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São evangélicos os Adventistas?

Para registro histórico e de pesquisa sobre o tema. Deixo-vos esse texto de nosso saudoso
pastor Natanael Rinaldi. Qualquer semelhança desse material produzido em 1998 na edição
especial do ICP com a atualidade é apenas confirmação do que já se dizia lá atrás e o problema
é persistente. Leiamos:

Sabemos de pastores que não permitem que em seus púlpitos se deem esclarecimentos sobre
os ensinos peculiares do adventismo, com a alegação de que este grupo tem pontos
doutrinários idênticos aos dos evangélicos, com a exceção do dia santificado. Aproveitando-se
desta falta de informações corretas sobre os ensinos adventistas, estes não poupam esforços
para mistificar suas crenças e assim infiltrar entre os evangélicos para o seu trabalho de
proselitismo.

Isso vem de longa data. São em nossas igrejas que a Casa Publicadora Brasileira aloja seus
colportores para venda de suas publicações, e estes, com certa dose de malícia, conseguem
cartas de recomendação dos próprios pastores para visitar livremente os membros de suas
respectivas igrejas, onde vendem seus livros e ainda conseguem ganhar adeptos.

O escritor Ubaldo Torres de Araújo fala que entre os adventistas corre a convicção de que é
mais fácil ganhar um evangélico para o adventismo do que empurrar um bêbado por uma
ladeira abaixo. (1)

Vendo eles que é fácil (muito fácil) enlaçar com seus ensinos peculiares a liderança evangélica
e, consequentemente, os crentes, tomaram ultimamente a iniciativa de envidar esforços para
conseguir o maior número possível de adeptos dentro das igrejas evangélicas.

A revista VINDE

A revista VINDE, de caráter notadamente evangélico, publicou em sua edição, de maio de 1997
(2), um acontecimento importante entre adventistas: o Sistema de Comunicação (Adesat). Este
periódico traz algumas declarações do Pr. Josué de Castro (adventista) que se pronunciou,
dizendo: “Nosso maior objetivo é aumentar cada vez mais o alcance de nossa mensagem de
evangelização”. Em seguida, lê-se que o mesmo pastor “não esconde que, pelo fato de a IASD
adotar princípios doutrinários tradicionais e fundamentalistas (entre os quais a guarda do
sábado), a denominação carrega um estigma e enfrenta discriminação de outras”. Prossegue o
pastor Josué dizendo “que o Sistema Adventista de Comunicação pode ser um instrumento
valioso para aproximar os adventistas dos demais segmentos evangélicos”.

Quem estava presente no evento promovido pelos adventistas como convidado especial?
Nada menos do que o presidente da VINDE: o Rev. Caio Fábio D’Araújo Filho. Ora, se um
pastor da envergadura do Rev. Caio Fábio se dá ao luxo de jogar seu prestígio no lançamento
de um sistema de comunicação adventista e ainda aceita em sua revista essa declaração de
que os Adventistas têm princípios doutrinários tradicionais, e não vê que isso é um artifício
para “pescar em aquário alheio”, o que se pode esperar de outros líderes menos esclarecidos?

A revista Ministério

Este periódico adventista, de março de l997 (3), anuncia que a sua publicação é feita com o
propósito de dar informes sobre o “Seminário para Pastores Evangélicos”. Com isso procura
“construir uma ponte para aproximação do ministério evangélico, mostrando-lhe o que crê e
prega a Igreja Adventista”. Essa revista “é o principal elo dessa ligação, devendo ser enviada
àqueles pastores cujos endereços forem conseguidos”. Prossegue a revista: “Embora, pelo que
revelam as profecias, a intolerância para com a nossa igreja seja uma atitude que não será
totalmente erradicada nos meios protestantes, o plano tem dado certo. Em muitos lugares
aquela ideia de que os adventistas são uma seita legalista vai sendo banida, e até batismos de
pastores de outras denominações já foram efetuados”. (o grifo é nosso)

Perceberam o entusiasmo dos adventistas nesse desejo de se aproximarem dos evangélicos?


