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ÍNDICE
PREÂMBULO.
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO
CAPÍTULO II
A RESPEITO DO SÁBADO
CAPÍTULO III
O CARDÁPIO ADVENTISTA
CAPÍTULO IV
SOBRE O ALÉM-TÚMULO
CAPÍTULO V
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?!
5.4. O Milênio.
5. 5. O Juízo Final.
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
9.3.1. Exclusivista
9.3.2. Proselitista
9.3.3. Sorrateiro
9.4) O Adventismo é Hipócrita e Sofismático
EPÍLOGO
NOTAS
BIBLIOGRAFiA
I. Obras Evangélicas
Muitas das heresias pregadas pelos adventistas, são heresias com “h” minúsculo, isto é,
infantilidades espirituais pequenas demais para desqualificá-los como cristãos. A guarda do sábado
semanal e a observância do cardápio judaico (se não fossem apresentadas como condição
imprescindível à salvação); a negação do castigo eterno para o Diabo, seus anjos e os homens
perdidos; a chamada “prisão circunstancial” para Satanás; o chamado “sono da alma”; a afirmação
de que o milênio será no Céu e outras mais desse nível, são erros que, não obstante, podem ser
tolerados. Afinal de contas, quem não erra? Qual é a igreja evangélica que não comete alguns
desvios doutrinários? Ninguém acerta tudo. Por este motivo, durante muitos anos este autor
considerou os adventistas como evangélicos. A resposta que dávamos aos que nos consultavam
sobre este assunto era que o Adventismo seria uma igreja evangélica mal doutrinada. Isto se deu
porque não queríamos emitir juízo temerário; temíamos atuar como “juízes” de pequenas causas. E,
pior ainda, não fazer justiça nesse julgamento. Pensávamos que o Adventismo, apesar dos seus
desvios, não chegava a negar os pilares da fé cristã. Assim pensávamos porque, em diálogos com
amigos adventistas, detectamos que eles não negam a triunidade de Deus; o nascimento virginal de
Jesus e a dualidade de natureza (divina e humana simultaneamente; inseparáveis, porém distintas)
na Sua Pessoa; a pessoalidade e divindade do Espírito Santo; a inspiração verbal e plena das
Escrituras Sagradas - a Bíblia; a pecaminosidade do homem; a morte de Cristo na cruz e Sua
ressurreição dentre os mortos; a segunda vinda de Cristo; o arrebatamento da Igreja e outros pontos
relevantes. Qual não foi, portanto, a nossa surpresa, quando, enquanto pesquisávamos mais sobre
este segmento religioso, descobrimos que o Adventismo do Sétimo Dia nega pontos cardeais da fé
que uma vez foi entregue aos santos. Altruisticamente, pois, elaboramos estas linhas, com os
seguintes objetivos: Glorificar a Deus, edificar a Igreja (qualitativamente) e bradar às vítimas dos
enganos religiosos que constituem o Adventismo, os quais, por sua vez, o caracterizam como seita.
Certamente este brado despertará a muitos dormentes, o que contribuirá para a edificação
quantitativa da Igreja do Senhor Jesus.
Não confunda Adventismo com adventistas. Este autor desdenha o Adventismo, não os
adventistas que, geralmente são pessoas amáveis, dignas de respeito.
O leitor verá que o Adventismo, embora tenha muitos pontos em comum com os evangélicos
é, simultaneamente, portador dos seguintes desvios:
1) Prega que os pecados dos cristãos, embora já estejam perdoados, ainda não estão cancelados;
2) Prega que Jesus está, desde 1844, purificando o Santuário Celestial;
3) Prega que a Bíblia não é a única regra de fé e prática do Cristão. Aliás, para que o dito fique pelo
não-dito, o Adventismo prega paralelamente que a Bíblia é a única regra de fé do cristão;
4) Prega que Jesus é o arcanjo Miguel;
e) Prega que a observância do domingo será o sinal da Besta;
5) Prega que a inobservância do sábado semanal é motivo de perdição;
6) Prega que os que não se abstêm de café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, camarão,
lagosta, carne de porco... estão perdidos; Aliás, Ellen White, a papisa desse movimento, proibiu
todo e qualquer tipo de carne, sob a alegação de que o fazia por ordem divina;
7) Não considera os evangélicos como aliados, mas sim, como um Campo Missionário, no qual
investe com afinco e muito tato, empreendendo nos conquistar para o Adventismo;
8) Prega que os pastores evangélicos reproduzem mensagem de Satanás;
9) Prega o chamado “sono da alma”;
10) Nega a imortalidade da alma;
11) Nega o tormento eterno para o Diabo, os demônios e os homens que se perderem;
12) Prega que só a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a única que tem a verdade, é a verdadeira
Igreja, a única Esposa do Cordeiro;
13) Prega que Jesus Cristo era portador da natureza pecaminosa, comum a todos os descendentes de
Adão;
14) Na profissão de fé consta que o candidato ao batismo confesse que crê no “espírito de profecia”,
isto é, na inspiração divina dos escritos de Ellen White, escritos estes considerados como sendo tão
inspirados por Deus quanto a Bíblia;
15) Prega que os pecados dos verdadeiros cristãos serão castigados e expiados na pessoa do Diabo,
etc..
A revista Adventista de junho de 2002 afirma à página 8 que “eruditos evangélicos reconhecem
a Igreja Adventista do Sétimo Dia como uma denominação genuinamente cristã”. Infelizmente isso
é verdade. Essa era também a infeliz opinião do autor destas linhas. Tal se dá porque os adventistas
são tão sutis que conseguem enganar até peritos bíblicos. Este autor, porém, já se libertou desse
engano. Oxalá o caro leitor não seja a próxima vítima. E, se você já é uma vítima desse movimento
espúrio, que se liberte em nome de Jesus.
Se conseguirmos provar que a exposição acima não é calúnia, ficará claro que o Adventismo não
é cristão. E é isto que empreendemos demonstrar nesta obra.
Não duvidamos que o prezado e respeitável leitor esteja suspeitando da possibilidade de
provarmos o que dissemos acima. Todavia, esteja certo que podemos sim, provar que não estamos
caluniando. É razoável concluirmos que ninguém ousaria fazer tão graves denúncias sem estar
devidamente documentado. Atente para o fato de que nossas denúncias são facilmente verificáveis,
pois informamos nossas fontes, indicando os nomes das obras literárias das quais fazemos as
transcrições, bem como suas páginas, editoras e suas respectivas datas de edição. Além disso,
sabemos que calúnia é crime e dá cadeia e outras punições. Logo, se não temêssemos a Deus,
temeríamos pelo menos a justiça dos homens.
Este autor não aborda neste livro todos os argumentos que os adventistas apresentam no intuito
de defenderem suas heresias. Por este motivo sugerimos que os nossos leitores consultem as obras
evangélicas constantes da BIBLIOGRAFIA
Há várias ramificações no Adventismo, mas nesta obra só consideramos o Adventismo do
Sétimo Dia.
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO
O Adventismo do Sétimo Dia nasceu assim: No início do século XIX, um batista chamado
William Miller, em Nova Iorque, Estados Unidos, “baseando-se” em Dn. 8:13,14, proclamou que
Cristo voltaria à Terra em 1843. Diante do fracasso, Miller efetuou novos cálculos e concluiu que
havia cometido um pequeno equívoco, e a nova data prevista para a vinda de Cristo à Terra, seria o
dia 21/03/1844. Diante do novo fracasso, a próxima data foi o dia 22 de outubro daquele mesmo
ano. Ao sofrer mais essa decepção, Miller reconheceu que estava equivocado e, arrependido, voltou
à sua igreja, onde permaneceu fiel ao Senhor até à sua morte, aos 67 anos de idade, em 20/12/1849.
Quando as três previsões de Miller falharam e ele reconheceu seu erro publicamente, os seus
cem mil adeptos se debandaram quase todos. Porém, alguns se uniram e, em 28 de setembro de
1860 organizaram a “igreja” que hoje se conhece pelo nome de Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Devido a esse vergonhoso passado, os adventistas, como que desconfiados, disseram: “Somos
Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: Não! Não!
Não nos envergonhamos” (Administração da Igreja, página 26, CPB). Ora, ora, não estamos
perguntando nada.
