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Rio de Janeiro_RJ
Setembro de 2005
www.ievitoria.com
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ÍNDICE
PREÂMBULO. ......................................7
CAPÍTULO I ..................................... 11
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO ........ 11
CAPÍTULO II .................................... 13
A RESPEITO DO SÁBADO................. 13
2.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ......................................... 13
CAPÍTULO V..................................... 61
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?! ........... 61
5.1. O ARREBATAMENTO DA IGREJA E A GRANDE
TRIBULAÇÃO........................................................................................... 63
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PREÂMBULO.
Muitas das heresias pregadas pelos adventistas são heresias
com “h” minúsculo, isto é, infantilidades espirituais pequenas demais
para desqualificá-los como cristãos. A guarda do sábado semanal e a
observância do cardápio judaico (se não fossem apresentadas como
condição imprescindível à salvação); a negação do castigo eterno
para o Diabo, seus anjos e os homens perdidos; a chamada “prisão
circunstancial” para Satanás; o chamado “sono da alma”; a
afirmação de que o milênio será no Céu e outras mais desse nível,
são erros que, não obstante, podem ser tolerados. Afinal de contas,
quem não erra? Qual é a igreja evangélica que não comete alguns
desvios doutrinários? Ninguém acerta tudo. Por este motivo, durante
muitos anos, este autor considerou os adventistas como evangélicos.
A resposta que dávamos aos que nos consultavam sobre este
assunto era que o Adventismo seria uma igreja evangélica mal
doutrinada. Isto se deu porque não queríamos emitir juízo temerário;
temíamos atuar como “juízes” de pequenas causas. E, pior ainda,
não fazer justiça nesse julgamento. Pensávamos que o Adventismo,
apesar dos seus desvios, não chegava a negar os pilares da fé cristã.
Assim pensávamos porque, em diálogos com amigos adventistas,
detectamos que eles não negam a triunidade de Deus; o nascimento
virginal de Jesus e a dualidade de natureza (divina e humana
simultaneamente; inseparáveis, porém distintas) na Sua Pessoa; a
pessoalidade e divindade do Espírito Santo; a inspiração verbal e
plena das Escrituras Sagradas, a Bíblia; a pecaminosidade do
homem; a morte de Cristo na cruz e Sua ressurreição dentre os
mortos; a segunda vinda de Cristo; o arrebatamento da Igreja e
outros pontos relevantes. Qual não foi, portanto, a nossa surpresa,
quando, enquanto pesquisávamos mais sobre este segmento
religioso, descobrimos que o Adventismo do Sétimo Dia nega pontos
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cardeais da fé que uma vez foi entregue aos santos.
Altruisticamente, pois, elaboramos estas linhas, com os seguintes
objetivos: Glorificar a Deus, edificar a Igreja (qualitativamente) e
bradar às vítimas dos enganos religiosos que constituem o
Adventismo, os quais, por sua vez, o caracterizam como seita.
Certamente este brado despertará a muitos dormentes, o que
contribuirá para a edificação quantitativa da Igreja do Senhor Jesus.
Não confunda Adventismo com adventistas. Este autor
desdenha o Adventismo, não os adventistas que, geralmente são
pessoas amáveis, dignas de respeito.
O leitor verá que o Adventismo, embora tenha muitos pontos
em comum com os evangélicos é, simultaneamente, portador dos
seguintes desvios:
1) Prega que os pecados dos cristãos, embora já estejam perdoados,
ainda não estão cancelados;
2) Prega que Jesus está, desde 1844, purificando o Santuário
Celestial;
3) Prega que a Bíblia não é a única regra de fé e prática do Cristão;
4) Prega que Jesus é o arcanjo Miguel;
e) Prega que a observância do domingo será o sinal da Besta;
5) Prega que a inobservância do sábado semanal é motivo de
perdição;
6) Prega que os que não se abstêm de café, coca-cola, presunto,
mortadela, salame, camarão, lagosta, carne de porco... estão
perdidos; Aliás, Ellen White, a papisa desse movimento, proibiu todo
e qualquer tipo de carne, sob a alegação de que o fazia por ordem
divina;
7) Não considera os evangélicos como aliados, mas sim, como um
Campo Missionário, no qual investe com afinco e muito tato,
empreendendo nos conquistar para o Adventismo;
8) Prega que os pastores evangélicos reproduzem mensagem de
Satanás;
9) Prega o chamado “sono da alma”;
10) Nega a imortalidade da alma;
11) Nega o tormento eterno para o Diabo, os demônios e os homens
que se perderem;
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12) Prega que só a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a única que
teria a verdade, seria a verdadeira Igreja, a única Esposa do
Cordeiro;
13) Prega que Jesus Cristo era portador da natureza pecaminosa,
comum a todos os descendentes de Adão;
14) Na profissão de fé consta que o candidato ao batismo confesse
que crê no “espírito de profecia”, isto é, na inspiração divina dos
escritos de Ellen White;
15) Prega que os pecados dos verdadeiros cristãos serão castigados
e expiados na pessoa do Diabo etc..
A revista Adventista de junho de 2002 afirma à página 8 (oito)
que “eruditos evangélicos reconhecem a Igreja Adventista do Sétimo
Dia como uma denominação genuinamente cristã”. Infelizmente isso
é verdade. Essa era também a infeliz opinião do autor destas linhas.
Tal se dá porque os adventistas são tão sutis que conseguem
enganar até peritos bíblicos. Este autor, porém, já se libertou desse
engano. Oxalá o caro leitor não seja a próxima vítima. E, se você já
é uma vítima desse movimento espúrio, que se liberte em nome de
Jesus.
Se conseguirmos provar que a exposição acima não é calúnia,
ficará claro que o Adventismo não é cristão. E é isto que
empreendemos demonstrar nesta obra.
Não duvidamos que o prezado e respeitável leitor esteja
suspeitando da possibilidade de provarmos o que dissemos acima.
Todavia, esteja certo que podemos sim, provar que não estamos
caluniando. É razoável concluirmos que ninguém ousaria fazer tão
graves denúncias sem estar devidamente documentado. Atente para
o fato de que nossas denúncias são facilmente verificáveis, pois
informamos nossas fontes, indicando os nomes das obras literárias
das quais fazemos as transcrições, bem como suas páginas, editoras
e suas respectivas datas de edição. Além disso, sabemos que calúnia
é crime e dá cadeia e outras punições. Logo, se não temêssemos a
Deus, temeríamos pelo menos a justiça dos homens.
Este autor não aborda neste livro todos os argumentos que os
adventistas apresentam no intuito de defenderem suas heresias. Por
este motivo sugerimos que os nossos leitores consultem as obras
evangélicas constantes da BIBLIOGRAFIA
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Há várias ramificações no Adventismo, mas nesta obra só
consideramos o Adventismo do Sétimo Dia.
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CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO
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CAPÍTULO II
A RESPEITO DO SÁBADO
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preceitos como lua nova, dias de festa, etc. eram sombras ou tipos
das realidades vividas hoje por nós, no Novo Testamento. Mas os
adventistas “refutam” a este argumento dizendo na obra intitulada
Estudos Bíblicos, editada pela CPB,página 378, que os sábados aí
mencionados não são os sábados semanais e sim, as festas judaicas,
como a páscoa, o pentecostes, o jubileu, a lua nova etc. Mas eles
precisam atentar para o fato de que se assim fosse, nenhuma
necessidade haveria do apóstolo Paulo dizer que ninguém pode nos
condenar, por não estarmos observando os dias de festa e os
sábados. Observemos que o apóstolo diz que ninguém pode nos
julgar pelo que comemos ou deixamos de comer, pelo que bebemos
ou deixamos de beber, por causa dos DIAS DE FESTA, ou de lua
nova, ou de SÁBADOS. Logo, as festas e os sábados sãos distintos,
ou seja, uma coisa não é a outra. E se são coisas distintas (embora
seja verdade que as festas ou solenidades judaicas são chamadas de
sábados no original hebraico), os sábados aqui referidos por Paulo
são, necessariamente, os sábados semanais.
Os adventistas “respondem” a este argumento dizendo que “a
lua nova também era dia de festa, e, não obstante, o apóstolo
destacou os dias de festa da luz nova”. Querem dizer com isso que
“assim como a lua nova era um dia de festa como os demais dias
festivos, mas o apóstolo a destacou dos demais, também os sábados
mencionados em Cl. 2.16 são as festas judaicas, não obstante
estarem destacados dos demais dias festivos”. Alegam que se trata
duma repetição, para reforçar a idéia. Por que a interpretação tem
que ser essa? Essa “hermenêutica” é a única admissível?.
A razão pela qual Paulo destaca a lua nova dos demais dias
festivos é porque as solenidades da lua nova se concretizavam todos
os meses do ano. Ora, por mais solene que seja, algo que se faz
todos os meses não pode ser considerado festa, no sentido pleno da
palavra. Todos os assembleianos estão convictos que a festa magna
do Cristianismo é a Santa Ceia do Senhor. Não obstante, se o leitor
for a um de nossos templos em dia de Santa Ceia e nos perguntar:
“Há festa hoje?” nós lhe responderemos: “Não”. Embora em seguida
o pastor possa anunciar do púlpito: “Hoje estamos celebrando a
maior festa do Cristianismo, a saber, a Ceia do Senhor, a qual tem
por finalidade fazer com que não olvidemos do que o nosso Redentor
fez por nós na cruz!”. E não há em tudo isso nenhuma contradição.
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Além disso, cada culto é, a bem-dizer, uma festa, apesar de não sê-
lo no significado maior desta palavra. Sim, a Santa Ceia do Senhor é
uma solenidade estupenda, mas como a celebramos amiúde, isto é,
duas vezes por mês, não a chamamos de festa, exceto quando
queremos salientar a sua importância.
Como já está claro, os sábados são chamados de sombras dos
bens futuros. Os sabatistas concordam que tudo quanto era sombra
foi abolido por Cristo. Este é o motivo pelo qual também não se
circuncidam, não observam o ano sabático, não sacrificam animais a
Iavé, e assim por diante. Ora, só lhes falta agora abrirem mão do
sábado semanal, e do cardápio judaico, já que, segundo a Bíblia, as
prescrições a respeito das comidas, das bebidas, dos dias de festa,
da lua nova, e dos sábados, também são sombras dos bens futuros,
isto é, tipos, que se findaram quando os seus antítipos chegaram.
