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(Mat. 7:24-27)
Alberto R. Timm
Professor de Teologia Histórica
Centro Universitário Adventista de São Paulo – Campus 2
Diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White (Brasil)
INTRODUÇÃO
a) Uma das obras arquitetônicas medievais mais conhecidas é a Torre de Pisa, na Itália,
que se tornou mundialmente famosa por sua acentuada inclinação. O fundamento da
torre começou a ser construído em agosto de 1173, mas a torre em si, como a
conhecemos hoje, só foi concluída cerca de 200 anos mais tarde, devido a várias
interrupções. Ela possui sete andares regulares e um oitavo andar com uma
circunferência menor, que abriga um campanário com vários sinos. Com uma altura de
quase 60 metros desde o fundamento até o topo, ela pesa aproximadamente 14.500
toneladas.
A torre foi construída em um terreno pouco firme, composto basicamente de argila
mole com algumas camadas intermediárias de areia. Já durante a construção o terreno
começou a ceder. A inclinação atual (no início do século 21) é de cerca de 5,5 graus na
direção sul, levando o sétimo andar a se projetar aproximadamente 4,5 metros sobre o
primeiro. Muitos esforços têm sido feitos para evitar que a torre acabe tombando. (“La
Torre di Pisa: official web site”, http://torre.duomo.pisa.it/index_eng.html, abril de
2003.)
b) Como a Torre de Pisa corre o risco de tombar por não ter sido construída em um
terreno sólido, também a vida espiritual de muitos professos cristãos acabará ruindo
por não estar alicerçada sobre a Palavra de Deus. Tão importante é esse aspecto que
Cristo concluiu o Seu famoso Sermão do Monte com a seguinte analogia encontrada em
Mateus 7:24-27: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será
comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a
chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela
casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas
minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou
a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e
deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.”
c) Estas palavras proferidas por Cristo há quase 2.000 anos são de grande importância
para nós hoje, que teremos de enfrentar os enganos satânicos destinados a enredar o
povo de Deus antes da Segunda Vinda de Cristo.
CONCLUSÃO
a) Ivan Espíndola de Ávila, em seu livro A Bíblia, ao Longo do Caminho, págs. 92-94,
conta a história de Guilherme McPherson, que foi vítima de uma explosão aos 17 anos
de idade, enquanto trabalhava em uma pedreira. Os médicos conseguiram salvar-lhe a
vida, mas ele ficou sem braços e completamente cego. Sua grande frustração era não
poder mais ler a Bíblia por si mesmo, tendo sempre que depender da boa vontade de
outros.
Mas, certa ocasião, Guilherme ouviu o pastor de sua igreja relatar a experiência de uma
idosa senhora entrevada que, não podendo mais segurar a Bíblia, a beijou, despedindo-
se dela. A idéia de encostar os lábios na Bíblia levou Guilherme a crer que ele mesmo
poderia voltar a ler as Escrituras se tão somente usasse a ponta da sua língua para
aprender o método Braile de leitura para cegos.
Durante muito tempo Guilherme tocava com a ponta da língua e com os lábios os
caracteres em alto relevo de sua Bíblia em Braile, para aprender a ler. Em muitas
ocasiões as páginas ficaram manchadas de sangue, pelas feridas provocadas por esse
método incomum de leitura. Mas aos 46 anos de idade, ele já havia lido quatro vezes a
Bíblia completa para cegos, composta de 59 volumes grossos.
A vida de Guilherme McPherson revela um amor incondicional às Escrituras Sagradas
que deveria ser imitado por todos aqueles que estão se preparando para a volta de
Cristo.
b) O mundo em que vivemos se caracteriza pela globalização das informações, em que
o fascínio pelo elemento visual está suplantando o conhecimento teórico da realidade.
Mas, como cristãos adventistas, não podemos permitir que os recursos da mídia nos
distanciem do conhecimento da Palavra de Deus. Precisamos voltar a ser reconhecidos
como o “povo da Bíblia”.
c) Temos que enfrentar os dias finais da história humana alicerçados sobre a Palavra de
Deus (Isa. 40:8) e com o olhar fixo em Jesus, “o Autor e Consumador da fé” (Heb. 12:2).
Que o Senhor nos abençoe para isso. Amém.