Desse movimento Millerista nasceram outros grupos religiosos: Igreja Adventista da Promessa,
Igreja Adventista do 7º Dia (Movimento de Reforma), Igreja Adventista do Sétimo Dia (Movimento
de Completa Reforma), Igreja Adventista do Sétimo Dia Remanescente etc. Não é exorbitante
afirmar que a seita Testemunhas de Jeová também nasceu do movimento Millerista, visto que
Russell, após romper com a Igreja Presbiteriana (onde nascera) e ir para a Igreja Congregacional,
emigrou-se para a Igreja Cristã do Advento (uma das ramificações do Movimento Millerista), de
onde também saiu para fundar sua própria religião.
Três pessoas tiveram papéis importantes na formação dessa nova “igreja”: Hiran Edson,
segundo o qual Miller errara quanto ao local da vinda de Cristo, não quanto à data, afirmou que
naquele ano (1844) iniciara a purificação do Santuário Celestial (o que refutaremos no sétimo
capítulo); Joseph Bates, ardoroso defensor da guarda do sábado; e a famosa Ellen White que,
dizendo-se possuidora do dom de profecia, apoiou Hiram Edson e Joseph Bates, com suas
“profecias e visões sobrenaturais”, por cujo motivo os adventistas crêem até hoje que os livros dessa
visionária são tão inspirados quanto a Bíblia, como veremos em 9.1.
CAPÍTULO II
A RESPEITO DO SÁBADO
1ª) estes textos (refiro-me a Lv 11 e demais textos correlatos que estabelecem o cardápio dos
judeus) não era um retorno a Gn 1. 29, já que só proibia algumas carnes;
2ª) era uma ordem dada aos judeus, milênios após a criação do homem, a saber, quando a Lei veio,
muitos séculos após (Gl 3.17). E, sendo assim, os demais descendentes de Noé (no caso, as outras
nações) não estavam sujeitas a isso.
3ª) uma das muitas provas bíblicas de que algumas das restrições feitas aos judeus, não eram
extensivas aos outros povos, é o que consta de Dt 14. 21, que diz: “Não comerás nenhum animal
que tenha morrido por si; ao peregrino que está dentro das tuas portas o darás a comer, ou o
venderás ao estrangeiro...” (Grifo nosso). Aqui Deus proíbe aos judeus de comerem um animal que
não tenha sido morto pelo homem, mas os manda doá-lo ao peregrino ou vendê-lo a um estrangeiro.
Este caso é similar ao dos nazireus que, como todos os que estudam a Bíblia sabem, não podiam
comer uvas: (...”nem uvas secas ou frescas comerá” [ Nm 6: 3b]). Esta proibição não era nem para
todos os israelitas, mas apenas para aqueles que, dentre os judeus, fizessem o voto de nazireu, e
enquanto o dito voto durasse;
4ª) ninguém deve estranhar o fato de o imutável Deus estabelecer para Adão uma dieta à base de
vegetais; depois, mandar Noé comer todas as carnes; posteriormente, proibir algumas carnes aos
judeus; e, atualmente, voltar a nos dizer o mesmo que dissera a Noé: “Tudo quanto se move e vive
vos servirá de mantimento... ”. como veremos abaixo. Sim, pois o Deus da Bíblia é assim mesmo.
Só os que ignoram que há várias Dispensações, bem como diversos Pactos (com Adão, com Noé,
com Abraão, com os judeus, com Davi e com a Igreja), se surpreendem com isso. Sim, conforme
Deus firma com o homem um Novo Pacto, coisas que haviam sido proibidas antes, podem ser
liberadas e vice-versa. Veja os exemplos abaixo:
· Deus proibiu matar Caim (Gn 4:15), mas mandou Noé executar os assassinos (9:6). Isto
significa que se Caim fosse contemporâneo de Noé, a lei de talião lhe teria sido aplicada
por ordem divina;
· Jacó casou com a sua cunhada (Gn 29: 21-31), mas aos judeu isso foi proibido (Lv 18:18);
· Abraão, Jacó e tantos outros servos de Deus, que viveram antes e durante
a vigência do Antigo Testamento, além de serem bígamos e polígamos, se
relacionavam sexualmente com suas criadas (Gn 16:4; 29:32 - 30:24).
Hoje, porém, não se proíbe apenas o concubinato, mas se estabelece como
Lei, sob pena de condenação eterna, a monogamia. Por que Deus permitiu
no Antigo Testamento algumas coisas que Ele não permite hoje? Não posso
tratar deste assunto aqui, pois, o mesmo foge ao escopo deste livro. Por ora
quero apenas observar que a nossa responsabilidade e obrigações diante de
Deus mudam de uma Dispensação para outra Ademais, por razões não
reveladas, Deus nunca proibiu o homem de fazer todas as coisas erradas.
Até hoje, algumas coisas erradas são toleradas. Só para citar um exemplo,
Deus nunca proibiu os seus servos de terem escravos. Abraão, Jacó, e
outros servos do Senhor, os tiveram (Gn 22.3; 32.5). O Novo Testamento
exige que os senhores sejam humanos para com seus escravos (Ef 6.9), o
que implica em permissão para tê-los. Ora, todo o mundo sabe que a
escravidão não é boa coisa. Por mais que o amo seja humano, ser amo é
ser desumano. Isto significa que aquele crente que paga um salário
miserável aos seus empregados, embora esteja errado, e precise mudar
quanto a isso, não podemos tachá-lo de filho do diabo por isso, já que se
ele pode até possuir escravos, remunerar mal as mãos-de-obra a seu
serviço seria dos males o menor. Logo, Deus ainda nos tolera até hoje.
· havia fervorosos servos de Deus (Abel, Enoque, Noé ... ) antes de Abraão, mas só a partir
deste patriarca que a circuncisão entrou em vigor (Gn 17: 9 – 27). Ademais, a
Melquisedeque e a outros servos de Deus contemporâneos de Abraão, não encontramos
Deus dando a mesma ordem. A circuncisão era só para Abraão, seus descendentes e os seus
servos (Gn 17:27). Abraão era, portanto, do Novo Testamento. Sim, em relação ao Pacto de
Deus com Noé, Abraão viveu uma espécie de Novo Testamento, tendo, pois, um dever que
os que o precederam _Abel, Sete, Enoque, Noé..._ não tinham: a circuncisão. Aliás, até
mesmo alguns de seus contemporâneos, como, por exemplo, Melquisedeque e os seus
súditos, estavam sob outra Aliança;
· dissemos e provamos que Abraão era de um Novo Testamento. E o mesmo podemos dizer
de Moisés e seus liderados. Estes também receberam mandamentos que nenhum servo de
Deus havia recebido antes. Nenhum de Seus servos que viveram antes do êxodo de Israel
do Egito, teve de observar a Páscoa, o Pentecostes, o Ano Sabático, o Jubileu, o Dia da
Expiação, etc. Logo, Moisés e os demais que com ele saíram do Egito também viveram
numa espécie de Novo Testamento. De certo modo, Moisés também podia dizer: “Abrão
era do Velho Testamento”.
Dividir a Lei em moral, sanitária, cerimonial etc., não é errado, desde que o façamos com
conhecimento de causa e para fins de estudo, e não para ludibriar os incautos por intermédio desse
“malabarismo”. Informemos que este recurso é humano e não divino.
Mesmo sendo a dieta judaica da qual trata Lv. 11, uma Lei sanitária, o certo é que os cristãos
não estão sujeitos a esse cardápio, pois Rm. 14.1-3 diz claramente que estamos livres para
comermos de tudo, e que aquele que acha que o cristão deve comer só legumes, é fraco. Na Versão
Revisada, Rm. 14.2 está traduzido assim: “Um crê que de tudo se pode comer, e o que é fraco,
come só legumes” (Grifo nosso). Medita também, ó leitor, em I Tm 4.1-5 e em I Co. 10.25 que
respectivamente dizem:
a)“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé dando
ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam
mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, proibindo o casamento e ordenando a
abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de
usarem deles com ações de graças; porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar,
sendo recebido com ações de graças porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada”;
b) “Comei de tudo quanto se vende no açougue sem perguntar nada, por causa da consciência”.
(Este versículo é mais do que um retorno a Gn 9.3a. Trata-se de uma manutenção parcial da Lei
dada aos gentios nos dias de Noé. É que aos gentios Deus sempre permitiu o uso de todas as carnes
na alimentação. E, quando nos convertemos ao Senhor, este nos mantém na mesma liberdade
quanto a isso, como também, no passado, o fez a Noé, dizendo-lhe: “Tudo quanto se move e vive
vos servirá de mantimento... ”.