Os sabatistas alegam que o sábado semanal não pode ser
sombra, pois foi estabelecido antes da entrada do pecado no mundo
(Gn 2.2-3). Quanto a isso, porém, eles necessitam atentar para três
coisas:
Primeira: Que os sábados eram sombras, é a Bíblia que o
diz textualmente e, portanto, não se trata de uma inferência ou
dedução que possa ser julgada pelos nossos interlocutores. A Bíblia
dá, ou não, a ultima Palavra? Estamos sendo norteados pela Bíblia
ou pelas nossas próprias razões?
Segunda: Talvez o sábado não tenha sido sombra
inicialmente, mas, sem duvida, foi integrado ao conjunto de normas
constituintes do Pacto firmado entre Deus e os judeus, como
sombra; e é a Bíblia que o diz. Podemos refutar ao que está
claramente exarado nas páginas do Livro dos livros?
Terceira: Onde está escrito que Deus não poderia instituir
uma sombra dos bens futuros, antes da entrada do pecado no
mundo? Os que respondem dizendo que não está escrito, mas é
óbvio, certamente ignoram que Deus é presciente e previdente. A
Bíblia, porém, deixa claro que a entrada do pecado no mundo não
pegou Deus de surpresa e desprevenido; senão, examine estas
referências bíblicas: II Tm. 1.9; Ef. 1.4; I Pe. l.2; Ap. 13.8; 17.8; Is.
46.l0; etc..
A maneira paulina de alistar os dias de festa, a lua nova e os
sábados é antiga, pois consta do Velho Testamento; para provar isso
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transcrevemos aqui I Cr. 23.31, II Cr. 31.3 e Is. 1.13-14,
respectivamente:
“E oferecerem continuamente perante o Senhor todos os
holocaustos, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, segundo
o número ordenado”;
“A contribuição da fazenda do rei foi designada para os
holocaustos: os holocaustos da manhã e da tarde, os holocaustos
dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na
Lei do senhor”;
“Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim
abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de
assembléias... não posso suportar a iniqüidade e o ajuntamento
solene! As vossas luas novas, e as vossas festas fixas, a minha alma
as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer”.
Como se pode ver, lendo as transcrições acima, a lua nova,
embora sendo também um dia solene entre os judeus, sempre foi
destacada das festas fixas. Paulo não foi o primeiro a usar este
critério, e um razoável motivo para as coisas serem assim é o fato de
que se tratava duma solenidade que se concretizava amiúde: era um
cerimonial mensal.
Certo adventista argumentou que o fato do vocábulo sábado
estar grafado no plural (sábados), prova não se tratar do sábado
semanal, e sim das festas judaicas. Não cremos que os líderes dos
adventistas usariam um “argumento” tão frágil; isto porque até hoje
pronunciamos os dias da semana no plural, em frases como estas:
“O programa tal irá ao ar aos sábados, das 15:00 às 16:00 h”;
“Sempre estaremos aqui aos domingos pela manhã”; “Às quartas-
feiras o Dr. Fulano estará atendendo no hospital tal”.
Uma pergunta que certamente ajudará os adventistas a
enxergarem que realmente os sábados de Cl. 2.16 são semanais é:
Como um sacerdote do Velho Testamento, séculos antes do
nascimento de Cristo, interpretava I Cr. 23.31? Ele tinha que saber o
certo, pois era ele quem tinha a incumbência de oferecer os
sacrifícios ali prescritos, segundo o número ordenado. Será que ele
não estaria equivocado se não oferecesse os holocaustos dos
sábados semanais por achar que os sábados, nesse caso, eram as
festas fixas e as luas novas? Pensem nisso os adventistas sinceros!
Se o leitor perguntar aos rabinos se os sábados de I Cr 23.31 são
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semanais, seguramente dirão que sim. E cremos piamente que se
esta pergunta fosse formulada aos mais piedosos sacerdotes alguns
séculos antes do nascimento de Jesus, todos eles diriam o mesmo.
Não é possível chegar-se a uma conclusão contrária. Duvidaríamos
da sinceridade daqueles que dissessem que, nas suas opiniões, os
sábados de I Cr 23.31 não são semanais. E se em I Cr. 23.31 os
sábados são semanais, então os de Cl 2.16 também são. E se são, os
sábados semanais eram sombras; e, se eram sombras, passaram-se.
Cremos que a Bíblia deixou claro para todos nós que o sábado
era sombra, e se era sombra morreu na cruz, foi sepultado no
pentecostes e jamais ressuscitou. Os sabatistas tentam reanimá-lo,
mas ele não reage. E como amam-no apaixonadamente, transportam
sobre os ombros esse defunto tão pesado; mas este livro tem por
objetivo encorajá-los a sepultarem esse defunto que já foi velado em
demasia.
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Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se
converterem ao Senhor, então, o véu se tirará” (Edição Revista e
Corrigida).
No texto acima transcrito, o Decálogo é chamado de
“ministério da morte” (7a) e de “ministério da condenação” (9a);
enquanto que o Novo Testamento é chamado de “ministério do
Espírito” (8) e de “ministério da justiça” (9b). Do Decálogo se diz que
“veio em glória” (7) e do Novo Testamento se diz que “é de maior
glória” (8) e que “excederá em glória” (9b). Do Decálogo se diz que
“era transitório” (11a; 13b; 7b), isto é, estava de passagem, ou seja,
era provisório; e do Novo Testamento se diz “que permanece” (11b).
Do Decálogo se diz que “foi por Cristo abolido” (14b), mas do Novo
Testamento se afirma, como dissemos e repetimos, “permanece”.
Esta porção das Escrituras Sagradas deixa os adventistas num
beco sem saída. Sempre que lhes mostramos que a Lei foi abolida
por Cristo, eles alegam que “não se trata da Lei de Deus, da qual o
Decálogo é um resumo; e sim, da Lei de Moisés, cujos preceitos são
cerimoniais e, portanto, sombras das realidades porvir”. Mas agora
eles não podem dizer isto, visto que neste trecho da Bíblia o apóstolo
Paulo fala exatamente do Decálogo; sim, é o Decálogo que o
apóstolo Paulo chama de “ministério da morte”, “ministério da
condenação” e afirma que ele era “transitório”, isto é, ele não veio
para ficar. Os seus dias estavam contados. Seu fim se aproximava a
passos galopantes.
Está mesmo o apóstolo Paulo falando aqui do Decálogo? Claro
que sim, visto que ele, ao falar a respeito do “ministério da morte”,
acrescentou que o mesmo foi “gravado com letras em pedras” (7a).
Ora, o que foi “gravado com letras em pedras” a não ser o
Decálogo?
Muitos crêem que “o ministério da morte, gravado com letras
em pedras” refere-se a uma “cópia da Lei de Moisés, a qual este
escrevera” (Js. 8.32); Esta conclusão, porém, é precipitada, pois está
claro que são os Dez Mandamentos que constituem o que o apóstolo
Paulo chama de “o ministério da morte”; porquanto, II Co. 3.7
refere-se não ao tempo de Josué e, sim, ao tempo de Moisés. II Co.
3.7 diz claramente esta verdade. Vamos relê-lo para certificarmos
desta verdade? “E se o ministério da morte, gravado com letras em
pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não
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podiam fitar olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu
rosto, a qual era transitória...”
Sempre que mostramos este trecho da Bíblia aos adventistas,
eles tentam sair dessa situação embaraçosa citando Jr. 31.31-32,
que diz: “Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto,
com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o pacto
que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os
tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles INVALIDARAM,
apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor” (grifo nosso, Versão
Revisada).
Citando os versículos acima transcritos, os adventistas
apresentam o seguinte “argumento”: A palavra original, traduzida
em II Co. 3.7 por ‘transitória’, pode ser traduzida também por
‘abolida’; Isto significa que os judeus, por causa da sua
desobediência, estavam invalidando ou ABOLINDO a Lei, isto é,
estavam tornando-a sem efeito em suas vidas, visto que ela só é
eficaz na vida daquele que a obedece. É disto que Paulo estava
falando.
O “argumento” acima, aparentemente sólido, é um disparate
que só serve para revelar o desespero daqueles que, embora
sabendo que o erro não presta, não querem abandoná-lo, por
estarem apaixonados pelo mesmo. Senão, raciocinemos: Se o motivo
pelo qual o apóstolo Paulo disse que o Decálogo era transitório,
fosse porque havia alguém transgredindo-o, ele não poderia
contrastá-lo com o Novo Testamento, afirmando que este, ao
contrario daquele, permanece; visto que o Novo Testamento é
transgredido pela grande maioria da humanidade. Se o Decálogo era
transitório, porque não estava sendo obedecido por alguém, o Novo
Testamento transitório é, já que a maioria esmagadora não o vive
também. E, como sabemos, o Novo Testamento também só é eficaz
na vida daquele que o aceita. E os falsos cristãos apenas fingem
aceitá-lo.
Concordamos plenamente que o original grego traduzido na
ARC por “era transitório” pode ser traduzido por “estava sendo
abolido”; mas a “explicação” que os adventistas dão desta passagem
bíblica, não resiste um confronto com a Bíblia.
O trecho bíblico que estamos analisando neste tópico (a saber,
II Co. 3.6-16) pode, por si só, dirimir as dúvidas dum inquiridor
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sincero, pois diz sem rodeios que o Decálogo era transitório, ou seja,
estava sendo abolido, e que finalmente sucumbiu com Cristo no
Gólgota. Observemos que o versículo l6 diz abertamente que o
“Velho Testamento... foi por Cristo abolido” (ALMEIDA REVISTA E
CORRIGIDA).
Quando a Bíblia diz que o Decálogo “estava sendo abolido”,
quer dizer com isso que a Lei estava destinada a expirar no Calvário
e que, portanto, a partir do momento que ela veio à existência, seu
fim se aproximava a cada minuto que passava.
Por dizer a Bíblia que o Decálogo (ou seja, os Dez
Mandamentos, como já explicamos nas páginas anteriores) era
transitório, a guarda do sábado semanal transitória era, pois, como
todos sabemos, a ordem para se guardar o sábado é o quarto
mandamento do Decálogo.