“... e até batismos de pastores de outras denominações já foram efetuados”. Incrível como
alguns pastores evangélicos são tão ingênuos! Onde já se viu um pastor esclarecido frequentar
um seminário promovido pelos adventistas para tomarem conhecimento do que eles creem e
pregam? Que petulância a dos adventistas!!!

Outra “santa ingenuidade” de certos pais evangélicos é a de mandarem seus filhos estudar em
escolas adventistas. Não pensam eles no conflito que terão ao defrontar um ensino diferente
daquele que têm na escola bíblica dominical.

Começa com o problema da alimentação: não se deve comer carne (principalmente a de


porco), tomar café, afora outras restrições ensinadas pelos adventistas. É a confusão religiosa
na cabeça das nossas crianças, e o adventista dando risada da nossa falta de percepção
doutrinária.

Resultados do trabalho de aproximação com os adventistas

A revista adventista, de publicação mensal, traz seguidamente testemunhos de pessoas


evangélicas que se “converteram” ao adventismo e isso com muita satisfação, tal qual a que
sentimos quando vemos um pecador se converter genuinamente a Jesus Cristo em nossos
cultos dominicais.

Títulos em manchetes

“BATIZADO EX-PENTECOSTAL”

Joel Ferreira da Silva, que durante dez anos foi pastor da Igreja O Brasil para Cristo. (4)

EX-PENTECOSTAIS SÃO BATIZADOS

Como resultado de um trabalho sistemático, realizado... onze pessoas da Igreja Assembleia de


Deus em Várzea Grande foram batizadas... (5)

BARREIRA VENCIDA

Lago da Pedra, operação impacto levada a efeito, com a presença de 400 pessoas todas as
noites. Até o mês de janeiro, mais de 140 foram batizadas. Destas, quarenta vieram da igreja
pentecostal. (6)

Só três exemplos. Se quiserem saber de pastores com até 30 anos de ministério que se
bandearam para o adventismo, temos condições de fornecer cópia das revistas adventistas,
onde os relatos são dados com a satisfação de alguém que agora descobriu a verdade
ignorada. Prova das verdades pregadas pelos adventistas? Não! Ingenuidade...
A igreja remanescente

Entre os adventistas existe o ensino de que os cristãos protestantes estão vivendo a época da
igreja em Laodicéia, cuja característica é a mornidão espiritual (Ap.3.15,16). Tirados dessa
igreja de cristãos nominais, surge o adventismo como remanescente da igreja apóstata, com
duas características especiais: “O ‘espírito de profecia’ é o que, segundo as Escrituras, a par
com a guarda dos mandamentos de Deus, seria o característico da igreja remanescente”. (7)

No Certificado de Batismo fornecido pelos adventistas constam algumas perguntas que devem
ser feitas aos catecúmenos antes do batismo, e na de número 13 se lê: “Crê que a Igreja
Adventista do Sétimo Dia é a igreja remanescente da profecia bíblica...?” (8)

Nota-se assim o exclusivismo próprio das seitas. Isso se nota em todas as outras: Testemunhas
dê Jeová, que se consideram a única religião verdadeira; os Mórmons, que se jactam de ser a
única igreja verdadeira, por ostentar o nome de Jesus no seu título; A Família do Amor (hoje A
Família); a Igreja da Unificação, do Rev. Moon; a Igreja Local (de Witness Lee). Portanto, uma
das características das seitas é o exclusivismo. Os adventistas não fogem à regra. Se, porém,
querem eles manter o seu exclusivismo, que assumam realmente essa posição, mas não
venham querer se aproximar dos evangélicos como se fossem evangélicos, com a intenção de
conseguir adeptos dentro das igrejas evangélicas.