O fato de a Bíblia reprovar a glutonaria (Gl. 5.21) prova que é da vontade de Deus que
cuidemos bem do nosso corpo. Daí os evangélicos absterem da maconha, da embriaguez, da
cocaína, do fumo, etc.. Mas os sabatistas extrapolam, proibindo o uso da carne de porco, bagre e
outras carnes, conforme prescrito em Lv. 11, e desaconselhando toda e qualquer carne em
obediência às recomendações da senhora Ellen White.
Não estamos nos levantando contra o cardápio dos adventistas, mas tão-somente sugerindo que
mostremos aos nossos discipulandos a distinção que há entre o Cristianismo e o menu. E necessário
informarmos a todos que a questão do que se deve ou não comer, não é tema religioso; antes refere-
se a questão de ordem sanitária. É preciso informar que o Novo Testamento não preceitua nenhum
cardápio á Igreja, como já vimos. É importante observarmos que a proibição a comer algumas
carnes, consta só do Antigo Testamento; e que a sugestão à abstinência de toda e qualquer carne não
consta em parte alguma da Bíblia. Sim, exageram os adventistas, quando desaconselham o uso do
café e outros alimentos que eles consideram proibidos por Deus.
Se o cardápio dos adventistas é ou não salutar, é discutível; e que os nutricionistas se dêem ao
trabalho de fazê-lo. Mas adicioná-lo ao corpo de doutrinas da fé cristã é adulterar o puro leite
espiritual (I Pe 2.20). Uma prova disso é o fato de o apóstolo Paulo, que segundo At. 20.27,
anunciou “todo o conselho de Deus”, não ter registrado estes mandamentos nas suas epístolas.
É corretíssimo lavar as mãos antes das refeições; negligenciar isso pode ser fatal. Mas o
Senhor Jesus Cristo disse que isto não contamina o homem (Mt 15.1-20). À luz das Palavras de
Jesus, registrada em Mt. 15.20 afirmamos, sem medo de errar, que a única coisa “grave” que pode
ocorrer a um cristão que come sem lavar as mãos é o apressamento da sua ida para o Paraíso
Celestial.
Embora Jesus tenha dito que comer sem lavar as mãos não contamina o homem, ousamos dizer
que contamina sim. E este paradoxo entre nós e Cristo se explica assim: Comer sem lavar as mãos
pode contaminar materialmente, mas nunca espiritualmente. Isto prova que as obrigações do
Ministério da Saúde não foram confiadas à Igreja (embora, como indivíduos, os membros da Igreja
possam acatar e recomendar as orientações deste tão importante órgão).
Os adventistas alegam que é racional concluirmos que Deus quer que tomemos medidas
salutares para com o nosso corpo. E nós concordamos plenamente e acrescentamos que, não
obstante, Ele não nos lançará no Inferno, se não formos extremamente negligentes quanto a isso.
Caso contrário Jesus Cristo teria ensinado heresia, quando sustentou que comer sem lavar as mãos
não contamina o homem. Ora, comer sem lavar as mãos pode não ser menos prejudicial à saúde do
que tomar café, comer bagre, comer carne de porco, etc.
Seria bom se todos fôssemos vegetarianos? Há quem diga que sim, bem como os que divergem.
E que debatam sobre este assunto os que pelo mesmo se interessarem. Porém, jamais admitamos
que estas questões sejam incluídas no corpo de Doutrinas da fé cristã, visto que fazê-lo colide com
Êx. 12.8 e Lv. 11 onde respectivamente Deus manda comer carne ao instituir a Páscoa, e alista os
animais que os judeus podiam comer.
Do que temos exposto está claro que os adventistas crêem que um bom cristão é,
necessariamente, um nutricionista que ensina e pratica uma boa dieta alimentar. A este respeito, eles
são mais “zelosos” do que Deus. Senão, vejamos: No Antigo Testamento Deus proibiu comer certas
carnes, mandou comer algumas e liberou outras. No Novo Testamento Ele não proibiu, não mandou
e nem desaconselhou o comer quaisquer carnes. Mas os adventistas proíbem comer algumas carnes
e desaconselham outras. Esta atitude colide com a Bíblia, que diz que podemos comer de TUDO
quanto se vende no mercado (I Co. 10.25-26) e que ninguém nos pode julgar (ou condenar) pelo
comer ou pelo beber (Cl. 2.16). Isto não significa que o cristão não possa abster-se de comer e/ou
beber algo e, sim, que não é necessário submetermos ao que a Lei (o Pentateuco) determina quanto
a isso. O corpo de doutrinas que norteia a Igreja é o que está contido em toda a Bíblia, de Gênesis a
Apocalipse. Mas é aí mesmo que encontramos a informação de que só são aplicáveis à Igreja os
mandamentos do Novo Pacto, embora todos os mandamentos morais constantes do Velho
Testamento estejam repetidos no Novo. Como já dissemos, repetidos e não transportados.
Os adventistas adoram citar II Co. 6.16-18 objetivando “provar” que as carnes tidas por
imundas no Antigo Pacto não podem ser saboreadas pelos cristãos. Mas a verdade solene é que o
apóstolo Paulo está tão-somente fazendo uma aplicação do que está exarado em Is. 52.11 e Jr.
31.1,9. O que este apóstolo está dizendo é que assim como na Velha Aliança, os judeus não podiam
tocar algo que a Lei tachava de imundo (uma mulher hemorrágica, por exemplo), o cristão não pode
transgredir os preceitos da Nova Aliança. Em outras palavras: Assim como os judeus não podiam
comer as carnes de animais imundos, não podemos desobedecer aos mandamentos constantes do
Novo Testamento.
Quando dizemos que a Lei foi abolida, não estamos afirmando que Gn 1.1, por exemplo, tenha
sido abolido, pois como todos sabemos, esta referência bíblica é o registro de um fato histórico, e
não uma Lei. Chamamos “Lei” aos mandamentos constantes do Pacto que Deus firmou com os
judeus. Estes foram todos abolidos. Até os “não matarás, não adulterarás, não furtarás...” foram
abolidos. O cristão não se abstém do furto em obediência ás determinações da Lei de Moisés e, sim,
em obediência à Lei de Cristo (I Co. 9.21). E a Lei de Cristo e a Lei de Moisés são distintas e
diferentes. Muitos dos mandamentos da Lei de Cristo são iguais aos da Lei de Moisés, mas isso se
dá por mera coincidência. Lembremo-nos que o Novo é novo, e não o Velho melhorado.
Como já dissemos, os adventistas tripartem a Lei em Lei moral, Lei sanitária e Lei de Moisés.
Afirmam que a parte cerimonial da Lei, como os sacrifícios de animais, por exemplo, não é, em
parte alguma da Bíblia, chamada de Lei de Deus; e que essa é a Lei que Cristo aboliu, à qual não
estamos sujeitos. Segundo eles, sempre que o Novo Testamento diz que “Cristo nos libertou da
Lei”, está, ou se referindo à libertação da condenação da Lei, ou aludindo à Lei de Moisés, e não à
Lei de Deus. Acontece, porém, que em II Cr. 31.3 e em Lc. 2.24, os sacrifícios de animais são
chamados de “Lei do Senhor” ou “Lei de Jeová”, segundo os originais. Ora, se a Lei de Deus não
foi abolida, e os sacrifícios de animais constam da Lei de Jeová, os adventistas devem sacrificar
animais a Deus até hoje. Talvez os adventistas retruquem dizendo que os sacrifícios de animais
constam da Lei do Senhor ou Lei de Jeová, e não da Lei de Deus; mas aí perguntaremos: Jeová e
Deus são duas pessoas distintas? O Senhor é uma pessoa e Deus é outra? É possível ser de Jeová
sem ser de Deus?
A Lei de Deus é chamada de Lei de Moisés porque este foi o seu medianeiro, ou seja, Deus a
deu por sua instrumentalidade; senão, compare os versículos 1 e 8 de Ne. 8.