Os adventistas alegam que se o Decálogo tivesse sido abolido,
poderíamos matar, furtar, adulterar, tomar o nome de Deus em vão,
adorar ídolos, desobedecer aos pais, mentir, caluniar etc.; visto que,
não havendo Lei, não pode haver pecado, já que o pecado é a
transgressão da Lei (Rm 4.14). Mas eles precisam saber de três
coisas:
1a.) Os ímpios, para quem a Lei foi feita, continuam sendo
contemplados por Deus “à base da Lei e os juízos que por ela
resultam”; sim, pois I Tm 1.9-10 diz: “Sabendo isto: que a Lei não é
feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios
e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e
matricidas, para os homicidas, para os fornicadores, para os
sodomitas, para os roubadores de homens, para o mentirosos, para
os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina”;
2a.) O cristão não está debaixo do Decálogo (é verdade), mas
também não está sem Lei. O cristão está sob o jugo de Cristo (Mt
11.28-30). Conforme bem o disse o apóstolo Paulo, estamos sob a
Lei de Cristo (I Co. 9.21);
3a.) Se o Decálogo não existe para o Cristão e sim para os
ímpios, quando um ímpio se converte a Cristo, deixa,
simultaneamente, de ser contemplado por Deus à base da Lei e os
juízos que dela resultam e passa, automaticamente, a estar sob as
cláusulas do Novo Pacto que ele e Cristo firmam, no ato da
conversão.
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Relembramos aos adventistas que todos os preceitos morais do
Decálogo estão repetidos no Novo Testamento, menos o sábado; e
isto é digno de nota, pois este fato testifica que o sábado era sombra
dos bens futuros.
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mandamento moral seria um “corpo estranho” dentro do texto em
apreço. Assim sendo, a Lei da qual estamos livres é, sem dúvida
alguma, todos os mandamentos morais, sanitários e cerimoniais do
Pacto de Deus com os judeus. E como a ordem para se observar o
sábado semanal é parte integrante daquele Pacto, os cristãos estão
livres desse jugo também. Exceto se este mandamento estivesse
repetido no Novo Testamento.
Os adventistas dizem ainda que “livres da Lei diz respeito à
absolvição da condenação que pesava sobre nós, a qual foi removi
da por termos recebido a Cristo”. Porém, à luz da Bíblia, os “livres da
Lei” estão libertos não só da condenação da Lei, mas também da
obediência à Lei. Doutro modo teríamos que sacrificar animais a Iavé
até hoje. (maiores informações sobre esse negócio de Lei de Deus e
Lei de Moisés, que os adventistas inventaram, constam do capítulo 3,
deste livro)
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“descansou” com a conclusão da criação do Universo, “descansa”
muito mais com o milagre que nos justifica para consigo; e assim
sendo, é justo que façamos festa, ombreando-o nas comemorações.
Porém, não nos sobrecarreguemos de regrinhas, transformando o
domingo numa espécie de sábado. Lembremos que o Novo
Testamento não manda guardar dia algum. O primeiro dia da
semana tornou-se conhecido entre os cristãos pelo nome de “dia do
Senhor”, porque os cristãos o observavam, e não por determinação
divina.
Como já dissemos, permanece de pé o princípio moral de se
descansar amiúde; mas, como já salientamos, não precisamos nos
atazanar, caso isso fuja das nossas possibilidades, pois este tema
não possui valor salvífico. Sim, pois como todos sabemos,
precisamos não só de descanso semanal, mas diário também. Não
obstante, já trabalhamos 35 horas consecutivas, e o fizemos sem
nenhum peso de consciência, pois sabíamos que estávamos
respaldados pela Bíblia (I Ts. 2.9; 2T 3.8).
Ora, assim como é certo e salutar dormimos pelo menos 8
horas a cada 24 horas, mas, se por uma razão qualquer isso não for
possível, Deus não nos condenará por isso, se por um motivo
qualquer, não nos for possível cultivarmos o merecido repouso
semanal, não nos deixemos abater. Lembremo-nos que temos algo
incomparavelmente superior ao descanso semanal, a saber, o
descanso espiritual (do qual o sábado semanal era uma sombra, Cl.
2.16-17) nos braços eternos e onipotentes de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo (Mt 11.28). Este é o verdadeiro sábado e é
ininterrupto.
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estes receberão o conhecimento desta verdade e terão de tomar a
sua decisão eterna’ ” ( O grifo não é nosso)
Como já vimos, esta postura intransigente, que caracteriza a
maioria dos adventistas do sétimo dia, não se harmoniza com Rm
14.
Que os adventistas compreendam que o Velho Pacto morreu
no Gólgota e que o Novo Concerto vive para sempre! Oxalá os
adventistas troquem a hemorolatria (adoração do dia) que eles
sabadolatricamente tributam ao sétimo dia da semana, pela
Teolatria, isto é, pela adoração a Deus! Que eles, ao invés de
guardarem este ou aquele outro dia, guardem o contato com o
nosso Amável Salvador e Benfeitor Jesus Cristo, Autor da Nova
Aliança, que jamais envelhecerá, a qual não manda guardar dia
algum, mas sim, a fé, a única medianeira da graça salvadora que há
em Cristo Jesus, nosso Senhor.
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CAPÍTULO III
O CARDÁPIO ADVENTISTA
Neste capítulo pretendo provar que embora saibamos que antes
da entrada do pecado no mundo, ao homem foi dada a ordem de se
alimentar só de vegetais: “... Eis que vos tenho dado todas as ervas
que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a
terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente:
ser-vos-ão para mantimento” (Gn 1.29), mais tarde o próprio Deus
deu a seguinte contra-ordem: “Tudo quanto se move e vive vos
servirá de mantimento...” (Gn 9.3a). Este novo mandamento era
para Noé e sua família (Esposa, filhos, noras, netos, etc.). Logo, Noé
e seus descendentes não tinham por que observar nenhuma
restrição alimentar quanto ao consumo de carne, pelo menos até
que Deus ditasse o que consta de Lv 11 e outros textos correlatos.
Além disso, há aqui outros pontos dignos de nossa atenção. Vejamo-
los:
2ª) era uma ordem dada aos judeus, milênios após a criação do
homem, a saber, quando a Lei veio, muitos séculos após (Gl 3.17).
E, sendo assim, os demais descendentes de Noé (no caso, as outras
nações) não estavam sujeitas a isso.
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3ª) uma das muitas provas bíblicas de que algumas das restrições
feitas aos judeus, não eram extensivas aos outros povos, é o que
consta de Dt 14. 21, que diz: “Não comerás nenhum animal que
tenha morrido por si; ao peregrino que está dentro das tuas portas
o darás a comer, ou o venderás ao estrangeiro...” (Grifo nosso).
Aqui Deus proíbe aos judeus de comerem um animal que não tenha
sido morto pelo homem, mas os manda doá-lo ao peregrino ou
vendê-lo a um estrangeiro. Este caso é similar ao dos nazireus que,
como todos os que estudam a Bíblia sabem, não podiam comer
uvas: (...”nem uvas secas ou frescas comerá” [ Nm 6: 3b]). Esta
proibição não era nem para todos os israelitas, mas apenas para
aqueles que, dentre os judeus, fizessem o voto de nazireu, e
enquanto o dito voto durasse;
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• havia fervorosos servos de Deus (Abel, Enoque, Noé ...)
antes de Abraão, mas só a partir deste patriarca que a
circuncisão entrou em vigor (Gn 17: 9 – 27). Ademais, a
Melquisedeque e a outros servos de Deus contemporâneos de
Abraão, não encontramos Deus dando a mesma ordem. A
circuncisão era só para Abraão, seus descendentes e os seus
servos (Gn 17:27). Abraão era, portanto, do Novo
Testamento. Sim, em relação ao Pacto de Deus com Noé,
Abraão viveu uma espécie de Novo Testamento, tendo, pois,
um dever que os que o precederam _Abel, Sete, Enoque,
Noé..._ não tinham: a circuncisão. Aliás, até mesmo alguns
de seus contemporâneos, como, por exemplo, Melquisedeque
e os seus súditos, estavam sob outra Aliança;
• dissemos e provamos que Abraão era de um Novo
Testamento. E o mesmo podemos dizer de Moisés e seus
liderados. Estes também receberam mandamentos que
nenhum servo de Deus havia recebido antes. Nenhum de
Seus servos que viveram antes do êxodo de Israel do Egito,
teve de observar a Páscoa, o Pentecostes, o Ano Sabático, o
Jubileu, o Dia da Expiação, etc. Logo, Moisés e os demais que
com ele saíram do Egito também viveram numa espécie de
Novo Testamento. De certo modo, Moisés também podia
dizer: “Abrão era do Velho Testamento”.
Dividir a Lei em moral, sanitária, cerimonial etc., não é errado,
desde que o façamos com conhecimento de causa e para fins de
estudo, e não para ludibriar os incautos por intermédio desse
“malabarismo”. Informemos que este recurso é humano e não
divino.
Mesmo sendo a dieta judaica da qual trata Lv. 11, uma Lei
sanitária, o certo é que os cristãos não estão sujeitos a esse
cardápio, pois Rm. 14.1-3 diz claramente que estamos livres para
comermos de tudo, e que aquele que acha que o cristão deve comer
só legumes, é fraco. Na Versão Revisada, Rm. 14.2 está traduzido
assim: “Um crê que de tudo se pode comer, e o que é fraco, come
só legumes” (Grifo nosso). Medita também, ó leitor, em I Tm 4.1-5 e
em I Co. 10.25 que respectivamente dizem:
41
a)“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos
apostatarão alguns da fé dando ouvidos a espíritos enganadores e a
doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam
mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, proibindo o
casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou
para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem
deles com ações de graças; porque toda criatura de Deus é boa, e
não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças
porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada”;
b) “Comei de tudo quanto se vende no açougue sem perguntar
nada, por causa da consciência”. (Este versículo é mais do que um
retorno a Gn 9.3a. Trata-se de uma manutenção parcial da Lei dada
aos gentios nos dias de Noé. É que aos gentios Deus sempre
permitiu o uso de todas as carnes na alimentação. E, quando nos
convertemos ao Senhor, este nos mantém na mesma liberdade
quanto a isso, como também, no passado, o fez a Noé, dizendo-lhe:
“Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento... ”.
O fato de a Bíblia reprovar a glutonaria (Gl. 5.21) prova que é
da vontade de Deus que cuidemos bem do nosso corpo. Daí os
evangélicos absterem da maconha, da embriaguez, da cocaína, do
fumo, etc.. Mas os sabatistas extrapolam, proibindo o uso da carne
de porco, bagre e outras carnes, conforme prescrito em Lv. 11, e
desaconselhando toda e qualquer carne em obediência às
recomendações da senhora Ellen White.
