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“IGREJA” ADVENTISTA DO 7º DIA

Que seita é essa?

Rio de Janeiro_RJ
Setembro de 2005

Caixa Postal: 10.061


Campo Grande_ Rio de Janeiro/RJ
CEP 23.051-970

Reprodução liberado, desde que seja para uso pessoal ou para


distribuição gratuita. Nesta condição este livro está totalmente
disponível aos internautas no site abaixo:

www.ievitoria.com

Pr. Joel Santana

Os direitos autorais deste livro estão assegurados pela


Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro/ RJ

1
2
ÍNDICE

PREÂMBULO. ......................................7
CAPÍTULO I ..................................... 11
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO ........ 11
CAPÍTULO II .................................... 13
A RESPEITO DO SÁBADO................. 13
2.1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ......................................... 13

2.2. O SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO?! ................................... 17

2.3. O SÁBADO E OS GÁLATAS ......................................................... 21

2.4. O SÁBADO E OS COLOSSENSES .............................................. 23

2.5. O SÁBADO E OS CORÍNTIOS. ................................................... 27

2.6. O SÁBADO E OS ROMANOS ....................................................... 31

2.7. O SÁBADO: MORAL OU CERIMONIAL? ................................. 32

2.8. O SÁBADO E O DIA DO SENHOR ............................................. 33

2.9. CONSTANTINO E O SÁBADO .................................................... 34

2.10. O SÁBADO NA ETERNIDADE .................................................. 35

2.11. QUE PENSAM DO SÁBADO OS SABATISTAS? .................. 35


CAPÍTULO III .................................. 39
O CARDÁPIO ADVENTISTA .............. 39
CAPÍTULO IV ................................... 51
3
SOBRE O ALÉM-TÚMULO ................. 51
4.1. QUE DIZ A BÍBLIA ........................................................................ 51

4.1.1. FILIPENSES 1.21-26.............................51


4.1.2. II CORÍNTIOS 5.1-8 .............................53
4.1.3. II CORÍNTIOS 12. 2-8. ........................55
4.1.4. LUCAS 23.43 .........................................57
4.2. O ADVENTISMO RECITA SEUS TEXTOS PREDILETOS ..... 58

4.2.1. II TIMÓTEO 4.8 ....................................58


4.2.2. I CORÍNTIOS 15.18..............................59
4.2.3.ENTENDENDO ECLESIASTES 3.18-19 59

CAPÍTULO V..................................... 61
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?! ........... 61
5.1. O ARREBATAMENTO DA IGREJA E A GRANDE
TRIBULAÇÃO........................................................................................... 63

5. 2. A MANIFESTAÇÃO DE JESUS EM GLÓRIA E O


ARMAGEDOM. ......................................................................................... 64

5. 3. O JUÍZO DAS NAÇÕES. .............................................................. 64

5.4. O MILÊNIO. .................................................................................... 65

5. 5. O JUÍZO FINAL. ............................................................................ 65

5.6. A PURIFICAÇÃO DO UNIVERSO.............................................. 65


4
5. 7. ETERNO ESTADO DE FELICIDADE ......................................... 68
CAPÍTULO VI ................................... 69
O ADVENTISMO NEGA O INFERNO
BÍBLICO........................................... 69
CAPÍTULO VII.................................. 71
A RESPEITO DO SANTUÁRIO
CELESTIAL ....................................... 71
CAPÍTULO VIII ................................ 79
AS CONTRADIÇÕES DE ELLEN WHITE79
8.1. CONTRA A POLÍTICA OU A FAVOR DELA? ........................... 79

8.2. OS DONS DE CURAR CESSARAM OU CONTINUAM?......... 79


CAPÍTULO IX ................................... 81
O ADVENTISMO DO 7º DIA É SEITA?81
9.1. O ADVENTISMO TROPEÇA NA BÍBLIA .................................. 82

9.2 O ADVENTISMO TROPEÇA EM CRISTO .................................. 83

9.2.1.DIZ QUE JESUS É MIGUEL ...................83


9.2.2. JESUS ERA PECADOR POR
NATUREZA?! .............................................................84
9.3. O ADVENTISMO É EXCLUSIVISTA, PROSELITISTA E
SORRATEIRO .......................................................................................... 85

9.3.1. EXCLUSIVISTA ......................................85


9.3.2. PROSELITISTA ......................................86
5
9.3.3. SORRATEIRO ........................................87
9.4) O ADVENTISMO É HIPÓCRITA E SOFISMÁTICO .............. 90

9.5. O ADVENTISMO PROFANA E SUBESTIMA O SANGUE DE


JESUS. ....................................................................................................... 91
EPÍLOGO.......................................... 93
NOTAS ............................................. 95
BIBLIOGRAFiA................................. 95
I. OBRAS EVANGÉLICAS ..................................................................... 95

II. LIVROS DO ADVENTISMO ........................................................... 96


OUTRAS OBRAS DO AUTOR ............. 97

6
PREÂMBULO.
Muitas das heresias pregadas pelos adventistas são heresias
com “h” minúsculo, isto é, infantilidades espirituais pequenas demais
para desqualificá-los como cristãos. A guarda do sábado semanal e a
observância do cardápio judaico (se não fossem apresentadas como
condição imprescindível à salvação); a negação do castigo eterno
para o Diabo, seus anjos e os homens perdidos; a chamada “prisão
circunstancial” para Satanás; o chamado “sono da alma”; a
afirmação de que o milênio será no Céu e outras mais desse nível,
são erros que, não obstante, podem ser tolerados. Afinal de contas,
quem não erra? Qual é a igreja evangélica que não comete alguns
desvios doutrinários? Ninguém acerta tudo. Por este motivo, durante
muitos anos, este autor considerou os adventistas como evangélicos.
A resposta que dávamos aos que nos consultavam sobre este
assunto era que o Adventismo seria uma igreja evangélica mal
doutrinada. Isto se deu porque não queríamos emitir juízo temerário;
temíamos atuar como “juízes” de pequenas causas. E, pior ainda,
não fazer justiça nesse julgamento. Pensávamos que o Adventismo,
apesar dos seus desvios, não chegava a negar os pilares da fé cristã.
Assim pensávamos porque, em diálogos com amigos adventistas,
detectamos que eles não negam a triunidade de Deus; o nascimento
virginal de Jesus e a dualidade de natureza (divina e humana
simultaneamente; inseparáveis, porém distintas) na Sua Pessoa; a
pessoalidade e divindade do Espírito Santo; a inspiração verbal e
plena das Escrituras Sagradas, a Bíblia; a pecaminosidade do
homem; a morte de Cristo na cruz e Sua ressurreição dentre os
mortos; a segunda vinda de Cristo; o arrebatamento da Igreja e
outros pontos relevantes. Qual não foi, portanto, a nossa surpresa,
quando, enquanto pesquisávamos mais sobre este segmento
religioso, descobrimos que o Adventismo do Sétimo Dia nega pontos
7
cardeais da fé que uma vez foi entregue aos santos.
Altruisticamente, pois, elaboramos estas linhas, com os seguintes
objetivos: Glorificar a Deus, edificar a Igreja (qualitativamente) e
bradar às vítimas dos enganos religiosos que constituem o
Adventismo, os quais, por sua vez, o caracterizam como seita.
Certamente este brado despertará a muitos dormentes, o que
contribuirá para a edificação quantitativa da Igreja do Senhor Jesus.
Não confunda Adventismo com adventistas. Este autor
desdenha o Adventismo, não os adventistas que, geralmente são
pessoas amáveis, dignas de respeito.
O leitor verá que o Adventismo, embora tenha muitos pontos
em comum com os evangélicos é, simultaneamente, portador dos
seguintes desvios:
1) Prega que os pecados dos cristãos, embora já estejam perdoados,
ainda não estão cancelados;
2) Prega que Jesus está, desde 1844, purificando o Santuário
Celestial;
3) Prega que a Bíblia não é a única regra de fé e prática do Cristão;
4) Prega que Jesus é o arcanjo Miguel;
e) Prega que a observância do domingo será o sinal da Besta;
5) Prega que a inobservância do sábado semanal é motivo de
perdição;
6) Prega que os que não se abstêm de café, coca-cola, presunto,
mortadela, salame, camarão, lagosta, carne de porco... estão
perdidos; Aliás, Ellen White, a papisa desse movimento, proibiu todo
e qualquer tipo de carne, sob a alegação de que o fazia por ordem
divina;
7) Não considera os evangélicos como aliados, mas sim, como um
Campo Missionário, no qual investe com afinco e muito tato,
empreendendo nos conquistar para o Adventismo;
8) Prega que os pastores evangélicos reproduzem mensagem de
Satanás;
9) Prega o chamado “sono da alma”;
10) Nega a imortalidade da alma;
11) Nega o tormento eterno para o Diabo, os demônios e os homens
que se perderem;

8
12) Prega que só a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a única que
teria a verdade, seria a verdadeira Igreja, a única Esposa do
Cordeiro;
13) Prega que Jesus Cristo era portador da natureza pecaminosa,
comum a todos os descendentes de Adão;
14) Na profissão de fé consta que o candidato ao batismo confesse
que crê no “espírito de profecia”, isto é, na inspiração divina dos
escritos de Ellen White;
15) Prega que os pecados dos verdadeiros cristãos serão castigados
e expiados na pessoa do Diabo etc..
A revista Adventista de junho de 2002 afirma à página 8 (oito)
que “eruditos evangélicos reconhecem a Igreja Adventista do Sétimo
Dia como uma denominação genuinamente cristã”. Infelizmente isso
é verdade. Essa era também a infeliz opinião do autor destas linhas.
Tal se dá porque os adventistas são tão sutis que conseguem
enganar até peritos bíblicos. Este autor, porém, já se libertou desse
engano. Oxalá o caro leitor não seja a próxima vítima. E, se você já
é uma vítima desse movimento espúrio, que se liberte em nome de
Jesus.
Se conseguirmos provar que a exposição acima não é calúnia,
ficará claro que o Adventismo não é cristão. E é isto que
empreendemos demonstrar nesta obra.
Não duvidamos que o prezado e respeitável leitor esteja
suspeitando da possibilidade de provarmos o que dissemos acima.
Todavia, esteja certo que podemos sim, provar que não estamos
caluniando. É razoável concluirmos que ninguém ousaria fazer tão
graves denúncias sem estar devidamente documentado. Atente para
o fato de que nossas denúncias são facilmente verificáveis, pois
informamos nossas fontes, indicando os nomes das obras literárias
das quais fazemos as transcrições, bem como suas páginas, editoras
e suas respectivas datas de edição. Além disso, sabemos que calúnia
é crime e dá cadeia e outras punições. Logo, se não temêssemos a
Deus, temeríamos pelo menos a justiça dos homens.
Este autor não aborda neste livro todos os argumentos que os
adventistas apresentam no intuito de defenderem suas heresias. Por
este motivo sugerimos que os nossos leitores consultem as obras
evangélicas constantes da BIBLIOGRAFIA

9
Há várias ramificações no Adventismo, mas nesta obra só
consideramos o Adventismo do Sétimo Dia.

10
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO

O Adventismo do Sétimo Dia nasceu assim: No início do


século XIX, um batista chamado William Miller, em Nova Iorque,
Estados Unidos, “baseando-se” em Dn. 8:13,14, proclamou que
Cristo voltaria à Terra em 1843. Diante do fracasso, Miller efetuou
novos cálculos e concluiu que havia cometido um pequeno equívoco,
e a nova data prevista para a vinda de Cristo à Terra, seria o dia
21/03/1844. Diante do novo fracasso, a próxima data foi o dia 22 de
outubro daquele mesmo ano. Ao sofrer mais essa decepção, Miller
reconheceu que estava equivocado e, arrependido, voltou à sua
igreja, onde permaneceu fiel ao Senhor até à sua morte, aos 67 anos
de idade, em 20/12/1849.
Quando as três previsões de Miller falharam e ele reconheceu
seu erro publicamente, os seus cem mil adeptos se debandaram
quase todos. Porém, alguns se uniram e, em 28 de setembro de
1860 organizaram a “igreja” que hoje se conhece pelo nome de
Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Devido a esse vergonhoso passado, os adventistas, como que
desconfiados, disseram: “Somos Adventistas do Sétimo Dia.
Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: Não!
Não! Não nos envergonhamos” (Administração da Igreja, página 26,
CPB). Ora, ora, não estamos perguntando nada.
Desse movimento Millerista nasceram outros grupos religiosos:
Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do 7º Dia
(Movimento de Reforma), Igreja Adventista do Sétimo Dia
11
(Movimento de Completa Reforma), Igreja Adventista do Sétimo Dia
Remanescente etc. Não é exorbitante afirmar que a seita
Testemunhas de Jeová também nasceu do movimento Millerista,
visto que Russell, após romper com a Igreja Presbiteriana (onde
nascera) e ir para a Igreja Congregacional, emigrou-se para a Igreja
Cristã do Advento (uma das ramificações do Movimento Millerista),
de onde também saiu para fundar sua própria religião.
Três pessoas tiveram papéis importantes na formação dessa
nova “igreja”: Hiran Edson, segundo o qual Miller errara quanto ao
local da vinda de Cristo, não quanto à data, afirmou que naquele ano
(1844) iniciara a purificação do Santuário Celestial (o que
refutaremos no sétimo capítulo); Joseph Bates, ardoroso defensor da
guarda do sábado; e a famosa Ellen White que, dizendo-se
possuidora do dom de profecia, apoiou Hiram Edson e Joseph Bates,
com suas “profecias e visões sobrenaturais”, por cujo motivo os
adventistas crêem até hoje que os livros dessa visionária são tão
inspirados quanto a Bíblia, como veremos em 9.1.

12
CAPÍTULO II
A RESPEITO DO SÁBADO

2.1. Considerações Preliminares

O s adventistas do sétimo dia dividem a Lei em várias. As três


principais divisões são: Lei Moral e Lei sanitária (às quais chamam
também de Lei de Deus) e Lei de Moisés, que é a parte cerimonial
da Lei. Crêem que as Leis Morais e Sanitárias não foram abolidas por
Cristo, por cujo motivo afirmam que nós, os cristãos, temos que
abstermos do roubo, do homicídio, do adultério, da carne de porco,
de bagre etc. Porém crêem que Cristo aboliu a Lei de Moisés (ou Lei
cerimonial), e que, portanto, não é necessário observarmos a
páscoa, o pentecostes, a circuncisão, os sacrifícios de animais, etc.
Os adventistas guardam o sábado semanal porque crêem que
OS DEZ MANDAMENTOS são, sem exceção, morais, embora não
ensinem que os mandamentos morais estejam contidos somente no
¹Decálogo. Sim, eles crêem que os mandamentos morais estão
distribuídos em toda a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse; e que o
Decálogo é uma síntese dos mesmos.
Para se ver que de fato os adventistas dividem a Lei em Lei de
Moisés e Lei de Deus, basta ler o panfleto intitulado Leis em
Contraste, editado pela CPB_Casa Publicadora Brasileira, que é a
editora deles. Também o livro adventista intitulado Subtileza do Erro,
tenta nos convencer que a Lei Sanitária está de Pé. É por acreditar
nisso que os adventistas se portam não só como evangelistas, mas
também como nutricionistas, recomendando rigorosa dieta
alimentar, como veremos no capítulo 3.
13
Não obstante os adventistas pregarem muitas doutrinas em
desacordo com a Palavra de Deus, neste livro refutaremos apenas
algumas. E a guarda do sábado é a primeira da série. O porquê
deste nosso proceder é que, dos equívocos por eles defendidos, a
observância do sétimo dia da semana é o mais enfatizado. Portanto,
quem, com a Bíblia na mão, souber provar como dois mais dois são
quatro, que o quarto mandamento do Decálogo não consta do Novo
Testamento, estará prestando um grande serviço ao Reino de Deus.
Não queremos condenar os sabatistas por guardarem o
sábado, pois a Bíblia diz categoricamente que os cardápios e os dias
da semana não devem separar os cristãos. Mas a grande maioria
dos adventistas, com os quais temos dialogado, não pensa assim.
Pudemos ver claramente que eles têm dúvidas da salvação dos
evangélicos que não guardam o sábado. E isso é perigosíssimo!
Ninguém será condenado por Deus pelo fato de guardar ou não este
ou aquele outro dia, mas quem acha que a inobservância do sábado
ou de qualquer outro dia, leva à perdição eterna, está, em franco
desrespeito para com a tolerância recíproca que o Espírito Santo
recomenda aos membros da Igreja, fazendo do sábado a sua tábua
de salvação e se autocondenando. Senão, vejamos:
“Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os
escrúpulos. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco,
come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e
quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu.
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele
está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor
para o firmar.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos
os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria
mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem
come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não
come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum
de nós vive para si, e nenhum morre para si. Pois, se vivemos, para
o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte
que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Porque foi
para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor
tanto de mortos com de vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou
tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de
14
comparecer ante o tribunal de Deus. Porque está escrito: Por minha
vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda
língua louvará a Deus. Assim, cada um de nós dará conta de si
mesmo a Deus.
Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o
vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Eu
sei; e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo
a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo.
Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas
segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele
por quem Cristo morreu. Não seja, pois, censurado o vosso bem;
porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na
justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Pois quem nisso serve
a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Assim, pois,
sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para
a edificação mútua. Não destruas por causa de comida a obra de
Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar
motivo de tropeço pelo comer. Bom é não comer carne, nem beber
vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece. A fé que
tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado
aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas
aquele que tem duvidas, se come está condenado, porque o que faz
não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado” (Rm.
14, Versão Revisada)
Guardando ou não o sábado, se nos valermos unicamente da
cruz de Cristo, seremos salvos; e conhecemos muitos sabatistas que
pensam assim também, e com estes temos mantido plena comunhão
espiritual. Por que não? Nenhuma divergência pode, ou não deve,
separar aqueles que convergem no Calvário (Sl. 133). Não
permitamos que os pontos de vista adversos separem aqueles que a
cruz de Cristo uniu; portanto, se os sabatistas, além da guarda do
sábado e do cardápio judaico por eles observado, quiserem guardar
também a páscoa, o pentecostes, a circuncisão, o jubileu, a lua nova
etc., que o façam. Estas coisas, apesar de erradas, não os levarão ao
inferno, se não tentarem se salvar através delas ou de uma delas.
Porém, ao se valerem dessas coisas para se salvarem, serão
condenados. E é a Bíblia que ensina assim. Por exemplo, o apóstolo
Paulo, não obstante haver circuncidado Timóteo (At 16.1-5) e dito
15
que a circuncisão e a incircuncisão são ineficazes (I Co. 7.18-19; Gl.
5.6), assegurou que se os gálatas se circuncidassem seriam
condenados (Gl. 5.2-4). Aparentemente este apóstolo foi incoerente.
Sim, porque se a circuncisão não tem valor algum, por que ele
circuncidou Timóteo? Também por que disse que se os gálatas se
deixassem circuncidar, seriam condenados? Timóteo se perdeu? E
quem o pôs no caminho da perdição foi o apóstolo Paulo? Como se
explica estas aparentes contradições? A resposta é a seguinte: Paulo
circuncidou Timóteo tão-somente para não escandalizar os judeus
ignorantes e assim ganhá-los para Cristo (I Co 9.19-23), mas os
gálatas se circuncidavam para se salvar. Eles haviam sido enganados
pelos que diziam: “...se vos não circuncidardes, conforme o uso de
Moisés, não podeis salvar-vos” (At. 15.1b). Isto é mais que suficiente
para provar que, se dissermos que os sabatistas têm que pararem de
guardar o sábado para se salvarem, iremos para o inferno; e que os
sabatistas para o inferno irão, se disserem que estamos condenados,
por não guardarmos o sábado. O porquê de tudo isso é que não
podemos ignorar duas coisas, sob pena de sermos condenados para
sempre; 1a.) Cristo salva; 2a.) Só Cristo salva. Portanto, não nos
basta apegarmos a Cristo, temos que fazer algo mais, a saber, temos
que apegarmos SÓ a Cristo. O Salvador não tem sócio (At 4.12); Ele
não aceita nos dividir com pessoa ou coisa alguma. Ele nos quer só
para si; é tudo ou nada (Mt. 12.30; Lc. 16.13). Logo, acautelemo-
nos para não tentarmos ser de Cristo e do sábado, ou de Cristo e do
domingo.
A observância de um ou mais dias de repouso semanal pode
ser, ou uma coisa salutar, ou uma infantilidade, ou ainda um grave
pecado. É uma coisa salutar ao corpo e à alma, quando, sem
atribuirmos a isso valor salvífico, o fazemos só para descanso,
adoração e proclamação do Evangelho; é uma infantilidade
relativamente inofensiva, quando pensamos que Deus mandou
observá-lo, embora admitamos paralelamente que a sua
inobservância não conduza à perdição; e é um grave pecado quando
fazemos de um dia de guarda motivo de salvação ou de perdição.
Conformemo-nos, pois, às recomendações contidas em Rm. 14;
porquanto agir de outra maneira equivale a subestimar o precioso
sangue de Jesus, dando-lhe um coadjuvante. E esse ato é uma
afronta à Trindade Santa que se mobilizou para, por intermédio do
16
sacrifício vicário de Jesus, mudar a nossa sorte e nortear as nossas
vidas.

