terceiros para prestar depoi‑
§ 4o No caso de reunião de processos contra mentos ou esclarecimentos; Parágrafo único. O disposto no caput deste
o mesmo devedor, na forma do art. 28 da Lei II – requisitar informações, exames periciais artigo aplica‑se, também, à inscrição em Dívi‑
n o 6.830, de 22 de setembro de 1980, para e documentos de autoridades federais, esta‑ da Ativa e à cobrança judicial da contribuição,
os fins de que trata o limite indicado no ca- multas e demais encargos previstos na legisla‑
duais e municipais, bem como dos órgãos e
put deste artigo, será considerada a soma dos ção respectiva, relativos ao Fundo de Garantia
entidades da Administração Pública direta, in‑
débitos consolidados das inscrições reunidas. do Tempo de Serviço.
direta ou fundacional, de qualquer dos Pode‑
§ 4o acrescido pela Lei no 11.033, de 21-12-2004.
c
res da União, dos Estados, do Distrito Federal Art. 26. Fica suspensa a restrição para transfe‑
Art. 20‑A. Nos casos de execução contra a Fa‑ e dos Municípios; rência de recursos federais a Estados, Distrito
zenda Nacional, é a Procuradoria‑Geral da Fa‑ III – instaurar procedimento administrativo Federal e Municípios destinados à execução de
zenda Nacional autorizada a não opor embar‑ para apuração de responsabilidade por débito ações sociais ou ações em faixa de fronteira,
1414
Lei no 10.637/2002
Art. 45. Nos casos de apuração de excesso de § 2o Para os fins do regime especial referido no Art. 51. O caput do art. 52 da Lei no 9.532, de
custo de aquisição de bens, direitos e serviços, caput, considera‑se receita bruta auferida nas 10 de dezembro de 1997, passa a vigorar com
importados de empresas vinculadas e que se‑ operações de compra e venda de energia elé‑ a seguinte alteração:
jam considerados indedutíveis na determina‑ trica realizadas na forma da regulamentação c Alteração inserida no texto da referida Lei.
ção do lucro real e da base de cálculo da con‑ de que trata o art. 14 da Lei n o 9.648, de 27 Art. 52. O art. 33 do Decreto‑Lei no 1.593, de
tribuição social sobre o lucro líquido, apurados de maio de 1998, com a redação dada pela Lei 21 de dezembro de 1977, passa a vigorar com
na forma do art. 18 da Lei no 9.430, de 27 de no 10.433, de 24 de abril de 2002, para efeitos a seguinte alteração:
dezembro de 1996, a pessoa jurídica deverá de incidência da contribuição para o PIS/PASEP
ajustar o excesso de custo, determinado por “Art. 33. Aplicam‑se as seguintes penalidades, em
e da COFINS, os resultados positivos apurados relação ao selo de controle de que trata o art. 46
um dos métodos previstos na legislação, no mensalmente pela pessoa jurídica optante. da Lei n o 4.502, de 30 de novembro de 1964, na
encerramento do período de apuração, conta‑ § 3 o Na determinação da base de cálculo da ocorrência das seguintes infrações:
bilmente, por meio de lançamento a débito de contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, I – venda ou exposição à venda de produto sem o
conta de resultados acumulados e a crédito de: a pessoa jurídica optante poderá deduzir os selo ou com emprego de selo já utilizado: multa
c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de valores devidos, correspondentes a ajustes de igual ao valor comercial do produto, não inferior a
14-6-2023, a partir de 1o-1-2024. R$ 1.000,00 (mil reais);
contabilizações encerradas de operações de
I – conta do ativo onde foi contabilizada a II – emprego ou posse de selo legítimo não adqui-
compra e venda de energia elétrica, realizadas rido pelo próprio estabelecimento diretamente da
aquisição dos bens, direitos ou serviços e que no âmbito do MAE, quando decorrentes de: repartição fornecedora: multa de R$ 1,00 (um real)
permanecerem ali registrados ao final do pe‑ por unidade, não inferior a R$ 1.000,00 (mil reais);
I – decisão proferida em processo de solução
ríodo de apuração; ou III – emprego de selo destinado a produto nacio-
de conflitos, no âmbito do MAE, da Agência
II – conta própria de custo ou de despesa do nal, quando se tratar de produto estrangeiro, e
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ou em
período de apuração, que registre o valor dos vice‑versa; emprego de selo destinado a produto
bens, direitos ou serviços, no caso de esses ati‑ processo de arbitragem, na forma prevista no diverso; emprego de selo não utilizado ou marcado
vos já terem sido baixados da conta de ativo § 3o do art. 2o da Lei no 10.433, de 24 de abril como previsto em ato da Secretaria da Receita Fe-
que tenha registrado a sua aquisição. de 2002; deral; emprego de selo que não estiver em circula-
II – resolução da Aneel; ção: consideram‑se os produtos como não selados,
§ 1 o No caso de bens classificáveis no ativo III – decisão proferida no âmbito do Poder Ju‑ equiparando‑se a infração à falta de pagamento
permanente e que tenham gerado quotas diciário, transitada em julgado; e do Imposto sobre Produtos Industrializados, que
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
de depreciação, amortização ou exaustão, IV – VETADO. será exigível, além da multa igual a 75% (setenta
no ano‑calendário da importação, o valor do e cinco por cento) do valor do imposto exigido;
excesso de preço de aquisição na importação § 4o A dedução de que trata o § 3o é permiti‑ IV – fabricação, venda, compra, cessão, utilização
deverá ser creditado na conta de ativo em cujas da somente na hipótese em que o ajuste de ou posse, soltos ou aplicados, de selos de controle
quotas tenham sido debitadas, em contrapar‑ contabilização caracterize anulação de receita falsos: independentemente de sanção penal cabí-
sujeita à incidência do PIS/PASEP e da COFINS, vel, multa de R$ 5,00 (cinco reais) por unidade, não
tida à conta de resultados acumulados a que inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), além da
se refere o caput. na forma estabelecida pela Secretaria da Re‑
apreensão dos selos não utilizados e da aplicação
ceita Federal. da pena de perdimento dos produtos em que te-
§ 2o Caso a pessoa jurídica opte por adicionar,
na determinação do lucro real e da base de § 5o Sem prejuízo do disposto nos §§ 3 o e 4o, nham sido utilizados os selos;
cálculo da contribuição social sobre o lucro geradoras de energia elétrica optantes pode‑ V – transporte de produto sem o selo ou com em-
líquido, o valor do excesso apurado em cada rão excluir da base de cálculo da contribuição prego de selo já utilizado: multa igual a 50% (cin-
para o PIS/PASEP e da COFINS o valor da receita quenta por cento) do valor comercial do produto,
período de apuração somente por ocasião da não inferior a R$ 1.000,00 (mil reais).
realização por alienação ou baixa a qualquer auferida com a venda compulsória de energia
§ 1o Aplicar‑se‑á a mesma pena cominada no inciso
título do bem, direito ou serviço adquirido, o elétrica por meio do Mecanismo de Realocação II àqueles que fornecerem a outro estabelecimen-
valor total do excesso apurado no período de de Energia, de que trata a alínea b do parágra‑ to, da mesma pessoa jurídica ou de terceiros, selos
aquisição deverá ser excluído do patrimônio fo único do art. 14 da Lei no 9.648, de 27 de de controle legítimos adquiridos diretamente da
líquido, para fins de determinação da base de maio de 1998, introduzida pela Lei no 10.433, repartição fornecedora.
cálculo dos juros sobre o capital próprio, de de 24 de abril de 2002. § 2o Aplicar‑se‑á ainda a pena de perdimento aos
que trata o art. 9 o da Lei n o 9.249, de 26 de § 6o Aplicam‑se ao regime especial de que tra‑ produtos do código 24.02.20.00 da Tabela de Inci-
dezembro de 1995, alterada pela Lei no 9.430, dência do Imposto sobre Produtos Industrializados
ta este artigo as demais normas aplicáveis às (TIPI):
de 27 de dezembro de 1996. contribuições referidas no caput, observado o I – na hipótese de que tratam os incisos I e V do
§ 3o Na hipótese do § 2o, a pessoa jurídica de‑ que se segue: caput;
verá registrar o valor total do excesso de preço I – em relação ao PIS/PASEP, não se aplica o II – encontrados no estabelecimento industrial,
de aquisição em subconta própria que registre disposto nos arts. 1o a 6o; acondicionados em embalagem destinada a co-
o valor do bem, serviço ou direito adquirido II – em relação aos fatos geradores ocorridos mercialização, sem o selo de controle.
no exterior. até 31 de agosto de 2002, o pagamento dos § 3o Para fins de aplicação das penalidades pre-
vistas neste artigo, havendo a constatação de
Art. 46. O art. 13, caput, e o art. 14, I, da Lei valores devidos correspondentes à COFINS e produtos com selos de controle em desacordo
no 9.718, de 27 de novembro de 1998, passam ao PIS/PASEP poderá ser feito com dispensa de com as normas estabelecidas pela Secretaria da
a vigorar com a seguinte redação: multa e de juros moratórios, desde que efetua‑ Receita Federal, considerar‑se‑á irregular a tota-
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. do em parcela única, até o último dia útil do lidade do lote identificado onde os mesmos foram
mês de setembro de 2002. encontrados.”
Art. 47. A pessoa jurídica integrante do Mer‑
cado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), § 7o VETADO. Art. 53. É proibida a fabricação, em estabele‑
instituído pela Lei n o 10.433, de 24 de abril Art. 48. VETADO. cimento de terceiros, dos produtos do código
de 2002, poderá optar por regime especial de 24.02.20.00 da TIPI.
Art. 49. O art. 74 da Lei no 9.430, de 27 de
tributação, relativamente à contribuição para o Parágrafo único. Aos estabelecimentos
dezembro de 1996, passa a vigorar com a se‑
Programa de Integração Social e de Formação guinte redação: que receberem ou tiverem em seu poder
do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) matérias‑primas, produtos intermediários ou
e à Contribuição para o Financiamento da Se‑ c Alteração inserida no texto da referida Lei. material de embalagem para a fabricação de
guridade Social (COFINS). Art. 50. O caput do art. 6o da Lei no 9.826, de cigarros para terceiros, aplica‑se a penalidade
§ 1o A opção pelo regime especial referido no 23 de agosto de 1999, passa a vigorar com a prevista no inciso II do art. 15 do Decreto‑Lei
caput: seguinte redação: no 1.593, de 21 de dezembro de 1977.
“Art. 6o A exportação de produtos nacionais sem
I – será exercida mediante simples comunica‑ que tenha ocorrido sua saída do território brasi-
Art. 54. O papel para cigarros, em bobinas,
do, nos termos e condições estabelecidos pela leiro somente será admitida, produzindo todos os somente poderá ser vendido, no mercado
Secretaria da Receita Federal; efeitos fiscais e cambiais, quando o pagamento for interno, a estabelecimento industrial fabri‑
II – produzirá efeitos em relação aos fatos ge‑ efetivado em moeda estrangeira de livre conversi- cante de cigarros, classificados no código
radores ocorridos a partir do mês subsequente bilidade e a venda for realizada para: 2402.20.00 da Tabela de Incidência do IPI –
ao do exercício da opção. ...........................................................................” TIPI, ou mortalhas.
1423
023
disposto nesta Lei. 27-7-2010.
da Receita Federal, inscritos na Dívida Ativa da
União, e efetuados a partir de 15 de maio de Art. 67. VETADO. Art. 3 o Para todos os efeitos legais, equi‑
14-6-2
2002, em virtude de norma de caráter exone‑ param‑se a fornecedor, nos termos da Lei
Art. 68. Esta Lei entra em vigor na data de sua no 8.078, de 11 de setembro de 1990, a enti‑
rativo, inclusive nas hipóteses de que tratam publicação, produzindo efeitos:
os arts. 13 e 14 desta Lei, será calculado sobre dade responsável pela organização da compe‑
os valores originalmente devidos, limitado ao I – a partir de 1o de outubro de 2002, em rela‑ tição, bem como a entidade de prática despor‑
7, DE
valor correspondente à multa calculada nos ção aos arts. 29 e 49; tiva detentora do mando de jogo.
termos do § 3o do art. 13. II – a partir de 1 o de dezembro de 2002, em Art. 4o VETADO.
relação aos arts. 1o a 6o e 8o a 11;
14.59
Art. 58. O art. 42 da Lei no 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido III – a partir de 1o de janeiro de 2003, em rela‑ CAPÍTULO II
ção aos arts. 34, 37 a 44, 46 e 48; DA TRANSPARÊNCIA NA ORGANIZAÇÃO
dos seguintes §§ 5o e 6o:
IV – a partir da data da publicação desta Lei, Art. 5 o São asseguradas ao torcedor a publi‑
LEI N o
c Alteração inserida no texto da referida Lei.
em relação aos demais artigos. cidade e transparência na organização das
Art. 59. O art. 23 do Decreto‑Lei no 1.455, de
7 de abril de 1976, passa a vigorar com as se‑ Brasília, 30 de dezembro de 2002; competições administradas pelas entidades de
181o da Independência e administração do desporto, bem como pelas
ADO.
guintes alterações:
114o da República. ligas de que trata o art. 20 da Lei n 9.615, de
o
previstas no caput deste artigo será punido com a redação dada pela Lei no 12.299, de 27-7-2010.
a pena de perdimento das mercadorias. Arts. 6o, § 4o, 9o, caput e § 4o, desta Lei.
-20
sos empregados.
§ 3o A pena prevista no § 1o converte‑se em multa CAPÍTULO I de sua data, local e horário;
7, D
equivalente ao valor aduaneiro da mercadoria que III – o nome e as formas de contato do Ouvidor
DISPOSIÇÕES GERAIS
não seja localizada ou que tenha sido consumida. da Competição de que trata o art. 6o;
.59
§ 4 o O disposto no § 3o não impede a apreensão Art. 1 o Este Estatuto estabelece normas de IV – os borderôs completos das partidas;
14
da mercadoria nos casos previstos no inciso I ou proteção e defesa do torcedor. V – a escalação dos árbitros imediatamente
quando for proibida sua importação, consumo ou após sua definição; e
No
c Alteração inserida no texto da referida Lei. recreativas e associações de torcedores, inclu‑ no 12.299, de 27-7-2010.
sive de seus respectivos dirigentes, bem como
OG
Art. 62. O art. 15 da Lei no 10.451, de 10 de organizam, coordenam ou participam dos local visível, em caracteres facilmente legíveis,
maio de 2002, passa a vigorar com a seguinte eventos esportivos.
redação: do lado externo de todas as entradas do local
c Artigo acrescido pela Lei n o 12.299, de 27-7-2010. onde se realiza o evento esportivo.
“Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
blicação, produzindo efeitos, no caso dos arts. 1o Art. 2 o Torcedor é toda pessoa que aprecie, § 3o O juiz deve comunicar às entidades de que
e 2o, em relação aos fatos geradores ocorridos a apoie ou se associe a qualquer entidade de trata o caput decisão judicial ou aceitação de
1424
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
o Ouvidor da Competição utilizará, prioritaria‑ trata este artigo;
Federais e à Dívida Ativa da União – CPEND.
mente, o mesmo meio de comunicação utiliza‑ III – interrupção das competições por motivo
do pelo torcedor para o encaminhamento de de surtos, epidemias e pandemias que possam § 5 o com a redação dada pela Lei n o 13.155, de
23
c
comprometer a integridade física e o bem‑es‑ 4-8-2015.
sua mensagem.
20
§ 4 o O sítio da internet em que forem publi‑ tar dos atletas, desde que aprovada pela maio‑ §§ 6 o a 8 o VETADOS. Lei n o 13.155, de
-6-
cadas as informações de que trata o § 1 o do ria das agremiações partícipes do evento. 4-8-2015.
14
art. 5 o conterá, também, as manifestações e c Inciso III acrescido pela Lei n 14.117, de 8-1-2021.
o
Art. 11. É direito do torcedor que o árbitro e
DE
propostas do Ouvidor da Competição. § 6o A competição que vier a substituir outra, seus auxiliares entreguem, em até quatro horas
7,
c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 12.299, de segundo o novo calendário anual de eventos contadas do término da partida, a súmula e
.59
desportiva participantes da competição. Art. 10. É direito do torcedor que a partici‑ § 1o Em casos excepcionais, de grave tumulto
EI
Art. 7o É direito do torcedor a divulgação, du‑ pação das entidades de prática desportiva em ou necessidade de laudo médico, os relatórios
.L
rante a realização da partida, da renda obtida competições organizadas pelas entidades de da partida poderão ser complementados em
DO
pelo pagamento de ingressos e do número de que trata o art. 5 seja exclusivamente em vir‑
o
até vinte e quatro horas após o seu término.
GA
espectadores pagantes e não pagantes, por tude de critério técnico previamente definido. § 2o A súmula e os relatórios da partida serão
VO
intermédio dos serviços de som e imagem ins‑ § 1 o Para os fins do disposto neste artigo, elaborados em três vias, de igual teor e forma,
RE
talados no estádio em que se realiza a partida, considera‑se critério técnico a habilitação de devidamente assinadas pelo árbitro, auxiliares
pela entidade responsável pela organização da entidade de prática desportiva em razão de: e pelo representante da entidade responsável
competição. I – colocação obtida em competição anterior; e pela organização da competição.
Art. 8o As competições de atletas profissionais II – cumprimento dos seguintes requisitos: § 3 o A primeira via será acondicionada em
de que participem entidades integrantes da a) regularidade fiscal, atestada por meio de envelope lacrado e ficará na posse de repre‑
organização desportiva do País deverão ser apresentação de Certidão Negativa de Dé‑ sentante da entidade responsável pela orga‑
promovidas de acordo com calendário anual bitos relativos a Créditos Tributários Fede‑ nização da competição, que a encaminhará ao
de eventos oficiais que: rais e à Dívida Ativa da União – CND; setor competente da respectiva entidade até as
I – garanta às entidades de prática desportiva b) apresentação de certificado de regulari‑ treze horas do primeiro dia útil subsequente.
participação em competições durante pelo me‑ dade do Fundo de Garantia do Tempo de § 4o O lacre de que trata o § 3o será assinado
nos dez meses do ano; Serviço – FGTS; e pelo árbitro e seus auxiliares.
II – adote, em pelo menos uma competição de c) comprovação de pagamento dos venci‑
mentos acertados em contratos de traba‑ § 5o A segunda via ficará na posse do árbitro da
âmbito nacional, sistema de disputa em que as
lho e dos contratos de imagem dos atletas. partida, servindo‑lhe como recibo.
equipes participantes conheçam, previamente
ao seu início, a quantidade de partidas que dis‑ c § 1o com a redação dada pela Lei no 13.155, de § 6 o A terceira via ficará na posse do repre‑
putarão, bem como seus adversários. 4-8-2015. sentante da entidade responsável pela orga‑
§ 2o Fica vedada a adoção de qualquer outro nização da competição, que a encaminhará ao
CAPÍTULO III Ouvidor da Competição até as treze horas do
critério, especialmente o convite, observado o
DO REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO primeiro dia útil subsequente, para imediata
disposto no art. 89 da Lei no 9.615, de 24 de
Art. 9 É direito do torcedor que o regulamen‑ março de 1998.
o divulgação.
to, as tabelas da competição e o nome do Ou‑ c Lei no 9.615, de 24-3-1998, institui normas gerais Art. 12. A entidade responsável pela organiza‑
vidor da Competição sejam divulgados até 60 sobre desporto, regulamentada pelo Dec. no 7.984, ção da competição dará publicidade à súmula
(sessenta) dias antes de seu início, na forma do de 8-4-2013. e aos relatórios da partida no sítio de que trata
§ 1o do art. 5o. § 3 o Em campeonatos ou torneios regulares o § 1o do art. 5o até as 14 (quatorze) horas do
c Caput com a redação dada pela Lei no 12.299, de com mais de uma divisão, serão observados o 3o (terceiro) dia útil subsequente ao da realiza‑
27-7-2010. princípio do acesso e do descenso e as seguin‑ ção da partida.
§ 1o Nos dez dias subsequentes à divulgação de tes determinações, sem prejuízo da perda de c Artigo com a redação dada pela Lei no 12.299, de
que trata o caput, qualquer interessado poderá pontos, na forma do regulamento: 27-7-2010.
1425
lência no estádio, qualquer que seja a sua sentes à partida; será realizada em, pelo menos, cinco postos
14
natureza; e IV – disponibilizar uma ambulância para cada de venda localizados em distritos diferentes
DE
IX – não invadir e não incitar a invasão, de qual‑ dez mil torcedores presentes à partida; e da cidade.
quer forma, da área restrita aos competidores; V – comunicar previamente à autoridade de Art. 21. A entidade detentora do mando de
7,
não o da manifestação festiva e amigável. ção de planos de ação referentes a segurança, contra falsificações, fraudes e outras práticas
No
c Inciso X acrescido pela Lei no 12.663, de 5-6-2012. transporte e contingências que possam ocorrer que contribuam para a evasão da receita de‑
EI
Parágrafo único. O não cumprimento das durante a realização de eventos esportivos. corrente do evento esportivo.
.L
condições estabelecidas neste artigo implicará § 1 o Os planos de ação de que trata o caput Art. 22. São direitos do torcedor partícipe:
DO
a impossibilidade de ingresso do torcedor ao serão elaborados pela entidade responsável I – que todos os ingressos emitidos sejam nu‑
GA
recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afas‑ pela organização da competição, com a par‑ merados; e
tamento imediato do recinto, sem prejuízo de
VO
1426
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
sua compatibilidade com a capacidade de pú‑ CAPÍTULO X
§ 2o O disposto no § 1o não se aplica aos casos blico do estádio. DA RELAÇÃO COM A JUSTIÇA DESPORTIVA
de venda antecipada de carnê para um conjun‑
23
to de, no mínimo, três partidas de uma mesma CAPÍTULO VIII Art. 34. É direito do torcedor que os órgãos
20
equipe, bem como na venda de ingresso com DA RELAÇÃO COM A da Justiça Desportiva, no exercício de suas
-6-
redução de preço decorrente de previsão legal. ARBITRAGEM ESPORTIVA funções, observem os princípios da impessoa‑
14
Art. 30. É direito do torcedor que a arbitragem lidade, da moralidade, da celeridade, da publi‑
Art. 25. O controle e a fiscalização do acesso
cidade e da independência.
DE
do público ao estádio com capacidade para das competições desportivas seja independen‑
mais de 10.000 (dez mil) pessoas deverão te, imparcial, previamente remunerada e isenta Art. 35. As decisões proferidas pelos órgãos
7,
contar com meio de monitoramento por ima‑ de pressões. da Justiça Desportiva devem ser, em qualquer
.59
gem das catracas, sem prejuízo do disposto no Parágrafo único. A remuneração do árbitro e hipótese, motivadas e ter a mesma publicidade
14
art. 18 desta Lei. de seus auxiliares será de responsabilidade da que as decisões dos tribunais federais.
No
c Artigo com a redação dada pela Lei no 12.299, de entidade de administração do desporto ou da § 1o Não correm em segredo de justiça os pro‑
liga organizadora do evento esportivo.
EI
CAPÍTULO VI Art. 31. A entidade detentora do mando do § 2 o As decisões de que trata o caput serão
DO
DO TRANSPORTE jogo e seus dirigentes deverão convocar os disponibilizadas no sítio de que trata o § 1o do
agentes públicos de segurança visando a ga‑
GA
art. 5o.
Art. 26. Em relação ao transporte de torcedo‑ rantia da integridade física do árbitro e de seus
VO
torcedor partícipe:
Art. 31‑A. É dever das entidades de adminis‑ Art. 36. São nulas as decisões proferidas que
I – o acesso a transporte seguro e organizado; tração do desporto contratar seguro de vida e não observarem o disposto nos arts. 34 e 35.
II – a ampla divulgação das providências toma‑ acidentes pessoais, tendo como beneficiária a
das em relação ao acesso ao local da partida, equipe de arbitragem, quando exclusivamente CAPÍTULO XI
seja em transporte público ou privado; e no exercício dessa atividade. DAS PENALIDADES
III – a organização das imediações do estádio c Artigo acrescido pela Lei no 12.299, de 27-7-2010. Art. 37. Sem prejuízo das demais sanções cabí‑
em que será disputada a partida, bem como
suas entradas e saídas, de modo a viabilizar, Art. 32. É direito do torcedor que os árbitros veis, a entidade de administração do desporto,
de cada partida sejam escolhidos mediante a liga ou a entidade de prática desportiva que
sempre que possível, o acesso seguro e rápido
sorteio, dentre aqueles previamente selecio‑ violar ou de qualquer forma concorrer para a
ao evento, na entrada, e aos meios de trans‑
nados, ou audiência pública transmitida ao violação do disposto nesta Lei, observado o
porte, na saída.
vivo pela rede mundial de computadores, sob devido processo legal, incidirá nas seguintes
Art. 27. A entidade responsável pela organiza‑ pena de nulidade. sanções:
ção da competição e a entidade de prática des‑ Caput com a redação dada pela Lei no 13.155, de
c I – destituição de seus dirigentes, na hipótese
portiva detentora do mando de jogo solicitarão 4-8-2015. de violação das regras de que tratam os Capí‑
formalmente, direto ou mediante convênio, ao § 1o O sorteio ou audiência pública serão rea‑
Poder Público competente: tulos II, IV e V desta Lei;
lizados no mínimo quarenta e oito horas antes II – suspensão por seis meses dos seus dirigen‑
I – serviços de estacionamento para uso por de cada rodada, em local e data previamente tes, por violação dos dispositivos desta Lei não
torcedores partícipes durante a realização de definidos. referidos no inciso I;
eventos esportivos, assegurando a estes aces‑ c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 13.155, de III – impedimento de gozar de qualquer bene‑
so a serviço organizado de transporte para o 4-8-2015. fício fiscal em âmbito federal; e
estádio, ainda que oneroso; e § 2o O sorteio será aberto ao público, garantida IV – suspensão por seis meses dos repasses de
II – meio de transporte, ainda que oneroso, sua ampla divulgação. recursos públicos federais da administração
para condução de idosos, crianças e pessoas direta e indireta, sem prejuízo do disposto no
portadoras de deficiência física aos estádios, CAPÍTULO IX
art. 18 da Lei n o 9.615, de 24 de março de
partindo de locais de fácil acesso, previamente DA RELAÇÃO COM A ENTIDADE 1998.
determinados. DE PRÁTICA DESPORTIVA
c Lei no 9.615, de 24-3-1998, institui normas gerais
Parágrafo único. O cumprimento do dispos‑ Art. 33. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, sobre desporto, regulamentada pelo Dec. no 7.984,
to neste artigo fica dispensado na hipótese de cada entidade de prática desportiva fará pu‑ de 8-4-2013.
1427
aos competidores, árbitros, fiscais, dirigentes, da realização do evento; Art. 41‑G. Fornecer, desviar ou facilitar a dis‑
organizadores ou jornalistas será impedida,
14
II – portar, deter ou transportar, no interior do tribuição de ingressos para venda por preço
assim como seus associados ou membros, de estádio, em suas imediações ou no seu traje‑
DE
e multa.
c Art. 39‑A com a redação dada pela Lei no 13.912, a prática de violência.
Parágrafo único. A pena será aumentada de
14
de 25-11-2019.
§ 2 o Na sentença penal condenatória, o juiz 1/3 (um terço) até a metade se o agente for
No
Art. 39‑B. A torcida organizada responde ci‑ deverá converter a pena de reclusão em pena
vilmente, de forma objetiva e solidária, pelos servidor público, dirigente ou funcionário de
EI
danos causados por qualquer dos seus associa‑ des do estádio, bem como a qualquer local em
ponsável pela organização da competição, em‑
DO
dos ou membros no local do evento esportivo, que se realize evento esportivo, pelo prazo de
em suas imediações ou no trajeto de ida e volta 3 (três) meses a 3 (três) anos, de acordo com a presa contratada para o processo de emissão,
GA
te ser primário, ter bons antecedentes e não organizada e se utilizar desta condição para os
Art. 39‑B acrescido pela Lei n o 12.299, de
RE
c
ter sido punido anteriormente pela prática de fins previstos neste artigo.