Não estamos nos levantando contra o cardápio dos
adventistas, mas tão-somente sugerindo que mostremos aos nossos
discipulandos a distinção que há entre o Cristianismo e o menu. E
necessário informarmos a todos que a questão do que se deve ou
não comer, não é tema religioso; antes refere-se a questão de
ordem sanitária. É preciso informar que o Novo Testamento não
preceitua nenhum cardápio á Igreja, como já vimos. É importante
observarmos que a proibição a comer algumas carnes, consta só do
Antigo Testamento; e que a sugestão à abstinência de toda e
qualquer carne não consta em parte alguma da Bíblia. Sim,
exageram os adventistas, quando desaconselham o uso do café e
outros alimentos que eles consideram proibidos por Deus.
Se o cardápio dos adventistas é ou não salutar, é discutível; e
que os nutricionistas se dêem ao trabalho de fazê-lo. Mas adicioná-lo
42
ao corpo de doutrinas da fé cristã é adulterar o puro leite espiritual
(I Pe 2.20). Uma prova disso é o fato de o apóstolo Paulo, que
segundo At. 20.27, anunciou “todo o conselho de Deus”, não ter
registrado estes mandamentos nas suas epístolas.
É corretíssimo lavar as mãos antes das refeições; negligenciar
isso pode ser fatal. Mas o Senhor Jesus Cristo disse que isto não
contamina o homem (Mt 15.1-20). À luz das Palavras de Jesus,
registrada em Mt. 15.20 afirmamos, sem medo de errar, que a única
coisa “grave” que pode ocorrer a um cristão que come sem lavar as
mãos é o apressamento da sua ida para o Paraíso Celestial.
Embora Jesus tenha dito que comer sem lavar as mãos não
contamina o homem, ousamos dizer que contamina sim. E este
paradoxo entre nós e Cristo se explica assim: Comer sem lavar as
mãos pode contaminar materialmente, mas nunca espiritualmente.
Isto prova que as obrigações do Ministério da Saúde não foram
confiadas à Igreja (embora, como indivíduos, os membros da Igreja
possam acatar e recomendar as orientações deste tão importante
órgão).
Os adventistas alegam que é racional concluirmos que Deus
quer que tomemos medidas salutares para com o nosso corpo. E nós
concordamos plenamente e acrescentamos que, não obstante, Ele
não nos lançará no Inferno, se não formos extremamente
negligentes quanto a isso. Caso contrário Jesus Cristo teria ensinado
heresia, quando sustentou que comer sem lavar as mãos não
contamina o homem. Ora, comer sem lavar as mãos pode não ser
menos prejudicial à saúde do que tomar café, comer bagre, comer
carne de porco, etc.
Seria bom se todos fôssemos vegetarianos? Há quem diga que
sim, bem como os que divergem. E que debatam sobre este assunto
os que pelo mesmo se interessarem. Porém, jamais admitamos que
estas questões sejam incluídas no corpo de Doutrinas da fé cristã,
visto que fazê-lo colide com Êx. 12.8 e Lv. 11 onde respectivamente
Deus manda comer carne ao instituir a Páscoa, e alista os animais
que os judeus podiam comer.
Do que temos exposto está claro que os adventistas crêem que
um bom cristão é, necessariamente, um nutricionista que ensina e
pratica uma boa dieta alimentar. A este respeito, eles são mais
“zelosos” do que Deus. Senão, vejamos: No Antigo Testamento Deus
43
proibiu comer certas carnes, mandou comer algumas e liberou
outras. No Novo Testamento Ele não proibiu, não mandou e nem
desaconselhou o comer quaisquer carnes. Mas os adventistas
proíbem comer algumas carnes e desaconselham outras. Esta atitude
colide com a Bíblia, que diz que podemos comer de TUDO quanto se
vende no mercado (I Co. 10.25-26) e que ninguém nos pode julgar
(ou condenar) pelo comer ou pelo beber (Cl. 2.16). Isto não significa
que o cristão não possa abster-se de comer e/ou beber algo e, sim,
que não é necessário submetermos ao que a Lei (o Pentateuco)
determina quanto a isso. O corpo de doutrinas que norteia a Igreja é
o que está contido em toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Mas é
aí mesmo que encontramos a informação de que só são aplicáveis à
Igreja os mandamentos do Novo Pacto, embora todos os
mandamentos morais constantes do Velho Testamento estejam
repetidos no Novo. Como já dissemos, repetidos e não
transportados.
Os adventistas adoram citar II Co. 6.16-18 objetivando
“provar” que as carnes tidas por imundas no Antigo Pacto não
podem ser saboreadas pelos cristãos. Mas a verdade solene é que o
apóstolo Paulo está tão-somente fazendo uma aplicação do que está
exarado em Is. 52.11 e Jr. 31.1,9. O que este apóstolo está dizendo
é que assim como na Velha Aliança, os judeus não podiam tocar algo
que a Lei tachava de imundo (uma mulher hemorrágica, por
exemplo), o cristão não pode transgredir os preceitos da Nova
Aliança. Em outras palavras: Assim como os judeus não podiam
comer as carnes de animais imundos, não podemos desobedecer aos
mandamentos constantes do Novo Testamento.
Quando dizemos que a Lei foi abolida, não estamos afirmando
que Gn 1.1, por exemplo, tenha sido abolido, pois como todos
sabemos, esta referência bíblica é o registro de um fato histórico, e
não uma Lei. Chamamos “Lei” aos mandamentos constantes do
Pacto que Deus firmou com os judeus. Estes foram todos abolidos.
Até os “não matarás, não adulterarás, não furtarás...” foram
abolidos. O cristão não se abstém do furto em obediência ás
determinações da Lei de Moisés e, sim, em obediência à Lei de Cristo
(I Co. 9.21). E a Lei de Cristo e a Lei de Moisés são distintas e
diferentes. Muitos dos mandamentos da Lei de Cristo são iguais aos
44
da Lei de Moisés, mas isso se dá por mera coincidência. Lembremo-
nos que o Novo é novo, e não o Velho melhorado.
Como já dissemos, os adventistas tripartem a Lei em Lei moral,
Lei sanitária e Lei de Moisés. Afirmam que a parte cerimonial da Lei,
como os sacrifícios de animais, por exemplo, não é, em parte alguma
da Bíblia, chamada de Lei de Deus; e que essa é a Lei que Cristo
aboliu, à qual não estamos sujeitos. Segundo eles, sempre que o
Novo Testamento diz que “Cristo nos libertou da Lei”, está, ou se
referindo à libertação da condenação da Lei, ou aludindo à Lei de
Moisés, e não à Lei de Deus. Acontece, porém, que em II Cr. 31.3 e
em Lc. 2.24, os sacrifícios de animais são chamados de “Lei do
Senhor” ou “Lei de Jeová”, segundo os originais. Ora, se a Lei de
Deus não foi abolida, e os sacrifícios de animais constam da Lei de
Jeová, os adventistas devem sacrificar animais a Deus até hoje.
Talvez os adventistas retruquem dizendo que os sacrifícios de
animais constam da Lei do Senhor ou Lei de Jeová, e não da Lei de
Deus; mas aí perguntaremos: Jeová e Deus são duas pessoas
distintas? O Senhor é uma pessoa e Deus é outra? É possível ser de
Jeová sem ser de Deus?
A Lei de Deus é chamada de Lei de Moisés porque este foi o
seu medianeiro, ou seja, Deus a deu por sua instrumentalidade;
senão, compare os versículos 1 e 8 de Ne. 8.
Já deixamos claro que o Novo Testamento não prescreve um
cardápio especial para a Noiva de Cristo; mas como esta afirmação
parece colidir com At 15.28-29, esclarecemos que as restrições em
questão eram de caráter provisório e se destinava a facilitar o
relacionamento entre os judeus e os gentios que haviam se
convertido à fé cristã. Nada mais era que uma demonstração de
respeito às crenças dos irmãos fracos na fé. Uma prova clara de que
as coisas são assim, é que esta passagem só proíbe quatro coisas.
Por que isso? Só há quatro pecados? Por que não se proíbe neste
texto, a inveja, o roubo, a calúnia, a mentira, etc.? Será que
alcançaremos o Reino de Deus se guardarmos só estes quatro
mandamentos? Obviamente que não.
Esta passagem (At. 15.28-29) pode ser parafraseada assim:
“No que diz respeito às leis judaicas (às quais não estamos sujeitos,
pois as praticando ou não, seremos salvos pela fé em Jesus),
pareceu bem ao Espírito Santos e a nós, para não escandalizarmos
45
os nossos irmãos judeus, que vocês abstenham dessas quatro
coisas: Do sangue, das coisas sacrificadas aos ídolos, da carne
sufocada, e do casamento com os judeus, bem como do
relacionamento sexual durante a menstruação. Não há maldade
alguma em fazer estas coisas, mas devemos fazer como fracos para
ganharmos os fracos, e como judeus para ganharmos os judeus”.
Uma prova de que esta conclusão está correta é que esta
passagem proíbe comer algo que tenha sido sacrificado aos ídolos e,
não obstante, o apóstolo Paulo deixa claro, em I Co. 8, que o cristão
está livre para comer estas coisas, contanto que não escandalize o
irmão fraco. O erudito pastor Raimundo F. de Oliveira, em seu livro
intitulado “Como Estudar e Interpretar a Bíblia”, editado pela CPAD -
Casa Publicadora das Assembléias de Deus - página 139, argumenta:
“Para Paulo, comer carne sacrificada a ídolos não significa nada, mas
por causa daqueles que estavam à sua volta e que pensavam que
isto implicava em pecado, ele não comia”.
A nosso ver, a interpretação acima é correta e que, portanto, I
Co 8 prova que At. 15.28-29 era uma medida de caráter provisório,
objetivando tão-somente o estreitamento da comunhão entre os
irmãos. Assim pensa também a liderança das Assembléias de Deus
no Brasil, visto que segundo o livro Administração Eclesiástica, da
autoria dos pastores Nemuel Kessler e Samuel Câmara, também
editado pela CPAD, 2ª edição de 1.992, página 100, a CPAD não
publica livro algum, sem antes submetê-lo ao Conselho de Doutrina
da Convenção Geral das Assembléias de Deus, que examina se
“nada contraria as doutrinas esposadas pelas Assembléias de Deus.”
Logo, a cúpula assembleiana aprovou o livro supracitado, da autoria
do pastor Raimundo. E, sendo assim, fica claro que pelo menos um
dos mandamentos constantes de At 15.29, não precisa ser
observado (a não ser por questão de consciência), segundo a alta
liderança das Assembléias de Deus. Ora, se um dos mandamentos
registrados em At 15.29, não é moral, os demais mandamentos
registrados neste versículo também não podem ser morais, pois
tamanha falta de coerência ou associação de idéias constituiria
insuperável violência à Hermenêutica.
