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ANGLOGOLD ASHANTI CÓRREGO DO SÍTIO MINERAÇÃO S/A

Estudo de Impacto Ambiental – EIA

Ampliação da Pilha de Estéril de Crista


Mina Córrego do Sítio I
Santa Bárbara/MG

Belo Horizonte
Setembro de 2013
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

EMPRESA RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO

Nome do
ANGLOGOLD ASHANTI CÓRREGO DO SÍTIO MINERAÇÃO S/A
Empreendedor

CNPJ 18.565.382/0001-66

Endereço Rua Enfermeiro José Caldeira, 200 – Boa Vista

CEP – Município – U.F. 34.000.000 – Nova Lima – Minas Gerais

Telefone – Fax (31) 3589-1761 – (31) 3589-1768

E-mail bssimoni@anglogoldashanti.com.br

Contato Bruno Stefan de Simoni

EMPRESA RESPONSÁVEL POR ESTE RELATÓRIO

Nome da Empresa SETE Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda.

CNPJ 02.052.511/0001-82

Endereço Rua Pernambuco, nº1000 – 5ºandar, Funcionários

CEP – Município – U.F. 30.112-021 – Belo Horizonte – Minas Gerais

Telefone (31) 3287-5177

E-mail jaqueline.mascarenhas@sete-sta.com.br

Líder do Projeto Jaqueline Gurgel Wanderley Mascarenhas


AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
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EQUIPE TÉCNICA
RESPONSABILIDADE NO
TÉCNICO FORMAÇÃO
PROJETO
Jaqueline Gurgel Wanderley Engenheira Ambiental Coordenação Geral e
Mascarenhas CREA/MG – 90.449/D Caracterização de resíduos
Engenheira de Minas Caracterização do
Leilane de Freitas Mol
CREA/MG - 125.198/D Empreendimento
Meio Físico
Engenheiro Ambiental Coordenação e Qualidade das
Pedro Alvarenga Bicalho
CREA/MG -106.660/D Águas, Ar e Ruído
Engenheiro Agrônomo
Daniel Duarte de Oliveira Pedologia
CREA/MG 102.008/D
Giovanna Maria Gardini Geóloga Clima, Geologia,
Linhares CREA/MG 103.415/D Geomorfologia e Hidrografia
Leilane Cristina Gonçalves
Geógrafa
Sobrinho Espeleologia -
CREA/MG 103.435/D
Carste Consultores Associados
Meio Biótico
Biólogo
Leandro Nunes Souza Coordenação e Avifauna
CRBio 76554/04-D
Biólogo
Douglas Henrique da Silva Herpetofauna
CRBio 076964/04-P
Bióloga
Felipe Silva Rodrigues Pena Flora
CRBio 057246/04-D
Filipe Augusto Maximiano Biólogo
Mastofauna
Madeira CRBio 080800/04-D
Biólogo
Gabriel Alkimin pereira Ictiofauna
CRBio 037256/04-D
Meio Socioeconômico
Vanessa Lucena Cançado Economista Coordenação
Diego de Simoni Castro Economista Meio Socioeconômico
Patrimônio Cultural
Maria Teresa Teixeira de Moura Arqueóloga/Geógrafa Coordenação
Carolina Chaves Nogueira Arquiteta Patrimônio Material
Isabela Gomes Welter Cientista social Patrimônio Imaterial
Patrimônio Material e
Kalil Félix Pena Historiador
Patrimônio Imaterial
Patrimônio Arqueológico e
Márcio Alonso de Lima Arqueólogo/Historiador
Cultural
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Continuação

EQUIPE TÉCNICA
RESPONSABILIDADE NO
TÉCNICO FORMAÇÃO
PROJETO
Geoprocessamento
Geógrafo
Leonardo Fernandes Geoprocessamento
CREA/MG 146.886/D
EQUIPE DE APOIO
TÉCNICO RESPONSABILIDADE
Leonardo SanchesFerreira Produção
Elaine Amélia Martins Revisora
Cássia Marina Pereira Nunes Formatação
Leonardo Paixão Gonçalves de Souza Estagiário de Economia
Deborah dos Santos Barbosa Leal Estagiária de Engenharia Ambiental
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Sumário

1. APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................................................................................... 1
2. HISTÓRICO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO ............................................................................................................................... 3
2.1. Licenciamento Ambiental...................................................................................................................................................................... 3
2.2. Licenciamento Minerário........................................................................................................................................................................ 5
3. ESTUDO DE ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DO EMPREENDIMENTO ..................................................................................... 8
4. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS ............................................................................................................................................................................. 8
5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................................................................................................... 11
5.1. Descrição do projeto da ampliação da pilha de estéril de Crista ............................................................................... 11
5.2. Caracterização do material a ser depositado .......................................................................................................................... 35
5.3. Atividades preliminares e estruturas de apoio ....................................................................................................................... 40
5.4. Mobilização de mão de obra, máquinas e equipamentos ............................................................................................. 41
5.5. Materiais e insumos ................................................................................................................................................................................ 41
5.6. Cronograma do empreendimento ............................................................................................................................................... 42
5.7. Aspectos ambientais e sistemas de controle ambiental ................................................................................................. 43
6. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL .................................................................................................................................................... 47
6.1. Legislação Federal.................................................................................................................................................................................... 47
6.2. Legislação Estadual ................................................................................................................................................................................. 51
6.3. Legislação Municipal .............................................................................................................................................................................. 55
7. ÁREAS DE INFLUÊNCIA .................................................................................................................................................................................... 55
7.1. Área Diretamente Afetada - ADA ................................................................................................................................................... 56
7.2. Área de Influência Direta – AID ........................................................................................................................................................ 56
7.3. Área de Influência Indireta – AII....................................................................................................................................................... 57
8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA........................................................................................................... 58
8.1. Uso do solo e cobertura vegetal ..................................................................................................................................................... 58
8.2. Áreas Protegidas ....................................................................................................................................................................................... 64
8.3. Meio Físico .................................................................................................................................................................................................... 67
8.4. Meio Biótico .............................................................................................................................................................................................. 148
8.5. Meio Socioeconômico e Cultural ................................................................................................................................................ 243
9. ANÁLISE INTEGRADA ..................................................................................................................................................................................... 281
10. PROGNÓSTICO AMBIENTAL ................................................................................................................................................................... 282
11.CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS...................................................................................... 284
11.1. Metodologia .......................................................................................................................................................................................... 284
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11.2. Caracterização e análise dos impactos ambientais - Fase de Implantação .................................................... 287
11.3. Caracterização e análise dos impactos ambientais - Fase de Operação .......................................................... 304
12. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E
MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................................................................................................ 312
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................................................ 315
13.1. Meio Físico .............................................................................................................................................................................................. 315
13.2. Meio Biótico ........................................................................................................................................................................................... 319
13.3. Meio Socioeconômico e Cultural ............................................................................................................................................. 332
ANEXOS ...................................................................................................................................................................................................................... 334
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Lista de Quadros

QUADRO 1.1.1 – Estruturas da Mina Córrego do Sítio ......................................................................................................................... 1


QUADRO 2.1.1 – Licenças de operação da Mina Córrego do Sítio revalidadas a partir do rada/2006 .................. 4
QUADRO 2.1.2 – Autorizações ambientais de funcionamento (unificadas pela LOC nº 023/2012) ....................... 4
QUADRO 3.1.1 – Alternativas locacionais .................................................................................................................................................... 8
QUADRO 5.1.1– Parâmetros de resistência dos materiais .............................................................................................................. 15
QUADRO 5.1.2 – Análise de estabilidade ao escorregamento para a pilha de Crista ................................................... 16
QUADRO 5.1.3– Parâmetros de resistência dos materiais .............................................................................................................. 19
QUADRO 5.1.4 – Análise de estabilidade ao escorregamento para o dique ...................................................................... 19
QUADRO 5.1.5 – Dados obtidos para 24 horas na estação de Ouro Preto/mg ................................................................ 21
QUADRO 5.1.6 – Estações selecionadas na ana para obtenção de dados pluviométricos ....................................... 21
QUADRO 5.1.7– Totais máximos médios de pluviometria e respectivos desvios-padrão ......................................... 21
QUADRO 5.1.8 – Elementos necessários para o cálculo do fator K de frequência.......................................................... 23
QUADRO 5.1.9 – Parâmetros de cálculo do fator de freqüência ................................................................................................ 26
QUADRO 5.1.10 – Cálculo da vazão segundo o método do hidrograma unitário ......................................................... 27
QUADRO 5.1.11 – Vazões de pico – canaletas periféricas .............................................................................................................. 27
QUADRO 5.1.12 – Capacidade de descarga das canaletas tipo ................................................................................................. 28
QUADRO 5.1.13 – Dimensionamento das canaletas ......................................................................................................................... 28
QUADRO 5.1.14 - Vazões de escoamento para os drenos da pilha de crista ..................................................................... 30
QUADRO 5.1.15 - Área mínima para os drenos da pilha de Crista ............................................................................................ 30
QUADRO 5.1.16 – Resultados obtidos para o reservatório do dique ...................................................................................... 33
QUADRO 5.2.1 – Resultados dos testes de potencial de geração de drenagem ácida ............................................... 39
QUADRO 5.4.1 – Equipamentos necessários nas fases de implantação e operação da ampliação da pilha de
Crista .......................................................................................................................................................................................................... 41
QUADRO 5.6.1 – Cronograma da ampliação da pilha de estéril de Crista ........................................................................... 42
QUADRO 5.7.1 - Aspectos ambientais associados à fase de implantação do empreendimento .......................... 45
QUADRO 5.7.2 - Aspectos ambientais associados à fase de operação do empreendimento ................................. 47
QUADRO 8.1.1 - Categorias de uso do solo e cobertura vegetal na ada e AID da ampliação da pilha de
estéril de Crista .................................................................................................................................................................................... 62
QUADRO 8.2.1 – Áreas de preservação permanente - APPS da ADA .................................................................................... 66
QUADRO 8.3.1.– Dados climatológicos obtidos da estação climatológica de Ouro Preto - desativada (média
mensal para o período 1961-1990) ........................................................................................................................................ 68
QUADRO 8.3.2 – Estações pluviométricas do colégio caraça (ANA/ CPRM) ....................................................................... 70
QUADRO 8.3.3 – Totais pluviométricos e número de dias chuvosos médios mensais – estação colégio
Caraça cód 1943007 – Períodos 1941-1999 e 1999-2008 ........................................................................................ 70
QUADRO 8.3.4 – Totais pluviométricos e número de dias chuvosos - médias mensais – estação colégio
Caraça cód. 02043059..................................................................................................................................................................... 72
QUADRO 8.3.5– Resultados do monitoramento (piezômetros) na mina CDS i (2002-2012) ................................... 85
QUADRO 8.3.6 - Quadro de análise de pesos......................................................................................................................................... 94
QUADRO 8.3.7 - Escala numérica adotada relativa de avaliação da suscetibilidade erosiva. ................................... 94
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QUADRO 8.3.8 - Potencialidade de ocorrência de cavernas baseada na litologia ....................................................... 109


QUADRO 8.3.9 – Pontos de monitoramento de qualidade das águas superficiais ..................................................... 119
QUADRO 8.3.10 – Pontos de monitoramento de efluentes ...................................................................................................... 119
QUADRO 8.3.11 – Limites definidos pela deliberação normativa copam/cerh nº 01/2008 para cursos d’água
classe 1 .................................................................................................................................................................................................. 121
QUADRO 8.3.12–Limites definidos pela deliberação normativa copam/cerh nº 01/2008 para lançamento
de efluentes ....................................................................................................................................................................................... 122
QUADRO 8.3.13 – Resultados do monitoramento – PONTO MCS01001 ........................................................................... 130
QUADRO 8.3.14 – Resultados do monitoramento – PONTO MCS01014 ........................................................................... 131
QUADRO 8.3.15 – Resultados do monitoramento – PONTO MCS01008 ........................................................................... 139
QUADRO 8.3.16 – Resultados do monitoramento – PONTO MCS01010 ........................................................................... 140
QUADRO 8.3.17 – Resultados monitoramento – PONTO MCS01015 .................................................................................. 141
QUADRO 8.3.18 – Pontos de monitoramento de qualidade do ar........................................................................................ 142
QUADRO 8.3.19 – Limites estabelecidos pela resolução conama nº03/1990 ................................................................ 144
QUADRO 8.3.20. – Resultados do monitoramento da qualidade do ar – PTS ................................................................ 144
QUADRO 8.3.21 - Descrição dos pontos utilizados para medição dos níveis de ruído ............................................. 145
QUADRO 8.3.22 - Limites de ruído – norma abnt – nbr 10.151/2000 .................................................................................. 147
QUADRO 8.3.23 - Resultados do monitoramentode ruído – período diurno ............................................................... 148
QUADRO 8.3.24 - Resultados do monitoramentode ruído – período noturno ............................................................ 148
QUADRO 8.4.1 – Síntese dos estudos já realizados nas unidades de córrego do Sítio I e II e períodos de
amostragem para cada grupo................................................................................................................................................ 152
QUADRO 8.4.2 - Equações utilizadas para a análise da estrutura horizontal ................................................................... 156
QUADRO 8.4.3 - Localização dos pontos de amostragem durante o estudo fitossociológico ............................ 157
QUADRO 8.4.4 - Espécies vegetais listadas na ADA do projeto pilha de crista. ............................................................. 163
QUADRO 8.4.5 - Parâmetros fitossociológicos das espécies inventariadas para a floresta estacional
semidecidual em estágio médio de regeneração ..................................................................................................... 167
QUADRO 8.4.6- Classes de altura das espécies inventariadas para a floresta estacional semidecidual em
estágio médio de regeneração.............................................................................................................................................. 170
QUADRO 8.4.7 - Classes de circunferência das espécies inventariadas para a floresta estacional
semidecidual em estágio médio de regeneração ..................................................................................................... 172
QUADRO 8.4.8 - Espécies de aves registradas na região com registros confirmados................................................ 177
QUADRO 8.4.9 - Espécies de aves registradas na região com registros ainda não confirmados ou duvidosos,
mas com potencial para serem encontradas na região ......................................................................................... 198
QUADRO 8.4.10 - Espécies de aves registradas na região baseadas em erros de identificação .......................... 198
QUADRO 8.4.11 - Espécies de aves ameaçadas de extinção e endêmicas registradas na região ...................... 199
QUADRO 8.4.12 – Espécies de aves diagnosticadas nas áreas diretamente afetada e de influência direta
(ADA/AID) da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista ................................................................................................................... 202
QUADRO 8.4.13 – Espécies da matofauna registradas através de estudos desenvolvidos na região de
inserção das unidades Córreo do Sítio I e II ................................................................................................................... 208
QUADRO 8.4.14 – Espécies de mamíferos diagnosticadas durantes os trabalhos de campo .............................. 213
QUADRO 8.4.15 - Coordenadas geográficas e descrição dos pontos de amostragem da herpetofauna nas
áreas de influência do projeto de expansão da pilha de de Crista.................................................................. 218
QUADRO 8.4.16- Lista das espécies de anfíbios anuros com potencial ocorrência na região ............................. 220
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QUADRO 8.4.18 - Espécies de anfíbios anuros registrados na AID e ADA do projeto de expansão da pilha de
estéril de Crista ................................................................................................................................................................................. 224
QUADRO 8.4.19 - Coordenadas geográficas e descrição dos pontos de amostragem da ictiofauna nas áreas
de influência do projeto de expansão da pilha de Crista ...................................................................................... 227
QUADRO 8.4.20 - Espécies de peixes com potencial ocorrência na AII do projeto de ampliação da pilha de
estéril de Crista ................................................................................................................................................................................. 232
QUADRO 8.4.21 - Listagem das espécies inventariadas na área de influência do projeto de ampliação da
pilha de estéril de Crista ............................................................................................................................................................. 234
QUADRO 8.4.22 -Número de indivíduos capturados (N) com as respectivas amplitudes de comprimento
padrão (CP) e peso corporal (PC), na área de influência do projeto de ampliação da pilha de
estéril de Crista ................................................................................................................................................................................. 241
QUADRO 8.4.23 -Ocorrência e abundância absoluta das espécies de peixes registradas na área de
influência do projeto de ampliação da pilha de estéril de Crista ..................................................................... 242
QUADRO 8.5.1 - População total municipal, absoluta e relativa, por situação do domicílio município de
Santa Bárbara/MG (1970, 1980, 1991, 2000 e 2010) .................................................................................................. 246
QUADRO 8.5.2 - População ocupada em empregos formais, por setor de atividade – Santa Bárbara/MG
(2011) ..................................................................................................................................................................................................... 250
QUADRO 8.5.3- Estabelecimentos disponíveis no Município de Santa Bárbara/MG, por Tipo de
estabelecimento e tipo de prestador (2012) ................................................................................................................. 251
QUADRO 8.5.4 - Quantidade de leitos Hospitalares para internação disponíveis, geral e pelo SUS, por
especialidade – Santa Bárbara/MG (2012) ...................................................................................................................... 252
QUADRO 8.5.5 - Recursos humanos disponíveis, por tipo de profissional (2012) ........................................................ 253
QUADRO 8.5.6 - Número de famílias e de pessoas cadastradas em programas de atenção básica à saúde –
Santa Bárbara/MG (mar/2012) ................................................................................................................................................ 254
QUADRO 8.5.7 – Localização da unidade de ensino, por dependência de ensino – Santa bárbara/MG (2012)
................................................................................................................................................................................................................... 254
QUADRO 8.5.8- Índice de desenvolvimento da educação básica - IDEB observado em 2005, 2007 e 2009 e
metas para rede municipal....................................................................................................................................................... 255
QUADRO 8.5.9 – Número de alunos matriculados, por dependência de ensino – Santa Bárbara/MG (2012)
(*) ensino de jovens adultos. ................................................................................................................................................... 256
QUADRO 8.5.10 - Crimes por natureza – principais ocorrências atendidas pela polícia militar – município de
Santa Bárbara/MG (2008) ........................................................................................................................................................... 257
QUADRO 8.5.11 - Domicílios por situação segundo instalação sanitária município de Santa Bárbara/MG
(2010) ..................................................................................................................................................................................................... 262
QUADRO 8.5.12– Receitas não financeiras do município de Santa Bárbara/mg (2010) (em r$ correntes) .. 266
QUADRO 8.5.13 - Número de processos de mineração por fase do processo – 2011 .............................................. 267
QUADRO 8.5.14- Arrecadação de CFEM, por substância, do município de Santa Bárbara – 2012 .................... 267
QUADRO 8.5.15- Síntese de indicadores qualitativos do município de Santa Bárbara/mg – 2009 .................. 270
QUADRO 8.5.16 - Número de moradores por faixa etária e sexo – distrito de brumal, 2010................................ 272
QUADRO 8.5.17 - Número de moradores por faixa etária e sexo – 2010 – subdistrito de sumidouro (setor
censitário 315720315000002)................................................................................................................................................. 276
QUADRO 11.1.1 - Definição da magnitude dos impactos .......................................................................................................... 285
QUADRO 11.2.1 - Matriz de avaliação dos impactos ambientais - Fase de amplantação ....................................... 297
QUADRO 11.3.1 - Matriz de avaliação dos impactos ambientais - Fase de operação................................................ 309
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Lista de Figuras

FIGURA 2.2.1 – Delimitação do DNPM da Mina Córrego do Sítio................................................................................................. 6


FIGURA 4.1.1 – Localização do empreendimento ............................................................................................................................... 10
FIGURA 4.1.2 – Localização da pilha de estéril de Crista no interior da Mina Córrego do SítioErro! Indicador
não definido.
FIGURA 5.1.1 – Arranjo da ampliação da pilha de estéril de Crista .......................................................................................... 13
FIGURA 5.1.2– Seção 970,00m (condição normal de operação) ................................................................................................ 17
FIGURA 5.1.3 – Seção 970,00m (condição extrema de operação) ............................................................................................ 18
FIGURA 5.1.4 – Seção de maior altura do dique (condição percolação estável) .............................................................. 20
FIGURA 5.1.5 – Frequência de totais precipitados em 24h – postos Fazenda ParaÍso e Santa Bárbara............. 22
FIGURA 5.1.6 - Curva de Churchill.................................................................................................................................................................. 32
FIGURA 5.1.7 – Curva cota x volume - pilha de estéril de Crista ................................................................................................. 33
FIGURA 5.1.8– Curva cota x volume - dique de contenção de finos – Maciço ................................................................. 34
FIGURA 5.1.9 – Curva cota x volume - dique de contenção de finos – reservatório ..................................................... 34
FIGURA 5.2.1 – Gráfico RNP x % S-sulfeto ................................................................................................................................................. 39
FIGURA 8.1.1 - Categorias de uso do solo e cobertura vegetal na área diretamente afetada (ADA) e na área
de influência direta (AID) da ampliação da pilha de estéril de Crista ................................................................... 63
FIGURA 8.2.1 - Unidades de conservação ................................................................................................................................................. 65
FIGURA 8.3.1 - Totais pluviométricos e número de dias chuvosos - médias mensais - estação colégio Caraça
Cód. 01943007 – Período 1941-1999........................................................................................................................................ 71
FIGURA 8.3.2 - Totais pluviométricos e número de dias chuvosos - médias mensais - estação colégio Caraça
cód. 01943007 – Período 1999-2008 ........................................................................................................................................ 71
FIGURA 8.3.3 - Totais Pluviométricos e número de dias chuvosos- médias mensais - estação colégio Caraça
cód. 2043059 – Período 1983-1999 ........................................................................................................................................... 72
FIGURA 8.3.4 - Totais pluviométricos e número de dias chuvosos - médias mensais – estação colégio
Caraça cod. 2043059 – Período 1999-2008........................................................................................................................... 73
FIGURA 8.3.5 – Dados de evaporação total e umidade relativa do ar registrada na estação climatológica de
Ouro Preto – Perído 1961-1990. ................................................................................................................................................... 73
FIGURA 8.3.6– Mapa geológico simplificado do quadrilátero ferrÍfero e a localização da Mina Córrego do
Sítio I .............................................................................................................................................................................................................. 75
FIGURA 8.3.7- Mapa geológico da região nordeste do quadrilátero ferrífero, com indicação da área de
inserção da Mina Córrego do Sítio I........................................................................................................................................... 76
FIGURA 8.3.8 – Coluna estratigráfica do quadrilátero ferrífero, com indicação das unidades aflorantes na
região da pilha de ésteril de Crista ............................................................................................................................................. 77
FIGURA 8.3.9 – Aspectos geomorfológicos regionais da área de ampliação da pilha de estéril de Crista ...... 87
FIGURA 8.3.10 – Bloco diagrama esquemático das estruturas do quadrilátero ferrífero e inserção do
sinclinal conceição ............................................................................................................................................................................... 89
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FIGURA 8.3.11 - Análise de multicritério para elaboração de mapa de suscetibilidade erosiva - WEIGHTED
OVERLAY ..................................................................................................................................................................................................... 93
FIGURA 8.3.12 - Distribuição dos solos nas áreas de estudo .................................................................................................... 100
FIGURA 8.3.13 - Pedologia da pilha de estéril de de Crista ......................................................................................................... 101
FIGURA 8.3.14: Distribuição da aptidão agrícola das terras das áreas de estudo .......................................................... 103
FIGURA 8.3.15 - Aptidão agrícola ................................................................................................................................................................ 104
FIGURA 8.3.16 - Formas de relevo .............................................................................................................................................................. 105
FIGURA 8.3.17 - Suscetibilidade erosiva .................................................................................................................................................. 106
FIGURA 8.3.18 – Potencial espeleólogico .............................................................................................................................................. 110
FIGURA 8.3.19 – Caminhamento espeleológico ............................................................................................................................... 111
FIGURA 8.3.20 – Localização dos fotos – espeleologia ................................................................................................................. 114
FIGURA 8.3.21 – Hidrografia da AID/AII da ampliação da pilha de ésteril de Crista ................................................... 117
FIGURA 8.3.22 – Pontos de amostragem de água superficial ................................................................................................... 120
FIGURA 8.3.23 – Pontos de amostragem da qualidade do ar ................................................................................................... 143
FIGURA 8.3.24 – Pontos de amostragem de ruído ambiental .................................................................................................. 146
FIGURA 8.4.1 – Distribuição dos indivíduos arbóreos em classes de altura ..................................................................... 171
FIGURA 8.4.2- Distribuição dos indivíduos arbóreos em classes de CAP ........................................................................... 172
FIGURA 8.4.3- Curva de suficiência amostral para a floresta estacional semidecidual em estágio médio de
regeneração .......................................................................................................................................................................................... 173
FIGURA 8.4.4 – Distribuição por família das espécies registradas através de dados secundário ........................ 212
FIGURA 8.4.5 – Representatividade das espécies consideradas para ADA/AID do projeto em pauta por
família ........................................................................................................................................................................................................ 215
FIGURA 8.4.6 - Percentual de espécies da ictiofauna separadas por ordem, na área de influência do projeto
de ampliação da pilha de estéril de Crista .......................................................................................................................... 236
FIGURA 8.5.1– População relativa urbana e rural - Santa Bárbara/MG (1970 e 2010) ............................................... 247
FIGURA 8.5.2 - Evolução da população absoluta urbana, rural e total – Santa Bárbara/MG (1970, 1980, 1991,
2000 e 2010) .......................................................................................................................................................................................... 247
FIGURA 8.5.3 - Pirâmide etária – Santa Bárbara/MG (2010) ........................................................................................................ 248
FIGURA 8.5.4- População relativa, segundo o distrito - Santa Bárbara/MG (2000 e 2010) ...................................... 249
FIGURA 8.5.5 - População ocupada, segundo posição e categoria do emprego no trabalho principal –
Santa Bárbara/MG (2010) .............................................................................................................................................................. 249
FIGURA 8.5.6 - Variação do número de crimes registrados, Santa Bárbara – 2008 ...................................................... 258
FIGURA 8.5.7- Domicílios particulares permanentes por situação (1970, 1980, 1991, 2000 E 2010) ................. 259
FIGURA 8.5.8- Domicílios particulares permanentes por tipo de domicílio (2010)...................................................... 260
FIGURA 8.5.9- Domicílios com coleta de lixo, com água encanada e com esgotamento sanitário (2000 e
2010) .......................................................................................................................................................................................................... 260
FIGURA 8.5.10 – Índice de desenvolvimento humano municipal – IDHM – Santa Bárbara e média do estado
– 1991-2010 ........................................................................................................................................................................................... 264
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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

FIGURA 8.5.11 – Valor adicionado por setor de atividade econômica - Santa Bárbara/MG (2006-2009) (em
milhares de R$ correntes) ............................................................................................................................................................. 265
FIGURA 8.5.12 - Arrecadação municipal da CFEM - Santa Bárbara/MG (2008-2012) – R$ mil............................... 266
FIGURA 8.5.13 - PIB por habitante - Santa Bárbara e Minas Gerais (2004-2010) – R$mil .......................................... 266
FIGURA 12.1 – Ações de controle, mitigação, monitoramento e compensação ambientais ............................... 312
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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

1. APRESENTAÇÃO
O presente Estudo de Impacto Ambiental (EIA), elaborado conforme a exigência do Formulário de
Orientação Básica Integrado (FOBI) fornecido pela Secretaria do Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, FOBI nº.0756212/2013, visa à formalização do processo de
licenciamento ambiental da “Ampliação da Pilha de Estéril de Crista”, em área da Mina Córrego do
Sítio I (CDSI), situada no município de Santa Bárbara, MG, sob responsabilidade da empresa Anglogold
Ashanti Córrego do Sítio Mineração S/A.

A formalização do processo de licenciamento ambiental, que contempla a obtenção conjunta das


licenças prévia (LP) e licença de instalação (LI) além das outorgas de canalização de curso d’água
(dreno de fundo) e barramento de curso d’água (dique de contenção de finos), ocorrerá mediante a
apresentação dos seguintes documentos: Estudo de Impacto Ambiental – EIA, Relatório de Impacto
Ambiental – RIMA, Plano de Controle Ambiental – PCA, Plano de Utilização Pretendida (PUP) e
Relatórios de Outorga.

O presente EIA busca, pois, diagnosticar a área a ser afetada pelo projeto e avaliá-la ambientalmente,
considerando os meios físico, biótico e socioeconômico e cultural. Uma equipe multidisciplinar
realizou levantamentos de dados secundários e de campo e, a partir do cruzamento e interpretação
das informações obtidas, foi produzido o diagnóstico ambiental ora apresentado neste relatório.

As principais estruturas que compõem atualmente a Mina Córrego do Sítio I (CDS I) estão descritas no
quadro a seguir:

QUADRO 1.1.1 – ESTRUTURAS DA MINA CÓRREGO DO SÍTIO

ESTRUTURA DENOMINAÇÃO SITUAÇÃO


Operação Mina Subterrânea Mina Subterrânea Em operação
Cava Carvoaria Sul/Laranjeiras Em operação
Cava Rosalino Em operação/ Expansão
Cava João Burro Em implantação
Cava Carvoaria Velha Paralisada
Cava Bocaina Paralisada
Operação Mina a Céu Aberto Cava de Crista Paralisada
Frentes de Lavra (Minério
Oxidado) Cava Cachorro Bravo Paralisada
Cava Mutuca Paralisada/ Expansão
Cava Lageado Paralisada
Cava Cristina Paralisada
Cava Grota Funda Paralisada
Cava Candeias Paralisada
Pilha Estéril de Carvoaria
Em operação
Sul/Laranjeiras
Pilhas de Estéril Pilha de Estéril Cachorro Bravo Em operação/ Expansão
Pilha de Estéril de Bocaina/ IQ76 Em operação/ Expansão

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Continuação do Quadro 1.1.1


ESTRUTURA DENOMINAÇÃO SITUAÇÃO
Pilha de Estéril de Crista Paralisada
Pilha de Estéril de Paiol Paralisada
Pilha de Estéril de Rosalino/ Grota
Paralisada
Funda
Pilhas de Estéril
Pilha de Estéril de Lageado Paralisada
Pilha de Estéril de Carvoaria Velha Paralisada
Pilha de Estéril de Cristina/
Em operação
Sulfetado
Barragem de contenção de
Barragem Em operação
Sedimentos
Planta de Lixiviação em pilhas para
Planta Metalúrgica Em operação/ Expansão
tratamento do minério oxidado
Pilha de Rejeito Pilha de Rejeito Em operação/ Expansão
Posto de Abastecimento Posto de Abastecimento Em operação

Também pertence à AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S/A, a Mina Córrego do Sítio II,
antiga São Bento Mineração S/A, localizada a 9,0km da Mina Córrego do Sítio I.

A Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, objeto deste EIA, se faz necessária para manter a
continuidade as operações a ceu aberto, da Mina Corrego do Sitio, considerando que:

 As pilhas atualmente em operação não irão comportar todo o estéril previsto para os próximos anos.
A relação estéril / minério para atividade de lavra é estimada para o cálculo do modelo econômico
da jazida, podendo variar de acordo com as dimensões variáveis dos corpos de minério, sua
distribuição dentro da área o que implica em considerável alteração no volume esperado de geração
de estéril.

 A razão estéril/minério é um importante fator na exeqüibilidade de minas a céu aberto.A pilha de


Crista está no centro de massa das frentes de lavra a céu aberto da Mina Córrego do Sítio I sendo
assim possível atender várias frentes de lavra com DMT médio. Durante a seleção de depósitos
potenciais a serem explotados, o custo de remoção do estéril de cobertura representa um
importante fator. A incerteza associada com estimativas de razões estéril/minério depende de
ambos os riscos de estimativa associados com os recursos totais de minério e do volume de
cobertura estéril. Depósitos com alta variabilidade podem apresentar riscos que afetam sua
economicidade mineira

Alem disso outros fatores podem alterar a cubagem do volume para a implantação de pilhas de
estéril, diminuindo ou aumentado sua capacidade de armazenamento. Dentre elas, pode destacar a
precisão da topografia; o empolamento do material; alteração de critérios geotécnicos, entre outros.
Ainda assim uma unidade minerária de uma pilha de estéril pode receber o estéril de várias frentes de
lavra, reduzindo sua vida útil.

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Inicialmente, este estudo apresenta o histórico e a caracterização geral das estruturas que compõem a
Mina Córrego do Sítio I. Em seguida, expõe-se a caracterização dos projetos elaborados para a
Ampliação da Pilha de Crista e a legislação ambiental aplicável para este empreendimento.
Posteriormente são apresentadas as áreas de influência bem como o diagnóstico ambiental
estudados para as mesmas. O cruzamento da caracterização do empreendimento com o diagnóstico
ambiental resulta na avaliação dos impactos ambientais identificados e valorados neste estudo.

Por fim, a partir das avaliações efetuadas, são identificados os programas e medidas de controle
ambiental visando à mitigação, monitoramento e compensação dos impactos identificados. No Plano
de Controle Ambiental - PCA, a ser protocolado junto deste EIA, tais programas e medidas serão
detalhados.

2. HISTÓRICO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO


A AngloGold Ashanti, multinacional sul-africana com grande tradição na exploração de ouro, possui
sua matriz em Johanesburgo, na África do Sul e sede, na América do Sul, no município de Nova Lima
(MG). No Brasil, a AngloGold atua nos estados de Minas Gerais e Goiás. Em Minas Gerais, a empresa,
que possui razão social de AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S/A, é proprietária das
Minas Córrego do Sítio I (CDS I) e Córrego do Sítio II (CDS II), antiga São Bento Mineração S/A,
localizadas no município de Santa Bárbara.

2.1. Licenciamento Ambiental


A lavra da Mina Córrego do Sítio I iniciou-se na década de 1990, a partir da obtenção de uma Licença
de Instalação (LI) para implantação de estruturas de mina (cava a céu aberto), de beneficiamento,
operacionais e administrativas (LI comunicada pelo ofício Of. / SECTMA / GAB / nº 0027 / 90, de 19 de
março de 1990). Ainda na mesma década foram concedidas ao empreendedor a Licença de
Funcionamento (LF) comunicada pelo ofício OF / SE/ COPAM / nº 05 / 91, de 14 de janeiro de 1991 e a
Licença de Operação (LO) para a expansão das atividades, Certificado LO nº 079, de 25 de abril de
1996, que incorporou a LF anterior.

Em 1998, devido a fatores diversos, como a previsão de exaustão das reservas do minério oxidado e a
queda acentuada do preço do ouro, que ditaram a necessidade de uma reavaliação das reservas e
recursos minerais da empresa e da viabilidade técnica e econômica do empreendimento, as
atividades de lavra e metalurgia na Mina de Córrego do Sítio I foram temporariamente suspensas.

Com o aumento do preço do ouro a partir de 2001, novos estudos visando à reavaliação das reservas
de minério oxidado foram realizados pela empresa, permitindo um maior conhecimento da jazida
aurífera da Mina Córrego do Sítio I. Assim, após o processo de revalidação da Licença de Operação da
mina e de suas instalações (Processo COPAM 111/1988/009/2001), as atividades minerárias foram
retomadas a partir da obtenção do Certificado LO nº 500/2002, em 2 de dezembro de 2002.

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Desde 2002, foram elaborados e executados projetos de ampliações e modificações do


empreendimento através de licenciamentos ambientais específicos, conforme informado no Relatório
de Avaliação de Desempenho Ambiental – RADA (Anglogold Ashanti, 2006), que, por sua vez, teve o
objetivo de subsidiar o processo de revalidação da LO n°500/2002 e os processos de outras licenças de
operação vigentes (Quadro 2.1.1). Através deste processo de licenciamento (Processo COPAM
111/1988/017/2006) se obteve a LO nº254/2007 que contempla a Pilha de Estéril de Crista. Esta
licença é válida até 17/09/2015.

QUADRO 2.1.1 – LICENÇAS DE OPERAÇÃO DA MINA CÓRREGO DO SÍTIO REVALIDADAS A PARTIR DO RADA/2006

DNPM COPAM LICENÇA DENOMINAÇÃO


830.767/1981 111/1988/009/2001 LO 500/2002 Córrego do Sítio
830.767/1981 111/1988/013/2004 LO 290/2005 (*) Ampliação Infraestrutura (*)
830.353/1979 111/1988/015/2005 LO 431/2005 Carvoaria Velha
1.463/1963 065/1996/003/2004 LO 772/2004 Bocaina
830.767/1981 3736/2001/001/2001 LO 816/2004 Posto de Abastecimento
(*) LO 290/2004: refere-se às obras de infraestrutura necessárias à continuidade das operações do empreendimento, a saber: adequação da planta
metalúrgica; expansão do depósito de rejeito em pilha e do depósito de material estéril (pilha de Crista); alteamento da barragem de contenção de
sedimentos; retaludamento da cava Cachorro Bravo; aprofundamento da Cava de Crista e canalização do córrego Sapé (pilha de rejeito).

No período entre 2008 e 2009, a AngloGold Ashanti obteve as Autorizações Ambientais de


Funcionamento - AAF 331345/2008, 573025/2009 e 155522/2009 correspondentes às atividades de
lavra nas cavas Bocaina, Rosalino e Laranjeiras (Quadro 2.1.2).

QUADRO 2.1.2 – AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS DE FUNCIONAMENTO (UNIFICADAS PELA LOC Nº 023/2012)

LICENÇA PROCESSO DNPM PRODUÇÃO (TONELADAS DE MINÉRIO/ ANO)


AAF Bocaina 830.129/1982 - IQ76 44.500
AAF Rosalino 930.181/2008 49.000
AAF Laranjeiras 830.351/1979 - IQ23 35.000

Em 2011, a AngloGold Ashanti em comum acordo com o Ministério Público e a SUPRAM, optou por
formalizar o processo de licenciamento ambiental visando à unificação das AAFs (atividades de lavra
nas cavas Bocaina, Rosalino e Laranjeiras). Assim, através de uma Licença Operacional Corretiva (LOC),
as AAFs correspondentes a essas cavas foram englobadas, passando a integrar uma única licença de
operação, a LOC nº 023/2012, processo COPAM 111/1988/021/2011, com validade até 27 de fevereiro
de 2016.

Já em 2012, a AngloGold iniciou 3 processos de licenciamento ambiental:

 Expansão da Pilha de Rejeito – Processo COPAM/PA /Nº 00111/1988/026/2012 – LO obtida em 18 de


junho de 2013 - Validade: 06 (seis) anos

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 Expansão da Cava Rosalino, Pilhas de Estéril e Expansão da Planta de Lixiviação em Pilhas – LP\LI
obtida em 05/02/2013 - Processo COPAM/PA Nº00111/1988/024/2012 – Valido ate 05/02/2016.

 Abertura da Cava João Burro e Expansão da Pilha de Estéril de Bocaina – LP/LI obtida em 05/03/2013
– Processo COPAM/PA Nº00111/1988/025/2012 – Valido até 05/04/2016.

2.2. Licenciamento Minerário


Com relação às questões de DNPM, a Pilha de Estéril de Crista está inserida nos Direitos Minerários -
DMs:

 Processo DNPM nº 830.351/1979

 Processo DNPM nº 830.353/1979

 Processo DNPM nº 830.767/1981

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FIGURA 2.2.1 – DELIMITAÇÃO DO DNPM DA MINA CÓRREGO DO SÍTIO

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Vale ressaltar que os DMs fazem parte do Grupamento Mineiro nº 246/2012, publicado no DOU de

09/03/2012, nos termos do Processo DNPM nº 930.181/2008, que contemplou os seguintes processos
de concessões de lavra:

 Processo DNPM nº 001.463/1963

 Processo DNPM nº 830.351/1979

 ProcessoDNPM nº 830.353/1979

 Processo DNPM nº 830.767/1981

Conforme o Decreto nº 62.934, de 2 de julho de 1968 que regulamento o Código de Mineração, no


capítulo 10 que trata do grupamento mineiro, traz no artigo 69 :

‘‘Entende-se por Grupamento Mineiro a reunião em uma só unidade de mineração, de várias


concessões de lavra da mesma substância mineral, outorgadas a um só titular, em área de um
mesmo jazimento ou zona mineralizada.‘‘

Portanto a Pilha de Crista esta inserida no DNPM 830.767/1981, 830.353/1979 e 830.351/1979,


concessões de lavra do empreendimento em questão, unificadas pelo Grupamento Mineiro nº
246/2012. No Anexo 02, encontra-se a cópia do despacho do Diretor-Geral do DNPM, Relação nº
27/2012, publicado no DOU de 09/03/2012 (Seção 1, pág. 71) comprova a constituição do referido
Grupamento Mineiro, de titularidade da Anglogold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S.A., bem
como a tela extraída do Cadastro Mineiro do DNPM.

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3. ESTUDO DE ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DO EMPREENDIMENTO


Para a definição de áreas para disposição do estéril resultante da continuidade das atividades de lavra
nesta mina, foram considerados nas análises os seguintes fatores: menor distância de transporte da
lavra (DMT); menor custo de implantação; melhor condição topográfica; menor área ocupada com
mata nativa e menor interferência com cursos d’água perenes. Foram priorizadas as alternativas
locacionais para disposição de estéril através de ampliações de pilhas já existentes e/ou utilização de
áreas já antropizadas pelas atividades de mineração. Assim, considerando o volume de estéril previsto
na extração de minério oxidado de ouro na mina CDSI, a melhor opção para a disposição destes
materiais é a ampliação de uma pilha já existente: Pilha de Estéril de Crista, conforme dados a seguir.

QUADRO 3.1.1 – ALTERNATIVAS LOCACIONAIS

ALTERNATIVA VANTAGENS JUSTIFICATIVA


- A área está inserida totalmente na - A Ampliação da Pilha de Estéril de
propriedade da Anglogold; Crista visa a aumentar a capacidade
- Está localizada em área próxima a área de de armazenamento da pilha,
Ampliação da Pilha de lavra: garantindo a área para disposição
Estéril de Crista - Apresenta características físicas que do material estéril a ser gerado nas
propiciam a sua ampliação; cavas da mina CDS I, sem
- Boa capacidade para o armazenamento de necessidade de intervenção em uma
estéril (20Mm³). nova área.

Caso novas áreas de disposição de estéril fossem selecionadas, ocorreriam impactos ambientais, tais
como: intervenção em um novo curso d’água; intervenção em maiores áreas de vegetação nativa e
APPs; maior distância a ser percorrida para o transporte do estéril além de aumento na geração de
poeira e ruído.

Cabe destacar que as características físicas da área do empreendimento e seu entorno apresentam em
linhas gerais o relevo montanhoso com declividade acentuada e, junto da considerável altitude,
corrobora a existência de drenagens com matas ciliares em fundo de vale que se interligam formando
corredores de mata nativa em grande parte da região. Ou seja, independentemente do local a ser
escolhido para a disposição de estéril, implicaria em intervenções em cursos d’água, APPs e vegetação
nativa, o que leva a considerar a alternativa de ampliação da Pilha de Estéril de Crista, já existente,
como a melhor alternativa locacional.

4. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
A Mina Córrego do Sítio I está localizada no município de Santa Bárbara/MG, distante cerca de 110km
de Belo Horizonte. Encontra-se inserida na sub-bacia do rio Conceição, pertencente à bacia
hidrográfica estadual do rio Piracicaba que, por sua vez, faz parte da bacia hidrográfica federal do rio
Doce.

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O acesso a área se dá pela BR-262 a partir de Belo Horizonte, seguindo-se cerca de 70km até o trevo
para Barão de Cocais/Santa Bárbara. Desse trevo, seguem-se 30km da MG-436 até o trevo de Brumal
(distrito de Santa Bárbara), tomando-se a rodovia pavimentada da direita (sentido Brumal) e
percorrendo-se mais 4km até a ponte de concreto sobre o ribeirão Caraça. A partir daí, percorrem-se
9,5km, por estrada distrital não pavimentada, até a entrada da Mina Córrego do Sítio I.

A Pilha de Estéril de Crista está localizada dentro da propriedade da Mina Córrego do Sítio I, próxima a
cava Carvoaria Sul.

A Figura 4.1.1 apresenta o mapa de macrolocalização do empreendimento no interior da Mina


Córrego do Sítio I.

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FIGURA 4.1.1 – LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

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5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Conforme já ressaltado, a Mina Córrego do Sítio I (CDS I) corresponde à explotação de minério de ouro
oxidado a céu aberto e de minério de ouro sulfetado em mina subterrânea. Encontram-se em
operação, as cavas a céu aberto Carvoaria Sul/Laranjeiras, e Rosalino, além da mina subterrânea. Nota-
se ainda que a cava João Burro está sendo implantada.

O minério proveniente das cavas a céu aberto é enviado para a planta de beneficiamento, onde é
disposto em pilhas de lixiviação para a extração do ouro. O processo de beneficiamento do minério de
ouro oxidado envolve as seguintes operações:

 Beneficiamento mineral: britagem, moagem, classificação, aglomeração com adição de cimento,


empilhamento de minério;

 Hidrometalurgia: lixiviação em pilha com gotejamento de solução cianetada, adsorção do ouro da


solução rica drenada das pilhas por carvão ativado, dessorção, lavagem e neutralização da pilha de
lixiviado;

 Purificação e eletrodeposição do ouro: eletrólise da palha de aço impregnada com ouro,


enriquecimento e recirculação (sistema fechado) da solução cianetada durante toda a etapa de
lixiviação do ouro;

 Remoção e disposição do rejeito metalúrgico;

 Tratamento e descarte do efluente líquido do processo de beneficiamento.

Atualmente, o estéril gerado nas operações de lavra é encaminhado para as pilhas de Estéril de
Carvoaria Sul/Laranjeiras, Cachorro Bravo, Bocaina/IQ76 e Cristina/Sulfetado. As pilhas de estéril são
construídas de forma ascendente, permitindo sua formação por camadas.

O rejeito do processo de beneficiamento é enviado para a disposição na pilha de rejeito. A palha de


aço impregnada com ouro é enviada à fundição da Anglogold Ashanti, na Planta do Queiroz, em Nova
Lima/MG.

O carregamento, tanto do minério quanto do estéril, é realizado com escavadeiras/carregadeiras em


caminhões basculantes. Esses caminhões fazem o transporte do minério até a planta de
beneficiamento e do estéril até sua respectiva pilha de disposição.

A Mina Córrego do Sítio I conta com todas as estruturas de apoio a operação, como escritórios,
refeitório, vestiário, oficina de manutenção, posto de combustível, pátio de resíduos e estação de
tratamento de efluentes.

5.1. Descrição do projeto da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista


Atualmente, a Pilha de Estéril de Crista encontra-se com sua capacidade de armazenamento de estéril
esgotada. Apresenta crista na El.1000,00 m e o material depositado na pilha é constituído por silte
areno-argiloso, de coloração cinza, marrom e amarelo, apresentando fragmentos decompostos de
filito e xisto grafitoso (estéril das cavas da Mina CDS I).

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Para atender a demanda de disposição do estéril proveniente da Mina CDS I, a pilha de Crista deverá
ser ampliada para armazenamento de 20 Mm³ de estéril, em 04 anos de operação.

A ampliação deverá ocupar o vale a jusante da pilha existente e a área da cava Carvoaria
Sul/Laranjeiras (que estará exaurida na ocasião), localizada a nordeste da pilha. O dique existente será
aterrado, fazendo-se necessária a construção de um novo dique de contenção de finos, a jusante do
dique existente. Será necessário desviar o córrego Crista durante a construção do dique e para tal será
utilizado bombeamento. A vazão de desvio é de 20 l/s, correspondente à média de período seco (abril
a setembro).

Para ampliação da pilha, estima-se a remoção de aproximadamente 2m de aluvião mole, localizado na


parte inferior do vale. Nas ombreiras será necessário remover a capa superficial de colúvio (1,5 m), em
geral mais porosa e de menor consistência e contendo material orgânico. Para construção do novo
dique será necessária a escavação de pelo menos 4 metros de profundidade de solo superficial, onde
todo o material aluvionar presente no fundo do talvegue deverá ser removido. Todo o material
removido na área da pilha e do dique será destinado para a parte superior da própria Pilha de Estéril
de Crista.

Conforme projeto de ampliação, elaborado pela DAM Projetos de Engenharia (2013), a pilha deverá
atingir a El. 1020,00 m, apresentando uma altura de 260 metros. Foram adotados taludes 1V:1,8H,
sendo que a inclinação geral será de 1V:2,3H. As bermas terão 5m de largura, a cada 10m de desnível e
os acessos foram projetados com 10 m de largura e declividade variando entre 10 e 12%. A
compactação do material lançado na pilha será realizada pelo tráfego dos equipamentos.

O novo dique de contenção de finos da pilha consistirá em um maciço drenante/filtrante em


enrocamento com taludes de montante e jusante com inclinação 1V:1,5H. Foi projetado no talude de
montante um filtro composto por uma camada de brita 0 e outra de brita 3, cobertas por um
geocomposto filtrante. O maciço apresenta volume total aproximado de 15.800 m³, incluindo o
enrocamento e os outros materiais granulares. O vertedouro foi projetado em concreto armado com
tomada d'água tipo canal lateral, calha em degraus e bacia de dissipação tipo piscina.

Nos desenhos BRD-E-PJ-DE-303 e BRD-E-PJ-DE-304 do Anexo 03 são apresentadas a planta e as seções


para o arranjo final proposto para a ampliação da Pilha de Estéril de Crista. Nos desenhos BRD-E-PJ-DE-
311 e BRD-E-PJ-DE-312 são apresentadas a planta e as seções do dique. A Figura 5.1.1, a seguir,
apresenta o arranjo para o projeto de ampliação da pilha de Crista.

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FIGURA 5.1.1 – ARRANJO DA AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

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A inclinação das bermas foi projetada para que as mesmas trabalhem como elementos condutores de
águas pluviais. A inclinação transversal de 5% direciona a água para o pé dos taludes da bancada
superior, evitando que a mesma escorra pelo talude.

Longitudinalmente, deverá ser dado um caimento da ordem de 0,5% em direção às ombreiras, de


forma a permitir o escoamento da água com velocidade compatível, sem a criação de processos
erosivos. Deverão ser executadas ainda leiras de proteção nas bordas dos taludes com pelo menos
0,50 m de altura.

No contato da pilha com as ombreiras deverão ser executados canais de drenagem acompanhando a
declividade da encosta. Esse sistema de drenagem superficial irá conduzir e direcionar a água de
chuva para o dique de contenção de finos implantado a jusante da pilha no talvegue do córrego
Crista.

O sistema de drenagem interna na bacia de contribuição da Pilha, é constituído por seis drenos de
fundo de brita 3, envolvidos por camadas de brita 1 e areia. Entre a brita 1 e a fundação será utilizado
um lastro de enrocamento. O dreno de número quatro será ligado ao dreno de fundo existente. Os
drenos de fundo irão direcionar a água até o dreno de pé da pilha (enrocamento) e a partir deste
ponto a água seguirá para o dique de contenção de finos.

Para detectar uma eventual subida do nível d’água no interior do maciço em períodos de chuva
intensa, serão instalados cinco indicadores de nível d’água localizados ao longo da seção de maior
altura da pilha, acompanhando a linha de drenagem natural. Serão instalados também 22 marcos
superficiais de deformação, para a verificação de possíveis recalques. Nos desenhos BRD-E-PJ-DE-308
e BRD-E-PJ-DE-309 do Anexo 03 está apresentada a instrumentação proposta.

A pilha deverá ser construída pelo método ascendente e a face dos taludes deverá ser revegetada
após a conclusão de cada banco, de maneira a minimizar o aporte de sedimentos para jusante.

5.1.1. Aspectos Geológico-Geotécnicos da Fundação e do Material da Pilha


As investigações geológico- geotécnicas constou da execução de 04 sondagens mistas para pesquisa
do material que compõe a pilha e as condições de fundação da mesma, e 04 sondagens a percussão
para avaliar as condições de fundação do dique.

As investigações para a pilha de estéril foram executadas pela Progeo Engenharia Ltda e as
investigações na área do novo dique foram realizadas pela SOLOTÉCNICA Engenharia de Fundações
Ltda.

Os desenhos BRD-E-PJ-DE-203 a BRD-E-PJ-DE-208 do Anexo 03 apresentam os resultados das


investigações realizadas e desenho BRD-E-PJ-DE-209 também inserido no Anexo 03 contempla todas
as legendas, convenções e parâmetros que foram utilizados nas seções geológicas apresentadas.

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5.1.2. Análises de Estabilidade


5.1.2.1. Análise de estabilidade para o projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista
As análises de estabilidade para a ampliação da Pilha de Estéril de Crista visaram definir a inclinação
dos taludes da pilha. Foram levados em consideração os materiais de construção e da fundação da
pilha e as condições de carregamento a que estará submetida.

Foram realizadas análises de estabilidade adotando-se envoltórias de resistência com base na


experiência com materiais semelhantes aos de projeto.

2Premissas e parâmetros adotados


 Método de Cálculo: as análises de estabilidade ao escorregamento foram realizadas por equilíbrio
limite, utilizando o método Spencer, através do programa SLOPE/W, versão 6.02.

 Condições de carregamento: os taludes da pilha foram verificados para a condição de operação


normal. Foi também considerada a possibilidade de saturação parcial do maciço em períodos de
chuva intensa (condição extrema);

 Foi analisada a seção de maior altura da pilha, por ser considerada crítica;

 Foram verificadas superfícies de ruptura de forma circular, procurando cercar todas aquelas
prováveis de ruptura;

 Foram considerados os coeficientes de segurança mínimos de 1,50 para a condição normal de


operação e de 1,30 para a condição extrema;

 Os parâmetros de resistência para os materiais do aterro, estéril, foram determinados a partir de


ensaios de laboratório realizados com o material depositado na pilha existente. Para a fundação os
parâmetros de resistência foram adotados com base na experiência com materiais semelhantes. Os
parâmetros adotados estão apresentados no Quadro 5.1.1.

QUADRO 5.1.1– PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA
MATERIAL h (KN/m3)
c' (KN/m2) Φ' (°)
Estéril 20,3 30 27
Fundação 20 30 35
Enrocamento 24 0 42
Fonte: DAM, 2013.

 Subpressões de água: Foi considerada a possibilidade de saturação parcial do maciço em período de


chuva intensa. As pressões neutras no maciço e na fundação foram determinadas a partir de uma
linha piezométrica estimada.

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2Resultados e discussão
Como apresentado anteriormente, o fator de segurança mínimo considerado foi de 1,50 para
condições normais de operação e de 1,30 para condições extremas. No Quadro 5.1.2 estão
apresentados os casos analisados e os coeficientes de segurança encontrados. De acordo com os
resultados obtidos nas análises, a condição de segurança atual da pilha é adequada, com coeficientes
de segurança dentro dos limites aceitáveis, mesmo para a condição extrema de elevação do nível
d’água em períodos de chuva intensa.

QUADRO 5.1.2 – ANÁLISE DE ESTABILIDADE AO ESCORREGAMENTO PARA A PILHA DE CRISTA

COEFICIENTE DE SEGURANÇA
CASO SEÇÃO CONDIÇÃO DE CARREGAMENTO
ENCONTRADO
1 El. 970m Operação Normal 1,571
2 El. 970m Extrema 1,530
Fonte: DAM, 2013.

As seções analisadas estão apresentadas nas Figuras 5.1.2 e 5.1.3 a seguir, com indicação da superfície
de escorregamento crítica, bem como dos coeficientes de segurança mínimos encontrados em cada
caso.

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FIGURA 5.1.2– SEÇÃO 970,00M (CONDIÇÃO NORMAL DE OPERAÇÃO)

Fonte: DAM, 2013.

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FIGURA 5.1.3 – SEÇÃO 970,00M (CONDIÇÃO EXTREMA DE OPERAÇÃO)

Fonte: DAM, 2013.

5.1.2.2. Análise de estabilidade para o Dique de Contenção de Finos


As análises de estabilidade visaram a definir a geometria do dique de contenção de finos. Foram
levados em consideração os materiais de empréstimo e de fundação e as condições de carregamento
a que estará submetido.

Foram realizadas análises de estabilidade adotando-se envoltórias de resistência com base na


experiência com materiais semelhantes aos de projeto.

1Premissas e parâmetros adotados


 Método de Cálculo: as análises de estabilidade ao escorregamento foram realizadas por equilíbrio
limite, utilizando o método Spencer, através do programa SLOPE/W, versão 6.02.

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 Condições de carregamento: o flanco de jusante do dique foi verificado para a condição de


Percolação Estável, onde se considerou que o nível d’água do reservatório já tenha se estabelecido
por um período de tempo relativamente longo, admitindo-se que a percolação tenha se estabilizado
e que o adensamento provocado pelo peso próprio do aterro já tenha ocorrido;

 Foi analisada a seção de maior altura da pilha, por ser esta a condicionante da inclinação dos taludes;

 Foram verificadas superfícies de ruptura de forma circular, procurando cercar todas aquelas
prováveis de ruptura;

 Subpressões de água: As pressões neutras no maciço e na fundação foram determinadas a partir de


uma linha piezométrica estimada.

 Foi considerado o coeficiente de segurança mínimo de 1,50 para a condição de Percolação Estável;

 Os parâmetros de resistência para os materiais do aterro e da fundação foram estimados com base
na experiência com materiais semelhantes. Os parâmetros adotados estão apresentados no Quadro
5.1.3.
QUADRO 5.1.3– PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA
MATERIAL ϒH (KN/m3)
C' (KN/m2) Φ' (°)
Enrocamento 24 0 42
Solo Coluvionar 19 10 26
Solo Residual 21 20 28
Fonte: DAM, 2013.

1Resultados e discussão
Como apresentado anteriormente, o fator de segurança mínimo considerado foi de 1,50 para
condição de percolação estável. No Quadro 5.1.4 está apresentado o caso analisado e o coeficiente de
segurança encontrado. De acordo com o resultado obtido a geometria adotada no projeto, para o
dique em enrocamento, é adequada, com fator de segurança dentro dos limites recomendados.

QUADRO 5.1.4 – ANÁLISE DE ESTABILIDADE AO ESCORREGAMENTO PARA O DIQUE

COEFICIENTE DE
CASO SEÇÃO CONDIÇÃO DE CARREGAMENTO TALUDE SEGURANÇA
ENCONTRADO
1 Maior altura do dique Percolação Estável Jusante 1,534
Fonte: DAM, 2013.

A seção analisada é apresentada na Figura 5.1.4 a seguir, com indicação da superfície de


escorregamento crítica, bem como do coeficiente de segurança mínimo encontrado.

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FIGURA 5.1.4 – SEÇÃO DE MAIOR ALTURA DO DIQUE (CONDIÇÃO PERCOLAÇÃO ESTÁVEL)

Fonte: DAM, 2013.

5.1.3. Estudos hidrológicos e hidráulicos


Os estudos hidrológicos e hidráulicos foram desenvolvidos com o objetivo de determinar as
características dos sistemas de drenagem para a ampliação da Pilha de Estéril de Crista, sendo a chuva
de projeto a base para avaliar as cheias afluentes e, portanto, estudada inicialmente.

5.1.3.1. Estudos hidrológicos e hidráulicos para a Ampliação da Pilha de Estéril de Crista


1Caracterização climática e das chuvas intensas
Conforme estudo realizado pela DAM Projetos de Engenharia (2013), devido à ausência de dados
pluviográficos na área do empreendimento, procurou-se correlacionar a pluviometria existente
(dados diários) com dados conhecidos de locais próximos em condições meteorológicas semelhantes,
como é o caso da Estação Pluviográfica de Ouro Preto/MG operada pelo INMET.

Os dados obtidos para 24 horas na estação de Ouro Preto estão apresentados no Quadro 5.1.5, a
seguir.

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QUADRO 5.1.5 – DADOS OBTIDOS PARA 24 HORAS NA ESTAÇÃO DE OURO PRETO/MG


T (ANOS) K (-) P (MM)
1 1,00 76,1
2 1,16 88,0
5 1,39 105,4
10 1,58 120,2
25 1,87 142,0
50 2,11 160,7
100 2,38 181,4
1.000 3,54 269,6
10.000 5,25 399,3
Fonte: DAM, 2013.
Foram analisados ainda os registros máximos obtidos na estação pluviométrica mais representativa,
nesse caso a estação Fazenda Alegria da Vale. Além disso, foram obtidos junto à Agência Nacional de
Águas - ANA os dados pluviométricos das estações apresentadas no Quadro 5.1.6, a seguir.

QUADRO 5.1.6 – ESTAÇÕES SELECIONADAS NA ANA PARA OBTENÇÃO DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS

CÓDIGO POSTO ALTITUDE (M) MUNICÍPIO PERÍODO


02043022 Caraça 1300 Catas Altas 41/66
02043059 Caraça 1300 Catas Altas 82/06
02043003 Passagem Mariana 820 Mariana 41/65
02043008 Monsenhor Horta 639 Mariana 41/65
02043011 Fazenda Paraíso 477 Mariana 41/07
Conceição Rio
02043023 805 Santa Bárbara 41/65
Acima
01943007 Santa Bárbara 748 Santa Bárbara 41/07
Fonte: DAM, 2013.
O Quadro 5.1.7, a seguir, apresenta os totais máximos médios e os respectivos desvios-padrão no
período comum 1941/1965 e no período total de cada posto.

QUADRO 5.1.7– TOTAIS MÁXIMOS MÉDIOS DE PLUVIOMETRIA E RESPECTIVOS DESVIOS-PADRÃO

PERÍODO COMUM PERÍODO TOTAL


POSTO
T (MM) S (MM) T (MM) S (MM)
Caraça 99,2 26,7 108,4 32,5
Passagem
83,7 27,2 - -
Mariana
Monsenhor Horta 83,6 17,9 - -
Fazenda Paraíso 83,9 25,4 81,4 23,8
Conceição Rio
85,2 24,7 - -
Acima
Santa Bárbara 87,9 26,5 82,1 25,7
Fonte: DAM, 2013.

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Procedeu-se, então, à análise de frequência dos postos de Fazenda Paraíso e Santa Bárbara. Os totais
diários máximos observados foram ordenados e transformados em totais máximos de 24 horas
(majorados em 15%) e submetidos à distribuição de Gumbel.

FIGURA 5.1.5 – FREQUÊNCIA DE TOTAIS PRECIPITADOS EM 24H – POSTOS FAZENDA PARAÍSO E SANTA BÁRBARA

Fonte: DAM, 2013.

Verificou-se que o posto da Fazenda Paraíso, além de estar localizado na mesma encosta da Mina de
Alegria, próximo à área do empreendimento, tem melhor ajuste gráfico entre os valores observados
com a distribuição de Gumbel. A partir daí, os valores máximos foram desagregados, adotando-se as
relações do posto pluviográfico de Ouro Preto para durações inferiores a 24 horas, a saber:

P = K [(0,6t + 23 log (1 + 20 t)];

onde:

"P" - precipitação em "mm" na duração "t";

"t" - duração de chuva em horas;

"K" -Tr (a + b/Tr0,25);

"Tr" - tempo de retorno em anos;

“a” e “b” - coeficientes de anamorfose.

O Quadro 5.1.8 mostra os elementos necessários para o cálculo do fator K de frequência.

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QUADRO 5.1.8 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA O CÁLCULO DO FATOR K DE FREQUÊNCIA

T A B
5 min 0,108 0,12
15 min 0,122 0,12
0,5 h 0,138 0,12
1h 0,156 0,04
2h 0,166 0,04
4h 0,174 0,04
8h 0,176 0,04
14 h 0,174 0,04
24 h 0,176 0,04
Fonte: DAM, 2013.

1Metodologia de cálculo das vazões de projeto


Para a determinação das vazões de pico e dos volumes escoados, foi utilizado o método do
hidrograma unitário.

A equação apresenta a seguinte forma:

QP = 0,278 x C x I x A

Sendo:

QP = vazão de pico em m3/s;

I = intensidade de chuva;

A = área da bacia em Km2

C = coeficiente de escoamento superficial

C2  1 
C  1  
2  1 F 

C2 = coeficiente de escoamento volumétrico que depende da natureza do terreno, do tipo de


vegetação e da intensidade da chuva = (K/K10.000)0,35.

L
F  0,886 
A 0,5

F = fator de forma da bacia = 1,77;

L = Comprimento do talvegue em Km.

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Para a determinação do tc (tempo de concentração), utiliza-se a equação de fluxos difusos pela


expressão (em h):

L
tc 
3.600

O tempo de ascensão do hidrograma é dado por:

ta = C1 x tc, onde C1 = 4/(2 + F).

O tempo de descida do hidrograma é dado por:

td = F x ta

O tempo de base é dado por:

tb = ta + td

5.1.3.2. Estudos hidrológicos e hidráulicos para o Dique de Contenção de Finos


1Critérios para definição do risco de projeto
Os critérios para definição do risco de projeto consideram duas condições básicas de determinação do
tempo de recorrência da cheia de projeto, quais sejam:

a) barragem mantida em operação, com monitoramento e manutenção sistemáticos;

b) barragem desativada, sem monitoramento e manutenção sistemáticos.

No caso (a), adota-se usualmente um risco da ordem de 5%, o que para uma vida útil de 50 anos
equivale a:

1
Tr  1
1 - (1 - n) h

Onde:

Tr = Tempo de recorrência = 976 anos, adota-se 1.000 anos;

n = risco;

h = 50 anos (vida útil).

No caso (b), considera-se a altura da barragem H:

H > 30 m, adota-se a cheia decamilenar (TR = 10.000 anos);

H < 30 m, adota-se a cheia milenar (TR = 1.000 anos).

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1Metodologia de cálculo das vazões de projeto


Para o estudo das cheias utilizou-se o método de I-PAY-WU, largamente empregado e aprovado na
determinação das vazões de pico e volumes escoados em estruturas similares.

A hipótese assumida é:

a) Usa-se a fórmula racional para o cálculo da vazão de pico;

b) Acrescenta-se a consideração da redução da área de contribuição e a não uniformidade de


distribuição da chuva por toda a bacia através do fator “k”.

A equação apresenta a seguinte forma:

QP = 0,278 x C x I x A0,9x k

Nota – Para bacias de pequeno porte, menores que 25 km², elimina-se o expoente redutor de área e o
fator k de não uniformidade de distribuição da chuva.

Sendo:

QP = vazão de pico em m3/s;

I = intensidade de chuva;

A = área da bacia em Km2

C = coeficiente de escoamento superficial

C2  1 
C  1  
2  1 F 

C2 = coeficiente de escoamento volumétrico que depende da natureza e do tipo de vegetação do


terreno.

L
F  0,886 
A 0,5

F = fator de forma da bacia

L = Comprimento do talvegue em m.

Para a determinação do tc (tempo de concentração), utiliza-se a equação de fluxos difusos pela


expressão (em h):

3.600

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1Análise de frequência de chuvas intensas


Conforme estudo realizado pela DAM Projetos de Engenharia (2013), devido à ausência de dados
pluviográficos na área do empreendimento, procurou-se correlacionar a pluviometria existente
(dados diários) com dados conhecidos de locais próximos em condições meteorológicas semelhantes,
como é o caso da Estação Pluviográfica de Ouro Preto/MG. A partir daí, foi feita uma análise de
frequência das chuvas intensas por várias durações. A representação obtida pode ser expressa de
acordo com a seguinte equação:

P = K [(0,6t + 26 log (1 + 20 t)]

Onde:

"P" = precipitação em "mm" na duração "t";

"t" = duração de chuva em horas;

"K" =Tr (a + b/Tr0,25);

"Tr" = tempo de retorno em anos;

“a” e “b” = coeficientes de anamorfose.

5.1.9 abaixo mostra os elementos necessários para o cálculo do fator K de frequência.

QUADRO 5.1.9 – PARÂMETROS DE CÁLCULO DO FATOR DE FREQÜÊNCIA

TC A B
5 min 0,108 0,12
15 min 0,122 0,12
30 min 0,138 0,12
1 hora 0,156 0,04
2 horas 0,166 0,04
4 horas 0,174 0,04
8 horas 0,176 0,04
14 horas 0,174 0,04
Fonte: DAM, 2013.

1Cheias de Projeto

As cheias de projeto são definidas de acordo com o método do Hidrograma Unitário. Os picos
correspondentes estão apresentados no Quadro 5.1.10 a seguir.

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QUADRO 5.1.10 – CÁLCULO DA VAZÃO SEGUNDO O MÉTODO DO HIDROGRAMA UNITÁRIO

T (ANOS) K (-) P (MM) C2 C Q (m³/S)


1 1,00 23,9 0,25 0,17 1,75
2 1,18 28,2 0,28 0,19 2,37
5 1,42 34,0 0,33 0,22 3,31
10 1,61 38,4 0,36 0,25 4,13
50 2,05 49,0 0,44 0,30 6,39
100 2,25 53,8 0,48 0,32 7,56
500 2,76 65,9 0,56 0,38 10,9
1.000 3,00 71,8 0,60 0,41 12,7
10.000 3,97 94,8 0,75 0,51 21,0
Fonte: DAM, 2013.

5.1.4. Sistemas de drenagem interna e superficial da Pilha de Estéril de Crista


O projeto do sistema de drenagem para a Ampliação da Pilha de Estéril de Crista foi elaborado pela
DAM Projeto de Engenharia (2013) a partir dos estudos hidrológicos e hidráulicos apresentados no
item 5.1.3.1. O sistema de drenagem da pilha foi projetado de forma a conduzir e direcionar a água da
chuva para o dique de contenção de finos a ser implantado no talvegue do córrego Crista a jusante da
pilha. Uma pequena parcela das águas pluvias será direcionada para a Barragem de Contenção de
Sedimentos existente na Mina Córrego do Sítio I.

5.1.4.1. Dimensionamento das estruturas de drenagem superficial


1Critérios de projeto e memorial de cálculo
As cheias de projeto foram definidas de acordo com o método do Hidrograma Unitário Triangular
Sintético. Os picos foram inicialmente calculados para quatro áreas, correspondentes a 0,1 ha (0,001
km²), 1 ha (0,01 km²), 10 ha (0,10 km²) e 25 ha (0,25 km²), e em seguida foi feita a regionalização para a
TR 500 anos (critério de dimensionamento das descidas periféricas) e TR 100 anos para as canaletas de
bermas. Os resultados estão apresentados no Quadro 5.1.11 a seguir.

QUADRO 5.1.11 – VAZÕES DE PICO – CANALETAS PERIFÉRICAS

ÁREA DE COMPRIMENTO
TR
OBRAS DE DRENAGEM DRENAGEM DO TALVEGUE K(-) P (MM) C2 C Q (m3/S)
(ANOS)
(Km2) (Km)
100 1,91 5,8 0,72 0,49 0,04
Canaleta Periférica 0,001 0,06
500 2,21 6,7 0,81 0,55 0,06
100 1,94 14,5 0,71 0,49 0,35
Canaleta Periférica 0,01 0,20
500 2,26 16,9 0,81 0,55 0,46
100 2,03 30,8 0,69 0,47 2,28
Canaleta Periférica 0,1 0,63
500 2,40 36,4 0,79 0,54 3,09
100 2,11 40,0 0,67 0,45 4,53
Canaleta Periférica 0,25 1,00
500 2,54 48,0 0,77 0,52 6,30

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1Dimensionamento das canaletas


A capacidade de descarga das canaletas pode ser calculada pela equação do regime crítico para
qualquer tipo de seção:

Q = 3,132 x A x(A/L)0,5, onde

Q = capacidade máxima estimada, em m3/s;

A = área molhada da canaleta, em m2;

L = base superior da canaleta, em m.

Desta forma, o Quadro 5.1.12 a seguir apresenta os resultados para cada tipo de canaleta.

QUADRO 5.1.12 – CAPACIDADE DE DESCARGA DAS CANALETAS TIPO

CARACTERÍSTICAS DAS CANALETAS TIPO


ÁREA DA SEÇÃO CAPACIDADE DE
TIPO DIMENSÃO (M) L (M)
(m²) DESCARGA (m³/S)
A 0,20 0,60 0,08 0,09
B 0,60 1,80 0,72 1,43
C 0,80 2,40 1,28 2,93
D 0,90 2,70 1,62 3,93
E 1,10 3,30 2,42 6,49
F 1,20 3,60 2,88 8,07
Berma 0,30 0,90 0,18 0,25

As descidas da Pilha de Estéril de Crista foram divididas e tiveram suas áreas de drenagem calculadas.
Através das áreas, foram obtidas as vazões para Tr=500 anos (canaletas periféricas) e Tr=100 anos
(canaletas coletoras de berma), sendo assim possível definir, para cada área, o tipo de canaleta a ser
executada. Para as canaletas de berma, a maior área foi calculada e, partir desta área, foram
determinadas as dimensões das canaletas. O Quadro 5.1.13 apresenta o dimensionamento das
canaletas bem como o tipo escolhido.

Foram adotadas canaletas trapezoidais, conforme desenhos BRD-E-PJ-DE-306 e BRD-E-PJ-DE-307 do


Anexo 03.

QUADRO 5.1.13 – DIMENSIONAMENTO DAS CANALETAS

CANALETAS PERIFÉRICAS
DESCIDA ÁREA (m²) ÁREA (Km²) Q500 (m³/S) DIMENSÃO TIPO
A1 33.650 0,034 1,21 0,60 B
A2 111.820 0,112 3,33 0,90 D
A3 191.120 0,191 5,23 1,10 E
A4 204.850 0,205 5,55 1,10 E
B 125.600 0,126 3,67 0,90 D
B+C 191.860 0,192 5,25 1,10 E

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Continuação de Quadro 5.1.13


CANALETAS PERIFÉRICAS
DESCIDA ÁREA (m²) ÁREA (Km²) Q500 (m³/S) DIMENSÃO TIPO
C1 700 0,001 0,05 0,20 A
C2 52.660 0,053 1,76 0,80 C
C3 66.260 0,066 2,14 0,80 C
D 24.940 0,025 0,94 0,60 B
E 460 0,000 0,03 0,20 A
F 7.340 0,007 0,33 0,60 B
G 630 0,001 0,04 0,20 A
H1 66.140 0,066 2,14 0,80 C
H2 207.180 0,207 5,60 1,10 E
H3 260.820 0,261 6,80 1,20 F
CANALETAS COLETORAS DE BERMA
ÁREA MÁXIMA (M²) ÁREA (Km²) Q100 (m³/S) DIMENSÃO TIPO
15.000 0,015 0,29 0,3 Berma

5.1.4.2. Dimensionamento das estruturas de drenagem interna


A vazão drenada pode ser calculada considerando-se que a pilha só consegue absorver a água
precipitada até a completa saturação do maciço. A partir deste ponto, a água passa a escoar
superficialmente, devendo ser convenientemente direcionada para o sistema de drenagem
superficial.

Nesse caso, pode-se utilizar a lei de Darcy para a definição da vazão máxima que chega ao dreno. A lei
de Darcy para escoamento laminar em meios porosos é dada pela seguinte fórmula:

Q k i A

Na qual:

Q – vazão do escoamento, em m3/s;

k – permeabilidade do meio considerado, em m/s;

i – gradiente hidráulico, em m/m;

A – área da seção transversal ao escoamento, em m2.

Como na pilha de Crista o fluxo será vertical, o gradiente hidráulico é igual a 1. Para o estéril, a
permeabilidade (k) adotada é de 1,0 x 10-7 m/s. O Quadro 5.1.14 apresenta o resultado do cálculo das
vazões de escoamento para dimensionamento dos drenos.

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QUADRO 5.1.14 - VAZÕES DE ESCOAMENTO PARA OS DRENOS DA PILHA DE CRISTA

DECLIVIDADE DO DRENO
DRENO ÁREA (m²) Q (m³/S)
(M/M)
1 85.100 8,51 x 10-3 0,20
2 73.600 7,36 x 10-3 0,10
3 176.700 1,77 x 10-2 0,14
4 215.200 2,15 x 10-2 0,17
5 391.900 3,92 x 10-2 0,10
6 38.700 3,87 x 10-3 0,03
Considerando-se os drenos de fundo executados com brita 3, temos:

A = Q x CS/(k x i)

Onde:

Q = vazão de escoamento pela pilha;

i = declividade mínima do dreno;

K = 0,45 m/s (coeficiente de permeabilidade da brita 3);

CS = 10 (coeficiente de segurança para dimensionamento do dreno).

Desta forma, adotou-se as seguintes áreas mínimas para cada dreno:

QUADRO 5.1.15 - ÁREA MÍNIMA PARA OS DRENOS DA PILHA DE CRISTA

DRENO ÁREA MÍNIMA (m²)


1 1,00
2 2,00
3 3,00
4 3,00
5 9,00
6 3,00
Portanto, para a drenagem interna da Pilha de Estéril de Crista foram adotados drenos de brita 3,
envolvidos por camadas de brita 1 e areia. Entre as britas e o estéril deverá ser instalado um
geocomposto tipo Nordren SGC900/400 ou similar. Entre a brita 1 e a fundação, deverá ser utilizado
um lastro de enrocamento.
O desenho BRD-E-PJ-DE-305-0 (Anexo 03) apresenta o arranjo e as seções da drenagem interna
prevista para a ampliação da pilha.
5.1.5. Dimensionamento do vertedouro e reservatório do Dique de Contenção de Finos
5.1.5.1. Dimensionamento hidráulico do vertedouro
Conforme os estudos hidrológicos e hidráulicos para o dique de contenção de finos, para
dimensionamento hidráulico do vertedouro admitiu-se, a TR = 1000 anos, equivalente a 12,7 m3/s para
o vertedouro definitivo. No caso da cheia de projeto, foi adotada BL =1,00 m.

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Adotando-se uma borda total de 2,0 m (lâmina de cheia + borda livre), a largura efetiva do vertedouro
deverá ser de 7,5 m. O canal lateral terá largura de crista de 7,5 m, convergindo para uma seção 1,80 m
x 1,80 m. A altura crítica do canal em degraus é de Yc = 1,72 m.

A dissipação deverá ser feita por piscina dissipadora (um degrau adicional com retenção de água em
15 m de extensão).

O desenho BRD-E-PJ-DE-401-0 (Anexo 03) mostra o arranjo geral e as seções do vertedouro.

5.1.5.2. Definição da descarga sólida e volume do reservatório


A construção de um dique altera o equilíbrio hidráulico e sedimentológico do curso de água, devido à
desaceleração da corrente líquida, ocasionada pela presença do reservatório, dando início ao processo
de assoreamento.

Para o cálculo da carga sólida afluente à seção do dique, tem-se:

Qst= 10 x Área natural + 500 x Área degradada

Onde:

Qst = carga sólida total em ton/ano;

Área natural = área de contribuição natural em hectares, submetida a uma taxa de 10 ton/ha x ano;

Área Degradada = área de contribuição degradada, submetida a uma taxa de 500 ton/ha x ano.

Para calcular a eficiência de retenção foi usado o peso específico obtido através dos ensaios de
laboratório realizados com o material estéril depositado na pilha existente (2,03 ton/m³). Portanto,

Área natural = 10,5 ha

Área degradada = 25,20 ha

Volume do reservatório = 33.400 m3

Qst = 10 ton/ha x ano x 10,5 + 500 ton/ha x ano x 25,20 = 12.705 ton/ano = 40.350 /1,126 = 6.258,62
m³/ano

Para o cálculo da vida útil dos reservatórios na bacia foi utilizado o método simplificado,
recomendado pelas diretrizes constantes no manual “Guia de Avaliação de Assoreamento de
Reservatórios”. (ANEEL, 2000).

Em função das dimensões do reservatório analisado, a eficiência de retenção dos sedimentos


afluentes pode ser determinada, através da curva de Churchill, elaborada para pequenos reservatórios
(Annandale, 1987).

A curva de Churchill fornece a porcentagem de sedimento afluente que passa para jusante das
barragens, em função do Índice de Sedimentação (IS), obtido pela seguinte expressão:

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g  V res2
IS 
Q 2 .L
Onde,

Vres = volume máximo normal do reservatório (m³);

Q = a vazão média de longo termo (MLT em m³/s);

g = aceleração da gravidade (9,81 m/s²);

L = comprimento do reservatório (m).

Desta forma, tem-se a seguinte equação para o dique:


,
, ,
12
IS= 2,59 x 10 - Sedimentos passantes < 1%

A Figura 5.1.6 apresenta a curva de Churchill para o reservatório do dique.

FIGURA 5.1.6 - CURVA DE CHURCHILL

O Quadro 5.1.16 a seguir apresenta os resultados obtidos, considerando uma eficiência do


reservatório em termos de vida útil da ordem de 80%. O desenho BRD-E-PJ-DE-311(Anexo 03)
apresenta o arranjo geral para o dique de contenção de finos.

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QUADRO 5.1.16 – RESULTADOS OBTIDOS PARA O RESERVATÓRIO DO DIQUE

Descarga Sólida Total (DST (m³/ano) 6.258,62


Comprimento do Reservatório - L (m) 146,50
Volume do Reservatório (m³) 33.400
MLT (m³/s) 0,00537
Índice de Sedimentação 2,59 x 1012
Sedimentos Efluentes (%) 0
Sedimentos Retidos (%) 100
Desassoreamento do Reservatório 4 anos*
* Durante a construção da pilha, o reservatório deverá ser monitorado, podendo haver a necessidade de limpeza em um período menor.

5.1.6. Curvas Cota Volume


As Figuras 5.1.7, 5.1.8 e 5.1.9 a seguir apresentam as curvas cota-volume para a Pilha de Estéril de
Crista e o dique de contenção de finos.

FIGURA 5.1.7 – CURVA COTA X VOLUME - PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

Fonte: DAM, 2013.

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FIGURA 5.1.8– CURVA COTA X VOLUME - DIQUE DE CONTENÇÃO DE FINOS – MACIÇO

Fonte: DAM, 2013.

FIGURA 5.1.9 – CURVA COTA X VOLUME - DIQUE DE CONTENÇÃO DE FINOS – RESERVATÓRIO

DIQUE DE CONTENÇÃO DE FINOS


RESERVATÓRIO - El.756,00
CURVA COTA X VOLUME
756

755

754

753
Elevação (m)

752

751

750

749

748

747
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34

Milhares
Volume (m³)

Fonte: DAM, 2013.

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5.2. Caracterização do material a ser depositado


5.2.1. Classificação dos resíduos segundo a norma NBR 10.004/2004
A NBR 10.004 tem como objetivo principal classificar os resíduos sólidos quanto aos seus potenciais
riscos ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. A partir
dessa classificação, é realizada a definição do tipo de estocagem temporária, tratamento e disposição
final de cada tipo de resíduo sólido.

De forma a avaliar o potencial de contaminação do material a ser depositado na Pilha de Estéril de


Crista, foi realizada a caracterização dos estéreis das principais cavas em operação na Mina Córrego
do Sitio I, (cava Rosalino e cava Carvoaria Sul/Laranjeiras). Destaca-se que o material estéril é definido
com material em que não são encontrados teores economicamente viáveis do mineral a ser
explorado, não apresentando, portanto, nenhuma periculosidade em função de suas propriedades
físicas uma vez que não é submetido a nenhum tipo de tratamento / beneficiamento / concentração.
O estéril é originado a partir da remoção do mesmo na operação de lavra na área de cava, por meio da
separação do minério e a sua disposição em pilha.

As amostras foram submetidas a testes de solubilização e lixiviação, avaliando-se os parâmetros


estabelecidos na NBR 10.004/2004. Os resultados foram analisados de acordo com seus critérios de
classificação.

Segundo a ABNT NBR 10.004/2004, deverão ser utilizados para a classificação de resíduos sólidos os
seguintes critérios:

 Resíduo Perigoso – Classe I (item 4.2.1 da NBR 10. 004): É aquele que apresenta periculosidade, ou
seja, característica relacionada a suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, que
podem representar risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou
aumento de seus índices, ou riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma
inadequada ou conste como resíduos perigoso de fontes não específicas ou resíduo perigoso de
fontes específicas da referida norma. Também recebem esta classificação os resíduos que
apresentarem as características de corrosividade, reatividade e toxicidade.

 Resíduo Não Perigoso/Não Inerte – Classe II A (item 4.2.2.1 da NBR 10.004): Aquele resíduo que não
se enquadra na classificação de resíduo Classe I – Perigoso – ou de resíduo Classe IIB – Inerte –, nos
termos desta Norma. Os resíduos Classe IIA – Não Inertes – podem ter propriedades tais como:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

 Resíduo Não Perigoso/Inerte – Classe IIB (item 4.2.2.2 da NBR 10.004):Qualquer resíduo que,
submetido a um contato dinâmico e estático (solubilização) com água destilada ou deionizada, à
temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10.006/2004, não tiver nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, com exceção do
aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme a tabela de Padrões para o Ensaio de Solubilização
(Anexo G da norma NBR 10.004).