A arrogância dos adventistas é tão grande, que não se envergonham de falar de sua falsa
profecia sobre a vinda de Jesus: 22.10.1844, a que deram o título de o Grande
Desapontamento, como o cumprimento de uma profecia bíblica que apontava o aparecimento
de sua denominação no mundo:

“Os adventistas do sétimo dia surgiram no cenário mundial exatamente no tempo indicado
pela profecia, para anunciar a verdade ao mundo, advertir contra a adoração da besta e
preparar um povo, a fim de estar pronto para o retomo de Cristo nas nuvens do céu”. (9)

Diferenças doutrinárias entre evangélicos e adventistas

Antes de mostrarmos as diferenças fundamentais entre evangélicos e adventistas, tenhamos


diante de nós Amós 3.3: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”.

Alguns ensinos divergentes

1. A Bíblia

Os evangélicos creem que a Bíblia é a Palavra de Deus, única regra de fé infalível para a vida e
o caráter cristão (1Ts.2.13; 2Tm.3.16,17);

Os adventistas creem na Bíblia e nos escritos de Ellen Gould White. Dizem exatamente isto:
“Ao passo que, apesar de não desprezarmos o pensamento dos pioneiros, nós aceitamos como
regra de fé A Revelação - Velho Testamento; Novo Testamento e Espírito de Profecia”. (10)

Para não se dizer que é exagero a importância que ocupa essa senhora americana no meio dos
adventistas, seus escritos são tidos tão inspirados quanto os livros da Bíblia.

Dizem: “Cremos que... Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo e seus escritos, o produto
dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia”. (11)
“Negamos que a qualidade ou grau de inspiração de Ellen White seja diferente dos
encontrados nas Escrituras Sagradas”. (12)

Quantos evangélicos poderiam endossar essa posição sobre Ellen White? Como fica Apocalipse
22.18,19? “Se alguém acrescentar a elas (a Bíblia) alguma coisa, Deus acrescentará ao seu
castigo as pragas descritas neste livro”.

Será que algum evangélico aceita a infalibilidade de Ellen White, quando ela fala “inspirada”
pelo Espírito Santo?

Dizem: “Por que alguns deixam de ser beneficiados pelo Espírito de Profecia?”

O deixar de apreender a verdadeira natureza de seus escritos quanto à inspiração e a


infalibilidade. (o grifo é nosso) (13)

Pode ser infalível uma pessoa que profetiza falsamente?

Foram-me mostrados (em visão) os presentes à conferência. Disse o meu Anjo: ... alguns dos
presentes serão posto para os vermes; alguns, sujeitos às sete últimas pragas; alguns... vivos
para a vinda de Jesus. (14)

Isso foi profetizado em 1864. Faz, portanto, 133 anos. Todos já morreram, e ninguém ficou
vivo para a vinda de Jesus, que ainda não se deu.

Quem menos deveria errar nesse particular sobre a vinda de Jesus seria ela mesma, pois
anteriormente dissera: “Precavenham-se todos os nossos irmãos e irmãs de qualquer que
marque tempo para o Senhor cumprir sua Palavra a respeito de sua vinda...”. (15)

Qual o evangélico, por mais fraco e desconhecedor da Bíblia que fosse, admitiria a existência
de outros livros como base de sua autoridade religiosa? Nenhum. Os adventistas, pois,
admitem isso dos escritos de E.G.W: “Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca
de seus profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos testemunhos do seu
Espírito”. (grifo é nosso) (16)

É só comparar essa declaração petulante da profecia dos adventistas com Hebreus 1.1:
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”. (ver Jo.5.39) e não nos fala por uma
profetisa falsa (ver Dt.18.20-22), cujas palavras proféticas não se cumpriram em muitas
ocasiões.

Quem aceitaria a inspiração profética de Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã? Do
“escravo fiel e discreto”, das Testemunhas de Jeová? Do Rev. Moon, da Igreja da Unificação?
De Joseph Smith Jr., da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons)? De Allan
Kardec, do Espiritismo Kardecista? Da Tradição da Igreja Católica? Como aceitar a inspiração
profética de Ellen White, e não estar sob a condenação de Apocalipse 22.18, com as pragas
descritas neste livro?