Salientamos que At. 15.28-29 é, simultaneamente, cultural e
transcultural, temporal e eterno. É transcultural, pois em qualquer
parte do mundo se deve respeitar a consciência alheia; e é cultural,
46
pois trata duma demonstração de respeito à cultura judaica. É
temporal, pois passou com o tempo; e é eterno, pois sempre que se
fizer necessário, o cristão deve abster-se de algo que possa fazer o
seu irmão inexperiente tropeçar.
Na nossa obra intitulada “Transfusão de Sangue Não é
Pecado”, tecemos um comentário mais profundo, em apreço a At.
15.28-29. Lá mostramos que assim como o apóstolo Paulo
circuncidou Timóteo (At. 16.1-5), fez voto de nazireu (deixou os
cabelos crescerem e depois rapou a cabeça, At. 18.18) e ofereceu
sacrifícios, mas todos nós compreendemos que tais medidas eram
provisórias, assim devemos também encarar este texto em apreço, a
saber, At. 15.28-29.
O maior erro dos adventistas do sétimo dia quanto ao que se
deve ou não comer, não consiste no fato de se absterem de certos
alimentos, nem tão pouco no fato de nos aconselharem a fazermos o
mesmo; mas sim, por afirmarem que aqueles cujos cardápios
diferem do deles estão indo para o Inferno. Senão, vejamos o que
diz o “pastor” adventista, Alejandro Bullón, um dos maiores líderes
dos adventistas, no prefácio do livro abaixo identificado: “A questão
não é simplesmente se posso ou não posso comer carne de porco...
O assunto é muito sério. É uma questão de vida ou morte, de
salvação ou perdição...” (Transcrito do livro adventista intitulado
Assim Diz o Senhor, 3ª Edição, 1986, da autoria de Lourenço
Gonzalez Silva, edição do autor, página 5). O senhor Lourenço
Gonzalez Silva, autor desse livro infernal, que é prefaciado com
elogios e recomendações pelo “pastor” Alejandro Bullón, afirma às
páginas 323-327 que as igrejas evangélicas que não se abstêm de
café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, camarão, lagosta
carne de porco... são igrejas falsas, hipócritas, e que, portanto, estão
indo para o Inferno.
A atitude radical do “pastor” Alejandro Bullón, de condenar os
evangélicos que comem carne de porco e outras carnes por ele
proibida, não constitui um ato isolado. Aliás, o adventista que não for
tão fanático quanto ele, não estará sendo um autêntico seguidor do
Adventismo. Podemos dizer inclusive, que os adventistas devem ser
até mais radicais do que ele, se é que querem mesmo obedecer à
papisa Ellen White, visto que essa falsa profetisa teve a audácia de
proibir o consumo de toda e qualquer carne, chegando ao cúmulo de
47
dizer que os que consomem alimento cárneo não estão mantendo
uma linha divisória com os ímpios e seriamente comprometendo sua
salvação eterna. Para que o leitor veja que de fato as coisas são
assim, vejamos as transcrições abaixo:
49
50
CAPÍTULO IV
SOBRE O ALÉM-TÚMULO
51
julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta
confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para
proveito vosso e gozo da fé. Para que a vossa glória abunde por mim
em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós” (Almeida Revista e
Corrigida).
Agora passemos á interpretação da transcrição acima. No
versículo 21, o apóstolo Paulo apresenta o seu conceito acerca da
vida. Para ele, Cristo é a vida, ou seja, viver é estar com Cristo. A
seguir, ele mostra que na sua opinião a morte, para o salvo, não
representa nenhuma derrota, sendo até vantajosa. No versículo 22,
ele chama o não morrer de viver na carne e assegura que se isso lhe
concedesse oportunidade de produzir frutos, isto é, a oportunidade
de fazer uma obra maior em prol do Reino de Deus, ele ficaria sem
saber o que escolher. Ora, se ao NÃO MORRER ele chama de VIVER
NA CARNE, naturalmente o morrer é, obrigatoriamente, o contrário
disso; E o contrário de VIVER NA CARNE só pode ser VIVER FORA
DA CARNE. O contrário de viver é morrer, mas o contrário de viver
dentro duma certa casa não é morrer, mas, sim, viver fora dela. A
seguir, Paulo diz que estava em aperto de ambos os lados, mas que
desejava “partir para estar com Cristo”, por ser isto muito melhor.
Depois da opção registrada no versículo 23, ele volta atrás no
versículo 24, e decide por “ficar na carne”, o que equivale a dizer,
NÃO ficar FORA DA CARNE, como já vimos. Ora, é fácil vermos que o
apóstolo rotula o não morrer de “VIVER NA CARNE” e “FICAR NA
CARNE”. E à morte ele chama de “PARTIR” e “ESTAR COM CRISTO”.
Finalmente, ele deixa bem transparente que o que ele chamava de
PARTIR E ESTAR COM CRISTO não era uma referência ao
arrebatamento da Igreja. Senão, vejamos: No versículo 25, ele
garante que não ia partir e, sim, ficar e permanecer com os irmãos,
para proveito deles e gozo da fé. Ora, se ele estivesse se referindo
ao arrebatamento da Igreja, ele teria mentido, pois já morreu e,
portanto, não permaneceu conosco. Cadê ele? Se ele não estivesse,
no contexto, se referendo à morte e à vida quando disse que não
sabia o que escolher entre viver na carne ou partir; e também
quando disse que decidiu por ficar e que deste modo sabia que
ficaria, ele não teria morrido e nem morreria nunca, pois pertenceria
ao grupo de salvos que estará vivo no dia da vinda de Jesus (I Ts.
4.17); mas isso não aconteceu, visto ter ele morrido e, assim,
52
podemos ver que para ele, morrer era viver fora da carne e partir
para estar com Cristo.
Depois de tudo que já dissemos, ainda nos resta, juntamente
com o leitor, analisarmos o versículo 26, no qual o apóstolo Paulo,
depois de dizer no versículo 24 que julgava mais necessário, por
amor aos irmãos, ficar na carne; e no versículo 25 que, por
conseguinte, sabia que ia ficar, diz, no versículo 26, o objetivo disso:
“Para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela
minha nova ida a vós”. Está claro que o apóstolo Paulo está se
referindo aí a não morrer tão cedo, mas FICAR com os irmãos por
mais algum tempo para poder fazer a eles mais uma visita e, deste
modo, contribuir para que a glória dos irmãos abundasse por seu
intermédio, em Cristo Jesus”. Sim, o texto bíblico transcrito e
analisado neste tópico prova cabalmente que Paulo chamou a morte
de “partir para estar com Cristo”, o que prova que ele acreditava na
realidade duma existência consciente entre a morte e a ressurreição.
Se Paulo estivesse se referindo ao arrebatamento, ele teria
optado por não ser arrebatado para ser útil aos irmãos, o que é um
absurdo.
53
No versículo l, o apóstolo Paulo chama o nosso corpo de “casa
terrestre deste tabernáculo” e assegura que se ele se desfizer,
receberemos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos (isto
é, não desta criação, ou seja, não feita pelo homem), diz que este
edifício é uma casa eterna e ainda dá o seu endereço: ela está nos
Céus. Ora, quando é que a “casa terrestre deste tabernáculo” se
desfaz? Porventura não é quando se morre? Paulo não está aqui se
referindo ao arrebatamento da Igreja, pois no arrebatamento os
nossos corpos não serão destruídos, pois subiremos ao Céu em
corpo, alma e espírito. Os corpos dos cristãos que estiverem vivos,
quando do arrebatamento da Igreja, não serão destruídos, mas, sim,
transformados (I Ts 4.13-17; I Co. 15.51-52). Sem dúvida alguma, o
apóstolo Paulo estava se referindo à morte, quando escreveu
ensinando acerca das conseqüências da destruição da “casa terrestre
deste tabernáculo”.
Nos versículos 2-5, o apóstolo confessa que nós gememos,
desejando muito ser revestido da nossa habitação que é do Céu, e
acrescenta que foi Deus, o qual nos deu o penhor do Espírito Santo,
quem nos preparou para isto.
No versículo 6, ele diz que enquanto estamos presentes no
corpo estamos ausentes do Senhor; daí podermos deduzir que
quando não estivermos presentes no corpo, estaremos na presença
do Senhor. Perguntamos: Que é estar presente no corpo? Não é
estar vivo? Se sim, quando estivermos ausentes do corpo, ou seja,
quando morrermos, estaremos presentes com o Senhor. Isto é
óbvio, porque, “se enquanto presentes no corpo, estamos ausentes
do Senhor”, necessariamente, quando não estivermos presentes no
corpo, estaremos presentes com o Senhor. Claro como a luz do dia.
No versículo 7, Paulo abre parênteses para explicar o porquê
dele haver dito que enquanto estamos presentes no corpo estamos
ausentes do Senhor. O porquê disso é: “Andamos por fé e não por
vista”. Ora, do fato do apóstolo afirmar que enquanto estivermos
presentes no corpo, isto é, enquanto não morrermos, como já vimos,
estamos ausentes do Senhor, se subentende que, quando
estivermos ausentes do corpo, estaremos presentes com o Senhor. E
o fato dele haver dito entre parênteses que o motivo pelo qual ele
disse que enquanto estamos no corpo estamos ausentes do Senhor é
“porque andamos por fé e não por vista” revela que, quando
54
estivermos ausentes do corpo, deixaremos de andar por fé e
passaremos a andar por vista, ou seja, então veremos as coisas nas
quais agora apenas cremos. Isto fala duma existência consciente, e
que os mortos estão com suas faculdades mentais em perfeito
funcionamento; sim, o apóstolo não poderia dizer que quando um
cristão morre deixa de andar por fé e passa a andar por vista, se o
nosso verdadeiro “eu” não sobrevivesse à morte do corpo.
Finalmente chegamos ao versículo 8, onde Paulo diz sem
rodeios que desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. Ora,
o que é “estar ausente deste corpo” ou “deixar este corpo”, como o
diz o ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA, “para estar presentes com o
Senhor”? Já vimos, enquanto estudávamos juntos o versículo 1, que
quando do arrebatamento da Igreja, não deixaremos os nossos
corpos; logo, o apóstolo estava se referindo à morte, quando diz que
desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. É possível
raciocinar e chegar a uma conclusão contrária?