Já deixamos claro que o Novo Testamento não prescreve um cardápio especial para a Noiva de
Cristo; mas como esta afirmação parece colidir com At 15.28-29, esclarecemos que as restrições em
questão eram de caráter provisório e se destinava a facilitar o relacionamento entre os judeus e os
gentios que haviam se convertido à fé cristã. Nada mais era que uma demonstração de respeito às
crenças dos irmãos fracos na fé. Uma prova clara de que as coisas são assim, é que esta passagem
só proíbe quatro coisas. Por que isso? Só há quatro pecados? Por que não se proíbe neste texto, a
inveja, o roubo, a calúnia, a mentira, etc.? Será que alcançaremos o Reino de Deus se guardarmos
só estes quatro mandamentos? Obviamente que não.
Esta passagem (At. 15.28-29) pode ser parafraseada assim: “No que diz respeito às leis
judaicas (às quais não estamos sujeitos, pois as praticando ou não, seremos salvos pela fé em Jesus),
pareceu bem ao Espírito Santos e a nós, para não escandalizarmos os nossos irmãos judeus, que
vocês abstenham dessas quatro coisas: Do sangue, das coisas sacrificadas aos ídolos, da carne
sufocada, e do casamento com os judeus, bem como do relacionamento sexual durante a
menstruação. Não há maldade alguma em fazer estas coisas, mas devemos fazer como fracos para
ganharmos os fracos, e como judeus para ganharmos os judeus”.
Uma prova de que esta conclusão está correta é que esta passagem proíbe comer algo que tenha
sido sacrificado aos ídolos e, não obstante, o apóstolo Paulo deixa claro, em I Co. 8, que o cristão
está livre para comer estas coisas, contanto que não escandalize o irmão fraco. O erudito pastor
Raimundo F. de Oliveira, em seu livro intitulado “Como Estudar e Interpretar a Bíblia”, editado
pela CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus - página 139, argumenta: “Para Paulo,
comer carne sacrificada a ídolos não significa nada, mas por causa daqueles que estavam à sua
volta e que pensavam que isto implicava em pecado, ele não comia”.
A nosso ver, a interpretação acima é correta e que, portanto, I Co 8 prova que At. 15.28-29 era
uma medida de caráter provisório, objetivando tão-somente o estreitamento da comunhão entre os
irmãos. Assim pensa também a liderança das Assembléias de Deus no Brasil, visto que segundo o
livro Administração Eclesiástica, da autoria dos pastores Nemuel Kessler e Samuel Câmara,
também editado pela CPAD, 2ª edição de 1.992, página 100, a CPAD não publica livro algum, sem
antes submetê-lo ao Conselho de Doutrina da Convenção Geral das Assembléias de Deus, que
examina se “nada contraria as doutrinas esposadas pelas Assembléias de Deus.” Logo, a cúpula
assembleiana aprovou o livro supracitado, da autoria do pastor Raimundo. E, sendo assim, fica claro
que pelo menos um dos mandamentos constantes de At 15.29, não precisa ser observado (a não ser
por questão de consciência), segundo a alta liderança das Assembléias de Deus. Ora, se um dos
mandamentos registrados em At 15.29, não é moral, os demais mandamentos registrados neste
versículo também não podem ser morais, pois tamanha falta de coerência ou associação de idéias
constituiria insuperável violência à Hermenêutica.
Salientamos que At. 15.28-29 é, simultaneamente, cultural e transcultural, temporal e eterno. É
transcultural, pois em qualquer parte do mundo se deve respeitar a consciência alheia; e é cultural,
pois trata duma demonstração de respeito à cultura judaica. É temporal, pois passou com o tempo; e
é eterno, pois sempre que se fizer necessário, o cristão deve abster-se de algo que possa fazer o seu
irmão inexperiente tropeçar.
Na nossa obra intitulada “Transfusão de Sangue Não é Pecado”, tecemos um comentário mais
profundo, em apreço a At. 15.28-29. Lá mostramos que assim como o apóstolo Paulo circuncidou
Timóteo (At. 16.1-5), fez voto de nazireu (deixou os cabelos crescerem e depois rapou a cabeça, At.
18.18) e ofereceu sacrifícios, mas todos nós compreendemos que tais medidas eram provisórias,
assim devemos também encarar este texto em apreço, a saber, At. 15.28-29.
O maior erro dos adventistas do sétimo dia quanto ao que se deve ou não comer, não consiste
no fato de se absterem de certos alimentos, nem tão pouco no fato de nos aconselharem a fazermos
o mesmo; mas sim, por afirmarem que aqueles cujos cardápios diferem do deles estão indo para o
Inferno. Senão, vejamos o que diz o “pastor” adventista, Alejandro Bullón, um dos maiores líderes
dos adventistas, no prefácio do livro abaixo identificado: “A questão não é simplesmente se posso
ou não posso comer carne de porco... O assunto é muito sério. É uma questão de vida ou morte, de
salvação ou perdição...” (Transcrito do livro adventista intitulado Assim Diz o Senhor, 3ª Edição,
1986, da autoria de Lourenço Gonzalez Silva, edição do autor, página 5). O senhor Lourenço
Gonzalez Silva, autor desse livro infernal, que é prefaciado com elogios e recomendações pelo
“pastor” Alejandro Bullón, afirma às páginas 323-327 que as igrejas evangélicas que não se abstêm
de café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, camarão, lagosta carne de porco... são igrejas
falsas, hipócritas, e que, portanto, estão indo para o Inferno.
A atitude radical do “pastor” Alejandro Bullón, de condenar os evangélicos que comem carne
de porco e outras carnes por ele proibida, não constitui um ato isolado. Aliás, o adventista que não
for tão fanático quanto ele, não estará sendo um autêntico seguidor do Adventismo. Podemos dizer
inclusive, que os adventistas devem ser até mais radicais do que ele, se é que querem mesmo
obedecer à papisa Ellen White, visto que essa falsa profetisa teve a audácia de proibir o consumo de
toda e qualquer carne, chegando ao cúmulo de dizer que os que consomem alimento cárneo não
estão mantendo uma linha divisória com os ímpios e seriamente comprometendo sua salvação
eterna. Para que o leitor veja que de fato as coisas são assim, vejamos as transcrições abaixo:
“...Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne
de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos que são agora só meio
convertidos quanto aa questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com
ele”. (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pág. 388, da autoria de Ellen G. White, Casa
Publicadora Brasileira - grifo nosso)
“...O regime cárneo é questão séria. Hão de seres humanos viver da carne de animais mortos? A
resposta, segundo a luz dada por Deus é: Não, decididamente não”.(ibidem. Grifo nosso)
“... Foi-me mostrado claramente que o povo de Deus deve assumir atitude firme contra o comer
carne... Os que usam carne menosprezam todas as advertências que Deus tem dado relativamente a
esta questão. Não possuem nenhuma prova de estar andando em veredas seguras. Não têm a
mínima desculpa quanto a comer a carne de animais mortos”. (ibidem - grifo nosso)
“ Não dê nenhum de nossos pastores um mau exemplo no comer carne. Vivam, eles e suas famílias,
segundo a luz da reforma de saúde. Não animalizem nossos pastores sua natureza e a de seus
filhos... (Ibidem pág. 399 - grifo nosso)
“Andem nossos pastores sob a bandeira da estrita temperança. Nunca vos envergonheis de dizer:
Não, obrigado; não como carne”. (Ibidem pág. 402)
É incrível, mas muitos religiosos confessam não crer que haja existência consciente entre a
morte e a ressurreição. Afirmam que “essa crença é de origem pagã”. Esta é, por exemplo, a opinião
dos adventistas do sétimo dia. Mas, se examinarmos as Escrituras Sagradas sem idéias
preconcebidas, facilmente enxergaremos que Jesus Cristo e os apóstolos pregaram a existência de
vida consciente no além-túmulo. São diversas, as referências bíblicas que poderíamos citar para
provar a ortodoxia do que acabamos de afirmar. Todavia, fiquemos por enquanto só com as que
estão relacionadas a seguir.
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da
minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto tendo
desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário,
por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos
vós para proveito vosso e gozo da fé. Para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus,
pela minha nova ida a vós” (Almeida Revista e Corrigida).
Agora passemos á interpretação da transcrição acima. No versículo 21, o apóstolo Paulo
apresenta o seu conceito acerca da vida. Para ele, Cristo é a vida, ou seja, viver é estar com Cristo.
