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Texto Argumentativo

Plano
Tema: Casamento para padres e freiras

Público (caracterização): - Pessoas Católicas


 Adoração a Deus
 Seguem a Bíblia
 Respeito ao próximo
 Perdão
 Castidade
 Valores morais: solidariedade, paz, honestidade
 Família

Tese: Abolição do celibato na Igreja Católica para padres e freiras

Argumentos:
 Na Bíblia não está referido que os pastores de Deus têm de adoptar o celibato. Nem
Jesus, nem os apóstolos o exigiram.
 “(…)e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus.” (Mt
Citações da 19, 12).
 “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante,
Bíblia
sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;”
Citação do  “A Igreja faz coincidir o dom da vocação sacerdotal com o da perfeita castidade. Ora
pode acontecer que alguém receba o chamado para o ministério sagrado sem
Sacrosanctum
receber ao mesmo tempo o dom da vida celibatária”
Concilium

 Actualmente observamos uma escassez de clero, em grande parte provocada pela


imposição do celibato.
 “Se o matrimónio fosse permitido aos padres, haveria maior número de vocações;
Citação do muitos jovens parecem desistir do sacerdócio por sentirem atractivo para o
Sacrosanctum casamento. Este uma vez concedido, a carência de sacerdotes deixaria de ser o
Concilium problema que ora tanto preocupa a Igreja”
Texto

Nunca como hoje o tema do celibato sacerdotal foi tão discutido, tema de inúmeras controvérsias
entre os que apoiam e os que se opõem a esta regra imposta aos sacerdotes aquando da sua entrega a
Deus.
A Igreja Católica atravessa uma crise de valores, cada vez é maior o confronto entre os ideais
católicos, alguns dos quais não se adequam com a sociedade actual, e as mentalidades revolucionárias
visto serem as que prevalecem hoje em dia.
Posto isto, é necessária a mudança de algumas das posições da igreja face a certas temáticas, e,
neste caso, falo em relação ao casamento para padres e freiras, que penso que deve ser permitido o mais
rapidamente possível.
A primeira grande objecção contra o celibato provém da fonte mais credível da igreja: a Bíblia. O
Novo Testamento não exige o celibato dos seus pastores, apenas o propõe simplesmente como uma opção
ou resposta a uma vocação especial, “(…)e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino
dos céus.” (Mt 19, 12). Para além disto, Jesus não impôs a condição do celibato ao escolher os Doze, como
também os Apóstolos não a impuseram àqueles que colocaram à frente das primeiras comunidades
cristãs: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar;” (1 Tm 3, 2). Será, então, correcto impor o celibato se nem a Bíblia assim o
diz?
A juntar a isto, temos ainda o que é dito no Sacrosanctum Concilium, uma encíclica do papa Paulo
VI, e passo a citar “A Igreja faz coincidir o dom da vocação sacerdotal com o da perfeita castidade. Ora
pode acontecer que alguém receba o chamado para o ministério sagrado sem receber ao mesmo tempo o
dom da vida celibatária”
A segunda objecção relaciona-se com a escassez numérica de clero que observamos nos dias de
hoje devida, em grande parte, à lei do celibato. Isto é comprovado pelo número, cada vez maior, de
sacerdotes que abandonam a igreja para contraírem matrimónio, junto com o número de aspirantes a
padres e freiras que acaba por nem chegar à igreja, pois o valor da família fala mais alto do que o amor a
Deus. Esta carência de clero chega a pôr em risco a pregação da palavra sagrada. “Se o matrimónio fosse
permitido aos padres, haveria maior número de vocações; muitos jovens parecem desistir do sacerdócio
por sentirem atractivo para o casamento. Este uma vez concedido, a carência de sacerdotes deixaria de ser
o problema que ora tanto preocupa a Igreja” (Sacrosanctum Concilium).
Em suma, poderá a igreja dar-se ao luxo de perder muitos dos seus sacerdotes, continuando com
uma imposição que nem sequer é referida nos textos sagrados?
Penso que está na altura desta entidade religiosa se adaptar à realidade actual e, por estes dois
motivos e por muitos outros, o celibato deve ser abolido, permitindo que o sacerdócio co-habite com o
matrimónio.

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