2.2. O Sábado no Novo Testamento?!

Os adventistas alegam que o Novo Testamento manda


observar o sábado; e, para “provarem” isso, citam várias passagens
neotestamentárias, das quais consideraremos algumas neste tópico:
a) .Lc. 23.56b: “E no sábado descansaram, segundo o
mandamento”. Alegam os adventistas que o fato desta referência
bíblica constar do Novo Testamento prova que os cristãos primitivos
consideravam a guarda do sábado um mandamento. Mas, se este
“argumento” fosse válido, deveríamos praticar a circuncisão e os
sacrifícios de animais, pois está escrito em Lc 2.21-24 (e, portanto,
no Novo Testamento também), que José e Maria circuncidaram a
Jesus e ofereceram os sacrifícios em obediência ao que determina a
Lei do Senhor;
b) Lc. 4.16: “... entrou num dia de sábado, na sinagoga,
segundo o seu costume ...”. O fato de Jesus ter o costume de ir às
sinagogas em dia de sábado, não prova que nós, os cristãos,
tenhamos que fazer o mesmo, pois Gl. 4.4-5 diz que Ele nasceu sob
a Lei, para resgatar os que ESTAVAM (no passado) sob a Lei; logo,
Jesus fez coisas que nós não precisamos fazer. Ele participou da
páscoa (Mt 26. 7-9). Por que os sabatistas não observam a páscoa
também? Os sabatistas têm visão de águia, para enxergarem textos
bíblicos que parecem favorecê-los, mas não vêem os textos que,
com clareza, refutam as suas doutrinas. Por exemplo, está escrito
que Jesus quebrantava ou violava o sábado (Jo 5.18); esta
referência diz que as razões pelas quais os judeus queriam matar a
Jesus eram duas: 1a.) Ele, dizendo que Deus era o Seu próprio Pai,
se fazia igual a Deus; 2a.) Ele violava o sábado. O contexto diz que
Jesus MANDOU um homem transportar o seu leito em dia de sábado,
e isto é, de fato, quebrar um dos mandamentos da Lei, já que até
acender fogo no dia de sábado era proibido (Ex. 35.3);
c) Os sabatistas adoram citar At 13.14,42,44; 17.2 e outras
passagens bíblicas, nas quais encontramos os apóstolos Paulo e
Barnabé indo às sinagogas, aos sábados, para evangelizar; pensam
17
eles que o faziam aos sábados porque guardavam o sétimo dia da
semana em obediência à Lei de Deus. Mas a verdade é que os
apóstolos estavam aproveitando a oportunidade. Aos sábados os
judeus se reuniam nas sinagogas, e contatá-los lá era prudente.
Além disso, os apóstolos estavam dispostos a até mesmo guardar o
sábado, se isso se fizesse necessário à salvação dos judeus (I Co.
9.19-23). A prova disso é que o apóstolo Paulo fez o voto de nazireu,
prescrito em Nm 6.1-21, isto é, ficou cabeludo (?) e depois rapou a
cabeça (At 18.18); circuncidou Timóteo (At 16.1-5); e esforçou-se
para passar o dia de Pentecostes em Jerusalém (At. 20.16). Por que
os adventistas não rapam suas cabeças, não se circuncidam e
observam a festa de Pentecostes, já que o apóstolo Paulo fez todas
estas coisas? À luz de I Co. 9.19-23, Paulo fez isso para não
escandalizar os judeus ignorantes e assim ganhá-los para Cristo.
Ora, Paulo não guardou o sábado, mas se o tivesse guardado,
ninguém poderia se valer disso para dizer que é da vontade de Deus
que a Igreja o observe ainda hoje.
d) I Jo. 5.3; Ap. 12.7. É verdade que o Novo Testamento diz
que temos que guardar os mandamentos, mas estes mandamentos
não são os do Antigo Testamento. Logo, esta “base”, sobre a qual os
adventistas se apóiam, também não é sólida;
e) II Co. 3.14 diz categoricamente que o Velho Testamento
está abolido por Cristo; mas os adventistas citam Mt. 5.17,18 para
“provarem” que a Lei Moral está de pé. A verdade, porém, é que
Cristo aboliu toda a Lei, ou seja, todo o Pentateuco, incluindo o
Decálogo. Mas como entender isso? Da seguinte maneira: Quando
Jesus disse que “até que o Céu e a Terra passem, nem um i ou um
til, jamais passará da Lei até que tudo se cumpra”, não estava
dizendo que a Lei não passaria e, sim, que só passaria depois de
cumprida. O sábado, a circuncisão, a páscoa, o Pentecostes, o
jubileu, a lua nova, etc., passaram, depois de Cristo os cumprir na
cruz. Que passaram está claro, pois até os sabatistas sabem disso,
visto que eles também não guardam os preceitos acima, com
exceção do sábado, o que é incoerência;
f) Os sabatistas alegam que Mt. 5.17,18 é uma referência à
Lei moral, e não à Lei Cerimonial; isto dizem para guardarem o
sábado e o cardápio judaico, sem observarem os demais preceitos
da Lei e não passarem por incoerentes. Mas a palavra “lei” na Bíblia
18
se refere a todo o Pentateuco. Por exemplo, em Lc. 2.23 se diz que
os sacrifícios de animais constam da Lei do Senhor; e este preceito é
um dos mandamentos morais?;
g) Em Ap. 1.10 está exarado que o apóstolo João foi
arrebatado no dia do Senhor. Os adventistas acham que esse dia é o
sábado, mas na verdade trata-se do domingo. A questão é que,
embora o Novo Testamento não determine nenhum dia de guarda,
os cristãos primitivos, por livre e espontânea vontade, decidiram
dedicar o primeiro dia da semana a Deus, em comemoração à
ressurreição de Cristo que, segundo a Bíblia, ocorreu no primeiro dia
da semana (Mc. 16.9).
O fato de a Bíblia mostrar os cristãos primitivos celebrando a
Santa Ceia do Senhor e separando suas ofertas aos domingos (At.
20.7; I Co. 10.1,2), é algo a que apegarmos. Por que faziam isso aos
domingos? O que há de especial nesse dia? Nada, certamente, pois
esse dia é um dia como outro qualquer; porém, nele ocorreu algo
mais importante do que a criação do Universo, a saber, o triunfo de
Cristo sobre a morte e a nossa justificação (Rm. 4.25). Porque Cristo
ressuscitou no domingo, eles tinham predileção por este dia; porque
tinham predileção por este dia, nele se reuniam; e porque nele se
reuniam, a celebração da Santa Ceia e o ofertório nele se
concretizavam.
Como se pode ver, os adventistas estão “bem” calçados.
Dividindo a Lei em três partes (moral, sanitária e cerimonial) e
dizendo que as leis morais e sanitárias ainda estão de pé, eles
conseguem ser incoerentes sem que aparentem sê-lo. Guardam
apenas uma parte da Lei e dizem que quem o faz somos nós, que
não guardamos o sábado; porém, a verdade é que nós não
guardamos a Lei, nem parcial, nem integralmente. Nós estamos
noutra; nós estamos no Novo Testamento. E o Novo Testamento não
é o Velho Testamento remendado, consertado, reformado, pintado,
etc. Não! O Novo Testamento não é o Velho Testamento
transportado de lá para cá. O Novo Pacto é novo. Nós nos abstemos
do furto, do homicídio, da idolatria, da feitiçaria, não porque o Velho
Testamento proíbe estas coisas e, sim, porque o Novo Pacto que
Cristo fez com a Igreja contém estes deveres; caso contrario,
seríamos tão incoerentes quanto os adventistas. Saibam os
adventistas que a Igreja tem um novo “não matarás” e um novo
19
“não adulterarás”. O “não adulterarás” do Novo Testamento é
diferente do “não adulterarás” do Decálogo. O “não adulterarás” do
decálogo só proibia a cobiça à mulher do próximo. O decálogo não
proibia a um homem casado de namorar outras mulheres _ desde
que estas fossem ou solteiras, ou viúvas, ou divorciadas _ , pedir
suas respectivas mãos em casamento e casar com elas. Logo, o
decálogo permitia o que o Novo Testamento proíbe, sob pena de
condenação eterna. Isto prova que Deus nos deu sim, um novo “não
adulterarás”, já que o primeiro não retratava a vontade absoluta de
Deus, e sim, a Sua vontade permissiva. Além disso, o decálogo não
dava às mulheres o direito de também se casarem com vários
homens simultaneamente. É óbvio que essa discriminação era uma
adequação ao sistema Patriarcal de então, demonstrando apenas a
vontade permissiva do Senhor. Salta, portanto, aos olhos que o
Antigo Testamento, do qual o Decálogo era parte integrante, era
apenas a base de algo melhor que estava por vir: o Novo
Testamento. Neste, Deus não dá às mulheres o direito de ter muitos
cônjuges, visto que um erro não justifica o outro, mas tira do
homem o direito de fazê-lo.
Temos também na Nova Aliança um novo “não matarás”.
Deveras o “não matarás” do Novo Testamento é diferente do “não
matarás” do Antigo Testamento. Na vigência da Lei de Moisés, matar
pecadores como adúlteros, blasfemos, feiticeiros, idólatras,
profanadores do sábado, etc., não era homicídio. No Novo
Testamento, porém, quem executar qualquer desses pecadores,
estará cometendo assassinato e, portanto, pecando. Então, o nosso
“não matarás” não permite o que o “não matarás” dos judeus
permitia. O Novo Testamento não privou o Estado de usar a força
policial, mas esta medida só é justificada quando em defesa da
ordem pública e/ou para manutenção da soberania nacional (Rm
13:1-7).
A Lei de Deus sempre foi santa, justa e boa, mas às vezes Ele
não legisla sobre um determinado assunto para, deste modo _crêem
renomados teólogos_ levar o homem a concluir por si mesmo que tal
situação sobre a qual Ele se silenciou, não é o melhor para nós. É o
caso da poligamia e do concubinato que nunca foram ordenados por
Deus, mas tolerados durante séculos, até que Deus deu um basta a
essa permissividade. A partir daí, ter mulheres secundárias (isto é,
20
concubinas), sejam elas escravas ou cativas, como as tiveram
Abraão, Jacó, Davi, etc., é ser adúltero (1Tm 3:2; 1Co 7:2). Logo, o
nosso “não adulterarás” proíbe o que o “não adulterarás” dos judeus
permitia, o que prova que Deus não transportou para o Novo
Testamento, o “não adulterarás” da Lei, mas sim, que nos deu um
novo “não adulterarás”, distinto e diferente do “não adulterarás”
do Velho Testamento. Sim, distinto e diferente. Distinto porque
não é o mesmo, e diferente por que não é igual (perdoe-me esta
redundância que só exibe o óbvio).
(No capítulo seguinte damos maiores informações acerca do que
dissemos nos últimos quatro parágrafos acima).
Os adventistas alegam que, se a Lei moral tivesse sido abolida
de fato, os evangélicos estariam livres não só para não observar o
sábado, mas também para matar, roubar, caluniar, prostituir etc..
Mas eles esquecem que a “Lei de Cristo” (I Co. 9.21), sob a qual
está a Igreja, proíbe a prática dessas coisas. Os cristãos não se
prostituem em obediência ao Pacto de Deus com os judeus e, sim,
em obediência à Nova Aliança celebrada entre Cristo e a Igreja (I Co.
9.21; Hb. 12.24). Além disso, a Lei de Cristo está plasmada na alma
do cristão, tornando-se mais um princípio do que um conjunto de
normas.
Nenhum mandamento do Velho Testamento foi transportado
para o Novo Testamento. Muitos (não todos) foram repetidos, mas
nenhum foi transportado de lá para cá. Repetimos: “O Novo é novo”;
os preceitos do Novo Testamento existem independentemente de
terem ou não existido no Antigo Testamento. Qualquer semelhança é
mera coincidência (veja maiores informações sob o cabeçalho O
Sábado e os Coríntios).

2.3. O Sábado e os Gálatas

Aos gálatas escreveu o apóstolo Paulo: “Outrora, quando não


conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses;
agora, porém, que já conheceis a Deus, ou melhor, sendo
conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos
fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e
meses, e tempos, e anos. Temo a vosso respeito não haja eu
21
trabalhado em vão entre vós” (Gl. 4.8-11 - Versão Revisada). Nesta
passagem bíblica o apóstolo Paulo chama a observância de “dias,
meses, tempos e anos”, de “rudimentos fracos e pobres” e declara
não duvidar da perdição dos que a isso se apegam, quando afirma:
“Estou receoso de haver trabalho em vão entre vocês” (Gl. 4.11).
Aparentemente, este texto colide com Rm. 14, onde o apóstolo Paulo
deixa claro que ninguém se perde pelo simples fato de optar pela
observância de um determinado dia, por cujo motivo isso não deve
servir de pretexto para nos fracionarmos. Mas a verdade solene é
que a Bíblia é um todo coerente, e este problema se resolve
informando que os gálatas estavam se deixando levar pelos
judaizantes que apresentavam estas coisas como tábuas de
salvação. Este caso é similar ao que se deu em relação à circuncisão.
Como já vimos, Paulo circuncidou Timóteo, mas repreendeu os
gálatas por estarem se circuncidando; como também deixou claro
que a guarda de um dia não é motivo de condenação, embora não
negue que receava perder o trabalho que ele tivera quando levara o
Evangelho à Galácia, por estarem agora os gálatas, que se diziam
cristãos, guardando dias. O problema não estava na guarda do dia,
mas na finalidade com que o guardavam.
Em termos simples, o que Paulo disse aos gálatas foi o
seguinte: “Quando vocês não conheciam a Deus, vocês serviam aos
ídolos; mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo conhecidos
por Deus, como voltam a essas coisas primárias, fracas e pobres, às
quais novamente querem servir? Vocês estão guardando dias,
meses, tempos e anos, por julgarem estas coisas indispensáveis para
salvação. Isto me faz ficar receoso de haver perdido todo o trabalho
que eu tivera para evangelizar e doutrinar a vocês, pois este
procedimento leva á perdição”. Assim, podemos perceber que a
guarda de um determinado dia (no caso, o sábado) pode não ser
“uma simples infantilidade inofensiva praticada pelos adventistas”,
como erroneamente supõem alguns evangélicos mal informados. O
Sabatismo é perigoso; ele bem pode ser uma artimanha de Satanás
para nos pôr a perder, embora já tenhamos deixado claro que
estamos convictos de que nem todos os sabatistas são perdidos.
Sim, há muitos adventistas inegavelmente salvos pelo sangue de
Jesus. Estes carecem tão-somente de maiores esclarecimentos (At.
18.26).
22
Os adventistas alegam que os dias que Paulo desaconselhou os
gálatas a guardarem não são uma referência ao sábado semanal;
mas o fato de o apóstolo Paulo não dar nome a esses dias, prova
que o cristão não pode guardar dia algum, julgando-o indispensável
à salvação.
Satanás tudo faz para não fitarmos o Gólgota. Para isto ele usa
recursos diversos, como a idolatria, a feitiçaria, o ateísmo, o
materialismo, as orgias sexuais, a embriaguez, o paganismo, as vãs
filosofias etc.; inclusive procura nos entreter com a guarda de um
determinado dia e até mesmo com AS BOAS OBRAS. Estas, segundo
a Bíblia, são importantíssimas, mas não podem salvar. Aquele que
tenta se salvar através das boas obras, se perderá; e aquele que
pensa que é salvo, mas não as faz, está enganando-se a si mesmo
(Ef. 2.8-l0; At. l0 e 11; Tt. 2.14; II Tm. 1.9; Rm. 11.6). Quem não
faz boas obras não esta salvo, mas o motivo pelo qual está perdido,
não é porque não faz boas obras mas, sim, não faz boas obras
porque não está salvo; pois, se estivesse salvo, as faria. Não as faria
para se salvar, mas as faria por ser salvo. Ora, se até mesmo com as
BOAS OBRAS, às quais devemos nos dedicar de corpo e alma, não
podemos nos entreter com prejuízo do Calvário, que será daqueles
que, subestimando o precioso sangue de Jesus, se entretem com
obras obsoletas, anuladas por Jesus na Cruz, como é o caso da
guarda do sábado? Pensem nisso e repensem, os adventistas
sinceros! Sabemos que muitos sabatistas não barganharam a cruz de
Cristo pelo sábado, mas o apreço a este mandamento que caducou
no Gólgota pode torná-los presas fáceis do engodo satânico.
Cuidado! Afastem-se desse abismo! A queda será fatal!

2.4. O Sábado e os Colossenses

Na epístola de Paulo aos colossenses, capítulo dois, versículos


dezesseis e dezessete, podemos ler o que se segue: “Ninguém pois
vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa,
ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas
vindouras; mas o corpo é de Cristo”. Esta passagem bíblica deveria
ser mais que suficiente para provar que os cristãos não precisam
guardar o sábado, pois diz textualmente que os sábados e outros

23
preceitos como lua nova, dias de festa, etc. eram sombras ou tipos
das realidades vividas hoje por nós, no Novo Testamento. Mas os
adventistas “refutam” a este argumento dizendo na obra intitulada
Estudos Bíblicos, editada pela CPB,página 378, que os sábados aí
mencionados não são os sábados semanais e sim, as festas judaicas,
como a páscoa, o pentecostes, o jubileu, a lua nova etc. Mas eles
precisam atentar para o fato de que se assim fosse, nenhuma
necessidade haveria do apóstolo Paulo dizer que ninguém pode nos
condenar, por não estarmos observando os dias de festa e os
sábados. Observemos que o apóstolo diz que ninguém pode nos
julgar pelo que comemos ou deixamos de comer, pelo que bebemos
ou deixamos de beber, por causa dos DIAS DE FESTA, ou de lua
nova, ou de SÁBADOS. Logo, as festas e os sábados sãos distintos,
ou seja, uma coisa não é a outra. E se são coisas distintas (embora
seja verdade que as festas ou solenidades judaicas são chamadas de
sábados no original hebraico), os sábados aqui referidos por Paulo
são, necessariamente, os sábados semanais.
Os adventistas “respondem” a este argumento dizendo que “a
lua nova também era dia de festa, e, não obstante, o apóstolo
destacou os dias de festa da luz nova”. Querem dizer com isso que
“assim como a lua nova era um dia de festa como os demais dias
festivos, mas o apóstolo a destacou dos demais, também os sábados
mencionados em Cl. 2.16 são as festas judaicas, não obstante
estarem destacados dos demais dias festivos”. Alegam que se trata
duma repetição, para reforçar a idéia. Por que a interpretação tem
que ser essa? Essa “hermenêutica” é a única admissível?.
A razão pela qual Paulo destaca a lua nova dos demais dias
festivos é porque as solenidades da lua nova se concretizavam todos
os meses do ano. Ora, por mais solene que seja, algo que se faz
todos os meses não pode ser considerado festa, no sentido pleno da
palavra. Todos os assembleianos estão convictos que a festa magna
do Cristianismo é a Santa Ceia do Senhor. Não obstante, se o leitor
for a um de nossos templos em dia de Santa Ceia e nos perguntar:
“Há festa hoje?” nós lhe responderemos: “Não”. Embora em seguida
o pastor possa anunciar do púlpito: “Hoje estamos celebrando a
maior festa do Cristianismo, a saber, a Ceia do Senhor, a qual tem
por finalidade fazer com que não olvidemos do que o nosso Redentor
fez por nós na cruz!”. E não há em tudo isso nenhuma contradição.
24
Além disso, cada culto é, a bem-dizer, uma festa, apesar de não sê-
lo no significado maior desta palavra. Sim, a Santa Ceia do Senhor é
uma solenidade estupenda, mas como a celebramos amiúde, isto é,
duas vezes por mês, não a chamamos de festa, exceto quando
queremos salientar a sua importância.
Como já está claro, os sábados são chamados de sombras dos
bens futuros. Os sabatistas concordam que tudo quanto era sombra
foi abolido por Cristo. Este é o motivo pelo qual também não se
circuncidam, não observam o ano sabático, não sacrificam animais a
Iavé, e assim por diante. Ora, só lhes falta agora abrirem mão do
sábado semanal, e do cardápio judaico, já que, segundo a Bíblia, as
prescrições a respeito das comidas, das bebidas, dos dias de festa,
da lua nova, e dos sábados, também são sombras dos bens futuros,
isto é, tipos, que se findaram quando os seus antítipos chegaram.
Os sabatistas alegam que o sábado semanal não pode ser
sombra, pois foi estabelecido antes da entrada do pecado no mundo
(Gn 2.2-3). Quanto a isso, porém, eles necessitam atentar para três
coisas:
” Primeira: Que os sábados eram sombras, é a Bíblia que o
diz textualmente e, portanto, não se trata de uma inferência ou
dedução que possa ser julgada pelos nossos interlocutores. A Bíblia
dá, ou não, a ultima Palavra? Estamos sendo norteados pela Bíblia
ou pelas nossas próprias razões?
” Segunda: Talvez o sábado não tenha sido sombra
inicialmente, mas, sem duvida, foi integrado ao conjunto de normas
constituintes do Pacto firmado entre Deus e os judeus, como
sombra; e é a Bíblia que o diz. Podemos refutar ao que está
claramente exarado nas páginas do Livro dos livros?
” Terceira: Onde está escrito que Deus não poderia instituir
uma sombra dos bens futuros, antes da entrada do pecado no
mundo? Os que respondem dizendo que não está escrito, mas é
óbvio, certamente ignoram que Deus é presciente e previdente. A
Bíblia, porém, deixa claro que a entrada do pecado no mundo não
pegou Deus de surpresa e desprevenido; senão, examine estas
referências bíblicas: II Tm. 1.9; Ef. 1.4; I Pe. l.2; Ap. 13.8; 17.8; Is.
46.l0; etc..
A maneira paulina de alistar os dias de festa, a lua nova e os
sábados é antiga, pois consta do Velho Testamento; para provar isso
25
transcrevemos aqui I Cr. 23.31, II Cr. 31.3 e Is. 1.13-14,
respectivamente:
“E oferecerem continuamente perante o Senhor todos os
holocaustos, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, segundo
o número ordenado”;
“A contribuição da fazenda do rei foi designada para os
holocaustos: os holocaustos da manhã e da tarde, os holocaustos
dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na
Lei do senhor”;
“Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim
abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de
assembléias... não posso suportar a iniqüidade e o ajuntamento
solene! As vossas luas novas, e as vossas festas fixas, a minha alma
as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer”.
Como se pode ver, lendo as transcrições acima, a lua nova,
embora sendo também um dia solene entre os judeus, sempre foi
destacada das festas fixas. Paulo não foi o primeiro a usar este
critério, e um razoável motivo para as coisas serem assim é o fato de
que se tratava duma solenidade que se concretizava amiúde: era um
cerimonial mensal.
Certo adventista argumentou que o fato do vocábulo sábado
estar grafado no plural (sábados), prova não se tratar do sábado
semanal, e sim das festas judaicas. Não cremos que os líderes dos
adventistas usariam um “argumento” tão frágil; isto porque até hoje
pronunciamos os dias da semana no plural, em frases como estas:
“O programa tal irá ao ar aos sábados, das 15:00 às 16:00 h”;
“Sempre estaremos aqui aos domingos pela manhã”; “Às quartas-
feiras o Dr. Fulano estará atendendo no hospital tal”.
Uma pergunta que certamente ajudará os adventistas a
enxergarem que realmente os sábados de Cl. 2.16 são semanais é:
Como um sacerdote do Velho Testamento, séculos antes do
nascimento de Cristo, interpretava I Cr. 23.31? Ele tinha que saber o
certo, pois era ele quem tinha a incumbência de oferecer os
sacrifícios ali prescritos, segundo o número ordenado. Será que ele
não estaria equivocado se não oferecesse os holocaustos dos
sábados semanais por achar que os sábados, nesse caso, eram as
festas fixas e as luas novas? Pensem nisso os adventistas sinceros!
Se o leitor perguntar aos rabinos se os sábados de I Cr 23.31 são
26
semanais, seguramente dirão que sim. E cremos piamente que se
esta pergunta fosse formulada aos mais piedosos sacerdotes alguns
séculos antes do nascimento de Jesus, todos eles diriam o mesmo.
Não é possível chegar-se a uma conclusão contrária. Duvidaríamos
da sinceridade daqueles que dissessem que, nas suas opiniões, os
sábados de I Cr 23.31 não são semanais. E se em I Cr. 23.31 os
sábados são semanais, então os de Cl 2.16 também são. E se são, os
sábados semanais eram sombras; e, se eram sombras, passaram-se.
Cremos que a Bíblia deixou claro para todos nós que o sábado
era sombra, e se era sombra morreu na cruz, foi sepultado no
pentecostes e jamais ressuscitou. Os sabatistas tentam reanimá-lo,
mas ele não reage. E como amam-no apaixonadamente, transportam
sobre os ombros esse defunto tão pesado; mas este livro tem por
objetivo encorajá-los a sepultarem esse defunto que já foi velado em
demasia.