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5.2.1.1. Testes realizados


Uma vez que os materiais estéreis oriundo das cavas de Rosalino e João Burro não são integrantes da
listagem de resíduos perigosos de fontes específicas (Anexo B da NBR 10.004/2004), utilizaram-se,
para a determinação das suas composições, ensaios de lixiviação e solubilização e, posteriormente,
análises químicas e comparação com os limites determinados por essa norma, especificamente.

A coleta dos materiais foi realizada pela equipe da AngloGold Ashanti e as análises químicas são de
responsabilidade do laboratório SGS GEOSOL Laboratórios Ltda. Os laudos encontram-se no Anexo 04
deste documento.

Para a caracterização e determinação da concentração dos constituintes presentes no estéril, e


consequentes enquadramentos de acordo com a NBR 10.004/2004, estes testes foram efetuados com
amostras representativas dos respectivos materiais. Com base nos resultados, as amostras foram
classificadas em função das concentrações dos seus constituintes, cujos limites também são
determinados pela norma. A seguir os procedimentos das análises químicas são descritos.

2Lixiviação
A lixiviação é o método analítico pelo qual as substâncias contidas nos resíduos são separadas por
meio de lavagem ou percolação, com o objetivo de proceder à classificação dos mesmos. Para a
realização do ensaio de lixiviação, são necessários agitador rotatório, frascos inertes, medidor
eletrométrico de pH com subdivisões de 0,01 unidade da escala de leitura, aparelho de filtração a
vácuo com filtro de 0,6μm a 0,8 μm, centrífuga para líquido de difícil filtração, peneira com abertura de
9,5mm e balança de precisão de 0,01g. Todos os procedimentos utilizados para a concretização dessas
amostragens foram realizados com base nas orientações da NBR 10.005/2004.

2Solubilização
Neste ensaio, a amostra entra em contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à
temperatura ambiente, durante um período de sete dias. São utilizados um agitador e um aparelho de
filtração que permita a separação de todas as partículas de diâmetro igual ou superior a 0,45μm. A
orientação para a realização dos testes de solubilização estão na NBR 10.006/2004. As amostras são
classificadas em Classe IIA ou IIB.

5.2.1.2. Resultados
Na avaliação de toxicidade realizada no extrato lixiviado e no estrato solubilizado das amostras do
estéril das cavas Rosalino e Carvoaria Sul/Laranjeiras, verifica-se que os resultados dos testes
permaneceram inferiores aos padrões estabelecidos pela NBR 10.004. Destaca-se ainda que os estéries
não foram classificados como corrosivo e reativo, de acordo com as características também
estabelecidas pela NBR 10.004/2004. Conclui-se, portanto, que as amostras do estéril das cavas
Rosalino e Carvoaria Sul/Laranjeiras são classificadas de acordo com a ABNT NBR 10.004/2004, como
Classe IIB – Não Perigoso/Inerte.

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5.2.2. Avaliação do potencial de geração de água ácida


A geração de drenagem ácida é um problema ambiental capaz de comprometer a qualidade dos
recursos hídricos, em virtude da exposição à atmosfera de sulfetos confinados. O processo inicia-se
quando a superfície dos sulfetos, ao entrar em contato com a água e o ar, sofre oxidação catalisada
por bactérias (principalmente espécies do gênero Thiobacillus).

Os produtos da oxidação dos sulfetos, além de serem altamente solúveis, apresentam reação
fortemente ácida, de modo que são facilmente dissolvidos na fase líquida, acidificando as águas de
drenagem (Mello & Abrahão, 1998). Em razão dos baixos valores de pH (que podem chegar a 2,0 ou
menos), elementos tóxicos, incluindo Al, Mn, Cu, As, Zn, Pb, Hg e Cd, se presentes no meio, são
solubilizados e mobilizados nas águas de drenagem, podendo ser absorvidos em níveis tóxicos pelas
plantas e incorporados na cadeia trófica (Mello & Abrahão, 1998).

A avaliação do potencial de geração de drenagem ácida apontará a necessidade de planos de manejo


adequados para o manuseio da Pilha de Estéril de Crista prevenindo e garantindo consideravelmente
a ocorrência de relevantes impactos ambientais, assim como os custos necessários para a implantação
de medidas corretivas.

Assim como realizado na caracterização de resíduos, para a avaliação do potencial de drenagem ácida
foram realizados os testes com os materiais estéreis que irão compor a Pilha de Crista, sendo estes
decorrentes da cava Rosalino (onde a amostra foi retirada durante o processo de explotação do
minério), e da futura cava João Burro (através de sondagens geológicas).

5.2.2.1. Testes realizados


Em geral, para a determinação do potencial de geração de drenagem ácida de uma amostra, utilizam-
se testes laboratoriais, que podem ser de natureza estática ou dinâmica. Para a caracterização das
amostras de estéril que irão compor a Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, optou-se pela realização
de ensaios estáticos, uma vez que, através destes, é possível determinar, simultaneamente e em curto
período de tempo, a capacidade total de geração de drenagem ácida, bem como o potencial total de
neutralização desse ácido. A capacidade total de geração de ácido é determinada como a diferença
entre esses valores ou como o seu quociente. A partir desses resultados, pretende-se inferir se existirá
ou não geração de ácido quando da exposição dos materiais aos agentes naturais (Fiuza, Vila &
Matinez, 2008). Realizaram-se, portanto, os testes de “Relação Ácido-Base/modificado – MABA” .

A coleta das amostras foi realizada pela equipe da AngloGold e as análises são de responsabilidade do
laboratório SGS Geosol Laboratórios Ltda. O laudos se encontram no Anexo 04.

A relação ácido-base, ou contabilidade de ácidos e bases (Acid Base Accoynting - MABA), é a


metodologia mais utilizada atualmente para a predição da capacidade de uma amostra de gerar
drenagem ácida.

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A definição do potencial de geração de drenagem ácida através da contabilidade de ácidos e bases é


definida a partir do Potencial Líquido de Neutralização (PN NET), resultante de um balanço entre o
Potencial Ácido (PA) e o Potencial de Neutralização (PN) da amostra. Os resultados são expressos em
toneladas de carbonato de cálcio equivalente (CaCO3 eq) por 1.000 toneladas de material,
considerando que a calcita é o principal consumidor de ácido. Admitem-se, portanto, os seguintes
conceitos:

 Potencial Ácido - PA: definido pelo teor de minerais sulfetados multiplicado pelo fator 31,25.

PA = % S–sulfeto x 31,25

 Poder de Neutralização - PN: conteúdo de carbonatos presentes na amostra. O teste é realizado a


partir da adição de uma quantidade conhecida de HCl à amostra, até que esta se mantenha numa
determinada faixa de pH, seguida de uma titulação, medindo a quantidade de ácido consumido na
adição do HCl.

PN = 50 x N de HCl x [Total HCl adic. – (N de NaOH / N de HCl) x NaOH adic.] / peso da amostra

 Potencial Líquido de Neutralização (PN NET): é a diferença entre o Poder de Neutralização (PN) e o
Potencial Ácido (PA), o qual permite a classificação da amostra como potencialmente consumidora
ou geradora de ácido. Assim sendo, numa primeira análise, as amostras cujo resultado do PN NET
apresenta valores negativos são classificadas como potencialmente de geradora de drenagem ácida.

PN NET = PN – PA

A partir do ensaio MABA, é possível realizar, ainda, o cálculo da relação entre o Poder de Neutralização
e o Potencial Ácido, denominado Razão do Potencial de Neutralização (NRP). De acordo com esse
parâmetro, um valor de NRP inferior a 1 implica uma amostra potencialmente geradora de drenagem
ácida. Considera-se que a amostra se insere em uma zona de incerteza quando o valor de NRP estiver
compreendido entre 3 e 1. Quando o NRP é superior a 3, a amostra é potencialmente neutralizadora,
uma vez que consumiria o ácido. Portanto:

NRP = PN/PA

NRP < 1  geração de drenagem ácida

1 < NRP < 3  zona de incerteza

NRP > 3  potencialmente neutralizadora

Utilizando-se o critério definido por Soregadoli e Lawrence (1998), esses dados podem ser
apresentados na forma de um gráfico com os resultados do NRP x % S–sulfeto. Nesse gráfico, o teor de
S-sulfeto igual a 0,3% e o NRP igual a 3 delimitam quatro quadrantes do gráfico. O quadrante S-sulfeto
> 0,3% e NRP < 3 indica que a amostra é potencialmente geradora de ácido. O quadrante oposto (% S-
sulfeto <0,3% e NRP > 3) indica que a amostra é potencialmente neutralizadora/consumidora de
ácido. As demais regiões são consideradas zonas de incerteza.

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5.2.2.2. Resultados
Os resultados do potencial de geração de drenagem foram compilados em tabela e através do gráfico
sugerido pelos critérios NPR x teor de sulfetos, como proposto por Soregadoli e Lawrence.

QUADRO 5.2.1 – RESULTADOS DOS TESTES DE POTENCIAL DE GERAÇÃO DE DRENAGEM ÁCIDA

RESULTADOS (MG/L)
MÉTODO PARÂMETROS UNIDADE ESTÈRIL CAVA ESTÉRIL CAVA
ROSALINO CARVOARIA SUL/LARANJEIRAS
PN 12 11,25
PA (ton CACO3eq./ <0,31 <0,31
PN NET 1000t) 12 11,25
NRP (PN/PA) 38,70(1) 36,29(1)
MABA
Enxofre total (%S) <0,01 0,01
Sulfeto (%S) <0,01 <0,01
Sulfato (%S) <0,01 0,01
Carbonato (%C) 0,27 0,05

Para o cálculo de NRP, considerou-se o valor de PA = 0,31

FIGURA 5.2.1 – GRÁFICO RNP X % S-SULFETO

Conforme pode ser verificado, os estéries da cava Rosalino e da cava Carviaria Sul/Laranjeiras
possuem o potencial de neutralização de 12 e 11,25 CaCO3eq./1.000t respectivamente, enquanto que
o resultado do potencial de acidez permaneceu inferior ao limite de detecção do método analítico
utilizado (<0,31 CaCO3eq./1.000t ) para ambos matérias avaliados. Isto reflete em um Potencial
Líquido de Neutralização com valor positivo e alto. De acordo com estes resultados, pode ser
considerar que as amostras analisadas que representam o estéril das principais frentes de lavra da
Mina Corrego do Sítioi não possuem características de potencial de drenagem ácida.

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5.3. Atividades preliminares e estruturas de apoio


Por se tratar de uma ampliação de pilha de estéril, ou seja, a construção da pilha se dá ao longo dos
anos sendo construída atravpes da disposição do estéril de acordo com o volume gerado nas cavas,
não será necessária a contratação de mão de obra, pois os trabalhadores serão do quadro interno da
própria AngloGold. Isso se deve ao fato de que para ampliação da Pilha de Estéril de Crista será
necessário realizar apenas as atividades de supressão da vegetação, remoção do solo mole e material
orgânico e implantação do sistema de drenagem interna e do novo dique de contenção de finos antes
que o estéril seja disposto na área.

Para estas atividades serão instalados na área de ampliação da pilha banheiros químicos para atender
a demanda dos funcionários. Desta forma, não será necessário o fornecimento de água e energia nem
a construção de estruturas de apoio. As demais demandas dos funcionários serão supridas pelas
estruturas de apoio existentes na Mina CDS I.

5.3.1. Supressão de vegetação


Para ampliação da Pilha de Estéril de Crista será necessária a interveção em 48,87ha, dos quais 19,66ha
correspondem à Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração.

Os materiais gerados pelas atividades de supressão, destoca e limpeza da área (topsoil, madeira
comercial e não comercial) serão estocados temporariamente.

A supressão da vegetação para a ampliação da Pilha de Estéril de Crista ocorrerá de forma parcial.
Inicialmente serão suprimidas as áreas necessárias para implantação do dique, dreno de fundo e para
o primeiro ano de deposição do estéril, ocorrendo gradualmente. A deposição do estéril ocorrerá
seguindo as premissas do projeto, após a finalização do dreno de fundo, com deposição ascendente
com camadas de 0,5 m a 0,5 m, começando pela cota mais inferior e sendo feita por camadas
espalhadas com trator de esteira e compactadas com as sucessivas passagens dos caminhões e
equipamentos diversos.

O decapeamento do solo orgânico será realizado utilizando trator de esteira e escavadeira hidráulica.
Este material também vai ser retirado de acordo com as necessidades de deposição da pilha. Em
algumas áreas, por questões de segurança, o solo orgânico só poderá ser removido a medida que o
depósito for sendo preenchido, promovendo assim áreas de manobra para o corte do solo e
transporte com segurança.

Alem disso a realização do desmate de forma gradual evita que o solo permaneça exposto diminuindo
o carreamento de sedimentos e instalação de processos erosivos, corroborando com a metodologia
de realização de desmate e decapeamento somente quando for necessário para o desenvolvimento
da pilha de estéril.

O topsoil será utilizado para recuperação dos taludes da própria pilha de Crista, à medida que os
mesmos atingirem sua cota final. A madeira comercial deverá ser vendida ou utilizada na propriedade
e a não comercial será utilizada quando possível para recuperação de áreas e ou utilizada na
propriedade.

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5.3.2. Vias de acesso


Para acesso a área da pilha de Crista, incluindo sua ampliação e o novo dique de contenção de finos,
serão utilizadas as vias de acesso existentes e em operação na Mina CDSI, não necessitando portanto
de novas áreas de intervenção para implantação de acessos.

5.3.3. Canteiro de obras


Para as obras de Ampliação da Pilha de Crista será utilizado o canteiro de obras com área de 800m² já
existente e em operação, próximo ao escritório central da Mina CDS I.

5.4. Mobilização de mão de obra, máquinas e equipamentos


5.4.1. Mão de obra
Conforme já ressaltado, para as atividades preliminares à ampliação da pilha de Crista (supressão da
vegetação, remoção do solo mole e material orgânico e implantação do sistema de drenagem interna
e do novo dique de contenção de finos) não será necessária a contratação de mão de obra, pois os
trabalhadores serão do quadro interno da própria AngloGold, ou seja, serão funcionários remanejados
da Mina CDS I.

5.4.2. Máquinas e equipamentos


O Quadro 5.4.1, a seguir, sintetiza os equipamentos necessários nas fases de implantação e operação
do projeto.

QUADRO 5.4.1 – EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS NAS FASES DE IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DA AMPLIAÇÃO DA


PILHA DE CRISTA

PROJETO AMPLIAÇÃO PILHA DE CRISTA EQUIPAMENTOS


Motosserra
Trator de pneu
Escavadeira
Caminhão traçado
Rolo compactador
Fase de Implantação Caminhão-pipa
Retroescavadeira
Betoneira
Máquina de solda
Caminhão MUC com cesto
Sonda percussiva
Escavadeira hidráulica (34 t)
Caminhão basculante (25 t)
Fase de Operação Trator de esteira
Caminhão-pipa
Caminhão comboio de apoio

5.5. Materiais e insumos


Para a construção do sistema de drenagem interna e superficial e do dique de contenção de finos será
necessária a aquisição de materiais tais como areia, brita e concreto. Estes materiais serão
provenientes de fornecedores locais de Santa Bárbara e serão adquiridos de acordo com a demanda
de construção das estruturas.

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5.6. Cronograma do empreendimento


O Quadro 5.6.1 apresenta o cronograma previsto para a Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

QUADRO 5.6.1 – CRONOGRAMA DA AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

2014 2015 2016 2017 2018


ATIVIDADES
J F MA MJ J A S O N D J F MA MJ J A S O N D J F MA MJ J A S O N D J F MA MJ J A S O N D J F MA MJ J A S O N D
Supressão
Vegetal/Remo
ção de Solo
Orgânico/Dec
apeamento
Implantacao
de sistemas
de drenagem
provisória
(sumps e
leiras)
Manutenção
dos sistemas
de drenagem
(sumps e
leiras)
Implantação
do Sistema de
drenagem
Periférica.
Implantação
do Sistema de
Dreno de
Fundo
Construção
do Dique de
Finos
Disposição do
estéril

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5.7. Aspectos ambientais e sistemas de controle ambiental


5.7.1. Efluentes líquidos
Os efluentes líquidos gerados na ampliação da pilha de Crista serão provenientes dos banheiros
químicos instalados nas frentes de obras e da operação do canteiro.

Os banheiros químicos serão instalados para atender a demanda dos funcionários durante as
atividades de supressão da vegetação, remoção do solo mole e material orgânico e implantação do
sistema de drenagem interna e do novo dique de contenção de finos. A limpeza dos banheiros será
efetuada por empresa especializada e licenciada contratada pela AngloGold para este fim.

No canteiro de obras, os efluentes sanitários gerados são enviados para o sistema de tratamento de
esgotos já implantado em CDS I e que atende a 300 trabalhadores. O tratamento é composto por uma
caixa de gordura com capacidade de 4.000L, um sistema em paralelo de quatro fossas sépticas
(capacidade de 8.000L cada) e quatro filtros anaeróbios (capacidade de 8.000L cada), e um tanque de
desinfecção e cloração. O efluente tratado é lançado na confluência do córrego Sapé com o rio
Conceição.

A geração de efluentes oleosos no canteiro de obras está relacionada aos serviços de manutenção
periódica das máquinas e equipamentos na oficina mecânica. Os efluentes oleosos são encaminhados
para um tanque de sedimentação ligado a uma caixa separadora de água e óleo (sistema de chicanes
com coletor central em alvenaria). O óleo é recolhido periodicamente, sendo dada a sua devida
destinação final, e o efluente final tratado é descartado no rio Conceição.

5.7.2. Emissões atmosféricas


As emissões atmosféricas (particulados e gases de combustão) na fase de implantação do projeto
serão provenientes devido à movimentação de máquinas, veículos e equipamentos utilizados durante
as atividades de construção do sistema de drenagem da pilha e do dique de contenção de finos.

Durante a operação, as emissões serão provenientes do tráfego de equipamentos para disposição e


compactação do estéril.

O controle das emissões de material particulado será realizado através de aspersão nas áreas
trabalhadas e vias de acesso, com a utilização de caminhões-pipa com capacidade de 8.000L. Em
relação à emissão de gases de combustão, apesar de ser bastante inferior à de poeira fugitiva, prevê-
se a manutenção periódica dos veículos e equipamentos, que proporcionará a redução da geração
dos mesmos.

5.7.3. Ruídos
Durante a implantação do projeto, o ruído será proveniente das atividades de supressão da
vegetação, construção do sistema de drenagem da pilha e do dique de contenção de finos devido à
movimentação de máquinas, veículos e equipamentos na área de ampliação da pilha.

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Na operação da pilha, o ruído será proveniente do tráfego de equipamentos para disposição e


compactação do estéril. Tais emissões são inerentes à atividade, ressaltando-se que se limitam à área
diretamente afetada, distante de residências.

Serão realizadas manutenções preventivas nos veículos e equipamentos tanto na fase de implantação
quanto na fase de operação.

5.7.4. Resíduos sólidos


Os resíduos sólidos gerados no canteiro de obras pela movimentação de pessoas e manutenção dos
equipamentos serão destinados à área de armazenamento temporário dos resíduos sólidos do
canteiro. Dessa área, os resíduos são encaminhados para o pátio de resíduos da Mina CDS I.

Os resíduos gerados nas frentes de obras (entulhos de obras, embalagens, plásticos etc.) também
serão destinados ao pátio de resíduos da Mina CDS I.

A limpeza dos banheiros químicos será efetuada por empresa especializada contratada pela
AngloGold para este fim.

5.7.5. Retirada da cobertura vegetal


A supressão da vegetação será necessária na área de ampliação da pilha de estéril e na área de
implantação do dique de contenção de finos. A área de intervenção totaliza 48,87ha, sendo que
19,66ha correspondem à Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração. O
detalhamento da supressção da vegetação está descrita no item 5.3.1. Supressão de vegetação

5.7.6. Carreamento de sedimentos


As atividades de supressão da vegetação, implantação do sistema de drenagem da pilha e construção
do dique de contenção de finos irão acarretar a exposição do solo e logo a alteração de sua estrutura
original. Desta forma, o solo se torna mais susceptível ao surgimento de processos erosivos e,
consequentemente, ao carreamento de sedimentos.

Durante as obras de implantação do projeto, onde houver possibilidade de carreamento de


sedimentos, serão implantados dispositivos de drenagem provisórios que consistirão em leiras de
proteção e sumps, que correspondem a valas escavadas para retenção dos sedimentos.

As leiras de proteção deverão implantadas no entorno das superfícies trabalhadas, de forma a impedir
o escoamento direto das águas pluviais, conduzindo-as de forma controlada para as partes baixas do
terreno ou para os sumps (valas escavadas para retenção dos sedimentos).

As bacias de acumução ou sumps são estruturas provisórias, indicadas para a contenção de


sedimentos, a serem escavadas imediatamente a jusante dos locais de deságue do lançamento da
drenagem superficial, durante as atividades de limpeza dos terrenos, terraplanagem e obras civis. A
construção dessas estruturas pode ocorrer de duas formas: escavadas direto no solo, ou conformadas
na forma de diques. Periodicamente deverá ocorrer a limpeza destas bacias, e o material retirado
poderá ser reutilizado na recomposição de áreas alteradas e/ou dispostas na pilha de estéril.

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As estruturas provisórias de drenagem deverão ser adotadas desde a implantação e ao longo da


operação do empreendimento.

A localização dessas bacias de retenção será definida em função do espaço disponível e da


necessidade, de acordo com o andamento do projeto, ressaltando-se que deverão ser instaladas
preferencialmente em locais onde houver possibilidade de carreamento de sedimentos para o
córrego Crista.

Durante a operação o mesmo acontece devido à disposição do estéril na pilha. Para minimização do
carreamento será implantado um sistema de drenagem superficial permanete da pilha e um dique de
contenção de finos a jusante da mesma, conforme descrito no item 5.1.

5.7.7. Demanda de materiais e insumos


A aquisição de insumos é proveniente da demanda de materiais tais como areia, brita e concreto para
construção do sistema de drenagem interna e superficial e do dique de contenção de finos. Estes
materiais serão provenientes de fornecedores locais e serão adquiridos de acordo com a demanda de
construção das estruturas.

5.7.8. Consolidação de aspectos ambientais, tarefas e sistemas de controle


Os quadros 5.7.1 e 5.7.2 retratam de forma simplificada os aspectos ambientais, suas origens bem
como os sistemas de controle previstos para a minimização dos mesmos. A avaliação dos impactos
ambientais será apresentada após a análise do diagnostico ambiental, no item 11.

QUADRO 5.7.1 - ASPECTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS À FASE DE IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

CONTROLE NA
ASPECTO AMBIENTAL TAREFA LOCAL/ESTRUTURA
FONTE
Movimentação de
Canteiro de Obras ETE existente
pessoas
Efluentes sanitários
Movimentação de Área de ampliação da banheiros
pessoas pilha químicos
Tanque de
sedimentação
Manutenção de
ligado a uma caixa
Efluentes oleosos máquinas, veículos e Canteiro de Obras
separadora de
equipamentos
água e óleo
existentes
Movimentação de
máquinas,
Canteiro de Obras Aspersão de água
equipamentos e
veículos
Emissões atmosféricas Remoção e estocagem
Aspersão de água
(particulado) de solos
Área de ampliação da
Implantação do
pilha e do dique de
sistema de drenagem
contenção de finos Aspersão de água
e do dique de
contenção de finos

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Continuação do Quadro 5.7.1


CONTROLE NA
ASPECTO AMBIENTAL TAREFA LOCAL/ESTRUTURA
FONTE
Movimentação de Área de ampliação da
Emissões atmosféricas
máquinas, veículos e pilha e do dique de Aspersão de água
(particulado)
equipamentos contenção de finos
Movimentação de
máquinas,
Canteiro de Obras
equipamentos e
veículos Manutenção dos
Emissões atmosféricas (gases)
Utilização e equipamentos
Área de ampliação da
funcionamento de
pilha e do dique de
máquinas, veículos e
contenção de finos
equipamentos
Movimentação de
Manutenção dos
máquinas, veículos e Canteiro de Obras
equipamentos
equipamentos
Supressão da
Ruídos
vegetação Área de ampliação da
Manutenção dos
Movimentação de pilha e do dique de
equipamentos
máquinas, veículos e contenção de finos
equipamentos
Movimentação de
Canteiro de Obras -
pessoas
Supressão da
-
vegetação
Utilização de
Resíduos sólidos banheiros químicos Área de ampliação da -
nas frentes de obras pilha e do dique de
Implantação do contenção de finos
sistema de drenagem
-
e do dique de
contenção de finos
Área de ampliação da
Supressão da
Retirada da cobertura vegetal pilha e do dique de -
vegetação
contenção de finos
Sistema de
Remoção e estocagem
drenagem atual e
de solos
Área de ampliação da provisória
Carreamento de sedimentos Implantação do pilha e do dique de
Sistema de
sistema de drenagem contenção de finos
drenagem atual e
e do dique de
provisória
contenção de finos
Implantação do
Demanda de materiais e insumos Área de ampliação da
sistema de drenagem
junto a fornecedores locais e pilha e do dique de -
e do dique de
aumento de renda contenção de finos
contenção de finos

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QUADRO 5.7.2 - ASPECTOS AMBIENTAIS ASSOCIADOS À FASE DE OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

CONTROLE NA
ASPECTO AMBIENTAL TAREFA LOCAL/ESTRUTURA
FONTE
Emissões atmosféricas
(particulado) Aspersão de água
Ruídos Transporte do estéril
até a pilha, disposição Sistema de
Pilha de estéril
e compactação do drenagem
Carreamento de sedimentos material Superficial e dique
de contenção de
finos
Movimentação de
máquinas,
Emissões atmosféricas (gases) equipamentos e
veículos Manutenção dos
Pilha de estéril
Utilização e equipamentos
funcionamento de
Ruídos máquinas, veículos e
equipamentos

6. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL


Este item apresenta o levantamento da legislação ambiental aplicável em nível federal, estadual e
municipal, relativa ao combate à poluição e à utilização dos recursos ambientais e patrimoniais
relacionados com as atividades do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista.

6.1. Legislação Federal


6.1.1. Leis
Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981: dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências (Alterada pela Lei n°
11.941/09).

Lei n.º 3.924, de 26 de julho de 1961: dispõe sobre os Monumentos Arqueológicos e Pré-Históricos.

Lei n.º 12.651, de 25 de maio de 2012: institui o Código Florestal. Regulamenta as áreas de Preservação
Permanente (APP) e Reserva Legal, regras de exploração florestal e prevenção dos incêndios
florestais.

Lei n.º 9.433, de 08 de janeiro de 1997: institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Lei n.º 9.795, de 27 de abril de 1999: dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências.

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Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000: institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza (SNUC) e estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das
unidades de conservação (Regulamentada parcialmente pelo Decreto 4.340/2002 e alterada
pela Medida Provisória 239/05, convertida na Lei 11.132/05,alterada pela Lei nº 516/07).

Lei n.º 10.165, de 27 de dezembro de 2000: altera a Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe
sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências.

Lei n.° 11.428, de 22 de dezembro de 2006: dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa
do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.

Lei n.° 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

6.1.2. Decretos-lei
Decreto-lei n.° 3.365, de 21 de junho de 1941: dispõe sobre desapropriações por utilidade pública. No
artigo 5º, são considerados como de utilidade pública: ‘‘f)’’ o aproveitamento industrial das
minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica.

Decreto-lei n.° 227 de 28 de fevereiro de 1967: institui o código de Mineração. Exige anuência da
União para o exercício das atividades minerarias e proíbe a poluição do ar e da água.

Decreto-lei n.º 62.934, de 02 de julho de 1968: aprova o regulamento do Código de Mineração.

Decreto-lei n.º 97.632, de 10 de abril de 1989: dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2º, inciso VIII,
da Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras providências. O seu art. 1º determina:
‘‘Os empreendimentos que se destinem à exploração de recursos minerais deverão, quando
da apresentação do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e do Relatório de Impacto Ambiental -
RIMA, submeter à aprovação do órgão ambiental competente plano de recuperação de área
degradada’’.

Decreto-lei n.º 4.281, de 25 de junho de 2002: regulamenta a Lei n.º 9.795, de 27 de abril de 1999, que
institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências.

Decreto-lei n.º 6.848, de 14 de maio de 2009: que altera o Decreto-lei 4.340, de 22 de agosto de 2002,
que regulamenta parcialmente a Lei 9.985/00, que dispõe sobre a criação das Unidades de
Conservação, planos de manejo, formas de fixação das medidas compensatórias e
autorização para a exploração de produtos, subprodutos ou serviços delas inerentes.

Decreto-lei n.º 6.660, de 21 de novembro de 2008: que regulamenta os dispositivos da Lei


11.428/2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação do Bioma Mata Atlântica.

Decreto-lei 7404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamenta a Lei Federal 12.305, de 02 de agosto
de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O decreto apenas repete grande
parte do conteúdo já publicado na lei e não cria novas obrigações para o sistema de gestão
da organização.

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6.1.3. Portarias
Portaria Ministério de Estado do Interior (MINTER) n.º 53, de 01 de março de 1979: dispõe sobre o
destino e tratamento de resíduos.

Portaria Ministério de Estado do Interior (MINTER) n.º 100, de 14 de julho de 1980: dispõe sobre a
emissão de fumaça por veículos movidos a óleo diesel.

Portaria IBAMA n.º 887, de 15 de julho de 1990: dispõe sobre a realização de diagnóstico da situação
do Patrimônio Espeleológico Nacional.

Portaria IPHAN n.º 230, de 17 de dezembro de 2002: dispõe sobre a obtenção de licenças ambientais
referentes à apreciação e acompanhamento das pesquisas arqueológicas no país, e dá outras
providências.

Portaria IPHAN n.º 07, de 01 de dezembro de 1988: regulamenta os pedidos de permissão e


autorização e a comunicação prévia quando do desenvolvimento de pesquisas de campo e
escavações arqueológicas no País, a fim de resguardar os objetos de valor científico e cultural.

Portaria Ministério da Saúde n.º 29/4, de 12 de dezembro de 2011: estabelece os procedimentos e


responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo
humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.

6.1.4. Resoluções
Resolução CONAMA n.º 01, de 23 de janeiro de 1986: dispõe sobre a elaboração do Estudo de Impacto
Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental --- RIMA.

Resolução CONAMA n.º 6, de 24 de janeiro de 1986: aprova os modelos de publicação de


licenciamento em quaisquer de suas modalidades, sua renovação e a respectiva concessão e
aprova os novos modelos para publicação.

Resolução CONAMA n.º 001, de 08 de março de 1990: dispõe sobre a poluição sonora.

Resolução CONAMA n.º 237, de 19 de dezembro de 1997: dispõe sobre o Licenciamento Ambiental.

Resolução CONAMA n.º 425, de 18 de dezembro de 1998: dispõe sobre a Anotação de


Responsabilidade Técnica e dá outras providências.

Resolução CONAMA n.º 275, de 25 de abril 2001: estabelece o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos e recomenda sua adoção na identificação de coletores e transportadores.

Resolução CONAMA n.º 303, de 20 de março de 2002: dispõe sobre parâmetros, definições e limites de
Áreas de Preservação Permanente - APP.

Resolução CNRH n.º 29, de 11 de dezembro de 2002: dispõe sobre o uso de recursos hídricos
relacionados à atividade minerária e sujeitos a outorga.

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Resolução CONAMA n.° 357, de 17 de março de 2005: dispõe sobre a classificação dos corpos de água
e diretrizes ambientais para o seu enquadramento (alterada pela Resolução CONAMA nº
430/2011).

Resolução CONAMA n.° 369, de 28 de março de 2006: dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade
pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou
supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente - APP.

Resolução CONAMA n.° 392, de 25 de junho de 2007: define as vegetações primária e secundária de
regeneração de Mata Atlântica no estado de Minas Gerais.

Resolução CONAMA n.º 417, de 23 de novembro de 2009: define os parâmetros básicos para análise e
identificação da vegetação primária e dos estágios sucessionais secundários nas distintas
fitofisionomias de restinga na Mata Atlântica.

Resolução CONAMA n.º 422, de 23 de março de 2010: estabelece diretrizes para realização de
campanhas, ações e projetos de educação ambiental.

Resolução CONAMA n.º 428, de 17 de dezembro de 2010: dispõe, no âmbito do licenciamento


ambiental, sobre a autorização do órgão responsável pela administração da Unidade de
Conservação - UC, em caso de empreendimento que afeta unidade de conservação específica
ou sua zona de amortecimento - ZA, e sobre a ciência do órgão responsável pela
administração da UC no caso de licenciamento ambiental de empreendimentos não sujeitos
a EIA-RIMA.

Resolução CONAMA n.º 429, de 28 de fevereiro de 2011, publicada em 02 de março de 2011, que
determina métodos de recuperação das Áreas de Preservação Permanente --- APP.

Resolução CONAMA n.º 430, de 13 de maio de 2011, que disciplina condições, parâmetros, padrões e
diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em corpos d’água receptores, em redes
coletoras e em emissários submarinos.

Resolução CONAMA n.º 448, de 18 de janeiro de 2012, que altera a Resolução CONAMA n.º 307, de 05
de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.

Resolução CONAMA n.º 450, de 06 de março de 2012, que altera a Resolução CONAMA n.º 362, de 23
de junho de 2005, que dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo
lubrificante usado ou contaminado.

Resolução CNRH n.° 55, de 28 de novembro de 2005: estabelece diretrizes para a elaboração do Plano
de Utilização da Água na Mineração --- PUA. Prevê a exigência do Plano para os
empreendimentos minerários sujeitos à outorga de direito de uso de recursos hídricos.

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6.1.5. Instruções Normativas


Instrução Normativa MMA n.º 03, de 27 de maio de 2003: dispõe sobre as Espécies da Fauna Brasileira
Ameaçadas de Extinção.

Instrução Normativa IBAMA n.° 96, de 30 de março de 2006: dispõe sobre o registro no Cadastro
Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais e no Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa Ambiental. Prevê a
forma de apresentação do Relatório Anual de Atividades (Revoga a Instrução Normativa
IBAMA n.º 10/01).

Instrução Normativa IBAMA n.º 146, de 10 de janeiro de 2007: estabelece critérios e procedimentos
para a realização de manejo de fauna silvestre em áreas de influência de empreendimentos e
atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de impactos à fauna.

Instrução Normativa Ministério de Meio Ambiente (MMA) n.º 04, de 13 de abril de 2011: estabelece
procedimentos para restauração e recuperação de áreas degradadas.

Instrução Normativa Ministério de Meio Ambiente (MMA) n.º 05, de 20 de abril de 2011: estabelece
critérios e procedimentos para as análises dos pedidos e concessões de anuências prévias
para a supressão de vegetação de Mata Atlântica primária ou secundária nos estágios médio
ou avançado de regeneração.

6.2. Legislação Estadual


6.2.1. Leis
Lei n.º 7.302, de 21 de julho de 1978: dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no estado de
Minas Gerais (Alterada pela Lei n. º10.100/90).

Lei n.º 7.772, de 08 de setembro de 1980: dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio
ambiente.

Lei n.º 9.743, de 15 de dezembro de 1988: declara de interesse comum de preservação permanente e
imune de corte o ‘‘ipê-amarelo’’ e dá outras providências.

Lei n.º 10.173, de 31 de maio de 1990: disciplina a comercialização, o porte e a utilização florestal de
motosserras no estado de Minas Gerais.

Lei n.º 10.312, de 12 de novembro de 1990: dispõe sobre a prevenção e o combate a incêndio florestal
e dá outras providências.

Lei n.º 13.199, de 29 de janeiro de 1999: dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá
outras providências (Alterada pela Lei n.º 17.724/08).

Lei n.º 14.309, de 19 de junho de 2002: dispõe sobre as políticas florestais e de proteção à
biodiversidade no Estado (Alterada pela Lei n.º 18.024/09).

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Lei n.º 14.940, de 29 de dezembro de 2003: institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades
Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e
Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais --- TFAMG, e dá outras providências
(Alterada pela Lei n.° 15.972/06).

Lei Estadual 19.976, de 27 de dezembro de 2011, que institui a Taxa de Controle, Monitoramento e
Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos
Minerários (TFRM) e o Cadastro Estadual de Controle, Monitoramento e Fiscalização das
Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (CERM),
no Estado de Minas Gerais.

6.2.2. Decretos-lei
Decreto-lei n.º 36.110, de 04 de outubro de 1994: aprova o regulamento da Taxa Florestal (Alterado
pelo Decreto n.° 44.251/06).

Decreto-lei n.º 39.792, de 05 de agosto de 1998: dispõe sobre a prevenção e o combate a incêndio
florestal. Estabelece a obrigação de comunicar incêndios florestais à Polícia Florestal (Redação
dada pelo Decreto n.º 43.813/04).

Decreto-lei n.° 41.578, de 08 de março de 2001: regulamenta a Lei n.º 13.199, de 29 de janeiro de 1999,
que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos (Alterado pelo Decreto n.º
44.309/06).

Decreto-lei n.°43.710, de 08 de janeiro de 2004: regulamenta a Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002,


que dispõe sobre as Políticas Florestais e de Proteção à Biodiversidade no estado de Minas
Gerais (Alterado pelo Decreto n.º 44.415/06).

Decreto-lei n.º 45.486, de 21 de outubro de 2010: altera o Decreto Estadual 44.045, de 13 de junho de
2005, que regulamenta a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas
Gerais - TFAMG, instituída pela Lei 14.940/03.

Decreto-lei n.°44.844, de 25 de junho de 2008: dispõe sobre o licenciamento ambiental, tipifica e


classifica as infrações, as normas de proteção ao meio ambiente e recursos hídricos.

Decreto-lei n.º 45.175 de 17 de setembro de 2009: estabelece metodologia de gradação de impactos


ambientais e procedimentos para fixação e aplicação da compensação ambiental.

Decreto Estadual 45.581, de 1º de abril de 2011, que altera o Decreto Estadual 44.844, de 25 de junho
de 2008, que regulamenta a Lei Estadual 7.772/80, que institui a Política Estadual de Meio
Ambiente.

Decreto Estadual 45.936, de 23 de março de 2012, que regulamenta a Lei Estadual 19.976, de 27 de
dezembro de 2011, que institui a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das
Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM) e
o Cadastro Estadual de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa,
Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (CERM), no Estado de Minas
Gerais.

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6.2.3. Deliberações Normativas


Deliberação Normativa COPAM n.º01, de 26 de maio de 1981: fixa os padrões de qualidade do ar.

Deliberação Normativa COPAM n.º07, de 29 de setembro de 1981: fixas normas para disposição de
resíduos sólidos e proíbe a utilização do solo como destino final de resíduos.

Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH n.º01, de 5 de maio de 2008: estabelece normas e


padrões para qualidade das águas e lançamento de efluentes nas coleções de águas, e dá
outras providências.

Deliberação Normativa COPAM n.º 012, de 13 de dezembro de 1994: dispõe sobre a convocação e
realização de audiências públicas.

Deliberação Normativa COPAM n.° 13, de 24 de outubro de 1995: dispõe sobre a publicação do
pedido, da concessão e da renovação de licenças ambientais.

Deliberação Normativa COPAM n.º 17, 17 de dezembro de 1996: dispõe sobre prazo de validade de
licenças ambientais e sua revalidação e dá outras providências. (Alterada pela Deliberação
Normativa COPAM n.º 23/97).

Deliberação Normativa COPAM n.º 37, de 18 de outubro de 1999: equipara as intervenções que
menciona aos empreendimentos de grande porte e potencial poluidor para fins de outorga
de direito de uso de recursos hídricos, e dá outras providências.

Deliberação Normativa COPAM n.º 55, de 13 de junho de 2002: estabelece normas, diretrizes e
critérios para nortear a conservação da biodiversidade em Minas Gerais, com base no
documento: "Biodiversidade em Minas Gerais: Um Atlas para sua Conservação".

Deliberação Normativa COPAM n.º 74, de 09 de setembro de 2004: estabelece critérios para
classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades
modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ambiental ou de licenciamento
ambiental em nível estadual. Determina normas para indenização dos custos de análise de
pedidos de autorização ambiental e de licenciamento ambiental, e dá outras providências (na
sua última alteração).

Deliberação Normativa COPAM n.º 76, de 25 de outubro de 2004: dispõe sobre a interferência em
áreas consideradas de Preservação Permanente e dá outras providências.

Deliberação Normativa COPAM n.º 89, de 15 de setembro de 2005: estabelece normas para
laboratórios que executam medições para procedimentos exigidos pelos órgãos ambientais
do estado de Minas Gerais e dá outras providências.

Deliberação Normativa COPAM n.º 90, de 15 de setembro de 2005: dispõe sobre a declaração de
informações relativas às diversas fases de gerenciamento dos resíduos sólidos industriais no
estado de Minas Gerais. (Alterada pela Deliberação Normativa COPAM n.º 117/08).

Deliberação Normativa COPAM n.º 9, de 15 de abril de 1994: dispõe sobre o enquadramento da Bacia
do rio Piracicaba.

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Deliberação Normativa CERH n.º 26, de 18 de dezembro de 2008: dispõe sobre os procedimentos
gerais de natureza técnica e administrativa a serem observadas no exame de pedidos de
outorga para lançamento de efluentes em corpos de água superficial no estado de Minas
Gerais.

Deliberação Normativa COPAM n.º 121, de 08 de agosto de 2008: estabelece condições ao


empreendimento e atividades para fazerem jus ao acréscimo de um ano no prazo de validade
da LO ou da AAF que apresentarem o certificado do Sistema de Gestão Ambiental nos termos
da Norma ABNT --- NBR 14.001/2004.

Deliberação Normativa COPAM n.º 147, de 04 de maio de 2010: aprova a lista de espécies da fauna
ameaçadas de extinção no Estado de Minas Gerais.

Deliberação Normativa COPAM n.º 117, de 27 de setembro de 2008: apresenta o Inventário de


Resíduos do Setor Minerário no Estado de Minas Gerais.

Deliberação Normativa COPAM n.º 127, de 27 de novembro de 2008: estabelece as diretrizes e


procedimentos para avaliação ambiental da fase de fechamento de mina.

Deliberação Normativa COPAM n° 171, de 22 de dezembro de 2011, que estabelece diretrizes para
sistemas de tratamento e disposição final adequada dos resíduos de serviços de saúde no
Estado de Minas Gerais.

6.2.4. Portarias e Resoluções


Portaria DRH n.º 30, de 7 de junho de 1993: regulamenta o processo de outorga de águas públicas
estaduais.

Portaria IEF nº02 de 12 de janeiro de 2009: cria o Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental
- DAIA em substituição da Autorização para Exploração Florestal - APEF.

Portaria IEF n.º 65, de 11 de maio de 2009: institui a Guia de Controle Ambiental Eletrônica - GCA,
licença obrigatória para o controle do transporte, armazenamento e consumo dos produtos e
subprodutos florestais de origem nativa ou plantada no Estado de Minas Gerais, contendo as
informações sobre sua procedência.

Portaria Conjunta FEAM/IEF n.° 02, de 11 de fevereiro de 2005: estabelece os procedimentos


necessários para a inscrição no cadastro técnico estadual de atividades potencialmente
poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais e dá outras providências (Alterada pela
Portaria FEAM/IEF n.° 03/05).

Portaria IEF n.º 08, de 08 de janeiro de 2010: dispõe sobre o cadastro e o registro obrigatório de
pessoas físicas e jurídicas no Instituto Estadual de Florestas --- IEF, no Estado de Minas Gerais.

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Resolução SEF n.º 3.706, de 18 de outubro de 2005: dispõe sobre a forma e o prazo de pagamento da
Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais - TFAMG.

Resolução SEMAD n.º 1.140, de 01 de junho de 2010: altera a Resolução SEMAD 390, de 11 de agosto
de 2005, que estabelece normas para a integração dos processos de autorização ambiental
de funcionamento, licenciamento ambiental, de outorga de direito de uso de recursos
hídricos e de autorização para exploração florestal --- APEF no Estado de Minas Gerais.

Resolução Conjunta SEMAD/IEF n.º 1.804, de101 de janeiro de 2013: Dispõe sobre os procedimentos
para autorização da intervençãoambiental no Estado de Minas Gerais e dá outras
providências

Portaria IGAM n.º 50, de 19 de julho de 2010: aprova a Nota Técnica GCFIS 03/10, que estabelece
instruções para a caracterização das intervenções em recursos hídricos do Estado de Minas
Gerais para fins de fiscalização.

Portaria IGAM n.º 49, de 01 de julho de 2010: estabelece os procedimentos para a regularização do uso
de recursos hídricos do domínio do Estado de Minas Gerais.

6.3. Legislação Municipal


Lei nº 669/84 --- Código de Posturas do Município de Santa Bárbara.

Lei Complementar n.º 1.436 de 27 de julho de 2007: Institui o Plano Diretor do Município de Santa
Bárbara, em conformidade com a Constituição Federal, com o Estatuto da Cidade e com a Lei
Orgânica Municipal, e dá outras providências.

Lei Complementar nº 1437/2007: Institui a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano do
Município de Santa Bárbara, em conformidade com o Plano Diretor, o Estatuto da Cidade e a
Lei Orgânica Municipal e dá outras providências.

Lei nº 1525/2009: ‘‘Regulamenta o artigo 45 da Lei 669/1984 e dispõe sobre normas de preservação
ambiental quanto à poluição sonora e dá outras providências.’’

7. ÁREAS DE INFLUÊNCIA
As Áreas de Influência de um projeto podem ser definidas como os espaços geográficos
potencialmente afetados, considerando-se as características locais e regionais de onde o mesmo
estará inserido e as interações que estabelecerá com o meio.

Conforme já apresentado, o projeto da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, objeto deste EIA,
compreende a área ocupada pela ampliação da pilha e a implantação de um dique de contenção de
finos a jusante da mesma. As estruturas fazem parte da Mina Córrego do Sítio I (CDS I), de propriedade
da AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S/A, localizada no município de Santa Bárbara, MG.

A delimitação das áreas de influência do projeto foi definida de acordo com os aspectos ambientais
associados às tarefas e atividades do empreendimento e com os atributos ambientais relevantes para
os meios físico, biótico e socioeconômico e cultural da área do empreendimento e seu entorno
imediato.

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Nesse sentido, com o objetivo de estudar a abrangência dos estudos ambientais e melhor direcioná-
los, foram consideradas três unidades espaciais de análise: a área diretamente afetada (ADA), a área de
influência direta (AID) e a área de influência indireta (AII). Para tal, foram considerados os seguintes
conceitos:

 ADA: corresponde às áreas a serem efetivamente ocupadas pelo empreendimento, incluindo


aquelas destinadas à instalação da infraestrutura necessária para a sua implantação e operação.
Trata-se de áreas que terão suas funções alteradas e onde serão gerados os aspectos ambientais
inerentes ao empreendimento e que poderão receber impactos diretos associados a esses aspectos.

 AID: corresponde à área geográfica de entorno da ADA e na qual poderão incidir impactos
ambientais negativos ou positivos, significativos, diretos ou indiretos associados às atividades de
implantação e de operação exercidas na ADA, bem como os impactos de menor magnitude. Nessa
área o estudo, dever-se-ão priorizar as ações de controle e acompanhamento dos aspectos, e as
ações de mitigação e compensação apropriadas, de forma a prevenir, eliminar ou minimizar os
impactos.

 AII: corresponde à área geográfica situada no entorno da AID, passível de receber potenciais
impactos decorrentes da implantação e da operação do empreendimento, em níveis bastante
minorados em relação àqueles originados na ADA e refletidos na AID, dado o crescente afastamento
da área de origem dos impactos.

7.1. Área Diretamente Afetada - ADA


A ADA considerada para Ampliação da Pilha de Crista é apresentada no Desenho 01 – Áreas de
Influência do Meio Físico e Biótico (Anexo 10) sendo aplicável a todos os temas abordados e relativos
aos meios físico, biótico e socioeconômico e cultural.

Ela corresponde às áreas efetivamente ocupadas pelas atividades de disposição de estéril na Pilha de
Crista e por seu dique de contenção de finos, totalizando uma área de 48,87ha, dos quais 47,73ha
configuram a área da pilha e 1,14ha correspondem à área do dique.

Conforme já informado, a ADA do projeto está situada na propriedade da AngloGold Ashanti Córrego
do Sítio Mineração S/A, localizada na Mina Córrego do Sítio I, e não há registros de estabelecimentos
agropecuários, residências e edificações pertencentes a terceiros.

7.2. Área de Influência Direta – AID


7.2.1. Meios Físico e Biótico
Para os meios físico e biótico, a AID do empreendimento abrange a área de entorno das estruturas
integrantes do empreendimento (ADA), a qual é passível de abrigar os impactos ambientais
significativos, diretos ou indiretos, bem como os impactos de menor magnitude.

Como o empreendimento é restrito à propriedade, onde já se encontra uma intervenção no solo


sedimentada, esta área de influência se restringiu às bacias de contribuição do córrego Crista e do
córrego Laranjeiras.

Os limites da AID foram estabelecidos conforme descrito a seguir.

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Iniciando-se à margem do rio Conceição, no interflúvio dos córregos Crista e Cristina, com o limite
acompanhando esse alto topográfico até a Barragem de Contenção de Sedimentos da Mina Córrego
do Sítio I. Contorna esta barragem, incluindo-a na AID, e segue pelo interflúvio dos córregos
Laranjeiras ( inserido na AID), e Cafezal, ( não incluído na AID) até alcançar a Cava e Pilha de Estéril de
Carvoaria Sul/Laranjeiras, tomando o acesso a essa cava até atingir o interflúvio dos córregos Crista e
do afluente sem denominação. A partir daí alcança o rio Conceição, seguindo a margem direita desse
rio até o ponto inicial e coincidindo com o limite da AII.

A delimitação da AID do meio físico se aplica também para o meio biótico, pois a pequena dimensão
da área afetada e a ocorrência de barreiras físicas, relacionadas principalmente às estradas de acesso
interno existentes, dificultam o deslocamento da fauna. Tais fatores são determinantes para se prever
que os impactos diretos sobre as variáveis bióticas estejam circunscritos a essa unidade espacial.

Conforme verificado Desenho 01 – Áreas de Influência do Meio Físico e Biótico (Anexo 10), a AID
considerada para os meios físico e biótico compreende o total de 153,61ha.

7.2.1. Meio Socioeconômico e Cultural


A AID do meio socioeconômico e cultural abrange o município de Santa Bárbara, onde se localiza o
empreendimento, com destaque para o distrito de Brumal e o seu subdistrito Sumidouro.
Compreende ainda as comunidades de São Gonçalo do Rio Acima e Campo Grande, localizadas no
município de Barão de Cocais. Essas comunidades, por estarem relativamente próximas ao
empreendimento, poderão sofrer influência direta do mesmo, seja em termos dos incômodos gerados
nas etapas de implantação e operação, seja em relação à eventuais necessidades de serviços, bens e
mão de obra direta e indireta e seus desdobramentos.

O Desenho 02 – Áreas de Influência do Meio Socioeconômico (Anexo 10) apresenta a AID e a AII para
este tema.

No que se refere ao patrimônio arqueológico, a AID foi considerada uma faixa de 250m no entorno da
ADA, na qual poderão incidir impactos ambientais diretos ou indiretos associados às atividades de
implantação e de operação do empreendimento.

7.3. Área de Influência Indireta – AII


7.3.1. Meios Físico e Biótico
A AII dos meios Físico e biótico, inicia-se confluência do córrego Água Boa, não inserido na AII, com o
córrego do Sítio, acompanhando o limite do mesmo pela margem esquerda até a Barragem de
Contenção de Sedimentos da Mina Córrego do Sítio I. A partir daí, segue pelo interflúvio dos córregos
Laranjeiras, inserido na AII e coincidindo com o limite da AID, e Cafezal, não incluído na área de
influência indireta, até as Cava e Pilha de Esteril Carvoaria Sul/Laranjeiras, seguindo, então, pelo
interflúvio do afluente sem denominação e do córrego Morcego, não inserido na AII, até alcançar o rio
Conceição. A partir do rio Conceição, segue-se por sua margem direita, até o interflúvio dos córregos
Cristina, inserido na AII, e Sapé, não contemplado e já canalizado devido à operação da pilha de rejeito
existente.

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O Desenho 01 – Áreas de Influência do Meio Físico e Biótico (Anexo 10) apresenta a AII considerada
para os meios físico e biótico.

7.3.2. Meio Socioeconômico e Cultural


A AII do meio socioeconômico abrange igualmente o município de Santa Bárbara, considerando que,
devido ao porte do empreendimento, sua influencia indireta se restringirá ao munícipio.

O Desenho 02 – Áreas de Influência do Meio Socioeconômico (Anexo 10) apresenta a AID e a AII para
este tema.

Do ponto de vista de patrimônio arqueológico, a AII também se restringe ao município de Santa


Bárbara, que terá terras afetadas pelo empreendimento, visto que as informações do cadastro oficial
do IPHAN são organizadas por município.

8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA


Este item apresenta o diagnóstico ambiental das áreas de influência do projeto da Ampliação da Pilha
de Estéril de Crista, considerando os meios físico, biótico e socioeconômico e cultural.

Inicialmente é apresentado o mapeamento do uso do solo e da cobertura vegetal, que constitui o


primeiro produto do diagnóstico ambiental e fornece uma importante base de informações
qualitativas e quantitativas para o desenvolvimento e a conclusão dos estudos dos temas tratados
neste EIA.

Nos itens subsequentes são apresentados os resultados dos estudos de cada tema. A partir da análise
desses temas, o item 9 (Análise Integrada) permitirá, então, a compreensão da configuração da
paisagem aqui descrita: a relação das fitofisionomias com as características abióticas – dos fatores
físicos que propiciaram a ocupação humana na região e as atividades econômicas ao longo da história
com as modificações que causaram nas características físicas e nos ecossistemas.

8.1. Uso do solo e cobertura vegetal


O atual cenário da área diretamente afetada e das áreas de influência direta e indireta (ADA e AID) da
Ampliação da Pilha de Estéril de Crista é descrito a seguir. Pretende-se aqui apresentar um retrato
dessas áreas, considerando-se a paisagem como resultante dos processos que nela se instalaram no
âmbito dos meios físico, biótico e socioeconômico e cultural.

8.1.1. Metodologia
Para o mapeamento do uso do solo e da cobertura vegetal das áreas diretamente afetada e de
influência direta do empreendimento (AID e ADA), foram aplicadas técnicas de interpretação de
produtos de sensoriamento remoto (imagem de satélite) realizadas visitas a campo e análise e
cruzamento de todas as informações obtidas.

Os trabalhos de mapeamento das fitofisionomias foram conduzidos em etapas distintas, em escritório


e em campo.

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8.1.1.1. Pesquisa de dados secundários


Foram realizadas consultas e análises dos principais trabalhos de mapeamento de uso do solo e
cobertura vegetal sobre o Quadrilátero Ferrífero, região onde se insere o a Mina Córrego do Sítio, e,
portanto a Pilha de Crista. A classificação do uso do solo e das fitofisionomias foi conduzida através
dos métodos adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (1977).

8.1.1.2. Preparação da base cartográfica


O sistema de coordenadas planas utilizado foi o Universal Transversa de Mercator – UTM, esferóide
South American1969. A base cartográfica foi elaborada a partir da compatibilização de dados digitais
das cartas do IBGE Acuruí (SF-23-X-A-III-2) e Catas Altas (SF-23-X-B-I-1) na escala 1:50.000. As demais
bases utilizadas, como topografia e dados geológicos de detalhe, foram fornecidos pelo
empreendedor. Procedeu-se à conversão dos dados, quando necessário, do formato CAD ou TAB (Map
Info) para o software Arc Gis, juntamente com os dados gerados pelos técnicos em suas visitas de
campo.

O mapeamento da AID e ADA foi elaborado sobre o mosaico de imagens de satélite Worldview de
2012 , a partir de vetorização manual e visitas de campo, utilizando-se o software ArcGis para o
armazenamento e padronização de todas as informações. A AID e a ADA foram representadas na
escala 1:7.500 para, posteriormente, conversão em mapa temático na escala 1:10.000.

Os produtos de sensoriamento remoto disponíveis foram pré-interpretados de forma a orientar os


trabalhos de campo e o posterior mapeamento da área de estudo. O processo de interpretação visual
baseou-se na fotoleitura e fotoanálise dos elementos de interpretação registrados nas fotos e imagens
(cor, forma, textura, sombra, tamanho e relação de contexto) para uma posterior conferência em
campo.

Nessa etapa, procurou-se verificar a existência de correlações entre os diferentes padrões de resposta
espectral da vegetação e demais uso do solo, expressos no produto de sensoriamento, e as
características observadas em campo. No caso específico da vegetação, as respostas espectrais estão,
em geral, diretamente relacionadas com a sua estrutura, permitindo, dessa forma, a delimitação
espacial das fitofisionomias. A interpretação preliminar foi conduzida a partir de um overlay de
elevada transparência sobre o mosaico GeoEye-Ikonos, sendo possível a sua superposição com os
dados altimétricos e a classificação das formações florestais.

8.1.1.3. Conferência da base cartográfica em campo


Após a preparação e a interpretação preliminar do mapa de uso do solo e cobertura vegetal em
escritório, foi realizada, entre os dias 07 e 17 de maio de 2013, a campanha da equipe responsável pelo
mapeamento (engenheiro florestal e biólogo botânico). Nessa etapa, foi feito o reconhecimento das
fitofisionomias, bem como o registro fotográfico da área de estudo ao longo de acessos, trilhas e
estradas existentes na AID e ADA da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, o que agregou
informações úteis para o reconhecimento da verdade terrestre (atividade inerente ao processo de
fotointerpretação).

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1Produção do mapa, análise e relatório final


Os produtos cartográficos e a análise quali-quantitativa das categorias mapeadas foram integrados às
informações coletadas em campo e àquelas produzidas pelos demais estudos ambientais, em especial
às relacionadas aos temas flora, hipsometria e hidrografia. Efetivou-se, então, uma revisão final da
interpretação e produziu-se o mapa temático da ADA e AID (Desenho 03 – Uso do solo e cobertura
vegetal, Anexo 10) no software ArcGis, na escala 1:10.000. Posteriormente, as classes temáticas foram
quantificadas para a ADA e AID. A opção pela geração desse produto deu-se em função do caráter
didático do material e pela necessidade de uma base cartográfica que facilitasse a compreensão e a
distribuição espacial dos ambientes mapeados.

Para a delimitação das APPs, foram avaliadas as seguintes classes: (i) topo de morro, (ii) nascentes, (iii)
curso d’água, (iv) corpo d’água, e (v) declividade. Procedeu-se a uma avaliação preliminar sobre as
classes representativas da ADA, a partir de bases topográficas e bases hidrográficas (curso d’água,
corpo d’água e nascente) fornecidas pelo empreendedor. A única classe que revelou
representatividade na ADA foi a de curso d’água (iii), para qual foram considerados 30m para cada
lado, conforme adotou-se como parâmetro a Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012, artigo 4º:

Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros,
desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de
largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de
largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)
metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos)
metros;

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de
superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou


represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do
empreendimento;

IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;

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V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento)
na linha de maior declive;

VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

VII - os manguezais, em toda a sua extensão;

VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a
100 (cem) metros em projeções horizontais;

IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e
inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível
correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base,
sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água
adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;

X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;

XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta)


metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.

8.1.2. Caracterização do Uso do Solo e da Cobertura Vegetal


O padrão de distribuição espacial das fitofisionomias da região de inserção da Pilha de Crista está
relacionado principalmente a fatores pedológicos e topográficos e, principalmente, a fatores
antrópicos que refletem o uso da área e sua aptidão para a mineração.

A Mina CDS I está inserida na área pertencente à bacia estadual do rio Piracicaba, em um divisor de
águas das bacias do rio Conceição e córrego do Sítio. As áreas destinadas à Ampliação da Pilha de
Estéril de Crista, bem como do seu dique de contenção de finos, estão inseridas na bacia do rio
Conceição. O córrego Crista, corpo hídrico localizado na ADA do empreendimento, é afluente da
margem esquerda do rio Conceição que deságua no rio Santa Bárbara, afluente direto da margem
esquerda do rio Piracicaba.

No entorno imediato das áreas de influência, encontram-se, basicamente, áreas já antropizadas por
atividades minerárias: cavas a céu aberto, pilhas de estéril e instalações industriais da Mina CDS I.
Contudo, apesar desse uso antrópico, ainda são encontrados remanescentes florestais na região.

Embora parte da vegetação da ADA já esteja descaracterizada em relação à paisagem original devido
à presença da própria mineração, existem trechos de Floresta Estacional Semidecidual em estágio
médio de regeneração na ADA da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista.

A AID do projeto localiza-se em sub-bacia do córrego Crista, drenagem afluente do rio Conceição e
também pode ser caracterizada neste trecho como área já bastante antropizada pelas atividades
minerárias. Próximo a AII, a sudeste, encontra-se a RPPN Santuário da Serra do Caraça.

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O mapa de uso do solo e cobertura vegetal da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista é apresentado
classes de uso do solo na AID e ADA no Desenho 03, Anexo 10, em que pode ser observada a
distribuição espacial das fitofisionomias e as (escala 1:10:000). O mapeamento de APP é apresentado
no Desenho 04 – Áreas de Preservação Permanente (Anexo 10).

O Quadro 8.1.1., a seguir, mostra o quantitativo das categorias de uso do solo e cobertura vegetal da
AID e da ADA, ilustradas na figura 8.1.1. A descrição detalhada das características das fitofisionomias e
categorias de uso do solo mapeadas serão apresentadas no item 8.4.3.3. Vegetação da AID e ADA.

QUADRO 8.1.1 - CATEGORIAS DE USO DO SOLO E COBERTURA VEGETAL NA ADA E AID DA AMPLIAÇÃO DA
PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

ÁREA DIRETAMENTE AFETADA - ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA -


USO DO SOLO E COBERTURA ADA AID
VEGETAL
HA % HA %
Corpo d'água - - 7,38 5
Dique existente da Pilha 0,65 1 - -
Dique existente no córrego Carvoaria
- - 0,48 -
Velha
Floresta estacional semidecidual em
1,26 3 2,46 2
estágio inicial de regeneração
Floresta estacional semidecidual em
19,66 40 114,54 75
estágio médio de regeneração
Solo Exposto 8,39 17 18,96 12
Talude com Eucalipto 6,12 13 0,57 -
Talude Revegetado 12,04 25 8,68 6

Vegetação Intensivamente Manejada 0,75 2 0,54 -

TOTAL 48,87 100 153,61 100

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FIGURA 8.1.1 - CATEGORIAS DE USO DO SOLO E COBERTURA VEGETAL NA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) E
NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) DA AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

Ampliação da Pilha de Estéril de Crista ‐ ADA


2% 0% 1% 3%

25%

40%

12%

17%

Dique existente da Pilha


Floresta estacional semidecidual em estágio inicial de regeneração
Floresta estacional semidecidual em estágio médio de regeneração
Solo Exposto
Talude com Eucalipto
Talude Revegetado
Vegetação Intensivamente Manejada

Ampliação da Pilha de Estéril de Crista ‐ AID


0% 0%
0% 2%
6% 5%
12%

75%

Corpo d'água
Dique existente no Córrego Carvoaria Velha
Floresta estacional semidecidual em estágio inicial de regeneração
Floresta estacional semidecidual em estágio médio de regeneração
Solo Exposto
Talude com Eucalipto
Talude Revegetado

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8.2. Áreas Protegidas


8.2.1 Delimitação das Unidades de Conservação e áreas prioritárias para conservação da
biodiversidade
O município de Santa Bárbara se localiza na região central do Quadrilátero Ferrífero, ao qual é
atribuída importância biológica especial no que tange à conservação da biodiversidade de Minas
Gerais (Drummond et al., 2005). Dada a sua relevância, a região foi reconhecida em 2005 pela
Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO) como integrante da
Reserva da Biosfera do Espinhaço.

De acordo com o artigo 41, do Decreto Federal 4.340/2002 (Brasil, 2002), uma reserva dessa natureza
tem, dentre outros, o objetivo de preservação da biodiversidade, desenvolvimento de pesquisa
científica, o monitoramento e a educação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da
qualidade de vida das populações. Nesse contexto, a área da Mina Córrego do Sítio, é abrangida pela
Reserva da Biosfera do Espinhaço, unidade de conservação de caráter internacional, cujo objetivo é
estimular a conservação na região.

A área do projeto, assim como alguns setores das áreas protegidas acima citadas, insere-se no limite
leste da Área de Proteção Ambiental Sul (APA Sul da RMBH), uma unidade de conservação estadual
cujo principal objetivo é proteger a biodiversidade, a água e mananciais que abastecem a região
metropolitana de Belo Horizonte. A APA Sul foi criada pelos Decretos nº 35.624/1994 e nº 37.818/1996,
com 163.000ha que abrangem os municípios de Brumadinho, Belo Horizonte, Caeté, Ibirité, Nova
Lima, Itabirito, Rio Acima, Santa Bárbara, Catas Altas, Raposos, Mário Campos e Sarzedo.

De acordo com a Lei do SNUC as APAs estão enquadradas em uma categoria de Unidade de
Conservação (UC) de uso sustentável, sendo áreas dotadas de atributos abióticos, bióticos, estéticos
ou culturais importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Trata-se de
uma categoria de UC de uso direto que busca compatibilizar proteção dos recursos naturais com seu
uso econômico.

O projeto se localiza ainda nas proximidades da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
Santuário da Serra do Caraça, uma UC de uso sustentável criada em 1994 pela Portaria IBAMA 32/94-N.
Trata-se da segunda maior RPPN de Minas Gerais, com 10.187,89ha.

A Figura 8.2.1 apresenta a relação das unidades de conservação da região de inserção do projeto.

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FIGURA 8.2.1 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

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8.2.2. Delimitação das Áreas de Preservação Permanente - APPs


Para delimitação das Áreas de Preservação Permanentes (APP) localizadas na ADA do Ampliação da
Pilha de Estéril de Crista, adotou-se como parâmetro a Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012, artigo 4º.
A partir da imagem foi possível ajustar as drenagens possibilitando maior detalhamento. Além disso,
utilizou-se o software ArcGis para elaboração das análises espaciais.

Nesse sentido, para a delimitação da APP de curso d’água aferiu-se a largura dos leitos que possuem
intercessão com a ADA. Tais cursos d’água possuem largura da calha do leito regular inferior a 10 m, e
dessa forma, a faixa marginal de APP considerada a partir da calha regular foi de 30 m. O Desenho 04 –
Mapeamento de Áreas de Preservação Permanente – APPs (Anexo 10) apresenta este resultado.

Em relação à APP de declividade foi gerada uma matriz de declividade a partir da interpolação dos
dados hipsométricos por meio da ferramenta slope. A partir do produto gerado verificou a existência e
quantificação de declividades superiores a 45°.

No que se refere à APP topo de morro adotou-se o disposto no inciso IX:

IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e
inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3
(dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano
horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela
cota do ponto de sela mais próximo da elevação;

O diagnóstico pautou-se na utilização da metodologia de bacias invertidas a qual possibilitou a


delimitação dos morros. Por meio do uso da ferramenta zonal statistics foi possível obter a declividade
média dos morros a partir do cruzamento do polígono de limite dos morros e a matriz de declividade.
O resultado dessa estatística foi a ausência de declividade média superior ou igual a 25 °. Dessa forma
verifica-se a inexistência de APP de topo de morro na ADA do empreendimento.

As APPs localizadas na ADA em áreas já intervindas pelas ações minerárias, forma definidas como
APPs antropizadas.

O quadro 8.2.1 apresenta a quantificação das APPs de acordo com a o uso do solo e cobertura vegetal.
QUADRO 8.2.1 – ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APPS DA ADA

APP APP ANTROPIZADA


USO DO SOLO E COBERTURA APP DE APP DE
APP DE APP DE
VEGETAL CURSO TOTAL CURSO TOTAL
DECLIVIDADE DECLIVIDADE
D'ÁGUA D'ÁGUA
Dique existente da Pilha - - - - - 0,12
Floresta estacional semidecidual
0,04 0,21 0,25 - - -
em estágio inicial de regeneração
Floresta estacional semidecidual
em estágio médio de 6,27 0,32 6,59 - - -
regeneração
Solo Exposto - - - 0,04 0,78 0,81
Talude com Eucalipto - - - - 0,02 0,02
Talude Revegetado - - - 0,53- 0,02 0,55
Vegetação Intensivamente - - - 0,17 0,01 0,19
Manejada
TOTAL 6,31 0,53 6,84 0,86 0,84 1,70

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8.3. Meio Físico


8.3.1. Clima
8.3.1.1. Metodologia
Para a elaboração do diagnóstico dos aspectos climáticos relativos às áreas de influência do projeto de
Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, foi feita uma análise dos dados secundários e de estudos
ambientais anteriormente elaborados pela SETE na região de inserção do empreendimento,
bibliografados ao final deste documento.

Os dados das estações climatológicas mais próximas do empreendimento foram obtidos dos sites do
Instituto Nacional de Meteorologia/INMET e do Sistema de Informações Hidrológicas (HIDROWEB)
vinculado à Agência Nacional de Águas/ANA. Essas informações estão contidas no diagnóstico
ambiental referentes às variáveis climáticas e resultaram nos gráficos apresentados ao longo do texto.

8.3.1.2. Classificação Climática


A região de estudo está localizada na faixa tropical do hemisfério Sul, entre o par de coordenadas 20o
01' 48’’ de latitude sul e 43o 30' 55” de longitude oeste, na bacia hidrográfica federal do rio Doce.
Considerando a sua posição geográfica, os elementos meteorológicos que definem o clima desta
região estão sob a influência predominante de três massas de ar, com variáveis ao longo do ano:
Massa Tropical Atlântica (MTA), Massa Polar Atlântica (MPA) e Correntes de Oeste (CO).

A Massa Tropical Atlântica (MTA) forma-se na região quente do Atlântico Sul, caracterizada por uma
massa quente e úmida que penetra no continente pelo lado leste, agindo durante todo ano. O
movimento do ar é determinado pelo anticiclone subtropical, que é bastante persistente. As
temperaturas elevadas e medianas são resultantes das intensas radiações solares das latitudes
tropicais, e a elevada umidade relativa desta massa de ar provém da intensa evaporação marítima. A
umidade absorvida do oceano é uniforme somente na camada superficial dessa massa de ar.

A Massa Polar Atlântica (MPA) tem origem nas altas latitudes da região polar de superfícies geladas,
correspondendo, então, a uma massa fria, úmida e ativa durante todo o ano, sendo que, no inverno,
ela é responsável por baixas temperaturas e, no verão, o seu confronto com a MTA, ou com as
Correntes de Oeste, produz instabilidades que resultam em elevados índices pluviométricos diários.

A massa de ar denominada Correntes de Oeste (CO) ocorre entre o outono e a primavera, quando o
aquecimento do continente gera um centro de baixa pressão. Em confronto com as demais massas de
ar (MTA e MPA) provoca linhas de instabilidade que se deslocam de oeste para leste com extrema
rapidez, causando ventos moderados e fortes e ocasionando fortes precipitações e chuvas de verão
ou, às vezes, chuvas de granizo.

Na região próxima da área de estudo, o clima é caracterizado como de transição, típico de regiões
interioranas mais elevadas.

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Para a área de estudo, o tipo climático predominante, de acordo com Köppen, é o Cwa, caracterizado
pelo clima tropical de altitude com chuvas no verão e seca no inverno. Nesse sentido, a letra “C” está
relacionada à ocorrência de estações bem definidas de verão e inverno, a letra “w” à ocorrência de
chuva média anual entre 1.000 e 1.500mm, com total mensal médio do mês mais seco inferior a
40mm, e a letra “a” à ocorrência de temperatura média do mês mais quente superior a 22°C.
Excetuando-se nas regiões de altitudes mais elevadas, entre os meses de setembro a março,
predominam temperaturas mais ou menos elevadas (superiores a 22°C).

As temperaturas mais elevadas ocorrem entre dezembro e janeiro, sendo que no período de maio a
agosto predominam temperaturas sensivelmente mais baixas, atingindo o mínimo entre junho e
julho. Nesse período, em decorrência de vários fatores (redução da incidência de raios solares; redução
do tempo de radiação solar e maior frequência de massas de ar frio), são mais frequentes
temperaturas amenas e até mesmo frias, nas superfícies mais elevadas.

8.3.1.3. Variáveis Climáticas Regionais


A estação climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mais próxima da área de
estudo e que apresenta dados mais completos é a de Ouro Preto (Cód. 02043024; altitude de 1.128m),
que permite avaliar as características meteorológicas aproximadas da área de interesse mediante
dados climatológicos (considerando o período de 1961-1990), conforme Quadro 8.3.1.

QUADRO 8.3.1.– DADOS CLIMATOLÓGICOS OBTIDOS DA ESTAÇÃO CLIMATOLÓGICA DE OURO PRETO -


DESATIVADA (MÉDIA MENSAL PARA O PERÍODO 1961-1990)

TEMPERATURA (ºC) PRECIPITAÇÃO EVAPORAÇÃO


UMIDADE RELATIVA
PERÍODO TOTAL TOTAL
MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA (%)
(MM) (MM)
Jan 21,2 24,8 17,2 322,20 83,30 84,00
Fev 20,7 25,2 16,9 217,00 80,00 82,50
Mar 20,4 25,0 18,4 188,50 80,90 83,70
Abr 19,0 23,6 15,7 88,60 74,60 84,40
Mai 17,3 22,3 13,8 39,10 77,90 83,10
Jun 16,1 21,2 11,8 12,90 73,80 83,10
Jul 15,5 20,9 11,2 24,90 87,70 80,90
Ago 16,4 21,6 11,9 27,90 84,70 78,70
Set 17,0 21,9 12,3 71,30 85,40 80,70
Out 18,7 23,7 14,4 115,60 93,70 81,70
Nov 19,6 24,6 15,6 204,40 82,40 81,80
Dez 19,7 23,9 16,1 357,90 67,30 86,20
Total
18,5 23,2 14,6 1670,00 972,00 82,60
Anual
Fonte: INMET - Estação Climatológica de Ouro Preto (período 1961-1990).

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1Temperatura do ar
A temperatura média anual da região oscila entre 15,5°C e 21,2°C, ocorrendo temperaturas mais
baixas entre os meses de junho e agosto (média mínima da ordem de 11,5ºC) e temperaturas mais
altas entre os meses de janeiro e março (média máxima da ordem de 25,0ºC). Em função das altitudes
elevadas, as temperaturas médias mensais mantêm-se em níveis moderados até mesmo no verão. De
março a setembro, a ação das massas de ar frio de origem polar, principalmente nas áreas meridionais,
reduz a eficiência térmica e concorre para tornar o clima mesotérmico.

1Pluviometria
O regime pluviométrico regional varia entre 1.100 mm e 1.700 mm, sendo que a precipitação diminui
de leste para oeste. A precipitação média anual verificada na estação Ouro Preto é da ordem de 1.670
mm para o período avaliado (1961-1990). O período chuvoso ocorre entre os meses de outubro e
março, com média mensal variando entre 115,60 mm (outubro) e 357,90 mm (dezembro). O trimestre
de dezembro-janeiro-fevereiro é o mais chuvoso e apresenta as temperaturas mais elevadas (em torno
de 24o e 25oC). O período seco ocorre entre abril e setembro, sendo o mês de junho o mais seco
(média mensal de 12,90 mm) e o trimestre junho-julho-agosto correspondente ao de temperaturas
mais baixas (entre 11 o e 12 o C).

Segundo a literatura do Quadrilátero Ferrífero (Shobbenhaus, 1984), as elevações das temperaturas


desta região criam um obstáculo à penetração das massas de ar que se deslocam em direção ao
interior do continente, provocando a formação de chuvas orográficas, que esgotam as condições de
umidade dos ventos que sopram do litoral para o interior, gerando núcleos isolados de elevados
índices de precipitação.

As precipitações médias anuais registradas na área do empreendimento são superiores a 1.300 mm,
de acordo com os dados das estações pluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), localizadas
no Colégio Caraça, operadas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), conforme apresentado no
Quadro 8.3.2, localizada a aproximadamente 13 km da área do empreendimento. As chuvas são
influenciadas pela orografia da Serra do Espinhaço e da Serra do Caraça, cujas altitudes ultrapassam
1.200m.

O regime de chuvas na região em estudo é determinado basicamente pelas instabilidades provocadas


pelas penetrações de frentes frias, reforçadas pelo efeito da topografia. Em algumas ocasiões, durante
a estação de verão, pode ser observada a formação de convecção provocada pelo aquecimento
diferencial, ocorrendo chuvas superiores a 100 mm e de curta duração.

A região possui regime pluviométrico tipicamente tropical, uma vez que ocorre uma grande
concentração de chuvas no verão e uma diminuição acentuada no inverno. O trimestre mais chuvoso
corresponde a novembro-dezembro-janeiro, que concentra, em média, 57% do total anual
precipitado. O trimestre mais seco, de junho a agosto, apresenta, em média, cerca de 3% do total
anual da precipitação.

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QUADRO 8.3.2 – ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS DO COLÉGIO CARAÇA (ANA/ CPRM)

PERÍODO DE COORDENADAS ALTITUDE


ESTAÇÃO CÓDIGO MUNICÍPIO BACIA SUB-BACIA
OPERAÇÂO LATITUDE LONGITUDE (M)
Colégio 1983-1999 e Santa Rio Ribeirão
2043059 20° 05’ 49” 43° 29’ 17” 1.300
Caraça 1999-2008 Bárbara Doce Caraça
Colégio 1941-1999 e Santa Rio Ribeirão
1943007 19° 56’ 43” 43° 24’ 04” 748
Caraça 1999-2008 Bárbara Doce Caraça
Fonte: ANA/ HIDROWEB - 2009.

Os Quadros 8.3.3. e 8.3.4 e as Figuras 8.3.1, 8.3.2, 8.3.3 e 8.3.4, a seguir, mostram as variações mensais
para a precipitação e para o número médio de dias de chuva, dos dados das estações pluviométricas
avaliadas (Colégio Caraça Cód.1943007, períodos 1941-1999 e 1999-2008; Colégio Caraça Cód.
02043059, períodos 1983-1999 e 1999-2008).

QUADRO 8.3.3 – TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS E NÚMERO DE DIAS CHUVOSOS MÉDIOS MENSAIS – ESTAÇÃO
COLÉGIO CARAÇA CÓD 1943007 – PERÍODOS 1941-1999 E 1999-2008

PERÍODO 1941-1999 1999-2008


PRECIPITAÇÃO NÚMERO MÉDIO DE PRECIPITAÇÃO NÚMERO MÉDIO DE
MÊS
MÉDIA (MM) DIAS DE CHUVA MÉDIA (MM) DIAS DE CHUVA
Jan 250,43 16 418,67 20
Fev 147,63 11 168,03 13
Mar 151,64 12 178,04 16
Abr 54,33 7 52,92 11
Maio 26,28 4 12,17 5
Jun 12,96 4 5,13 4
Jul 11,74 3 10,19 4
Ago 13,00 3 16,52 4
Set 40,92 6 48,37 9
Out 108,91 11 75,69 9
Nov 198,94 15 234,79 19
Dez 196,61 19 267,32 20
Total Anual 1213,38 111 1487,84 134
Fonte: ANA/ HIDROWEB, 2009.

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FIGURA 8.3.1 - TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS E NÚMERO DE DIAS CHUVOSOS - MÉDIAS MENSAIS - ESTAÇÃO
COLÉGIO CARAÇA CÓD. 01943007 – PERÍODO 1941-1999
300 20

19 18
250
16

Média dos dias chuvosos (dias)


15 15
Média precipitação (mm)

14
200
12
10 12
150 10
10

8
100
7 6
5
4 4
50
3 2 2
2
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
meses

Fonte: ANA/ HIDROWEB, 2009.

FIGURA 8.3.2 - TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS E NÚMERO DE DIAS CHUVOSOS - MÉDIAS MENSAIS - ESTAÇÃO
COLÉGIO CARAÇA CÓD. 01943007 – PERÍODO 1999-2008

450 25

400
22
20

Média dos dias chuvosos (dias)


350
18
Média precipitação (mm)

17
300

14 15
250

13
11
200
9 10
9
150

100
4 4 5
5 3
50

0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
meses

Fonte: ANA/ HIDROWEB, 2009.

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QUADRO 8.3.4 – TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS E NÚMERO DE DIAS CHUVOSOS - MÉDIAS MENSAIS – ESTAÇÃO
COLÉGIO CARAÇA CÓD. 02043059

PERÍODO 1983-1999 1999-2008


PRECIPITAÇÃO NÚMERO MÉDIO DE PRECIPITAÇÃO NÚMERO MÉDIO DE
MÊS
MÉDIA (MM) DIAS DE CHUVA MÉDIA (MM) DIAS DE CHUVA
Jan 344,6 18 328,11 19
Fev 238,6 14 211,65 15
Mar 226,9 17 228,14 17
Abr 94,0 5 93,57 12
Mai 55,7 9 26,94 7
Jun 8,1 6 7,06 6
Jul 10,6 5 12,29 5
Ago 23,1 7 16 3
Set 65,6 10 59,57 8
Out 123,0 13 84,09 10
Nov 298,8 19 277,85 21
Dez 534,0 24 363,68 19
Total Anual 2.022,9 148 1.708,95 140
Fonte: ANA/ HIDROWEB, 2009.

FIGURA 8.3.3 - TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS E NÚMERO DE DIAS CHUVOSOS- MÉDIAS MENSAIS - ESTAÇÃO COLÉGIO
CARAÇA CÓD. 2043059 – PERÍODO 1983-1999

600,0 30

500,0 24 25
Média dos dias chuvosos (dias)
Média precipitação (mm)

400,0 20
18
17 19
14
300,0 15
13

10
200,0 10
9
7
5 6 5
100,0 5

0,0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
meses

Fonte: ANA/ HIDROWEB, 2009.

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FIGURA 8.3.4 - TOTAIS PLUVIOMÉTRICOS E NÚMERO DE DIAS CHUVOSOS - MÉDIAS MENSAIS – ESTAÇÃO
COLÉGIO CARAÇA COD. 2043059 – PERÍODO 1999-2008

400 25

350
21

Média dos dias chuvosos (dias)


19 20
19
300
Média precipitação (mm)

17
15
250
15

200

12 10
10
150
8
7
6
100
5
5 3
50

0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
meses

Fonte: ANA/ HIDROWEB, 2009.

1Umidade relativa do ar
A evaporação total anual registrada na estação climatológica de Ouro Preto é da ordem de 972 mm, e
a umidade relativa anual de 82,6%, considerando o período avaliado (1961-1990), conforme a Figura
8.3.5, abaixo.
FIGURA 8.3.5 – DADOS DE EVAPORAÇÃO TOTAL E UMIDADE RELATIVA DO AR REGISTRADA NA ESTAÇÃO
CLIMATOLÓGICA DE OURO PRETO – PERÍDO 1961-1990.

95 95

90 90
Evaporação Total (mm)
Umidade Relativa do Ar (%)

85 85

80 80

75 75

70 70

65 65

60 60
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
meses

Fonte: INMET - Estação Climatológica de Ouro Preto (período 1961-1990).

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1Direção e velocidade dos ventos


Nessa região da encosta oriental da Serra do Espinhaço, os ventos predominantes durante o verão, de
acordo com a circulação geral da atmosfera, têm o sentido de NE para SW, e, durante o inverno, de SW
para NE (Cetec, 1983).

8.3.2. Geologia
8.3.2.1. Metodologia
Para a avaliação dos aspectos geológicos relativos às áreas de influência do projeto de Ampliação da
Pilha de Estéril de Crista foi feita uma análise prévia dos dados secundários e de estudos ambientais
anteriormente elaborados na região de inserção do empreendimento, devidamente referenciados ao
final deste relatório.

A base cartográfica utilizadas foi o mapa geológico confeccionado pela empresa de consultoria BVP
Engenharia, no âmbito dos “Estudos Hidrogeológicos para a Mina Córrego do Sítio I – Regime
Transitório”, elaborado em março de 2009 à época do licenciamento ambiental do Projeto Sulfetados
da Mina Córrego do Sítio I.