2. A Lei de Deus

Os evangélicos creem que a Lei dada por Deus a Moisés no Monte Sinai findou na cruz (Cl.2.14-
17). Desde então vivemos sob a graça de Jesus Cristo (Jo.1.17; Rm.6.14; Tt.2.11). Os
adventistas creem que a lei se divide em duas partes e ensinam a guardar somente uma parte:
a que denominam “lei moral”. Esta, dizem eles, são os Dez Mandamentos; a outra, a lei
cerimonial, consiste de todas as leis dadas por Deus a Moisés. Estabelecem as seguintes
diferenças entre as duas leis:

A LEI MORAL foi proferida por Deus. A LEI CERIMONIAL foi ditada por Moisés. A LEI MORAL foi
escrita com o dedo de Deus. A LEI CERIMONIAL foi escrita num livro por Moisés. A LEI MORAL
foi posta dentro da arca. A LEI CERIMONIAL foi posta ao lado da arca. A LEI MORAL permanece
para sempre. A LEI CERIMONIAL foi cravada na cruz. A LEI MORAL não foi destruída por Cristo.
A LEI CERIMONIAL foi ab-rogada por Cristo (17)
Essa divisão em lei moral, os Dez Mandamentos; e a cerimonial, o restante das leis escritas
num livro por Moisés (Pentateuco) não resiste a um exame imparcial da Bíblia.

Vejamos:

Primeiro exemplo: “Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser o pai
ou a mãe, morrerá de morte” (Mc.7.10). Ora, nós sabemos por Êxodo 20.12 que se trata do
quinto mandamento, e, no entanto, se diz que “Moisés disse”. Dentro da divisão da lei feita
pelos adventistas, a de Moisés foi cravada na cruz por ter preceitos inteiramente cerimoniais e
abolidos. Logo estamos dispensando de honrar pai e mãe. Correto?

Segundo exemplo: “Não vos deu Moisés a lei? E Nenhum de vós observa a lei. Por que
procurais matar-me?” (Jo.7.19).

Nota: Onde a lei proíbe o homicídio? Em Êxodo 20.13, dentro dos Dez Mandamentos. O
decálogo é chamado por Jesus de Lei de Moisés ou a Lei dada por Moisés. Logo, se trata de lei
puramente cerimonial e abolida na cruz por Jesus.

Terceiro exemplo: “Pelo motivo que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés,
mas dos pais), no sábado circuncidais um homem. Se o homem recebe a circuncisão no
sábado, para que a lei de Moisés não seja quebrantada, indignai-vos contra mim, porque no
sábado curei de todo um homem?”. (Jo.7.22,23).

Nota: A circuncisão, no judaísmo, era mais importante do que a guarda do sábado semanal,
porque este rito marcava o varão judeu como descendente de Abraão (Gn.17.9,14) e era um
concerto perpétuo. Se o sábado fosse um preceito moral, não poderia ficar subordinado à
circuncisão, um preceito cerimonial ou ritual. A lei da circuncisão não se impõe aos cristãos nos
dias atuais (Gl.6.15), da mesma forma a guarda do sábado, subordinado à circuncisão
(Cl.2.16,17).

A abolição do sábado

A profecia bíblica de Oséias 2.11 falava da abolição do sábado como um dia de guarda. “E farei
cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas e os seus sábados”.

O cumprimento dessa profecia encontra-se em Colossenses 2.14-17: “Havendo riscado a


cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e
a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz, e despojando os principados e potestades, os
expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer,
ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são
sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.
Para fugir à evidência de Colossenses 2.16, onde Paulo se refere ao sábado semanal como
integrantes das coisas passageiras da lei que terminaram com a morte de Cristo na cruz, os
adventistas costumam argumentar que a palavra “sábado” não se refere ao sábado semanal,
mas aos anuais ou cerimoniais de Levítico 23. Não é verdade, pois os sábados anuais ou
cerimoniais já estão incluídos na expressão “dias de festas”.