A seguir, ele mostra que na sua opinião a morte, para o salvo, não representa nenhuma derrota,
sendo até vantajosa. No versículo 22, ele chama o não morrer de viver na carne e assegura que se
isso lhe concedesse oportunidade de produzir frutos, isto é, a oportunidade de fazer uma obra maior
em prol do Reino de Deus, ele ficaria sem saber o que escolher. Ora, se ao NÃO MORRER ele
chama de VIVER NA CARNE, naturalmente o morrer é, obrigatoriamente, o contrário disso; E o
contrário de VIVER NA CARNE só pode ser VIVER FORA DA CARNE. O contrário de viver é
morrer, mas o contrário de viver dentro duma certa casa não é morrer, mas, sim, viver fora dela. A
seguir, Paulo diz que estava em aperto de ambos os lados, mas que desejava “partir para estar com
Cristo”, por ser isto muito melhor. Depois da opção registrada no versículo 23, ele volta atrás no
versículo 24, e decide por “ficar na carne”, o que equivale a dizer, NÃO ficar FORA DA CARNE,
como já vimos. Ora, é fácil vermos que o apóstolo rotula o não morrer de “VIVER NA CARNE” e
“FICAR NA CARNE”. E à morte ele chama de “PARTIR” e “ESTAR COM CRISTO”.
Finalmente, ele deixa bem transparente que o que ele chamava de PARTIR E ESTAR COM
CRISTO não era uma referência ao arrebatamento da Igreja. Senão, vejamos: No versículo 25, ele
garante que não ia partir e, sim, ficar e permanecer com os irmãos, para proveito deles e gozo da fé.
Ora, se ele estivesse se referindo ao arrebatamento da Igreja, ele teria mentido, pois já morreu e,
portanto, não permaneceu conosco. Cadê ele? Se ele não estivesse, no contexto, se referendo à
morte e à vida quando disse que não sabia o que escolher entre viver na carne ou partir; e também
quando disse que decidiu por ficar e que deste modo sabia que ficaria, ele não teria morrido e nem
morreria nunca, pois pertenceria ao grupo de salvos que estará vivo no dia da vinda de Jesus (I Ts.
4.17); mas isso não aconteceu, visto ter ele morrido e, assim, podemos ver que para ele, morrer era
viver fora da carne e partir para estar com Cristo.
Depois de tudo que já dissemos, ainda nos resta, juntamente com o leitor, analisarmos o
versículo 26, no qual o apóstolo Paulo, depois de dizer no versículo 24 que julgava mais necessário,
por amor aos irmãos, ficar na carne; e no versículo 25 que, por conseguinte, sabia que ia ficar, diz,
no versículo 26, o objetivo disso: “Para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela
minha nova ida a vós”. Está claro que o apóstolo Paulo está se referindo aí a não morrer tão cedo,
mas FICAR com os irmãos por mais algum tempo para poder fazer a eles mais uma visita e, deste
modo, contribuir para que a glória dos irmãos abundasse por seu intermédio, em Cristo Jesus”. Sim,
o texto bíblico transcrito e analisado neste tópico prova cabalmente que Paulo chamou a morte de
“partir para estar com Cristo”, o que prova que ele acreditava na realidade duma existência
consciente entre a morte e a ressurreição.
Se Paulo estivesse se referindo ao arrebatamento, ele teria optado por não ser arrebatado para
ser útil aos irmãos, o que é um absurdo.
“Disse eu no meu coração: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-
los, e eles possam ver que são em si mesmo como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos
homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede: como morre um,
assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é
nenhuma, porque todos são vaidade”.
Caro leitor, se um adventista lhe apresentar estes versículos com a finalidade de “provar” que a
alma não sobrevive à morte do corpo, diga-lhe que Salomão não está dizendo que assim é, mas,
sim, dizendo que ele um dia havia pensado essa bobagem. Chame a sua atenção para o fato de que
as primeiras palavras dos versículos acima copiados são: “Disse eu no meu coração”, e que a
interpretação é: “Eu pensei”. Ora, quem diz “eu pensei” certamente não pensa mais.
Cremos ter deixado claro que quando a Bíblia diz que os mortos dormem no pó da terra (Dn.
12.2), está dizendo tão-somente que o corpo (e não a alma) dorme. O corpo dorme porque está
inconsciente e destinado à ressurreição.
Quanto a Ez. 18.4, que diz que “a alma que pecar, essa morrerá”, é bom lembrar que neste
versículo a palavra alma significa pessoa. A palavra alma aparece na Bíblia com vários significados.
Além disso, todo aquele que ainda não aceitou a Jesus como seu Salvador é uma alma morta,
espiritualmente; porém, no versículo em apreço (Ez. 18.4), Deus estava apenas mandando apedrejar
os que pecassem.
Há outros textos correlatos a serem considerados, mas paremos por aqui e oremos pelos
adventistas. Nossas orações falarão mais alto do que os nossos argumentos.
CAPÍTULO V
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?!
Dialogando com os adventistas e lendo suas obras ficamos sabendo que eles
crêem que após a Grande Tribulação terá lugar o arrebatamento da Igreja, quando
todos os salvos serão arrebatados ao Céu, onde passarão mil anos. Nesse dia os
ímpios serão mortos. Assim se pode ver que os adventistas não crêem que o o
Milênio será na Terra. Mas eles se esquecem que, se assim fosse, nenhuma
necessidade haveria de se prender o diabo durante o milênio (ap 20.1-3,7, 8).
Raciocinemos: Se os salvos estarão no céu com Cristo, definitivamente livres dos
enganos de Satanás, e todos os perdidos mortos, para que prender o Diabo,
objetivando tolher-lhe de enganar as nações? A esta objeção os adventistas
“respondem” dizendo que o Diabo não estará preso numa cadeia literal e, sim,
numa cadeia circunstancial, isto é, ele não encontrará a quem enganar durante o
milênio. Ora, se quando a Bíblia diz que o Diabo será preso durante mil anos, está
dizendo apenas que ele não terá a quem enganar nesse período, natural e
necessariamente, quando diz que ele será solto, está apenas dizendo que ele terá
a quem enganar novamente. E aí perguntamos: A quem enganará o Diabo? E os
adventistas respondem: “Aos que morrerem no dia do arrebatamento da igreja, os
quais serão ressuscitados, no fim do milênio”. Ora, como enganar ainda aqueles
que morreram perdidos? Aquele que morreu perdido foi tão enganado que não
tem como enganá-lo mais; esta conclusão dos adventistas é um disparate tão
grande que não dispomos de um adjetivo capaz de qualificá-lo à altura de seus
méritos. Quanto à “prisão circunstancial” de Satanás, argumentamos que este
raciocínio é tão absurdo quanto matar todas as mulheres de um país e depois dizer
que prendeu o estuprador numa cadeia circunstancial, isto é, ele não terá mais a
quem estuprar. Todos os que pregam doutrinas contrárias à Bíblia, mais cedo ou
mais tarde terão que ou abandoná-las ou arranjar outras para justificá-las, pois
“um abismo chama outro abismo” (Sl. 42.7).
Muitos pensam que nós, os evangélicos, cremos que os salvos irão para o Céu, os
perdidos para o Inferno, e a Terra será destruída. Os que assim pensam, certamente não
examinaram nossos compêndios teológicos.
Vejamos abaixo uma sinopse dos principais eventos escatológicos em ordem cronológica:
Jesus disse que logo após a grande tribulação, Ele virá visivelmente (Mt 24. 29-
30). Nesse dia se concretizará o tão comentado Armagedom (Ap 16. 13-16), que é
o seguinte: Durante a grande tribulação, todas as nações do mundo (Zc 14. 2 a),
sob a influência demoníaca (Ap 16. 13-14), se aliarão ao Anticristo, e seus
exércitos se congregarão no lugar que na língua hebraica se chama Armagedom
(Ap 16. 16), numa renhida guerra contra os Judeus (Zc 14. 2 a), os quais muito
sofrerão (Zc 14. 2 b), e serão dizimados em dois terços (Zc 13. 8). Em meio a essa
sangrenta batalha, Jesus se manifestará em glória (Mt 24. 30), e destruirá o
exército inimigo dos judeus (Ap 19. 17, 18 , 21). Eis o Armagedom.