2.5. O Sábado e os Coríntios.

Em II Co. 3.6-16 podemos ler o que se segue: “O qual nos fez


também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da
letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica”. E,
se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em
glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos
na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era
transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito?
Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais
excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi
glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta
excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória,
muito mais é em glória o que permanece.
Tendo, pois, tal esperança, usamos de muito ousadia no falar. E
não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para
que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo
que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque
até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho
Testamento, o qual foi por Cristo abolido. E até hoje, quando é lido

27
Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se
converterem ao Senhor, então, o véu se tirará” (Edição Revista e
Corrigida).
No texto acima transcrito, o Decálogo é chamado de
“ministério da morte” (7a) e de “ministério da condenação” (9a);
enquanto que o Novo Testamento é chamado de “ministério do
Espírito” (8) e de “ministério da justiça” (9b). Do Decálogo se diz que
“veio em glória” (7) e do Novo Testamento se diz que “é de maior
glória” (8) e que “excederá em glória” (9b). Do Decálogo se diz que
“era transitório” (11a; 13b; 7b), isto é, estava de passagem, ou seja,
era provisório; e do Novo Testamento se diz “que permanece” (11b).
Do Decálogo se diz que “foi por Cristo abolido” (14b), mas do Novo
Testamento se afirma, como dissemos e repetimos, “permanece”.
Esta porção das Escrituras Sagradas deixa os adventistas num
beco sem saída. Sempre que lhes mostramos que a Lei foi abolida
por Cristo, eles alegam que “não se trata da Lei de Deus, da qual o
Decálogo é um resumo; e sim, da Lei de Moisés, cujos preceitos são
cerimoniais e, portanto, sombras das realidades porvir”. Mas agora
eles não podem dizer isto, visto que neste trecho da Bíblia o apóstolo
Paulo fala exatamente do Decálogo; sim, é o Decálogo que o
apóstolo Paulo chama de “ministério da morte”, “ministério da
condenação” e afirma que ele era “transitório”, isto é, ele não veio
para ficar. Os seus dias estavam contados. Seu fim se aproximava a
passos galopantes.
Está mesmo o apóstolo Paulo falando aqui do Decálogo? Claro
que sim, visto que ele, ao falar a respeito do “ministério da morte”,
acrescentou que o mesmo foi “gravado com letras em pedras” (7a).
Ora, o que foi “gravado com letras em pedras” a não ser o
Decálogo?
Muitos crêem que “o ministério da morte, gravado com letras
em pedras” refere-se a uma “cópia da Lei de Moisés, a qual este
escrevera” (Js. 8.32); Esta conclusão, porém, é precipitada, pois está
claro que são os Dez Mandamentos que constituem o que o apóstolo
Paulo chama de “o ministério da morte”; porquanto, II Co. 3.7
refere-se não ao tempo de Josué e, sim, ao tempo de Moisés. II Co.
3.7 diz claramente esta verdade. Vamos relê-lo para certificarmos
desta verdade? “E se o ministério da morte, gravado com letras em
pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não
28
podiam fitar olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu
rosto, a qual era transitória...”
Sempre que mostramos este trecho da Bíblia aos adventistas,
eles tentam sair dessa situação embaraçosa citando Jr. 31.31-32,
que diz: “Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto,
com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o pacto
que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os
tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles INVALIDARAM,
apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor” (grifo nosso, Versão
Revisada).
Citando os versículos acima transcritos, os adventistas
apresentam o seguinte “argumento”: A palavra original, traduzida
em II Co. 3.7 por ‘transitória’, pode ser traduzida também por
‘abolida’; Isto significa que os judeus, por causa da sua
desobediência, estavam invalidando ou ABOLINDO a Lei, isto é,
estavam tornando-a sem efeito em suas vidas, visto que ela só é
eficaz na vida daquele que a obedece. É disto que Paulo estava
falando.
O “argumento” acima, aparentemente sólido, é um disparate
que só serve para revelar o desespero daqueles que, embora
sabendo que o erro não presta, não querem abandoná-lo, por
estarem apaixonados pelo mesmo. Senão, raciocinemos: Se o motivo
pelo qual o apóstolo Paulo disse que o Decálogo era transitório,
fosse porque havia alguém transgredindo-o, ele não poderia
contrastá-lo com o Novo Testamento, afirmando que este, ao
contrario daquele, permanece; visto que o Novo Testamento é
transgredido pela grande maioria da humanidade. Se o Decálogo era
transitório, porque não estava sendo obedecido por alguém, o Novo
Testamento transitório é, já que a maioria esmagadora não o vive
também. E, como sabemos, o Novo Testamento também só é eficaz
na vida daquele que o aceita. E os falsos cristãos apenas fingem
aceitá-lo.
Concordamos plenamente que o original grego traduzido na
ARC por “era transitório” pode ser traduzido por “estava sendo
abolido”; mas a “explicação” que os adventistas dão desta passagem
bíblica, não resiste um confronto com a Bíblia.
O trecho bíblico que estamos analisando neste tópico (a saber,
II Co. 3.6-16) pode, por si só, dirimir as dúvidas dum inquiridor
29
sincero, pois diz sem rodeios que o Decálogo era transitório, ou seja,
estava sendo abolido, e que finalmente sucumbiu com Cristo no
Gólgota. Observemos que o versículo l6 diz abertamente que o
“Velho Testamento... foi por Cristo abolido” (ALMEIDA REVISTA E
CORRIGIDA).
Quando a Bíblia diz que o Decálogo “estava sendo abolido”,
quer dizer com isso que a Lei estava destinada a expirar no Calvário
e que, portanto, a partir do momento que ela veio à existência, seu
fim se aproximava a cada minuto que passava.
Por dizer a Bíblia que o Decálogo (ou seja, os Dez
Mandamentos, como já explicamos nas páginas anteriores) era
transitório, a guarda do sábado semanal transitória era, pois, como
todos sabemos, a ordem para se guardar o sábado é o quarto
mandamento do Decálogo.
Os adventistas alegam que se o Decálogo tivesse sido abolido,
poderíamos matar, furtar, adulterar, tomar o nome de Deus em vão,
adorar ídolos, desobedecer aos pais, mentir, caluniar etc.; visto que,
não havendo Lei, não pode haver pecado, já que o pecado é a
transgressão da Lei (Rm 4.14). Mas eles precisam saber de três
coisas:
1a.) Os ímpios, para quem a Lei foi feita, continuam sendo
contemplados por Deus “à base da Lei e os juízos que por ela
resultam”; sim, pois I Tm 1.9-10 diz: “Sabendo isto: que a Lei não é
feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios
e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e
matricidas, para os homicidas, para os fornicadores, para os
sodomitas, para os roubadores de homens, para o mentirosos, para
os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina”;
2a.) O cristão não está debaixo do Decálogo (é verdade), mas
também não está sem Lei. O cristão está sob o jugo de Cristo (Mt
11.28-30). Conforme bem o disse o apóstolo Paulo, estamos sob a
Lei de Cristo (I Co. 9.21);
3a.) Se o Decálogo não existe para o Cristão e sim para os
ímpios, quando um ímpio se converte a Cristo, deixa,
simultaneamente, de ser contemplado por Deus à base da Lei e os
juízos que dela resultam e passa, automaticamente, a estar sob as
cláusulas do Novo Pacto que ele e Cristo firmam, no ato da
conversão.
30
Relembramos aos adventistas que todos os preceitos morais do
Decálogo estão repetidos no Novo Testamento, menos o sábado; e
isto é digno de nota, pois este fato testifica que o sábado era sombra
dos bens futuros.

2.6. O Sábado e os Romanos

Na epístola aos romanos, capitulo sete, versículos quatro a


sete, o apóstolo Paulo escreveu: “Assim, meus irmãos, também vós
estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro,
daquele que ressuscitou de entre os mortos a fim de que demos
frutos para Deus. Porque quando estávamos na carne, as paixões
dos pecados, que são pela Lei, operavam em nossos membros para
darem fruto para a morte. Mas agora ESTAMOS LIVRES DA LEI, pois
morremos para aquilo em que ESTÁVAMOS retidos, para que
sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo nenhum. Mas eu
não conheci o pecado senão pela lei, porque eu não conheceria a
concupiscência se a Lei não dissesse: ‘Não cobiçarás’ ” (ALMEIDA
REVISTA E CORRIGIDA - grifo nossos).
Este trecho das Escrituras Sagradas nos assegura que ESTAMOS
LIVRES DA LEI. E o que a Bíblia quer nos dizer com isto? Nada?! E
qual é a Lei da qual estamos livres? Os sabatistas com os quais
temos dialogado responderam a essas perguntas de diversas
maneiras. As respostas mais comuns foram as seguintes:“Não se
trata da Lei de Deus, e sim, da Lei de Moisés”. Mas o fato de o
apóstolo Paulo citar um mandamento do Decálogo no versículo sete,
prova cabalmente que ele estava se referindo aos Dez
mandamentos, ou seja, ao que os adventistas do sétimo dia
chamam de Lei de Deus. Paulo não poderia mencionar um preceito
do Decálogo no versículo sete para corroborar o raciocínio que ele
vinha desenvolvendo, se no contexto o vocábulo “lei” não fosse uma
referência a todo o Pentateuco, sem exceção; e, em particular, ao
Decálogo. Sim, não poderia, pois lhe faltaria coerência. Se a Lei, que
segundo Paulo comentou no versículo sete proíbe a cobiça, não
fosse a mesma mencionada nos versículos anteriores, a citação deste

31
mandamento moral seria um “corpo estranho” dentro do texto em
apreço. Assim sendo, a Lei da qual estamos livres é, sem dúvida
alguma, todos os mandamentos morais, sanitários e cerimoniais do
Pacto de Deus com os judeus. E como a ordem para se observar o
sábado semanal é parte integrante daquele Pacto, os cristãos estão
livres desse jugo também. Exceto se este mandamento estivesse
repetido no Novo Testamento.
Os adventistas dizem ainda que “livres da Lei diz respeito à
absolvição da condenação que pesava sobre nós, a qual foi removi
da por termos recebido a Cristo”. Porém, à luz da Bíblia, os “livres da
Lei” estão libertos não só da condenação da Lei, mas também da
obediência à Lei. Doutro modo teríamos que sacrificar animais a Iavé
até hoje. (maiores informações sobre esse negócio de Lei de Deus e
Lei de Moisés, que os adventistas inventaram, constam do capítulo 3,
deste livro)

2.7. O Sábado: Moral ou Cerimonial?

O quarto mandamento do Decálogo era moral e cerimonial ao


mesmo tempo. O lado moral deste mandamento é a necessidade
que todos temos de descansarmos periodicamente, para
recuperarmos os desgastes do labor da vida. E o lado cerimonial é o
fato desse descanso ter que ocorrer precisamente no sétimo dia da
semana. Por que no sétimo? Se descansarmos ás quartas-feiras, não
estaremos também nos repousando um dia, a cada sete?
A necessidade de cessarmos nossas atividades seculares pelo
menos um dia por semana para, entre outras coisas, intensificarmos
a adoração a Deus, é um princípio moral que, sem dúvida, está de
pé. O cristão só não tem é a letra desse mandamento, pois além de
constar de uma lei que a cruz de Cristo tornou obsoleta, não consta
da Nova Aliança. Assim sendo, sempre que for possível, paremos
com os nossos afazeres e rendamos culto ao nosso grande Deus. E
ao fazermos isto, se possível, optemos pelo primeiro dia da semana,
para comemorarmos a maravilha incomparavelmente superior à
criação do Universo, a maravilha da ressurreição de Cristo, a qual
nos justifica para com Deus (Rm 4.25). É evidente que o Deus que

32
“descansou” com a conclusão da criação do Universo, “descansa”
muito mais com o milagre que nos justifica para consigo; e assim
sendo, é justo que façamos festa, ombreando-o nas comemorações.
Porém, não nos sobrecarreguemos de regrinhas, transformando o
domingo numa espécie de sábado. Lembremos que o Novo
Testamento não manda guardar dia algum. O primeiro dia da
semana tornou-se conhecido entre os cristãos pelo nome de “dia do
Senhor”, porque os cristãos o observavam, e não por determinação
divina.
Como já dissemos, permanece de pé o princípio moral de se
descansar amiúde; mas, como já salientamos, não precisamos nos
atazanar, caso isso fuja das nossas possibilidades, pois este tema
não possui valor salvífico. Sim, pois como todos sabemos,
precisamos não só de descanso semanal, mas diário também. Não
obstante, já trabalhamos 35 horas consecutivas, e o fizemos sem
nenhum peso de consciência, pois sabíamos que estávamos
respaldados pela Bíblia (I Ts. 2.9; 2T 3.8).
Ora, assim como é certo e salutar dormimos pelo menos 8
horas a cada 24 horas, mas, se por uma razão qualquer isso não for
possível, Deus não nos condenará por isso, se por um motivo
qualquer, não nos for possível cultivarmos o merecido repouso
semanal, não nos deixemos abater. Lembremo-nos que temos algo
incomparavelmente superior ao descanso semanal, a saber, o
descanso espiritual (do qual o sábado semanal era uma sombra, Cl.
2.16-17) nos braços eternos e onipotentes de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo (Mt 11.28). Este é o verdadeiro sábado e é
ininterrupto.

2.8. O Sábado e o Dia do Senhor

Afirmamos repetidas vezes que o Novo Testamento não manda


guardar dia algum. Porém, sabemos que alguém poderá objetar,
alegando que Ap. 1.10 menciona “O dia do Senhor”. “Que dia era
esse? Precisamos saber”, dirá alguém, “pois está claro que o Senhor
ainda tem um dia”. A resposta a esta alegação é que como já vimos,
a Bíblia mostra que os cristãos do século I tinham predileção pelo
primeiro dia da semana (At. 20.6,7, I Co. 16.2); e a História
33
Eclesiástica deixa claro que nos séculos II e III os cristãos tinham
como dia de guarda o domingo, ou seja, o primeiro dia da semana. É
oportuno relembrarmos que eles o faziam impulsionados pelo
Espírito Santo, e não em obediência a uma lei escrita. Sim, o Novo
Testamento não registra este mandamento.
Pois bem, Ap. 1.10 se explica assim: De tanto os cristãos
primitivos se reunirem no primeiro dia da semana, se convencionou
entre eles identificar este dia com uma nomenclatura especial. E o
nome dado foi “Dia do Senhor”. João chamou este dia de “Dia do
Senhor” apenas porque este era o nome pelo qual este dia era
conhecido.
Etimologicamente, o significado do vocábulo “domingo”, é “dia
do Senhor”. E nós, embora sabedores disso, chamamos o primeiro
dia da semana de domingo, apenas para identificá-lo, pois como já
está claro, o consideramos como um dia qualquer. E, certamente,
João o fez pela mesma razão.

2.9. Constantino e o Sábado

Segundo a História Eclesiástica, o imperador Constantino


publicou um edito, sancionando o primeiro dia da semana como o
dia que os cristãos devem observar. Os adventistas argumentam à
“base” disso que os cristãos observavam o sábado, mas Constantino
impôs o domingo. Porém, se examinarmos a Bíblia e a História com
honestidade, veremos que os cristãos observavam o domingo, e que
Constantino, querendo agradar os cristãos, transformou isso em lei,
legalizando deste modo o que os cristãos já vinham fazendo, mesmo
sem uma lei que os amparasse.
Gostamos de apoiar as doutrinas que esposamos unicamente nas
páginas da Bíblia. Mas como os sabatistas se julgam apoiados pela
História Universal ao guardarem o sábado, informamos que, pelo
contrário, a História mostra claramente que os cristãos dos séculos II
e III observavam o domingo antes de Constantino sancioná-lo. São
muitos os registros, mas neste livro registraremos apenas um:
” Justino Mártir: “Mas o domingo é o dia em que todos temos
a nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana e Jesus
Cristo, Nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da morte” (Sei
34
tas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, CPAD, pg. 73, Raimundo F. de
Oliveira).

2.10. O Sábado na Eternidade

Is 66.23 diz “que, de uma festa da Lua Nova à outra e de


um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim,
diz o SENHOR” ( Almeida Atualizada, grifo nosso). Geralmente
os adventistas se servem deste versículo para “provarem” que
o sábado será observado até mesmo na Nova Terra, ou seja,
na eternidade, o que, segundo eles, é evidência de que o
sábado é um mandamento eterno. Mas, o que este texto está
dizendo é que na eternidade a adoração será ininterrupta, e
nada mais. Doutro modo teríamos que observar a Lua Nova
também, visto que o texto em questão afirma de igual modo
que os adoradores adorarão de “uma Festa da Lua Nova à
outra”.A Bíblia diz, por exemplo, que os perdidos serão
atormentados de dia e de noite (Ap 20. 10). Entretanto, disso
não podemos inferir que vá existir dia e noite no inferno.
Todos entendemos que, neste caso, o trecho bíblico em pauta
está apenas dizendo que o tormento será contínuo.

2.11. Que Pensam do Sábado os Sabatistas?

Os sabatistas às vezes demonstram reconhecer que o sábado


semanal era sombra, isto é, um cerimonial. Isto porque eles
“confessam” textualmente que fervorosos cristãos do passado que
não guardavam o sábado, como os hussistas, os huguenotes, os
valdenses, os anabatistas, Martinho Lutero etc., eram nossos irmãos
em Cristo. Os adventistas alegam que “eles eram nossos irmãos, não
obstante não guardarem o sábado, pois negligenciavam este
mandamento por ignorância, e não por maldade”. Sobre esta mesma
base, os adventistas dizem que reconhecem como nascidos de novo
os evangélicos que, por falta de maiores conhecimentos da Palavra,
não guardam o sábado. Mas será que os adventistas nos
35
reconheceriam como evangélicos de fato, nascidos de novo, seus
irmãos em Cristo, se fôssemos idólatras, adúlteros, feiticeiros e daí
por diante, “por falta de maiores esclarecimentos”? Já provaram que
não, pois eles não reconhecem os católicos e os espíritas como
nascidos de novo. E isto prova, segundo nos parece, que das duas
uma: ou fingem reconhecer-nos como cristãos ou não consideram o
quarto mandamento do Decálogo, em pé de igualdade com os
demais.
Das três uma: Ou os sabatistas têm dúvidas quanto a se a
inobservância do sábado leva ou não ao inferno, ou não são
unânimes quanto a isso, ou são hipócritas. Se não, então por que às
vezes nos chamam de irmãos e às vezes nos lançam no inferno?
Antes de elaborarmos estas linhas, um irmão em Cristo disse-nos:
“Irmão Joel, quando você escrever uma obra de refutação ao
Adventismo, vou comprar um exemplar, pois presenciei uma coisa
horrível: um adventista convidou-me para ir à sua igreja. Quando lá
cheguei, assisti a uma peça teatral, segundo a qual os guardadores
do sábado entraram no Paraíso e os guardadores do domingo foram
lançados no inferno”.
Um dos nossos alunos disse-nos que ao perguntar a um
adventista se ele iria para o inferno se não guardasse o sábado,
obteve a seguinte resposta: “Agora eu já lhe mostrei dentro da Bíblia
que é da vontade de Deus que observemos o sábado. Portanto, se
você continuar a transgredir este mandamento, irá para o inferno.
Sim, pois agora você não é inocente”.
Esse radicalismo próprio dos adventistas típicos é, pois,
encontrado com freqüência até na alta liderança dos adventistas. Por
exemplo, o “pastor” adventista Alejandro Bullón, sem dúvida um dos
maiores líderes dos adventistas disse: “A questão não é
simplesmente se... devo ou não devo guardar o domingo... O
assunto é muito sério. É uma questão de vida ou morte, de salvação
ou perdição”. (Assim Diz o Senhor, página 5, de Lourenço Gonzalez
Silva, edição do autor, 1986). E ainda à página 376 deste mesmo
livro, o seu autor fez constar: “ ‘Nós cremos que Deus, na sua
infinita sabedoria, viu com clarividência, ao fazer do sábado a
grande prova de lealdade a Ele nestes últimos dias; e que
antes de terminar o tempo da graça para os habitantes do mundo,

36
estes receberão o conhecimento desta verdade e terão de tomar a
sua decisão eterna’ ” ( O grifo não é nosso)
Como já vimos, esta postura intransigente, que caracteriza a
maioria dos adventistas do sétimo dia, não se harmoniza com Rm
14.
Que os adventistas compreendam que o Velho Pacto morreu
no Gólgota e que o Novo Concerto vive para sempre! Oxalá os
adventistas troquem a hemorolatria (adoração do dia) que eles
sabadolatricamente tributam ao sétimo dia da semana, pela
Teolatria, isto é, pela adoração a Deus! Que eles, ao invés de
guardarem este ou aquele outro dia, guardem o contato com o
nosso Amável Salvador e Benfeitor Jesus Cristo, Autor da Nova
Aliança, que jamais envelhecerá, a qual não manda guardar dia
algum, mas sim, a fé, a única medianeira da graça salvadora que há
em Cristo Jesus, nosso Senhor.

37
38
CAPÍTULO III
O CARDÁPIO ADVENTISTA
Neste capítulo pretendo provar que embora saibamos que antes
da entrada do pecado no mundo, ao homem foi dada a ordem de se
alimentar só de vegetais: “... Eis que vos tenho dado todas as ervas
que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a
terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente:
ser-vos-ão para mantimento” (Gn 1.29), mais tarde o próprio Deus
deu a seguinte contra-ordem: “Tudo quanto se move e vive vos
servirá de mantimento...” (Gn 9.3a). Este novo mandamento era
para Noé e sua família (Esposa, filhos, noras, netos, etc.). Logo, Noé
e seus descendentes não tinham por que observar nenhuma
restrição alimentar quanto ao consumo de carne, pelo menos até
que Deus ditasse o que consta de Lv 11 e outros textos correlatos.
Além disso, há aqui outros pontos dignos de nossa atenção. Vejamo-
los:

1ª) estes textos (refiro-me a Lv 11 e demais textos correlatos que


estabelecem o cardápio dos judeus) não era um retorno a Gn 1. 29,
já que só proibia algumas carnes;

2ª) era uma ordem dada aos judeus, milênios após a criação do
homem, a saber, quando a Lei veio, muitos séculos após (Gl 3.17).
E, sendo assim, os demais descendentes de Noé (no caso, as outras
nações) não estavam sujeitas a isso.