Nos dias 07 e 08 de maio foi realizada uma atividade de campo na área para o reconhecimento das
unidades geológicas que ocorrem no âmbito das AII/AID e ADA. Através dessa atividade in loco foi
possível caracterizar os principais litotipos, as estruturas, além dos principais focos de instabilidade
geotécnica.

O presente diagnóstico apresenta a consolidação desses dados primários e secundários, visando


avaliar ambientalmente a área de intervenção, ponderando os impactos ambientais causados pela
implantação, operação e desativação do projeto em questão.

8.3.2.2. Geologia regional


A Mina Córrego do Sítio I, situa-se na porção nordeste da província metalogenética do Quadrilátero
Ferrífero, que abriga, dentre outros, grandes depósitos auríferos e ferríferos.

O Quadrilátero Ferrífero está posicionado no extremo sudeste do Cráton do São Francisco e sua
estratigrafia engloba três unidades principais: os terrenos gnáissicos-migmatíticos arqueanos, uma
sequência metavulcanossedimentar do tipo greenstone belt, também arqueana, denominada
Supergrupo Rio das Velhas e sequências metassedimentares supracrustais de idade
paleoproterozoica, definida como Supergrupo Minas. O arranjo grosseiramente quadrangular é
definido por megassinclinais e anticlinais invertidos, preenchidos pelas rochas do Supergrupo Minas e
do greenstone belt Rio das Velhas, separadas por domos graníticos metamorfisados, conforme
indicado na Figura 8.3.6, a seguir.

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FIGURA 8.3.6– MAPA GEOLÓGICO SIMPLIFICADO DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO E A LOCALIZAÇÃO DA MINA


CÓRREGO DO SÍTIO I

EMPREENDIMENTO

HSC ANC
SGR

SMD SSR
ANC – Anticlinal Conceição

SGR – Sinclinal Gandarela

SMD – Sinclinal Moeda


SDB
SSR – Sinclinal Santa Rita

HSC – Homoclinal da Serra do Curral

SDB – Sinclinal Dom Bosco

Fonte: Morais et al, 2004.

O embasamento é constituído por gnaisses polideformados tonalíticos-trondjemíticos e graníticos e,


subordinadamente, por gnaisses migmatíticos com intrusões máficas a ultramáficas, denominado na
região do empreendimento de Complexo Santa Bárbara.

O Supergrupo Rio das Velhas (Dorr, 1969) constitui uma sequência metavulcanossedimentar do tipo
greenstone belt (Almeida, 1976; Schorscher, 1978; in Noce et al., 1998) formada por rochas vulcânicas
máficas e ultramáficas komatiíticas e toleíticas, formações ferríferas bandadas do tipo Algoma, xistos e
filitos metavulcanoclásticos e metassedimentos clásticos terrígenos metamorfisados no fácies xisto-
verde a anfibolito.

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O Supergrupo Minas caracteriza-se como uma sequência supracrustal metassedimentar química e


clástica, constituído da base para o topo pelos grupos Caraça (Formação Moeda – quartzitos e filitos, e
Formação Batatal – predominantemente filitos); Itabira (Formação Itabira – itabiritos, dolomitos, e
Formação Gandarela – dolomitos e filitos ferruginosos); e Piracicaba (representado na região de
estudo pelos filitos ferruginosos, quartzitos e filitos da Formação Cercadinho).

Essas grandes unidades podem estar recobertas por camadas detrito-aluviais, depósitos lateríticos,
depósitos coluviais e cangas, de idades quaternárias.

A área de estudo está contextualizada no anticlinal Conceição (Dorr, 1969), localizado na porção
nordeste do Quadrilátero Ferrífero. O Anticlinal Conceição é uma estrutura antiformal invertida, de
eixo NE-SW e caimento para SE, situada entre o Sinclinal Gandarela e o Maciço do Caraça. Abrange
rochas do Supergrupo Rio das Velhas (Arqueano) e Formações Superficiais Continentais (Terciário-
Quaternário), conforme mostra a Figura 8.3.7.

FIGURA 8.3.7- MAPA GEOLÓGICO DA REGIÃO NORDESTE DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO, COM INDICAÇÃO DA
ÁREA DE INSERÇÃO DA MINA CÓRREGO DO SÍTIO I.

Área do empreendimento

Fonte: Alkmim ;Marshak, 1998 (adaptado).

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Como citado anteriormente, o Supergrupo Rio das Velhas (Dorr, 1969) constitui uma sequência
metavulcanossedimentar do tipo greenstone belt (Almeida, 1976; Schorscher, 1978; in Noce et al., 1998)
formada por rochas vulcânicas máficas e ultramáficas komatiíticas e toleíticas, formações ferríferas
bandadas do tipo Algoma, xistos e filitos metavulcanoclásticos e metassedimentos clásticos terrígenos
metamorfisados no fácies xisto-verde a anfibolito submetidas a uma evolução tectônica policíclica,
separada em três eventos de deformação (Rio das Velhas, Transamazônico e Brasiliano), sendo o mais
antigo de 2,7Ga (MME, 2005). É subdividido em grupos Quebra Osso, Nova Lima e Maquiné, sendo o
Grupo Nova Lima o único com ocorrência na área de estudo. Os litotipos do Grupo Nova Lima estão
cobertos, em parte, por camadas superficiais de natureza detrítica-aluvionar relacionadas à planície
aluvionar recente do Rio Conceição. Há ainda, ocorrências de depósitos aluviais mais antigos,
dispostos em vários níveis topográficos, coberturas de canga relacionadas a colúvios e solos lateríticos
residuais recobrindo topos das serras.

A Figura 8.3.8 a seguir apresenta a coluna estratigráfica do Quadrilátero Ferrífero, destacando-se as


unidades que ocorrem na área do projeto.

FIGURA 8.3.8 – COLUNA ESTRATIGRÁFICA DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO, COM INDICAÇÃO DAS UNIDADES
AFLORANTES NA REGIÃO DA PILHA DE ÉSTERIL DE CRISTA

Fonte: Alkimim; Marshak, 1998 (adaptado).

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Na área do empreendimento o Grupo Nova Lima é caracterizado pelo predomínio de


metassedimentos de origem clástica originalmente definidos por Dorr et al. (1957), caracterizados por
uma sucessão de micaxistos, com lentes de metagrauvacas, quartzitos, metaconglomerados, xistos e
filitos grafitosos e leitos subordinados de formações ferríferas e metacherts.

1Geologia Estrutural Regional


Como pode ser observado no mapa geológico apresentado anteriormente, o Quadrilátero Ferrífero
tem geometria definida por megadobras sinformes e antiformes truncadas por cinturões de falhas de
empurrão norte-sul em sua parte oriental. O homoclinal da Serra do Curral e os sinclinais Dom Bosco,
Santa Rita e Moeda marcam, respectivamente, os limites norte, sul, leste e oeste dessa província
metalogenética (MME, 2005).

A evolução tectonogeológica do Quadrilátero Ferrífero ocorreu durante os éons Arqueano e


Proterozóico e são reconhecidos três eventos deformacionais para as sequências arqueanas e
coberturas proterozóicas da região: Rio das Velhas, Transamazônico e Brasiliano.

O Evento Rio das Velhas, de idade arqueana, é bem observado no setor meridional do Quadrilátero
Ferrífero, ao norte da cidade de Itabirito. É representado por duas deformações (D1 e D2). A mais antiga
afeta o embasamento granito-gnáissico, o Grupo Nova Lima e parte do Grupo Maquiné, unidades
pertencentes ao Supergrupo Rio das Velhas. A segunda deformação está associada aos eventos
mineralizantes desse supergrupo. Ambas as deformação são pretéritas à deposição dos sedimentos
do Supergrupo Minas.

Ao Evento Transamazônico relacionam-se duas deformações. A primeira (D3), caracteriza-se pelo


desenvolvimento na região de um orógeno contracional paleoproterozoico com transporte de SE
para NW e é mais bem observada na porção norte do Quadrilátero Ferrífero, ao longo da Serra do
Curral. Seguindo-se a essa deformação, tem-se uma deformação D4 caracterizada por um colapso
orogênico, de caráter extensional e abrangência regional, no qual ocorreu o posicionamento de
domos granito-gnáissicos, bem representado ao redor do Complexo Bação.

O Evento Brasiliano é mais notável no interior do Quadrilátero Ferrífero, dominando seu setor oriental.
É marcado pela deformação D5, representada por uma foliação de direções NW, NS e NE, com
mergulhos medianos para E.

8.3.2.3. Geologia da AII e AID


Tendo em vista que a AID está contida na AII, conforme descrito no item 7, onde estão descritas as
Áreas de Influência, o diagnóstico ambiental referente aos aspectos geológicos, apresentado a seguir,
é único para as duas unidades espaciais de análise.

A definição do contexto estratigráfico e estrutural teve como base cartográfica o mapa geológico, em
escala original 1:30.000, elaborado pela empresa BVP Engenharia, no âmbito dos “Estudos
Hidrogeológicos para a Mina Córrego do Sítio I – Regime Transitório”, elaborado em março de 2009 à
época do licenciamento ambiental do Projeto Sulfetados da Mina Córrego do Sítio I .

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O “Texto Explicativo do Projeto Rio das Velhas”, elaborado pelo Departamento Nacional de Produção
Mineral/DNPM em parceria com o Serviço Geológico do Brasil/CPRM, no âmbito do Programa de
Estudos de Distritos Mineiros do Ministério de Minas e Energia (MME, 1996) e os “Estudos de Meio
Físico – Texto Explicativo: Geologia”, elaborados no âmbito do Projeto APA Sul RMBH, desenvolvido
pelo Serviço Geológico do Brasil/CPRM em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais - SEMAD (MME, 2005) foram utilizados como fonte de
dados secundários, subsidiando este relatório.

As Áreas de Influência Indireta (AII) e Direta (AID) da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista estão
inseridas no flanco sudeste do anticlinal Conceição, em uma área de domínio do Supergrupo Rio das
Velhas, mais especificamente no Grupo Nova Lima, contemplando a Unidade Córrego do Sítio, que
abrange grande parte das AI/AIDI, onde se destacam filitos, formações ferríferas bandadas, veios de
quartzo e diques metabásicos de composição intermediária de idade incerta cortando a foliação
principal, além de depósitos aluviais recentes relacioanados ao rio Conceição e paleoterraços aluviais,
dipostos em níveis mais elevados (na porção noroeste da AII e AID.

1Unidade Córrego do Sítio


A Mina Córrego do Sítio II (CdSI), localizada em Santa Bárbara é a área-tipo da Unidade Córrego do
Sítio sendo responsável pela denominação da mesma. É uma das unidades mais amplamente
distribuídas no Quadrilátero Ferrífero e se caracteriza pelo predomínio de metapelitos bandados com
lentes subordinadas de metapsamitos, intercalados com níveis delgados de filitos carbonosos e
Formações Ferríferas Bandadas.

Os litotipos principais são carbonato-clorita-quartzo-serita xisto, plagioclásio-sericita-clorita-quartzo


xisto e grafita xisto, com formação ferrífera bandada e níveis de quartzito ferruginos, que resultam do
processo de metamorfismo de grauvacas, quartzwackes, arenitos e pelitos na fácies xisto-verde,
conforme apresentado no Mapa Geológico.

As bandas de espessuras centimétricas a decimétricas exibidas pelos metapelitos caracterizam ciclos


deposicionais granodecrescentes em sequências rítmicas de até 11 m. A presença de níveis delgados
e de espessuras variáveis de xistos carbonosos intercalados à sequência é constante. Estruturas
primárias como acamamento gradacional e estratificação plano-paralela ocorrem preservadas.

Faixas de alteração hidrotermal estão localizadas nas interfaces entre um ciclo deposicional e outro,
sendo caracterizadas por zonas de silicificação, carbonatação e sulfetação.A Unidade Córrego do Sítio
apresenta estreita associação com as unidades Mindá e Santa Quitéria, exibindo contato com ambas
do tipo transicional.

1Diques básicos de composição carbonática


Os diques metabásicos ocorrem em enxame na sequência metassedimentar clástica da Unidade
Córrego do Sítio (filitos e quartzo-xistos) e servem como guia prospectivos dos corpos mineralizados a
ouro. Possuem orientação NNE-SSW e mergulho para SE, em geral subparalelos à sequência do
Supergrupo Rio das Velhas. Alguns têm direções variadas, localmente transversais. Essas rochas foram
consideradas barreiras hidrogeológicas (traps) do maciço rochoso (AngloGold, 2007) e são
encontradas, conforme observado no Desenho – 05 Aspectos Geológicos da AII e AID .

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1Formações Superficiais Continentais Cenozóicas


Os paleoterraços aluviais mais representativos estão associados ao rio Conceição, limite NW das
AII/AID. Representam sedimentos terciários e quaternários e ocorrem em vários níveis altimétricos. Os
depósitos mais elevados, situados em até 100m do nível de base local, são constituídos de seixos,
calhaus e matacões bem arredondados de quartzo de veio predominantemente, enquanto os de nível
mais inferior, dispostos entre 30 e 40 metros abaixo dos primeiros, são compostos por calhaus de
hematita compacta muito arredondados (MME, 2005).

O depósito aluvial recente mais representativo é a planície aluvionar do rio Conceição, que limita as
AII/AID a noroeste. Os sedimentos que compõem a aluvião apresentam variações granulométricas,
tais como argila, silte, areia e cascalho e sua composição reflete a geologia regional e competência dos
materiais transportados – quartzo, itabiritos, hematitas são os principiais componentes.

8.3.2.4. Geologia da ADA


Para a caracterização da ADA do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista foi realizada uma
visita de campo nos dias 07 e 08 de maio de 2013, na qual foi possível averiguar os litotipos
ocorrentes, bem como suas feições estruturais e interrelações. O mapa geológico elaborado pela
empresa BVP Engenharia para os “Estudos Hidrogeológicos para a Mina Córrego do Sítio I – Regime
Transitório”, elaborado em março de 2009 subsidiou o presente diagnóstico.

O arcabouço litológico da Pilha de Crista pertence à Unidade Córrego do Sítio. Os litotipos observados
na área foram carbonato-sericita xisto e clorita-carbonato-quartzo xisto, ambos alterados, contendo
porções amareladas a acinzentadas.

Ao sopé dos taludes forma-se leques aluviais, dada a alta inclinação dos ângulos de mergulho das
camadas e ao desconfinadmento da foliação.

8.3.3. Hidrogeologia
8.3.3.1. Metodologia
Neste item são apresentadas as principais características hidrogeológicas da área do projeto de
Ampliação da Pilha de Estéril de Crista e seu dique de contenção de finos.

Os dados aqui apresentados foram obtidos nos Estudos Hidrogeológicos para a Mina Córrego do Sítio
– Regime Transitório (BVP Engenharia, 2009), elaborado à época da realização do Estudo de Impacto
Ambiental para o licenciamento ambiental do Projeto Sulfetado (Sete, 2009). Esses estudos
contemplaram modelagens hidrogeológicas conceituais e numéricas na região da Mina CDS I e em
seu entorno, em regime transitório, e a calibração deste modelo em regime permanente, visando à
avaliação de interferências relacionadas ao rebaixamento do nível d’água subterrâneo, pretendido
naquele licenciamento (Sete, 2009). Foram também utilizados os Estudos de Meio Físico – Volume 8:
Hidrogeologia, do Projeto APA Sul RMBH, elaborado pela Companhia de Pesquisas de Recursos
Minerais (CPRM), vinculada ao Ministério das Minas e Energias (MME; CPRM, 2005).

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8.3.3.2. Hidrogeologia regional


Conforme apresentado no item 8.3.2 - Geologia, o arcabouço geológico da áreade inserção do
empreendimento compreende rochas de sequência metavulcanossedimentar de idade arqueana, do
tipo greenstone belt, definidas como unidade Córrego do Sítio, pertencente ao Grupo Nova Lima,
Supergrupo Rio das Velhas, interceptadas por diques de rochas metabásicas. As litologias
predominantes da Unidade Córrego do Sítio são xistos cloríticos, localmente quartzosos ou sericíticos
e com níveis carbonosos, quartzo-clorita-sericita xistos grauvaquianos e clorita-sericita-quartzo xistos,
que comumente apresentam estruturas primárias de laminação preservadas, com mergulhos em
torno de 55º a 60º para SE e cortadas por zonas de cisalhamento de direção NE-SW, e mergulho
subverticais para SE. Diques de rochas metabásicas, posicionados paralela ou obliquamente à foliação,
interceptam o maciço em sua zona mineralizada.

De acordo com os estudos hidrogeológicos da BVP Engenharia (2009) os diques metabásicos se


alteram mais facilmente que as rochas encaixantes, conduzindo o intemperismo às zonas mais
profundas do maciço rochoso, principalmente ao longo das zonas de contato com os
metassedimentos (filitos e xistos). Como a permeabilidade da rocha metabásica é muito baixa, a
presença desses diques caracteriza barreiras hidráulicas para fluxos transversais às suas direções e as
zonas de percolação preferencial ocorrem na direção paralela aos diques, onde existem zonas
decompostas de permeabilidade moderada a alta. A rede de diques metabásicos isola porções do
maciço filítico, que armazena volumes não muito elevados de água, que somente aflora quando em
superfície quando há alguma descontinuidade.

A designação “Sistema Aquífero”, adotada pelo Projeto APA Sul RMBH (MME/CPRM, 2005), define um
conjunto formado por uma ou mais unidades litoestratigráficas que apresentam condutividade
hidráulica, características hidrodinâmicas, condições de recarga, circulação e descarga e de qualidade
das águas relativamente semelhantes.

O projeto em questão está inserido no chamado Sistema Aquífero Xistoso, constituído por aquíferos
descontínuos do tipo fissural em fraturas, diáclases, juntas e falhas, livres a confinados pelos níveis de
mais baixa permeabilidade. São aquíferos fortemente anisotrópicos e heterogêneos, com porosidade
e permeabilidade secundárias, resultante de esforços tectônicos (zonas de cisalhamento).

Os níveis piezométricos neste sistema aquífero são rasos, com medianas de 12,7m, em geral, como
consequência da estruturação morfológica dos litotipos, que costumam ocupar as áreas deprimidas
do relevo, cercadas por elevações e que sustentam os níveis de base do escoamento subterrâneo,
como o rio Conceição (MME; CPRM, 2005).

A recarga principal no mesmo ocorre pela infiltração direta das águas pluviais nos horizontes silto-
arenosos resultantes do intemperismo e conectados às fraturas dos níveis mais quartzosos. Pode
ocorrer, também, a infiltração de águas fluviais em trechos de cursos d’água onde os níveis quartzosos
são interceptados pela drenagem. E também pode ocorrer aporte de água proveniente de sistemas
aquíferos com os quais estão conectados através de contato gradacional, tais como o sistema aquífero
Quartzítico e a Formação Ferrífera.

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A circulação de água subterrânea no Sistema Aquífero Xistoso ocorre segundo as direções principais
de fraturas e direções dos acamamentos dos níveis quartzosos confinados por estratos de menor
permeabilidade. Os exutórios naturais (zonas de descarga) são as nascentes pontuais ou difusas que
ocorrem ao longo dos vales.

A capacidade de armazenamento é bastante variável, em geral baixa, mas suficiente para permitir a
explotação por captação subterrânea como galerias e poços tubulares com profundidades médias de
80 m, atendendo às pequenas demandas, como o abastecimento doméstico. A produtividade está
diretamente relacionada com a presença dos níveis mais quartzosos fraturados com condições de
recarga.

O rio Conceição (porção noroeste da AII/AID) e o córrego do Sítio, situado no limite sudeste da AII do
projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, funcionam como ponto de descarga de todos os
deflúvios superficiais e subterrâneos presentes na região, absorvendo as águas subterrâneas por
percolação e transformando os volumes coletados em escoamento de base.

8.3.3.3. Hidrogeologia da AII, AID e ADA


O transporte de águas subterrâneas num maciço rochoso pode ocorrer através de sua porosidade
primária, ou seja, presente na matriz da rocha, do solo saprolítico ou residual, o que, no contexto da
Mina Córrego do Sítio I, corresponde ao fluxo existente no interior do material filítico e xistoso, ou
através de sua porosidade secundária, que consiste no fluxo de água subterrânea que ocorre por meio
das descontinuidades presentes nessas rochas, correspondente nessa área ao fluxo concentrado nas
fraturas ou zonas de contato entre diques e metassedimentos (xistos e fillitos). A área de estudo
apresenta vários materiais em sua hidroestratigrafia de mesma composição geológica ou similar, e
que resultaram em materiais diferenciados em relação ao fluxo de água subterrânea devido às
diferenças de grau de alteração ou intemperismo.

Os principais dados referentes aos aspectos hidrogeológicos abordados no presente diagnóstico


sobre a área do empreendimento foram obtidos dos estudos da BVP Engenharia (2009).

1Hidroestratigrafia
2Zona Oxidada
O material da zona oxidada é composto por um solo maduro, extremamente intemperizado pelo
clima quente e úmido e presente em toda a AID e AII do projeto. Essa composição é da rocha mãe
(filitos, xistos e diques), apresentando-se, no entanto, tão intemperizada a ponto de não ser possível a
diferenciação entre materiais provenientes dos diques ou dos metassedimentos. O material da zona
oxidada apresenta consistência silto-argilosa e vários graus de consistência. Quando o nível d’água do
lençol freático é suficientemente alto, o fluxo de água subterrâneo é controlado pela porosidade
primária. Com base na textura desse material, pode-se inferir que sua condutividade hidráulica está
entre 10-5 e 10-3 cm/s.

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2Aluvião
O material aluvionar encontra-se depositado no leito do rio Conceição (AID/AII), sendo composto por
materiais transportados das zonas oxidadas e depositados pela ação dessa drenagem. Em 2001, foi
realizado um teste de bombeamento nesse material (Golder Associates, 2001, in BVP, 2009), não tendo
sido levantada a condutividade hidráulica deste material. Sendo assim, a BVP estimou a sua
condutividade hidráulica entre 10-3 e 10-2 cm/s.

2Zona de Transição
A zona de transição compreende um material (composto por filitos, xistos e diques metabásicos)
parcialmente intemperizado, localizado logo abaixo dos solos maduros ou laterizados da zona
oxidada. Apresenta resistência superior à dos materiais da zona oxidada e é caracterizado por rochas
semi-intemperizadas. A maior resistência desse material resulta em perda natural de condutividade
hidráulica, que pode variar entre 10-6 e 10-4 cm/s.

2Rochas Metassedimentares (filitos)


Essas rochas constituem a unidade hidroestratigráfica local predominante nas AII, AID e ADA do
projeto. Essa unidade é composta, basicamente, por filitos competentes, contendo cerca de 10% de
sulfetos em sua matriz rochosa. A condutividade hidráulica desse material é muito baixa, entre 10-7 e
10-6 cm/s, e somente pode ser aumentada por fatores estruturais (fraturas, falhas e zonas de contato
ou cisalhamento).

2Diques metabásicos
Os diques são compostos por rochas metabásicas que se apresentam subparalelos à foliação principal.
A porção mais externa dessas rochas apresenta-se, em geral, bastante intemperizada e úmida devido
à sua porosidade secundária mais elevada. A condutividade hidráulica dessa unidade
hidroestratigráfica está entre 10-6 e 10-5 cm/s, superior àquela apresentada pelos metassedimentos
(filitos) de entorno. O contato entre os diques e os filitos apresenta-se, no geral, muito alterado, sendo
que a condutividade hidráulica dessa estrutura é estimada entre 10-5 e 10-4 cm/s.

2Formação Ferrífera Bandada


Esta unidade constitui-se num litotipo peculiar em relação ao modelo hidrogeológico desenvolvido
(BVP, 2009). A formação ferrífera ocorre intercalada aos filitos da unidade dominante na AID/AII,
estando presente em faixas de direção NE-SW. Essa unidade apresenta condutividade hidráulica na
ordem de 10-6 cm/s, superior à verificada nos metassedimentos (filitos e metabásicas).

1Aspectos hidroestruturais
As zonas de contato alteradas e falhadas, entre diques e filitos, constituem a hidroestrutura mais
importante, caracterizando-se geometricamente como uma pequena faixa de materiais alterados com
poucos metros de largura, com condutividade hidráulica entre 10-5 e 10-4 cm/s, superior
àquelaverificada isoladamente nos diques e nos filitos. O fluxo d’água através de materiais alterados
presentes ao longo dos contatos entre diques e filitos é controlado por condutividades hidráulicas de
zonas alteradas, mesmo que esses materiais estejam conectados a zonas de recarga e/ou
armazenamento.

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8.3.3.4. Monitoramento hidrogeológico na área da Mina CDS I


O monitoramento do nível d’água subterrâneo na Mina CDS I iniciou-se em 2002 por meio da
implantação de 18 piezômetros e em 2011 essa rede contemplava 26 piezômetros, sendo as medições
realizadas com frequência mensal. O piezômetro instalado na área da pilha de Crista que monitora as
alterações na qualidade das águas subterrâneas está relacionado à cava Crista (PZ-7A). O Quadro 8.3.5,
a seguir, contempla os resultados do monitoramento do nível d’água subterrâneo na área da Mina
CDS I entre os anos de 2002 e 2012.

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QUADRO 8.3.5– RESULTADOS DO MONITORAMENTO (PIEZÔMETROS) NA MINA CDS I (2002-2012)

COORDENADAS UTM COTA PROFUNDIDADE DO NÍVEL D’ÁGUA


DESCRIÇÃO DO INICIAL
PZ
LOCAL N E (M) 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Cava Cachorro
PZ-1A 7.785.736 656.895 806,78 - 9,99 10,36 11,13 12,32 15,75 14,48 17,87 20,91
Bravo
PZ-2A Cava Cristina 7.786.398 655.569 742,57 - 3,30 3,39 3,49 3,46 3,45 3,73 3,60 3,68 3,39
PZ-3A Cava Cristina 7.786.126 656.042 836,68 - 38,76 38,86 38,75 39,37 39,91 40,10 39,06 39,18 39,19
PZ-4A Cava Cristina 7.785.969 656.028 813,25 - 14,39 14,54 14,54 14,56 15,11 15,13 14,11 13,87 14,21
PZ-7A Cava Crista 7.786.345 657.029 862,65 - - - - - 26,96 40,15 51,64 60,48 65,50
Cava Cachorro
PZ-8A 7.785.521 656.316 942,44 - - - - 57,74 59,98 62,69 62,26 61,38 60,95
Bravo
Cava Carvoaria
PZ-9A 7.786.293 657.626 833,45 - - - - - 51,15 51,93 49,78 50,50 51,82
Velha
Cava Cachorro
PZ-10A 7.785.826 656.781 859,06 - - - - - 103,44 115,89 118,75 124,99 127,92
Bravo
PZ-11A Cava Laranjeira 7.786.908 657.151 936,66 - - - - - 45,74 50,35 53,04 52,99 53,00
PZ-12A Cava Bocaina 7.787.916 658.871 790,67 - - - - - 33,08 30,73 29,49 29,28 30,17
Cavas Carvoaria e
PZ-13A1 7.787.548 658.152 845,84 - - - - - - - - - 53,04
Bocaina
PZ-14A Cava Bocaina 7.786.940 657.154 923,83 - - - - - - - seco seco seco
PZF-15A Acesso Barragem 7.786.834 657.884 908,85 - - - - - - - 76,33 77.48 80,05
PZG-16 Cava Bocaina 7.787.718 658.461 776,94 - - - - - - - - - 14,66
Fonte: AngloGold, 2011; BVP, 2009.

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Com base nesses resultados de monitoramento apresentados no Quadro 8.3.5, verifica-se no


piezômetro PZ-7A, um rebaixamento do nível da água de 26,96 m (em 2007) para 65,50 (em 2011),
conforme o previsto pelas operações de rebaixamento do nível d’água da mina subterrânea de CDS I.

Ressalta-se que este instrumento está distante da área de projeção da referida pilha e que a medição
apresentada data de 2011, podendo acarretar incertezas acerca da avaliação piezométrica projetada
para a área em questão.

8.3.4. Geomorfologia
8.3.4.1. Metodologia
A avaliação dos aspectos geomorfológicos regionais da área de estudo baseou-se no Projeto
RADAMBRASIL, Vol. 32 (MME, 1983) e em observações de campo, realizado nos dias 07 e 08 de maio
de 2013.

8.3.4.2. Geomorfologia regional


A área em questão está inserida no domínio morfoestrutural Remanescentes de Cadeias Dobradas,
que integra o resultado do modelamento geomorfológico das estruturas (dobras e falhas) originadas
ao longo de vários ciclos geotectônicos. As dobras são elaboradas em rochas proterozoicas e
arqueanas e ocorrem truncadas por antigas superfícies de aplainamento, apresentando-se total ou
parcialmente realçadas por processos erosivos, e evidenciando dessa forma, traços tectônicos, como
falhas, lineamentos ou traços de diversidade litológica.

O controle estrutural nesse domínio é verificado tanto pela presença de alinhamentos de cristas
cortados por vales profundos e orientados segundo a foliação e/ou xistosidade preferencial das
rochas, quanto por compartimentos planálticos sujeitos a sucessivos ciclos erosivos, com
remanescentes de dobras regionais impressos no relevo.

O domínio morfoestrutural Remanescente de Cadeias Dobradas engloba três blocos de relevos


planálticos correspondentes a subdomínios geomorfológicos, sendo que a área de estudo se insere
no subdomínio geomorfológico do Quadrilátero Ferrífero, assim caracterizado devido aos grandes
depósitos de minérios de ferro delimitados por cristas alinhadas em uma forma aproximada
quadrangular, conforme já mencionado.

O Quadrilátero Ferrífero corresponde a um conjunto de relevo dobrado e dissecado, rebaixado na


porção central, nas áreas de ocorrência do embasamento granito-gnáissico e dos xistos
máficos/ultramáficos e metassedimentos do Supergrupo Rio das Velhas, e mais elevado nas bordas
formadas por serras que se destacam pelas altitudes elevadas e compostas por unidades
metassedimentares do Supergrupo Minas. A geomorfologia do Quadrilátero Ferrífero apresenta um
forte controle litoestrutural, o que gera diferenças que resultam da variação da resistência de suas
litologias, originando um modelado de dissecação acentuado, altitudes variáveis e presença de serras
e cristas alinhadas (serras do Curral, do Caraça, Rola Moça, Ouro Branco e Moeda) cortadas por vales
dos principais rios (das Velhas, Piracicaba, Paraopeba etc.).

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FIGURA 8.3.9 – ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS REGIONAIS DA ÁREA DE AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL DE


CRISTA

O domínio geomorfológico do Quadrilátero Ferrífero é constituído pelas seguintes unidades


litoestratigráficas: rochas granito-gnáissicas metamorfisadas e cisalhadas, relacionadas ao
embasamento das rochas supracrustais (supergrupos Rio das Velhas, Minas e Espinhaço); xistos
máficos e ultramáficos, correspondentes ao Supergrupo Rio das Velhas, e filitos, quartzitos, quartzitos
ferruginosos, formações ferríferas bandadas, dolomitos e metaconglomerados, correspondentes aos
supergrupos Minas e Espinhaço. Ocorrem ainda no Quadrilátero Ferrífero depósitos sedimentares
cenozoicos (aluviões, depósitos coluvionares, canga, coberturas detrito-lateríticas) e rochas intrusivas
máficas (diques) de idade incerta.

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O relevo característico do Quadrilátero Ferrífero é subdividido em dois tipos: um relevo de cristas e


linhas de cumeadas que constituem modelados de dissecação diferencial e um relevo de colinas,
característico do embasamento cristalino, compondo modelados de dissecação homogênea,
dominantes na porção central do Quadrilátero Ferrífero. De modo geral, a relação entre a litologia e o
relevo no Quadrilátero Ferrífero pode ser assim descrita, segundo Varajão (1991, in Golder, 2002):
quartzitos e itabiritos mais resistentes permaneceram como cristas de altitudes mais elevadas e
contínuas; rochas granito-gnáissicas e migmatitos do embasamento, devido à menor resistência ao
intemperismo e à erosão, caracterizam relevos de altitudes pouco elevadas e com homogeneidade
das colinas que o formam; xistos e filitos ocupam uma posição intermediária e ocorrem, normalmente,
preenchendo sinclinais e anticlinais topograficamente invertidos.

A altitude média do Quadrilátero Ferrífero é da ordem de 1.000m em sua porção central, podendo
ocorrer elevações superiores a 1.900m nas serras que o delimitam. Na região onde está localizado a
Pilha de Crista e a Mina Córrego do Sítio I (CdSI), o relevo caracteriza-se por grandes desníveis, com
altitudes variando entre 720m a 2.070m. A feição regional de maior destaque corresponde ao Maciço
do Caraça (altitude máxima de 2.070m no Pico do Sol), e as menores altitudes são verificadas ao longo
da planície do rio Santa Bárbara, na porção nordeste, que são da ordem de 700m.

Os caracteres morfológicos são expressos, sobretudo, pela grande resistência à erosão dos itabiritos e
quartzitos, os quais constituem as maiores serras da região, contrastantes com os peneplanos
ondulados das áreas de xistos e filitos, onde a forma dos vales é bastante aberta.

A Figura 8.3.10 abaixo, apresenta de modo esquemático Anticlinal Conceição e das estruturas do
Quadrilátero Ferrífero.

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FIGURA 8.3.10 – BLOCO DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DAS ESTRUTURAS DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO E INSERÇÃO DO SINCLINAL CONCEIÇÃO

Fonte: Barbosa e Rodrigues (1967) in Silva (2007).

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8.3.4.3. Geomorfologia da AII, AID e ADA


A geomorfologia predominante na região do empreendimento é um relevo forte ondulado a
montanhoso com declividades, em geral, superiores a 20%, situando-se especificamente num
alinhamento de crista de direção NE-SW e elevação topográfica de aproximadamente 1.000m, que
constitui o interflúvio entre o rio Conceição e o córrego do Sítio. Esse alinhamento de crista constitui a
aba oeste de um sinclinal, cujo eixo corresponde ao vale do córrego do Sítio, afluente da margem
esquerda do ribeirão Caraça, este por sua vez é tributário da margem direita do rio Conceição,
conforme item 8.3.7 – Hidrografia.

Conforme apresentado no item 8.3.2 – Geologia, as unidades litológicas predominantes na área de


influência do empreendimento são xistos e filitos metassedimentares pertencentes ao Supergrupo Rio
das Velhas – Grupo Nova Lima e diques de diabásio encaixados naqueles litotipos. Localmente, as
estruturas constituem o elemento mais importante na conformação do relevo, em razão da relativa
uniformidade dessas litologias. Entretanto, apesar da pouca diferenciação litológica, ainda são
percebidos os efeitos da erosão diferencial na área, onde camadas finas e interestratificadas de
formação ferrífera laminada podem sustentar cristas isoladas nas vertentes.

O vale do córrego do Sítio tem seu fundo encaixado no eixo de um sinclinal, a leste do alinhamento de
crista NE-SW, onde se situa o empreendimento em estudo. As bordas do sinclinal correspondem às
linhas de crista situadas a leste e oeste do vale desse curso d’água, caracterizando um relevo
topograficamente invertido e sustentado pelas camadas de formação ferrífera. A foliação das
unidades litológicas presentes (xistos, filitos e formação ferrífera) apresenta direção preferencial NE-
SW e caimento para SE, tendo sido determinada pelo mergulho do sinclinal.

Descontinuidades geológicas que caracterizam lineamentos estruturais, tais como falhas e fraturas,
são verificadas na região de estudo (Mina Córrego do Sítio I) e também são, em grande parte,
responsáveis pela morfogênese local. Ressaltam-se como importantes processos morfogenéticos
atuantes nessa região a dissecação fluvial ao longo dos vales dos cursos d’água principais (rio
Conceição, córrego do Sítio e de seus tributários) e os movimentos de massa ao longo das suas
vertentes.

Em relação a morfodinâmica atual na AII e AID, verifica-se que o processo de dissecação fluvial
predomina em áreas onde a foliação/xistosidade das unidades litológicas encontra-se confinada. Os
cursos d’água instalaram-se por dissecação fluvial ao longo de descontinuidades geológicas,
caracterizando uma rede de drenagem com um padrão paralelo àquele desenvolvido pelo sistema de
falhas e fraturas regionais de direções preferenciais NE-SW e NW-SE. Os cursos d’água principais (rio
Conceição e córrego do Sítio) drenam a região segundo a direção NE-SW. O curso do córrego do Sítio
coincide com a direção de caimento do eixo da sinclinal (NE) e o curso do rio Conceição é paralelo a
este eixo. Os tributários diretos do córrego do Sítio que drenam a vertente voltada para sudeste da
linha de crista, onde se encontra a Mina Córrego do Sítio, são classificados como primários e
consequentes, pois escoam segundo a direção de mergulho das camadas (de caimento SE). Os
afluentes da margem direita do rio Conceição, que drenam a vertente voltada para noroeste da
referida linha de crista, escoam segundo a direção NW, paralelos a lineamentos estruturais (fraturas e
falhas).

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Quanto aos movimentos de massa e aos processos erosivos, eles predominam nas áreas onde a
foliação/xistosidade está voltada para o talude natural das encostas (não confinada), favorecendo a
ocorrência de rupturas e deslizamentos. Observa-se, ainda, uma relação direta entre os processos
erosivos e/ou movimentos de massa com as intervenções antrópicas existentes na área, sendo que
são observados esses processos em alguns taludes de corte em estradas internas e estradas de acesso
à mina ainda não revegetados.

A região que abrange as áreas de influência direta e indireta (AID e AII) do Projeto Pilha de Crista pode
ser dividida em duas porções principais, diferenciadas com relação às suas características
morfogenéticas, sendo uma correspondente à vertente da crista NE-SW voltada para noroeste e a
outra voltada para sudeste, como está descrito a seguir. A linha de crista referenciada e divisora das
referidas vertentes situa-se na porção central da AID e AII, sendo assim considerada como forma de
entendimento e visualização espacial.

1Vertente noroeste
Na vertente principal NW da linha de crista NE-SW, drenada pelos afluentes diretos do rio Conceição
(córregos Cristina e Crista) e é onde está localizada a Pilha de Estéril de Crista e o dique de contenção
de finos. O mergulho da foliação/xistosidade das rochas para SE confere à vertente noroeste um
caráter de foliação confinada, favorecendo a estabilidade de taludes de corte (em acessos, taludes das
cavas desativadas etc) e em taludes naturais da encosta. Nessa vertente, as direções de fraturamento
NE-SW e NW-SE destacam-se, pois constituem as direções preferenciais de percolação de água, de
dissecação fluvial e, portanto, da instalação de drenagens.

Nos vales do córrego Cristina e de Crista, as fraturas de direções NE-SW e NW-SE se interceptam
perpendicularmente, favorecendo a formação dos respectivos vales, que são representados por
anfiteatros circulares e com concavidade voltada para noroeste. Nessa vertente são pouco frequentes
movimentos de massa (rupturas e deslizamentos), podendo ocorrer, pontualmente, em taludes de
corte de acessos internos, rupturas planares de pequenas dimensões ao longo de intercessões de
fraturas NE-SW e NW-SE.

Conforme apresentado anteriormente, a rede de drenagem da vertente noroeste (dentro dos limites
das AII e AID) é constituída basicamente pelos córregos Cristina e Crista. O relevo da vertente
caracteriza-se como de morros dissecados, apresentando amplitude de relevo da ordem de 280m,
comprimento dos talvegues de drenagens em torno de 1.000m (em projeção horizontal), gradiente
médio da encosta da ordem de 28% e altitude máxima do interflúvio de 1.023m. A altitude média dos
pontos de confluência das drenagens da vertente noroeste com o rio Conceição é de
aproximadamente 743m.

1Vertente sudeste
Na vertente SE da linha de crista NE-SW se desenvolveram as cavas Grota Funda, Rosalino, Lajeado,
Mutuca (desativadas e reabilitadas ou em reabilitação), Cachorro Bravo (não reabilitada) e as cavas
Carvoaria Velha e Bocaina (em operação) que, embora localizada nessa vertente, tem a sua drenagem
desaguada no córrego Bocaina, que também é afluente direto do rio Conceição e localizado na
vertente oposta (NW).

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Nessa vertente sudeste se desenvolveram também as pilhas de estéril Grota Funda, Lajeado, Cachorro
Bravo, Carvoaria Velha (em operação) e Bocaina (em operação para disposição de estéril da cava
Bocaina).

A rede de drenagem da vertente SE (dentro dos limites das AII e AID) é formada principalmente pelo
córrego do Sítio, que escoa na direção NE-SW, segundo o caimento do eixo do sinclinal conformado
neste local. Os demais cursos d’água inseridos nessas áreas são afluentes diretos do córrego do Sítio
(córregos Mutuca, Cachorro Bravo, Laranjeiras). Os cursos d’água formam ravinas nos trechos mais
íngremes (desenvolvidas por erosão pluvial) e nos trechos mais baixos da vertente, onde confluem
com o córrego do Sítio. Nos trechos finais, os vales desses cursos d’água são incipientes,
predominando encostas retilíneas a côncavas.

Na vertente sudeste, predominam os movimentos de massa decorrentes da percolação superficial e


subsuperficial de água pluvial sobre as encostas, associada ao desconfinamento da
foliação/xistosidade das unidades geológicas (metassedimentos) que apresentam mergulhos voltados
para SE. Os deslizamentos e as rupturas são verificados em encostas mais íngremes, até mesmo onde
as superfícies estão recobertas por vegetação.

Esta vertente também apresenta um relevo de morros dissecados com amplitude média da ordem de
268m, altitude máxima do interflúvio de 1.023m e altitude dos pontos de confluências das drenagens
com o curso d’água principal da vertente (córrego do Sítio) em torno de 755m, gradiente médio dos
vales de drenagem de 36%, comprimento do talvegue das drenagens em média de 750m (em
projeção horizontal). Esses dados quando comparados com os da vertente noroeste condizem com
um desenvolvimento menor da rede de drenagem instalada, predominando os movimentos de massa
nas encostas sobre a dissecação fluvial dos vales.

8.3.5. Solos, Aptidão Agrícola e Suscetibilidade Erosiva


8.3.5.1. Metodologia
Para a realização do Estudo dos Solos, foram realizadas incursões a campo nos dias 07 e 08 de maio
para confirmar o as informações obtidas na bibliografia inerente à pedologia local. Nessa bibliografia,
a principal referência utilizada foi o levantamento pedológico realizado pelo CPRM – Serviço
Geológico do Brasil em parceria com a Embrapa Solos. Este levantamento, por sua vez, foi elaborado
considerando os limites da APA Sul RMBH e dispõe de nível de reconhecimento de alta intensidade,
1:50.000, e descreve os critérios utilizados para distinção e classificação dos solos estabelecidos pela
Embrapa (Shinzato, E.; Carvalho Filho, 2005). Como a área em estudo encontra-se no limite da APA Sul,
também foram utilizadas informações do Levantamento Semidetalhado de Solos de Minas Gerais,
elaborado pela UFV, UFLA, CETEC e FEAM, no ano de 2010. Este mapeamento possui uma escala de
1:600.000.

A avaliação da Aptidão Agrícola foi realizada por meio de uma análise integrada de dados já
levantados na AII, AID e a ADA, como os atributos pedológicos, geomorfológicos, climáticos, e outras
características que possuem indicadores que possam interferir na produção agrícola. Essa análise
considerou a metodologia proposta no Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras,

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conforme preconizado por Ramalho Filho et al. (1983) e o Mapeamento de solos e aptidão agrícola
das terras do Estado de Minas Gerais (Amaral et al, 2004).

A metodologia utilizada para caracterizar a suscetibilidade erosiva da área em estudo, que inclui a
AID/AII e a ADA, foi adaptada de Borges (2009) e abrangeu basicamente quatro etapas:

 Realização de trabalho de campo, visando obter dados da área por meio de observações in loco

 Geração da base dados, incluindo o modelo digital de elevação do terreno, elaborado a partir das
curvas de nível presentes nas cartas topográficas do IBGE (escala 1:250.000), ou outra fonte.

 Sobreposição com os mapas temáticos da área;

 Elaboração do mapa de suscetibilidade erosiva.

Para este estudo, foram feitos os cruzamentos dos layers em ambiente ArcGis, através do método de
análise de multicritério denominado weighted overlay, como mostrado na Figura 8.3.11 a seguir.

FIGURA 8.3.11 - ANÁLISE DE MULTICRITÉRIO PARA ELABORAÇÃO DE MAPA DE SUSCETIBILIDADE EROSIVA -


WEIGHTED OVERLAY

Essa análise de multicritério trata-se de uma técnica de sobreposição de imagens que possuem uma
escala comum de valores para temas diversos e distintos, com a finalidade de criar uma análise
integrada.

Nesse sentido, a análise de multicritério permite levar todos estes temas em consideração, por
intermédio da reclassificação dos valores dos arquivos utilizados para uma escala comum de
disponibilidade ou preferência, risco ou similaridade.

Para elaboração do mapa de suscetibilidade erosiva foram utilizados cinco critérios (registro de
campo, formas de relevo, solos, declividade e uso dos solos). As informações destes temas foram
hierarquizadas em diferentes fatores de peso, conforme apresentado no Quadro 8.3.6 a seguir.

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QUADRO 8.3.6 - QUADRO DE ANÁLISE DE PESOS

CARACTERÍSTICA DE VALOR ATRIBUÍDO


INDICADOR
FRAGILIDADE (FATOR)
Declividade (Peso 0,5)
0-3% Desprezível 0
3-8% Muito Baixa 1
8-20% Baixa 2
20-45% Média 3
45-75% Alta 4
>75% Muito Alta 5
Pedologia (0,3)
RUbd Muito Baixa 1
LVd 1 Baixa 2
LVd4 Média 3
CXBd 14 Alta 4
CXbd 9 Muito Alta 5
Vegetação/Uso do solo (0,1)
Formação Florestal Muito Baixa 1
Pastagem Média 3
Solo Exposto Muito Alta 5
Forma de relevo (0,1)
Divergente / Convexa Muito Baixa 1
Planar / Convexa; Divergente Retilínea Baixa 2
Convergente / Convexa; Divergente Côncava Baixa 3
Planar / Retilínea Média 4
Convergente / Retilínea; Planar Côncava Alta 6
Convergente / Côncava Muito Alta 9
Fonte: Modificado de Silva (2009).

Cada critério definido anteriormente foi reclassificado de acordo com a atribuição de valores,
distribuídos pelos cinco níveis, que variam conforme a variação do grau de suscetibilidade à erosão,
como mostrado no Quadro 8.3.7.

QUADRO 8.3.7 - ESCALA NUMÉRICA ADOTADA RELATIVA DE AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE EROSIVA.

GRAU DE
DEFINIÇÃO
IMPORTÂNCIA
Muito Baixa suscetibilidade - os fatores contribuintes são muito pouco favoráveis para a
1
suscetibilidade erosiva.
Baixa suscetibilidade - os fatores contribuintes são pouco favoráveis para a suscetibilidade
2
erosiva.
Média suscetibilidade - os fatores contribuintes são moderadamente favoráveis para a
3
suscetibilidade erosiva.
4 Alta suscetibilidade - os fatores contribuintes são muito favoráveis à erosão.
5 Muita Alta suscetibilidade - os fatores contribuintes são altamente favoráveis à erosão.

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8.3.5.2. Pedologia
1Pedologia regional e da AII
Os solos descritos para a região do empreendimento e observados na AII são apresentados a seguir.

2 Cambissolos
Esta ordem de solos compreende solos minerais não hidromórficos que apresentam horizonte B
incipiente, subjacente a horizonte A de qualquer tipo ou a horizonte hístico com menos de 40 cm de
espessura. Distinguem-se pelo baixo grau de desenvolvimento pedogenético, o que, em geral,
condiciona uma forte influência dos materiais de origem sobre as características dos solos. São
diferenciados, em terceiro nível categórico, em função do teor de ferro, saturação de bases e atividade
da argila e profundidade efetiva do solo.

É a ordem de solos de maior ocorrência na região da Mina do Sítio e ao nordeste da APA Sul, sendo
encontrada praticamente em todos os domínios. Está associada a todas outras classes de solos que
foram mapeadas nessa região.

A subordem de Cambissolos presentes na região trata-se do Cambissolos Háplico, que compreende


solos minerais, não hidromórficos, com o horizonte Bi subjacente a horizonte A de qualquer tipo,
exceto A húmico ou horizonte hístico. Em função do seu desenvolvimento ainda incipiente, as
características desses solos, são em geral, bastante influenciadas pelo material originário. O relevo
predominante desses solos é o forte ondulado e montanhoso, ocorrendo também o ondulado. São
bastante erodíveis, principalmente por decorrência das suas características físicas intrínsecas, pouca
profundidade, baixa velocidade de infiltração, que somadas ao tipo de relevo facilitam uma
velocidade maior do escoamento superficial da água e consequentemente uma energia maior de
transporte de material sólido.

Ainda dentro da subordem descrita está o grupo dos Cambissolos Háplicos distróficos, que tem como
principal característica a baixa saturação por bases. Este grupo de diferencia em dois subgrupos,
sendo o primeiro o Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico, com grande representatividade regional e
presentes em relevos ondulados e forte ondulados e o Cambissolo Háplico Tb Distrófico flúvico,
presente em relevos planos nas proximidades da confluência entre o Ribeirão Caraça e o Rio da
Conceição, nas proximidades do distrito de Brumal.

A representação cartográfica destes subgrupos é apresentada a seguir:

 CXbd6 - CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura média ou média/média cascalhenta, A


moderado, fase endopedregosa e pedregosa, floresta tropical subperenifólia, relevo montanhoso.

 CXbd9 - CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura média ou média cascalhenta, fase não
pedregosa e pedregosa + LATOSSOLO VERMELHOAMARELO Distrófico típico ou câmbico, textura
argilosa ou argilosa pouco cascalhenta, ambos com A moderado, fase floresta tropical
subperenifólia, relevo forte ondulado e montanhoso (70-30%).

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 CXbd11 - CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura argilosa ou média, fase não pedregosa
e pedregosa, relevo forte ondulado e montanhoso + LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico ou
câmbico, textura argilosa, relevo forte ondulado e ondulado, ambos com A moderado, fase floresta
tropical subperenifólia (70-30%)

 CXbd14 - CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico flúvico, fase floresta tropical subperenifólia de várzea,
relevo plano e suave ondulado + ARGISSOLO VERMELHOAMARELO Distrófico câmbico, fase floresta
tropical subperenifólia, relevo suave ondulado e plano, ambos com textura argilosa, A moderado
(70-30%).

Na AII da Ampliação da Pilha de Estéril Crista, dentre as unidades de mapeamento dos Cambissolos
citadas, apenas duas são observadas. A primeira, e predominante, é o CXbd6, composta por
Cambissolos Háplicos Tb distróficos típicos, basicamente sem associações com outras tipologias de
solo. A segunda trata-se do CXbd11, que ocupa uma pequena porção nas proximidade das Vila
Campo Grande, pertencente ao município de Barão de Cocais.

Foto: Daniel Duarte


Foto: Daniel Duarte

FOTO 8.3.1 – Vista geral com ocorrência de FOTO 8.3.2 - Vista de corte em perfil em Cambissolo
Cambissolos CXbd6 presente na AII. Coordenadas: CXbd6 presente na AII. Coordenadas: 23K 657147/
23K 655840/7786163. 7787129.

2 Latossolos
Esta classe compreende solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B latossólico
imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte A. São solos em avançado estádio de
intemperização, muito evoluídos, resultante de enérgicas transformações no material constitutivo.

São normalmente muito profundos, com espessura do solum em geral superior a dois metros, de
elevada permeabilidade e comumente bem a acentuadamente drenados. Apresentam seqüência de
horizontes do tipo A, Bw, C, com reduzido incremento de argila em profundidade.

São solos com elevada porosidade e dada a relação direta da capacidade do solo de armazenar e
transmitir líquido com a geometria do sistema poroso, os Latossolos apresentam excelente
permeabilidade interna, excessiva ou muito rápida, garantindo a maior resistência aos processos
erosivos entre as classes de solos. Nos relevos mais suavizados podem ser classificados como de baixa
susceptibilidade a erosão.

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Diferenciam-se em segundo nível categórico em função de características de cor e, no nível


subseqüente, quanto à saturação por bases e teor de óxidos de ferro pelo ataque sulfúrico. Na área em
estudo foram identificados principalmente solos de cor vermelha com teores de ferro elevados ou
baixos, quase sempre com baixa saturação por bases.

A subordem de Latossolos presentes na região trata-se do Latossolo Vermelho Distrófico. Esta


subordem diferencia-se quanto à composição granulométrica, em solos de textura argilosa ou muito
argilosa, em que a influência do material de origem tem caráter preponderante. O grupo de
Latossolos presente nesta subordem é caracterizado pelo distrofismo, ou seja, possui baixa saturação
por bases. Neste grupo estão presentes duas unidades de mapeamento mostradas a seguir:

 LVd1 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura argilosa, A moderado, fase floresta tropical
subperenifólia, relevo suave ondulado. Localizado próximo da porção baixa do rio da Conceição.

 LVd4 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, ambos
com textura argilosa, A moderado, fase floresta tropical subperenifólia, relevo forte ondulado e
ondulado (80-20%). Localizado nos vales do Córrego Moinho de Olício e Ribeirão Caraça.

Na AII da Ampliação Pilha de Estéril Crista, ocorrem as duas unidades de mapeamento citadas. A
unidade LVd4 predomina, e é facilmente visualizada em associação aos Cambissolos. A unidade LVd1,
por sua vez, é menos presente, e encontra-se sob topografias mais suaves nas proximidades do
córrego Moinho de Olício.
Foto: Daniel Duarte

FOTO 8.3.3 – Associação de Latossolos e Cambissolos


na AII da Pilha de Crista. Coordenadas: 23K
657562/7786424.

2 Neossolos
Nesta classe estão compreendidos solos minerais pouco desenvolvidos, caracterizados pela ausência
de horizonte B diagnóstico. Na região em estudo são representados pelos Neossolos Flúvicos, em
alguns trechos do Rio da Conceição e na confluência deste com o Ribeirão Caraça.

Os Neossolos Flúvicos compreendem solos pouco evoluídos, não-hidromórficos, formados em


terraços de deposição aluvionar recente, referidos ao Quaternário, ou seja, as planícies aluvionares.
Caracterizam-se por apresentar estratificação de camadas, com textura desde arenosa até argilosa,
sem relação pedogenética entre si. Portanto, são solos que apresentam grande variabilidade espacial.
Possuem seqüência de horizontes A-C, eventualmente com evidências de gleização em subsuperfície,
sendo o horizonte A moderado.

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Uma das características mais marcantes dos Neossolos Flúvicos é a sua variação textural e de carbono
em profundidade. São solos profundos, de fertilidade natural média, sendo encontrados em relevo
plano. Essa variação textural em profundidade tem implicação direta sobre o fluxo vertical da água e,
conseqüentemente, sobre o estabelecimento de sistemas de drenagem. No entanto, como a
topografia destes solos é normalmente plana ou suavemente ondulada, apresentam limitação nula ou
apenas ligeira quanto à erodibilidade.

A proximidade dos rios e a pequena profundidade do lençol freático, que mesmo em solos bem
drenados, raramente está abaixo de 2 m, conferem a esses solos alta suscetibilidade a inundações.

A representação cartográfica do Neossolo é apresentada a seguir.

 RUbd - NEOSSOLO FLÚVICO Tb Distrófico típico, textura média ou média/argilosa, A moderado, fase
floresta tropical subperenifólia de várzea, relevo plano.

Na AII da Ampliação da Pilha de Estéril Crista, há apenas uma pequena ocorrência do Neossolo Flúvico,
nas proximidades da Barragem de finos do Córrego do Sítio, conforme mostrado na foto a seguir.

Foto: Sete Soluções

FOTO 8.3.4 – Vista da Barragem de finos Córrego do


Sítio, onde há presença de Neossolo Flúvico na AII
da Pilha de Crista. Coordenadas: 23K
657544/7785640.

1Pedologia da AID e da ADA


Uma vez inseridas na AII, a ADA e a AID da Pilha de Estéril Crista, também se encontram entre os vales
do Rio Conceição e do Córrego Moinho de Olício. Entretanto, em ambas as áreas observa-se apenas
duas ordens de solos, representada por três unidades de mapeamento, sendo, CXbd6, CXbd11 e
RUbd. Essa última ocorre apenas na AID.

A seguir a descrição das unidades de mapeamento da AID e ADA:

 CXbd6 - CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura média ou média/média cascalhenta, A


moderado, fase endopedregosa e pedregosa, floresta tropical subperenifólia, relevo montanhoso.

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 CXbd11 - CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura argilosa ou média, fase não pedregosa
e pedregosa, relevo forte ondulado e montanhoso + LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico ou
câmbico, textura argilosa, relevo forte ondulado e ondulado, ambos com A moderado, fase floresta
tropical subperenifólia (70-30%).

 RUbd - NEOSSOLO FLÚVICO Tb Distrófico típico, textura média ou média/argilosa, A moderado, fase
floresta tropical subperenifólia de várzea, relevo plano.

A seguir são mostrados alguns perfis de solo com presença dos Cambissolos citados. Frisa-se que na
ADA e na AID grande parte dos solos passou por alterações como escavações e depósitos, que
alteraram sua estrutura.

Foto: Daniel Duarte


Foto: Daniel Duarte

FOTO 8.3.5 – Cambissolos CXbd6 FOTO 8.3.6 - Cambissolo CXbd6 presente na


presente na AID. Coordenadas: 23K ADA. Coordenadas: 23K 657127/ 7786847.
657147/7787129.

Como mostrado anteriormente, a AII possui 3 ordens de solos divididos em 5 grupos, dentre os quais
se destaca o grupos dos Cambissolos Háplicos (87%), que ocupam as porções mais elevadas do relevo.
Estes cambissolos são ainda mais representativos na AID e na ADA, ocupando 97% e 100% das áreas,
respectivamente.

O grupo dos Latossolos Vermelhos ocorre apenas na AII e ocupa a segunda colocação em termos de
representatividade (12,5%).

Por fim, o Neossolo Flúvico ocupa 0,3% da AII. Entretanto, essa proporção em relação à AID é dez
vezes maior, uma vez que trata-se da mesma área de Neossolo em função de uma área menor. Em
ambos os casos esta tipologia de solo ocorre próxima a algum corpo hídrico.

A figura a seguir apresenta, graficamente, os resultados mostrados acima.

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FIGURA 8.3.12 - DISTRIBUIÇÃO DOS SOLOS NAS ÁREAS DE ESTUDO

A figura apresentada a seguir, mostra os limites de cada tipologia de solos presentes nas áreas
estudadas.

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FIGURA 8.3.13 - PEDOLOGIA DA PILHA DE ESTÉRIL DE DE CRISTA


PRODUÇÃO - Inserir figura em A4

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8.3.5.4. Aptidão Agrícola


Segundo o Mapeamento de solos e aptidão agrícola das terras do Estado de Minas Gerais (EMBRAPA,
2004), toda a área de estudo, incluindo AII, AID e ADA, encontra-se sob o domínio da Classe de
Aptidão Agrícola 5(sn), que indica terras pertencentes à classe de aptidão restrita para silvicultura e
para pastagem natural, apresentando ainda associação com terras de aptidão superior. Porém, este
mapeamento possui uma escala ampla (1:1.250.000) e, as vezes, incompatível com a realidade do
estudo. Desta forma, utilizando do referido mapeamento como norteador, foram realizadas
campanhas de campo que aferiram a presença das seguintes tipologias de Aptidão Agrícola:

1 Classe 4(p)

Esta classe compreende terras com aptidão restrita para pastagem plantada. Sua principal limitação
diz respeito à acentuada susceptibilidade erosiva verificada para os solos presentes em relevo forte
ondulado, característica a qual se acresce a baixa fertilidade natural.

Apesar de não indicada na simbologia do subgrupo, essas terras têm ainda como opção o uso com
silvicultura. Nessa categoria são enquadradas ainda áreas pouco expressivas de várzeas.

A ocorrência da Classe 4(p) restringe-se à 27% da AII, conforme mostrado na Figura 8.3.3, e ocorre em
áreas de Latossolos Vermelhos, com relevo que varia de suave ondulado a forte ondulado.

1 Classe 5(s)

Compreende terras com aptidão restrita para Silvicultura devido às fortes limitações que apresentam.
A susceptibilidade erosiva é o principal fator que condiciona a indicação para esse tipo de uso.
Referem-se principalmente a áreas de solos profundos, situados em relevo muito movimentado,
predominantemente montanhoso (declives superiores a 45%). Segundo a classificação da Embrapa
(2004), nas áreas de ocorrência desta classe, ainda há aptidão, ainda que restrita, para o uso de
pastagens nativas, porém, não se verificou áreas com pastagens nativas na região.

A classe 5(s) compreende áreas com presença de Cambissolos profundos com presença moderada de
cascalhos. Estão presente em mais da metade da AII, como mostrado na Figura 8.3.3, salvo ao sudeste,
onde predomina a classe 4(p). Na AID ocupa também mais da metade da área total, se concentrando
na porção leste e noroeste. Por fim, a classe 5(s) ocupa apenas 3% da ADA, e localiza-se em um
pequeno trecho da porção leste.

1 Classe 6

A classe 6 corresponde a terras que apresentam fortes limitações que inviabilizam o uso agrícola.
Neste caso, a limitação se refere, sobretudo, à elevada susceptibilidade à erosão, inferida pela pouca
espessura do horizonte B, condicionada principalmente pelo relevo montanhoso. Predominam solos
rasos, situados em áreas muito acidentadas, não raro associados a afloramentos rochosos. Em virtude
dessas condições, são mais indicadas para preservação do meio ambiente.

As áreas antropizadas pelo processo minerário (Pilhas, Barragens, Cavas) também são limitantes de
aptidão agrícola, por isso, áreas ocupadas por estas estruturas também foram classificadas como
terras sem aptidão.

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Na AII e na AID, a classe 6 ocorre na porção central onde há presença de atividades minerárias ou em
áreas com relevo escarpado e cambissolos com abundância de cascalhos e matacões.
Respectivamente essa classe ocupa 21% e 47% destas duas áreas.

Na ADA essa classe é predominante (97%), uma vez que, a área afetada pela ampliação da Pilha de
Estéril de Crista encontra-se em um local já alterado pelo processo minerário.

FIGURA 8.3.14: DISTRIBUIÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS DAS ÁREAS DE ESTUDO

A figura apresentada a seguir, mostra as divisões de Aptidão Agrícola dos solos nas áreas estudadas.

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FIGURA 8.3.15 - APTIDÃO AGRÍCOLA


PRODUÇÃO - Inserir figura em A4

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8.3.5.5. Suscetibilidade Erosiva


Como dito anteriormente, a avaliação considerou a influência de cinco indicadores físicos sobre a
suscetibilidade erosiva.

O primeiro destes indicadores foi o levantamento de dados em campo. Durante as incursões foram
realizadas observações sobre o status atual das áreas de estudo, pontos frágeis e feições erosivas
existentes. Este indicador possui caráter pontual, e, por este motivo não são atribuídos fatores
numéricos. Em outras palavras, em locais com incidência de feições erosivas ou pontos com alta
fragilidade, a classificação proposta na susceptibilidade já é considerada máxima.

Outro indicador utilizado neste estudo foi a forma do relevo, obtida por meio da análise da curvatura
vertical e da curvatura horizontal do terreno. As formas indicam, na maioria das vezes, o sentido do
fluxo hídrico, e por isso é um importante indicador no processo de análise da suscetibilidade erosiva.
FIGURA 8.3.16 - FORMAS DE RELEVO

Fonte: Valeriano, 2009.

Cada tipologia de solo, por sua vez, possui características físicas próprias que confere mais ou menos
estabilidade, como textura, estrutura, consistência, etc. No caso da área onde será executada a
ampliação da Pilha de Estéril de Crista, foi observado apenas um grupo, o Cambissolo Háplico, que
possui grande variação do ponto de vista geotécnico e é considerado muito susceptível em relevos
ondulados.

O indicador de declividade é um dos indicadores de maior importância no estudo de suscetibilidade,


visto que, é ele o responsável pela velocidade de escoamento superficial. Na área do projeto, o relevo
natural varia de 0 a 75 graus, com alguns pontos ainda mais declivosos, sendo, portanto, um aspecto
negativo, do ponto de vista conservacionista.

Por último, e também de grande importância no estudo de susceptibilidade erosiva, é o uso do solo.
Essa caracterização reflete a realidade de uso do solo e vegetação da área. Nessa variável, os locais
com cobertura vegetal nativa são menos susceptíveis ao surgimento de feições erosivas, ao contrário
dos solos expostos, mais susceptíveis.

A seguir, é mostrado o mapa de susceptibilidade, elaborado a partir dos indicadores mencionados.


Nota-se que é predominante a classe de Susceptibilidade Alta.

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FIGURA 8.3.17 - SUSCETIBILIDADE EROSIVA

PRODUÇÃO - Inserir figura em A3

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Na ADA, assim como na AID, a classe de suscetibilidade dominante é a Alta, como dito anteriormente.
Nessas duas áreas também podem ser visualizados alguns locais com suscetibilidade Muito Alta em
função da variável Uso dos Solos, que descreve estes locais como tendo solos expostos. Entretanto,
nem sempre estes solos expostos tratam-se de áreas de risco, podendo ser áreas de mineração e/ou
áreas em processo de recuperação.

Áreas classificadas como sendo de Média suscetibilidade erosiva estão associadas à vegetação nativa.
Possuem maior ocorrência na ADA, mais precisamente na área da futura barragem. Por fim, ocorrem
alguns locais com baixa e muito baixa susceptibilidade apenas em uma pequena região da AID. Essas
áreas estão associadas às variáveis topografia (plana e suave) e ao uso dos solos (vegetação nativa).

Embora a área da Pilha de Estéril de Crista se enquadre como sendo uma área com alta
suscetibilidade, durante as campanhas de campo realizadas não foram verificadas erosões na área.
Este fato reforça ainda mais a importância do fator “uso dos solos” na classificação. Entretanto, faz com
que a área não necessite de um monitoramento constante, mas sim de ações que evitem a formação
de processos erosivos, como a Recuperação das áreas degradadas.

8.3.6. Espeleologia
O levantamento e prospecção espeleológica foi elaborado pela Carste Consultores Associados. No
Anexo 05 se encontra o relatório de prospescção arqueológica na íntegra.

8.3.6.1. Metodologia
Inicialmente foi realizada uma pesquisa acerca dos aspectos fisiográficos da área de estudo, como a
geologia e geomorfologia. Também foi realizada a revisão bibliográfica sobre a Unidade
Espeleológica Quadrilátero Ferrífero, bem como a consulta ao banco de dados espeleológicos do
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas - CECAV.

Com o uso de técnicas de geoprocessamento, foi elaborado o mapa de potencial espeleológico da


área da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista. Com base na metodologia descrita por Jansen (2011),
foram definidas as classes de potencial espeleológico a partir da identificação de litologias favoráveis
à formação de cavidades naturais subterrâneas.

A prospecção em campo foi realizada entre os dias 27 e 30 de maio de 2013. A equipe de campo
realizou caminhamento sistemático balizado pela análise documental e cartográfica e registrado por
meio de GPS Map Garmin 62S, no sistema de coordenadas UTM, fuso 23K,

datum SAD 1969. Foram utilizadas duas equipes, composta por dois integrantes, sendo um
coordenador e um auxiliar de campo. Ao coordenador coube a orientação acerca dos procedimentos
e direção a ser seguida, além do manejo do GPS e descrição geral das atividades. Ao auxiliar coube a
tarefa de organizar os equipamentos e colaborar com o coordenador em todas as atividades que
forem necessárias.

Esta etapa envolveu o tratamento e análise dos dados obtidos durante as campanhas de campo. Serão
apresentadas a seguir as principais características geológico-geomorfológicas da área, bem como o
mapa final com o caminhamento espeleológico realizado.

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8.3.6.2. Espeleologia Regional


A Unidade Espeleológica Quadrilátero Ferrífero foi definida por Auler et al (2001) baseado na
ocorrência de cavernas em dolomitos das formações Gandarela (Grupo Itabira) e Fecho do Funil
(Grupo Piracicaba). Posteriormente, Oliveira et al (2011) englobaram as cavernas existentes na região
de Conceição do Mato Dentro na Unidade Espeleológica Quadrilátero Ferrífero, definindo dessa forma
a Unidade Espeleológica do Quadrilátero Ferrífero – Conceição. Essta unidade foi definida com base
na ocorrência de rochas do Supergrupo Minas, bem como de rochas cronocorrelatas que se estendem
até a região de Conceição do Mato Dentro.

Oliveira et al (2011) relatam a ocorrência de três tipos de cavernas nesta unidade espeleológica,
vinculadas a três grupos de rochas, sendo elas: cavernas lateríticas, siliciclásticas e carbonáticas. As
rochas lateríticas compreendem mais de 500 cavernas identificadas em cangas, minério de ferro,
itabiritos, hematita compacta e laterita. As cavernas siliciclásticas abrangem rochas do tipo quartzito e
conglomerado. As cavernas carbonáticas abrangem dolomitos e calcários, restritas ao Quadrilátero
Ferrífero.

Segundo levantamento de Piló & Auler (2005), a primeira menção a cavidades em minério de ferro no
Brasil se deve ao francês Noël Aimé Pissis que, em 1842, descreveu cavidades e estalactites no itabirito
do Quadrilátero Ferrífero, em trabalho intitulado: “Dans les cavités qui accompagnene souvent les
couches de quartz, on trouve de petites stalactites de sous-sulfate de fer et des cristaux de néoctèse” (Pissis,
1842, p. 380). Em 1871, o mineralogista inglês William Jory Henwood descreveu a existência de
estreitas fendas em itabirito na região de Água Quente, Quadrilátero Ferrífero. No mesmo estudo,
Henwood (1871) menciona estalactites e crostas de minério de ferro. Após as descrições de Pissis e
Henwood, Tassini (1947) descreveu uma cavidade em minério de ferro na Serra do Curral, nas
proximidades de Belo Horizonte.

A partir do final da década de 1950, geólogos da USGS desenvolveram estudos mais detalhados sobre
as cavidades em formação ferrífera no Quadrilátero Ferrífero. Guild (1957) descreveu uma cavidade
denominada Casa de Pedra, na atual mineração de mesmo nome da CSN. George Simmons, geólogo
norte-americano, desenvolveu estudos mais detalhados sobre as cavernas em minério de ferro do
Quadrilátero Ferrífero (Auler, 2005). Em seu trabalho de 1963, Simmons contempla diversas cavidades
na Serra do Batateiro, na Serra do Tamanduá, no Morro da Queimada e na Serra do Curral. Além disso,
elaborou um modelo genético e detalhou a mineralogia das grutas. Em trabalho complementar,
Simmons (1964) detalha a mineralogia de fosfatos encontrados em caverna na Serra do Tamanduá.
Dorr (1969) fez uma breve menção sobre cavernas em formação ferrífera em trabalhos de síntese
sobre a geologia regional do Quadrilátero Ferrífero.

Recentemente, as cavernas em formação ferrífera do Quadrilátero Ferrífero voltaram a ser alvo de


pesquisas devido à expansão das atividades minerárias e exigência dos órgãos ambientais
licenciadores. Segundo Auler & Piló (2007), as cavernas de minério de ferro e canga do Quadrilátero
Ferrífero são em geral de pequenas dimensões, poucas vezes superando 100 m de projeção
horizontal. Inserem-se normalmente na base de pequenas escarpas rochosas (em geral de canga),
perpendiculares ao maior declive das vertentes, estando localizadas tanto em alta quanto em média
vertente, em geral associadas a pequenas manchas arbóreas em meio à vegetação de campos
ferruginosos. As entradas são de pequenas dimensões, dando, algumas vezes, acesso a galerias mais
amplas.

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8.3.6.3. Espeleologia da AID e ADA


1 Potencial espeleológico

O mapa de potencial espeleológico da área da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista foi elaborado
com base nos atributos geológicos, a partir da identificação de litologias favoráveis à formação de
cavidades naturais subterrâneas, apoiando-se no mapeamento geológico realizado pela CODEMIG
(2005).

As classes de potencial espeleológico foram definidas com o auxílio de técnicas de


geoprocessamento, embasado no trabalho desenvolvido por Jansen (2011) intitulado: “Mapa
Brasileiro de Potencialidade de Ocorrência de Cavernas” – do CECAV/ICMBio e representado no
Quadro 8.3.8.
QUADRO 8.3.8 - POTENCIALIDADE DE OCORRÊNCIA DE CAVERNAS BASEADA NA LITOLOGIA

GRAU DE
LITOTIPO
POTENCIALIDADE
Rocha carbonática (calcário, calcarenito, calcirrudito, dolomito e carbonato),
Muito Alto
evaporito e formação ferrífera (itabirito e jaspilito);
Arenito, calcrete, calcilutito, marga, ortoquartzito, quartzito; Alto
Calcixisto, carbonatito, conglomerado, filito, folhelho, fosforito, grauvaca,
Médio
mármore, micaxisto, milonito, pelito, ritmito, rocha calcilicática, siltito e xisto;
Adamelito, andesito, anfibolito, anatexito, anortosito, aplito, ardósia, argilito,
arcoseo, basalto (piroxênio augítico, labradorita, anortita e olivina), brecha,
calcedonito, charnockito, cloritito, cromitito, dacito, diamictito, diorito, diabasio,
diamictito, dunito, enderbito, fenito, fonolito, foyaito, gabro, glimmerito,
gnaisse, gondito, granito, granulito, granitóide, granodiorito, greisen,
harzburgito, hornblendito, hornfels, ignimbrito, jotunito, kinzigito, komatito, Baixo
lamprofiro, latito, laterita, lítico, máficas, mangerito, magnesito, migmatito,
monzonito, nefelina, norito, nordmarquito, peridotito, pegmatito,
piroxenito, riodacito, riolito, rocha alcalina, rocha piroclástica, rocha vulcânica,
serpentinito, sienito, silexito, tilito, tonalito, traquito, troctolito, trondhjemito,
tufito, ultramafito e websterito;
Aluvião, areia, argila, cascalho, lamito, linhito, sedimentos, turfa e tufo. Ocorrência Improvável
Fonte: Jansen, 2011.

O resultado pode ser verificado na Figura 8.3.18.Grande da área apresentou potencial médio. No
entanto, uma pequena área registrou potencial espeleológico muito alto.

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FIGURA 8.3.18 – POTENCIAL ESPELEÓLOGICO

Fonte: Carste, 2013.

A classe de potencial espeleológico muito alto ocupou 1% da área do projeto, correspondendo a


formação ferrífera da Unidade Santa Quitéria, Grupo Nova Lima. A classe de médio potencial
espeleológico ocupa 99% da área, correspondendo a rochas metapelíticas e metapsamíticas das
unidades Santa Quitéria e Córrego do Sítio, do Grupo Nova Lima.

1 Prospecção Espeleológica

Conforme mencionado no item “Metodologia”, os trabalhos de prospecção espeleológica na área da


Ampliação da pilha de estéril de Crista foram realizados entre os dias 27 e 30 de maio de 2013. Neste
período foram percorridos 22,29 Km entre trilhas e estradas, em uma área de 46,38 hectares. A
equidistância entre as linhas de caminhamento é, em média, de aproximadamente 90 metros. A
prospecção realizada na área resultou em uma densidade de caminhamento de 480,64 m/ha.

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FIGURA 8.3.19 – CAMINHAMENTO ESPELEOLÓGICO

Fonte: Carste, 2013.

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Durante o caminhamento, buscou-se priorizar áreas que apresentem maior probabilidade de


ocorrência de cavidades naturais subterrâneas. Assim sendo, a equipe de campo percorreu as bordas
de calha de drenagem, ruptura de declive da paisagem e afloramentos rochosos.

Não foram identificadas cavidades naturais subterrâneas. Isso porque, 99% da área prospectada
apresenta em seu substrato rochoso rochas sedimentares clásticas e químicas de granulometria fina,
metassedimentares tais como: mica-quartzo xisto, clorita-quartzo xisto, sericita-clorita xisto,
carbonato-sericita xisto, filito carbonoso e, de forma muito reduzida, formação ferrífera. Na área de
ocorrência das rochas do Grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas, a intensidade dos processos
erosivos apresenta taxas medianas quando comparadas com rochas carbonáticas do grupo Itabira, do
Supergrupo Minas (Salgado et al, 2004).

Do ponto de vista litológico, essas rochas apresentam médio potencial para a ocorrência de cavidades
naturais subterrâneas, segundo a proposta de Jansen (2011), porém, não foram identificadas
cavidades naturais subterrâneas na área do projeto. De acordo com relatório elaborado pela
Carste Consultores Associados (2009), no Quadrilátero Ferrífero as áreas de maior potencial para
ocorrência de cavernas são aquelas em que afloram formação ferrífera e cangas. Quanto aos aspectos
geomorfológicos que favorecem a ocorrência dessas feições destacam-se a hipsometria e a
declividade do relevo. As cavernas geralmente se concentram em altitudes entre 1.119 e 1.616 metros
para cavernas em formação ferrífera e 1.213 e 1.620 para cavernas em canga. Quanto à declividade do
relevo, no Quadrilátero Ferrífero as cavernas tendem a se concentrar nas zonas de ruptura de relevo e
em dolinamentos. Geralmente em declividades suaves, estando entre 18º e 20º. A seguir são
apresentadas algumas fotografias que ilustram as áreas percorridas durante o caminhamento.
Foto: Carste Consultores Associados

Foto: Carste Consultores Associados

FOTO 8.3.7 – Estrada na porção leste da área do projeto. FOTO 8.3.8 - Borda da pilha de estéril na porção
Direcionamento da foto: NW nordeste da área. Direcionamento da foto: SW

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Foto: Carste Consultores Associados

Foto: Carste Consultores Associados


FOTO 8.3.9 - Borda da pilha de estéril na porção nordeste FOTO 8.3.10 - Borda sudoeste da área do projeto.
da área. Direcionamento da foto: SW Direcionamento da foto: E
Foto: Carste Consultores Associados

oto: Carste Consultores Associados


FOTO 8.3.11 - Drenagem temporária na porção central FOTO 8.3.12 - Bacia de contenção na borda oeste da
da área. Direcionamento da foto: SE área. Direcionamento da foto: SE E

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FIGURA 8.3.20 – LOCALIZAÇÃO DOS FOTOS – ESPELEOLOGIA

Fonte: Carste, 2013.

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8.3.7. Hidrografia
8.3.7.1. Metodologia
O diagnóstico ambiental referente ao contexto hidrográfico foi efetuado utilizand-se a base
hidrográfica do Sistema Integrado de Informação Ambiental (SIAM/MG).

Foram utilizados os mapas topográfico do IBGE folhas Acurí (SF.23X-A-III-2) e Catas Altas (SF.23-X-B-I-
1), ambas em escala 1:50.000, e Folha Itabira (SE.23-Z-D-IV, em escala 1:100.000.

8.3.7.2. Hidrografia regional e da AII


A Mina Córrego do Sítio I, pertence ao contexto da Bacia Hidrográfica Estadual do rio Piracicaba,
tributário de segunda ordem da margem esquerda do rio Doce (bacia federal), localizada na porção
centro-leste do estado de Minas Gerais.

Com uma área de drenagem igual a 83.069km2, a bacia hidrográfica do rio Doce atravessa o território
de dois estados (Minas Gerais e Espírito Santo) e está, portanto, sob domínio federal. O Estado de
Minas Gerais possui cerca de 86% da área de drenagem dessa bacia e no seu território estão as
cabeceiras do rio Piranga, principal formador do rio Doce, juntamente com o rio do Carmo. Em função
de suas características físicas, a bacia do rio Doce é dividida em três áreas distintas:

 Alto rio Doce: das nascentes até a confluência com o rio Piracicaba, afluente do rio Doce pela
margem esquerda, nas proximidades da cidade de Ipatinga, em Minas Gerais;

 Médio rio Doce: da confluência com o rio Piracicaba até a divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo,
nas proximidades da confluência com o rio Guandu no Espírito Santo;

 Baixo rio Doce: da divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo até a foz no Oceano Atlântico.

A bacia do rio Piracicaba, pertencente ao Médio Rio Doce, possui uma área de aproximadamente
6.000km2 e seus principais afluentes são: rio do Turvo, rio Una, rio do Machado, rio Santa Bárbara, rio
da Prata, rio do Peixe, e outros tantos córregos e ribeirões que formam uma rede de drenagem
distribuída por toda a bacia.

O rio Piracicaba nasce no município de Ouro Preto, nas proximidades da Serra do Caraça, a uma
altitude de 1.680m, deslocando-se na direção leste, tendo sua confluência com o rio Doce na cidade
de Ipatinga/MG, a uma altitude 210 m. A extensão do rio Piracicaba é de 241km, a largura do rio é
variável, chegando a sua foz com 120 m.

Em quase toda a extensão da bacia predomina a morfologia de canal com aspecto meandrante, à
exceção de alguns cursos de água que assumem o formato retilíneo na região do Quadrilátero
Ferrífero. O padrão de drenagem da bacia do rio Piracicaba assemelha-se ao tipo dentrítico, onde a
forma da drenagem é semelhante à distribuição dos galhos de uma árvore. Na região do Quadrilátero
Ferrífero onde os cursos de água assumem a morfologia retilínea, o padrão de drenagem se
caracteriza pela forma paralela, predominantemente.

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No âmbito da Área de Influência Indireta, a Pilha de Crista está inserida no contexto hidrográfico da
sub-bacia hidrográfica do rio Conceição. A Pilha de Crista está inserida em um divisor de águas das
bacias do rio Conceição e córrego Moinho do Olício, localmente conhecido por córrego do Sítio,
ambos pertencentes à bacia estadual do rio Piracicaba, tributário de segunda ordem da margem
esquerda do rio Doce (bacia federal). O córrego Moinho do Olício é afluente da margem esquerda do
córrego Caraça que, por sua vez, é afluente da margem direita do rio Conceição. Este, deságua no rio
Santa Bárbara, afluente direto da margem esquerda do rio Piracicaba.

As nascentes do rio Conceição estão localizadas na encosta oeste da Serra da Casa Nova, pertencente
ao conjunto da Serra do Caraça, em altitudes próximas a 1.700 m. Essas nascentes são representadas
pelos córregos da Cachoeira Alegre e da Paciência. Os principais afluentes do rio Conceição pela
margem esquerda são os córregos José Alves, João Gomes, Moinho, Horto do inglês, Baú, Sucupeba e
Onça; e pela margem direita, os córregos da Fazenda, do Rato, Roça de Dentro, Saracura, dos Lopes,
do Sapé, Cristina, Crista, Morcego e Caraça.

O córrego do Sítio ou córrego Moinho do Olício, tem suas nascentes a cota de 960 m, localizadas na
encosta noroeste da Serra do Caraça. Deságua no ribeirão Caraça nas proximidades do distrito de
Sumidouro – a aproximadamente 2 km a montante do lugarejo –, drenando segundo a direção SW-
NE, paralelamente ao rio Conceição.

O rio Conceição e o córrego Moinho do Olício possuem tributários com bacias de contribuição muito
íngremes e cujas nascentes se situam em pontos bastante elevados, em locais próximos à cumeeira da
região serrana, ao centro da AII. Apresentam, na AII do empreendimento, a direção SW-NE,
demonstrando controle estrutural. Os afluentes do rio Conceição contidos nos limites nas áreas de
estudo são os córregos Cristina e Crista, ao passo que, os tributários do córrego do Sítio inseridos nos
mesmos limites são os córregos Água Boa, Mutuca, Cachorro Bravo e Laranjeiras.

8.3.7.3. Hidrografia da AID e ADA


A drenagem presente na ADA da Pilha de Crista e seu dique de contenção de finos é o córrego
homônimo, afluente da margem direita do rio Conceição, cujas nascentes do curso principal estão
localizadas em cota de 844,96 m (BVP, 2009).

O córrego atualmente é formado por um canal principal, que drena segundo a direção SE-NW por
aproximadamente 460 metros até o dique existente, e um afluente da margem direita, cuja extensão é
de 330 m até a confluência com o canal principal.

