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Atividade para a disciplina Formações do Inconsciente I – Aula 10/04

Docente: Rogéria
Aluna: Adriana Aparecida Almeida de Oliveira
Apontamentos sobre o texto Sra. Elisabeth Von (vol. II)

Mecanismo de formação de sintomas; associação e símbolos


Submissão somática
Conflito
Método
Dados de Elisabeth:
 Jovem mulher (24 anos);
 Há mais de dois anos sofre de dor na perna e tem dificuldade de andar;
 Últimos anos de mais infortúnios que alegrias;
 Cuidou de toda família: pai faleceu, mãe passou por cirurgia e irmã
adoeceu;
 “belle indifférence” dos histéricos;
 “A dor era de natureza indeterminada, talvez se pudesse inferir: uma
fadiga dolorosa”.
 “O padecimento se desenvolvera gradualmente ao longo dos dois anos
precedentes, variando muito em sua intensidade”.
 “O neurastênico,aaf ao descrever suas dores, dá a impressão de estar
ocupado com um difícil trabalho intelectual que ultrapassa suas forças”.
 Tensão na fisionomia e contorção;
 Voz em busca de expressão;
 Não realiza as atividades que o médico orienta; (será que não quer
melhorar?)
 Falta de palavras – nomeação:
“(...)ele é evidentemente da opinião de que a língua é pobre demais para
emprestar palavras a suas sensações, elas próprias seriam algo de único, de
ainda não existente, que não se poderia de modo nenhum descrever
exaustivamente e por isso também não se cansa de acrescentar sempre novos
detalhes e, quando tem que se interromper, domina-o certamente a impressão
de que não conseguiu se fazer compreender pelo médico”. (não sabe nomear e
vive em função da dor)
 Srta. Von R. conferia bastante significado às dores Freud inferia que as
dores eram apenas um fenômeno acessório de pensamentos e sensações;
 Quando se excitava as regiões dolorosas a Srta. Von R. demonstrava na
expressão prazer e soltava gritos – por isso Freud diagnosticou histeria e que
essa excitação teria atingido zona histérica.
 Somatização? ”Assim, havia provavelmente uma alteração orgânica dos
músculos no sentido indicado, na qual a neurose se apoiou e cujo significado
fazia parecer exageradamente grande (p. 131)”.

Informações sobre o tratamento de Freud – Tratamento catártico (p. 132)


 1º questão que se coloca: a doente conhece a origem e o ensejo de sua
enfermidade?
 É o interesse do analista que garante que a paciente se abra! “(...)
interesse que lhe testemunhamos, a compreensão que a fazemos sentir, a
esperança de cura que lhe damos vão decidi-la a renunciar a seu segredo
(p.133)”.
 Planejou não usar a hipnose a princípio!!!!

História de Elisabeth (p. 133)


 Mais nova de três filhas;
 Passou juventude próxima aos pais;
 Mãe – afecção nos olhos e estado nervoso – frequentemente
perturbada;
 Pai – alegre e conhecedor da vida;
 Ligada de forma particularmente íntima ao pai;
 Filha ocupava papel de filho e amigo para o pai;
 Incisiva, dizia brutalmente a verdade as pessoas (pai percebia);
 Eliasabeth queria estudar ou se formar em música,
 Gostava do lugar social da família, cuidava bem do patrimônio no que
lhe cabia;
 Se colocava em segundo plano em relação à mãe e as irmãs;
 Pai – afecção cardíaca crônica
 Após morte do pai: ”A lacuna que a morte do pai deixou na vida dessa
família composta por quatro mulheres, o isolamento social, a interrupção de
tantas relações que prometiam estímulo e alegria, o estado enfermiço da mãe
agora acentuado, tudo isso turvou o ânimo de nossa paciente, mas, ao
mesmo tempo, avivou lhe ardente desejo de que os seus logo pudessem
encontrar um substituto para a felicidade perdida e significou para ela
concentrar na mãe sobrevivente toda a sua afeição e desvelo (p. 134)”.
 Conflito com o cunhado;
 Elisabeth colocou para si a tarefa de fazer a mãe feliz: “Nessa oportunidade,
Elisabeth sentiu muito claramente seu desamparo, sua incapacidade de
oferecer à mãe um substituto para a felicidade perdida e a impossibilidade de
cumprir seu propósito, assumido quando da morte do pai (p. 135)”.
 Afecção olho mãe;
 Quando era pra descansar apareceram sintomas;
 Irmã de Elisabeth morre;
 Elisabeth volta a não acreditar na felicidade no casamento;