39
3ª) uma das muitas provas bíblicas de que algumas das restrições
feitas aos judeus, não eram extensivas aos outros povos, é o que
consta de Dt 14. 21, que diz: “Não comerás nenhum animal que
tenha morrido por si; ao peregrino que está dentro das tuas portas
o darás a comer, ou o venderás ao estrangeiro...” (Grifo nosso).
Aqui Deus proíbe aos judeus de comerem um animal que não tenha
sido morto pelo homem, mas os manda doá-lo ao peregrino ou
vendê-lo a um estrangeiro. Este caso é similar ao dos nazireus que,
como todos os que estudam a Bíblia sabem, não podiam comer
uvas: (...”nem uvas secas ou frescas comerá” [ Nm 6: 3b]). Esta
proibição não era nem para todos os israelitas, mas apenas para
aqueles que, dentre os judeus, fizessem o voto de nazireu, e
enquanto o dito voto durasse;

4ª) ninguém deve estranhar o fato de o imutável Deus estabelecer


para Adão uma dieta à base de vegetais; depois, mandar Noé comer
todas as carnes; posteriormente, proibir algumas carnes aos judeus;
e, atualmente, voltar a nos dizer o mesmo que dissera a Noé: “Tudo
quanto se move e vive vos servirá de mantimento... ”. como
veremos abaixo. Sim, pois o Deus da Bíblia é assim mesmo. Só os
que ignoram que há várias Dispensações, bem como diversos Pactos
(com Adão, com Noé, com Abraão, com os judeus, com Davi e com
a Igreja), se surpreendem com isso. Sim, conforme Deus firma com
o homem um Novo Pacto, coisas que haviam sido proibidas antes,
podem ser liberadas e vice-versa. Veja os exemplos abaixo:
• Deus proibiu matar Caim (Gn 4:15), mas mandou Noé
executar os assassinos (9:6). Isto significa que se Caim fosse
contemporâneo de Noé, a lei de talião lhe teria sido aplicada
por ordem divina;
• Jacó casou com a sua cunhada (Gn 29: 21-31), mas aos
judeu isso foi proibido (Lv 18:18);
• Abraão, Jacó e tantos outros servos de Deus, que viveram
antes e durante a vigência do Antigo Testamento, além de
serem bígamos e polígamos, se relacionavam sexualmente
com suas criadas (Gn 16:4; 29:32 - 30:24). Hoje, porém, não
se proíbe apenas o concubinato, mas se estabelece como Lei,
sob pena de condenação eterna, a monogamia;

40
• havia fervorosos servos de Deus (Abel, Enoque, Noé ...)
antes de Abraão, mas só a partir deste patriarca que a
circuncisão entrou em vigor (Gn 17: 9 – 27). Ademais, a
Melquisedeque e a outros servos de Deus contemporâneos de
Abraão, não encontramos Deus dando a mesma ordem. A
circuncisão era só para Abraão, seus descendentes e os seus
servos (Gn 17:27). Abraão era, portanto, do Novo
Testamento. Sim, em relação ao Pacto de Deus com Noé,
Abraão viveu uma espécie de Novo Testamento, tendo, pois,
um dever que os que o precederam _Abel, Sete, Enoque,
Noé..._ não tinham: a circuncisão. Aliás, até mesmo alguns
de seus contemporâneos, como, por exemplo, Melquisedeque
e os seus súditos, estavam sob outra Aliança;
• dissemos e provamos que Abraão era de um Novo
Testamento. E o mesmo podemos dizer de Moisés e seus
liderados. Estes também receberam mandamentos que
nenhum servo de Deus havia recebido antes. Nenhum de
Seus servos que viveram antes do êxodo de Israel do Egito,
teve de observar a Páscoa, o Pentecostes, o Ano Sabático, o
Jubileu, o Dia da Expiação, etc. Logo, Moisés e os demais que
com ele saíram do Egito também viveram numa espécie de
Novo Testamento. De certo modo, Moisés também podia
dizer: “Abrão era do Velho Testamento”.
Dividir a Lei em moral, sanitária, cerimonial etc., não é errado,
desde que o façamos com conhecimento de causa e para fins de
estudo, e não para ludibriar os incautos por intermédio desse
“malabarismo”. Informemos que este recurso é humano e não
divino.
Mesmo sendo a dieta judaica da qual trata Lv. 11, uma Lei
sanitária, o certo é que os cristãos não estão sujeitos a esse
cardápio, pois Rm. 14.1-3 diz claramente que estamos livres para
comermos de tudo, e que aquele que acha que o cristão deve comer
só legumes, é fraco. Na Versão Revisada, Rm. 14.2 está traduzido
assim: “Um crê que de tudo se pode comer, e o que é fraco, come
só legumes” (Grifo nosso). Medita também, ó leitor, em I Tm 4.1-5 e
em I Co. 10.25 que respectivamente dizem:

41
a)“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos
apostatarão alguns da fé dando ouvidos a espíritos enganadores e a
doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam
mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, proibindo o
casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou
para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem
deles com ações de graças; porque toda criatura de Deus é boa, e
não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças
porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada”;
b) “Comei de tudo quanto se vende no açougue sem perguntar
nada, por causa da consciência”. (Este versículo é mais do que um
retorno a Gn 9.3a. Trata-se de uma manutenção parcial da Lei dada
aos gentios nos dias de Noé. É que aos gentios Deus sempre
permitiu o uso de todas as carnes na alimentação. E, quando nos
convertemos ao Senhor, este nos mantém na mesma liberdade
quanto a isso, como também, no passado, o fez a Noé, dizendo-lhe:
“Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento... ”.
O fato de a Bíblia reprovar a glutonaria (Gl. 5.21) prova que é
da vontade de Deus que cuidemos bem do nosso corpo. Daí os
evangélicos absterem da maconha, da embriaguez, da cocaína, do
fumo, etc.. Mas os sabatistas extrapolam, proibindo o uso da carne
de porco, bagre e outras carnes, conforme prescrito em Lv. 11, e
desaconselhando toda e qualquer carne em obediência às
recomendações da senhora Ellen White.
Não estamos nos levantando contra o cardápio dos
adventistas, mas tão-somente sugerindo que mostremos aos nossos
discipulandos a distinção que há entre o Cristianismo e o menu. E
necessário informarmos a todos que a questão do que se deve ou
não comer, não é tema religioso; antes refere-se a questão de
ordem sanitária. É preciso informar que o Novo Testamento não
preceitua nenhum cardápio á Igreja, como já vimos. É importante
observarmos que a proibição a comer algumas carnes, consta só do
Antigo Testamento; e que a sugestão à abstinência de toda e
qualquer carne não consta em parte alguma da Bíblia. Sim,
exageram os adventistas, quando desaconselham o uso do café e
outros alimentos que eles consideram proibidos por Deus.
Se o cardápio dos adventistas é ou não salutar, é discutível; e
que os nutricionistas se dêem ao trabalho de fazê-lo. Mas adicioná-lo
42
ao corpo de doutrinas da fé cristã é adulterar o puro leite espiritual
(I Pe 2.20). Uma prova disso é o fato de o apóstolo Paulo, que
segundo At. 20.27, anunciou “todo o conselho de Deus”, não ter
registrado estes mandamentos nas suas epístolas.
É corretíssimo lavar as mãos antes das refeições; negligenciar
isso pode ser fatal. Mas o Senhor Jesus Cristo disse que isto não
contamina o homem (Mt 15.1-20). À luz das Palavras de Jesus,
registrada em Mt. 15.20 afirmamos, sem medo de errar, que a única
coisa “grave” que pode ocorrer a um cristão que come sem lavar as
mãos é o apressamento da sua ida para o Paraíso Celestial.
Embora Jesus tenha dito que comer sem lavar as mãos não
contamina o homem, ousamos dizer que contamina sim. E este
paradoxo entre nós e Cristo se explica assim: Comer sem lavar as
mãos pode contaminar materialmente, mas nunca espiritualmente.
Isto prova que as obrigações do Ministério da Saúde não foram
confiadas à Igreja (embora, como indivíduos, os membros da Igreja
possam acatar e recomendar as orientações deste tão importante
órgão).
Os adventistas alegam que é racional concluirmos que Deus
quer que tomemos medidas salutares para com o nosso corpo. E nós
concordamos plenamente e acrescentamos que, não obstante, Ele
não nos lançará no Inferno, se não formos extremamente
negligentes quanto a isso. Caso contrário Jesus Cristo teria ensinado
heresia, quando sustentou que comer sem lavar as mãos não
contamina o homem. Ora, comer sem lavar as mãos pode não ser
menos prejudicial à saúde do que tomar café, comer bagre, comer
carne de porco, etc.
Seria bom se todos fôssemos vegetarianos? Há quem diga que
sim, bem como os que divergem. E que debatam sobre este assunto
os que pelo mesmo se interessarem. Porém, jamais admitamos que
estas questões sejam incluídas no corpo de Doutrinas da fé cristã,
visto que fazê-lo colide com Êx. 12.8 e Lv. 11 onde respectivamente
Deus manda comer carne ao instituir a Páscoa, e alista os animais
que os judeus podiam comer.
Do que temos exposto está claro que os adventistas crêem que
um bom cristão é, necessariamente, um nutricionista que ensina e
pratica uma boa dieta alimentar. A este respeito, eles são mais
“zelosos” do que Deus. Senão, vejamos: No Antigo Testamento Deus
43
proibiu comer certas carnes, mandou comer algumas e liberou
outras. No Novo Testamento Ele não proibiu, não mandou e nem
desaconselhou o comer quaisquer carnes. Mas os adventistas
proíbem comer algumas carnes e desaconselham outras. Esta atitude
colide com a Bíblia, que diz que podemos comer de TUDO quanto se
vende no mercado (I Co. 10.25-26) e que ninguém nos pode julgar
(ou condenar) pelo comer ou pelo beber (Cl. 2.16). Isto não significa
que o cristão não possa abster-se de comer e/ou beber algo e, sim,
que não é necessário submetermos ao que a Lei (o Pentateuco)
determina quanto a isso. O corpo de doutrinas que norteia a Igreja é
o que está contido em toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Mas é
aí mesmo que encontramos a informação de que só são aplicáveis à
Igreja os mandamentos do Novo Pacto, embora todos os
mandamentos morais constantes do Velho Testamento estejam
repetidos no Novo. Como já dissemos, repetidos e não
transportados.
Os adventistas adoram citar II Co. 6.16-18 objetivando
“provar” que as carnes tidas por imundas no Antigo Pacto não
podem ser saboreadas pelos cristãos. Mas a verdade solene é que o
apóstolo Paulo está tão-somente fazendo uma aplicação do que está
exarado em Is. 52.11 e Jr. 31.1,9. O que este apóstolo está dizendo
é que assim como na Velha Aliança, os judeus não podiam tocar algo
que a Lei tachava de imundo (uma mulher hemorrágica, por
exemplo), o cristão não pode transgredir os preceitos da Nova
Aliança. Em outras palavras: Assim como os judeus não podiam
comer as carnes de animais imundos, não podemos desobedecer aos
mandamentos constantes do Novo Testamento.
Quando dizemos que a Lei foi abolida, não estamos afirmando
que Gn 1.1, por exemplo, tenha sido abolido, pois como todos
sabemos, esta referência bíblica é o registro de um fato histórico, e
não uma Lei. Chamamos “Lei” aos mandamentos constantes do
Pacto que Deus firmou com os judeus. Estes foram todos abolidos.
Até os “não matarás, não adulterarás, não furtarás...” foram
abolidos. O cristão não se abstém do furto em obediência ás
determinações da Lei de Moisés e, sim, em obediência à Lei de Cristo
(I Co. 9.21). E a Lei de Cristo e a Lei de Moisés são distintas e
diferentes. Muitos dos mandamentos da Lei de Cristo são iguais aos

44
da Lei de Moisés, mas isso se dá por mera coincidência. Lembremo-
nos que o Novo é novo, e não o Velho melhorado.
Como já dissemos, os adventistas tripartem a Lei em Lei moral,
Lei sanitária e Lei de Moisés. Afirmam que a parte cerimonial da Lei,
como os sacrifícios de animais, por exemplo, não é, em parte alguma
da Bíblia, chamada de Lei de Deus; e que essa é a Lei que Cristo
aboliu, à qual não estamos sujeitos. Segundo eles, sempre que o
Novo Testamento diz que “Cristo nos libertou da Lei”, está, ou se
referindo à libertação da condenação da Lei, ou aludindo à Lei de
Moisés, e não à Lei de Deus. Acontece, porém, que em II Cr. 31.3 e
em Lc. 2.24, os sacrifícios de animais são chamados de “Lei do
Senhor” ou “Lei de Jeová”, segundo os originais. Ora, se a Lei de
Deus não foi abolida, e os sacrifícios de animais constam da Lei de
Jeová, os adventistas devem sacrificar animais a Deus até hoje.
Talvez os adventistas retruquem dizendo que os sacrifícios de
animais constam da Lei do Senhor ou Lei de Jeová, e não da Lei de
Deus; mas aí perguntaremos: Jeová e Deus são duas pessoas
distintas? O Senhor é uma pessoa e Deus é outra? É possível ser de
Jeová sem ser de Deus?
A Lei de Deus é chamada de Lei de Moisés porque este foi o
seu medianeiro, ou seja, Deus a deu por sua instrumentalidade;
senão, compare os versículos 1 e 8 de Ne. 8.
Já deixamos claro que o Novo Testamento não prescreve um
cardápio especial para a Noiva de Cristo; mas como esta afirmação
parece colidir com At 15.28-29, esclarecemos que as restrições em
questão eram de caráter provisório e se destinava a facilitar o
relacionamento entre os judeus e os gentios que haviam se
convertido à fé cristã. Nada mais era que uma demonstração de
respeito às crenças dos irmãos fracos na fé. Uma prova clara de que
as coisas são assim, é que esta passagem só proíbe quatro coisas.
Por que isso? Só há quatro pecados? Por que não se proíbe neste
texto, a inveja, o roubo, a calúnia, a mentira, etc.? Será que
alcançaremos o Reino de Deus se guardarmos só estes quatro
mandamentos? Obviamente que não.
Esta passagem (At. 15.28-29) pode ser parafraseada assim:
“No que diz respeito às leis judaicas (às quais não estamos sujeitos,
pois as praticando ou não, seremos salvos pela fé em Jesus),
pareceu bem ao Espírito Santos e a nós, para não escandalizarmos
45
os nossos irmãos judeus, que vocês abstenham dessas quatro
coisas: Do sangue, das coisas sacrificadas aos ídolos, da carne
sufocada, e do casamento com os judeus, bem como do
relacionamento sexual durante a menstruação. Não há maldade
alguma em fazer estas coisas, mas devemos fazer como fracos para
ganharmos os fracos, e como judeus para ganharmos os judeus”.
Uma prova de que esta conclusão está correta é que esta
passagem proíbe comer algo que tenha sido sacrificado aos ídolos e,
não obstante, o apóstolo Paulo deixa claro, em I Co. 8, que o cristão
está livre para comer estas coisas, contanto que não escandalize o
irmão fraco. O erudito pastor Raimundo F. de Oliveira, em seu livro
intitulado “Como Estudar e Interpretar a Bíblia”, editado pela CPAD -
Casa Publicadora das Assembléias de Deus - página 139, argumenta:
“Para Paulo, comer carne sacrificada a ídolos não significa nada, mas
por causa daqueles que estavam à sua volta e que pensavam que
isto implicava em pecado, ele não comia”.
A nosso ver, a interpretação acima é correta e que, portanto, I
Co 8 prova que At. 15.28-29 era uma medida de caráter provisório,
objetivando tão-somente o estreitamento da comunhão entre os
irmãos. Assim pensa também a liderança das Assembléias de Deus
no Brasil, visto que segundo o livro Administração Eclesiástica, da
autoria dos pastores Nemuel Kessler e Samuel Câmara, também
editado pela CPAD, 2ª edição de 1.992, página 100, a CPAD não
publica livro algum, sem antes submetê-lo ao Conselho de Doutrina
da Convenção Geral das Assembléias de Deus, que examina se
“nada contraria as doutrinas esposadas pelas Assembléias de Deus.”
Logo, a cúpula assembleiana aprovou o livro supracitado, da autoria
do pastor Raimundo. E, sendo assim, fica claro que pelo menos um
dos mandamentos constantes de At 15.29, não precisa ser
observado (a não ser por questão de consciência), segundo a alta
liderança das Assembléias de Deus. Ora, se um dos mandamentos
registrados em At 15.29, não é moral, os demais mandamentos
registrados neste versículo também não podem ser morais, pois
tamanha falta de coerência ou associação de idéias constituiria
insuperável violência à Hermenêutica.
Salientamos que At. 15.28-29 é, simultaneamente, cultural e
transcultural, temporal e eterno. É transcultural, pois em qualquer
parte do mundo se deve respeitar a consciência alheia; e é cultural,
46
pois trata duma demonstração de respeito à cultura judaica. É
temporal, pois passou com o tempo; e é eterno, pois sempre que se
fizer necessário, o cristão deve abster-se de algo que possa fazer o
seu irmão inexperiente tropeçar.
Na nossa obra intitulada “Transfusão de Sangue Não é
Pecado”, tecemos um comentário mais profundo, em apreço a At.
15.28-29. Lá mostramos que assim como o apóstolo Paulo
circuncidou Timóteo (At. 16.1-5), fez voto de nazireu (deixou os
cabelos crescerem e depois rapou a cabeça, At. 18.18) e ofereceu
sacrifícios, mas todos nós compreendemos que tais medidas eram
provisórias, assim devemos também encarar este texto em apreço, a
saber, At. 15.28-29.
O maior erro dos adventistas do sétimo dia quanto ao que se
deve ou não comer, não consiste no fato de se absterem de certos
alimentos, nem tão pouco no fato de nos aconselharem a fazermos o
mesmo; mas sim, por afirmarem que aqueles cujos cardápios
diferem do deles estão indo para o Inferno. Senão, vejamos o que
diz o “pastor” adventista, Alejandro Bullón, um dos maiores líderes
dos adventistas, no prefácio do livro abaixo identificado: “A questão
não é simplesmente se posso ou não posso comer carne de porco...
O assunto é muito sério. É uma questão de vida ou morte, de
salvação ou perdição...” (Transcrito do livro adventista intitulado
Assim Diz o Senhor, 3ª Edição, 1986, da autoria de Lourenço
Gonzalez Silva, edição do autor, página 5). O senhor Lourenço
Gonzalez Silva, autor desse livro infernal, que é prefaciado com
elogios e recomendações pelo “pastor” Alejandro Bullón, afirma às
páginas 323-327 que as igrejas evangélicas que não se abstêm de
café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, camarão, lagosta
carne de porco... são igrejas falsas, hipócritas, e que, portanto, estão
indo para o Inferno.
A atitude radical do “pastor” Alejandro Bullón, de condenar os
evangélicos que comem carne de porco e outras carnes por ele
proibida, não constitui um ato isolado. Aliás, o adventista que não for
tão fanático quanto ele, não estará sendo um autêntico seguidor do
Adventismo. Podemos dizer inclusive, que os adventistas devem ser
até mais radicais do que ele, se é que querem mesmo obedecer à
papisa Ellen White, visto que essa falsa profetisa teve a audácia de
proibir o consumo de toda e qualquer carne, chegando ao cúmulo de
47
dizer que os que consomem alimento cárneo não estão mantendo
uma linha divisória com os ímpios e seriamente comprometendo sua
salvação eterna. Para que o leitor veja que de fato as coisas são
assim, vejamos as transcrições abaixo:

“...Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo


de comer carne, que ainda comem carne de animais,
pondo assim em risco a saúde física, mental e
espiritual. Muitos que são agora só meio convertidos
quanto aa questão de comer carne, sairão do povo de
Deus, para não mais andar com ele”. (Conselhos Sobre o
Regime Alimentar, pág. 388, da autoria de Ellen G.
White, Casa Publicadora Brasileira - grifo nosso)

“...O regime cárneo é questão séria. Hão de seres


humanos viver da carne de animais mortos? A resposta,
segundo a luz dada por Deus é: Não, decididamente
não”.(ibidem. Grifo nosso)
“... Foi-me mostrado claramente que o povo de Deus
deve assumir atitude firme contra o comer carne... Os
que usam carne menosprezam todas as advertências que
Deus tem dado relativamente a esta questão. Não
possuem nenhuma prova de estar andando em veredas
seguras. Não têm a mínima desculpa quanto a comer a
carne de animais mortos”. (ibidem - grifo nosso)

“ Não dê nenhum de nossos pastores um mau exemplo


no comer carne. Vivam, eles e suas famílias, segundo a
luz da reforma de saúde. Não animalizem nossos
pastores sua natureza e a de seus filhos... (Ibidem pág.
399 - grifo nosso)

“Andem nossos pastores sob a bandeira da estrita


temperança. Nunca vos envergonheis de dizer: Não,
obrigado; não como carne”. (Ibidem pág. 402)

O Professor Tavares (EX-ADVENTISTA), em seu artigo


intitulado PARA OS ADVENTISTAS A SALVAÇÃO É MUITO MAIS DO
48
QUE ACEITAR A CRISTO, publicado no jornal Desafio das Seitas,
segundo trimestre de 2001, editado pelo CPR_ Centro de Pesquisas
Religiosas, à página 11 faz a seguinte observação: “Ellen White
afirma que tomar chá e café é pecado. Escreveu essa advertência no
livro Temperança, pág. 80. Na pág. 273 do mencionado livro Ellen
White cita que Daniel foi vegetariano.
Assim é ensinado pela Igreja Adventista não somente em seus
púlpitos como nas lições da Escola Sabatina. Entretanto, nas
Escrituras Sagradas, no próprio livro de Daniel 10:3, o texto deixa
claro que Daniel comia carne.
Fico pensando que, segundo a doutrina adventista, Daniel
perdeu a salvação pelo fato de ter comido carne”.
Repetimos que comer isto ou aquilo outro não é questão
relevante, visto não possuir valor salvífico, segundo Romanos 14.
Mas, nos acusarmos mutuamente por essas questões, pode nos levar
à perdição. Atentemos para o fato de que Romanos 14 não reprova
prato algum, mas censura aqueles que vêem no cardápio alheio,
motivo de perdição.
Circuncidar ou não, era, segundo o apóstolo Paulo, algo de
somenos importância (I Co. 7.19; Gl. 5.6; At. 16.3). Mas como os
gálatas o faziam para se salvar (At. 15.1), ele asseverou que eles
haviam caído da graça e que estavam separados de Cristo (Gl. 5.2-
4). Isto prova que os escrúpulos dos adventistas só poderiam ser
tachados de infantilidade inofensiva se eles não fizessem disso
motivo de salvação ou perdição. Mas, como vimos acima, Ellen White
e seus discípulos afirmam que a dieta alimentar interfere na
salvação. Sim, ao fanatismo de Ellen White aquiescem até os
expoentes da seita em questão, como Alejandro Bullón, Lourenço
Gonzalez, Floriano Xavier etc.