Para a Ampliação da Pilha de Estéril de Crista serão colocados drenos de fundo no vale do córrego,
tanto no canal principal, como em seu afluente, e o dique existente será aterrado, tornando-se
necessária a construção de um novo dique a aproximadamente 65 m a jusante do dique atual.

Ressalta-se que a bacia de contribuição do cóerego Laranjeiras também integra a AID, uma vez que
uma pequena parcela da drenagem pucial da pilha irá verter para este corpo hídrico.

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FIGURA 8.3.21 – HIDROGRAFIA DA AID/AII DA AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ÉSTERIL DE CRISTA


PRODUÇÃO - Inserir figura em A3

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8.3.8. Qualidade das Águas Superficiais


8.3.8.1. Metodologia
O diagnóstico apresentado a seguir tem como objetivo avaliar a qualidade das águas superficiais
localizadas nas áreas de influência do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, tendo caráter
de conhecimento e estudo das características físico-químicas atuais.

Procurou-se avaliar a qualidade das águas no entorno das áreas afetadas pelas operações já exercidas
no local e que poderão ser influenciadas pelas atividades advindas da ampliação da pilha de estéril de
Crista. Para tanto, foram selecionados pontos de amostragem que constam do Programa de
Monitoramento de Águas Superficiais, executado pela AngloGold, comparando-os com os limites
estabelecidos pela legislação vigente. Visando ainda aprofundar o conhecimento da influência da
pilha de estéril na qualidade das águas superficiais do seu entorno, foi realizada uma caracterização
do efluente da drenagem da pilha de estéril de Crista, comparando os resultados com os limites
estabelecidos pela legislação ambiental.

A metodologia utilizada para os procedimentos de coleta e preservação das amostras, seguiu as


seguintes normas:

 Guia de Coleta e Preservação de Amostras de Água (CETESB, 1988);

 Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 22a edição. (APHA, 1998), tópicos
1060A, B e C.

Ressalta-se que as análises foram relizadas pelo laboratório da Anglogold, que é certificado pelo
ISO/IEC 17.025, o qual estabelece requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e
calibração.

Para a caracterização da qualidade das águas superficiais da área de estudo foram selecionados
quatro pontos de monitoramento integrantes da malha de monitoramento executado pelo empresa:
dois deles localizados no rio Conceição, a montante e a jusante do empreendimento; um ponto
localizado no córrego Carvoaria Velha e um ponto localizado no córrego Laranjeiras. Todos os pontos
de monitoramento estão localizados na bacia do rio Conceição. Já para a caracterização do efluente
da pilha, utilizou-se um ponto de monitoramento no córrego Crista, na saída da sua drenagem de
fundo. A coleta e análise das amostras foram de responsabilidade do laboratório da AngloGold.

O mapa com a localização dos pontos de monitoramento é apresentado na Figura 8.3.22 – Pontos de
Amostragem de Água Superficial. Nos Quadros 8.3.9 a 8.3.10, a seguir, são apresentados as
coordenadas geográficas dos pontos selecionados e os parâmetros avaliados.

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QUADRO 8.3.9 – PONTOS DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

COORDENADAS
DESCRIÇÃO DO
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICAS PARÂMETROS
PONTO
UTM
MCS01001 Acidez, Alumínio Dissolvido, Alcalinidade
rio Conceição - a 654314.00 m E Total, Arsênio Dissolvido, Arsênio Total, Cálcio,
montante do AID 7785908.00 m S Cloreto Total, Condutividade Elétrica, Cor
empreendimento Verdadeira, Cobre Dissolvido, Cobre Total,
DBO, DQO, Dureza Total, Ferro Dissolvido,
Manganês Dissolvido, Nitrogênio Amoniacal
MCS01014
Total, Níquel Total, Nitritos, Nitratos, Oxigênio
rio Conceição - a
659.362 E Dissolvido, Óleos e Graxas, Chumbo Total, pH,
jusante do AID
7.789.108N Sulfato Total, Sólidos Totais, Sólidos Totais
empreendimento
Dissolvidos, Sólidos Totais Suspensos,
Temperatura da Água, Turbidez, Zinco Total
Acidez, Alumínio Dissolvido, Alcalinidade
Total, Arsênio Dissolvido, Arsênio Total, Cálcio,
Cloreto Total, Condutividade Elétrica, Cor
Verdadeira, Cobre Dissolvido, Cobre Total,
MCS01008 - DBO, DQO, Dureza Total, Ferro Dissolvido,
657.462 E
córrego AID Manganês Dissolvido, Nitrogênio Amoniacal
7.786.209 N
Carvoaria Velha Total, Níquel Total, Nitritos, Nitratos, Oxigênio
Dissolvido, Óleos e Graxas, Chumbo Total, pH,
Sulfato Total, Sólidos Totais, Sólidos Totais
Dissolvidos, Sólidos Totais Suspensos,
Temperatura da Água, Turbidez, Zinco Total
Acidez, Alumínio Dissolvido, Alcalinidade
Totall, Arsênio Total, Cálcio, Cloreto Total,
Condutividade Elétrica, Cor Verdadeira, Cobre
Dissolvido, Cobre Total, DBO, DQO, Dureza
MCS01010 Total, Ferro Dissolvido, Manganês Dissolvido,
657.300 E
córrego AID Nitrogênio Amoniacal Total, Níquel Total,
7.786.160 N
Laranjeiras Nitritos, Nitratos, Oxigênio Dissolvido, Óleos e
Graxas, Chumbo Total, pH, Sulfato Total,
Sólidos Totais, Sólidos Totais Dissolvidos,
Sólidos Totais Suspensos, Temperatura da
Água, Turbidez, Zinco Total

QUADRO 8.3.10 – PONTOS DE MONITORAMENTO DE EFLUENTES

COORDENADAS
DESCRIÇÃO DO
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICAS PARÂMETROS
PONTO
UTM
Alumínio Dissolvido, Arsênio Dissolvido,
Arsênio Total, Condutividade Elétrica, Cor
Verdadeira, Cobre Total, Ferro Dissolvido, Ferro
MCS01015
Total, Manganês Dissolvido, Manganês Total,
Efluente do dique 656.391 E
ADA Níquel Total, Oxigênio Dissolvido, Óleos e
de finos existente 7.786.869 N
Graxas, Chumbo Total, pH, Sulfatos, Sólidos
no córrego Crista
Sedimentáveis, Sóldios Suspensos Totais,
Sóldios Dissolvidos Totais, Turbidez, Zinco
Total

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FIGURA 8.3.22 – PONTOS DE AMOSTRAGEM DE ÁGUA SUPERFICIAL


PRODUÇÃO - Inserir figura em A3

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Para avaliação da qualidade das águas superficiais os resultados dos monitoramentos foram
interpretados e comparados com padrões estabelecidos para corpos d’água Classe 1, conforme
estabelecido na Deliberação Normativa Conjunta COPAM/ CERH-MG nº 1/2008, que dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. A utilização
desses padrões é baseada na Deliberação Normativa COPAM nº 09/1994, que dispõe sobre o
enquadramento da bacia do rio Piracicaba e classifica os trechos onde estão os pontos monitorados
como Classe 1. A caracterização dos efluentes do dreno de fundo da pilha também foi elaborada
utilizando-se os limites da Deliberação Normativa Conjunta COPAM/ CERH-MG nº 1/2008.

Nos Quadros 8.3.11 e 8.3.12, a seguir, são apresentados os limites definidos pela legislação de
referência adotada.
QUADRO 8.3.11 – LIMITES DEFINIDOS PELA DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM/CERH Nº 01/2008 PARA
CURSOS D’ÁGUA CLASSE 1

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM/ CERH 01/2008


PARÂMETROS UNIDADES
CLASSE 1
Alumínio Dissolvido mg/L 0,1
Arsênio Total mg/L 0,01
Chumbo Total mg/L 0,01
Cloreto Total mg/L 250
Cianeto Livre mg/L 0,005
Cor mg PtCo/L Nível de cor natural do corpo d’água
Cobre Dissolvido mg/L 0,009
DBO mg/L 3,0
Ferro Dissolvido mg/L 0,3
Nitrato mg/L 10
Nitrito mg/L 1,0
3,7 para pH ≤ 7,5
2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0
Nitrogênio Amoniacal Total mg/L
1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5
0,5 para pH ≥ 8,5
Óleos e Graxas mg/L Virtualmente ausentes
Oxigênio Dissolvido mg/L ≥6
pH - 6,0 – 9,0
Sulfato Total mg/L 250
Sólidos Suspensos Totais mg/L 50
Sólidos Dissolvidos Totais mg/L 500
Turbidez UNT 40
Zinco Total mg/L 0,18
Fonte: Deliberação Normativa COPAM/CERH 01/2008.

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QUADRO 8.3.12– LIMITES DEFINIDOS PELA DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM/CERH Nº 01/2008 PARA
LANÇAMENTO DE EFLUENTES

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM/ CERH 01/2008


PARÂMETROS UNIDADES
EFLUENTES
Arsênio Total mg/L 0,2
Ferro Dissolvido mg/L 15,0
Manganês Dissolvido mg/L 1,0
Níquel Total mg/L 1,0
Óleos e Graxas mg/L 20,0
Chumbo Total mg/L 0,1
pH - Entre 6,0 e 9,0
Sólidos Sedimentáveis mL/L 1,0
Sólidos em Suspensão mg/L 100
Zinco Total mg/L 5,0
Fonte: Deliberação Normativa COPAM/CERH 01/2008.

8.3.8.2. Resultados
Os resultados apresentados basearam-se nos dados gerados pelo Programa de Monitoramento de
Qualidade das Águas já realizado pela AngloGold em corpos hídricos da área da Mina de Córrego do
Sítio I. Para as amostragens de água superficial, as campanhas avaliadas neste diagnóstico ocorreram
em um período de 24 meses, compreendido entre abril de 2011 a março de 2013. Finalmente, para a
análise de efluentes líquidos, utilizou-se uma campanha de monitoramento realizada em março/2013.

A seguir serão apresentados os resultados das campanhas de amostragem a partir do corpo hídrico
avaliado.. Os principais parâmetros monitorados são apresentados de forma gráfica e seus resultados
são discutidos. Todos os resultados das amostragens foram compilados na forma de tabelas e são
apresentados em seguida

Dstaca-se que todos os resultados onde se apresentam o sinal “<” significa que os resultados
permaneceram abaixo dos limites de detecção dos métodos analíticos utilizados.

1Rio Conceição
Conforme demosntrado no Quadro 8.3.9, o rio Conceição foi avaliado em dois pontos distintos:
MCS01001 e MCS01014 localizados respectivamente a montante e a jusante de qualquer efluente
decorrente das atividades da Mina Córrego do Sìtio I.

Em se tratando do equilíbrio ácido-básico, pH, observa-se que as águas do rio Conceição, tendem a
neutralidade, considerando que os resultados das amostragens deste parâmetro permaneceram
dentro da faixa estabelecida pela Resolução COPAM Nº 01/08, sem variação signiticativa entre os
pontos a mostante e jusante da Mina Corrego do Sítio I.

281
0,0
5,0
10,0
mg/L UNT

abr/11

0,0
200,0
400,0
600,0
0,0
100,0
150,0

50,0
mai/11
abr/11 abr/11
jun/11
mai/11 mai/11
jul/11

MCS1001
jun/11 jun/11
ago/11

MCS1001
MCS1001
jul/11 jul/11
set/11
ago/11 ago/11
set/11 set/11 out/11

out/11 out/11 nov/11


nov/11 nov/11 dez/11
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A

MCS1014
MCS1014
dez/11 dez/11 jan/12
jan/12 jan/12 fev/12
Limite Inferior COPAM/CERH 01/08 (6)

fev/12 fev/12
pH

mar/12
mar/12 mar/12 abr/12
abr/12 abr/12 mai/12
Turbidez (UNT)
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

mai/12 mai/12 jun/12


MCS1014

jun/12 jun/12
jul/12
jul/12 jul/12
ago/12

Sólidos totais dissolvidos (mg/L)


<0,5

ago/12 ago/12
set/12
set/12 set/12
out/12
out/12 out/12
nov/12
nov/12 nov/12
dez/12 dez/12 dez/12
Limite COPAM/CERH 01/08 (40 mg/L)

Limite COPAM/CERH 01/08 (500 mg/L)


jan/13 jan/13 jan/13
Limite Superior COPAM/CERH 01/08 (9)

fev/13 fev/13 fev/13


mar/13 mar/13 mar/13

281
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Sólidos total suspensos (mg/L)


100,0
80,0
mg/L

60,0
40,0
20,0 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8
0,0

nov/11
jul/11

nov/12
jul/12
set/11

fev/12
mar/12

set/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13
MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (50 mg/L)

Os parâmetros cor verdadeira e turbidez são influenciados diretamente pela concentração dos sólidos
dissolvidos e suspensos. Na estado de Minas Gerais, é comum o aumento na concetração de sólidos
suspensos nas águas superficiais durante os meses de outubro a fevereiro. Isso ocorre devido ao
período de chuvas intensas que ocorrem nestas regiões, conforme pode ser observação pelos
resultados de janeiro/2011 em ambos os pontos de amostragem no rio Conceição. Estes resultados
influênciaram diretamente os valores de turbidez e cor verdadeira. Ressalta-se no entanto, que as
demias amostragem permaneceram de acordo com os limites estabelecidos pela legislação. Percebe-
se ainda que as atividades da Mina de Córrego do Sítio I, não interviram na qualidade das águas do rio
Conceição nestes parâmetros, uma vez que é nítida a alteração da mesma no ponto a montante do
empreendimento.

DBO (mg/L)
6,0
4,0
mg/L

2,0 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1

0,0
nov/11
jul/11

nov/12
jul/12
fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

jun/12

set/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13

MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (3,0 mg/L)

281
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Oxigênio dissolvido (mg/L)


10,0
8,0
mg/L

6,0
4,0
2,0
0,0

nov/11
jul/11

nov/12
jul/12
set/11

fev/12
mar/12

set/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13
MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (6 mg/L)

A avaliação da Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, retrata de maneira indireta, o teor de matéria
orgânica, sendo portanto, uma indicação do potencial de consumo de oxigênio dissolvido na água.
Durante a estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do oxigênio, podendo vir a causar
uma redução de sua concentração no meio. A partir da análise dos gráficos representativos das
concentrações dos respectivos parâmetros, observa-se que os resultados n os pontos avaliados no rio
Conceição possuem a mesma curva o que reforça que a Mina Córrego do Sítio não modifica a
qualidade do corpo hídrico com relação à matéria orgânica e respeitam os limites estabelecidos para
a DBO e para o oxigênio dissolvido. Houve um pico no de julho/2011 no ponto a mostante da Mina de
Córego do Sítio I, o que refletiu em um leve aumento no ponto a jusante, nete último, sem ultrapassar
o limite.

Alumínio dissolvido (mg/L)


0,5
2,48
0,4
mg/L

0,3
0,2 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03
<0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03
0,1 <0,03 <0,03 <0,03
<0,03
0
nov/11
jul/11

nov/12
jul/12
fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

jun/12

set/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13

MCS1001 MCS01014 Limite COPAM/CERH 01/08 (0,1 mg/L)

281
mg/L mg/L mg/L

0
0,007
0,014
0
0,005
0,015
0,025

< 0,01
0,02

0,009
< 0,010
0,011
0,012
0,013
abr/11 abr/11 abr/11
mai/11 mai/11 mai/11
jun/11 jun/11 jun/11

MCS1001
jul/11 jul/11 jul/11

MCS1001

MCS1001
ago/11 ago/11 ago/11
set/11 set/11 set/11
out/11 out/11 out/11
nov/11 nov/11 nov/11
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A

MCS1014
dez/11 dez/11 MCS1014 dez/11

MCS1014
jan/12 jan/12 jan/12
fev/12 fev/12 fev/12
mar/12 mar/12 mar/12
abr/12 abr/12 abr/12
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

mai/12 mai/12 mai/12


Arsênio total (mg/L)

Chumbo total (mg/L)


Cobre dissolvido (mg/L)

jun/12 jun/12 jun/12


jul/12 jul/12 jul/12
ago/12 ago/12 ago/12
set/12 set/12 set/12
out/12 out/12 out/12
nov/12 nov/12 nov/12
Limite COPAM 01/08 (0,01 mg/L)

Limite COPAM 01/08 (0,01 mg/L)


dez/12 Limite COPAM/CERH 01/08 (0,009 mg/L) dez/12 dez/12
jan/13 jan/13 jan/13
fev/13 fev/13 fev/13
mar/13 mar/13 mar/13

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Ferro
Zinco
dissolvido
total (mg/L)
(mg/L)
0,80
0,20
23,7
0,16
0,60
mg/L

0,12
0,40
0,08
0,20
0,04 < 0,01
0,00
0,00

nov/11
nov/11
jul/11
jul/11

nov/12
jul/12
set/11
set/11

fev/12
fev/12
mar/12
mar/12

set/12

fev/13
mar/13
jun/11
jun/11

jun/12
jun/12
dez/11
dez/11

dez/12
abr/11
abr/11
mai/11
mai/11

ago/11
ago/11

out/11
out/11

abr/12
abr/12
mai/12
mai/12
jan/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13
MCS1001
MCS1001 MCS1014
MCS1014 Limite
LimiteCOPAM/CERH
COPAM/CERH01/08
01/08(0,18
(0,3 mg/L)
mg/L)

Ferro dissolvido (mg/L)


0,80
0,60
mg/L

0,40
0,20
0,00
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

nov/11

fev/12
jul/11

jun/12

set/12

nov/12
dez/11

jul/12

dez/12
mai/11

ago/11

mai/12
out/11

ago/12
jan/12

out/12

jan/13
abr/11

abr/12

MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (0,3 mg/L)

Entre os metais e semimetais: alumínio dissolvido, arsênio total, cobre dissolvido, chumbo total,
zinco total e ferro dissolvido, os resultados permaneceram abaixo dos respectivos limites de detecção
dos métodos de amostragens empregados na maioria do casos. Algumas amostragens anômalas
ultrapassaram os limites, mas não podem ser consideradas significativas a partir da tendência história
apresentada para cada parâmetro.

Nitratos (mg/L)
12,50
10,00
mg/L

7,50
5,00
< 2,50
0,00
fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

nov/11
jul/11

jun/12

set/12

nov/12
jul/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12

ago/12
jan/12

out/12

jan/13

MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (10 mg/L)

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Nitritos (mg/L)
0,05
mg/L

0,04
0,03
0,02
< 0,01
0,00

nov/11
jul/11

nov/12
jul/12
set/11

fev/12
mar/12

set/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13
MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (1 mg/L)

Nitrogênio amoniacal (mg/L)


2,50
2,00
mg/L

1,50
1,00
0,50 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1
0,00

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

nov/11

fev/12
mar/12
jul/11

jun/12

set/12

nov/12
dez/11

jul/12

dez/12
mai/11

ago/11

mai/12
out/11

ago/12
jan/12

out/12

jan/13
abr/11

abr/12

MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (2,0 mg/L)

A avaliação do nitrogênio foi realizada contemplando a concentração deste elemento como nitratos
(NO3-), nitritos (NO2-), e nitrogênio amoniacal. Observa-se a presença de amônia nos compostos
utilizados nas detonações de operações minerárias. O nitrogênio, nos processos bioquímicos de
conversão da amônia a nitrito e deste a nitrato, implica no consumo de oxigênio dissolvido do meio, o
que pode afetar a vida aquática (VON SPERLING, 2005). Observa-se, entretanto que em sua grande
maioria os resultados permaneceram inferiores aos limites dos métodos analiticos utilizados e
conseguentemente abaixo dos limies estabelecidos pela legislação.

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Sulfatos (mg/L)
300,00
200,00
mg/L

100,00
<5
0,00

nov/11
jul/11

nov/12
jul/12
set/11

fev/12
mar/12

set/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13
MCS1001 MCS1014 Limite COPAM/CERH 01/08 (250 mg/L)

Os compostos sulfatos são avaliados geralmente com vistas a identificar potenciais contribuições de
fontes com enxofre em sua composição. Conforme pode ser visto no gráfico apresentado, a maioria
dos resultados permaneceu abaixo do limite de detecção (5mg/L), com uma pequena variação no
ponto MCS01014, a jusante da Mina Córrego do Sítio I dentre os meses de outubro/2012 a março/13,
mas que não aferiu em descumprimento dos padrões.

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

QUADRO 8.3.13 – RESULTADOS DO MONITORAMENTO – PONTO MCS01001

LIMITES DATA – PONTO MCS01001


PARÂMETROS UNIDADES (DN COPAM/CERH
01/08 – CLASSE 1) ABR/11 MAI/11 JUN/11 JUL/11 AGO/11 SET/11 OUT/11NOV/11DEZ/11JAN/12 FEV/12 MAR/12ABR/12MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12 OUT/12 NOV/12DEZ/12JAN/13 FEV/13 MAR/13
Acidez mg/L - <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5
Alumínio Dissolvido mg/L 0,1 <0,03 <0,03 0,023 <0,03 0,03 0,028 0,03 0,06 0,11 0,069 2,48 <0,03 0,067 <0,03 0,129 0,056 <0,03 0,056 <0,03 0,038 0,05 <0,03 <0,03 0,06
Alcalinidade Total mg/L - 11 12 10 9 13 13 6 9 9 6 9 9 11 <5 7 10 8 10 10 8 9 10 10 9
Arsênio Dissolvido mg/L - < < < < < < < < < <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,02 <0,02 <0,02
Arsênio Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Cálcio mg/L - 2,61 2,22 <1 2,27 2,48 1,92 1,24 1,87 2,69 1,51 3,21 1,07 1,58 1,86 2,36 1,36 2,56 <1 2,3 1,92 2,2 2,1 2,1 2,1
Condutividade μS/cm - 30,1 24,6 33,4 41,4 24,6 26,4 22,6 22,6 30 13,9 18,5 23,5 28,8 18,2 24 33,9 34,8 35,5 30,9 27 29,1 25,7 58,2 26
Cobre Total mg/L - <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,015 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,012 0,01 <0,007 <0,007 <0,007 0,008 <0,007 <0,007 <0,007
Cloretos mg/L 250 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5
Cobre Dissolvido mg/L 0,009 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,011 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007
Ferro Dissolvido mg/L 0,3 0,11 0,103 0,104 0,101 0,071 0,062 0,64 0,25 0,15 0,471 0,24 <0,01 0,153 0,023 0,257 0,13 <0,01 0,12 0,094 0,11 0,13 0,11 0,13 0,11
3,7 para pH ≤ 7,5
2,0 para 7,5 < pH ≤
Nitrogênio 8,0
mg/L <0,1 0,72 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,52 0,38 0,417 1,54 0,91 0,64 0,29 0,13 <0,1 <0,1 0,12 0,12 0,3 0,68 0,12 0,11
Amoniacal 1,0 para 8,0 < pH ≤
8,5
0,5 para pH ≥ 8,5
Nitrito mg/L 1 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,011 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Nitrato mg/L 10 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 3 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <0,01 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5
pH - Entre 6,0 e 9,0 6,97 6,86 7,19 7,22 6,6 7,14 6,87 6,83 6,51 6,67 6,81 7,16 7,01 7,01 7,02 6,8 7,42 7,09 7,15 6,97 6,77 6,96 7,06 7,03
Sulfato mg/L 250 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5
Cianeto WAD mg/L - <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005
Nível de cor natural
Cor Verdadeira mg PtCo/L <10 11 <10 <10 <10 <10 <10 32 11,7 48 22,6 <10 11 10 <10 <10 <10 <10 <10 11 16 <10 12,3 11,2
do corpo de água
DBO mg/L <3 <1 <1 <1 5,44 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 1,01
Dureza Total mg/L - 15,29 12,32 <8 13,31 12,78 11,86 9,11 9,87 14,05 8,44 11,8 12,57 8,89 12,57 10,36 12,98 15,5 12,86 13,3 12,5 9,73 11,7 <8 11,4
Turbidez UNT 40 2,4 1,5 1,4 0,7 0,9 1,2 14 3 6,9 70 13 2,3 3,5 1,6 1,6 1,7 <0,5 1,2 1,6 11 3,4 2,6 4,7 2,3
DQO mg/L - 4,1 <2 <2 <2 <2 3,3 7,6 <2 <2 4,4 4,3 2,8 3,6 <2 <2 <2 <2 <2 <2 6,8 <2 2 <2 2,4
Manganês Dissolvido mg/L - 0,027 0,025 0,041 0,036 0,024 0,018 0,026 0,03 0,054 0,05 0,029 <0,01 0,027 0,016 0,029 0,018 <0,01 0,036 0,027 0,033 0,04 0,028 0,032 0,025
Níquel Total mg/L 0,025 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,05 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Oxigênio Dissolvido mg/L >6 7,56 7,92 8,83 8,33 7,85 8,16 7,14 7,21 6,78 6,22 7,35 7,27 7,46 8,26 8,26 5,97 8,46 7,37 7,38 5,49 6,67 6,1 6,1 6,28
Chumbo Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Sólidos Totais
mg/L 50 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 56 <8 <8 <8 10 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8
Suspensos
Sólidos Totais mg/L - 33 38 44 39 40 37 38 39 29 87 27 20 39 37 31 31 46 25 29 34 17 29 29 22
Sólidos Totais
mg/L 500 32 37 42 31 36 34 29 33 25 31 23 16 37 26 29 29 42 24 27 28 14 28 25 23
Dissolvidos
Virtualmente
Óleos e Graxas mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10
Ausentes
Zinco Total mg/L 0,18 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,017 0,014 0,01 0,077 <0,01 <0,01 0,034 <0,01 <0,01 <0,01 0,019 0,011 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Temperatura da
ºC - 23,5 18,9 15,8 18,3 21 16,4 21,6 22,1 21,1 19,6 20,1 20,6 20,2 19,5 19,3 16,8 20,3 20,9 22,6 24,1 22,6 23,9 24,2
Água
XX: Valores em desconformidade com a legislação vigente (DN COPAM/CERH 01/08)
Fonte: Anglogold (2013)

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

QUADRO 8.3.14 – RESULTADOS DO MONITORAMENTO – PONTO MCS01014

LIMITES DATA - PONTO MCS01014


PARÂMETROS UNIDADES (DN COPAM/CERH
01/08 – CLASSE 1) ABR/11 MAI/11 JUN/11 JUL/11 AGO/11 SET/11 OUT/11NOV/11DEZ/11 JAN/12 FEV/12 MAR/12 ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12 OUT/12 NOV/12DEZ/12 JAN/13 FEV/13 MAR/13
Acidez mg/L - <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5
Alumínio
mg/L 0,1 0,047 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 0,025 0,1 0,04 0,082 0,046 0,073 0,039 0,047 0,024 <0,03 <0,03 0,052 <0,03 0,039 0,04 0,033 0,042 0,049
Dissolvido
Alcalinidade Total mg/L - 12 12 13 9 13 13 10 11 <5 7 7 7 11 9 10 12 12 12 12 13 7 9 11 7
Arsênio Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,02 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Cálcio mg/L - 1,35 2,93 <1 26,53 2,68 2,16 2,09 3,19 2,8 2,44 3,53 4,66 2,63 3,39 2,88 <1 3,43 5,29 17 13,04 8,42 9,7 5,91 7,8
Condutividade μS/cm - 38,3 30,6 31,6 28,9 30,9 29 27,9 26,3 33,5 19 35,6 36,3 32,8 31,7 29,2 55,2 33,3 64,6 1589 119 77,8 87,8 74,3 85,4
Cobre Total mg/L - <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,021 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007
Cloretos mg/L 250 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5
Cobre Dissolvido mg/L 0,009 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007
Ferro Dissolvido mg/L 0,3 0,095 0,107 0,119 <0,01 0,063 <0,01 0,107 0,4 0,14 0,468 0,301 0,16 0,177 0,199 0,096 0,092 0,085 0,232 0,092 0,16 0,11 0,033 0,19 0,11
3,7 para pH ≤ 7,5
2,0 para 7,5 < pH ≤
Nitrogênio 8,0
mg/L <0,1 <0,1 0,3 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 1,05 0,92 0,66 0,35 0,24 0,22 0,25 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,2 <0,1 0,28 <0,1 <0,1
Amoniacal 1,0 para 8,0 < pH ≤
8,5
0,5 para pH ≥ 8,5
Nitrito mg/L 1 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,039 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Nitrato mg/L 10 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 11,89 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <0,01 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5
pH - Entre 6,0 e 9,0 6,76 7,35 7,5 7,24 7,11 7,53 7,86 8,12 6,15 6,8 7,05 7,06 7,22 6,89 7,09 6,95 7,29 7,18 7,05 6,9 6,94 6,84 7,24 7,16
Sulfato mg/L 250 <5 7,58 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 6,8 5,8 <5 5,88 <5 11,4 <5 14,7 51,7 40,2 17,9 21,5 16 25,5
Nível de cor natural
Cor Verdadeira mg PtCo/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 14,6 14,9 52 32,6 22 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 13 <10 15 <10
do corpo de água
DBO mg/L <3 <1 <1 <1 2,13 <1 <1 <1 <1 1,1 1,27 <1 1,46 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 1,13 <1 <1 <1 1,17
Dureza Total mg/L - 10,33 13,45 <8 153 14,02 12,89 12,89 14,3 15,01 12,46 21 16,32 13,94 16,86 9,69 26,2 20 27,3 65,8 55,44 32,84 39,8 25,8 34
Turbidez UNT 40 4,4 3 3,4 6,7 1,6 2,2 20 3,6 1,8 100 20 30 6,4 8,7 2,2 2,8 11 7,2 1,9 26 8 4,1 7 5
DQO mg/L - 2 2,3 <2 <2 10,9 3,07 5,2 3,2 <2 14,8 3,5 9,2 4,4 <2 <2 <2 <2 <2 <2 3 <2 <2 <2 <2
Manganês
mg/L - 0,055 0,043 0,036 <0,01 0,026 <0,01 0,022 0,03 0,052 0,345 0,027 0,063 0,047 0,039 0,035 0,024 0,034 0,075 0,048 0,054 0,04 0,45 0,046 0,033
Dissolvido
Níquel Total mg/L 0,025 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Oxigênio
mg/L >6 7,75 7,94 8,9 8,4 7,95 8,21 7,1 7,03 6,8 6,85 7,21 7,16 7,48 8,29 8,29 5,46 8,05 7,64 7,19 6,3 6,14 6,42 7,63 6,58
Dissolvido
Chumbo Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,012 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Sólidos Totais
mg/L 50 <8 <8 <8 <8 <8 <8 22 <8 14 80 25 29 <8 9 <8 <8 13 <8 <8 26 <8 <8 <8 <8
Suspensos
Sólidos Totais mg/L - 44 30 39 28 34 34 48 31 46 115 59 67 37 40 26 41 45 40 112 138 47 70 58 58
Sólidos Totais
mg/L 500 43 28 37 27 28 32 24 26 33 35 35 36 34 31 24 40 33 38 111 84 37 72 55 63
Dissolvidos
Virtualmente
Óleos e Graxas mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10
Ausentes
Zinco Total mg/L 0,18 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,023 0,033 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,028 0,019 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,011 <0,01 0,014 0,01 23,7 <0,01 <0,01
Temperatura da
ºC - 23,8 22,5 16,8 15,1 17,9 21,8 16,8 21,4 21,7 21,7 19 22 19,8 20,5 19,2 19,8 16,6 20,9 21,1 22,8 24,1 <0,01 23,3 24,7
Água
XX: Valores em desconformidade com a legislação vigente (DN COPAM/CERH 01/08)
Fonte: Anglogold (2013)

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

1Córregos Carvoaria Velha e Laranjeiras


O ponto MCS01008, está localizado no córrego Carvoaria Velha afluente do Córrego Laranjeiras, e o
ponto MCS01010 situa-se no próprio córrego Laranjeiras, ambos localizados na AID do projeto.
Devido a estes corpos d’água fazerem parte da mesma micro-bacia, e após a confluência drenarem
para a Barragem de Contenção de Sedimentos existente na Mina Córrego do Sítio I, optou-se pela
realização da avaliação da qualidade dos mesmos de forma conjunta.

pH
10,0

5,0

0,0
set/11

nov/11

set/12
jul/11

nov/12
jul/12
fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13
1008 1010
Limite Inferior COPAM/CERH 01/08 (6) Limite Superior COPAM/CERH 01/08 (9)

Com relação ao pH, através dos resultados apresentados, observa-se que as águas do córrego
Laranjeiras no ponto MCS01010 possuem uma leve tendência a características ácidas, enquanto o
córrego Carvoaria Velha permanece em uma faixa de neutralidade.

Turbidez (mg/L)
300,0
200,0
mg/L

100,0
<0,5
0,0
fev/13
mar/13
jun/11

set/11

fev/12
mar/12
nov/11
jul/11

jun/12

set/12

nov/12
dez/11

jul/12

dez/12
mai/11

ago/11

mai/12
out/11

ago/12
jan/12

out/12

jan/13
abr/11

abr/12

1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (40 mg/L)

281
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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Cor verdadeira (mg Pt/L)


80
70
60 189
mg Pt/L

50
40
30
20
< 10
0

fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

nov/11
jul/11

jun/12

set/12

nov/12
dez/11

jul/12

dez/12
mai/11

ago/11

mai/12
out/11

ago/12
jan/12

out/12

jan/13
abr/11

abr/12
1008 1010 Limite COPAM 01/08 (75 mg pt/L)

Sólidos totais dissolvidos (mg/L)


600,0
400,0
mg/L

200,0
0,0
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

fev/12
nov/11
jul/11

jun/12

set/12

nov/12
jul/12
mai/11

ago/11

mai/12

ago/12
dez/11

dez/12
abr/11

out/11

abr/12
jan/12

out/12

jan/13
1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (500 mg/L)

Sólidos total suspensos (mg/L)


60,0 65 144
40,0
mg/L

20,0 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8
<8
0,0
nov/11
jul/11

nov/12
jul/12
fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11

jun/12

set/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13

1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (50 mg/L)

Comforme discutido anteriormente existe uma relação direta entre os parâmetros turbidez, cor
verdadeira e as variações de sólidos. Neste caso, verifica-se que em todas os resultados acima do
padrão para turbidez, são corroborados pelos valores encontrados para sólidos suspensos. As
concentrações de cor verdadeira, permaneceram abaixo do limite de detecção do método analítico
utilizado em grande parte das amostragens, excedendo ao padrão de 75mg Pt/L somente no mês
novembro/2011 no córrego Laranjeiras (Ponto MCS01010).

281
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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

DBO (mg/L)
8,0
6,0
mg/L

4,0
2,0
<1,0
0,0
jun/11

set/11

fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
nov/11
jul/11

jun/12

set/12

nov/12
jul/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12

ago/12
jan/12

out/12

jan/13
1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (3,0 mg/L)

Oxigênio dissolvido (mg/L)


10,0
8,0
mg/L

6,0
4,0
2,0
0,0
nov/11

nov/12
jul/11

jul/12
set/11

fev/12
mar/12

set/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

mai/12
out/11

abr/12

ago/12
jan/12

out/12

jan/13
1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (6 mg/L)

Para a DBO e oxigênio dissolvido, os resultados obtidos foram satisfatórios ou seja permaneceram de
acordo com os respectivos limites estabelecidos pela legilação estadual. Observa-se no entanto, um
pico em ambos os córregos com referência à DBO no mês de julho/2011.

Alumínio dissolvido (mg/L)


0,5
0,4
mg/L

0,3
0,2
0,1 <0,03<0,03 <0,03 <0,03<0,03 <0,03 <0,03 <0,03<0,03
0
jun/11

set/11

fev/12
mar/12
nov/11

set/12

fev/13
mar/13
jul/11

jun/12

nov/12
dez/11

jul/12

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13

1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (0,1 mg/L)

281
mg/L
mg/L mg/L

0
< 0,007
0,014
0,021
0,000
0,005
< 0,010
0,015
0
0,005
0,015
0,025

< 0,01
abr/11 abr/11 abr/11 0,02
mai/11 mai/11 mai/11
jun/11 jun/11 jun/11

1008
jul/11 jul/11 jul/11

1008
1008
ago/11 ago/11 ago/11
set/11 set/11 set/11
out/11 out/11 out/11

1010
nov/11 nov/11 nov/11

1010
1010
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A

dez/11 dez/11 dez/11


jan/12 jan/12 jan/12
fev/12 fev/12 fev/12
mar/12 mar/12 mar/12
abr/12 abr/12 abr/12
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

mai/12 mai/12 mai/12


Arsênio total (mg/L)

Cobre solúvel (mg/L)


Chumbo total (mg/L)

jun/12 jun/12 jun/12


jul/12 jul/12 jul/12
ago/12 ago/12 ago/12
set/12 set/12 set/12
out/12 Limite COPAM 01/08 (0,01 mg/L) out/12 out/12
Limite COPAM 01/08 (0,01 mg/L)

nov/12 nov/12 nov/12

Limite COPAM/CERH 01/08 (0,009 mg/L)


dez/12 dez/12 dez/12
jan/13 jan/13 jan/13
fev/13 fev/13 fev/13
mar/13 mar/13 mar/13

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Zinco total (mg/L)


0,20
0,16
mg/L

0,12
0,08
0,04 < 0,01
0,00
set/11

nov/11

set/12
jul/11

nov/12
jul/12
fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

out/11

abr/12
mai/12
jan/12

ago/12

out/12

jan/13
1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (0,18 mg/L)

Ferro dissolvido (mg/L)


0,50
0,40
mg/L

0,30
0,20
0,10
0,00
nov/11

nov/12
jul/11

jul/12
set/11

fev/12
mar/12

set/12

fev/13
mar/13
jun/11

jun/12
dez/11

dez/12
abr/11
mai/11

ago/11

mai/12
out/11

abr/12

ago/12
jan/12

out/12

jan/13
1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (0,3 mg/L)

É importante reforçar que a grande maioria dos resultados obtidos para todos os metais e semimetais
avaliados, a exceção do ferro dissolvido, permaneceram inferiores aos limites de detecção dos
metodos de amotragens utilizados e conseguentemente de acordo com os padrões ambientais.
Observa-se alguns picos acima dos respectivos limites, no entanto a curva evolutiva apresentada não
representa nenhuma tendência a redução da qualidade. Com relação ao ferro, este metal é
comumente encontrado na região, assim sendo, a sua ocorrência na forma dissolvida é considerada
natural.

281
mg/L mg/L mg/L

0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
0,00
< 0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,00
< 2,50
5,00
7,50
10,00
12,50
abr/11 abr/11
abr/11
mai/11 mai/11

<0,1<0,1
mai/11
jun/11 jun/11
jun/11
jul/11 jul/11

1008
1008
jul/11

1008
ago/11 ago/11 ago/11
set/11 set/11 set/11
out/11 out/11 out/11

1010
1010
nov/11 nov/11

1010
nov/11

<0,1<0,1<0,1<0,1<0,1
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A

dez/11 dez/11 dez/11


jan/12 jan/12 jan/12
fev/12 fev/12 fev/12
mar/12 mar/12 mar/12
abr/12 abr/12 abr/12
Nitritos (mg/L)
Nitratos (mg/L)
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

mai/12 mai/12 mai/12


jun/12 jun/12 jun/12
jul/12 jul/12

Nitrogênio amoniacal (mg/L)


jul/12
ago/12 ago/12 ago/12
set/12 set/12 set/12
out/12 out/12 out/12

<0,1<0,1<0,1<0,1
Limite COPAM/CERH 01/08 (1 mg/L)
nov/12 nov/12
Limite COPAM/CERH 01/08 (10 mg/L)

nov/12

Limite COPAM/CERH 01/08 (2,0 mg/L)


0,1

dez/12 dez/12 dez/12

<0,1
jan/13 jan/13 jan/13
fev/13 fev/13 fev/13
mar/13 mar/13 mar/13

<0,1<0,1

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Conforme já mencionado, a presenção de nitrogênio nas águas é uma forma de avaliar possiveis
contribuições das atividades de detonações das atividades minerárias. Observa-se no entanto que os
resultadoa apresentados demosntram que estes compostos não são comumente encontrados nas dos
córregos Carvoaria Velha e Laranjeiras, localizados no interior da Mina Córrego do Sítio I.

Sulfatos (mg/L)
300,00
200,00
mg/L

100,00
<5
0,00
fev/12
mar/12

fev/13
mar/13
jun/11

set/11
jul/11

nov/11

jun/12

set/12
jul/12

nov/12
mai/11

ago/11

mai/12

ago/12
dez/11

dez/12
abr/11

out/11

abr/12
jan/12

out/12

jan/13
1008 1010 Limite COPAM/CERH 01/08 (250 mg/L)

Conforme pode ser visto no gráfico apresentado, a maioria dos resultados permaneceu abaixo do
limite de detecção (5mg/L) nos dois córregos.

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QUADRO 8.3.15 – RESULTADOS DO MONITORAMENTO – PONTO MCS01008

LIMITES DATA - PONTO MCS01008


PARÂMETROS UNIDADES (DN COPAM/CERH
ABR/11 MAI/11 JUN/11 JUL/11 AGO/11 SET/11 OUT/11 NOV/11 DEZ/11 JAN/12 FEV/12 MAR/12 ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12 OUT/12 NOV/12 DEZ/12 JAN/13 FEV/13 MAR/13
01/08 – CLASSE 1)
Acidez mg/L - <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5
Alumínio
mg/L 0,1 0,034 0,039 0,262 <0,03 0,07 <0,03 0,03 0,05 0,19 0,07 0,14 0,03 0,04 0,32 0,05 0,051 <0,03 0,044 <0,03 0,08 0,05 <0,03 0,034 0,054
Dissolvido
Alcalinidade
mg/L - 52 55 58 61 56 52 43 40 46 27 45 82 55 57 58 44 57 71 46 47 73 96 66 66
Total
Arsênio Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,02 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Cálcio mg/L - 17,44 22,06 2,02 231,4 8,53 23,55 22,37 3 18,5 12,7 17,47 23,92 7,31 28,99 19,31 0,88 32,7 24,33 16,61 21,14 32,09 9,5 23,05 23,5
Condutividade μS/cm - 149,3 131,7 126,2 140 59,9 159,2 176,8 38,7 150 92,8 149,7 203 132,3 196 167,3 33,6 170,4 148,2 123,3 176,2 191,3 238 173,2 203
Cobre Total mg/L - <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,012 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007
Cloretos mg/L 250 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 0,79 <2,5
Cobre Dissolvido mg/L 0,009 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,012 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007
Ferro Dissolvido mg/L 0,3 0,3 0,11 0,141 0,028 0,086 <0,01 0,054 0,12 0,29 0,299 0,137 0,096 0,136 0,39 0,028 0,05 0,234 0,084 0,062 0,15 0,04 0,11 0,07 0,091
3,7 para pH ≤ 7,5
Nitrogênio 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0
mg/L 0,24 0,32 <0,1 0,24 0,18 <0,1 <0,1 0,26 0,53 0,39 <0,1 0,31 0,3 0,25 0,23 0,23 0,11 0,21 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1
Amoniacal 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5
0,5 para pH ≥ 8,5
Nitrito mg/L 1 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,1 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Nitrato mg/L 10 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5
pH - Entre 6,0 e 9,0 7,17 7,29 7,44 7,52 7,29 7,21 7,22 6,61 7,31 7,1 6,89 7,22 7,3 7,06 7,4 5,91 7,72 7,59 7,03 7,3 7,45 7,73 7,35 7,51
Sulfato mg/L 250 16,3 11,56 9,66 14,2 <5 23,8 39,68 6,5 27,14 7,89 15,9 21 9,9 31,16 14,9 11,5 10,6 10,6 8,3 37,6 17,4 19,1 18,4 14,3
Nível de cor natural
Cor Verdadeira mg PtCo/L <10 <10 <10 <10 35 <10 47,9 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10
do corpo de água
DBO mg/L <3 <1 <1 <1 7,3 <1 <1 <1 <1 1,28 1,25 <1 1,15 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1
Dureza Total mg/L - 72,2 84,63 <8 856,4 29,95 94,38 91,62 10,7 76,29 30,12 92,41 117,71 26,73 114,53 66,7 93,52 122 94,92 59,2 99,64 104,22 134,4 90,58 86,2
Turbidez UNT 40 2,1 1,4 0,9 0,8 47 10 85 95 11 110 19 18 11 240 2,6 3 1,6 1,2 2,9 75 4,9 1,4 55 3,6
DQO mg/L - 1,6 <2 <2 <2 <2 4,1 2 <2 2 5,2 2,8 5,2 4,8 <2 <2 <2 <2 <2 <2 2,8 2,4 <2 <2 2,8
Manganês
mg/L - 1,59 0,787 1,13 0,525 0,44 0,033 0,121 0,03 0,41 0,354 0,229 0,469 0,135 0,116 0,153 0,1 0,24 0,058 0,019 0,076 0,1 0,074 0,3 0,24
Dissolvido
Níquel Total mg/L 0,025 0,017 <0,01 <0,01 <0,01 0,017 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,012 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Oxigênio
mg/L >6 7,17 7,45 8,17 8,25 7,58 7,9 7,25 7,17 6,41 7,64 6,52 7,26 6,82 7,97 7,79 8,01 7,48 7,1 6,47 6,47 6,79 6,58 7,03 7,23
Dissolvido
Chumbo Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,013 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Sólidos Totais
mg/L 50 <8 <8 <8 <8 22 <8 40 43 <8 65 <8 <8 <8 144 <8 <8 <8 <8 <8 40 <8 <8 24 <8
Suspensos
Sólidos Totais mg/L - 115 93 89 91 97 117 157 113 107 134 114 119 92 279 118 128 120 109 71 150 102 146 140 115
Sólidos Totais
mg/L 500 111 88 86 89 73 113 116 69 104 69 110 118 90 135 115 127 116 108 69 109 96 142 119 92
Dissolvidos
Virtualmente
Óleos e Graxas mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10
Ausentes
Temperatura da
ºC - 22,8 18,3 17,7 19,1 20,7 20,8 22,1 22,8 19,9 19,4 19,3 21,6 19 20,2 21,1 20,4 22,6 22,4 23,4 25,1 26,7 27,2 25 27,4
Água
Zinco Total mg/L 0,18 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,018 <0,01 <0,01 0,02 0,021 <0,01 <0,01 0,029 0,021 <0,01 0,036 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01

XX: Valores em desconformidade com a legislação vigente (DN COPAM/CERH 01/08)


Fonte: Anglogold (2013)

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

QUADRO 8.3.16 – RESULTADOS DO MONITORAMENTO – PONTO MCS01010

LIMITES DATA - PONTO MCS01010


PARÂMETROS UNIDADES (DN COPAM/CERH
ABR/11 MAI/11 JUN/11 JUL/11 AGO/11 SET/11 OUT/11 NOV/11 DEZ/11 JAN/12 FEV/12 MAR/12 ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12 OUT/12 NOV/12 DEZ/12 JAN/13 FEV/13 MAR/13
01/08 – CLASSE 1)
Acidez mg/L - <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5
Alumínio
mg/L 0,1 0,079 0,063 0,05 <0,03 0,03 <0,03 0,018 0,19 0,038 0,043 0,085 0,151 0,042 0,036 0,031 <0,03 0,057 0,051 <0,03 0,029 <0,03 <0,03 <0,03 0,043
Dissolvido
Alcalinidade
mg/L - <5 6 7 <5 6 7 <5 9 <5 7 5 7 7 9 8 6 6 6 <5 7 8 6 8 4
Total
Arsênio Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Cálcio mg/L - <1 <1 <1 8,66 0,9 <1 <1 51,2 1,2 2,82 1,85 1,96 1,35 2,38 1,47 1,71 1,26 1,5 <1 1,9 1,63 1,4 22,42 1,72
Condutividade μS/cm - 16,6 18,4 20 16,8 14,8 16,3 15,8 35,4 17,2 26,1 19,9 27,9 19 25,3 20,8 178,9 16,3 23 26,3 25,4 26,2 19,8 26,3 22,4
Cobre Total mg/L - <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,009 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007
Cloretos mg/L 250 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 2,7 <2,5 <2,5 2,6 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5
Cobre Dissolvido mg/L 0,009 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 0,014 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007 <0,007
Ferro Dissolvido mg/L 0,3 <0,01 0,035 0,097 0,039 0,055 0,064 0,049 0,34 0,045 0,094 0,072 0,409 0,077 0,102 0,079 0,088 0,091 0,199 0,147 0,12 <0,01 0,085 0,084 0,069
3,7 para pH ≤ 7,5
Nitrogênio 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0
mg/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,17 0,16 0,125 0,13 0,34 0,29 0,23 0,23 <0,1 0,15 0,13 0,11 <0,1 0,1 0,01 0,13
Amoniacal 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5
0,5 para pH ≥ 8,5
Nitrito mg/L 1 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Nitrato mg/L 10 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5 <2,5
pH - Entre 6,0 e 9,0 6,09 5,85 6,26 6,08 5,88 6,22 5,76 7,26 6,02 6,33 6,26 6,29 6,09 6,29 6,11 6,34 6,7 6,72 6,01 6,18 6,05 6,52 6,24 7,21
Sulfato mg/L 250 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 6,11 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5
Nível de cor natural
Cor Verdadeira mg PtCo/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 189 <10 <10 10,6 17 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 26,2 <10 <10 <10
do corpo de água
DBO mg/L <3 <1 <1 <1 6,53 1,3 <1 <1 <1 1,02 2,48 <1 1,08 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 1,02
Dureza Total mg/L - <8 <8 <8 70,42 163,6 <8 <8 220 <8 11 14,17 10,55 7,69 12,82 <8 8,69 10,3 <8 <8 12,59 8,98 <8 11,06 8,78
Turbidez UNT 40 2,8 1,7 0,7 3,2 <0,5 0,6 0,6 4,4 7,3 15 6,9 15 45 6,5 3,4 3,7 0,9 4,1 <0,5 3,9 2,2 3,6 2,5 3,9
DQO mg/L - 2,4 <2 <2 <2 5,7 2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2 <2
Manganês
mg/L - <0,01 0,011 0,014 0,011 <0,01 <0,01 0,014 0,02 0,011 0,032 0,014 0,016 <0,01 0,014 0,016 <0,01 0,019 0,039 0,019 0,027 <0,01 0,029 0,017 0,025
Dissolvido
Níquel Total mg/L 0,025 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
Oxigênio
mg/L >6 6,72 6,41 6,84 5,94 6,57 6,54 6,82 6,99 6,36 7,85 6,89 6,89 6,95 8,15 7,44 7,84 7,12 7,05 6,25 6,25 6,53 6,37 7,77 6,47
Dissolvido
Chumbo Total mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01
Sólidos Totais
mg/L 50 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 21 <8 11 30 18 <8 11 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8
Suspensos
Sólidos Totais mg/L - 31 25 28 25 26 26 18 47 35 60 31 50 61 34 33 38 24 24 33 29 37 38 34 24
Sólidos Totais
mg/L 500 30 25 28 23 22 25 16 43 32 38 25 40 32 17 28 26 23 22 32 27 34 30 32 25
Dissolvidos
Virtualmente
Óleos e Graxas mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10
Ausentes
Temperatura da
ºC - 21,5 17,8 18,3 19 20,6 19,6 20,3 21,8 20 20 19,3 21 19,8 20,1 20,6 19,9 21,3 21,8 21,7 23,9 25,1 24,2 23,1 26,1
Água
Zinco Total mg/L 0,18 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,024 0,02 0,01 <0,01 <0,01 0,041 0,016 0,018 0,014 0,013 <0,01 0,013 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 <0,01 <0,01

XX: Valores em desconformidade com a legislação vigente (DN COPAM/CERH 01/08)


Fonte: Anglogold (2013)
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1Efluente do dique de finos existente no córrego Crista


Em comparação com os limites estabelecidos para efluentes na Deliberação Normativa Conjunta
COPAM/CERH-MG nº01/2008, os resultados da campanha de monitoramento do ponto MCS01015,
localizado no córrego Crista na drenagem de fundo da pilha apresentou todas as concentrações dos
parâmetros avaliados de acordo com a legislação.
QUADRO 8.3.17 – RESULTADOS MONITORAMENTO – PONTO MCS01015

PARÂMETROS UNIDADES LIMITES RESULTADOS


Alumínio Total mg/L - 0,071
Arsênio Dissolvido mg/L - <0,01
Arsênio Total mg/L 0,2 <0,01
Condutividade Elétrica μS/cm - 82,1
Cor Verdadeira FTU - <10
Cobre Total mg/L - <0,007
Ferro Dissolvido mg/L 15,0 0,084
Ferro Total mg/L - 0,6
Manganês Dissolvido mg/L 1,0 0,54
Manganês Total mg/L - 0,55
Níquel Total mg/L 1,0 <0,01
Oxigênio Dissolvido mg/L - 6,76
Óleos e Graxas mg/L 20,0 <10
Chumbo Total mg/L 0,1 <0,01
pH - Entre 6,0 e 9,0 7,33
Sulfatos mg/L - <5
Sólidos Sedimentáveis mL/L 1,0 <0,1
Sólidos Dissolvidos Totais mg/L - 60
Sólidos em Suspensão mg/L 100 <8
Turbidez FTU - 6,1
Zinco Total mg/L 5,0 <0,01
Fonte: ANGLOGOLD (2013).

1Conclusões
Após análise dos resultados das campanhas de monitoramento da qualidade das águas superficiais e
da drenagem da pilha, na área do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, foi constatado
que, de uma maneira geral, os parâmetros analisados encontraram-se em conformidade com os
limites legais estabelecidos pela legislação ambiental. Verificou-se que na maioria da vezes em que
foram detectados parâmetros com concentrações em desconformidade com os limites estabelecidos
pela legislação, o número de resultados quanto as concentrações demonstraram valores baixos,
sendo esses justificados basicamente pela variação pluviométrica.

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

8.3.9. Qualidade do ar
8.3.9.1. Metodologia
A qualidade do ar no entorno da área do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista foi avaliada
através do levantamento das concentrações de partículas totais em suspensão (PTS).

As coletas foram realizadas pelo laboratório Ecoar Monitoramento Ambiental Ltda., no período
compreendido entre 29 de abril de 2012 e 27 de fevereiro de 2013, com duração de 24 horas
ininterruptas para cada coleta, considerando a periodicidade trimestral em cada ponto. Foi utilizado
um amostrador de grande volume (HI-VOL), com registro contínuo de vazão e previamente calibrado,
para a medição das concentrações de PTS.

A metodologia aplicada atendeu as seguintes normas:

 NBR ABNT 9547 – Material Particulado em suspensão no ar ambiente – determinação da


concentração total pelo método do amostrador de grandes volumes.

 US EPA Reference Method for the Determination of Particulate Matter in the Atmosphere, contido no
Federal Register 40 CFR 50, Appendix B.

 US EPA Guideline for Reporting of Daily Air Quality - Pollutant Standards Index (PSI).

Para a caracterização da qualidade do ar na região do empreendimento foram utilizados os dados do


monitoramento executado pela AngloGold Ashanti em três pontos de monitoramento, localizados
dentro da AID do meio socioeconômico do projeto. O mapa contendo a localização do ponto de
monitoramento é apresentado na Figura 8.3.23 – Pontos de Amostragem da Qualidade do Ar.

O Quadro 8.3.18, a seguir, apresenta as informações dos pontos de monitoramento selecionados.


QUADRO 8.3.18 – PONTOS DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DO AR

COORDENADAS GEOGRÁFICAS
PONTO LOCALIZAÇÃO
UTM
655.482E
PT-01 Casa Dona Maria da Conceição
7.786.892 N
658.365 E
PT-02 Casa do Sr. Zeca
7.785.465 N
659.904 E
PT-03 Rodovia Caraça Km 809
7.787.623 N
Fonte: AngloGold, 2013.

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

FIGURA 8.3.23 – PONTOS DE AMOSTRAGEM DA QUALIDADE DO AR


PRODUÇÃO - Inserir figura em A3

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Para a avaliação da qualidade do ar os resultados de monitoramento foram comparados com os


limites indicados na Deliberação Normativa COPAM nº 01/1981, e na Resolução CONAMA nº 3/1990,
que definem padrões de qualidade do ar. Essas legislações estabelecem limites iguais para
concentrações de partículas totais em suspensão no ar ambiente. A Resolução CONAMA nº 3/1990, no
entanto, estabelece ainda os seguintes conceitos:

I - Padrões primários de qualidade do ar - são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas,


poderão afetar a saúde da população;

II - Padrões secundários de qualidade do ar - são as concentrações de poluentes abaixo das quais se


prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à
flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

Tendo em vista que o estado de Minas Gerais não possui uma legislação específica para definição das
áreas onde deverão ser aplicados os padrões secundários, serão considerados neste estudo os
padrões primários de qualidade do ar estabelecidos de acordo com a legislação federal. Os padrões
definidos pela Resolução CONAMA nº03/1990 são apresentados no Quadro 8.3.19, a seguir.

QUADRO 8.3.19 – LIMITES ESTABELECIDOS PELA RESOLUÇÃO CONAMA Nº03/1990

LEGISLAÇÃO PADRÃO VALOR OBSERVAÇÃO


Concentração média geométrica anual 80g/m³ -
Resolução Não deve ser
CONAMA excedida mais
Nº03/90 Concentração média de 24 horas 240g/m³
de uma vez
por ano

8.3.9.2. Resultados
Os resultados das amostragens de qualidade do ar foram compilados na forma de quadro e são
apresentados a seguir.
QUADRO 8.3.20. – RESULTADOS DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR – PTS

CONCENTRAÇÃO DE PTS (G/M³)


PERÍODO
PT-01 PT-02 PT-03
Abril/2012 31 23 25
Julho/2012 57 64 48
Novembro/2012 88 6 24
Fevereiro/2013 38 20 16
Média Geométrica Anual 49,3 20,5 26,1
Fonte: AngloGold, 2013.

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Os resultados analíticos de partículas totais em suspensão (PTS) demonstraram que os limites


estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 03/1990 para as médias de 24h e para média geométrica
anual foram respeitados em todos os pontos de monitoramento avaliados, atestando uma qualidade
do ar satisfatória.

8.3.10. Ruído Ambiental


8.3.10.1. Metodologia
A avaliação dos níveis de ruído consistiu na verificação quantitativa dos níveis de pressão sonora em
cada ponto monitorado e comparando-os com os limites estabelecidos pela legislação vigente. O
diagnóstico de ruído ambiental apresenta, dessa forma, os resultados do atual Programa de
Monitoramento de Ruído executado pela AngloGold Ashanti, utilizando para análise os valores
amostrados em uma campanha realizada em 23 de janeiro de 2013.

Considerando que os pontos analisados localizam-se na AID do meio socioeconômico, esse


diagnóstico servirá como referência para avaliações futuras de ruído ambiental, ou seja, para estudos
após a implantação do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista.

Considerando as emissões sonoras geradas nas atividades atualmente existentes na área do projeto,
utilizou-se como parâmetro o Nível Equivalente Contínuo (Leq), um índice de referência de ruído que,
emitido de forma constante, apresenta a mesma energia da fonte medida na prática. Os seguintes
parâmetros foram também contemplados:

 L90: nível de ruído ultrapassado em 90% do tempo, considerado como “ruído de fundo”;

 L10: nível de ruído ultrapassado em 10% do tempo considerado nível sonoro máximo,
desconsiderando os picos isolados.

A Figura 8.3.24 – Pontos de Amostragem de Ruído Ambiental apresenta a localização dos pontos de
monitoramento de ruído ambiental. No Quadro 8.3.21 são listados os pontos de monitoramento e as
suas coordenadas geográficas.

QUADRO 8.3.21 - DESCRIÇÃO DOS PONTOS UTILIZADOS PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO

PONTO DE COORDENADAS
LOCALIZAÇÃO DATA DA AMOSTRAGEM
MONITORAMENTO GEOGRÁFICAS UTM
658.410 E
Ponto 1 Fazenda Paraíso
7.785.513 N
654.697 E
Ponto 2 Portaria 23 de janeiro de 2013
7.786.221 N
655.266 E Residência da Sra. Maria
Ponto 3
7.786.819 N das Dores Cunha
Fonte: AngloGold Ashanti, 2013.

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FIGURA 8.3.24 – PONTOS DE AMOSTRAGEM DE RUÍDO AMBIENTAL


PRODUÇÃO - Inserir figura em A3

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A legislação vigente sobre os níveis de ruído no âmbito federal é a Resolução CONAMA n°01/1990,
que determina os valores máximos estipulados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT,
de acordo com critérios estabelecidos na norma técnica NBR 10.151/2000 – “Avaliação do Ruído em
Áreas Habitadas, visando ao Conforto da Comunidade”, para ruídos emitidos em decorrência de
quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas.

A referida norma técnica (ABNT NBR 10.151/2000) considera recomendáveis, para conforto acústico,
os níveis máximos de ruído externo apresentados no Quadro 8.3.22, a seguir.

QUADRO 8.3.22 - LIMITES DE RUÍDO – NORMA ABNT – NBR 10.151/2000

TIPOS DE ÁREA DIURNO (DB(A)) NOTURNO (DB(A))


Áreas de sítios e fazendas 40 35
Áreas estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60

Fonte: ABNT NBR 10.151/2000.

Para o presente estudo, adotaram-se para avaliação dos níveis de ruído com os limites federais a
categoria “Áreas de sítios e fazendas”, para os Pontos 1 e 3, e “Área estritamente industrial” para o
Ponto 2.

No caso do Estado de Minas Gerais, a Lei nº 10.100/1990 estabelece os níveis máximos de ruído
admitidos e apresenta valores menos restritivos que os determinados pela Resolução CONAMA
n°01/1990. Segundo essa Resolução, consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego
públicos quaisquer ruídos que:

 atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som superior a 10dB(A), acima
do ruído de fundo existente no local, sem tráfego;

 independentemente do ruído de fundo, atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm


origem, nível sonoro superior a 70 dB(A), durante o dia, e 60 dB(A), durante a noite;

 explicitado o horário noturno como aquele compreendido entre 22h e 6h, se outro não estiver
estabelecido na legislação municipal pertinente.

8.3.10.2. Resultados
O relatório contendo os resultados das campanhas de monitoramento de ruído nos pontos avaliados
é apresentado no Anexo 06 deste documento. Os Quadros 8.3.23 e 8.3.24, a seguir, resumem os
resultados em cada ponto, dentro dos períodos de análise considerados.

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QUADRO 8.3.23 - RESULTADOS DO MONITORAMENTODE RUÍDO – PERÍODO DIURNO

PONTO DE RESULTADO DO
DATA / HORÁRIO DAS MEDIÇÕES
MONITORAMENTO MONITORAMENTO DB(A)
Início: 23/01/13 – 14:44h
Ponto 1 43
Término: 23/01/13 – 14:54h
Início: 23/01/13 – 15:24h
Ponto 2 62
Término: 23/01/13 – 15:34h
Início: 23/01/13 – 15:10h
Ponto 3 58
Término: 23/01/13 – 15:20h

QUADRO 8.3.24 - RESULTADOS DO MONITORAMENTODE RUÍDO – PERÍODO NOTURNO

PONTO DE RESULTADO DO
DATA / HORÁRIO DAS MEDIÇÕES
MONITORAMENTO MONITORAMENTO DB(A)
Início: 23/01/13 – 22:19h
Ponto 1 42
Término: 23/01/13 – 14:54h
Início: 23/01/13 – 23:13h
Ponto 2 43
Término: 23/01/13 – 23:23h
Início: 23/01/13 – 22:50h
Ponto 3 42
Término: 23/01/13 – 23:00h

Analisando-se os resultados de monitoramento de ruído nos pontos localizados na AID do projeto de


Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, verificou-se que, quando comparados com os limites
estabelecidos pela legislação federal, os níveis de ruído estiveram acima dos limites de referência nos
Pontos 1 e 3 (Fazenda Paraíso e Residência da Sra. Maria das Dores Cunha, respectivamente) para as
amostragens diurnas e noturnas. Ressalta-se no entanto que o ruído diagnosticado são oriundos dos
tráfegos de veículos e crinaças, conforme observado no laudo de monitoramento, Anexo 06.

Entretanto, quando comparados com a legislação estadual, todas as amostragens apresentaram


níveis de ruído dentro dos limites legais.

8.4. Meio Biótico


8.4.1. Metodologia geral
Para o diagnóstico ambiental do meio biótico referente à Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista,
primeiramente foi realizada a busca de dados secundários contidos em publicações científicas e
estudos ambientais disponíveis para a região de inserção do empreendimento. Os dados encontrados
foram compilados e compuseram, então, o diagnóstico regional apresentado nos grupos flora,
avifauna, mastofauna, herpetofauna e ictiofauna. Salienta-se que uma boa contextualização regional,
tanto do aspecto paisagístico quanto do aspecto específico de cada grupo mencionado, possibilita
um melhor entendimento da área de inserção do empreendimento no contexto regional,
possibilitando assim a correta análise do diagnóstico ambiental e impactos oriundos do
empreendimento.

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Em fase posterior, foram definidas as áreas de amostragem de flora e fauna e realizados os


levantamentos de campo para coleta de dados primários sobre os grupos bioindicadores utilizados no
presente estudo, a saber:

 Flora - entre os dias 07 e 17 de maio de 2013;

 Avifauna – entre os dias 14 e 16 de março e 22 e 24 de maio de 2013;

 Herpetofauna – entre os dias 26 e 27 de março e 06 e 07 de junho de 2013;

 Mastofauna - entre os dias 14 e 16 de março e 06 e 07 de junho de 2013;

 Ictiofauna - entre os dias 23 e 28 de março e 5 e 8 de agosto de 2013.

Após os trabalhos de campo, ocorreram reuniões de coordenação com as diferentes equipes para a
definição dos limites das áreas de influência do empreendimento e, por fim, foram elaborados os
diagnósticos específicos de cada tema, as análises dos impactos e as proposições das medidas de
controle, mitigação e monitoramento ambiental consideradas adequadas diante da implantação e
operação da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista.

Para a definição das áreas de influência e elaboração dos diagnósticos ambientais do meio biótico,
foram utilizadas as mesmas fontes listadas nos itens 7 e 8.1, que incluem imagens de satélite e bases
cartográficas do IBGE.

Os principais aspectos levantados e as metodologias específicas de cada área são apresentados a


seguir e consolidam o diagnóstico ambiental do meio biótico.

8.4.2. Contextualização biogeográfica e aspectos da biodiversidade


8.4.2.1. Inserção fitogeográfica e status de conservação regional
A região do presente estudo, de acordo com o mapa da área de aplicação da Lei Federal nº
11.428/2006 (IBGE, 2008), está inserida no Bioma Mata Atlântica. Em virtude de sua riqueza biológica e
nível de ameaça, a Mata Atlântica foi apontada como um dos hotspots mundiais, ou seja, uma das
áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade em todo o mundo (Myers et al., 2000;
Mittermeier et al., 2004). Devido à sua grande extensão territorial, o bioma apresenta grandes
variações de relevo, regimes pluviométricos e mosaicos de unidades fitogeográficas, as quais
contribuem para a grande biodiversidade encontrada nesse hotspot (Oliveira-Filho; Fontes, 2000; Silva;
Casteleti, 2003).

Apesar da perda expressiva de habitat, a Mata Atlântica ainda abriga uma parcela significativa da
diversidade biológica do Brasil com altos níveis de endemismo. As estimativas indicam que o bioma
possui, aproximadamente, 2.300 espécies de vertebrados e 15.782 espécies de plantas. Estima-se que
aproximadamente 740 espécies de vertebrados e 7.155 espécies de plantas sejam endêmicas, o que
representa, respectivamente, 32% e 45% do total de espécies desses grupos no bioma (Mittermeier et
al., 2004; Fonseca et al., 2004; Stehmann et al., 2009).

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Minas Gerais ainda apresenta remanescentes do que foi uma extensa faixa de florestas pertencentes
ao domínio da Mata Atlântica, atualmente reduzida à cerca de 4% de sua cobertura original (Costa et
al., 1998). Como resultado de fortes pressões econômicas e sociais, essas áreas florestais estão cada
vez mais fragmentadas e perturbadas, formando conjuntos isolados, que podem comprometer a
sobrevivência das populações das espécies vegetais e animais (Myers, 1997).

Assim, foi criada em 1994 a Área de Proteção Ambiental ao Sul da Região Metropolitana de Belo
Horizonte (APA-Sul RMBH), entre municípios de Barão de Cocais, Belo Horizonte, Brumadinho, Caeté,
Catas Altas, Ibirité, Itabirito, Mário Campos, Nova Lima, Raposos, Rio Acima, Santa Bárbara e Sarzedo
(Decreto n° 35.624/1994, regulamentado pela Lei Estadual no13.960/2001), abrangendo, desta forma,
os limites do empreendimento.

A região da APA-Sul RMBH é compreendida por parte das bacias dos rios Paraopeba, das Velhas e
Doce e está localizada em área coberta por Floresta Estacional Semidecidual e encraves de Cerrado e
Campo. Pouco se conhece sobre a diversidade biológica da APA-Sul RMBH, que foi incluída nas
prioridades para conservação da biodiversidade do estado de Minas Gerais, devido ao alto grau de
endemismo de plantas e animais e às constantes pressões de desmatamento, expansão urbana,
mineração e turismo na região (Costa et al.,1998; Drummond et al., 2005).

A serra do Caraça situa-se na porção meriodional da Cadeia do Espinhaço, numa área considerada de
alta importância para a conservação da avifauna da Mata Atlântica (Bencke et al., 2006; Alves et al.,
2007; Vasconcelos, 2009). Durante mais de um século, naturalistas europeus e brasileiros desbravaram
essa porção do território de Minas Gerais em busca de informações sobre a diversidade biológica
(Vasconcelos; Melo-Júnior, 2001). A RPPN Caraça constitui uma área de preservação ambiental com
fitofisionomias típicas dessa região, compreendendo uma área de 10.188ha (Camargos, 2001) de uma
riqueza valiosa em termos de representantes da flora e fauna de campos rupestres e Mata Atlântica
(Stattersfield et al., 1998; Vasconcelos; Melo-Júnior, 2001). Essa região possui um mosaico de
formações vegetacionais encontrados em habitat típico de campos de altitude e campos rupestres
(Vasconcelos, 2009).

A Cadeia do Espinhaço compreende um conjunto de serras localizadas nos estados de Minas Gerais e
Bahia (Derby, 1966; Harley; 1995). Na região existem várias espécies endêmicas de plantas e de
animais, de modo que a Cadeia do Espinhaço foi considerada um centro de diversidade vegetal pela
WWF/IUCN (Davis et al., 1997), incluída na lista da World Wildlife Funds’ Global 200 (WWF, 1997) e nas
áreas de endemismo de aves da BirdLife International (Stattersfield et al., 1998). Ela também foi
indicada como área de importância especial para conservação da biodiversidade em Minas Gerais
(Drummond et al., 2005), consistindo em uma área de extrema importância biológica para
conservação da biodiversidade do Cerrado (MMA et al., 1999) e da Mata Atlântica (Conservation
International et al., 2000).

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A porção meridional desse complexo montanhoso é conhecida por Quadrilátero Ferrífero, onde
ocorre uma grande variedade de habitat, devido, principalmente, ao fato de estar em uma zona de
contato entre os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, com a ocorrência de espécies de aves
endêmicas a ambas formações (Vasconcelos et al,. 1999). Destaca-se, ainda, que o Cerrado e a Mata
Atlântica estão incluídos entre os 25 hotspots mundiais, definidos como áreas que abrigam extrema
diversidade biológica e que, ao mesmo tempo, encontram-se entre as mais ameaçadas do planeta
(Mittermeier et al., 1999). Além disso, o Quadrilátero Ferrífero também é considerado como uma área
especial para a conservação da biodiversidade em Minas Gerais (Drummond et al., 2005).

Nesse contexto, encontra-se a região minerária da bacia do rio Santa Bárbara, afluente do rio
Piracicaba, principal afluente do rio Doce. Em 1949, o município de Santa Bárbara foi o principal
produtor de carvão vegetal para abastecimento das usinas siderúrgicas da região. As estradas de ferro
foram também grandes consumidoras das florestas originais e capoeiras da bacia do rio Doce
(Strauch, 1955). Hoje, predominam na região formações secundárias originadas após exploração da
Floresta Estacional Semidecidual, uma das principais fitofisionomias do Bioma Mata Atlântica.

8.4.2.2. Status do conhecimento faunístico das unidades da AngloGold Ashanti – Córrego do


Sítio I e II
A seguir, apresenta-se uma síntese do conhecimento científico relativo a fauna terrestre (avifauna,
mastofauna e herpetofauna) e aquática (ictiofauna) obtida através de diversos estudos ambientais
realizados nas unidades de Córrego do Sítio I e II, de propriedades da AngloGold Ashanti localizadas
no município de Santa Bárbara, Minas Gerais.

Ao longo dos anos a Sete Soluções e Tecnologia Ambiental LTDA. vem desenvolvendo diversos
estudos ambientais (EIAs-RIMAs, PCAs, PUPs e outros) nas unidades de Córrego do Sítio I e II e, dentre
os principais estudos que contribuíram para o conhecimento da fauna terrestre e aquática presentes
nas respectivas unidades, cita-se:

 Estudo de Impacto Ambiental – Projeto Sulfetado – Mina Córrego do Sítio I (2009)

 Estudo de Impacto Ambiental – Alteamento da Barragem de Rejeitos Córrego do Sítio II – EL.816,0m


(2010)

 Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Cava Rosalino e Planta de Beneficiamento (2012)

 Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Rejeito CDS I (2012)

 Estudo de Impacto Ambiental – Projeto de Abertura da Cava João Burro (2012)

Durante os estudos citados, foram realizadas várias campanhas para inventário faunístico
compreendendo os períodos seco e úmido do ano, conforme demonstrado no Quadro 8.4.1 a seguir.

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QUADRO 8.4.1 – SÍNTESE DOS ESTUDOS JÁ REALIZADOS NAS UNIDADES DE CÓRREGO DO SÍTIO I E II E PERÍODOS DE AMOSTRAGEM PARA CADA GRUPO

GRUPOS ABORDADOS / PERÍODO DE COLETA DE DADOS


NOME DO ESTUDO ANO
AVIFAUNA MASTOFAUNA HERPETOFAUNA ICTIOFAUNA
*Entre os dias 21 e 22 de
janeiro de 2008 e entre
*Entre os dias 12 a 21 *Entre os dias 17 a 20 *Entre os dias 11 e
Estudo de Impacto Ambiental – Projeto Sulfetado – Mina 28 de janeiro e 01 de
2009 de março de 2008 e 22 de janeiro e de 12 a 15 15 de março de
Córrego do Sítio I fevereiro de 2008
a 26 de abril de 2009 de fevereiro de 2008 2008
*Entre os dias 25 e 26 de
abril de 2009
*Entre os dias 27 de
Estudo de Impacto Ambiental – Alteamento da *Entre os dias 17 a 22 de *Entre os dias 17 e 20 *Entre os dias 24 e
2010 maio e 03 de junho de
Barragem de Rejeitos Córrego do Sítio II – EL.816,0m maio de 2010 de maio de 2010 28 de maio de 2010
2010
*Entre os dias 15 e 20 *Entre os dias 27 a 30
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Cava
*Entre os dias 01 a 03 de de setembro de 2011, de setembro de 2011,
Rosalino e Planta de Beneficiamento – Mina Córrego do 2012 -
outubro de 2011 12 e 18 de março de e no dia 10 de março
Sítio I
2012 de 2012
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de *No dia 03 de outubro de *No dia 27 de setembro *Entre os dias 13 a 20
2012 -
Rejeito CDS I – Mina Córrego do Sítio I 2011 de 2011 de setembro de 2011
*Entre os dias 30 de
Estudo de Impacto Ambiental – Projeto de Abertura da *Entre os dias 28 e 30 de *Entre os dias 15 e 20
2012 setembro e 02 de -
Cava João Burro – Mina Córrego do Sítio I setembro de 2011 de setembro de 2011
outubro de 2011
Total de dias de amostragem em todos os estudos 22 40 31 10

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Conforme demonstrado no Quadro 8.4.1, as unidades de Córrego do Sítio I e II possuem atualmente


dados robustos sobre a fauna terrestre e aquática ali presente e, associado a este conhecimento, cita-
se também a proximidade com uma das mais importantes Unidades de Conservação do estado de
Minas Gerais, a RPPN Caraça, detentora de um grande esforço despendido em estudos científicos
relativos a fauna, agregando consideravelmente no conhecimento local/regional. Salienta-se que os
dados contidos em estudos realizados na RPPN Caraça, são utilizados como dados secundários e
compõem os estudos ambientais desenvolvidos nas unidades da AngloGold Ashanti no município de
Santa Bárbara, Minas Gerais.

Outro aspecto regional a se destacar é homogeneidade em relação à cobertura vegetal presente nas
unidades de Córrego do Sítio I e II, sendo em grande parte, representada por áreas florestadas
(Floresta Estacional Semidecidual em diversos estágios de regeneração). Além da Floresta Estacional
Semidecidual, podem ser observados trechos com predominância de Candeia além de áreas
antropizadas, decorrentes da própria atividade de mineração. Esta região caracteriza-se com um dos
mais importantes blocos florestais de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, compreendendo
remanescentes situados na RPPN Caraça, Serra da Gandarela e nos municípios de Santa Bárbara, Barão
de Cocais, Caeté, Nova Lima e Raposos.

Em termos numéricos, foram registradas para as unidades de Córrego do Sítio I e II, nos estudos
desenvolvidos, 244 espécies de aves, 31 espécies de mamíferos (pequenos mamíferos não voadores /
mamíferos de médio e grande porte), 28 espécies de anfíbios, 03 espécies de répteis e 19 espécies de
peixes. Desta forma, pode-se dizer que, a região de inserção das Unidades de Córrego do Sítio I e II
compreende uma das mais bem conhecidas em termos faunísticos do estado de Minas Gerais.

Em relação a espacialização dos pontos de amostragem realizados nos estudos desenvolvidos nas
unidades da AngloGold Ashanti mencionadas anteriormente no Quadro 8.4.1, os mesmos encontram-
se espacializados em praticamente todo o limite das propriedades, propiciando assim o correto
entendimento da dinâmica e distribuição das espécies diagnosticadas nestas unidades (Desenhos 06
a 09 do Anexo 10).

Grande parte dos estudos já desenvolvidos apresentam áreas de influência coincidentes entre objetos
distintos de licenciamento, englobando e contendo pontos de amostragem inclusive, na ADA e AID
do presente estudo – Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista (Desenhos 06 a 09 do Anexo 10).

Diante deste cenário e, levando em consideração o número de estudos desenvolvidos nestas


unidades, associados às informações regionais disponíveis, características da cobertura vegetal
expostas anteriormente (predominância de Floresta Estacional Semidecidual), além da manutenção
dos profissionais envolvidos nos estudos já realizados anteriormente pela Sete Soluções e Tecnologia
Ambiental LTDA., pode-se dizer que, todos os aspectos mencionados contribuem de forma
significativa para a realização de um diagnóstico robusto de qualquer objeto de licenciamento
ambiental localizado nestas unidades, bem como, a avaliação dos impactos ambientais oriundos da
instalação e operação dos mesmos.

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Ressalta-se que, a avaliação dos impactos ambientais do presente estudo leva em consideração todos
os dados faunísticos já obtidos em estudos anteriores, tais como, espécies raras, endêmicas e
ameaçadas de extinção, inclusive na definição da magnitude dos impactos diagnosticados para o
presente empreendimento. Esta diretriz justifica-se em função da heterogeneidade da cobertura
vegetal observada, fazendo com que todas as espécies já conhecidas para estas unidades, sejam elas
comuns, raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, por mais que não tenham sido registradas nas
campanhas específicas do presente estudo, apresentem elevado potencial de utilização dos
remanescentes localizados nas Áreas Diretamente Afetada (ADA) e de Influência Direta (AID) do
empreendimento em pauta.

8.4.3. Vegetação
8.4.3.1. Metodologia
Os estudos da vegetação influenciada pela Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista iniciaram-se com
análise de imagem de satélite na escala 1:10.000, com a sobreposição do layout do projeto e, pesquisa
bibliográfica sobre a região de inserção do empreendimento, em especial sobre a cobertura vegetal,
relevo e uso do solo.

A avaliação da cobertura vegetal teve como objetivo permitir uma abordagem quali-quantitativa da
cobertura vegetal presente e, para tal, foram feitas análises do ponto de vista florístico, fitofisionômico
e fitossociológico.

Ao longo dos remanescentes de vegetação presente buscou-se avaliar aspectos como estágio de
regeneração, conectividade e potencial como habitat e suporte alimentar para a fauna silvestre. A
avaliação da estrutura e do grau de conservação se baseou em parâmetros como estrutura vertical e
horizontal, adensamento do dossel, tipo de manejo e evidências de usos antropogênicos como
queimadas, corte seletivo e cultivo.

Para a classificação das fitofisionomias florestais utilizou-se a proposta no Manual Técnico da


Vegetação Brasileira (IBGE, 1992). A definição dos estágios sucessionais da vegetação florestal seguiu
os parâmetros apresentados na Resolução CONAMA no 392/2007, a qual define a vegetação primária e
secundária de regeneração de Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais.

1Levantamento Florístico
O levantamento florístico é um dos estudos iniciais e necessários para o conhecimento da flora de
determinada área que implica na produção de uma lista das espécies ali encontradas e contribui para
o estudo dos demais atributos da comunidade (Martins, 1990). Sua elaboração é importante para a
indicação do grau de conservação dos táxons, bem como da área inventariada (Guedes-Bruni et al.
2002). O conhecimento sobre as Florestas Tropicais desempenha papel fundamental na elaboração de
estratégias mundiais para a conservação da biodiversidade.

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O levantamento florístico da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista foi realizado concomitantemente


à coleta de dados fitossociológicos, de forma a enriquecer a listagem de espécies local. Para a
determinação da taxonomia das espécies não reconhecidas em campo foram realizadas consultas à
bibliografia especializada, ao herbário digital do New York Botanical Garden
(http://sciweb.nybg.org/science2/vii2.asp) e consulta ao herbário BHCB do Instituto de Ciências
Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Os nomes das espécies vegetais foram organizados em uma planilha do programa Excel, aos quais
foram acrescidos dados referentes ao porte, família botânica e, quando conhecido, nome popular. Os
táxons no nível de família seguem aqueles propostos na classificação do Angiosperm Phylogeny Group
(APG III, 2009) e os nomes dos autores das espécies são citados de acordo com Brummitt e Powell
(1992). Para a conferência de nomenclatura foi utilizada a Lista de Espécies da Flora do Brasil
disponível em (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2013/). A terminologia morfológica adotada foi baseada
na proposta pelo IBGE (1992), na qual foram consideradas como árvores as espécies lenhosas,
geralmente maiores que dois metros, com tronco definido e sem ramos na parte inferior e, como
arbustos as plantas lenhosas, sem tronco definido e com ramificação desde a base e ervas as espécies
não lenhosas.

Foi investigada ainda a presença de espécies raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção por meio
de consulta à Lista das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (Instrução Normativa
IBAMA 6/2008) e à Lista das Espécies da Flora Ameaçada de Extinção do Estado de Minas Gerais
(Fundação Biodiversitas, 2007). A última lista configura um banco de dados que contempla inúmeras
espécies raras, endêmicas, vulneráveis ou ameaçadas de extinção e, embora não se trate de uma lista
oficialmente reconhecida, é amplamente utilizada por pesquisadores.

1Levantamento Fitossociológico
A fitossociologia é uma das ferramentas utilizadas para a caracterização da diversidade biológica e da
estrutura das espécies num determinado ecossistema. O estudo fitossociológico fornece informações
sobre a estrutura da comunidade de uma determinada área, além de possíveis afinidades entre
espécies ou grupos de espécies, acrescentando dados quantitativos a respeito da estrutura da
vegetação (Silva et al., 2002).

Através da análise da estrutura da floresta, pode-se verificar como as espécies estão distribuídas em
todo o fragmento e também em seus diferentes estratos. Para a descrição da estrutura horizontal da
floresta, foram calculados os parâmetros fitossociológicos de densidade relativa (DR), frequência
relativa (FR), dominância relativa (DoR), valor de cobertura relativo (VC%) e índice de valor de
importância relativo (VI%) - Quadro 8.4.2. Calculou-se ainda o índice de diversidade de Shannon (H’) e
a equabilidade (J).