27-7-2010.
condutas previstas neste artigo. c Arts. 41‑B a 41‑G acrescidos pela Lei no 12.299, de
Art. 39‑C. Aplica‑se o disposto nos arts. 39‑A 27-7-2010.
e 39‑B à torcida organizada e a seus associados § 3o A pena impeditiva de comparecimento às
ou membros envolvidos, mesmo que em local proximidades do estádio, bem como a qual‑ CAPÍTULO XII
ou data distintos dos relativos à competição quer local em que se realize evento esportivo, DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
esportiva, nos casos de: converter‑se‑á em privativa de liberdade quan‑
do ocorrer o descumprimento injustificado da Art. 42. O Conselho Nacional de Esportes –
I – invasão de local de treinamento; restrição imposta. CNE promoverá, no prazo de seis meses, con‑
II – confronto, ou induzimento ou auxílio a tado da publicação desta Lei, a adequação do
§ 4o Na conversão de pena prevista no § 2 o, a
confronto, entre torcedores; Código de Justiça Desportiva ao disposto na
sentença deverá determinar, ainda, a obriga‑
III – ilícitos praticados contra esportistas, com‑ Lei no 9.615, de 24 de março de 1998, nesta
toriedade suplementar de o agente permane‑
petidores, árbitros, fiscais ou organizadores Lei e em seus respectivos regulamentos.
cer em estabelecimento indicado pelo juiz, no
de eventos esportivos e jornalistas voltados Lei no 9.615, de 24-3-1998, institui normas gerais
período compreendido entre as 2 (duas) horas c
principal ou exclusivamente à cobertura de sobre desporto, regulamentada pelo Dec. no 7.984,
antecedentes e as 2 (duas) horas posteriores à
competições esportivas, mesmo que, no mo‑ de 8-4-2013.
realização de partidas de entidade de prática
mento, não estejam atuando na competição desportiva ou de competição determinada.
ou diretamente envolvidos com o evento.
Art. 43. Esta Lei aplica‑se apenas ao desporto
§ 5o Na hipótese de o representante do Minis‑ profissional.
c Art. 39‑C acrescido pela Lei n o 13.912, de
25-11-2019.
tério Público propor aplicação da pena restriti‑ Art. 44. O disposto no parágrafo único do
va de direito prevista no art. 76 da Lei no 9.099, art. 13, e nos arts. 18, 22, 25 e 33 entrará em
Art. 40. A defesa dos interesses e direitos dos de 26 de setembro de 1995, o juiz aplicará a
torcedores em juízo observará, no que couber, vigor após seis meses da publicação desta Lei.
sanção prevista no § 2o.
a mesma disciplina da defesa dos consumi‑ c Lei n o 9.099, de 26-9-1995 (Lei dos Juizados
Art. 45. Esta Lei entra em vigor na data de sua
dores em juízo de que trata o Título III da Lei Especiais). publicação.
no 8.078, de 11 de setembro de 1990. Brasília, 15 de maio de 2003;
Art. 41‑C. Solicitar ou aceitar, para si ou para
c Arts. 81 a 104 do CDC. outrem, vantagem ou promessa de vantagem 182o da Independência e
Art. 41. A União, os Estados, o Distrito Fede‑ patrimonial ou não patrimonial para qualquer 115o da República.
ral e os Municípios promoverão a defesa do ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o Luiz Inácio Lula da Silva
1428
1434
Lei no 10.820/2003
§ 4 o Para a realização das operações referi‑ empregador, ou da instituição financeira man‑ § 3o É vedado ao titular de benefício que reali‑
das nesta Lei, é assegurado ao empregado o tenedora, se responsável pelo desconto, na zar qualquer das operações referidas nesta Lei
direito de optar por instituição consignatária forma do § 5o, e de seus representantes legais. solicitar a alteração da instituição financeira
que tenha firmado acordo com o empregador, c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.097, de pagadora, enquanto houver saldo devedor em
com sua entidade sindical, ou qualquer outra 19-1-2015. amortização.
instituição consignatária de sua livre escolha, c Arts. 539 a 549 do CPC/2015. c §§ 2o e 3o com a redação dada pela Lei n o 10.953,
ficando o empregador obrigado a proceder § 4o No caso de falência do empregador, antes de 27-9-2004.
aos descontos e repasses por ele contratados do repasse das importâncias descontadas dos § 4o É facultada a transferência da consigna‑
e autorizados. mutuários, fica assegurado à instituição con‑ ção do empréstimo, financiamento ou arren‑
§ 5o No caso dos acordos celebrados nos ter‑ signatária o direito de pedir, na forma prevista damento firmado pelo empregado na vigência
mos do § 2o deste artigo, os custos de que trata em lei, a restituição das importâncias retidas. do seu contrato de trabalho quando de sua
o § 2o do art. 3o deverão ser negociados entre o § 5o O acordo firmado entre o empregador e aposentadoria, observadas as condições esta‑
empregador e a entidade sindical, sendo veda‑ a instituição financeira mantenedora poderá belecidas nesta Lei.
da a fixação de custos superiores aos previstos prever que a responsabilidade pelo desconto § 5 o Para os titulares de benefícios de apo‑
pelo mesmo empregador nos acordos referidos de que trata o caput será da instituição finan‑ sentadoria e pensão do Regime Geral de Pre‑
no § 1o deste artigo. ceira mantenedora. vidência Social, os descontos e as retenções
§ 6o Poderá ser prevista nos acordos referidos c § 5 o com a redação dada pela Lei n o 13.097, de referidos no caput deste artigo não poderão
nos §§ 1o e 2o deste artigo, ou em acordo espe‑ 19-1-2015. ultrapassar o limite de 45% (quarenta e cinco
cífico entre a instituição consignatária e o em‑ por cento) do valor dos benefícios, dos quais
Art. 6 o Os titulares de benefícios de apo‑
pregador, a absorção dos custos referidos no 35% (trinta e cinco por cento) destinados ex‑
sentadoria e pensão do Regime Geral de
§ 2o do art. 3o pela instituição consignatária. clusivamente a empréstimos, a financiamen‑
Previdência Social e do benefício de presta‑
§ 7o É vedada aos empregadores, entidades e ção continuada de que trata o art. 20 da Lei tos e a arrendamentos mercantis, 5% (cinco
centrais sindicais a cobrança de qualquer taxa no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, poderão por cento) destinados exclusivamente à amor‑
ou exigência de contrapartida pela celebra‑ autorizar que o Instituto Nacional do Seguro tização de despesas contraídas por meio de
ção ou pela anuência nos acordos referidos Social (INSS) proceda aos descontos referidos cartão de crédito consignado ou à utilização
nos §§ 1o e 2o, bem como a inclusão neles de com a finalidade de saque por meio de cartão
no art. 1 o desta Lei e, de forma irrevogável
cláusulas que impliquem pagamento em seu de crédito consignado e 5% (cinco por cento)
e irretratável, que a instituição financeira
favor, a qualquer título, pela realização das destinados exclusivamente à amortização de
na qual recebam os seus benefícios retenha,
operações de que trata esta Lei, ressalvado o despesas contraídas por meio de cartão con‑
para fins de amortização, valores referentes
disposto no § 2o do art. 3o. signado de benefício ou à utilização com a
ao pagamento mensal de empréstimos, finan‑
§ 8o Fica o empregador ou a instituição con‑ finalidade de saque por meio de cartão con‑
ciamentos, cartões de crédito e operações de signado de benefício.
signatária obrigada a disponibilizar, inclusive arrendamento mercantil por ela concedidos,
em meio eletrônico, a opção de bloqueio de quando previstos em contrato, na forma esta‑ c Caput do § 5 o com a redação dada pela Lei
novos descontos. no 14.601, de 19-6-2023.
belecida em regulamento, observadas as nor‑
c § 8 o com a redação dada pela Lei n o 13.097, de mas editadas pelo INSS e ouvido o Conselho I – a amortização de despesas contraídas por
19-1-2015. Nacional de Previdência Social. meio de cartão de crédito; ou
Art. 5o O empregador será o responsável pelas c Caput com a redação dada pela Lei no 14.431, de II – a utilização com a finalidade de saque por
meio do cartão de crédito.
informações prestadas, pelo desconto dos va‑ 3-8-2022.
c Incisos I e II acrescidos pela Lei n o 13.172, de
lores devidos e pelo seu repasse às instituições § 1 Para os fins do caput, fica o INSS autoriza‑
o
21-10-2015.
consignatárias, que deverá ser realizado até o do a dispor, em ato próprio, sobre:
quinto dia útil após a data de pagamento ao § 5o‑A. Para os titulares do benefício de pres‑
I – as formalidades para habilitação das insti‑ tação continuada de que trata o art. 20 da
mutuário de sua remuneração disponível. tuições e sociedades referidas no art. 1o;
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.097, de II – os benefícios elegíveis, em função de sua
Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei
19-1-2015. Orgânica da Assistência Social), os descon‑
natureza e forma de pagamento; tos e as retenções referidos no caput deste
§ 1o O empregador, salvo disposição contratual III – as rotinas a serem observadas para a pres‑
artigo não poderão ultrapassar o limite de
em contrário, não será corresponsável pelo tação aos titulares de benefícios em manuten‑
35% (trinta e cinco por cento) do valor dos
pagamento dos empréstimos, financiamentos, ção e às instituições consignatárias das infor‑
benefícios, dos quais 30% (trinta por cento)
cartões de crédito e arrendamentos mercantis mações necessárias à consecução do disposto
destinados exclusivamente a empréstimos, a
concedidos aos seus empregados, mas res‑ nesta Lei;
financiamentos e a arrendamentos mercantis
ponderá como devedor principal e solidário IV – os prazos para o início dos descontos au‑
e 5% (cinco por cento) destinados exclusiva‑
perante a instituição consignatária por valores torizados e para o repasse das prestações às
mente à amortização de despesas contraídas
a ela devidos em razão de contratações por instituições consignatárias;
por meio de cartão de crédito consignado ou
ele confirmadas na forma desta Lei e de seu V – o valor dos encargos a serem cobrados
cartão consignado de benefício ou à utiliza‑
regulamento que deixarem, por sua falha ou para ressarcimento dos custos operacionais a
ção com a finalidade de saque por meio de
culpa, de ser retidos ou repassados. ele acarretados pelas operações; e cartão de crédito consignado ou cartão con‑
§ 2 o Na hipótese de comprovação de que o VI – as demais normas que se fizerem neces‑ signado de benefício.
pagamento mensal do empréstimo, financia‑ sárias. c § 5o‑A acrescido pela Lei n o 14.601, de 19-6-2023.
mento, cartão de crédito ou arrendamento § 2o Em qualquer circunstância, a responsabi‑
mercantil tenha sido descontado do mutuário lidade do INSS em relação às operações referi‑ § 6 A instituição financeira que proceder à
o
e não tenha sido repassado pelo empregador, das no caput deste artigo restringe‑se à: retenção de valor superior ao limite estabe‑
ou pela instituição financeira mantenedora, na I – retenção dos valores autorizados pelo be‑ lecido nos §§ 5 e 5 ‑A deste artigo perderá
o o
c §§ 1 o e 2 o com a redação dada pela Lei n o 13.172, bitos contratados pelo segurado; e deste artigo aos titulares da renda mensal
II – manutenção dos pagamentos do titular do vitalícia prevista na Lei n 6.179, de 11 de de‑
o
de 21-10-2015.
§ 3 Na hipótese de ocorrência da situação des‑ benefício na mesma instituição financeira en‑
o zembro de 1974.
crita no § 2o, é cabível o ajuizamento de ação quanto houver saldo devedor nas operações c §§ 6o e 7o com a redação dada pela Lei no 14.601,
de depósito, nos termos do Capítulo II do Títu‑ em que for autorizada a retenção, não caben‑ de 19-6-2023.
lo I do Livro IV da Lei no 5.869, de 11 de janeiro do à autarquia responsabilidade solidária pelos § 8 o Para os benefícios que tenham como
de 1973 – Código de Processo Civil, em face do débitos contratados pelo segurado. requisito para sua concessão a preexistência
1444
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
julho de 1991, passa a vigorar com as seguin‑
não alcançam as armas de fogo das Forças Ar‑ tos previstos neste artigo.
tes alterações:
madas e Auxiliares, bem como as demais que
Alteração inserida no texto da referida Lei. § 4 o A empresa que comercializa armas de
c constem dos seus registros próprios.
fogo, acessórios e munições responde legal‑
Art. 8 o O Poder Executivo regulamentará o CAPÍTULO II
mente por essas mercadorias, ficando registra‑
disposto nesta Lei. das como de sua propriedade enquanto não
DO REGISTRO
Art. 9o Esta Lei entra em vigor na data de sua forem vendidas.
Art. 3 o É obrigatório o registro de arma de
publicação. fogo no órgão competente. § 5 o A comercialização de armas de fogo,
Brasília, 17 de dezembro de 2003; Parágrafo único. As armas de fogo de uso acessórios e munições entre pessoas físicas
182o da Independência e restrito serão registradas no Comando do Exér‑ somente será efetivada mediante autorização
115o da República. cito, na forma do regulamento desta Lei. do SINARM.
Luiz Inácio Lula da Silva Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso per‑ § 6o A expedição da autorização a que se re‑
mitido o interessado deverá, além de declarar fere o § 1o será concedida, ou recusada com a
devida fundamentação, no prazo de 30 (trinta)
a efetiva necessidade, atender aos seguintes
dias úteis, a contar da data do requerimento
requisitos:
LEI No 10.826, do interessado.
Arts. 45, § 9 o, e 54, I, do Dec. n o 9.847, de 25-6-
DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 c
§ 7o O registro precário a que se refere o § 4o
2019, que regulamenta este estatuto para dispor
Dispõe sobre registro, posse e sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e prescinde do cumprimento dos requisitos dos
comercialização de armas de fogo e munição, a comercialização de armas de fogo e de munição incisos I, II e III deste artigo.
sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema § 8o Estará dispensado das exigências constan‑
de Gerenciamento Militar de Armas.
define crimes e dá outras providências. tes do inciso III do caput deste artigo, na forma
I – comprovação de idoneidade, com a apre‑ do regulamento, o interessado em adquirir
c Publicada no DOU de 23-12-2003.
sentação de certidões negativas de anteceden‑ arma de fogo de uso permitido que comprove
c Dec. no 9.847, de 25-6-2019, regulamenta esta lei.
tes criminais fornecidas pela Justiça Federal, estar autorizado a portar arma com as mesmas
CAPÍTULO I Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar res‑ características daquela a ser adquirida.
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS pondendo a inquérito policial ou a processo c § 8o acrescido pela Lei no 11.706, de 19-6-2008.
criminal, que poderão ser fornecidas por meios
Art. 1 o O Sistema Nacional de Armas – SI‑ eletrônicos; Art. 5o O certificado de Registro de Arma de
NARM, instituído no Ministério da Justiça, no c Inciso I com a redação dada pela Lei no 11.706, de Fogo, com validade em todo o território na‑
âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição 19-6-2008. cional, autoriza o seu proprietário a manter a
em todo o território nacional. arma de fogo exclusivamente no interior de
II – apresentação de documento comproba‑
sua residência ou domicílio, ou dependência
Art. 2o Ao SINARM compete: tório de ocupação lícita e de residência certa;
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
III – comprovação de capacidade técnica e de
I – identificar as características e a propriedade desde que seja ele o titular ou o responsável
aptidão psicológica para o manuseio de arma
de armas de fogo, mediante cadastro; de fogo, atestadas na forma disposta no regu‑ legal pelo estabelecimento ou empresa.
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, im‑ lamento desta Lei. c Caput com a redação dada pela Lei no 10.884, de
portadas e vendidas no País; 17-6-2004.
c Art. 3 o, § 2 o, IV, do Dec. n o 9.847, de 25-6-2019,
III – cadastrar as autorizações de porte de arma que regulamenta este estatuto para dispor sobre § 1o O certificado de registro de arma de fogo
de fogo e as renovações expedidas pela Polícia a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a co- será expedido pela Polícia Federal e será prece‑
Federal; mercialização de armas de fogo e de munição e dido de autorização do SINARM.
IV – cadastrar as transferências de proprieda‑ sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema
de Gerenciamento Militar de Armas.
§ 2 o Os requisitos de que tratam os incisos
de, extravio, furto, roubo e outras ocorrências I, II e III do art. 4 o deverão ser comprovados
suscetíveis de alterar os dados cadastrais, in‑ c IN do DPF n 70, de 13-3-2013, estabelece proce-
o
1445
vante de residência fixa, ficando dispensado fogo poderá obter, no Departamento de Polícia provisório pelo prazo que estimar como neces‑
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
1445-A
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
que sofreu a retenção, em relação ao imposto redação dada pela Medida Provisória no 2.158- de 1996.
de renda e às respectivas contribuições. c Este artigo estará revogado pela Lei no 14.596, de
35, de 24 de agosto de 2001, e o art. 18 do 14-6-2023, a partir de 1o-1-2024.
Art. 37. Relativamente aos investimentos mesmo Decreto‑Lei passam a vigorar com a
existentes em 31 de outubro de 2003, fica fa‑ seguinte redação: § 1 o O disposto no caput não se aplica em
cultado ao investidor estrangeiro antecipar o relação às vendas efetuadas para empresa,
“Art. 1 o A fabricação de cigarros classificados
pagamento da Contribuição Provisória sobre no código 2402.20.00 da Tabela de Incidência do
vinculada ou não, domiciliada em país ou de‑
Movimentação ou Transmissão de Valores e de Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, pendência com tributação favorecida, ou cuja
Créditos e Direitos de Natureza Financeira – excetuados os classificados no Ex 01, será exerci- legislação interna oponha sigilo, conforme
CPMF, que seria devida por ocasião da remes‑ da exclusivamente pelas empresas que, dispondo definido no art. 24 da Lei n o 9.430, de 27 de
sa, para o exterior, de recursos financeiros apu‑ de instalações industriais adequadas, mantiverem dezembro de 1996, e art. 4o da Lei no 10.451,
rados na liquidação de operações com ações registro especial na Secretaria da Receita Federal de 10 de maio de 2002.
ou opções de ações adquiridas em bolsa de do Ministério da Fazenda.”
§ 2 o A autorização de que trata o caput se
valores ou em mercado de balcão organizado. “Art. 18. Consideram‑se como produtos estran-
geiros introduzidos clandestinamente no território aplica também na fixação de percentual de
§ 1 o A antecipação do pagamento da CPMF margem de divergência máxima entre o preço
nacional, para todos os efeitos legais, os cigar-
aplica‑se a recursos financeiros não empre‑ ros nacionais destinados à exportação que forem ajustado, a ser utilizado como parâmetro, de
gados exclusivamente, e por todo tempo de encontrados no País, salvo se em trânsito, dire- acordo com os métodos previstos nos arts. 18
permanência no País, em ações ou contratos tamente entre o estabelecimento industrial e os e 19 da Lei n o 9.430, de 27 de dezembro de
referenciados em ações ou índices de ações, destinos referidos no art. 8o, desde que observadas 1996, e o daquele constante na documentação
negociados nos mercados referidos no caput as formalidades previstas para a operação. de importação e exportação.
ou em bolsa de mercadorias e de futuros, des‑ § 1 o Será exigido do proprietário do produto em
de que na data do pagamento da contribuição infração deste artigo o imposto que deixou de ser Art. 46. VETADO.
estejam investidos nesses valores mobiliários. pago, aplicando‑se‑lhe, independentemente de Art. 47. Sem prejuízo do disposto no art. 10
outras sanções cabíveis, a multa de 150% (cento e da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995,
§ 2o A CPMF de que trata este artigo: cinquenta por cento) do seu valor.
e no art. 7o da Lei no 9.959, de 27 de janeiro
I – será apurada mediante lançamento a dé‑ § 2o Se o proprietário não for identificado, consi-
de 2000, o ganho de capital decorrente de
bito, precedido de lançamento a crédito no dera‑se como tal, para os efeitos do § 1o, o possui-
dor, transportador ou qualquer outro detentor do operação, em que o beneficiário seja residente
mesmo valor, em conta‑corrente de depósito
produto.” ou domiciliado em país ou dependência com
do investidor estrangeiro;
tributação favorecida, a que se refere o art. 24
II – terá como base de cálculo o valor corres‑ Art. 41. O art. 54 da Lei no 10.637, de 30 de
pondente à multiplicação da quantidade de dezembro de 2002, passa a vigorar com a se‑ da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996,
ações ou de opções: sujeita‑se à incidência do imposto de renda
guinte redação:
na fonte à alíquota de 25% (vinte e cinco por
a) pelo preço médio ponderado da ação veri‑ c Alteração inserida no texto da referida Lei. cento).
ficado na Bolsa de Valores de São Paulo ou Art. 42. O art. 1 o da Lei n o 8.850, de 28 de
em mercado de balcão organizado, no mês janeiro de 1994, passa a vigorar com a seguin‑ Art. 48. O art. 71 da Lei no 9.430, de 27 de
anterior ao do pagamento; dezembro de 1996, passa a vigorar com a se‑
te redação: guinte redação:
b) pelo preço médio da opção verificado na
“Art. 1o O período de apuração do Imposto sobre Alteração inserida no texto da referida Lei.
Bolsa referida na alínea a, no mês anterior Produtos Industrializados – IPI, incidente nas saí-
c
ao do pagamento da CPMF; das dos produtos dos estabelecimentos industriais Arts. 49 e 50. Revogados. Lei no 11.727, de
III – será retida pela instituição financeira onde ou equiparados a industrial, passa a ser: 23-6-2008.
é mantida a conta‑corrente de que trata o in‑ I – de 1o de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de Art. 51. Revogado. Lei n o 13.097, de
ciso I até o dia 1 o de dezembro de 2003, e 2004: quinzenal; e 19-1-2015.
recolhida até o terceiro dia útil da semana sub‑ II – a partir de 1o de janeiro de 2005: mensal.
sequente à da retenção. Parágrafo único. O disposto nos incisos I e II do ca- Art. 52. Revogado. Lei n o 11.727, de
put não se aplica aos produtos classificados no ca- 23-6-2008.
§ 3o O pagamento da CPMF, nos termos pre‑
vistos neste artigo, dispensa nova incidência
pítulo 22, nas posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 Arts. 53 e 54. Revogados. Lei no 13.097, de
a 87.06 e 87.11 e no código 2402.20.00, da Tabela 19-1-2015.
da contribuição quando da remessa para o de Incidência do IPI – TIPI aprovada pelo Decreto
exterior dos recursos apurados na efetiva liqui‑ no 4.542, de 26 de dezembro de 2002, em relação Art. 55. Revogado. Lei n o 11.727, de
dação das operações. aos quais o período de apuração é decendial.” 23-6-2008.
1457
Lei no 11.457/2007
II – alcançados pelo disposto no art. 12 desta tificações efetuadas em processos abrangidos c) do Seguro Social, instituída pela Lei
Lei. pelo objeto da delegação. no 10.855, de 1o de abril de 2004;
Art. 15. Os incisos XII e XVIII do caput do § 6o Antes de efetivar a transferência de atri‑ d) da Previdência, da Saúde e do Trabalho,
art. 29 da Lei n o 10.683, de 28 de maio de buições decorrente do disposto no § 1o deste instituída pela Lei no 11.355, de 19 de ou‑
2003, passam a vigorar com a seguinte artigo, a Procuradoria‑Geral Federal concluirá tubro de 2006.
redação: os atos que se encontrarem pendentes. Parágrafo único. Fica o Poder Executivo au‑
“Art. 29................................................................. § 7o A inscrição na dívida ativa da União das torizado, de acordo com as necessidades do
............................................................................ contribuições de que trata o art. 3o desta Lei, serviço, a fixar o exercício dos servidores a que
XII – do Ministério da Fazenda o Conselho Mone‑ na forma do caput e do § 1o deste artigo, não se refere o caput deste artigo no órgão ou en‑
tário Nacional, o Conselho Nacional de Política altera a destinação final do produto da respec‑ tidade ao qual estiverem vinculados.
Fazendária, o Conselho de Recursos do Sistema tiva arrecadação.
Financeiro Nacional, o Conselho Nacional de Se‑ Art. 22. As autarquias e fundações públicas
guros Privados, o Conselho de Recursos do Siste‑ Art. 17. O art. 39 da Lei no 8.212, de 24 de federais darão apoio técnico, logístico e finan‑
ma Nacional de Seguros Privados, de Previdência julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte ceiro, pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses
Privada Aberta e de Capitalização, o Conselho de redação: a partir da publicação desta Lei, para que a
Controle de Atividades Financeiras, a Câmara Su‑ c Alterações inseridas no texto da referida Lei. Procuradoria‑Geral Federal assuma, de forma
perior de Recursos Fiscais, os 1o, 2o e 3o Conselhos centralizada, nos termos dos §§ 11 e 12 do
de Contribuintes, o Conselho Diretor do Fundo de Art. 18. Ficam criados na Carreira de Procura‑
Garantia à Exportação – CFGE, o Comitê Brasileiro dor da Fazenda Nacional 1.200 (mil e duzen‑ art. 10 da Lei no 10.480, de 2 de julho de 2002,
de Nomenclatura, o Comitê de Avaliação de Crédi‑ tos) cargos efetivos de Procurador da Fazenda a execução de sua dívida ativa.
tos ao Exterior, a Secretaria da Receita Federal do Nacional. Art. 23. Compete à Procuradoria‑Geral da
Brasil, a Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacional, Fazenda Nacional a representação judicial na
a Escola de Administração Fazendária e até 5 (cin‑ Parágrafo único. Os cargos referidos no ca-
co) Secretarias; put deste artigo serão providos na medida das cobrança de créditos de qualquer natureza
............................................................................ necessidades do serviço e das disponibilidades inscritos em Dívida Ativa da União.
XVIII – do Ministério da Previdência Social o Con‑ de recursos orçamentários, nos termos do § 1o Art. 24. É obrigatório que seja proferida de‑
selho Nacional de Previdência Social, o Conselho do art. 169 da Constituição Federal. cisão administrativa no prazo máximo de 360
de Recursos da Previdência Social, o Conselho (trezentos e sessenta) dias a contar do proto‑
de Gestão da Previdência Complementar e até 2 Art. 18‑A. Compete ao Advogado‑Geral da
União e ao Ministro de Estado da Fazenda, colo de petições, defesas ou recursos adminis‑
(duas) Secretarias;
mediante ato conjunto, distribuir os cargos de trativos do contribuinte.
...........................................................................”
Procurador da Fazenda Nacional pelas 3 (três) §§ 1o e 2o VETADOS.
CAPÍTULO II categorias da Carreira. c Art. 43 da Lei no 14.596, de 14-6-2023, que dispõe
DA PROCURADORIA‑GERAL c Artigo acrescido pela Lei no 11.518, de 5-9-2007. sobre regras de preços de transferência relativas ao
DA FAZENDA NACIONAL Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)
Art. 19. Ficam criadas, na Procuradoria‑Geral e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Art. 16. A partir do 1 o (primeiro) dia do 2 o da Fazenda Nacional, 120 (cento e vinte) Pro‑
(segundo) mês subsequente ao da publicação curadorias Seccionais da Fazenda Nacional, a CAPÍTULO III
desta Lei, o débito original e seus acréscimos serem instaladas por ato do Ministro de Estado DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
legais, além de outras multas previstas em lei, da Fazenda em cidades‑sede de Varas da Justi‑ Art. 25. Passam a ser regidos pelo Decreto
relativos às contribuições de que tratam os ça Federal ou do Trabalho. no 70.235, de 6 de março de 1972:
arts. 2o e 3o desta Lei, constituem dívida ativa Parágrafo único. Para estruturação das Pro‑
da União. I – a partir da data fixada no § 1o do art. 16
curadorias Seccionais a que se refere o caput desta Lei, os procedimentos fiscais e os pro‑
§ 1o A partir do 1o (primeiro) dia do 13o (décimo deste artigo, ficam criados 60 (sessenta) car‑ cessos administrativo‑fiscais de determinação
terceiro) mês subsequente ao da publicação gos em comissão do Grupo Direção e Asses‑ e exigência de créditos tributários referentes
desta Lei, o disposto no caput deste artigo se soramento Superiores DAS-2 e 60 (sessenta) às contribuições de que tratam os arts. 2o e
estende à dívida ativa do Instituto Nacional do DAS-1, a serem providos na medida das neces‑ 3o desta Lei;
Seguro Social – INSS e do Fundo Nacional de sidades do serviço e das disponibilidades de II – a partir da data fixada no caput do art. 16
Desenvolvimento da Educação – FNDE decor‑ recursos orçamentários, nos termos do § 1o do desta Lei, os processos administrativos de con‑
rente das contribuições a que se referem os art. 169 da Constituição Federal. sulta relativos às contribuições sociais mencio‑
arts. 2o e 3o desta Lei. Art. 20. VETADO. nadas no art. 2o desta Lei.