5.4. O Milênio.
Quando o Senhor destruir os exércitos inimigos de Israel no Armagedom; julgar as
nações; lançar os bodes, a Besta e o falso profeta no lago de fogo; dar boas
vindas às ovelhas; e prender o Diabo por mil anos, iniciar-se-á na face de toda a
Terra, o Reino do qual a Bíblia tanto fala (Is 11. 6-9; 65. 20-25; Dn 2. 44; 7.13,
14, 27; 9.24; Zc 14.8-21; Mt 6.10; Ap 20.4-7 etc.).
5. 5. O Juízo Final.
Quando o Milênio terminar, Satanás será solto por um curto espaço de tempo (Ap 20.
3), e a seguir lançado definitivamente no lago de fogo, onde encontrará a Besta, o falso
profeta, e os bodes, os quais foram lançados lá antes do Milênio, (como já
observamos),com os quais será atormentado eternamente (Ap 20.10). Com a derrocada
final do Diabo, coincidirá o Juízo Final, que é o momento em que Deus ressuscitará todos
os mortos, os julgará, e lançará os ímpios no lago de fogo eterno (Ap 20. 11-13). Os que
não forem condenados no Juízo das Nações, se permanecerem fiéis durante o Milênio, bem
como após o Milênio quando Satanás for solto e os tentar, vão herdar a Terra.
Até mesmo os hinos que cantamos em nossas igrejas, dizem que os evangélicos
crêem na restauração da Terra, e que isto será efetuado com o propósito de torná-la
deleitosa àqueles que forem designados para habitá-la. Veja estes exemplos:
(Hino 112 do Cantor Cristão, hinário oficial dos batistas, grifo nosso)
Ressuscitou! Ressuscitou!
O vocábulo original (AIÔN) traduzido por eterno em Mt. 25.46 pode significar
ETERNIDADE, mas também longa duração. Os adventistas se servem disso para
inculcar nos incautos que o Diabo, os demônios e os homens perdidos não vão
sofrer eternamente no lago de fogo. Mas este “argumento” não é respaldado pela
Bíblia, pois se trata apenas duma postura tendenciosa. Por não crerem que os
ímpios sofrerão eternamente, fazem AIÔN significar apenas longa duração. Mas
por que não dizem eles que a vida dos justos não será eterna, porém, apenas de
longa duração, já que o mesmo AIÔN que se usa para a vida dos salvos, se usa
também para o tormento dos ímpios? Mas, verdade seja dita, se AIÔN tem mais
de uma tradução, se faz necessário definirmos qual a sua tradução correta,
quando se refere ao tormento dos perdidos. E Ap. 20.10 é mais que suficiente para
dirimir as dúvidas de um inquiridor sincero, de que AIÔNAS AIONÔN não pode
significar outra coisa além da eternidade propriamente dita.
A crença adventista de que os ímpios serão ressuscitados e lançados no lago de fogo onde
sofrerão até ser extintos, colide com Hb. 9:27. Este versículo nos diz que ao homem está
ordenado morrer uma só vez. É bem verdade que a Bíblia fala da segunda morte (Ap.
20:14); porém, esta morte não é física. Do contrário, a Bíblia seria contraditória. Trata-se,
pois, de uma morte espiritual, que é a eterna definitiva banição da presença de Deus.
CAPÍTULO VII
A RESPEITO DO SANTUÁRIO CELESTIAL
Talvez os “eruditos” adventistas questionem este nosso parecer, alegando que Hb.
9.12 está mal traduzido na Edição Revista e Atualizada, visto que o vocábulo
original traduzido por Santo dos Santos é HAGÍA (lê-se raguía [Neste caso o “r”
tem o valor do “h”, em inglês, ou do “j” em espanhol]) que significa santuário, e
não HAGÍA HAGÍÔN (lê-se raguía raguíon), que significa Santo dos Santos; mas,
se apresentarem este frágil argumento, ajude-os, ó leitor, a compreenderem que
tanto o primeiro compartimento do tabernáculo, quanto o segundo, são chamados
de santuários no original. Para vermos isto basta lermos, no original, ou até
mesmo na Edição Revista e Corrigida, Hb. 9.25, que diz textualmente que “o sumo
sacerdote cada ano entrava no santuário”. Que santuário é este? Não está claro, à
luz de Hb. 9.7 que o santuário de Hb. 9.25 é mesmo, o Santo dos Santos? E, se a
palavra santuário em Hb. 9.25, se refere ao Santo dos Santos, por que esta
mesma palavra, constante de Hb. 9.12, não pode estar se referindo ao Santo dos
Santos?
À luz de todo o capítulo 9 de Hebreus, se pode ver que o tabernáculo era dividido
em dois compartimentos e que cada um destes compartimentos era chamado de
tabernáculo, bem como de santuário; assim sendo, além do segundo
compartimento possuir um nome exclusivamente seu, a saber, o de Santo dos
Santos, tinha mais dois nomes em comum com o primeiro compartimento, que são
os nomes de santuário e tabernáculo. O segundo compartimento é chamado de
segundo tabernáculo (9:2, 3,6,7).
Diz mais a Bíblia: “... até ao interior do véu onde Jesus, nosso precursor, entrou
por nós, feito eternamente sumo sacerdote...” (Hb. 6.19-20). Esta é mais uma
prova bíblica de que, nos dias do autor da Epístola aos Hebreus, Jesus já havia
entrado no Santo dos Santos. O texto diz textualmente: “... Jesus... entrou...”. E
onde foi que Jesus entrou? A Bíblia responde: “... até ao interior do véu...”. A que
véu se refere aqui? Sabemos que existiam no Tabernáculo dois véus: o que ficava
na porta de acesso ao Santo Lugar, isto é, ao primeiro compartimento do
santuário; e o que separava o primeiro compartimento do segundo, chamado de
Santíssimo Lugar ou Santo dos Santos.
Já que existiam dois véus, de qual deles trata Hb. 6.19-20? A resposta honesta é
que sempre que a Bíblia liga um episódio ao segundo véu, apenas chama-o de “o
véu”. Por exemplo, qual foi o véu que segundo Mt. 27.51 rasgou-se de alto
abaixo? Naturalmente, o segundo véu. Com esta conclusão a senhora White
concordava em gênero, número e grau. Senão, vejamos: “... ao irromper dos
lábios de Cristo o grande brado: ‘está consumado’, oficiavam os sacerdotes no
templo...”. Com ruído rompe-se de alto a baixo o véu INTERIOR do templo,
rasgado por mão invisível, expondo aos olhares da multidão um lugar dantes pleno
da presença divina. Ali habitava o shekinah. Ali manifestava Deus, sua glória sobre
o propiciatório; ninguém, senão o sumo sacerdote, jamais erguera o véu que
separava esse compartimento do resto do templo. Nele penetrava uma vez por
ano para fazer expiação pelos pecados do povo. Mas eis que esse véu é rasgado
em dois. O santíssimo do santuário terrestre não mais é um lugar sagrado...” (O
Desejado de Todas as Nações, pg. 564, grifo nosso). Ora, se o véu mencionado
em Mt. 27.51 refere-se ao véu interior, por que o véu abordado em Hb. 6.19-20
não pode ser aquele mesmo véu? E se este véu é o véu interior, então Jesus
entrou no Santo dos Santos quando ascendeu ao Céu, no século I.
2º)pensam que o ponto de partida apontado pelo anjo em Dn. 9.25, que diz que
“desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”, é o ano 457
a.C., mas a História Universal deixa claro que isto ocorreu em 445 a.C.. O que se
deu em 457 a.C. foi o embelezamento do templo bem como a restauração do
culto, a cargo de Esdras (Ed. 7). Basta lermos Neemias capítulo 2 para vermos que
a ordem para reedificar a cidade de Jerusalém verdadeiramente foi expedida no
ano vigésimo do rei Artaxerxes. E ainda estamos para ver uma enciclopédia que
diga que essa data não foi o ano 445 a.C.! Realmente, o evento do qual trata
Esdras 7 se deu em 457, mas o cumprimento de Dn. 9.25, que serve de ponto de
partida para a contagem das 70 semanas ocorreu em Ne. 2. O versículo 5 o diz
textualmente: “... peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus
pais, para que eu a edifique”. Assim, os adventistas cometem dois erros ao mesmo
tempo: Erram por associarem arbitrariamente os capítulos 8 e 9 de Daniel, e erram
por acharem que o ponto de partida do qual trata Dn. 9.25 é o tema de Esdras 7,
quando já vimos que só o episódio de Neemias 2 satisfaz as exigências.