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Para a coleta de dados fitossociológicos no fragmento florestal existente na ADA, utilizou-se o método
de parcelas (Mueller-Dombois & Ellenberg, 1974), onde foram alocadas sete parcelas de 300m²
(10x30m) e mensurados todos os indivíduos arbóreos com circunferência à altura do peito (CAP),
medida a 1,30m acima do solo, igual ou superior a 15,7cm, tomando-se ainda as suas medidas de
altura comercial e altura total (Fotos 8.4.1 e 8.4.2).

Foto: Felipe Pena

Foto: Felipe Pena


FOTO 8.4.1: Marcação da parcela com fita zebrada e placa de FOTO 8.4.2: Medição dos indivíduos arbóreos com CAP
alumínio com o número de referência. igual ou superior a 15,7cm.

As árvores mortas em pé também foram aferidas, todavia, devido à ausência de material botânico, não
foi possível realizar sua identificação, sendo apresentadas como pertencentes a um mesmo grupo
denominado “mortas”.

QUADRO 8.4.2 - EQUAÇÕES UTILIZADAS PARA A ANÁLISE DA ESTRUTURA HORIZONTAL

Legenda: ni - número de indivíduos arbóreos amostrados da i-ésima espécie florestal; A – área total amostrada em hectare; AB – área basal em m²;
ui- número de unidades de amostra nas quais se encontra a i-ésima espécie; ut- número total de unidades de amostra.
PARÂMETROS DA ESTRUTURA HORIZONTAL EQUAÇÕES

Área Seccional (AS)
40.000
n
Área Basal (AB) AB   gi
i 1

DAi
DR i  S
 100
Densidade Relativa (DR%)
 DA
i 1
i

AB i
DoR i  S
 100
Dominância Relativa (DoR%)
 AB
i 1
i

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Continuação do Quadro 8.42


Legenda: ni - número de indivíduos arbóreos amostrados da i-ésima espécie florestal; A – área total amostrada em hectare; AB – área basal em m²;
ui- número de unidades de amostra nas quais se encontra a i-ésima espécie; ut- número total de unidades de amostra.
PARÂMETROS DA ESTRUTURA HORIZONTAL EQUAÇÕES
FAi
FR i  S
Frequência Relativa (FR%)
 FA
i 1
i

DR i  DoR i
Valor de Cobertura (VC%) VC i 
2
DR  DoR  FR
Índice de Valor de Importância (VI%) VI i (%) 
3

Foram alocadas na Área Diretamente Afetada (ADA) 12 parcelas, compondo uma área amostral total
de 0,36ha. Para a localização das parcelas em campo, elas tiveram seu eixo central marcado com fita
zebrada e as suas coordenadas geográficas anotadas.

O Quadro 8.4.3 a seguir apresenta o número de parcelas lançadas em cada fragmento da ADA e as
suas coordenadas geográficas e o Desenho 10 - Parcelas do Inventário florestal e fitossociologia,
Anexo 10 mostra a localização de cada parcela ao longo da área.

QUADRO 8.4.3 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DURANTE O ESTUDO FITOSSOCIOLÓGICO

Legenda: Sistema de Projeção = UTM (Universal Transverse Mercator); Datum = SAD 69, Fuso 23K
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
PARCELA INÍCIO DA PARCELA FIM DA PARCELA
UTM X UTM Y UTM X UTM Y
1 656959,9 7786866 656968,6 7786852
2 656509,6 7786863 656507,7 7786832
3 656897,1 7786701 656869,5 7786712
4 656888,6 7786757 656874,6 7786772
5 656719,5 7786780 656710,7 7786810
6 656763,6 7786743 656783,5 7786728
7 656730,2 7786691 656733,6 7786718
8 656835,1 7786696 656848,1 7786671
9 656922,6 7786888 656911,8 7786865
10 656773 7786923 656750,5 7786929
11 656535,4 7786924 656522,2 7786943
12 656965 7786906 656988,6 7786898

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8.4.3.2. Vegetação regional e da AII


Originalmente a cobertura vegetal nativa na região era representada, nas baixadas, pela Floresta
Estacional Semidecidual, nas cotas mais elevadas do relevo por matas de candeia, campos sujos,
campos limpos e, acima dos 900m, por campos rupestres. O cenário natural da região vem sendo
modificado desde o início do século XVIII, período da fundação de Santa Bárbara
(http://www.santabarbara.mg.gov.br/) e hoje, existem no município, várias minas a céu aberto, que
configuram fontes de alterações e consequentemente, ocasionando impactos à biodiversidade local.

A silvicultura de espécies exóticas, sobretudo de eucalipto (Eucalyptus spp.), se destaca na paisagem e


ocupa grandes extensões dos platôs e encostas. As atividades agropecuárias também estão presentes,
de forma que são encontradas diversas fisionomias associadas ao uso antrópico, como áreas de
cultivo, pastagens e faixas de servidão de linhas de transmissão, além de trechos de solos alterados,
por vezes expostos. Mesmo em um contexto onde a presença antrópica se mostra bastante atuante,
regionalmente, a paisagem, como aquela da inserção das Minas Córrego do Sítio, ainda apresenta
significativos remanescentes florestais de grandes dimensões, constituindo um mosaico de diferentes
estágios sucessionais.

8.4.3.3. Vegetação da AID e ADA


1Floresta Estacional Semidecidual – estágios inicial e médio de regeneração
Corresponde à fisionomia predominante na área do projeto encontrada nos estágios inicial e médio
de regeneração que ocupam na ADA 1,26ha e 19,66ha respectivamente, totalizando 43% dentre as
demais fisionomias encontradas.

Ao longo do gradiente altitudinal o trecho florestal estudado apresentou características distintas. De


forma geral, nos locais mais altos, a profundidade do solo limita o desenvolvimento dos indivíduos
arbóreos, constituindo um ambiente florestal com dossel mais baixo, com menores medias de DAP e
maior adensamento de indivíduos; próximo às drenagens o solo apresenta-se mais profundo o que
permite que as mesmas espécies arbóreas atinjam maiores alturas e circunferências, além da presença
de espécies associadas a ambientes mais úmidos como o samambaiuçú (Cyathea delgadii e C.
corcovadensis).

A supressão de alguns trechos no entorno da área para implantação de estradas de acesso, linha de
transmissão e para exploração mineral, causou alterações na estrutura florestal local deixando-a em
contato com áreas abertas e, portanto, expostos aos ventos e à penetração de luz e calor. Tais efeitos
de borda são responsáveis por mudanças no microclima, na estrutura e nos processos dinâmicos da
vegetação decorrentes da fragmentação, favorecendo o estabelecimento de espécies características
de áreas abertas, capazes de competir com as espécies nativas e alterar as características naturais do
ambiente.

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Próximo a essas áreas, a cobertura vegetal encontra-se alterada e influenciada pelos efeitos de borda,
predominando espécies pioneiras. Os impactos da supressão nesses locais foram significativos, e a
vegetação encontra-se em processo de recuperação. Espécies de trepadeiras e cipós, como Serjania
lethalis, são encontradas em abundância nestas áreas, assim como as herbáceas Bidens brasiliensis e
Emilia sp.

Em direção ás porções mais interioranas do fragmento, ainda com sinais de interferências, a vegetação
se apresenta mais estruturada, com melhor desenvolvimento de plântulas no sub-bosque
principalmente de espécies secundárias e clímax como jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra) e o
jequitibá (Cariniana estrellensis). No estrato arbóreo, destacaram-se a sangra-d’água (Croton
urucurana), o pombeiro (Tapirira obtusa), Endlicheria paniculata, a pata-de-vaca (Bauhinia cf. forficata) e
o ingá (Inga cylindrica).

Levando-se em consideração os parâmetros básicos descritos na Resolução CONAMA nº 392 de 2007,


foi possível definir que a classificação do estágio sucessional da cobertura vegetal de Floresta
Estacional Semidecidual encontrada na ADA da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista está
enquadrado nos estágios secundário inicial e médio de regeneração (Fotos 8.4.3 e 8.4.4).
Foto: Felipe Pena

Foto: Felipe Pena

FOTO 8.4.3: Aspecto geral do Fragmento de Floresta FOTO 8.4.4: Aspecto do interior do fragmento de Floresta
Estacional Semidecidual em estágio médio de Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração na
regeneração na ADA da Ampliação da Pilha de Ésteril ADA da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista.
de Crista.

1Vegetação intensivamente manejada


Trata-se da faixa de vegetação que acompanha o traçado de Linhas de Transmissão e distribuição de
energia elétrica que corta o fragmento de Floresta Estacional Semidecidual da ADA da Ampliação da
Pilha de Ésteril de Crista. A vegetação é suprimida periodicamente como prevenção à interferência nas
linhas de transmissão, de forma que são encontrados nesse local apenas jovens indivíduos de espécies
arbóreas pioneiras típicas de ambientes abertos como o pombeiro (Tapirira obtusa), a guaçatonga
(Casearia arborea), a copaíba (Copaifera langsdorffii), a embaúba (Cecropia pachystachya), dentre
outras (Foto 8.4.5).

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Foto: Felipe Pena


FOTO 8.4.5: Trecho de vegetação intensivamente manejada sob linha de
transmissão.

1Solo exposto
Totalizando cerca de 17% da ADA, são considerados nesta categoria os locais submetidos à
interferência antrópica que tiveram a sua cobertura vegetal original totalmente suprimida e
encontram-se atualmente com solo desnudo. Compreendem as estradas de acesso não pavimentadas
e áreas de exploração mineral, constituindo ambientes atualmente inexpressivos do ponto de vista da
conservação, por serem desprovidos de espécies vegetais silvestres (Foto 8.4.6).
Foto: Felipe Pena

FOTO 8.4.6: Área de exploração mineral na ADA da Pilha de Crista, caracterizando


solo exposto.

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1Talude revegetado/Talude com eucalipto


As áreas de talude revegetado na Pilha de Crista representam a segunda maior fisionomia encontrada
totalizando 18,16ha (12,04ha de talude revegetado e 6,12ha de talude com eucalipto). Correspondem
às áreas já alteradas no passado para a formação da pilha e implantação de acessos. Para promover a
proteção do solo e evitar perda de sedimentos e formação de erosões pela ação da chuva, espécies
exóticas rasteiras de rápido crescimento foram introduzidas nestes locais, tais como o capim meloso
(Melinis minutiflora) e o chique-chique (Crotalaria sp.) além da arbórea leucena (Leucaena leucocephala
)(Foto 8.4.7). É importante destacar que em determinados trechos dessa fisionomia foram
introduzidos indivíduos de Eucalyptus sp., que se encontram em diferentes estágios de crescimento.
Essas áreas foram denominadas “Talude com Eucalipto”, e de maneira geral, são pouco representativas
do ponto de vista da conservação por serem áreas muito abertas e com baixo desenvolvimento de
espécies nativas (Foto 8.4.8). Foto: Felipe Pena

Foto: Felipe Pena


FOTO 8.4.7: Talude revegetado na ADA da Pilha de FOTO 8.4.8: Talude com eucalipto na ADA da
Crista. Pilha de Crista.

1Dique de contenção da Pilha de Crista


O dique de contenção de finos consiste em uma barreira formada por um maciço e um reservatório,
que juntos compreendem 0,65ha da ADA do projeto (Foto 8.4.9). É construída a jusante do sistema de
drenagem da Pilha de Crista que, através da redução da velocidade de escoamento, promove a
sedimentação dos sólidos suspensos nas águas pluviais.

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Foto: Felipe Pena


FOTO 8.4.9: Dique de contenção da Pilha de Crista.

1Composição florística e estrutura da ADA


2Levantamento Florístico
Durante a visita de campo na ADA da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista foram listadas 128
espécies distribuídas em 48 famílias botânicas (Quadro 8.4.4).

As famílias com o maior número de representantes foram Fabaceae com 24 espécies, seguida por
Myrtaceae com 13. Lauraceae apresentou oito espécies, Asteraceae, Rubiaceae e Salicaceae cinco cada
uma; com quatro espécies foram registradas as famílias Euphorbiaceae, Melastomataceae e
Sapindaceae. Dado o caráter predominantemente florestal da vegetação da ADA e AID, a maioria das
espécies identificadas é de porte arbóreo.

Dentre as espécies encontradas apenas duas estão incluídas em pelo menos uma das listas de
espécies ameaçadas de extinção consultadas (Brasil, 2008; Fundação Biodiversitas, 2007). As demais
espécies não estão incluídas em nenhuma lista e são consideradas de ampla distribuição ao longo do
domínio da Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais, de forma que a supressão de alguns indivíduos
não representa risco de extinção local.

O jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra) é uma espécie secundária tardia, ocorrendo naturalmente em


solos de baixa fertilidade e possui crescimento de moderado a rápido, em locais fora de sua área de
ocorrência natural. Sua madeira de boa qualidade é indicada para construção de móveis de luxo e
recomendada para a produção de carvão e lenha, o que a torna grande alvo de corte para uso
comercial (Lorenzi, 2002). Por esses fatores, Dalbergia nigra está presente na “Lista Oficial de Flora
Brasileira Ameaçada de Extinção” (Brasil, 2008) e é apresentada como espécie vulnerável na “Lista das
Espécies da Flora Ameaçada de Extinção do Estado de Minas Gerais” (Fundação Biodiversitas, 2007).

Outra espécie encontrada foi Euplassa semicostata, incluída na “Lista das Espécies da Flora Ameaçada
de Extinção do Estado de Minas Gerais” como espécie vulnerável à extinção.

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QUADRO 8.4.4 - ESPÉCIES VEGETAIS LISTADAS NA ADA DO PROJETO PILHA DE CRISTA.


Legenda: Porte: H= Herbáceo; B= Arbustivo; A= Arbóreo; T=Trepadeira
FISIONOMIA
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PORTE
FES TR LT
Acanthaceae Justicia carnea Hook. H X
Acanthaceae Ruellia macrantha (Mart. ex Ness) Lindau H X
Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. pombeiro A X
Anacardiaceae Tapirira obtusa (Benth.) J.D.Mitch. pombeiro A X X
Annonaceae Guatteria sellowiana Schltdl. A X
Annonaceae Guatteria villosissima A.St.-Hil A X X
Annonaceae Xylopia sericea A.St.-Hil. A X
Apocynaceae Aspidosperma spruceanum Benth. ex Müll.Arg. peroba A X
Apocynaceae Aspidosperma subincanum Mart. peroba A X
Apocynaceae Himatanthus lancifolius (Müll.Arg.) Woodson A X
Aquifoliaceae Ilex conocarpa Reissek A X
Asteraceae Bidens brasiliensis Sherff picão H X X
Asteraceae Emilia sp. emília H X
Asteraceae Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish candeia A X X
Asteraceae Vernonanthura diffusa (Less.) H.Rob. A X
Asteraceae Vernonanthura phosphorica (Vell.) H.Rob. assa-peixe B X
Bignoniaceae Jacaranda macrantha Cham. A X
Bignoniaceae Sparattosperma leucanthum K.Schum. ipê A X
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand breu-branco A X
Celastraceae Maytenus robusta Reissek A X
Chrysobalanace
Licania kunthiana Hook.f. A X
ae
Clethraceae Clethra scabra Pers. A X
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. &
Clusiaceae A X
Triana
Cyatheaceae Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin samambaiuçú A X
Cyatheaceae Cyathea delgadii Sternb. samambaiuçú A X
Cyperaceae Rhynchospora corymbosa(L.) capim-navalha H X
Elaeocarpaceae Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. A X
Elaeocarpaceae Sloanea monosperma Benth. A X
Erythroxylaceae Erythroxylum pelleterianum A.St.-Hil. A X
Euphorbiaceae Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. A X
Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. sangra-d'água A X
Euphorbiaceae Mabea fistulifera Mart. canudo-de-pito A X
Euphorbiaceae Maprounea guianensis Aubl. A X
Fabaceae Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan angico A X
Fabaceae Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. garapa A X
Fabaceae Bauhinia cf. forficata Link pata-de-vaca A X

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Continuação do Quadro 8.4.4


Legenda: Porte: H= Herbáceo; B= Arbustivo; A= Arbóreo; T=Trepadeira
FISIONOMIA
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PORTE
FES TR LT
Fabaceae Copaifera langsdorffii Desf. copaíba A X X
Fabaceae Crotalaria sp. xique-xique H X
Fabaceae Dalbergia foliolosa Benth. A X
Fabaceae Dalbergia frutescens (Vell.) Britton A X
Fabaceae Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. jacarandá-da-bahia A X
Fabaceae Diplotropis ferruginea Benth. A X
Fabaceae Hymenaea courbaril L. jatobá A X
Fabaceae Inga cylindrica (Vell.) Mart. ingá A X
Fabaceae Inga sessilis Mart. ingá A X
Fabaceae Leucaena leucocephala (Lam.) leucena A X
Lonchocarpus cultratus (Vell.) A.M.G.Azevedo &
Fabaceae A X
H.C.Lima
Fabaceae Machaerium brasiliense Vogel A X
Fabaceae Machaerium scleroxylon Tul. A X
Fabaceae Mimosa sp. A X
Fabaceae Piptadenia gonoacantha J.F.Macbr. A X
Fabaceae Platypodium elegans Vogel canzil A X X
Fabaceae Sclerolobium paniculatum Vogel A X
Fabaceae Senna macranthera (Coll) H.S.Irwin & Barneby A X
Fabaceae Senna multijuga (Rich.) H.S.Irwin & Barneby A X
barbatimão-da-
Fabaceae Stryphnodendron polyphyllum Mart. A X
mata
Fabaceae Swartzia apetala Raddi A X
Hypericaceae Vismia brasiliensis Choisy A X X
Lacistemaceae Lacistema pubescens Mart. A X
Lamiaceae Hyptidendron asperrimum (Spreng.) Harley A X
Lamiaceae Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke A X
Lauraceae Cryptocarya sp. A X
Lauraceae Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. A X
Lauraceae Nectandra oppositifolia Nees A X X
Lauraceae Ocotea aciphylla (Nees & Mart.) Mez A X
Lauraceae Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez A X
Lauraceae Ocotea lancifolia Mez A X
Lauraceae Ocotea spixiana (Nees) Mez A X
Lauraceae Persea major (Meisn.) L.E.Kopp A X
Lecythidaceae Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze jequitibá A X
Lygodiaceae Lygodium sp. T X
Malpighiaceae Byrsonima laxiflora Griseb. A X
Malvaceae Eriotheca candolleana (K.Schum.) A.Robyns A X

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Continuação do Quadro 8.4.4


Legenda: Porte: H= Herbáceo; B= Arbustivo; A= Arbóreo; T=Trepadeira
FISIONOMIA
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PORTE
FES TR LT
Malvaceae Luehea grandiflora Mart. & Zucc. açoita-cavalo A X
Melastomatacea
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin A X
e
Melastomatacea
Miconia sellowiana Naudin A X
e
Melastomatacea
Tibouchina candolleana (Mart. ex DC.) Cogn. quaresmeira A X X
e
Melastomatacea
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. quaresmeira A X
e
Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart. canjerana A X
Monimiaceae Mollinedia sp. A X
Monimiaceae Mollinedia widgrenii A.DC. A X
Myrtaceae Calyptranthes sp. A X
Campomanesia guazumifolia (Cambess.)
Myrtaceae A X
O.Berg
Myrtaceae Eucalyptus sp. eucalipto A X
Myrtaceae Eugenia punicifolia (Kunth) DC. A X
Myrtaceae Eugenia sonderiana O.Berg A X
Myrtaceae Myrcia amazonica DC. A X
Myrtaceae Myrcia retorta Cambess. A X
Myrtaceae Myrcia sp1. A X
Myrtaceae Myrcia sp2. A X
Myrtaceae Myrcia splendens (Sw.) DC. A X
Myrtaceae Myrciaria sp. A X
Myrtaceae Myrtaceae 01 A X
Myrtaceae Psidium rufum Mart. ex DC. B X
NI 01 Não Identificada 01 A X
Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz A X
capim-rabo-de-
Poaceae Andropogon bicornis L. H X X
burro
Poaceae Melinis minutiflora capim-meloso H X
Primulaceae Myrsine umbellata Mart. A X
Proteaceae Euplassa semicostata Plana A X
Proteaceae Roupala montana Aubl. carne-de-vaca A X
Pteridaceae Adiantum subcordatum Sw. H X
Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpum Reissek A X
Rubiaceae Amaioua guianensis Aubl. A X X
Rubiaceae Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum. A X
Rubiaceae Faramea cyanea Müll.Arg. A X
Rubiaceae Psychotria sp. A X

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Continuação do Quadro 8.4.4


Legenda: Porte: H= Herbáceo; B= Arbustivo; A= Arbóreo; T=Trepadeira
FISIONOMIA
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PORTE
FES TR LT
Rubiaceae Psychotria velloziana Benth. A X
Rutaceae Hortia brasiliana Vand. ex DC. A X
Salicaceae Casearia arborea (Rich.) Urb. guaçatonga A X
Salicaceae Casearia decandra Jacq. A X
Salicaceae Casearia javitensis Kunth A X
Salicaceae Casearia obliqua Spreng. A X
Salicaceae Casearia sylvestris Sw. A X X
Sapindaceae Allophylus semidentatus (Miq.) Radlk. A X
Sapindaceae Cupania emarginata Cambess. camboatá A X X
Sapindaceae Matayba guianensis Aubl. A X
Sapindaceae Serjania lethalis A.St.-Hil. T X
Sapotaceae Micropholis gardneriana (A.DC.) Pierre A X
Sapotaceae Pouteria caimito Radlk. A X
Siparunaceae Siparuna guianensis Aubl. nega-mina A X
Brunfelsia brasiliensis (Spreng.) L.B.Sm. &
Solanaceae manacá B X
Downs
Solanaceae Solanum leucodendron Sendtn. A X X
Symplocaceae Symplocos estrellensis Casar. A X
Theaceae Laplacea fructicosa (Schrad.) Kobuski A X
Thymelaeaceae Daphnopsis fasciculata (Meisn.) Nevling A X
Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. embaúba A X
Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul embaúba-vermelha A X X

2Levantamento Fitossociológico
O estudo fitossociológico na área amostrou na ADA da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista 769
árvores pertencentes a 99 espécies incluídas em 41 famílias botânicas.

O índice de diversidade de Shannon (H’) e o valor de equabilidade de Pielou (J’) da comunidade foram,
respectivamente, 4,0 e 0,87. Os valores de H’ e J’ obtidos foram considerados altos se comparados a
outros fragmentos de Mata Atlântica próximos com predomínio de Floresta Estacional Semidecidual
(Spósito & Stehmann, 2006; Werneck et al. 2000; Pedralli et al, 2000).

Segundo a teoria do distúrbio intermediário (Connell, 1978), os impactos antrópicos como corte de
árvores, trilhas internas e proximidade com a área urbana podem influenciar a elevada diversidade
florística da comunidade vegetal, já que, durante estágio intermediário, a heterogeneidade ambiental
é maior e permite a co-ocorrência de espécies com diferentes características, dificultando a
dominância de poucas espécies, como ocorre nos estágios iniciais e finais da sucessão florestal.

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O alto número de espécies amostradas na área contribuiu para o alto valor de equabilidade, já que o
aumento da diversidade tende a aumentar a uniformidade nas proporções das densidades entre as
espécies da comunidade (Uhl & Murphy, 1981).

Dentre as famílias com maior riqueza Fabaceae foi a que mais se destacou e apresentou 149
indivíduos incluídos em 18 espécies. Seguida por Myrtaceae com 49 indivíduos pertencentes a 12
espécies. Lauraceae também apresentou números significativos no estudo fitossociológico com oito
espécies e 111 indivíduos encontrados. As árvores encontradas mortas em pé foram listadas e
incluídas em uma categoria com 19 indivíduos.

Alguns dos táxons registrados não foram identificados com precisão, devido à ausência de estruturas
reprodutivas (flor ou fruto) dificultando assim sua identificação a nível específico, sem, no entanto,
comprometer as avaliações realizadas.

3Estrutura Horizontal
A densidade, dominância e frequência são dados estruturais que revelam aspectos essenciais na
composição florística das florestas, conforme Longhi (1980), mas são somente enfoques parciais, que
isoladas não dão a informação requerida sobre a estrutura florística da vegetação em conjunto. Um
método para integrar os três aspectos parciais acima mencionados, consiste em combiná-los numa
expressão única e simples de forma a abranger o aspecto estrutural em sua totalidade, calculando o
IVI (Índice de Valor de Importância). Este valor é obtido somando-se para cada espécie os valores
relativos de densidade, dominância e frequência.

Os valores dos parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas na área são apresentados no
Quadro 8.4.5, a seguir.

QUADRO 8.4.5 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS ESPÉCIES INVENTARIADAS PARA A FLORESTA


ESTACIONAL SEMIDECIDUAL EM ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO

Legenda: N: Número de indivíduos; AB: Área Basal; DR: Densidade Relativa; FR: Frequência Relativa; DOR: Dominância Relativa: IVI: Índice de Valor de
Importância.
NOME CIENTÍFICO N AB DR FR DOR VI VI (%)
Croton urucurana Baill. 72 0,5066 9,36 1,47 8,74 19,563 6,52
Tapirira obtusa (Benth.) J.D.Mitch. 35 0,4868 4,55 2,56 8,39 15,509 5,17
Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. 38 0,2375 4,94 3,66 4,1 12,7 4,23
Bauhinia cf. forficata Link 40 0,1565 5,2 2,93 2,7 10,83 3,61
Inga cylindrica (Vell.) Mart. 27 0,2159 3,51 2,56 3,72 9,798 3,27
Maprounea guianensis Aubl. 33 0,2305 4,29 1,47 3,98 9,732 3,24
Morta 19 0,2072 2,47 3,3 3,57 9,341 3,11
Casearia sylvestris Sw. 25 0,1693 3,25 2,93 2,92 9,101 3,03
Diplotropis ferruginea Benth. 21 0,2234 2,73 2,2 3,85 8,781 2,93
Laplacea fructicosa (Schrad.) Kobuski 17 0,2146 2,21 1,47 3,7 7,376 2,46
Persea major (Meisn.) L.E.Kopp 21 0,1816 2,73 1,47 3,13 7,328 2,44
Casearia arborea (Rich.) Urb. 21 0,118 2,73 2,2 2,03 6,963 2,32

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Continuação do Quadro 8.4.5


Legenda: N: Número de indivíduos; AB: Área Basal; DR: Densidade Relativa; FR: Frequência Relativa; DOR: Dominância Relativa: IVI: Índice de Valor de
Importância.
NOME CIENTÍFICO N AB DR FR DOR VI VI (%)
Byrsonima laxiflora Griseb. 14 0,1944 1,82 1,47 3,35 6,638 2,21
Ocotea spixiana (Nees) Mez 13 0,1477 1,69 1,83 2,55 6,069 2,02
Vismia brasiliensis Choisy 12 0,0953 1,56 2,56 1,64 5,767 1,92
Lacistema pubescens Mart. 14 0,0753 1,82 2,56 1,3 5,684 1,89
Copaifera langsdorffii Desf. 11 0,0643 1,43 2,2 1,11 4,736 1,58
Eugenia sonderiana O.Berg 12 0,0832 1,56 1,47 1,43 4,46 1,49
Casearia decandra Jacq. 10 0,0466 1,3 2,2 0,8 4,301 1,43
Myrcia splendens (Sw.) DC. 12 0,0508 1,56 1,83 0,88 4,267 1,42
Himatanthus lancifolius (Müll.Arg.) Woodson 9 0,0656 1,17 1,83 1,13 4,133 1,38
Nectandra oppositifolia Nees 11 0,0603 1,43 1,47 1,04 3,935 1,31
Ilex conocarpa Reissek 10 0,0813 1,3 1,1 1,4 3,802 1,27
Amaioua guianensis Aubl. 9 0,0474 1,17 1,83 0,82 3,819 1,27
Sclerolobium paniculatum Vogel 5 0,1193 0,65 0,73 2,06 3,441 1,15
Ocotea aciphylla (Nees & Mart.) Mez 10 0,0399 1,3 1,47 0,69 3,454 1,15
Vernonanthura diffusa (Less.) H.Rob. 8 0,0719 1,04 1,1 1,24 3,379 1,13
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. & Triana 9 0,0437 1,17 1,47 0,75 3,389 1,13
Swartzia apetala Raddi 6 0,0239 0,78 2,2 0,41 3,39 1,13
Myrsine umbellata Mart. 9 0,0421 1,17 1,47 0,73 3,361 1,12
Solanum leucodendron Sendtn. 9 0,0594 1,17 1,1 1,02 3,294 1,1
Ocotea lancifolia Mez 10 0,0459 1,3 1,1 0,79 3,19 1,06
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. 7 0,0392 0,91 1,47 0,68 3,051 1,02
Clethra scabra Pers. 9 0,0659 1,17 0,73 1,14 3,04 1,01
Myrcia amazonica DC. 6 0,0459 0,78 1,47 0,79 3,038 1,01
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze 4 0,0972 0,52 0,73 1,68 2,93 0,98
Mabea fistulifera Mart. 7 0,0294 0,91 1,47 0,51 2,883 0,96
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 9 0,0468 1,17 0,73 0,81 2,709 0,9
Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. 6 0,0252 0,78 1,47 0,44 2,68 0,89
Euplassa semicostata Plana 5 0,0661 0,65 0,73 1,14 2,522 0,84
Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez 6 0,0571 0,78 0,73 0,98 2,497 0,83
Symplocos estrellensis Casar. 7 0,0276 0,91 1,1 0,48 2,484 0,83
Machaerium scleroxylon Tul. 5 0,0311 0,65 1,1 0,54 2,285 0,76
Guatteria sellowiana Schltdl. 4 0,0346 0,52 1,1 0,6 2,215 0,74
Platypodium elegans Vogel 5 0,0233 0,65 1,1 0,4 2,151 0,72
Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg 5 0,0514 0,65 0,37 0,89 1,902 0,63
Hyptidendron asperrimum (Spreng.) Harley 3 0,0435 0,39 0,73 0,75 1,872 0,62
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan 4 0,0556 0,52 0,37 0,96 1,845 0,61
Daphnopsis fasciculata (Meisn.) Nevling 8 0,0252 1,04 0,37 0,43 1,841 0,61
Erythroxylum pelleterianum A.St.-Hil. 5 0,0209 0,65 0,73 0,36 1,744 0,58

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Continuação do Quadro 8.4.5


Legenda: N: Número de indivíduos; AB: Área Basal; DR: Densidade Relativa; FR: Frequência Relativa; DOR: Dominância Relativa: IVI: Índice de Valor de
Importância.
NOME CIENTÍFICO N AB DR FR DOR VI VI (%)
Allophylus semidentatus (Miq.) Radlk. 5 0,0216 0,65 0,73 0,37 1,755 0,58
Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke 3 0,0092 0,39 1,1 0,16 1,648 0,55
Hymenaea courbaril L. 4 0,0203 0,52 0,73 0,35 1,602 0,53
NI 01 3 0,0461 0,39 0,37 0,8 1,552 0,52
Senna multijuga (Rich.) H.S.Irwin & Barneby 3 0,0453 0,39 0,37 0,78 1,538 0,51
Luehea grandiflora Mart. & Zucc. 5 0,0299 0,65 0,37 0,52 1,533 0,51
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. 4 0,0129 0,52 0,73 0,22 1,475 0,49
Roupala montana Aubl. 3 0,0187 0,39 0,73 0,32 1,446 0,48
Guatteria villosissima A.St.-Hil 3 0,0146 0,39 0,73 0,25 1,374 0,46
Cryptocarya sp. 2 0,0175 0,26 0,73 0,3 1,294 0,43
Myrcia sp1. 2 0,0176 0,26 0,73 0,3 1,297 0,43
Micropholis gardneriana (A.DC.) Pierre 3 0,0093 0,39 0,73 0,16 1,283 0,43
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 1 0,043 0,13 0,37 0,74 1,238 0,41
Piptadenia gonoacantha J.F.Macbr. 2 0,0053 0,26 0,73 0,09 1,084 0,36
Calyptranthes sp. 3 0,0149 0,39 0,37 0,26 1,014 0,34
Xylopia sericea A.St.-Hil. 2 0,0211 0,26 0,37 0,36 0,991 0,33
Lonchocarpus cultratus (Vell.) A.M.G.Azevedo & H.C.Lima 2 0,0205 0,26 0,37 0,35 0,98 0,33
Myrtaceae 01 3 0,0102 0,39 0,37 0,18 0,933 0,31
Mollinedia widgrenii A.DC. 3 0,0085 0,39 0,37 0,15 0,903 0,3
Hortia brasiliana Vand. ex DC. 1 0,0236 0,13 0,37 0,41 0,904 0,3
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 1 0,0217 0,13 0,37 0,37 0,87 0,29
Stryphnodendron polyphyllum Mart. 2 0,0116 0,26 0,37 0,2 0,827 0,28
Myrcia retorta Cambess. 2 0,0132 0,26 0,37 0,23 0,854 0,28
Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum. 2 0,0112 0,26 0,37 0,19 0,82 0,27
Eriotheca candolleana (K.Schum.) A.Robyns 1 0,0159 0,13 0,37 0,27 0,771 0,26
Sparattosperma leucanthum K.Schum. 2 0,0079 0,26 0,37 0,14 0,762 0,25
Cupania emarginata Cambess. 2 0,0075 0,26 0,37 0,13 0,756 0,25
Tibouchina candolleana (Mart. ex DC.) Cogn. 1 0,0129 0,13 0,37 0,22 0,719 0,24
Pouteria caimito Radlk. 1 0,0111 0,13 0,37 0,19 0,687 0,23
Tapirira guianensis Aubl. 1 0,01 0,13 0,37 0,17 0,669 0,22
Rhamnidium elaeocarpum Reissek 1 0,0086 0,13 0,37 0,15 0,644 0,21
Myrcia sp2. 1 0,0064 0,13 0,37 0,11 0,606 0,2
Casearia javitensis Kunth 1 0,0062 0,13 0,37 0,11 0,604 0,2
Sloanea monosperma Benth. 1 0,0044 0,13 0,37 0,08 0,572 0,19
Dalbergia foliolosa Benth. 1 0,0037 0,13 0,37 0,06 0,56 0,19
Senna macranthera (Coll) H.S.Irwin & Barneby 1 0,0051 0,13 0,37 0,09 0,583 0,19
Inga sessilis Mart. 1 0,0037 0,13 0,37 0,06 0,56 0,19
Mollinedia sp. 1 0,0034 0,13 0,37 0,06 0,556 0,19

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Continuação do Quadro 8.4.5


Legenda: N: Número de indivíduos; AB: Área Basal; DR: Densidade Relativa; FR: Frequência Relativa; DOR: Dominância Relativa: IVI: Índice de Valor de
Importância.
NOME CIENTÍFICO N AB DR FR DOR VI VI (%)
Myrciaria sp. 1 0,0047 0,13 0,37 0,08 0,577 0,19
Aspidosperma subincanum Mart. 1 0,0027 0,13 0,37 0,05 0,543 0,18
Jacaranda macrantha Cham. 1 0,0024 0,13 0,37 0,04 0,537 0,18
Maytenus robusta Reissek 1 0,0025 0,13 0,37 0,04 0,54 0,18
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton 1 0,0023 0,13 0,37 0,04 0,536 0,18
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. 1 0,0023 0,13 0,37 0,04 0,537 0,18
Psidium rufum Mart. ex DC. 1 0,002 0,13 0,37 0,03 0,531 0,18
Guapira opposita (Vell.) Reitz 1 0,0028 0,13 0,37 0,05 0,544 0,18
Faramea cyanea Müll.Arg. 1 0,0024 0,13 0,37 0,04 0,537 0,18
Psychotria sp. 1 0,003 0,13 0,37 0,05 0,549 0,18
Casearia obliqua Spreng. 1 0,0025 0,13 0,37 0,04 0,54 0,18
Cecropia glaziovii Snethl. 1 0,0028 0,13 0,37 0,05 0,544 0,18
TOTAL 769 5,7992 100 100 100 300 100

As dez espécies de maior IVI foram Croton urucurana, Tapirira obtusa, Endlicheria paniculata, Bauhinia
cf. forficata, Inga cylindrica, Maprounea guianensis, Casearia sylvestris, Diplotropis ferruginea e Laplacea
fructicosa. Os indivíduos mortos ocuparam o sétimo lugar em função dos maiores valores de
frequência e dominância relativas, gerados pelo grande porte dos seus indivíduos e sua ampla
distribuição ao longo da área, assim como Croton urucurana, que ocupou o primeiro lugar. Bauhinia cf.
forficata, mesmo com valor de dominância menor que outras espécies, ocupou a quarta posição
devido ao grande valor de densidade relativa gerado pelo grande número de indivíduos encontrados
na área. Tapirira obtusa e Endlicheria paniculata também apresentaram destaque principalmente pelo
elevado número de indivíduos e ocuparam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.

3Estrutura Vertical
A análise da estrutura vertical do remanescente em questão foi feita, verificando-se a distribuição do
número de árvores em diferentes estratos. Foram definidas oito classes dentre as alturas encontradas
nos indivíduos amostrados com um intervalo de dois metros entre elas (Quadro 8.4.6).

QUADRO 8.4.6- CLASSES DE ALTURA DAS ESPÉCIES INVENTARIADAS PARA A FLORESTA ESTACIONAL
SEMIDECIDUAL EM ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO

CLASSE DE ALTURA MEDIDAS


I menor que 3,0 metros
II entre 3,1 e 5,0 metros
III entre 5,1 e 7,0 metros
IV entre 7,1 e 9,0 metros
V entre 9,1 e 11,0 metros
VI entre 11,1 e 13,0 metros
VII entre 13,1 e 15,0 metros
VIII maior que 15,1 metros

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Como pode ser observado na Figura 8.4.1, o fragmento de Floresta Estacional Semidecidual estudado,
possui um maior quantitativo de indivíduos com altura variando nas classes III e IV (5,1 a 9 metros). O
pequeno porte desta vegetação deve-se provavelmente ao fato de que grande parte da área de
estudo esta localizada em porções mais elevadas do relevo, onde os indivíduos arbóreos se
desenvolvem sobre solos mais rasos e bem drenados. Além disso, os distúrbios antrópicos ocorridos
no passado fazem com que a vegetação se encontre em regeneração.

Algumas espécies como Senna macranthera, Mollinedia sp., Casearia obliqua e Faramea cyanea foram
registradas compondo apenas o estrato inferior, por serem espécies típicas de sub-bosque. Presentes
predominantemente no estrato médio foram encontradas com destaque as espécies Tapirira obtusa,
Endlicheria paniculata, Bauhinia cf. forficata e Inga cylindrica. . Espécies como Croton Urucurana,
Maprounea guianensis e Vernonanthura diffusa destacaram-se no estrato superior.

FIGURA 8.4.1 – DISTRIBUIÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS EM CLASSES DE ALTURA

300

250
Número de indivíduos

200

150

100

50

0
I II III IV V VI VII VIII
Classe de altura

3Estrutura Diamétrica
Para a análise da estrutura diamétrica dos indivíduos amostrados, foram definidas onze classes dentre
as circunferências obtidas com um intervalo de cinco centímetros entre elas (Quadro 8.4.7).

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QUADRO 8.4.7 - CLASSES DE CIRCUNFERÊNCIA DAS ESPÉCIES INVENTARIADAS PARA A FLORESTA ESTACIONAL
SEMIDECIDUAL EM ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO

CLASSE DE CAP MEDIDAS


I menor que 20
II entre 20,1 e 25,0
III entre 25,1 e 30,0
IV entre 30,1 e 35,0
V entre 35,1 e 40,0
VI entre 40,1 e 45,0
VII entre 45,1 e 50,0
VIII entre 50,1 e 55,0
XIX entre 55,1 e 60,0
X entre 60,1 e 65,0
XI maior que 65,1

A distribuição nas classes diamétricas da comunidade arbórea apresenta um padrão de J-invertido, ou


seja, alta concentração de indivíduos nas classes menores e redução acentuada no sentido das classes
maiores (Figura 8.4.2). Isso representa o caráter regenerativo do fragmento florestal estudado com
maior abundância de indivíduos com menores circunferências.

Os indivíduos que apresentaram medidas de CAP mais significativas foram das espécies Cariniana
estrellensis, Sclerolobium paniculatum, Tapirira obtusa e Byrsonima laxiflora.

FIGURA 8.4.2- DISTRIBUIÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS EM CLASSES DE CAP

250

200
Número de indivíduos

150

100

50

0
I II III IV V VI VII VIII XIX X XI
Classe de CAP

O esforço de coleta pode ser visualizado na Figura 8.4.3, que demonstra uma acentuação da curva
mesmo após a amostragem em 12 parcelas, uma situação comum em ambientes florestais da região.

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Em florestas tropicais as comunidades não são delimitadas por características edáficas e climáticas
bem definidas espacialmente, e a grande quantidade de espécies raras faz com que a curva de
acumulação de espécies tenda a crescer indefinidamente (CONDIT et al., 1996).

FIGURA 8.4.3- CURVA DE SUFICIÊNCIA AMOSTRAL PARA A FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL EM ESTÁGIO
MÉDIO DE REGENERAÇÃO

8.4.3.4. Diagnóstico conclusivo da vegetação com foco na AID e ADA


A área da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista está localizada em uma região importante do ponto
de vista conservacionista. Embora a vegetação local já se encontre sob influência da ocupação
humana e das atividades de mineração, é importante ressaltar a inserção desses fragmentos no
domínio do bioma Mata Atlântica, altamente ameaçado e considerado um hotspot mundial devido à
sua riqueza e elevado grau de endemismos. É também relevante à proximidade da área e a sua
conecção com Unidades de Conservação (UC’s) e áreas extremamente preservadas como a RPPN
Santuário da Serra do Caraça, o que coloca a AID/AII do presente projeto como importantes
corredores ecológicos.

Os remanescentes florestais encontrados na ADA são representados por vegetação secundária,


entretanto, o valor ambiental destes fragmentos reside no fato de que restam poucos ambientes
propícios à manutenção de espécies vegetais mais restritivas em termos de condições ambientais que
necessitam de áreas mais extensas para a manutenção de populações mínimas viáveis e, de
características abióticas como microclima e bióticas como a interação com elementos da fauna em
processos de polinização e dispersão de sementes.

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De maneira geral, os ambientes florestais encontrados na ADA apresentam grandes sinais de


alteração, contudo, próximo às drenagens e locais de difícil acesso ainda pode ser visualizado trechos
mais conservados com presença de espécies clímax e indivíduos de grande porte. Dentre essas
espécies, destaca-se o registro de Dalbergia nigra e Euplassa semicostata, espécies ecologicamente
relevantes, por serem listadas como ameaçadas de extinção (Brasil, 2008; Fundação Biodiversitas,
2007).

8.4.4. Avifauna
As aves constituem um conjunto de espécies extremamente diversificado e relativamente de fácil
detecção, permitindo com que informações que caracterizam o estado de conservação de uma
determinada área sejam obtidas de forma rápida.

A possibilidade que o grupo das aves proporciona na realização de levantamentos rápidos,


permitindo a comparação entre diferentes hábitats e períodos, faz deste grupo um dos mais eficazes
para diagnósticos e inventários rápidos. Associa-se a esses parâmetros a enorme disponibilidade de
informações biológicas e ecológicas sobre as aves quando comparadas a outros grupos faunísticos,
caracterizando-o como um importante bioindicador de qualidade ambiental.

Contribui para a detecção e identificação do grupo, o fato de a maioria das espécies possuírem
hábitos diurnos; além disso, mesmo as espécies de aves noturnas emitem com frequência
manifestações sonoras que chamam a atenção do observador e são diagnósticos de cada espécie.
Nesse aspecto, a identificação das aves é possível na maioria dos casos até mesmo sem utilização da
coleta, embora essa atividade ainda tenha sua importância para o conhecimento mais detalhado da
taxonomia, biogeografia e conservação de alguns grupos (Remsen, 1995). A recente valorização das
atividades de reconhecimento das aves através dos métodos visuais e auditivos acabou por produzir
uma série de guias de campo e arquivos sonoros com essa finalidade, de modo que o inventário a
partir de observações ou reconhecimento das manifestações sonoras torna-se extremamente rápido.

8.4.4.1. Metodologia
1Levantamento de dados secundários
Para o levantamento de dados secundários sobre a avifauna regional e local, foram usados registros
de diversos estudos a partir de uma ampla revisão bibliográfica (Gounelle, 1909; Pinto, 1952; Ruschi,
1962; 1963; 1982; Grantsau, 1967; 1968; 1988; Carnevalli, 1980; 1982; Mattos; Sick, 1985; COA, 1989;
Mattos et al., 1991; Vielliard, 1994; Wege; Long, 1995; Whitney et al., 1995a;1995 b; Melo-Júnior 1996;
1998a;1998b; Melo-Júnior et al., 1997; 1998; Parrini; Pacheco, 1997; Sick, 1997; Brandt, 1998a;1998b;
Machado, 1998; Machado et al., 1998; Simon; Ribon, 1998; Stattersfield et al.,1998; Vasconcelos, 1998;
1999a;1999b; 2000a;2000b; 2001a;2001b; Rochido, 2000; 2001a;2001b; Rochido; Andrade, 2000;
Gonzaga; Castiglioni, 2001; 2006; 2007; Vasconcelos; Ferreira, 2001; Vasconcelos; Lombardi, 2001;
Vasconcelos; Melo-Júnior, 2001; Carvalho et al., 2003; Vasconcelos; Silva, 2003; Vasconcelos et
al.,2003a; 3003b; 2003c; 2005; 2006; 2007; 2008a; 2003b; Bencke et al., 2006; Zorzin et al., 2006). No
caso específico da avifauna, tais estudos contemplam a RPPN Caraça, além de áreas adjacentes do
distrito de Brumal e de seu subdistrito Sumidouro.

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Além disso, procurou-se os exemplares coletados na região nos seguintes museus e coleções
ornitológicas: American Museum of Natural History, New York (AMNH), Museu de Zoologia da
Universidade de São Paulo, São Paulo (MZUSP), Museu Nacional do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
(MNRJ), Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém (MPEG), Coleção Ornitológica do Departamento de
Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte (DZUFMG), Museu de História
Natural de Taubaté, (MHNT), Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre (MCP), Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais, Belo Horizonte (MCN), Coleção Rolf Grantsau, São Bernardo do Campo (SG), Museu de
Biologia Prof. Mello Leitão, Santa Teresa (MBML) e Coleção Ornitológica do Departamento de Zoologia
da Universidade Federal de Pernambuco, Recife (UFPE).

Os registros de espécies de aves considerados duvidosos, mas com potencial para ocorrer na região,
foram incluídos em uma lista secundária. Os registros de espécies que certamente não ocorrem na
região, baseados em erros de identificação, foram apresentados na lista terciária.

As espécies de aves foram classificadas de acordo com seu grau de ameaça com base nas listas de
espécies de aves ameaçadas globalmente (IUCN, 2013), no Brasil (Instruções Normativas MMA nº
3/2003 e nº 5/2004) e em Minas Gerais (Deliberação Normativa COPAM nº 147/2010). As espécies de
aves também foram classificadas de acordo com seu endemismo conforme Ridgely e Tudor (1989;
1994), Silva (1995a;1995b; 1997), Sick (1997), Brooks et al. (1999), Vasconcelos (2001c; 2008), Silva e
Bates (2002), Vasconcelos et al. (2003b) e Silva e Santos (2005).

A ordem taxonômica e os nomes científicos das espécies segueo Comitê Brasileiro de Registros
Ornitológicos (CBRO, 2011).

1Levantamento de dados em campo


O levantamento de dados primários utilizados para a caracterização da avifauna nos diversos
ambientes da ADA e AID foi realizado por uma equipe composta por um biólogo e um auxiliar de
campo.

O levantamento da avifauna foi realizado por meio de caminhadas (transectos) em trilhas, picadas e
estradas (Bibby et al., 1992) em diferentes localidades da ADA e da AID (Desenho 11 - Pontos de
Amostragem da Fauna, Anexo 10), procurando abranger todas as tipologias presentes na área de
estudo. Observações aleatórias visando ao registro de um maior número de espécies também foram
efetuadas. As espécies de aves foram identificadas por meio de observações com binóculo Bushnell 10
X 42 e pela identificação de suas vocalizações. Sempre que possível, as aves tiveram suas vocalizações
gravadas com auxílio de um gravador Sony TCM-5000EV acoplado a microfone direcional Sennheiser
ME 66.

8.4.4.2. Avifauna regional e da AII


A região da Serra do Caraça está localizada na porção sudeste da Cadeia do Espinhaço, em Minas
Gerais, apresentando uma avifauna com táxons típicos da Mata Atlântica e dos campos rupestres
(Stattersfield et al., 1998; Vasconcelos; Melo-Júnior, 2001). A região foi considerada como uma área
importante para a conservação das aves da Mata Atlântica (Bencke et al.,2006), sendo a maior parte da
serra representada pela RPPN Caraça, com uma área de 10.188ha (Camargos, 2001).

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Os naturalistas viajantes do século XIX foram os primeiros a tomar contato com as aves do Caraça,
destacando-se, dentre eles, G. H. von Langsdorff, A. de Saint-Hilaire, J. B. von Spix, C. F. P. von Martius e
P. E. Gounelle (Gounelle, 1909; Pinto, 1952; Saint-Hilaire, 1975; Spix; Martius, 1981; Sick, 1997; Silva,
1997). Tais naturalistas coletaram exemplares de algumas espécies da avifauna e quase nada mais foi
estudado na região até as décadas de 1950 e 1960, quando A. Ruschi e R. Grantsau visitaram a região
em busca de beija-flores raros, coletando também espécimes de outras aves (Ruschi, 1962, 1963, 1982;
Grantsau,1967, 1968, 1988; Vielliard, 1994). Na década de 1970, destaca-se o esforço pioneiro do
ornitólogo N. E. D. Carnevalli em organizar a primeira listagem da avifauna da região, baseando-se em
seus estudos de campo (Carnevalli, 1980).

Posteriormente, alguns estudos mais específicos sobre a distribuição geográfica, conservação,


taxonomia, ecologia ou história natural de algumas espécies de aves da região foram publicados
(Carnevalli, 1982; Mattos; Sick, 1985; COA, 1989; Mattos et al., 1991; Wege; Long, 1995; Whitney et al.,
1995a; 1995b; Melo-Júnior, 1996; Melo-Júnior et al., 1997, 1998; Parrini; Pacheco, 1997, Machado et al.,
1998; Vasconcelos, 1998; 1999a; 1998b; 2000a; 200b; 2002; Rochido, 2000; 2001a;2001b; Rochido;
Andrade, 2000;Vasconcelos; Ferreira, 2001; Vasconcelos; Lombardi, 2001). No começo do século XXI,
Vasconcelos e Melo-Júnior (2001) apresentaram uma nova listagem da avifauna regional, adicionando
novas espécies e criticando alguns registros prévios apresentados por Carnevalli (1980). Após a
publicação dessa listagem, novos registros para a avifauna regional ou estudos sobre algumas
espécies em particular foram publicados (Vasconcelos, 2001a; 2001b; Carvalho et al., 2003;
Vasconcelos; Silva, 2003, Vasconcelos et al., 2003a;2003b;2003c; 2005; 2006; 2007; 2008a; 2008b;
Gonzaga; Castiglioni, 2006; 2007; Zorzin et al., 2006; Souza; Marques, 2008).

Até o presente, 356 espécies de aves foram registradas na região da Mina Córrego do Sítio I,
representada pela região da Serra do Caraça e adjacências (Quadros 8.4.8, 8.4.9, 8.4.10 e 8.4.11)

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QUADRO 8.4.8 - ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA REGIÃO COM REGISTROS CONFIRMADOS

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES


TINAMIDAE
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0358-0359
Crypturellus parvirostris inhambu-chororó Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0364, 4217
Crypturellus tataupa inhambu-chintã Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Nothura maculosa codorna-amarela Vasconcelos et al. (in prep.)
ANATIDAE
Dendrocygna viduata irerê Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Cracidae
Penelope superciliaris jacupemba Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c),
Penelope obscura jacuaçu DZUFMG 3701, 4468, 5596
Vasconcelos et al. (2006)
ODONTOPHORIDAE
Carnevalli (1980), Vasconcelos (1999a), Vasconcelos (2000b),
Odontophorus capueira uru
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Podicipedidae
Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno Carnevalli (1980)
Podilymbus podiceps mergulhão-caçador Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá Vasconcelos et al. (2003c)
ARDEIDAE
Butorides striata socozinho Carnevalli (1980)
Bubulcus ibis garça-vaqueira Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Ardea alba garça-branca-grande Vasconcelos et al. (in prep.)
Syrigma sibilatrix maria-faceira Vasconcelos et al. (in prep.)

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Continuação do Quadro 8.4.8


FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
CATHARTIDAE
urubu-de-cabeça-
Cathartes aura Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
vermelha
Cathartidae
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Sarcoramphus papa urubu-rei Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
ACCIPITRIDAE
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Elanus leucurus gavião-peneira Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Accipiter striatus gavião-miúdo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0376
Melo-Júnior (1996), Melo-Júnior (1998a, in Machado et al.),
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande Vasconcelos (2000b), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Carvalho et al. (2003), Bencke et al. (2006), Zorzin et al. (2006)
Urubitinga urubitinga gavião-preto Vasconcelos (2001a) MZUSP 58013
Heterospizias meridionalis gavião-caboclo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Urubitinga coronata águia-cinzenta Bencke et al. (2006)
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-
Rupornis magnirostris gavião-carijó DZUFMG 3025
Júnior (2001)
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Sick (1997), Vasconcelos & Ferreira (2001), Vasconcelos &
Geranoaetus melanoleucus águia-chilena
Melo-Júnior (2001)
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Buteo albonotatus gavião-de-rabo-barrado Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco Carnevalli (1980), Vasconcelos et al. (in prep.)
Spizaetus ornatus gavião-de-penacho Zorzin et al. (2006)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
FALCONIDAE
Caracara plancus caracará Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-
Milvago chimachima carrapateiro
Júnior (2001)
Herpetotheres cachinnans acauã Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
FALCONIDAE
Micrastur semitorquatus falcão-relógio Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Falco sparverius quiriquiri Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Falco rufigularis cauré Vasconcelos et al. (in prep.)
Falco deiroleucus falcão-de-peito-laranja Carvalho et al. (2003), Zorzin et al. (2006)
Falco femoralis falcão-de-coleira Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0380
Falco peregrinus falcão-peregrino Vasconcelos (2001a)
RALLIDAE
Aramides cajanea saracura-três-potes Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Aramides saracura saracura-do-mato Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2008a) DZUFMG 4794-4795
Porzana albicollis sanã-carijó Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Pardirallus nigricans saracura-sanã Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
CARIAMIDAE
Cariama cristata seriema Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Scolopacidae
Gallinago paraguaiae narceja Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Gallinago undulata narcejão Vasconcelos et al. (in prep.)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2556-2557
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Columbina squammata fogo-apagou DZUFMG 3631
Vasconcelos et al. (2003c)
Claravis pretiosa pararu-azul Vasconcelos et al. (2005) DZUFMG 5748
Patagioenas picazuro pombão Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2982
Patagioenas cayennensis pomba-galega Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
COLUMBIDAE
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Patagioenas plumbea pomba-amargosa DZUFMG 4797
Vasconcelos et al. (in prep.)
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Leptotila verreauxi juriti-pupu DZUFMG 5206
Vasconcelos et al. (in prep.)
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
PSITTACIDAE
Primolius maracana maracanã-verdadeira Vasconcelos et al. (2003c), Bencke et al. (2006) DZUFMG 3628
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-
Aratinga leucophthalma periquitão-maracanã DZUFMG 3074, 3941
Júnior (2001)
Aratinga aurea periquito-rei Carnevalli (1980)
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Forpus xanthopterygius tuim DZUFMG 3192, 3240
Vasconcelos et al. (2003c)
Pionus maximiliani maitaca-verde Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
CUCULIDAE
Piaya cayana alma-de-gato Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0468-0469, 2827, 2980, 3417
Crotophaga ani anu-preto Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Guira guira anu-branco Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Tapera naevia saci Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
TYTONIDAE
Tyto alba coruja-da-igreja Carnevalli (1980), Vasconcelos et al. (in prep.)
Strigidae
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Megascops choliba corujinha-do-mato DZUFMG 4593
Vasconcelos et al. (in prep.)
murucututu-de-barriga-
Pulsatrix koeniswaldiana Vasconcelos (2001a)
amarela
Strix hylophila coruja-listrada Vasconcelos et al. (in prep.)
STRIGIDAE
Glaucidium brasilianum caburé Vasconcelos (2001a) DZUFMG 2870, 5669-5670
Athene cunicularia coruja-buraqueira Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2746
Asio clamator coruja-orelhuda Vasconcelos et al. (in prep.)
NYCTIBIIDAE
Nyctibius griseus mãe-da-lua Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0311
CAPRIMULGIDAE
Lurocalis semitorquatus tuju Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Hydropsalis albicollis bacurau Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0331
Nyctiphrynus ocellatus bacurau-ocelado Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo- DZUFMG 0346, 2570, 2747, 2937, 4530,
Hydropsalis longirostris bacurau-da-telha
Júnior (2001) 6001
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2938-2940
APODIDAE
taperuçu-de-coleira-
Streptoprocne zonaris Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0348-0350
branca

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Vasconcelos & Ferreira (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior DZUFMG 2683-2686, 2688, 2690, 2744,
Streptoprocne biscutata taperuçu-de-coleira-falha
(2001) 2941; MHNT 4357-4359; UFPE 2589-2590
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4610, 5699
TROCHILIDAE
balança-rabo-de-bico-
Glaucis hirsutus Gounelle (1909)
torto
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4791-4792
Phaethornis ruber rabo-branco-rubro Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Gounelle (1909), Carnevalli (1980), Vielliard (1994),
DZUFMG 2741-2742, 4310, 4596-4597,
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado Vasconcelos & Lombardi (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior
4852-4853; MBML 0475
(2001)
TROCHILIDAE
rabo-branco-de-garganta- AMNH 801434, DZUFMG 3183-3188, 5198,
Phaethornis eurynome Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c)
rajada 5983
Gounelle (1909), Grantsau (1988), Melo-Júnior et al. (1998), DZUFMG 2575-2576, 2738-2739, 2838-
Campylopterus largipennis asa-de-sabre-cinza
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) 2839, 3783
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2737, 3632, 4854, MZUSP 61289
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 5987
Florisuga fusca beija-flor-preto Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
beija-flor-de-orelha-
Colibri serrirostris Gounelle (1909), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2837, 3075
violeta
Lophornis magnificus topetinho-vermelho Gounelle (1909)
Gounelle (1909), Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a),
besourinho-de-bico-
Chlorostilbon lucidus Vasconcelos & Lombardi (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior DZUFMG 2871; MZUSP 60119-60120
vermelho
(2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Lombardi (2001),
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta DZUFMG 0507, 3189-3191, 4847, 5197
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Vasconcelos & Lombardi (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior DZUFMG 2799, MZUSP 61474, 61539,
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco
(2001) 61543
beija-flor-de-banda-
Amazilia versicolor Vasconcelos (2001a) MZUSP 61442
branca
Gounelle (1909), Pinto (1952), Vasconcelos & Lombardi (2001), DZUFMG 2736, 3633-3634, 4848-4851,
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) MZUSP 60113-60114, 61553
TROCHILIDAE
Gounelle (1909), Pinto (1952), Carnevalli (1980), Vasconcelos
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi DZUFMG 3945
& Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c)
AMNH 801437, 801441-801442; DZUFMG
3334–3344, 4311; MBML 1013, 1015, 1018,
Gounelle (1909), Pinto (1952), Ruschi (1962), Ruschi (1963),
1019, 1034–1037, 1485; MHNT 5196; MNRJ
Grantsau (1967), Grantsau (1968), Carnevalli (1980), Ruschi
40133–40145, 40147, 40148, 40151–40156,
(1982), Grantsau (1988), Vielliard (1994), Melo-Júnior et al.
beija-flor-de-gravata- 40159–40205, 40591–40596, 40599–40604;
Augastes scutatus (1998), Vasconcelos (1999b), Gonzaga & Castiglioni (2001),
verde MPEG 27547, 27581, 28484; MZUSP 2533,
Vasconcelos (2001a), Vasconcelos (2000b), Vasconcelos &
4856, 11398, 58018–58020, 60133-60134;
Lombardi (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Bencke et
SG 2290, 2470, 2506, 2540, 3330, 3353,
al. (2006)
3399, 3433, 3440, 3442, 3841, 3845, 3854,
3856
Vasconcelos & Lombardi (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior
Calliphloxa methystina estrelinha-ametista
(2001)
TROGONIDAE
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Trogon surrucura surucuá-variado DZUFMG 4303
Vasconcelos et al. (in prep.)
ALCEDINIDAE
Megaceryle torquata martim-pescador-grande Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde Carnevalli (1980)
martim-pescador-
Chloroceryle americana Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 5707
pequeno

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
GALBULIDAE
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva DZUFMG 4475
Vasconcelos et al. (in prep.)
BUCCONIDAE
Nystalus chacuru joão-bobo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Malacoptila striata barbudo-rajado Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0573
RAMPHASTIDAE
Ramphastos toco tucanuçu Vasconcelos et al. (in prep.)
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
PICIDAE
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado DZUFMG 4218, 4298, 4599, 5692-5694
Vasconcelos et al. (in prep.)
Melanerpes candidus birro, pica-pau-branco Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
picapauzinho-de-testa-
Veniliornis maculifrons Vasconcelos et al. (in prep.)
pintada
Piculus aurulentus pica-pau-dourado Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Bencke et al. (2006)
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado DZUFMG 2958, 3629
Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Colaptes campestris pica-pau-do-campo DZUFMG 3630
Vasconcelos et al. (2003c)
pica-pau-de-cabeça-
Celeus flavescens Carnevalli (1980)
amarela
pica-pau-de-banda-
Dryocopus lineatus Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 5176
branca
Campephilus robustus pica-pau-rei Vasconcelos (2001a)
pica-pau-de-topete-
Campephilus melanoleucos Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
vermelho

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
THAMNOPHILIDAE
Batara cinerea matracão Vasconcelos et al. (2003c)
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0906-0908, 3623
Mackenziaena severa borralhara Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0905, 4474, 5704
Taraba major choró-boi Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Thamnophilus DZUFMG 0966, 0969, 4299, 4843, 5695-
choca-da-mata Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
caerulescens 5696; MZUSP 61601; UFPE 1420
THAMNOPHILIDAE
Thamnophilus torquatus choca-de-asa-vermelha Vasconcelos et al. (2003c)
choca-de-chapéu-
Thamnophilus ruficapillus Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0923-0924, 5991
vermelho
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
chorozinho-de-chapéu-
Herpsilochmus atricapillus Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3625, 3956, 4302, 5990
preto
Melo-Júnior et al. (1998), Gonzaga & Castiglioni (2001),
Formicivora serrana formigueiro-da-serra Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c), DZUFMG 3624, 3955
Bencke et al. (2006)
DZUFMG 1064-1065, 2984, 3959-3960,
Drymophila ferruginea trovoada Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4276, 4600, 5700; UFPE 1416-1417
Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni Parrini & Pacheco (1997), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Melo-Júnior et al. (1998), Gonzaga &
choquinha-de-dorso- DZUFMG 1076-1079, 2681, 3200, 3626,
Drymophila ochropyga Castiglioni (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Bencke
vermelho 4601, 6006; UFPE 1414-1415
et al. (2006)
Gonzaga & Castiglioni (2001), Vasconcelos & Melo-Júnior
Drymophila malura choquinha-carijó
(2001)
DZUFMG 1130-1135, 2554, 3197-3199,
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) 3239, 3627, 4583, 4602-4605, 5697-5698,
5994-5995; UFPE 1405-1407

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Myrmeciza loricata formigueiro-assobiador Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1154-1156, 6004-6005
CONOPOPHAGIDAE
Carnevalli (1980), Gonzaga & Castiglioni (2001), Vasconcelos &
Conopopha galineata chupa-dente DZUFMG 1104-1106, 2553, 4789, 5703
Melo-Júnior (2001)
GRALLARIIDAE
Hylopezus nattereri pinto-do-mato Whitney et al. (1995a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
RHINOCRYPTIDAE
Scytalopus speluncae tapaculo-do-espinhaço Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 4169, 5335
Scytalopus iraiensis macuquinho-da-várzea Vasconcelos et al. (2008b) DZUFMG 5175
Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho DZUFMG 3948, 4477
Vasconcelos et al. (2003c), Bencke et al. (2006)
FORMICARIIDAE
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora Melo-Júnior et al. (1998), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
SCLERURIDAE
Sclerurus scansor vira-folha Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0888
DENDROCOLAPTIDAE
DZUFMG 0648-0650, 2555, 2861, 3195,
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) 4458, 4463, 4842, 5201, 5701; MZUSP
61586
arapaçu-de-garganta-
Xiphocolaptes albicollis Vasconcelos (2001a)
branca
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0699-0701
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3193-3194, 5702
Lepidocolaptes
arapaçu-de-cerrado Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4305, 5984
angustirostris
Lepidocolapte ssquamatus arapaçu-escamado Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0686

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Campylorhamphus
arapaçu-de-bico-torto Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0673-0674
falcularius
FURNARIIDAE
Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2865
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Furnarius rufus joão-de-barro DZUFMG 3663, 5993, 6000
Vasconcelos et al. (2003c)
FURNARIIDAE
Melo-Júnior et al. (1997), Melo-Júnior et al. (1998),
DZUFMG 2841, 3280-3283; MCP 1281;
Asthenes moreirae garrincha-chorona Vasconcelos (2000b), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
MHNT 4884
Bencke et al. (2006), Vasconcelos et al. (2007)
DZUFMG 0739-0741, 2798, 3665, 4455-
Synallaxis ruficapilla pichororé Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4456, 4469-4471; UFPE 1411-1412
Synallaxis cinerascens pi-puí Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 3054, 4473
Synallaxis frontalis petrim Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Synallaxis albescens uí-pi Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
DZUFMG 2490, 2729, 3664, 4841, 5675-
Synallaxis spixi joão-teneném Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
5678; MZUSP 60134
Cranioleuca pallida arredio-pálido Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 5594-5595
Certhiaxis cinnamomeus curutié Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2730
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), DZUFMG 3238, 3666-3667, 4840, 5992;
Phacellodomus rufifrons joão-de-pau
Vasconcelos et al. (2003c) MCP 1282-1283
Phacellodomus
joão-botina-da-mata Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 5671, 5674
erythrophthalmus
Phacellodomus
joão-botina-do-brejo Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
ferrugineigula
Anumbius annumbi cochicho Carnevalli (1980), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 0802
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 0821-0823, 3957; MZUSP 61598
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0715-0718, 3055, 3668

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Automolus barranqueiro-de-olho-
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3196, 3418, 4585, 4611-4612
leucophthalmus branco
Lochmias nematura joão-porca Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0899-0900, 2728
Xenops rutilans bico-virado-carijó Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0885
TYRANNIDAE
DZUFMG 1718-1719, 2720, 3212, 4607;
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
MZUSP 61641; UFPE 1424-1425
Leptopogonam
cabeçudo Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1697, 1703, 4832
aurocephalus
Corythopis delalandi estalador Vasconcelos et al. (in prep.)
Hemitriccus diops olho-falso Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1647, 5679, 6003
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1673, 4242-4243, 4788
DZUFMG 1653, 3651-3652, 4609, 4787,
Poecilotriccus plumbeiceps tororó Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4837-4838; UFPE 1421
Todirostrum DZUFMG 2722, 2905, 3235, 3650, 5686-
teque-teque Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
poliocephalum 5687
Phyllomyias burmeisteri piolhinho-chiador Vasconcelos et al. (2003c)
Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso Vasconcelos et al. (in prep.)
Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), DZUFMG 3646, 4464, 4608, 5680; MZUSP
Phyllomyias fasciatus piolhinho
Gonzaga & Castiglioni (2007) 56342
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
guaracava-de-crista-
Myiopagis viridicata Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3648, 3949
alaranjada
guaracava-de-barriga- Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Elaenia flavogaster DZUFMG 3649
amarela Vasconcelos et al. (2003c)
guaracava-de-crista-
Elaenia albiceps UFPE 2452
branca
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto DZUFMG 2612

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Elaeniamesoleuca tuque Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2605, 2872
Elaenia chiriquensis chibum Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 3213, 3938
DZUFMG 2592, 2598, 2721, 2866, 2962,
Elaenia obscura tucão Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
3077; MZUSP 61643
Camptostoma obsoletum risadinha Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1682, 1685, 3647, 4782
TYRANNIDAE
Serpophaga nigricans joão-pobre Vasconcelos (2001a), Souza & Marques (2008)
Serpophaga subcristata alegrinho Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1631
Phaeomyias murina bagageiro Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3950-3952, 4465
Capsiempis flaveola marianinha-amarela Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4785-4786
Carnevalli (1980), Sick (1997), Melo-Júnior et al. (1998),
papa-moscas-de-costas- Vasconcelos (1999b), Vasconcelos (2000b), Vasconcelos & AMNH 825216-825217; DZUFMG 1674,
Polystictus superciliaris
cinzentas Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003b), Bencke et al. 3034, 3036, 3043; MZUSP 61631-61632
(2006)
Euscarthmus meloryphus barulhento Vasconcelos et al. (2003c), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4273
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2873-2874, 4312
Myiornis auricularis miudinho Carnevalli (1980), Vasconcelos et al. (in prep.)
bico-chato-de-orelha- Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo- DZUFMG 3653, 4301, 4830-4831, 5681-
Tolmomyias sulphurescens
preta Júnior (2001) 5682; UFPE 1413
DZUFMG 1599-1601, 1606, 3207-3208,
Platyrinchus mystaceus patinho Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) 3234, 4826-4829, 5202-5203, 5684-5685;
UFPE 1422-1423
Myiophobus fasciatus filipe Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2631, 4516, 4836
assanhadinho-de-cauda-
Myiobius atricaudus Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4457, 4472, 6002
preta
Rochido (2001b), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro DZUFMG 2963, 3078
Júnior (2001)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
DZUFMG 1527, 1534-1535, 3654, 4834-
Lathrotriccus euleri enferrujado Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4835
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
maria-preta-de-bico-
Knipolegus cyanirostris Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1358
azulado
TYRANNIDAE
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-
Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho MZUSP 61634
Júnior (2001)
maria-preta-de-garganta- Carnevalli (1980), Rochido (2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior DZUFMG 1364-1366, 1368, 2630, 2725,
Knipolegus nigerrimus
vermelha (2001) 4241; MZUSP 61635
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2726, 2858
Xolmis cinereus primavera Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1327
Xolmis velatus noivinha-branca Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1342, 3662, 4300
Gubernete syetapa tesoura-do-brejo Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1397-1398
DZUFMG 2727, 2869, 3236-3237, 3655,
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4833
Arundinicola leucocephala freirinha Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2000b), Vasconcelos (2001a),
Colonia colonus viuvinha DZUFMG 3095, 4478
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4784
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3658
bentevizinho-de-asa-
Myiozetetes cayanensis Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3946
ferrugínea
bentevizinho-de-
Myiozetetes similis Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1476, 4839
penacho-vermelho
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Pitangus sulphuratus bem-te-vi DZUFMG 3944, 5690-5691, 5999
Vasconcelos et al. (2003c)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2961, 3210, 5178
Megarynchus pitangua neinei Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1448, 2716
Empidonomus varius peitica Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3211, 3659
Griseotyrannus
peitica-de-chapéu-preto Vasconcelos et al. (in prep.)
aurantioatrocristatus
TYRANNIDAE
Tyrannus albogularis suiriri-de-garganta-branca Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3660
Tyrannus melancholicus suiriri Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Tyrannus savana tesourinha Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2718-2719
Sirystes sibilator gritador Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Myiarchus swainsoni irré Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Myiarchus ferox maria-cavaleira Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1515, 3656-3657, 5688-5689
maria-cavaleira-de-rabo-
Myiarchus tyrannulus Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4606
enferrujado
COTINGIDAE
Carnevalli (1980), Melo-Júnior (1996), Melo-Júnior (1998b, in
Machado et al.), Rochido (2000), Rochido & Andrade (2000),
Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata DZUFMG 1166
Vasconcelos (2000b), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Bencke et al. (2006)
Carnevalli (1980), Wege & Long (1995), Melo-Júnior (1996),
Melo-Júnior et al.(1998), Simon & Ribon (1998, in Machado et
Lipaugus lanioides tropeiro-da-serra DZUFMG 1177-1178
al.), Vasconcelos (2000b), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Bencke et al.(2006)
Vasconcelos (1998), Vasconcelos (2000b), Vasconcelos
Pyroderu sscutatus pavó
(2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Pipridae
Whitney et al. (1995b), Stattersfield et al. (1998), Vasconcelos
Neopelma chrysolophum fruxu DZUFMG 1298, 5747
& Melo-Júnior (2001)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Ilicura militaris tangarazinho Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1293-1295, 4594, 5199
Manacus manacus rendeira Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1240-1242
DZUFMG 1265-1268, 2566, 3201-3205,
Chiroxiphia caudata tangará Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
3940, 5717; MCN 0065; UFPE 1410
TITYRIDAE
Oxyrun cuscristatus araponga-do-horto Vasconcelos et al. (in prep.)
Schiffornis virescens flautim Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3206
Wege & Long (1995), Melo-Júnior (1996), Machado (1998, in
Laniisoma elegans chibante Machado et al.), Melo-Júnior et al. (1998), Vasconcelos & Melo-
Júnior (2001), Bencke et al. (2006)
anambé-branco-de-rabo-
Tityra cayana Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1211
preto
Pachyramphus viridis caneleiro-verde Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3661
Pachyramphus castaneus caneleiro Vasconcelos et al. (in prep.)
Pachyramphus
caneleiro-preto Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1192
polychopterus
caneleiro-de-chapéu-
Pachyramphus validus Vasconcelos et al. (2003c) DZUFMG 3947
preto
VIREONIDAE
DZUFMG 0084, 0094, 3076, 4584, 4598,
Cyclarhis gujanensis pitiguari Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4790
Vireo olivaceus juruviara Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Hylophilus DZUFMG 2584, 3642-3644, 4467, 4844-
vite-vite-de-olho-cinza Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
amaurocephalus 4845
CORVIDAE
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Hirundinidae

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Progne tapera andorinha-do-campo Vasconcelos et al. (2003a) DZUFMG 3214
andorinha-doméstica-
Progne chalybea Vasconcelos et al. (in prep.)
grande
andorinha-pequena-de- Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Pygochelidon cyanoleuca DZUFMG 3953-3954, 5996-5997
casa Vasconcelos et al. (2003c)
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2562-2564, 4306-4307
TROGLODYTIDAE
Troglodytes musculus corruíra Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2732-2733, 4855
Donacobiidae
Donacobius atricapilla japacanim Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
TURDIDAE
Turdus flavipes sabiá-una Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0021-0022
DZUFMG 0001, 0003-0004, 0018, 2676-
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
2677, 3645, 5706
Turdus leucomelas sabiá-barranco Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2465, 2679, 2945, 4818
Turdus amaurochalinus sabiá-poca Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2678, 2734; MCN 0073, 0078
Turdus subalaris sabiá-ferreiro Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
DZUFMG 0030, 0035, 4817, 5668; UFPE
Turdus albicollis sabiá-coleira Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
1419
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2731
MOTACILLIDAE
caminheiro-de-barriga-
Anthus hellmayri Vasconcelos (2001a)
acanelada
COEREBIDAE
DZUFMG 2840, 3218, 3670, 5711-5712;
Coereba flaveola cambacica Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
MZUSP 56370, 61648

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
THRAUPIDAE
Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2208-2209, 2655, 2711
Cissopis leverianus tietinga Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2190-2191
Nemosia pileata saíra-de-chapéu-preto Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001),
Thlypopsis sordida saí-canário DZUFMG 4783
Vasconcelos et al. (in prep.)
THRAUPIDAE
DZUFMG 2133-2135, 3219-3221, 4810-
Lanio melanops tiê-de-topete Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4813; UFPE 1408-1409
Piranga flava sanhaçu-de-fogo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
DZUFMG 2109-2110, 2653, 3638, 4814-
Tachyphonus coronatus tiê-preto Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4816, 5716; MCN 0069
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 1965, 2064, 2654, 2708, 5713
sanhaçu-de-encontro-
Tangara ornata Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2698, 3222, 3637, 3961
amarelo
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2709, 2867, 4304, 5714-5715
Pipraeidea melanonota saíra-viúva Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2707
Carnevalli (1980), Melo-Júnior et al. (1998), Gonzaga & DZUFMG 1941-1946, 2657; MZUSP 60076,
Tangara desmaresti saíra-lagarta
Castiglioni (2006), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) 61675, 61677, 61695
Carnevalli (1980), Melo-Júnior et al. (1998), Vasconcelos DZUFMG 2868, 3223, 3639-3641, 4466,
Tangara cyanoventris saíra-douradinha
(2001a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) 5989
DZUFMG 1912, 2957, 3635-3636; MZUSP
Tangara cayana saíra-amarela Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
61666-61669, 61671
Tersina viridis saí-andorinha Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
DZUFMG 2847, 3053, 3942-3943, 4846,
Dacnis cayana saí-azul Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
5177, 5985, 5998; MZUSP 61650
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2001a), Vasconcelos & Melo-
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem DZUFMG 3052, 3242, 3330, 4595
Júnior (2001)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
figuinha-de-rabo-
Conirostrum speciosum Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
castanho
EMBERIZIDAE
DZUFMG 2543-2545, 2706, 2864, 3224,
Zonotrichia capensis tico-tico Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
3671, 4793, 5710
Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
EMBERIZIDAE
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), DZUFMG 2392-2394, 2699, 3939, 5207-
Haplospiza unicolor cigarra-bambu
Vasconcelos et al. (2005) 5209, 5663-5666, 5740-5746
Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Sicalis citrina canário-rasteiro Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2546
canário-da-terra- Carnevalli (1980), Brandt (1998b in Machado et al.),
Sicalis flaveola DZUFMG 5988
verdadeiro Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Vasconcelos (2000a), Vasconcelos (2001a),
Emberizoides herbicola canário-do-campo DZUFMG 2696
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Embernagra platensis sabiá-do-banhado Vasconcelos (2000a), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Carnevalli (1980), Carnevalli (1982), Mattos & Sick (1985), Sick
(1997), Machado et al. (1998), Melo-Júnior et al. (1998),
DZUFMG 2449-2953, 3047-3050, 3225; MCP
Embernagra longicauda rabo-mole-da-serra Vasconcelos (2000a), Vasconcelos (2000b), Vasconcelos
1284; MHNT 4360-4361; UFPE 1192
(2001b), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos &
Silva (2003), Vasconcelos et al. (2003b), Bencke et al. (2006)
DZUFMG 2538-2540, 2850, 3672, 3958,
Volatinia jacarina tiziu Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
4856
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira Vasconcelos et al. (in prep.)
Sporophila lineola bigodinho Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 4221-4223
DZUFMG 2541-2542, 2705, 3673; UFPE
Sporophila nigricollis baiano Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
2453-2454

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
papa-capim-de-costas-
Sporophila ardesiaca Vasconcelos et al. (in prep.)
cinzas
Sporophila caerulescens coleirinho Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2701
Sporophila leucoptera chorão Vasconcelos et al. (in prep.)
Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro Vasconcelos et al. (2005), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 5662
Coryphospingus pileatus tico-tico-rei-cinza Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2466, 2535-2537, 5709
CARDINALIDAE
DZUFMG 2319-2322, 5204-5205, MZUSP
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
56380
Saltator atricollis bico-de-pimenta Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Cyanocompsa brissonii azulão Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2266
PARULIDAE
Geothlypisa equinoctialis pia-cobra Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0205, 0226, 2713-2714, 4220
Basileuterus culicivorus pula-pula Vasconcelos et al. (in prep.)
DZUFMG 0255, 0257-0262, 2550-2552,
pula-pula-de-barriga-
Basileuterus hypoleucus Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) 3241, 3669, 4819-4825, 5200, 5707-5708;
branca
UFPE 1418
Basileuterus flaveolus canário-do-mato Vasconcelos & Melo-Júnior (2001), Vasconcelos et al. (in prep.) DZUFMG 5179
Basileuterus
pula-pula-assobiador Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2646
leucoblepharus
ICTERIDAE
Psarocolius decumanus japu Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0143, 0147, 4219
Cacicus haemorrhous guaxe Vasconcelos (2001a) DZUFMG 5593
Icterus jamacaii corrupião Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Gnorimopsar chopi graúna Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 0169
Chrysomus ruficapillus garibaldi Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)

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FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE ESPÉCIMES
Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo Vasconcelos et al. (in prep.)
Carnevalli (1980), Rochido (2001a), Rochido (2001b),
Molothrus bonariensis vira-bosta DZUFMG 2712, 5986
Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
FRINGILLIDAE
Carduelis magellanica pintassilgo Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 2370
Euphonia chlorotica fim-fim Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro Pinto (1952), Carnevalli (1980)
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
FRINGILLIDAE
Chlorophonia cyanea bandeirinha Vasconcelos & Melo-Júnior (2001) DZUFMG 5592
ESTRILDIDAE
Estrilda astrild bico-de-lacre Vasconcelos (2001a)
PASSERIDAE
Passer domesticus pardal Vasconcelos (2001a) DZUFMG 2735

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QUADRO 8.4.9 - ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA REGIÃO COM REGISTROS AINDA NÃO CONFIRMADOS OU
DUVIDOSOS, MAS COM POTENCIAL PARA SEREM ENCONTRADAS NA REGIÃO

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE


PSITTACIDAE
Diopsittaca nobilis maracanã-pequena Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
NYCTIBIIDAE
Nyctibius aethereus mãe-da-lua-parda Carnevalli (1980)
Apodidae
andorinhão-de-sobre-
Chaetura cinereiventris Carnevalli (1980)
cinzento
TROCHILIDAE
Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
PICIDAE
Veniliorni spasserinus picapauzinho-anão Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Piculus flavigula pica-pau-bufador Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
SCLERURIDAE
Sclerurus mexicanus vira-folha-de-peito-vermelho Mattos et al. (1991), Sick (1997)
FURNARIIDAE
Philydora tricapillus limpa-folha-coroado Carnevalli (1980)
Anabazenops fuscus trepador-coleira Carnevalli (1980)
TYRANNIDAE
Myiobius barbatus assanhadinho Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu Vasconcelos & Melo-Júnior (2001)
Pyrocephalus rubinus príncipe Carnevalli (1980)
Attila rufus capitão-de-saíra Carnevalli (1980)
EMBERIZIDAE
Porphyrospiza caerulescens campainha-azul Carnevalli (1980), Bencke et al. (2006)
Poospiza cinerea capacetinho-do-oco-do-pau Carnevalli (1980), Bencke et al. (2006)
Carnevalli (1980), Vasconcelos & Melo-Júnior
Arremon flavirostris tico-tico-de-bico-amarelo
(2001)

QUADRO 8.4.10 - ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA REGIÃO BASEADAS EM ERROS DE IDENTIFICAÇÃO

FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE


TINAMIDAE
Crypturellus noctivagus jaó-do-sul Carnevalli (1980)
PICIDAE
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela Carnevalli (1980)
THAMNOPHILIDAE
Thamnophilus doliatus choca-barrada Carnevalli (1980)
Myrmotherula axillaris choquinha-de-flanco-branco Carnevalli (1980)

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Continuação do Quadro 8.4.10


FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR FONTE
RHINOCRYPTIDAE
Scytalopus notorius tapaculo-preto Carnevalli (1980)
COA (1989), Mattos et al. (1991), Wege & Long
Scytalopus novacapitalis tapaculo-de-brasília (1995), Brandt (1998a in Machado et al.),
Stattersfield et al. (1998)
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso Carnevalli (1980)
Campylorhamphus
arapaçu-beija-flor Carnevalli (1980)
trochilirostris
TYRANNIDAE
guaracava-de-topete-
Elaenia cristata Vasconcelos et al. (2003b)
uniforme
PIPRIDAE
Neopelma pallescens fruxu-do-cerradão Carnevalli (1980)
VIREONIDAE
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado Carnevalli (1980)
THRAUPIDAE
Tangara seledon saíra-sete-cores Carnevalli (1980)
Chlorophanes spiza saí-verde Carnevalli (1980)
PARULIDAE
Phaeothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho Carnevalli (1980)

Desses registros, 16 são considerados duvidosos, mas são representados por espécies com potencial
para existirem na região, já que as mesmas são conhecidas em regiões próximas (Quadro 8.4.10). Tais
registros merecem confirmação com base em espécimes-testemunhos, gravações ou fotografias.
Outros 14 registros foram considerados errôneos, pois correspondem a espécies que seguramente
não ocorrem na região (Quadro 8.4.11). Assim, a avifauna regional é composta por 326 espécies, o que
representa cerca de 44% da avifauna de Minas Gerais (Mattos et al., 1993).