§ 2 o Aplica‑se à arrecadação da dívida ativa Art. 21. Sem prejuízo do disposto no art. 49 § 1 o O Poder Executivo poderá antecipar ou
decorrente das contribuições de que trata o desta Lei e da percepção da remuneração do postergar a data a que se refere o inciso I do
art. 2 o desta Lei o disposto no § 1 o daquele respectivo cargo, será fixado o exercício na caput deste artigo, relativamente a:
artigo. Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacional, a I – procedimentos fiscais, instrumentos de
§ 3o Compete à Procuradoria‑Geral Federal re‑ partir da data fixada no § 1 o do art. 16 des‑ formalização do crédito tributário e prazos
presentar judicial e extrajudicialmente: ta Lei, dos servidores que se encontrarem em processuais;
I – o INSS e o FNDE, em processos que tenham efetivo exercício nas unidades vinculadas ao II – competência para julgamento em 1 a (pri‑
por objeto a cobrança de contribuições pre‑ contencioso fiscal e à cobrança da dívida ativa meira) instância pelos órgãos de deliberação
videnciárias, inclusive nos que pretendam a na Coordenação‑Geral de Matéria Tributária interna e natureza colegiada.
contestação do crédito tributário, até a data da Procuradoria‑Geral Federal, na Procuradoria § 2o Revogado. Lei no 13.670, de 30-5-2018.
prevista no § 1o deste artigo; Federal Especializada junto ao INSS, nos respec‑
tivos órgãos descentralizados ou nas unidades § 3 o Aplicam‑se, ainda, aos processos a que
II – a União, nos processos da Justiça do Tra‑ se refere o inciso II do caput deste artigo os
balho relacionados com a cobrança de contri‑ locais, e forem titulares de cargos integrantes:
arts. 48 e 49 da Lei no 9.430, de 27 de dezem‑
buições previdenciárias, de imposto de renda I – do Plano de Classificação de Cargos insti‑ bro de 1996.
retido na fonte e de multas impostas aos em‑ tuído pela Lei n o 5.645, de 10 dezembro de
pregadores pelos órgãos de fiscalização das 1970, ou do Plano Geral de Cargos do Poder Art. 26. O valor correspondente à compen‑
sação de débitos relativos às contribuições de
relações do trabalho, mediante delegação da Executivo de que trata a Lei no 11.357, de 19
que trata o art. 2o desta Lei será repassado ao
Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacional. de outubro de 2006; Fundo do Regime Geral de Previdência Social
§ 4o A delegação referida no inciso II do § 3 o c Inciso I com a redação dada pela Lei n o 11.501, de no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis,
deste artigo será comunicada aos órgãos judi‑ 11-7-2007. contado da data em que ela for promovida de
ciários e não alcançará a competência prevista II – das Carreiras: ofício ou em que for apresentada a declaração
no inciso II do art. 12 da Lei Complementar a) Previdenciária, instituída pela Lei n 10.355, de compensação.
o
no 73, de 10 de fevereiro de 1993. de 26 de dezembro de 2001; c Caput com a redação dada pela Lei no 13.670, de
§ 5o Recebida a comunicação aludida no § 4o b) da Seguridade Social e do Trabalho, insti‑ 30-5-2018.
deste artigo, serão destinadas à Procurado‑ tuída pela Lei no 10.483, de 3 de julho de Parágrafo único. Revogado. Lei no 13.670,
ria‑Geral Federal as citações, intimações e no‑ 2002; de 30-5-2018.
1556
Lei Complementar no 146/2014 – Prov. do CNJ no 37/2014
Art. 8o O disposto neste Decreto é facultativo to no 46, de 16 de junho de 2015, para fins de próprio, expedindo‑se a certidão correspon‑
para o Microempreendedor Individual – MEI a busca nacional unificada. dente aos companheiros.
que se refere a Lei Complementar n o 123, de § 3 o Os títulos admitidos para registro ou § 2o As informações de identificação dos ter‑
14 de dezembro de 2006, optante do Simples averbação na forma deste Provimento po‑ mos deverão ser inseridas em ferramenta dis‑
Nacional. dem ser: ponibilizada pela CRC.
Art. 9o A Microempresa e a Empresa de Peque‑ I – sentenças declaratórias do reconhecimen‑ § 3o Por ser facultativo, o registro do termo
no Porte a que se refere a Lei Complementar to e de dissolução da união estável; declaratório dependerá de requerimento
no 123, de 2006, optantes do Simples Nacio‑ II – escrituras públicas declaratórias de reco‑ conjunto dos companheiros.
nal, poderão informar apenas a alíquota a que nhecimento da união estável; § 4o Quando requerido, o oficial que formali‑
se encontram sujeitas nos termos do referido III – escrituras públicas declaratórias de disso‑ zou o termo declaratório deverá encaminhar
regime, desde que acrescida de percentual ou lução da união estável nos termos do art. 733 o título para registro ao ofício competente,
valor nominal estimado a título de IPI, substi‑ da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Có‑ por meio da CRC.
tuição tributária e outra incidência tributária digo de Processo Civil);
anterior monofásica eventualmente ocorrida. IV – termos declaratórios de reconhecimento § 5o É vedada a lavratura de termo declara‑
tório de união estável havendo um anterior
Art. 10. O Ministério da Fazenda, o Ministério e de dissolução de união estável formalizados
perante o oficial de registro civil das pessoas lavrado com os mesmos companheiros, de‑
da Justiça e a Secretaria da Micro e Pequena
naturais, exigida a assistência de advogado vendo o oficial consultar a CRC previamente
Empresa da Presidência da República editarão
ou de defensor público no caso de dissolução à lavratura e consignar o resultado no termo.
normas complementares para a execução do
disposto neste Decreto, no âmbito de suas da união estável nos termos da aplicação ana‑ c §§ 1o a 5o acrescidos pelo Prov. do CNJ no 141, de
lógica do art. 733 da Lei no 13.105, de 2015 16-3-2023.
competências.
(Código de Processo Civil) e da Resolução § 6o Enquanto não for editada legislação es‑
Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data
n o 35, de 24 de abril de 2007, do Conselho pecífica no âmbito dos Estados e do Distrito
de sua publicação.
Nacional de Justiça. Federal, o valor dos emolumentos para:
Brasília, 5 de junho de 2014; Caput do § 6o acrescido pelo Prov. do CNJ no 141,
193o da Independência e § 4 o O registro de reconhecimento ou de c
dissolução da união estável somente poderá de 16-3-2023.
126o da República.
indicar as datas de início ou de fim da união I – os termos declaratórios de reconhecimento
Dilma Rousseff estável se estas constarem de um dos seguin‑ ou de dissolução da união estável serão de
tes meios: 50% (cinquenta por cento) do valor previs‑
I – decisão judicial, respeitado, inclusive, o to para o procedimento de habilitação de
disposto no § 2o do art. 7o deste Provimento; casamento;
LEI COMPLEMENTAR No 146,
DE 25 DE JUNHO DE 2014 II – procedimento de certificação eletrônica c Inciso I com a redação dada pelo Prov. do CNJ
de união estável realizado perante oficial de no 146, de 26-6-2023.
Estende a estabilidade provisória prevista II – o procedimento de certificação eletrônica
registro civil na forma do art. 9o‑F deste Pro‑
na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das da união estável de que trata o art. 9o‑F deste
vimento; ou
Disposições Constitucionais Transitórias à Provimento será de 50% (cinquenta por cen‑
III – escrituras públicas ou termos declarató‑
trabalhadora gestante, nos casos de morte to) do valor previsto para o procedimento de
rios de reconhecimento ou de dissolução de
desta, a quem detiver a guarda de seu filho. habilitação de casamento.
união estável, desde que:
c Publicada no DOU de 26-6-2014.
a) a data de início ou, se for o caso, do fim c Inciso II acrescido pelo Prov. do CNJ no 141, de
Art. 1o O direito prescrito na alínea b do inciso da união estável corresponda à data da 16-3-2023.
II do art. 10 do Ato das Disposições Constitu‑ lavratura do instrumento; e Art. 2o O registro dos títulos de declaração
cionais Transitórias, nos casos em que ocorrer b) os companheiros declarem expressamente de reconhecimento ou de dissolução da união
o falecimento da genitora, será assegurado a esse fato no próprio instrumento ou em estável será feito no Livro E do registro civil
quem detiver a guarda do seu filho. declaração escrita feita perante o oficial de pessoas naturais em que os companheiros
Art. 2o Esta Lei Complementar entra em vigor de registro civil das pessoas naturais quan‑ têm ou tiveram sua última residência, e dele
na data de sua publicação. do do requerimento do registro. deverão constar, no mínimo:
Brasília, 25 de junho de 2014; § 5o Fora das hipóteses do § 4o deste artigo, c Caput com a redação dada pelo Prov. do CNJ
193o da Independência e o campo das datas de início ou, se for o caso, no 146, de 26-6-2023.
126o da República. de fim da união estável no registro constará a a g) Revogadas. Prov. do CNJ n o 141, de
Dilma Rousseff como “não informado”. 16-3-2023.
§ 6o Havendo nascituro ou filhos incapazes, I – as informações indicadas nos incisos I a VIII
a dissolução da união estável somente será do art. 94‑A da Lei no 6.015, de 31 de dezem‑
possível por meio de sentença judicial. bro de 1973;
PROVIMENTO DO CNJ No 37, II – data do termo declaratório e serventia de
§ 7 o É vedada a representação de qualquer
DE 7 DE JULHO DE 2014 registro civil das pessoas naturais em que for‑
dos companheiros por curador ou tutor, salvo
Dispõe sobre o registro de união autorização judicial. malizado, quando for o caso;
estável, no Livro “E”, por Oficial de c §§ 1o a 7o acrescidos pelo Prov. do CNJ no 141, de
III – caso se trate da hipótese do § 2 o do
Registro Civil das Pessoas Naturais. 16-3-2023. art. 94‑A da Lei no 6.015, de 1973:
c Publicado no DJe de 11-7-2014. Art. 1 o‑A. O título de que trata o inciso IV a) a indicação do país em que foi lavrado o
CAPÍTULO I do § 3o do art. 1o deste Provimento consisti‑ título estrangeiro envolvendo união está‑
vel com, ao menos, um brasileiro; e
DO REGISTRO DA UNIÃO ESTÁVEL rá em declaração, por escrito, de ambos os b) a indicação do país em que os companhei‑
companheiros perante o ofício de registro
c Capítulo I acrescido pelo Prov. do CNJ no 141, de ros tinham domicílio ao tempo do início
16-3-2023.
civil das pessoas naturais de sua livre escolha,
com a indicação de todas as cláusulas admi‑ da união estável e, no caso de serem dife‑
Art. 1o É facultativo o registro da união estável tidas nos demais títulos, inclusive a escolha rentes, a indicação do primeiro domicílio
prevista nos artigos 1.723 a 1.727 do Código de regime de bens na forma do art. 1.725 da convivencial;
Civil, mantida entre o homem e a mulher, ou Lei no 10.406, de 2002 (Código Civil), e de ine‑ IV – data de início e de fim da união estável,
entre duas pessoas do mesmo sexo. xistência de lavratura de termo declaratório desde que corresponda à data indicada na
§ 1 o O registro de que trata o caput confe‑ anterior. forma do art. 1o, §§ 4o e 5o, deste Provimento.
re efeitos jurídicos à união estável perante c Caput acrescido pelo Prov. do CNJ n o 141, de c Incisos I a IV acrescidos pelo Prov. do CNJ no 141,
terceiros. 16-3-2023. de 16-3-2023.
§ 2o Os oficiais deverão manter atualizada a § 1 o Lavrado o termo declaratório, o título § 1 o Na hipótese do inciso III deste artigo,
Central de Informações de Registro Civil das ficará arquivado na serventia, preferencial‑ somente será admitido o registro de título
Pessoas Naturais (CRC), prevista no Provimen‑ mente de forma eletrônica, em classificador estrangeiro, se este expressamente referir‑se
1644
Provimento do CNJ no 37/2014
à união estável regida pela legislação brasi‑ § 2 o As comunicações previstas neste artigo neiro de 2002 (Código Civil) – e/ou quando as
leira ou se houver sentença de juízo brasilei‑ deverão ser efetuadas por meio da CRC. certidões mencionadas nos incisos I a III do
ro reconhecendo a equivalência do instituto c §§ 1 o e 2 o com a redação dada pelo Prov. do CNJ art. 9 ‑B deste Provimento forem positivas,
o
1644-A
Ato do TST no 491/2014
CAPÍTULO III § 5 o O regime de bens a ser indicado no as‑ ses dos incisos I e III do § 4o do art. 1o deste
DA CONVERSÃO DA UNIÃO sento de conversão de união estável em casa‑ Provimento.
ESTÁVEL EM CASAMENTO mento deverá ser: Art. 9o‑G. O falecimento da parte no curso do
c Capítulo III acrescido pelo Prov. do CNJ no 141, de I – o mesmo do consignado: procedimento de habilitação não impedirá a
16-3-2023. a) em um dos títulos indicados no § 3o do lavratura do assento de conversão de união
Art. 9o‑C. No assento de conversão de união art. 1o deste Provimento, se houver; ou estável em casamento, se estiver em termos
estável em casamento, deverá constar os b) no pacto antenupcial ou na declaração de o pedido (art. 70‑A, § 7o, da Lei no 6.015, de
requisitos dos arts. 70 e 70‑A, § 4 o, da Lei que trata o § 2o deste artigo. 1973).
no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, além, II – o regime da comunhão parcial de bens nas Parágrafo único. Para efeito deste artigo,
se for o caso, destes dados: demais hipóteses. considera‑se em termos o pedido quando
I – registro anterior da união estável, com es‑ houver pendências não essenciais, assim en‑
§ 6o Para efeito do art. 1.657 do Código Civil, tendidas aquelas que não elidam a firmeza da
pecificação dos seus dados de identificação o título a ser registrado em livro especial no
(data, livro, folha e ofício) e a individualiza‑ vontade dos companheiros quanto à conver‑
Registro de Imóveis do domicílio do cônjuge são e que possam ser sanadas pelos herdeiros
ção do título que lhe deu origem; será o pacto antenupcial ou, se este não hou‑
II – o regime de bens que vigorava ao tempo do falecido.
ver na forma do § 1o deste artigo, será um
da união estável na hipótese de ter havido dos títulos indicados no § 3o do art. 1o deste c Arts. 9 o‑C a 9 o‑G acrescidos pelo Prov. do CNJ
alteração no momento da conversão em casa‑ no 141, de 16-3-2023.
Provimento em conjunto com a certidão da
mento, desde que o referido regime estivesse conversão da união estável em casamento. Art. 10. Este Provimento não revoga as normas
indicado em anterior registro de união está‑ editadas pelas Corregedorias Gerais da Justiça,
vel ou em um dos títulos indicados no § 3o do Art. 9 o ‑E. A conversão extrajudicial da no que forem compatíveis.
art. 1o deste Provimento; união estável em casamento é facultativa e
não obrigatória, cabendo sempre a via judi‑ Art. 11. As Corregedorias Gerais da Justiça
III – a data de início da união estável, desde deverão dar ciência deste Provimento aos
que observado o disposto no art. 1o, §§ 4o e 5o, cial, por exercício da autonomia privada das
partes. Juízes Corregedores, ou Juízes que na forma
deste Provimento; da organização local forem competentes para
IV – a seguinte advertência no caso de o regi‑ Art. 9 o‑F. O procedimento de certificação a fiscalização dos serviços extrajudiciais de
me de bens vigente durante a união estável eletrônica de união estável realizado peran‑ notas e de registro, e aos responsáveis pelas
ser diferente do adotado após a conversão te oficial de registro civil autoriza a indicação unidades do serviço extrajudicial de notas e
desta em casamento: “este ato não prejudi‑ das datas de início e, se for o caso, de fim de registro.
cará terceiros de boa‑fé, inclusive os credores da união estável no registro e é de natureza
dos companheiros cujos créditos já existiam facultativa (art. 70‑A, § 6o, Lei n o 6.015, de Art. 12. Este Provimento entrará em vigor na
antes da alteração do regime”. 1973). data de sua publicação.
Art. 9 o‑D. O regime de bens na conversão § 1 o O procedimento inicia‑se com pedido Brasília, 7 de julho de 2014.
da união estável em casamento observará os expresso dos companheiros para que conste Conselheiro Guilherme Calmon
preceitos da lei civil, inclusive quanto à for‑ do registro as datas de início ou de fim da
ma exigida para a escolha de regime de bens união estável, pedido que poderá ser eletrô‑
diverso do legal, nos moldes do art. 1.640, nico ou não.
parágrafo único, da Lei n o 10.406, de 2002 § 2o Para comprovar as datas de início ou, se
ATO DO TST No 491,
(Código Civil). for o caso, de fim da união estável, os compa‑
DE 23 DE SETEMBRO DE 2014
§ 1 o A conversão da união estável em casa‑ nheiros valer‑se‑ão de todos os meios proba‑ Fixa parâmetros procedimentais
mento implica a manutenção, para todos os tórios em direito admitidos. mínimos para dar efetividade à Lei
efeitos, do regime de bens que existia no mo‑ § 3o O registrador entrevistará os companhei‑ n 13.015, de 21 de julho de 2014.*
o
mento dessa conversão, salvo pacto antenup‑ ros e, se houver, testemunhas para verificar a c Publicado no DJe de 23-9-2014 e republicado no
cial em sentido contrário. plausibilidade do pedido. DJe de 14-11-2014.
c Referendado pela Res. Administrativa do TST
§ 2o Quando na conversão for adotado novo § 4 o A entrevista deverá ser reduzida a ter‑ no 1.699, de 6-10-2014.
regime, será exigida a apresentação de pacto mo e assinada pelo registrador e pelos
antenupcial, salvo se o novo regime for o da Art. 1 o A Lei n o 13.015, de 21 de julho de
entrevistados.
comunhão parcial de bens, hipótese em que 2014, aplica‑se aos recursos interpostos das
§ 5 o Havendo suspeitas de falsidade da de‑ decisões publicadas a partir da data de sua
se exigirá declaração expressa e específica dos
claração ou de fraude, o registrador poderá vigência.
companheiros nesse sentido.
exigir provas adicionais.
§ 3 o Não se aplica o regime da separação Parágrafo único. As normas procedimentais
§ 6 o O registrador decidirá fundamentada‑ da Lei no 13.015/2014 e as que não afetarem
legal de bens do art. 1.641, inciso II, da Lei
mente o pedido. o direito processual adquirido de qualquer das
n o 10.406, de 2002, se inexistia essa obriga‑
toriedade na data indicada como início da § 7o No caso de indeferimento do pedido, os partes aplicam‑se aos recursos interpostos an‑
união estável na forma do inciso III do art. 9‑C companheiros poderão requerer ao registra‑ teriormente à data de sua vigência, em espe‑
deste Provimento ou se houver decisão judi‑ dor a suscitação de dúvida dentro do prazo cial as que regem o sistema de julgamento de
cial em sentido contrário. de 15 (quinze) dias da ciência, nos termos dos recursos de revista repetitivos, o efeito inter‑
arts. 198 e 296 da Lei no 6.015, de 1973. ruptivo dos embargos de declaração e a afeta‑
§ 4 o Não se impõe o regime de separação ção do recurso de embargos ao Tribunal Pleno
legal de bens, previsto no art. 1.641, inciso § 8o O registrador deverá arquivar os autos do
procedimento. do TST, dada a relevância da matéria (art. 7o).
I, da Lei n o 10.406, de 2002, se superada a
causa suspensiva do casamento quando da § 9o É dispensado o procedimento de certifi‑ Art. 2 o Sem prejuízo da competência do Mi‑
conversão. cação eletrônica de união estável nas hipóte‑ nistro Relator do recurso de embargos prevista
1644-B
Lei no 14.010/2020
da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Parágrafo único. Considera‑se contencioso CAPÍTULO V
(Código de Processo Civil), quando inte‑ tributário de pequeno valor aquele cujo crédi‑ DAS ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS
gralmente favorável à Fazenda Nacional; to tributário em discussão não supere o limite
Art. 28. A Lei n o 10.522, de 19 de julho de
III – a proposta de transação com efeito pros‑ previsto no inciso I do caput do art. 23 desta
2002, passa a vigorar acrescida do seguinte
pectivo que resulte, direta ou indiretamente, Lei e que tenha como sujeito passivo pessoa
art. 19‑E:
em regime especial, diferenciado ou individual natural, microempresa ou empresa de peque‑
no porte. c Alteração inserida no texto da referida Lei.
de tributação.
Parágrafo único. O disposto no inciso II do Art. 25. A transação de que trata este Capítulo CAPÍTULO VI
caput deste artigo não obsta a oferta de tran‑ poderá contemplar os seguintes benefícios: DISPOSIÇÕES FINAIS
sação relativa a controvérsia no âmbito da I – concessão de descontos, observado o limite Art. 29. Os agentes públicos que participarem
liquidação da sentença ou não abrangida na máximo de 50% (cinquenta por cento) do va‑ do processo de composição do conflito, judi‑
jurisprudência ou ato referidos no art. 19 da lor total do crédito; cial ou extrajudicialmente, com o objetivo de
Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002. II – oferecimento de prazos e formas de pa‑ celebração de transação nos termos desta Lei
Art. 21. Ato do Ministro de Estado da Econo‑ gamento especiais, incluídos o diferimento e somente poderão ser responsabilizados, inclu‑
mia regulamentará o disposto neste Capítulo. a moratória, obedecido o prazo máximo de sive perante os órgãos públicos de controle
quitação de 60 (sessenta) meses; e
Art. 22. Compete ao Secretário Especial da Re‑ interno e externo, quando agirem com dolo
III – oferecimento, substituição ou alienação de
ceita Federal do Brasil, no que couber, discipli‑ ou fraude para obter vantagem indevida para
garantias e de constrições.
nar o disposto nesta Lei no que se refere à tran‑ si ou para outrem.
sação de créditos tributários não judicializados § 1 o É permitida a cumulação dos benefícios
previstos nos incisos I, II e III do caput deste Art. 30. Esta Lei entra em vigor:
no contencioso administrativo tributário.
artigo. I – em 120 (cento e vinte) dias contados da
§ 1o Compete ao Secretário Especial da Receita data da sua publicação, em relação ao inciso
Federal do Brasil, diretamente ou por auto‑ § 2o A celebração da transação competirá:
I do caput e ao parágrafo único do art. 23; e
ridade por ele delegada, assinar o termo de I – à Secretaria Especial da Receita Federal do II – na data de sua publicação, em relação aos
transação. Brasil, no âmbito do contencioso administrati‑
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
demais dispositivos.
vo de pequeno valor; e
§ 2 o A delegação de que trata o § 1 o deste Brasília, 14 de abril de 2020;
II – à Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacional,
artigo poderá ser subdelegada, prever valores 199o da Independência e
nas demais hipóteses previstas neste Capítulo.
de alçada e exigir a aprovação de múltiplas 132o da República.
autoridades. Art. 26. A proposta de transação poderá ser
Jair Messias Bolsonaro
§ 3o A transação por adesão será realizada ex‑ condicionada ao compromisso do contribuinte
clusivamente por meio eletrônico. ou do responsável de requerer a homologa‑
ção judicial do acordo, para fins do disposto
CAPÍTULO IV nos incisos II e III do caput do art. 515 da Lei LEI No 14.010,
DA TRANSAÇÃO POR ADESÃO NO n o 13.105, de 16 de março de 2015 (Código DE 10 DE JUNHO DE 2020
CONTENCIOSO DE PEQUENO VALOR de Processo Civil). Dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial
c Capítulo IV com a redação dada pela Lei no 14.375, Art. 27. Caberá ao Procurador‑Geral da Fa‑ e Transitório das relações jurídicas de
de 21-6-2022. zenda Nacional e ao Secretário Especial da Direito Privado (RJET) no período da
Receita Federal do Brasil, em seu âmbito de pandemia do coronavírus (Covid-19).
Art. 23. Observados os princípios da racio‑
atuação, disciplinar a aplicação do disposto c Publicada no DOU de 12-6-2020.
nalidade, da economicidade e da eficiên‑
cia, ato do Ministro de Estado da Economia neste Capítulo. CAPÍTULO I
regulamentará: Art. 27‑A. O disposto neste Capítulo também DISPOSIÇÕES GERAIS
se aplica: Art. 1o Esta Lei institui normas de caráter tran‑
I – o contencioso administrativo fiscal de pe‑
queno valor, assim considerado aquele cujo I – à dívida ativa da União de natureza não sitório e emergencial para a regulação de rela‑
lançamento fiscal ou controvérsia não supere tributária cujas inscrição, cobrança e repre‑ ções jurídicas de Direito Privado em virtude da
60 (sessenta) salários mínimos; sentação incumbam à Procuradoria‑Geral da pandemia do coronavírus (Covid-19).
II – a adoção de métodos alternativos de solu‑ Fazenda Nacional, nos termos do art. 12 da Parágrafo único. Para os fins desta Lei, con‑
ção de litígio, inclusive transação, envolvendo Lei Complementar n o 73, de 10 de fevereiro sidera‑se 20 de março de 2020, data da publi‑
processos de pequeno valor. de 1993; cação do Decreto Legislativo no 6, como termo
II – aos créditos inscritos em dívida ativa do inicial dos eventos derivados da pandemia do
Parágrafo único. No contencioso adminis‑
FGTS, vedada a redução de valores devidos coronavírus (Covid-19).
trativo de pequeno valor, observados o con‑
aos trabalhadores e desde que autorizado Art. 2o A suspensão da aplicação das normas
traditório, a ampla defesa e a vinculação aos
pelo seu Conselho Curador; e referidas nesta Lei não implica sua revogação
entendimentos do Conselho Administrativo
III – no que couber, à dívida ativa das au‑ ou alteração.
de Recursos Fiscais, o julgamento será reali‑
tarquias e das fundações públicas federais
zado em última instância por órgão colegiado CAPÍTULO II
cujas inscrição, cobrança e representação in‑
da Delegacia da Receita Federal do Brasil de DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
cumbam à Procuradoria‑Geral Federal, e aos
Julgamento da Secretaria Especial da Receita
créditos cuja cobrança seja competência da Art. 3o Os prazos prescricionais consideram‑se
Federal do Brasil, aplicado o disposto no Decre‑
Procuradoria‑Geral da União, sem prejuízo impedidos ou suspensos, conforme o caso, a
to no 70.235, de 6 de março de 1972, apenas do disposto na Lei n o 9.469, de 10 de julho
subsidiariamente. partir da entrada em vigor desta Lei até 30 de
de 1997. outubro de 2020.
Art. 24. A transação relativa a crédito tributá‑ Parágrafo único. Ato do Advogado‑Geral da § 1 o Este artigo não se aplica enquanto per‑
rio de pequeno valor será realizada na pendên‑ União disciplinará a transação dos créditos durarem as hipóteses específicas de impedi‑
cia de impugnação, de recurso ou de reclama‑ referidos no inciso III do caput deste artigo. mento, suspensão e interrupção dos prazos
ção administrativa ou no processo de cobrança c Art. 27‑A acrescido pela Lei n o 14.375, de prescricionais previstas no ordenamento jurí‑
da dívida ativa da União. 21-6-2022. dico nacional.