1.150
-456
694
A profecia de que trata Dn. 8.14 se cumpriu em 165 a.C.. Trata-se de 1.150 dias, e
não 2.300 anos. Refere-se ao período em que o rei Antíoco Epifânio, inimigo dos
judeus, decidiu exterminá-los juntamente com a religião deles. Ele profanou o
templo dos judeus, chegando a sacrificar sarcasticamente um porco sobre o altar.
Esta profanação, prevista em Dn. 8.12-13, durou apenas o tempo previsto em Dn.
8.14, isto é, 1.150 dias (ou seja, três anos e meses). É que Judas Macabeus, com
a ajuda de Deus, obteve vitórias sobre Antíoco e seu exército. Esta história está
registrada em I Macabeus, livro apócrifo existente nas Bíblias católicas. Este é
apenas um livro histórico de grande valor, pois não é a Palavra de Deus. Há dois
livros com este nome.
Talvez o leitor não tenha entendido o porquê de afirmarmos que 2.300 tardes e
manhãs são 1.150 dias. Por que o número de dias corresponde exatamente à
metade do total das tardes e manhãs? O raciocínio é o seguinte: Se alguém disser
que na empresa tal trabalham 2.000 homens e mulheres, não se deve entender
que trabalhem lá 2.000 homens e 2.000 mulheres e, sim, que a soma dos homens
e mulheres que lá trabalham corresponde a 2.000 pessoas. De igual modo, 2.300
tardes e manhãs não são 2.300 tardes + 2.300 manhãs. E como 1 tarde + 1
manhã correspondem a 1 dia, 2.300 tardes e manhãs equivalem, portanto, a 1.150
dias.
Realmente não precisamos esticar “os muitos dias” de Dn. 8.26 até 1.844; há
várias profecias para os últimos dias que se cumpriram há quase 2.000 anos. Por
exemplo, o profeta Joel profetizou que NOS ÚLTIMOS DIAS o Espírito Santo seria
derramado sobre toda carne (2.28). Esta profecia se cumpriu há quase 2.000 anos
(At. 2.16). A promessa de enobrecer as terras de Zebulom e de Naftali foi feita
para os últimos tempos (Is. 9.1-2). Não obstante, porém, cumpriu-se já há quase
2.000 anos, segundo Mt. 4.14-16.
Os adventistas afirmam, como já sabemos, que Jesus esteve até 1.844 oficiando
no compartimento chamado “Lugar Santo” e que, a partir de então Ele passou
para o compartimento chamado Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos. Ora,
sabemos pela Bíblia que Jesus, ao subir ao Céu, assentou-se à destra de Deus no
seu trono (Mc. 16.19, Ap. 3.21). Ora, será que há no Céu algum lugar mais santo
do que o outro? E se há, será que há algum lugar no Céu mais santo do que o
trono de Deus? Obviamente que não, mas os adventistas querem pôr isto na nossa
cabeça, quando nos dizem que a partir de 1.844 Cristo passou do Lugar Santo
para o Lugar Santíssimo.
Incoerência é o que há em fartura nos escritos de Ellen G. White. Já vimos que ela
afirmou que os pecados dos verdadeiros servos de Deus que morreram na graça,
estavam, estão e estarão perdoados, mas não cancelados, até que seus casos
sejam averiguados por Jesus, o que se dará durante o Juízo Investigativo que o
Senhor Jesus Cristo empreende desde 1.844. Só então, os pecados serão
cancelados ou extintos. A esta altura, um leitor que não conheça todas as heresias
dessa mulher, poderá pensar que, até que enfim, a novela acabou. Porém, ledo
engano, pois ela sustenta que o Diabo arrostará com os pecados dos verdadeiros
penitentes depois do milênio, quando então ele será lançado no lago de fogo. Ora,
se os pecados foram extintos durante o Juízo Investigativo, como lançá-los depois
sobre o Diabo no dia final? Afinal de contas, o pecado foi extinto ao término do
Juízo Investigativo ou não foi? Lembre-se que os adventistas, inspirando-se nos
escritos de Ellen White crêem que, ao término da purificação do santuário (ou
Juízo Investigativo), Cristo virá e arrebatará a Igreja ao Céu, onde ela passará mil
anos. Depois disso é que virá o juízo final, quando então o Diabo arrostará com os
pecados que, segundo ela mesma disse, já haviam sido extintos mais de mil anos
antes. Dá para entender essa barafunda? Mas essa é a profetisa dos
“remanescentes”.
1ª) Macabeus, embora sejam livros históricos de grande valor, não gozam de
infalibilidade, visto que não foram escritos sob inspiração divina. Por conseguinte,
podemos até citá-los de passagem, sem nos esquecermos, porém, que o nosso
“cavalo de batalha” é a Bíblia Sagrada. É ela que dará a palavra final; 2ª) os
números na Bíblia são, às vezes, arredondados, ou para mais, ou para menos. Há
vários exemplos disso. Contudo, veremos agora somente um caso. Em Gn. 15:13
Deus disse que os descendentes de Abraão habitariam no Egito por 400 anos. Mas
Êx. 12:40, 41; e Gl. 3:17, nos informam que o tempo exato foi de 430 anos.
Podemos considerar como evangélicos os que não fazem da Bíblia a sua única
regra de fé e vida?
Os “pastores” adventistas Alejandro Bullón e Floriano Xavier dos Santos, este, Presidente da
União Este Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, às páginas 3 e 5, respectivamente,
apresentam e prefaciam com elogios o livro intitulado “Assim Diz o Senhor”, o qual, às páginas 323
a 327 afirma sem rodeios que a única Igreja de Cristo, a verdadeira Esposa do Cordeiro, é a que,
guardando os Dez Mandamentos, observa a guarda do sábado. E tacha de mentirosas, as igrejas que,
destoando disso, alegam ser de Cristo.
9.3.2. Proselitista
“Proselitismo” ou “pescaria de aquário” são, numa conceituação particular, jargões
evangélicos que designam os que hipocritamente tremulam bandeira evangélica, no intuito de se
infiltrar entre nós, a fim de, desse modo, nos conquistar para as suas fileiras. Os adventistas são
hábeis pescadores de evangélicos. Logo, são o que chamamos de proselitistas. Senão, vejamos as
evidências abaixo:
2ª) O senhor Lourenço Gonzalez, adventista típico, em seu livro supracitado, intitulado “Assim Diz
o Senhor”, edição de 1986, afirma no capítulo 26, às páginas 323 a 327, que os evangélicos que não
abdicam de café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, carne de porco, camarão... e não guardam
o sábado, estão no caminho largo que conduz ao inferno, do qual falou Jesus em Mt 7.13.. Neste
mesmo capítulo somos aconselhados a sairmos das nossas igrejas para uma igreja que guarde o
sábado. Para nos dar esse conselho, o Sr. Lourenço se apóia em Ap 18. 4, que diz: “Sai dela povo
meu...”.
3ª) O “pastor” Alejandro Bullón, um dos expoentes dos adventistas, prefaciou o referido livro,
esbanjando elogios, o que prova que o senhor Alejandro também pesca no aquário evangélico.
4ª) Este autor vem sendo assediado pelos adventistas desde quando era novo convertido. Temos
recebido cartas até da liderança dessa seita, convidando-nos a participarmos de seus “Estudos
Bíblicos” a fim de inteirarmos da Mensagem Adventista. Ora, se são evangélicos, então não têm
nenhuma novidade para nós; e, se têm algo novo a oferecer-nos, então não são do nosso grupo. É
como dizia o ex-Padre Aníbal: “O Diabo não consegue esconder o rabo”.
5ª) Já tivemos que socorrer muitos irmãos em Cristo, especialmente novos convertidos, vítimas de
sérias dúvidas que lhes foram inculcadas pelos adventistas.