QUADRO 8.4.11 - ESPÉCIES DE AVES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO E ENDÊMICAS REGISTRADAS NA REGIÃO

Legenda:Estado de conservação: CR = criticamente em perigo; EN = em perigo; NT = quase-ameaçado; VU = vulnerável.


Endemismo: CE = endêmico do Cerrado; MA = endêmico da Mata Atlântica; TM = endêmico dos topos de montanha do leste do Brasil
MINAS
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR GLOBAL BRASIL ENDEMISMO
GERAIS
ODONTOPHORIDAE
Odontophorus capueira uru EN MA
ACCIPITRIDAE
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande NT NT CR MA
Urubitinga coronata águia-cinzenta EN VU EN
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco NT EN
Spizaetus ornatus gavião-de-penacho EN

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Continuação do Quadro 8.4.11


Legenda:Estado de conservação: CR = criticamente em perigo; EN = em perigo; NT = quase-ameaçado; VU = vulnerável.
Endemismo: CE = endêmico do Cerrado; MA = endêmico da Mata Atlântica; TM = endêmico dos topos de montanha do leste do Brasil
MINAS
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR GLOBAL BRASIL ENDEMISMO
GERAIS
FALCONIDAE
Falco deiroleucus falcão-de-peito-laranja CR
RALLIDAE
Aramides saracura saracura-do-mato MA
PSITTACIDAE
Primolius maracana maracanã-verdadeira NT NT
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha MA
STRIGIDAE
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela MA
Strix hylophila coruja-listrada NT MA
TROCHILIDAE
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno MA
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada MA
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza MA
Florisuga fusca beija-flor-preto MA
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta MA
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco MA
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi MA
Augastes scutatus beija-flor-de-gravata-verde NT TM
TROGONIDAE
Trogon surrucura surucuá-variado MA
BUCCONIDAE
Malacoptila striata barbudo-rajado MA
Ramphastidae
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde MA
PICIDAE
Veniliornis maculifrons picapauzinho-de-testa-pintada MA
Piculus aurulentus pica-pau-dourado NT MA
Campephilus robustus pica-pau-rei MA
THAMNOPHILIDAE
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora MA
Mackenziaena severa borralhara MA
Formicivora serrana formigueiro-da-serra MA
Drymophila ferruginea trovoada MA
Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni MA
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho NT MA
Drymophila malura choquinha-carijó MA
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul MA
Myrmeciza loricata formigueiro-assobiador MA

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Continuação do Quadro 8.4.11

Legenda:Estado de conservação: CR = criticamente em perigo; EN = em perigo; NT = quase-ameaçado; VU = vulnerável.


Endemismo: CE = endêmico do Cerrado; MA = endêmico da Mata Atlântica; TM = endêmico dos topos de montanha do leste do Brasil
MINAS
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR GLOBAL BRASIL ENDEMISMO
GERAIS
CONOPOPHAGIDAE
Conopopha galineata chupa-dente MA
GRALLARIIDAE
Hylopezus nattereri pinto-do-mato MA
RHINOCRYPTIDAE
Scytalopus iraiensis macuquinho-da-várzea EN EN

Dentre as espécies registradas como ameaçadas globalmente (IUCN, 2013), duas são vulneráveis, o
capacetinho-do-oco-do-pau (Poospiza cinerea) e a cigarra-verdadeira (Sporophila falcirostris), e outras
duas estão em perigo, a águia cinzenta (Urubitinga coronata) e o macuquinho-da-várzea (Scytalopus
iraiensis). Além dessas, 12 espécies são consideradas quase-ameaçadas globalmente. Foram
registradas três espécies ameaçadas em nível nacional (Instruções Normativas MMA no 3/2003 e
nº05/2004): águia-cinzenta (Urubitinga coronata) como “vulnerável”, o macuquinho-da-várzea
(Eleoscytalopus indigoticus) como “em perigo” e a cigarra-verdadeira (Sporophila falcirostris) como
vulnerável, além de seis outras espécies como “quase-ameaçadas”. Na lista de aves ameaçadas de
extinção no estado de Minas Gerais, constam as seguintes espécies: tesourinha-da-mata (Phibalura
flavirostris) e chibante (Laniisoma elegans) na categoria de “vulnerável”; uru (Odontophorus capueira),
águia-cinzenta, (Urubitinga coronata), gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), gavião-de-penacho
(Spizaetus ornatus) e cigarra-verdadeira (Sporophila falcirostris) como “em perigo”; gavião-pombo-
grande (Pseudastur polionotus) e falcão-de-peito-laranja (Falco deiroleucus) como “criticamente em
perigo” (Deliberação Normativa COPAM nº 147/2010).

Dentre as espécies registradas na região, destacam-se 71 endêmicas da Mata Atlântica, além de três
endêmicas do Cerrado e quatro endêmicas dos topos de montanha do leste do Brasil (Ridgely; Tudor,
1989; 1994; Silva, 1995a;1995b; 1997; Sick, 1997; Brooks et al.,1999; Vasconcelos, 2001c; 2008; Silva;
Bates, 2002; Vasconcelos et al.,2003b; Silva; Santos, 2005).

Assim, a região caracteriza-se como uma das mais ricas do estado de Minas Gerais, com um elevado
número de espécies da avifauna ameaçadas de extinção e endêmicas, sendo de grande relevância a
sua conservação em nível regional e global (Vasconcelos; Melo-Júnior, 2001; Bencke et al.,2006). Vale
ressaltar que a região também está inserida em uma área prioritária para a conservação da
biodiversidade em Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero) na mais elevada categoria de importância
biológica (especial), devido à alta riqueza de vertebrados, incluindo as aves, dentre outros fatores
(Drummond et al., 2005).

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8.4.4.3. Avifauna da AID e ADA


Durante as amostragens realizadas nas ADA/AID da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista, foram
registradas 68 espécies de aves, distribuídas em 28 famílias (Quadro 8.4.12).

QUADRO 8.4.12 – ESPÉCIES DE AVES DIAGNOSTICADAS NAS ÁREAS DIRETAMENTE AFETADA E DE INFLUÊNCIA
DIRETA (ADA/AID) DA AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ÉSTERIL DE CRISTA

STATUS DE AMEAÇA
NOME DO TÁXON NOME EM PORTUGUÊS STATUS ENDEMISMO MINAS
BRASIL GLOBAL
GERAIS
Tinamidae
Crypturellus
obsoletus inhambuguaçu R
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu R
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha R
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta R
Accipitridae
Rupornis
magnirostris gavião-carijó R
Falconidae
Caracara plancus caracará R
Milvago chimachima carrapateiro R
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa R
Patagioenas picazuro pombão R
Leptotila verreauxi juriti-pupu R
Psittacidae
Aratinga
leucophthalma periquitão-maracanã R
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato R
Trochilidae
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado R
Eupetomena
macroura beija-flor-tesoura R
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta R MA
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul R
Trogonidae
Trogon surrucura surucuá-variado R MA
Galbulidae
Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva R
Picidae

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Continuação do Quadro 8.4.12


STATUS DE AMEAÇA
NOME DO TÁXON NOME EM PORTUGUÊS STATUS ENDEMISMO MINAS
BRASIL GLOBAL
GERAIS
Picumnus cirratus pica-pau-anão-barrado R
Thamnophilidae
Herpsilochmus
atricapillus chorozinho-de-chapéu-preto R
Thamnophilus
caerulescens choca-da-mata R
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul R MA
Drymophila
ferruginea trovoada R, E MA
Drymophila
QA
ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho R, E MA
Rhinocryptidae
Eleoscytalopus
QA
indigoticus macuquinho R, E MA
Dendrocolaptidae
Sittasomus
griseicapillus arapaçu-verde R
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado R MA
Furnariidae
Automolus
leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco R MA
Phacellodomus
rufifrons joão-de-pau R
Synallaxis ruficapilla pichororé R MA
Synallaxis spixi joão-teneném R MA
Pipridae
Ilicura militaris tangarazinho R, E MA
Chiroxiphia caudata tangará R MA
Tityridae
Schiffornis virescens flautim R MA
Incertae sedis
Platyrinchus
mystaceus patinho R
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza R MA
Corythopis delalandi estalador R
Tolmomyias
sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta R
Todirostrum
poliocephalum teque-teque R, E MA
Poecilotriccus
plumbeiceps tororó R
Hemitriccus
nidipendulus tachuri-campainha R, E MA

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Continuação do Quadro 8.4.12


STATUS DE AMEAÇA
NOME DO TÁXON NOME EM PORTUGUÊS STATUS ENDEMISMO MINAS
BRASIL GLOBAL
GERAIS
Camptostoma
obsoletum risadinha R
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela R
Capsiempis flaveola marianinha-amarela R
Phyllomyias fasciatus piolhinho R
Myiarchus ferox maria-cavaleira R
Pitangus sulphuratus bem-te-vi R
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-
vermelho R
Tyrannus
melancholicus suiriri R
Colonia colonus viuvinha R
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento R
Hirundinidae
Pygochelidon
cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa R
Stelgidopteryx
ruficollis andorinha-serradora R
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra R
Turdidae
Turdus leucomelas sabiá-barranco R
Coerebidae
Coereba flaveola cambacica R
Thraupidae
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro R
Lanio melanops tiê-de-topete R
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento R
Tangara cayana saíra-amarela R
Tersina viridis saí-andorinha R
Dacnis cayana saí-azul R
Hemithraupis
ruficapilla saíra-ferrugem R, E MA
Emberizidae
Sporophila nigricollis baiano R
Sporophila
caerulescens coleirinho R
Parulidae
Basileuterus
hypoleucus pula-pula-de-barriga-branca R
Basileuterus flaveolus canário-do-mato R
Fringillidae
Euphonia chlorotica fim-fim R

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Das espécies diagnosticadas destacam-se 17 endemismos ao bioma Mata Atlântica, além de duas
espécies consideradas ameaçadas a nível global (IUCN 2013).

Quanto aos endemismos ao bioma Mata Atlântica cita-se o beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania


glaucopis), o surucuá-variado (Trogon surrucura), o papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera), a trovoada
(Drymophila ferruginea), a choquinha-de-dorso-vermelho (Drymophila ochropyga) (Foto 8.4.10), o
macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus), o arapaçu-rajado (Xiphorhynchus fuscus) (Foto 8.4.11), o
barranqueiro-de-olho-branco (Automolus leucophthalmus), o pichororé (Synallaxis ruficapilla), o joão-
teneném (Synallaxis spixi), o tangarazinho (Ilicura militaris), o tangará (Chiroxiphia caudata), o flautim
(Schiffornis virescens), o abre-asa-de-cabeça-cinza (Mionectes rufiventris), o teque-teque (Todirostrum
poliocephalum), o tachuri-campainha (Hemitriccus nidipendulus) e a saíra-ferrugem (Hemithraupis
ruficapilla).

Em relação as espécies ameaçadas de extinção a nível global, encontram-se inseridas na categoria


quase- ameaçadas (QA) a choquinha-de-dorso-vermelho (Drymophila ochropyga) e o macuquinho
(Eleoscytalopus indigoticus). Nenhuma das espécies diagnosticadas insere-se em alguma categoria de
ameaça a nível nacional (Instruções Normativas MMA no 3/2003 e nº05/2004) e/ou estadual
(Deliberação Normativa COPAM nº 147/2010).
Foto: Leandro Nunes Souza – Arq. Pessoal

Foto: Leandro Nunes Souza – Arq. Pessoal

FOTO 8.4.10: Arapaçu-rajado (Xiphorhynchus fuscus) FOTO 8.4.11: Papa-taoca-do-sul (Pyriglena


espécie endêmica da Mata Atlâtica. leucoptera), espécie endêmica da Mata Atlântica.

8.4.4.4. Diagnóstico conclusivo da avifauna com foco na AID e ADA


Em relção a avifauna diagnosticada na ADA/AID da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista, a mesma é
composta em sua grande maioria por espécies tipicamente florestais. O componente avifaunístico
com a maioria das espécies possuindo caráter tipicamente florestal justifica-se em função das
características ambientais tanto da região de inserção do presente projeto, como também daquela
observada na ADA/AID do empreendimento em pauta, apresentando cobertura florestal em grande
parte de seus limites.

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A região na qual se localiza a Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista insere-se em um grande bloco
florestal, formado por remanescentes florestais localizados no sopé da Serra do Caraça, Serra da
Gandarela e nos municípios de Santa Bárbara, Barão de Cocais, Nova Lima, Raposos e outros, o que
proporciona a ocorrência de espécies típicas da Mata Atlântica e que necessitam de um ambiente em
melhor estado de conservação.

Em relação à implantação do presente projeto, o mesmo não acarretará a extinção local de espécies
endêmicas, raras e ameaçadas de extinção, uma vez que as mesmas esncontram-se bem distribuídas
em outros remanescentes florestais da região e, também em uma Unidade de Conservação de
Proteção Integral como a RPPN Caraça. Importante destacar que, ênfase deve ser dada no
planejamento da implantação de projetos e/ou expansão de estruturas já existentes, buscando-se
sempre, pela manutenção da conectividade entre os remanescentes localizados na propriedade da
AngloGold Ashanti (Córrego do Sítio I) com outros remanescentes sejam localizados na RPPN Caraça,
Serra da Gandarela e outros, propiciando o deslocamento de indivíduos em um caráter regional e
contribuindo para a manutenção de populações viáveis de espécies que necessitam de grandes áreas
florestadas.

8.4.5. Mastofauna
A fauna de mamíferos do Brasil está entre as mais ricas do mundo (Lewinsohn, 2006). A compilação
das espécies brasileiras realizada em 1996 indicou para o país aproximadamente 524 espécies
(Fonseca et al., 1996); porém, estudos recentes, revisões taxonômicas e a descrição de novas espécies
elevaram esse número para mais de 680 espécies (Reis et al, 2011). Ao mesmo tempo em que
apresenta esta notável diversidade, o país abriga também dois dos biomas mais ameaçados do
planeta: a Mata Atlântica e o Cerrado (hotspots) (Myers et al., 2000; Mittermeier et al., 2005).

A mastofauna conhecida na Mata Atlântica é estimada em aproximadamente 250 espécies de


mamíferos, 55 (22 %) das quais são endêmicas (Reis et al., 2011). O Cerrado apresenta uma diversidade
e endemismo de vertebrados menor que a Mata Atlântica, mas a diversidade é ainda bem elevada,
com mais de 195 espécies, sendo18 (9,2%) endêmicas (Fonseca et al. 2004).

Minas Gerais abriga aproximadamente 260 espécies de mamíferos (cerca de 40% das espécies do
país), distribuídas entre os principais biomas do estado: Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado. A recente
revisão da lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais aponta um total de 45 espécies sob o risco de
extinção, cerca de 17% do total de espécies do estado (Fundação Biodiversitas, 2007).

O grupo de pequenos mamíferos é um bom instrumento de estudo para a biologia da Conservação.


Existem no Brasil cerca de 165 espécies da Ordem Rodentia e 44 espécies da Ordem Didelphimorphia.
Por se tratar de um grupo de ampla diversificação quanto à exploração do ambiente, podem-se
encontrar espécies tanto resistentes quanto sensíveis a perturbações ambientais de origem antrópica.
Admite-se, de um modo geral, que os marsupiais (exceto espécies do gênero Didelphis), são habitat-
sensíveis, só ocorrendo em áreas onde a perturbação não é intensa. Por outro lado, muitas espécies de
roedores são razoavelmente resistentes às modificações ambientais. Tais características, juntamente
com a baixa capacidade para grandes deslocamentos, levando a uma alta endemicidade, tornam os
pequenos mamíferos indicadores adequados para a avaliação e monitoramento de impactos
ambientais (Bonvicino et al., 2002).

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A presença ou não de certas espécies de pequenos mamíferos pode indicar o nível de impacto
causado pela ação humana no ambiente. Marsupiais e pequenos roedores exercem uma importante
influência na dinâmica das florestas e são bons indicadores tanto de alterações locais do habitat como
alterações da paisagem. As relações estreitas com alterações locais do habitat podem estar associadas
à especificidade do uso de micro-habitats. Aparentemente, a partição de recursos e a coexistência das
espécies são facilitadas pela ocupação diferencial dos estratos da floresta. Dessa forma, a perda de
habitats afeta a comunidade de pequenos mamíferos que dependem da manutenção das áreas de
mata e da distribuição de diferentes micro-habitats.

8.4.5.1. Metodologia
1Levantamento de dados secundários
Para o levantamento das espécies de mamíferos de ocorrência regional, foi realizada uma revisão na
literatura especializada, buscando-se trabalhos e informações sobre a área de interesse. Foram
utilizados trabalhos científicos e estudos ambientais sobre a região e proximidades da Mina Córrego
do Sítio I, tais como:

 Mammals of the Estação de Preservação e Desenvolvimento Ambiental de Peti (EPDA-Peti), São


Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais Brazil (Paglia et al., 2005);

 Estudo de Impacto Ambiental – Projeto Sulfetado – Mina Córrego do Sítio I (2009)

 Estudo de Impacto Ambiental – Alteamento da Barragem de Rejeitos Córrego do Sítio II – EL.816,0m


(2010)

 Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Cava Rosalino e Planta de Beneficiamento (2012)

 Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Rejeito CDS I (2012)

 Estudo de Impacto Ambiental – Projeto de Abertura da Cava João Burro (2012)

 Plano de Manejo da RPPN Caraça

1Levantamento de dados primários


O levantamento de dados primários foi realizado por meio de caminhadas em estradas e trilhas
existentes nos limites da ADA/AID do empreendimento em pauta, buscando-se por vestígios (fezes,
pegadas, tocas etc.) (Foto 8.4.12), reconhecimento de vocalizações no caso de primatas e/ou
visualização direta de indivíduos da mastofauna.

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Foto: Leandro Nunes Souza


FOTO 8.4.12: Resgistro de vestígios (pegadas) na Área de Influência Direta pelo
empreendimento.

8.4.5.2. Mastofauna regional e da AII


Estudos da mastofauna realizados na região (Paglia et al, 2005, Sete, 2009, 2010, 2012a, 2012b, 2012c)
indicam uma riqueza expressiva relacionada, principalmente, à fitofisionomia predominante na área
(Floresta Estacional Semidecidual). Na AII, esta se apresenta em diferentes estágios de regeneração,
possibilitando ambientes favoráveis às diversas espécies da mastofauna regional e registradas para o
bioma Mata Atlântica, no qual se insere a mesma.

Baseando-se nos dados consultados, foram registradas para a região da Mina Córrego do Sítio I e II, 77
espécies de mamíferos com potencial de ocorrência para a AII do empreendimento em questão
distribuídos em 23 famílias (Quadro 8.4.13).

QUADRO 8.4.13 – ESPÉCIES DA MATOFAUNA REGISTRADAS ATRAVÉS DE ESTUDOS DESENVOLVIDOS NA REGIÃO


DE INSERÇÃO DAS UNIDADES CÓRREO DO SÍTIO I E II

STATUS DE AMEAÇA
FONTES
ESPÉCIE NOME POPULAR MINAS
BRASIL IUCN
B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 GERAIS
DIDELPHIMORPHIA
DIDELPHIDAE
Caluromys philander Cuíca x x
Didelphis albiventris Gambá-da-orelha-branca x x x
Didelphis aurita Gambá-da-orelha-preta x x
Didelphis sp. Gambá x x x
Gracilinanus
Cuíca, Catita x
microtarsus

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Continuação do Quadro 8.4.13


STATUS DE AMEAÇA
FONTES
ESPÉCIE NOME POPULAR MINAS
BRASIL IUCN
B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 GERAIS
DIDELPHIMORPHIA
DIDELPHIDAE
Gracilinanus sp. Cuíca, Catita x x x
Marmosops incanus Cuíca, Catita x x x x x x x
Micoureus demerarae Cuíca, Catita x
Micoureus
Cuíca, Catita x
paraguayanus
Monodelphis
Cuíca, Catita x
domestica
Monodelphis
Cuíca, Catita x x
americana
Philander frenatus Cuíca-de-quatro-olhos x x x x
PILOSA
MYRMECOPHAGIDAE
Myrmecophaga
Tamanduá-bandeira x VU VU
tridáctila
Tamandua
Tamanduá-mirim x x x x x x x
tetradactyla
CINGULATA
DASYPODIDAE
Cabassous unicinctus Tatu-do-rabo-mole x x x x x x
Dasypus
Tatu-galinha x x x x x x
novemcinctus
Dasypus
Tatu-mirim x
septemcinctus
Euphractus sexcinctus Tatu-peba x x x x x x
PERISSODACTYLA
TAPIRIDAE
Tapirus terrestris Anta x VU
ARTYODACTYLA
CERVIDAE
Mazama americana Veado-mateiro x EN
Mazama guazoubira Veado-catingueiro x
Mazama sp. Veado x x x x x x
TAYASSUIDAE
Pecary tajacu Cateto x x x x x VU
PRIMATES
ATELIDAE
Alouatta guariba Bugio x CR VU
CALLITHRICHIDAE
Callithrix geoffryi Saguí-da-cara-branca x x x x x x
Callithrix penicillata Mico-estrela x x x x x x x
CEBIDAE
Sapajos nigritus Macaco-prego x x

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Continuação do Quadro 8.4.13


STATUS DE AMEAÇA
ESPÉCIE NOME POPULAR FONTES MINAS
BRASIL IUCN
GERAIS
PITHECIIDAE
Callicebus
Sauá, Guigó x x x x x x x QA
nigrifrons
CARNIVORA
CANIDAE
Cerdocyon thous Cachorro-do-mato x x x x x x x
Lycalopex vetulus Raposinha-do-campo x
Chrysocyon
Lobo-guará x x x x x x VU VU QA
brachyurus
Speothos
Cachorro-do-mato-vinagre x VU CR QA
venaticus
FELIDAE
Leopardus sp. Gato-do-mato x x x x x
Leopardus wiedii Gato-maracajá x VU EN QA
Leopardus pardalis Jaguatirica x x VU VU
Puma
Gato-mourisco x
yagouaroundi
Puma concolor Suçuarana x VU VU
Panthera onca Onça-pintada x VU CR
MEPHITIDAE
Conepatus
Jaritataca x x
semistriatus
MUSTELIDAE
Eira Barbara Irara x x x x x x
Galictis cuja Furão x x x x x x
Lontra longicaudis Lontra x x x x VU
PROCYONIDAE
Nasua nasua Quati x x x x x x x
Procyon
Mão-pelada x x x x x x x
cancrivorus
LAGOMORPHA
LEPORIDAE
Sylvilagus
Tapeti x x x x x x x
brasiliensis
RODENTIA
CAVIIDAE
Hydrochoerus
Capivara x x x x x x
hydrochaeris
Cavia sp. Preá x
Cavia apereia Preá x
Galea spixii Preá x

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STATUS DE AMEAÇA
ESPÉCIE NOME POPULAR FONTES MINAS
BRASIL IUCN
GERAIS
CRICETIDAE
Akodon cursor Rato-do-chão x x x x x x x
Blarinomys
Rato-do-mato x x
breviceps
Calomys calosus Rato-do-campo x
Calomys tener Rato-do-campo x
Cerradomys
Rato-do-arroz x x x
subflavus
Necromys lasiurus Pixuna x x x
Nectomys
Rato-d´água x x
squamipes
Oecomys
Rato-da-árvore x
catherinae
Oligoryzomys
Rato-do-mato x
flavescens
Oligoryzomys
Rato-do-mato x
nigripes
Oligoryzomys sp. Rato-do-mato x x
Oryzomys sp. Rato-do-mato x
Oxymycterus
Rato-do-brejo x
dasytrichus
Oxymycterus
Rato-do-brejo x
delator
Oxymycterus sp. Rato-do-brejo x
Juliomys pictipes Rato-do-mato x
Rhipidomys
Rato-da-árvore x x
mastacalis
Thaptomys nigrita Rato-do-chão x
Rattus norvergicus Rato-do-esgoto x x x
CUNICULIDAE
Cuniculus paca Paca x x x x x x x
DASYPROCTIDAE
Dasyprocta agouti Cutia x x
ECHIMYIDAE
Thrichomys
Punaré x
apereoides
Trinomys moojeni Rato-de-espinho x VU EN
Trinomys setosus Rato-de-espinho x x
Trinomys sp. Rato-de-espinho x
ERETHIZONTIDAE
Coendou
Ouriço-caixeiro x x x x x x
prehensilis
Coendou spinosus Ouriço-caixeiro x
SCIURIDAE
Guerlinguetus
Caxinguelê x x x x x x x
ingrami

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Quanto a representatividade das famílias presentes na listagem de dados secundários, a maioria das
espécies pertencem a família Cricetidae (19), seguida por Didelphidae (12), Felidae (6), quatro famílias
(Echimyidae, Caviidae, Canidae e Dasypodidae) com quatro espécies e, as demais 16 famílias com um
número de espécies inferior a quatro, representado na Figura 8.4.4.

FIGURA 8.4.4 – DISTRIBUIÇÃO POR FAMÍLIA DAS ESPÉCIES REGISTRADAS ATRAVÉS DE DADOS SECUNDÁRIO

20 19
18
16
Número de espécies

14 12
12
10
8 6
6 4 4 4 4
4 3 3
2 2 2 2
2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0
Dasyproctidae

Mustelidae
Atelidae

Mephitidae

Sciuridae
Myrmecophagidae

Cervidae

Dasypodidae

Didelphidae
Tapiridae

Pitheciidae

Leporidae

Procyonidae

Caviidae

Cricetidae
Erethizontidae

Echimyidae
Tayassuidae

Cebidae

Cuniculidae

Canidae
Callithrichidae

Felidae
Famílias

De acordo com os dados secundários compilados, pode-se dizer que a mastofauna registrada na
região das Minas de Córrego do Sítio I e II é composta em sua maioria por espécies relativamente
comuns na região, como é o caso dos marsupiais (gambás, catitas etc.), tatus, roedores (rato-do-mato,
capivara, paca etc.), o cachorro-do-mato, tapiti, dentre outros. Tais espécies apresentam ampla
distribuição regional e ocorrem em ambientes em diferentes graus de conservação e/ou perturbação
ambiental.

Além das espécies consideradas mais comuns e relativamente resilientes às atividades humanas e/ou
outros tipos de perturbação ambiental, destacam-se àquelas incluídas em categorias de ameaça, além
de possuírem populações naturalmente reduzidas, como é o caso do tamanduá-bandeira
(Myrmecophaga tridactila), da anta (Tapirus terrestres), do veado-mateiro (Mazama americana), do
cateto (Pecary tajacu), do bugio (Alouatta guariba), do guigó (Callicebus nigrifrons), do lobo-guará
(Chrysocyon brachyurus), do cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus), do gato-maracajá
(Leopardus wiedii), da jaguatirica (Leopardus pardalis), da suçuarana (Puma concolor), da onça-pintada
(Pantera onca) e do rato-de-espinho (Trinomys moojeni) (Deliberação Normativa COPAM Nº 147/2010;
Instrução Normativa do MMA Nº03/03 e Instrução Normativa do MMA Nº05/04; IUCN, 2012), conforme
apresentado no Quadro 8.4.13.

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Dentre as espécies incluídas em categorias de ameaça, sabe-se que Chrysocyon brachyurus, Leopardus
wiedii, Leopardus pardalis, Puma concolor e Panthera onca apresentam um alto poder de dispersão e
uma ampla área de vida. Portanto, tais espécies dependem de ambientes mais extensos e preservados
e que apresentem um grau considerável de conectividade. Ressalta-se, no entanto, que a ocorrência
de Chrysocyon brachyurus está associada especialmente a áreas campestres e ambientes com
vegetação pouco densa, enquanto as demais espécies estão fortemente relacionadas à ambientes
florestais (Eisenberg; Redford, 1999). Conforme demostrado no Quadro 8.4.13, basicamente todas as
espécies inseridas em alguma categoria de ameaça apresentam registro na RPPN Caraça, o que de
certa forma, garante a manutenção destas espécies em nível regional.

8.4.5.3. Mastofauna da AID e ADA


De acordo com o presente estudo, por meio das metodologias utilizadas, foram registradas 30
espécies de mamíferos, pertencentes a 18 famílias. No Quadro 8.4.14, a seguir, consta a listagem da
mastofauna registrada e com potencial ocorrência (registradas através da metodologia de entrevistas)
para a ADA/AID da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista.

QUADRO 8.4.14 – ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DIAGNOSTICADAS DURANTES OS TRABALHOS DE CAMPO

STATUS DE AMEAÇA
ESPÉCIE NOME POPULAR TIPO DE REGISTRO MINAS
BRASIL IUCN
GERAIS

DIDELPHIMORPHIA
DIDELPHIDAE
Didelphis sp. Gambá Entrevista
PILOSA
MYRMECOPHAGIDAE
Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim Entrevista
CINGULATA
DASYPODIDAE
Cabassous unicinctus Tatu-do-rabo-mole Entrevista
Entrevista /
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha
Visualização
Dasypus septemcinctus Tatu-mirim Entrevista
Euphractus sexcinctus Tatu-peba Entrevista
PERISSODACTYLA
TAPIRIDAE
Tapirus terrestris Anta Entrevista VU
ARTYODACTYLA
CERVIDAE
Entrevista /
Mazama sp. Veado
Visualização
TAYASSUIDAE
Pecary tajacu Cateto Entrevista VU

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Continuação do Quadro 8.4.14


STATUS DE AMEAÇA
ESPÉCIE NOME POPULAR TIPO DE REGISTRO MINAS
BRASIL IUCN
GERAIS
PRIMATES
ATELIDAE
Alouatta guariba Bugio Entrevista CR VU
CALLITHRICHIDAE
Callithrix geoffryi Saguí-da-cara-branca Entrevista
Entrevista /
Callithrix penicillata Mico-estrela
Visualização
PITHECIIDAE
Callicebus nigrifrons Sauá, Guigó Zoofonia QA
CARNIVORA
CANIDAE
Entrevista /
Cerdocyon thous Cachorro-do-mato
Visualização
Chrysocyon brachyurus Lobo-guará Entrevista VU VU QA
FELIDAE
Leopardus sp. Gato-do-mato Entrevista
Leopardus pardalis Jaguatirica Entrevista VU VU
Puma yagouaroundi Gato-mourisco Entrevista
Puma concolor Suçuarana Entrevista VU VU
MUSTELIDAE
Eira Barbara Irara Entrevista
Galictis cuja Furão Entrevista
Lontra longicaudis Lontra Entrevista
PROCYONIDAE
Nasua nasua Quati Entrevista
Procyon cancrivorus Mão-pelada Entrevista
LAGOMORPHA
LEPORIDAE
Sylvilagus brasiliensis Tapeti Entrevista
RODENTIA
CAVIIDAE
Hydrochoerus hydrochaeris Capivara Entrevista
Cavia sp. Preá Entrevista
CUNICULIDAE
Cuniculus paca Paca Entrevista
ERETHIZONTIDAE
Coendou prehensilis Ouriço-caixeiro Entrevista
SCIURIDAE
Guerlinguetus ingrami Caxinguelê Entrevista

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Avaliando o tipo de registro, grande parte das espécies consideradas para a AID e ADA, foram pelo
método de entrevistas. Além destas, foram realizados registros visuais do tatu-galinha (Dasypus
novemcinctus), veado (Mazama sp.) (Foto 8.4.13), mico-estrela (Callithrix penicillata) e do cachorro-do-
mato (Cerdocyon thous).

Com relação à representatividade de cada família, na Figura 8.4.5 é apresentada a riqueza de espécies
registradas em cada uma delas.

Foto: Felipe Madeira


FOTO 8.4.13: Resgistro de Mazama sp. na Área Diretamente Afetada pelo empreendimento.

Figura 8.4.5 – representatividade das espécies consideradas para ADA/AID do projeto em pauta por família

4 4
4
Número de espécies

3,5 3
3
2,5 2 2 2 2
2
1,5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1
0,5
0
DASYPODIDAE

DASYPODIDAE
CALLITHRICHIDAE

MUSTELIDAE
ERETHIZONTIDAE

CAVIIDAE
TAPIRIDAE
DIDELPHIDAE

CANIDAE
PROCYONIDAE

FELIDAE
ATELIDAE
PITHECIIDAE
PITHECIIDAE
LEPORIDAE

SCIURIDAE
CUNICULIDAE
CERVIDAE
TAYASSUIDAE

Famílias

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Como demostrado na Figura 8.4.5, as famílias mais representativas foram Felidae e Dasypodidae (4
espécies), seguidas por Mustelidae (3 espécies), Caviidae, Procyonidae, Canidae e Callithrichidae (2
espécies) além de 12 famílias com apenas um representante.

Grande parte das espécies da mastofauna listada para a ADA/AID é relativamente dependente e/ou
dependente das formações florestais ali existentes, composta por espécies com ampla distribuição
geográfica, como o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), os tatus (Cabassous unicinctus, Dasypus
novemcinctus, Euphractus sexcinctus), o mico-estrela (Callithrix penicillata) e a paca (Cuniculus paca).

Alguns grupos, no entanto, apresentam maior dependência em relação a formações florestais, como é
o caso dos primatas bugio (Alouatta guariba) e do guigó (Callicebus nigrifrons), este ultimo, apesar de
comuns nos fragmentos florestais em toda a região do entorno, pode ser considerado como uma das
espécies mais susceptíveis às alterações ambientais (p. ex. supressão da vegetação), devido à estreita
relação com esse tipo de ambiente e ao menor poder de dispersão em relação às espécies de maior
porte. No caso do bugio (Alouatta guariba) o mesmo foi apontado por um morador local como
ocorrente para a região, especificamente em fragmentos florestais da RPPN Caraça, porém o mesmo
disse não ver a espécie na região ha muitos anos.

8.4.5.4. Diagnóstico conclusivo da mastofauna com foco na AID e ADA


No que se refere as espécies de mamíferos diagnosticadas, a dependência de ambientes mais
extensos e de maior complexidade estrutural, não os restringe à Área Diretamente Afetada e de
Influência Direta (ADA/AID) da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista, visto a disponibilidade de
consideráveis remanescentes florestais localizados na região.

Quanto as espécies ameaçadas de extinção, a implantação do empreendimento em pauta não coloca


nenhuma delas em risco de extinção local, uma vez que possuem registros efetuados na região e na
RPPN Caraça, esta ultima, uma Unidade De Conservação de Proteção Integral.

Apesar das formações florestais presentes nas áreas de influência do estudo apresentarem
considerável grau de perturbação, são importantes e expressivas para a comunidade mastofaunística
local e regional. Mesmo inseridas num contexto de intensa atividade antrópica, em especial as
atividades de mineração, encontram-se em um grau intermediário de regeneração e apresentando
uma diversidade de ambientes que servem como hábitat e fonte de recursos para populações ali
residentes. Além disso, podem funcionar como áreas de dispersão ou travessia entre ambientes mais
representativos regionalmente. Entre estes, se destacam as florestas situadas na RPPN Caraça, na Serra
da Gandarela, além de consideráveis remanescentes localizados nos municípios de Santa Bárbara,
Barão de Cocais, Caeté, Nova Lima e Raposos.

8.4.6. Herpetofauna
8.4.6.1. Metodologia
A metodologia utilizada para o inventário das espécies de anfíbios e répteis localizados na área de
inserção do Projeto de Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista baseou-se na busca ativa diurna e
noturna nas áreas de influência do projeto (veja Quadro 8.4.15).

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O método de busca ativa se caracteriza pela procura por espécimes que estejam presentes nos
ambientes. No caso dos anfíbios a busca ativa se dá pela procura por jovens, adultos, girinos e
zoofonia (identificação das espécies de anfíbios através das vocalizações emitidas pelos machos, os
quais devido à vocalização e sua concentração nos locais de reprodução são observados com maior
frequência que as fêmeas). A procura por répteis é realizada revirando-se troncos, removendo a
serrapilheira e possíveis tocas, destaca-se que também foi realizada a procura por répteis
simultaneamente a procura dos anfíbios durante o período noturno.

A busca ativa diurna ocorreu entre o período 9hs às 17hs, já a busca ativa noturna ocorreu entre o
período de 18hs as 22hs. Destaca-se que os registros de anfíbios foram realizados através da
visualização e vocalização dos espécimes

A ocorrência de espécies oficialmente ameaçadas de extinção seguiu a Lista Vermelha das Espécies da
Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (IBAMA, 2003) e a Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de
Extinção no Estado de Minas Gerais (Deliberação Normativa COPAM nº 147/2010).

Os nomes científicos seguem as listas de anfíbios e répteis disponíveis na página da Sociedade


Brasileira de Herpetologia www.sbherpetologia.org.br (Segalla et al., 2012 e Bérnils et al., 2011).

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QUADRO 8.4.15 - COORDENADAS GEOGRÁFICAS E DESCRIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA HERPETOFAUNA NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO PROJETO DE
EXPANSÃO DA PILHA DE DE CRISTA

COORDENADAS ALTITUDE ÁREA DE


PONTO FITOFISIONOMIA DESCRIÇÃO
23K UTM (M) INFLUÊNCIA
Floresta Estacional Semidecidual em Açude artificial formada pelo barramento di dique de
H1 656356 7786847 791 ADA
Estágio Médio de Regeneração contenção de sedimentos existente no córrego Crista
Floresta Estacional Semidecidual em
H2 656181 7787077 771 AID Área de vegetação florestal
Estágio Médio de Regeneração
Floresta Estacional Semidecidual em Córrego Crista, drenagem permanente em meio a vegetação
H3 656182 7787171 750 AID
Estágio Médio de Regeneração florestal.
Floresta Estacional Semidecidual em Córrego Crista, drenagem permanente em meio a vegetação
H4 656251 7787069 755 ADA
Estágio Médio de Regeneração florestal.
Floresta Estacional Semidecidual em
H5 656444 7786839 782 ADA Área de vegetação florestal
Estágio Médio de Regeneração
Floresta Estacional Semidecidual em
H6 656476 7786744 789 ADA Área de vegetação florestal
Estágio Médio de Regeneração
Floresta Estacional Semidecidual em Córrego Crista, drenagem permanente em meio a vegetação
H7 656338 7786829 775 AID
Estágio Médio de Regeneração florestal.
Floresta Estacional Semidecidual em
H8 656415 7786935 793 ADA Área de vegetação florestal
Estágio Médio de Regeneração
Floresta Estacional Semidecidual em
H9 656526 7786921 806 ADA Drenagem seca
Estágio Médio de Regeneração
Floresta Estacional Semidecidual em
H10 656546 7786795 792 ADA Drenagem permanente em meio a vegetação florestal
Estágio Médio de Regeneração
Floresta Estacional Semidecidual em
H11 656613 7786763 795 ADA Drenagem permanente em meio a vegetação florestal
Estágio Médio de Regeneração

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8.4.6.2. Herpetofauna regional e da AII


A herpetofauna é nome utilizado para se referir a duas classes de vertebrados, a classe Amphibia e
Reptilia. Conhecer a herpetofauna de uma região é essencial para a compreensão do seu status de
conservação, bem como das relações ecológicas ali existentes. O Brasil é um dos países com maior
diversidade de anfíbios e répteis do mundo. No território brasileiro são conhecidas 946 espécies de
anfíbios, onde a ordem anura é a mais representativa (cerca de 96% do total de espécies), o que torna
o país o líder mundial em riqueza de anfíbios (Segalla, et al., 2012). Quanto aos répteis, as 732 espécies
registradas colocam o país como o segundo na relação de países com maior riqueza, atrás apenas da
Austrália, mas suplantando México, Índia, Indonésia, Colômbia, China e Peru (Bérnils, et al., 2011).

Apesar da grande biodiversidade, de modo geral a herpetofauna brasileira ainda é pouco conhecida.
Grande parte dos estudos concentra-se na região sudeste e pouco se sabe sobre a real biodiversidade
desse grupo na Floresta Amazônica, como também em ambientes de difícil acesso, como topos de
montanhas, ambientes que se destacam pela ocorrência de espécies endêmicas. Assim, a carência de
conhecimento científico no Brasil é gerada devido ao pequeno número de pesquisadores
especialistas, expressiva riqueza de espécies e dificuldades relacionadas à coleta de espécimes do
grupo. No entanto, um considerável número de espécies é descrito anualmente.

A maioria das espécies de anfíbios está associada a ambientes aquáticos, por necessitarem da
umidade para realizar as trocas gasosas, portanto, são diretamente dependentes da existência desses
ambientes. Algumas espécies de anfíbios, devido a características peculiares de sua biologia e ciclo de
vida, podem ser consideradas ótimas indicadoras de qualidade ambiental. Muitas espécies
apresentam requerimentos ambientais específicos e por isso são sensíveis a quaisquer modificações
ambientais, principalmente as relacionadas à qualidade da água e estrutura do habitat. Além disso,
também possuem um importante papel na cadeia alimentar, uma vez que são predadores de insetos
causadores de doenças e servem de alimento para diversos animais como lagartos, cobras, aves e
mamíferos.

Os répteis, por sua vez, desempenham um importante papel ecológico no ecossistema e são peças-
chaves da cadeia alimentar, ocupando diversos níveis tróficos, incluindo predadores de topo, como é
o caso dos jacarés. Devido à suas especificidades ambientais alguns répteis podem ser indicadores da
qualidade ambiental e, portanto, merecem atenção no que diz respeito ao uso responsável dos
recursos naturais. A relativa facilidade para a amostragem da herpetofauna (principalmente dos
anfíbios) faz com que este grupo seja indicado para a obtenção de informações rápidas para a
caracterização do estado de conservação de uma biota local e das alterações antrópicas sobre a
mesma.

Minas Gerais se destaca entre os demais estados brasileiros por apresentar grande biodiversidade de
espécies da herpetofauna, são mais de 200 espécies de anfíbios (Drummond et al., 2005),
representando cerca de 22,8% de todas as espécies registradas para o Brasil. Tal biodiversidade está
associada a presença de vários ambientes no estado, destacando-se os biomas Mata Atlântica,
Cerrado e Caatinga. A diversidade de ambientes favorece a ocorrência de uma alta diversidade de
anfíbios e répteis, resultando em grande número de espécies endêmicas (Drummond et al., 2005).

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Recentemente algumas publicações compilam as informações a respeito dos anfíbios e répteis


distribuídos para a região. Leite et al., (2008) apresenta uma compilação de todas as informações a
respeito de anfíbios anuros da Cadeia do Espinhaço, destacando as espécies com ocorrência no
Quadrilátero Ferrífero, como também seu status de conservação e endemismo. Pinna et al., (2011)
apresenta uma lista de espécies de répteis com ocorrência para a Reserva Particular do Patrimônio
Natural Serra do Caraça e região de entorno.

1Anfíbios
Baseando-se em informações sobre a anurofauna da região (Leite et al., 2008; SETE, 2009, 2010, 2012a,
2012b, 2012c), foi compilado o total de 66 espécies de anfíbios (Quadro 8.4.16), distribuídos em 11
famílias, Hylidae (33 espécies), Leptodactylidae (oito espécies), Leiuperidae (cinco espécies),
Bufonidae, Cycloramphidae e Hylodidae (quatro espécies), Brachycephalidae (três espécies),
Centrolenidae (duas espécies), Craugastoridae, Dendrobatidae e Microhylidae (uma espécie cada).

A nomenclatura científica utilizada para a lista de anfíbios segue a lista de anfíbios do Brasil Segalla et
al., (2012), disponível no site da Sociedade Brasileira de Herpetologia www.sbherpetologia.org.br.

QUADRO 8.4.16- LISTA DAS ESPÉCIES DE ANFÍBIOS ANUROS COM POTENCIAL OCORRÊNCIA NA REGIÃO

FAMÍLIA ESPÉCIES FONTE


Ischnocnema izecksohni (Caramaschi and Kisteumacher, 1989 "1988") 1, 2, 4, 5 ,6
Brachycephalidae Ischnocnema juipoca (Sazima & Cardoso, 1978) 1, 2, 4, 5 ,6
Ischnocnema parva (Girard, 1853) 4, 5 ,6
Rhinella ornata (Spix, 1824) 1
Rhinella pombali (Baldissera-Jr, Caramaschi & Haddad, 2004) 1, 2, 4, 5 ,6
Bufonidae
Rhinella rubescens (Lutz, 1925) 1
Rhinella schneideri (Werner, 1894) 1
Vitreorana eurygnatha 1
Centrolenidae
Vitreorana uranoscopa (Müller, 1924) 2
Craugastoridae Haddadus binotatus (Spix, 1824) 4, 5 ,6
Odontophrynus cultripes Reinhardt & Lütken, 1861"1862" 2
Proceratophrys boiei (Wied-Neuwied, 1824) 1
Cycloramphidae
Thoropa megatympanum Caramaschi & Sazima, 1984 1
Thoropa miliaris (Spix, 1824) 1
Dendrobatidae Ameerega flavopicta (Lutz, 1925) 1
Aplastodiscus arildae (Cruz e Peixoto, 1987) 1
Aplastodiscus cavicola (Cruz & Peixoto, 1985) 1
Bokermannohyla alvarengai (Bokermann, 1956) 1
Bokermannohyla circumdata (Cope, 1871) 1, 2, 4, 5 ,6
Hylidae Bokermannohyla martinsi (Bokermann, 1964) 1
Bokermannohyla nanuzae (Bokermann & Sazima, 1973) 1
Dendropsophus decipiens (A. Lutz, 1925) 1, 2
Dendropsophus elegans (Wied-Neuwied, 1824) 1, 2, 3, 4, 5 ,6
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) 1, 2, 3, 4, 5 ,6

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Continuação do Quadro 8.4.16


FAMÍLIA ESPÉCIES FONTE
Dendropsophus seniculus (Cope, 1868) 1
Hypsiboas albomarginatus (Spix, 1824) 1
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) 1, 2, 3, 4, 5 ,6
Hypsiboas faber (Wied-Neuwied, 1821) 1, 2, 4, 5 ,6
Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) 1
Hypsiboas pardalis (Spix, 1824) 1
Hypsiboas polytaenius (Cope, 1870"1869") 1, 2
Hypsiboas semilineatus (Spix, 1824) 1
Phasmahyla jandaia (Bokermann & Sazima, 1978) 1
Phyllomedusa burmeisteri Boulenger, 1882 1, 2, 4, 5 ,6
Phyllomedusa rohdei Mertens, 1926 1
Phyllomedusa itacolomi Caramaschi, Cruz & Feio, 2006 1
Hylidae
Scinax curicica Pugliese, Pombal & Sazima, 2004 1
Scinax eurydice (Bokermann, 1968) 1, 2
Scinax flavoguttatus (Lutz & Lutz, 1939) 1
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) 1, 2
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) 1, 2, 3, 4, 5 ,6
Scinax longilineus (Lutz, 1968) 1
Scinax luizotavioi (Caramaschi & Kisteumacher, 1989) 1, 3, 4, 5 ,6
Scinax machadoi (Bokermann & Sazima, 1973) 1
Scinax maracaya (Cardoso & Sazima, 1980) 1
Scinax x-signatus (Spix, 1824) 1
Scinax aff. perereca 2
Scinax squalirostris (Lutz, 1925) 1
Crossodactylus bokermanni Caramaschi & Sazima, 1985 1
Crossodactylus trachystomus (Reinhardt & Lütken, 1862) 1
Hylodidae
Hylodes otavioi (Sazima & Bokermann, 1983) 1
Hylodes uai (Nascimento, Pombal & Haddad, 2001) 1
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 1, 2
Physalaemus erythros Caramaschi, Feio & Guimarães-Neto, 2003
Leiuperidae Physalaemus evangelistai Bokermann, 1967 1
Physalaemus maximus Feio, Pombal & Caramaschi, 1999 1
Pseudopaludicola saltica (Cope, 1887) 1
Leptodactylus bokermanni Heyer, 1973 1
Leptodactylus cunicularius Sazima & Bokermann, 1978 1
Leptodactylus furnarius Sazima & Bokermann, 1978 1
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) 1, 2, 4, 5 ,6
Leptodactylidae
Leptodactylus jolyi Sazima & Bokermann, 1978 1
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) 3
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) 1
Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) 1, 2, 4, 5 ,6
Microhylidae Elachistocleis ovalis (Schneider, 1799) 1
FONTE: 1 - Leite et al., 2008; 2 - SETE, 2009; 3 - SETE, 2010; 4 - SETE 2012, 5 - SETE 2012b, 6 - SETE 2012c

Nenhuma das espécies de anfíbios listados com potencial ocorrência na área de estudo encontra-se
oficialmente ameaçada de extinção.

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Das 66 espécies de anfíbios anuros apresentados como potencial para a região do empreendimento,
destacam-se as espécies endêmicas de Minas Gerais (Ischnocnema izecksohni, Thoropa
megatympanum, Bokermannohyla martinsi, Bokermannohyla nanuzae, Phasmahyla jandaia,
Phyllomedusa itacolomi, Scinax curicica, S. longilineus, S. luizotavioi, S. maracaya, Crossodactylus
bokermanni, C. trachystomus, Hylodes otavioi, H. uai, Physalaemus erythros, P. evangelistai, P. maximus e
Leptodactylus cunicularius).

Espécies associadas aos ambientes florestais, portanto, são mais sensíveis diante a falta do mesmo:
Ischnocnema izecksohni I. parva, Vitreorana eurygnatha, V. uranoscopa, Haddadus binotatus,
Proceratophrys boiei, Aplastodiscus arildae, A. cavicola, Dendropsophus seniculus, Hypsiboas pardalis,
Phasmahyla jandaia, Scinax flavoguttatus, S. longilineus, S. machadoi, Hylodes otavioi, H. uai.

As demais espécies estão bem distribuídas no território brasileiro, são caracterizadas como espécies
comuns, espécies com baixa exigência ecológica e associadas a ambientes antropizados.

1Répteis
Assim como para os anfíbios, foram compilados informações a respeito dos répteis da região do
emprendimento (Pinna et al., 2011). São listadas 66 espécies de répteis para a região, distribuídas em
12 famílias, conforme apresentado no Quadro 8.4.17, a seguir. A família Dipsadidae é a mais
abundante com 39 espécies, seguida por Colubridae (oito espécies) e Viperidae (seis espécies),
Amphisbaenidae, Elapidae, Leiosauridae e Teiidae (duas espécies cada), Diploglossidae, Gekkonidae,
Gymnophthalmidae, Mabuyidae e Tropiduridae (uma espécie cada).

A nomenclatura cientifica utilizada para a lista de répteis segue a lista de Bérnils, et al.(2011),
disponível no site da Sociedade Brasileira de Herpetologia (www.sbherpetologia.org.br).

QUADRO 8.4.17 - LISTA DAS ESPÉCIES DE RÉPTEIS COM POTENCIAL DE OCORRÊNCIA NA REGIÃO

FAMÍLIA ESPÉCIES
Amphisbaena alba (Linnaeus, 1758)
Amphisbaenidae
Leposternon microcephalum(Wagler, 1824)
Enyaliusbi lineatus (Duméril & Bibron, 1837)
Leiosauridae
Urostrophus vautieri (Duméril&Bibron, 1837)
Tropiduridae Tropidurus torquatus (Wied, 1820)
Gekkonidae Hemidactylus mabouia (MoreaudeJonnès, 1818)
Diploglossidae Ophiodes striatus (Spix, 1825)
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
Teiidae
Salvator merianae (Duméril&Bibron, 1839)
Gymnophthalmidae Heterodactylus imbricatus (Spix, 1825)
Mabuyidae Brasiliscincus heathi(Schmidt & Inger, 1951)
Chironius bicarinatus (Wied, 1820)
Colubridae Chironius exoletus (Linnaeus, 1758)
Chironius flavolineatus (Boettger, 1885)

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Continuação do Quadro 8.4.17


FAMÍLIA ESPÉCIES
Chironius quadricarinatus (Boie,1827)
Drymoluber brazili (Gomes, 1918)
Colubridae Drymoluber dichrous (Peters, 1863)
Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758)
Tantilla boipiranga (Sawaya & Sazima, 2003)
Apostolepis assimilis (Reinhardt, 1861)
Atractus pantostictus (Fernandes & Puorto, 1993)
Atractus zebrinus (Jan, 1862)
Boiruna maculata (Boulenger, 1896)
Clelia plumbea (Wied, 1820)
Dipsas albifrons (Sauvage, 1884)
Echinanthera melanostigma (Wagler, 1824)
Coronelaps lepidus lepidus (Reinhardt, 1861)
Elapomorphus quinquelineatus (Raddi, 1820)
Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus, 1766)
Helicops modestus (Günther, 1861)
Imantodes cenchoa (Linnaeus, 1758)
Leptodeira annulata (Linnaeus, 1758)
Erythrolamprus almadensis (Wagler, 1824)
Erythrolamprus jaegeri (Günther, 1858)
Erythrolamprus maryellenae (Dixon, 1985)
Lygophis meridionalis(Schenkel, 1901)
Dipsadidae
Erythrolamprus miliaris (Linnaeus, 1758)
Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1825)
Mussurana bicolor (Peracca, 1904)
Oxyrhopus clathratus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
Oxyrhopus guibei (Hoge & Romano, 1978)
Oxyrhopus rhombifer (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
Philodryas aestiva (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
Philodryas agassizii (Jan, 1863)
Philodryas laticeps (Werner, 1900)
Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823)
Philodryas patagoniensis (Girard, 1858)
Sibynomorphus mikanii (Schlegel, 1837)
Sibynomorphus neuwiedi (Ihering, 1911)
Sibynomorphus ventrimaculatus (Boulenger, 1885)
Taeniophallus affinis (Günther, 1858)
Taeniophallus occipitalis (Jan, 1863)
Thamnodynastes hypoconia (Cope,1860)

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Continuação do Quadro 8.4.17


FAMÍLIA ESPÉCIES
Thamnodynastes strigatus (Günther, 1858)
Tropidodryas serra (Schlegel, 1837)
Dipsadidae Tropidodryas striaticeps (Cope,1869)
Xenodon merremii (Wagler, 1824)
Xenodon neuwiedii (Günther, 1863)
Micrurus frontalis (Duméril, Bibron & Duméril, 1854)
Elapidae
Micrurus lemniscatus (Linnaeus, 1758)
Crotalus durissus (Linnaeus, 1758)
Bothrops jararaca (Wied, 1824)
Bothrops neuwiedi (Wagler, 1824)
Viperidae
Bothrops pauloensis (Amaral, 1925)
Bothrops moojeni (Hoge, 1966)
Bothrops alternatus(Duméril, Bibron & Duméril, 1854)

Nenhuma das espécies de répteis listados com potencial de ocorrência na área de estudo encontra-se
oficialmente ameaçada de extinção.

A maioria das espécies apresentadas possui grande distribuição geográfica, destaca-se a espécie
Tantila boipiranga, por ser endêmica (distribuição geográfica restrita) do estado de Minas Gerais.
Outras espécies que merecem destaque, são aquelas que podem representar algum perigo para a
humanidade, são as espécies das famílias Elapidae e Viperidae, pois são espécies venenosas e
peçonhentas responsáveis pelos casos de acidentes ofídicos no Brasil.

8.4.6.3. Herpetofauna da AID e ADA


Durante as atividades de campo (Foto 8.4.14) foram registradas oito espécie de anfíbios anuros
distribuídas em quatro famílias (Quadro 8.4.18). A família Hylidae teve o maior número de espécies,
cinco no total, as demais famílias apresentaram apenas o registro de uma espécie: Bufonidae,
Centrolenidae e Cycloramphidae.

QUADRO 8.4.18 - ESPÉCIES DE ANFÍBIOS ANUROS REGISTRADOS NA AID E ADA DO PROJETO DE EXPANSÃO DA
PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

FAMÍLIA ESPÉCIE TIPO DE REGISTRO PONTO DE AMOSTRAGEM


Bufonidae Rhinella pombali A H1
Centrolenidae Vitreorana uranoscopa A, V H3
Cycloramphidae Odontophrynus cultripes A H1
Hypsiboas faber A, V H1, H3, H4, H5
Dendropsophus minutus A, V H1
Hylidae Phyllomedusa burmeisteri V H1
Scinax aff. perereca A H1
Scinax luizotavioi A, V H10
Legenda: A= Auditivo; V= Visualização

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Dentre as espécies registradas, Hypsiboas faber, foi à espécie com maior número de registros,
ocorrendo em quatro dos 11 pontos amostrais na área. As demais espécies ocorreram em apenas um
ponto amostral. Destaca-se o registro de Vitreorana uranoscopa (Foto 8.4.16) e Scinax luizotavioi
espécies típicas de ambientes florestados. As demais espécies são comuns e de ampla distribuição
geográfica.

Foto: Douglas Silva

Foto: Douglas Silva


FOTO 8.4.14 - Técnico realizando busca ativa FOTO 8.4.15 - Sapo-cururu (Rhinella pombali).
diurna em estrada no interior de fragmento
florestal.
Foto: Douglas Silva

Foto: Douglas Silva

FOTO 8.4.16 - Perereca-de-vidro (Vitreorana FOTO 8.4.17 - Perereca (Dendropsophus


uranoscopa). minutus)

Não foi registrada nenhuma espécie de réptil, porém considerando a inserção regional do
empreendimento, como também as espécies listadas como potenciais para área pode-se considerar
que algumas serpentes possuem maior probabilidade de ocorrência na ADA/AID, tais como as
jararacas (espécies do gênero Bothrops), a boipeva (Xenodon merremii), cascavel (Crotalus durissus),
cobra cipó e cobra verde (possivelmente espécies dos gêneros Chironius e Phylodrias), caninana
(provavelmente Spilotes pullatus) e coral (possivelmente espécies pertencentes aos gêneros Micrurus,
Erythrolampus e Oxyrhopus).

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Dentre as espécies citadas para a AII e com potencial de ocorrência na ADA/AID, é importante
destacar as espécies pertencentes à família Viperidae e Elapidae, pois correspondem aos grupos de
espécies peçonhentas e venenosas responsáveis pela maioria dos acidentes ofídicos no Brasil.

Todas as espécies registradas no presente trabalho já foram registradas nas áreas adjacentes em
projetos anteriores, portanto, pode-se considerar a área como bem inventariada do ponto de vista da
herpetofauna.

8.4.6.4. Diagnóstico conclusivo da herpetofauna com foco na AID e ADA


Baseando-se na composição e distribuição das espécies da herpetofauna registradas na ADA/ AID do
Projeto de Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista, bem como na análise da paisagem local,
diagnosticou-se a área com o objetivo de categorizar ambientes e/ou áreas mais relevantes para a
conservação da herpetofauna.

O fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em Estágio Médio de Regeneração presente na


ADA/AID com trechos a jusante do dique de contenção (ponto amostral H1) e no seu entorno,
representa o trecho de vegetação florestal mais significativo da área, o que é corroborado pelo
registro de espécies típicas de áreas florestadas (Vitreorana uranoscopa, Scinax luizotavioi).

As áreas de entorno são ambientes já antropizados, com baixa disponibilidade de recursos e baixa
relevância ecológica, são representados por: taludes revegetados e/ou com Eucalipto, solo exposto e
vegetação intensamente manejada.

Os corpos d’água presentes na área encontram-se com certo níveis de alterações ambientais. Dentre
eles destaca-se o córrego Crista, em sua porção mais a jusante, próximo à confluência com o Rio
Conceição, apresenta melhores condições ambientais como qualidade de água e estrutura da
vegetação. Neste trecho foram registrados os espécimes de Vitreorana uranoscopa.

Os demais ambientes aquáticos são representados por açude artificial, formado pelo dique de
contenção e drenagens afluentes do córrego Crista. Os mesmos encontram-se alterados o que reflete
na composição de suas espécies, espécies comuns, com ampla distribuição geográfica, tolerante a
certos níveis de perturbação ambiental (Odontophrynus cultripes, Hypsiboas faber e Dendropsophus
minutus).

8.4.7. Ictiofauna
8.4.7.1 Metodologia
Com referência ao tema ictiofauna, tem-se como alvo deste estudo o córrego Crista e o seu receptor, o
rio Conceição.

Para a avaliação ambiental da comunidade ictiíca destas drenagens, realizou-se um levantamento de


campo e de dados secundários, sendo elaborado um diagnóstico atual sobre a ictiofauna das
respectivas drenagens e posteriormente levantado os possíveis impactos que este grupo faunístico
poderá sofrer com a Ampliação da Pilha de Estéril de Crista.

281
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A obtenção das informações sobre a composição da comunidade ictiofaunística na região em estudo


foi realizada através de observação direta no ambiente, levantamento bibliográfico e, principalmente,
através de coletas qualitativas/quantitativas, que foram conduzidas durante uma campanha de
campo realizada entre os dias 05 e 08 de agosto de 2013.

Ao longo da campanha de campo, foram delimitados quatro pontos de coleta, distribuídos da


seguinte forma: um ponto no rio Conceição a montante da confluência com o córrego Crista (ICT 01),
um ponto no córrego Crista (ICT 02), um ponto localizado no rio Conceição na foz do córrego Crista
(ICT 03) e, um ponto no rio Conceição a jusante da confluência com o córrego Crista (ICT 04).

A localização dos pontos amostrados, com suas coordenadas, é apresentada no Quadro 8.4.19 a
seguir. A espacialização dos mesmos se encontram no (Desenho 11 - Pontos de Amostragem da
Fauna, Anexo 10.
QUADRO 8.4.19 - COORDENADAS GEOGRÁFICAS E DESCRIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA ICTIOFAUNA
NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO PROJETO DE EXPANSÃO DA PILHA DE CRISTA

PONTOS DE
COORDENADAS (UTM-23 K) LOCALIZAÇÃO
AMOSTRAGEM
654.245
ICT 01 Rio Conceição a montante da confluência com o córrego Crista
7.785.798
656.259
ICT 02 Córrego Crista
7.787.133
656.100
ICT 03 Rio Conceição na foz do córrego Crista
7.787.236
657.500
ICT 04 Rio Conceição a jusante da confluência com o córrego Crista
7.789.053

O Córrego Crista é uma drenagem típica de cabeceira, bastante acidentada, com pouca quantidade de
água, que apresentava, durante a campanha de campo, águas claras e bem oxigenadas. Por se tratar
de um pequeno curso d´água, observou-se homogeneidades de micro-ambientes, condição seletiva
às diversas espécies de peixes que habitam os cursos d´água de primeira e/ou segunda ordem. Além
disso, foram detectadas várias alterações já sedimentadas ao longo deste curso d´água, como
descaracterização do substrato original com presença abundante de ferrobactéria, supressão da mata
ciliar nativa e, a presença de um pequeno dique de contenção no trecho médio desta drenagem.

Ressalta-se que, com o objetivo de empregar o maior esforço de amostragem possível, percorreu-se
toda a extensão do córrego Crista.

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Foto: Gabriel Alkmin

Foto: Gabriel Alkmin


FOTO 8.4.18: Dique de contenção no trecho médio do FOTO 8.4.19: Córrego Crista, no ponto ICT 02.
córrego Crista.

Por sua vez, o rio Conceição, no trecho estudado, apresenta uma largura média de 10 metros e sua
profundidade pode variar de poucos centímetros a até 2 metros nos locais remansosos mais
profundos. Seu substrato é constituído, principalmente, de cascalho e grandes blocos de rocha.
Próximo a Mina do Córrego do Sítio I, a mata ciliar é bastante considerável em sua margem direita,
ficando a margem esquerda desprovida de vegetação abundante, devido principalmente, à via de
acesso e às ocupações que se instalaram próximo a este curso d´água (a maior facilidade de trânsito
de pessoas e animais/gado, fez com que parte da vegetação ciliar nativa fosse suprimida). Em relação
aos micro-ambientes disponibilizados à comunidade ictiíca, observou-se presença de longas
corredeiras e remansos.
Durante a campanha de campo, a água do rio Conceição apresentava-se límpida e encontrava-se em
seu leito normal.
Foto: Gabriel Alkmin

FOTO 8.4.20: Rio Conceição, no ponto amostral ICT03.

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1Técnicas de Amostragem
As artes de pesca utilizadas para a coleta de peixes são bastante variadas, sendo que para cada
ambiente aquático existe uma técnica mais adequada. Baseando-se nas características fisiográficas
das drenagens estudadas, optou-se pela técnica ativa de captura com a utilização de peneiras e redes
de arrasto com rede de tela mosqueteira. Apesar de pouco citada na literatura, esta técnica de captura
é muito praticada para fins científicos e oferece bons resultados para a coleta de peixes de pequenos
cursos d’água.

As peneiras (30cm de diâmetro, 2mm de malha) foram posicionadas perpendicularmente ao


substrato, com a boca voltada para montante, sendo o substrato à sua frente revolvido com os pés e
mãos com o objetivo de desalojar os peixes, os quais são carregados pela corrente para dentro desta.

Já a rede de arrasto (2m de comprimento por 1,3 de altura e 2mm de malha) foi utilizada por duas
pessoas, cada qual em uma extremidade, posicionando-a paralelamente à margem e percorrendo-se
todo o espaço a sua frente de tal forma que todos os peixes que se abrigavam na vegetação marginal
ao alcance da rede eram capturados.
Foto: Gabriel Alkmin

Foto: Gabriel Alkmin


FOTO 8.4.21: Amostragem no rio Conceição utilizando FOTO 8.4.22: Amostragem utilizando rede de arrasto
peneira. com tela mosquiteira, no ponto ICT 01.

As coletas foram realizadas durante o período diurno, dando-se maior importância aos locais que
ofereciam um conjunto de características ambientais que proporcionavam condições mínimas e
necessárias para sustentar uma comunidade de peixes, como locais com vegetação ciliar,
disponibilidade de abrigos e de recursos alimentares.

Para a amostragem do rio Conceição, pontos ICT 01, 03 e 04, além da utilização de peneiras e redes-
de-arrasto, utilizou-se também, redes-de-emalhar de diferentes malhas (1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5, 4,0 e
5,0cm entre nós adjacentes) cada qual com 10 metros de comprimento. As redes foram armadas na
coluna d’água à tarde e retiradas na manhã seguinte, permanecendo por 14 horas expostas.

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Foto: Gabriel Alkmin


FOTO 8.4.23: Rio Conceição, no ponto amostral ICT03.

Após a captura, os exemplares coligidos foram acondicionados em saco plástico, contendo uma
etiqueta com indicações de sua procedência, data, e coletor e imediatamente fixados em formol
diluído em água a 10%, permanecendo nesta solução por um período de 48 horas e depois passados
para solução de etanol a 70%.

1Documentação Fotográfica
Os pontos amostrados foram documentados em vários ângulos para possibilitar uma ideia do seu
entorno. Para ilustração fotográfica das espécies de peixes coletadas em cada ponto, escolheram-se
exemplares que foram então fotografados em vistas lateral esquerda e, eventualmente, em vistas
dorsal e ventral, sob iluminação natural. Para tais fotos utilizou-se uma máquina fotográfica digital
Sony H9.

1Análises de Laboratório
No laboratório, os peixes foram identificados, contados, medidos (comprimento padrão em
centímetros) e pesados (peso corporal em gramas). Para a identificação da maior parte do material,
foram consultados os trabalhos de Britski (1972 - famílias e gêneros de peixes de água doce), Burgess
(1989 - ordem Siluriformes), Géry (1977 - ordem Characiformes). Além destas chaves, alguns trabalhos
foram consultados, dentre eles, destacam os estudos de Gosse (1975 – família Cichlidae), Silfvergrip
(1996 – gênero Geophagus), Oyakawa (1993 – gênero Harttia), Langeani (1990 – gênero
Neoplecostomus), Alves & Pompeu (2001 – gênero Trichomycterus) e Garutti (1995 - gênero Astyanax).
As listagens de táxons aqui apresentadas refletem, sempre que possível, as relações filogenéticas
aceitas no momento, baseadas em Buckup et al. (2007). As informações a respeito do status de ameaça
das espécies registradas foram baseadas nos dados de Machado et. al. (2008) e COPAM (2010).

1Análise dos Dados - Abundância Absoluta e Riqueza


A abundância absoluta foi determinada pelo número de indivíduos para cada espécie, enquanto que
a riqueza das espécies foi determinada pelo número absoluto de espécies ictiícas coletadas em cada
ponto amostrado.

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8.4.7.2. Ictiofauna regional e da AII


A bacia do rio Doce situa-se na região sudeste brasileira, compreendendo uma área de drenagem de
83.400 km², dos quais 86% pertencem ao estado de Minas Gerais e 14% ao Espírito Santo (CETEC,
1983).

Os principais afluentes do rio Doce pela margem esquerda são os rios do Carmo, Piracicaba, Santo
Antônio, Corrente Grande, Suaçuí Pequeno, Suaçuí Grande, São José e Pancas. Já pela margem direita
são os rios Casca, Matipó, Caratinga/Cuieté, Manhuaçu, Guandu e Santa Joana (CETEC, 1983).

O rio Piracicaba nasce na Serra do Caraça em Ouro Preto, a uma altitude de 1.680 m. Tem uma área de
drenagem de 6.300 km2 e extensão de 165 km, desaguando no rio Doce no município de Ipatinga. O
principal afluente do rio Piracicaba é o rio Santa Bárbara, que por sua vez, tem como principais
formadores os rios Barão de Cocais e Conceição, sendo este último alvo do presente estudo.

Além do rio Conceição foi amostrado também, como já destacado anteriormente, o córrego Crista, um
pequeno afluente da margem direita deste rio.

Na bacia do rio Doce, a maioria dos estudos ictíicos disponíveis na literatura se concentra no seu curso
médio, principalmente no sistema de lagos existente dentro do Parque Estadual do Rio Doce e
entorno (Sunaga & Verani, 1991; Vieira, 1994; Godinho, 1996; Vono & Barbosa, 2001; Latini & Petrere,
Jr., 2004; Espíndola et al., 2005), se estendendo ao seu maior afluente nessa região, o rio Piracicaba
(Barbosa et al., 1997, Vieira et al., 2000). Entretanto, devido a uma série de estudos ambientais
conduzidos para construção de usinas hidrelétricas na drenagem do rio Doce, pode-se admitir que
existe um conhecimento relativamente amplo sobre a composição das espécies da bacia. Entretanto,
o conhecimento da composição ictiíca de cursos d´água de cabeceiras, como aquela esperada para o
córrego Crista é ainda incipiente, o que demonstra a importância deste diagnóstico.

As informações geradas nesses estudos, aliadas àquelas da literatura, foram primordiais para uma
estimativa inicial do número de espécies de peixes nativos (64 espécies), que existe na porção mineira
da bacia do rio Doce.

Entretanto, para a ictiofauna de pequenas drenagens e/ou riachos, como o rio Conceição e suas
respectivas drenagens de cabeceira aqui estudadas, não existem dados disponíveis na literatura
especializada sobre a composição da comunidade. Segundo Bohlke et al. (1978), a ictiofauna de
cabeceira é uma das menos conhecidas do mundo, com um total estimado de 30 a 40% das espécies
ainda não descritas.

Além desse conjunto de espécies pouco conhecidas, a comunidade de peixes de regiões de cabeceira
é fortemente ameaçada pela ação antrópica, especialmente no sudeste do Brasil (Menezes et al.,
1990).

Por estas razões, o diagnóstico da ictiofauna nessas áreas é um elemento essencial, pois somente com
base nestes registros, pode-se acompanhar as modificações que forem ocorrendo na composição
desta comunidade ao longo do tempo e, assim, se propor medidas em prol da conservação do grupo
ictiíco.

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O Quadro 8.4.20 apresenta algumas espécies de peixes com potencial de ocorrência para as
drenagens afluentes da bacia do rio Doce como um todo, e, consequentemente, para a sub-bacia
estudada, de acordo com os trabalhos de Vieira (2006) e Sete (2008).

QUADRO 8.4.20 - ESPÉCIES DE PEIXES COM POTENCIAL OCORRÊNCIA NA AII DO PROJETO DE AMPLIAÇÃO DA
PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

ESPÉCIE FAMÍLIA STATUS DE AMEAÇA


ORDEM CHARACIFORMES
Leporinus conirostris Anostomidae NA
Leporinus copelandii Anostomidae NA
Leporinus mormyrops Anostomidae NA
Astyanax bimaculatus Characidae NA
Astyanax fasciatus Characidae NA
Astyanax scabripinnis Characidae NA
Astyanax taeniatus Characidae NA
Deuterodon pedri Characidae NA
Brycon opalinus Characidae CR
Brycon devillei Characidae CR
Moenkhausia doceanus Characidae NA
Oligosarcus argenteus Characidae NA
Serrapinus heterodon Characidae NA
Characidium timbuiensis Crenuchidae NA
Cyphocharax gilbert Curimatidae NA
Hoplias lacerdae Erythrinidae NA
Hoplias malabaricus Erythrinidae NA
ORDEM SILURIFORMES
GLANIDIUM MELANOPTERUM AUCHENIPTERIDAE NA
PSEUDAUCHENIPTERUS AFFINIS AUCHENIPTERIDAE NA
TRACHELYOPTERUS STRIATULUS AUCHENIPTERIDAE NA
IMPARFINIS SP. HEPTAPTERIDAE DD
PIMELODELLA SP. HEPTAPTERIDAE DD
RHAMDIA QUELEN HEPTAPTERIDAE NA
HARTTIA SP. LORICARIIDAE DD
HEMIPSILICHTHYS SP.A LORICARIIDAE DD
HEMIPSILICHTHYS SP.B LORICARIIDAE DD
PAREIORHAPHIS SP. LORICARIIDAE DD
HYPOSTOMUS AFFINIS LORICARIIDAE NA
HYPOSTOMUS LUETKENI LORICARIIDAE NA
LORICARIICHTHYS CASTANEUS LORICARIIDAE NA
NEOPLECOSTOMUS SP. LORICARIIDAE DD
PAROTOCINCLUS SP. LORICARIIDAE DD
RINELORICARIA SP. LORICARIIDAE DD
MICROGLANIS SP. PSEUDOPIMELODIDAE DD
TRICHOMYCTERUS ALTERNATUS TRICHOMYCTERIDAE NA
TRICHOMYCTERUS BRASILIENSIS TRICHOMYCTERIDAE NA
TRICHOMYCTERUS IMMACULATUS TRICHOMYCTERIDAE NA
Ordem Gymnotiformes
Gymnotus carapo Gymnotidae NA
Eigenmannia virescens Sternopygidae NA

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Continuação 8.4.20
ESPÉCIE FAMÍLIA STATUS DE AMEAÇA
ORDEM SYNBRANCHIFORMES
Synbranchus marmoratus Synbranchidae NA
ORDEM CIPRINODONTIFORMES
Phalloceros elachistos Poeciliidae NA
ORDEM PERCIFORMES
Cichlasoma facetum Cichlidae NA
Geophagus brasiliensis Cichlidae NA
LEGENDA: CR = Criticamente em perigo; NA = Não Ameaçada; DD = Deficiente de Dados, segundo Machado et. al. (2008) e COPAM (2010).

A partir dos dados secundários compilados, 43 espécies de peixes têm potencial de ocorrência na AII
do Projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista. Este montante está representado em 6 ordens e
15 famílias. As ordens mais abundantes são Siluriformes e Characiformes, com representatividade de
mais de 80% das espécies com potencial de ocorrência na AII. As demais espécies listadas pertencem
às ordens Perciformes, Gymnotiformes, Ciprinodontiformes e Synbranchiformes.

O alto predomínio de espécies pertencentes às ordens Siluriformes e Characiformes é esperado para a


ictiofauna Neotropical não estuarina, como é o caso da bacia hidrográfica estudada (Lowe-
McConell,1987; Bristki,1994).

De um modo geral, as drenagens de cabeceira da bacia do rio Doce, como as drenagens aqui
estudadas, são habitadas por espécies ictiícas de pequeno porte, não ultrapassando 20 cm de
comprimento padrão e 50 g de peso corporal. Entretanto, espécies maiores, tais como Hoplias spp.,
Leporinus spp., Brycon spp. e Rhamdia quelen, podem ser encontradas em cursos d’água de terceira
ordem, como os rios Conceição e Caraça.

Segundo Castro (1999) para estudos em córregos e riachos sul-americanos o único padrão geral
avaliado para a ictiofauna restringe-se ao pequeno porte dos espécimes. O número e a composição
das espécies variam muito de acordo com o porte e porção do riacho, região ou bacia (Abes &
Agostinho, 2001).

Dentre as espécies registradas na literatura e que possuem potencial de ocorrência para a AII, duas
foram classificadas como criticamente em perigo (segundo Machado et. al. 2008 e COPAM, 2010).
Tratam-se das espécies Brycon opalinus e Brycon devillei. Segundo os estudos conduzidos por Vieira &
Gomes, em 2011 registrou-se no rio Conceição uma população, provavelmente, relictual da
pirapitinga Brycon opalinus.

É importante ressaltar também que, Pereira & Brito (2012) descreveram uma espécie nova de cascudo
(Pareiorhaphis) com ocorrência para o rio Caraça, drenagem afluente do rio Conceição.

As demais espécies com potencial ocorrência foram classificadas como não ameaçadas e/ou
deficiente de dados, sendo esta última classificação consequência da falta do status taxonômico de
algumas espécies.

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Muitas das espécies listadas na tabela acima (por ex: Astyanax bimaculatus, Astyanax fasciatus,
Astyanax scabripinnis, Oligosarcus argenteus, Serrapinus heterodon, Cyphocharax gilbert, Hoplias
malabaricus, Hoplias lacerdae, Hypostomus affinis, Rhamdia quelen, Trichomycterus brasiliensis,
Gymnotus carapo, Eigenmannia virescens, Synbranchus marmoratus, Cichlasoma facetum e
Geophagus brasiliensis), possuem ampla distribuição geográfica, ocorrendo em várias bacias e podem
ainda se recrutar em uma gama de ambientes. Outras espécies, entretanto, são endêmicas à bacia do
rio Doce, porém podem estar abundantemente distribuídas em várias sub-bacias ao longo desta
bacia.

8.4.7.3 Ictiofauna da AID e ADA


A ictiofauna de pequenas drenagens é representada exclusivamente pelos peixes teleósteos
clupeocéfalos (Buckup, P.A., 1999). Estão ausentes outros grupos de organismos não teleósteos
comumente considerados como “peixes” ocorrentes na região Neotropical, tais como os peixes
pulmonados (Dipnoi) e os peixes cartilaginosos (Chondrichthys), bem como os teleósteos
pertencentes aos grupos Osteoglossomorpha (aruanãs e pirarucus) e Elopomorpha (tarpões e
enguias). De modo geral, a fauna de peixes de pequenas drenagens e/ou riachos é um conjunto de
espécies pouco conhecidas e ameaçadas pela ação antrópica, especialmente no sudeste do Brasil
(Menezes, et al. 1990).

Segundo Karr & Schlosser (1978) quanto menor o curso d’água, menor o número e a variedade de
ambientes disponíveis. Assim, espera-se que o número de espécies de peixes (riqueza) em um córrego
seja menor do que no seu rio principal (Vannote et al., 1980), e que estas espécies sejam de menor
porte (Agostinho & Júlio Jr., 1999). Buckup (1999) sugere que a composição ictiofaunística de riachos é
fortemente influenciada pelo gradiente altitudinal, o qual determina a velocidade de correnteza e
várias outras características ecológicas. De modo geral, estes ambientes caracterizam-se por uma
baixa riqueza de espécies e elevado endemismo.

Na campanha realizada nos dias 05, 06, 07 e 08 de agosto de 2013, na área de influência do Projeto de
Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, foi coletado um total de 113 indivíduos, pertencentes a 10
espécies, distribuídas em 9 gêneros e 6 famílias.
QUADRO 8.4.21 - LISTAGEM DAS ESPÉCIES INVENTARIADAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO DE
AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

ORDEM CHARACIFORMES
FAMÍLIA CHARACIDAE
SUBFAMÍLIA TETRAGONOPTERINAE
Gênero Hasemania Ellis, 1911
Hasemania sp. – “piabinha”
Gênero Piabina Reinhardt, 1867
Piabina argentea Reinhardt, 1867 – “piabinha”
ORDEM SILURIFORMES
FAMÍLIA HEPTAPTERIDAE
Gênero Rhamdia Bleeker, 1858
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard) - “jundiá”

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FAMÍLIA LORICARIIDAE
Subfamília Loricariinae
Gênero Harttia (Steindachner, 1877)
Harttia sp. - “cascudinho”
SUBFAMÍLIA HYPOSTOMINAE
Gênero Pareiorhaphis (Miranda Ribeiro, 1918)
Pareiorhaphis nasuta (Pereira, Vieira & Reis, 2007) - “cascudinho”
SUBFAMÍLIA NEOPLECOSTOMINAE
Gênero Neoplecostomus Eigenmann & Eigenmann, 1888
Neoplecostomus sp. - “cascudinho”
FAMÍLIA TRICHOMYCTERIDAE
Gênero Trichomycterus (Valenciennes & Humboldt, 1832)
Trichomycterus alternatus (Eigenmann, 1917) – “cambeva”
Trichomycterus immaculatus (Eigenmann & Eigenmann, 1889) – “cambeva”
ORDEM PERCIFORMES
FAMÍLIA CICHLIDAE
Gênero Geophagus Heckel, 1840
Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) – “cará”
ORDEM CIPRINODONTIFORMES
FAMÍLIA POECILIIDAE
SUBFAMÍLIA POECILLINAE
Gênero Phalloceros Eigenmann, 1907
Phalloceros elachistos (Lucinda, 2008) – “barrigudinho”

As espécies da Ordem Characiformes (representadas aqui pelas piabas) representaram 20% das
espécies coletadas (2 espécies), a Ordem Siluriformes (representada pelo jundiá e pelos cascudinho)
representou 60% do total (6 espécies) e as demais ordens (Perciformes e Ciprinodontiformes) tiveram
uma representatividade de apenas 10% cada, com apenas uma espécie coletada para cada ordem.

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FIGURA 8.4.6 - PERCENTUAL DE ESPÉCIES DA ICTIOFAUNA SEPARADAS POR ORDEM, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA
DO PROJETO DE AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

Série1;
Série1; Ciprinodontifor
Perciformes; mes; 9%; 9%
Série1;
9%; 9%
Characiformes;
27%; 27%

Série1;
Siluriformes;
55%; 55%
Characiformes
Siluriformes
Perciformes
Ciprinodontiformes

O fato de as espécies das ordens Siluriformes e Characiformes, quando somadas, representarem mais
de 80% da diversidade das espécies de peixes das drenagens estudadas corrobora os estudos
desenvolvidos por Lowe-McConnell (1987, 1999) e Castro (1999) em rios não estuarinos da região
Neotropical. Este fato, também, está de acordo com valores similares encontrados em riachos da
Amazônia (Soares, 1979; Sabino & Zuanon, 1998), no leste do Brasil (Costa, 1984; Bizerril, 1994;
Mazzoni & Lobón-Cervia, 2000), em riachos da Mata Atlântica (Sabino e Castro, 1990; Aranha et al.,
1998), na bacia do rio São Francisco (Casatti & Castro,1998) e no alto Paraná (Garutti, 1988; Uieda,
1984; Penczak et al., 1994).

A família Characidae não é exclusiva de riachos, porém seus membros formam o principal conjunto de
espécies de meia água (contrastando com os Siluriformes bentônicos) ocorrente em riachos de médio
ou baixo gradiente vertical. Nos riachos brasileiros há predomínio de espécies de Tetragonopterinae
que representa um aglomerado polifilético, o que corrobora com os dados aqui encontrados. Neste
estudo foram coletadas duas espécies de caracídeos, são elas: Hasemania sp. e Piabina argentea.
Foto: Gabriel Alkmin

Foto: Gabriel Alkmin

FOTO 8.4.24: Hasemania sp. FOTO 8.4.25: Piabina argentea

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As espécies da família Heptapteridae até há pouco tempo, eram reunidas dentro da família
Pimelodidae. Entretanto, com base em novas descobertas, principalmente, pelas características
morfológicas internas, espécie como Rhamdia quelen, foi agrupada separadamente e hoje pertence à
família Heptapteridae. Apesar dos representantes dos heptapterídeos serem facilmente diferenciados
dos membros das outras famílias pelas suas características internas, eles não possuem muitas
características externas que facilitem o seu reconhecimento. Porém, o tamanho geralmente pequeno
(com exceção do jundiá), raramente ultrapassando 20,0 cm de comprimento, e os espinhos das
nadadeiras peitoral e dorsal flexíveis, facilmente os distingue do mandi da família Pimelodidade
(Oyakawa, 2006).