55
Esta referência (II Co. 12.2-8) é mais que suficiente para
provar por si só que o homem possui um espírito e que este pode
viver dentro ou fora do corpo. Assim sendo, fica claro que o homem
sobrevive á morte do corpo, pois ele (o espírito) não depende do
corpo para existir conscientemente. O que nos leva a fazer esta
afirmação é o fato do apóstolo Paulo dizer que ele havia sido
arrebatado ao Paraíso, mas que ignorava se esse arrebatamento
havia sido no corpo, ou se fora dele. Ora, o que é ser arrebatado no
corpo? E o que é ser arrebatado fora do corpo? Ser arrebatado no
corpo significa ter experiências iguais às que tiveram Enoque (Gn.
5.24; Hb. 11.5), Elias (II Rs. 2.1,11), Jesus (At. 1.9) e Filipe (At.
8.39,40). E ser arrebatado fora do corpo é ser arrebatado em
espírito e significa ter experiências similares às que tiveram Ezequiel
(Ez. 8.3) e João (Ap. 1.10). Sendo assim, o espírito humano pode
sair do corpo, ir a um determinado lugar, retornar ao corpo e ainda
conservar lembranças do lugar visitado. Alguém talvez objete,
alegando que o arrebatamento no corpo pode ser apenas um estado
de êxtase, que permite ao arrebatado ter a impressão de que subiu
ao Céu quando, na verdade, não saiu do planeta Terra. Esta objeção
é correta, pois realmente existe o arrebatamento de sentido” (At.
10.10 ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA). Mas, no que diz respeito ao
arrebatamento fora do corpo, sem dúvida se refere ao ato do espírito
sair do corpo e voar ao lugar determinado por Deus. Então, embora
possamos admitir que ser arrebatado no corpo não seja,
necessariamente, ter experiência similar às que tiveram Enoque,
Elias, Jesus e Filipe, ser arrebatado fora do corpo implica em que o
espírito se separe do corpo. E isto prova que o homem tem o seu
lado espiritual, que este constitui o nosso verdadeiro “EU”; e que
pode existir conscientemente à parte do corpo, não dependendo
deste para viver e que, portanto, sobrevive à morte.
Certo testemunha de Jeová disse-nos que “é errado pregarmos
a imortalidade do espírito à luz de II Co. 12.2-8 porque, nesta
passagem bíblica, o apóstolo Paulo não diz que ele foi arrebatado ao
Paraíso fora do corpo. O que Paulo diz aí”, disse-nos, “é que ele não
sabia se tal arrebatamento havia sido ou não fora do corpo. Ora, se
Paulo não sabia se o referido arrebatamento se deu no ou fora do
corpo, como dizermos que este texto prova que é possível ser
arrebatado fora do corpo?” Mas lhe respondemos que nisto está a
56
maravilha. Se o apóstolo não sabia se tal arrebatamento se deu no
ou fora do corpo é porque ele admitia ambas as possibilidades; se
ele admitia ambas as possibilidades, então é possível ser arrebatado
fora do corpo; e se é possível ser arrebatado fora do corpo, só nos
resta sabermos o que é isso. E o que é isso, senão o desprender-se
o espírito do corpo e voar?
57
Deus” (queira ver Jo 3.3). Não é curioso o fato de Jesus não ter
usado uma única vez a dição que dizem que ele usou em Lc 23.43?!
Esse argumento, cujo objetivo é defender uma doutrina
fabricada pelos homens, se fundamenta em duas bases não sólidas:
1a.) A pontuação é um recurso gramatical relativamente
moderno, não constando, portanto, nos manuscritos antigos. Por
esta razão, os russelitas (testemunhas de Jeová) e os adventistas se
vêem no direito de correr com a pontuação a seu bel-prazer;
2a.) Dizem que, segundo o contexto bíblico, não há vida
consciente entre a morte e a ressurreição.
A primeira base seria sólida gramaticalmente, mas a segunda é
um disparate teológico, pois, como já vimos e continuaremos a ver,
a EXTINÇÃO e o SONO DA ALMA, pregados respectivamente pelos
testemunhas de Jeová e pelos adventistas não resistem a um
confronto com as Escrituras Sagradas.
58
4.2.2. I Coríntios 15.18
60
CAPÍTULO V
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?!
63
5. 2. A Manifestação de Jesus em Glória e o Armagedom.
64
respectivamente: Os inimigos dos judeus; os amigos dos judeus, a
saber, gentios convertidos; e os judeus convertidos.
5.4. O Milênio.
5. 5. O Juízo Final.
65
esta conclusão chegamos, quando comparamos os textos bíblicos
que falam da destruição da Terra, com Ec1.4, que nos assegura que
ela para sempre permanece. Após ser expurgada à base de fogo, a
Terra será restaurada à sua condição primitiva. E esse lindo Paraíso
será habitado eternamente. Falando sobre isto, disse o erudito
Pastor Antonio Gilberto: “Cumprir-se-á então também, plenamente,
Mateus 5. 5: ‘Bem-aventurados os mansos porque herdarão a
terra’...Ler ainda Salmos 37.11,29; 115. 16”. (O Calendário da
Profecia, página 96). Vimos em 5.5, quem irá habitá-la.
66
Eis que em glória refulgente sobre as nuvens descerá
(Hino 112 do Cantor Cristão, hinário oficial dos batistas, grifo nosso)
Ressuscitou! Ressuscitou!
67
5. 7. Eterno Estado de Felicidade
68
CAPÍTULO VI
O ADVENTISMO NEGA O INFERNO
BÍBLICO
70
CAPÍTULO VII
A RESPEITO DO SANTUÁRIO
CELESTIAL
71
leitor, a compreenderem que tanto o primeiro compartimento do
tabernáculo, quanto o segundo, são chamados de santuários no
original. Para vermos isto basta lermos, no original, ou até mesmo
na Edição Revista e Corrigida, Hb. 9.25, que diz textualmente que “o
sumo sacerdote cada ano entrava no santuário”. Que santuário é
este? Não está claro, à luz de Hb. 9.7 que o santuário de Hb. 9.25 é
mesmo, o Santo dos Santos? E, se a palavra santuário em Hb. 9.25,
se refere ao Santo dos Santos, por que esta mesma palavra,
constante de Hb. 9.12, não pode estar se referindo ao Santo dos
Santos?
À luz de todo o capítulo 9 de Hebreus, se pode ver que o
tabernáculo era dividido em dois compartimentos e que cada um
destes compartimentos era chamado de tabernáculo, bem como de
santuário; assim sendo, além do segundo compartimento possuir um
nome exclusivamente seu, a saber, o de Santo dos Santos, tinha
mais dois nomes em comum com o primeiro compartimento, que são
os nomes de santuário e tabernáculo. O segundo compartimento é
chamado de segundo tabernáculo (9:2, 3,6,7).
Diz mais a Bíblia: “... até ao interior do véu onde Jesus, nosso
precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote...” (Hb.
6.19-20). Esta é mais uma prova bíblica de que, nos dias do autor da
Epístola aos Hebreus, Jesus já havia entrado no Santo dos Santos. O
texto diz textualmente: “... Jesus... entrou...”. E onde foi que Jesus
entrou? A Bíblia responde: “... até ao interior do véu...”. A que véu
se refere aqui? Sabemos que existiam no Tabernáculo dois véus: o
que ficava na porta de acesso ao Santo Lugar, isto é, ao primeiro
compartimento do santuário; e o que separava o primeiro
compartimento do segundo, chamado de Santíssimo Lugar ou Santo
dos Santos.
Já que existiam dois véus, de qual deles trata Hb. 6.19-20? A
resposta honesta é que sempre que a Bíblia liga um episódio ao
segundo véu, apenas chama-o de “o véu”. Por exemplo, qual foi o
véu que segundo Mt. 27.51 rasgou-se de alto abaixo? Naturalmente,
o segundo véu. Com esta conclusão a senhora White concordava em
gênero, número e grau. Senão, vejamos: “... ao irromper dos lábios
de Cristo o grande brado: ‘está consumado’, oficiavam os sacerdotes
no templo...”. Com ruído rompe-se de alto a baixo o véu INTERIOR
do templo, rasgado por mão invisível, expondo aos olhares da
72
multidão um lugar dantes pleno da presença divina. Ali habitava o
shekinah. Ali manifestava Deus, sua glória sobre o propiciatório;
ninguém, senão o sumo sacerdote, jamais erguera o véu que
separava esse compartimento do resto do templo. Nele penetrava
uma vez por ano para fazer expiação pelos pecados do povo. Mas eis
que esse véu é rasgado em dois. O santíssimo do santuário terrestre
não mais é um lugar sagrado...” (O Desejado de Todas as Nações,
pg. 564, grifo nosso). Ora, se o véu mencionado em Mt. 27.51
refere-se ao véu interior, por que o véu abordado em Hb. 6.19-20
não pode ser aquele mesmo véu? E se este véu é o véu interior,
então Jesus entrou no Santo dos Santos quando ascendeu ao Céu,
no século I.
A estorieta da purificação do santuário a partir de 1.844
presta-se tão-somente para cobrir o vergonhoso passado dos
adventistas do sétimo dia. Isto só lhes é necessário até que
assumam que erraram e se retratem, como bem o fez Willian Miller,
o fundador dessa seita.
Simplificando, a heresia acerca da purificação do Santuário
Celestial nasceu assim: Um pregador batista, interpretando
erradamente Dn. 8.14, concluiu que a Terra, qual santuário
profanado desde a queda de nossos primeiros pais (Adão e Eva) no
Jardim do Éden, seria purificada dentro de 2.300 anos, a contar do
ano 457 a.C.; esta matemática leva ao 1.844 d.C.. Assim: Do ano
457 a.C. ao ano 1 a.C. temos 456 anos. Do ano 1 a.C. ao ano 1.844
temos 1.844 anos. E a soma destes valores corresponde a 2.300
anos. Também, se subtrairmos 456 de 2300, obtemos 1.844.O
referido Miller concluiu então que Jesus voltaria à Terra em 1.844
para purificá-la e transformá-la em paraíso como no princípio;
chegou e se foi o aprazado ano, mas Jesus não veio conforme o
esperado. Miller reconheceu o seu erro e, arrependido, reconciliou-se
com sua ex-igreja, onde permaneceu fiel e humilde até a morte.