1733
Lei no 14.478/2022
às necessidades de suas empregadas e de seus I – mulheres que exerçam alguma atividade ............................................................................
empregados; e produtiva ou de prestação de serviços, urbana § 5o Nos casos em que a empresa contratante te‑
II – reconhecer as boas práticas de empregado‑ ou rural, de forma individual ou coletiva, na nha sido reconhecida pelo Poder Executivo federal
com o Selo Emprega + Mulher, aplicam‑se os se‑
res que visem, entre outros objetivos: condição de pessoas naturais;
guintes parâmetros:
a) ao estímulo à contratação, à ocupação II – mulheres, na condição de pessoas natu‑ I – o limite do empréstimo referido no § 1o do art. 2o
de postos de liderança e à ascensão pro‑ rais e de microempreendedoras individuais no desta Lei corresponderá a até 50% (cinquenta por
fissional de mulheres, especialmente em âmbito do Programa Nacional de Microcrédito cento) da receita bruta anual calculada com base
áreas com baixa participação feminina, tais Produtivo Orientado (PNMPO). no exercício anterior ao da contratação, salvo o
caso das empresas que tenham menos de 1 (um)
como ciência, tecnologia, desenvolvimento § 1o A primeira linha de crédito a ser concedi‑
ano de funcionamento, hipótese em que corres‑
e inovação; da à beneficiária pessoa natural corresponde‑ ponderá a até 50% (cinquenta por cento) do seu
b) à divisão igualitária das responsabilidades rá ao valor máximo de R$ 2.000,00 (dois mil capital social ou a até 50% (cinquenta por cento)
parentais; reais) e, às microempreendedoras individuais, de 12 (doze) vezes a média da sua receita bruta
c) à promoção da cultura de igualdade entre de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), considerada mensal apurada no período, desde o início de suas
a soma de todos os contratos de operação, atividades, o que for mais vantajoso; e
mulheres e homens;
ativos e inativos, efetuados no âmbito do SIM II – prazo de 60 (sessenta) meses para o
d) à oferta de acordos flexíveis de trabalho; pagamento.”
e) à concessão de licenças para mulheres e Digital.
homens que permitam o cuidado e a cria‑ § 2 o A taxa de juros máxima será correspon‑ Art. 34. O caput do art. 2o da Lei no 12.513, de
ção de vínculos com seus filhos; dente a 85% (oitenta e cinco por cento) da 26 de outubro de 2011, passa a vigorar acres‑
f) ao efetivo apoio às empregadas de seu taxa máxima permitida pelo Conselho Mone‑ cido do seguinte inciso V:
quadro de pessoal e das que prestem ser‑ tário Nacional para operações de microcrédito, “Art. 2o .................................................................
viços no seu estabelecimento em caso de e o prazo será de até 30 (trinta) meses para o ............................................................................
assédio, violência física ou psicológica ou pagamento. V – mulheres vítimas de violência doméstica e
familiar com registro de ocorrência policial.
qualquer violação de seus direitos no local § 3o A cobertura da garantia a ser prestada pe‑ ...........................................................................”
de trabalho; e los fundos garantidores, observado o disposto
g) à implementação de programas de con‑ na Lei n o 14.438, de 24 de agosto de 2022,
Art. 35. Esta Lei entra em vigor na data de sua
tratação de mulheres desempregadas em será de até 85% (oitenta e cinco por cento) publicação.
situação de violência doméstica e familiar do valor desembolsado em cada operação in‑ Brasília, 21 de setembro de 2022;
e de acolhimento e de proteção às suas cluída nas carteiras garantidas, e o limite de 201o da Independência e
empregadas em situação de violência do‑ cobertura será de 80% (oitenta por cento) do 134o da República.
méstica e familiar. total de desembolsos efetuados nas operações Jair Messias Bolsonaro
§ 2o Para fins do disposto neste artigo, consi‑ das carteiras, sempre que forem formadas ex‑
deram‑se violência doméstica e familiar contra clusivamente por mulheres, nas condições dos NOVA
a mulher as ações ou as omissões previstas no incisos I e II do caput deste artigo, observados
LEI No 14.478,
art. 5 o da Lei n o 11.340, de 7 de agosto de as atenuantes de risco aplicáveis e o disposto
DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022
2006 (Lei Maria da Penha). nos regulamentos dos fundos.
Dispõe sobre diretrizes a serem observadas
Art. 25. As microempresas e as empresas de CAPÍTULO X na prestação de serviços de ativos virtuais
pequeno porte que receberem o Selo Emprega DISPOSIÇÕES FINAIS e na regulamentação das prestadoras de
+ Mulher serão beneficiadas com estímulos Art. 30. Às mulheres empregadas é garantido serviços de ativos virtuais; altera o Decreto‑Lei
creditícios adicionais, nos termos dos incisos n 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
o
igual salário em relação aos empregados que
Penal), para prever o crime de fraude
I e II do § 5o do art. 3o da Lei no 13.999, de 18
exerçam idêntica função prestada ao mesmo com a utilização de ativos virtuais, valores
de maio de 2020. empregador, nos termos dos arts. 373‑A e 461 mobiliários ou ativos financeiros; e altera a
Art. 26. As empresas que se habilitarem para da Consolidação das Leis do Trabalho, apro‑ Lei no 7.492, de 16 de junho de 1986, que
o recebimento do Selo Emprega + Mulher de‑ vada pelo Decreto‑Lei n 5.452, de 1 de maio
o o define crimes contra o sistema financeiro
de 1943. nacional, e a Lei no 9.613, de 3 de março de
verão prestar contas anualmente quanto ao
1998, que dispõe sobre lavagem de dinheiro,
atendimento dos requisitos previstos nesta Lei. Art. 31. O Sistema Nacional de Emprego (SINE) para incluir as prestadoras de serviços de
Art. 27. A pessoa jurídica detentora do Selo implementará iniciativas com vistas à melhoria ativos virtuais no rol de suas disposições.
Emprega + Mulher poderá utilizá‑lo para os da empregabilidade de mulheres, especial‑ c Publicada no DOU de 22-12-2022.
fins de divulgação de sua marca, produtos e mente daquelas: c Dec. n o 11.563, de 14-6-2023, regulamenta esta
Lei.
serviços, vedada a extensão do uso para grupo I – que tenham filho, enteado ou guarda judi‑
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre diretrizes a serem
econômico ou em associação com outras em‑ cial de crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
II – que sejam chefe de família monoparental; observadas na prestação de serviços de ativos
presas que não detenham o selo.
ou virtuais e na regulamentação das prestadoras
Art. 28. Ato do Ministro de Estado do Traba‑ III – com deficiência ou com filho com defi‑ de serviços de ativos virtuais.
lho e Previdência disporá sobre o regulamento ciência. Parágrafo único. O disposto nesta Lei não
completo do Selo Emprega + Mulher. se aplica aos ativos representativos de valores
Art. 32. A Consolidação das Leis do Trabalho,
CAPÍTULO IX
mobiliários sujeitos ao regime da Lei no 6.385,
aprovada pelo Decreto‑Lei no 5.452, de 1o de
de 7 de dezembro de 1976, e não altera ne‑
DO ESTÍMULO AO MICROCRÉDITO maio de 1943, passa a vigorar com as seguin‑ nhuma competência da Comissão de Valores
PARA MULHERES tes alterações: Mobiliários.
Art. 29. Nas operações de crédito do Programa c Alterações inseridas no texto da referida Consoli‑ Art. 2 o As prestadoras de serviços de ativos
de Simplificação do Microcrédito Digital para dação.
virtuais somente poderão funcionar no País
Empreendedores (SIM Digital), de que trata a Art. 33. O art. 3o da Lei no 13.999, de 18 de mediante prévia autorização de órgão ou enti‑
Lei no 14.438, de 24 de agosto de 2022, serão maio de 2020, passa a vigorar acrescido do dade da Administração Pública federal.
aplicadas condições diferenciadas, exclusiva‑ seguinte § 5o: Parágrafo único. Ato do órgão ou da entida‑
mente quando os beneficiários forem: “Art. 3o ................................................................. de da Administração Pública federal a que se
1760
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
de vulnerabilidade e risco social por meio do blicas estatais instituídas no âmbito do SUAS,
invisibilidade social e com vistas a identificar
desenvolvimento de potencialidades e aquisi‑ que possuem interface com as demais políticas
suas demandas por políticas públicas, na for-
ções e do fortalecimento de vínculos familiares públicas e articulam, coordenam e ofertam os
ma do regulamento.
e comunitários; serviços, programas, projetos e benefícios da
assistência social. c §§ 3 o a 6 o acrescidos pela Lei n o 14.601, de
II – proteção social especial: conjunto de servi‑ 19-6-2023.
ços, programas e projetos que tem por objeti‑ Art. 6 o‑D. As instalações dos CRAS e dos c Dec. no 11.016, de 29-3-2022, regulamenta o Ca-
vo contribuir para a reconstrução de vínculos CREAS devem ser compatíveis com os serviços dastro Único para Programas Sociais do Governo
familiares e comunitários, a defesa de direito, neles ofertados, com espaços para trabalhos Federal, instituído neste artigo.
o fortalecimento das potencialidades e aquisi‑ em grupo e ambientes específicos para re‑ Art. 7o As ações de assistência social, no âm‑
ções e a proteção de famílias e indivíduos para cepção e atendimento reservado das famílias bito das entidades e organizações de assistên‑
o enfrentamento das situações de violação de e indivíduos, assegurada a acessibilidade às cia social, observarão as normas expedidas
direitos. pessoas idosas e com deficiência. pelo Conselho Nacional de Assistência Social
Parágrafo único. A vigilância socioassisten‑ Art. 6 o‑E. Os recursos do cofinanciamento (CNAS), de que trata o artigo 17 desta lei.
cial é um dos instrumentos das proteções da do SUAS, destinados à execução das ações Art. 8o A União, os Estados, o Distrito Federal
assistência social que identifica e previne as si‑ continuadas de assistência social, poderão ser e os Municípios, observados os princípios e
tuações de risco e vulnerabilidade social e seus aplicados no pagamento dos profissionais que diretrizes estabelecidos nesta lei, fixarão suas
agravos no território. integrarem as equipes de referência, responsá‑ respectivas Políticas de Assistência Social.
Art. 6o‑B. As proteções sociais básica e espe‑ veis pela organização e oferta daquelas ações,
conforme percentual apresentado pelo Minis‑ Art. 9o O funcionamento das entidades e or‑
cial serão ofertadas pela rede socioassistencial, ganizações de assistência social depende de
tério do Desenvolvimento Social e Combate à
de forma integrada, diretamente pelos entes prévia inscrição no respectivo Conselho Mu‑
Fome e aprovado pelo CNAS.
públicos e/ou pelas entidades e organizações nicipal de Assistência Social, ou no Conselho
de assistência social vinculadas ao SUAS, res‑ Parágrafo único. A formação das equipes de Assistência Social do Distrito Federal, con‑
peitadas as especificidades de cada ação. de referência deverá considerar o número de forme o caso.
famílias e indivíduos referenciados, os tipos e
§ 1o A vinculação ao SUAS é o reconhecimento modalidades de atendimento e as aquisições § 1 o A regulamentação desta lei definirá os
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e que devem ser garantidas aos usuários, con‑ critérios de inscrição e funcionamento das en‑
Combate à Fome de que a entidade de assis‑ forme deliberações do CNAS. tidades com atuação em mais de um município
tência social integra a rede socioassistencial. no mesmo Estado, ou em mais de um Estado
c Arts. 6o‑A a 6o‑E acrescidos pela Lei no 12.435, de
§ 2o Para o reconhecimento referido no § 1 o, 6-7-2011. ou Distrito Federal.
a entidade deverá cumprir os seguintes Art. 6 o‑F. Fica instituído o Cadastro Único § 2o Cabe ao Conselho Municipal de Assistên‑
requisitos: para Programas Sociais do Governo Federal cia Social e ao Conselho de Assistência Social
I – constituir‑se em conformidade com o dis‑ (CADÚNICO), registro público eletrônico com do Distrito Federal a fiscalização das entidades
posto no art. 3o; a finalidade de coletar, processar, sistemati- referidas no caput na forma prevista em lei ou
II – inscrever‑se em Conselho Municipal ou do zar e disseminar informações para a identi- regulamento.
Distrito Federal, na forma do art. 9o; ficação e a caracterização socioeconômica § 3o Revogado. Lei no 12.101, de 27-11-2009.
1803
Lei no 8.742/1993
§ 4o As entidades e organizações de assistên‑ Art. 11. As ações das 3 (três) esferas de gover‑ definidos no artigo 203 da Constituição
cia social podem, para defesa de seus direitos no na área de assistência social realizam‑se de Federal;
referentes à inscrição e ao funcionamento, forma articulada, cabendo a coordenação e as II – cofinanciar, por meio de transferência au‑
recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais, normas gerais à esfera federal e a coordenação tomática, o aprimoramento da gestão, os ser‑
Municipais e do Distrito Federal. e execução dos programas, em suas respecti‑ viços, os programas e os projetos de assistência
vas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e social em âmbito nacional;
Art. 10. A União, os Estados, os Municípios e o Inciso II com a redação dada pela Lei no 12.435, de
Distrito Federal podem celebrar convênios com aos Municípios. c
6-7-2011.
entidades e organizações de assistência social, Art. 12. Compete à União: III – atender, em conjunto com os Estados, o
em conformidade com os Planos aprovados I – responder pela concessão e manutenção Distrito Federal e os Municípios, às ações as‑
pelos respectivos Conselhos. dos benefícios de prestação continuada sistenciais de caráter de emergência;
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
1803-A
Lei no 8.742/1993
V – zelar pela efetivação do sistema descen- X – desenvolver estudos e pesquisas para fun- menores tutelados, desde que vivam sob o
tralizado e participativo de assistência social; damentar as análises de necessidades e formu- mesmo teto.
VI – a partir da realização da II Conferência lação de proposições para a área; c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 12.435, de
Nacional de Assistência Social em 1997, con- XI – coordenar e manter atualizado o sistema 6-7-2011.
vocar ordinariamente a cada quatro anos a de cadastro de entidades e organizações de as- § 2o Para efeito de concessão do benefício de
Conferência Nacional de Assistência Social, sistência social, em articulação com os Estados, prestação continuada, considera‑se pessoa
que terá a atribuição de avaliar a situação da os Municípios e o Distrito Federal; com deficiência aquela que tem impedimento
assistência social e propor diretrizes para o c Art. 31, III, da LC no 187, de 16-12-2021, que dispõe de longo prazo de natureza física, mental, inte-
aperfeiçoamento do sistema; sobre a certificação das entidades beneficentes. lectual ou sensorial, o qual, em interação com
c Inciso VI com a redação dada pela Lei n o 9.720, de XII – articular‑se com os órgãos responsáveis uma ou mais barreiras, pode obstruir sua parti-
26-4-1998. pelas políticas de saúde e previdência social, cipação plena e efetiva na sociedade em igual-
VII – VETADO; bem como com os demais responsáveis pelas dade de condições com as demais pessoas.
VIII – apreciar e aprovar a proposta orçamen- políticas socio‑econômicas setoriais, visando à c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 13.146, de
tária da Assistência Social a ser encaminhada elevação do patamar mínimo de atendimento 6-7-2015.
pelo órgão da Administração Pública Federal c A Lei n o 12.470, de 31-8-2011, ao modificar este
às necessidades básicas; parágrafo suprimiu os incisos I e II.
responsável pela coordenação da Política Na- XIII – expedir os atos normativos necessários à
cional de Assistência Social; gestão do Fundo Nacional de Assistência Social § 3o Observados os demais critérios de elegi-
IX – aprovar critérios de transferência de recur- (FNAS), de acordo com as diretrizes estabele- bilidade definidos nesta Lei, terão direito ao
sos para os Estados, Municípios e Distrito Fede- cidas pelo Conselho Nacional de Assistência benefício financeiro de que trata o caput deste
ral, considerando, para tanto, indicadores que Social (CNAS); artigo a pessoa com deficiência ou a pessoa
informem sua regionalização mais equitativa, XIV – elaborar e submeter ao Conselho Nacio- idosa com renda familiar mensal per capita
tais como: população, renda per capita, mor- nal de Assistência Social (CNAS) os programas igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salário
talidade infantil e concentração de renda, além mínimo.
anuais e plurianuais de aplicação dos recur-
de disciplinar os procedimentos de repasse de sos do Fundo Nacional de Assistência Social c Caput do § 3 o com a redação dada pela Lei
recursos para as entidades e organizações de no 14.176, de 22-6-2021.
(FNAS).
assistência social, sem prejuízo das disposições I – Revogado. Lei no 14.176, de 22-6-2021;
da Lei de Diretrizes Orçamentárias; Parágrafo único. A atenção integral à saúde, II – VETADO. Lei no 13.982, de 2-4-2020.
X – acompanhar e avaliar a gestão dos recur- inclusive a dispensação de medicamentos e
produtos de interesse para a saúde, às famílias § 4o O benefício de que trata este artigo não
sos, bem como os ganhos sociais e o desem- pode ser acumulado pelo beneficiário com
penho dos programas e projetos aprovados; e indivíduos em situações de vulnerabilidade
ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, qualquer outro no âmbito da seguridade so-
XI – estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar cial ou de outro regime, salvo os da assistên-
os programas anuais e plurianuais do Fundo dar‑se‑á independentemente da apresentação
de documentos que comprovem domicílio ou cia médica e da pensão especial de natureza
Nacional de Assistência Social (FNAS); indenizatória, bem como as transferências
XII – indicar o representante do Conselho Na- inscrição no cadastro no Sistema Único de
de renda de que tratam o parágrafo único
cional de Assistência Social (CNAS) junto ao Saúde (SUS), em consonância com a diretriz de
do art. 6o e o inciso VI do caput do art. 203
Conselho Nacional da Seguridade Social; articulação das ações de assistência social e de da Constituição Federal e o caput e o § 1o do
XIII – elaborar e aprovar seu regimento interno; saúde a que se refere o inciso XII deste artigo. art. 1 o da Lei n o 10.835, de 8 de janeiro de
XIV – divulgar, no Diário Oficial da União, to- c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.714, de 2004.
das as suas decisões, bem como as contas do 24-8-2018.
c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 14.601, de
Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
CAPÍTULO IV 19-6-2023.
os respectivos pareceres emitidos. DOS BENEFÍCIOS, DOS SERVIÇOS, § 5o A condição de acolhimento em instituições
Parágrafo único. Revogado. Lei no 12.101, de DOS PROGRAMAS E DOS PROJETOS de longa permanência não prejudica o direito
27-11-2009. DE ASSISTÊNCIA SOCIAL do idoso ou da pessoa com deficiência ao be-
Art. 19. Compete ao órgão da Administração nefício de prestação continuada.
Seção I
Pública Federal responsável pela coordenação c § 5 o com a redação dada pela Lei n o 12.435, de
da Política Nacional de Assistência Social: DO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO 6-7-2011.
CONTINUADA
I – coordenar e articular as ações no campo da § 6o A concessão do benefício ficará sujeita à
assistência social; Art. 20. O benefício de prestação continuada é avaliação da deficiência e do grau de impe-
II – propor ao Conselho Nacional de Assistência a garantia de um salário mínimo mensal à pes- dimento de que trata o § 2 o, composta por
Social (CNAS) a Política Nacional de Assistência soa com deficiência e ao idoso com 65 (sessen- avaliação médica e avaliação social realizadas
Social, suas normas gerais, bem como os crité- ta e cinco) anos ou mais que comprovem não por médicos peritos e por assistentes sociais
rios de prioridade e de elegibilidade, além de possuir meios de prover a própria manutenção do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS.
padrões de qualidade na prestação de benefí- nem de tê‑la provida por sua família. c § 6 o com a redação dada pela Lei n o 12.470, de
cios, serviços, programas e projetos; c Caput com a redação dada pela Lei no 12.435, de 31-8-2011.
III – prover recursos para o pagamento dos 6-7-2011. § 6o‑A. O INSS poderá celebrar parcerias para
benefícios de prestação continuada definidos c Art. 34 da Lei no 10.741, de 1o-10-2003 (Estatuto da a realização da avaliação social, sob a super-
Pessoa Idosa), altera para sessenta e cinco anos a
nesta lei; idade para concessão do benefício de prestação visão do serviço social da autarquia.
IV – elaborar e encaminhar a proposta orça- continuada ao idoso. c § 6o‑A acrescido pela Lei no 14.441, de 2-9-2022.
mentária da assistência social, em conjunto c Art. 18, caput, da Lei n o 13.301, 27-6-2016, que § 7o Na hipótese de não existirem serviços no
com as demais da Seguridade Social; estabelece que fará jus ao benefício de prestação município de residência do beneficiário, fica
V – propor os critérios de transferência dos re- continuada temporário, previsto neste artigo,
assegurado, na forma prevista em regulamen-
cursos de que trata esta lei; pelo prazo máximo de três anos, na condição de
pessoa com deficiência, a criança vítima de micro- to, o seu encaminhamento ao município mais
VI – proceder à transferência dos recursos des- próximo que contar com tal estrutura.
cefalia em decorrência de sequelas neurológicas
tinados à assistência social, na forma prevista decorrentes de doenças transmitidas pelo Aedes c § 7 o com a redação dada pela Lei n o 9.720, de
nesta lei; aegypti. 30-11-1998.
VII – encaminhar à apreciação do Conselho Na- Dec. no 6.214, de 26-9-2007, regulamenta o benefí-
cional de Assistência Social (CNAS) relatórios
c
§ 8o A renda familiar mensal a que se refere o
cio de prestação continuada da assistência social
trimestrais e anuais de atividades e de realiza- § 3o deverá ser declarada pelo requerente ou
devido à pessoa com deficiência e ao idoso de que
seu representante legal, sujeitando‑se aos de-
trata esta Lei, e a Lei no 10.741, de 1o-10-2003 (Es-
ção financeira dos recursos;
tatuto da Pessoa Idosa). mais procedimentos previstos no regulamento
VIII – prestar assessoramento técnico aos Es-
tados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às § 1 o Para os efeitos do disposto no caput, a para oo deferimento do pedido.
família é composta pelo requerente, o cônju- c § 8 acrescido pela Lei n 9.720, de 30-11-1998.
o
entidades e organizações de assistência social;
IX – formular política para a qualificação siste- ge ou companheiro, os pais e, na ausência de § 9 o Os rendimentos decorrentes de estágio
mática e continuada de recursos humanos no um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos supervisionado e de aprendizagem não serão
campo da assistência social; solteiros, os filhos e enteados solteiros e os computados para os fins de cálculo da renda
1805
Decreto‑Lei no 4.597/1942 – Decreto‑Lei no 9.760/1946
guirá o processo somente para resolução das Parágrafo único. O disposto neste artigo não pertencerem aos Estados, Municípios ou
questões litigiosas. se aplica às causas já ajuizadas. particulares;
c § 4o acrescido pela Lei n o 14.421, de 20-7-2022. Art. 2o O Decreto no 20.910, de 6 de janeiro e) a porção de terras devolutas que for indis‑
pensável para a defesa da fronteira, fortifi‑
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez in‑ de 1932, que regula a prescrição quinquenal,
cações, construções militares e estradas de
corporados à Fazenda Pública, não podem ser abrange as dívidas passivas das autarquias, ou
ferro federais;
objeto de reivindicação, ainda que fundada em entidades e órgãos paraestatais, criados por lei
f) as terras devolutas situadas nos Territórios
nulidade do processo de desapropriação. Qual‑ e mantidos mediante impostos, taxas ou quais‑
Federais;
quer ação, julgada procedente, resolver‑se‑á quer contribuições, exigidas em virtude de lei fe‑ g) as estradas de ferro, instalações portuárias,
em perdas e danos. deral, estadual ou municipal, bem como a todo
e qualquer direito e ação contra os mesmos. telégrafos, telefones, fábricas, oficinas e
c Art. 519 do CC. fazendas nacionais;
Art. 36. É permitida a ocupação temporária, Art. 3 A prescrição das dívidas, direitos
o
e h) os terrenos dos extintos aldeamentos de
que será indenizada, afinal, por ação própria, ações a que se refere o Decreto n 20.910,
o
índios e das colônias militares, que não te‑
de terrenos não edificados, vizinhos às obras de 6 de janeiro de 1932, somente pode ser nham passado, legalmente, para o domínio
e necessários à sua realização. O expropriante interrompida uma vez, e recomeça a correr, dos Estados, Municípios ou particulares;
prestará caução, quando exigida. pela metade do prazo, da data do ato que a i) os arsenais com todo o material de mari‑
interrompeu, ou do último do processo para nha, exército e aviação, as fortalezas, forti‑
c Art. 83 do CPC/2015.
a interromper; consumar‑se‑á a prescrição no ficações e construções militares, bem como
Art. 37. Aquele cujo bem for prejudicado ex‑ curso da lide sempre que a partir do último os terrenos adjacentes, reservados por ato
traordinariamente em sua destinação econô‑ ato ou termo da mesma, inclusive da sentença imperial;
mica pela desapropriação de áreas contíguas nela proferida, embora passada em julgado, j) os que foram do domínio da Coroa;
terá direito a reclamar perdas e danos do decorrer o prazo de dois anos e meio. k) os bens perdidos pelo criminoso conde‑
expropriante. c Súm. no 383 do STF. nado por sentença proferida em processo
Art. 38. O réu responderá perante terceiros, e Art. 4o As disposições do artigo anterior apli‑ judiciário federal;
por ação própria, pela omissão ou sonegação cam‑se desde logo a todas as dívidas, direitos e c Art. 91, II, do CP.
de quaisquer informações que possam interes‑ ações a que se referem, ainda não extintos por
l) os que tenham sido a algum título, ou em vir‑
sar à marcha do processo ou ao recebimento qualquer causa, ajuizados ou não, devendo
tude de lei, incorporados ao seu patrimônio.
da indenização. prescrição ser alegada e decretada em qual‑ Seção II
Art. 39. A ação de desapropriação pode ser quer tempo e instância, inclusive nas execu‑ DA CONCEITUAÇÃO
proposta durante as férias forenses, e não se ções de sentença.
interrompe pela superveniência destas. Art. 2o São terrenos de marinha, em uma pro‑
Art. 5 o Este Decreto‑lei entrará em vigor na fundidade de 33 (trinta e três) metros, medi‑
c Art. 93, XII, da CF. data da sua publicação, revogadas as disposi‑
c Arts. 214 e 215 do CPC/2015.
dos horizontalmente, para a parte da terra, da
ções em contrário. posição da linha do preamar médio de 1831:
Art. 40. O expropriante poderá constituir ser‑ Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1942; c Súm. no 496 do STJ.
vidões, mediante indenização na forma desta 121o da Independência e
Lei. a) os situados no continente, na costa marí‑
54o da República.
tima e nas margens dos rios e lagoas, até
Art. 41. As disposições desta Lei aplicam‑se Getúlio Vargas onde se faça sentir a influência das marés;
aos processos de desapropriação em curso, b) os que contornam as ilhas situadas em zona
não se permitindo depois de sua vigência ou‑ onde se faça sentir a influência das marés.
tros termos e atos além dos por ela admitidos,
nem o seu processamento por forma diversa da DECRETO‑LEI No 9.760, Parágrafo único. Para os efeitos deste arti‑
que por ela é regulada. DE 5 DE SETEMBRO DE 1946 go a influência das marés é caracterizada pela
Dispõe sobre os bens imóveis da oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros
Art. 42. No que esta Lei for omissa aplica‑se o pelo menos, do nível das águas, que ocorra
Código de Processo Civil. União e dá outras providências.
em qualquer época do ano.
c Súm. no 218 do TFR. c Publicado no DOU de 6-9-1946.
Lei n 9.636, de 15-5-1998, dispõe sobre a regula- Art. 3 São terrenos acrescidos de marinha os
o
o
c
Art. 43. Esta Lei entrará em vigor dez dias de‑ rização, administração, aforamento e alienação de que se tiverem formado natural ou artificial‑
pois de publicada, no Distrito Federal, e trinta bens imóveis de domínio da União. mente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas,
dias nos Estados e Território do Acre; revoga‑ em seguimento aos terrenos de marinha.
das as disposições em contrário. TÍTULO I – DOS BENS IMÓVEIS DA UNIÃO c Súm. no 496 do STJ.
Rio de Janeiro, 21 de junho de 1941; Art. 4o São terrenos marginais os que banha‑
CAPÍTULO I
LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA
120o da Independência e dos pelas correntes navegáveis, fora do alcan‑
53o da República. DA DECLARAÇÃO DOS BENS
ce das marés, vão até a distância de 15 (quinze)
Getúlio Vargas Seção I metros, medidos horizontalmente para a parte
DA ENUNCIAÇÃO da terra, contados desde a linha média das en‑
Art. 1 o Incluem‑se entre os bens imóveis da chentes ordinárias.