Espécies de família Heptapteridae ocorrem tipicamente no fundo dos rios, porém frequentemente são
encontradas em remansos de riachos, onde algumas vezes causam certa surpresa pela aparente
desproporção entre seu tamanho corporal e as dimensões relativamente reduzidas do ambiente que
ocupam. Na área de influência do Projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista a espécie de bagre
capturada foi a Rhamdia quelen.

Foto: Gabriel Alkmin

FOTO 8.4.26: Rhamdia quelen

A família Loricariidae trata-se da maior família de Siluriformes, com cerca de 550 espécies,
pertencentes à 80 gêneros (Nelson, 1994), com ampla distribuição na região Neotropical, ocorrendo
numa grande variedade de ambientes de água doce. Os loricariídeos são popularmente conhecidos
como cascudos, devido à sua couraça de placas dérmicas e representam um importante componente
da ictiofauna dos riachos. Os cascudos se alimentam, em geral, raspando as algas e invertebrados que
crescem sobre o leito dos rios e superfície de objetos submersos (Power, 1984), o que confere aos
mesmos um importante papel no ecossistema.

O gênero Harttia ocorre apenas em drenagens fluviais do território brasileiro, distribuindo-se nas
bacias do rio São Francisco, do rio Paraná (região do Alto Paraná), e em alguns sistemas hidrográficos
que drenam no Oceano Atlântico (rio Doce e rios costeiros do estado do Espírito Santo, rio Paraíba do
Sul, rio Farias, do sistema da Baia de Guanabara, e rio Ribeira do Iguape) (Oyakawa, 1993). Os
espécimes de Harttia coletados no presente estudo foram capturados em micro-ambientes onde a
velocidade da corrente d’água era mais forte e o fundo composto basicamente por pedras e rochas,
confirmando observação de Caramaschi (1991).

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Foto: Gabriel Alkmin


FOTO 8.4.27: Harttia sp.

Outro loricariídeo capturada neste estudo é o cascudinho Pareiorhaphis nasuta. Esta espécie foi
recentemente descrita por Pereira et.al. (2007) e, portanto, dados sobre sua biologia e status de
conservação são ainda incipientes. Entretanto, segundo os poucos comentários apresentados em
trabalhos sobre taxonomia deste gênero (Oyakawa, 1993 e Pereira et al., 2007), pode-se inferir que as
espécies deste gênero habitam preferencialmente regiões de corredeiras, fato também observado no
presente estudo, e são sensíveis a fortes alterações ambientais.

Foto: Gabriel Alkmin


FOTO 8.4.28: Pareiorhaphis nasuta

Ainda para a família Loricariidae, foi capturado o cascudinho Neoplecostomus sp. que segundo
Langeani (1990) está de uma maneira geral, restritas a riachos de encosta com profundidade inferior a
1m, águas claras, correntosas e fundo de pedra e areia grossa, sendo comum, também, a presença de
vegetação macrófita, ou marginal, debruçada sobre o leito. Os exemplares de Neoplecostomus sp.
capturados durante o presente trabalho foram coletados em locais com características semelhantes
àquelas observadas por Langeani (1990), ou seja, em locais onde o substrato é formado basicamente
por rochas de pequeno e médio porte, com vegetação ciliar abundante e com velocidade (correnteza)
significativa. A coleta foi realizada no período diurno e os exemplares coletados encontravam-se
escondidos sob as rochas.
Foto: Gabriel Alkmin

FOTO 8.4.29: Neoplecostomus sp.

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Para a família Trichomycteridae, o gênero Trichomycterus é o que possui o maior número de espécies
(Burgess, 1989), ocorrendo principalmente em pequenos cursos d'água (córregos, ribeirões etc.) e em
áreas de correnteza moderada a forte. Na bacia do rio Doce, este gênero também inclui espécies que
utilizam a calha principal dos rios de maior porte, vivendo em ambientes de fundo pedregoso e forte
corrente (Obs. pess).

Duas espécies de cambeva foram capturadas no presente estudo, Trichomycterus alternatus e


Trichomycterus immaculatus. A dieta alimentar das espécies do gênero Trichomycterus é
predominantemente baseada em larvas de insetos (Casatti & Castro, 1998; Castro & Casatti, 1997;
Pinna, 1985). Espécies do gênero Trichomycterus enterram-se na lama, no fundo arenoso nas margens
dos rios e córregos, entre frestas rochosas ou escondem-se na vegetação caída na água, e obtêm
alimentação no substrato mole (Casatti & Castro, 1998; Castro & Casatti, 1997).

Foto: Gabriel Alkmin

Foto: Gabriel Alkmin


FOTO 8.4.30: Trichomycterus alternatus FOTO 8.4.31: Trichomycterus immaculatus

Caramaschi (1991) encontrou estas duas espécies em riachos de serra com águas frias, correntosas e
com fundo de pedra. Os exemplares destas espécies, coligidos no presente estudo, foram
encontrados nos mesmos ambientes que os cascudinhos Harttia sp., Neoplecostomus sp. e
Pareiorhaphis nasuta e assim como eles, tratam-se de espécies sensíveis à alterações ambientais,
necessitando de micro-ambientes específicos para completarem seu ciclo de vida.

A família Cichlidae com aproximadamente 1.300 espécies descritas (Oyakawa, 2006; Kullander, 1996),
está amplamente distribuída na região Neotropical, parte sul da América do Norte, além da África,
Madagascar e sul da Índia (Nelson, 1994). Tratando-se de um grupo ocorrente em grande diversidade
de ambientes, os ciclídeos são muito bem representados em riachos de todas as regiões do Brasil. A
espécies Geophagus brasiliensis está amplamente distribuída por várias bacias hidrográficas do Brasil e
caracteriza-se por ser uma espécie piscívora e bastante territorialista.
Foto: Gabriel Alkmin

FOTO 8.4.32: Geophagus brasiliensis

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Já a família Poeciliidae inclui cerca de 293 espécies em trinta gêneros, ocorrentes no leste dos Estados
Unidos, México, América Central, América do Sul, África e Madagascar (Nelson, 1994). Trata-se dos
pequenos peixes conhecidos como barrigudinhos, devido à ocorrência de fecundação interna. São
peixes bastante comuns nos riachos das planícies costeiros, embora ocupem preferencialmente águas
de baixa movimentação, tais como banhados e pequenas lagoas. Infelizmente, também são comuns
espécies alóctones que competem com as espécies locais, destacando-se o gupi (Poecilia reticulata).
Na sub-bacia do rio Piracicaba, bacia do rio Doce, é encontrado apenas uma espécie: Phalloceros
elachistos.

Foto: Gabriel Alkmin


FOTO 8.4.33: Phalloceros elachistos.

De modo geral, as espécies coletadas neste estudo são comuns e abundantemente distribuídas pelos
córregos e riachos da sub-bacia estudada, entretanto, apesar de comuns, estas espécies dependem da
manutenção das matas ciliares, da qualidade da água e da distribuição de diferentes microambientes
para completarem seu ciclo de vida.

1Porte das Ictiocenoses Inventariadas


Quanto ao comprimento padrão (CP) e peso corporal (PC) os maiores valores encontrados foram para
o jundiá Rhamdia quelen com 32,5cm e 465,00g. Este espécime foi capturado com rede de emalhar de
malha 3,5cm no ponto ICT 04 (Rio Conceição a jusante da confluência do córrego Crista).

Entretanto, de modo geral, as demais espécies capturadas neste estudo não ultrapassaram os 10,0cm
de comprimento padrão e nem 30,0g de peso corporal (Quadro 3). Estes resultados demonstram que
os exemplares coletados na região estudada são de pequeno porte, corroborando com Castro et al.
(2003) quando afirmaram que os córregos e riachos de cabeceira são habitados principalmente por
espécies de pequeno porte (geralmente menos de 15cm de comprimento padrão), com distribuição
geográfica restritas, pouco ou nenhum valor comercial e muito dependente da vegetação ripária para
alimentação, abrigo e reprodução.

Vale ressaltar também que aproximadamente 50% do total de espécies de peixes de água doce,
descritas para a América do Sul, pertencem a espécies de pequeno porte. Portanto, os dados de
amplitude de comprimento e peso das espécies coletadas neste estudo estão condizentes com o
porte das drenagens estudadas.

As amplitudes de comprimento padrão (CP) e peso corporal (PC), bem como o número de indivíduos
capturados na área de estudo, podem ser observados no Quadro 8.4.22 a seguir.

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QUADRO 8.4.22 -NÚMERO DE INDIVÍDUOS CAPTURADOS (N) COM AS RESPECTIVAS AMPLITUDES DE


COMPRIMENTO PADRÃO (CP) E PESO CORPORAL (PC), NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PROJETO DE AMPLIAÇÃO
DA PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

COMPRIMENTO PADRÃO (CP) PESO CORPORAL (PC)


ESPÉCIE N (CM) (G)
MÍNIMO MÁXIMO MÉDIO MÍNIMO MÁXIMO MÉDIO
Geophagus brasiliensis 1 - 15,6 - - 140,00 -
Harttia sp. 9 4,2 7,0 5,1 1,27 7,04 2,66
Hasemania sp. 21 1,9 2,5 2,2 0,16 0,53 0,34
Neoplecostomus sp. 9 2,9 3,7 3,3 0,43 1,23 0,88
Pareiorhaphis nasuta 2 5,4 6,1 5,8 5,46 7,19 6,33
Phalloceros elachistos 47 1,0 3,3 2,2 0,03 1,00 0,48
Piabina argentea 18 3,0 4,5 3,8 0,75 2,61 1,45
Rhamdia quelen 1 - 32,5 - - 465,00 -
Trichomycterus alternatus 2 4,9 6,0 5,5 1,82 4,13 2,98
Trichomycterus immaculatus 3 4,3 5,7 5,1 1,80 3,10 2,46

1Ocorrência, Abundância Absoluta e Riqueza


Analisando os dados de ocorrência, abundância absoluta e riqueza apresentados no Quadro 4,
verificou-se que, dos quatro pontos amostrados apenas no ponto ICT 02 não foi coletado espécimes
de peixes. Este ponto corresponde ao córrego Crista que apresentou pequena quantidade de água,
homogeneidade de micro-ambientes e algumas alterações que foram primordiais para a ausência de
espécies de peixes, como a abundante película de ferrobactéria que cobria todo o substrato do leito
desta drenagem.

Assim, todos os espécimes de peixes inventariados neste estudo foram capturados no rio Conceição,
entretanto, de forma estocástica. Porém, sabe-se que estas espécies estão distribuídas ao longo de
todo o curso deste rio, mesmo que as abundâncias das espécies variem de local para local (cabeceira /
foz). As espécies presentes em todos os pontos (ICT 01, 03 e 04) foram: Harttia sp. e Neoplecostomus
sp..

O local que apresentou a maior riqueza de espécies foi ponto ICT 04, correspondente a parte mais a
jusante do rio Conceição. Este trecho do rio, por apresentar um maior volume de água, proporcionou
uma maior heterogeneidade de habitats à ictiofauna, fato que levou à captura de um maior número
de espécies.

Somando-se todos os espécimes coletados neste estudo, nos deparamos com um montante
relativamente pequeno. Este pequeno número de indivíduos coletados, assim como a baixa riqueza
encontrada está relacionado, segundo Lowe-MacConnell (1999), a fatores físico-químicos, às elevadas
velocidades do fluxo d’água nestas drenagens de cabeceiras, ao tamanho e às condições dos refúgios
na estação seca, podendo estes fatores serem mais limitantes que os recursos alimentares.

Deve ser também salientada a ocorrência de habitats extremamente específicos, o que dificulta a
colonização por outras espécies que não possuem, por exemplo, especializações morfológicas para
natação em águas rápidas e do aparelho alimentar, para serem utilizadas nos nichos ecológicos
presentes.

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Os dados referentes à ocorrência, abundância absoluta e riqueza podem ser visualizados no Quadro
8.4.23 a seguir.
QUADRO 8.4.23 -OCORRÊNCIA E ABUNDÂNCIA ABSOLUTA DAS ESPÉCIES DE PEIXES REGISTRADAS NA ÁREA DE
INFLUÊNCIA DO PROJETO DE AMPLIAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL DE CRISTA

PONTOS DE COLETA TOTAL/


ESPÉCIES
ICT 01 ICT 03 ICT 04 EXEMPLARES
Geophagus brasiliensis - - 1 1
Harttia sp. 4 2 3 9
Hasemania sp. - - 21 21
Neoplecostomus sp. 5 1 3 9
Pareiorhaphis nasuta - 2 - 2
Phalloceros elachistos 10 - 37 47
Piabina argentea - 2 16 18
Rhamdia quelen - - 1 1
Trichomycterus alternatus 2 - - 2
Trichomycterus immaculatus 3 - - 3
Total 24 7 82 113

8.4.7.4 Diagnóstico Conclusivo da Ictiofauna com foco na AID e ADA


No tocante ao status de conservação das comunidades ictiofaunísticas dos córregos de cabeceiras da
bacia do rio Doce, não há informações precisas sobre ameaças, desaparecimento ou extinção de
espécies de peixes, principalmente sobre a falta de conhecimento das ictiocenoses em ambientes de
cabeceiras como as drenagens aqui estudadas.

Alterações dos ambientes aquáticos, provocadas, dentre outros fatores, por supressão da vegetação,
atividades minerárias, construção de barragens e despejo de efluentes industriais e domésticos, tem
ocorrido com razoável frequência, o que leva à diminuição ou mesmo ao desaparecimento local de
algumas espécies ictiícas.

Este acentuado processo de descaracterização dos ambientes naturais coloca em risco várias
populações de peixes desse sistema. Segundo Menezes (1992), não seria difícil imaginar que há um
endemismo exacerbado nas cabeceiras e que as futuras revisões podem separar espécies que
atualmente pensamos se tratar de uma só.

A busca de espécies-chave (endêmicas ou raras), para definir áreas prioritárias de conservação, esbarra
no pouco conhecimento sobre a composição taxonômica e nos padrões de distribuição da sua
ictiofauna (Menezes, 1992). Além disso, a falta de boas coleções na região como um todo dificulta o
reconhecimento de áreas endêmicas.

Das espécies de peixes conhecidas para a bacia do rio Doce, sete encontram-se na Lista Vermelha das
Espécies Ameaçadas de Extinção em Minas Gerais (Machado et. al, 2008 e COPAM, 2010), devido,
principalmente, à destruição de hábitats, construção de barramentos, e introdução de espécies
exóticas.

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Entretanto, não foram detectadas, neste estudo, espécies raras e/ou ameaçadas de extinção para as
Áreas de Influência Direta e Diretamente Afetada do Projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista.
Entretanto, é importante destacar a presença de espécies sensíveis como os cascudinhos Harttia sp.,
Neoplecostomus sp. e Pareiorhaphis nasuta e os cambevas Trichomycterus alternatus e Trichomycterus
immaculatus. Estas espécies são susceptíveis às alterações ambientais e necessitam de uma maior
complexidade entre os sistemas em que vivem.

Ressalta-se, que para o cascudinho P. nasuta, descrito em 2007, as informações a respeito de sua
distribuição geográfica, status de conservação e aspectos ecológicos ainda são incipientes, o que
demanda cuidados especiais voltados a esta espécie.

Ainda é importante mencionar que, na área de abrangência deste estudo, há provável ocorrência de
uma espécie de pirapitinga, Brycon opalinus, que se encontra Criticamente Ameaçada de Extinção
segundo COPAM (2010) e, recentemente, outra espécie do gênero Pareiorhaphis foi aqui descoberta.

Os fatos citados acima demonstram a importância da região deste estudo para a conservação destas
ictiocenoses. Entretanto, especificamente, o Projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista não
prevê alterações significativas para os cursos d´água inseridos nesta micro-bacia, não sendo, portanto,
esperados impactos expressivos sobre a comunidade ictiíca, o que justifica a não proposição de
quaisquer medidas de mitigação e/ou compensação. Destaca-se que no córrego Crista, já se encontra
instalada uma pequena barragem de contenção de sólidos que minimiza possíveis impactos sobre a
drenagem do rio Conceição.

8.5. Meio Socioeconômico e Cultural


8.5.1. Socioeconomia
8.5.1.1. Metodologia
A análise relativa ao meio socioeconômico tomou como base a metodologia desenvolvida pelo IBGE,
apresentada na publicação “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, Brasil 2012”. Essa análise
abrange os diversos temas condizentes com uma abordagem teórico-metodológica voltada a pensar
a ação presente considerando também as necessidades futuras, justapondo informações de distintas
disciplinas e modos de percepção da realidade, contemplados de uma forma didática e objetiva. A
proposta metodológica contempla os indicadores socioeconômicos e culturais incluindo as
dimensões social, ambiental, econômica e institucional.

Cabe ressaltar, não obstante, que foram feitas as adaptações necessárias na medida em que se
tomaram, basicamente, dados e informações referentes à menor unidade administrativa considerada
usualmente nas estatísticas: o município. Na referida publicação do IBGE (2012), percebe-se uma gama
variada de indicadores utilizados. Procurou-se fazer, então, uma adaptação desses indicadores ao
enfoque inerente ao relatório solicitado para licenciamento ambiental. Dessa forma, foi incluída a
dimensões histórica, sendo que o item saneamento foi transferido da dimensão ambiental para a
social.

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A caracterização do meio socioeconômico foi elaborada na perspectiva de entender a Ampliação da


Pilha de Estéril de Crista no contexto da região onde se insere. Buscou-se caracterizar a estruturação e
a dinâmica socioeconômica do município de Santa Barbara, considerado tanto como área de
influência indireta, quanto direta, dando destaque para o distrito de Brumal e seu subdistrito
Sumidouro, considerados como AID. Adicionalmente, foram caracterizados os povoados de São
Gonçalo do Rio Acima e Campo Grande, que, embora localizados no município de Barão de Cocais,
foram considerados como AID pela proximidade em relação à área do projeto, com possível influência
do empreendimento nas relações socioeconômica destas localidades.

A caracterização socioeconômica teve como referência:

 Levantamento de dados secundários de instituições tais como: Fundação Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística – FIBGE; Ministério da Saúde/Sistema Único de Saúde - SUS; Ministério da
Educação - MEC; Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP;
Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM; Secretaria do Tesouro Nacional - STN;
Ministério do Trabalho e Emprego – TEM; Fundação João Pinheiro - FJP; Governo do Estado de Minas
Gerais; Prefeituras Municipais de Santa Bárbara e de Barão de Cocais.

 Diagnóstico do meio socioeconômico elaborado no âmbito do “Estudo de Impacto Ambiental – EIA:


Cava João Burro -Mina Córrego do Sítio I, Santa Bárbara/MG” elaborado pela SETE Soluções e
tecnologia Ambiental Ltda., em 2012 (Anglo Gold Ashanti & Sete, 2012). Deste estudo foram
incorporadas principalmente as informações obtidas em pesquisa local, realizadas em 2010 e 2011,
junto a diversas instituições de poder público e da sociedade civil organizada. Na ocasião foi feita
ainda pesquisa de campo nas localidades que compõem a AID, quando foram entrevistadas as
lideranças comunitárias.

Na perspectiva de ampliar a gama de dados e informações, realizou-se adicionalmente pesquisa de


campo em Santa Bárbara, nos dias 18 e 19 de junho de 2013. Por meio de entrevistas, com base em
roteiro semiestruturado, foram ouvidos a Secretária Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos,
a Secretária Municipal de Administração e Fazenda, a Secretária Adjunta da Secretaria Municipal de
Saúde e a Diretora Executiva da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Santa Bárbara. O
Roteiro de entrevistas utilizado é apresentado no Anexo 07.

Cabe ainda ressaltar que as informações referentes ao distrito de Brumal, subdistrito de Sumidouro e
povoado de São Gonçalo do Rio Acima foram, quando necessário, complementadas com informações
do recenciamento demográfico de 2010 (IBGE, 2010), considerando o setor censitário em que se
inserem. Ressalta-se que nem sempre a área do setor censitário corresponde estritamente à da
localidade em estudo, o que é, entretanto, enfatizado no decorrer da análise.

A partir disso, procurou-se estabelecer as relações de impactos ambientais, considerando a inserção


regional do empreendimento e as recomendações de ações, no sentido de mitigá-los.

As análises dos dados foram feitas, sempre que possível e desejável, em uma perspectiva comparativa
tanto com anos anteriores quanto com unidades geográficas mais abrangentes, a fim de que não só
se procedesse a um diagnóstico da realidade atual, mas que também se buscasse compreender, ainda
que de maneira geral, as tendências referentes a cada dimensão analisada.

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8.5.1.2. Caracterização do município de Santa Bárbara


1Dimensão Histórica
O processo de colonização da região e a consequente formação do município de Santa Bárbara estão
diretamente ligados aos primórdios da exploração do ouro no início do século XVIII, a qual resultou na
formação da chamada Região das Minas, atual estado de Minas Gerais.

Antônio da Silva Bueno teria descoberto ouro de aluvião em grande quantidade em um ribeirão ao
qual deu o nome de Santa Bárbara, padroeira do dia. No local foi se formando um pequeno arraial e
logo se construíram as igrejas em honra a Santo Antônio, Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora
do Rosário e Nosso Senhor do Bonfim. Segundo Barbosa, “sua freguesia se tornou colativa pelo alvará
de 16 de fevereiro de 1724” (Barbosa, 2005, p. 295), sendo uma das mais antigas freguesias de Minas
Gerais.

Apesar do declínio do ouro de aluvião, o arraial foi elevado à vila por meio da Lei Municipal n.º
134/1839 e, posteriormente, a Lei Municipal n.º 881/1858, elevou a vila à categoria de cidade. A
comarca, por sua vez, foi criada pela Lei Municipal n.º 2500/1878.

FOTO 8.5.1 Vista da sede urbana de Santa Bárbara.

1Contexto Regional
O municípios de Santa Bárbara faz parte da Região I de Planejamento, denominada Central, segundo
critério estabelecido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG/MG. Além disso,
pertencem à Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte e à Microrregião de Itabira, segundo a
Divisão do Brasil por Regiões Geográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

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A Região de Planejamento Central é considerada como a mais importante do estado de Minas Gerais
sob diversos aspectos de avaliação, sendo que, economicamente, seus setores industrial e de serviços
são os mais expressivos, enquanto o agropecuário ocupa apenas a quarta posição no contexto
estadual. O desempenho da região de planejamento Central é significativo no conjunto das regiões
de planejamento do estado, pois, em 2010, respondeu a 47,46% do Produto Interno Bruto (PIB) total
do estado, essencialmente com base nos setores industrial e de serviços.

O desempenho da região deve-se, em parte, à sua distribuição espacial, constituída, em 2010, por 164
municípios, com características próprias, a maioria direcionada para os setores industrial e de serviços.
As treze microrregiões que compõem a Região Central apresentam variada estrutura econômica. Tem-
se a participação da Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH, a mais destacada do estado do
ponto de vista econômico. Incluem-se ainda áreas relevantes para a indústria extrativa mineral e
metalúrgica, como as microrregiões de Ouro Preto, Conselheiro Lafaiete, Itabira e São João del-Rei,
além da já mencionada RMBH.

A Microrregião de Itabira é formada por um total de 18 municípios (Alvinópolis, Barão de Cocais, Bela
Vista de Minas, Bom Jesus do Amparo, Catas Altas, Dionísio, Ferros, Itabira, João Monlevade, Nova Era,
Nova União, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, Santa Maria de Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo
do Rio Abaixo, São José do Goiabal e Taquaraçu de Minas) e sua população total, segundo os dados do
Censo Demográfico de 2010 do IBGE, correspondia a 379.237 habitantes, dos quais 7,35% estão em
Santa Bárbara. A área total dessa microrregião corresponde a 7.998,70km2, dos quais 684,20km2
(8,55%) pertencem ao município de Santa Bárbara. Este município conta, além do distrito sede, com
outros quatro distritos: Barra Feliz, Brumal, Conceição do Rio Acima e Florália.

1Dimensão Social
2Demografia
Entre 1970 e 2010, a população total de Santa Bárbara cresceu 71,59%, o que equivale a uma taxa
média anual de 1,36%, menor, portanto, do que a taxa média anual nacional (1,81%) e levemente
superior à taxa média estadual (1,34%).

A população urbana cresceu principalmente na década de 1980 e se estagnou na década seguinte. A


população rural caiu a cada período censitário, como pode ser observado no Quadro 8.5.1. Em 2010, o
grau de urbanização alcançou 88,94%, fazendo com que a população rural se tornasse ainda mais
reduzida.
QUADRO 8.5.1 - POPULAÇÃO TOTAL MUNICIPAL, ABSOLUTA E RELATIVA, POR SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO
MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA/MG (1970, 1980, 1991, 2000 E 2010)

POPULAÇÃO
ANO URBANA RURAL TOTAL
ABSOLUTA % ABSOLUTA % ABSOLUTA %
1970 9.332 57,44 6.914 42,56 16.246 100
1980 12.431 68,84 5.626 31,16 18.057 100
1991 20.969 80,86 4.962 19,14 25.931 100
2000 21.294 88,06 2.886 11,94 24.180 100
2010 24.794 88,94 3.082 11,06 27.876 100
Fonte: Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010 (IBGE, 2010).

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A Figura 8.5.1, a seguir, indica a participação relativa da população urbana e rural na população total
do município de Santa Bárbara em 1970 e 2010. Nesse período, a população rural decresceu não
apenas do ponto de vista relativo, mas também do absoluto (3.832 pessoas), ao passo que a urbana
registrou um significativo crescimento (165,69%), passando de 9.332 para 24.794 habitantes.

FIGURA 8.5.1– POPULAÇÃO RELATIVA URBANA E RURAL - SANTA BÁRBARA/MG (1970 E 2010)

1970 2010 3.082


(11,94%)

6.332
(42,56%)
9.332
(57,44%)
24.794
(11,06%)

Rural
Urbana

Fonte: Censos Demográficos 1970 e 2010 (IBGE, 2010).

A evolução do crescimento da população do município, em termos absolutos, pode ser observada a


partir dos dados da Figura 8.5.2, que revelam tanto a diminuição acentuada da população rural
quanto o crescimento da população urbana que, em 2010, tornou-se ainda mais próxima do
montante total. Percebe-se também um declínio da população total entre 1991 e 2000, fenômeno
explicado pela emancipação do distrito de Catas Altas, que fazia parte de Santa Bárbara, em 1995.

FIGURA 8.5.2 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ABSOLUTA URBANA, RURAL E TOTAL – SANTA BÁRBARA/MG (1970,
1980, 1991, 2000 E 2010)

30.000

25.000

20.000
Total
15.000
Urbana

10.000 Rural

5.000

0
1970 1980 1991 2000 2010

Fonte: Censos Demográficos 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010 (IBGE, 2011).

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O crescimento da população do município teve reflexos diretos sobre a sua densidade demográfica
entre 2000 e 2010, tendo em vista que a sua dimensão territorial se manteve em 684,1km2. Dessa
forma, a densidade demográfica do município passou de 35,33 para 40,75 habitantes por quilômetro
quadrado.

A pirâmide etária do município, em 2010, ano do último censo demográfico, apresentada na Figura
8.5.3, indica que a população local ainda se mostrava predominantemente jovem. Nota-se, porém,
indícios de que sua base começava a diminuir, indicando o envelhecimento da população local,
também demonstrado pelo aparecimento de faixas etárias mais elevadas, acima de 80 anos, que não
se apresentavam dessa forma anteriormente. Esse aspecto aponta para um aumento de expectativa
de vida da população do município, por um lado, e para a redução da taxa de natalidade, por outro,
conforme apontado no diagnóstico do setor de saúde.

FIGURA 8.5.3 - PIRÂMIDE ETÁRIA – SANTA BÁRBARA/MG (2010)

Fonte: Censo Demográfico 2010 (IBGE, 2010).

O município de Santa Bárbara conta com o distrito sede e mais quatro distritos: Barra Feliz, Brumal,
Conceição do Rio Acima e Florália. A Figura 8.5.4, a seguir, mostra a participação relativa de cada
distrito na composição total da população do município em 2000 e 2010, sendo possível perceber que
os distritos de Barra Feliz e Brumal tiveram a sua participação relativa aumentada discretamente,
enquanto o distrito sede de Santa Bárbara teve a sua participação relativa aumentada mais
significativamente.

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FIGURA 8.5.4- POPULAÇÃO RELATIVA, SEGUNDO O DISTRITO - SANTA BÁRBARA/MG (2000 E 2010)

Fonte: Censo Demográfico 2000 e 2010 (IBGE, 2010).

A População Economicamente Ativa - PEA de Santa Bárbara, segundo informações do IBGE relativas a
2010, é de 13.891 pessoas (IBGE, 2010). Desta população, um percentual expressivo encontra-se
desocupada (1.641 ou 16,21% da PEA) e 2.252 empregados sem carteira assinada (14,66% da PEA). Em
Minas Gerais estes percentuais são, respectivamente, 6,79% e de 19,29% da PEA. Na Figura 8.5.5 são
apresentadas informações relativas à população ocupada de Santa Barbara.

FIGURA 8.5.5 - POPULAÇÃO OCUPADA, SEGUNDO POSIÇÃO E CATEGORIA DO EMPREGO NO TRABALHO


PRINCIPAL – SANTA BÁRBARA/MG (2010)

7.000
6.324
6.000

5.000
Número de pessoas

4.000

3.000
2.252 2.036
2.000

1.000 748 532


256 103
0
Empregados ‐ Empregados ‐ Conta própria Trabalhadores Empregados ‐ Não Empregadores
com carteira sem carteira na produção militares e remunerados
de trabalho de trabalho para o próprio funcionários
assinada assinada consumo públicos
estatutários

Posição na ocupação e categoria do emprego no trabalho principal

Fonte: Censo Demográfico (IBGE, 2010).

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Os dados da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, para o
ano de 2011, mostram que havia 6.086 pessoas empregadas formalmente, indicando, como
apresentado nos dados do IBGE, que parcela da PEA está desocupada ou trabalha em atividades onde
as relações de trabalho tendem a ser informais ou com baixo nível de formalidade. Deve se destacar
que não é possível uma comparação direta entre os dados da RAIS e do IBGE, o que decorre tanto pela
diferença do ano de comparação, quanto pelas diferenças metodológicas que existem entre as duas
pesquisas.

O Quadro 8.5.2 apresenta a distribuição da população formal ocupada por setores de atividade. A
maior parte dos postos de trabalho, 2.923 (48,03%), está relacionada ao setor terciário (exclusive
administração pública), como se conclui ao se somarem os empregos dos setores de comércio e
serviços. Ressalta-se ainda o fato de o número de empregos formais do setor agropecuário ser
superior ao da indústria, algo pouco usual em municípios com estrutura produtiva semelhante ao de
Santa Bárbara. Esse resultado pode indicar uma maior formalização do setor no município. O setor
extrativista mineral também se destaca, registrando 17,78% do total de trabalhadores com carteira
assinada.

QUADRO 8.5.2 - POPULAÇÃO OCUPADA EM EMPREGOS FORMAIS, POR SETOR DE ATIVIDADE – SANTA
BÁRBARA/MG (2011)

SETOR DE ATIVIDADE Nº DE TRABALHADORES PARTICIPAÇÃO RELATIVA (%)


Agropecuária 266 4,37
Indústria 185 3,04
Extrativa Mineral 1.082 17,78
Construção Civil 454 7,46
Comércio 942 15,48
Serviços 1.981 32,55
Administração Pública 1.176 19,32
Total 6.086 100,00
Fonte: Relação Anual de Informações Sociais - RAIS (Ministério do Trabalho e Emprego, 2011).

2Saúde
De acordo com informações do Ministério da Saúde, o município de Santa Bárbara faz parte da
Regional de Saúde de Itabira/MG, composta por outros 24 municípios.

Essa regional conta com 860 estabelecimentos de saúde, que disponibilizam 842 leitos de internação,
dos quais, 827 estão distribuídos entre as 14 unidades de hospitais gerais. Do total de hospitais gerais,
dois são públicos e doze são privados. Das 880 unidades de atendimento à saúde disponíveis no
conjunto de municípios que compõem a Regional de Saúde de Itabira, 152 são públicas, 715 são
privadas, 12 são filantrópicas e uma é de sindicato .

O município de Santa Bárbara dispõe de 22 estabelecimentos de atendimento à saúde, dos quais dez
são públicos (45,45%), 11 privados (50,00%) e um filantrópico (4,55%). Como mostrado no Quadro
8.5.3, oito das unidades públicas são centros ou unidades básicas de saúde, destacando-se ainda um
posto de saúde e uma secretaria de saúde. Dentre os estabelecimentos privados, predominam os
consultórios isolados.

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QUADRO 8.5.3- ESTABELECIMENTOS DISPONÍVEIS NO MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA/MG, POR TIPO DE


ESTABELECIMENTO E TIPO DE PRESTADOR (2012)

TIPO DE ESTABELECIMENTO PÚBLICO FILANTRÓPICO PRIVADO TOTAL


Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde 8 - - 8
Clinica Especializada/Ambulatório
- - 3 3
Especializado
Consultório - - 5 5
Hospital Geral - 1 - 1
Posto de Saúde 1 - - 1
Secretaria de Saúde 1 - - 1
Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose
- - 3 3
e Terapia
Total 10 1 11 22
Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES (Ministério da Saúde , 2013).

Foto: Diego Castro

FOTO 8.5.2 Prédio da Secretaria de Saúde, onde também funcionam farmácia e


vigilância em saúde, além de centros de especialidades médicas e
odontológicas

O hospital existente no município disponibiliza 53 leitos para internação, dos quais 41 (77,36%) são do
SUS (Foto 8.5.3). Indicando uma média de aproximadamente 1,5 leitos conveniados ou contratados
pelo SUS para cada 1000 habitantes, valor inferior ao parâmetro de referencia do Ministério da Saúde
(2,5 a 3 leitos/mil habitantes, segundo a Portaria No 1.101/2002). Conforme mostrado no Quadro 8.5.4,
tratam-se de leitos cirúrgicos, clínicos, obstétricos e pediátricos.

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QUADRO 8.5.4 - QUANTIDADE DE LEITOS HOSPITALARES PARA INTERNAÇÃO DISPONÍVEIS, GERAL E PELO SUS,
POR ESPECIALIDADE – SANTA BÁRBARA/MG (2012)

LEITOS DISPONÍVEIS
ESPECIALIDADE
QUANTIDADE EXISTENTE QUANTIDADE SUS
Cirúrgicos 8 6
Clínicos 24 17
Obstétrico 11 8
Pediátrico 10 10
TOTAL 53 41
Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES (Ministério da Saúde, 2012).

Foto: Diego Castro

Foto 8.5.3 Hospital Santa Casa Nossa Senhora das Mercês.

O município de Santa Bárbara conta com um total de 165 equipamentos para o atendimento à saúde,
dos quais 79 (47,88%) estão em estabelecimentos públicos, 48 (29,09%) em filantrópicos e 38 (23,03%)
em estabelecimentos privados. Estes equipamentos incluem equipamentos de diagnóstico por
imagem, de infraestrutura, equipamentos por métodos ópticos, equipamentos por métodos gráficos,
equipamentos de manutenção da vida e equipamentos de odontologia. Os equipamentos de
odontologia representam 64,24% do total de equipamentos. Dos 165 equipamentos existentes nas
unidades de saúde de Santa Bárbara, 69 (41,81%) possuem atendimento público por meio do SUS.

O hospital geral filantrópico existente em Santa Bárbara possui 55 profissionais, o que representa
22,00% do total de 250 profissionais atuando na área municipal de saúde. Também se destaca a
disponibilidade de 178 profissionais atuando nos Centros de Saúde/Unidades Básica de Saúde do
município. Os 250 profissionais cadastrados pelo Ministério da Saúde no município podem ser
visualizados no Quadro 8.5.5, que os apresenta segundo o tipo de profissional.

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Percebe-se que se destacam os funcionários com nível elementar de qualificação, representando


35,20% do total. Estes são formados basicamente pelos agentes comunitários de saúde (87 agentes).
O pessoal de saúde com nível superior é composto por 66 profissionais, atingindo 25,40% do total.
Existem 22 médicos atuando no município, sendo que apenas um não atende pelo SUS. Do total de
médicos, tem-se 16 clínicos gerais (72,72%), três médicos da família, um ginecologista-obstetra, um
pediatra e um médico cardiologista.

Comparando-se o número de médicos em 2010 com a população naquele ano, chega-se a média de
0,75 médicos para cada 1000 habitantes, valor inferior ao parâmetro de referência no Ministério da
Saúde de um médico para cada 1.000 habitantes (Portaria No 1101/2002). Em 2012, considerando que
ocorreu o incremento de apenas um médico atuando no município desde 2010 (Ministério da Saúde,
2013), este índice deve apresentar valor semelhante.

QUADRO 8.5.5 - RECURSOS HUMANOS DISPONÍVEIS, POR TIPO DE PROFISSIONAL (2012)

PESSOAL DE SAÚDE - NÍVEL SUPERIOR 66


Assistente Social 3
Bioquímico/Farmacêutico 5
Clínico Geral 16
Enfermeiro 12
Fisioterapeuta 6
Ginecologista Obstetra 1
Médico de Família 3
Nutricionista 2
Odontólogo 12
Pediatra 1
Psicólogo 4
PESSOAL DE SAÚDE - NÍVEL TÉCNICO
57
TÉCNICO/AUXILIAR
Auxiliar de Enfermagem 28
Fiscal Sanitário 20
Técnico de Enfermagem 8
Técnico e Auxiliar em Saúde Oral 1
PESSOAL DE SAÚDE - QUALIFICAÇÃO ELEMENTAR 88
PESSOAL ADMINISTRATIVO 2
NÃO CLASSIFICADAS 37
TOTAL 250
Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES (Ministério da Saúde, 2013).

Os dados do Quadro 8.5.6 indicam que, em dezembro de 2012, segundo o Ministério da Saúde, foram
cadastradas no Programa de Saúde da Família (PSF) do município 7.909 famílias, totalizando 28.394
pessoas, cobrindo, portanto, praticamente toda a população (lembrando que, em 2010, a população
era de 27.876 habitantes, segundo dados do IBGE. Pode-se estimar que, entre 2010 e 2012 esta sofreu
um pequeno acréscimo, estando possivelmente próxima ao número cadastrado pelo PSF).

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QUADRO 8.5.6 - NÚMERO DE FAMÍLIAS E DE PESSOAS CADASTRADAS EM PROGRAMAS DE ATENÇÃO BÁSICA À


SAÚDE – SANTA BÁRBARA/MG (MAR/2012)

FAMÍLIAS PESSOAS
7.909 28.394
Fonte: Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB (Ministério da Saúde, 2013).

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, até dezembro de 2012, eram cobertos por
plano de assistência médica 10.794 habitantes de Santa Bárbara. Contavam com planos apenas
odontológicos, 4.046 pessoas.

Informações providas pelo Ministério da Saúde (Datasus) indicam que, em 2010, a mortalidade infantil
em Santa Bárbara chegou a 7,85 por mil nascidos vivos, ocorrendo melhora significativa no índice em
relação a 2000 (16,35 por mil nascidos vivos).

2Educação
Segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira -INEP,
a rede escolar de Santa Bárbara, em 2012, se compôs de 28 unidades de ensino em atividade,
conforme apresentado no Quadro 8.5.7. Dessas unidades, 16 pertencem à rede municipal, estando
sete localizadas na zona rural do município e as demais nove unidades na sede urbana. Com relação à
rede estadual, são disponibilizadas cinco unidades de ensino, todas elas localizadas na sede urbana. Já
a rede privada oferece sete unidades de ensino instaladas na sede urbana do município.

QUADRO 8.5.7 – LOCALIZAÇÃO DA UNIDADE DE ENSINO, POR DEPENDÊNCIA DE ENSINO – SANTA BÁRBARA/MG
(2012)

LOCALIZAÇÃO
DEPENDÊNCIA
RURAL URBANO TOTAL
Municipal 7 9 16
Estadual - 5 5
Privado - 7 7
TOTAL 7 21 28
Fonte: Data Escola Brasil, 2013 (INEP, 2013).

Com relação ao número de alunos matriculados na rede de ensino de Santa Bárbara, observou-se, no
ano de 2012, um total 7.889 matrículas, conforme mostrado no Quadro 8.5.7. Desse total, a maioria
estava vinculada à rede estadual (3.545 matrículas ou 44,94%). A rede municipal contava com 2.648
matrículas (33,57% do total). A rede particular possui um total de 1.696 matrículas cadastrada
(21,50%).

Algumas informações apresentadas no Quadro 8.5.7 merecem destaque. Primeiramente, o fato de não
existir creche municipal ou estadual, mas apenas privada. A educação profissional também só ocorre
na dependência privada. O ensino fundamental registra o maior número de alunos matriculados
(52,11% do total).

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A taxa de analfabetismo entre a população jovem, na faixa etária de 15 anos ou mais de idade,
decresceu de 9,42% a 5,80%, entre os anos de 2000 a 2010. Por sua vez, entre a população adulta, de
25 anos ou mais, representante de grande parte da força de trabalho, a taxa de analfabetismo
também apresentou queda significativa de 12,35% para 7,28%, entre os anos de 2000 e 2010
respectivamente.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB relacionado aos Anos Iniciais registrado para
o município de Santa Bárbara subiu de 5,6 para 6,0 entre 2009 e 2011, superando, em 1,3, a meta para
2009 e 2011. Quanto ao IDEB do ensino fundamental relacionado aos anos finais, este ficou estagnado
em 4,6 entre 2009 e 2011, ultrapassando a meta para 2015 já em 2009, conforme demonstra o Quadro
8.5.8.

QUADRO 8.5.8- ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - IDEB OBSERVADO EM 2005, 2007 E 2009
E METAS PARA REDE MUNICIPAL

ENSINO IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS


FUNDAMENTAL 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos Iniciais 4,2 5,6 6,0 3,9 4,3 4,7 5 5,2 5,5 5,8 6,0
Anos Finais 3,3 4,6 4,6 3,2 3,4 3,6 4,0 4,4 4,7 4,9 5,2
Fonte: Prova Brasil e Censo Escolar (INEP, 2013).

A consulta ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, vinculado
ao Ministério da Educação, não indicou a existência de instituições de ensino superior em atuação no
município. De acordo com informações obtidas junto a Secretaria Municipal de Educação, a
administração municipal está em processo de negociação com a Universidade Federal de Ouro Preto
(UFOP), acerca da possível implantação dos cursos superiores de engenharia florestal, engenharia de
segurança e de agronomia.

O município também desenvolveu um sistema próprio de avaliação dos alunos, o que direciona a
formação continuada dos docentes e a gestão escolar. Além desse sistema, foi implantado o “turno
reverso”, estratégia que permite aos alunos não apenas o acesso ao estudo formal, como também a
prática de atividades complementares lúdicas, esportivas e artísticas, como aulas de dança, teatro e
música.

Ressalta-se que a música constitui matéria curricular no município, fazendo parte da grade até o 7º
ano. Além disso, em Santa Bárbara existe uma Escola de Música que atende a alunos da rede
municipal que se destacam dentre os demais no que diz respeito à vocação musical.

Em contrapartida, não existe um planejamento específico, por parte do município, voltado para a área
de educação ambiental. A Prefeitura, por meio das Secretarias de Educação e Meio Ambiente e em
parceria com empresas que atuam no município, como a AngloGold Ashanti e a Vale, além da Polícia
Militar do Meio Ambiente, atua apenas em atividades específicas e pontuais em algumas escolas,
sobretudo em datas comemorativas ou previamente definidas ano a ano, ou discutindo temas gerais a
respeito da questão ambiental.

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QUADRO 8.5.9 – NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS, POR DEPENDÊNCIA DE ENSINO – SANTA BÁRBARA/MG (2012) (*) ENSINO DE JOVENS ADULTOS.

MATRÍCULA

EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO


DEPENDÊNCIA ENSINO EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL EJA (*) TOTAL
1ª A 4ª SÉRIE (ANOS 5ª A 8ª SÉRIE MÉDIO ESPECIAL
CRECHE PRÉ-ESCOLA (NÍVEL TÉCNICO)
INICIAIS) (ANOS FINAIS)
Municipal 0 0 0 793 1139 0 706 10 2.648
Estadual 0 550 1803 1036 0 0 65 91 3.545
Privado 189 175 285 194 120 620 0 113 1.696
TOTAL 189 725 2088 2023 1259 620 771 214 7.889

Fonte: Censo Escolar, 2012 (INEP, 2012).

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2Segurança Pública
Em 2010, o efetivo disponível em Santa Bárbara correspondia a um oficial, dois sargentos e 24 cabos e
soldados. O 2º Pelotão PM de Santa Bárbara faz parte da 57ª Cia. PM, o qual é formada pelo 1º Pelotão
PM de Barão de Cocais e pelo 3º Pelotão PM de São Gonçalo do Rio Abaixo.

O Quadro 8.5.10, a seguir, apresenta as ocorrências registradas pela Polícia Militar no município de
Santa Bárbara em 2008, discriminadas mês a mês. Observa-se que são predominantes ameaças, furtos,
lesões corporais, danos e arrombamentos residenciais urbanos. Todos os demais delitos foram
agregados na categoria outros.

QUADRO 8.5.10 - CRIMES POR NATUREZA – PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA POLÍCIA MILITAR –
MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA/MG (2008)

OUTROS FURTO ARROMBAMENTO


LESÃO
MÊS AMEAÇA FURTOS CONSUMADO DANO A RESIDÊNCIA OUTROS TOTAL
CORPORAL
CONSUMADOS A RESIDÊNCIA URBANA
Jan 16 9 10 10 6 2 48 101
Fev 10 5 12 6 8 3 35 79
Mar 13 17 10 12 7 6 59 124
Abr 15 12 11 8 12 5 40 103
Mai 12 12 8 13 6 6 51 108
Jun 10 10 7 10 13 7 28 85
Jul 24 22 8 6 8 6 51 125
Ago 16 7 13 8 7 8 43 102
Set 8 22 11 19 17 13 63 153
Out 12 12 15 23 17 24 60 163
Nov 25 6 13 9 5 4 36 98
Dez 19 9 12 3 8 7 49 107
TOTAL 180 143 130 127 114 91 563 1348
Fonte: Polícia Militar de Minas Gerais – 57ª Companhia.

Nota-se, por meio das informações da Figura 8.5.6., que o número de ocorrências policiais registradas
a cada mês é bastante variável, sendo que, em 2008, as mesmas oscilaram mensalmente entre 79 e
163.

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FIGURA 8.5.6 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CRIMES REGISTRADOS, SANTA BÁRBARA – 2008

Fonte: Dados Básicos: Polícia Militar de Minas Gerais – 57ª Companhia.

Santa Bárbara não possui unidade do Corpo de Bombeiro Militar de Minas Gerais, sendo atendido pela
3ª Cia. do 2º Pelotão, localizada no município de Itabira que, por sua vez, é subordinada ao 3º Batalhão
de Bombeiro Militar, com sede na capital Belo Horizonte.

O município conta também com a atuação da Delegacia de Polícia Civil da Circunscrição de Santa
Bárbara e Catas Altas, vinculada à 3ª Delegacia Regional de Itabira e ao 12º Departamento de Polícia
Civil de Ipatinga. Seu quadro de funcionários, em 2010, era composto por 12 servidores, entre efetivos
e cedidos por outros entes federativos, dentre os quais se destacava a presença de um Delegado de
Polícia. Além de um prédio principal, a Delegacia possui Cadeia Pública da Comarca, situada na sede
municipal, para a qual são encaminhados os autores de crimes.

Segundo informações da Delegacia, os principais problemas observados e que estão a cargo da


Polícia Civil são aqueles relacionados ao tráfico de drogas, que possui ramificações em diversos bairros
do município. Não obstante, os profissionais em segurança pública também atuam na solução de
outros delitos, como homicídios, roubos e furtos.

Além dos aparatos de segurança já mencionados, o município de Santa Bárbara possui uma Guarda
Municipal própria, formada em 2006, atuando, principalmente, em atividades da guarda patrimonial,
apoio à população e patrulhamento durante eventos.

2Habitação
Em 2010, segundo o Censo Demográfico do IBGE, foram identificados um total de 7.990 domicílios
particulares permanentes em Santa Bárbara, dos quais 7.089 (88,72%) estavam em área urbana e
apenas 901 (11,28%), em área rural.

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A partir dos dados da Figura 8.5.7, identifica-se que, entre 1970 e 2010, o número de domicílios
particulares permanentes em situação rural se manteve sempre cadente. Por outro lado, a quantidade
de domicílios particulares permanentes em situação urbana apresentou crescimento ininterrupto,
chegando a aumentar 330,68%, entre 1970 e 2010, o que revela que o município vem passando por
um intenso processo de expansão urbana.

FIGURA 8.5.7- DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR SITUAÇÃO (1970, 1980, 1991, 2000 E 2010)

Fonte: Censos Demográficos IBGE, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010 (IBGE, 2010).

Predominam no município os domicílios do tipo casa, como demonstra a Figura 8.5.8, os quais
representam 98,77% do total de domicílios particulares permanentes identificados pelo IBGE durante
o Censo Demográfico de 2010. Os domicílios do tipo apartamento são limitados - apenas 0,93% - e em
menor percentual. Têm-se ainda aqueles classificados como "cômodo" e os identificados como “casa
de vila ou condomínio” que totalizam 0,15% cada.

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FIGURA 8.5.8- DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR TIPO DE DOMICÍLIO (2010)

74 12 (0,15%)
(0,93%)
12 (0,15%)

7.892
(98,77%)

Casa Apartamento Cômodo Casa de vila ou condomínio

Fonte: Censo Demográfico IBGE, 2010 (IBGE, 2011).

O acesso a serviços básicos, como coleta de lixo, água encanada e esgotamento sanitário, apresentou
melhoria entre 2000 e 2010, como demonstra a Figura 8.5.9. Cabe menção especial ao acesso ao
serviço de esgotamento sanitário por rede geral de esgoto ou fossa séptica, que passou de 79,01%,
em 2000, para o atendimento de 84,34% dos domicílios de Santa Bárbara em 2010. Em relação ao
abastecimento de água, 89,44% dos domicílios eram servidos por rede geral (água encanada) em
2010. Ressalta-se ainda que 7.826 domicílios do município, ou 98,76% do total, são atendidos por
companhia distribuidora de energia elétrica (IBGE, 2010).

FIGURA 8.5.9- DOMICÍLIOS COM COLETA DE LIXO, COM ÁGUA ENCANADA E COM ESGOTAMENTO SANITÁRIO
(2000 E 2010)

Fonte: Censos Demográficos 2000 e 2010 (IBGE, 2010).

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Segundo o Perfil dos Municípios Brasileiros 2011, divulgado pelo IBGE, o município de Santa Bárbara
não possui um órgão voltado especificamente para a atuação na área de habitação. Conta com um
Conselho Municipal de Habitação que é paritário e tem caráter consultivo e fiscalizador. Há também
um Plano Municipal de Habitação. Em contrapartida, não possui um Fundo Municipal de Habitação. O
município dispõe de cadastro informatizado de famílias interessadas em programas habitacionais.

É realizada no município com recursos municipais e do governo federal, tanto na área urbana quanto
na rural, a construção e a melhoria de unidades habitacionais ou mesmo a oferta de materiais
construtivos e lotes.

2Saneamento Básico
A concessão do serviço de abastecimento de água na sede do município de Santa Bárbara é de
responsabilidade da COPASA. Para o atendimento da demanda desse serviço, é realizada captação
d’água no rio Caraça, próximo à sede do distrito de Brumal. São bombeados 60 litros/segundo através
de uma adutora de 7km de extensão até o sistema de tratamento e distribuição, localizado na sede.
Após passar pelo sistema de tratamento convencional (mistura rápida, floculação, decantação,
filtração, desinfecção e fluoretação), que é monitorado de duas em duas horas, cerca de 50% da água
é distribuída por gravidade. O restante depende de quatro pontos equipados com bomba. Em três
regiões da sede municipal o abastecimento é feito a partir de poços artesianos (um com
bombeamento de 5 litros/segundo e os outros dois com 3 litros/segundo). Nesse caso, a distribuição é
direta, passando apenas por processo de desinfecção (informações obtidas na Secretaria Municipal de
Meio Ambiente e Serviços Urbanos).

A Secretaria Municipal Meio Ambiente e Serviços Urbanos informa que nos distritos e subdistritos os
serviços de saneamento básico são de responsabilidade da administração municipal e a proporção de
domicílios atendidos pelo serviço é bem próxima de 100%. Nos distritos de Brumal e Florália existem
estações de tratamento de água. Em Barra Feliz, há um sistema com poço artesiano. No distrito de
Conceição do Rio Acima, o sistema funciona a partir de uma nascente. Nos subdistritos, com exceção
de Santana do Morro, onde há uma estação de tratamento, a água também é proveniente de
nascentes (Anglo Gold Ashanti & Sete, 2012).

O sistema de esgotamento sanitário no município é de responsabilidade da Prefeitura Municipal. Em


2010, segundo dados do Censo Demográfico, o total de domicílios com disponibilidade de rede geral
de esgoto correspondia a 82,5%, como demonstram os dados do Quadro 8.5.11. Esse tipo de
instalação é observado principalmente na área urbana (89,53%), enquanto que na área rural não passa
de 27,19% dos domicílios instalados. Nessa área destacam-se, por sua vez, aqueles domicílios com
esgoto sanitário lançado em fossas rudimentares e sépticas (46,39% e 11,2%, respectivamente), assim
como em cursos d’ agua (rio, lago ou mar) (10,32%).

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QUADRO 8.5.11 - DOMICÍLIOS POR SITUAÇÃO SEGUNDO INSTALAÇÃO SANITÁRIA MUNICÍPIO DE SANTA
BÁRBARA/MG (2010)

SITUAÇÃO
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS URBANA RURAL TOTAL
ABSOLUTA (%) ABSOLUTA (%) ABSOLUTA (%)
Rede geral de esgoto ou pluvial 6.347 89,53 245 27,19 6.592 82,50
Fossa séptica 46 0,64 101 11,2 147 1,83
Fossa rudimentar 207 2,92 418 46,39 625 7,82
Vala 35 0,49 - - 44 0,55
Rio, lago ou mar 246 3,37 93 10,32 339 4,24
Outro escoadouro 116 1,63 - - 120 1,50
sanitário 79 0,99 25 0,31 104 1,30
Não tem instalação sanitária 13 0,18 - - 19 0,23
TOTAL 7.089 100,00 882 100,00 7.990 100,00
Fonte: Censo Demográfico IBGE, 2010 (IBGE, 2010).

O esgoto sanitário coletado no município é lançado, sem tratamento, nos cursos d’água que cortam o
município. No entanto, informações obtidas na Prefeitura Municipal dão conta de que o município
dispõe de um projeto básico para implantação de um sistema de esgotamento sanitário com duas
estações de tratamento de esgoto (ETEs), sendo uma na área central e outra no bairro São Bernardo.
Os projetos estão sendo adequados para obterem financiamento da Fundação nacional da Saúde -
Funasa e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG.

O serviço de coleta de lixo é realizado em três dias por semana na sede urbana e dois dias por semana
nos distritos e no subdistrito do Sumidouro. Atualmente, todo o resíduo coletado é encaminhado para
o aterro sanitário, o qual foi implantado recentemente, em área fora do núcleo urbano, no distrito de
Florália, localizado a cerca de 4km da sede. O aterro substitui o antigo lixão, que se localizava dentro
da área urbana. Nos demais subdistritos do município, o lixo é queimado ou encaminhado à sede
municipal pelos próprios moradores.

A coleta seletiva de lixo chegou a ser implantada pela Prefeitura Municipal. Em dezembro de 2011, o
lixo reciclável era coletado semanalmente nos bairros Centro, Tenente Carlos, Santa Terezinha, São
José, São Bernardo, São Vicente e Santa Mônica. Entretanto, problemas operacionais fizeram com que
o serviço fosse suspenso, e a Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos da administração 2013-
2015 pretende retomá-lo após a implantação de um adequado plano de comunicação entre a
prefeitura e a comunidade.

2Renda e Equidade
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, com base nos dados do Censo
Demográfico de 2010,

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a renda per capita média de Santa Bárbara cresceu 89,01% nas últimas duas décadas, passando de
R$283,50 em 1991 para R$384,91 em 2000 e R$535,84 em 2010. A taxa média anual de
crescimento foi de 35,77% no primeiro período e 39,21% no segundo. A extrema pobreza
(medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais
de agosto de 2010) passou de 15,79% em 1991 para 9,40% em 2000 e para 4,76% em 2010.

A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,53 em 1991 para 0,56 em 2000 e para 0,47
em 2010 (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada & Fundação João Pinheiro, 2013).

2Qualidade de Vida
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDH-M é uma adaptação do IDH, que foi
originalmente desenvolvido para a avaliação do desempenho dos países. Trata-se de um indicador de
metodologia amplamente aceita e uso generalizado na mensuração da qualidade de vida de
determinado município ou região.

O IDH-M de Santa Bárbara, de 0,707 em 2010, considerado como de alto desenvolvimento humano,
registrou crescimento de 63,66% entre 1991 e 2010. Esse índice encontra-se, ainda, um pouco distante
do patamar de muito alto desenvolvimento humano, o qual se insere no intervalo de 0,80 a 1,00.

O hiato de desenvolvimento humano, que corresponde à distância entre o IDH do município e o limite
máximo do IDH, ou seja, 1-IDH, reduziu-se em 48,42% neste período.

Em relação aos outros municípios do Estado, Santa Bárbara encontra-se no primeiro quartil em termos
de desenvolvimento humano, tendo em vista que ocupa a 188ª posição dentre os 853 municípios
mineiros e se encontra entre os 22,00% com maior IDH-M.

A Figura 8.5.10 apresenta a evolução do IDH total de Santa Bárbara e de seus componentes entre 1990
e 2010. Mostra ainda a evolução média dos municípios do estado de Minas Gerais.

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FIGURA 8.5.10 – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL – IDHM – SANTA BÁRBARA E MÉDIA DO
ESTADO – 1991-2010

0,9
0,816
0,8
0,731
0,7 0,707
0,679 0,676
0,642
0,6
0,573
0,5 0,478
IDHM

0,4 0,432
0,3
0,2 0,207

0,1

0
1991 2000 2010
Ano

IDHM ‐ SANTA BÁRBARA IDHM Educação ‐ SANTA BARBARA


IDHM Longevidade ‐ SANTA BÁRBARA IDHM Renda ‐ SANTA BÁRBARA
IDHM ‐ MINAS GERAIS
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada & Fundação João Pinheiro, 2013.

Observa-se, pela Figura 8.5.10 , comportamento semelhante entre o IDHM de Santa Bárbara e a média
dos municípios no estado, sendo que, em 2010, Santa Bárbara apresenta valor ligeiramente inferior.
Verifica-se ainda que o melhor indicador do IDH no município refere-se à longevidade (em 2010, a
esperança de vida ao nascer em Santa Bárbara era de 73,97 anos). O IDHM relacionado à educação
encontra-se ainda na categoria de médio desenvolvimento, embora tenha apresentado crescimento
relevante entre 2000 e 2010.

2 Índice FIRJAN de Desenvolvimento Social (IFDM)


O IFDM combina três dimensões de desenvolvimento: emprego e renda (formais), educação
(fundamental) e saúde (atendimento básico). É definido de forma que assume valores entre 0 e 1, de
modo que, quanto mais próximo de 1, maior é o grau de desenvolvimento municipal.

Os dados mais recentes disponíveis referem-se a 2010, quando o IFDM médio para o Brasil atingiu
0,79, variando de 0,36 (município de Tremedal, BA) até 0,94 (município de Indaiatuba, SP).

Os índices apurados para os municípios brasileiros concentraram-se na faixa de 0,6 a 0,8, chamada de
desenvolvimento “moderado”, que incluiu 59,0% dos municípios. No mesmo conjunto dos municípios
brasileiros, 37,0% tiveram IFDM entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento “regular” – enquanto 4,0%
alcançaram a classe de 0,8 a 1, que é definida como “alto” desenvolvimento. Por outro lado, apenas
0,4% dos municípios tiveram IFDM entre 0,3 e 0,4, sendo de “baixo” desenvolvimento.

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O índice apurado para o município de Santa Bárbara foi de 0,7039, que configura desenvolvimento
“moderado”, segundo as definições do IFDM - FIRJAN (índice na faixa de 0,6 a 0,8). Cabe dizer que o
município ocupa a 198ª posição no ranking dos 853 municípios mineiros e a 1.619ª posição no ranking
dos 5.507 municípios brasileiros.

1Dimensão Econômica
O município de Santa Bárbara registra como principais atividades econômicas a indústria extrativa
mineral, a silvicultura, a apicultura, o comércio e os serviços. Sua indústria mineradora historicamente
se destaca no contexto estadual, fato que se confirma pela posição do município entre os maiores
recebedores da Contribuição Financeira sobre Exploração Mineral (CFEM) no Estado Minas Gerais. Esse
estado ocupa, por sua vez, o primeiro lugar no ranking brasileiro de arrecadadores de CFEM. Em 2012,
Santa Bárbara apresentou a 13ª maior arrecadação de CFEM do estado de Minas Gerais. Já no
acumulado até maio de 2013, Santa Bárbara alcançou o 11ª entre os maiores arrecadadores do estado.

Pode-se afirmar, ainda, que as atividades do setor primário (agropecuária e silvicultura) geram pouco
valor adicionado, apesar da existência da tradição municipal na produção e comercialização do mel. Já
o setor de serviços possui uma participação superior à metade do valor adicionado total do município
de Santa Bárbara. No caso da indústria, sua participação depende do desempenho da extração
mineral, por sua vez correlacionada à conjuntura econômica internacional, o que pode provocar
grandes oscilações em sua fatia no Produto Interno Bruto -PIB, conforme se observa na Figura 8.5.11.

FIGURA 8.5.11 – VALOR ADICIONADO POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA - SANTA BÁRBARA/MG (2006-
2009) (EM MILHARES DE R$ CORRENTES)

300000
Valor Adicionado (em milhares de reais correntes)

250000

200000 150.775

150000
123.042
104796
109.092 124.998
100000

111.360
50000
64198 50.954 61.197
41.872
5871 6.599 6.712 5.751 7.853
0
2006 2007 2008 2009 2010

agropecuária indústria serviços

Fonte: IBGE e Fundação João Pinheiro (FJP), 2013.

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A Figura 8.5.12 exibe o recolhimento de CFEM no município de Santa Bárbara, sendo o volume
monetário da compensação um importante termômetro do nível de atividade econômica da indústria
extrativa mineral. Por ela, percebe-se a grande queda verificada durante a crise econômica
internacional de 2008/2009, a rápida recuperação em 2010 e 2011 e estagnação no último ano da
série. Já a Figura 8.5.13 apresenta a oscilação de PIB por habitante em Santa Bárbara, que não
apresenta a mesma tendência de crescimento observada no âmbito estadual. Percebe-se a ampliação
do hiato entre o PIB per capita estadual e o do município nos anos recentes.

FIGURA 8.5.12 - ARRECADAÇÃO MUNICIPAL DA CFEM FIGURA 8.5.13 - PIB POR HABITANTE - SANTA BÁRBARA
- SANTA BÁRBARA/MG (2008-2012) – R$ MIL E MINAS GERAIS (2004-2010) – R$MIL

15000 22
Milhares de R$

Milhares de R$
17
10000
12
5000
7
Santa
0 2 Bárbara
2008 2009 2010 2011 2012 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Dados do DNPM (CFEM) e da Fundação João Pinheiro (PIB), 2013.

Com uma Receita Orçamentária de cerca de R$52,2 milhões em 2011 (Quadro 8.5.12) vê-se que a
CFEM tem uma grande importância para as finanças públicas municipais de Santa Bárbara, tendo
representado 16,79% dos recursos disponíveis para a Prefeitura Municipal naquele ano. Cabe ressaltar
também a importância das transferências governamentais para o município. Somadas todas as
transferências elas chegaram a 64,29% da arrecadação do município em 2011.

QUADRO 8.5.12– RECEITAS NÃO FINANCEIRAS DO MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA/MG (2010) (EM R$
CORRENTES)

2011
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
R$ %
IPTU 577.054 1,10%
ISS 5.144.105 9,84%
Receita de Arrecadação Própria IRRF 457.541 0,88%
ITBI 273.771 0,52%
Taxas 237.826 0,46%
Transferências FPM 13.572.777 25,97%
federais SUS 2.318.638 4,44%
Transferências Governamentais Transferências ICMS 8.562.221 16,38%
estaduais IPVA 1.349.395 2,58%
Transf.
FUNDEB 7.795.660 14,92%
Multigov.

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Continuação do Quadro 8.5.12


2011
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
R$ %
Receitas de capital 1.600.472 3,06%
CFEM 8.774.851 16,79%
Outros 6.458.192 12,36%
Deduções da Receita Corrente -4.864.905 -9,31%
Total 52.257.598 100,00%

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional, 2012.


Nota: 1. O FUNDEB foi criado em 2006 em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF, que vigorou de 1998 a 2006. Todo o recurso do FUNDEB é redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica.

O Quadro 8.5.13 ilustra a intensidade da atividade mineradora no município, onde existem centenas
de processos minerários registrados pelo DNPM. Já o Quadro 8.5.14 exibe os valores arrecadados com
a CFEM em 2012, segundo a substância extraída dentro dos limites territoriais de Santa Bárbara.
Observa-se que, apesar do crescimento da extração de ouro, o minério de ferro continua se
apresentando como a substância que mais gera divisas. Em 2012, de acordo com o DNPM, o minério
de ferro representou 74,13% do valor da arrecadação do CFEM em Santa Bárbara, enquanto o minério
de ouro atingiu 23,62%.

QUADRO 8.5.13 - NÚMERO DE PROCESSOS DE MINERAÇÃO POR FASE DO PROCESSO – 2011

NÚMERO DE PROCESSOS
FASE DO PROCESSO
ABSOLUTO %
Arrendamento parcial 1 0,09
Autorização de pesquisa 1.081 96,35
Cessão parcial 4 0,36
Disponibilidade de pesquisa 13 1,16
Grupamento mineiro 6 0,53
Mudança de regime para aut. De pesquisa 1 0,09
Registro de licença 16 1,43
Total 1.122 100

Fonte: Departamento de Produção Mineral - DNPM, 2011.

QUADRO 8.5.14- ARRECADAÇÃO DE CFEM, POR SUBSTÂNCIA, DO MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA – 2012

SUBSTÂNCIA R$ %
Minério de Ferro 10.156.460,84 74,13
Minério de Ouro 3.236.354,42 23,62
Gnaisse 300.515,44 2,19
Areia 7.009,22 0,05
Total 13.700.927,96 100
Fonte: Departamento de Produção Mineral - DNPM, 2013.

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As principais empresas que atuam no município são a Vale, AngloGold Ashanti, MSOL, Cenibra, além
da Pedreira Um Valemix (que atua em João Monlevade e Catas Altas). Já o SEBRAE, em conjunto com a
Associação Comercial de Santa Bárbara e Prefeitura Municipal, é parceiro mantenedor da Associação
de Desenvolvimento Econômico e Social de Santa Bárbara (ADESB).

Um dos principais objetivos da ADESB é capacitar profissionalmente e promover socialmente os


produtores e trabalhadores da área rural. Em média, são ministrados pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR) dois cursos mensais, voltados para o ensino de técnicas de agricultura
familiar em bases agroecológicas. A ADESB desenvolve ainda ações que incentivam o cooperativismo
e o associativismo, tendo auxiliado na reestruturação da Cooperativa dos Produtores de Mel e
Derivados de Santa Bárbara. A criação de novas empresas e o apoio institucional às já existentes é
outra prioridade.

A ADESB apoia a realização de seminários, congressos, oficinas, cursos e debates e a identificação e


atração de novos investimentos e a promoção de oportunidades de negócios. A associação faz parte
do “Grupo Líder Entre Serras da Piedade ao Caraça”, que reúne liderança dos municípios de Santa
Bárbara, Barão de Cocais, Catas Altas e Caeté com o objetivo de traçar um plano de desenvolvimento
regional sustentável no longo prazo (2012-2032).

Os projetos mais recentes conduzidos pela ADESB, além dos mencionados, dizem respeito à criação
de uma identidade para o artesanato de Santa Bárbara, com foco em peças de cerâmica, e a
implantação no município de um roteiro gastronômico com produtos de mel e outras tradições.
Pretende-se ainda sistematizar de um banco de dados que fique à disposição dos empreendedores e
cidadãos locais.

1Dimensão Ambiental
A região onde se insere o município de Santa Bárbara apresenta um longo histórico de ocupação, o
que, sem dúvida, implica em uma paisagem natural bastante antropizada. Observa-se, na atualidade, a
presença de empresas mineradoras de grande porte o que implica em impactos intrínsecos ao setor.
Contudo, nota-se nos últimos anos no Brasil uma significativa melhoria institucional no que tange à
questão ambiental, resultando em avanços no processo de inserção de novas atividades no meio
ambiente.

Santa Bárbara conta com uma Secretaria Municipal que trata do meio ambiente juntamente com os
Serviços Urbanos, o que denota a importância que essas questões combinadas possuem para a
realidade local. Para subsidiar as atividades da Secretaria e as demais questões relacionadas ao meio
ambiente no município, destaca-se a existência do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente -
CODEMA.

O Conselho Municipal de Meio Ambiente é consultivo e deliberativo, sendo composto por 12


membros e tendo caráter paritário. A Secretaria foi estruturada em 2006. Anteriormente ela
encontrava-se vinculada à Secretaria Municipal de Obras. Como não existe legislação ambiental
específica no município, a atuação da Secretaria de Meio Ambiente baliza-se pela Deliberação
Normativa - DN 74/04 do Conselho Estadual de Meio Ambiente - COPAM. Empreendimentos de
pequeno porte são licenciados por esta secretaria.

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De acordo com a avaliação da atual titular da pasta de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, em
entrevista realizada em julho de 2013, os principais problemas ambientais aos quais está submetido o
território municipal de Santa Bárbara se relacionam à atividade extrativa mineral, em especial aqueles
ligados ao uso da água na mineração e à atração de expressivos contingentes populacionais durante a
implantação dos projetos minerais de maior porte na região onde o município se insere.

Uma das prioridades da secretaria é a obtenção de Licença de Operação do aterro sanitário


implantado com apoio da AngloGold Ashanti, mas que opera de forma ainda irregular.

Outro projeto implementado com o apoio da AngloGold Ashanti foi o Parque Recanto Verde, que é,
atualmente, uma referência em termos de lazer e meio ambiente para a sede urbana (Foto 8.5.4). No
que diz respeito à existência de Unidades de Conservação e elementos do patrimônio natural cabe
destacar: Reserva Ecológica de Peti, Serra do Espinhaço, Serra do Caraça, rio Caraça, rio Conceição, rio
Santa Bárbara, rio Maquiné, Cachoeira do Capivari e Cachoeira do Gambá (ambas no distrito de
Conceição do Rio Acima) e as Corredeiras do rio Conceição.

Foto: Diego Castro

FOTO 8.5.4 Parque Recanto Verde.

No Quadro 8.5.15, a seguir, são apresentadas as principais características das ações institucionais em
termos ambientais.

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QUADRO 8.5.15- SÍNTESE DE INDICADORES QUALITATIVOS DO MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA/MG – 2009

MEIO AMBIENTE
Secretaria Municipal de Meio
Sim Agenda 21 local Não
Ambiente
Trata exclusivamente de Meio Possui legislação específica para a
Não Sim
Ambiente questão ambiental?
Possui CODEMA Sim Unidades de Conservação municipal Sim
Ações Ambientais de âmbito municipal desenvolvidas
Fiscalização/Controle atividades extrativas Ampliação e/ou melhoria da rede de esgoto sanitário
Fiscalização e controle contaminação oriunda criação
Fiscalização de postos de gasolina
de animais
Fiscalização e ou controle de garimpo Criação e/ou gestão de Unidade de Conservação
Fiscalização em áreas protegidas e combate às
Criação e/ou gestão de jardim Botânico
atividades ilegais
Recomposição de vegetação nativa Programa de Educação ambiental
Fonte: Perfil dos municípios brasileiros (IBGE, 2011).

1Dimensão Cultural
O município, cuja origem remonta os primórdios da colonização mineira, Santa Bárbara conta com
inúmeros bens tombados tanto nas esferas federal, estadual e municipal.

2Esfera federal
 Casa no Largo do Rosário, onde funciona atualmente a Casa de Cultura de Santa Bárbara;

 Igreja de Santo Amaro (Distrito de Brumal);

 Igreja Matriz de Santo Antônio do Ribeirão de Santa Bárbara.

2Esfera estadual
 Igreja Capela do Senhor do Bonfim;

 Casa do Largo do Rosário - Casa de Cultura;

 Centro Histórico compreendendo Sede, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Capela da


Arquiconfraria do Cordão de São Francisco, Capela do Bonfim, Igreja de Nossa Senhora das Mercês;

 Centro Histórico do Distrito de Brumal;

 Igreja Nossa Senhora do Rosário;

 Igreja Nossa Senhora das Mercês;

 Ruínas de Pedra do Hospital Velho;

 Igreja Capela da Arquiconfraria do Cordão de São Francisco.

2Esfera municipal
 Capela do Cemitério;

 Casa da Rua Tenente Carlos nº 112;

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 Chafariz do Lago de Brumal;

 Cine Vitória;

 Conjunto Natural, Paisagístico e Arqueológico do Barro Branco;

 Conjunto Natural, Paisagístico e Paleontológico da Bacia do Gandarela;

 Escola Nossa Senhora do Sagrado Coração;

 Parque Municipal Recanto Verde;

 Praça Cleves de Faria;

 Praça Leste Minas;

 Prédio do Antigo Patronato de Afonso Pena;

 Conjunto Ferroviário de Santa Bárbara;

 Prefeitura Municipal;

 Ruínas do Capivari;

 Capela Nossa Senhora do Bom Despacho.

No município há a realização de diversas festividades tradicionais. Não obstante, pode-se dizer que o
principal destaque fica por conta da Cavalhada, festa de cunho religioso que ocorre anualmente, todo
primeiro domingo do mês de julho, na sede do distrito de Brumal.

8.5.1.3. Caracterização Socioeconômica – Distrito de Brumal (Município de Santa Bárbara)


(Área de Influência Direta)
1Identificação
Brumal é um distrito do município de Santa Bárbara situado no entroncamento da rodovia MG-262
(trecho Barão de Cocais / Santa Bárbara) com a estrada do Caraça, distante cerca de 9km da portaria da
Mina Córrego do Sítio I , de propriedade da AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração S/A (Foto
8.5.5).

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Foto: Carolina Nogueira


FOTO 8.5.5 Vista da principal praça do distrito de Brumal.

1Memória do Processo de Ocupação


O distrito de Brumal tem suas origens vinculadas ao início da colonização da região, quando se
descobriu ouro na Serra do Caraça. Primeiramente denominado Brumado, o povoado prosperou
durante os primeiros tempos de exploração do ouro, tendo nesse período sido erguida a Igreja Matriz
de Santo Amaro, de grande beleza. No entanto, com a decadência do ouro, a sua população passou a
viver da exploração de agricultura e pecuária familiar, voltada principalmente para a subsistência.

Em 24 de dezembro de 1874, através da Lei n.º 556, Brumado foi elevado à categoria de freguesia.
Distrito antigo, em 1911, perdeu esta condição para retomá-la em 1918. Teve a sua denominação
alterada para Barra Feliz em 1923, nome atual de um distrito próximo, e retomou o nome de Brumado
quatro anos depois. Somente em 31 de dezembro de 1948, através do Decreto-Lei n.º 1058, recebeu a
atual denominação de Brumal.

1Demografia
Os resultados do Censo Demográfico 2010 indicam a existência de 1.114 moradores no núcleo urbano
do distrito de Brumal, pertencente ao município de Santa Bárbara. Foram contabilizados 308
domicílios particulares permanentes ocupados.
QUADRO 8.5.16 - NÚMERO DE MORADORES POR FAIXA ETÁRIA E SEXO – DISTRITO DE BRUMAL, 2010

SEXO
FAIXA ETÁRIA
HOMEM MULHER
0 a 4 anos 37 28
5 a 9 anos 30 49
10 a 14 anos 41 53
15 a 19 anos 65 50
20 a 24 anos 55 59
25 a 29 anos 55 47

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Continuação do Quadro 8.5.16


SEXO
FAIXA ETÁRIA
HOMEM MULHER
30 a 39 anos 74 73
40 a 49 anos 81 80
50 a 59 anos 54 66
60 anos ou mais 50 67
Total 542 572
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010 (setor censitário 315720315000001).

Pelo quadro acima, percebe-se que a superioridade do número de mulheres em relação ao de homens
se dá nas faixas etárias acima de 50 anos.

1Atuação do poder público


2Atendimento de Saúde
A região é atendida pelo Programa de Saúde da Família (PSF) Brumal, cuja sede se encontra na zona
urbana do distrito de Brumal. A vila de Brumal é coberta por duas microáreas (06 e 07) específicas
desse PSF, que também atende às seguintes localidades: Conceição do Rio Acima, Galego e André do
Mato Dentro (microárea 01); Barra Feliz (microáreas 02 e 03); Cubas (microárea 04) e Sumidouro e
Morro de Santana (microárea 05).
A equipe do PSF Brumal é composta por um médico generalista, uma enfermeira supervisora, um
dentista, uma auxiliar de dentista, cinco auxiliares de enfermagem e sete agentes de saúde, sendo que
desses últimos, há um profissional para cada microárea. Das cinco auxiliares de enfermagem, três
atuam em Brumal, uma em Sumidouro e outra em Barra Feliz, sendo que Cubas e Conceição do Rio
Acima não contam com auxiliar de enfermagem permanente.
O atendimento dentário ocorre de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e da tarde. Já o
atendimento médico tem sido realizado, em Brumal, apenas uma vez por semana, às segundas-feiras
no período da manhã.
A unidade de referência em Brumal funciona de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e tarde,
sendo que as auxiliares de enfermagem ficam à disposição da população para o atendimento básico
em termos de realização e troca de curativos, aferição de pressão arterial, distribuição de
medicamentos (com receita) etc.
Dentre as “doenças referidas” (aquelas que são objeto de estatísticas pelo PSF), predomina a
hipertensão arterial, além de diabetes, alcoolismo, deficiência física e epilepsia.

2Atendimento de Educação
Na sede de Brumal existem dois estabelecimentos escolares, sendo um municipal e outro estadual.
Ambos funcionam no mesmo espaço físico, localizado na Praça Santo Amaro, na área central da sede
distrital. O imóvel é de propriedade da Prefeitura Municipal que o cede no período matutino e
noturno para o funcionamento da escola estadual.
Segundo informações de 2011, a Escola Municipal Cecília Álvares Duarte atende alunos de educação
básica e ensino fundamental do 1º ao 5º ano, tendo contado, respectivamente, com 33 e 86 alunos
matriculados em 2011, segundo o INEP.

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Para a Escola Estadual José Álvares Duarte, o INEP informa que a mesma encontra-se paralisada,
embora isso não tenha sido constatado quando da realização da pesquisa de campo em 2012.
Segundo dados coletados com representantes da Associação Comunitária de Brumal, são ofertados os
anos finais do ensino fundamental e o ensino médio no referido estabelecimento de ensino,
atendendo plenamente a demanda tanto de Brumal como do subdistrito de Sumidouro.

Para alunos matriculados em cursos técnicos é disponibilizado transporte gratuito pela prefeitura
municipal.

2Infraestrutura básica (água, saneamento básico, energia elétrica, iluminação pública)


3Saneamento Básico
4Água
A Prefeitura Municipal de Santa Bárbara oferece um sistema de distribuição de água encanada aos
domicílios do distrito de Brumal. A água é captada no rio Caraça, próximo ao ponto onde se coleta a
água que abastece a sede municipal. De acordo com dados do Censo 2010, 294 (95,45%) dos
domicílios particulares permanentes eram abastecidos pela rede de distribuição, enquanto que 12
(3,90%) eram abastecidos por poço ou nascente.

Representantes da associação comunitária local afirmaram que os filtros de barro estão disseminados
por praticamente todos os domicílios, mas se queixam do tratamento pelo qual é submetida a água
que recebem, de qualidade inferior àquele aplicado à água distribuída pela COPASA na sede urbana
de Santa Bárbara.

4Esgoto
Embora não exista sistema de tratamento do esgoto sanitário, esse era coletado por rede de esgoto
em 260 dos domicílios (84,42%) e lançado no rio Caraça, a jusante da captação de água. Havia, ainda,
14 domicílios utilizando-se de fossa rudimentar (4,55%), quatro dotados de fossa séptica (1,30%) e 30
que despejavam esgoto diretamente no rio (9,74%) (IBGE, 2010).

4Coleta de Lixo
O serviço de coleta de lixo atendia a 285 domicílios (92,53%), ao passo que em 22 deles (7,14%) o lixo
era queimado ou enterrado (IBGE, 2010). Caminhões compactadores visitam Brumal às terças e sextas-
feiras para realizarem a coleta de lixo.

3Energia Elétrica
Segundo informações do IBGE (2010), em 306 dos 308 domicílios particulares permanentes,
encontrava-se disponível a rede de energia elétrica (99,35%). A leitura dos medidores de consumo é
feita mensalmente por técnicos da CEMIG.

1Atividades Produtivas e Características Econômicas


Em Brumal identificam-se atividades comerciais de pequeno porte, além de serviços especializados,
como restaurantes e opções de hospedagem. A população do distrito conta com o movimento de
turistas que se destinam ao Santuário do Caraça, o que também contribui para a geração de renda
local.

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Os maiores empregadores de mão de obra local são a Prefeitura Municipal, a AngloGold Ashanti, a
Vale e a Jaguar Mining (antiga MSOL), além das prestadoras de serviço para as mineradoras.

1Manifestações Culturais
O distrito de Brumal é conhecido pelas suas festividades, sobretudo pela Cavalhada, que é realizada
anualmente. Trata-se de uma encenação sobre a guerra entre mouros e cristãos que ocorrera na idade
média. Homens fantasiados de cavalheiros sobre cavalos ornamentados simulam duelos, enfeitados
com cores específicas de cada lado do combate, que ocorre na praça ao lado da Igreja de Santo
Amaro.

Em função do patrimônio histórico relativamente preservado, o Núcleo Histórico da vila de Brumal foi
tombado pelo Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural, através do Decreto municipal
nº 1780 de 14/2009, sendo que 56 bens fazem parte deste núcleo e foram incluídos no tombamento.

8.5.2.4. Caracterização Socioeconômica – Subdistrito de Sumidouro (Área de Influência Direta)


1Demografia
O subdistrito de Sumidouro pertence ao distrito de Brumal, município de Santa Bárbara (Foto8.5.6). De
acordo com a Censo Demográfico de 2010, ele está majoritariamente inserido no setor censitário
315720315000002. Embora parte dos moradores de Sumidouro se localizem também no setor
censitário 315720315000003, como sua extensão territorial extrapola largamente os limites do
subdistrito, torna-se mais conveniente a análise apenas do setor censitário 315720315000002,
conforme feito nos tópicos a seguir.

Foto: Isabela Welter

FOTO 8.5.6 Aspecto do subdistrito do Sumidouro.

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Segundo dados censitários, o setor censitário 315720315000002 possuía 290 moradores em 2010. O
presidente da associação comunitária local afirmou, entretanto, existirem, ao todo, 146 casas e
aproximadamente 415 moradores em Sumidouro.
QUADRO 8.5.17 - NÚMERO DE MORADORES POR FAIXA ETÁRIA E SEXO – 2010 – SUBDISTRITO DE SUMIDOURO
(SETOR CENSITÁRIO 315720315000002)

SEXO
FAIXA ETÁRIA
MASCULINO FEMININO
0 a 4 anos 10 9
5 a 9 anos 4 12
10 a 14 anos 8 10
15 a 19 anos 12 10
20 a 24 anos 16 13
25 a 29 anos 8 13
30 a 39 anos 30 28
40 a 49 anos 31 25
50 a 59 anos 15 15
60 anos ou mais 8 13
TOTAL 142 148
Fonte: Censo Demográfico 2010 (IBGE, 2012).