Porém, uma boa parte dos que haviam se unido a Miller começou a
dizer que a interpretação de Miller, errada quanto ao local, estava
certa quanto à data. Segundo eles, até 1.844, Cristo havia oficiado
no primeiro compartimento celestial chamado santo; a partir daí, Ele
passou para o compartimento chamado Santo dos Santos ou
Santíssimo e se pôs a purificá-lo.
73
Sobre a matemática acima, os adventistas cometem os
seguintes equívocos:
1º) Associam arbitrariamente Dn. 8.14 com 9.25;
2º)pensam que o ponto de partida apontado pelo anjo em Dn.
9.25, que diz que “desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém”, é o ano 457 a.C., mas a História Universal deixa
claro que isto ocorreu em 445 a.C.. O que se deu em 457 a.C. foi o
embelezamento do templo bem como a restauração do culto, a
cargo de Esdras (Ed. 7). Basta lermos Neemias capítulo 2 para
vermos que a ordem para reedificar a cidade de Jerusalém
verdadeiramente foi expedida no ano vigésimo do rei Artaxerxes. E
ainda estamos para ver uma enciclopédia que diga que essa data
não foi o ano 445 a.C.! Realmente, o evento do qual trata Esdras 7
se deu em 457, mas o cumprimento de Dn. 9.25, que serve de ponto
de partida para a contagem das 70 semanas ocorreu em Ne. 2. O
versículo 5 o diz textualmente: “... peço-te que me envies a Judá, à
cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique”. Assim,
os adventistas cometem dois erros ao mesmo tempo: Erram por
associarem arbitrariamente os capítulos 8 e 9 de Daniel, e erram por
acharem que o ponto de partida do qual trata Dn. 9.25 é o tema de
Esdras 7, quando já vimos que só o episódio de Neemias 2 satisfaz
as exigências.
3º) Segundo os adventistas, as 2.300 tardes e manhãs
equivalem a 2.300 dias proféticos, isto é, 2.300 anos. Ora, segundo
Gn. 1.5, uma tarde e uma manhã correspondem a um dia; logo,
2.300 tardes e manhãs equivalem a 1.150 dias. Sim, porque para
2.300 dias necessitamos de 2.300 tardes + 2.300 manhãs. Veja que
Dn. 8.14 tão-somente está dizendo que se somar as tardes às
manhãs, chega-se ao número 2.300. Ora, se uma tarde e uma
manhã são um dia, então duas tardes e duas manhãs, ou seja,
quatro tardes e manhãs, correspondem a 2 dias. E se 4 tardes e
manhãs são 2 dias, desnecessário se faz sermos peritos em
matemática para sabermos que 2.300 tardes e manhãs são 1.150
dias. Deste modo, mesmo adventistando estes dias, para que
correspondam a 1.150 anos, e determinando aleatoriamente que o
ponto de partida é o referencial indicado em Dn. 9.25, e localizando-
o equivocadamente em Esdras7, que data de 457 a.C. (e não
74
acertadamente em Ne. 2, que data de 445 a.C.) não chegamos a
1.844 d.C., e sim, ao ano 694 d.C.. Veja a aritmética abaixo:
1.150
-456
694
78
CAPÍTULO VIII
79
que fora comunicado aos discípulos ainda estaria com ela. Os
doentes seriam curados, os demônios seriam expulsos, e ela seria
poderosa e um terror para os seus inimigos” (Primeiros Escritos, pág.
227, 2ª edição, CPB - 1976).
A Papisa se Contradiz: “A maneira por que Cristo trabalhava
era pregar a Palavra e aliviar o sofrimento por obras miraculosas de
cura. Estou, porém, instruída de que não devemos trabalhar agora
dessa maneira, pois Satanás exercerá seu poder pela operação de
milagres. Os servos de Deus hoje NÃO PODERIAM trabalhar
mediantes milagres, pois espúrias obras de cura, pretendendo ser
divinas, serão operadas”. “Por esta razão o Senhor destinou um meio
pelo qual seu povo pode executar uma obra de cura física, aliada ao
ensino da Palavra. Devem estabelecer sanatórios, e com essas
instituições devem estar ligados obreiros que façam genuína obra
médico-missionária. Estende-se assim, protetora influência em torno
dos que vão aos sanatórios em busca de cura” (Medicina e Salvação,
pág. 54, CPB, 1a. Edição, grifo nosso).
Comentário. Aqui os adventistas ficariam num beco sem
saída, caso as incoerências da genitora do Adventismo não fossem
hereditárias. Mas, como eles “puxaram” a mãe, “resolveram” esse
problema assim: Ora optam por uma de suas posturas, ora fazem as
duas coisas, enfatizando uma mais do que a outra. Por exemplo, no
que diz respeito à política, ficaram com Mensagens aos Jovens, pág.
36; e, acerca dos milagres, a Igreja Adventista realiza cultos de
oração pelos enfermos e problemáticos diversos e constroem
hospitais em todo o mundo. Com a expressão “estou instruída”, Ellen
G. White quer dizer que não estava externando a sua opinião
pessoal, e sim, exarando sob inspiração divina.
80
CAPÍTULO IX
O ADVENTISMO DO 7º DIA É
SEITA?
81
9.1. O Adventismo Tropeça na Bíblia
84
Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza
pecaminosa, caída. De sua parte humana, Cristo herdou exatamente
o que herda todo o filho de Adão_uma natureza pecaminosa”
(Estudos Bíblicos, CPB, edição de 1979, páginas 140_141).
Agora, compare a aberração acima com a Bíblia e veja quão
diferente do “Jesus” adventista, é o Jesus da Bíblia!: “Porque nos
convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado
dos pecadores, e feito e feito mais sublime do que os céus”
(Hb7.26). sim, o Adventismo prega outro Jesus (2Co 11.4)
Se Jesus fosse o que os adventistas dizem, Seu sacrifício na
cruz não seria substitutivo e, portanto, não teria valor salvífico. Um
pecador, ainda que apenas por natureza e, portanto, sem culpas
pessoais, não poderia sofrer no lugar dos demais. A justiça Divina
exigia que um justo pagasse por nós, e não que um pecador
sofresse no lugar dos demais. Se Jesus fosse pecador por natureza,
Ele seria condenado juntamente conosco, e não em nosso lugar.
Jesus, além de não ter culpas pessoais, era também isento do
pecado original, isto é, Ele não tinha a natureza pecaminosa comum
a todos nós. Os adventistas, porém, ensinam diferente.
Certo medalhão adventista se “defendeu” dizendo que nem
todos os adventistas pensam assim. Concordamos, mas
convenhamos que:
1) O Adventismo do Sétimo Dia prega isso oficialmente;
2) Ellen White ensinava isso;
3) Todo adventista típico reconhece Ellen White como profetisa de
Deus, o que implica em reconhecer que o que ela falou de Jesus é a
expressão da verdade, e, que portanto, Jesus deve ser o que ela
disse dEle;
4) Isso caracteriza o Adventismo como seita;
4) Quem não protesta isso é condizente, visto que quem cala
consente.
9.3.1. Exclusivista
Os “pastores” adventistas Alejandro Bullón e Floriano Xavier dos
Santos, este, Presidente da União Este Brasileira da Igreja Adventista
85
do Sétimo Dia, às páginas 3 e 5, respectivamente, apresentam e
prefaciam com elogios o livro intitulado “Assim Diz o Senhor”, o qual,
às páginas 323 a 327 afirma sem rodeios que a única Igreja de
Cristo, a verdadeira Esposa do Cordeiro, é a que, guardando os Dez
Mandamentos, observa a guarda do sábado. E tacha de mentirosas,
as igrejas que, destoando disso, alegam ser de Cristo.
9.3.2. Proselitista
“Proselitismo” ou “pescaria de aquário” são, numa
conceituação particular, jargões evangélicos que designam os que
hipocritamente tremulam bandeira evangélica, no intuito de se
infiltrar entre nós, a fim de, desse modo, nos conquistar para as suas
fileiras. Os adventistas são hábeis pescadores de evangélicos. Logo,
são o que chamamos de proselitistas. Senão, vejamos as evidências
abaixo:
86
3ª) O “pastor” Alejandro Bullón, um dos expoentes dos adventistas,
prefaciou o referido livro, esbanjando elogios, o que prova que o
senhor Alejandro também pesca no aquário evangélico.
4ª) Este autor vem sendo assediado pelos adventistas desde quando
era novo convertido. Temos recebido cartas até da liderança dessa
seita, convidando-nos a participarmos de seus “Estudos Bíblicos” a
fim de inteirarmos da Mensagem Adventista. Ora, se são
evangélicos, então não têm nenhuma novidade para nós; e, se têm
algo novo a oferecer-nos, então não são do nosso grupo. É como
dizia o ex-Padre Aníbal: “O Diabo não consegue esconder o rabo”.
9.3.3. Sorrateiro
Primeira prova:
Faz parte da estratégia proselitista dos adventistas, dirigir-se às
igrejas evangélicas, oferecendo-nos seus livros. Chegam dizendo que
tais obras são neutras, isto é, não entram no mérito das divergências
doutrinárias que há entre nós. Pura hipocrisia! Na obra intitulada As
Belas Histórias da Bíblia, volume 1, a guarda do sábado é enfatizada.
Além disso, eles “dão” um “brinde”, a saber, um livro, no qual suas
heresias são defendidas com ardor. Por exemplo, no capítulo 33 do
livro intitulado O Grande Conflito, com o qual geralmente
presenteiam os que compram suas obras “neutras”, se insinua que
nós, pastores evangélicos, somos agentes do Diabo, por pregarmos
que a alma sobrevive à morte do corpo, bem como a existência do
tormento eterno para os perdidos. É esse alimento estragado que as
ovelhas recebem, quando um pastor evangélico, que ainda não saiba
o quanto o Adventismo é perigoso, permite, às vezes até por escrito,
que esses lobos invadam seus apriscos e devorem as ovelhas que o
sumo Pastor pôs sob o cajado que Ele os confiou.
Essa estratégia “missionária” dos adventistas, além de não ser
87
dispendiosa (nós os pagamos para que nos “evangelizem”), é
altamente rentável, visto que desse modo a editora deles fatura alto
sobre nós.
Segunda Prova
Na Revista Adventista de abril/98, os adventistas são
aconselhados a não dizer que eles são o único povo que tem a
verdade, bem como a única e verdadeira Igreja, caso haja não
adventista por perto. Atentemos para o fato de que não se proíbe
dizer isso, mas tão-somente sugere que se evite expressar assim, na
presença dos que não são adventistas.