União: Art. 5 o São devolutas, na faixa da fronteira,
DECRETO‑LEI No 4.597, nos Territórios Federais e no Distrito Federal, as
DE 19 DE AGOSTO DE 1942 c Art. 20 da CF.
terras que, não sendo próprias nem aplicadas a
Dispõe sobre a prescrição das ações contra a) os terrenos de marinha e seus acrescidos; algum uso público federal, estadual ou munici‑
a Fazenda Pública e dá outras providências. c Súm. no 496 do STJ. pal, não se incorporaram ao domínio privado:
c Publicado no DOU de 20-8-1942. b) os terrenos marginais dos rios navegáveis, a) por força da Lei no 601, de 18 de setembro
c Dec. n o 20.910, de 6-1-1932, regula a prescrição em Territórios Federais, se, por qualquer tí‑ de 1850, Decreto no 1.318, de 30 de janei‑
quinquenal. tulo legítimo, não pertencerem a particular; ro de 1854, e outras leis e decretos gerais,
c Lei n o 9.873, de 23-11-1999, estabelece prazo de c) os terrenos marginais de rios e as ilhas nes‑
federais e estaduais;
prescrição para o exercício de ação punitiva pela tes situadas na faixa da fronteira do territó‑
Administração Pública, direta e indireta.
b) em virtude de alienação, concessão ou re‑
rio nacional e nas zonas onde se faça sentir conhecimento por parte da União ou dos
Art. 1 Salvo o caso do foro do contrato, com‑
o
a influência das marés; Estados;
pete à Justiça de cada Estado e à do Distrito c O STF, por unanimidade, julgou improcedente c) em virtude de lei ou concessão emanada de
Federal processar e julgar as causas em que a ADPF n o 1.008, para declarar esta alínea re- governo estrangeiro e ratificada ou reco‑
for interessado, como autor, réu, assistente ou cepcionada pela Constituição Federal (DOU de nhecida, expressa ou implicitamente, pelo
opoente, respectivamente, o mesmo Estado, 27-6-2023). Brasil, em tratado ou convenção de limites;
ou seus Municípios, e o Distrito Federal. d) as ilhas situadas nos mares territoriais ou d) em virtude de sentença judicial com força
c Art. 110 da CF. não, se por qualquer título legítimo não de coisa julgada;
1909
Lei no 13.334/2016
III – as demais medidas do Programa Nacio‑ I – as políticas federais de longo prazo para I – opinar, previamente à deliberação do Presi‑
nal de Desestatização a que se refere a Lei o investimento por meio de parcerias em em‑ dente da República, quanto às propostas dos
no 9.491, de 9 de setembro de 1997; e preendimentos públicos federais de infraestru‑ órgãos ou entidades competentes, sobre as
c Inciso III com a redação dada pela Lei no 13.901, de tura e para a desestatização; matérias previstas no art. 4o desta Lei;
11-11-2019. II – os empreendimentos públicos federais de II – acompanhar a execução do PPI;
IV – as obras e os serviços de engenharia de infraestrutura qualificados para a implantação III – formular propostas e representações
interesse estratégico. por parceria; fundamentadas aos Chefes do Poder Exe‑
c Inciso IV acrescido pela Lei n o 13.901, de
III – as políticas federais de fomento às parce‑ cutivo dos Estados, do Distrito Federal e dos
11-11-2019. rias em empreendimentos públicos de infraes‑ Municípios;
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram‑se con‑ trutura dos Estados, do Distrito Federal ou dos IV – formular recomendações e orientações
tratos de parceria a concessão comum, a con‑ Municípios; e normativas aos órgãos, entidades e autorida‑
cessão patrocinada, a concessão administrati‑ c Incisos II e III com a redação dada pela Lei des da administração pública da União;
va, a concessão regida por legislação setorial, a no 13.901, de 11-11-2019. V – exercer as funções atribuídas:
permissão de serviço público, o arrendamento IV – as obras e os serviços de engenharia de a) ao órgão gestor de parcerias público‑pri‑
de bem público, a concessão de direito real interesse estratégico. vadas federais pela Lei no 11.079, de 30 de
e os outros negócios público‑privados que, c Inciso IV acrescido pela Lei n o 13.901, de dezembro de 2004;
em função de seu caráter estratégico e de 11-11-2019. b) ao Conselho Nacional de Integração de Po‑
sua complexidade, especificidade, volume de Art. 5o Os projetos qualificados no PPI serão líticas de Transporte pela Lei no 10.233, de
investimentos, longo prazo, riscos ou incer‑ tratados como empreendimentos de interesse 5 de junho de 2001; e
tezas envolvidos, adotem estrutura jurídica estratégico e terão prioridade nacional perante c) ao Conselho Nacional de Desestatização
semelhante. todos os agentes públicos nas esferas adminis‑ pela Lei no 9.491, de 9 de setembro de 1997;
Art. 2o São objetivos do PPI: trativa e controladora da União, dos Estados, VI – editar o seu regimento interno;
I – ampliar as oportunidades de investimen‑ do Distrito Federal e dos Municípios. c Inciso VI com a redação dada pela Lei n o 13.901, de
to e emprego e estimular o desenvolvimento c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.901, de 11-11-2019.
tecnológico e industrial, em harmonia com as 11-11-2019. VII – propor medidas que propiciem a integra‑
metas de desenvolvimento social e econômico Art. 6o Os órgãos, entidades e autoridades da ção dos transportes aéreo, aquaviário e terres‑
do País; administração pública da União com compe‑ tre e a harmonização de suas políticas setoriais;
II – garantir a expansão com qualidade da in‑ tências relacionadas aos empreendimentos do VIII – definir os elementos de logística do trans‑
fraestrutura pública, com tarifas adequadas; PPI formularão programas próprios visando à porte multimodal a serem implementados por
III – promover ampla e justa competição na adoção, na regulação administrativa, indepen‑ órgãos ou entidades da administração pública;
celebração das parcerias e na prestação dos dentemente de exigência legal, das práticas IX – harmonizar as políticas nacionais de
serviços; avançadas recomendadas pelas melhores ex‑ transporte com as políticas de transporte dos
IV – assegurar a estabilidade e a segurança ju‑ periências nacionais e internacionais, inclusive: Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
rídica, com a garantia da mínima intervenção com vistas à articulação dos órgãos encarre‑
nos negócios e investimentos; I – edição de planos, regulamentos e atos que
formalizem e tornem estáveis as políticas de gados do gerenciamento dos sistemas viários
V – fortalecer o papel regulador do Estado e e da regulação dos transportes interestaduais,
a autonomia das entidades estatais de regu‑ Estado fixadas pelo Poder Executivo para cada
setor regulado, de forma a tornar segura sua intermunicipais e urbanos;
lação; e
execução no âmbito da regulação administra‑ X – aprovar, em função das características re‑
c Incisos IV e V com a redação dada pela Lei gionais, as políticas de prestação de serviços de
no 13.901, de 11-11-2019. tiva, observadas as competências da legislação
específica, e mediante consulta pública prévia; transporte às áreas mais remotas ou de difícil
VI – fortalecer políticas nacionais de integração acesso do País e submeter ao Presidente da Re‑
II – eliminação de barreiras burocráticas à livre
dos diferentes modais de transporte de pes‑ pública as medidas específicas para esse fim; e
soas e bens, em conformidade com as políticas organização da atividade empresarial;
III – articulação com o Conselho Administrativo XI – aprovar as revisões periódicas das redes de
de desenvolvimento nacional, regional e urba‑ transporte que contemplam as diversas regiões
no, de defesa nacional, de meio ambiente e de de Defesa Econômica – CADE, bem como com
a Secretaria de Acompanhamento Econômico do País e propor ao Presidente da República
segurança das populações, formuladas pelas e ao Congresso Nacional as reformulações do
diversas esferas de governo. – SEAE do Ministério da Fazenda, para fins de
compliance com a defesa da concorrência; e Sistema Nacional de Viação, instituído pela Lei
c Inciso VI acrescido pela Lei n o 13.901, de no 12.379, de 6 de janeiro de 2011, que aten‑
11-11-2019. IV – articulação com os órgãos e autoridades
de controle, para aumento da transparência dam ao interesse nacional.
Art. 3o Na implementação do PPI serão obser‑ das ações administrativas e para a eficiência no c Incisos VII a XI acrescidos pela Lei n o 13.901, de
vados os seguintes princípios: recebimento e consideração das contribuições 11-11-2019.
I – estabilidade das políticas públicas de in‑ e recomendações. § 1o Ato do Poder Executivo federal definirá a
fraestrutura; composição do CPPI.
II – legalidade, qualidade, eficiência e transpa‑ CAPÍTULO II
rência da atuação estatal; e DO CONSELHO DO PROGRAMA DE c Caput do § 1 o com a redação dada pela Lei
no 14.600, de 19-6-2023.
III – garantia de segurança jurídica aos agentes PARCERIAS DE INVESTIMENTOS DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA I a XI – Revogados. Lei n 14.600, de 19-6-2023.
o
públicos, às entidades estatais e aos particula‑
Art. 7 o Fica criado o Conselho do Programa § 2 Revogado. Lei n 14.600, de 19-6-2023.
o o
res envolvidos.
Art. 4o O PPI será regulamentado por meio de de Parcerias de Investimentos da Presidên‑ § 3o A composição do Conselho do Programa
decretos que, nos termos e limites das leis se‑ cia da República – CPPI, com as seguintes de Parcerias de Investimento da Presidência da
toriais e da legislação geral aplicável, definirão: competências: República observará, quando for o caso, o § 2o
2072
Lei no 14.133/2021
b) acesso ao sistema informatizado de acom‑ Art. 179. Os incisos II e III do caput do art. 2o Art. 186. Aplicam‑se as disposições desta
panhamento de obras a que se refere o da Lei n o 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, Lei subsidiariamente à Lei no 8.987, de 13 de
inciso III do caput do art. 19 desta Lei; passam a vigorar com a seguinte redação: fevereiro de 1995, à Lei n o 11.079, de 30 de
c) comunicação entre a população e represen‑ c Alterações inseridas no texto da referida Lei. dezembro de 2004, e à Lei no 12.232, de 29
tantes da Administração e do contratado
designados para prestar as informações e Art. 180. O caput do art. 10 da Lei no 11.079, de abril de 2010.
esclarecimentos pertinentes, na forma de de 30 de dezembro de 2004, passa a vigorar Art. 187. Os Estados, o Distrito Federal e os
regulamento; com a seguinte redação: Municípios poderão aplicar os regulamentos
d) divulgação, na forma de regulamento, de c Alterações inseridas no texto da referida Lei. editados pela União para execução desta Lei.
relatório final com informações sobre a CAPÍTULO III Art. 188. VETADO.
consecução dos objetivos que tenham jus‑
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Art. 189. Aplica‑se esta Lei às hipóteses pre‑
tificado a contratação e eventuais condutas
a serem adotadas para o aprimoramento Art. 181. Os entes federativos instituirão cen‑ vistas na legislação que façam referência ex‑
das atividades da Administração. trais de compras, com o objetivo de realizar pressa à Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993,
§ 4o O PNCP adotará o formato de dados aber‑ compras em grande escala, para atender a di‑ à Lei n o 10.520, de 17 de julho de 2002, e
tos e observará as exigências previstas na Lei versos órgãos e entidades sob sua competên‑ aos arts. 1 o a 47‑A da Lei n o 12.462, de 4 de
no 12.527, de 18 de novembro de 2011. cia e atingir as finalidades desta Lei. agosto de 2011.
§ 5o VETADO. Parágrafo único. No caso dos Municípios Art. 190. O contrato cujo instrumento tenha
com até 10.000 (dez mil) habitantes, serão sido assinado antes da entrada em vigor desta
Art. 175. Sem prejuízo do disposto no art. 174
desta Lei, os entes federativos poderão insti‑ preferencialmente constituídos consórcios Lei continuará a ser regido de acordo com as
tuir sítio eletrônico oficial para divulgação públicos para a realização das atividades pre‑ regras previstas na legislação revogada.
complementar e realização das respectivas vistas no caput deste artigo, nos termos da Lei
no 11.107, de 6 de abril de 2005. Art. 191. Até o decurso do prazo de que trata
contratações. o inciso II do caput do art. 193, a Adminis‑
§ 1 o Desde que mantida a integração com o Art. 182. O Poder Executivo federal atualiza‑
tração poderá optar por licitar ou contratar
PNCP, as contratações poderão ser realizadas rá, a cada dia 1o de janeiro, pelo Índice Nacio‑
diretamente de acordo com esta Lei ou de
por meio de sistema eletrônico fornecido por nal de Preços ao Consumidor Amplo Especial
pessoa jurídica de direito privado, na forma de (IPCA‑E) ou por índice que venha a substituí‑lo, acordo com as leis citadas no referido inciso,
regulamento. os valores fixados por esta Lei, os quais serão desde que:
divulgados no PNCP. c Caput com a redação dada pela MP no 1.167, de
§ 2o Até 31 de dezembro de 2023, os Municí‑ 31-3-2023, que até o encerramento desta edição
pios deverão realizar divulgação complemen‑ Art. 183. Os prazos previstos nesta Lei serão não havia sido convertida em lei.
tar de suas contratações mediante publicação contados com exclusão do dia do começo e
de extrato de edital de licitação em jornal diá‑ inclusão do dia do vencimento e observarão as I – a publicação do edital ou do ato autoriza‑
rio de grande circulação local. seguintes disposições: tivo da contratação direta ocorra até 29 de
dezembro de 2023; e
c § 2o promulgado nos termos do art. 66, § 5o, da CF I – os prazos expressos em dias corridos serão
(DOU de 11-6-2021). computados de modo contínuo; II – a opção escolhida seja expressamente
Art. 176. Os Municípios com até 20.000 (vinte II – os prazos expressos em meses ou anos se‑ indicada no edital ou no ato autorizativo da
mil) habitantes terão o prazo de 6 (seis) anos, rão computados de data a data; contratação direta.
contado da data de publicação desta Lei, para III – nos prazos expressos em dias úteis, serão c Incisos I e II acrescidos pela MP n o 1.167, de 31-
cumprimento: computados somente os dias em que ocorrer 3-2023, que até o encerramento desta edição não
expediente administrativo no órgão ou entida‑ havia sido convertida em lei.
I – dos requisitos estabelecidos no art. 7o e no
caput do art. 8o desta Lei; de competente. § 1o Na hipótese do caput, se a Administração
II – da obrigatoriedade de realização da licita‑ § 1 o Salvo disposição em contrário, conside‑ optar por licitar de acordo com as leis citadas
ção sob a forma eletrônica a que se refere o ra‑se dia do começo do prazo: no inciso II do caput do art. 193, o respectivo
§ 2o do art. 17 desta Lei; I – o primeiro dia útil seguinte ao da disponibi‑ contrato será regido pelas regras nelas previs‑
III – das regras relativas à divulgação em sítio lização da informação na internet; tas durante toda a sua vigência.
eletrônico oficial. II – a data de juntada aos autos do aviso de c Parágrafo único transformado em § 1o e com a re-
Parágrafo único. Enquanto não adotarem o recebimento, quando a notificação for pelos dação dada pela MP n o 1.167, de 31-3-2023, que
PNCP, os Municípios a que se refere o caput correios. até o encerramento desta edição não havia sido
deste artigo deverão: § 2 o Considera‑se prorrogado o prazo até o convertida em lei.
LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA
I – publicar, em diário oficial, as informações primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair § 2 o É vedada a aplicação combinada desta
que esta Lei exige que sejam divulgadas em em dia em que não houver expediente, se o Lei com as citadas no inciso II do caput do
sítio eletrônico oficial, admitida a publicação expediente for encerrado antes da hora normal art. 193.
de extrato; ou se houver indisponibilidade da comunica‑ c § 2o acrescido pela MP no 1.167, de 31-3-2023, que
II – disponibilizar a versão física dos documen‑ ção eletrônica. até o encerramento desta edição não havia sido
tos em suas repartições, vedada a cobrança de convertida em lei.
§ 3 o Na hipótese do inciso II do caput deste
qualquer valor, salvo o referente ao forneci‑
artigo, se no mês do vencimento não houver Art. 192. O contrato relativo a imóvel do pa‑
mento de edital ou de cópia de documento,
o dia equivalente àquele do início do prazo, trimônio da União ou de suas autarquias e
que não será superior ao custo de sua repro‑
considera‑se como termo o último dia do mês. fundações continuará regido pela legislação
dução gráfica.
Art. 184. Aplicam‑se as disposições desta Lei, pertinente, aplicada esta Lei subsidiariamente.
CAPÍTULO II no que couber e na ausência de norma especí‑
DAS ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS Art. 193. Revogam‑se:
fica, aos convênios, acordos, ajustes e outros
Art. 177. O caput do art. 1.048 da Lei instrumentos congêneres celebrados por ór‑ I – os arts. 89 a 108 da Lei no 8.666, de 21 de
n o 13.105, de 16 de março de 2015 (Código gãos e entidades da Administração Pública, na junho de 1993, na data de publicação desta
de Processo Civil), passa a vigorar acrescido do forma estabelecida em regulamento do Poder Lei;
seguinte inciso IV: Executivo federal. II – em 30 de dezembro de 2023:
c Alterações inseridas no texto do referido Código. Art. 185. Aplicam‑se às licitações e aos con‑ a) a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993;
Art. 178. O Título XI da Parte Especial do De‑ tratos regidos pela Lei n o 13.303, de 30 de b) a Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002; e
creto‑Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 junho de 2016, as disposições do Capítulo II‑B c) os arts. 1o a 47‑A da Lei no 12.462, de 4 de
(Código Penal), passa a vigorar acrescido do do Título XI da Parte Especial do Decreto‑Lei agosto de 2011.
seguinte Capítulo II‑B: no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código c Inciso II com a redação dada pela LC no 198, de
c Alterações inseridas no texto do referido Código. Penal). 28-6-2023.
2125
Lei Complementar no 101/2000
se resultar a diminuição, direta ou indireta, do Subseção II II – deverá ser liquidada, com juros e outros
ônus deste; DAS VEDAÇÕES encargos incidentes, até o dia dez de dezem‑
II – se o empréstimo ou financiamento a que se Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá bro de cada ano;
refere o inciso I for concedido por instituição títulos da dívida pública a partir de dois anos c Art. 10, VIII, da Lei no 1.079, de 10-4-1950 (Lei dos
financeira controlada pelo ente da Federação, após a publicação desta Lei Complementar. Crimes de Responsabilidade).
o valor da operação será deduzido das despe‑ c Art. 1o, XIX, do Dec.‑lei no 201, de 27-2-1967 (Lei de
c Art. 164, § 2o, da CF.
sas de capital; Responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores).
III – VETADO. Art. 35. É vedada a realização de operação de
crédito entre um ente da Federação, direta‑ III – não será autorizada se forem cobrados
§ 4o Sem prejuízo das atribuições próprias do outros encargos que não a taxa de juros da
mente ou por intermédio de fundo, autarquia,
Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o operação, obrigatoriamente prefixada ou in‑
fundação ou empresa estatal dependente, e
Ministério da Fazenda efetuará o registro ele‑ dexada à taxa básica financeira, ou à que vier
outro, inclusive suas entidades da administra‑
trônico centralizado e atualizado das dívidas a esta substituir;
ção indireta, ainda que sob a forma de nova‑
públicas interna e externa, garantido o acesso IV – estará proibida:
ção, refinanciamento ou postergação de dívida
público às informações, que incluirão:
contraída anteriormente. a) enquanto existir operação anterior da mes‑
I – encargos e condições de contratação; c Art. 52, IV a IX, da CF. ma natureza não integralmente resgatada;
II – saldos atualizados e limites relativos às dí‑ b) no último ano de mandato do Presidente,
vidas consolidada e mobiliária, operações de § 1o Excetuam‑se da vedação a que se refere o
caput as operações entre instituição financei‑ Governador ou Prefeito Municipal.
crédito e concessão de garantias.
ra estatal e outro ente da Federação, inclusive § 1o As operações de que trata este artigo não
§ 5o Os contratos de operação de crédito exter‑ suas entidades da administração indireta, que serão computadas para efeito do que dispõe
no não conterão cláusula que importe na com‑ não se destinem a: o inciso III do art. 167 da Constituição, desde
pensação automática de débitos e créditos.
I – financiar, direta ou indiretamente, despesas que liquidadas no prazo definido no inciso II
§ 6 o O prazo de validade da verificação dos correntes; do caput.
limites e das condições de que trata este artigo II – refinanciar dívidas não contraídas junto à
e da análise realizada para a concessão de ga‑ § 2o As operações de crédito por antecipação
própria instituição concedente. de receita realizadas por Estados ou Municípios
rantia pela União será de, no mínimo, 90 (no‑
venta) dias e, no máximo, 270 (duzentos e se‑ § 2o O disposto no caput não impede Estados serão efetuadas mediante abertura de crédito
tenta) dias, a critério do Ministério da Fazenda. e Municípios de comprar títulos da dívida da junto à instituição financeira vencedora em
União como aplicação de suas disponibilidades. processo competitivo eletrônico promovido
c § 6o acrescido pela LC n o 159, de 19-5-2017.
c Port. da MF n o 500, de 2-6-2023, regulamenta os
Art. 36. É proibida a operação de crédito en‑ pelo Banco Central do Brasil.
prazos de validade da verificação do cumprimen- tre uma instituição financeira estatal e o ente § 3o O Banco Central do Brasil manterá sistema
to de limites e de condições de que trata este da Federação que a controle, na qualidade de de acompanhamento e controle do saldo do
parágrafo. beneficiário do empréstimo. crédito aberto e, no caso de inobservância dos
§ 7 o Poderá haver alteração da finalidade de c Art. 37 da CF. limites, aplicará as sanções cabíveis à institui‑
operação de crédito de Estados, do Distrito Parágrafo único. O disposto no caput não ção credora.
Federal e de Municípios sem a necessidade de proíbe instituição financeira controlada de
Subseção IV
nova verificação pelo Ministério da Economia, adquirir, no mercado, títulos da dívida públi‑
desde que haja prévia e expressa autorização ca para atender investimento de seus clientes, DAS OPERAÇÕES COM O BANCO
para tanto, no texto da lei orçamentária, em ou títulos da dívida de emissão da União para CENTRAL DO BRASIL
créditos adicionais ou em lei específica, que aplicação de recursos próprios. Art. 39. Nas suas relações com ente da Fede‑
se demonstre a relação custo‑benefício e o in‑ Art. 37. Equiparam‑se a operações de crédito ração, o Banco Central do Brasil está sujeito
teresse econômico e social da operação e que e estão vedados: às vedações constantes do art. 35 e mais às
não configure infração a dispositivo desta Lei seguintes:
Complementar. I – captação de recursos a título de antecipa‑
ção de receita de tributo ou contribuição cujo I – compra de título da dívida, na data de sua
c § 7o acrescido pela LC n o 178, de 13-1-2021.
fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem colocação no mercado, ressalvado o disposto
Art. 33. A instituição financeira que contratar prejuízo do disposto no § 7 o do art. 150 da no § 2o deste artigo;
operação de crédito com ente da Federação, Constituição; II – permuta, ainda que temporária, por inter‑
exceto quando relativa à dívida mobiliária II – recebimento antecipado de valores de em‑ médio de instituição financeira ou não, de títu‑
ou à externa, deverá exigir comprovação de presa em que o Poder Público detenha, direta lo da dívida de ente da Federação por título da
que a operação atende às condições e limites ou indiretamente, a maioria do capital social dívida pública federal, bem como a operação
estabelecidos. com direito a voto, salvo lucros e dividendos, de compra e venda, a termo, daquele título,
§ 1o A operação realizada com infração do dis‑ na forma da legislação; cujo efeito final seja semelhante à permuta;
posto nesta Lei Complementar será considera‑ III – assunção direta de compromisso, confis‑ III – concessão de garantia.
da nula, procedendo‑se ao seu cancelamento, são de dívida ou operação assemelhada, com
§ 1o O disposto no inciso II, in fine, não se apli‑
mediante a devolução do principal, vedados fornecedor de bens, mercadorias ou serviços,
ca ao estoque de Letras do Banco Central do
o pagamento de juros e demais encargos mediante emissão, aceite ou aval de título de
financeiros. crédito, não se aplicando esta vedação a em‑ Brasil, Série Especial, existente na carteira das
presas estatais dependentes; instituições financeiras, que pode ser refinan‑
§ 2o Se a devolução não for efetuada no exer‑ ciado mediante novas operações de venda a
IV – assunção de obrigação, sem autorização
cício de ingresso dos recursos, será consignada termo.
orçamentária, com fornecedores para paga‑
reserva específica na lei orçamentária para o
mento a posteriori de bens e serviços. § 2o O Banco Central do Brasil só poderá com‑
exercício seguinte.
prar diretamente títulos emitidos pela União
§ 3 Enquanto não for efetuado o cancelamen‑ Subseção III
o
2142
Lei no 9.433/1997
I – representantes dos Ministérios e Secretarias II – 1 (um) Secretário‑Executivo, que será o § 2 o Nos Comitês de Bacia Hidrográfica de
da Presidência da República com atuação no titular do órgão integrante da estrutura do bacias de rios fronteiriços e transfronteiriços
gerenciamento ou no uso de recursos hídricos; Ministério da Integração e do Desenvolvi‑ de gestão compartilhada, a representação da
II – representantes indicados pelos Conselhos mento Regional responsável pela gestão dos União deverá incluir um representante do Mi‑
Estaduais de Recursos Hídricos; recursos hídricos. nistério das Relações Exteriores.
c Res. do CNRH n o 93, de 5-11-2008 (DOU de 11- c Incisos I e II com a redação dada pela Lei no 14.600, § 3o Nos Comitês de Bacia Hidrográfica de ba‑
2-2009), regula os procedimentos para o arbitra- de 19-6-2023. cias cujos territórios abranjam terras indígenas
mento de conflitos existentes entre Conselhos devem ser incluídos representantes:
Estaduais de Recursos Hídricos. CAPÍTULO III
DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA I – da Fundação Nacional do Índio – FUNAI,
III – representantes dos usuários dos recursos como parte da representação da União;
hídricos; Art. 37. Os Comitês de Bacia Hidrográfica te‑ II – das comunidades indígenas ali residentes
IV – representantes das organizações civis de rão como área de atuação: ou com interesses na bacia.
recursos hídricos. I – a totalidade de uma bacia hidrográfica;
§ 4o A participação da União nos Comitês de
Parágrafo único. O número de representan‑ II – sub‑bacia hidrográfica de tributário do cur‑
Bacia Hidrográfica com área de atuação res‑
tes do Poder Executivo Federal não poderá ex‑ so de água principal da bacia, ou de tributário
trita a bacias de rios sob domínio estadual,
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
ceder à metade mais um do total dos membros desse tributário; ou
dar‑se‑á na forma estabelecida nos respectivos
do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. III – grupo de bacias ou sub‑bacias hidrográfi‑
regimentos.
cas contíguas.
Art. 35. Compete ao Conselho Nacional de Art. 40. Os Comitês de Bacia Hidrográfica se‑
Recursos Hídricos: Parágrafo único. A instituição de Comitês
rão dirigidos por um Presidente e um Secretá‑
de Bacia Hidrográfica em rios de domínio da
I – promover a articulação do planejamento de rio, eleitos dentre seus membros.
União será efetivada por ato do Presidente da
recursos hídricos com os planejamentos nacio‑ República. CAPÍTULO IV
nal, regional, estaduais e dos setores usuários;
II – arbitrar, em última instância administrativa, Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hi‑ DAS AGÊNCIAS DE ÁGUA
os conflitos existentes entre Conselhos Esta‑ drográfica, no âmbito de sua área de atuação: Art. 41. As Agências de Água exercerão a
duais de Recursos Hídricos; I – promover o debate das questões relaciona‑ função de secretaria executiva do respectivo
III – deliberar sobre os projetos de aproveita‑ das a recursos hídricos e articular a atuação das ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica.
mento de recursos hídricos cujas repercussões entidades intervenientes; Art. 42. As Agências de Água terão a mesma
extrapolem o âmbito dos Estados em que serão II – arbitrar, em primeira instância adminis‑ área de atuação de um ou mais Comitês de
implantados; trativa, os conflitos relacionados aos recursos Bacia Hidrográfica.