49
50
CAPÍTULO IV
SOBRE O ALÉM-TÚMULO

4.1. Que Diz a Bíblia

É incrível, mas muitos religiosos confessam não crer que haja


existência consciente entre a morte e a ressurreição. Afirmam que
“essa crença é de origem pagã”. Esta é, por exemplo, a opinião dos
adventistas do sétimo dia. Mas, se examinarmos as Escrituras
Sagradas sem idéias preconcebidas, facilmente enxergaremos que
Jesus Cristo e os apóstolos pregaram a existência de vida consciente
no além-túmulo. São diversas, as referências bíblicas que
poderíamos citar para provar a ortodoxia do que acabamos de
afirmar. Todavia, fiquemos por enquanto só com as que estão
relacionadas a seguir.

4.1.1. Filipenses 1.21-26

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o


viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva
escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto tendo desejo de
partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas

51
julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta
confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para
proveito vosso e gozo da fé. Para que a vossa glória abunde por mim
em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós” (Almeida Revista e
Corrigida).
Agora passemos á interpretação da transcrição acima. No
versículo 21, o apóstolo Paulo apresenta o seu conceito acerca da
vida. Para ele, Cristo é a vida, ou seja, viver é estar com Cristo. A
seguir, ele mostra que na sua opinião a morte, para o salvo, não
representa nenhuma derrota, sendo até vantajosa. No versículo 22,
ele chama o não morrer de viver na carne e assegura que se isso lhe
concedesse oportunidade de produzir frutos, isto é, a oportunidade
de fazer uma obra maior em prol do Reino de Deus, ele ficaria sem
saber o que escolher. Ora, se ao NÃO MORRER ele chama de VIVER
NA CARNE, naturalmente o morrer é, obrigatoriamente, o contrário
disso; E o contrário de VIVER NA CARNE só pode ser VIVER FORA
DA CARNE. O contrário de viver é morrer, mas o contrário de viver
dentro duma certa casa não é morrer, mas, sim, viver fora dela. A
seguir, Paulo diz que estava em aperto de ambos os lados, mas que
desejava “partir para estar com Cristo”, por ser isto muito melhor.
Depois da opção registrada no versículo 23, ele volta atrás no
versículo 24, e decide por “ficar na carne”, o que equivale a dizer,
NÃO ficar FORA DA CARNE, como já vimos. Ora, é fácil vermos que o
apóstolo rotula o não morrer de “VIVER NA CARNE” e “FICAR NA
CARNE”. E à morte ele chama de “PARTIR” e “ESTAR COM CRISTO”.
Finalmente, ele deixa bem transparente que o que ele chamava de
PARTIR E ESTAR COM CRISTO não era uma referência ao
arrebatamento da Igreja. Senão, vejamos: No versículo 25, ele
garante que não ia partir e, sim, ficar e permanecer com os irmãos,
para proveito deles e gozo da fé. Ora, se ele estivesse se referindo
ao arrebatamento da Igreja, ele teria mentido, pois já morreu e,
portanto, não permaneceu conosco. Cadê ele? Se ele não estivesse,
no contexto, se referendo à morte e à vida quando disse que não
sabia o que escolher entre viver na carne ou partir; e também
quando disse que decidiu por ficar e que deste modo sabia que
ficaria, ele não teria morrido e nem morreria nunca, pois pertenceria
ao grupo de salvos que estará vivo no dia da vinda de Jesus (I Ts.
4.17); mas isso não aconteceu, visto ter ele morrido e, assim,
52
podemos ver que para ele, morrer era viver fora da carne e partir
para estar com Cristo.
Depois de tudo que já dissemos, ainda nos resta, juntamente
com o leitor, analisarmos o versículo 26, no qual o apóstolo Paulo,
depois de dizer no versículo 24 que julgava mais necessário, por
amor aos irmãos, ficar na carne; e no versículo 25 que, por
conseguinte, sabia que ia ficar, diz, no versículo 26, o objetivo disso:
“Para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela
minha nova ida a vós”. Está claro que o apóstolo Paulo está se
referindo aí a não morrer tão cedo, mas FICAR com os irmãos por
mais algum tempo para poder fazer a eles mais uma visita e, deste
modo, contribuir para que a glória dos irmãos abundasse por seu
intermédio, em Cristo Jesus”. Sim, o texto bíblico transcrito e
analisado neste tópico prova cabalmente que Paulo chamou a morte
de “partir para estar com Cristo”, o que prova que ele acreditava na
realidade duma existência consciente entre a morte e a ressurreição.
Se Paulo estivesse se referindo ao arrebatamento, ele teria
optado por não ser arrebatado para ser útil aos irmãos, o que é um
absurdo.

4.1.2. II Coríntios 5.1-8


“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste
tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não ao
feita por mãos, eterna, nos Céus. Pois neste tabernáculo nós
gememos, desejando muito ser revestidos da nossa habitação que é
do Céu, se é que, estando vestidos, não formos achados nus. Porque
na verdade nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos
oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas revestidos, para
que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isto mesmo
nos preparou foi Deus, o qual nos deu como penhor o Espírito Santo.
Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto
estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor (porque
andamos por fé, e não por vista); temos bom ânimo, mas desejamos
antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o
Senhor” (Versão Revisada).

53
No versículo l, o apóstolo Paulo chama o nosso corpo de “casa
terrestre deste tabernáculo” e assegura que se ele se desfizer,
receberemos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos (isto
é, não desta criação, ou seja, não feita pelo homem), diz que este
edifício é uma casa eterna e ainda dá o seu endereço: ela está nos
Céus. Ora, quando é que a “casa terrestre deste tabernáculo” se
desfaz? Porventura não é quando se morre? Paulo não está aqui se
referindo ao arrebatamento da Igreja, pois no arrebatamento os
nossos corpos não serão destruídos, pois subiremos ao Céu em
corpo, alma e espírito. Os corpos dos cristãos que estiverem vivos,
quando do arrebatamento da Igreja, não serão destruídos, mas, sim,
transformados (I Ts 4.13-17; I Co. 15.51-52). Sem dúvida alguma, o
apóstolo Paulo estava se referindo à morte, quando escreveu
ensinando acerca das conseqüências da destruição da “casa terrestre
deste tabernáculo”.
Nos versículos 2-5, o apóstolo confessa que nós gememos,
desejando muito ser revestido da nossa habitação que é do Céu, e
acrescenta que foi Deus, o qual nos deu o penhor do Espírito Santo,
quem nos preparou para isto.
No versículo 6, ele diz que enquanto estamos presentes no
corpo estamos ausentes do Senhor; daí podermos deduzir que
quando não estivermos presentes no corpo, estaremos na presença
do Senhor. Perguntamos: Que é estar presente no corpo? Não é
estar vivo? Se sim, quando estivermos ausentes do corpo, ou seja,
quando morrermos, estaremos presentes com o Senhor. Isto é
óbvio, porque, “se enquanto presentes no corpo, estamos ausentes
do Senhor”, necessariamente, quando não estivermos presentes no
corpo, estaremos presentes com o Senhor. Claro como a luz do dia.
No versículo 7, Paulo abre parênteses para explicar o porquê
dele haver dito que enquanto estamos presentes no corpo estamos
ausentes do Senhor. O porquê disso é: “Andamos por fé e não por
vista”. Ora, do fato do apóstolo afirmar que enquanto estivermos
presentes no corpo, isto é, enquanto não morrermos, como já vimos,
estamos ausentes do Senhor, se subentende que, quando
estivermos ausentes do corpo, estaremos presentes com o Senhor. E
o fato dele haver dito entre parênteses que o motivo pelo qual ele
disse que enquanto estamos no corpo estamos ausentes do Senhor é
“porque andamos por fé e não por vista” revela que, quando
54
estivermos ausentes do corpo, deixaremos de andar por fé e
passaremos a andar por vista, ou seja, então veremos as coisas nas
quais agora apenas cremos. Isto fala duma existência consciente, e
que os mortos estão com suas faculdades mentais em perfeito
funcionamento; sim, o apóstolo não poderia dizer que quando um
cristão morre deixa de andar por fé e passa a andar por vista, se o
nosso verdadeiro “eu” não sobrevivesse à morte do corpo.
Finalmente chegamos ao versículo 8, onde Paulo diz sem
rodeios que desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. Ora,
o que é “estar ausente deste corpo” ou “deixar este corpo”, como o
diz o ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA, “para estar presentes com o
Senhor”? Já vimos, enquanto estudávamos juntos o versículo 1, que
quando do arrebatamento da Igreja, não deixaremos os nossos
corpos; logo, o apóstolo estava se referindo à morte, quando diz que
desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. É possível
raciocinar e chegar a uma conclusão contrária?

4.1.3. II Coríntios 12. 2-8.

“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no


corpo não sei, se fora do corpo não sei: Deus o sabe) foi arrebatado
até o terceiro Céu. Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora
do corpo, não sei: Deus o sabe), que foi arrebatado ao paraíso, e
ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.
Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão
nas minhas fraquezas. Pois, se quiser gloriar-me, não serei
insensato, porque direi a verdade; mas abstenho-me, para que
ninguém pense de mim além daquilo que em mim vê ou de mim
ouve.
E, para que me não exaltasse demais pela excelência das
revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de
Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exaltasse
demais, acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse
de mim” (Versão Revisada).

55
Esta referência (II Co. 12.2-8) é mais que suficiente para
provar por si só que o homem possui um espírito e que este pode
viver dentro ou fora do corpo. Assim sendo, fica claro que o homem
sobrevive á morte do corpo, pois ele (o espírito) não depende do
corpo para existir conscientemente. O que nos leva a fazer esta
afirmação é o fato do apóstolo Paulo dizer que ele havia sido
arrebatado ao Paraíso, mas que ignorava se esse arrebatamento
havia sido no corpo, ou se fora dele. Ora, o que é ser arrebatado no
corpo? E o que é ser arrebatado fora do corpo? Ser arrebatado no
corpo significa ter experiências iguais às que tiveram Enoque (Gn.
5.24; Hb. 11.5), Elias (II Rs. 2.1,11), Jesus (At. 1.9) e Filipe (At.
8.39,40). E ser arrebatado fora do corpo é ser arrebatado em
espírito e significa ter experiências similares às que tiveram Ezequiel
(Ez. 8.3) e João (Ap. 1.10). Sendo assim, o espírito humano pode
sair do corpo, ir a um determinado lugar, retornar ao corpo e ainda
conservar lembranças do lugar visitado. Alguém talvez objete,
alegando que o arrebatamento no corpo pode ser apenas um estado
de êxtase, que permite ao arrebatado ter a impressão de que subiu
ao Céu quando, na verdade, não saiu do planeta Terra. Esta objeção
é correta, pois realmente existe o arrebatamento de sentido” (At.
10.10 ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA). Mas, no que diz respeito ao
arrebatamento fora do corpo, sem dúvida se refere ao ato do espírito
sair do corpo e voar ao lugar determinado por Deus. Então, embora
possamos admitir que ser arrebatado no corpo não seja,
necessariamente, ter experiência similar às que tiveram Enoque,
Elias, Jesus e Filipe, ser arrebatado fora do corpo implica em que o
espírito se separe do corpo. E isto prova que o homem tem o seu
lado espiritual, que este constitui o nosso verdadeiro “EU”; e que
pode existir conscientemente à parte do corpo, não dependendo
deste para viver e que, portanto, sobrevive à morte.
Certo testemunha de Jeová disse-nos que “é errado pregarmos
a imortalidade do espírito à luz de II Co. 12.2-8 porque, nesta
passagem bíblica, o apóstolo Paulo não diz que ele foi arrebatado ao
Paraíso fora do corpo. O que Paulo diz aí”, disse-nos, “é que ele não
sabia se tal arrebatamento havia sido ou não fora do corpo. Ora, se
Paulo não sabia se o referido arrebatamento se deu no ou fora do
corpo, como dizermos que este texto prova que é possível ser
arrebatado fora do corpo?” Mas lhe respondemos que nisto está a
56
maravilha. Se o apóstolo não sabia se tal arrebatamento se deu no
ou fora do corpo é porque ele admitia ambas as possibilidades; se
ele admitia ambas as possibilidades, então é possível ser arrebatado
fora do corpo; e se é possível ser arrebatado fora do corpo, só nos
resta sabermos o que é isso. E o que é isso, senão o desprender-se
o espírito do corpo e voar?

4.1.4. Lucas 23.43


“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás
comigo no Paraíso”.
Este versículo é a resposta de Jesus ao ladrão penitente que
suplicava e implorava a Sua misericórdia. Esta passagem bíblica
deveria ser mais que suficiente para dirimir as dúvidas de um
inquiridor sincero, quanto à existência de vida consciente no período
intermediário, ou seja, entre a morte e a ressurreição. Mas os
adventistas do sétimo dia e os testemunhas de Jeová questionam
esta tradução, alegando que este versículo está mal traduzido.
Segundo eles, a tradução correta é: “... Deveras eu te digo hoje:
Estarás comigo no Paraíso”. Com esse “argumento” querem provar
que Jesus não disse que o ladrão arrependido estaria consigo
naquele mesmo dia no Paraíso, e sim, que Ele (Jesus) disse ao
salteador que este estará consigo um dia no Paraíso, e informou-lhe
na hora em que estava a prometer-lhe o Paraíso que esta promessa
lhe estava sendo feita naquele dia. Medite, porém, o leitor e
responda para si mesmo: Havia necessidade de Jesus informar
àquele ex-bandido que era naquele dia que Ele lhe prometia o
Paraíso? Não encontramos nada similar nas demais frases montadas
por Jesus. Esta forma de expressar-se não caracterizava o Senhor
Jesus Cristo. Se a tradução correta não fosse como se acha exarada
nas versões clássicas, mas como querem os adventistas e os
jeovistas, a palavra “hoje” ali contida seria supérflua. É digno de
nota o fato de que Jesus não compôs nenhuma sentença similar à
que os adventistas e os jeovistas dizem que Ele formou. Por
exemplo, não disse Ele a Nicodemos: “Em verdade, em verdade te
digo hoje: Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de

57
Deus” (queira ver Jo 3.3). Não é curioso o fato de Jesus não ter
usado uma única vez a dição que dizem que ele usou em Lc 23.43?!
Esse argumento, cujo objetivo é defender uma doutrina
fabricada pelos homens, se fundamenta em duas bases não sólidas:
1a.) A pontuação é um recurso gramatical relativamente
moderno, não constando, portanto, nos manuscritos antigos. Por
esta razão, os russelitas (testemunhas de Jeová) e os adventistas se
vêem no direito de correr com a pontuação a seu bel-prazer;
2a.) Dizem que, segundo o contexto bíblico, não há vida
consciente entre a morte e a ressurreição.
A primeira base seria sólida gramaticalmente, mas a segunda é
um disparate teológico, pois, como já vimos e continuaremos a ver,
a EXTINÇÃO e o SONO DA ALMA, pregados respectivamente pelos
testemunhas de Jeová e pelos adventistas não resistem a um
confronto com as Escrituras Sagradas.

4.2. O Adventismo Recita Seus Textos Prediletos

4.2.1. II Timóteo 4.8


“Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas
também a todos os que amarem a sua vinda”.
adventistas alegam que a crença de que os mortos salvos estão
no Paraíso colide com II Tm. 4.8, pois que este versículo diz que o
apóstolo Paulo não acreditava que receberia a coroa imediatamente
após a morte e, sim, “naquele dia”. Mas os adventistas precisam
saber que os mortos salvos estão no Paraíso sem as coroas, porque
estas serão distribuídas no dia do arrebatamento da Igreja (I Co
3.12-15; 2 Co. 5.10;).

58
4.2.2. I Coríntios 15.18

“Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos”.


Este versículo é, na opinião dos adventistas, mais uma prova
de que os mortos não estão cônscios. Alegam que “se os mortos
salvos estão felizes com Cristo no Paraíso, o fato de seus corpos não
serem ressuscitados não representaria nenhuma perdição”. Mas o
que o apóstolo Paulo está dizendo é que se Cristo não tivesse
ressuscitado, Ele não seria o que Ele disse ser: o CRISTO, O FILHO
DO DEUS VIVO, O IMPECÁVEL, O CAMINHO PARA DEUS e, sim, mais
um embusteiro; e, deste modo, o Cristianismo fundado por Ele seria
uma seita falsa, e perdido estaria quem tivesse morrido como seu
adepto (Rm. 4.25; I Co. 15.12-58). Claro, se Cristo não tivesse
ressuscitado, estaria subentendido que Seu Sacrifício não teria sido
aceito por Deus.

4.2.3.Entendendo Eclesiastes 3.18-19

“Disse eu no meu coração: é por causa dos filhos dos homens,


para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si
mesmo como os animais. Porque o que sucede aos filhos dos
homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa
lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o
mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é
nenhuma, porque todos são vaidade”.
Caro leitor, se um adventista lhe apresentar estes versículos
com a finalidade de “provar” que a alma não sobrevive à morte do
corpo, diga-lhe que Salomão não está dizendo que assim é, mas,
sim, dizendo que ele um dia havia pensado essa bobagem. Chame a
sua atenção para o fato de que as primeiras palavras dos versículos
acima copiados são: “Disse eu no meu coração”, e que a
interpretação é: “Eu pensei”. Ora, quem diz “eu pensei” certamente
não pensa mais.
Cremos ter deixado claro que quando a Bíblia diz que os
mortos dormem no pó da terra (Dn. 12.2), está dizendo tão-somente
59
que o corpo (e não a alma) dorme. O corpo dorme porque está
inconsciente e destinado à ressurreição.
Quanto a Ez. 18.4, que diz que “a alma que pecar, essa
morrerá”, é bom lembrar que neste versículo a palavra alma significa
pessoa. A palavra alma aparece na Bíblia com vários significados.
Além disso, todo aquele que ainda não aceitou a Jesus como seu
Salvador é uma alma morta, espiritualmente; porém, no versículo em
apreço (Ez. 18.4), Deus estava apenas mandando apedrejar os que
pecassem.
Há outros textos correlatos a serem considerados, mas
paremos por aqui e oremos pelos adventistas. Nossas orações
falarão mais alto do que os nossos argumentos.

60
CAPÍTULO V
CADEIA CIRCUNSTANCIAL?!

Dialogando com os adventistas e lendo suas obras ficamos


sabendo que eles crêem que após a Grande Tribulação terá lugar o
arrebatamento da Igreja, quando todos os salvos serão arrebatados
ao Céu, onde passarão mil anos. Nesse dia os ímpios serão mortos.
Assim se pode ver que os adventistas não crêem que o o Milênio
será na Terra. Mas eles se esquecem que, se assim fosse, nenhuma
necessidade haveria de se prender o diabo durante o milênio (ap
20.1-3,7, 8). Raciocinemos: Se os salvos estarão no céu com Cristo,
definitivamente livres dos enganos de Satanás, e todos os perdidos
mortos, para que prender o Diabo, objetivando tolher-lhe de enganar
as nações? A esta objeção os adventistas “respondem” dizendo que
o Diabo não estará preso numa cadeia literal e, sim, numa cadeia
circunstancial, isto é, ele não encontrará a quem enganar durante o
milênio. Ora, se quando a Bíblia diz que o Diabo será preso durante
mil anos, está dizendo apenas que ele não terá a quem enganar
nesse período, natural e necessariamente, quando diz que ele será
solto, está apenas dizendo que ele terá a quem enganar novamente.
E aí perguntamos: A quem enganará o Diabo? E os adventistas
respondem: “Aos que morrerem no dia do arrebatamento da igreja,
os quais serão ressuscitados, no fim do milênio”. Ora, como enganar
ainda aqueles que morreram perdidos? Aquele que morreu perdido
foi tão enganado que não tem como enganá-lo mais; esta conclusão
dos adventistas é um disparate tão grande que não dispomos de um
61
adjetivo capaz de qualificá-lo à altura de seus méritos. Quanto à
“prisão circunstancial” de Satanás, argumentamos que este raciocínio
é tão absurdo quanto matar todas as mulheres de um país e depois
dizer que prendeu o estuprador numa cadeia circunstancial, isto é,
ele não terá mais a quem estuprar. Todos os que pregam doutrinas
contrárias à Bíblia, mais cedo ou mais tarde terão que ou abandoná-
las ou arranjar outras para justificá-las, pois “um abismo chama
outro abismo” (Sl. 42.7).

Os adventistas, tentando provar que todos os ímpios serão


mortos no dia do arrebatamento, citam Ap 19.20-21, onde se diz que
“os demais foram mortos...”; mas “os demais” desta passagem
bíblica diz respeito aos militares integrantes dos exércitos coligados
ao Anticristo e não se trata duma referência à humanidade. “Os
demais” aqui, não significa “os demais habitantes do planeta Terra”
e, sim, “os demais personagens envolvidos no episódio de que trata
o contexto”. Para se chegar a esta conclusão, basta não interpretar o
texto isolado do seu contexto. O texto fala da besta, os reis da
Terra, seus exércitos e o falso profeta. E informa que destes, dois (a
besta e o falso profeta) foram lançados vivos no lago de fogo. E os
demais (os reis da Terra e seus exércitos) foram mortos. Senão,
vejamos: E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos
para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e ao seu
exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que fizera
diante dela os sinais com que enganou os que receberam o sinal da
besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados
vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram
mortos pela espada que saía da boca daquele que estava montado
no cavalo; e todas as aves se fartaram das carnes deles. (Ap19.19-
21)

Muitos pensam que nós, os evangélicos, cremos que os salvos


irão para o Céu, os perdidos para o Inferno, e a Terra será destruída.
Os que assim pensam, certamente não examinaram nossos
compêndios teológicos.

Para que os adventistas compreendam porque discordamos da


“escatologia” deles, julgamos importante informar como a Doutrina
62
das Últimas Coisas está sistematizada nos compêndios teológicos
que este autor considera respaldados pela Bíblia.