Corroborando com o nosso ponto de vista, diz Samuele Bacchiocchi, escritor adventista:
“Outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais ou anuais é o fato de que estes
já estão incluídos nas palavras ‘dias de festas... ’. Esta indicação mostra positivamente que a
palavra SABBATON, como é usada em Colossenses 2.16, não pode se referir aos sábados
festivos, anuais ou cerimoniais... Determinar o sentido de uma palavra, baseando-se
exclusivamente em conceitos teológicos, em prejuízo das evidências linguísticas e contextuais,
é estar contra as regras de hermenêutica bíblica. Ademais, a interpretação que o comentário
adventista dá à palavra “sábado” de Colossenses 2.16 é difícil de sustentar, desde que temos
visto que o sábado pode legitimamente ser tido como “sombra” ou símbolo preparatório de
bênçãos da salvação presente e futura”. (18)

Certos de que sua divisão em lei moral (os dez mandamentos) e cerimonial (o restante da lei
escrita por Moisés) não encontra respaldo bíblico, os adventistas são obrigados a admitir:
“Seria útil classificarmos as leis do Antigo Testamento em várias categorias: 1) Lei Moral; 2) Lei
Cerimonial; 3) Lei Civil; 4) Estatutos e Juízos; 5) Leis de Saúde. Esta classificação é em parte
artificial”. (o grifo é nosso) (19). Concordamos com os adventistas nesse particular: divisão
realmente artificial, sem apoio bíblico.

3. Jesus Cristo, nosso Redentor

Os evangélicos creem que Jesus Cristo é, e Ele só, unicamente nosso Redentor e consumador
da obra da redenção na cruz (1Co.15.3,4; 2Co.5.21).
Os adventistas creem que a obra da redenção não foi concluída na cruz e que a expiação dos
nossos pecados é realizada por Jesus Cristo e também por Satanás. Vejamos duas doutrinas
centrais dos adventistas:

a) Juízo Investigativo. “Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo sacerdote entra no
Lugar Santíssimo (só em 1844), e ali comparece à presença de Deus, a fim de se entregar aos
últimos atos de seu ministério em prol do homem, a saber: realizar a obra do juízo
investigativo e fazer expiação por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da
mesma”. (20)

Nota: Uma flagrante contradição com João 19.30. Jesus deu o brado na cruz: “Está
consumado”, ou seja, “o sofrimento e a agonia de Jesus, ao prover a redenção foi consumada”.
(21) “... havendo feito (Jesus) por si mesmo a purificação dos nossos pecados assentou-se à
destra da Majestade, nas alturas” (Hb.1.3). Jesus não exerce a obra de Juiz, mas a de Advogado
no Céu (1Jo.2.1; 2.12).

Prosseguem os adventistas: “A obra do juízo investigativo e de extinção dos pecados deve


efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos são julgados pelas coisas
escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de
concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado”. (22)

Nota: Como se lê, nenhum adventista hoje tem certeza de sua salvação, nem possui seus
pecados cancelados, porque está esperando o término do juízo investigativo, o que se dará um
pouco antes da vinda de Jesus. E para que serve o texto de 1 João 1.7: “... o sangue de Jesus
Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” ?
Quando hoje um adventista morre, sua alma tem de dormir na inconsciência até tomar
conhecimento do cancelamento ou não dos seus pecados. Será que nós, evangélicos,
acreditamos nisso?

b) E quando, por fim, os pecados dos adventistas serão cancelados? Quando esses pecados, no
término do juízo investigativo, forem lançados sobre Satanás: “O bode emissário tipificava
Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão
finalmente colocados”; “... assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de
seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores”. (23)