IV – deliberar sobre as questões que lhe te‑ hídricos;
III – aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Parágrafo único. A criação das Agências
nham sido encaminhadas pelos Conselhos Es‑ de Água será autorizada pelo Conselho Na‑
taduais de Recursos Hídricos ou pelos Comitês bacia;
IV – acompanhar a execução do Plano de cional de Recursos Hídricos ou pelos Conse‑
de Bacia Hidrográfica; lhos Estaduais de Recursos Hídricos mediante
V – analisar propostas de alteração da legisla‑ Recursos Hídricos da bacia e sugerir as provi‑
dências necessárias ao cumprimento de suas solicitação de um ou mais Comitês de Bacia
ção pertinente a recursos hídricos e à Política Hidrográfica.
Nacional de Recursos Hídricos; metas;
VI – estabelecer diretrizes complementares V – propor ao Conselho Nacional e aos Conse‑ Art. 43. A criação de uma Agência de Água
para implementação da Política Nacional de lhos Estaduais de Recursos Hídricos as acumu‑ é condicionada ao atendimento dos seguintes
lações, derivações, captações e lançamentos requisitos:
Recursos Hídricos, aplicação de seus instru‑
de pouca expressão, para efeito de isenção da I – prévia existência do respectivo ou respecti‑
mentos e atuação do Sistema Nacional de Ge‑
obrigatoriedade de outorga de direitos de uso vos Comitês de Bacia Hidrográfica;
renciamento de Recursos Hídricos;
de recursos hídricos, de acordo com os domí‑ II – viabilidade financeira assegurada pela co‑
VII – aprovar propostas de instituição dos
nios destes; brança do uso dos recursos hídricos em sua
Comitês de Bacia Hidrográfica e estabelecer VI – estabelecer os mecanismos de cobrança
critérios gerais para a elaboração de seus área de atuação.
pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valo‑
regimentos; res a serem cobrados; Art. 44. Compete às Agências de Água, no
VIII – VETADO; VII e VIII – VETADOS; âmbito de sua área de atuação:
IX – acompanhar a execução e aprovar o Plano IX – estabelecer critérios e promover o rateio I – manter balanço atualizado da disponibi‑
Nacional de Recursos Hídricos e determinar as de custo das obras de uso múltiplo, de interes‑ lidade de recursos hídricos em sua área de
providências necessárias ao cumprimento de se comum ou coletivo. atuação;
suas metas; II – manter o cadastro de usuários de recursos
Parágrafo único. Das decisões dos Comitês
c Inciso IX com a redação dada pela Lei n o 9.984, de
de Bacia Hidrográfica caberá recurso ao Con‑ hídricos;
17-7-2000. III – efetuar, mediante delegação do outorgan‑
selho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de
X – estabelecer critérios gerais para a outorga Recursos Hídricos, de acordo com sua esfera te, a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
de direitos de uso de recursos hídricos e para a de competência. IV – analisar e emitir pareceres sobre os proje‑
cobrança por seu uso; tos e obras a serem financiados com recursos
Art. 39. Os Comitês de Bacia Hidrográfica são gerados pela cobrança pelo uso de Recursos
XI – zelar pela implementação da Política Na‑ compostos por representantes:
cional de Segurança de Barragens (PNSB); Hídricos e encaminhá‑los à instituição finan‑
XII – estabelecer diretrizes para implementa‑ I – da União; ceira responsável pela administração desses
ção da PNSB, aplicação de seus instrumentos II – dos Estados e do Distrito Federal cujos ter‑ recursos;
e atuação do Sistema Nacional de Informações ritórios se situem, ainda que parcialmente, em V – acompanhar a administração financeira
sobre Segurança de Barragens (SNISB); suas respectivas áreas de atuação; dos recursos arrecadados com a cobrança
XIII – apreciar o Relatório de Segurança de III – dos Municípios situados, no todo ou em pelo uso de recursos hídricos em sua área de
parte, em sua área de atuação; atuação;
Barragens, fazendo, se necessário, reco‑
IV – dos usuários das águas de sua área de VI – gerir o Sistema de Informações sobre Re‑
mendações para melhoria da segurança das
atuação; cursos Hídricos em sua área de atuação;
obras, bem como encaminhá‑lo ao Congresso
V – das entidades civis de recursos hídricos com VII – celebrar convênios e contratar financia‑
Nacional. atuação comprovada na bacia. mentos e serviços para a execução de suas
c Incisos XI a XIII acrescidos pela Lei no 12.334, de
20-9-2010. § 1o O número de representantes de cada setor competências;
mencionado neste artigo, bem como os crité‑ VIII – elaborar a sua proposta orçamentária e
Art. 36. O Conselho Nacional de Recursos Hí‑ rios para sua indicação, serão estabelecidos submetê‑la à apreciação do respectivo ou res‑
dricos será gerido por: nos regimentos dos comitês, limitada a repre‑ pectivos Comitês de Bacia Hidrográfica;
I – 1 (um) Presidente, que será o Ministro de sentação dos poderes executivos da União, Es‑ IX – promover os estudos necessários para a
Estado da Integração e do Desenvolvimento tados, Distrito Federal e Municípios à metade gestão dos recursos hídricos em sua área de
Regional; do total de membros. atuação;
2167
Lei no 9.433/1997
X – elaborar o Plano de Recursos Hídricos para I – derivar ou utilizar recursos hídricos para prejuízo de responder pela indenização dos
apreciação do respectivo Comitê de Bacia qualquer finalidade, sem a respectiva outorga danos a que der causa.
Hidrográfica; de direito de uso; § 3o Da aplicação das sanções previstas neste
XI – propor ao respectivo ou respectivos Comi‑ II – iniciar a implantação ou implantar em‑ título caberá recurso à autoridade administra‑
tês de Bacia Hidrográfica: preendimento relacionado com a derivação ou tiva competente, nos termos do regulamento.
a) o enquadramento dos corpos de água nas a utilização de recursos hídricos, superficiais
ou subterrâneos, que implique alterações no § 4o Em caso de reincidência, a multa será apli‑
classes de uso, para encaminhamento ao cada em dobro.
respectivo Conselho Nacional ou Conse‑ regime, quantidade ou qualidade dos mes‑
lhos Estaduais de Recursos Hídricos, de mos, sem autorização dos órgãos ou entidades
TÍTULO IV – DAS DISPOSIÇÕES
acordo com o domínio destes; competentes;
GERAIS E TRANSITÓRIAS
b) os valores a serem cobrados pelo uso de III – VETADO;
recursos hídricos; IV – utilizar‑se dos recursos hídricos ou exe‑ Art. 51. O Conselho Nacional de Recursos
c) o plano de aplicação dos recursos arreca‑ cutar obras ou serviços relacionados com os Hídricos e os Conselhos Estaduais de Recur‑
dados com a cobrança pelo uso de recursos mesmos em desacordo com as condições esta‑ sos Hídricos poderão delegar a organizações
belecidas na outorga; sem fins lucrativos relacionadas no art. 47
hídricos;
V – perfurar poços para extração de água desta Lei, por prazo determinado, o exercício
d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo,
subterrânea ou operá‑los sem a devida de funções de competência das Agências de
de interesse comum ou coletivo.
autorização; Água, enquanto esses organismos não estive‑
CAPÍTULO V VI – fraudar as medições dos volumes de água rem constituídos.
DA SECRETARIA EXECUTIVA DO CONSELHO utilizados ou declarar valores diferentes dos c Artigo com a redação dada pela Lei no 10.881, de
NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS medidos; 9-6-2004.
Art. 45. A Secretaria‑Executiva do Conselho VII – infringir normas estabelecidas no regu‑ Art. 52. Enquanto não estiver aprovado e re‑
Nacional de Recursos Hídricos será exercida lamento desta Lei e nos regulamentos admi‑ gulamentado o Plano Nacional de Recursos Hí‑
nistrativos, compreendendo instruções e pro‑ dricos, a utilização dos potenciais hidráulicos
pelo órgão integrante da estrutura do Mi‑
cedimentos fixados pelos órgãos ou entidades para fins de geração de energia elétrica con‑
nistério da Integração e do Desenvolvimento
competentes; tinuará subordinada à disciplina da legislação
Regional responsável pela gestão dos recur‑
VIII – obstar ou dificultar a ação fiscalizadora setorial específica.
sos hídricos.
das autoridades competentes no exercício de
c Artigo com a redação dada pela Lei no 14.600, de suas funções.
Art. 53. O Poder Executivo, no prazo de cento
19-6-2023. e vinte dias a partir da publicação desta Lei,
Art. 50. Por infração de qualquer disposição encaminhará ao Congresso Nacional projeto
Art. 46. Compete à Secretaria Executiva do legal ou regulamentar referente à execução de
Conselho Nacional de Recursos Hídricos: de lei dispondo sobre a criação das Agências
obras e serviços hidráulicos, derivação ou uti‑ de Água.
I – prestar apoio administrativo, técnico e fi‑ lização de recursos hídricos, ou pelo não aten‑
nanceiro ao Conselho Nacional de Recursos Art. 54. O art. 1o da Lei no 8.001, de 13 de
dimento das solicitações feitas, o infrator, a cri‑
Hídricos; março de 1990, passa a vigorar com a seguinte
tério da autoridade competente, ficará sujeito
II – Revogado. Lei no 9.984, de 17-7-2000; redação:
às seguintes penalidades, independentemente
III – instruir os expedientes provenientes dos de sua ordem de enumeração: “Art.1o...................................................................
Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos e .............................................................................
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.066, de
dos Comitês de Bacia Hidrográfica; III – quatro inteiros e quatro centésimos por cento
30-9-2020.
à Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério
IV – Revogado. Lei no 9.984, de 17-7-2000;
I – advertência por escrito, na qual serão do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
V – elaborar seu programa de trabalho e res‑
estabelecidos prazos para correção das Amazônia Legal;
pectiva proposta orçamentária anual e subme‑
irregularidades; IV – três inteiros e seis centésimos por cento ao
tê‑los à aprovação do Conselho Nacional de
II – multa, simples ou diária, proporcional Departamento Nacional de Águas e Energia Elétri-
Recursos Hídricos. à gravidade da infração, de R$ 100,00 (cem ca – DNAEE, do Ministério de Minas e Energia;
reais) a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões V – dois por cento ao Ministério da Ciência e
CAPÍTULO VI Tecnologia.
DAS ORGANIZAÇÕES CIVIS DE de reais); .............................................................................
RECURSOS HÍDRICOS c Inciso II com a redação dada pela Lei no 14.066, de § 4 o A cota destinada à Secretaria de Recursos
30-9-2020. Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, dos
Art. 47. São consideradas, para os efeitos des‑
ta Lei, organizações civis de recursos hídricos:III – embargo provisório, por prazo determina‑ Recursos Hídricos e da Amazônia Legal será em-
do, para execução de serviços e obras neces‑ pregada na implementação da Política Nacional
I – consórcios e associações intermunicipais de sárias ao efetivo cumprimento das condições de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de
bacias hidrográficas; Gerenciamento de Recursos Hídricos e na gestão
de outorga ou para o cumprimento de normas da rede hidrometeorológica nacional.
II – associações regionais, locais ou setoriais de
referentes ao uso, controle, conservação e pro‑
usuários de recursos hídricos; § 5o A cota destinada ao DNAEE será empregada
teção dos recursos hídricos; na operação e expansão de sua rede hidrometeo-
III – organizações técnicas e de ensino e IV – embargo definitivo, com revogação da ou‑ rológica, no estudo dos recursos hídricos e em ser-
pesquisa com interesse na área de recursos torga, se for o caso, para repor incontinenti, no viços relacionados ao aproveitamento da energia
hídricos; seu antigo estado, os recursos hídricos, leitos hidráulica.”
IV – organizações não governamentais com e margens, nos termos dos arts. 58 e 59 do Parágrafo único. Os novos percentuais defi‑
objetivos de defesa de interesses difusos e co‑ Código de Águas ou tamponar os poços de nidos no caput deste artigo entrarão em vigor
letivos da sociedade; extração de água subterrânea. no prazo de cento e oitenta dias contados a
V – outras organizações reconhecidas pelo partir da data de publicação desta Lei.
§ 1o Sempre que da infração cometida resultar
Conselho Nacional ou pelos Conselhos Esta‑
prejuízo a serviço público de abastecimento de Art. 55. O Poder Executivo Federal regulamen‑
duais de Recursos Hídricos.
água, riscos à saúde ou à vida, perecimento tará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias,
Art. 48. Para integrar o Sistema Nacional de bens ou animais, ou prejuízos de qualquer contados da data de sua publicação.
de Recursos Hídricos, as organizações civis natureza a terceiros, a multa a ser aplicada
de recursos hídricos devem ser legalmente Art. 56. Esta Lei entra em vigor na data de sua
nunca será inferior à metade do valor máximo publicação.
constituídas. cominado em abstrato.
Art. 57. Revogam‑se as disposições em
§ 2o No caso dos incisos III e IV, independen‑ contrário.
TÍTULO III – DAS INFRAÇÕES
temente da pena de multa, serão cobradas
E PENALIDADES Brasília, 8 de janeiro de 1997;
do infrator as despesas em que incorrer a Ad‑
Art. 49. Constitui infração das normas de ministração para tornar efetivas as medidas 176o da Independência e
utilização de recursos hídricos superficiais ou previstas nos citados incisos, na forma dos 109o da República.
subterrâneos: arts. 36, 53, 56 e 58 do Código de Águas, sem Fernando Henrique Cardoso
2168
Lei no 11.445/2007
I – drenagem urbana; I – fica admitida a formalização de consórcios V – estabelecer os mecanismos e os procedi‑
II – transporte de águas pluviais urbanas; intermunicipais de saneamento básico, exclu‑ mentos de controle social, observado o dispos‑
III – detenção ou retenção de águas pluviais sivamente composto de Municípios, que po‑ to no inciso IV do caput do art. 3o desta Lei;
urbanas para amortecimento de vazões de derão prestar o serviço aos seus consorciados c Incisos I a V com a redação dada pela Lei no 14.026,
cheias; e diretamente, pela instituição de autarquia de 15-7-2020.
IV – tratamento e disposição final de águas intermunicipal; VI – implementar sistema de informações
pluviais urbanas. II – os consórcios intermunicipais de saneamento
sobre os serviços públicos de saneamento
Arts. 3o‑A a 3o‑D acrescidos pela Lei no 14.026, de básico terão como objetivo, exclusivamente, o
c básico, articulado com o Sistema Nacional de
15-7-2020. financiamento das iniciativas de implantação de
medidas estruturais de abastecimento de água Informações em Saneamento Básico (SINISA),
Art. 4o Os recursos hídricos não integram os potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, o Sistema Nacional de Informações sobre a
serviços públicos de saneamento básico. manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR) e o Siste-
Parágrafo único. A utilização de recursos de águas pluviais, vedada a formalização de con‑ ma Nacional de Gerenciamento de Recursos
hídricos na prestação de serviços públicos de trato de programa com sociedade de economia Hídricos (SINGREH), observadas a metodolo-
saneamento básico, inclusive para disposição mista ou empresa pública, ou a subdelegação do gia e a periodicidade estabelecidas pelo Mi-
ou diluição de esgotos e outros resíduos lí‑ serviço prestado pela autarquia intermunicipal nistério das Cidades; e
quidos, é sujeita a outorga de direito de uso, sem prévio procedimento licitatório. c Inciso VI com a redação dada pela Lei no 14.600, de
nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 19-6-2023.
§ 2o Para os fins desta Lei, as unidades regionais
1997, de seus regulamentos e das legislações de saneamento básico devem apresentar sus‑ VII – intervir e retomar a operação dos serviços
estaduais. tentabilidade econômico‑financeira e contem‑ delegados, por indicação da entidade regula‑
Art. 5o Não constitui serviço público a ação de plar, preferencialmente, pelo menos 1 (uma) re‑ dora, nas hipóteses e nas condições previstas
saneamento executada por meio de soluções gião metropolitana, facultada a sua integração na legislação e nos contratos.
individuais, desde que o usuário não dependa por titulares dos serviços de saneamento. c Inciso VII com a redação dada pela Lei no 14.026,
de terceiros para operar os serviços, bem como § 3o A estrutura de governança para as unida‑ de 15-7-2020.
as ações e serviços de saneamento básico de des regionais de saneamento básico seguirá o Parágrafo único. No exercício das atividades
responsabilidade privada, incluindo o manejo disposto na Lei no 13.089, de 12 de janeiro de a que se refere o caput deste artigo, o titular
de resíduos de responsabilidade do gerador. 2015 (Estatuto da Metrópole). poderá receber cooperação técnica do respec‑
Art. 6o O lixo originário de atividades comer‑ § 4 o Os Chefes dos Poderes Executivos da tivo Estado e basear‑se em estudos fornecidos
ciais, industriais e de serviços cuja responsa‑ União, dos Estados, do Distrito Federal e dos pelos prestadores dos serviços.
bilidade pelo manejo não seja atribuída ao Municípios poderão formalizar a gestão asso‑ c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 14.026, de
gerador pode, por decisão do poder público, ciada para o exercício de funções relativas aos 15-7-2020.
ser considerado resíduo sólido urbano. serviços públicos de saneamento básico, fican‑
do dispensada, em caso de convênio de coo‑ Art. 10. A prestação dos serviços públicos de
Art. 7 o Para os efeitos desta Lei, o serviço saneamento básico por entidade que não in‑
público de limpeza urbana e de manejo de peração, a necessidade de autorização legal.
tegre a administração do titular depende da
resíduos sólidos urbanos é composto pelas se‑ § 5o O titular dos serviços públicos de sanea‑ celebração de contrato de concessão, median‑
guintes atividades: mento básico deverá definir a entidade res‑ te prévia licitação, nos termos do art. 175 da
I – de coleta, de transbordo e de transporte dos ponsável pela regulação e fiscalização desses
Constituição Federal, vedada a sua disciplina
resíduos relacionados na alínea c do inciso I do serviços, independentemente da modalidade
mediante contrato de programa, convênio,
caput do art. 3o desta Lei; de sua prestação.
termo de parceria ou outros instrumentos de
II – de triagem, para fins de reutilização ou c Art. 8o com a redação dada pela Lei no 14.026, de
15-7-2020.
natureza precária.
reciclagem, de tratamento, inclusive por com‑ Caput com a redação dada pela Lei no 14.026, de
postagem, e de destinação final dos resíduos Art. 8o‑A. É facultativa a adesão dos titulares c
15-7-2020.
relacionados na alínea c do inciso I do caput do dos serviços públicos de saneamento de inte‑
resse local às estruturas das formas de presta‑ §§ 1 o e 2 o Revogados. Lei n o 14.026, de
art. 3o desta Lei; e 15-7-2020.
III – de varrição de logradouros públicos, de ção regionalizada.
limpeza de dispositivos de drenagem de águas Art. 8o‑B. No caso de prestação regionalizada § 3o Os contratos de programa regulares vigen‑
pluviais, de limpeza de córregos e outros servi‑ dos serviços de saneamento, as responsabili‑ tes permanecem em vigor até o advento do seu
ços, tais como poda, capina, raspagem e roça‑ dades administrativa, civil e penal são exclu‑ termo contratual.
da, e de outros eventuais serviços de limpeza sivamente aplicadas aos titulares dos serviços c § 3o acrescido pela Lei no 14.026, de 15-7-2020.
urbana, bem como de coleta, de acondiciona‑ públicos de saneamento, nos termos do art. 8o
desta Lei. Art. 10‑A. Os contratos relativos à prestação
mento e de destinação final ambientalmente dos serviços públicos de saneamento básico
adequada dos resíduos sólidos provenientes c Arts. 8o‑A e 8o‑B acrescidos pela Lei no 14.026, de
15-7-2020. deverão conter, expressamente, sob pena de
dessas atividades. nulidade, as cláusulas essenciais previstas no
Incisos I a III com a redação dada pela Lei Art. 9 O titular dos serviços formulará a res‑ art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de
o
c
no 14.026, de 15-7-2020. pectiva política pública de saneamento básico, 1995, além das seguintes disposições:
devendo, para tanto:
CAPÍTULO II I – metas de expansão dos serviços, de redu‑
I – elaborar os planos de saneamento básico,
DO EXERCÍCIO DA TITULARIDADE nos termos desta Lei, bem como estabelecer ção de perdas na distribuição de água tratada,
de qualidade na prestação dos serviços, de
Art. 8o Exercem a titularidade dos serviços pú‑ metas e indicadores de desempenho e mecanis‑
mos de aferição de resultados, a serem obriga‑ eficiência e de uso racional da água, da ener‑
blicos de saneamento básico:
toriamente observados na execução dos servi‑ gia e de outros recursos naturais, do reúso de
I – os Municípios e o Distrito Federal, no caso efluentes sanitários e do aproveitamento de
de interesse local; ços prestados de forma direta ou por concessão;
II – prestar diretamente os serviços, ou conce‑ águas de chuva, em conformidade com os ser‑
II – o Estado, em conjunto com os Municípios viços a serem prestados;
der a prestação deles, e definir, em ambos os
que compartilham efetivamente instalações II – possíveis fontes de receitas alternativas,
casos, a entidade responsável pela regulação e
operacionais integrantes de regiões metropo‑ complementares ou acessórias, bem como
fiscalização da prestação dos serviços públicos
litanas, aglomerações urbanas e microrregiões, de saneamento básico; as provenientes de projetos associados, in‑
instituídas por lei complementar estadual, no III – definir os parâmetros a serem adotados cluindo, entre outras, a alienação e o uso de
caso de interesse comum. para a garantia do atendimento essencial à efluentes sanitários para a produção de água
§ 1o O exercício da titularidade dos serviços de saúde pública, inclusive quanto ao volume mí‑ de reúso, com possibilidade de as receitas se‑
saneamento poderá ser realizado também por nimo per capita de água para abastecimento rem compartilhadas entre o contratante e o
gestão associada, mediante consórcio público público, observadas as normas nacionais rela‑ contratado, caso aplicável;
ou convênio de cooperação, nos termos do tivas à potabilidade da água; III – metodologia de cálculo de eventual inde‑
art. 241 da Constituição Federal, observadas IV – estabelecer os direitos e os deveres dos nização relativa aos bens reversíveis não amor‑
as seguintes disposições: usuários; tizados por ocasião da extinção do contrato; e
2202
Lei no 11.445/2007
nas áreas ocupadas por populações de baixa § 1 o A rede hidráulica e o reservatório des- tado, e os investimentos que visem ao aten‑
renda, incluídos os núcleos urbanos informais tinado a acumular águas de chuva e águas dimento dos Municípios com maiores déficits
consolidados, quando não se encontrarem em cinzas das edificações devem ser distintos da de saneamento cuja população não tenha
situação de risco; rede de água proveniente do abastecimento capacidade de pagamento compatível com a
c Incisos I e II com a redação dada pela Lei no 14.026, público. viabilidade econômico‑financeira dos serviços.
de 15-7-2020. § 2o VETADO. c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 14.026, de
15-7-2020.
III – proporcionar condições adequadas de § 3o As águas de chuva e as águas cinzas pas-
salubridade ambiental aos povos indígenas § 2o A União poderá instituir e orientar a execu‑
sarão por processo de tratamento que asse- ção de programas de incentivo à execução de
e outras populações tradicionais, com so‑ gure sua utilização segura, previamente à
luções compatíveis com suas características projetos de interesse social na área de sanea‑
acumulação e ao uso na edificação. mento básico com participação de investidores
socioculturais;
c Art. 49‑A acrescido pela Lei n o 14.546, de 4-4-2023. privados, mediante operações estruturadas de
IV – proporcionar condições adequadas de sa‑
lubridade ambiental às populações rurais e às Art. 50. A alocação de recursos públicos fede‑ financiamentos realizados com recursos de
pequenas comunidades; rais e os financiamentos com recursos da União fundos privados de investimento, de capitaliza‑
c Inciso IV com a redação dada pela Lei n o 14.026, de
ou com recursos geridos ou operados por ór‑ ção ou de previdência complementar, em con‑
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
15-7-2020. gãos ou entidades da União serão feitos em dições compatíveis com a natureza essencial
conformidade com as diretrizes e objetivos es‑ dos serviços públicos de saneamento básico.
V – assegurar que a aplicação dos recursos tabelecidos nos arts. 48 e 49 desta Lei e com os
financeiros administrados pelo poder público planos de saneamento básico e condicionados: § 3o É vedada a aplicação de recursos orçamen‑
dê‑se segundo critérios de promoção da salu‑ tários da União na administração, operação e
bridade ambiental, de maximização da relação c Dec. n 11.467, de 5-4-2023, dispõe sobre a alo-
o
manutenção de serviços públicos de sanea‑
cação de recursos públicos federais e os finan- mento básico não administrados por órgão ou
benefício‑custo e de maior retorno social; ciamentos com recursos da União ou geridos ou
VI – incentivar a adoção de mecanismos de pla‑ entidade federal, salvo por prazo determinado
operados por órgãos ou entidades da União de que
nejamento, regulação e fiscalização da presta‑ trata este artigo.
em situações de eminente risco à saúde públi‑
ção dos serviços de saneamento básico; ca e ao meio ambiente.
VII – promover alternativas de gestão que via‑ I – ao alcance de índices mínimos de: § 4o Os recursos não onerosos da União, para
bilizem a autossustentação econômica e finan‑ a) desempenho do prestador na gestão técni‑ subvenção de ações de saneamento básico
ceira dos serviços de saneamento básico, com ca, econômica e financeira dos serviços; e promovidas pelos demais entes da Federação,
ênfase na cooperação federativa; b) eficiência e eficácia na prestação dos servi‑ serão sempre transferidos para Municípios, o
VIII – promover o desenvolvimento institu‑ ços públicos de saneamento básico; Distrito Federal ou Estados.
cional do saneamento básico, estabelecendo c Alíneas a e b com a redação dada pela Lei § 5o No fomento à melhoria da prestação dos
meios para a unidade e articulação das ações no 14.026, de 15-7-2020.
serviços públicos de saneamento básico, a
dos diferentes agentes, bem como do desen‑ II – à operação adequada e à manutenção dos União poderá conceder benefícios ou incenti‑
volvimento de sua organização, capacidade empreendimentos anteriormente financiados vos orçamentários, fiscais ou creditícios como
técnica, gerencial, financeira e de recursos com os recursos mencionados no caput deste contrapartida ao alcance de metas de desem‑
humanos, contempladas as especificidades artigo; penho operacional previamente estabelecidas.
locais; c Inciso II com a redação dada pela Lei n o 14.026, de c § 5 o com a redação dada pela Lei n o 14.026, de
IX – fomentar o desenvolvimento científico e 15-7-2020. 15-7-2020.
tecnológico, a adoção de tecnologias apropria‑
III – à observância das normas de referência § 6o A exigência prevista na alínea a do inciso I
das e a difusão dos conhecimentos gerados de
interesse para o saneamento básico; para a regulação da prestação dos serviços do caput deste artigo não se aplica à destina‑
X – minimizar os impactos ambientais rela‑ públicos de saneamento básico expedidas pela ção de recursos para programas de desenvol‑
cionados à implantação e desenvolvimento ANA; vimento institucional do operador de serviços
das ações, obras e serviços de saneamento c Inciso III acrescido pela Lei n 14.026, de
o
públicos de saneamento básico.
15-7-2020.
básico e assegurar que sejam executadas de § 7o VETADO.
acordo com as normas relativas à proteção do IV – ao cumprimento de índice de perda de § 8o A manutenção das condições e do acesso
meio ambiente, ao uso e ocupação do solo e água na distribuição, conforme estabelecido aos recursos referidos no caput deste artigo
à saúde; em ato do Ministro de Estado das Cidades; dependerá da continuidade da observância
XI – incentivar a adoção de equipamentos V – ao fornecimento de informações atua- dos atos normativos e da conformidade dos
sanitários que contribuam para a redução do lizadas para o SINISA, conforme critérios, órgãos e das entidades reguladoras ao dispos‑
consumo de água; métodos e periodicidade estabelecidos pelo to no inciso III do caput deste artigo.
c Inciso XI acrescido pela Lei n o 12.862, de Ministério das Cidades;
17-9-2013. § 9o A restrição de acesso a recursos públicos
c Incisos IV e V com a redação dada pela Lei federais e a financiamentos decorrente do
XII – promover educação ambiental destinada no 14.600, de 19-6-2023. descumprimento do inciso III do caput deste
à economia de água pelos usuários; VI – à regularidade da operação a ser finan‑ artigo não afetará os contratos celebrados an‑
c Inciso XII com a redação dada pela Lei no 14.026, ciada, nos termos do inciso XIII do caput do teriormente à sua instituição e as respectivas
de 15-7-2020. art. 3o desta Lei; previsões de desembolso.