Vejamos abaixo uma sinopse dos principais eventos


escatológicos em ordem cronológica:

5.1. O Arrebatamento da Igreja e a Grande Tribulação

“Haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo


até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21). Nós, os
cristãos desta Dispensação, não passaremos por essa grande
tribulação que está por vir, pois a Bíblia diz que seremos guardados
dessa hora ( Ap 3.10), isto é, seremos arrebatados ao Céu
previamente. Portanto, Jo 14. 3; 1Ts 4. 16,17; 1 Co 15. 51,52; Hb 9.
28 etc., que tratam da primeira fase da segunda vinda de Cristo
para nos arrebatar ao Céu, se cumprirão antes da grande tribulação.
Muitos dos que não forem arrebatados ao Céu, no dia do
arrebatamento da Igreja, se converterão e serão martirizados
durante a grande tribulação (Ap 7. 14; 20. 4). São estes os
integrantes da grande multidão mencionados em Ap 7.9. Os
membros dessa grande multidão também irão para o Céu (Ap7. 9), o
que prova que eles terão o mesmo destino da Igreja e do povo de
Deus do Antigo Testamento: a Nova Jerusalém (Fp 3. 20; Hb 11. 9,
10,12-16; Ap 21. 2-22. 5). E os que morrerem sem se converter
durante a grande tribulação, para onde irão? Resposta: Nenhuma
novidade. Suas almas irão para o lugar que os ímpios sempre foram.

Possivelmente, muitos adventistas farão parte da grande


multidão abordada em Ap 7.9, visto que quando perceberem que a
Igreja foi arrebatada e eles ficaram, cairão em si, se converterão,
desafiarão o Anticristo, sofrerão o martírio e irão para a Glória.
Todavia, o que desejamos para eles é que se convertam agora,
passem a pertencer a Cristo e sejam arrebatados ao Céu no dia do
rapto da Igreja.

63
5. 2. A Manifestação de Jesus em Glória e o Armagedom.

Jesus disse que logo após a grande tribulação, Ele virá


visivelmente (Mt 24. 29-30). Nesse dia se concretizará o tão
comentado Armagedom (Ap 16. 13-16), que é o seguinte: Durante a
grande tribulação, todas as nações do mundo (Zc 14. 2a), sob a
influência demoníaca (Ap 16. 13-14), se aliarão ao Anticristo, e seus
exércitos se congregarão no lugar que na língua hebraica se chama
Armagedom (Ap 16. 16), numa renhida guerra contra os Judeus (Zc
14. 2 a), os quais muito sofrerão (Zc 14. 2 b), e serão dizimados em
dois terços (Zc 13. 8). Em meio a essa sangrenta batalha, Jesus se
manifestará em glória (Mt 24. 30), e destruirá o exército inimigo dos
judeus (Ap 19. 17, 18 , 21). Eis o Armagedom.
A manifestação de Jesus em glória, mencionada em Mt 24.
29,30, não deve ser confundida com o evento do qual trata Jo 14. 3;
e 1Ts 4. 16, 17; 1 Co 15. 51,52; Hb 9. 28 etc.. Veja que o
arrebatamento da Igreja será antes da grande tribulação, como já
vimos; ao passo que o evento do qual trata Mt 24. 29,30, será,
segundo informou Jesus, “depois da aflição daqueles dias”, isto é,
depois da grande tribulação

5. 3. O Juízo das Nações.

No dia em que se concretizar o Armagedom, as nações serão


julgadas (Mt 25. 31,33). O critério adotado será o tratamento que
essas nações terão prestado aos judeus durante a grande tribulação
(Mt 25. 34-46). Este texto fala de ovelhas, bodes, e irmãos de Jesus.
Os bodes, que serão postos à esquerda de Jesus, serão lançados no
fogo eterno; as ovelhas, ouvirão o “vinde” de Jesus; e o motivo
dessa acolhida que Cristo dispensará às ovelhas, será o tratamento
que as mesmas terão dispensado aos irmãos de Jesus. Logo, as
“ovelhas” e os “irmãos”, são distintos, isto é, um não é o outro.
Claro, ninguém pode ser recompensado por ter usado de bondade
para consigo mesmo. Bodes, ovelhas, e irmãos, são,

64
respectivamente: Os inimigos dos judeus; os amigos dos judeus, a
saber, gentios convertidos; e os judeus convertidos.

5.4. O Milênio.

Quando o Senhor destruir os exércitos inimigos de Israel no


Armagedom; julgar as nações; lançar os bodes, a Besta e o falso
profeta no lago de fogo; dar boas vindas às ovelhas; e prender o
Diabo por mil anos, iniciar-se-á na face de toda a Terra, o Reino do
qual a Bíblia tanto fala (Is 11. 6-9; 65. 20-25; Dn 2. 44; 7.13, 14, 27;
9.24; Zc 14.8-21; Mt 6.10; Ap 20.4-7 etc.).

5. 5. O Juízo Final.

Quando o Milênio terminar, Satanás será solto por um curto


espaço de tempo (Ap 20. 3), e a seguir lançado definitivamente no
lago de fogo, onde encontrará a Besta, o falso profeta, e os bodes,
os quais foram lançados lá antes do Milênio, (como já
observamos),com os quais será atormentado eternamente (Ap
20.10). Com a derrocada final do Diabo, coincidirá o Juízo Final, que
é o momento em que Deus ressuscitará todos os mortos, os julgará,
e lançará os ímpios no lago de fogo eterno (Ap 20. 11-13). Os que
não forem condenados no Juízo das Nações, se permanecerem fiéis
durante o Milênio, bem como após o Milênio quando Satanás for
solto e os tentar, vão herdar a Terra.

5.6. A Purificação do Universo.

A Terra e todos os demais planetas, bem como todos os astros,


serão purificados com fogo (2 Pe 3. 7, 10-13). Sob esse fogo a Terra
vai perecer, isto é, será destruída (Sl 102. 25-27). A Bíblia diz que a
Terra vai perecer (Hb 1.11), mas isso não significa que ela vá deixar
de existir, e sim, que, ao ser derretida, ela perderá a sua forma. A

65
esta conclusão chegamos, quando comparamos os textos bíblicos
que falam da destruição da Terra, com Ec1.4, que nos assegura que
ela para sempre permanece. Após ser expurgada à base de fogo, a
Terra será restaurada à sua condição primitiva. E esse lindo Paraíso
será habitado eternamente. Falando sobre isto, disse o erudito
Pastor Antonio Gilberto: “Cumprir-se-á então também, plenamente,
Mateus 5. 5: ‘Bem-aventurados os mansos porque herdarão a
terra’...Ler ainda Salmos 37.11,29; 115. 16”. (O Calendário da
Profecia, página 96). Vimos em 5.5, quem irá habitá-la.

A exposição acima representa a fé da maioria dos evangélicos.


Basta ler os compêndios teológicos da autoria de teólogos e pastores
evangélicos, editados pelas editoras evangélicas, para chegar a esta
conclusão. Por exemplo, o Pastor Antonio Gilberto, em seu livro
Daniel e Apocalipse, editado pela CPAD_ Casa Publicadora das
Assembléias de Deus_ à página 182 afirma: “A Terra voltará ao
estado de perfeição original, como era antes da entrada do pecado”.
Nesta mesma página, explicando Ap 21.1, que diz que a Terra
passará, disse: “ ‘Passaram,’ é no original ‘parechomai’, e significa
passar de um estado para o outro. Não quer dizer aniquilamento”.
E, como já vimos, ele disse ainda que então se cumprirá plenamente
Mt 5. 5, que promete a Terra aos mansos.

Até mesmo os hinos que cantamos em nossas igrejas, dizem


que os evangélicos crêem na restauração da Terra, e que isto será
efetuado com o propósito de torná-la deleitosa àqueles que forem
designados para habitá-la. Veja estes exemplos:

Já refulge a glória eterna de Jesus o Rei dos reis

Breve os reinos deste mundo seguirão as sua leis

Os sinais da sua vinda mais se mostram cada vez

Vencendo vem Jesus

66
Eis que em glória refulgente sobre as nuvens descerá

As nações e reis da Terra com poder governará

Sim, em paz e em santidade toda Terra regerá

Vencendo vem Jesus

(Hino 112 do Cantor Cristão, hinário oficial dos batistas, grifo nosso)

Ressuscitou! Ressuscitou!

E para o Céu Jesus tornou

Mas voltará, também de lá

E neste mundo então reinará

(Hino 188 da antiga Harpa Cristã, hinário oficial das Assembléias de


Deus, grifo nosso)

Quando o povo israelita com Jesus se consertar

Dando glórias ao seu nome sem cessar

Nesse tempo Céu e Terra hão de ser a mesma grei

entoando aleluias ao meu Rei

(Ibidem, hino 3, grifo nosso)

67
5. 7. Eterno Estado de Felicidade

Quando o Universo for destruído e refeito, a Nova Jerusalém,


que é a Cidade Celestial que Jesus preparou para nós, descerá do
Céu e virá para cá (Ap 21. 9-27). “ Nesse tempo Céu e Terra hão de
ser a mesma grei”, como bem o disse o poeta, autor do hino
supracitado; pois então já se terá cumprido o que também está
previsto em Rm 9_11, isto é, os judeus já terão recebido a Jesus.

Recapitulando: Do arrebatamento da Igreja, à restauração de todas


as coisas, quando então ingressaremos no momento escatológico
que geralmente é chamado de Feliz Estado Eterno, os principais
eventos escatológicos se desenvolvem na seguinte ordem: 1)
Arrebatamento da Igreja; 2) Grande tribulação; 3) Manifestação de
Jesus em glória; 4) Armagedom; 5) Juízo das nações; 6) Milênio; 7)
Juízo final; 8) Purificação do Universo; 9) Eterno estado de
felicidade.

Ratificamos que os que não subirem no dia do arrebatamento


da Igreja, e se converterem no lapso de tempo entre o
arrebatamento da Igreja e a Manifestação de Jesus em glória, e não
morrerem, se forem fiéis durante o Milênio, bem como após o
Milênio, quando Satanás for solto e os tentar, herdarão a Terra.

Deixamos de abordar nesta sinopse escatológica vários pontos


relevantes da Escatologia, como por exemplo, A Coroação da Igreja;
As Bodas do Cordeiro; As Setenta semanas de Daniel; A
Septuagésima Semana de Daniel, que é dividida em duas partes; As
Dispensações; Os Períodos etc.. Se o leitor quiser aprofundar seus
conhecimentos sobre Escatologia, sugerimos que estude os livros
Daniel e Apocalipse, e O Calendário da Profecia, ambos da autoria do
Pastor Antonio Gilberto, editados pela CPAD__ Casa Publicadora das
Assembléias de Deus__ , que podem ser encontrados nas livrarias
evangélicas.

68
CAPÍTULO VI
O ADVENTISMO NEGA O INFERNO
BÍBLICO

O vocábulo original (AIÔN) traduzido por eterno em Mt. 25.46


pode significar ETERNIDADE, mas também longa duração. Os
adventistas se servem disso para inculcar nos incautos que o Diabo,
os demônios e os homens perdidos não vão sofrer eternamente no
lago de fogo. Mas este “argumento” não é respaldado pela Bíblia,
pois se trata apenas duma postura tendenciosa. Por não crerem que
os ímpios sofrerão eternamente, fazem AIÔN significar apenas longa
duração. Mas por que não dizem eles que a vida dos justos não será
eterna, porém, apenas de longa duração, já que o mesmo AIÔN que
se usa para a vida dos salvos, se usa também para o tormento dos
ímpios? Mas, verdade seja dita, se AIÔN tem mais de uma tradução,
se faz necessário definirmos qual a sua tradução correta, quando se
refere ao tormento dos perdidos. E Ap. 20.10 é mais que suficiente
para dirimir as dúvidas de um inquiridor sincero, de que AIÔNAS
AIONÔN não pode significar outra coisa além da eternidade
propriamente dita.
A Bíblia mostra claramente que o Anticristo e o falso profeta
serão lançados no lago de fogo antes do milênio e que depois dos
mil anos, será a vez do Diabo (Ap. 19.20). Diz então Ap. 20.10 que,
quando o Diabo cair lá, encontrará o Anticristo e o falso profeta, com
os quais será atormentado para todo o sempre. Diz o texto: “E de
dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos”, ou
como já transliteramos acima, AIÔNAS AIONÔN. Ora, se serão
69
atormentados, é porque o tormento deles ainda não havia cessado;
se não havia cessado, é porque ainda não haviam sido aniquilados; e
se 1000 anos de tormento não foram suficientes para extingui-los,
perguntamos: Quando serão extintos? Assim se pode ver que os
adventistas estão achando a pena eterna dura demais; e, por este
motivo, tentam amenizá-la. Mas o castigo terá a durabilidade que
tiver, e não a que gostaríamos que tivesse.
Os adventistas estão certos, por dizerem que AIÔN é uma
palavra elástica, mas equivocados por darem à mesma, a definição
que bem querem, desconsiderando o contexto. Realmente esta
palavra é elástica, e, portanto, tem mais de uma definição. Mas, por
qual delas devemos optar? Pela definição que mais harmonia tiver
com os nossos corações? Obviamente esta não seria uma boa opção,
uma vez que “enganoso é o coração...” (Jr. 17.9). Então, o que
fazermos? Estudemos a Bíblia com afinco, sob o influxo do Espírito
Santo, e deixemos que ela fale mais alto que os nossos corações.
Crer ou não no sofrimento eterno dos perdidos não interfere
na salvação de ninguém, mas vale a pena sabermos a verdade
acerca deste assunto, pois é tema bíblico; e na Bíblia tudo é muito
importante. Por exemplo, quanto maior a perdição da qual Cristo nos
salvou, maior é o valor do seu sacrifício substitutivo. Se o Seu
sacrifício nos livra de uma pena infinita, infinito é o valor do seu
sangue remidor.
A crença adventista de que os ímpios serão ressuscitados e
lançados no lago de fogo onde sofrerão até ser extintos, colide com
Hb. 9:27. Este versículo nos diz que ao homem está ordenado
morrer uma só vez. É bem verdade que a Bíblia fala da segunda
morte (Ap. 20:14); porém, esta morte não é física. Do contrário, a
Bíblia seria contraditória.

70
CAPÍTULO VII

A RESPEITO DO SANTUÁRIO
CELESTIAL

Segundo os adventistas, Jesus, de Sua ascensão ao Céu até


1.844, oficiou no primeiro compartimento do Santuário Celestial.
Mas, a partir de então (1.844), Ele oficia no segundo compartimento,
que é o Santo dos Santos. Para sermos claros, sintéticos e objetivos
na refutação a essa heresia, transcrevemos Hb. 9.12, da Edição
Revista e Atualizada no Brasil: “Não por meio de sangue de bode e
de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”. Isto
prova cabalmente que Cristo entrou no Santo dos Santos no século
I, e não no século XIX. Optamos pela versão acima identificada
porque esta, usando de maior fidelidade ao contexto bíblico, registra
“Santo dos Santos” e não “santuário”, como o faz a Edição Revista e
Corrigida e outras.
Talvez os “eruditos” adventistas questionem este nosso
parecer, alegando que Hb. 9.12 está mal traduzido na Edição Revista
e Atualizada, visto que o vocábulo original traduzido por Santo dos
Santos é HAGÍA (lê-se raguía [Neste caso o “r” tem o valor do “h”,
em inglês, ou do “j” em espanhol}) que significa santuário, e não
HAGÍA HAGÍÔN (lê-se raguía raguíon), que significa Santo dos
Santos; mas, se apresentarem este frágil argumento, ajude-os, ó

71
leitor, a compreenderem que tanto o primeiro compartimento do
tabernáculo, quanto o segundo, são chamados de santuários no
original. Para vermos isto basta lermos, no original, ou até mesmo
na Edição Revista e Corrigida, Hb. 9.25, que diz textualmente que “o
sumo sacerdote cada ano entrava no santuário”. Que santuário é
este? Não está claro, à luz de Hb. 9.7 que o santuário de Hb. 9.25 é
mesmo, o Santo dos Santos? E, se a palavra santuário em Hb. 9.25,
se refere ao Santo dos Santos, por que esta mesma palavra,
constante de Hb. 9.12, não pode estar se referindo ao Santo dos
Santos?
À luz de todo o capítulo 9 de Hebreus, se pode ver que o
tabernáculo era dividido em dois compartimentos e que cada um
destes compartimentos era chamado de tabernáculo, bem como de
santuário; assim sendo, além do segundo compartimento possuir um
nome exclusivamente seu, a saber, o de Santo dos Santos, tinha
mais dois nomes em comum com o primeiro compartimento, que são
os nomes de santuário e tabernáculo. O segundo compartimento é
chamado de segundo tabernáculo (9:2, 3,6,7).
Diz mais a Bíblia: “... até ao interior do véu onde Jesus, nosso
precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote...” (Hb.
6.19-20). Esta é mais uma prova bíblica de que, nos dias do autor da
Epístola aos Hebreus, Jesus já havia entrado no Santo dos Santos. O
texto diz textualmente: “... Jesus... entrou...”. E onde foi que Jesus
entrou? A Bíblia responde: “... até ao interior do véu...”. A que véu
se refere aqui? Sabemos que existiam no Tabernáculo dois véus: o
que ficava na porta de acesso ao Santo Lugar, isto é, ao primeiro
compartimento do santuário; e o que separava o primeiro
compartimento do segundo, chamado de Santíssimo Lugar ou Santo
dos Santos.
Já que existiam dois véus, de qual deles trata Hb. 6.19-20? A
resposta honesta é que sempre que a Bíblia liga um episódio ao
segundo véu, apenas chama-o de “o véu”. Por exemplo, qual foi o
véu que segundo Mt. 27.51 rasgou-se de alto abaixo? Naturalmente,
o segundo véu. Com esta conclusão a senhora White concordava em
gênero, número e grau. Senão, vejamos: “... ao irromper dos lábios
de Cristo o grande brado: ‘está consumado’, oficiavam os sacerdotes
no templo...”. Com ruído rompe-se de alto a baixo o véu INTERIOR
do templo, rasgado por mão invisível, expondo aos olhares da
72
multidão um lugar dantes pleno da presença divina. Ali habitava o
shekinah. Ali manifestava Deus, sua glória sobre o propiciatório;
ninguém, senão o sumo sacerdote, jamais erguera o véu que
separava esse compartimento do resto do templo. Nele penetrava
uma vez por ano para fazer expiação pelos pecados do povo. Mas eis
que esse véu é rasgado em dois. O santíssimo do santuário terrestre
não mais é um lugar sagrado...” (O Desejado de Todas as Nações,
pg. 564, grifo nosso). Ora, se o véu mencionado em Mt. 27.51
refere-se ao véu interior, por que o véu abordado em Hb. 6.19-20
não pode ser aquele mesmo véu? E se este véu é o véu interior,
então Jesus entrou no Santo dos Santos quando ascendeu ao Céu,
no século I.
A estorieta da purificação do santuário a partir de 1.844
presta-se tão-somente para cobrir o vergonhoso passado dos
adventistas do sétimo dia. Isto só lhes é necessário até que
assumam que erraram e se retratem, como bem o fez Willian Miller,
o fundador dessa seita.
Simplificando, a heresia acerca da purificação do Santuário
Celestial nasceu assim: Um pregador batista, interpretando
erradamente Dn. 8.14, concluiu que a Terra, qual santuário
profanado desde a queda de nossos primeiros pais (Adão e Eva) no
Jardim do Éden, seria purificada dentro de 2.300 anos, a contar do
ano 457 a.C.; esta matemática leva ao 1.844 d.C.. Assim: Do ano
457 a.C. ao ano 1 a.C. temos 456 anos. Do ano 1 a.C. ao ano 1.844
temos 1.844 anos. E a soma destes valores corresponde a 2.300
anos. Também, se subtrairmos 456 de 2300, obtemos 1.844.O
referido Miller concluiu então que Jesus voltaria à Terra em 1.844
para purificá-la e transformá-la em paraíso como no princípio;
chegou e se foi o aprazado ano, mas Jesus não veio conforme o
esperado. Miller reconheceu o seu erro e, arrependido, reconciliou-se
com sua ex-igreja, onde permaneceu fiel e humilde até a morte.
Porém, uma boa parte dos que haviam se unido a Miller começou a
dizer que a interpretação de Miller, errada quanto ao local, estava
certa quanto à data. Segundo eles, até 1.844, Cristo havia oficiado
no primeiro compartimento celestial chamado santo; a partir daí, Ele
passou para o compartimento chamado Santo dos Santos ou
Santíssimo e se pôs a purificá-lo.

73
Sobre a matemática acima, os adventistas cometem os
seguintes equívocos:
1º) Associam arbitrariamente Dn. 8.14 com 9.25;
2º)pensam que o ponto de partida apontado pelo anjo em Dn.
9.25, que diz que “desde a saída da ordem para restaurar e para
edificar Jerusalém”, é o ano 457 a.C., mas a História Universal deixa
claro que isto ocorreu em 445 a.C.. O que se deu em 457 a.C. foi o
embelezamento do templo bem como a restauração do culto, a
cargo de Esdras (Ed. 7). Basta lermos Neemias capítulo 2 para
vermos que a ordem para reedificar a cidade de Jerusalém
verdadeiramente foi expedida no ano vigésimo do rei Artaxerxes. E
ainda estamos para ver uma enciclopédia que diga que essa data
não foi o ano 445 a.C.! Realmente, o evento do qual trata Esdras 7
se deu em 457, mas o cumprimento de Dn. 9.25, que serve de ponto
de partida para a contagem das 70 semanas ocorreu em Ne. 2. O
versículo 5 o diz textualmente: “... peço-te que me envies a Judá, à
cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique”. Assim,
os adventistas cometem dois erros ao mesmo tempo: Erram por
associarem arbitrariamente os capítulos 8 e 9 de Daniel, e erram por
acharem que o ponto de partida do qual trata Dn. 9.25 é o tema de
Esdras 7, quando já vimos que só o episódio de Neemias 2 satisfaz
as exigências.
3º) Segundo os adventistas, as 2.300 tardes e manhãs
equivalem a 2.300 dias proféticos, isto é, 2.300 anos. Ora, segundo
Gn. 1.5, uma tarde e uma manhã correspondem a um dia; logo,
2.300 tardes e manhãs equivalem a 1.150 dias. Sim, porque para
2.300 dias necessitamos de 2.300 tardes + 2.300 manhãs. Veja que
Dn. 8.14 tão-somente está dizendo que se somar as tardes às
manhãs, chega-se ao número 2.300. Ora, se uma tarde e uma
manhã são um dia, então duas tardes e duas manhãs, ou seja,
quatro tardes e manhãs, correspondem a 2 dias. E se 4 tardes e
manhãs são 2 dias, desnecessário se faz sermos peritos em
matemática para sabermos que 2.300 tardes e manhãs são 1.150
dias. Deste modo, mesmo adventistando estes dias, para que
correspondam a 1.150 anos, e determinando aleatoriamente que o
ponto de partida é o referencial indicado em Dn. 9.25, e localizando-
o equivocadamente em Esdras7, que data de 457 a.C. (e não

74
acertadamente em Ne. 2, que data de 445 a.C.) não chegamos a
1.844 d.C., e sim, ao ano 694 d.C.. Veja a aritmética abaixo:
1.150
-456
694

A profecia de que trata Dn. 8.14 se cumpriu em 165 a.C..