9.3.3. Sorrateiro
Primeira prova:
Faz parte da estratégia proselitista dos adventistas, dirigir-se às igrejas evangélicas,
oferecendo-nos seus livros. Chegam dizendo que tais obras são neutras, isto é, não entram no mérito
das divergências doutrinárias que há entre nós. Pura hipocrisia! Na obra intitulada As Belas
Histórias da Bíblia, volume 1, a guarda do sábado é enfatizada. Além disso, eles “dão” um “brinde”,
a saber, um livro, no qual suas heresias são defendidas com ardor. Por exemplo (embora mordendo
e assoprando ao mesmo tempo), no capítulo 33 do livro O Grande Conflito (com o qual, geralmente
presenteiam os que compram suas obras “neutras”), se insinua que nós, pastores evangélicos, somos
agentes do diabo, por pregarmos que: a) a alma sobrevive à morte do corpo; b) os homens que se
perderem, o diabo, e os demônios serão atormentados eternamente. É esse alimento estragado que
as ovelhas recebem, quando um pastor evangélico, que ainda não saiba o quanto o Adventismo é
perigoso, permite, às vezes até por escrito, que esses lobos invadam seus apriscos e devorem as
ovelhas que o sumo Pastor pôs sob o cajado que Ele lhes confiou.
Essa estratégia “missionária” dos adventistas, além de não ser dispendiosa (nós os pagamos
para que nos “evangelizem”), é altamente rentável, visto que desse modo a editora deles fatura alto
sobre nós.
Segunda Prova
Na Revista Adventista de abril/98, os adventistas são aconselhados a não dizer que eles são o
único povo que tem a verdade, bem como a única e verdadeira Igreja, caso haja não adventista por
perto. Atentemos para o fato de que não se proíbe dizer isso, mas tão-somente sugere que se evite
expressar assim, na presença dos que não são adventistas.
Terceira Prova
O grande apologista Aldo Menezes, referindo-se ao “pastor” Alejandro Bullón, disse: “Quem
ouve seus sermões cristológicos pensa tratar-se de um adventista diferente, que prega
exclusivamente a Cristo, e não a guarda da lei e de um descanso sabático. Mas a coisa não é bem
assim. Numa entrevista à Revista Adventista (janeiro/97), p.17, perguntou-se a Bullón: ‘Parece que
a comunidade evangélica tem sido mais tolerante com a Igreja Adventista. Mudou a Igreja, ou
mudaram as pessos?’ Ele respondeu: ‘A Igreja não mudou, a doutrina não mudou. Mudou a ênfase
que damos à mensagem. Antes, fomos ensinados a destacar os resultados da salvação. Hoje, a
ênfase está na causa da salvação que é Cristo. Quando pregamos a Cristo e o evangelho,
naturalmente, OS EVANGÉLICOS ABREM O CORAÇÃO À NOSSA MENSAGEM’. Sua resposta é
reveladora: Antes, enfatizavam o resultado da salvação, que segundo a literatura adventista inclui
a guarda do sábado e o reconhecimento do ‘espírito de profecia’ na pessoa de Ellen White etc..
Hoje, enfatizam o Salvador, deixando o ‘resultado da salvação’ para depois. Com isso ficou mais
fácil atrair o coração dos evangélicos para a ‘mensagem adventista’ ” (Agir Notícias, órgão oficial
da AGIR__Agência de Investigações Religiosas__ Ano II, número 6, maio/junho de 1998, página 1.
Grifo nosso.). Você captou a mensagem? A estratégia atual é fazer com que pensemos que eles são
iguais a nós e assim nos atrair à seita deles para depois nos intoxicar com suas heresias.
Relembramos que o “pastor” Alejandro disse que “A questão não é simplesmente se posso ou
não posso comer carne de porco, se devo ou não devo guardar o domingo...O assunto é muito
sério. È uma questão de vida ou morte, de salvação ou perdição...” (Assim Diz o Senhor, Lourenço
Gonzalez, página 5, supracitado).
Quarta Prova
Um cantor adventista, cujo nome omitiremos por não termos gravado sua declaração, após ser
por nós encurralado, nos disse: “Todo pastor que não prega as doutrinas bíblicas pregadas pelo
Adventismo do 7º Dia, é, das duas, uma: Ou um mal informado ou um obstinado, visto que doutro
modo, ele seria adventista”. Esse lobo anda por aí, se infiltrando entre nós, no intuito de abocanhar
uma ovelhinha desprevenida. Esse “malabarista”, por não saber onde este autor congrega, se
oferecera a um de nossos diáconos para cantar na nossa igreja. O que ele pretende com isso, já que
ele nos considera como falsos profetas? Converter-nos ao Adventismo, é a resposta.
Quinta Prova
Com quem os atuais adventistas aprenderam esse vergonhoso proselitismo? Com a senhora
Ellen White, é a resposta franca e sincera. Eis a prova:
“Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus quer que eles se salvem.
Nossos ministros devem buscar aproximar-se dos ministros de outras denominações”
(Testemunhos Seletos, Volume II, 2ª edição de 1956, página 386).
Esse malabarismo dos adventistas os torna mais perigosos do que os testemunhas de Jeová, os
mórmons e outros. É que estes batem de frente conosco, tachando-nos de falsos profetas na cara.
Mas os adventistas, embora pensem assim também, não nos dizem isso nos primeiros contatos, a
fim de não espantarem a presa. Essas estratégias têm funcionado, pois é grande o número de
evangélicos que se deixam levar, ora afirmando que os adventistas são evangélicos, ora até mesmo
se filiando a essa agremiação herética, o que demonstra ter um fundo de verdade o seguinte
provérbio: “Que Deus me defenda dos meus amigos, porque dos meus inimigos me defendo eu”.
Sexta Prova
Outra estratégia proselitista dos adventistas consiste em oferecer às igrejas evangélicas
palestras sobre dependência química, prevenção às drogas, Medicina Natural etc.. Usam esses temas
não religiosos para se infiltrar entre nós, conquistar nossa simpatia e injetar o veneno. Não aceite
essa “ajuda” do Inimigo. É preferível convidar um ateu, a ouvir esses proselitistas.
Vigie, ó irmão!
Atentemos com mais diligência para a Palavra do Senhor que nos adverte: “Acautelai-vos... dos
falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”
(Mt. 7.15). Na opinião deste autor, de todos os lobos, os que melhor se vestem como ovelhas são os
adventistas. É que eles pregam tudo quanto nós pregamos, mais alguma coisa. E é aí que mora o
perigo. São como os gálatas, os quais, além de crer que Jesus é o Salvador, criam paralelamente que
a circuncisão, a guarda do sábado e outros preceitos da Lei, eram imprescindíveis à salvação, como
já demonstramos em 2.3.
Obrigado por você nos ter dado a honra de ler este livro.
P.S.:
O dinheiro que obtemos através de doações e venda de nossos livros, não é usado em
mordomias, mas na realização da Obra de Deus, como, por exemplo, lançamentos de
novos títulos; novas edições dos livros que já vieram a lume; distribuição de folhetos
evangelísticos; bem como outras necessidades inerentes à Obra Missionária que Deus nos
confiou. Este autor é Missionário autóctone de tempo integral na Obra de Deus. Estamos,
pois, à disposição de Deus e da Noiva de Cristo, isto é, a Igreja. Fazemos cruzadas
evangelísticas e ministramos, nas igrejas que nos convidam, seminários semanais sobre
Heresiologia. Associe-se a nós, e juntos evangelizemos o Brasil e o mundo!
Sabemos que são muitos os espertalhões que vivem às custas da “lã” das ovelhas de
Cristo. Logo, se por este motivo você teme nos apoiar, sugerimos que ore ao Senhor,
perguntando a Ele se somos ou não sérios. E só contribua após ouvir a Sua voz.
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Agência: 0204
Banco Itaú
NOTAS
(1) A Orientação Profética do Movimento Adventista, pág. 108;
(2) Existem Anjos Bons e Maus (folheto), CPB, Casa Publicadora Brasileira;
(3) Revista Adventista, junho, julho e setembro/96;
(4) Revista Vinde, setembro/97;
(5) O Conflito dos Séculos, pg. 421.
BIBLIOGRAFiA
I. Obras Evangélicas
1) ALMEIDA, Abraão de. O Sábado, A Lei e A Graça. CPAD. Casa Publicadora
das Assembléias de Deus.
5) Desafio das Seitas (Jornal editado pelo CPR, Centro de Pesquisas Religiosas;
vários exemplares).
11) Agir Alerta (Jornal editado pela AGIR, Agência de Informações Religiosas;
vários exemplares).
13) A Bíblia Vida Nova. Bíblia de estudo editada pela S.R. Edições Vida Nova
Você pode obter muitas informações sobre seitas e heresias, acessando o nosso
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SOBRE O AUTOR:
prjoel@pastorjoel.com.br
Rio de Janeiro/RJ