XIII – promover a capacitação técnica do setor; VII – à estruturação de prestação regionalizada; § 10. O disposto no inciso III do caput deste
XIV – promover a regionalização dos serviços, VIII – à adesão pelos titulares dos serviços pú‑ artigo não se aplica às ações de saneamento
com vistas à geração de ganhos de escala, por blicos de saneamento básico à estrutura de go‑ básico em:
meio do apoio à formação dos blocos de refe‑ vernança correspondente em até 180 (cento e
rência e à obtenção da sustentabilidade econô‑ oitenta) dias contados de sua instituição, nos I – áreas rurais;
mica financeira do bloco; casos de unidade regional de saneamento bá‑ II – comunidades tradicionais, incluídas áreas
XV – promover a concorrência na prestação sico, blocos de referência e gestão associada; e quilombolas; e
dos serviços; e IX – à constituição da entidade de governança III – terras indígenas.
XVI – priorizar, apoiar e incentivar planos, pro‑ federativa no prazo estabelecido no inciso VIII § 11. A União poderá criar cursos de capacita‑
gramas e projetos que visem à implantação e à do caput deste artigo. ção técnica dos gestores públicos municipais,
ampliação dos serviços e das ações de sanea‑ c Incisos VI a IX acrescidos pela Lei n o 14.026, de em consórcio ou não com os Estados, para a
mento integrado, nos termos desta Lei. 15-7-2020. elaboração e implementação dos planos de
c Incisos XIII a XVI acrescidos pela Lei n o 14.026, de § 1 o Na aplicação de recursos não onerosos da saneamento básico.
15-7-2020. União, serão priorizados os investimentos de c §§ 8 o a 11 acrescidos pela Lei n o 14.026, de
Art. 49‑A. No âmbito da Política Federal de capital que viabilizem a prestação de serviços 15-7-2020.
Saneamento Básico, a União estimulará o uso regionalizada, por meio de blocos regionais, § 12. VETADO. Lei no 14.026, de 15-7-2020.
das águas de chuva e o reúso não potável das quando a sua sustentabilidade econômico‑fi‑ Art. 51. O processo de elaboração e revisão
águas cinzas em novas edificações e nas ati- nanceira não for possível apenas com recur‑ dos planos de saneamento básico deverá pre‑
vidades paisagísticas, agrícolas, florestais e sos oriundos de tarifas ou taxas, mesmo após ver sua divulgação em conjunto com os estu‑
industriais, conforme regulamento. agrupamento com outros Municípios do Es‑ dos que os fundamentarem, o recebimento de
2209
Lei no 11.445/2007
sugestões e críticas por meio de consulta ou IV – contemplar ações específicas de segurança reguladoras fornecerão as informações a se‑
audiência pública e, quando previsto na legis‑ hídrica; e rem inseridas no SINISA.
lação do titular, análise e opinião por órgão co‑ V – contemplar ações de saneamento básico c § 7o acrescido pela Lei no 14.026, de 15-7-2020.
legiado criado nos termos do art. 47 desta Lei. em núcleos urbanos informais ocupados por Art. 53‑A. Fica criado o Comitê Interministe‑
Parágrafo único. A divulgação das propostas populações de baixa renda, quando estes fo‑ rial de Saneamento Básico (CISB), colegiado
dos planos de saneamento básico e dos estu‑ rem consolidados e não se encontrarem em que, sob a presidência do Ministério do De‑
dos que as fundamentarem dar‑se‑á por meio situação de risco. senvolvimento Regional, tem a finalidade de
da disponibilização integral de seu teor a todos c Incisos III a V acrescidos pela Lei no 14.026, de assegurar a implementação da política federal
os interessados, inclusive por meio da internet 15-7-2020. de saneamento básico e de articular a atua‑
e por audiência pública. § 2o Os planos de que tratam os incisos I e II do ção dos órgãos e das entidades federais na
Art. 52. A União elaborará, sob a coordena- caput deste artigo devem ser elaborados com alocação de recursos financeiros em ações de
ção do Ministério das Cidades: horizonte de 20 (vinte) anos, avaliados anual‑ saneamento básico.
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.600, de mente e revisados a cada 4 (quatro) anos, pre‑ Parágrafo único. A composição do CISB será
19-6-2023. ferencialmente em períodos coincidentes com definida em ato do Poder Executivo federal.
I – o Plano Nacional de Saneamento Básico, os de vigência dos planos plurianuais. Art. 53‑B. Compete ao CISB:
que conterá: § 3o A União estabelecerá, de forma subsidiária I – coordenar, integrar, articular e avaliar a ges‑
c Caput do inciso I com a redação dada pela Lei aos Estados, blocos de referência para a pres‑ tão, em âmbito federal, do Plano Nacional de
no 14.026, de 15-7-2020. tação regionalizada dos serviços públicos de Saneamento Básico;
a) os objetivos e metas nacionais e regiona‑ saneamento básico. II – acompanhar o processo de articulação e as
lizadas, de curto, médio e longo prazos, c § 3o acrescido pela Lei no 14.026, de 15-7-2020. medidas que visem à destinação dos recursos
para a universalização dos serviços de sa‑ para o saneamento básico, no âmbito do Poder
Art. 53. Fica instituído o Sistema Nacional de Executivo federal;
neamento básico e o alcance de níveis cres‑ Informações em Saneamento Básico – SINISA,
centes de saneamento básico no território III – garantir a racionalidade da aplicação dos
com os objetivos de: recursos federais no setor de saneamento bá‑
nacional, observando a compatibilidade
I – coletar e sistematizar dados relativos às con‑ sico, com vistas à universalização dos serviços
com os demais planos e políticas públicas
da União; dições da prestação dos serviços públicos de e à ampliação dos investimentos públicos e
b) as diretrizes e orientações para o equacio‑ saneamento básico; privados no setor;
namento dos condicionantes de natureza II – disponibilizar estatísticas, indicadores e IV – elaborar estudos técnicos para subsidiar a
político‑institucional, legal e jurídica, eco‑ outras informações relevantes para a carac‑ tomada de decisões sobre a alocação de recur‑
nômico‑financeira, administrativa, cultural terização da demanda e da oferta de serviços sos federais no âmbito da política federal de
e tecnológica com impacto na consecução públicos de saneamento básico; saneamento básico; e
das metas e objetivos estabelecidos; III – permitir e facilitar o monitoramento e ava‑ V – avaliar e aprovar orientações para a apli‑
c) a proposição de programas, projetos e liação da eficiência e da eficácia da prestação cação dos recursos federais em saneamento
ações necessários para atingir os objetivos dos serviços de saneamento básico. básico.
e as metas da política federal de saneamen‑ § 1 o As informações do SINISA são públicas, Art. 53‑C. Regimento interno disporá sobre a
to básico, com identificação das fontes de gratuitas, acessíveis a todos e devem ser pu‑ organização e o funcionamento do CISB.
financiamento, de forma a ampliar os in‑ blicadas na internet, em formato de dados Art. 53‑D. Fica estabelecida como política
vestimentos públicos e privados no setor; abertos. federal de saneamento básico a execução de
c Alínea c com a redação dada pela Lei no 14.026, de c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 14.026, de obras de infraestrutura básica de esgotamento
15-7-2020. 15-7-2020. sanitário e abastecimento de água potável em
d) as diretrizes para o planejamento das ações núcleos urbanos formais, informais e informais
§ 2o A União apoiará os titulares dos serviços consolidados, passíveis de serem objeto de
de saneamento básico em áreas de especial a organizar sistemas de informação em sanea‑
interesse turístico; Regularização Fundiária Urbana (REURB), nos
mento básico, em atendimento ao disposto no termos da Lei n o 13.465, de 11 de julho de
e) os procedimentos para a avaliação siste‑ inciso VI do caput do art. 9o desta Lei.
mática da eficiência e eficácia das ações 2017, salvo aqueles que se encontrarem em
c § 2o acrescido pela Lei no 14.026, de 15-7-2020. situação de risco.
executadas;
§ 3 o Competem ao Ministério das Cidades a Parágrafo único. Admite‑se, prioritariamen‑
II – planos regionais de saneamento básico,
organização, a implementação e a gestão te, a implantação e a execução das obras de in‑
elaborados e executados em articulação com
do SINISA, além do estabelecimento dos cri- fraestrutura básica de abastecimento de água
os Estados, Distrito Federal e Municípios envol‑
térios, dos métodos e da periodicidade para e esgotamento sanitário mediante sistema
vidos para as regiões integradas de desenvolvi‑
o preenchimento das informações pelos ti- condominial, entendido como a participação
mento econômico ou nas que haja a participa‑ comunitária com tecnologias apropriadas para
ção de órgão ou entidade federal na prestação tulares, pelas entidades reguladoras e pelos
prestadores dos serviços e para a auditoria produzir soluções que conjuguem redução de
de serviço público de saneamento básico. custos de operação e aumento da eficiência, a
própria do sistema.
§ 1o O Plano Nacional de Saneamento Básico fim de criar condições para a universalização.
deverá: § 4 o A ANA e o Ministério das Cidades pro- c Arts. 53‑A a 53‑D acrescidos pela Lei no 14.026, de
c Caput do § 1 o com a redação dada pela Lei moverão a interoperabilidade do Sistema Na- 15-7-2020.
no 14.026, de 15-7-2020. cional de Informações sobre Recursos Hídricos
(SNIRH) com o SINISA. CAPÍTULO X
I – abranger o abastecimento de água, o esgo‑
DISPOSIÇÕES FINAIS
tamento sanitário, o manejo de resíduos sóli‑ § 5 o O Ministério das Cidades dará ampla
dos e o manejo de águas pluviais, com limpeza transparência e publicidade aos sistemas de Art. 54. VETADO.
e fiscalização preventiva das respectivas redes informações por ele geridos e considerará Art. 54‑A. Fica instituído o Regime Especial de
de drenagem, além de outras ações de sanea‑ as demandas dos órgãos e das entidades en- Incentivos para o Desenvolvimento do Sanea‑
mento básico de interesse para a melhoria da volvidos na política federal de saneamento mento Básico – REISB, com o objetivo de esti‑
salubridade ambiental, incluindo o provimento básico para fornecer os dados necessários ao mular a pessoa jurídica prestadora de serviços
de banheiros e unidades hidrossanitárias para desenvolvimento, à implementação e à ava- públicos de saneamento básico a aumentar seu
populações de baixa renda; liação das políticas públicas do setor. volume de investimentos por meio da conces‑
c Inciso I com a redação dada pela Lei no 13.308, de são de créditos tributários.
6-7-2016. § 6 o O Ministério das Cidades estabelecerá Parágrafo único. A vigência do REISB se es‑
mecanismo sistemático de auditoria das in- tenderá até o ano de 2026.
II – tratar especificamente das ações da União
relativas ao saneamento básico nas áreas indí‑ formações inseridas no SINISA.
Art. 54‑B. É beneficiária do REISB a pessoa
genas, nas reservas extrativistas da União e nas c §§ 3 a 6 com a redação dada pela Lei n 14.600,
o o o
jurídica que realize investimentos voltados
comunidades quilombolas; de 19-6-2023. para a sustentabilidade e para a eficiência dos
III – contemplar programa específico para § 7 Os titulares, os prestadores de serviços sistemas de saneamento básico e em acordo
o
ações de saneamento básico em áreas rurais; públicos de saneamento básico e as entidades com o Plano Nacional de Saneamento Básico.
2210
Lei no 11.445/2007
§ 1o Para efeitos do disposto no caput, ficam II – à preservação de áreas de mananciais e de IV – à inovação tecnológica.
definidos como investimentos em sustentabi‑ unidades de conservação necessárias à proteção § 2 o Somente serão beneficiados pelo REISB
lidade e em eficiência dos sistemas de sanea‑ das condições naturais e de produção de água; projetos cujo enquadramento às condições
mento básico aqueles que atendam: III – à redução de perdas de água e à ampliação definidas no caput seja atestado pela Admi‑
I – ao alcance das metas de universalização do da eficiência dos sistemas de abastecimento de nistração da pessoa jurídica beneficiária nas
abastecimento de água para consumo humano água para consumo humano e dos sistemas de demonstrações financeiras dos períodos em
e da coleta e tratamento de esgoto; coleta e tratamento de esgoto; que se apurarem ou se utilizarem os créditos.
2210-A
Lei no 12.305/2010
I – manufatura embalagens ou fornece mate‑ materiais reutilizáveis e recicláveis, nos casos urbana e de manejo de resíduos sólidos, obser‑
riais para a fabricação de embalagens; de que trata o § 1o. vado, se houver, o plano municipal de gestão
II – coloca em circulação embalagens, mate‑ § 4 o Os consumidores deverão efetuar a de‑ integrada de resíduos sólidos:
riais para a fabricação de embalagens ou pro‑ volução após o uso, aos comerciantes ou dis‑ I – adotar procedimentos para reaproveitar os
dutos embalados, em qualquer fase da cadeia tribuidores, dos produtos e das embalagens a resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriun‑
de comércio. que se referem os incisos I a VI do caput, e dos dos serviços públicos de limpeza urbana e
Art. 33. São obrigados a estruturar e imple‑ de outros produtos ou embalagens objeto de de manejo de resíduos sólidos;
mentar sistemas de logística reversa, mediante logística reversa, na forma do § 1o. II – estabelecer sistema de coleta seletiva;
retorno dos produtos após o uso pelo consumi‑ § 5o Os comerciantes e distribuidores deverão III – articular com os agentes econômicos e so‑
dor, de forma independente do serviço público efetuar a devolução aos fabricantes ou aos ciais medidas para viabilizar o retorno ao ciclo
de limpeza urbana e de manejo dos resíduos importadores dos produtos e embalagens re‑ produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e
sólidos, os fabricantes, importadores, distribui‑ unidos ou devolvidos na forma dos §§ 3o e 4o. recicláveis oriundos dos serviços de limpeza
dores e comerciantes de: urbana e de manejo de resíduos sólidos;
§ 6 o Os fabricantes e os importadores darão
Art. 56 desta Lei. IV – realizar as atividades definidas por acordo
c destinação ambientalmente adequada aos
Dec. n o 11.413, de 13-2-2023, regulamenta este setorial ou termo de compromisso na forma do
produtos e às embalagens reunidos ou de‑
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
c
artigo. § 7o do art. 33, mediante a devida remunera‑
volvidos, sendo o rejeito encaminhado para a
I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, ção pelo setor empresarial;
disposição final ambientalmente adequada, na
assim como outros produtos cuja embalagem, V – implantar sistema de compostagem para
forma estabelecida pelo órgão competente do
após o uso, constitua resíduo perigoso, obser‑ resíduos sólidos orgânicos e articular com os
SISNAMA e, se houver, pelo plano municipal
vadas as regras de gerenciamento de resíduos agentes econômicos e sociais formas de utili‑
de gestão integrada de resíduos sólidos.
perigosos previstas em lei ou regulamento, zação do composto produzido;
§ 7o Se o titular do serviço público de limpeza VI – dar disposição final ambientalmente ade‑
em normas estabelecidas pelos órgãos do SIS‑ urbana e de manejo de resíduos sólidos, por
NAMA, do SNVS e do SUASA, ou em normas quada aos resíduos e rejeitos oriundos dos ser‑
acordo setorial ou termo de compromisso fir‑ viços públicos de limpeza urbana e de manejo
técnicas; mado com o setor empresarial, encarregar‑se
II – pilhas e baterias; de resíduos sólidos.
de atividades de responsabilidade dos fabri‑
III – pneus; § 1o Para o cumprimento do disposto nos inci‑
cantes, importadores, distribuidores e comer‑
IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e ciantes nos sistemas de logística reversa dos sos I a IV do caput, o titular dos serviços públi‑
embalagens; produtos e embalagens a que se refere este cos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio artigo, as ações do poder público serão devi‑ sólidos priorizará a organização e o funciona‑
e mercúrio e de luz mista; damente remuneradas, na forma previamente mento de cooperativas ou de outras formas de
VI – produtos eletroeletrônicos e seus compo‑ acordada entre as partes. associação de catadores de materiais reutilizá‑
nentes. veis e recicláveis formadas por pessoas físicas
c Art. 36, IV, desta Lei.
c Dec. n o 10.240, de 12-2-2020, regulamenta este de baixa renda, bem como sua contratação.
inciso. § 8o Com exceção dos consumidores, todos os § 2o A contratação prevista no § 1o é dispen‑
participantes dos sistemas de logística reversa sável de licitação, nos termos do inciso XXVII
§ 1o Na forma do disposto em regulamento ou manterão atualizadas e disponíveis ao órgão
em acordos setoriais e termos de compromisso do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de
municipal competente e a outras autoridades 1993.
firmados entre o poder público e o setor em‑ informações completas sobre a realização das
presarial, os sistemas previstos no caput serão c Lei no 8.666, de 21-6-1993 (Lei de Licitações e Con-
ações sob sua responsabilidade. tratos Administrativos).
estendidos a produtos comercializados em em‑
balagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos Art. 34. Os acordos setoriais ou termos de
compromisso referidos no inciso IV do caput CAPÍTULO IV
demais produtos e embalagens, considerando, DOS RESÍDUOS PERIGOSOS
do art. 31 e no § 1 o do art. 33 podem ter
prioritariamente, o grau e a extensão do im‑
abrangência nacional, regional, estadual ou Art. 37. A instalação e o funcionamento de
pacto à saúde pública e ao meio ambiente dos
municipal. empreendimento ou atividade que gere ou
resíduos gerados.
§ 1o Os acordos setoriais e termos de compro‑ opere com resíduos perigosos somente podem
c Decretos nos 10.388, de 5-6-2020, e 11.300, de 21-
12-2022, regulamentam este parágrafo. misso firmados em âmbito nacional têm pre‑ ser autorizados ou licenciados pelas autorida‑
valência sobre os firmados em âmbito regional des competentes se o responsável comprovar,
§ 2o A definição dos produtos e embalagens a ou estadual, e estes sobre os firmados em âm‑ no mínimo, capacidade técnica e econômica,
que se refere o § 1o considerará a viabilidade bito municipal. além de condições para prover os cuidados
técnica e econômica da logística reversa, bem necessários ao gerenciamento desses resíduos.
como o grau e a extensão do impacto à saú‑ § 2o Na aplicação de regras concorrentes con‑
de pública e ao meio ambiente dos resíduos soante o § 1 o, os acordos firmados com me‑ Art. 38. As pessoas jurídicas que operam com
gerados. nor abrangência geográfica podem ampliar, resíduos perigosos, em qualquer fase do seu
mas não abrandar, as medidas de proteção gerenciamento, são obrigadas a se cadastrar
§ 3 o Sem prejuízo de exigências específicas ambiental constantes nos acordos setoriais e no Cadastro Nacional de Operadores de Resí‑
fixadas em lei ou regulamento, em normas termos de compromisso firmados com maior duos Perigosos.
estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do abrangência geográfica.
SNVS, ou em acordos setoriais e termos de § 1o O cadastro previsto no caput será coorde‑
compromisso firmados entre o poder público Art. 35. Sempre que estabelecido sistema de nado pelo órgão federal competente do SIS‑
e o setor empresarial, cabe aos fabricantes, coleta seletiva pelo plano municipal de gestão NAMA e implantado de forma conjunta pelas
integrada de resíduos sólidos e na aplicação autoridades federais, estaduais e municipais.
importadores, distribuidores e comerciantes
dos produtos a que se referem os incisos II, III, do art. 33, os consumidores são obrigados a: § 2o Para o cadastramento, as pessoas jurídi‑
V e VI ou dos produtos e embalagens a que se I – acondicionar adequadamente e de forma cas referidas no caput necessitam contar com
referem os incisos I e IV do caput e o § 1o tomar diferenciada os resíduos sólidos gerados; responsável técnico pelo gerenciamento dos
todas as medidas necessárias para assegurar a II – disponibilizar adequadamente os resíduos resíduos perigosos, de seu próprio quadro de
implementação e operacionalização do siste‑ sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou funcionários ou contratado, devidamente ha‑
ma de logística reversa sob seu encargo, con‑ devolução. bilitado, cujos dados serão mantidos atualiza‑
soante o estabelecido neste artigo, podendo, Parágrafo único. O poder público munici‑ dos no cadastro.
entre outras medidas: pal pode instituir incentivos econômicos aos § 3o O cadastro a que se refere o caput é parte
I – implantar procedimentos de compra de pro‑ consumidores que participam do sistema de integrante do Cadastro Técnico Federal de Ati‑
dutos ou embalagens usados; coleta seletiva referido no caput, na forma de vidades Potencialmente Poluidoras ou Utiliza‑
II – disponibilizar postos de entrega de resíduos lei municipal. doras de Recursos Ambientais e do Sistema de
reutilizáveis e recicláveis; Art. 36. No âmbito da responsabilidade com‑ Informações previsto no art. 12.
III – atuar em parceria com cooperativas ou partilhada pelo ciclo de vida dos produtos, Art. 39. As pessoas jurídicas referidas no
outras formas de associação de catadores de cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza art. 38 são obrigadas a elaborar plano de
2233
Lei no 12.651/2012
dos os efêmeros, desde a borda da calha do § 4o Nas acumulações naturais ou artificiais de metros em área rural, e a faixa mínima de 15
leito regular, em largura mínima de: água com superfície inferior a 1 (um) hectare, (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros
c Caput do inciso I com a redação dada pela Lei fica dispensada a reserva da faixa de proteção em área urbana.
n 12.727, de 17-10-2012.
o
prevista nos incisos II e III do caput, vedada c Caput com a redação dada pela Lei no 12.727, de
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de nova supressão de áreas de vegetação nativa, 17-10-2012.
menos de 10 (dez) metros de largura; salvo autorização do órgão ambiental compe- § 1 o Na implantação de reservatórios d’água
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos tente do Sistema Nacional do Meio Ambiente artificiais de que trata o caput, o empreende-
d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cin- – SISNAMA. dor, no âmbito do licenciamento ambiental,
quenta) metros de largura; c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 12.727, de elaborará Plano Ambiental de Conservação e
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água 17-10-2012. Uso do Entorno do Reservatório, em conformi-
que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (du- § 5o É admitido, para a pequena propriedade dade com termo de referência expedido pelo
zentos) metros de largura; ou posse rural familiar, de que trata o inciso V órgão competente do Sistema Nacional do
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos do art. 3o desta Lei, o plantio de culturas tem- Meio Ambiente – SISNAMA, não podendo o
d’água que tenham de 200 (duzentos) a porárias e sazonais de vazante de ciclo curto na uso exceder a 10% (dez por cento) do total da
600 (seiscentos) metros de largura; faixa de terra que fica exposta no período de Área de Preservação Permanente.
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos vazante dos rios ou lagos, desde que não im- c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 12.727, de
d’água que tenham largura superior a 600 plique supressão de novas áreas de vegetação 17-10-2012.
(seiscentos) metros; nativa, seja conservada a qualidade da água e § 2o O Plano Ambiental de Conservação e Uso
II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas na- do solo e seja protegida a fauna silvestre. do Entorno de Reservatório Artificial, para os
turais, em faixa com largura mínima de: § 6 o Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) empreendimentos licitados a partir da vigência
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão am-
para o corpo d’água com até 20 (vinte) hec- tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a biental concomitantemente com o Plano Bási-
tares de superfície, cuja faixa marginal será prática da aquicultura e a infraestrutura física co Ambiental e aprovado até o início da ope-
de 50 (cinquenta) metros; diretamente a ela associada, desde que: ração do empreendimento, não constituindo a
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; I – sejam adotadas práticas sustentáveis de sua ausência impedimento para a expedição da
licença de instalação.
III – as áreas no entorno dos reservatórios manejo de solo e água e de recursos hídricos,
d’água artificiais, decorrentes de barramento garantindo sua qualidade e quantidade, de § 3o VETADO.
ou represamento de cursos d’água naturais, acordo com norma dos Conselhos Estaduais Art. 6o Consideram‑se, ainda, de preservação
na faixa definida na licença ambiental do de Meio Ambiente; permanente, quando declaradas de interesse
empreendimento; II – esteja de acordo com os respectivos pla- social por ato do Chefe do Poder Executivo, as
IV – as áreas no entorno das nascentes e dos nos de bacia ou planos de gestão de recursos áreas cobertas com florestas ou outras formas
olhos d’água perenes, qualquer que seja sua hídricos; de vegetação destinadas a uma ou mais das
situação topográfica, no raio mínimo de 50 III – seja realizado o licenciamento pelo órgão seguintes finalidades:
(cinquenta) metros; ambiental competente;
IV – o imóvel esteja inscrito no Cadastro Am- I – conter a erosão do solo e mitigar riscos de
c Incisos III e IV com a redação dada pela Lei enchentes e deslizamentos de terra e de rocha;
no 12.727, de 17-10-2012. biental Rural – CAR;
V – não implique novas supressões de vege- II – proteger as restingas ou veredas;
V – as encostas ou partes destas com declivi- III – proteger várzeas;
tação nativa.
dade superior a 45o, equivalente a 100% (cem IV – abrigar exemplares da fauna ou da flora
c Inciso V com a redação dada pela Lei n o 12.727, de
por cento) na linha de maior declive; ameaçados de extinção;
17-10-2012.
VI – as restingas, como fixadoras de dunas ou V – proteger sítios de excepcional beleza ou de
estabilizadoras de mangues; §§ 7o e 8o VETADOS. valor científico, cultural ou histórico;
VII – os manguezais, em toda a sua extensão; § 9o VETADO. Lei no 12.727, de 17-10-2012. VI – formar faixas de proteção ao longo de ro-
VIII – as bordas dos tabuleiros ou chapadas, § 10. Em áreas urbanas consolidadas, ouvidos dovias e ferrovias;
até a linha de ruptura do relevo, em faixa nun- os conselhos estaduais, municipais ou distrital VII – assegurar condições de bem‑estar
ca inferior a 100 (cem) metros em projeções de meio ambiente, lei municipal ou distrital po- público;
horizontais; derá definir faixas marginais distintas daquelas VIII – auxiliar a defesa do território nacional, a
IX – no topo de morros, montes, montanhas estabelecidas no inciso I do caput deste artigo, critério das autoridades militares;
e serras, com altura mínima de 100 (cem) me- com regras que estabeleçam: IX – proteger áreas úmidas, especialmente as
tros e inclinação média maior que 25o, as áreas de importância internacional.
delimitadas a partir da curva de nível corres- I – a não ocupação de áreas com risco de c Inciso IX com a redação dada pela Lei no 12.727, de
pondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima desastres; 17-10-2012.
da elevação sempre em relação à base, sendo II – a observância das diretrizes do plano de
Seção II
esta definida pelo plano horizontal determina- recursos hídricos, do plano de bacia, do plano
do por planície ou espelho d’água adjacente de drenagem ou do plano de saneamento bá- DO REGIME DE PROTEÇÃO DAS ÁREAS
ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto sico, se houver; e DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
de sela mais próximo da elevação; III – a previsão de que as atividades ou os em- Art. 7o A vegetação situada em Área de Pre-
X – as áreas em altitude superior a 1.800 (mil preendimentos a serem instalados nas áreas servação Permanente deverá ser mantida pelo
e oitocentos) metros, qualquer que seja a de preservação permanente urbanas devem proprietário da área, possuidor ou ocupante
vegetação; observar os casos de utilidade pública, de in- a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de
XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção teresse social ou de baixo impacto ambiental direito público ou privado.
horizontal, com largura mínima de 50 (cin- fixados nesta Lei. § 1 o Tendo ocorrido supressão de vegetação
quenta) metros, a partir do espaço permanen- c § 10 acrescido pela Lei no 14.285, de 29-12-2021. situada em Área de Preservação Permanente,
temente brejoso e encharcado. c A alteração que seria inserida neste parágrafo
pela Lei n 14.595, de 5-6-2023, foi vetada, razão
o o proprietário da área, possuidor ou ocupante
c Inciso XI com a redação dada pela Lei no 12.727, de a qualquer título é obrigado a promover a re-
pela qual mantivemos a sua redação.
