independentes ligados levemente pela geografia, pela língua, pela história e pela religião. Os Yorubás da Nigéria do sudo- este e seus vizinhos de Benin e de Togo somam ao todo quinze milhões. A maioria vive dentro das beiras da correia tropical da floresta mas o restante do poderoso reino de Oyo inclui os grupos que vivem nas franjas das savanas do norte. A evidência arqueologica sugere que os antepassados dos Yorubás podem ter vivido nesta mesma área da África desde épocas pré-históricas. Em meados do século 18, o comércio do escravos para as
Américas afetou dramaticamente toda a África ocidental. Os
escravos Yorubás recolonizaram-se no Brasil e em Cuba, onde os e- lementos da cultura Yorubá e a linguagem ainda podem ser encontrados. As cidades e estados tradicionais de Yorubá foram divi- didos em vinte e cinco complexos, reinos centralizados. Destes, Ile-Ifé é reconhecido universalmente como a cidade mais sênior, mais ritual e mais importante de Yorubá.
Acredita-se que a fundação de Ifé data aproximadamente do ano
de 850 D.C. Apenas o reino rival de Oyo, ao noroeste de Ifé, foi fundado aproximadamente em 1350 DC. O Oni de Ifé e o Alafin de Oyo são ainda os reis mais respeitados de Yorubá na Nigéria. Outros reinos principais eram Ijeshá e Ekiti ao nordeste; o Shabe, o Ketu, o Egbado, o Ijebu, e o Awori ao sudoeste e o Ondo, o Owo e o Itsekiri ao sudeste. Por séculos, o Yorubá viveu nas cidades grandes, densa-
mente povoadas, onde podiam praticar o comércio especializado
que fornecia bens e serviços para a sociedade. A maioria ia ao
campo durante partes do ano para colher mercadorias de consumo
tais como inhame e mandioca em fazendas familiares. Cada cidade estado mantinha sua própria interpretação da história, das tradições religiosas e do estilo original da arte, contudo todos reconheciam a soberania ritual de Ifé, honravam o santuário dos deuses de Yorubá e procuravam soluções para os problemas da vida diária com os herbalistas de Yorubá e os sacerdotes das divindades. Tais instituições antigas forneciam uma ligação comum da experiência que liga todos os subgrupos de Yorubá.