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CONHECIMENTOS DO

SE
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CONHECIMENTOS DO SE
ÍNDIOS EM SERGIPE
História, reagrupamento, reservas, agricultura
Referência - http://rustic-rural.blogspot.com/2017/11/os-xocos-ultima-tribo-de-
-indios-de.html
Na época do descobrimento do Brasil as terras de Sergipe eram habitadas por várias tribos
indígenas. Além dos Tupinambás e Caetés nas terras sergipanas existiam cerca de 30 aldeias,
pertencentes ao grupo Tupi.
Atualmente a única tribo existente é a Xocó, que vive na ilha de São Pedro, no município
de Porto da Folha.
O desaparecimento das demais tribos sergipanas se deu no século XIX, devido à política
indianista do Império do Brasil que publicou a Lei das Terras em 1850, declarando as Terras
como de Domínio Público. Nesta fase foram extintos muitos aldeamentos nas províncias de
Alagoas, Sergipe, Pernambuco e outras regiões, por critérios raciais e discriminatórios, só para
se apossarem das terras indígenas.
Na verdade, a comunidade Xocó foi identificada na Ilha de São Pedro pelos jesuítas lá no
sec XVI, mas acabou sendo expulsa de lá. A comunidade voltou e fundou sua aldeia retomando
a Ilha de São Pedro em 1979, mas apenas meado dos anos 90, a FUNAI homologou a Caiçara,
anexando a Ilha de São Pedro, constituindo assim a terra indígena da etnia Xocó.
O povo Xokó vive nas aldeias Ilha de São Pedro e Caiçara, situadas no município de Porto
da Folha, Sergipe. A maior parte da comunidade habita a Ilha de São Pedro. 
No século XVI os jesuítas já identificavam a existência de índios na Ilha de São Pedro. Por
volta de 1758 ergueu-se a capela de São Pedro pelos capuchinhos, que também construíram
um hospício. No Século XVII, os índios da Missão de São Pedro conseguiram o domínio reco-
nhecido sobre suas terras, que teriam sido doadas por Pedro Gomes, instituidor do morgado
de Porto da Folha.
Desde que começaram a lutar por reaver suas terras, os índios sempre reivindicaram a
Caiçara, gleba que se situa às margens do São Francisco no estado de Sergipe. Finalmente nos
meado dos anos 90, a Funai homologou a Caiçara, anexando a Ilha de São Pedro, constituindo
assim a terra indígena da etnia Xokó. (Blog da Funai Alagoas)
A população Xokó totaliza hoje cerca de 400 pessoas, que são representadas pelo Cacique,
responsável pela condução dos assuntos materiais, administrativos e sociais da comunidade e
o Pajé, que conduz os rituais sagrados.
Ao longo dos séculos de contato os Xokó se viram espoliados de seu território e discrimi-
nados por sua cultura, o que gerou grandes perdas. O Ritual do Ouricurí, como o vivenciado
por outras etnias, quase desapareceu, estando hoje a revitalizar-se.
A prática do Toré, dança ritual consubstanciada da prática do Ouricurí, que além de sua
ritualidade representa o aspecto social e lúdico caracterizado por seus trajes típicos e pinturas
corporal específica de cada etnia, conseguiu ser preservado, e é praticado com certa frequên-
cia.  Além das tradições indígenas a comunidade incorporou folguedos afros, principalmente
o samba de coco, devido a convivência com negros escravizados, com quem também se rela-
cionaram e se miscigenaram
Fonte - https://www.camara.leg.br/internet/sitaqweb

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