Sintomas
 nos últimos seis meses de cuidados com o pai ficara um dia e meio de
cama por causa das dores na perna direita;
 Maiores sintomas apareceram 2 anos após a morte do pai e não
conseguiu andar;
 Freud pergunta reações entre sintoma: “Decidi, portanto, dirigir diretamente
à consciência ampliada da doente a pergunta sobre que impressão psíquica
estava ligada à primeira manifestação das dores nas pernas (p.138)”.
 Reações a certo jovem (p.138);
 Fantasiou que a aproximação do moço lhe daria menos tempo com o pai e
causaria a piora do estado deste – Onipotência (p. 139);
 Fracasso do primeiro amor – Freud supôs relacionar aos primeiros sintomas
histéricos;
 Conflito: “O contraste entre a felicidade que ela então se permitira e a
miséria do pai, que encontrou em casa, produzira um conflito, um caso de
incompatibilidade (p. 140)”.
 Conversão: “Como resultado, a ideia erótica foi reprimida da associação e o
afeto a ela aderido foi utilizado no aumento e reanimação de uma dor corporal
simultaneamente (ou pouco antes) presente. Era, pois, o mecanismo de uma
conversão com propósito de defesa, tal como tratei pormenorizadamente em
outro lugar. aah (p.140)”.
 Conversão de excitação psíquica em dor física (p.141)
 Avanço no tratamento: “Com a descoberta do motivo para a primeira
conversão, teve início um segundo e frutuoso período do tratamento (p. 141)”.
 Associação que Elisabeth realizou: “Primeiramente, a doente logo me
surpreendeu com a comunicação de que sabia agora por que as dores sempre
se irradiavam daquele ponto específico da coxa direita e ali eram mais
violentas. Esse era exatamente o lugar onde toda manhã a perna do pai
repousava, muito inchada, enquanto ela renovava as faixas com as quais era
envolvida. Isso ocorrera uma centena de vezes, e até aquele dia,
curiosamente, não havia pensado nessa conexão. Ela me fornecia, assim, a
desejada explicação para o surgimento de uma zona histerógena atípica
(p.141)”.
 Evocação de algumas lembranças trazia dor na perna. A dor passava depois
de tratar sobre a lembrança. “Essa dor despertada perdurava enquanto a
doente se achasse dominada pela lembrança, alcançava seu ápice quando
estava na iminência de enunciar o essencial e decisivo em sua comunicação
e desaparecia com as últimas palavras desta (p.141)”.
 Dor falada – Bússola – Uma lembrança de cada vez;
 Período de ab-reação o estado de Elisabeth melhorou bastante tanto no
aspecto somático como psíquico;
 Passou a maior parte do tempo sem dor, passou a caminhar e deixou de
se isolar;
 Oscilações espontâneas estavam relacionadas com acontecimentos do dia;
 Ligação das dores com o sentar (p. 144) – Relacionada a inveja da irmã.
 Solidão e desamparo (p.145);
 Simbolização - “Na srta. Elisabeth v. R… o mecanismo psíquico da
simbolização não estava em primeiro plano, ele não havia criado a abasia,
mas tudo leva a crer que a abasia já existente experimentara por esse
caminho um substancial fortalecimento (p.145)”.

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