Trata-se de 1.150 dias, e não 2.300 anos. Refere-se ao período em
que o rei Antíoco Epifânio, inimigo dos judeus, decidiu exterminá-los
juntamente com a religião deles. Ele profanou o templo dos judeus,
chegando a sacrificar sarcasticamente um porco sobre o altar. Esta
profanação, prevista em Dn. 8.12-13, durou apenas o tempo previsto
em Dn. 8.14, isto é, 1.150 dias (ou seja, três anos e meses). É que
Judas Macabeus, com a ajuda de Deus, obteve vitórias sobre Antíoco
e seu exército. Esta história está registrada em I Macabeus, livro
apócrifo existente nas Bíblias católicas. Este é apenas um livro
histórico de grande valor, pois não é a Palavra de Deus. Há dois
livros com este nome.
Talvez o leitor não tenha entendido o porquê de afirmarmos
que 2.300 tardes e manhãs são 1.150 dias. Por que o número de
dias corresponde exatamente à metade do total das tardes e
manhãs? O raciocínio é o seguinte: Se alguém disser que na
empresa tal trabalham 2.000 homens e mulheres, não se deve
entender que trabalhem lá 2.000 homens e 2.000 mulheres e, sim,
que a soma dos homens e mulheres que lá trabalham corresponde a
2.000 pessoas. De igual modo, 2.300 tardes e manhãs não são 2.300
tardes + 2.300 manhãs. E como 1 tarde + 1 manhã correspondem a
1 dia, 2.300 tardes e manhãs equivalem, portanto, a 1.150 dias.
Os adventistas às vezes tentam contradizer a interpretação da
profecia de Dn. 8.14, que se cumpriu no século II antes de Cristo,
citando Dn. 8.26, que diz que a profecia só se cumpriria depois de
muitos dias; estes muitos dias são, segundo eles, uma referência ao
final dos tempos. “Assim sendo”, dizem eles, “não pode ter se
cumprido antes de Cristo vir ao mundo”. Assim argumentam para
esticarem a data até 1.844 e deste modo cobrirem o seu vergonhoso
passado. A desconcertante matemática dos adventistas seria
desnecessária se a Sra. White e seus correligionários, que fundaram
o Adventismo, seguissem o belo exemplo de Willian Miller que
75
humildemente confessou que errou e voltou à sua igreja, pedindo
perdão a Deus e aos irmãos em Cristo. Ele foi humilde até a sua
morte.
Realmente não precisamos esticar “os muitos dias” de Dn. 8.26
até 1.844; há várias profecias para os últimos dias que se cumpriram
há quase 2.000 anos atrás. Por exemplo, o profeta Joel profetizou
que NOS ÚLTIMOS DIAS o Espírito Santo seria derramado sobre toda
carne (2.28). Esta profecia se cumpriu há quase 2.000 anos atrás
(At. 2.16). A promessa de enobrecer as terras de Zebulom e de
Naftali foi feita para os últimos tempos (Is. 9.1-2). Não obstante,
porém, cumpriu-se já há quase 2.000 anos, segundo Mt. 4.14-16.
A alegada purificação do santuário celestial que os adventistas
teimam em dizer que começou em 1.844, como já sabemos, é
rotulada também por eles de Juízo Investigativo. Crêem os
adventistas que os pecados dos que morreram fazendo a vontade de
Deus, embora perdoados, não estavam cancelados, pois
permaneceram no livro de registros pelo menos até 1.844. A partir
daí Cristo está investigando caso a caso e, quando concluir esta
investigação (a qual inclui os cristãos vivos) ele virá buscar a sua
Igreja. Assim se vê que os adventistas têm uma idéia muito pequena
da Augusta Pessoa de Jesus. Será que o onisciente Jesus levaria
tantos anos para examinar estes casos? Aliás, esse negócio de
pecado perdoado, mas não cancelado, pregado pelos adventistas em
O Conflito dos Séculos, páginas 488-489, e Nisto Cremos, pg. 418, é
doutrina estranha à fé cristã. Isso cheira a Catolicismo. Biblicamente
não há diferença entre perdão e cancelamento de pecado.
Como sabemos, os adventistas pregam que a purificação do
santuário celestial INICIOU-SE em 1.844; mas o que está previsto
em Dn. 8.14 é a purificação, e não o início da purificação. Não se diz
lá: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e INICIAR-SE-Á a
purificação do santuário. O que está escrito lá é que “até duas mil e
trezentas tardes e manhãs e o santuário SERÁ PURIFICADO”, isto é,
dentro deste período, dar-se-ia a purificação do santuário.
Atentemos para o fato de que o versículo 14 do capítulo 8 de
Daniel é a resposta à pergunta formulada no versículo 13; e a
referida pergunta não foi: “Quando se iniciará a purificação?...” mas
sim: “Até quando durará... para que seja entregue o santuário, a fim
de serem pisados?”. É bom sabermos qual foi a pergunta, pois
76
facilita a compreensão da resposta. Além disto, a resposta não foi:
“Iniciar-se-á a purificação”.
Os adventistas afirmam, como já sabemos, que Jesus esteve
até 1.844 oficiando no compartimento chamado “Lugar Santo” e
que, a partir de então Ele passou para o compartimento chamado
Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos. Ora, sabemos pela Bíblia que
Jesus, ao subir ao Céu, assentou-se à destra de Deus no seu trono
(Mc. 16.19, Ap. 3.21). Ora, será que há no Céu algum lugar mais
santo do que o outro? E se há, será que há algum lugar no Céu mais
santo do que o trono de Deus? Obviamente que não, mas os
adventistas querem pôr isto na nossa cabeça, quando nos dizem que
a partir de 1.844 Cristo passou do Lugar Santo para o Lugar
Santíssimo.
Incoerência é o que há em fartura nos escritos de Ellen G.
White. Já vimos que ela afirmou que os pecados dos verdadeiros
servos de Deus que morreram na graça, estavam, estão e estarão
perdoados, mas não cancelados, até que seus casos sejam
averiguados por Jesus, o que se dará durante o Juízo Investigativo
que o Senhor Jesus Cristo empreende desde 1.844. Só então, os
pecados serão cancelados ou extintos. A esta altura, um leitor que
não conheça todas as heresias dessa mulher, poderá pensar que, até
que enfim, a novela acabou. Porém, ledo engano, pois ela sustenta
que o Diabo arrostará com os pecados dos verdadeiros penitentes
depois do milênio, quando então ele será lançado no lago de fogo.
Ora, se os pecados foram extintos durante o Juízo Investigativo,
como lançá-los depois sobre o Diabo no dia final? Afinal de contas, o
pecado foi extinto ao término do Juízo Investigativo ou não foi?
Lembre-se que os adventistas, inspirando-se nos escritos de Ellen
White crêem que, ao término da purificação do santuário (ou Juízo
Investigativo), Cristo virá e arrebatará a Igreja ao Céu, onde ela
passará mil anos. Depois disso é que virá o juízo final, quando então
o Diabo arrostará com os pecados que, segundo ela mesma disse, já
haviam sido extintos mais de mil anos antes. Dá para entender essa
barafunda? Mas essa é a profetisa dos “remanescentes”.
A Revista Adventista de março de 1973, alega que a
profanação do santuário causada por Antíoco Epifânio durou, na
melhor das hipóteses, 1130 dias, mas nunca, 1150 dias, tempo este
exigido pela profecia, se as 2300 tardes e manhãs correspondessem
77
realmente a 1150 dias. De fato, se formos rígidos aritméticos, jamais
acharemos o número exato, ao basearmos em I Macabeus 1.57; e
4.52. Para este problema sugerimos duas possíveis soluções:
Primeira: Macabeus, embora sejam livros históricos de grande
valor, não gozam de infalibilidade, visto que não foram escritos sob
inspiração divina. Por conseguinte, podemos até citá-los de
passagem, sem nos esquecermos, porém, que o nosso “cavalo de
batalha” é a Bíblia Sagrada. É ela que dará a palavra final.
Segunda: Os números na Bíblia são, às vezes, arredondados, ou
para mais, ou para menos. Há vários exemplos disso. Contudo,
veremos agora somente um caso. Em Gn. 15:13 Deus disse que os
descendentes de Abraão habitariam no Egito por 400 anos. Mas Êx.
12:40, 41; e Gl. 3:17, nos informam que o tempo exato foi de 430
anos.
Que o período da profanação aludida em Dn. 8:13, 14, são de
1150 dias, é posição defendida quase que por unanimidade pelos
mais abalizados peritos bíblicos. Por exemplo, os comentaristas da
Bíblia de Estudo Pentecostal, explicam Dn. 8:14 assim: “a purificação
do santuário ocorreu três anos e dois meses depois de o altar do
Senhor ter sido removido por Antíoco. Cada par de ‘tardes e manhãs’
representa um dia literal (...) Assim, o período decorrido foi de 1150
dias”.
Estribamo-nos em Gn.1:5 para mostrarmos que um par de
“tarde e manhã” corresponde a um dia. Mas, obviamente as tardes e
manhãs de Dn. 8:14 correspondem às nove horas da manhã e às
três da tarde, respectivamente, já que o contexto fala de sacrifícios,
e era nestes horários que se sacrificava a Iavé. Isto, porém, em
nada altera o nosso raciocínio anterior, segundo o qual 2300 tardes e
manhãs representam 1150 dias; visto que, de qualquer forma,
continuamos tendo 1150 pares de “tardes e manhãs”.

78
CAPÍTULO VIII

AS CONTRADIÇÕES DE ELLEN WHITE

Os adventistas seguem cegamente (ou fingem seguir)


as “instruções” da sua papisa Ellen White. Essa mulher era,
comprovadamente, uma falsa profetisa. Ela era contraditória, e,
naturalmente, nenhuma contradição vem de Deus.

8.1. Contra a Política ou a Favor Dela?

Escreveu a Papisa: “Tendes pensamentos que não ousais


exprimir de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza
intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberados e
legislativos cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há
de errado nessas aspirações” (Mensagens aos jovens, pg. 36,4a.
edição, Santo André, Casa Publicadora Brasileira, 1978);
A Papisa se contradiz: “Os filhos de Deus têm de separar-se
da política, de toda a aliança com os incrédulos. Não devem ligar
seus interesses aos do mundo” (Fundamentos da Educação Cristã,
pág. 483, CPB, 1975).

8.2. Os Dons de Curar Cessaram ou Continuam?

Escreveu a Papisa: “Vi que, se a igreja sempre tivesse


conservado seu caráter peculiar e santo, o poder do Espírito Santo

79
que fora comunicado aos discípulos ainda estaria com ela. Os
doentes seriam curados, os demônios seriam expulsos, e ela seria
poderosa e um terror para os seus inimigos” (Primeiros Escritos, pág.
227, 2ª edição, CPB - 1976).
A Papisa se Contradiz: “A maneira por que Cristo trabalhava
era pregar a Palavra e aliviar o sofrimento por obras miraculosas de
cura. Estou, porém, instruída de que não devemos trabalhar agora
dessa maneira, pois Satanás exercerá seu poder pela operação de
milagres. Os servos de Deus hoje NÃO PODERIAM trabalhar
mediantes milagres, pois espúrias obras de cura, pretendendo ser
divinas, serão operadas”. “Por esta razão o Senhor destinou um meio
pelo qual seu povo pode executar uma obra de cura física, aliada ao
ensino da Palavra. Devem estabelecer sanatórios, e com essas
instituições devem estar ligados obreiros que façam genuína obra
médico-missionária. Estende-se assim, protetora influência em torno
dos que vão aos sanatórios em busca de cura” (Medicina e Salvação,
pág. 54, CPB, 1a. Edição, grifo nosso).
” Comentário. Aqui os adventistas ficariam num beco sem
saída, caso as incoerências da genitora do Adventismo não fossem
hereditárias. Mas, como eles “puxaram” a mãe, “resolveram” esse
problema assim: Ora optam por uma de suas posturas, ora fazem as
duas coisas, enfatizando uma mais do que a outra. Por exemplo, no
que diz respeito à política, ficaram com Mensagens aos Jovens, pág.
36; e, acerca dos milagres, a Igreja Adventista realiza cultos de
oração pelos enfermos e problemáticos diversos e constroem
hospitais em todo o mundo. Com a expressão “estou instruída”, Ellen
G. White quer dizer que não estava externando a sua opinião
pessoal, e sim, exarando sob inspiração divina.

80
CAPÍTULO IX

O ADVENTISMO DO 7º DIA É
SEITA?

O A dventismo satisfaz várias das exigências que uma


organização religiosa precisa satisfazer para caracterizar-se como
seita. Certamente isto já está claro ao caro leitor, pois na Introdução
e nos capítulos 2 e 3 informamos, exibindo provas, que o
Adventismo faz de questões banais, como comida e dia santo,
motivo de salvação ou perdição. Mostramos ainda que esse
fanatismo não é um ato isolado, já que se trata da postura da
pioneira Ellen White, bem como dos atuais chefões, incluindo
expoentes dessa seita, como os senhores Alejandro Bullón, Lourenço
Gonzalez, Floriano Xavier... E, como sabemos, isso é mais que
suficiente para descaracterizá-lo como uma igreja genuinamente
cristã. Contudo, visto ser importante que o leitor disponha de todos
os dados que provam que o Adventismo é seita, abordamos no
presente capítulo exclusivamente as heresias de perdição, isto é, as
doutrinas adventistas que conduzem ao inferno. Vamos, pois, aos
fatos abaixo, visto que contra fatos não há argumento.

81
9.1. O Adventismo Tropeça na Bíblia

Na Revista Adventista de fevereiro de 1.984, página 84,


podemos ler o que se segue: “Cremos que... Ellen White foi inspirada
pelo Espírito Santo e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm
aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia.
Negamos que a qualidade ou grau de inspiração de Ellen White
sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas”. À luz de
Ap. 22.18-19, os adventistas necessitam se retratar, se não querem
ser condenados. Os adventistas às vezes se “defendem” da acusação
acima, citando suas obras, nas quais os escritos de Ellen White são,
às vezes, chamados de LUZ MENOR e a Bíblia de LUZ MAIOR [1].
Porém, esse “escudo”, muito longe de inocentá-los, expõe com
naturalidade que são sutis e contraditórios. Sim, porque se os livros
de Ellen White têm o mesmo peso da Bíblia, não são luz menor; e,
se são uma luz menor, então não são tão inspirados quanto a Bíblia
e, desse modo, fica difícil sabermos em que crêem os adventistas.
Afinal de contas, os escritos de Ellen White são ou não são do
mesmo peso da Bíblia? Essa confusão não se dá por acaso; trata-se
de um recurso satânico para que o dito fique pelo não dito e a
arapuca do Diabo funcione. Oxalá o caro leitor não seja a próxima
vítima! E, se você já é vítima desse engodo, que se liberte pelo
conhecimento da verdade (Jo. 8.32; Hb. 4.12).
Um medalhão adventista (Ph.D.) tentou defender o
Adventismo, alegando que “se porventura algum adventista usa os
escritos de Ellen White como um substituto à Bíblia, ele...não
representa devidamente a posição de sua denominação...” (Revista
Adventista de junho/2002, página 10). Mas esse argumento só
teria sentido se o Adventismo estivesse sendo acusado de não crer
na Bíblia. Os adventistas não estão sendo acusados de porem os
livros de Ellen White acima da Bíblia, ou em substituição a esta. A
acusação que pesa contra eles é outra. Defendam-se eles, se
puderem fazê-lo, do crime de que são acusados, e não venham com
evasivas. Acusamos o Adventismo de pôr os escritos de Ellen White
em pé de igualdade com a Bíblia, e é disso que eles têm que se
defenderem, caso se sintam caluniados. Agir de outra maneira é
desconversar. Ora, o fato de os chefões do Adventismo apelar para
82
subterfúgio diante da acusação em questão, constitui prova cabal de
que eles, além de reconhecerem que verdadeiramente têm culpa no
cartório, não são suficientemente humildes para confessarem que
falharam e pedir perdão a Deus, bem como às pessoas que foram
intoxicadas com suas parras bravas.
Podemos considerar como evangélicos os que não fazem da
Bíblia a sua única regra de fé e vida?

9.2 O Adventismo Tropeça em Cristo

9.2.1.Diz que Jesus é Miguel


Os adventistas afirmam que Jesus é o arcanjo Miguel [2]; mas,
segundo a Bíblia, Miguel é “um dos primeiros príncipes” (Dn. 10.13).
Ora, sendo o Senhor Jesus Cristo a segunda pessoa da Trindade (o
que os adventistas,embora incoerentemente, não negam), Ele é
plenamente Divino, e, portanto, ímpar. E, se Ele é ímpar, Ele é “o” e
não “um dos”. Portanto, Ele não é Miguel, pois, como já vimos,
Miguel é apenas “um dos...”.
O fato de Jesus ter autoridade sobre o Diabo e os demônios
(Mc. 16.17; Mt. 4.10; Lc. 10.17), mas Miguel ter-se escudado no
Senhor, quando de seu confronto com Satanás (Jd. 9), exemplifica a
disparidade que há entre os dois (Jesus e Miguel), o que prova
claramente que são distintos e diferentes.
Se o Arcanjo Miguel é um dos primeiros príncipes, há outros
iguais a ele. Logo, das duas uma: Ou Miguel é Jesus e este não é
singular; ou Jesus é singular, e não pode, portanto, ser confundido
com Miguel.
Confundir Jesus com o arcanjo Miguel é perigosíssimo, pois
implica em crer que Jesus é o que a Bíblia diz deste arcanjo. Como já
vimos, Miguel não é singular. Ora, não crer na singularidade de
Cristo, obviamente interfere na salvação. Sim, pois certamente,
quem confunde Jesus com Miguel, ainda não conhece o Senhor. E é
esta a triste sorte dos adventistas. Assim pensamos porque é lógico
que a crença de que Jesus é o arcanjo Miguel, implica na negação da
singularidade de Cristo, à luz de Dn. 10.13. Logo, essa heresia
conduz ao inferno.
Se os adventistas não querem ser incoerentes, ao pregarem
que Jesus é Miguel, precisam admitir que Jesus não é ímpar, mas
83
apenas mais um, já que Dn. 10.13 diz claramente que Miguel assim
é. E aí perguntamos: Podemos considerar como cristãos, os que
negam a singularidade de Cristo? Os adventistas dirão que eles não
o fazem, porém, como eles conseguem crer que Miguel é Jesus e
que Jesus é singular, se a Bíblia diz que Miguel é apenas um dos
primeiros príncipes?
A errônea crença de que Jesus é Miguel, pregada pelos
adventistas, foi ensinada também pela senhora Ellen White. São dela
estas palavras:”Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe
deu vida antes que seu corpo visse a corrupção. Satanás procurou
reter o corpo, pretendendo-o como seu; mas Miguel ressuscitou
Moisés e levou-o ao Céu....Satanás maldisse amargamente a
Deus, acusando-o de injusto por permitir que sua presa lhe fosse
tirada; Cristo, porém, não repreendeu a seu adversário,
embora fosse por sua tentação que o servo de Deus houvesse caído.
Mansamente remeteu-o a Seu Pai, dizendo: ‘O Senhor te
repreenda’ “(Primeiros Escritos”, 3ª edição,1988, página 164, grifo
nosso). Aqui a senhora White está expondo o que Deus lhe teria
revelado acerca de Judas 9, que nos fala da contenda que se deu
entre o arcanjo Miguel e o Diabo. E, como vimos, ela disse sem
rodeios que o arcanjo Miguel é o Senhor Jesus.
É fácil raciocinar à base da Bíblia e ver que Jesus não é Miguel.
Mas, como essa heresia é uma das obras da senhora Ellen White,
mulher essa de grande prestígio entre os adventistas, fica difícil
convencê-los de que isso é heresia. Todavia, o que é difícil ou até
mesmo impossível aos homens, é facílimo para Deus. Não
desistamos, pois.

9.2.2. Jesus Era Pecador Por Natureza?!


Outra doutrina diabólica pregada pelo Adventismo do Sétimo
Dia acerca da Augusta Pessoa de Jesus Cristo é que, segundo essa
seita, Jesus também herdou a natureza pecaminosa. Senão, vejamos
o veneno que Ellen White e seus discípulos estão espalhando por aí:
“...Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada...”
(O Desejado de Todas as Nações, Ellen G. White, CPB, 37ª edição,
página 82).

84
Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza
pecaminosa, caída. De sua parte humana, Cristo herdou exatamente
o que herda todo o filho de Adão_uma natureza pecaminosa”
(Estudos Bíblicos, CPB, edição de 1979, páginas 140_141).
Agora, compare a aberração acima com a Bíblia e veja quão
diferente do “Jesus” adventista, é o Jesus da Bíblia!: “Porque nos
convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado
dos pecadores, e feito e feito mais sublime do que os céus”
(Hb7.26). sim, o Adventismo prega outro Jesus (2Co 11.4)
Se Jesus fosse o que os adventistas dizem, Seu sacrifício na
cruz não seria substitutivo e, portanto, não teria valor salvífico. Um
pecador, ainda que apenas por natureza e, portanto, sem culpas
pessoais, não poderia sofrer no lugar dos demais. A justiça Divina
exigia que um justo pagasse por nós, e não que um pecador
sofresse no lugar dos demais. Se Jesus fosse pecador por natureza,
Ele seria condenado juntamente conosco, e não em nosso lugar.
Jesus, além de não ter culpas pessoais, era também isento do
pecado original, isto é, Ele não tinha a natureza pecaminosa comum
a todos nós. Os adventistas, porém, ensinam diferente.
Certo medalhão adventista se “defendeu” dizendo que nem
todos os adventistas pensam assim. Concordamos, mas
convenhamos que:
1) O Adventismo do Sétimo Dia prega isso oficialmente;
2) Ellen White ensinava isso;
3) Todo adventista típico reconhece Ellen White como profetisa de
Deus, o que implica em reconhecer que o que ela falou de Jesus é a
expressão da verdade, e, que portanto, Jesus deve ser o que ela
disse dEle;
4) Isso caracteriza o Adventismo como seita;
4) Quem não protesta isso é condizente, visto que quem cala
consente.

9.3. O Adventismo é Exclusivista, Proselitista e Sorrateiro

9.3.1. Exclusivista
Os “pastores” adventistas Alejandro Bullón e Floriano Xavier dos
Santos, este, Presidente da União Este Brasileira da Igreja Adventista
85
do Sétimo Dia, às páginas 3 e 5, respectivamente, apresentam e
prefaciam com elogios o livro intitulado “Assim Diz o Senhor”, o qual,
às páginas 323 a 327 afirma sem rodeios que a única Igreja de
Cristo, a verdadeira Esposa do Cordeiro, é a que, guardando os Dez
Mandamentos, observa a guarda do sábado. E tacha de mentirosas,
as igrejas que, destoando disso, alegam ser de Cristo.