1Atuação do poder público


2Atendimento de Saúde
A unidade de referência em Sumidouro funciona de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e
tarde, nos quais as auxiliares de enfermagem ficam à disposição da população para o atendimento
básico em termos de realização e troca de curativos, aferição de pressão arterial, distribuição de
medicamentos (com receita) etc. Já o atendimento médico tem sido realizado em Sumidouro uma vez
por semana. Para o atendimento dentário, os moradores dirigirem-se à vila sede do distrito de Brumal,
onde ocorre de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e da tarde. Ambulâncias oriundas de
Santa Bárbara e, em casos mais específicos, de Itabira, realizam o atendimentos de urgência no
subdistrito, encaminhando as vítimas para as referidas cidades ou até para Belo Horizonte (Anglo Gold
Ashanti & sete, 20012).

Dentre as “doenças referidas” (aquelas que são objeto de estatísticas pelo PSF), predomina a
hipertensão arterial.

2Atendimento de Educação
Em Sumidouro funciona a Escola Municipal João Lopes de Faria, que oferece pré-escola e ensino
fundamental “anos iniciais”. Em 2011, foram registradas 15 matrículas na primeira modalidade e 39 na
segunda (INEP, 2012). Há também aulas de inclusão digital e reforço escolar de português e
matemática. Alunos do ensino fundamental “anos finais” e do ensino médio se dirigem a Brumal,
tendo à disposição transporte escolar fornecido pela Prefeitura de Santa Bárbara. Também há
transporte gratuito para alunos matriculados em cursos técnicos ofertados na sede urbana de Santa
Bárbara.

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2Infraestrutura básica (água, saneamento básico, energia elétrica, iluminação pública)


3Saneamento Básico do Subdistrito de Sumidouro
4Água
A Prefeitura Municipal de Santa Bárbara oferece um sistema de distribuição de água encanada aos
domicílios de Sumidouro, cuja água é captada nas fontes do “Beco” e do “Condomínio”, localizadas
nas cercanias. O presidente da associação comunitária afirma que a água é distribuída gratuitamente a
todos os domicílios e que a mineradora AngloGold Ashanti faz análises mensais para controlar a sua
qualidade.

4Esgoto
Embora não exista sistema de tratamento do esgoto sanitário, este é coletado por rede de esgoto e
lançado no rio Caraça, a coleta atende a 80 domicílios do setor censitário (100%) (IBGE, 2010).

4Coleta de Lixo
O serviço de coleta de lixo atende a todos os 80 domicílios do setor censitário. Caminhões
compactadores visitam Sumidouro às terças e sextas-feiras para realizar a coleta (IBGE, 2010).

3Energia Elétrica
Em 2010, 100% dos domicílios do setor censitário recebiam energia elétrica (IBGE, 2010). Em pesquisa
local, o presidente da associação comunitária afirma que todos os domicílios de Sumidouro contam
com o serviço e que as medições de consumo são realizadas mensalmente pela CEMIG.

1Atividades Produtivas e Características Econômicas


No setor de serviços de Sumidouro existem duas pousadas, dois bares, um pesque e pague e uma
mercearia. Basicamente, os moradores em idade ativa são empregados por: AngloGold Ashanti,
Jaguar Mining (MSOL), Prefeitura Municipal, Complexo do Caraça, carvoarias e fazendas de eucalipto e
produtores de mel e doces.

1Manifestações Culturais
Segundo dados coletados em Sumidouro, os moradores locais têm aptidão pelo teatro e há, com
frequência, apresentações teatrais.

8.5.1.5. Caracterização Socioeconômica – Povoados de São Gonçalo do Rio Acima e de Campo


Grande (Município de Barão de Cocais) (Área de Influencia Direta)
1Identificação
São Gonçalo do Rio Acima e Campo Grande estão separados por cerca de 2 km de estrada de terra que
margeia o rio Conceição (Fotos 8.5.7 e 8.5.8). Campo Grande, apesar da referida separação física, faz
parte de São Gonçalo, que é considerado um povoado do município de Barão de Cocais. Encontram-
se nas cercanias da Mina Córrego do Sítio I, de propriedade da Anglogold Ashanti Córrego do Sítio
Mineração S/A, apesar de essa estar localizada no município de Santa Bárbara, ou seja, na margem
oposta do rio Conceição.

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Foto: Carolina Nogueira


Foto 8.5.7 Aspecto do Povoado de São Gonçalo do Rio Acima.

Foto: Carolina Nogueira

Foto 8.5.8 Vista do Povoado de Campo Grande, com cruzeiro da capela de Nossa
Senhora da Conceição em primeiro plano

1Demografia
O povoado de São Gonçalo, segundo representante da Associação Comunitária de São Gonçalo do Rio
Acima e Adjacências, possui 64 casas e pouco mais de 200 moradores. Já Campo Grande, de acordo
com a liderança comunitária local, possui aproximadamente 20 casas e 65 moradores. Ambos estão
inseridos no setor censitário 310540005000024, cujos limites territoriais são muito superiores à área
das duas comunidades. Esse setor, segundo o Censo Demográfico 2010, apresentou uma população
de 611 pessoas em 173 domicílios particulares permanentes ocupados (Anglo Gold Ashanti & Sete,
2012).

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1Atuação do poder público


2Atendimento de Saúde
Existe um posto de saúde localizado em São Gonçalo que atende as duas comunidades. Possui duas
enfermeiras e recebe a visita de um médico às quintas-feiras. Os moradores de Campo Grande
sentem-se prejudicados pelo fato de o médico atender a apenas 15 pacientes por visita. Como os
habitantes de Campo Grande precisam percorrer a distância entre as duas localidades, têm
dificuldade em garantir a sua posição na fila, muitas vezes totalmente ocupada por moradores de São
Gonçalo do Rio Acima.

2Atendimento de Educação
Em São Gonçalo do Rio Acima está localizada a Escola Municipal Capitão Soares. Segundo as
lideranças locais, ela oferece os ensinos pré-escolar e fundamental “anos iniciais”. Entretanto, o INEP
registrou apenas 33 matrículas no ensino fundamental em 2011 (INEP, 2012). Para alunos dos ensinos
fundamental “anos finais”, médio e técnico, a Prefeitura Municipal disponibiliza transporte gratuito
para a sede de Barão de Cocais. A prefeitura daquele município também oferecem transporte para
alunos de curso superiores, inclusive para municípios vizinhos, como Itabira e João Monlevade.

2Infraestrutura básica (água, saneamento básico, energia elétrica, iluminação pública)


3Saneamento Básico
4Água
Em 2010, curiosamente, no setor censitário 310540005000024, o abastecimento de água dos
domicílios era dividido de maneira praticamente equitativa entre “rede geral”, “poço ou nascente” e
“outra forma”: 33,53%, 34,10% e 32,37%, respectivamente (IBGE, 2010). Nas entrevistas realizadas com
os líderes comunitários locais, verificou-se que em São Gonçalo do Rio Acima a água é retirada de uma
nascente inserida numa propriedade da Vale S. A. e depositada em uma caixa d’água construída pela
prefeitura municipal, de onde é distribuída sem tratamento. Em Campo Grande, a água vem de quatro
diferentes nascentes e também é distribuída sem qualquer tipo de tratamento. Apesar disso, os
moradores de ambas as comunidades elogiam sua qualidade e afirmam não sofrerem de doenças
causadas por consumo de água de má qualidade. Em São Gonçalo do Rio Acima, segundo seu
representante, os moradores realizam exames de fezes anualmente para detecção de verminoses e
jamais apresentam contaminação.

4Esgoto
No setor censitário 310540005000024, em 2010, 25,44% dos domicílios eram atendidos por rede geral
de esgoto, 46,24% utilizavam fossa rudimentar, 1,74% lançavam detritos em valas e 26,01% em cursos
d’água (IBGE, 2010). Em São Gonçalo do Rio Acima e Campo Grande, os líderes comunitários
afirmaram que todos os domicílios utilizam-se de fossas rudimentares.

4Coleta de Lixo
Os líderes comunitários de São Gonçalo do rio Acima e Campo Grande disseram que os rejeitos são
recolhidos às sextas-feiras por caminhão da Prefeitura Municipal de Barão de Cocais.

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3Energia Elétrica
O Censo 2010 (IBGE, 2010) constatou que 99,42% dos domicílios do setor censitário 310540005000024
estavam ligados à rede de energia elétrica. Os líderes comunitários de São Gonçalo do Rio Acima e
Campo Grande afirmaram que todas as casas recebem energia da CEMIG e as leituras são realizadas a
cada três meses por funcionários da empresa.

1Atividades Produtivas e Características Econômicas


Em São Gonçalo do Rio Acima/Campo Grande existem apenas três bares. A maioria dos trabalhadores
locais se emprega na prefeitura municipal, na AngloGold Ashanti, em prestadoras de serviço dessa
companhia, na empresa de óleo de candeia Citróleo e em atividades agrárias temporárias.

1Manifestações Culturais
A atividade cultural local restringe-se a eventos religiosos, principalmente da igreja católica.

8.5.2. Patrimônio Cultural


Entende-se por Patrimônio Cultural aqueles elementos cuja beleza cênica ou disponibilidade de uso
contribuam para as atividades de lazer e turismo, cultos religiosos, festividades, visitação turística, e
sítios arqueológicos históricos ou pré-históricos e edificações de valor histórico e arquitetônico. E
ainda as áreas, tais como cavernas, picos, cachoeiras, sítios paleontológicos e/ou arqueológicos e
outros de possível interesse para pesquisas científicas ou preservação.

Em cumprimento a legislação federal que regulamenta a pesquisa arqueológica no Brasil, mais


especificamente a Lei Federal 3.924/1961 e as Portarias SPHAN No 07/1988 e IPHAN No230/2002, foi
realizada a abertura do processo junto ao IPHAN para o diagnóstico e prospecção arqueológica do
projeto de Expansão da Pilha de Estéril de Crista, Processo Administrativo no 01514.003764/2013-52,
(vide Anexo 08).

Destaca-se que no Cadastro Nacional dos Bens Arqueológicos (CNBA) do IPHAN não identifica
nenhum registro em todo o município de Santa Bárbara.

Vale lembrar que foram realizados na propriedade Fazenda Cristina, local de inserção da Mina Córrego
do Sítio I, diversos estudos arqueológicos interventivos para o licenciamento ambiental de outros
porjetos(Mina Subterranea, Pilha de Rejeito Rosalino, projeto João Burro) e em nenhum destes foi
identificado resquícios arqueológicos.

De forma preventiva e a garantia que qualquer vestígio arqueológico não seja afetado será mantido o
Programa de Educação Patrimonial já em execução na Mina Córrego do Sítio I durante as obras de
implantação da pilha.

Também foi realizado através do Processo Administrativo no 01514.003840/2013-20, o pedido de


anuência junto ao IPHAN para a elaboração do Diagnóstico do Patromônio Imaterial em função do
cumprimento do disposto no Termo de Referência para Patrimônio Cultural – IPHAN 13ª SR/MG, de
março de 2011. Destaca-se que tanto as áreas de influência do patrimônio material quanto do
patrimônio imaterial coincidem com as mesmas áreas executadas para o Projeto João Burro, também
localizado na Mina Córrego do Sítio I. Desta forma, o diagnóstico realizado nestas áreas no período de
encontram-se inseridos no Anexo 09.

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Para o empreendimento Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista aguarda-se as emissões das referidas
anuências do IPHAN para o desenvolvimentos dos diagnósticos conforme descrito nos projetos
inseridos no Anexo 08 e posterior protocolo dos mesmos junto à este órgão ambiental.

9. ANÁLISE INTEGRADA
A Mina Córrego do Sítio I está localizada no município de Santa Bárbara/MG, distante cerca de 110km
de Belo Horizonte, e corresponde a um conjunto de cavas a céu aberto e uma planta de
beneficiamento de minério de ouro oxidado, além de uma mina subterrânea de minério de ouro.

O objeto deste estudo ambiental corresponde à Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista e de seu novo
dique de contenção de finos. Atualmente a Pilha de Crista se encontra com sua capacidade de
armazenamento esgotada.

A Mina Córrego do Sítio I está inserida em um divisor de águas das bacias do rio Conceição e córrego
do Sítio, ambos pertencentes à bacia estadual do rio Piracicaba, tributário de segunda ordem da
margem esquerda do rio Doce (bacia federal), em uma região com relevo montanhoso e vertentes
íngremes. A área de Ampliação da Pilha de Crista pertence à bacia do rio Conceição, na microbacia do
córrego Crista.

O empreendimento situa-se na porção do extremo leste do Quadrilátero Ferrífero, onde afloram as


rochas do embasamento granito-gnáissico do Complexo Santa Bárbara em uma faixa de direção
norte-sul, além de litologias pertencentes ao Supergrupo Rio das Velhas (grupos Quebra Osso e Nova
Lima) e ao Grupo Maquiné. A Mina Córrego do Sítio I está posicionada no flanco sudeste do Anticlinal
Conceição, em uma área de domínio do Supergrupo Rio das Velhas, mais especificamente na Unidade
Córrego do Sítio, pertencente ao Grupo Nova Lima. Destacam-se filitos, rochas metaultramáficas,
formações ferríferas bandadas, veios de quartzo e diques metabásicos.

O município de Santa Bárbara, definido com área de influência do projeto, teve seus processos de
ocupação e estruturação econômica relacionados aos primórdios da exploração do ouro em Minas
Gerais no século XVIII. As atividades minerárias de exploração de ouro e de ferro seguiram como
fundamentais para a economia, estendendo-se até a atualidade. A atividade agropecuária, porém,
sempre se mostrou em posição secundária, pois a dinâmica de evolução da paisagem não favoreceu o
desenvolvimento de solos profundos. A mineração é, portanto, a atividade de maior peso e contribui
fortemente para a geração de emprego e renda na região.

A paisagem regional é marcada pela transição entre os domínios Mata Atlântica e Cerrado, o que
propicia uma alta diversidade biológica. A distribuição dos ecossistemas reflete as características do
clima e do relevo regionais. O clima é típico de regiões interioranas mais elevadas, com duas estações
bem definidas: no verão é chuvoso e o inverno é seco, o que favorece a ocorrência das florestas
estacionais. O relevo é montanhoso com declividade acentuada que, junto da considerável amplitude
altimétrica, corrobora a existência de drenagens com matas ciliares em fundo de vale que se
interligam formando corredores de mata nativa, permitindo a manutenção da riqueza de espécies da
flora e da fauna.

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Amparada pelas formações florestais, é notável a diversidade da fauna na região.

É importante salientar a existência de remanescentes importantes de vegetação nativa, como é o caso


da RPPN do Caraça que, associada a um patrimônio histórico relevante, destaca-se no contexto
estadual.

Dada a relevância dos remanescentes para a conservação da biodiversidade, parte do território do


município de Santa Bárbara integra a APA Sul, unidade de conservação que abrange boa parte do
chamado Quadrilátero Ferrífero, incluindo faixas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a região
de maior concentração populacional e econômica do estado de Minas Gerais. Cabe ressaltar que o
empreendimento em questão encontra-se dentro dos limites da APA Sul.

A presença de minerações, base de sustentação da economia regional, promove intervenções na


paisagem com impactos ambientais inerentes. No entanto, a dinâmica do processo de expansão da
atividade minerária tem propiciado a adoção de medidas de controle ambiental, gerando, inclusive,
condições de preservação de áreas remanescentes de vegetação nativa.

Em período mais recente a expansão da atividade do turismo, ancorada no patrimônio paisagístico e


histórico da região, vem mostrando bom potencial para a diversificação econômica do município de
Santa Bárbara.

As formações florestais da ADA estão inseridas em uma paisagem alterada por atividades antrópicas.
A atividade minerária, a criação de áreas de pastagem, a retirada seletiva de madeira e o
carvoejamento, além da própria implantação e operação da Mina Córrego do Sítio I, resultaram na
atual configuração da paisagem.

Os trechos florestais são os ambientes mais relevantes para a conservação da fauna local,
apresentando uma grande riqueza e abrigando a maior parte das espécies endêmicas da Mata
Atlântica.

Visto esse panorama da dinâmica socioambiental da área do empreendimento, pode-se depreender a


importância da atividade minerária na região. No entanto, dada a relevância da paisagem natural e do
rico acervo do patrimônio histórico, a expansão da mineração na região deve ser buscada com maior
empenho de controle de impactos e a atuação dos empreendedores deve seguir a perspectiva do
desenvolvimento sustentável.

10. PROGNÓSTICO AMBIENTAL


Conforme apresentado, a paisagem atual da região de inserção da Pilha de Crista reflete o seu uso e,
principalmente, sua aptidão para a atividade minerária. Desta forma, sem a implantação do projeto, as
atividades antrópicas existentes nas áreas em que se encontram instaladas as estruturas da Mina
Córrego do Sítio I, tais como cavas a céu aberto, pilhas de estéril e de lixiviação, acessos, planta de
beneficiamento, dentre outras, tenderão a permanecer, tanto na AID/AII. Destaca-se entretanto, que a
manutenção da operação das cavas, é dependente do local para a disposição do estéril gerado, assim
a não implantação do projeto poderia recorrer em uma paralisação das atividades ou a necessidade
de buscar uma nova área para a execução desta atividade.

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Contudo, apesar do uso antrópico ao longo do tempo na região, incluindo silvicultura e agropecuária,
além da mineração, a mesma ainda apresenta remanescentes florestais de dimensões consideráveis. A
dominância de remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual e a proximidade com áreas
serranas conservadas, como é o caso do Maciço do Caraça, constituem um fator importante para a
conservação da biodiversidade. A presença desses remanescentes florestais em bom estado de
preservação e interconectados favorece o fluxo de espécimes.

A vegetação na região, embora denote a ocorrência de distúrbios ao longo do tempo, ainda abriga
elevada diversidade de espécies e apresenta potencial de regeneração e reestruturação da
complexidade estrutural da floresta. A presença de espécies da avifauna com exigências ecológicas
restritas e de espécies da mastofauna com demanda de territórios amplos também apontam para a
importância desta área para a conservação da biota local e regional.

Se considerarmos a não ampliação da Pilha de Crista e que as condições ambientais atuais observadas
nas áreas em questão serão mantidas, há uma tendência de se manter suas funções ecológicas,
atuando como abrigo para os espécimes e contribuindo para a interação entre populações de
espécies silvestres.

De outra maneira, considerando a crescente fragmentação da cobertura vegetal natural em


decorrência da antropização das áreas de inserção da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista e
imediações, a continuidade dos remanescentes florestais pode ser perdida ou reduzida, prejudicando
a dispersão das espécies silvestres, de maneira geral, a partir da geração de uma matriz inóspita que
inibirá o deslocamento dos espécimes. O contínuo desmatamento florestal fragmenta os ambientes e
interrompe as suas conexões impedindo o fluxo de elementos da biota, além de diminuir a área e a
qualidade dos habitats disponíveis para a fauna. Futuramente, espécies que necessitam de grandes
áreas florestais contínuas, como é o caso do gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), e outras
espécies ameaçadas de extinção já registradas na região, especialmente grandes frugívoros de copa,
poderão ser prejudicadas. Esse é o caso da araponga (Procnias nudicollis), grande frugívoro florestal
que era encontrado nas matas do Quadrilátero Ferrífero até a década de 1960, não tendo sido mais
registrada (informações a partir de entrevistas com a população local e padres do Santuário do
Caraça).

Dessa forma, o prognóstico para a área sem a implantação do empreendimento, ou seja, o cenário
sem a implantação da Ampliação da Pilha de Ésteril de Crista é de que as condições ambientais
diagnosticadas conservem sua dinâmica atual. Ou seja, na hipótese da não implantação do
empreendimento proposto, considerando o estado atual de conservação, a área em questão tende a
manter seu quadro atual de riqueza e diversidade biológica, além da continuidade de atividades
antrópicas já existentes no entorno imediato das áreas de influência direta e indireta, incluindo a
permanência de áreas de uso agropecuário, silvicultura e mineração, especificamente as áreas já
alteradas e relacionadas às cavas a céu aberto, pilhas de estéril, acessos e outras instalações da Mina
Córrego do Sítio I.

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Do ponto vista socioeconômico, no cenário sem a implantação do empreendimento, identifica-se em


médio e longo prazo a tendência do predomínio da atividade minerária para a geração de renda e
emprego na região, pois se trata de uma vocação historicamente estabelecida. A par disso, observa-se
também, uma expansão da atividade do turismo sustentada nos atributos do patrimônio cultural e
natural existente.

11.CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


Neste item são descritos e avaliados os impactos ambientais incidentes sobre os meios físico, biótico e
socioeconômico decorrentes das fases de implantação e operação da Ampliação da Pilha de Estéril de
Crista, e seu dique de contenção de finos.

11.1. Metodologia
A avaliação dos impactos está pautada na análise conjunta do diagnóstico ambiental dos meios físico,
biótico e socioeconômico e cultural e dos aspectos ambientais das atividades e tarefas das etapas de
implantação e operação do empreendimento.

Para a avaliação dos impactos ambientais decorrentes da implantação e operação do


empreendimento em questão, foram adotados os critérios de classificação e avaliação descritos a
seguir.

 Efeito: positivo (+) (impacto benéfico ao meio) ou negativo (-) (impacto adverso ao meio).

 Incidência: direta (D), quando decorre de uma ação do empreendimento, ou indireta (I), quando é
conseqüência de outro impacto.

 Abrangência: pontual (P), quando se restringe a um ou mais pontos localizados, na ADA; local (L),
quando ocorre em áreas menos circunscritas, porém restritas à ADA e AID; regional (R), quando o
impacto tem interferência ou alcance na AII (sub-bacia ou municípios envolvidos), e supra-regional
(S), quando extrapola a AII do empreendimento.

 Duração: curto prazo (C), quando ocorre em tempo igual ou inferior a um (01) ano; médio prazo (M),
quando ocorre no intervalo de 1 a 10 anos; e longo prazo (L), quando ocorre em um intervalo
superior a 10 anos.

 Reversibilidade: reversível (R), se o meio tem potencial para se recompor quando cessada ou
controlada a origem do impacto; e irreversível (I), quando o impacto se mantém mesmo se
controlado ou cessada sua origem.

 Periodicidade: temporário (T), quando ocorre uma única vez durante a fase avaliada; permanente
(P), quando depois de ocorrido não tem fim definido na fase avaliada; e cíclico (C), quando se repete
na fase avaliada.

 Magnitude: desprezível (D), baixa (B), média (M), alta (A) ou crítica (C), conforme apresentado no
quadro a seguir.

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QUADRO 11.1.1 - DEFINIÇÃO DA MAGNITUDE DOS IMPACTOS

O impacto causado não é percebido ou medido e não altera a qualidade


Desprezível
ambiental da área de abrangência.
O impacto causado é percebido ou medido, implicando uma baixa alteração da
Baixa qualidade ambiental da área de abrangência considerada. Os padrões ambientais
legais são mantidos.
O impacto causado é percebido ou medido e implica uma média alteração da
qualidade ambiental da área de abrangência considerada. Os estudos indicam que
MEIO FÍSICO

Média
os padrões ambientais podem ser eventualmente ultrapassados (eventos
isolados).
O impacto causado é percebido ou medido e implica uma grande alteração da
qualidade ambiental da área de abrangência considerada. Os estudos indicam que
Alta
os padrões ambientais podem ser ultrapassados com maior freqüência, não
demonstrando uma curva de tendência evolutiva.
O impacto causado é percebido ou medido e implica uma alteração crítica da
qualidade ambiental da área de abrangência considerada. Os estudos indicam que
Crítica
os padrões ambientais podem ser ultrapassados com maior freqüência,
demonstrando uma curva de tendência evolutiva.
O impacto não é percebido ou verificável, não alterando a qualidade ambiental da
área de abrangência. Ocorre, por exemplo, em empreendimentos já instalados,
Desprezível
onde não existem habitats naturais. Portanto, podem prescindir da indicação de
medidas mitigadoras, de acompanhamento ou de compensação.
O impacto é passível de ser percebido ou verificável, sem caracterizar perdas na
qualidade ambiental da área de abrangência. Ocorre, por exemplo, quando o
ecossistema afetado é muito pouco complexo; já se encontra descaracterizado em
Baixa
sua composição e estrutura e/ou apresenta resiliência. Os impactos não
prescindem da indicação de medidas mitigadoras, acompanhamento ou
compensação.
O impacto caracteriza perdas na qualidade ambiental da área de abrangência. As
alterações verificadas podem ser expressas na supressão ou alteração de habitats
pouco complexos e na perda de espécies da flora e da fauna silvestres pouco
MEIO BIÓTICO

restritivas. O impacto pode atingir áreas ou espécies sobre as quais existam


Média
restrições legais (APPs, espécies imunes ao corte, ameaçadas etc.). Os impactos
não são reversíveis, mas podem ser minimizados por ações de controle ambiental
ou recuperação de ecossistemas. Neste caso, é obrigatória a indicação de medidas
compensatórias.
O impacto caracteriza perdas expressivas na qualidade ambiental da área de
abrangência. Tais perdas podem estar relacionadas à supressão de habitats bem
conservados ou habitats/espécies restritivos e/ou para os quais existam restrições
Alta
legais (APPs, espécies imunes ao corte, ameaçadas etc.). Os impactos não são
reversíveis, mas podem ser compensados. Neste caso, é obrigatória a indicação de
medidas compensatórias.
O impacto atinge áreas que possuem impedimentos legais (como Unidades de
Conservação, por exemplo) ou caracteriza perdas muito significativas na
qualidade ambiental da área de abrangência, com repercussão que extrapola as
Crítica
áreas de influência consideradas. Ocorre, por exemplo, quando os habitats
afetados são únicos ou representados regionalmente. Os impactos não são
mitigáveis nem compensáveis.

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Continuação do Quadro 11.1.1


Desprezível O impacto não provoca alterações na estrutura e na dinâmica socioeconômica.
O impacto provoca pequenas alterações, sem gerar mudanças na estrutura e na
Baixa
MEIO SOCIOECONÔMICO

dinâmica socioeconômica.
O impacto provoca alterações na estrutura e na dinâmica socioeconômica, as
Média quais podem ser absorvidas com ações de ajuste na estrutura socioeconômica
municipal.
O impacto provoca alterações significativas na estrutura e na dinâmica
Alta socioeconômica, as quais só podem ser absorvidas com ações de transformação
da estrutura socioeconômica.
O impacto provoca alterações estruturais, gerando desajustes e conflitos no que
diz respeito à dinâmica socioeconômica, que só podem ser absorvidas com ações
Crítica
de transformação da estrutura socioeconômica e de forte compensação
socioambiental.
Com relação ao patrimônio arqueológico, não provoca alterações nas ocorrências
Desprezível
e/ou sítios arqueológicos.
Com relação ao patrimônio arqueológico, provoca pequenas alterações nas
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO

Baixa ocorrências e/ou sítios arqueológicos, que podem ser absorvidas com ações de
proteção.
Com relação ao patrimônio arqueológico, provoca alterações nas ocorrências e/ou
Média sítios arqueológicos, que podem ser absorvidas com ações de proteção e/ou de
salvamento.
Com relação ao patrimônio arqueológico, provoca alterações significativas nas
Alta ocorrências e/ou sítios arqueológicos, que só podem ser absorvidas com o resgate
dos vestígios.
Com relação ao patrimônio arqueológico, provoca grandes alterações,
ocasionando danos importantes ou a destruição das ocorrências e/ou sítios
Crítica
arqueológicos e das informações sobre a ocupação pretérita da área; e/ou de sítio
ou vestígio considerado excepcional ou único.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Material não provoca alterações nos
Desprezível
atributos patrimoniais.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Material provoca pequenas alterações
nos atributos patrimoniais, que podem ser absorvidas com ações de proteção e
Baixa
ações de conservação/restauro em um elemento estrutural ou ornamental do
PATRIMÔNIO MATERIAL

bem.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Material provoca alterações nos
atributos patrimoniais, que podem ser absorvidas com ações de conservação e/ou
Média
restauro, correspondendo a intervenções em diferentes elementos estruturais e
ornamentais do bem.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Material provoca grandes alterações
ocasionando a perda irreversível parcial do bem patrimonial, demandando ações
Alta
de documentação, salvamento e intervenções de restauro de larga escala,
envolvendo reconstrução parcial do bem.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Material provoca a perda irreversível
Crítica de todo o conjunto patrimonial, bem tombado e/ou considerado excepcional ou
único.

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Continuação do Quadro 11.1.1


Com relação aos Bens Culturais de Natureza Imaterial o impacto não provoca
Desprezível
alterações nas dinâmicas de manifestação do bem.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Imaterial o impacto provoca
pequenas alterações no suporte físico, bens associados e/ou na dinâmica de
Baixa
manifestação do bem, que podem ser absorvidas com ações de ajustes desses
quesitos.
PATRIMÔNIO IMATERIAL

Com relação aos Bens Culturais de Natureza Imaterial o impacto provoca


alterações no suporte físico, bens associados e/ou na transmissão e dinâmica de
Média
manifestação do bem, que podem ser minimizadas com ações de valorização
do(s) bem(s) de natureza imaterial.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Imaterial o impacto provoca grandes
alterações no suporte físico, bens associados, recursos financeiros e/ou na
transmissão e dinâmica de manifestação do bem, levando ao enfraquecimento da
Alta
forma de expressão e permitindo potenciais riscos de desaparecimento. As
alterações podem ser minimizadas através do desenvolvimento de programas de
salvaguarda.
Com relação aos Bens Culturais de Natureza Imaterial o impacto provoca grandes
alterações em todos os aspectos da dinâmica de manifestação do bem imaterial,
Crítica
considerado de excepcional relevância local, regional e/ou nacionalmente,
ocasionando o desaparecimento do bem.

A identificação e a avaliação dos impactos para as fases de implantação e operação das Atividades do
projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista está apresentada nos itens a seguir e sintetizada nos
Quadros 7.3, 7.4 e 7.5, ao final do descritivo dos impactos.

11.2. Caracterização e análise dos impactos ambientais - Fase de Implantação


A identificação e a avaliação dos impactos para a fase de implantação da Ampliação da Pilha de Éstéril
de Crista está apresentada nos itens a seguir e sintetizada no Quadro 11.2.1, ao final do descritivo dos
impactos.

11.2.1. Impactos sobre o meio físico


1Alteração da estrutura e do uso do solo
Para atender a demanda de disposição do estéril proveniente da Mina CDS I, a pilha de Crista será
ampliada para armazenamento de 20 Mm³ de estéril, para isso, estima-se a remoção de
aproximadamente 2 m de aluvião mole, localizado na parte inferior do vale, a remoção da capa
superficial de colúvio das ombreiras (1,5 m), em geral mais porosa e de menor consistência e
contendo material orgânico, e, a escavação de pelo menos 4 metros de profundidade de solo
superficial para construção do novo dique, onde todo o material aluvionar presente no fundo do
talvegue deverá ser removido. Destaca-se que este material será disposto parte superior da Pilha de
Crista.

Cabe ressaltar que a pilha de estéril objeto de ampliação encontra-se localizada dentro dos limites da
Mina Córrego do Sítio I, de propriedade da AngloGold, onde a maior parte das áreas já se encontra
alterada devido à implantação e operação de estruturas de mina.

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Assim, o impacto de alteração da estrutura e das características do solo na ADA pode ser considerado
negativo; direto, pois decorrerá da ação do empreendimento; abrangência pontual, pois o impacto
estará restrito a ADA; curto prazo, pois ocorrerá tão logo as intervenções de implantação aconteçam; e
irreversível e permanente, já que, quando ocorrer, não terá fim definido e nem poderá ser revertido.
Porém, esse impacto pode ser avaliado como de baixa magnitude, considerando o tamanho das
áreas afetadas e a tendência de uso destas áreas para fins de mineração.

1 Erosões e carreamento de sedimentos


Durante a ampliação da Pilha de Estéril de Crista, poderão se instalar processos erosivos e ocorrer
carreamento de sedimentos para os cursos d’água, que podem gerar, como impactos secundários, a
alteração da qualidade das águas e o assoreamento dos cursos d’água, descritos em itens específicos
mais adiante.

A vulnerabilidade à erosão está associada às características dos solos e às intervenções que serão
realizadas. Os pontos mais vulneráveis à instalação e desenvolvimento de processos erosivos e ao
carreamento de sedimentos, associados às características pedológicas, correspondem às áreas de
solos câmbicos, predominantes em toda a área da pilha. Durante a fase de obras, a instalação de
processos erosivos poderá ocorrer também em outras áreas da ADA que apresentam declividades
mais acentuadas, como é o caso do vale a montante onde correrá a ampliação da pilha. Os taludes da
pilha existente também apresentam potencial de instalação de processos erosivos, apesar de eles já se
encontrarem revegetados e com estruturas de drenagem pluvial (canaletas periféricas e de pé de
taludes), o que minimiza o processo erosivo e o aporte de sedimentos a jusante.

Em função das características da ADA, onde já se encontra a pilha de estéril que será ampliada, o
impacto de erosões e carreamento de sedimentos durante a fase de obras pode ser classificado como
negativo; direto, uma vez que decorrerá de ações do empreendimento; local, pois a erosão, apesar de
ocorrer na ADA, caso não controlada pode se estender para a AID; de curto prazo, pois pode se iniciar
tão logo haja exposição dos solos durante a fase de implantação; reversível, considerando que a
erosão pode se estabilizar dependendo das condições do meio e dos tratamentos preventivos
empregados, e temporário, pois são inerentes ao período de obras. Considerando-se os critérios gerais
de classificação do impacto e, sobretudo, a pequena extensão das áreas afetadas, o mesmo pode ser
classificado como de baixa magnitude.

1Assoreamento dos cursos d’água pelo carreamento de sedimentos


As intervenções das obras de implantação do empreendimento (atividades de supressão e remoção
da cobertura vegetal e limpeza da área) que tem potencial de causar o impacto de erosões e
carreamento de sólidos são responsáveis, também, pelo impacto indireto de assoreamento de cursos
d’água, especificamente do próprio córrego Crista e o rio Conceição.

Como medida de controle, serão utilizados os sistemas de drenagem existentes juntamente com
estruturas de drenagem provisórias serão construídas ao longo as obras.

Onde houver possibilidade de carreamento de sedimentos serão implantados dispositivos de


drenagem provisórios que consistirão em leiras de proteção e sumps, que correspondem a valas
escavadas para retenção dos sedimentos, conforme descrito no item 5.7.6.

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Além disso, como forma de controle e acompanhamento da qualidade das águas no córrego Crista e
no rio Conceição, será realizado o acompanhamento através do Programa de Monitoramento da
Qualidade das Águas Superficiais, conforme PCA.

O impacto prognosticado de assoreamento dos cursos d’água pelo carreamento de sedimentos pode
ser classificado como negativo; indireto, uma vez que decorre de outro impacto (erosão e
carreamento de sedimentos); local, pois pode atingir a AID; permanente, pois não tem fim definido; de
curto prazo; reversível e de baixa magnitude, tendo em vista a reduzida extensão das áreas afetadas
e as medidas de controle previstas.

1Alteração da qualidade das águas superficiais pelo carreamento de sedimentos


Da mesma forma que o assoreamento dos cursos d’água, a alteração da qualidade das águas também
pode ser avaliada como um impacto indireto do processo de erosões e carreamento de sedimentos
pela drenagem pluvial, a partir das áreas expostas geradas pelas intervenções das obras de
implantação do empreendimento.

Conforme já apresentado, a área da pilha existente, já possui um sistema de drenagem de águas


pluviais, composto por bermas, canaletas de talude e periféricas, o qual servirá o período de obras
como estrutura de contenção de carreamento de sedimentos das áreas a montante no vale do
córrego Crista, onde ocorrerá a ampliação. Além disso, como medidas de controle, serão implantadas
ainda estruturas de drenagem provisórias durante as obras, conforme apresentado no item 5.7.6.

Vale ressaltar que, conforme já apresentado, como forma de controle e acompanhamento da


qualidade das águas dos corpos hídricos do entorno, as suas características físico-químicas serão
monitoradas, conforme PCA.

Dessa forma, o impacto de alteração da qualidade das águas superficiais pelo carreamento de
sedimentos pode ser classificado como negativo, indireto, tendo em vista que sua ocorrência está
ligada à geração do impacto de formação de processos erosivos e assoreamento de cursos d’água;
abrangência local, pois caso ocorra estará restrito a ADA e AID; duração de curto prazo; reversível;
temporário; e de baixa magnitude, considerando a reduzida extensão das áreas afetadas, o curto
período de obras (12 semanas), além das medidas de controle de escoamento pluvial previstas.

1Alteração no leito do córrego Crista pelas obras de implantação


O impacto de alteração do leito de cursos d’água durante a fase de implantação está relacionado à
intervenção nas áreas de ampliação a jusante da pilha existente devido à execução das atividades de
remoção da cobertura vegetal, implantação do sistema de drenagem interna (drenos de fundo) e,
principalmente, pela implantação de um novo dique de contenção de finos, a jusante da área de
ampliação da pilha.

Cabe ressaltar que a intervenção na pilha de estéril de Crista, objeto da ampliação, já ocorreu através
execução de drenos de fundo sob a pilha atual com o objetivo de captar nascentes e surgências
d’água e a construção de um dique de contenção de sedimentos a jusante da pilha.

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Conforme Projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista (DAM, 2013), a pilha deverá atingir a El.
1020,00 m, apresentando uma altura de 260 metros. No contato da pilha com as ombreiras serão
executados canais de drenagem em concreto, acompanhando a declividade da encosta que irão
conduzir e direcionar a água de chuva para o dique de contenção de sedimentos implantado a jusante
da pilha no talvegue do córrego Crista. O sistema de drenagem interna é constituído por drenos de
fundo de brita 3, envolvidos por camadas de brita 1 e areia, sendo que entre a brita 1 e a fundação
será utilizado um lastro de enrocamento. Os drenos construídos para ampliação da pilha serão
interligados ao dreno de fundo existente e irão direcionar a água até o dreno de pé da pilha
(enrocamento) e a partir deste ponto a água seguirá para o dique de contenção de sedimentos.

O impacto direto de alteração do leito do córrego Crista na área de ampliação da pilha de estéril é
classificado como negativo, pontual, pois se restringe a trechos restritos da Área Diretamente Afetada
(ADA); irreversível; permanente e de média magnitude, considerando que a intervenção já ocorreu
em parte (na área da pilha existente).

Como medida de acompanhamento, terá continuidade o Programa de Monitoramento da Qualidade


das Águas Superficiais - PCA.

1Alteração das propriedades dos solos e da qualidade das águas pela geração de resíduos
sólidos
Durante as obras de ampliação da Pilha de Estéril de Crista serão gerados, nas frentes de serviço e no
canteiro de obras, resíduos sólidos típicos de construção civil (sucatas metálicas, entulhos, sacos de
cimento, sobras de madeiras), e resíduos tipo domésticos (lixo não reciclável de banheiros e lodo
sanitário, papel, plásticos, dentre outros). Esses resíduos, caso dispostos inadequadamente, podem
apresentar riscos potenciais de contaminação dos solos e da qualidade das águas subterrâneas e
superficiais.

No canteiro de obras encontra-se uma área destinada ao armazenamento temporário dos resíduos
sólidos. Os resíduos sólidos gerados nas obras de implantação do projeto de Ampliação da Pilha de
Estéril de Crista poderão ser armazenados temporariamente nessa área ou no pátio de resíduos já
existente na área de Córrego do Sítio I.

Como forma de gestão adequada dos resíduos sólidos gerados na etapa de implantação do
empreendimento, os mesmo serão geridos conforme o Programa de Gestão de Resíduos Sólidos –
inserido no PCA, já implantados e bem sedimentados de uma forma coorporativa nas unidades da
AngloGold Ashanti. Além disso, visando o acompanhamento da qualidade das águas superficiais dos
corpos hídricos do entorno, está previsto o monitoramento destes pontos, conforme PCA.

Avalia-se o impacto de alteração das propriedades dos solos e da qualidade das águas pela geração de
resíduos sólidos como de efeito negativo; incidência direta, pois decorrerá da ação do
empreendimento; abrangência pontual, considerando que o impacto se restringirá ao entorno onde o
aspecto será gerado, não extrapolando o limite da ADA; duração de curto a médio prazo; reversível, já
que o meio tem potencial de se recuperar se cessado a origem do impacto ou a fonte, e temporário.
Considerando que a gestão de resíduos já vem sendo realizada na Anglogold, e será mantida durante
a fase de implantação do empreendimento, , classifica-se este impacto como de baixa magnitude.

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1 Alteração das propriedades dos solos e da qualidade das águas pela geração de efluentes
sanitários e oleosos
Este impacto está associado aos aspectos ambientais de geração de esgoto sanitário e efluente oleoso
no canteiro de obras, sendo considerado um impacto negativo de alteração das propriedades dos
solos e da qualidade das águas. Como já descrito, o canteiro de obras já se encontra instalado e em
operação próximo ao escritório central da Mina Córrego do Sítio I.

Conforme apresentado no item 5.7.1, os efluentes sanitários gerados na operação do canteiro de


obras são enviados para o sistema de tratamento de esgotos já implantado em CDS I e que atende a
300 trabalhadores. O tratamento é composto por uma caixa de gordura com capacidade de 4.000L,
um sistema em paralelo de quatro fossas sépticas (capacidade de 8.000L cada) e quatro filtros
anaeróbios (capacidade de 8.000L cada) e um tanque de desinfecção e cloração. O efluente tratado é
lançado na confluência no córrego Sapé com o rio Conceição.

Ressalta-se, conforme já apresentado, que não haverá contratação de mão de obra para a fase de
obras da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, sendo utilizado o pessoal já alocado na Mina Córrego
do Sítio I.

A geração de efluentes oleosos no canteiro de obras está relacionada aos serviços de manutenção
periódica das máquinas e equipamentos na oficina mecânica. Os efluentes oleosos são encaminhados
para um tanque de sedimentação ligado a uma caixa separadora de água e óleo (sistema de chicanas
com coletor central em alvenaria). O óleo é recolhido periodicamente e enviado para o pátio de
resíduos da Mina Córrego do Sítio I, e o efluente final tratado é descartado no rio Conceição.

Para acompanhamento da qualidade das águas, será dada continuidade ao programa de


monitoramento já desenvolvido pela AngloGold (PCA - Programa de Monitoramento da Qualidade
das Águas Superficiais).

O impacto de alteração das propriedades dos solos e da qualidade das águas decorrentes da geração
de efluentes líquidos sanitários e oleosos na fase de implantação pode ser classificado como negativo;
direto, pois decorrerá de uma ação do empreendimento; local, considerando que o impacto tem
interferência ou alcance na ADA e AID; com duração de curto prazo; reversível; e temporário.
Considerando a gestão dos efluentes líquidos gerados classifica-se o impacto como de baixa
magnitude.

1Alteração da qualidade do ar em função da geração de material particulado e gases de


combustão
A movimentação de máquinas e veículos durante a fase de obras de ampliação da Pilha de Estéril de
Crista em áreas não pavimentadas, relacionada às tarefas de supressão e remoção da cobertura
vegetal, bem como de limpeza de parte da área para implantação do sistema de drenagem interno
(de fundo) e pluvial, provocará a geração de poeira fugitiva (material particulado suspenso no ar) e
gases de combustão, sendo considerado um impacto negativo de alteração da qualidade do ar.

281
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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

O controle das emissões de material particulado durante a fase de implantação será realizado através
de aspersão nas áreas trabalhadas e vias de acesso, com a utilização de caminhões-pipa com
capacidade de 8.000L. Em relação à emissão de gases de combustão, apesar de ser bastante inferior à
de poeira fugitiva, prevê-se a manutenção periódica dos veículos e equipamentos, que proporcionará
a redução da geração dos mesmos.

Conforme apresentado no Diagnóstico Ambiental, os níveis de partículas em suspensão (PTS) no


entorno do empreendimento veem se mantendo dentro dos limites legais estabelecidos pela
Resolução CONAMA nº03/90. Dessa forma, o impacto de alteração da qualidade do ar em função da
geração de material particulado e gases de combustão é classificado como negativo; direto, tendo em
vista que é decorrente de uma atividade do empreendimento; local, considerando que o impacto tem
interferência ou alcance na ADA e AID do empreendimento; duração de curto prazo; reversível e
temporário, e classificado como de baixa magnitude, considerando o curto período de duração das
obras, a pequena dimensão da ADA, onde haverá movimentação de solo, além das ações de controle
e monitoramento da qualidade do ar, propostas no PCA – Programa de Monitoramento da Qualidade
do Ar e “Programa de Controle das Emissões Atmosféricas e Ruído.

1Alteração dos níveis de pressão sonora pela geração de ruído


A alteração dos níveis de pressão sonora na fase de implantação está relacionada às atividades
intrínsecas às obras como supressão e remoção da cobertura vegetal e limpeza das áreas
propriamente ditas, bem como das obras civis decorrentes da implantação da pilha e do dique de
finos, que demandarão a utilização de máquinas, veículos e equipamentos geradores de ruído.

A análise da alteração do nível de pressão pela geração de ruído durante a fase de implantação foi
classificada como de incidência direta, por ser decorrente de atividades relacionadas à implantação do
empreendimento; abrangência local, sendo que a área a ser atingida representa o entorno imediato
dos pontos onde os aspectos irão ocorrer, não extrapolando a AID; duração de curto prazo; reversível;
temporário e de baixa magnitude, considerando que a implantação do empreendimento não irá
acarretar em um incremento significativo nos níveis de ruído na área de entorno.

Destaca-se ainda que ações de controle e monitoramento foram propostas no item 2.2 do PCA, bem
como no Programa de Monitoramento de Ruído.

11.2.2. Impactos sobre o meio biótico


1Perda de vegetação florestal e da biodiversidade florística associada
A ampliação da Pilha de estéril de Crista necessita suprimir 20,92ha de vegetação florestal nativa,
sendo 1,26ha em estágio inicial e 19,66ha em estágio médio de regeneração além da remoção da
serapilheira e do banco de sementes associado a esses fragmentos florestais.

A execução da supressão vegetal dessa área implicará na perda de habitats para a fauna local e na
remoção de espécies da flora endêmicas além de espécies ameaçadas de extinção segundo a
legislação brasileira. Dentre as espécies comprometidas nesse processo, podemos citar Dalbergia nigra
(considerada vulnerável pela Lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais e considerada ameaçada
pela lista do IBAMA) e Euplassa semicostata (considerada vulnerável pela Lista de espécies ameaçadas
de Minas Gerais).

281
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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Devido às características ambientais supracitadas a supressão da vegetação na ADA, embora cause


uma redução das populações de diversos táxons, não causará na perda total destas espécies na
região, considerando as diversas áreas protegidas em torno da Mina Córrego do Sítio. O impacto
causado pela supressão da vegetação será negativo, de incidência direta, local, de curta duração,
irreversível, permanente e considerado de média magnitude.

Esse impacto poderá acarretar na diminuição da capacidade resiliente do ecossistema florestal


decorrente da perda de matrizes de propágulos e do banco de sementes do solo. Dessa maneira,
propõe como medida mitigadora o Programa de conservação das espécies da flora da Mata Atlântica
ameaçadas de extinção, endêmicas e de interesse comercial registradas na ADA através da marcação e
monitoramento de matrizes fragmentos do entorno como forma de obter propágulos que
possibilitem a produção de novos indivíduos dessas espécies, além do Programa de de Exploração
Florestal e do Programa de Acompanhamento do Desmate e Eventual Resgate da Fauna. Já para a
compensação, o Programa de Compensação Ambiental, todos descritos no PCA.

1Perda do banco de sementes do solo


Parte do processo de retorno de matéria orgânica e de nutrientes para o solo florestal se dá através da
produção da serapilheira. Esta camada formada pela deposição e acúmulo de matéria orgânica morta
é considerada o meio mais importante de transferência de elementos essenciais da vegetação para o
solo e contém um banco de sementes com alta riqueza e diversidade de germoplasma onde
predomina a vegetação nativa florestal. A supressão da vegetação junto à retirada e/ou cobertura das
camadas superficiais do solo implicará na perda de biodiversidade, comprometendo o
desenvolvimento de sementes de diversas espécies, incluindo algumas relevantes para a conservação
e /ou ameaçadas de extinção.

A perda do banco de sementes presente no solo corresponde a um impacto negativo, de incidência


direta, abrangência pontual, em curto prazo, irreversível, permanente e considerado de média
magnitude. Para a sua mitigação é recomendada a coleta do top soil (solo superficial) das áreas de
supressão e o reaproveitamento da mesma na recuperação de áreas degradadas do entorno,
conforme descrito no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas no PCA.

1Perda de habitat e de indivíduos da fauna


A perda de habitat natural ocorrerá em função da supressão da vegetação dos ambientes florestais da
ADA.

Conforme apresentado no capítulo de Diagnóstico Ambiental, a região é caracterizada por formações


de Floresta Estacional Semidecidual, abrigando espécimes da fauna de interesse conservacionista.
Embora a fauna presente nas matas nativas da ADA encontre-se, em geral, sob o efeito da
fragmentação ocorrida no entorno, espécies de aves florestais foram diagnosticadas na área, como
por exemplo: surucuá-variado (Trogon surrucura), a choca-da-mata (Thamnophilus caerulescens),
macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus), arapaçu-verde (Sittasomus griseicapillus).

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Entre as espécies da mastofauna passíveis de sofrer impactos pela perda de habitats, destacam-se
quatro consideradas ameaçadas de extinção: gato-do-mato (Leopardus sp.), jaguatirica (L. pardalis) e
cateto (P. tajacu). A supressão das áreas de Floresta Estacional Semidecidual da ADA irá impactar,
também de forma direta, os indivíduos da herpetofauna, principalmente algumas espécies de anfíbios
que, devido à sua limitada capacidade de dispersão, morrem por danos físicos ou ressecados após a
supressão de vegetação e exposição direta ao sol.

A supressão das formações florestais da ADA poderá representar também uma perda local de
indivíduos de espécies da fauna, seja por óbito acidental durante as ações de supressão da vegetação
ou por sucumbirem durante a busca de novos territórios após a supressão da vegetação. A perda de
habitat terá ainda, como efeito negativo, a busca por novos territórios, podendo ocorrer óbitos das
populações frente às relações agonísticas, habitat reduzido e perda de recursos essenciais.

Já no caso da anurofauna, a perda de habitat está relacionada com as intervenções físicas que irão
afetar as drenagens presentes na área. Consequentemente, ocorrerá alteração de ambientes
aquáticos tanto para as formas larvais (girinos), como também para os adultos de anfíbios, visto que a
presença de corpos d’água é o principal fator para a existência de populações de anfíbios em uma
determinada área.

O impacto de perda de habitats para a fauna será negativo; de incidência indireta, pois decorrerá de
outro impacto (perda de vegetação florestal); local, restrito à ADA e AID; curto prazo; irreversível e
permanente, dado o caráter definitivo da supressão vegetal; e de média magnitude, em função da
presença de espécies florestais e endêmicas da Mata Atlântica. No entanto salienta-se a presença de
consideráveis fragmentos florestais na propriedade da Mina Córrego do Sítio I, os quais abrigam
indivíduos das espécies diagnosticadas na ADA/AID.

Como forma de mitigação específica para o impacto prognosticado indica-se o Programa


Acompanhamento do Desmate e Eventual Resgate de Fauna e Programa de Monitoramento da
Fauna; e como medida compensatória o Programa de Compensação Ambiental, de acordo com o
PCA.

1Afugentamento da fauna pela geração de ruídos e trânsito de máquinas


Durante a fase de obras para a implantação do projeto, a geração de ruídos decorrente da
movimentação de máquinas poderá provocar stress nas comunidades locais, levando ao
afugentamento de alguns espécimes, que ficarão mais suscetíveis à caça e à captura pela população
humana local. Atropelamentos também poderão ocorrer no entorno da ADA, atingindo
especialmente espécies terrícolas.

O impacto de afugentamento da fauna é caracterizado como negativo; indireto, pois decorrerá de um


outro impacto relacionado ao meio físico (alteração dos níveis de pressão sonora); local, pois estará
restrito à ADA e à AID; de curto prazo, reversível e temporário, uma vez que cessada esta atividade os
ambientes serão novamente colonizados por espécies da fauna afugentada, sendo classificado como
de baixa magnitude.

281
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11.2.3. Impactos sobre o meio socioeconômico e cultural


1Manutenção da oferta de emprego local e regional
A ampliação da Pilha de Estéril de Crista na Mina Córrego do Sítio I implicará no emprego de
trabalhadores para realização das obras civis e atividades de escavação e supressão vegetal. Essa mão
de obra será alocada internamente e compõe o quadro interno da AngloGold, sem necessidade de
novas contratações.

Considera-se o impacto na oferta de emprego como positivo, por auxiliar na sua manutenção. Ele é
classificado como de baixa magnitude, tendo em vista que, ante as características do
empreendimento, o impacto sobre a manutenção do emprego ocorre durante um período
relativamente curto e temporário, reversível e de abrangência local.

Deve ser feito menção que estão previstos Programa de Comunicação Social e Interação com a
Comunidade e o Programa de Educação Ambiental, onde este e outros impactos serão discutidos com
as comunidades localizadas na área de influência, inseridos no PCA.

1Contribuição para a arrecadação municipal


Durante a fase de implantação, a atividade de mobilização do canteiro de obras e de pessoal
demandará a contratação de serviços de terceiros, como fornecedores de materiais para construção,
gerando base para arrecadação de impostos, destacando-se o ISSQN para o município de Santa
Bárbara, onde ocorrerão as obras.

Nesta fase serão gerados adicionalmente outros impostos, tais como ICMS, PIS, COFINS e Contribuição
Social, os quais são devidos ao Estado que repassará o valor a cada município conforme a legislação
tributária.

Considera-se a contribuição para a arrecadação municipal como de baixa magnitude, pois, pelo
porte do empreendimento e pelo tempo limitado de geração de receita adicional – 12 meses – esse
impacto não levará a mudanças expressivas na dinâmica orçamentária dos municípios. É considerado
um impacto positivo, de incidência direta, de abrangência local, temporário e reversível.

1Aumento da atividade econômica local


Durante a fase de implantação do empreendimento serão comprados insumos e utilizadas máquinas
e equipamentos. Adicionalmente, serão necessários serviços de apoio, com reflexos na atividade
econômica da região. A manutenção do emprego e a contribuição da arrecadação municipal, citados
anteriormente, atuam de forma sinérgica, com reflexos na atividade econômica. Entretanto, o
incremento da atividade econômica será de baixa magnitude, considerando o porte do
empreendimento e as tarefas associadas à fase de implantação, conforme descrito no item da da
“Caracterização do Empreendimento”.

Logo, considera-se o aumento da atividade econômica como um impacto positivo, de incidência


direta, de abrangência local, temporário, reversível e de baixa magnitude, não gerando mudanças na
dinâmica socioeconômica local.

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1Incômodos à população vizinha advindos da emissão de material particulado e de aumento do


nível de pressão sonora
Na fase de implantação, conforme subitens “Alteração da qualidade do ar em função da geração de
material particulado e gases de combustão” e “Alteração dos níveis de pressão sonora pela geração de
ruído“, ocorrerão alterações da qualidade do ar, decorrentes da geração de poeira fugitiva e de gases
de combustão, e variação no nível de pressão sonora associada à geração de ruídos decorrente do
trânsito e operação de veículos, caminhões e equipamentos.

A alteração na qualidade do ar com a implantação do empreendimento é considerada na avaliação do


meio físico como de baixa magnitude e de âmbito local, com interferência desprezível nos povoados e
comunidades mais próximas. Dessa forma, não se configura uma situação de repercussão negativa do
impacto com incômodos adicionais aos moradores mais próximos ao empreendimento, em especial
do povoado de São Gonçalo do Rio Acima e Campo Grande. Ressalta-se ainda que a geração de
material particulado, nesta fase, ocorre no curto prazo e é temporária.

Em relação aos níveis de ruído, prevê-se seu aumento com a implantação do empreendimento, sendo
avaliado pelo meio físico como um impacto de baixa magnitude e local, não alcançando igualmente
os moradores mais próximos.

É importante reportar-se aos itens “Alteração da qualidade do ar em função da geração de material


particulado e gases de combustão” e “Alteração dos níveis de pressão sonora pela geração de ruído”
que mostram que ações ambientais de controle, prevenção e de monitoramento serão desenvolvidas.

Diante do exposto, identifica-se o impacto como negativo, de incidência indireta, de abrangência


local, curto prazo, reversível, temporário e de magnitude desprezível.

Destaca-se ainda que serão executados pela AngloGold Ashanti o Programa de Comunicação Social e
Interação com a Comunidade e o Programa de Educação Ambiental, inseridos no PCA.

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QUADRO 11.2.1 - MATRIZ DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS - FASE DE AMPLANTAÇÃO

CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE AMPLIAÇÃO
Remoção e estocagem de solos
Alteração da Implantação do sistema de
estrutura e do uso do drenagem e do dique de NA Físico - D P C I P B 1 -
solo contenção de finos
Supressão da vegetação
Programa de
Remoção e estocagem de solos Monitoramento da
1
Erosões e Implantação do sistema de Sistema de Qualidade das Águas
carreamento de drenagem e do dique de drenagem atual e Físico - D L C R P B Superficiais
sedimentos contenção de finos provisória Plano de Recuperação
Supressão da vegetação 2 de Áreas Degradadas -
PRAD

Remoção e estocagem de solos


Assoreamento dos Programa de
Implantação do sistema de Sistema de
cursos d’água pelo Monitoramento da
drenagem e do dique de drenagem atual e Físico - I L C R P B 1
carreamento de Qualidade das Águas
contenção de finos provisória
sedimentos Superficiais
Supressão da vegetação

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Continuação do Quadro 11.2.1


CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE AMPLIAÇÃO

Remoção e estocagem de solos


Alteração da Programa de
Implantação do sistema de
qualidade das águas Sistema de Monitoramento da
drenagem e do dique de
superficiais pelo drenagem atual e Físico - I L C R T B 1 Qualidade das Águas
contenção de finos
carreamento de provisória Superficiais
Supressão da vegetação
sedimentos

Implantação do sistema de Programa de


Alteração no leito do Sistema de
drenagem e do dique de Monitoramento da
córrego Crista pelas drenagem atual e Físico - D P C I P B 1
contenção de finos Qualidade das Águas
obras de implantação provisória
Supressão da vegetação Superficiais
Manutenção de máquinas, Programa de
Alteração das veículos e equipamentos Monitoramento da
1
propriedades dos Supressão da vegetação Qualidade das Águas
solos e da qualidade Utilização de banheiros Superficiais
NA Físico - D P C R T B
das águas pela químicos nas frentes de obras
geração de resíduos Implantação do sistema de Programa de Gestão
2
sólidos drenagem e do dique de de Resíduos Sólidos
contenção de finos

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Continuação do Quadro 11.2.1


CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE AMPLIAÇÃO
ETE existente
Alteração das
Banheiros químicos
propriedades dos Programa de
Movimentação de pessoas Tanque de
solos e da qualidade Monitoramento da
Manutenção de máquinas, sedimentação Físico - D L C R T B 1
das águas pela Qualidade das Águas
veículos e equipamentos ligado a uma caixa
geração de efluentes Superficiais
separadora de água
sanitários e oleosos
e óleo existentes
Movimentação de máquinas,
equipamentos e veículos Programa de
Remoção e estocagem de solos 1 Monitoramento da
Alteração da Implantação do sistema de Aspersão de água Qualidade do Ar
qualidade do ar em drenagem e do dique de
função da geração de contenção de finos Manutenção dos Físico - D L C R T B
material particulado e Movimentação de máquinas, equipamentos
gases de combustão veículos e equipamentos Programa de Controle
Utilização e funcionamento de 2 das Emissões
máquinas, veículos e Atmosféricas e Ruído
equipamentos

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Continuação do Quadro 11.2.1


CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE AMPLIAÇÃO
Programa de Controle
2 das Emissões
Alteração dos níveis Movimentação de máquinas,
Manutenção dos Atmosféricas e Ruído
de pressão sonora veículos e equipamentos Físico - D L C R T B
equipamentos Programa de
pela geração de ruído Supressão da vegetação
1 Monitoramento de
Ruído
Programa de
conservação das
espécies da flora da
Mata Atlântica
2
Perda de vegetação ameaçadas de
florestal e da extinção, endêmicas e
Supressão da vegetação NA Biótico - D L C I P M
biodiversidade de interesse comercial
florística associada registradas na ADA.
Plano de Recuperação
2 de Áreas Degradadas -
PRAD

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Continuação do Quadro 11.2.1


CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE AMPLIAÇÃO
Programa de
Acompanhamento do
Perda de vegetação 2
Desmate e Eventual
florestal e da
Supressão da vegetação NA Biótico Resgate da Fauna
biodiversidade
Programa de
florística associada
3 Compensação
Ambiental
PLANO DE
PERDA DO BANCO DE RECUPERAÇÃO DE
SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO NA BIÓTICO - D P C I P M 3
SEMENTES DO SOLO ÁREAS DEGRADADAS -
PRAD
Programa de
Acompanhamento do
Desmate e Eventual
1,
Resgate de Fauna;
2
Perda de habitat e de Programa de
Supressão da vegetação NA Biótico
indivíduos da fauna Monitoramento da
Fauna
Programa de
3 Compensação
Ambiental

281
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Continuação do Quadro 11.2.1


CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

Afugentamento da Programa de
Movimentação de máquinas,
fauna pela geração de Monitoramento da
veículos e equipamentos NA Biótico - I L C R T B 1
ruídos e trânsito de Fauna
Supressão da vegetação
máquinas
Programa de
Comunicação Social e
1
Manutenção da oferta Realização das obras civis e Interação com a
de emprego local e atividades de escavação NA Socioeconômico e cultural + D L C R T B Comunidade
regional Supressão vegetal
Programa de Educação
1
Ambiental
Contribuição para a
Contratação de serviços de
arrecadação NA Socioeconômico e cultural + D L C R T B 1 -
terceiros
municipal
Aumento da
atividade econômica Compra de insumos NA Socioeconômico e cultural + D L C R T B 1 -
local

281
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Continuação do Quadro 11.2.1


CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

Incômodos à Programa de
Geração de poeira fugitiva e de Comunicação Social e
população vizinha 1
gases de combustão Interação com a
advindos da emissão
Geração de ruídos decorrentes Comunidade
de material NA Socioeconômico e cultural - I L C R T D
do trânsito e operação de
particulado e de
veículos, caminhões e Programa de Educação
aumento do nível de 1
equipamentos. Ambiental
pressão sonora

(L); Reversibilidade: Reversível (R) ou Irreversível (I); Periodicidade: Temporário (T) ou Permanente (P) ou Cíclico (C); Magnitude: Desprezível (D), Baixa (B), Média (M), Alta (A) ou Crítica (C). Ação Proposta (categorias): (1)
Monitoramento; (2) Mitigação; (3) Medida Compensatória (NA) Não se aplica

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11.3. Caracterização e análise dos impactos ambientais - Fase de Operação


A seguir será descrita a identificação e a avaliação dos impactos para a fase de operação do projeto. O
Quadro 11.3.1 retrata um resumo dos impactos avaliados.

11.3.1. Impactos sobre o meio físico


1Erosões e carreamento de sedimentos
Durante a operação da Pilha poderão se instalar processos erosivos nos taludes das bancadas e
ocorrer carreamento de sedimentos para os cursos d’água, que podem gerar, como impactos
secundários, a alteração da qualidade das águas e o assoreamento dos cursos d’água, descritos em
itens específicos mais adiante.

Em função das características da ADA, onde já se encontra a pilha de estéril que será ampliada, e
considerando todos os sistemas de drenagem pluvial e o dique de contenção de finos que será
construído, o impacto de erosões e carreamento de sedimentos pode ser classificado como negativo;
direto, uma vez que decorrerá de ações do empreendimento; local, pois a erosão, apesar de ocorrer na
ADA, caso não controlada pode se estender para a AID; de longo prazo, pois pode se iniciar tão logo
haja exposição dos solos durante a fase de implantação; reversível, considerando que a erosão pode
se estabilizar dependendo das condições do meio e dos tratamentos preventivos empregados, e
permanente, pois depois de ocorrido não terá fim definido.

Considerando-se os critérios gerais de classificação do impacto e, sobretudo, a pequena extensão das


áreas afetadas, o mesmo pode ser classificado como de baixa magnitude.

1Assoreamento dos cursos d’água pelo carreamento de sedimentos


As tarefas que possuem potencial de causar o impacto de erosões e carreamento de sólidos são
responsáveis, também, pelo impacto indireto (secundário) de assoreamento de cursos d’água na fase
de operação no córrego Crista e no rio Conceição.

Destaca-se que o principal objetivo para a implantação do sistema de drenagem pluvial e do dique de
contenção de finos é direcionar o fluxo da águas pluviais e reter os eventuais sedimentos que
poderão ser carreados.

Além da implantação do dique e dos demais sistemas de drenagem, será executado o Programa de
Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD (conforme PCA). Como acompanhamento da qualidade
das águas nos cursos d’água do entorno do empreendimento, será dada a continuidade do Programa
de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais.

O impacto prognosticado de assoreamento dos cursos d’água pelo carreamento de sedimentos na


fase de operação pode ser classificado como negativo; indireto, uma vez que decorre de outro
impacto (erosão e carreamento de sedimentos); local, pois pode atingir a AID; permanente; de curto
prazo; reversível e de baixa magnitude.

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

1Alteração da qualidade das águas superficiais e subterrâneas pela disposição de estéril na


pilha
Conforme apresentado no item 5.2. Caracterização do material a ser depositado, o estéril a ser
disposto na Pilha de Crista é classificado de acordo com a NBR10.004/2004 como Classe II B (Não
Perigoso – Inerte). Além disso, com relação ao seu potencial gerador de água ácida, a amostra
analisada foi classificada, segundo o método estático Modified Acid-Base Accouting – MABA, como
potencialmente neutralizadora, ou seja, não geradora de acidez, de acordo com o as análises químicas
realizadas pela SGS Geosol Laboratórios Ltda.

Considerando o exposto acima e principalmente o fato do estéril ser classificado como inerte, o
impacto negativo de alteração da qualidade das águas superficiais pela disposição de estéril pode ser
classificado da seguinte forma: incidência direta, pois decorrerá de uma ação do empreendimento;
abrangência regional, tendo em vista que suas interferências podem alcançar a AII do
empreendimento; duração de curto prazo; reversível, já que o meio é capaz de recompor as possíveis
alterações causadas, e permanente, pois quando ocorrido não tem fim definido. Dessa forma, pode-se
avaliar este impacto como de baixa magnitude.

1Alteração da qualidade do ar em função da geração de material particulado e gases de


combustão
A movimentação de máquinas e veículos durante a fase de operação em áreas não pavimentadas, em
função da disposição de estéril para a formação da pilha, também provocará a geração de poeira
fugitiva (material particulado) e gases de combustão, sendo considerado um impacto negativo de
alteração da qualidade do ar.

Da mesma forma que na fase de obras, durante a formação da pilha, o controle das emissões de
material particulado será realizado através de aspersão nas áreas trabalhadas e vias de acesso, com a
utilização de caminhões-pipa com capacidade de 8.000L. Em relação à emissão de gases de
combustão, apesar de ser bastante inferior à emissão de poeira fugitiva, prevê-se a manutenção
periódica dos veículos e equipamentos que proporcionará a redução da geração dos mesmos,
conforme já apresentado também para a fase de implantação.

Dessa forma, o impacto de alteração da qualidade do ar em função da geração de material particulado


e gases de combustão durante a fase de operação é classificado da mesma forma que para a fase de
implantação, ou seja, negativo; direto, local, duração de curto prazo, reversível; permanente, e de
baixa magnitude, considerando as ações de controle de aspersão das vias e da manutenção
periódica dos veículos.

Como medidas de controle e monitoramento será mantido o Programa de Monitoramento da


Qualidade do Ar e o Programa de Controle das Emissões Atmosféricas e Ruído, de acordo com o PCA.

1Alteração dos níveis de pressão sonora pela geração de ruído


A alteração dos níveis de pressão sonora na fase de operação também está relacionada à
movimentação de máquinas e equipamentos para a Ampliação da Pilha de Estéril de Crista.

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

O impacto de alteração do nível de pressão pela geração de ruído durante a fase de operação pode
ser avaliado da mesma forma que para a fase de implantação: negativo, de incidência direta,
abrangência local, duração de curto prazo; reversível; permanente; e de baixa magnitude,
considerando que a operação do empreendimento também não irá acarretar em um incremento
significativo nos níveis de ruído na área de entorno.

Como medidas de controle e monitoramento será mantido o Programa de Monitoramento de Ruído e


o Programa de Controle das Emissões Atmosféricas e Ruído, de acordo com o PCA.

11.3.2. Impactos sobre o meio biótico


1Afugentamento da fauna pela geração de ruídos e trânsito de máquinas
Assim como a fase de implantação do projeto, a geração de ruídos decorrente da movimentação de
máquinas são inerentes e a estas atividades. Destaca-se que serão localizadas em áreas de atividade
de mineração, onde se encontram em local com grande tráfego de veículos, não serão observados,
portanto, incrementos significativos durante a operação após as ampliações previstas.

O impacto de afugentamento da fauna é caracterizado como negativo; indireto, pois decorrerá de um


outro impacto relacionado ao meio físico (alteração dos níveis de pressão sonora); local, pois estará
restrito à AID; de longo prazo já que ocorrerá durante toda a vida útil do empreendimento, reversível e
temporário, uma vez que cessada a vida útil do empreendimento os ambientes serão novamente
colonizados por espécies da fauna afugentada, sendo classificado como de baixa magnitude. Desta
forma, o impacto de afugentamento da fauna é caracterizado como negativo; indireto, pois decorrerá
de um outro impacto relacionado ao meio físico (alteração dos níveis de pressão sonora); local, pois
estará restrito à ADA e à AID; de curto prazo, reversível e temporário, uma vez que cessada esta
atividade os ambientes serão novamente colonizados por espécies da fauna afugentada, sendo
classificado como de baixa magnitude.

11.3.3. Impactos sobre o meio socioeconômico e cultural


1Manutenção da oferta de emprego local
Será alocada para operação do empreendimento mão de obra atualmente empregada na Mina
Córrego do Sítio I.

Este impacto positivo é considerado de incidência direta, de abrangência local, de longo prazo,
permanente, reversível e de baixa magnitude, pois, pelo pequeno contingente de trabalhadores
necessários à operação da pilha, não leva a interferências na dinâmica socioeconômica do município
da AID.

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Ressalta-se que, em um contexto de análise mais amplo, a ampliação da Pilha de Estéril de Crista
implicará em melhorias nas atividades da mina como um todo, viabilizando sua operação, com reflexo
determinante na manutenção da oferta de emprego local.

1Contribuição para a arrecadação municipal


Na fase de operação, estão previstos serviços associados ao enchimento da pilha, como de transporte
e de espalhamento do estéril. Para realização destas atividades é utilizada uma escavadeira hidráulica,
um caminhão basculante, um trator de esteira, um caminhão-pipa e um caminhão comboio de apoio

Esses serviços e outros de apoio geram base para arrecadação municipal, além das receitas tributárias
geradas pela compra de equipamentos e materiais necessários à sua execução. São tarefas pouco
expressivas como base de arrecadação tributária.

Considera-se, portanto, esse impacto positivo como desprezível, já que, pelas características do
empreendimento, o volume de serviços e compras de mercadorias associados ao processo de
operação da pilha é de pequena monta, não gerando base de arrecadação tributária que altere a
capacidade de gastos públicos em Santa Bárbara.

Ressalta-se, como já reportado, que a ampliação da pilha insere-se em um contexto mais amplo, o da
operação da Mina Córrego do Sítio I, a qual é fonte relevante de geração de receita associada à
exploração de minério de ouro.

1Aumento da atividade econômica


Como já mencionado no item anterior, ante as características do empreendimento, pouco intensivo
em mão de obra e sem necessidade de elevado volume de serviços de apoio, ele não trará reflexos
expressivos sobre o nível de atividade econômica em sua área de influência.

Considera-se, portanto, o impacto sobre a atividade econômica com a operação do empreendimento


como desprezível.

1Incômodos à população vizinha advindos da emissão de material particulado e de aumento do


nível de pressão sonora
Na fase de operação, como avaliado no item “Alteração da qualidade do ar em função da geração de
material particulado e gases de combustão”, haverá alteração da qualidade do ar em função da
movimentação de máquinas e veículos, o que irá gerar poeira fugitiva e gases de combustão. Na
avaliação do meio físico, esse impacto foi classificado como local, não atingindo comunidades no
entorno, e de baixa magnitude.

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Em relação ao aumento do nível de pressão sonora, ainda relacionado à movimentação de veículos, a


análise do meio físico também considerou esse impacto como de abrangência local e de baixa
magnitude, não acarretando incremento significativo nos níveis de ruído na área de entorno. Logo,
assim como a alteração da qualidade de ar, o aumento do nível de pressão sonora não se configura
em maiores incômodos para a população.

Ressalta-se ainda que medidas de prevenção, controle e monitoramento serão adotadas, o que
assegura a minimização dos impactos.

Dessa forma, o impacto indireto de geração de incômodos à população vizinha advindos da emissão
de material particulado e de aumento do nível de pressão sonora constituiu-se num impacto
desprezível. Destaca-se ainda que serão executados pela AngloGold Ashanti o Programa de
Comunicação Social e Interação com a Comunidade e o Programa de Educação Ambiental.

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QUADRO 11.3.1 - MATRIZ DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS - FASE DE OPERAÇÃO

CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE OPERAÇÃO
Programa de
Monitoramento da
1
Qualidade das Águas
Sistema de Superficiais
Erosões e carreamento Disposição e compactação do drenagem pluvial e
Físico - D L L R P B
de sedimentos material dique de contenção
Plano de Recuperação
de finos
2 de Áreas Degradadas -
PRAD

Programa de
Monitoramento da
Assoreamento dos Sistema de 1
Qualidade das Águas
cursos d’água pelo Disposição e compactação do drenagem pluvial e Superficiais
Físico - I L C R T B
carreamento de material dique de contenção
Plano de Recuperação
sedimentos de finos
2 de Áreas Degradadas -
PRAD

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Continuação do Quadro11.3.1
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE OPERAÇÃO
Alteração da qualidade
das águas superficiais e
Disposição e compactação do
subterrâneas pela - Físico - D R C R P B -
material
disposição de estéril na
pilha
Transporte do estéril até a pilha, Programa de
Alteração da qualidade
disposição e compactação do 1 Monitoramento da
do ar em função da
material Manutenção dos Qualidade do Ar
geração de material Físico - D L C R P B
Movimentação de máquinas, equipamentos Programa de Controle
particulado e gases de
veículos e equipamentos 2 das Emissões
combustão
Atmosféricas e Ruído

Programa de Controle
2 das Emissões
Atmosféricas e Ruído
Alteração dos níveis de Transporte do estéril até a pilha,
Manutenção dos
pressão sonora pela disposição e compactação do Físico - D L C R P B
equipamentos
geração de ruído material
Programa de
1 Monitoramento de
Ruído

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Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

Continuação do Quadro11.3.1
CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DOS AÇÃO PROPOSTA
IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
PERIODICIDADE
ABRANGÊNCIA
CONTROLE NA

MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

CATEGORIA
IMPACTO AMBIENTAL ATIVIDADE MEIO AFETADO

DURAÇÃO
FONTE

EFEITO
TÍTULO

FASE DE OPERAÇÃO
Afugentamento da
Movimentação de máquinas, Programa de
fauna pela geração de
veículos e equipamentos NA Biótico - I L C R T B 1 Monitoramento da
ruídos e trânsito de
Supressão da vegetação Fauna
máquinas
(L); Reversibilidade: Reversível (R) ou Irreversível (I); Periodicidade: Temporário (T) ou Permanente (P) ou Cíclico (C); Magnitude: Desprezível (D), Baixa (B), Média (M), Alta (A) ou Crítica (C). Ação Proposta (categorias): (1)
Monitoramento; (2) Mitigação; (3) Medida Compensatória (NA) Não se aplica

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12. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E PROGRAMAS DE


ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
Visando a minimizar os impactos decorrentes do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista,
foram elaborados programas que apresentam as medidas de controle/mitigação e monitoramento e
compensação ambiental, os quais são descritos no Plano de Controle Ambiental elaborado pela SETE
Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda., que também faz compõe o processo de licenciamento
ambiental do deste projeto.

A seguir estão descritos os objetivos dos programas que estão detalhados no PCA.

FIGURA 12.1 – AÇÕES DE CONTROLE, MITIGAÇÃO, MONITORAMENTO E COMPENSAÇÃO AMBIENTAIS

1Programa de Exploração Florestal


Esse programa tem como objetivo definir diretrizes para minimizar os impactos originados pelas
atividades de supressão da vegetação e aproveitar socioeconomicamente o material lenhoso e o
material da serapilheira resultantes da supressão e/ou dispô-lo adequadamente.

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1Programa de Controle das Emissões Atmosféricas e Ruído


Este programa tem como objetivo a proposição de medidas de controle da qualidade ambiental
durante as etapas de implantação e operação do projeto de Ampliação da Pilha de Estéril de Crista,
devido às alterações previstas da qualidade do ar e nos níveis de ruído ambiental, o que poderá gerar
incômodo nas comunidades no entorno.

1Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar


Este programa tem como objetivo de avaliar a qualidade do ar durante as fases de implantação e
operação da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, através do acompanhamento de parâmetros de
qualidade do ar pré-estabelecidos. Pretende-se, portanto, acompanhar os níveis de poluentes na
atmosfera e verificar a eficiência das ações de controle dos aspectos ambientais.

1Programa de Monitoramento de Ruído


Este programa tem como objetivo avaliar a qualidade do ar durante as fases de implantação e
operação da Ampliação da Pilha de Estéril de Crista, através do acompanhamento de parâmetros de
qualidade do ar pré-estabelecidos. Pretende-se, portanto, acompanhar os níveis de poluentes na
atmosfera e verificar a eficiência das ações de controle dos aspectos ambientais.

1Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais


Esse programa tem como objetivo acompanhar as condições dos corpos hídricos superficiais sob a
influência das atividades do empreendimento, de modo a fornecer subsídios para avaliação da
eficiência de sistemas de controle ambiental propostos.

1Programa de Gestão de Resíduos Sólidos


Este programa tem como objetivo conduzir de forma adequada a coleta, estocagem temporária,
transporte, tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos gerados pelo empreendimento, além
de retratar o controle quantitativo e qualitativo da geração dos mesmos.

1Programa de Controle e Monitoramento Geotécnico


Este programa tem como objetivo avaliar as condições geotécnicas e a estabilidade do maciço da
Pilha de estéril de Crista durante e após a sua ampliação.

1Programa de Acompanhamento do Desmate e Eventual Resgate da Fauna


Este programa tem como objetivo informar à equipe responsável pela supressão florestal a
importância do encaminhamento e/ou resgate da fauna local e demonstrar os procedimentos
adequados para o acompanhamento da supressão de vegetação, no caso de encontro de animal
silvestre.

1Programa de conservação das espécies da flora da Mata Atlântica ameaçadas de extinção,


endêmicas e de interesse comercial registradas na ADA
Este programa tem como objetivo desenvolver as ações de resgate de sementes, produção de mudas
e plantios de enriquecimento em áreas a serem preservadas e plantios em áreas a serem reabilitadas

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Em linhas gerais, por meio deste programa pretende amenizar o impacto relacionado à diminuição de
populações de espécies arbóreas típicas de ambientes florestais, com foco principalmente nas
espécies ameaçadas de extinção, contribuindo para a manutenção da sua variabilidade genética e
proporcionando a aquisição de conhecimento a respeito do resgate e propagação para diferentes
espécies da flora local.

1Programa de Monitoramento da Fauna


Este programa tem como objetivo aumentar o conhecimento cientifico da fauna presente na Unidade
Córrego do Sítio I fornecendo de informações incluindo dados quantitativos sobre a presença e
ausência de espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.

1Programa de Comunicação Social e Interação com a Comunidade


Este programa tem como objetivo propiciar o estabelecimento de canais de comunicação e interação
entre o empreendedor e os segmentos sociais direta e indiretamente envolvidos com o
empreendimento, mais especificamente, as comunidades da AID e AII.

1Programa de Educação Ambiental


Este programa tem como objetivo estimular a compreensão da inserção da população humana dentro
do contexto da paisagem e de sua ocupação, bem como o de sensibilizar o público envolvido, tanto o
interno (empregados em geral, terceirizados, gerentes e tomadores de decisão), quanto o externo (a
comunidade do entorno e os setores organizados da população na sua área de influência), para a
importância das ações individuais e coletivas no sentido de se preservar a qualidade do ar, da água, do
solo e da biota, inserindo-se nesta a vida humana.

1Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD


Este plano tem como objetivo a revegetação das áreas alteradas pelo empreendimento visando à
proteção do solo, o controle de erosão e a minimização do impacto visual causado pelas modificações
no terreno.

1Programa de Compensação Ambiental


Este programa tem como objetivo a adoção, por parte da AngloGold Ashanti, das medidas
compensatórias cabíveis, de acordo com a legislação vigente e em consonância com os órgãos
ambientais competentes (SEMAD, SUPRAM e IEF-MG), em decorrência da Ampliação da Pilha de Estéril
de Crista.

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13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

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BRASIL,2008. CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL. Resolução nº01, de 05 de maio de


2008. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
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CODEMIG – COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS GERAIS. Projeto Geologia


do Quadrilátero Ferrífero – Integração e Correção Cartográfica em SIG. Mapa Geológico Catas Altas,
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CODEMIG – COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS GERAIS. Projeto Geologia


do Quadrilátero Ferrífero – Integração e Correção Cartográfica em SIG. Mapa Geológico Gandarela,
Minas Gerais. 2005. Folha SF.23-X-A-III-2. Mapa Geológico. Escala 1:50.000.

281
AngloGoldAshanti Córrego do Sítio Mineração S/A
Estudo de Impacto Ambiental – Ampliação da Pilha de Estéril de Crista

CODEMIG – COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS GERAIS. Projeto Geologia


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ANEXOS

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ANEXO 01

ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICAS - ARTS


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ANEXO 02

DESPACHO DNPM DESPACHO DO DIRETOR-GERAL DO


DNPM, RELAÇÃO Nº 27/2012
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ANEXO 03

PROJETOS EXECUTIVOS – DAM ENGENHARIA


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ANEXO 04

CARACERIZAÇÃO DO ESTÉRIL E TESTES MABA


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ESTÉRIL ROSALINO
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ESTÉRIL LARANJEIRAS
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ANEXO 05

PROSPECÇÃO ESPELEOLÓGICA
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ANEXO 06

LAUDOS DE AMOSTRAGEM DE RUÍDO AMBIENTAL


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ANEXO 07

ROTEIRO DE ENTREVISTAS
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ANEXO 08

PEDIDOS DE ANUÊNCIA IPHAN


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ARQUEOLOGIA
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PATRIMÔNIO IMATERIAL
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ANEXO 09

DIAGNÓSTICOS PROJETO JOÃO BURRO


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PATRIMÔNIO IMATERIAL
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PATRIMÔNIO MATERIAL
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ANEXO 10

DESENHOS
 Desenho 01 – Áreas de Influência dos meios físico e biótico

 Desenho 02 – Áreas de Influência do Meio Socioeconômico

 Desenho 03 – Uso do solo e cobertura vegetal

 Desenho 04 – Áreas de Preservação Permanente

 Desenho 05 – Aspectos Geológicos da AII e AID

 Desenho 06 - Pontos de amostragens já realizadas na propriedade de AngloGold Ashanti- Avifauna

 Desenho 07 - Pontos de amostragens já realizadas na propriedade de AngloGold Ashanti-


Herpetofauna

 Desenho 08 - Pontos de amostragens já realizadas na propriedade de AngloGold Ashanti –


Mastofauna

 Desenho 09 - Pontos de amostragens já realizadas na propriedade de AngloGold Ashanti –


Ictiofauna

 Desenho 10 - Parcelas do Inventário florestal e fitossociologia

 Desenho 11 - Pontos de Amostragem da Fauna

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