Terceira Prova
O grande apologista Aldo Menezes, referindo-se ao “pastor”
Alejandro Bullón, disse: “Quem ouve seus sermões cristológicos
pensa tratar-se de um adventista diferente, que prega
exclusivamente a Cristo, e não a guarda da lei e de um descanso
sabático. Mas a coisa não é bem assim. Numa entrevista à Revista
Adventista (janeiro/97), p.17, perguntou-se a Bullón: ‘Parece que a
comunidade evangélica tem sido mais tolerante com a Igreja
Adventista. Mudou a Igreja, ou mudaram as pessos?’ Ele respondeu:
‘A Igreja não mudou, a doutrina não mudou. Mudou a ênfase que
damos à mensagem. Antes, fomos ensinados a destacar os
resultados da salvação. Hoje, a ênfase está na causa da salvação
que é Cristo. Quando pregamos a Cristo e o evangelho,
naturalmente, OS EVANGÉLICOS ABREM O CORAÇÃO À NOSSA
MENSAGEM’. Sua resposta é reveladora: Antes, enfatizavam o
resultado da salvação, que segundo a literatura adventista inclui a
guarda do sábado e o reconhecimento do ‘espírito de profecia’ na
pessoa de Ellen White etc.. Hoje, enfatizam o Salvador, deixando o
‘resultado da salvação’ para depois. Com isso ficou mais fácil atrair o
coração dos evangélicos para a ‘mensagem adventista’ ” (Agir
Notícias, órgão oficial da AGIR__Agência de Investigações
Religiosas__ Ano II, número 6, maio/junho de 1998, página 1. Grifo
nosso.). Você captou a mensagem? A estratégia atual é fazer com
que pensemos que eles são iguais a nós e assim nos atrair à seita
deles para depois nos intoxicar com suas heresias.
Relembramos que o “pastor” Alejandro disse que “A questão
88
não é simplesmente se posso ou não posso comer carne de porco,
se devo ou não devo guardar o domingo...O assunto é muito sério. È
uma questão de vida ou morte, de salvação ou perdição...” (Assim
Diz o Senhor, Lourenço Gonzalez, página 5, supracitado).
Quarta Prova
Um cantor adventista, cujo nome omitiremos por não termos
gravado sua declaração, após ser por nós encurralado, nos disse:
“Todo pastor que não prega as doutrinas bíblicas pregadas pelo
Adventismo do 7º Dia, é, das duas, uma: Ou um mal informado ou
um obstinado, visto que doutro modo, ele seria adventista”. Esse
lobo anda por aí, se infiltrando entre nós, no intuito de abocanhar
uma ovelhinha desprevenida. Esse “malabarista”, por não saber onde
este autor congrega, se oferecera a um de nossos diáconos para
cantar na nossa igreja. O que ele pretende com isso, já que ele nos
considera como falsos profetas? Converter-nos ao Adventismo, é a
resposta.
Quinta Prova
Com quem os atuais adventistas aprenderam esse vergonhoso
proselitismo? Com a senhora Ellen White, é a resposta franca e
sincera. Eis a prova:
“Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus
quer que eles se salvem.
Nossos ministros devem buscar aproximar-se dos ministros de
outras denominações” (Testemunhos Seletos, Volume II, 2ª edição
de 1956, página 386).
Esse malabarismo dos adventistas os torna mais perigosos do
que os testemunhas de Jeová, os mórmons e outros. É que estes
batem de frente conosco, tachando-nos de falsos profetas na cara.
Mas os adventistas, embora pensem assim também, não nos dizem
isso nos primeiros contatos, a fim de não espantarem a presa. Essas
estratégias têm funcionado, pois é grande o número de evangélicos
que se deixam levar, ora afirmando que os adventistas são
evangélicos, ora até mesmo se filiando a essa agremiação herética, o
que demonstra ter um fundo de verdade o seguinte provérbio: “Que
Deus me defenda dos meus amigos, porque dos meus inimigos me
defendo eu”.
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Sexta Prova
Outra estratégia proselitista dos adventistas consiste em
oferecer às igrejas evangélicas palestras sobre dependência química,
prevenção às drogas, Medicina Natural etc.. Usam esses temas não
religiosos para se infiltrar entre nós, conquistar nossa simpatia e
injetar o veneno. Não aceite essa “ajuda” do Inimigo. É preferível
convidar um ateu, a ouvir esses proselitistas.
Vigie, ó irmão!
Atentemos com mais diligência para a Palavra do Senhor que
nos adverte: “Acautelai-vos... dos falsos profetas, que vêm até vós
vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”
(Mt. 7.15). Na opinião deste autor, de todos os lobos, os que melhor
se vestem como ovelhas são os adventistas. É que eles pregam tudo
quanto nós pregamos, mais alguma coisa. E é aí que mora o
perigo. São como os gálatas, os quais, além de crer que Jesus é o
Salvador, criam paralelamente que a circuncisão, a guarda do
sábado e outros preceitos da Lei, eram imprescindíveis à salvação,
como já demonstramos em 2.3.
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Cristo, só Bíblia__faz parecer aos desavisados que eles crêem que a
sua “igreja” é apenas mais uma, quando já vimos que o Adventismo
se apresenta como a única Igreja verdadeira. Assim se pode ver que
Marcos de Benedicto é um autêntico representante do movimento
hipócrita, do qual ele é parte integrante. Sim, leitor, essa jogada é
de praxe no Adventismo do Sétimo Dia! Cuidado! (I Pe 5.8).
91
apresentado perante o Senhor para expiação do pecado. Logo, esta
interpretação dos adventistas está errada por duas razões:
1ª) Diminui a eficácia do sangue de Jesus, dando-lhe um
coadjuvante. Saibam os adventistas, uma vez por todas, que os
pecados dos verdadeiros penitentes não serão lançados sobre o
Diabo, pois já foram lançados sobre Cristo, na cruz do calvário (I Pe.
2.24);
2ª) Faz de Satanás co-redentor da humanidade juntamente
com Cristo. Sim, porque se o bode emissário que, segundo a Bíblia,
era apresentado a Deus para expiação do pecado, tipifica Satanás no
fogo do inferno, arrostando com os nossos pecados, a conclusão
óbvia é que o Diabo fará por si mesmo a expiação dos nossos
pecados, quando arrostar com os mesmos no lago de fogo. Esse
ensino é, de fato, uma estarrecedora blasfêmia e faz sim, do diabo,
o salvador dos verdadeiros cristãos.
Cremos que o Diabo terá que responder por tudo de errado que
ele fez, faz e fará, inclusive por ter tentado cada ser humano, porém,
não será para expiação do pecado; e, sendo assim, ele não é o
antítipo do bode emissário, considerando que o cerimonial que o
envolvia era para expiação do pecado. Os dois bodes tipificavam os
dois lados do sacrifício de Jesus: quita para com Deus o pecador que
arrependido crê, e afasta o pecado para mui longe (Sl. 103.12).
92
EPÍLOGO
Já encontramos muitos “adventistas” de cuja salvação não
podemos duvidar. Não há um único adventista salvo. Mas há
“adventistas” que não são adventistas de fato, pois não crêem na
infalibilidade das obras literárias de Ellen G. White; que Jesus é o
Arcanjo Miguel; que Jesus é portador da natureza pecaminosa; que
os nossos pecados serão postos sobre Satanás; que em 1.844 iniciou
a purificação do santuário celestial, ou o Juízo Investigativo, bem
como não se prendem à guarda do sábado, nem tampouco ao
cardápio judaico de Lv. 11, e outras práticas judaizantes que
caracterizam o Adventismo. E, sobretudo, não são hipócritas. Sim, há
adventistas e “adventistas”. Há até adventistas que empreendem
abrir os olhos aos seus correligionários, mostrando-lhes pela Bíblia,
os erros nos quais laboram.
Damos aos adventistas que já enxergaram que o Adventismo é
falso, os seguintes conselhos:
1º.) Mostre aos seus correligionários a verdade que você
descobriu;
2º.) Pare de contribuir com dízimos e ofertas para
manutenção dessa seita; dê suas contribuições
financeiras a um trabalho sério;
3º.) Saia dessa “igreja” e vincule-se a uma igreja realmente
evangélica, isto é, a uma igreja que tenha a Bíblia como
sua única regra de fé e prática e que não subestime o
precioso sangue de Jesus (Ap. 18.4; Hb. 10.29; II Co.
6.17,18). Não alimente a falsa idéia de mudar a “Igreja”
Adventista. Tente mudá-la fora dela. A primeira pessoa
que você precisa tirar do Adventismo é você.
Que os adventistas não nos considerem como inimigos por
causa destas linhas (Gl. 4.16), pois as mesmas não têm por
finalidade ridicularizá-los, mas, sim, despertá-los para a realidade de
que estão sendo enganados por Satanás. Como o Apóstolo Paulo se
dirigiu aos gálatas, nos dirigimos aos adventistas, pois estes também
93
estão separados de Cristo e caídos da graça (Gl. 5.4). E o motivo
pelo qual estão nesse precário estado, é o mesmo que vitimou os
gálatas: não confiam só no sangue de Jesus. Consideram-no
necessário, porém, insuficiente. Aliás, a situação dos adventistas é
mais grave do que a dos gálatas. Estes estavam (segundo afirmou
Paulo em Gl. 5.4) separados de Cristo e caídos da graça porque
confiavam em Cristo e na Lei de Moisés. Mas aqueles confiam em
Cristo, na Lei de Moisés e no sacrifício expiatório que será efetuado
na pessoa do Diabo, o qual só será extinto após pagar tintim por
tintim pelos pecados dos verdadeiros penitentes (segundo os
adventistas).
Ó prezados adventistas! como amo a todos vocês! Como aspiro
encontrá-los na Glória Celestial! Seguremos juntos, portanto, com as
duas mãos, a salvação pela graça por meio da fé (Ef. 2.8,9). Que o
Espírito Santo abra os olhos do nosso entendimento para
enxergarmos a sã doutrina e distingui-la daquilo que apenas
aparenta sê-lo!
AMÉM
Obrigado por você nos ter dado a honra de ler este livro.
P.S.:
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nos apoiar, sugerimos que ore ao Senhor, perguntando a Ele se
somos ou não sérios. E só contribua após ouvir a Sua voz.
NOTAS
BIBLIOGRAFIA
I. OBRAS EVANGÉLICAS
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OUTRAS OBRAS DO AUTOR (LIVROS E APOSTILAS)
I. LIVROS E APOSTILAS
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SOBRE O AUTOR:
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