9.3.2. Proselitista
“Proselitismo” ou “pescaria de aquário” são, numa
conceituação particular, jargões evangélicos que designam os que
hipocritamente tremulam bandeira evangélica, no intuito de se
infiltrar entre nós, a fim de, desse modo, nos conquistar para as suas
fileiras. Os adventistas são hábeis pescadores de evangélicos. Logo,
são o que chamamos de proselitistas. Senão, vejamos as evidências
abaixo:

1ª) Publicam espalhafatosamente em seus periódicos, as


“conversões” de evangélicos às suas fileiras, os quais dão os seus
“testemunhos”, (ou tristemunhos, como às vezes brinco), dizendo
que agora encontraram a verdade [3]. Sim, como os evangélicos
vibram ao conquistar uma alma para Jesus, os adventistas vibram
quando conseguem arrancar duma igreja evangélica um crente fraco
e mal informado. Eles não nos vêem como aliados, mas como um
campo missionário, no qual investem com afinco e muito tato.

2ª) O senhor Lourenço Gonzalez, adventista típico, em seu livro


supracitado, intitulado “Assim Diz o Senhor”, edição de 1986, afirma
no capítulo 26, às páginas 323 a 327, que os evangélicos que não
abdicam de café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, carne de
porco, camarão... e não guardam o sábado, estão no caminho largo
que conduz ao inferno, do qual falou Jesus em Mt 7.13.. Neste
mesmo capítulo somos aconselhados a sairmos das nossas igrejas
para uma igreja que guarde o sábado. Para nos dar esse conselho, o
Sr. Lourenço se apóia em Ap 18. 4, que diz: “Sai dela povo meu...”.

86
3ª) O “pastor” Alejandro Bullón, um dos expoentes dos adventistas,
prefaciou o referido livro, esbanjando elogios, o que prova que o
senhor Alejandro também pesca no aquário evangélico.

4ª) Este autor vem sendo assediado pelos adventistas desde quando
era novo convertido. Temos recebido cartas até da liderança dessa
seita, convidando-nos a participarmos de seus “Estudos Bíblicos” a
fim de inteirarmos da Mensagem Adventista. Ora, se são
evangélicos, então não têm nenhuma novidade para nós; e, se têm
algo novo a oferecer-nos, então não são do nosso grupo. É como
dizia o ex-Padre Aníbal: “O Diabo não consegue esconder o rabo”.

5ª) Já tivemos que socorrer muitos irmãos em Cristo, especialmente


novos convertidos, vítimas de sérias dúvidas que lhes foram
inculcadas pelos adventistas.

9.3.3. Sorrateiro

Primeira prova:
Faz parte da estratégia proselitista dos adventistas, dirigir-se às
igrejas evangélicas, oferecendo-nos seus livros. Chegam dizendo que
tais obras são neutras, isto é, não entram no mérito das divergências
doutrinárias que há entre nós. Pura hipocrisia! Na obra intitulada As
Belas Histórias da Bíblia, volume 1, a guarda do sábado é enfatizada.
Além disso, eles “dão” um “brinde”, a saber, um livro, no qual suas
heresias são defendidas com ardor. Por exemplo, no capítulo 33 do
livro intitulado O Grande Conflito, com o qual geralmente
presenteiam os que compram suas obras “neutras”, se insinua que
nós, pastores evangélicos, somos agentes do Diabo, por pregarmos
que a alma sobrevive à morte do corpo, bem como a existência do
tormento eterno para os perdidos. É esse alimento estragado que as
ovelhas recebem, quando um pastor evangélico, que ainda não saiba
o quanto o Adventismo é perigoso, permite, às vezes até por escrito,
que esses lobos invadam seus apriscos e devorem as ovelhas que o
sumo Pastor pôs sob o cajado que Ele os confiou.
Essa estratégia “missionária” dos adventistas, além de não ser
87
dispendiosa (nós os pagamos para que nos “evangelizem”), é
altamente rentável, visto que desse modo a editora deles fatura alto
sobre nós.

Segunda Prova
Na Revista Adventista de abril/98, os adventistas são
aconselhados a não dizer que eles são o único povo que tem a
verdade, bem como a única e verdadeira Igreja, caso haja não
adventista por perto. Atentemos para o fato de que não se proíbe
dizer isso, mas tão-somente sugere que se evite expressar assim, na
presença dos que não são adventistas.

Terceira Prova
O grande apologista Aldo Menezes, referindo-se ao “pastor”
Alejandro Bullón, disse: “Quem ouve seus sermões cristológicos
pensa tratar-se de um adventista diferente, que prega
exclusivamente a Cristo, e não a guarda da lei e de um descanso
sabático. Mas a coisa não é bem assim. Numa entrevista à Revista
Adventista (janeiro/97), p.17, perguntou-se a Bullón: ‘Parece que a
comunidade evangélica tem sido mais tolerante com a Igreja
Adventista. Mudou a Igreja, ou mudaram as pessos?’ Ele respondeu:
‘A Igreja não mudou, a doutrina não mudou. Mudou a ênfase que
damos à mensagem. Antes, fomos ensinados a destacar os
resultados da salvação. Hoje, a ênfase está na causa da salvação
que é Cristo. Quando pregamos a Cristo e o evangelho,
naturalmente, OS EVANGÉLICOS ABREM O CORAÇÃO À NOSSA
MENSAGEM’. Sua resposta é reveladora: Antes, enfatizavam o
resultado da salvação, que segundo a literatura adventista inclui a
guarda do sábado e o reconhecimento do ‘espírito de profecia’ na
pessoa de Ellen White etc.. Hoje, enfatizam o Salvador, deixando o
‘resultado da salvação’ para depois. Com isso ficou mais fácil atrair o
coração dos evangélicos para a ‘mensagem adventista’ ” (Agir
Notícias, órgão oficial da AGIR__Agência de Investigações
Religiosas__ Ano II, número 6, maio/junho de 1998, página 1. Grifo
nosso.). Você captou a mensagem? A estratégia atual é fazer com
que pensemos que eles são iguais a nós e assim nos atrair à seita
deles para depois nos intoxicar com suas heresias.
Relembramos que o “pastor” Alejandro disse que “A questão
88
não é simplesmente se posso ou não posso comer carne de porco,
se devo ou não devo guardar o domingo...O assunto é muito sério. È
uma questão de vida ou morte, de salvação ou perdição...” (Assim
Diz o Senhor, Lourenço Gonzalez, página 5, supracitado).

Quarta Prova
Um cantor adventista, cujo nome omitiremos por não termos
gravado sua declaração, após ser por nós encurralado, nos disse:
“Todo pastor que não prega as doutrinas bíblicas pregadas pelo
Adventismo do 7º Dia, é, das duas, uma: Ou um mal informado ou
um obstinado, visto que doutro modo, ele seria adventista”. Esse
lobo anda por aí, se infiltrando entre nós, no intuito de abocanhar
uma ovelhinha desprevenida. Esse “malabarista”, por não saber onde
este autor congrega, se oferecera a um de nossos diáconos para
cantar na nossa igreja. O que ele pretende com isso, já que ele nos
considera como falsos profetas? Converter-nos ao Adventismo, é a
resposta.

Quinta Prova
Com quem os atuais adventistas aprenderam esse vergonhoso
proselitismo? Com a senhora Ellen White, é a resposta franca e
sincera. Eis a prova:
“Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus
quer que eles se salvem.
Nossos ministros devem buscar aproximar-se dos ministros de
outras denominações” (Testemunhos Seletos, Volume II, 2ª edição
de 1956, página 386).
Esse malabarismo dos adventistas os torna mais perigosos do
que os testemunhas de Jeová, os mórmons e outros. É que estes
batem de frente conosco, tachando-nos de falsos profetas na cara.
Mas os adventistas, embora pensem assim também, não nos dizem
isso nos primeiros contatos, a fim de não espantarem a presa. Essas
estratégias têm funcionado, pois é grande o número de evangélicos
que se deixam levar, ora afirmando que os adventistas são
evangélicos, ora até mesmo se filiando a essa agremiação herética, o
que demonstra ter um fundo de verdade o seguinte provérbio: “Que
Deus me defenda dos meus amigos, porque dos meus inimigos me
defendo eu”.
89
Sexta Prova
Outra estratégia proselitista dos adventistas consiste em
oferecer às igrejas evangélicas palestras sobre dependência química,
prevenção às drogas, Medicina Natural etc.. Usam esses temas não
religiosos para se infiltrar entre nós, conquistar nossa simpatia e
injetar o veneno. Não aceite essa “ajuda” do Inimigo. É preferível
convidar um ateu, a ouvir esses proselitistas.

Vigie, ó irmão!
Atentemos com mais diligência para a Palavra do Senhor que
nos adverte: “Acautelai-vos... dos falsos profetas, que vêm até vós
vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”
(Mt. 7.15). Na opinião deste autor, de todos os lobos, os que melhor
se vestem como ovelhas são os adventistas. É que eles pregam tudo
quanto nós pregamos, mais alguma coisa. E é aí que mora o
perigo. São como os gálatas, os quais, além de crer que Jesus é o
Salvador, criam paralelamente que a circuncisão, a guarda do
sábado e outros preceitos da Lei, eram imprescindíveis à salvação,
como já demonstramos em 2.3.

9.4) O Adventismo é Hipócrita e Sofismático

Embora já tenhamos provado que hipocrisia e sofisma são a


marca registrada do Adventismo, queira ver mais este exemplo: O
“pastor” adventista Marcos de Benedicto, queixando-se dos que,
segundo ele, preconceituosamente consideram que a sua “igreja” é
uma seita, se defendeu dizendo que, como todas as igrejas
protestantes, o Adventismo se firma somente na graça, na fé em
Cristo e nas Escrituras Sagradas⎯a Bíblia. [4] Aqui, porém,
podemos detectar dois sofismas:
1º) Marcos de Benedicto faltou com a verdade, pois, como já vimos,
o Adventismo do Sétimo Dia não se firma só na Bíblia, visto
sustentar que os livros de Ellen White não são menos inspirados do
que a Bíblia Sagrada.
2º) Dizendo o “pastor” Marcos de Benedicto que o Adventismo se
firma nos pilares do movimento evangélico__só graça, só fé, só

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Cristo, só Bíblia__faz parecer aos desavisados que eles crêem que a
sua “igreja” é apenas mais uma, quando já vimos que o Adventismo
se apresenta como a única Igreja verdadeira. Assim se pode ver que
Marcos de Benedicto é um autêntico representante do movimento
hipócrita, do qual ele é parte integrante. Sim, leitor, essa jogada é
de praxe no Adventismo do Sétimo Dia! Cuidado! (I Pe 5.8).

9.5. O Adventismo Profana e Subestima o Sangue de Jesus.

Ellen White, a papisa do Adventismo, registrou heresias de


perdição, como a que se segue: “... Satanás, autor do pecado, sobre
quem os pecados dos VERDADEIROS PENITENTES serão finalmente
colocados...” [5] (grifo nosso). Ora, essa declaração faz do Diabo
co-redentor dos cristãos, apesar dos adventistas afirmarem que
estamos interpretando mal. Sim, porque se as palavras dizem
alguma coisa, foi isso que Ellen White disse. Veja o leitor que ela
afirmou que são os pecados dos verdadeiros penitentes que serão
colocados sobre Satanás; assim fica claro que ela não estava
querendo dizer o que muitos adventistas pensam, a saber: “Que o
Diabo vai ter que responder por tudo de errado que ele fez, inclusive
por nos haver induzido ao pecado”. Não! Não pode porque, nesse
caso, os pecados de TODOS (e não somente dos verdadeiros
penitentes) seriam lançados sobre ele. Claro, um sofismático tem
que responder diante de Deus, por todas as pessoas que ele
conseguiu ludibriar, tendo tais pessoas mais tarde se livrado ou não
de seus enganos.
O que levou os adventistas à conclusão acima é o fato de Lv.
16.15-28 nos falar de dois bodes, os quais, segundo a Lei de Moisés,
eram apresentados ao Senhor para expiação do pecado; o primeiro
bode era sacrificado, mas o segundo enviado ao deserto e
abandonado à sua própria sorte (este era chamado de bode
emissário). Os adventistas concluíram, então, que o bode emissário
tipificava Satanás e daí deduziram que o Diabo será lançado no lago
de fogo onde sofrerá até ser extinto. Crêem os adventistas que os
pecados dos verdadeiros cristãos serão lançados sobre Satanás e
que, portanto, ele arrostará com as nossas iniqüidades lá no inferno.
Mas eles necessitam atentar para o fato de que o referido bode era

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apresentado perante o Senhor para expiação do pecado. Logo, esta
interpretação dos adventistas está errada por duas razões:
1ª) Diminui a eficácia do sangue de Jesus, dando-lhe um
coadjuvante. Saibam os adventistas, uma vez por todas, que os
pecados dos verdadeiros penitentes não serão lançados sobre o
Diabo, pois já foram lançados sobre Cristo, na cruz do calvário (I Pe.
2.24);
2ª) Faz de Satanás co-redentor da humanidade juntamente
com Cristo. Sim, porque se o bode emissário que, segundo a Bíblia,
era apresentado a Deus para expiação do pecado, tipifica Satanás no
fogo do inferno, arrostando com os nossos pecados, a conclusão
óbvia é que o Diabo fará por si mesmo a expiação dos nossos
pecados, quando arrostar com os mesmos no lago de fogo. Esse
ensino é, de fato, uma estarrecedora blasfêmia e faz sim, do diabo,
o salvador dos verdadeiros cristãos.
Cremos que o Diabo terá que responder por tudo de errado que
ele fez, faz e fará, inclusive por ter tentado cada ser humano, porém,
não será para expiação do pecado; e, sendo assim, ele não é o
antítipo do bode emissário, considerando que o cerimonial que o
envolvia era para expiação do pecado. Os dois bodes tipificavam os
dois lados do sacrifício de Jesus: quita para com Deus o pecador que
arrependido crê, e afasta o pecado para mui longe (Sl. 103.12).

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EPÍLOGO
Já encontramos muitos “adventistas” de cuja salvação não
podemos duvidar. Não há um único adventista salvo. Mas há
“adventistas” que não são adventistas de fato, pois não crêem na
infalibilidade das obras literárias de Ellen G. White; que Jesus é o
Arcanjo Miguel; que Jesus é portador da natureza pecaminosa; que
os nossos pecados serão postos sobre Satanás; que em 1.844 iniciou
a purificação do santuário celestial, ou o Juízo Investigativo, bem
como não se prendem à guarda do sábado, nem tampouco ao
cardápio judaico de Lv. 11, e outras práticas judaizantes que
caracterizam o Adventismo. E, sobretudo, não são hipócritas. Sim, há
adventistas e “adventistas”. Há até adventistas que empreendem
abrir os olhos aos seus correligionários, mostrando-lhes pela Bíblia,
os erros nos quais laboram.
Damos aos adventistas que já enxergaram que o Adventismo é
falso, os seguintes conselhos:
1º.) Mostre aos seus correligionários a verdade que você
descobriu;
2º.) Pare de contribuir com dízimos e ofertas para
manutenção dessa seita; dê suas contribuições
financeiras a um trabalho sério;
3º.) Saia dessa “igreja” e vincule-se a uma igreja realmente
evangélica, isto é, a uma igreja que tenha a Bíblia como
sua única regra de fé e prática e que não subestime o
precioso sangue de Jesus (Ap. 18.4; Hb. 10.29; II Co.
6.17,18). Não alimente a falsa idéia de mudar a “Igreja”
Adventista. Tente mudá-la fora dela. A primeira pessoa
que você precisa tirar do Adventismo é você.
Que os adventistas não nos considerem como inimigos por
causa destas linhas (Gl. 4.16), pois as mesmas não têm por
finalidade ridicularizá-los, mas, sim, despertá-los para a realidade de
que estão sendo enganados por Satanás. Como o Apóstolo Paulo se
dirigiu aos gálatas, nos dirigimos aos adventistas, pois estes também
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estão separados de Cristo e caídos da graça (Gl. 5.4). E o motivo
pelo qual estão nesse precário estado, é o mesmo que vitimou os
gálatas: não confiam só no sangue de Jesus. Consideram-no
necessário, porém, insuficiente. Aliás, a situação dos adventistas é
mais grave do que a dos gálatas. Estes estavam (segundo afirmou
Paulo em Gl. 5.4) separados de Cristo e caídos da graça porque
confiavam em Cristo e na Lei de Moisés. Mas aqueles confiam em
Cristo, na Lei de Moisés e no sacrifício expiatório que será efetuado
na pessoa do Diabo, o qual só será extinto após pagar tintim por
tintim pelos pecados dos verdadeiros penitentes (segundo os
adventistas).
Ó prezados adventistas! como amo a todos vocês! Como aspiro
encontrá-los na Glória Celestial! Seguremos juntos, portanto, com as
duas mãos, a salvação pela graça por meio da fé (Ef. 2.8,9). Que o
Espírito Santo abra os olhos do nosso entendimento para
enxergarmos a sã doutrina e distingui-la daquilo que apenas
aparenta sê-lo!
AMÉM
Obrigado por você nos ter dado a honra de ler este livro.

P.S.:

O dinheiro que obtemos através de doações e venda de nossos


livros, não é usado em mordomias, mas na realização da Obra de
Deus, como, por exemplo, lançamentos de novos títulos; novas
edições dos livros que já vieram a lume; distribuição de folhetos
evangelísticos; bem como outras necessidades inerentes à Obra
Missionária que Deus nos confiou. Este autor é Missionário autóctone
de tempo integral na Obra de Deus. Estamos, pois, à disposição de
Deus e da Noiva de Cristo, isto é, a Igreja. Fazemos cruzadas
evangelísticas e ministramos, nas igrejas que nos convidam,
seminários semanais sobre Heresiologia. Associe-se a nós, e juntos
evangelizemos o Brasil e o mundo!
Sabemos que são muitos os espertalhões que vivem às custas
da “lã” das ovelhas de Cristo. Logo, se por este motivo você teme

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nos apoiar, sugerimos que ore ao Senhor, perguntando a Ele se
somos ou não sérios. E só contribua após ouvir a Sua voz.

Você quer nos ajudar? Se sim, faça o seguinte:


1) Ore e jejue por nós;
2) Divulgue nossos livros;
3) Envie-nos jornais, revistas, livros etc.,sobre Religiões,seitas
e heresias, quer refutando-as, quer defendendo-as;
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Banco Itaú

NOTAS

(1) A Orientação Profética do Movimento Adventista, pág. 108;


(2) Existem Anjos Bons e Maus (folheto), CPB, Casa Publicadora
Brasileira;
(3) Revista Adventista, junho, julho e setembro/96;
(4) Revista Vinde, setembro/97;
(5) O Conflito dos Séculos, pg. 421.

BIBLIOGRAFIA
I. OBRAS EVANGÉLICAS

1) ALMEIDA, Abraão de. O Sábado, A Lei e A Graça. CPAD.


Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
2) ARAÚJO, Ubaldo Torres de. O Adventismo.
3) CABRAL, J. Religiões, Seitas e Heresias. Universal
Produções.
4) Defesa da Fé (Revista editada pelo ICP, Instituto Cristão de
Pesquisas; vários exemplares).
5) Desafio das Seitas (Jornal editado pelo CPR, Centro de
Pesquisas Religiosas; vários exemplares).
95
6) OLIVEIRA, Raimundo F. de. Como Estudar e Interpretar a
Bíblia. CPAD
7) OLIVEIRA, Raimundo F. de. Seitas e Heresias, Um Sinal dos
Tempos.
8) PAXTON, Geoffrey F. O Abalo do Adventismo. JUERP
9) REIS, Aníbal Pereira. Dos. A Guarda do Sábado. Caminhos
de Damasco.
10) RINALDI, Natanael e ROMEIRO, Paulo. Desmascarando as
Seitas. CPAD.
11) Agir Alerta (Jornal editado pela AGIR, Agência de
Informações Religiosas; vários exemplares).
12) Bíblia de Estudo Almeida. SBB_Sociedade Bíblica do Brasil
13) A Bíblia Vida Nova. Bíblia de estudo editada pela S.R.
Edições Vida Nova
14) Bíblia de Estudo Pentecostal.__CPAD__Casa Publicadora
das Assembléias de Deus
15) ) Bíblia de estudo editada pela Edições Paulinas (editora
católica)
16) Bíblia de estudo editada pelo CBC_Centro Bíblico Católico
17) Série Apologética, Volume III, ICP_Instituto Cristão de
Pesquisas_ edição de 2002

II. Livros do Adventismo

CHRISTIANINI, Arnaldo B. Radiografia do Jeovismo.


CPB__Casa Publicadora Brasileira. Esta é a editora dos
adventistas.
2) CHRISTIANINI, Arnaldo B. Subtileza do Erro. CPB.
3) Nisto Cremos. CPB.
4) WHITE, Ellen G. Fundamentos da Educação Cristã. CPB.
5) WHITE, Ellen G. Medicina e Salvação. CPB.
6) WHITE, Ellen G. O Conflito dos Séculos. CPB.
7) SILVA, Lourenço Gonzalez. “Assim Diz o Senhor”, produção
independente, 1986.

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OUTRAS OBRAS DO AUTOR (LIVROS E APOSTILAS)

I. LIVROS E APOSTILAS

1) Testemunhas de Jeová: Que Religião é Essa?


2) Análise Bíblica do Catolicismo Romano
3) Análise da “Cristologia” das Testemunhas de Jeová
4) Transfusão de Sangue Não é Pecado
5) As Testemunhas de Jeová e o Inferno
6) Testemunhas de Jeová e as Castas
7) A “Virgem” Maria é uma Deusa?
8) “Igreja” Mórmon: Que Seita é Essa?
9) Maçonaria: Que Religião é Essa?
10) “Igreja” Messiânica: Que Seita é Essa?
11) O Espiritismo Kardecista e suas Incoerências
12) A Maravilha do Novo Nascimento
13) Jesus, o Advogado dos Pecadores
14) Identificando as Seitas
15) A Igreja e os Falsos Profetas: Que Fazer?
16) Sinopse Escatológica em Ordem Cronológica
17) O Ofício Diaconal
18) O Dízimo Hoje em Dia

II. PANFLETOS EVANGELÍSTICOS


17) Que Igreja é Essa? (para católicos)
18) Sermão Imaginário de Um Padre Fictício (para católicos)
19) Os Passos da Salvação (geral)

Para adquirir as obras acima alistadas, sirva-se dos nossos


endereços.

Você pode obter muitas informações sobre seitas e heresias,


acessando o nosso site:
www.ievitoria.com

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SOBRE O AUTOR:

O Pastor Joel Santana leciona Heresiologia, Teologia


Sistemática e História Eclesiástica em vários Seminários Teológicos
no Rio de Janeiro_RJ.

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