17-10-2012. composição da vegetação, ressalvados os usos
§ 1o Não será exigida Área de Preservação Per- Art. 5o Na implantação de reservatório d’água autorizados previstos nesta Lei.
manente no entorno de reservatórios artificiais artificial destinado a geração de energia ou
abastecimento público, é obrigatória a aquisi- § 2o A obrigação prevista no § 1o tem nature-
de água que não decorram de barramento ou za real e é transmitida ao sucessor no caso de
represamento de cursos d’água naturais. ção, desapropriação ou instituição de servidão
administrativa pelo empreendedor das Áreas transferência de domínio ou posse do imóvel
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 12.727, de rural.
17-10-2012.
de Preservação Permanente criadas em seu en-
torno, conforme estabelecido no licenciamen- § 3o No caso de supressão não autorizada de
§ 2o Revogado. Lei no 12.727, de 17-10-2012. to ambiental, observando‑se a faixa mínima vegetação realizada após 22 de julho de 2008,
§ 3 VETADO.
o
de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) é vedada a concessão de novas autorizações de
2240
Lei no 12.651/2012
Art. 22. O manejo florestal sustentável da derá da adoção de medidas compensatórias e CAPÍTULO VII
vegetação da Reserva Legal com propósito mitigadoras que assegurem a conservação da DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL
comercial depende de autorização do órgão espécie.
competente e deverá atender as seguintes di‑ Art. 31. A exploração de florestas nativas e
Art. 28. Não é permitida a conversão de ve‑ formações sucessoras, de domínio público ou
retrizes e orientações: getação nativa para uso alternativo do solo no privado, ressalvados os casos previstos nos
I – não descaracterizar a cobertura vegetal e imóvel rural que possuir área abandonada. arts. 21, 23 e 24, dependerá de licenciamento
não prejudicar a conservação da vegetação pelo órgão competente do SISNAMA, median‑
CAPÍTULO VI
nativa da área; te aprovação prévia de Plano de Manejo Flores‑
II – assegurar a manutenção da diversidade das DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL
tal Sustentável – PMFS que contemple técnicas
espécies; Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Ru‑ de condução, exploração, reposição florestal e
III – conduzir o manejo de espécies exóticas ral – CAR, no âmbito do Sistema Nacional de
com a adoção de medidas que favoreçam a manejo compatíveis com os variados ecossiste‑
Informação sobre Meio Ambiente – SINIMA,
regeneração de espécies nativas. registro público eletrônico de âmbito nacio‑ mas que a cobertura arbórea forme.
Art. 23. O manejo sustentável para explora‑ nal, obrigatório para todos os imóveis rurais, § 1o O PMFS atenderá os seguintes fundamen‑
ção florestal eventual sem propósito comercial, com a finalidade de integrar as informações tos técnicos e científicos:
ambientais das propriedades e posses rurais,
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
para consumo no próprio imóvel, independe I – caracterização dos meios físico e biológico;
de autorização dos órgãos competentes, de‑ compondo base de dados para controle, moni‑ II – determinação do estoque existente;
vendo apenas ser declarados previamente ao toramento, planejamento ambiental e econô‑ III – intensidade de exploração compatível com
órgão ambiental a motivação da exploração mico e combate ao desmatamento. a capacidade de suporte ambiental da floresta;
e o volume explorado, limitada a exploração § 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá IV – ciclo de corte compatível com o tempo de
anual a 20 (vinte) metros cúbicos. ser feita, preferencialmente, no órgão ambien‑ restabelecimento do volume de produto extraí‑
Art. 24. No manejo florestal nas áreas fora de tal municipal ou estadual, que, nos termos do do da floresta;
Reserva Legal, aplica‑se igualmente o disposto regulamento, exigirá do proprietário ou pos‑ V – promoção da regeneração natural da
nos arts. 21, 22 e 23. suidor rural: floresta;
Seção III c Caput do § 1 o com a redação dada pela Lei VI – adoção de sistema silvicultural adequado;
no 12.727, de 17-10-2012. VII – adoção de sistema de exploração
DO REGIME DE PROTEÇÃO DAS
ÁREAS VERDES URBANAS I – identificação do proprietário ou possuidor adequado;
rural; VIII – monitoramento do desenvolvimento da
Art. 25. O poder público municipal contará, II – comprovação da propriedade ou posse; floresta remanescente;
para o estabelecimento de áreas verdes urba‑ IX – adoção de medidas mitigadoras dos im‑
nas, com os seguintes instrumentos: III – identificação do imóvel por meio de planta
e memorial descritivo, contendo a indicação pactos ambientais e sociais.
I – o exercício do direito de preempção para das coordenadas geográficas com pelo menos § 2 o A aprovação do PMFS pelo órgão com‑
aquisição de remanescentes florestais relevan‑ um ponto de amarração do perímetro do imó‑ petente do SISNAMA confere ao seu detentor
tes, conforme dispõe a Lei no 10.257, de 10 de vel, informando a localização dos remanescen‑
julho de 2001; a licença ambiental para a prática do manejo
tes de vegetação nativa, das Áreas de Preser‑ florestal sustentável, não se aplicando outras
II – a transformação das Reservas Legais em vação Permanente, das Áreas de Uso Restrito,
áreas verdes nas expansões urbanas; etapas de licenciamento ambiental.
das áreas consolidadas e, caso existente, tam‑
III – o estabelecimento de exigência de áreas bém da localização da Reserva Legal. § 3o O detentor do PMFS encaminhará relatório
verdes nos loteamentos, empreendimentos co‑ anual ao órgão ambiental competente com as
merciais e na implantação de infraestrutura; e § 2 o O cadastramento não será considerado informações sobre toda a área de manejo flo‑
IV – aplicação em áreas verdes de recursos título para fins de reconhecimento do direito restal sustentável e a descrição das atividades
oriundos da compensação ambiental. de propriedade ou posse, tampouco elimina a realizadas.
necessidade de cumprimento do disposto no
CAPÍTULO V art. 2 o da Lei n o 10.267, de 28 de agosto de § 4o O PMFS será submetido a vistorias técnicas
DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO 2001. para fiscalizar as operações e atividades desen‑
PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO volvidas na área de manejo.
§ 3o A inscrição no CAR é obrigatória e por pra‑
Art. 26. A supressão de vegetação nativa para zo indeterminado para todas as propriedades § 5o Respeitado o disposto neste artigo, serão
uso alternativo do solo, tanto de domínio pú‑ e posses rurais. estabelecidas em ato do Chefe do Poder Exe‑
blico como de domínio privado, dependerá do cutivo disposições diferenciadas sobre os PMFS
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.887, de
cadastramento do imóvel no CAR, de que trata 17-10-2019. em escala empresarial, de pequena escala e
o art. 29, e de prévia autorização do órgão es‑ comunitário.
tadual competente do SISNAMA. § 4o Terão direito à adesão ao PRA, de que tra-
ta o art. 59 desta Lei, os proprietários e pos- § 6o Para fins de manejo florestal na pequena
§§ 1o e 2o VETADOS. suidores dos imóveis rurais com área acima de propriedade ou posse rural familiar, os órgãos
§ 3o No caso de reposição florestal, deverão ser 4 (quatro) módulos fiscais que os inscreverem do SISNAMA deverão estabelecer procedimen‑
priorizados projetos que contemplem a utiliza‑ no CAR até o dia 31 de dezembro de 2023, tos simplificados de elaboração, análise e apro‑
ção de espécies nativas do mesmo bioma onde bem como os proprietários e possuidores dos vação dos referidos PMFS.
ocorreu a supressão. imóveis rurais com área de até 4 (quatro) § 7o Compete ao órgão federal de meio am‑
§ 4o O requerimento de autorização de supres‑ módulos fiscais ou que atendam ao disposto biente a aprovação de PMFS incidentes em flo‑
são de que trata o caput conterá, no mínimo, no art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de restas públicas de domínio da União.
as seguintes informações: 2006, que os inscreverem no CAR até o dia 31 Art. 32. São isentos de PMFS:
I – a localização do imóvel, das Áreas de Pre‑ de dezembro de 2025.
I – a supressão de florestas e formações suces‑
servação Permanente, da Reserva Legal e das c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 14.595, de
5-6-2023. soras para uso alternativo do solo;
áreas de uso restrito, por coordenada geográ‑ II – o manejo e a exploração de florestas plan‑
fica, com pelo menos um ponto de amarração Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tadas localizadas fora das Áreas de Preservação
do perímetro do imóvel; tenha sido averbada na matrícula do imóvel e
Permanente e de Reserva Legal;
II – a reposição ou compensação florestal, nos em que essa averbação identifique o perímetro
e a localização da reserva, o proprietário não III – a exploração florestal não comercial rea‑
termos do § 4o do art. 33; lizada nas propriedades rurais a que se re‑
III – a utilização efetiva e sustentável das áreas será obrigado a fornecer ao órgão ambiental
as informações relativas à Reserva Legal previs‑ fere o inciso V do art. 3 o ou por populações
já convertidas; tradicionais.
IV – o uso alternativo da área a ser desmatada. tas no inciso III do § 1o do art. 29.
Parágrafo único. Para que o proprietário Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que uti‑
Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo lizam matéria‑prima florestal em suas ativida‑
do solo, a supressão de vegetação que abri‑ se desobrigue nos termos do caput, deverá
gue espécie da flora ou da fauna ameaçada apresentar ao órgão ambiental competente a des devem suprir‑se de recursos oriundos de:
de extinção, segundo lista oficial publicada certidão de registro de imóveis onde conste a I – florestas plantadas;
pelos órgãos federal ou estadual ou municipal averbação da Reserva Legal ou termo de com‑ II – PMFS de floresta nativa aprovado pelo ór‑
do SISNAMA, ou espécies migratórias, depen‑ promisso já firmado nos casos de posse. gão competente do SISNAMA;
2243
Lei no 12.651/2012
Art. 55. A inscrição no CAR dos imóveis a que V – recuperação de áreas degradadas; derá aderir ao PRA implantado pela União, ob‑
se refere o inciso V do art. 3o observará proce‑ VI – promoção de assistência técnica para re‑ servado o disposto no § 2o deste artigo.
dimento simplificado no qual será obrigatória gularização ambiental e recuperação de áreas c § 7o acrescido pela Lei no 13.887, de 17-10-2019.
apenas a apresentação dos documentos men‑ degradadas;
cionados nos incisos I e II do § 1o do art. 29 e § 8o VETADO. Lei no 14.595, de 5-6-2023.
de croqui indicando o perímetro do imóvel, as VII – produção de mudas e sementes;
VIII – pagamento por serviços ambientais. § 9 o Os órgãos ambientais competentes de-
Áreas de Preservação Permanente e os rema‑ vem garantir o acesso de instituições finan-
nescentes que formam a Reserva Legal. CAPÍTULO XIII ceiras a dados do CAR e do PRA que permitam
Art. 56. O licenciamento ambiental de PMFS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS verificar a regularidade ambiental do pro-
comercial nos imóveis a que se refere o inciso
V do art. 3 o se beneficiará de procedimento Seção I prietário ou possuidor de imóvel rural.
simplificado de licenciamento ambiental. DISPOSIÇÕES GERAIS § 10. Os órgãos ambientais competentes
§ 1 o O manejo sustentável da Reserva Le‑ manterão atualizado e disponível em sítio
gal para exploração florestal eventual, sem
Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Fede‑ eletrônico demonstrativo sobre a situação da
propósito comercial direto ou indireto, para ral deverão implantar Programas de Regulari‑ regularização ambiental dos imóveis rurais,
consumo no próprio imóvel a que se refere o zação Ambiental (PRAs) de posses e proprie‑ indicando, no mínimo, a quantidade de imó-
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
inciso V do art. 3o, independe de autorização dades rurais, com o objetivo de adequá‑las aos veis inscritos no CAR, os cadastros em proces-
dos órgãos ambientais competentes, limitada termos deste Capítulo. so de validação, os requerimentos de adesão
a retirada anual de material lenhoso a 2 (dois) c Caput com a redação dada pela Lei no 13.887, de ao PRA recebidos e os termos de compromisso
metros cúbicos por hectare. 17-10-2019. assinados.
§ 2 o O manejo previsto no § 1 o não poderá § 1 o Na regulamentação dos PRAs, a União c §§ 9 o e 10 acrescidos pela Lei n o 14.595, de
comprometer mais de 15% (quinze por cento) estabelecerá normas de caráter geral, e os Es‑ 5-6-2023.
da biomassa da Reserva Legal nem ser superior tados e o Distrito Federal ficarão incumbidos Art. 60. A assinatura de termo de compromis‑
a 15 (quinze) metros cúbicos de lenha para uso do seu detalhamento por meio da edição de so para regularização de imóvel ou posse rural
doméstico e uso energético, por propriedade normas de caráter específico, em razão de suas perante o órgão ambiental competente, men‑
ou posse rural, por ano.
peculiaridades territoriais, climáticas, históri‑ cionado no art. 59, suspenderá a punibilidade
§ 3o Para os fins desta Lei, entende‑se por ma‑ cas, culturais, econômicas e sociais, conforme dos crimes previstos nos arts. 38, 39 e 48 da Lei
nejo eventual, sem propósito comercial, o su‑ preceitua o art. 24 da Constituição Federal.
primento, para uso no próprio imóvel, de lenha no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, enquan‑
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 13.887, de to o termo estiver sendo cumprido.
ou madeira serrada destinada a benfeitorias e
uso energético nas propriedades e posses ru‑ 17-10-2019.
§ 1o A prescrição ficará interrompida durante
rais, em quantidade não superior ao estipulado § 2o A inscrição do imóvel rural no CAR é con- o período de suspensão da pretensão punitiva.
no § 1o deste artigo. dição obrigatória para a adesão ao PRA, que § 2o Extingue‑se a punibilidade com a efetiva
§ 4o Os limites para utilização previstos no § 1o será requerida pelo proprietário ou possuidor regularização prevista nesta Lei.
deste artigo no caso de posse coletiva de po‑ do imóvel rural no prazo de 1 (um) ano, con-
pulações tradicionais ou de agricultura familiar tado da notificação pelo órgão competente, Seção II
serão adotados por unidade familiar. que realizará previamente a validação do ca- DAS ÁREAS CONSOLIDADAS EM ÁREAS
§ 5o As propriedades a que se refere o inciso V dastro e a identificação de passivos ambien- DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
do art. 3 o são desobrigadas da reposição flo‑ tais, observado o disposto no § 4o do art. 29 Art. 61. VETADO.
restal se a matéria‑prima florestal for utilizada desta Lei.
para consumo próprio. Art. 61‑A. Nas Áreas de Preservação Perma‑
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 14.595, de
nente, é autorizada, exclusivamente, a conti‑
Art. 57. Nos imóveis a que se refere o inci‑ 5-6-2023.
so V do art. 3 o, o manejo florestal madeireiro nuidade das atividades agrossilvipastoris, de
§ 3o Com base no requerimento de adesão ao ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais
sustentável da Reserva Legal com propósito
comercial direto ou indireto depende de auto‑ PRA, o órgão competente integrante do SIS‑ consolidadas até 22 de julho de 2008.
rização simplificada do órgão ambiental com‑ NAMA convocará o proprietário ou possuidor
§ 1o Para os imóveis rurais com área de até 1
petente, devendo o interessado apresentar, no para assinar o termo de compromisso, que
(um) módulo fiscal que possuam áreas conso‑
mínimo, as seguintes informações: constituirá título executivo extrajudicial.
lidadas em Áreas de Preservação Permanente
I – dados do proprietário ou possuidor rural; § 4o No período entre a publicação desta Lei e ao longo de cursos d’água naturais, será obri‑
II – dados da propriedade ou posse rural, in‑ o vencimento do prazo de adesão do interes- gatória a recomposição das respectivas faixas
cluindo cópia da matrícula do imóvel no Regis‑ sado ao PRA, e enquanto estiver sendo cum- marginais em 5 (cinco) metros, contados da
tro Geral do Cartório de Registro de Imóveis ou prido o termo de compromisso, o proprietá- borda da calha do leito regular, independente‑
comprovante de posse; rio ou possuidor não poderá ser autuado por mente da largura do curso d´água.
III – croqui da área do imóvel com indicação da
área a ser objeto do manejo seletivo, estimati‑ infrações cometidas antes de 22 de julho de § 2o Para os imóveis rurais com área superior
va do volume de produtos e subprodutos flo‑ 2008, relativas à supressão irregular de vege- a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) mó‑
restais a serem obtidos com o manejo seletivo, tação em Áreas de Preservação Permanente, dulos fiscais que possuam áreas consolidadas
indicação da sua destinação e cronograma de de Reserva Legal e de uso restrito. em Áreas de Preservação Permanente ao longo
execução previsto. c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 14.595, de de cursos d’água naturais, será obrigatória a
Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização 5-6-2023. recomposição das respectivas faixas marginais
dos órgãos ambientais competentes dos respec‑ § 5o A partir da assinatura do termo de compro‑ em 8 (oito) metros, contados da borda da calha
tivos planos ou projetos, assim como as obriga‑ misso, serão suspensas as sanções decorrentes do leito regular, independentemente da largu‑
ções do detentor do imóvel, o poder público das infrações mencionadas no § 4o deste artigo ra do curso d´água.
poderá instituir programa de apoio técnico e
incentivos financeiros, podendo incluir medidas e, cumpridas as obrigações estabelecidas no § 3o Para os imóveis rurais com área superior a
indutoras e linhas de financiamento para aten‑ PRA ou no termo de compromisso para a re‑ 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) mó‑
der, prioritariamente, os imóveis a que se refere gularização ambiental das exigências desta Lei, dulos fiscais que possuam áreas consolidadas
o inciso V do caput do art. 3o, nas iniciativas de: nos prazos e condições neles estabelecidos, as em Áreas de Preservação Permanente ao longo
c Caput com a redação dada pela Lei no 12.727, de multas referidas neste artigo serão considera‑ de cursos d’água naturais, será obrigatória a
17-10-2012. das como convertidas em serviços de preserva‑ recomposição das respectivas faixas marginais
I – preservação voluntária de vegetação nativa ção, melhoria e recuperação da qualidade do em 15 (quinze) metros, contados da borda da
acima dos limites estabelecidos no art. 12; meio ambiente, regularizando o uso de áreas calha do leito regular, independentemente da
II – proteção de espécies da flora nativa amea‑ rurais consolidadas conforme definido no PRA. largura do curso d’água.
çadas de extinção;
III – implantação de sistemas agroflorestal e § 6o VETADO. Lei no 12.727, de 17-10-2012. § 4o Para os imóveis rurais com área superior a
agrossilvipastoril; § 7o Caso os Estados e o Distrito Federal não 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas
IV – recuperação ambiental de Áreas de Preser‑ implantem o PRA até 31 de dezembro de 2020, consolidadas em Áreas de Preservação Perma‑
vação Permanente e de Reserva Legal; o proprietário ou possuidor de imóvel rural po‑ nente ao longo de cursos d’água naturais, será
2247
Lei no 12.651/2012
obrigatória a recomposição das respectivas § 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas em § 6o Para os imóveis rurais que possuam áreas
faixas marginais: Áreas de Preservação Permanente no entorno consolidadas em Áreas de Preservação Perma‑
I – VETADO. Lei no 12.727, de 17-10-2012; e de nascentes e olhos d’água perenes, será nente no entorno de lagos e lagoas naturais,
II – nos demais casos, conforme determinação admitida a manutenção de atividades agros‑ será admitida a manutenção de atividades
do PRA, observado o mínimo de 20 (vinte) e silvipastoris, de ecoturismo ou de turismo ru‑ agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turis‑
o máximo de 100 (cem) metros, contados da ral, sendo obrigatória a recomposição do raio mo rural, sendo obrigatória a recomposição de
borda da calha do leito regular. mínimo de 15 (quinze) metros. faixa marginal com largura mínima de:
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
2247-A
Lei no 13.123/2015
análise da existência e qualidade das florestas Art. 81. O caput do art. 35 da Lei no 11.428, IV – à exploração econômica de produto aca‑
do País, em imóveis privados e terras públicas. de 22 de dezembro de 2006, passa a vigorar bado ou material reprodutivo oriundo de aces‑
Parágrafo único. A União estabelecerá crité‑ com a seguinte redação: so ao patrimônio genético ou ao conhecimen‑
rios e mecanismos para uniformizar a coleta, a c Alterações inseridas no texto da referida Lei. to tradicional associado;
manutenção e a atualização das informações Art. 82. São a União, os Estados, o Distrito V – à repartição justa e equitativa dos bene‑
do Inventário Florestal Nacional. Federal e os Municípios autorizados a instituir, fícios derivados da exploração econômica de
Art. 72. Para efeitos desta Lei, a atividade de adaptar ou reformular, no prazo de 6 (seis) produto acabado ou material reprodutivo
silvicultura, quando realizada em área apta ao meses, no âmbito do SISNAMA, instituições oriundo de acesso ao patrimônio genético
uso alternativo do solo, é equiparada à ativi‑ florestais ou afins, devidamente aparelhadas ou ao conhecimento tradicional associa‑
dade agrícola, nos termos da Lei n o 8.171, de para assegurar a plena consecução desta Lei. do, para conservação e uso sustentável da
biodiversidade;
17 de janeiro de 1991, que “dispõe sobre a Parágrafo único. As instituições referidas no VI – à remessa para o exterior de parte ou do
política agrícola”. caput poderão credenciar, mediante edital de todo de organismos, vivos ou mortos, de es‑
Art. 73. Os órgãos centrais e executores do seleção pública, profissionais devidamente ha‑ pécies animais, vegetais, microbianas ou de
SISNAMA criarão e implementarão, com a par‑ bilitados para apoiar a regularização ambien‑ outra natureza, que se destine ao acesso ao
ticipação dos órgãos estaduais, indicadores tal das propriedades previstas no inciso V do patrimônio genético; e
de sustentabilidade, a serem publicados se‑ art. 3 o, nos termos de regulamento baixado VII – à implementação de tratados internacio‑
mestralmente, com vistas em aferir a evolução por ato do Chefe do Poder Executivo. nais sobre o patrimônio genético ou o conhe‑
dos componentes do sistema abrangidos por Art. 83. Revogam‑se as Leis n os 4.771, de 15 cimento tradicional associado aprovados pelo
disposições desta Lei. de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril Congresso Nacional e promulgados.
Art. 74. A Câmara de Comércio Exterior – CA‑ de 1989, e suas alterações posteriores, e a Me‑ § 1 o O acesso ao patrimônio genético ou ao
MEX, de que trata o art. 20‑B da Lei no 9.649, dida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto conhecimento tradicional associado será efe‑
de 27 de maio de 1998, com a redação dada de 2001. tuado sem prejuízo dos direitos de proprieda‑
pela Medida Provisória n o 2.216-37, de 31 de c A alteração que seria introduzida neste artigo pela de material ou imaterial que incidam sobre o
agosto de 2001, é autorizada a adotar medidas Lei no 12.727, de 17-10-2012, foi vetada, razão pela patrimônio genético ou sobre o conhecimento
de restrição às importações de bens de origem qual mantivemos a sua redação. tradicional associado acessado ou sobre o local
agropecuária ou florestal produzidos em países Art. 84. Esta Lei entra em vigor na data de sua de sua ocorrência.
que não observem normas e padrões de pro‑ publicação.
teção do meio ambiente compatíveis com as § 2o O acesso ao patrimônio genético existente
Brasília, 25 de maio de 2012; na plataforma continental observará o dispos‑
estabelecidas pela legislação brasileira.
191o da Independência e to na Lei no 8.617, de 4 de janeiro de 1993.
Art. 75. Os PRAs instituídos pela União, Estados 124o da República. Art. 2 o Além dos conceitos e das definições
e Distrito Federal deverão incluir mecanismo
que permita o acompanhamento de sua imple‑ Dilma Rousseff constantes da Convenção sobre Diversidade
mentação, considerando os objetivos e metas Biológica – CDB, promulgada pelo Decreto
nacionais para florestas, especialmente a imple‑ n o 2.519, de 16 de março de 1998, conside‑
mentação dos instrumentos previstos nesta Lei, ram‑se para os fins desta Lei:
LEI N 13.123,
o
a adesão cadastral dos proprietários e possui‑ DE 20 DE MAIO DE 2015 I – patrimônio genético – informação de ori‑
dores de imóvel rural, a evolução da regulariza‑ gem genética de espécies vegetais, animais,
ção das propriedades e posses rurais, o grau de Regulamenta o inciso II do § 1o e o § 4o do microbianas ou espécies de outra natureza, in‑
regularidade do uso de matéria‑prima florestal e art. 225 da Constituição Federal, o Artigo cluindo substâncias oriundas do metabolismo
o controle e prevenção de incêndios florestais. 1, a alínea j do Artigo 8, a alínea c do destes seres vivos;
Artigo 10, o Artigo 15 e os §§ 3o e 4o do II – conhecimento tradicional associado – in‑
Arts. 76 e 77. VETADOS. Artigo 16 da Convenção sobre Diversidade formação ou prática de população indígena,
Art. 78. O art. 9o‑A da Lei no 6.938, de 31 de Biológica, promulgada pelo Decreto no 2.519, comunidade tradicional ou agricultor tradicio‑
agosto de 1981, passa a vigorar com a seguin‑ de 16 de março de 1998; dispõe sobre nal sobre as propriedades ou usos diretos ou
te redação: o acesso ao patrimônio genético, sobre indiretos associada ao patrimônio genético;
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. a proteção e o acesso ao conhecimento III – conhecimento tradicional associado de ori‑
Art. 78‑A. Após 31 de dezembro de 2017, as tradicional associado e sobre a repartição gem não identificável – conhecimento tradicio‑
instituições financeiras só concederão crédito de benefícios para conservação e uso nal associado em que não há a possibilidade
agrícola, em qualquer de suas modalidades, sustentável da biodiversidade; revoga a de vincular a sua origem a, pelo menos, uma
para proprietários de imóveis rurais que este‑ Medida Provisória no 2.186-16, de 23 de população indígena, comunidade tradicional
jam inscritos no CAR. agosto de 2001; e dá outras providências. ou agricultor tradicional;
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.295, de c Publicada no DOU de 21-5-2015. IV – comunidade tradicional – grupo cultural‑
14-6-2016. c Dec. no 8.772, de 11-5-2016, regulamenta esta lei. mente diferenciado que se reconhece como
Parágrafo único. O prazo de que trata este CAPÍTULO I tal, possui forma própria de organização social
artigo será prorrogado em observância aos
novos prazos de que trata o § 3o do art. 29. DISPOSIÇÕES GERAIS e ocupa e usa territórios e recursos naturais
como condição para a sua reprodução cultu‑
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.295, de Art. 1o Esta Lei dispõe sobre bens, direitos e ral, social, religiosa, ancestral e econômica,
14-6-2016. obrigações relativos: utilizando conhecimentos, inovações e práticas
Art. 78‑B. VETADO. Lei n o 14.595, de I – ao acesso ao patrimônio genético do País, geradas e transmitidas pela tradição;
5-6-2023. bem de uso comum do povo encontrado em V – provedor de conhecimento tradicional as‑
Art. 79. A Lei n o 6.938, de 31 de agosto de condições in situ, inclusive as espécies domes‑ sociado – população indígena, comunidade
1981, passa a vigorar acrescida dos seguintes ticadas e populações espontâneas, ou mantido tradicional ou agricultor tradicional que detém
arts. 9o‑B e 9o‑C: em condições ex situ, desde que encontrado e fornece a informação sobre conhecimento
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. em condições in situ no território nacional, na tradicional associado para o acesso;
Art. 80. A alínea d do inciso II do § 1 o do plataforma continental, no mar territorial e na VI – consentimento prévio informado – con‑
art. 10 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de zona econômica exclusiva; sentimento formal, previamente concedido
1996, passa a vigorar com a seguinte redação: II – ao conhecimento tradicional associado ao por população indígena ou comunidade tradi‑
“Art. 10................................................................. patrimônio genético, relevante à conservação cional segundo os seus usos, costumes e tradi‑
§ 1o....................................................................... da diversidade biológica, à integridade do pa‑ ções ou protocolos comunitários;
............................................................................ trimônio genético do País e à utilização de seus VII – protocolo comunitário – norma proce‑
II –........................................................................ componentes; dimental das populações indígenas, comuni‑
............................................................................ III – ao acesso à tecnologia e à transferência de dades tradicionais ou agricultores tradicionais
d) sob regime de servidão ambiental; tecnologia para a conservação e a utilização da que estabelece, segundo seus usos, costumes
...........................................................................” diversidade biológica; e tradições, os mecanismos para o acesso ao
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