Nota: Interpretando erroneamente o significado dos dois bodes da expiação de Levítico


16.5,10,20, onde depois de lançarem sorte sobre eles, um bode era sacrificado e o outro era
remetido ao deserto, como bode emissário, os adventistas afirmam que o bode sacrificado
representa Jesus, enquanto que o outro bode tipifica Satanás, sobre quem Deus lançará os
pecados dos remidos e o aniquilará. São, portanto, duas terríveis heresias sustentadas por
eles: primeira, que Satanás terá de levar sobre si os pecados dos remidos e expiá-los
(Lv.16.5,10), fazendo-o assim o co-redentor; segunda, que o próprio Satanás será um dia
aniquilado.

Será que nós, evangélicos, cremos assim? É disso que o adventismo que nos fazer cientes
quando promove seminários para líderes evangélicos? É possível que qualquer pastor possa
aceitar uma heresia tão descabida. Os dois bodes, que simbolizavam a expiação de um só
povo, num só tempo em uma só ocasião, representava apenas duas fases da expiação de
Jesus: a dos pecados pela morte e a remissão dos pecados pelo perdão de Deus, que promete
apagar as nódoas dos pecados e nunca mais se lembrar deles (Sl.103.3,12; Is.43,25).

Só quem não estuda a Bíblia pode aceitar que Satanás carrega os nossos pecados, pois é
impossível que uma pessoa, leitora assídua da Bíblia, possa interpretar que Isaías 53.4,11,12
aplica-se a Satanás, e não a Jesus: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e
oprimido” (v.4); “... porque as iniquidades deles levará sobre si”. (v.11); “... mas ele levou
sobre si o pecado de muitos...” (v.12).

De quem falou o profeta Isaías? De Jesus ou de Satanás? Pedro responde, dizendo que nossos
pecados foram levados por Jesus na cruz (1Pe.2.24). O diabo será aniquilado, para que nossos
pecados sejam cancelados? Não! “O diabo que os enganava, foi lançado no lago de fogo e
enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para
todo o sempre”. (AP.20.10).

É lamentável se os adventistas jamais tiverem seus pecados cancelados, pois Satanás ficará
vivo para sempre no lago de fogo! Pode um evangélico esclarecido tornar-se adventista?

NOTAS FINAIS:

(1) Ubaldo Torres de Araújo. “Pecador eu sou, transgressor não”. P.38.


(2) Revista Vinde, 18 de maio de 1997.
(3) Revista Adventista, março de 1997, p.16.
(4) Revista Adventista, agosto de 1996, p.23.
(5) Revista Adventista, agosto de 1996, p.17.
(6) Revista Adventista, fevereiro de 1997, p.20.
(7) Casa Publicadora Brasileira, Sutilezas do Erro, p.35, 1ª edição.
(8) Certificado de Batismo, pergunta número 13.
(9) O Sinal da Besta e as Sete Pragas do Apocalipse, p.35.
(10) A Sacudidura e os 144.000, p.117.
(11) Revista Adventista, fevereiro 1984, p.37.
(12) Revista Adventista, fevereiro 1984, p.37.
(13) A Orientação Profética no Movimento Adventista, p.194.
(14) Spiritual X Gifts, IV, p.18.
(15) Testemunhos Seletos, Vol. II, p.359.
(16) Testemunhos Seletos, Vol. II
(17) O Caminho Maravilhoso, p.164.
(18) From Sabbath Sunday, PP. 358-360.
(19) Lições das Escola Sabatina, p.18, 8.1.80.
(20) O Conflito dos Séculos, p.484.
(21) Bíblia Pentecostal, CPAD, p.1611.
(22) O Conflito dos Séculos, p.488.
(23) O Conflito dos Séculos, p.421.

(Por Natanael Rinaldi. Revista Defesa da Fé número 5 – compilação. Edição ICP – Instituto
Cristão de Pesquisas).

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